1° fonte: “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
Fique cérto, todavia, que,
Acreditamos que o commandante dessa expedição tenha
sido mesmo André Gonçalves, porquanto D. Nuno linha
por occasião da partida da Armada, acabado de perder o
irmão, grande válido do Rei D. Manoel, que por isso mesmo
havia de lhe respeitar a dor, e mais, porquê em Outubro de
1502, poucos dias portanto, apóz o retorno da mesma ex-
pedição, seguia D. Nuno Ma-
noel no séquito do rei de
Portugal acompanhando-o a
São Thiago de Compostella,
na Galliza, como seu Almota-
cé-Mór, o que não seria natu-
ral se elle ainda estivésse sob
as canseiras de semelhante
viagem ao Brasil. se D. Nuno não veio desta vez
ao Brasil, veio pelo menos em
1514 com Ghristovam do Ha-
ro, trazendo como piloto a
João de Lisboa; e, Gapistrano
de Abreu diz ainda ser prová-
vel que tenha sido elle o capi-
tão-mór da fróta de 1506 (2),
e, nesse caso, trazendo como
pilotos a Vasco Gallego de
Carvalho e João de Lisboa.
Quanto a Antonio Rodrigues, ao que já se acha divulgado
a seu respeito, accrescentaremos que a sua vinda déve pren-
der-se á Armada de D. Nuno Manoel, Christovam do Haro
e João de Lisboa, de 1514, viagem citada por Capistrano de
Abreu, á pag. 60 da sua importante óbra "O descobrimento
do Brasil", a não ser que se pretenda, que também Rodri-
gues, tenha sido um dos elementos da expedição de Sólis,
o infortunado descobridor do "rio da prata", o que é tão
acceitavel quanto a primeira hypóthese.