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¨ RASUL

Caminho do Gado
01/01/1500




Havia indígenas transitando
01/01/1500
38 fontes

1° fonte: Mapa de América del Sur desde el Ecuador hasta el Estrecho de Magallanes, 1607. Ruy Diaz de Guzman (1559-1629)
Para Luís Castanho de Almeida (1904-1981):

O Mapa de "América del Sur desde el Ecuador hasta el Estrecho de Magallanes" de Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), autor da "Argentina", e exumado do Arquivo das Índias de Sevilha por Zeballos, parece ter sido feito entre 1606 e 1608, segundo me informa Sérgio Buarque de Holanda, baseado em Paul Groussac, encerra um erro grave que é uma verdade que desfigurou. Quanto mais podemos adiantar-nos no emaranhado das fontes, afirmamo-nos na certeza de que as expedições do ciclo do Guairá passaram por Sorocaba (então Ypanema e São Felipe), num caminho terrestre que era o mesmo antigo de São Tomé, dos nativos, e que os primeiros sorocabanos organizaram bandeiras que partiam por terra procurar o Paranapanema.



2° fonte: Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi
Muitos autores, e entre eles o padre Pedro Lozano (1697-1752), em “História da Companhia de Jesus da província do Paraguai”, tratam difusamente deste ponto. Desde que chegaram os jesuítas ás províncias de Guayrá, Paraná-pané e Tibaxiva, ouviram os gentios falar de São Thomé, ao qual davam o nome de pai Zumé, e dele narravam coisas prodigiosas, e o tinham em conta de varão maravilhoso, cuja memória o tempo no decurso de tantos séculos não pode fazer esquecer. Segundo ele:

Peabirú - De "pe", estrada e "abirú", de abi, "cabelo". "Por esta província (Tayaobi) corre o caminho dourado, pelos Guaranis Peabirú e pelos Espanhóis de Santo Tomé; tem oito palmos de largura, em cujo espaço cresce apenas um capim muito pequeno, que pela fertilidade chega a meio metro e embora seco a palha, os campos queimados, nunca a grama do referido caminho sobe mais alto.

Além de ser o primeiro documento a mencionar a palavra Sorocaba, a Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi, datada em 7 de Março de 1608, indica que o caminho do Peabiru passado por Sorocaba:

(...) para fazer seus mantimentos portanto me pedia em nome do dito senhor Lopo de Sousa e por virtude de seus poderes que para ello tenho bastantes e como seu procurador lhe desse para os ditos seus filhos e filhas uma légua de terra em quadra tanto em comprimento como de largo de matos maninhos no sertão desta capitania junto do rio que se chama Perayb... começando de uma tapera que foi de .... Corrêa por o dito rio Perayb... abaixo de uma banda e da outra banda pelo mesmo mato ao longo do caminho que ia ao rio Nharbobon Sorocaba e sendo caso que do rio Pirayibig para a banda do campo não houver a légua de matos se encherá a dita légua ....... em quadra tanto de comprido como de largo da outra banda do dito rio Pirayibig que fique a dita légua de terra em quadra tanto de comprido como de largo e receberia merce que na dita petição é mais légua de terra em quadra por virtude dos poderes governador Lopo de Sousa.



3° fonte: Carta do padre José Cataldino ao provincial padre Diogo de Torres
Eis o que em 1613 o padre José Cataldino escrevia a este respeito ao provincial padre Diogo de Torres:

"Muitas coisas me tinham dito desde o princípio estes nativos, acerca do glorioso apóstolo São Thomé, que eles chamam pay Zumé, e não as tenho escritas antes, para melhor me certificar e averiguar a verdade. Dizem pois os nativos anciãos, e os caciques principais, que tem por certíssimo, por tradição derivada de pais a filhos que o glorioso apóstolo São Thomé veio á suas terras do lado do mar do Brasil, e que atravessando o rio de Tibaxiva (onde eles e seus antepassados moravam) então povoadíssimo de nativos, foi passando por seus campos ao rio Haybay, e que dai foi ao rio Piquirí, donde não sabem aonde foi. Nas cabeceiras deste rio, dizem os nativos, se acham pisadas do glorioso santo impressas em uma penha, e o caminho pelo qual atravessou estes campos está ainda aberto, sem se ter nunca fechado, nem ter crescido nunca a erva, apesar de estar no meio do campo onde não trilham os nativos, e asseguram que as penhas por onde vem este caminho estão abertas, deixando no meio um caminho igual ao mesmo chão, afirmam terem-o eles mesmos vistos."



4° fonte: Revista trimensal do Instituto Histórico, Geográphico e Etnográphico Brasileiro, tomo XXVI
A vinda do Apóstolo São Thomé á estas partes da América, e principalmente ao Brasil e ás regiões do Paraguay, está baseada em tais fundamentos, que d´ela não se pode duvidar. Faltam monumentos antigos que testifiquem a vinda de São Thomé, e por tanto a tornem perfeitamente certa, mas é inegável que a tradição constante e uniforme de diversas nações do novo mundo, os sinais e vestígios, e o nome de São Thomé conhecido desde tempo imemorial por elas, fazem probabilíssima sua vinda a estas regiões.



