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RASULHavia indígenas transitando 01/01/1500 11 fontes 1° fonte: Mapa de América del Sur desde el Ecuador hasta el Estrecho de Magallanes, 1607. Ruy Diaz de Guzman (1559-1629) Para Luís Castanho de Almeida (1904-1981):
O Mapa de "América del Sur desde el Ecuador hasta el Estrecho de Magallanes" de Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), autor da "Argentina", e exumado do Arquivo das Índias de Sevilha por Zeballos, parece ter sido feito entre 1606 e 1608, segundo me informa Sérgio Buarque de Holanda, baseado em Paul Groussac, encerra um erro grave que é uma verdade que desfigurou. Quanto mais podemos adiantar-nos no emaranhado das fontes, afirmamo-nos na certeza de que as expedições do ciclo do Guairá passaram por Sorocaba (então Ypanema e São Felipe), num caminho terrestre que era o mesmo antigo de São Tomé, dos nativos, e que os primeiros sorocabanos organizaram bandeiras que partiam por terra procurar o Paranapanema.
2° fonte: “Sorocaba e os castelhanos”, Aluísio de Almeida, codinome de Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Diário de Notícias, página 13
3° fonte: “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981) Da passagem de índios dos grupos tupi por Sorocaba, em seu nomadismo, a certeza é completa. No século da descoberta havia indígenas transitando por Sorocaba, por um caminho terrestre-fluvial que ligava o litoral Atlântico, onde seria São Vicente, ao Paraguai.
Os limites dos vários grupos tupí-guaranís, embora mais diluídos que as fronteiras estaduais, existiam. Sorocaba era, já então, uma encruzilhada aonde convergiam, por onde viajavam e se limitavam, os tupís do Tietê, os tupiniquins e guaianazes de Piratininga, os carijós dos campos de Curitiba, os guaranís do Paranapanema e outros guaianazes, talvez, das nascentes dêsse rio. Não foram encontradas, que se saiba, setas, machados de pedra e outras peças pré-históricas. Parece mesmo que não houve tabas no perímetro urbano.
4° fonte: Araçoiaba e Ipanema. José Monteiro Salazar Muita gente já leu o interessante livro "A Estrada do Sol", escrito por Victor Von Haagen, por sinal casado com uma professora brasileira. A Estrada do Sol era uma via construída pelos incas, de largura reduzida, em geral de 1 metro a 1 metro e meio muitas vezes, quando em terrenos mais moles, calçada de lages pequenas. As subidas dos morros era feita por mini-degraus, tão suaves que até cavalos podiam utilizar-se deles. (Araçoiaba e Ipanema, 1997. João Monteiro Salazar. Página 145)
Outro fato singular: Se tomarmos uma régua e formos a um mapa da América do Sul, veremos que o trajeto de Cuzco a São Vicente perfaz uma linha reta. E essa linha passa por terras da Fazenda Ipanema (...)
Entretanto, a presença dos incas em São Vicente foi confirmada pois uns 25 anos atrás, o jornal "O Estado de São Paulo" publicava o encontro de ruínas do tipo inca em terras de São Vicente (...)
Citaremos, ainda, uma estranha pirâmide que existe no Morro de Araçoiaba, aparentemente obra da natureza, mas onde pode-se notar, investigando bem, a existência de pedras formando verdadeira escada até o seu topo.
Ao lado, há um monticulo menor, com uma abertura e pela qual, seguindo-se um corredor, percorre-se todo o trajeto subterrâneo em torno de um núcleo. É como se colocasse uma tigela dentro de outra muito maior.
