Exibindo eventos registrados em 1592 e relacionados a Gabriel Soares de Sousa.
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Os padres tiveram o “conhecimento dos Capítulos difamatórios de Gabriel Soares”
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Data: 01/01/2010
O DOMINIUM SOBRE OS INDÍGENAS E AFRICANOS E A ESPECIFICIDADE DA SOBERANIA RÉGIA NO ATLÂNTICO Da colonização das ilhas à política ultramarina de Felipe III (1493-1615)
Registros de construção de fortificações, como a de Emboaçava
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Carta do Padre Amador Rebelo de Lisboa ao Geral da Companhia, datada de 18 de abril de 1592, recomendando que caso El-Rei solicitasse padres para a expedição do “capitão” Gabriel Soares não lhes concedesse
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30 de Julho de 2013, domingo
Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo* Mas é o próprio Serafim Leite quem contradiz a informação de que os jesuítas só teriam conhecido os Capítulos por via de “um parente” de Soares ao mencionar uma carta do Padre Amador Rebelo de Lisboa ao Geral da Companhia, datada de 18 de abril de 1592, recomendando que caso El-Rei solicitasse padres para a expedição do “capitão” Gabriel Soares não lhes concedesse.
Por diversos motivos. Por sua expedição ser um pretexto para “tomar e saltear índios”, devido aos práticos informarem sobre a inexistência de minas, pelo perigo dos religiosos nunca mais retornarem e especialmente por “querer mal aos Nossos, manifestamente, como mostram os Capítulos e falsos testemunhos que neste reino deixou”.
Acrescenta ainda, de acordo com Leite, que “nenhum Superior de outras Ordens quis dar Padres para ir com Gabriel Soares” (LEITE, 1938:179). A missiva é intrigante. Confirma a mercê de “Capitão” recebida por Soares, todavia é incompatível cronologicamente com outros dados. O aventureiro já embarcara de volta ao Brasil na data da carta e com quatro religiosos, nenhum deles jesuíta. Rebelo, procurador do Brasil em Lisboa, ratifica saber dos Capítulos antes da sua chegada às mãos dos padres no Brasil reconhecendo inclusive o título com o qual o texto seria posteriormente arquivado. E, por fim, revela que o próprio Gabriel Soares divulgava suas queixas, deixando rastros de suas críticas. [Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo. Páginas 8 e 9]
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Em maio de 1592 partiram da Bahia e, chegando à serra do Gariru (ou Quareru, atual Serra Branca), levantaram um forte, em cumprimento à determinação régia de que pelo menos a cada 50 léguas assim se procedesse*
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4° Congregação provincial
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30 de Julho de 2013, domingo
Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo* Importantes quadros da Companhia de Jesus reunidos em Salvador em 1592 foram unanimes em negar todas as acusações contra eles encaminhadas a Felipe II pelo colonizador português Gabriel Soares de Sousa. Pronunciaram-se escandalizados de “tão baixas palavras, e torpes juízos”, identificando o “quão azedo” se encontrava “o peito” donde saíam (SOUSA, 1942:372).
A expressão “peito azedo” que pode ser traduzida como “coração amargurado”, manifesta um dos lados da sua defesa, a bem dizer, o âmbito pessoal e íntimo com o qual pretenderam minimizar as denúncias do explorador quinhentista. Séculos mais tarde, Antônio Serafim Leite classificou os mesmos Capítulos escritos pelo senhor de engenhos contra os inacianos que atuavam na América portuguesa como “mexericos de soalheiro” (SOUSA, 1942:344).
De fato tanto as acusações quanto as réplicas tratam muitas vezes de pormenores como a quantidade de porcos, vacas, galinhas, currais e lançam mão de queixas, desavenças e injúrias tão próprias ao cotidiano que parecem de menor valor. Este diz que me disse, cheio de picuinhas é, no entanto, extremamente comum neste tipo de escrita assim como sua desqualificação historiográfica.
Como destacou num artigo recente a historiadora Mary Del Priore (2013:22), mexericar era uma forma de distração tão corriqueira que chegou a obter um item específico no Livro V das Ordenações Filipinas do século XVII:
Por se evitarem os inconvenientes que dos mexericos nascem, mandamos que se alguma pessoa disser à outra que outrem disse mal dele, haja a mesma pena, assim cível como crime que mereceria, se ele mesmo lhe dissesse aquelas palavras que diz que o outro terceiro dele disse, posto que queira provar que o outro o disse (Lara,1999:267).
