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RASULglimmer 01/01/1592 2 fontes 1° fonte: “O devassamento do Piauí”, Barbosa Lima Sobrinho O que nos interessa, porém, nesse roteiro, é que ele revela o devassamento de uma importante região do território atual de Minas. Conta que D. Francisco de Sousa recebera de "um brasileiro um certo metal extraído, segundo dizia, dos montes Sabaroason".
A bandeira promovida para o encontro dessa região, depois de um longo percurso, chegou a uma estrada larga e trilhada e a dois rios de grandeza diversa, que correndo do sul entre as serras Sabaraasu, rompem para o norte, e é minha opinião. [Página 38]
2° fonte: “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil No tempo em que, vindo da Bahia, D. Francisco de Sousa, esteve pela primeira vez em S. Paulo, aí vivia Guilherme Glymmer, flamengo, que tomou parte em uma expedição ao sertão e que dela fez uma descrição, que encontrou abrigo na obra de P. Maregrave – história Botânica do Brasil – nos termos seguintes:
“Julgo a propósito inserir aqui o roteiro que recebi de Wilhelm Glymmer, nosso compatriota. Conta ele que, na época em que vivia na Capitania de S. Vicente, chegara àquelas paragens, vindo da Capitania da Bahia, Francisco de Sousa; pois recebera de um brasileiro um certo metal, extraído, segundo dizia, dos montes Sabaroason, de cor azul-escura ou celeste, salpicado de uns grânulos cor de ouro. Tendo sido examinado pelos entendidos em mineração, reconheceu-se que esse metal continha, em um quintal, trinta marcos de prata pura. Fascinado por essa amostra, o governador, julgando conveniente explorar mais cuidadosamente esses montes e as minas que eles encerravam, resolveu mandar para lá setenta ou oitenta homens, entre portugueses e brasileiros. Fez parte dessa expedição o nosso Glimmer, que dela faz a seguinte descrição:
“Partindo da cidade de S. Paulo, na Capitania de São Vicente, chegamos, primeiro à povoação de São Miguel (distante de São Paulo cinco ou seis léguas para o Nascente), à margem do rio Anhembi, e nesse lugar achamos preparadas as provisões, que os selvagens tinham de carregar nos ombros. Atravessamos, depois, aquele rio e, com uma marcha de quatro ou cinco dias a pé, através de densas matas, seguimos rumo de Norte, até um riacho que nasce nos montes Guarimumis, ou Marumiminis, onde há minas de ouro. Aqui, aparelhadas algumas canoas de cascas de árvores, continuámos rio abaixo, durante cinco ou seis dias, e fomos ter a um rio maior que corria da região ocidental. Aquele primeiro riacho deslisa por sobre campos baixos e úmidos, notáveis por sua amenidade. Tendo descido este rio maior, em dois dias, encontramos outro ainda muito maior, que nasce no lado septentrional da serra de Paranapiacaba (assim como o Anhembi nasce no lado austral da mesma Serra), e correndo, a princípio, para o Ocidente,na mesma direção dos montes, depois, formando um cotovelo, se encaminha por algum tempo para o Norte, e, afinal, como geralmente se crê, se lança no Oceano entre o Cabo Frio e a Capitania de Espírito Santo; chama rio de Sorobis, e é abundantíssimo em peixes, tanto grandes como pequenos. Descendo também esterio, durante quinze ou dezesseis dias, chegamos a uma catarata, onde o rio, apertado entre montanhas alcantiladas, se despenha para o Nascente. Por isso, abicamos neste ponto as nossas canoas e marchamos outra vez a pé, ao longo de outro rio que desce do lado ocidental e não se presta a navegação. Com cinco ou seis dias de marcha, chegamos à raiz de um monte altíssimo, e, transpondo-o descemos a uns campos mui descortinados e aqui e acolá sombreados de bosques se vêem lindíssimos pinheiros, que dão frutos do tamanho de uma cabeça humana; as nozes desses frutos têm a grossura de um dedo médio e são protegidas por uma casca como as castanhas, e são mui agradáveis ao paladar e nutritivas, (Presumo que Glimmer se refere aqui à árvore da Sapucaia). Por muitas milhas no interior se encontram árvores desta espécie.
