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1 fonte - *“História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior Data: 01/01/1969 Antes vem o mestre Bartolomeu Fernandes, que o Autor apresenta como Bartolomeu Gonçalves e tinha ainda tratado e respondendo pela alcunha de Bartolomeu Carrasco, ferreiro contratado no Reino para atender, por dois anos, os reclamos de obras de ferro da armada e dos integrantes desse primeiro estabelecimento luso em solo brasileiro. A alcunha de "Carrasco", no ambiente vicentino de então, era designativa do ofício de "ferreiro". Pondo-se à margem a interpretação dada à alcunha de "Carrasco", o certo é que é Américo de Moura (1881-1953) em "Os Povoadores do Campo de Piratininga", escreve: "Um mestre Bartolomeu, cujo apelido era Carrasco, em 1560, era senhor de terras no planalto à beira do Jurubatuba, e em 1571 já era falecido, tendo deixado herdeiros. [Página IV]
1 fonte - *João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” Data: 01/01/1886 Em 1560, "um pedaço de terra que, partindo por um regato que está a par do mosteiro de Pirá-tininga, e que irá cortando pelo dito regato até entestar com roças de Fernão Alves, onde foi o primeiro tujipar, e dali irá cortando ao longo do campo até partir com terras de Antonio Pinto, e irá partindo com ele até se findar no rio da Tapera do Cacique, e dali irá por ele abaixo até chegar ao dito regato, onde começou primeiro a partir, que será onde se vê o dito regato meter no rio Anhangavahay". [p. 387] 2 fonte - *Cartas Avulsas: 1550-1568 Data: 01/01/1931 Mem de Sá, vitorioso, vae a S. Vicente (Nob., c. XXI) ver Nobrega e dar varias providencias: mudança da Villa de Santo André-da-Borda-do-Campo para Piratininga, obra de três léguas distante; caminho protegido contra os Tamoyos da Serra, entre São Vicente e São Paulo. 3 fonte - *“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil Data: 01/01/1957 Em 1560 foi também usado, por ordem de Mem de Sá, um outro caminho entre o planalto e o litoral, mais para oeste, a fim de evitar os ataques dos tamoios. Por essa forma, “para melhor serviço de Deus e de el-rei, nosso senhor”, que nesse tempo tudo decidia, concentrou o Governador Geral mais uma vez, os moradores do planalto em um ponto mais avançado no sertão, alargando a posse portuguesa. Documentos autênticos provam que não houve um pedido único nem uma só razão para a transferência de sede da vila. Essas duas veredas, ordinaríssimas, mal traçavam o trânsito entre o planalto e o Cubatão. Esta última ficou conhecida sob o nome de Caminho do Padre José, não se sabe desde que data e por que razão, talvez por ser freqüentada por Anchieta. Em 1560 José de Anchieta era apenas irmão da Companhia de Jesus, só tendo tomado ordens sacerdotais em 1566, na Bahia (Serafim Leite, História da Companhia de Jesus, Vol. 1º, pág. 29, Nota 2). Nem ele tinha poderes, nem a Companhia de Jesus, nessa época, tinha posses para construção de caminhos por piores que fossem. José de Anchieta “subia por esse caminho” (Documentos Interessantes, Vol. 29, pág. 112). É o que diz a Memória de Melo e Castro aqui citado. Foi uma preocupação constante, e com muita razão, da gente do planalto em manter a comunicação com o litoral. Desde as mais remotas vereanças da vila de Santo André (Atas, pág. 15), através das atas da Câmara de S. Paulo, continuamente se fala e se recomenda e se insta pela conservação do caminho do mar. Este caminho nos primeiros tempos, e por muito tempo, foi uma vereda de índios pela serra de Paranapiacaba, (porque da ilha de S. Vicente até ao pé da serra se viajava por água) e daí para a vila de S. Paulo, até à borda do campo, atravessavam-se rios caudalosos. Em 1560 o caminho do mar ainda passava pelo vale do Mogi, pelos sítios de João Ramalho, e por Ururaí, e foi por ele que Martim Afonso subiu até a região de Piratininga. Depois se fez outro, mais a oeste, que a tradição chamou caminho do Pe. José (Os rios correm para o mar) e que por ordem de Mem de Sé começou a servir ao tráfego entre o planalto e o litoral. O primeiro chamou-se o caminho velho do mar. Pelo caminho novo, era proibida a passagem de boiadas, visto o estrago que causavam. Ambos eram péssimos; do alto da serra até ao campo havia atoleiros causados pelas inundações dos rios Grande e Pequeno; do alto da serra para baixo eram aspérrimos e apenas indicados pelos cortes das árvores. 4 fonte - “Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP* Data: 01/10/1971 Teria sido também para mantê-lo (o Caminho do Peabiru), além da ameaça do tupiniquim que de amigo se tornara inimigo, que em 1560, abriu-se o áspero caminho do Cubatão, ligando São Paulo ao lagamar vicentino. É bem pode ter ocorrido que, para seguir à risca a ordenança, deixou-se parecer a fundação de Maniçoba (proximidade da atual cidade de Itu), o primeiro aldeamento no sul do Brasil). Houve longo silêncio sobre o Peabiru. "Perdeu-se de tal modo a tradição desse caminho - lamenta-se Batista Pereira em sua carta a Paulo Duarte - que, apesar de saber quanto Santo André lhe estava à orla, a localização da vila à borda do campo era até há pouco um problema". 