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Pirapitinguí
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¨ RASUL

Evidências de que Afonso Sardinha teria "descoberto" o “Araçoiaba”
01/01/1578
3 fontes

1° fonte: Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo
Outras provas: em Santos residia o inglês John Whithall, que em carta escrita dirigida para Londres, datada de 26 de junho de 1578, comunicou que o Provedor Braz Cubas e o Capitão-mór Jeronimo Leitão lhe haviam "asseverado terem eles descoberto minas de ouro e prata, e que esperavam chegada de mestres mineiros para porem em trabalho as ditas minas, do que resultaria enriquecer muito o país".



2° fonte: “Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
O certo é que o fidalgo assegurava numa carta a El-Rei, escrita de Santos em 25 de abril de 1562, que andára de jornada trezentas léguas e por respeito das águas que se vinham, retrocedera, colhendo mesmo assim algumas amostras de metais e pedrarias, que enviava á Corte.

Regressára dessa jornada bastante doente, mas desejando insistir na procura do ouro, fez com que Luiz Martins nesse mesmo ano, tornasse o sertão e esse encontrou o precioso metal a poucas léguas de Santos. Alguns escrevem que esse descobrimento foi no Jaraguá e outros, na Cahatiba ou atual Bacaetava (Sorocaba).

Dando em manifesto esse descoberto, foi Braz Cubas o primeiro minerador oficial do ouro em São Vicente, tendo ai feito tentativas dessa natureza, associado ao capitão-mÓr Jeronimo Leitão e, de uma carta escrita de Santos, em 1578, pelo inglez John Whithal, genro de José Adorno, vê-se que aguardava para isso mineiros do reino. ["Bandeiras e Bandeirantes de SP" de Carvalho Franco (1940) p.35;36]



3° fonte: “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981)
O primeiro branco era o português Afonso Sardinha, que depois de residir em Santos passou para São Paulo, erguendo o seu solar no Butantã (hoje Casa do Bandeirante), onde tinha o seu trapiche, isto é, engenho de açúcar.

Foi entrando para o sertão, à procura de ouro e prata, pelo Tietê abaixo, tendo principiado no Jaraguá. Do Ibituruna (junto a Pirapora) obliquou para a serra do Piragibú tomando como referência um morrete isolado o Aputribú (Bairro de Aparecidinha).

Daí avistou a linda montanha ao poente. Descendo pelo vale do Pirajibú ao campo de Pirapitinguí deixou, à direita o depois chamado bairro do Varejão (nome de família de um sitiante do século XVIII) no atual município de Itú, atravessou o rio Sorocaba, ou na atual rua 15 ou na barra de Pirajibú, e semente três léguas de campo o separavam do cobiçado morro coberto de, espêssa mataria.

Segundo Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), em 1589, Afonso Sardinha, fazendo roçar uma clareira no ribeiro, das Furnas que subiu até as fontes, deu a primeira martelada.

Em minério de ferro no. Brasil. Pelo costume; seus guias e companheiros índios conheciam os lugares e os nomes. O "mineiro" ou técnico de minas, que o acompanhava, era Clemente Álvares. Enfim, estava junto com êle o. filho natural, quase que certamente, Afonso Sardinha-o-Moço,. mesmo porque êle já estava sexagenário.

Ambos se dedicavam ao bandeirismo de mineração e de caça ao índio; sendo assinalada sua presença por êsses anos nesse imenso sertão que vai do Tietê a Paranaguá e ao Rio Paraná. Tendo "limpado" de índios as proximidades do Araçoiaba, e localizado as minas de ouro, prata e ferro, não fundaram propriamente um engenho ou forninho catalão ou "biscacinho", nem naquela data, nem depois, conforme repetiram os cronistas e historiadores duzentos anos por um equivoco de Pedro Taques.

Porém, nada mais çerto do que ser o Araçoiaba o marco n.° 1 da siderurgia nacional, pois o minério foi reconhecido antes do de Morro do Pilar (Minas Gerais) e, para isso era necessário, ao menos, uma pequena bigorna, fole e, talvez, um dos escravos africanos que o velho Sardinha foi o primeiro a introduzir em São Paulo. Na África o minério era trabalhado em instalações muito rudimentares. Aliás, ferro para comércio não foi produzido.






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