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RASULCabeza de Vaca desembarca em Santa Catarina 29/03/1541 5 fontes 1° fonte: Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil Do rio de São Francisco ao dos Dragos são cinco léguas, pelo qual entram caravelões, e tem na boca três ilhéus. Do rio dos Dragos à baía das Seis Ilhas são cinco léguas; e dessa baía ao rio Itapucuru são quatro léguas, o qual está em vinte e oito graus escassos; e corre-se a costa do Itapucuru até o rio de São Francisco norte-sul. Este rio acima dito, a que outros chamam Jumirim, tem a boca grande e ao mar dele três ilhetas, pela qual entram caravelões; e corre-se por êle acima leste-oeste, pelo qual entra a maré muito, onde há boas pescarias e muito marisco. A terra deste rio é alta e fragosa, e tem mais arvoredos que a terra atrás, especialmente águas vertentes ao mar. A terra do sertão é de campinas, como a da Espanha, e uma e outra é muito fértil e abastada de caça e muito acomodada para se poder povoar, porque se navega muito espaço por ela acima. [Página 117]
2° fonte: Recueil complet des traite´s, conventions, capitulations, armistices et autres actes diplomatiques de tous les e´tats de l´Amérique latine compris entre le golfe du Méxique et le cap de Horn, depuis l´anne´e 1493 jusqu´a` nos jours, pre´ce´de´ d´un me´moire sur l´e´tat actuel de l´Améique, de tableaux statistiques, d´un dictionnaire diplomatique, avec une notice historique sur chaque traite´ important. Carlos Calvo (1822-1906) (..) em 29 de março de 1541, e sabendo ali por alguns castelhanos o mau estado em que se encontrava o resto do Rio da Prata, resolveu passar por terra a Buenos Aires e, portanto, apressar sua viagem; mas sabendo que as dificuldades eram muito grandes para sair da tentativa, e aquelas que se ofereciam pelo Rio Itabucu, distante 20 léguas de Santa Catalina, não eram tão intransponíveis, empreendeu-o por ele, em 8 de outubro do mesmo ano de 1541, e chegou à cidade de Assunção (onde os espanhóis haviam se retirado de Buenos Aires), em 11 de março de 1542, sendo ali recebido pelo governador daquela cidade, por meio da morte de D. Pedro de Mendoza, retornando à Espanha, e de D. Juan Ayolas, que ele havia nomeado seu herdeiro em sua segunda vida em virtude do governo, para o qual tinha autoridade. [Página 238]
3° fonte: Los comentarios de Alvar Núñez, por Alvar Núñez Cabeza de Vaca, 192. Pedro Hernández, Instituto Paraguayo O Governador, ao receber uma lista dos nove cristãos, pareceu-lhe que, para ajudar mais rapidamente os que estavam na cidade da Ascensão e os que residiam no porto de Buenos Aires, deveria procurar um caminho através da Terra Firme de a ilha, para poder entrar por ela nas partes e lugares já mencionados, onde os cristãos, e que os navios poderiam ir ao porto de Buenos Aires por via marítima, e contra a vontade e opinião do contador Felipe de Cáceres e do piloto Antonio López, que queriam que ele fosse com toda a marinha até o porto de Buenos Aires, de a ilha de Santa Catalina enviou o factor Pedro Dorantes para descobrir, e buscar um caminho pela Tierra Firme e porque aquela terra foi descoberta; em que descoberta o rei de Portugal foi morto por muitas pessoas os índios nativos; que disse que Pedro Dorantes, por ordem do Governador, partiu com alguns cristãos espanhóis e índios, que o acompanharam para guiá-lo e acompanhá-lo na descoberta.
Três meses e meio depois que o feitor Pedro Dorantes partiu para descobrir a terra, ela voltou para a ilha de Santa Catalina, onde o Governador a esperava; e entre outras coisas sobre seu relato, disse que, tendo atravessado grandes serras e montanhas e terras muito desabitadas, chegara ao que dizem ser o Campo, que é onde começa a terra povoada, e que os nativos da ilha diziam que eram mais seguros e perto da entrada para chegar à terra povoada, por um rio a montante, que se chama Itabucu, que fica na ponta da ilha, a dezoito ou vinte léguas do porto.