5° fonte: Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo. Volume III
Os mapas antigos não dão detalhes alguns relativos á antiga via de comunicação entre São Paulo e Sorocaba (...) Sobre a data da abertura da estrada que liga São Roque à Sorocaba não se encontra referência alguma. [Página 182]



6° fonte: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume X, 1905
Todo esse sertão, quase inculto e desabitado, que se estende desde o imenso vale da Ribeira de Iguape e grande parte do município de Itanhaém, até as margens do Rio Verde e Itararé, abrangendo os municípios de Faxina, Apiahy, Piedade, Una, Itapecerica, etc., é ainda hoje constantemente percorrido por essa tribo de Guaianá nas suas idas e vindas para o litoral. Essa zona pouco povoada do nosso próspero Estado, incontestavelmente uma das mais incultas, foi sempre a mais preferida pelos nativos. Ai se encontram ainda verdadeiros sertões, nos quais o elementos civilizados é por enquanto muito escasso.

No litoral, a parte justamente a mais agreste a inculta, entre a Ribeira de Iguape e a bacia fluvial do rio Conceição, foi a zona por eles preferida. Ai estão eles verdadeiramente "em sua casa"; toda essa região é inteiramente despovoada, ninguém os incomoda, a não ser algum caçador que uma ou outra vez penetra nessas florestas.

Dai também lhes são fáceis as suas viagens para os centros povoados, pois estão apenas a três e quatro dias de Santos e São Paulo, e a dia e meia de Itanhaém, aonde vem vender o produto de suas industrias e fazer pequenos provimentos.

Os antigos habitantes da aldeia Irariry, faziam as suas sortidas para o interior, subindo o curso do rio Guanhanbá, que desaguá no rio Itariry; dai seguiam até São Lourenço; subiam a serra e tomando o rumo de oeste, transpunham os sertões que medeiam os municípios de Piedade, Pilar, Lavrinhas e Apiahy, atravessando nesse ponto o vale do Taquary que confina com o Rio Verde, onde existe o principal núcleo de aldeamento como já referimos.

Hoje, esse trajeto está quase abandonado e suas viagens para o Rio Verde, são feitas por outro itinerário: ou seguem pelo rio Branco de Itanhaém, subindo a serra até Santa Cruz dos Parelheiros e dai a Santo Amaro, onde tomam a estrada geral até Sorocaba e Faxina; ou descendo pela rio Juquiá, seguem até Xiririca e dali a Itapeva da Faxina, que distas apenas doze léguas de São João Batista e do Rio Verde. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume X, 1905. Páginas 501 e 502]



7° fonte: Capitanias Paulistas. Benedito Calixto de Jesus (1853-1927)
Entre estes, os mais notáveis Este "caminho velho" fraldeava as serras do Bananal e Cahêpupú até o entroncamento com a cordilheira marítima (tapera do Índio Roque), dirigindo-se dali para os sertões de Sorocaba, Araçariguana, Araritaguaba etc. Era nessa região, cortada pelos dois caminhos - do gado e da aldeia velha (Paraná-mirim) - que estavam situadas as minas de Araçoiaba e as legendárias terras auríficas de Botucavarú, Lagoa Dourada e outras, das quais os aranzéis (roteiros antigos) nos dão notícias. O morro e cachoeira do Mineiro, nas proximidades de Mongaguá, entre Aguapeí e Rio Branco, indicam ainda, na nomenclatura geográfica de Itanhaém, a preocupação constante dos seus primitivos povoadores.



8° fonte: “Sorocaba e os castelhanos”, Aluísio de Almeida, codinome de Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Diário de Notícias, página 13



9° fonte: Maniçoba, porta do Paraguai, Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Correio Paulistano, 08.09.1940
Maniçoba, "junto de um rio donde embarcam para os carijós". A expressão "carijós" designação os nativos que habitavam o sertão imediato a Piratininga e anterior ao Paraguai, tendo por limites, mais ou menos, no litoral de Cananéia até Laguna, onde começavam os Patos, e no interior as bacias do Tietê e Paranapanema até o Uruguai, porém com os guaranis à margem esquerda do segundo destes rios, no Guaíra.



10° fonte: Revista do Arquivo Municipal, Volumes 85-87
(...) pelo Apotribú, isto é, esgalhando-se da estrada de Itú, procurava a serra do Piragibú e daí a Parnaíba, vale do Tietê até São Paulo. Mas é de notar que em época tão remota já o fundador de Sorocaba tivesse construído a maior ponte que existiu em todo o sul do Brasil até o Senhor D. Pedro I.



