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1606
Fazenda Ipanema
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¨ RASUL


Escritura
26/02/1609
1 fontes

1° fonte: O Observador: Econômico e Financeiro, 08.1949
Achava-se instalada a fábrica à beira-rio; o combustível era facilmente transportado; a mina estava à porta e, os produtos acabados, descendo o Jeribatuba, encontravam logo o mercado de Santos, ou subindo pela estrada antiga melhorada, ao que se diz, por Anchieta, das vilas acima da Serra do Cubatão [O Observador: Econômico e Financeiro, 08.1949. Página 59]






Firmada sociedade entre Diogo de Quadros, Francisco Lopes Pinto e D. Antônio de Souza, filho de D. Francisco de Souza, que se refere a um engenho de ferro "situado em o distrito e limite desta vila de São Paulo e donde chamam Ibirapuera, da outra banda do Rio Jeribatiba
11/08/1609
3 fontes

1° fonte: Histórico apresentado por Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen (1783-1842), 1818
Não obstante esta investida, também foram as preocupações com as minas de ferro, que deveriam atender às necessidades emergentes pós-Revolução Industrial. O berço da siderurgia no Brasil surgiu com a implantação da fábrica de ferro de São João de Ipanema na província de São Paulo, cuja primeira fundição foi atribuída a Afonso Sardinha, segundo histórico apresentado por Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen em 1818.

D. Diogo Botelho Entendente das Minas, (...) chegando em S. Paulo em 1609, desiludido de encontrar o Sabarabussú, a serra resplandecente, incentivou o trabalho nas minas de ouro de lavagem e dedicou-se à exploração do ferro em Biraçoyaba; associando-se ao Provedor Mór da Fazenda, Diogo de Quadros e ao cunhado deste, Francisco Lopes Pinto, explorou a mineração de ferro em Santo Amaro, na fabrica construída em 1601, no local chamado Ibirapuera, à margem do rio Jeribatiba (rio Pinheiros) (Martins 1943).



2° fonte: Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História
Completa essa documentação a escritura da sociedade lavrada entre Diogo de Quadros, Francisco Lopes Pinto e D. Antônio de Souza, filho de D. Francisco de Souza, datada de 11 de agosto de 1609, que se refere a um engenho de ferro "situado em o distrito e limite desta vila de São Paulo e donde chamam Ibirapuera, da outra banda do Rio Jeribatiba".

Cológeras, fazendo alusão a essa forja, gratuitamente afirma: "a nova instalação devia ser uma cópia de Biraçoiaba, inspirada pelos mesmos operários construtores desta ... ".



3° fonte: Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social Orientadora: Profa. Dra. Nanci Leonzo
A documentação da Câmara de São Paulo registra que um engenho de ferro foi construído em 1660 na região do Ibirapuera, que teve como sócios D. Francisco de Sousa e Afonso Sardinha, cuja escritura de sociedade foi lavrada pelo tabelião Simão Borges de Cerqueiro. Um segundo engenho estaria supostamente instalado às margens do Rio Jerubatuba (atual Pinheiros), nas proximidades do baixo de Santo Amaro. Não restam dúvidas que os únicos engenhos de ferro conhecidos nesse período se localizavam em Araçoiaba.

Esses fornos tornaram-se famosos, porque são considerados como os verdadeiros precursores da siderurgia brasileira, ou ainda, a primeira fábrica de ferro do Brasil, por terem sido construídos em 1599 e a documentação da Câmara de São Paulo registrar a escritura de compra e venda dos fornos do Ibirapuera como ocorrida em 1600, isto é, após os fornos de Biraçoiaba.






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