Sabendo disso pelo Governador, mandou então ver e descobrir o rio e seu continente por onde deveria caminhar; que, vendo e sabendo, resolveu fazer a entrada ali, tanto para descobrir aquela terra que não tinha sido vista ou descoberta, como para ajudar mais brevemente os espanhóis que estavam na província;
4° fonte: Referências e teorias sobre o nome Itapocu. Correio do Povo, de Jaraguá do Sul. José Alberto Barbosa
5° fonte: O caminho do Monte Crista: um panorama de sua historicidade, 2014. Romão Kath e Dione da Rocha Bandeira Na história do governador Cabeza de Vaca, os indígenas da Ilha de Santa Catarina tiveram uma participação fundamental, pois foram eles que informaram ao governador um caminho seguro que conheciam para chegar por terra à região que desejava:
“a maneira mais segura e próxima de entrar para a terra povoada era por um rio que estava um pouco acima, chamado Itabucu, que está na ponta da ilha, a dezoito ou vinte léguas desse porto” (CABEZA DE VACA, 2007, p. 117).
Cabeza de Vaca enviou para averiguar a informação o feitor Pedro Dorantes, que retornou após três meses e meio e confirmou a existência do caminho.
Partiu para Buenos Aires 08/10/1541 2 fontes 1° fonte: Recueil complet des traite´s, conventions, capitulations, armistices et autres actes diplomatiques de tous les e´tats de l´Amérique latine compris entre le golfe du Méxique et le cap de Horn, depuis l´anne´e 1493 jusqu´a` nos jours, pre´ce´de´ d´un me´moire sur l´e´tat actuel de l´Améique, de tableaux statistiques, d´un dictionnaire diplomatique, avec une notice historique sur chaque traite´ important. Carlos Calvo (1822-1906) (..) em 8 de outubro do mesmo ano de 1541, e chegou à cidade de Assunção (onde os espanhóis haviam se retirado de Buenos Aires), em 11 de março de 1542, sendo ali recebido pelo governador daquela cidade, por meio da morte de D. Pedro de Mendoza, retornando à Espanha, e de D. Juan Ayolas, que ele havia nomeado seu herdeiro em sua segunda vida em virtude do governo, para o qual tinha autoridade. [Página 238]
2° fonte: O caminho do Monte Crista: um panorama de sua historicidade, 2014. Romão Kath e Dione da Rocha Bandeira O governador partiu da Ilha de Santa Catarina em 18 de outubro de 1541. Chegando ao local indicado, desembarcou da nau com os seus soldados e também com indígenas, que serviram de guias na expedição. Dessa forma começou a longa jornada a pé até a cidade de Ascensión (Assunção), cuja chegada está registrada em 11 de março de 1542.
Cabeza de Vaca parte da foz do Itapocú 29/11/1541 6 fontes 1° fonte: Carta reducida que comprehende los reconocimentos practicados por las primeiras y segundas Subdivisiones Españolas y Portuguesas de los Señores Dn. Jose Varella y Ulloa Comisario Principal Director, Dn. Diego de d´Abear, el Teniente General Luciano Sebastian Xavier da Vega Cabral da Camara, y el Coronel Francisco Juan Roscio en cumplimiento del Tratado Preliminar de limites de 11 [sic] de Octubre de 1777 Alvaro Nunes de Vera Cruxexa de Baca empreendeu sua viagem por terra desde o Rio Ytabucu (imediato á vila de Santa Catarina, que deságua almar entre esta e o Rio São Francisco) para o qual envio algumas pessoas hasta um porto onde desembarcou e juntos un los que iam por terra prosseguiu sua viagem ao Paraguay e com mais de 500 homens entre ilustres cavaleiros, e soldados com vinte cavalos á lás 30 (...) chegou ao Yguaxú, ou Rio Grande de Curitiva que repaso três meses com muito trabalho por suas velocíssimas correntes (soi testigo ocular de extra ordinária velocidade de las aguas del Yguaxu, y los son também todos los Demarcadores de ambas épocas) caminho (...) jornadas mas, y fio con un gran Rio chamado Cativajiva, ou Ibaxiva mando harmar la Eraguam è hixo Hachudas Cunas Chuchillos, e (...) todo lo que era mui apreciable de los Indios gentios para cujo efeito levava (...) de ferro repartido en pedaços de quatro libras entre seus soldados
2° fonte: Supplemento aos apontamentos para o diccionario geographico do Brazil. Alfredo Moreira Pinto Itapucu - Barra de ferroCaucaia - Serra, entre os municípios de Cotia e de Una (Ibiúna); no estado de São Paulo, nas cabeceiras do Sorocá-Mirim, um dos afluentes do Rio Sorocaba.