Os Capítulos que Gabriel Soares de Sousa deu em Madrid ao SR.D. Cristóvam de Moura contra os padres da Companhia de Jesus que residem no Brasil com umas breves respostas destes mesmos padres que deles foram avisados por um seu parente a quem os ele mostrou retratam estes fuxicos de uma vivência próxima e tensa entre os moradores do primeiro século do Brasil colonial. Aproxima-se de uma subliteratura, pelo seu gênero indefinido, seu teor panfletário, polemico e conjuntural.
Por outro lado, testemunha uma história não tão interessante do ponto de vista de um retrato apologético e edificante seja da Igreja, seja da colonização brasileira, ou de ambas simultaneamente. Esta crônica quase jornalística envolvendo os conflitos entre aqueles que a princípio estariam do mesmo lado no processo colonizador, colonos portugueses e jesuítas, é por si só interessante, mas permite principalmente uma investigação que se abre como um leque para temáticas referenciais tanto da história colonial e da historiografia brasileira quanto da renovada história da Igreja e das religiosidades. [Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo. Página 1]
Sabemos positivamente que uma cópia chegou ao então provincial Marçal Beliarte no Brasil e este encaminhou o material para diversos clérigos mais experientes na vivência na colônia para que respondessem as informações prestadas pelo colono português. As réplicas foram assinadas por vários membros da Companhia de Jesus que participaram da quarta Congregação provincial convocada para 25 de maio de 1592 na Bahia (BARBOSA, 2006). A data da assinatura final do documento é de 13 de setembro de 1592, quando Gabriel Soares seguramente já estava morto uma vez que a abertura do seu testamento se dera em 10 de julho deste mesmo ano.
As Respostas apresentam o mesmo tom exaltado das Informações. Denunciam os maus tratos recebidos pelo gentio da parte dos colonos, os interesses particulares de Gabriel Soares no apresamento dos indígenas, suas atividades de venda de índios e a segurança que tinha em denunciar sem averiguar suas informações de que os apontamentos dados em Madri seriam “impossíveis virem ao Brasil” (1942:360). Apesar de todo esmero em responder minunciosamente cada artigo, as Respostas não tinham como destino qualquer exposição pública. A assinatura de padres do gabarito de Marçal Beliarte, Ignácio Tholosa, Rodrigo de Freitas, Luís da Fonseca, Quiricio Caxa, Fernão Cardim, Luis da Grã e José de Anchieta confirmam a importância das acusações, porém sua finalidade se encontrava em rebater imediatamente e se antecipar à chegada das críticas ao superior em Roma. [Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo. Página 10]
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Avistaram a costa do Brasil (1590) ou chegaram a "sabarabussú" (1592)
Nas capitanias setentrionais a natureza geológica do terreno condenava as tentativas de ai fundar-se a siderurgia. Gabriel Soares de Souza fala de minas de ferro e aço, trinta léguas adentro pelo sertão da Bahia, sem indicação de lugar entretanto, elas nunca foram exploradas.
[26128] Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. IX 01/01/1904
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Manuel Juan foi enviado pelo governador-geral, D. Francisco de Souza, ao cerro de Sergipe mais de 200 léguas da Bahia, para procurar Gabriel Soares*
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Manuel João Branco
30 de Janeiro de 1636, domingo
Carta de Manuel Juan Morales ao rei Filipe IV (1605- 1665), “O Grande”
“Jesuítas e bandeirantes no Guairá (1549-1640)”. Pedro de Angelis (1784-1859)
Relatório de Manuel Juan de Morales das coisas de San Pablo e males de seus habitantes feito a Sua Majestade por um Manuel Juan de Morales da mesma cidade. 1636
vem f. 1 p. a este estado do Brasil no ano de 1592, enviado por seu avô de V. Mag., sendo Virey de Portugal o Duque de Alba, e vindo como governador do Brasil, D. Francisco de Sosa, que ao chegar me enviou ao Serjipe morro a mais de 200 léguas da Baía, para descobrir minas, onde Gabriel Suarez, que veio como descobridor de ouro, se perdeu. [Páginas 182 e 183]
Entre faisqueiras, catas e galerias: Exploração do ouro, leis e cotidiano das Minas do Século XVIII (1702-1762), 2007. Flávia Maria da Mata Reis, Belo Horizonte, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG
“Uma breve história das Entradas e Bandeiras”, seguindopassoshistoria.blogspot.com
Em 1592, Belchior Dias Moreia (também grafado Melchior Dias Moreia), primo de Gabriel Soares e neto do Caramuru, foi incumbido de liderar uma entrada pelos sertões da Bahia e do Sergipe. Por oito anos, Belchior e seus companheiros percorreram os sertões, alguns dos familiares chegaram a acreditar que tivessem morrido.
