1° fonte: “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga
Embora, no planalto, Sardinha tivesse organizado, nos meses de setembro e outubro de 1592, entradas punitivas e estabelecido um sistema de revezamento na vigilância do forte, exemplos de pedidos como os do castelhano João de Santa Anna, que solicitava à Câmara um “chão” no rocio da vila em 1592 por “ser muito necessário recolherem-se os moradores à vila e nela terem casas por respeito de estarmos em guerra”, 362 davam mostra de que a situação estava mesmo longe de apaziguar.
De fato, apesar de os conflitos serem empurrados para áreas cada vez mais distantes, ainda em 1593 a pressão indígena se fazia sentir, só que agora na área de Mogi, onde atacaram gente de Antonio Macedo e Domingos Luis Grou. Numa única emboscada no rio Jaguari, segundo as Atas, teriam morrido o francês Guilherme Navarro, Francisco Correa, Diogo Dias, Manuel Francisco e Gabriel Pena. Os depoimentos dos sobreviventes assustavam a todos, que, em uníssono, exigiam do capitão Jorge Correa, estante em São Paulo, talvez para acalmar os ânimos, que não voltasse a Santos sem antes dar uma lição nos índios de Bogi [03/10/1593].