“Três dias depois, chegamos a um rio, que deriva do Nascente, e,atravessando-o, durante quatorze dias, tomamos a direção de Noroeste, através de campos abertos e outeiros despidos de árvores, até outro rio, que era navegável e corria da banda do Norte. Atravessamo-lo em umas embarcações chamadas jangadas, e, quatro ou cinco léguas mais adiante, topamos outro rio que corria quase de norte e era navegável. Creio, porém, que estes três rios, afinal, confluem num só leito e vão desaguar no Paraguai, em razão de que o curso deles é para o sul, ou para o Ocidente. Em toda a viagem até aqui descrita nada vimos que de notasse cultura, não encontramos homem algum, apenas aqui e ali aldeias em ruínas, nada que servisse para alimentação, além de hervas e algumas frutas silvestres; todavia, observávamos às vezes fumaça, que se erguia no ar, pois por aquelas solidões vagueavam com suas mulheres e filhos alguns selvagens, que não tinham domicílio certo e não curavam de semear a terra. Junto a este último rio, encontramos, finalmente, numa aldeia de indígenas, víveres em abundância, que vinham muito a propósito, visto que já estavam consumidos os que conosco tínhamos trazido, e já a fome nos obrigava a comer frutos silvestres e ervas do campo.“Tendo-nos demorado aqui quase um mês, abastecidos de vitualhas, prosseguimos a nossa viagem em rumo de noroeste e, decorrido um mês, sem encontrar rio algum, chegamos a uma estrada larga e trilhada e a dois rios de grandeza diversa,que, correndo do sul, entre as serras Sabaraasu, rompem para o Norte; e é minha opinião que esses dois Rios são as fontes ou cabeceiras do rio São Francisco.
Da aldeia sobredita até estes rios não vimos pessoa alguma, mas soubemos que além das montanhas vivia uma tribu de selvagens assás numerosa. Estes, informados (não sei como) da presença de europeus naqueles sítios, despacharam um dos seus para nos espreitar. Caindo este em nosso poder, demo-nos pressa em arrepiar carreira, de medo desses bárbaros e por nos escassearem os viveres, ficando por explorar o metal por cuja causa haviamos sido mandados; e, quasi mortos de fome, voltamos aquela aldeia de selvagens. “Daí, recuperadas as forças e aparelhados os víveres, pelo mesmo caminho por onde viéramos regressamos àquele rio, onde havíamos deixado as canoas, e,revigorados, saltamos nela e subimos o rio até as suas fontes; e assim gastos nove meses nesta expedição, voltámos primeiro a Mogomimin, depois, à cidade de São Paulo.
”Por sugestão de Capistrano de Abreu, Orville Derby fez um estudo sobre o roteiro descrito por Guilherme Glymmer, inserido na obra de Margraff, a fim de identificá-lo no terreno. As sugestões de Capistrano de Abreu foram felizes, como em regra as suas soluções, pois que Orville Derby era o homem capaz de fazer bom trabalho, não só pelo seu saber e competência, como pela sua experiência e prática que havia adquirido em estudar e explorar as terras e rios percorridos pela expedição de que Glymnier fez parte.
Avistaram a costa do Brasil (1590) ou chegaram a "sabarabussú" (1592) 15/06/1592 2 fontes 1° fonte: "O Romance do Prata" de Paulo Setúbal (Sabarabuçu, serra Sabarabussú)
2° fonte: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. IX Nas capitanias setentrionais a natureza geológica do terreno condenava as tentativas de ai fundar-se a siderurgia. Gabriel Soares de Souza fala de minas de ferro e aço, trinta léguas adentro pelo sertão da Bahia, sem indicação de lugar entretanto, elas nunca foram exploradas.
Manuel Juan foi enviado pelo governador-geral, D. Francisco de Souza, ao cerro de Sergipe mais de 200 léguas da Bahia, para procurar Gabriel Soares 01/07/1592 2 fontes 1° fonte: “Jesuítas e bandeirantes no Guairá (1549-1640)”. Pedro de Angelis (1784-1859) Relatório de Manuel Juan de Morales das coisas de San Pablo e males de seus habitantes feito a Sua Majestade por um Manuel Juan de Morales da mesma cidade. 1636
vem f. 1 p. a este estado do Brasil no ano de 1592, enviado por seu avô de V. Mag., sendo Virey de Portugal o Duque de Alba, e vindo como governador do Brasil, D. Francisco de Sosa, que ao chegar me enviou ao Serjipe morro a mais de 200 léguas da Baía, para descobrir minas, onde Gabriel Suarez, que veio como descobridor de ouro, se perdeu. [Jesuítas e bandeirantes no Guairá (1549-1640), 1951. Páginas 182 e 183]
2° fonte: “Uma breve história das Entradas e Bandeiras”, seguindopassoshistoria.blogspot.com Em 1592, Belchior Dias Moreia (também grafado Melchior Dias Moreia), primo de Gabriel Soares e neto do Caramuru, foi incumbido de liderar uma entrada pelos sertões da Bahia e do Sergipe. Por oito anos, Belchior e seus companheiros percorreram os sertões, alguns dos familiares chegaram a acreditar que tivessem morrido.