Por volta de 1604, sua entrada aportou nas redondezas da Serra de Itabaiana, na região central de Sergipe, e de lá, Belchior partiu para Salvador. Depois destes oito anos fora de casa, ele decidiu ir cobrar sua recompensa, prometida pelo rei espanhol.
Belchior partiu para a Espanha onde residiu por quatro anos, mas não conseguiu do rei sua recompensa, pois na prática a entrada falhou em encontrar minas. Então retornou ao Brasil, e chegou posteriormente a viajar novamente para Madrid a fim de falar com o rei, no intuito de conseguir alguma mercê por sua dedicação.
O fato interessante que marca a longa entrada de Belchior, foi que o mesmo havia dito que havia descoberto prata em Sergipe, nas redondezas da serra de Itabaiana. Outra entradas para lá foram enviadas, a fim de averiguar o fato, porém, nenhuma prata foi encontrada, embora alguns dos metais ali encontrados chegaram a serem confundidos com prata. Algumas autoridades chegaram a alegar que Belchior ou era um grande mentiroso, ou estava guardando o segredo da verdadeira localização das minas de prata do Sergipe.
Belchior chegou a viajar para Sergipe numa entrada em 1618 para localizar outras minas, acabou retornando em 1620, ficou algum tempo preso, pois havia se negado a revelar a localização das minas de prata ao capitão-mor de Pernambuco Luís de Sousa, e o capitão-mor da Bahia Francisco de Sousa, ambos haviam chegado a viajar em 1618 com Belchior ao Sergipe, para ver as supostas minas que ele dizia ter descoberto.
Belchior Dias Moréia (Brasil, 1540 - 1619), sertanista brasileiro, tem seu nome ligado à serra de Itabaiana, nos arredores de Aracaju, e ao mito do Eldorado no Brasil. Era ainda conhecido como Belchior Dias Moreira ou Belchior Dias Caramuru, por ser parente de Diogo Álvares o Caramuru. Seria nascido no Brasil por volta de 1540, tinha fazendas ou currais junto a serra do Canini, nos sertões do rio Real (hoje município de Tobias Barreto), entre o rio Real e o rio Jabiberi. Considerado notável colonizador do sertão do rio Real, onde teria chegado desde 1599, após haver tomado parte na conquista de Sergipe, como um dos capitães de Cristóvão de Barros, segundo informa a "Enciclopédia dos Municípios Brasileiros".
Ficou famoso por suas buscas do Eldorado, que localizava na serra de Itabaiana. Até hoje há quem creia que haveria ali riquezas em metais e que a área ocultaria um "carneiro de ouro". O mito surge a partir das expedições deste aventureiro Belchior Dias Moréia, que alardeou a descoberta de uma grande quantidade de prata na região, no século XVI.
Embora nada tenha sido efetivamente localizado, a notícia ajudou a impulsionar outras expedições particulares e governistas, que tomaram os caminhos da Serra nos séculos seguintes. Itabaiana, com sua velha serra, atraiu aventureiros em busca da prata que teria sido achada por Belchior Dias Moréia e durante dois séculos alimentou entre os brasileiros o sonho de riqueza.
As primeiras minas de prata haviam sido descobertas no Brasil por Gabriel Soares de Sousa, que morreu em 1592, cronista e explorador. Era primo de Belchior Dias Moréia, que com ele aprendeu a varar os sertões da Bahia e de Sergipe, em busca de ouro e prata, mas estava a serviço dos reis da Espanha. Atraiu com isso o interesse de Belchior, que veio se estabelecer na terra.
