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1549
Martim Afonso de Sousa (1500-1564)
1553 (2 de 202)
1555
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2 de 60

Destaques
• Manuel da Nóbrega (151.. (20)33,3%
• Tomé de Sousa (1503-15.. (14)23,3%
• João Ramalho (1493-1580) (11)18,3%
• Leonardo Nunes (7)11,6%

• Caminho do Peabiru (17)28,8%
• Carijós/Guaranis (12)20,3%
• Caminho do Mar (11)18,6%
• Vila de Santo André da.. (10)16,9%

Resumo  |  Completo
4
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Santo André da Borda do Campo foi aclamada em vila em nome do donatário Martim A
8 fontes
8 de abril de 1553, quarta-feira

1° fonte: 01/01/1755
História da Capitania de São Vicente. Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777)
Nesta colônia suportaram os seus fundadores repetidos encontros da fúria dos bárbaros índios Tamoios, que habitavam as margens do rio Paraíba, e foram os desta nação os mais valorosos que teve o sertão da serra de Paranampiaçaba e os da costa do mar até Cabo Frio. Por estes insultos fortificaram os portugueses a sua povoação de Santo André com uma trincheira, dentro da qual construíram quatro baluartes em que cavalgaram artilharia, cuja obra toda foi à custa do dito João Ramalho, que desta povoação foi alcaide-mor e guarda-mor do campo. Em 8 de abril de 1553 foi aclamada em vila em nome do donatário Martim Afonso de Sousa, e provisão do seu capitão-mor governador e ouvidor Antônio de Oliveira, que se achou presente neste ato com Brás Cubas; provedor da fazenda real. Tudo o referido se vê melhor no lugar embaixo citado.



2° fonte: 01/01/1886
“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”. João Mendes de Almeida (1831-1898)
Frei Gaspar da Madre de Deus, em Memórias para a história da capitania de São Paulo, explica este conflito; e diz que o pelourinho foi levantado em Santo André aos 8 de abril de 1553. Era situada á margem direita do ribeirão Guapituba, na paragem chamada Borda do Campo, ora dentro dos limites da freguesia de São Bernardo. [Página 107]

Conforme narra Pedro Taques, o primeiro Salvador Pires fez estabelecimento na povoação de Santo André da Borda do Campo, depois aclamada vila em 8 de abril de 1553; sendo seu pai, João Pires, de alcunha, "o gago", o primeiro juiz ordinário. O sobredito primeiro Salvador Pires obtivera, no distrito da nova vila, meia légua de terras na tapéra que tinha sido aldeia dos nativos Baibebá; "por ser lavrador potentado, que dava avultada soma de alqueires de trigo ao dízimo, além da colheita de outros frutos, todos os anos". [Página 361]



3° fonte: 01/12/1896
Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira
Em 1553, Thomé de Souza, depois de visitar São Vicente, veio até Santo André da Borda do Campo, povoação mandada criar por Martim Afonso em terras de João Ramalho, constituídas ao depois como apanagio do Convento do Carmo. A povoação foi elevada á vila como nome que tinha, em 8 de abril desse mesmo ano, sendo conferido a Ramalho título de "alcaide-mór" (Aquele que governava um castelo, província e/ou comarca com poder civil ou militar; antigo governador), em substituição ao de "guarda-mór" do campo.



4° fonte: 25/01/1964
De Piratininga a São Paulo de Piratininga, Jornal Diário da Noite, 25.01.1964. Tito Lívio Ferreira
A 8 de abril de 1553, Tomé de Sousa, primeiro Governador-Geral do Estado do Brasil, preside a segunda eleição popular realizada no vale do Tietê e instala a Câmara de Vereadores de Santo André da Borda do Campo. Na companhia do Padre Manoel da Nóbrega estão apenas o Padre Manoel de Paiva, primo de João Ramalho, e o Irmão Antonio Rodrigues, primeiro mestre-escola do Campo de Piratininga.



5° fonte: 01/01/2005
“A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
João Ramalho, o referido patriarca dos paulistas, vivia numa aldeia ou ermida, que mais tarde será chamada Santo André da Borda do Campo, distante de duas a três léguas do núcleo jesuítico, que teria sido a princípio habitada somente por seus descendentes, índios e escravos, “mas depois de facultar D.Ana Pimentel a entrada dos portugueses no Campo, vários concorreram para ela”, informa Frei Gaspar da Madre de Deus (1975:122), resultando mais tarde, em 8 de abril de 1553, sua elevação a Vila pelo Governador-Geral Tomé de Sousa. Este mesmo, apud Cortesão, (1955:180), assim se reporta ao monarca:

Ordenei outra vila no começo do campo desta vila de São Vicente de moradores que estavam espalhados por ele e os fiz cercar e ajuntar, para se poderem aproveitar todas as povoações deste campo. E se chama a vila de Santo André, porque onde a situei estava uma ermida deste apóstolo e fiz capitão dela a João Ramalho.

Jaime Cortesão (1955:180-1) pondera que Tomé de Sousa, estrategicamente, diante da proximidade dos castelhanos, agrupou em torno de João Ramalho minúsculos núcleos populacionais remanescentes da primeira fundação de São Paulo por Martim Afonso de Souza, que tinham se atomizado pelo Campo. Em outra passagem da mesma obra, o historiador português (p.188) sentencia: “Podemos estar certos de que o maior número dos primeiros cidadãos andreenses provinha da Piratininga de Martim Afonso”.

