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1566
Mem de Sá (1500-1572)
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O governador-geral do Brasil Mem de Sá entra na baía do Rio de Janeiro com uma esquadrilha
18/01/1567
3 fontes

1° fonte: Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira
Logo que chegaram ao Rio de Janeiro, romperam as hostilidades, e, apesar da heroica tenacidade do chefe português, a coragem dos soldados começava a fraquear e os nativos davam indícios de querem regressar ás suas tabas. Critica era por certo a posição de Estácio de Sá. Nesta conjuntura é, porém, chamado para Bahia o irmão Anchieta, afim de receber as ordens sacras. Chegando á Bahia relata ao Governador a critica situação de Estácio de Sá, e o convence de vir auxiliar a seu sobrinho. De fato, em Novembro desse mesmo ano, partiu a nova expedição acompanhando-a Mem de Sá, o BISPO PEDRO LEITÃO, O NOVO PROVINCIAL IGNACIO DE AZEVEDO E ANCHIETA, chegando no Rio de Janeiro á 18 de janeiro de 1567. [Página 584]



2° fonte: Efemérides Brasileiras, José Maria da Silva Paranhos Jr. (1845-1912)
O governador-geral do Brasil Mem de Sá entra na baía do Rio de Janeiro com uma esquadrilha, composta de três galeões chegados de Lisboa, sob o comando de Cristóvão de Barros, dois outros navios de guerra, que cruzavam nas costas do Brasil, e seis caravelões. Com o governador estava o segundo bispo do Brasil dom Pedro Leitão. Mem de Sá vinha reforçar seu sobrinho, capitão-mor Estácio de Sá, que desde 1565 guerreava contra os Tamoio e franceses, tendo estabelecido, no lugar chamado depois Praia Vermelha, um campo entrincheirado, a que dera o nome de Cidade de São Sebastião (ver 20 de janeiro).



3° fonte: DOSSIÊ: ESCRITAS DA HISTÓRIA E MEMÓRIA ANCHlETA NOBRASlL: QUE MEMÓRIA?






Mem de Sá, governador do Brasil, ataca e toma a paliçada de Uruçu-mirim e a de Paranapucu, na baía do Rio de Janeiro
20/01/1567
3 fontes

1° fonte: Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira
Depois do descanço de um dia, no dia de São Sebastião, travou-se a terrível peleja que havia de decidir da sorte dos altivos tamoyos.

O clangor das trombetas e o rufar dos tambores anunciaram, logo ao despontar da aurora, dia de peleja; mas nessa era, O SOLDADO CATÓLICO não batia-se com denodo se não contasse com o auxílio do céu, se genuflexo ante os altares, onde se celebrava o eucarístico mistério, não oferecesse a vida em holocausto ao seu Deus, que descia ao santuário da alma purificada pelo sacramento da penitência.

Assim, DEPOIS DE OUVIREM A MISSA, COMUNGARAM E RECEBERAM A BENÇÃO APOSTÓLICA, DADA PELO BISPO LEITÃO, acometeram os portugueses e seus aliados a aldeia d´Uruçumirim, principal acampamento do inimigo.

Dirigiu o Capitão-Mór enérgica fala aos seus soldados, lembrado-lhes a vitória em nome do Santo Padroeiro. Encarniçada foi a luta; os tamoios e franceses opuseram obstinada resistência aos esforços dos guerreiros de Estácio de Sá; o pelouro cruzava-se nos ares com a hervada seta e a espada encontrava-se com o tacapé. Era uma cena de horror e confusão; uma guerra de canibais.

Os tupiminós cevavam o seu implacável ódio no sangue dos tamoios; vendo VENDO IGUALMENTE OS PORTUGUESES NOS FILHOS DA BELA FALICIA OUTROS TANTOS CUJAS VIDAS NÃO LHES ERA PERMITIDO POUPAR. Assim as crueldades inerentes ás guerras, juntava-se ainda esta, O IMPLACÁVEL FUROS DAS CONTENDAS RELIGIOSAS. O delírio do combate os tinha cegado; sua alma se fecharia a todos os sentimentos nobres e generosos; uma só ideia sobre eles predominava, o de abrasar as aldeias contrárias, exterminando os seus defensores.

O cronista da Companhia de Jesus, Padre Simão de Vasconcelos, nos diz com plácida indiferença que NEM UM SÓ TAMOIO ESCAPOU COM VIDA, e dos franceses cinco que caíram nas mãos dos portugueses, FORAM PENDURADOS EM UM PAU PARA ESCARMENTO DOS OUTROS! O que respeitou o arcabuz e a bombarda, completou o incêndio, que devorou em poucas horas as pobres cabanas dos filhos das palmeiras!...

"Era conveniente aproveitas o belicoso ardor dos soldados: resolveu-se, portanto atacar a ilha do Governador, chamada então Paranápucuhy, onde o inimigo possuía um fortíssimo reduto, rodeado de cercas duplicadas que o tornavam quase inexpugnável. Para ai foi pois transportada a artilharia, cujo horríssono estampido repercutido pelos ecos da baia misturava-se coma confusa grita dos selvagens e os roucos sons dos borés.