Após dez anos de pesquisa, anunciou a descoberta das minas de prata. As supostas minas de Itabaiana jamais foram encontradas. Se foram descobertas, como afirmava ele, o segredo ficou guardado. Pedindo mercês em troca da informação sobre o local das minas, Belchior foi a Portugal e de lá à Espanha, em 1600, para conseguir um título de nobreza. Demorou-se quatro anos, sem sucesso. Voltaria duas vezes à Europa com novos insucessos. Os governadores Luís de Sousa, de Pernambuco, e D. Francisco de Sousa, da Bahia, marcaram encontro com Belchior Dias Moreia e viajaram juntos para Itabaiana, para marcar a localização das minas. Negando-se a mostrar o local enquanto não fosse recompensado com as mercês, Belchior Dias Moréia foi preso e passou dois anos na cadeia.
Antigamente, o rio Orinoco era o ponto preciso e real onde estaria o Eldorado, na cabeça das gentes. A partir de Gabriel Soares de Sousa a perspectiva se transferirá para as cabeceiras do rio São Francisco. Mesmo Domingos Fernandes Calabar (1600-1635), que os portugueses tiveram como traidor, foi guia de uma expedição holandesa a Itabaiana em procura do ouro e da prata.
Belchior Dias Moreya morreu em 1619, deixando um filho – Rubério Dias – tido de uma índia cariri da aldeia de Geru. Seu neto Melchior Dias Moréia pretendeu posteriormente ter descoberto minas de prata na montanha de Itabaiana. Sem revelar, no roteiro imperfeito que deixou, sua localização.
Abertura do testamento de Gabriel Soares de Sousa, capitão-mor e governador da conquista e do descobrimento do Rio de São Francisco
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Afonso Sardinha começou a escavar em Araçoyaba
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Assinatura final do documento
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30 de Julho de 2013, domingo
Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo* Sabemos positivamente que uma cópia chegou ao então provincial Marçal Beliarte no Brasil e este encaminhou o material para diversos clérigos mais experientes na vivência na colônia para que respondessem as informações prestadas pelo colono português. As réplicas foram assinadas por vários membros da Companhia de Jesus que participaram da quarta Congregação provincial convocada para 25 de maio de 1592 na Bahia (BARBOSA, 2006). A data da assinatura final do documento é de 13 de setembro de 1592, quando Gabriel Soares seguramente já estava morto uma vez que a abertura do seu testamento se dera em 10 de julho deste mesmo ano.
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Depoimento de Bernardo Ribeiro
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30 de Julho de 2013, domingo
Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo* Ao ser chamado em 11 de novembro de 1592 à Mesa de Consciência e inquirido como era de praxe sobre a sua genealogia, Ribeiro informou não ter conhecido os avós paternos. Os maternos eram Rodrigo de Argolo, nobre castelhano que chegara à Bahia em 1549 com o primeiro governador geral, Tomé de Sousa, e Joana Barbosa. Possuía tios por parte do pai moradores de Viseu que não sabia os nomes, um irmão estudante em Coimbra e duas irmãs moradoras de Jaguaribe. Joana de Argolo, viúva de Diogo Correa de Sande, senhor de um engenho vizinho ao de Gabriel Soares e de Fernão Cabral de Ataíde, famoso pela Santidade e Helena de Argolo, casada então com Manuel de Sá Souto Maior. Na mesma localidade moravam seus tios maternos, Paulo de Argolo e Ana, “mulher que fora de Gabriel Soares”. Ribeiro recebeu uma sentença leve; penitências espirituais e o pagamento das custas do processo.
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Conclusão do Processo
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30 de Julho de 2013, domingo
Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo* No dia 29 de julho de 1591, Bernardo Ribeiro foi denunciado pelo vigário da Igreja de Nossa Senhora do Socorro de Tasuapina, o padre João Fernandez, por afirmar após se recuperar de uma doença grave que a fé sem obras bastava para a salvação da alma. Apesar da aparente simplicidade do crime frente a outros como as idolatrias e as sodomias ouvidas pelo visitador e mais conhecidas por terem sido bem exploradas pela historiografia brasileira, Ribeiro incorria num grave delito, determinante no momento de cisão da Igreja Católica. Filho de Maria de Argolo e de Antonio Ribeiro, provedor da fazenda, nascido na Bahia, solteiro, tinha cerca de trinta anos naquele tempo e, segundo consta, era “magro”, “trigueiro” e um tanto altivo. O processo se prolongou por quase dois anos e contém oitenta e dois fólios.3 Iniciou-se no mesmo momento da preparação da viagem de Soares e só foi concluído em 19 de dezembro de 1592, mais de seis meses após o seu falecimento. [p. 8]
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.