11° fonte: “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil



12° fonte: “Memória Histórica de Sorocaba” II. Luís Castanho de Almeida (1904-1981)



13° fonte: Previsão da obra de acesso a rodovia Castelo Branco era de 18 meses



14° fonte: “Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP
Nos dois primeiros séculos de Brasil, a crença em uma anterior estada física de São Tomé, estava acima de dúvidas. Fizera um intervalo em suas tarefas na Índia para vir falar de Cristo aos nossos nativos. Na crônica daqueles anos não há voz discordante.

Em 1515, a "Nova Gazeta da Terra do Brasil", refere-se a "lembrança que os nativos tinham de São Tomé, cujas pegadas quiseram mostrar aos portugueses". [Página 5]

De São Vicente, via Piaçaguera e Cubatão, o caminho subia a serra para ir aquietar-se lá no outro oceano.

“Com seus oito palmos de largo não era nisso inferior a algumas ruas principais da Lisboa quinhentista”.

Quanto aos largos lances do traçado, vigora uma quase unanimidade. Taunay teve em mãos mapas que teriam pertencido a D. Luís Antônio de Sousa, graças aos quais pode esmiuçais o caminho:

Saindo de São Paulo, passando por Sorocaba, pela fazenda de Botucatu que foi dos Padres da Companhia, dirigindo-se a São Miguel, junto ao Paranapanema, e costeando êsse rio pela esquerda, tocando em Encarnación, Santo Xavier e Santo Inácio, onde em canoa descia o Paranapanema e subia o Ivinheima até quase à suas nascenças (...)

O roteiro traçado por Batista Pereira: “uma picada de 200 léguas que, com duas varas de largura, ia do litoral até Assunção do Paraguai, passando por São Paulo. Passava na várzea da cidade, bifurcando-se no rumo das futuras Itu e Sorocaba”. [Página 10]



15° fonte: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo
Seguiu a expedição pelo velho caminho nativo do Peabiru (ou caminho de São Thomé) que levava aos Campos Gerais: Pinheiros, Apotribu, Quitaúna, Barueri, Araçoiaba, Pequiri, Iguaçú... Nos campos do Iguaçú, ultrapassando o Tibagi, a vanguarda da expedição levantou paliçada nas vizinhanças de redução de Encarnação. E ali permaneceram em sondagens, sem atacar, como em armistício, durante 4 meses (outubro de 1628 a fevereiro de 1629).



16° fonte: O Segredo dos Incas, 1978. Jean-Claude Valla
O curso, a partir de São Vicente, subia a serra para chegar no Planalto Piratininga e seguir aditante, passando pelos atuais municípios de São Paulo e Sorocaba, até o pé da serra em Botucatu, de onde:

- "(...) se dirigia ao vilarejo que tem ainda o malsoante nome de Avaré - (Abaré, o desagradável sobrenome do padre Zumé), a duzentos e setenta quilômetros, aproximadamente, ao nordeste. De lá ele obliquava em direção ao oeste, depois ao sudoeste, passava pelas atuais cidades de Ourinhos, onde transpunha o Paranapané (hoje Paranapanema), de Cambaré (Cambará) e (Cornélio) Procópio, atravessava o rio Tibagi, atingia Londrina, depois, por Apucarana, após ter transposto o Huybay (mais corretamente Ivaí), burgo que se chama ainda hoje Peabiru. Descia em seguida em direção sul-sudoeste até a embocadura do Iguaçú. Ou seja, por alto, um percurso de mil quilômetros (...)".



17° fonte: Lendas e Tradições da América, Marcus Cláudio Acquaviva
Batista Pereira, citado por Marcus Cláudio Acquaviva, considerava o Peabiru “ uma picada de 200 léguas que, com duas varas de largura, ia do litoral até Assunção do Paraguai, passando por São Paulo. Passava na várzea da cidade, bifurcando-se no rumo das futuras Itu e Sorocaba”.



18° fonte: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo
A direção geral do caminho entre Piratininga e São Vicente corre rumo de Sul-sudeste. A vereda de nativos saguia essa diretriz com uma precisão admirável, e tão somente dela se apartava nos chamados pontos obrigados, como sejam gargantas das serras, ou porto de mar a atingir. Esses pontos obrigados, que os nativos sabiam procurar como ninguém, são: o fundo do campo a que acima nos refermos, a gargante do Botujurú nas cabeceiras do mencionado rio dos Meninos, a garganta do Perequê na serra de Paranapiacaba, e o porto ou apeaçaba onde se deviam tomar cas canôas para se alcançar as praias do mar. (Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, 1998. Página 14)



19° fonte: Dagoberto Mebius - A História de Sorocaba para crianças e alunos do Ensino Fundamental I
Quando Pedro Álvares Cabral tomou posse das terras brasileiras em 1500, Portugal ainda não sabia o que havia por aqui. Tinham apenas uma vaga idéia do tamanho da posse que lhes cabia por ordem do tratado de Tordesilhas.

Em 1589, Afonso Sardinha, um português aventureiro, rico e vereador em São Paulo era dono de uma mina de “faiscar” ouro perto do morro do Jaraguá, veio juntamente com seu filho mameluco (filho de branco com índia), conhecido como “o mameluco do Afonso Sardinha” (mais tarde é que ele assume verdadeiramente o nome do pai).

