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Confederação dos Tamoios, oferecendo-se Anchieta como refém dos tamoios em Iperoig 06/05/1563 3 fontes 1° fonte: Anais da Biblioteca Nacional (RJ) - 1876 a 2018, 1877 Quando Afonso Sardinha, morador da vila de S. Paulo tratou no seu testemunho do voluntário cativeiro, em que o Padre José de Anchieta se foi meter para fazer as pazes com os contrários, diz assim: Ensinava ao nativo a doutrina e fé Católica, e depois de fazer a doutrina, tomava seu Breviário e se ia pelos matos a rezar, e rezando lhe vinha um passarinho muito formoso, pintado de várias cores, andar por riba de seus ombros e por riba do livro e seus braços. [Página 44]
2° fonte: Mãe, mestra e guia: uma análise da iconografia de Santa´Anna, Maria Beatriz de Mello e Souza O tema da vida de Maria inspirou a primeira manifestação conhecida da devoção a Sant’Anna no Brasil. Trata-se do primeiro poema escrito na América portuguesa, obra-prima de José de Anchieta (Tenerife, 1534 —Espírito Santo, 1597). Foi composto em 1563, ano da conclusão do Concílio de Trento, que tentava frear o culto de Sant’Anna.
A obra começa coma concepção de Maria. Graças à pureza de sua filha, Anna deu à luz sem dores. O jesuíta exalta todas as funções maternais que Anna assumiu,mesmo as mais comuns, como a amamentação. Os papéis mais importantes de Sant’Anna foram a concepção de Maria, sua educação e sua preparação ao voto de virgindade, ao ser consagrada no Templo.
O valor do poema, além da propagação pioneira de certas idéias teológicas no Brasil, é ode traduzi-las em um modelo de comportamento para os fiéis, onde as virtudes da virgindade e da castidade ganham relevo. Embora o maior religioso da colônia pregasse a contemplação e a imitação da “imagem” de Maria, seu manuscrito em latim dificilmente poderia ser divulgado entre os leigos. As artes visuais iriam se encarregar da criação de imagens que fossem eloqüentes em sociedades majoritariamente analfabetas, como as da América portuguesa.
3° fonte: Go-betweens and the colonization of Brazil, Alida C. Metcalf Durante este tempo em que passou entre os gentios, compôs o "Poema à Virgem". Segundo uma tradição, teria escrito nas areias da praia e memorizado o poema, e apenas mais tarde, em São Vicente, o teria trasladado para o papel. Ainda segundo a tradição, foi também durante o cativeiro que Anchieta teria em tese "levitado" entre os indígenas, os quais, imbuídos de grande pavor, pensavam tratar-se de um feiticeiro.
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