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RASUL
Santo André da Borda do Campo foi aclamada em vila em nome do donatário Martim Afonso de Sousa, e provisão do seu capitão-mor governador e ouvidor Antônio de Oliveira 08/04/1553 3 fontes 1° fonte: História da Capitania de São Vicente. Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) Nesta colônia suportaram os seus fundadores repetidos encontros da fúria dos bárbaros índios Tamoios, que habitavam as margens do rio Paraíba, e foram os desta nação os mais valorosos que teve o sertão da serra de Paranampiaçaba e os da costa do mar até Cabo Frio. Por estes insultos fortificaram os portugueses a sua povoação de Santo André com uma trincheira, dentro da qual construíram quatro baluartes em que cavalgaram artilharia, cuja obra toda foi à custa do dito João Ramalho, que desta povoação foi alcaide-mor e guarda-mor do campo. Em 8 de abril de 1553 foi aclamada em vila em nome do donatário Martim Afonso de Sousa, e provisão do seu capitão-mor governador e ouvidor Antônio de Oliveira, que se achou presente neste ato com Brás Cubas; provedor da fazenda real. Tudo o referido se vê melhor no lugar embaixo citado.
2° fonte: “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”. João Mendes de Almeida (1831-1898) Frei Gaspar da Madre de Deus, em Memórias para a história da capitania de São Paulo, explica este conflito; e diz que o pelourinho foi levantado em Santo André aos 8 de abril de 1553. Era situada á margem direita do ribeirão Guapituba, na paragem chamada Borda do Campo, ora dentro dos limites da freguesia de São Bernardo. [Página 107]
Conforme narra Pedro Taques, o primeiro Salvador Pires fez estabelecimento na povoação de Santo André da Borda do Campo, depois aclamada vila em 8 de abril de 1553; sendo seu pai, João Pires, de alcunha, "o gago", o primeiro juiz ordinário. O sobredito primeiro Salvador Pires obtivera, no distrito da nova vila, meia légua de terras na tapéra que tinha sido aldeia dos nativos Baibebá; "por ser lavrador potentado, que dava avultada soma de alqueires de trigo ao dízimo, além da colheita de outros frutos, todos os anos". [Página 361]
3° fonte: Santo André da Borda do Campo, consultado em Wikipédia Santo André da Borda do Campo de Piratininga foi a primeira povoação europeia na América Portuguesa a se distanciar do litoral, situada em local indeterminado entre os campos do planalto de Piratininga e a mata da serra de Paranapiacaba, na Capitania de São Vicente, zona que hoje ocupam os municípios de São Caetano do Sul, Santo André e São Bernardo do Campo.
A povoação foi fundada por João Ramalho, por sugestão do Padre Leonardo Nunes, possivelmente em 1550. Elevada a categoria de vila por Tomé de Sousa em 1553, e sempre sob pressão dos ataques dos nativos, a população e o predicamento de vila, isto é, de município, transferiu-se para o povoado jesuítico de São Paulo de Piratininga, onde está hoje o Pátio do Colégio, em 1560, a pedido de Manuel da Nóbrega e por ordem do governador-geral Mem de Sá. A documentação da "Câmara de Santo André da Borda do Campo" encontra-se hoje no Arquivo Histórico Municipal de São Paulo.
Apesar de as atuais cidades de Santo André e São Bernardo do Campo não terem sua origem na antiga vila, ambas consideram que seu ano de fundação é 1553, uma vez que recobrem a região onde possivelmente se localizava a vila. O único município atual que, com certeza, fazia parte da antiga vila de João Ramalho, São Caetano do Sul, não reivindica essa data como de sua fundação.
Depois de fundadas as vilas de São Vicente e do porto de Santos, "João Ramalho, homem nobre de espírito guerreiro e valor intrépido", já com filhos casados, foi ter com Martim Afonso de Sousa quando este chegou a S. Vicente. Este lhe concedeu uma sesmaria 1531 na ilha de Guaíbe (na baía de Sepetiba, na atual Mangaratiba). Este Ramalho pois, com o concurso de alguns europeus da vila de S. Vicente, fundou uma nova povoação de serra acima na saída do mato chamado Borda do Campo, com vocação de Santo André.
Mas o povoamento não teve paz e sofria constantes ataques dos índios Tamoios, que habitavam as margens do rio Paraíba do Sul, "e foram os desta nação os mais valorosos que teve o sertão da serra de Paranapiacaba e os da costa do mar até Cabo Frio. Por estes insultos fortificaram os portugueses a sua povoação de Santo André com uma trincheira, dentro da qual construíram quatro baluartes em que cavalgaram artilharia, cuja obra toda foi à custa do dito João Ramalho, que desta povoação foi alcaide-mor e guarda-mor do campo.
Em 8 de abril de 1553 foi aclamada em vila em nome do donatário Martim Afonso de Sousa, e provisão do seu capitão-mor governador e ouvidor Antônio de Oliveira, que se achou presente neste ato com Brás Cubas; provedor da fazenda real. Tudo o referido se vê melhor no lugar embaixo citado: Arq. da Câm. de S. Paulo, caderno 1º da vila de Santo André, tít. 1563, de pág. 1 até 11.".
“O principal motivo de todos os impedimentos foi o fechamento da estrada por causa dos castelhanos, que estão a pouco mais de cem léguas desta capitania. E eles têm terras, e tanto que dizem que há montanhas deles, e muitas notícias de ouro pelo qual fecharam e bloquearam a estrada” 15/06/1553 2 fontes 1° fonte: Revista do Arquivo Municipal. 30 anos do Departamento do Patrimônio Histórico da Cidade de São Paulo Aliás, cabe assinalar que Nóbrega não levava muito a sério a doutrinação dos índios do planalto. Em carta anterior, datada de 15 de junho de 1553, afirmava com todas as letras que só se ocuparia na conversão desses índios, enquanto estivesse impedido de se internar em definitivo no sertão (LEITE, v.1, p. 496). Na hipótese de ser verdade que foram os índios os únicos responsáveis pela escolha do lugar de sua nova aldeia no planalto – local esse depois plenamente aceito e ratificado pelos jesuítas, podemos supor – fica mais fácil compreender o grande acerto com que desempenharam tal missão.
Com efeito, na condição de silvícolas planaltinos, profundamente familiarizados com a região, eram eles os mais capacitados para determinar o ponto mais favorável para a criação de um novo povoado. Por uma questão de sobrevivência, só poderiam decidir-se por um local em acrópole (o que parece ter sido uma tradição entre os nossos índios antigos), próximo de rios piscosos e de trilhas que os poriam em fácil comunicação terrestre com pontos estratégicos ocupados por aldeias amigas.
2° fonte: “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP Mesmo alguns considerados de nobre estirpe, como o genovês Paulo Dias Adorno, não se comportou dignamente, tendo que fugir para a Bahia com um certo Affonso Rodrigues, “por um homizio [homicídio] que lá fizeram [em São Vicente]”.
Igual expediente lançou mão Brás Cubas, fundador de Santos e um dos portugueses mais ricos da terra. Fugira para Portugal, “por cosas mal hechas en esta tierra siendo capitán”, como registrou Nóbrega. Entre falcatruas cometidas, são elencados roubo de terras, de escravos e de vacas de Pero Correia, que os havia destinado à manutenção das crianças indígenas da casa de São Vicente. Os jesuítas aceitaram fazer um acordo, pois ele não tinha bens suficientes para pagar uma dívida de 2.600 ducados. Devolveu os escravos e entregou as 10 vacas, reconciliando-se com os jesuítas, que afirmaram que era “mejor uno com paz que 30 com contienda”.
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