Ambos vieram procurar riquezas nestas terras, porque alguns índios-escravos diziam: “além do Voturuna, depois do Araçaryguama, bem perto do rio que vem do Vuturaty, que passa pelo Itavuvu e chega ao Biraçoiava, há uma imensa “lagoa de ouro” guardada por “nhangá” e aquele que a ela chegar ficará muito rico.” [Página 12 do pdf]



20° fonte: Jornal Cruzeiro do Sul
A trilha principal passava pela Aparecidinha, em direção a Sorocaba, seguindo a margem do rio Sorocaba até a rua Padre Madureira; desembocava na Avenida São Paulo e, depois de cruzá-lo, seguia pelas atuais ruas 15 de Novembro e de São Bento, praça Carlos de Campos, ruas 13 de Maio, da Penha e Moreira César, praça 9 de Julho, avenidas General Carneiro e Dr. Luiz Mendes de Almeida e daí em diante pela Estrada do Ipatinga.

Ainda no traçado urbano atual, ocorriam trilhas secundárias em direção a diferentes pontos de Sorocaba e região: a estrada da Caputera (rua Pedro José Senger), Salto do Votorantim (início da rua Coronel Nogueira Padilha, ruas Newton Prado e Campos Sales) e Vossoroca (rua Artur Gomes, avenidas barão de Tatuí e Antonio Carlos Comitre) Havia dois caminhos, quase paralelos, em direção ao morro do Araçoiaba: um pelas ruas Souza Pereira, Hermelino Matarazzo e avenida Ipanema, bifurcando-se em direção ao morro e ao Itavuvu; outro pela praça Coronel Fernando Prestes, ruas Cel. Benedito Pires e Francisco Scarpa, praça da Bandeira e avenida General Osório.



21° fonte: Revista do Arquivo Municipal. 30 anos do Departamento do Patrimônio Histórico da Cidade de São Paulo
De todas as trilhas indígenas que percorriam o planalto a mais célebre é, sem dúvida, o Peabiru. De importância continental, desde remotas eras pré-colombianas essa grande artéria sul-americana unia à costa atlântica a populosa mesopotâmia paraguaia, habitada pelos índios carijós ou guaranis. Formada de um tronco e várias ramificações, uma delas atingia a região vicentina, regularmente freqüentada pelos tupiniquins, moradores do planalto paulistano (PETRONE, p. 35-44).

Consistindo numa picada de 200 léguas (1200 km) de extensão, este último ramal, segundo a descrição do Padre LozanoS. J., possuía oito palmos de largura (1,76m) e seu leito, forrado por uma gramínea que impedia o crescimento de outra vegetação, apresentava um rebaixamento de 40 centímetros em média em relação ao solo adjacente. Posteriormente chamada pelos jesuítas de Caminho de São Tomé (identificado com Sumé, o herói civilizador do mito tupi), a famosa trilha permitiu que, em sentido contrário, a partir da costa brasileira os conquistadores atingissem o Paraguai e desse ponto fosse possível alcançar as fabulosas riquezas do longínquo Peru (HOLANDA, 2000, p. 142-144).

Tal fato revela que, naquele tempo, além do intenso desejo dos jesuítas de ir converter os carijós, havia uma fortíssima motivação política e econômica a instigar a penetração lusa em direção à região paraguaia. A questão das Molucas, provocada no Oriente pelos espanhóis, fizera recuar a linha demarcatória do Tratado de Tordesilhas para o Ocidente. No Brasil, essa linha deveria retroceder também para o Ocidente, de maneira a deixar os mesmos 180º de cada parte. Com esse deslocamento, imaginavam os portugueses, Assunción, cidade espanhola erguida em 1537 no meio dos carijós e à beira do caminho do opulento Peru, certamente passaria à pertencer coroa lusitana, crença compartilhada durante certo tempo pelo próprio D.João III (LEITE, v.1, p. 448 e nota n.6).



22° fonte: Caminhos e descaminhos: a ferrovia e a rodovia no bairro Barcelona em Sorocaba/SP, 2006. Emerson Ribeiro, Orientadora Drª. Glória da Anunciação Alves
Estes caminhos Inhaíba, Passa-três e Caputera estão próximos ao bairro Brigadeiro Tobias no município de Sorocaba, vindo de São Paulo pela rodovia Raposo Tavares sentido Sorocaba. O caminho da direita vindo hoje de pinheiros tomaria o sentido não exato do que é hoje a rodovia Castelo Branco, saindo do planalto para a depressão periférica encontrando Tatuí e a serra de Botucatu, a que lembrarmos que vários caminhos se cruzavam vindo de vários povoados (fundados) levando os bandeirantes à caça de índios e mais tarde o surgimento de um comércio de pequenas trocas nesses lugarejos.