Esse dia devera ser fatal aos adoradores de Tupan: tiveram de ceder a fortuna de seus contrários, e, abandonando suas aldeias, que o fogo consumia, foram buscar nas regiões ainda desconhecidas temporária asilo, donde também devera expeli-los a desenfreada cobiça dos colonizadores.

Os epenicios da vitória, e os cânticos de jubilo foram interrompidos para dar lugar ao luto e ás lágrimas: o heroico Estácio de Sá, acabava de expirar vítima de oculto veneno de seta de dextro tamoio".

Agora caro leitor, é justo oque pergunteis, qual a causa de uma guerra tão cruel e desumana? Seria porque os tamoios, cônscios de sua liberdade, repeliam a escravidão? [Páginas 584 e 585]



2° fonte: Efemérides Brasileiras, José Maria da Silva Paranhos Jr. (1845-1912)
1567 — Mem de Sá, governador do Brasil, ataca e toma a paliçada de Uruçu-mirim e a de Paranapucu, na baía do Rio de Janeiro, defendidas pelos Tamoio e por alguns franceses.

O forte de Uruçu-mirim (Ibira-guaçu-mirim, escreve frei Vicente do Salvador) ficava na praia, depois chamada do Flamengo, junto à foz do ribeiro Carioca, hoje Catete; o outro, na ilha de Paranapucu, a que Thevet e Léry chamavam ilha dos “Margajeast”, isto é, dos Maracajás ou Mbaracajás (gatos), denominação dada pelos tamoios aos temiminós, aliados dos portugueses, que, em 1554, depois de muitas guerras, emigraram para o Espírito Santo, em embarcações de lá enviadas a pedido do jesuíta Brás Lourenço. A ilha de Paranapucu ficou depois conhecida com o nome de Ilha do Governador.

O bispo do Brasil, dom Pedro Leitão, abençoou as tropas, quando seguiram para o ataque. Compunham-se elas principalmente de voluntários da Bahia, de Porto Seguro, do Espírito Santo e de São Vicente (São Paulo), dos índios do principal Martim Afonso Araribóia, e da gente que viera de Lisboa nas esquadrilhas de Estácio de Sá e Cristóvão de Barros.

No ataque de Uruçu-mirim (sem falar na perda dos índios aliados) tivemos “11 ou 12 mortos, entre os quais o de mais conta foi um Gaspar Barbosa, capitão de mar e guerra e também da jurisdição de Porto Seguro, homem de grandes partes, de muito esforço e virtude [...]” (Vasc., “Chron.”, III, § 102), e foi ferido mortalmente o capitão-mor Estácio de Sá (ibid, § 101), vindo a falecer um mês depois (ver 20 de fevereiro).

Em Paranapucu, a resistência foi menor. Mem de Sá transferiu então para o morro, depois chamado do Castelo, o assento da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, que Estácio de Sá estabelecera na Praia Vermelha, desembarcando ali no dia 28 de fevereiro ou no dia lo de março de 1565. A chamada cidade não passava até então de um entrincheiramento, dentro do qual foram levantadas palhoças e construída uma capela. Por armas, dera-lhe Estácio de Sá um molho de setas.



3° fonte: 20 de Janeiro - O verdadeiro início da cidade. Por Paulo Sergio Villasanti professor de História (data da consulta)
O entrincheiramento de Uruçumirim foi uma paliçada franco-tamoia localizada no atual outeiro da Glória. Foi atacada e invadida pelos tropas portuguesas e temiminós em 20 de janeiro de 1567, consolidando o domínio português na região e marcando a verdadeira colonização portuguesa no Rio de Janeiro.

BARRETTO (1958) dá-o como uma bateria, erguida no outeiro da Glória entre 1555-1567 e complementa com a data da sua conquista pelas forças portuguesas, 20 de janeiro de 1567, ocasião em que Estácio de Sá (1510-1567) foi ferido por uma flecha no olho, vindo a falecer um mês após, a 20 de fevereiro (op. cit., p. 256).

A decisiva batalha de Uruçumirim envolveu 1.200 combatentes (as forças temiminó-portuguesas somavam mais de 420 combatentes), nela tendo perecido Aimberê, líder à época da confederação dos Tamoios (1555-1567), cuja cabeça (e as de outros líderes indígenas) foi cortada e exibida numa estaca. Seiscentos tamoios e cinco franceses morreram na batalha de Uruçumirim, e dez franceses foram enforcados no dia seguinte à batalha.

O padre jesuíta José de Anchieta (1534-1597), cronista da campanha, reportou o seu saldo à época: "160 aldeias incendiadas, passado tudo a fio de espada".

Dia 20 de Janeiro é o dia do Santo Padroeiro da cidade, São Sebastião, mas é também o dia do Inicio do Rio de Janeiro .

"Os selvagens, de que falo, são muito dados à guerra com os vizinhos, sobretudo com os margajás (Temiminos) e os tabaiaras (Tamoios). Como não têm outro meio de apaziguar suas Guerras, batem-se valente e firmemente. Nesses embates reúnem-se seis mil homens, algumas vezes dez mil e, outrora, até doze mil, isto é, aldeias contra aldeias. Ou, também, se batem quando, casualmente, há encontros entre uns e outros.

