1° fonte: BARRO PAULISTA, Dalton Sala. Data da consulta
A partir desse momento, os tetos de palha começam a desaparecer, diminuindo os riscos de incêndios, e as menções às telhas passam a ser constantes nas Atas da Câmara. A importância de fazer telhas é tão grande que a Câmara de Vila de São Paulo se importa com o degredo de um telheiro, conforme fica claro na Ata da Câmara de 28 de março de 1592, em que o Procurador da Câmara requereu aos oficiais (juízes e vereadores),
“que a ele lhe era vindo a sua notícia que nesta vila estava uma sentença do senhor ouvidor geral em que mandava degradar a Fernão d’ Álvares telheiro para fora desta capitania e que porquanto estávamos em guerra e a gente é necessária na guerra para a sua defensão e estava a Igreja Matriz para fazer e não havia quem fizesse telha senão ele e é bom soldado que deviam de pedir ao capitão que o escusasse por esta causa e respeito por serviço de Deus e de Sua Majestade e bem comum desta Vila e os ditos oficiais lhes pareceu bem e que vendo a sentença fariam disso petição ao dito capitão...”.
Isso demonstra a presença de oleiros, telheiros e fornos para cozer o barro dentro dos termos da Vila de São Paulo já no século XVI. Mas, ao tratarmos das ordens religiosas, vamos ter de sair um pouco de São Paulo e entendermos o Brasil como um todo, não apenas pelas peripécias dos paulistas que se derramaram pelo sertão, mas também pelo comércio e tráfego entre as diversas regiões da colônia, inclusive por parte das ordens religiosas, que faziam circular seus membros, assim como bens, mercadorias e objetos religiosos como imagens. [Página 3]