23° fonte: “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP
O outro ramal saía de São Vicente, passando pela serra de Paranapicaba, subindopela Piaçaguera de cima, até alcançar o planalto de Piratininga, num trajeto proposto pelo engenheiro Bierrembach de Lima (Fig. 5, no último capítulo). Este caminho é apenas citado no Diário de Pero Lopes, quando relata sobre um grupo de portugueses que Martim Afonso deixara no planalto, em vista da instalação de uma povoação.

Chamado de Trilha dos Tupiniquins tal rota apresentava muitos riscos, pois, como escreveu Vasconcelos, “os Tamoios contrários, que habitavam sobre o rio Paraíba, neste lugar vinham esperar os caminhantes de uma e outra parte, e os roubavam e cativavam e comiam”229. Com o tempo foi abandonado, quando se abriu o Caminho Novo ou o Caminho do Pe. José, que se tornou a comunicação mais utilizada para o planalto.



24° fonte: Manual de Técnicas de Projetos Rodoviários, 2008



25° fonte: Primeira estrada paulista faz 479 anos sem asfalto. Jornal O Estado de São Paulo
Uma das primeiras estradas do Brasil, construída em 1531 no litoral sul paulista, por ordem de Martim Afonso de Souza, continua sem asfalto. A atual rodovia SP-193 completou 479 anos no dia 1º com o trecho principal de 29 km, entre Cananeia e Jacupiranga, ainda em terra batida. A estrada foi construída por Pero Lobo, irmão de Martim Afonso, sobre o caminho indígena Peabiru, na tentativa dos portugueses de achar ouro no Vale do Ribeira. Agora os prefeitos querem que ela seja asfaltada e transformada em via turística. A Associação das Prefeituras de Cidades Estância do Estado de São Paulo encampa o movimento pela pavimentação. No domingo, moradores e usuários fizeram manifestações em Cananeia e Jacupiranga. O secretário de Turismo do Estado, José Benedito Fernandes, informou que a proposta está em estudos. Segundo o prefeito de Cananeia, Adriano Cesar Dias (PSDB), a via conhecida como Estrada do Canha liga o litoral à região de cavernas do Vale do Ribeira. É importante também para o escoamento da produção agrícola, sobretudo leite e banana. O historiador Jorge Ubirajara Proença acredita que a SP-193 foi a primeira estrada oficial aberta no Brasil.



26° fonte: “Boa Ventura! A Corrida Do Ouro No Brasil” (1697-1810). Lucas Figueiredo
Não havia caminho que ligasse São Paulo ao sertão; apenas trilhas de índios, estreitas e traiçoeiras, por onde era possível passar somente uma pessoa de cada vez. Os homens brancos que se dispunham a embrenhar-se por essas veredas, além de serem desassombrados, precisavam ser fortes e resistentes, já que o itinerário raramente seguia na linha horizontal. Era um subir e descer constante por serras rochosas que podiam se elevar a quase 3.000 metros acima do nível do mar. Poucos lugares na colônia eram tão altos. O que parecia um problema na verdade eram dois: tendo de subir os morros de quatro, usando as mãos para agarrar raízes e pedras, ficava-se à mercê das flechas dos índios.



27° fonte: Evolução Urbana de Sorocaba, 2012. Andressa Celli, Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Ao analisar o desenho atual da área urbana de Sorocaba, constatamos muitas semelhanças com relação ao seu antigo desenho, no que concerne à ocupação e ao sistema viário. Notamos que a ocupação formada por algumas das tribos deram origem a núcleos urbanos dispersos os quais, ainda hoje, constituem bairros periféricos de Sorocaba. O Éden é um exemplo disso.

Em relação à malha viária de Sorocaba, vimos que o traçado das ramificações da trilha principal do Peabiru foi absorvido pelo espaço de assentamento, ou seja, esses caminhos permaneceram inseridos no atual desenho da cidade.

Dessa forma, observamos que essas ramificações se transformaram em ruas e, mais tarde, em avenidas. Essa afirmação pode ser corroborada a partir da leitura da descrição e do croqui que seguem, respectivamente:

A trilha principal passava pela Aparecidinha, em direção a Sorocaba, seguindo a margem do rio Sorocaba até a rua Padre Madureira; desembocava na Avenida São Paulo e, depois de cruzá-lo, seguia pelas atuais ruas 15 de Novembro e de São Bento, praça Carlos de Campos, ruas 13 de Maio, da Penha e Moreira César, praça 9 de Julho, avenidas General Carneiro e Dr. Luiz Mendes de Almeida e daí em diante pela Estrada do Ipatinga. Ainda no traçado urbano atual, ocorriam trilhas secundárias em direção a diferentes pontos de Sorocaba e região: a estrada da Caputera (rua Pedro José Senger), Salto do Votorantim (início da rua Coronel Nogueira Padilha, ruas Newton Prado e Campos Sales) e Vossoroca (rua Artur Gomes, avenidas barão de Tatuí e Antonio Carlos Comitre) Havia dois caminhos, quase paralelos, em direção ao morro do Araçoiaba: um pelas ruas Souza Pereira, Hermelino Matarazzo e avenida Ipanema, bifurcando-se em direção ao morro e ao Itavuvu; outro pela praça Coronel Fernando Prestes, ruas Cel. Benedito Pires e Francisco Scarpa, praça da Bandeira e avenida General Osório. (Jornal Cruzeiro do Sul, 2004, p. 20) [Página 44]

