1° fonte: Historia geral das bandeiras paulistas: Tomo II - Ciclo da caça ao nativos, lutas com os jesuítas e os espanhóis, invasão do Guayrá, do Itatim e do Tape, conquista do sul e do sudoeste do Brasil pelos paulistas (1628-1641), 1925. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958)
A esta efetivação da mita assistiram os principais encomenderos da província que continuavam no séquito de Cespedes, naturalmente satisfeitíssimos com esse governador que forçava os nativos a servi-los e obrigava os jesuítas a obedecer á autoridade régia. Assim mesmo, constando-lhes que d. Luiz prometera aos caciques Tayaoba e Mbaendy apadroar todos os nativos do Guayrá, pondo-os sob a jurisdição real, e justamente alarmados, endereçaram-lhe o protesto de 25 de janeiro, datado de Santo Ignacio, e encabeçado pelo mesmo de campo Ruy Ortiz Melgarejo (cf. A. do M. P.; II, 2, 151).
Pediam estes signatários ardentemente a s. mercê mudasse de opinião, lembrando-lhe os trabalhos do fundador de Vila Rica e Ciudad Real, formando as duas povoações naqueles desertos, auxiliado pelo pai de Tayaoba, o cacique-mór do Guayrá e seus asseclas Araruera e Aguarucure.
Referiam-se á expedição de Cabeza de Vaca e Fernando de Trecho, que pelo ano de 1550 estiveram no Ivahy. Jamais haviam os nativos daquela zona sido insolentes siquer, ainda menos rebeldes. (...) Assinada por 19 pessoas gradas, acabava a petição por uma ameaça de recorrer á real audiência de La Plata e até ao rei, responsabilizando o impolítico governador.