Itapucú - Composto de itá-pucú, pedra comprida, rocha extensa, penha longa; barra de ferro (Dr. Theodoro Sampaio). O Dr. J. M. de Almeida, que escreve que também Itapucú, diz, em relação a cachoeira do rio Paranapanema: "Ytá-pucú, pedra larga. De ytá, pedra; pucú, larga".
Itapuvú. Lugar á margem direita do rio Sorocaba, ao Norte do município. É o mesmo Itapebussú. "Itapuví, diz o Dr. J. M. de Almeida, corruptela de Ytá-pé-ibiy, morro plano, baixo. De ytá, pedra, penha; "pé", plano, chato, "ibiy", baixo. Alusivo a ser esse lugar um planalto pouco elevado, vide "Itavuvú".
3° fonte: “Ulrico Schmidl no Brasil quinhentista”. Sociedade Hans Staden No trecho da viagem até o Assunguí, o Dr. Moura faz enveredar a caravana pelo caminho tomado, 10 anos antes, por Cabeza de Vaca com seu grande séquito. Sobre essa expedição, iniciada em 29 de novembro de 1541 na foz do Itapocú, próximo da atual freguesia de Paratí, no estado de Santa Catarina, e levada a bom termo a 11 de março de 1542 em Assunção, existem melhores informações, visto que os pilotos de Cabeza de Vaca determinaram no caminho as posições como em alto mar.
4° fonte: Referências e teorias sobre o nome Itapocu. Correio do Povo, de Jaraguá do Sul. José Alberto Barbosa O rio Itapocú, além da importância histórica, oferece um problema toponímico e geográfico.
O rio Itapocu assume grande importância histórica, particularmente para catarinenses e paranaenses. Já nos tempos pré-colombianos, era importante ramal do afamado e perlustrado caminho nativo do Peabiru. Com a vinda dos povos brancos, lusos e espanhóis, o Itapocu tornou-se logo uma das preferidas todas de acesso por terra do nosso litoral a Assunção do Paraguai e vice-versa. Pelo Itapocu entraram e saíram aventureiros, bandeirantes, viajantes, colonos, padres, nativos. A empreitada mais afamada, foi a expedição, em 1541, do Adelantado espanhol D. Álvares Nuñez Cabeza ded Vaca e sua enorme comitiva, logo após haver, em nome da Espanha, tomado posse da Ilha de Santa Catarina.
Entrementes, enquanto por aqui a frota esteve, seu piloto-mor João Sanches, natural de Biscaia, registrou para o rio o nome Itapocú (que Cabeza de Vaca anotou Itabucu). Deixou-nos a respeito afamada Carta-descrição relatanto tal visita. E Sanches traduziu o nome por Pedra Alta. A tradução todavia, é incompatível com o rio.
De qualquer forma o registro de João Sanches para o nome Itapucu e o de Cabeza de Vaca para a forma Itabucu (nasalização daquela) tem especial importância face a sua antiguidade, pois estiveram na foz do Itapocu em 1541, quatro décadas apenas a contar da descoberta do Brasil. E é notável que, mesmo com algumas variações registradas, o nome se manteve através dos séculos. (página 9)
Ytapucu também serve para a designação daquela mesma língua de pedra que o rio rompeu, pois compreende também a tradução por rocha comprida, rocha alongada. (página 10)
(Itapocu) Lembrando também a cachoeira, diga signficar "itá", pedra, poc. estalar e ú, grande ou seja pedra (onde a água) estrondeia grandemente. (Correio do Povo, de Jaraguá do Sul, 14.08.1989. José Alberto Barbosa. Página 11)
Ainda outra construção: "Ytá" (pedra rocha) mais "poca" (fender, rachar: fendida, rachada; estrondo, barulho) mais "ro" (ruir, cair, de "roara") mais "y" (rio, água), portanto, rio que faz ruir a rocha, fendida, rio que faz ruir rachando a pedra.
Pode haver correlacionamento com "Itapicuru". Deve provir de "Itapecuru", no qual "itape" é forma apócope de "itapeba" (pedra plana, pedra chata).