Era preciso, para tanto, que o espaço de assentamento estivesse em uma posição mais estratégica, que favorecesse o desenvolvimento de uma função administrativa. Baltasar Fernandes, fundador do povoado de Sorocaba (1654), tinha conhecimento dessa premissa. Tanto que, “embora tivesse conhecimento da existência do povoado de São Felipe [Itavuvu], escolheu um novo sítio na margem esquerda do rio Sorocaba” para a fundação da vila.

Esse sítio transformou-se no núcleo central do povoado de Baltasar Fernandes (Santos, 1999, p. 72). Além disso, as (...) sesmarias a ele [Baltasar Fernandes] doadas, ficavam exatamente no caminho percorrido pelos bandeirantes vindos de São Paulo, em suas viagens de caça aos índios nas missões jesuíticas. (Jornal Cruzeiro do Sul, 2004, p. 53)

Sendo assim, podemos dizer que o fator que justificou o deslocamento do povoado para a outra margem do rio, apesar da sua difícil transposição, foi o de localização. Esse novo lugar permitiu que o povoado estivesse mais próximo da rota dos bandeirantes. Essa escolha de Baltasar Fernandes garantiu não só a sobrevivência do povoado, mas também – e principalmente – o seu desenvolvimento.

A partir dessas premissas é que Baltasar Fernandes fundou o povoado de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba (1654). Esta, por sua vez, demonstrou-se ideal para o desenvolvimento do espaço de assentamento que, em pouco tempo, constituiu-se Vila (1661). [Página 47]



28° fonte: Santos, Heróis ou Demônios? Sobre as relações entre índios, jesuítas e colonizadores na América Meridional (São Paulo e Paraguai/Rio da Prata, séculos XVI-XVII), 2012. Fernanda Sposito. Tese apresentada ao Programa de Pós Graduação em História Social da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutora em História. Orientador: Prof. Dr. Pedro Puntoni
Uma rota importante, que representa o grande interesse e conexão entre a vila de São Paulo e o lado espanhol da América, era aquela que, partindo da capitania vicentina, chegava à região do Guairá e culminava nos atuais territórios de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Aventa-se que tal caminho, por sua vez, seria um aproveitamento de trajetos pré-coloniais, denominado Peabiru, que passaram a ser utilizados pelos exploradores desde os primeiros anos da conquista da América, mas cuja autenticidade, segundo Sérgio Buarque de Holanda, seria difícil de verificar, uma vez que se mistura aos “motivos edênicos” da colonização. Isso porque os religiosos buscavam encontrar nos relatos de nativos das diversas partes da América indícios de que São Tomé tivesse vindo ao continente, segundo interpretavam a partir de algumas passagens bíblicas. Para os jesuítas, como Montoya, se os índios diziam que fora um antigo ser mítico, Zumé, que teria lhes legado tal caminho, isso seria a prova da vinda de São Tomé, o que fez com que o Peabiru fosse rebatizado pelos padres como Caminho de São Tomé.

Na versão que da abertura dessa estrada nos conservou o Padre Antônio Ruiz de Montoya, da Companhia de Jesus, alude-se à fama corrente em todo o Brasil, entre os moradores portugueses e aos naturais que habitavam a terra firme, de como o santo apóstolo principiou a caminhar por terra desde a Ilha de São Vicente, “em que hoje se vêem rastros, que manifestam esse princípio de caminho [...], nas pegadas que [...] deixou impressas numa grande penha, em frente à barra, que segundo público testemunho se vêem no dia de hoje, a menos de um quarto de légua do povoado”. “Eu não as vi”, pondera o missionário, mas acrescenta que à distância de duzentas léguas da costa, terra adentro, distinguiram, ele e seus companheiros, um caminho ancho de oito palmos, e nesse espaço nascia certa erva muito miúda que, dos dois lados, crescia até quase meia vara, e ainda quando se queimassem aqueles campos, sempre nascia a erva e do mesmo modo. “Corre este caminho”, diz mais, “por toda aquela terra, e certificaram-se alguns portugueses que corre muito seguido desde o Brasil, e que comumente lhe chamam o caminho de São Tomé, ao passo que nós tivemos a mesma relação dos índios de nossa espiritual conquista”. [Páginas 42, 43 e 44]

No entanto, Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) é mais categórico. Para ele, não só é possível afirmar que tal rota existiu, como se poderia delimitar seu trajeto. Assim, o Peabiru teria cerca de 200 léguas (1.200 quilômetros), iniciando-se em São Vicente, subia para São Paulo, passando por Sorocaba, Botucatu, seguindo pelo rio Paranapanema e atingindo o rio Tibagi (no território do atual Estado do Paraná).