Fato singular: Em Machu Picchu, no Peru, próximo a Cuzco, cujas ruínas ainda não são bem explicadas, há um Monte-Pai e um Monte-Filho. Outro fato interessante: "Machu Pichu" significa "O lugar que esconde o sol". Essa é também a significação de Araçoiaba em Tupiniquim, ou antes, em Tupi. (Araçoiaba e Ipanema, 1997. João Monteiro Salazar. Páginas 146 e 147)
Em um ponto de seu livro, Washington Luiz (1869-1957) explica: "Nos campos de Piratininga, no vale do Tietê, entravam os Tupiniquins. Os tupinambás, a leste, sempre inimigos dos portugueses. Ao sul e sudoeste de São Paulo os Carijós - quase sempre também inimigos". E continua: "Depois das grandes lutas entre Tupiniquins e Carijós, os Tupiniquins povoaram a região de Sorocaba e seus sertões".
Os nativos Tupiniquins tomaram posse da região de Sorocaba partindo do litoral para onde haviam vindo, desde a Bahia (...)
Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878) é um dos que, também, denomina os selvagens Tupiniquins, do grupo dos Carijós, colocando os verdadeiros Carijós nas proximidades do Rio Tietê (o antigo Anhembi).
5° fonte: Dagoberto Mebius - A História de Sorocaba para crianças e alunos do Ensino Fundamental I Quando Pedro Álvares Cabral tomou posse das terras brasileiras em 1500, Portugal ainda não sabia o que havia por aqui. Tinham apenas uma vaga idéia do tamanho da posse que lhes cabia por ordem do tratado de Tordesilhas.
Em 1589, Afonso Sardinha, um português aventureiro, rico e vereador em São Paulo era dono de uma mina de “faiscar” ouro perto do morro do Jaraguá, veio juntamente com seu filho mameluco (filho de branco com índia), conhecido como “o mameluco do Afonso Sardinha” (mais tarde é que ele assume verdadeiramente o nome do pai).
Ambos vieram procurar riquezas nestas terras, porque alguns índios-escravos diziam: “além do Voturuna, depois do
Araçaryguama, bem perto do rio que vem do Vuturaty, que passa pelo Itavuvu e chega ao Biraçoiava, há uma imensa “lagoa de
ouro” guardada por “nhangá” e aquele que a ela chegar ficará muito rico.” [Página 12 do pdf]
6° fonte: Jornal Cruzeiro do Sul A trilha principal passava pela Aparecidinha, em direção a Sorocaba, seguindo a margem do rio Sorocaba até a rua Padre Madureira; desembocava na Avenida São Paulo e, depois de cruzá-lo, seguia pelas atuais ruas 15 de Novembro e de São Bento, praça Carlos de Campos, ruas 13 de Maio, da Penha e Moreira César, praça 9 de Julho, avenidas General Carneiro e Dr. Luiz Mendes de Almeida e daí em diante pela Estrada do Ipatinga.
Ainda no traçado urbano atual, ocorriam trilhas secundárias em direção a diferentes pontos de Sorocaba e região: a estrada da Caputera (rua Pedro José Senger), Salto do Votorantim (início da rua Coronel Nogueira Padilha, ruas Newton Prado e Campos Sales) e Vossoroca (rua Artur Gomes, avenidas barão de Tatuí e Antonio Carlos Comitre) Havia dois caminhos, quase paralelos, em direção ao morro do Araçoiaba: um pelas ruas Souza Pereira, Hermelino Matarazzo e avenida Ipanema, bifurcando-se em direção ao morro e ao Itavuvu; outro pela praça Coronel Fernando Prestes, ruas Cel. Benedito Pires e Francisco Scarpa, praça da Bandeira e avenida General Osório.
7° fonte: Caminhos e descaminhos: a ferrovia e a rodovia no bairro Barcelona em Sorocaba/SP, 2006. Emerson Ribeiro, Orientadora Drª. Glória da Anunciação Alves Estes caminhos Inhaíba, Passa-três e Caputera estão próximos ao bairro Brigadeiro Tobias no município de Sorocaba, vindo de São Paulo pela rodovia Raposo Tavares sentido Sorocaba. O caminho da direita vindo hoje de pinheiros tomaria o sentido não exato do que é hoje a rodovia Castelo Branco, saindo do planalto para a depressão periférica encontrando Tatuí e a serra de Botucatu, a que lembrarmos que vários caminhos se cruzavam vindo de vários povoados (fundados) levando os bandeirantes à caça de índios e mais tarde o surgimento de um comércio de pequenas trocas nesses lugarejos.