Em seguida, arrola numerosas pessoas e expedições que se utilizaram do caminho do Peabiru, indo por ele em várias direções: Cabeza de Vaca e comitiva (1541); Joahnn Ferdinando, de Assunção para Santa Catarina (1549); os campanheiros de Hans Staden em toda para Assunção (1551); Ulrich Schmidel (em 1553) do Paraguai para São Vicente; o Pe. Leonardo Nunes; os irmãos Pedro Correia e João de Souza, Mártires pacificadores dos carijós; Juan de Salazar Espinosa, Cipirano de Góés e Ruy Diaz Melgarejo (1556) com algumas senhoras e soldados; Diogo Nunes viajando para Paraguai e Peru; Braz Cubas e Luiz Martins (1562). (página 15)
5° fonte: Articulando escalas: cartografia e conhecimento geográfico da bacia platina (1515-1628), 2018. Tiago Bonato, Universidade Federal do Paraná Sobre o caminho tomado pela expedição de Cabeça de Vaca ao deixar a costa catarinense rumo ao Paraguai também pairam algumas incertezas. Por mais que seja bastante comum na historiografia a afirmação de que o governador seguiu os passos que Aleixo Garcia dera duas décadas antes, seguindo pelo mesmo caminho, no relato de Pero Fernandez não há nada que comprove essa hipótese. Pelo contrário. [Páginas 251 e 252]
6° fonte: A capela de Nossa Senhora da Conceição de Itupucu, consultado em 03.10.2022. Marcelo Meira Amaral Bogaciovas Investigação histórica sobre uma antiga capela, Nossa Senhora da Conceição, devoção que se comemora no dia 8 de dezembro de cada ano. Foi fundada em terras que ficavam ao lado do córrego Itupucu (também denominado Itapucu) e do rio Tietê, na antiga vila de Itu, em terras hoje pertencentes ao município de Porto Feliz, Estado de São Paulo. O instituidor foi o Capitão Jordão Homem Albernaz, em 1734; manteve-se em posse de sua família até 1794. Em 1835, quando se deu o fim dos morgadios no Brasil, encontrava-se praticamente em ruínas. Apesar de ter havido, ao longo dos séculos, intensa perda documental nos arquivos ituanos, tanto civis quanto eclesiásticos, foi possível elaborar uma longa sequência de proprietários das terras onde se situava a capela, desde meados do século XVII até os dias atuais.
Introdução
Por muitos anos (mais de vinte...) procurei saber a localização de uma capela denominada Nossa Senhora da Conceição de Itupucu, na antiga vila de Itu, Estado de São Paulo, existente nos séculos 18 e 19. Sabia de sua existência por documentos. Ironicamente, ao contrário do clássico, que é conhecer um prédio e procurar descobrir sua história, eu tinha um caso que era o contrário: conhecia a história de um prédio e procurava encontrar sua localização... Fiz algumas diligências aos sertões de Itu, inquirindo moradores da região: não consegui nada, absolutamente nada!... Ninguém jamais havia ouvido o nome Itupucu!..
Itupucu, em tupi, pode ser desdobrado em Itu + pucu. Itu significa cachoeira, ou salto. Pucú significa longo, comprido, extenso. Então, Itupucu (lê-se Itupucú) quer dizer cachoeira comprida ou extensa.1 O significado já servia de pista...
O curioso é que, apesar de Itu, ao menos em tese, ter sido palco de vários estudos por parte de historiadores, não há nenhum trabalho que trate da capela. Dos vários amigos consultados, pesquisadores e historiadores, inclusive ituanos, notícia quase alguma e a maioria nunca ouvira nada a respeito! Houve uma pequena referência à capela de Nossa Senhora da Conceição de Itupucu,feita em 1871, quando ainda existiria, segundo o cronista Homem de Melo. Discorrendo sobre os templos de Itu, e apenas em nota de rodapé, ele escreveu:Na freguesia de Itu, a 18 quilômetros da cidade, existe ainda a capelada Senhora da Conceição de Itupucu, fundada em 1734 por Jordão Homem Albernaz.Essa mesma referência foi repetida pelo historiador Nardy Filho, em umj ornal local, A Federação, no ano de 1934, sem comentar se ela ainda existiria ou não. Este artigo de Nardy Filho faz menção ao Padre Ângelo Pais de Almeida, neto dos fundadores da capela, e informa que ele seguiu, em 1770, por ordem do Morgado de Mateus, para Iguatemi, como capelão do posto avançado.4 Nardy Filho escreveu, ainda, que, segundo um cronista (referia-se ao Dr. Homem de
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