5 fonte - *“Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP Data: 01/01/2008 O outro ramal saía de São Vicente, passando pela serra de Paranapicaba, subindopela Piaçaguera de cima, até alcançar o planalto de Piratininga, num trajeto proposto pelo engenheiro Bierrembach de Lima (Fig. 5, no último capítulo). Este caminho é apenas citado no Diário de Pero Lopes, quando relata sobre um grupo de portugueses que Martim Afonso deixara no planalto, em vista da instalação de uma povoação. Chamado de Trilha dos Tupiniquins tal rota apresentava muitos riscos, pois, como escreveu Vasconcelos, “os Tamoios contrários, que habitavam sobre o rio Paraíba, neste lugar vinham esperar os caminhantes de uma e outra parte, e os roubavam e cativavam e comiam”229. Com o tempo foi abandonado, quando se abriu o Caminho Novo ou o Caminho do Pe. José, que se tornou a comunicação mais utilizada para o planalto. A partir de Piratininga, o caminho alcançaria a rota-tronco na divisa do Paraná,provavelmente na altura da atual Itararé. Foi por esta rota que o Pe. Nóbrega deve ter alcançado Maniçoba, na divisa entre Paraná e São Paulo, onde realizou trabalhos missionários, como se verá mais à frente. Este trajeto deve ter sido usado pelos Carijó, quando alcançaram Piratininga, aotentar atacar os moradores de São Vicente, pois fala-se que haviam se confrontado com as aldeias do rio Grande [Tietê] [NOBREGA, Carta a Tomé de Sousa, 1559 (CN, p. 217).]. Foi também por esta rota que atingiram os paulistas asreduções jesuíticas do Guairá, no século XVII, levando-as à destruição231. Havia mais dois ramais que corriam paralelos aos rios Tietê e Paranapanema,encontrando-se com a rota-tronco na altura da antiga povoação paraguaia de Vila Rica, naregião central do Paraná, como sugerem Chmyz & Maack232.O ramal do Paranapanema levava à região do Itatim, no atual Mato Grosso do Sul,costeando a direita do rio, caminho feito pela tropa de Antônio Pereira de Azevedo, que fezparte da grande expedição de Raposo Tavares, em 1647, e não pelo ramal do Tietê, comosugere Cortesão233. Isto pela simples razão de que os caminhos indígenas costumavam serem linha reta. Parece ser a mesma rota que foi localizada numa documentação dogovernador Morgado de Mateus e que apresenta um itinerário mais detalhado: Eu tenho um mappa antigo, em q’ se ve o rot.o[roteiro] de humcam.o [caminho] q’ seguião os antigos Paulistas, o qual saindo deS. Paulo p.a Sorocaba, vay dahy a Fazenda de Wutucatú q’ foydos P.es desta S. Miguel [Missão de S. Miguel] junto doParanapanema, q’ hoje se achão destruido, dahy costiando o R.o[rio] p.la esquerda, se hia a Encarnação [redução jesuítica àbeira do Tibagi], a St.o X.er [redução S.Francisco Xavier, nomédio Tibagi] e a St.o Ignácio [redução no Paranapanema] edesde o salto das Canoas, emté a barra deste rio gastavão 20dias, dahy entrando no [rio] Paraná, navegavão o R.o Avinhema,ou das três barras, e subindo por elle emté perto das suasvertentes, tornavão a largar as canoas, e atravessavão por terraas vargens de Vacaria [no atual Mato Grosso do Sul]234. [Páginas 60, 62 e 63] 6 fonte - *“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga Data: 01/01/2010 Pretendemos, aqui, tão somente apresentar uma espécie de “radiografia” de São Paulo entre 1560 e 1580. Resultado tardio do colégio jesuítico erguido em 1554, esta vila nasceu formalmente no ano de 1560, depois que o governador-geral Mem de Sá ordenou o esvaziamento no núcleo inicial de Santo André da Borda do Campo e a transferência dos moradores para junto do colégio, no alto da colina situada entre o Tamanduateí e o Anhangabaú. Pelo que se depreende das crônicas de época, morar em São Paulo, ao menos em termos climáticos, deveria ter lá o seu encanto. Há quase uma unanimidade em apontar o bom clima do lugar. Para Gabriel Soares de Souza, que estendeu a observação para toda a capitania, “são os ares frios e temperados, como na Espanha, cuja terra é mui sadia e de frescas e delgadas águas...”. Para Fernão Cardim, “é terra muito sadia, há nela grandes frios e geadas e boas calmas.” Já sob o aspecto visual, de quem chegava à vila por um de seus quatro caminhos - cada um numa das direções do horizonte -, o que provavelmente chamava a atenção era o muro de taipa de pilão que contornava toda a extensão da colina, margeada, de um lado, pelo Tamanduateí e, do outro, pelo Anhangabaú, e onde se metia o casario. Com aproximadamente oito metros de altura por um de largura, deveria contar ainda com um andaime de proteção para os vigilantes e defensores da vila. Seu caráter defensivo era, assim, visualmente, evidente. De fato, desde o princípio da vila, a manutenção dos muros de taipa figurou como uma preocupação oscilante em função dos momentos mais, ou menos, ameaçadores. Na década de 1560, por exemplo, a vila viveu sob assédio constante dos índios que habitavam o entorno. Verdadeiramente, seus primeiros anos não foram nada fáceis. [Página 82]
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