8° fonte: Evolução Urbana de Sorocaba, 2012. Andressa Celli, Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Ao analisar o desenho atual da área urbana de Sorocaba, constatamos muitas semelhanças com relação ao seu antigo desenho, no que concerne à ocupação e ao sistema viário. Notamos que a ocupação formada por algumas das tribos deram origem a núcleos urbanos dispersos os quais, ainda hoje, constituem bairros periféricos de Sorocaba. O Éden é um exemplo disso.
Em relação à malha viária de Sorocaba, vimos que o traçado das ramificações da trilha principal do Peabiru foi absorvido pelo espaço de assentamento, ou seja, esses caminhos permaneceram inseridos no atual desenho da cidade.
Dessa forma, observamos que essas ramificações se transformaram em ruas e, mais tarde, em avenidas. Essa afirmação pode ser corroborada a partir da leitura da descrição e do croqui que seguem, respectivamente:
A trilha principal passava pela Aparecidinha, em direção a Sorocaba, seguindo a margem do rio Sorocaba até a rua Padre Madureira; desembocava na Avenida São Paulo e, depois de cruzá-lo, seguia pelas atuais ruas 15 de Novembro e de São Bento, praça Carlos de Campos, ruas 13 de Maio, da Penha e Moreira César, praça 9 de Julho, avenidas General Carneiro e Dr. Luiz Mendes de Almeida e daí em diante pela Estrada do Ipatinga. Ainda no traçado urbano atual, ocorriam trilhas secundárias em direção a diferentes pontos de Sorocaba e região: a estrada da Caputera (rua Pedro José Senger), Salto do Votorantim (início da rua Coronel Nogueira Padilha, ruas Newton Prado e Campos Sales) e Vossoroca (rua Artur Gomes, avenidas barão de Tatuí e Antonio Carlos Comitre) Havia dois caminhos, quase paralelos, em direção ao morro do Araçoiaba: um pelas ruas Souza Pereira, Hermelino Matarazzo e avenida Ipanema, bifurcando-se em direção ao morro e ao Itavuvu; outro pela praça Coronel Fernando Prestes, ruas Cel. Benedito Pires e Francisco Scarpa, praça da Bandeira e avenida General Osório. (Jornal Cruzeiro do Sul, 2004, p. 20) [Página 44]
Era preciso, para tanto, que o espaço de assentamento estivesse em uma posição mais estratégica, que favorecesse o desenvolvimento de uma função administrativa. Baltasar Fernandes, fundador do povoado de Sorocaba (1654), tinha conhecimento dessa premissa. Tanto que, “embora tivesse conhecimento da existência do povoado de São Felipe [Itavuvu], escolheu um novo sítio na margem esquerda do rio Sorocaba” para a fundação da vila.
Esse sítio transformou-se no núcleo central do povoado de Baltasar Fernandes (Santos, 1999, p. 72). Além disso, as
(...) sesmarias a ele [Baltasar Fernandes] doadas, ficavam exatamente no caminho percorrido pelos bandeirantes vindos de São Paulo, em suas viagens de caça aos índios nas missões jesuíticas. (Jornal Cruzeiro do Sul, 2004, p. 53)
Sendo assim, podemos dizer que o fator que justificou o deslocamento do povoado para a outra margem do rio, apesar da sua difícil transposição, foi o de localização. Esse novo lugar permitiu que o povoado estivesse mais próximo da rota dos bandeirantes. Essa escolha de Baltasar Fernandes garantiu não só a sobrevivência do povoado, mas também – e principalmente – o seu desenvolvimento.