Essa conclusão imbrica com a informação trazida por Nóbrega em que se baseia Serafim Leite para afirmar (2004:100): “A povoação que Martim Afonso de Sousa, depois de fundar a vila de S. Vicente, tinha instituído no seu interior não chegou a ter vida municipal efetiva, ou só a teve efêmera, dispersando-se a breve trecho os seus moradores”. Nóbrega relata (2000:214): “Ali foi a primeira povoação de cristãos que nesta terra houve em tempo de Martim Afonso de Sousa, e se vieram a viver ao mar por razão dos navios, de que agora todos se arrependem, e todavia a alguns deixaram lá ir viver”. [Páginas 109 e 110]



6° fonte: 01/01/2010
“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga
(..) e as medidas de Tomé de Souza, de outro - que proibiu o tráfego nas rotas que ligavam Cananéia e São Vicente ao interior paraguaio, tentando transformar a vila de Santo André da Borda do Campo, criada em 1553, em posto avançado e fronteiriço do avanço português, essencialmente litorâneo -, faria parte desta disputa colonial. Entretanto, para além dessa suposta política imperial aparentemente coerente e demarcatória, o que parece ter acontecido foi um processo de ocupação marcada pelas conveniências e necessidades locais. Isto explicaria, por exemplo, porqueo próprio Irala foi acusado de fornecer índios escravos para São Vicente, em troca deferro e outras mercadorias, alimentando uma relação teoricamente indesejada.





8° fonte: 06/05/2023
Santo André da Borda do Campo, consultado em Wikipédia
Santo André da Borda do Campo de Piratininga foi a primeira povoação europeia na América Portuguesa a se distanciar do litoral, situada em local indeterminado entre os campos do planalto de Piratininga e a mata da serra de Paranapiacaba, na Capitania de São Vicente, zona que hoje ocupam os municípios de São Caetano do Sul, Santo André e São Bernardo do Campo.

A povoação foi fundada por João Ramalho, por sugestão do Padre Leonardo Nunes, possivelmente em 1550. Elevada a categoria de vila por Tomé de Sousa em 1553, e sempre sob pressão dos ataques dos nativos, a população e o predicamento de vila, isto é, de município, transferiu-se para o povoado jesuítico de São Paulo de Piratininga, onde está hoje o Pátio do Colégio, em 1560, a pedido de Manuel da Nóbrega e por ordem do governador-geral Mem de Sá. A documentação da "Câmara de Santo André da Borda do Campo" encontra-se hoje no Arquivo Histórico Municipal de São Paulo.

Apesar de as atuais cidades de Santo André e São Bernardo do Campo não terem sua origem na antiga vila, ambas consideram que seu ano de fundação é 1553, uma vez que recobrem a região onde possivelmente se localizava a vila. O único município atual que, com certeza, fazia parte da antiga vila de João Ramalho, São Caetano do Sul, não reivindica essa data como de sua fundação.

Depois de fundadas as vilas de São Vicente e do porto de Santos, "João Ramalho, homem nobre de espírito guerreiro e valor intrépido", já com filhos casados, foi ter com Martim Afonso de Sousa quando este chegou a S. Vicente. Este lhe concedeu uma sesmaria 1531 na ilha de Guaíbe (na baía de Sepetiba, na atual Mangaratiba). Este Ramalho pois, com o concurso de alguns europeus da vila de S. Vicente, fundou uma nova povoação de serra acima na saída do mato chamado Borda do Campo, com vocação de Santo André.

Mas o povoamento não teve paz e sofria constantes ataques dos índios Tamoios, que habitavam as margens do rio Paraíba do Sul, "e foram os desta nação os mais valorosos que teve o sertão da serra de Paranapiacaba e os da costa do mar até Cabo Frio. Por estes insultos fortificaram os portugueses a sua povoação de Santo André com uma trincheira, dentro da qual construíram quatro baluartes em que cavalgaram artilharia, cuja obra toda foi à custa do dito João Ramalho, que desta povoação foi alcaide-mor e guarda-mor do campo.

Em 8 de abril de 1553 foi aclamada em vila em nome do donatário Martim Afonso de Sousa, e provisão do seu capitão-mor governador e ouvidor Antônio de Oliveira, que se achou presente neste ato com Brás Cubas; provedor da fazenda real. Tudo o referido se vê melhor no lugar embaixo citado: Arq. da Câm. de S. Paulo, caderno 1º da vila de Santo André, tít. 1563, de pág. 1 até 11."
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Carta do padre Manoel da Nóbrega a rei de Portugal, D. João III
1 fontes
1 de outubro de 1553, quinta-feira
 Fontes (4)

1° fonte: 24/01/1943
“São Paulo foi fundada a 29 de agosto de 1553?”, Benedito Carneiro Bastos Barreto "Belmonte", jornal Folha de São Paulo
Mas o padre Serafim Leite, da Companhia de Jesus, historiador concensioso, a quem se deve a divulgação de notáveis documentos portugueses sobre a História de S.Paulo, divulga, na sua maravilhosa "História da Companhia de Jesús no Brasil", (tomo I, Livro III, cap. VI, 1º) uma carta de Manuel da Nóbrega, datada de 30 de agosto de 1553:

"Ontem, que foi dia da Degolação de S. João Batista, vindo a uma Aldeia onde se ajuntam novamente e apartam os que convertem e onde pus dois Irmãos para os doutrinar, fiz solenemente uns 50 catecúmenos, dos quais tenho boa esperança de que serão bons cristãos e merecerão o batismo e será mostrada por obras a fé que recebem agora. Eu vou adiante buscar alguns escolhidos, que Nosso Senhor terá entre este gentio; lá andarei até ter novas da Baía, dos Padres que creio serão vindos. Pero Correia foi adiante a denunciar penitência em remissão dos seus pecados".

E Serafim Leite acrescenta: "Esta carta de Nóbrega é a certidão de idade de São Paulo".






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