Do mesmo modo procedem os naturais do Perú e os indios chamados cannibaes. Antes de empreenderam algum grande cometimento, quer bélico ou não, os selvagens convocam-se em assembleias principalmente os mais velhos, nas quais não tomam parte as mulheres e crianças. Os homens se reúnem de maneiras que me fazem lembrar o louvável costume dos governadores de Thebas, antiga cidade da Grecia, os quaes, quando deliberavam sobre assumptos da republica, permaneciam sempre sentados em terra.

Não menos estranho é o fato de os selvagens americanos jàmais assinarem tréguas, ou pactos, qualquer que seja o grau de inimizade entre si, como fazem as demais nações, mesmo as mais cruéis e barbaras, a exemplo dos turcos, mouros e árabes. E julgo que Theseu, a quem se deve o primeiro armísticio entre os gregos, se estivesse entre os selvagens americanos, ver-se-ia mais embaraçado do que era de crer.

Os indígenas conhecem alguns ardis de guerra, tão bons quanto os de qualquer outros povos. E, inimizados perpetuamente contra aqueles seus vizinhos, procuram-se, frequentes vezes, uns aos outros, batendo-se com tanta fúria quanto lhes é possível. Por isso, todos se vêem constrangidos a proteger suas aldeias com armas e guerreiros. Os ataques são feitos geralmente à noite, quando, então, se reúnem em massa.

Constitue excelsa honra assaltar o inimigo no próprio solo deste, trazendo, de volta, cativos. Quem mais victimas fizer, será tanto mais honrado e celebrado por seus companheiros, qual se fôra um monarcha ou illustre senhor.

Afim de surprehender a aldeia rival, empregam os indios tatica de ocultar-se, à noite, pelos matos, à semelhança de raposas. ali permanecendo o espaço de tempo necessário e conveniente para o assalto. E, quando alcança a aldeia, usam o artificio de lançar fogo às cabanas dos adversarios, afim de obrigá-los a sair do abrigo, juntamente com sua bagagem, suas mulheres e seus filhos."

Trecho do Livro "As singularidades da França antártica" do Franciscano Francês André Thevet sobre as hostilidades entre os índios que habitavam a Baia de Guanabara em 1557.








Execução de Le Balleur em Salvador: Le Balleur teria sido queimado e José de Anchieta teria auxiliado o carrasco em seu ofício
01/04/1567
3 fontes

1° fonte: Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira



2° fonte: DOSSIÊ: ESCRITAS DA HISTÓRIA E MEMÓRIA ANCHlETA NOBRASlL: QUE MEMÓRIA?



3° fonte: O santo que Anchieta Matou. Reverendo Jorge Aquino, revjorgeaquino.wordpress.com







Sesmaria
16/08/1567
1 fontes

1° fonte: Os marcos da Câmara e o conflito com as sesmarias dos jesuítas, Instituto Histórico e Geográfico Itaborahyense, ihgi.org/432396548 consultado em 26.10.2022






Documento
17/09/1567
1 fontes

1° fonte: Ainda Conquistadores e Povoadores do Rio de Janeiro. Elysio de Oliveira Belchior. Separata da Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, a. 160, n. 402.
(*) ENES, Brás - Segundo afirmou, sendo ele morador na Capitania de São Vicente, vendo o serviço que fazia a El-Rei Nosso Senhor, nesta terra pela pouca gente que nela estante, veio a ela com sua mulher e filhos, e casa movida. Por isso pediu a Mem de Sá sesmaria além de Inhaúma, concedida em 17 de setembro de 1567, sendo-lhe passada carta em 24 de fevereiro de 1584, por quatro mil réis. Na escritura consta declaração sua de que os Padres da Companhia de Jesus desta dita cidade lhe tinham tomado um pedaço da dita terra que dito hé, e tinham demarcado e que sobre isso Simão Barriga procurador dele vendedor trazia demanda com os ditos Padres, e que somente ele vendia ao dito comprador Domingos Machado a terra que estava ao presente desembaraçada e livre. O novo proprietário revendeu as terras à Companhia de Jesus, em 31 de outubro de 1586 pela quantia de 9$000. Ditas terras foram demarcadas em 1595. Brás Enes também era dono de terras da banda de Maricá, visto que Henrique de Araújo ao pedir sesmaria, em 12 de junho de 1595, especificou tratar-se de terras que já foram dadas a Brás Gonçalves, genro Fernão d´Álvares, morador no Campo de São Vicente, a qual pede por perdida polo ela não vir aproveitar que está em Piratininga, onde se chama Maum, digo nua que parte com Braz Zeenes. O nome de Brás Enes aparece grafado de várias maneiras, como Braz Zeanes, Brás Zyunes, Brás Zeenes, Brás Eanes, Brás Anes, Braz Zyenez, Braz Yanes, muitas vezes no mesmo documento (VII, 121. 145, 159, 263; XXIII, 108). [Página 64 e 65]








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