Nesse ponto, abria-se uma bifurcação: o primeiro caminho descia ao sul, em direção aos Patos (atual território de Santa Catarina) e o segundo seguia o Paranapema até a confluência com o rio Paraná, em direção ao norte. A partir daí, entrava-se no rio Ivinheima (afluente da margem esquerda do Paraná) e, por terra, chegava-se à Vacaria, culminando no território do atual Mato Grosso do Sul. Estas rotas indicariam, portanto, os meios de acesso através da capitania de São Vicente às regiões das reduções do Guairá, Itatim, Uruguai e Tape.

Os dois núcleos principais em torno dos quais gravitam as questões abordadas nesse trabalho – São Paulo no Brasil e Assunção nas Índias de Castela – estavam sob jurisdição de cada um dos reinos, mas também foram governadas por uma só Coroa durante a União Ibérica (1580-1640). Nesse sentido, olhar sobre a região e estas localidades específicas permite-nos uma análise de como o cenário político europeu, as sucessões dinásticas e as disputas entre os reinos repercutiam na administração colonial e no cotidiano de seus habitantes.

Para alguns historiadores, esse é um tema de suma importância e buscou-se mostrar como a União Ibérica influenciou numa maior proximidade e conexões entre as partes espanhola e portuguesa da América meridional, como fizeram diversos estudos, tais quais de Alice Canabrava, Rafael Ruiz e José Carlos Vilardaga. Os núcleos principais distavam entre si cerca de 1.300 km de distância. Como discutido acima, essas fronteiras, além de não demarcadas, eram altamente permeáveis, a despeito das reiteradas proibições de livre circulação por parte de cada um dos reinos. [Páginas 44 e 45]



29° fonte: João Barcellos - “Mairinque: Entre o Sertão e a Ferrovia”
O velho Piabiyu dos guaranis, que tantos sonhos realizou a aventureiros portugueses e castelhanos, italianos e alemães, é agora a planta naturalíssima em que assentam as novas vias da comunicação portuguesa em solo tropical, seja pelas bandas da Cahatyba e do Ybiraçoiaba, seja pelas bandas do Wotucatu a adentrar o caminho dos Goyazes, enquanto lá ao sul continua dura a batalha pela posse da "rabeira" da tal linha de Tordesilhas à sombra da Colônia de Sacramento e sob a cristalina saudação do Rio da Prata. [Página 11]



30° fonte: História de Carapicuíba. João Barcellos
É com Affonso Sardinha, o Velho, que o Rio Jeribatiba ganha os primeiros contornos de base estratégica. O que ele faz? Ganha sesmaria para construir uma ponte para acesso das pessoas que vivem em ambas as margens e, com isso, constrói a sua primeira fazenda aqui mesmo, no "ybitátá"; da fazenda segue o curso do velho "piabiyu" (Caminho do Peru) guardado pelos guaranis da linhagem M´Byá, também ditos Karai-Yo (ou Carijós), quando dá de frente com a aldeia goayanaz chamada Carapocuyba, com portinho para outro rio, o Anhamby, tendo à sua margem esquerda outra aldeia, mas guarani - a Koty (depois, Acutia, Cotia), perto do mesmo rio. "Se eu tomar a Carapocuyba, vou ter acesso ao Anhamby e ao Jeribatiba, e posso chegar logo ao ouro do Ybyturuna, ao ferro do Byraçoiaba, e ao mesmo tempo combater os selvagens para tomar o ouro do Pico do Jaraguá (Jaraguá = Senhor do Vale)", deve ter pensado. E foi o que ele fez... Apesar de ser presidente da Câmara de Vereadores de São Paulo, ou simplesmente vereador, Affonso Sardinha, o Velho, tem tempo para se estabelecer como o mais poderoso colono e capitalista luso-paulista, de tal sorte que passa a ser o principal financiador da expansão jesuítica para o sul com doações em gado, dinheiro e escravizados, negros e nativos.

A ligação estratégica entre o Anhamby e o Jeribatiba, com o Pico do Jaraguá de atalaia, onde constrói a sua principal fazenda, torna Affonso Sardinha um rei sem coroa, mas com muito poder.



31° fonte: Requalificação do matadouro municipal de Sorocaba. Trabalho de Graduação Final de Mônica Pinesso Cianfarini. Orientadora: Regina Andrade Tirello. Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Arquitetura



32° fonte: Diagnóstico Arqueológico Interventivo na área de influência da duplicação da rodovia Bunjiro Nakaro (SP-250), 2014. Municípios de Vargem Grande Paulista, Cotia e Ibiúna, estado de São Paulo, 2014. Osvaldo Paulino da Silva
Segundo o historiador João Barcellos estas Koty foram identificadas até a Ilha de Santa Catarina por Hans Staden, que grafou Acutia. Estes pontos estratégicos foram de grande importância nas duas etapas de instalação dos povos europeus no Brasil: na fase das navegações, onde foi privilegiado o contato humano e as trocas mercantis; e na fase de instalação em terras brasileiras pela aristocracia portuguesa, baseada no antigo conceito feudal da posse da terra e do capital.