A partir dessas premissas é que Baltasar Fernandes fundou o povoado de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba (1654). Esta, por sua vez, demonstrou-se ideal para o desenvolvimento do espaço de assentamento que, em pouco tempo, constituiu-se Vila (1661). [Página 47]
9° fonte: “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador Para encerrar este capítulo, é importante observar o que escreveu Luiz Castanho de Almeida, sobre este assunto, em sua "História de Sorocaba":
"Provavelmente, passava por estar imediações o habitat da grande tribo dos carijós, que se estendia desde o Itanhaen até o Guairá e Rio Grande do Sul. Pobres criaturas, foram os primeiros escravos e em povoação tão grande que, até o século XVIII, se chamavam carijós os escravizados da raça vermelha de um modo geral. Esses escravizados é que foram os fundadores humildes de Sorocaba, ficando nas fazendas e sesmarias da redondeza, socando as primeiras taipas, aumentando a população entre si e, aqui também, servindo a sensualidade de brancos e mamelucos."
10° fonte: “Sinalização Tupi-Guarani & Luso-Catolicismo”, João Barcellos
11° fonte: “Denominação De Local Nas Origens De Sorocaba Possivelmente Em Hebraico”, 07.11.2022. João Barcellos A palavra Sorocaba (conhecida no tupi-guarani e, mais precisamente guarani, pela leitura topográfica das linguagens em migração no corredor inca-guarani chamado Piabiyu (ou ´peabiru´, q.s. ´caminho do peru´), entre os Andes e a Serra do Mar, está muito associada à linha Ibituruna (os ´cerros negros´, de Santa Catarina a Minas Gerais passando por São Paulo) e, no meio do caminho, o Ybiraçoiaba (q.s. ´onde o sol se esconde´), cerro abruptamente erguido entre grandes planícies de terras enfurnadas (ou rasgadas) que os povos nativos chamavam de yby soroc, e das quais o jesuíta Manoel da Nóbrega (que nos certõens y mattos fundou Maniçoba e depois a Sam Paolo dos Campos de Piratininga) soube sediarem veios auríferos e ferríferos, os quais, no mesmo Séc.16, o cristão-novo (das famílias Sardinha, de entre Braga e Barcelos) capitalista, político, militar e montanístico Affonso Sardinha (o Velho), arrematou (minas de Ibituruna, Ybiraçoiaba, Araçariguama e Jaraguá) em leilões da Capitania vicentina para exploração.
Mas, isto também não é fácil, uma vez a Língua hebraica é consonântica, i.e., pronunciam-se as vogais, mas não se escrevem, o que origina interpretações que levam a entendimentos diferentes. Vanderlei da Silva traz-nos a expressão tavorú, que na região do Cerro Ybraçoiaba é denominação de povoado/fazenda (tavoru, itavovú, itapebuçú), para o qual o governador Souza transferiu o pelourinho (símbolo da justiça e da dignidade) do arraial mineiro de Affonso Sardinha (o Velho) onde havia sediado a Villa de Nª Sª do Monte Serrat, movimento de pouco significado sociopolítico uma vez que o pelourinho por si só não passa de um tóten simbólico de poder passageiro, como aqui o foi.
Sobre o Caso Itapebuçú (´itapebuçú´, do guarani, q.s. ´pedra grande e chata´), e lembro de pesquisas de campo que fiz ali com Adolfo Frioli e com Gilson Sanches (grupo Desbravadores d´Araçoiaba), e antes com Donato e Ab´Sáber, o pesquisador sorocabano pinçou do hebraico o seguinte: “...citação em hebraico falado ki tavovu el aretz, q.s. ´na terra que o teu deus te fez herdeiro´”.
Para o Caso Itapebuçú temos como assente que a origem seja guarani, sim, mas ali eu não achei tamanha pedra que se encaixe no termo, no entanto, é óbvio que por ali, ao tempo do arraial do ferro d´Ybiraçoiaba, a frequência de gente hebraica não era pouca, mesmo porque eram os judeus os contabilistas dos colonos portugueses (hábito da cristandade..., daí, também, o termo popular ´judiação´ e, também, a origem da ´primeira cruzada´ para obtenção de recursos para o papado romano...).
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