Por volta de 1604, sua entrada aportou nas redondezas da Serra de Itabaiana, na região central de Sergipe, e de lá, Belchior partiu para Salvador. Depois destes oito anos fora de casa, ele decidiu ir cobrar sua recompensa, prometida pelo rei espanhol.
Belchior partiu para a Espanha onde residiu por quatro anos, mas não conseguiu do rei sua recompensa, pois na prática a entrada falhou em encontrar minas. Então retornou ao Brasil, e chegou posteriormente a viajar novamente para Madrid a fim de falar com o rei, no intuito de conseguir alguma mercê por sua dedicação.
O fato interessante que marca a longa entrada de Belchior, foi que o mesmo havia dito que havia descoberto prata em Sergipe, nas redondezas da serra de Itabaiana. Outra entradas para lá foram enviadas, a fim de averiguar o fato, porém, nenhuma prata foi encontrada, embora alguns dos metais ali encontrados chegaram a serem confundidos com prata. Algumas autoridades chegaram a alegar que Belchior ou era um grande mentiroso, ou estava guardando o segredo da verdadeira localização das minas de prata do Sergipe.
Belchior chegou a viajar para Sergipe numa entrada em 1618 para localizar outras minas, acabou retornando em 1620, ficou algum tempo preso, pois havia se negado a revelar a localização das minas de prata ao capitão-mor de Pernambuco Luís de Sousa, e o capitão-mor da Bahia Francisco de Sousa, ambos haviam chegado a viajar em 1618 com Belchior ao Sergipe, para ver as supostas minas que ele dizia ter descoberto.
Abertura do testamento de Gabriel Soares de Sousa, capitão-mor e governador da conquista e do descobrimento do Rio de São Francisco 10/07/1592 4 fontes 1° fonte: “História do Brasil”, Livro I em que se trata do descobrimento do Brasil, costumes dos naturais, aves, peixes, animais e do mesmo Brasil. Frei Vicente do Salvador (1564-1639)
2° fonte: Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escripta á vista de avultada documentação inedita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Quarto - Cyclo de caça ao indio - Luctas com os hespanhoes e os Jesuitas - Invasao do Paraguay - Occupação do Sul de Matto Grosso - Expedições á Bahia - Desbravamento do Piauhy (1651 - 1683) Além destas duas grandes entradas bahianas quinhentistas, citemos ainda no mesmo século as de Sebastião Alvares e João Coelho de Souza no São Francisco.
Morreu este no sertão e seu irmão Gabriel Soares de Souza, herdeiro de seus segredos, foi á Europa ver se a coroa lhe proporcionava os recursos necessários ás explorações enormes que pretendia encetar, em busca dos formidáveis tesouros que o irmão pretendera haver encontrado no interior do Brasil.
Obteve-os em larga escala, assim como patentes e promessas de toda a espécie, tudo isto após grandes delongas, aliás. Mas naufragou em 1590, ao voltar, á foz do Vasa-Varris, perdendo todo o seu material. Procurou valer-lhe D. Francisco de Souza, que então inaugurava o seu governo, e com estes novos elementos encetou Gabriel Soares, em 1592, a sua entrada. É d. Francisco de Souza geralmente acusado de se haver apoderado dos seus papéis e roteiros, requerendo mais tarde e obtendo-os "os mesmos privilégios e concessões outorgadas a Soares e ainda outras" no dizer de Varnhagen. [25586]
3° fonte: "O Romance do Prata" de Paulo Setúbal (Sabarabuçu, serra Sabarabussú)
4° fonte: Efemérides Brasileiras, José Maria da Silva Paranhos Jr. (1845-1912) Abertura do testamento de Gabriel Soares de Sousa,capitão-mor e governador da conquista e do descobrimento do Rio de São Francisco, vereador da Câmara da Bahia e autor do precioso descritivo do Brasil em 1557. Gabriel Soares faleceu pouco antes, ao chegar com a sua expedição às nascentes do Paraguaçu.
Afonso Sardinha começou a escavar em Araçoyaba 02/08/1592 3 fontes 1° fonte: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, Vol. XXXV Afonso Sardinha, o moço, e talvez também "o velho", chegaram a Ipanema cerca de 1590. Vinham do Jaraguá e passaram por Ibituruna, procurando ouro. O primeiro faleceu em 1592 no Jaraguá, onde ficaram as ruínas de sua fazenda. O segundo morreu no sertão em 1604, possuindo, para testar, uma boa quantidade de ouro em pó.
2° fonte: Correio Paulistano Em 2 de agosto de 1592 Afonso Sardinha começou a escavar em Araçoyaba, vindo a encontrar grande quantidade de ferro. Lá se achava, nessa ocasião, o governador-geral, inspecionando os trabalhos de mineração e que deu ao local o nome de Nossa Senhora do Monserrate.
3° fonte: “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981)
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