A sede atual do município de Cotia não está localizado no mesmo local de fundação da primeira Koty, pois a mesma, após a intervenção da Família Sardinha, século XVIII (1701-1800) perdeu sua qualidade funcional (as aldeias que não se moldavam à mobilidade econômica dos luso-paulistas desbravadores tendiam a desaparecer ou mudar sua localização no território).

Conforme discorre Barcellos, a manutenção do nome do município (não somente de Cotia, mas de diversos na região: Koty, Carapocuyba, Barueri, entre outros) talvez tenha se dado pela importância que o Padre Manuel da Nóbrega dava às informações sobre as rotas do Piabiyu, aproveitadas pelos europeus e transformadas (no caso desta região do estado de São Paulo) em rota continental da circulação de riquezas e da expansão colonial:

Com a organização de Asunción e a reorganização de Buenos Aires, a linha comercial entre essas regiões da dita América espanhola e os ´barões´ libertinos luso-americanos que nelas apostam seus ´cabedais´, verifica-se a ascensão política e mercantil da região itaquiana [Koty, Carapocuyba, Santa de Parnaíba, Barueri], e tudo isso, sob o riso escancarado do político e minerador e banqueiro Afonso Sardinha [o Velho], porque é o Piabiyu o caminho que mais engorda os negócios entre lusos e castelhanos. Quando Cotia ainda era denominada aldeia guarani Koty localizava-se nas proximidades da aldeia goayanaz de Carapocuyba, “que também era um portinho de ligação ao rio Anhamby” (atual Tietê).

Esta instalação poderia ser observada do Pico do Jaraguá e assim se definia: ligação em direção ao planalto de Piratininga ou caminho inverso na direção dos campos (Sorocaba) e na ligação de Sorocaba para Araratiguaba (atual Porto Feliz), sendo o mais importante porto do Anhemby em direção aos paranás. Sua principal função era de abastecimento e cobertura logística. Esta trilha foi utilizada pelas bandeiras de Fernão Dias Paes e Antônio Raposo Tavares durante o século XVII. [Páginas 20 e 21]



33° fonte: Caminho do Mar coleciona nomes e histórias, Liz Batista, jornal O Estado de de São Paulo



34° fonte: “Sinalização Tupi-Guarani & Luso-Catolicismo”, João Barcellos



35° fonte: “A arquitetura na reprodução da memória: o caminho de Peabiru”. Anderson Franciscon, Caroline Salgueiro da Purificação Marques e Mauricio Hidemi Azuma
O Peabiru foi o principal caminho pré-colombiano existente na América e estas características já vêm sendo descritas desde o século XVI. Igor Chmys constou que o Caminho não subia elevações, mas sim as contornava, sendo, portanto, bastante sinuoso, explica Casemiro (2010a). Bond (2009), descreve que o Caminho era forrado “pavimentado”, e o material utilizado mudava de acordo com a região, pois atravessava “pântanos, selvas, rios, pedreiras, areias, entre outros”, sendo considerado uma verdadeira obra de engenharia.

Em território brasileiro o Caminho era forrado por gramíneas, e à medida que se aproximava do Império Inca era forrado por pedras, em alguns locais como o Chaco paraguaio, era demarcado por estacas. Há indícios de trechos em território brasileiro forrados por pedras nas proximidades da aldeia de Meruri e do Rio Miranda, ambas as localidades situadas no estado do Mato Grosso, explica Bond (2009).

Nos locais onde o Peabiru era forrado com gramíneas, seus construtores plantavam ervas, que produziam sementes glutinosas em alguns trechos, para que quando algum homem ou animal passassem por ele, as sementes grudavam em suas pernas, sendo disseminadas em outros trechos. Esta forragem tinha duas funções retentoras: barrar a erosão, e a invasão de outras plantas sobre o Caminho, fazendo com que o Peabiru funcionasse como um corredor, estando sempre livre e limpo.



36° fonte: A Saga de Balthazar Fernandes, jornal Diário de Sorocaba, 15.08.2018



37° fonte: Estrada do Padre Dória (1832-1842): estudo de geografia histórica nos caminhos da Serra do Mar, 2019. Alexandre da Silva. USP. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Geografia
Trilha dos Tupiniquins
Trajeto: Vertente esquerda do Vale do Rio Mogi
Tipo: Picada
Rampa Máxima: Muito variável
Largura média: 0,60m
Conceito tecnológico básico: Chão batido
Grau de interferência nas encostas: Nenhum
Período: Até 1500
Principal meio de transporte: A pé
Aportes tecnológicos: Empirismo
Principal objetivo: Acesso ao litoral



38° fonte: Caminho do Peabiru - Marcos Ensina, 14.07.2021






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