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ANO: 1492
1816-1878

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1492



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  Francisco Adolfo de Varnhagen
  1º de 1
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12 de outubro de 1492, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 01:54:51
“Descobrimento” da América
•  Pessoas (3): Cristóvão de Colombo (41 anos), Martim Alonso Pinzon, Oscar Ferdinand Peschel (1826-1875)
•  Temas (14): Algodão, Assassinatos, Caciques, Caminho do Peabiru, Cristãos, Curiosidades, Descobrimento do Brazil, Deus, Farinha e mandioca, Inferno, Karaibas, Metalurgia e siderurgia, Ouro, Portos
Hatuey, cacique taíno
Data: 1492
Créditos: agefotostock.com
(.241.
    8 fontes
  1 relacionada

1°. Varnhagen em movimento: breve antologia de uma existência, 2007. Temístocles Cezar
2007
Em seu testamento consta a orientação de que no local de seu nascimento fosse erigido um monumento à sua memória. Quatro anos após sua morte, nas terras da Real Fabrica de Ferro de São João de Ipanema, sua vontade é atendida. Em uma das faces do pedestal se lê a seguinte inscrição:

À memória de Varnhagen, Visconde de Pôrto Seguro, nascido na terra fecunda descoberta por Colombo, iniciado por seu pai nas coisas grandes e úteis. Estremeceu sua Pátria e escreveu-lhe a História. Sua alma imortal reúne aqui tôdas as suas recordações.

Não se sabe quem escreveu esse epíteto. Pode ter sido um amigo, um admirador, alguém da família ou o próprio Varnhagen. Seja como for, a solicitação do historiador não precisa ser percebida apenas como um reflexo egocêntrico, mas talvez como uma atitude preventiva. Tudo indica, a partir do que se sabe sobre sua vida, que Varnhagen tinha consciência de não ser muito popular em seu país, e que desconfiava da fidelidade de seus colegas em preservar sua memória.

Ele sempre reivindicou que a pátria reconhecesse seus grandes homens. Parece que não mudou de opinião, mesmo após a morte! Eis aqui, mais uma vez, um dos limites do paradoxo varnhageniano que vimos tentando demonstrar ao longo deste ensaio: o melhor historiador da nação tinha dificuldades em ser reconhecido como desejava, sobretudo no IHGB; o grande patriota que não está quase nunca na sua pátria. José Veríssimo é um dos poucos comentadores de Varnhagen a chamar a atenção para essa aparente contradição:

Consagrou toda a sua laboriosa existência a estudar a história do Brasil, e a servi-lo com dedicação e zelo em cargos e missões diplomáticos. Sente-se lhe, entretanto, não sei que ausência de simpatia, no rigor etimológico da palavra, pelo país que melhor que ninguém estudou e conhecia, e era o do seu nascimento. Não é patriotismo, entenda-se, que lhe desconhecemos, esse o tinha ele, como qualquer outro e do melhor. Faltava-lhe, porém, não lho sentimos ao menos, aquele não sei quê íntimo e ingênuo, mais instintivo que raciocinado, sentimento da terra e da gente. Ele não tem as idiossincrasias do país.

Nota-se, tanto na sua correspondência quanto na sua obra, que Varnhagen passa boa parte de sua vida procurando resolver essa ambigüidade, ou, no mínimo, a dominar esse sentimento de desterrado. Ele procura estabelecer uma ligação constante, uma coerência íntima entre os termos contraditórios de sua existência, como brasileiro (levando-se em consideração que ele é o único em seu núcleo familiar – filhos nascidos no estrangeiro, esposa estrangeira, filho de estrangeiro…) e como historiador da nação.

A imensa obra dedicada ao Brasil não seria uma maneira, para ele, de estar sempre entre os brasileiros? “Toda a modestia não é bastante para que eu não reconheça que a Historia do Brazil, ao menos em muitos de seus períodos, fica com a minha obra de uma vez escripta, e que ella viverá (a obra) eternamente, e fará eternamente honra, ao Brazil e ao reinado de (...) [Páginas 28 e 29 do pdf]  ver mais
Fontes:
[1] A Passagem de São Thomé pelo Brasil, por Eurico Branco Ribeiro
[2] Varnhagen em movimento: breve antologia de uma existência, 2007. Temístocles Cezar
[3] “Portugal e Brasil: Antigo sistema colonial”; Fernando Novais; Curso de pós-graduação Geografia; youtube.com/watch?v=JsAXNoumgS8
[4] “Brasil já conhecido na carta de Caminha” - Arthur Virmond de Lacerda
[5] História de Nossa Senhora Aparecida com Tereza Pasin, por Sidney Prado, em site da Diocese de São Carlos
[6] Na América Latina, 12 de outubro é celebrado como Dia da Resistência Indígena. brasildefato.com.br
[7] Cristóvão Colombo. Por Daniel Neves Silva, em mundoeducacao.uol.com.br (data da consulta)
[8] O sertão primordial e o grande confronto. Por Gustavo Maia Gomes, economista, em inteligencia.insightnet.com.br (data da consulta)


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