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RASULConcedida sesmaria a João Pires, bisneto de Piqueroby 01/01/1610 1 fontes 1° fonte: “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”. João Mendes de Almeida (1831-1898) A tribo Ururay ocuparia o território desde o vale de Ururay, da banda do norte, na serra de Paranapiacaba, seguindo o curso do Piquiroby (ora Rio Grande até que, encontrando o Rio Pequeno, toma o nome dos Pinheiros), a afluir no Anhemby (Tieté). A aldeia, portanto estaria á margem do Piquiroby, mais adiante, no vale de Ururay.
Alguns chronistas referem que os indigenas desta aldea foram transferidos posteriormente para S. Miguel que por isso foi denominado de Ururay; sendo capitão-mór, loco-tenente do então donatário Lopo de Souza, Jeronymo Leitão, o qual «concedeu-lhes terras por uma só sesmaria lavrada aos 12 de Outubro de 1580, na qual consignou aos Índios dos Pinheiros seis léguas em quadro na paragem chamada Carapicuiva, e outras tantas aos de S. Miguel em Ururay.
Parece que a antiga aldeia de Ururay de 1531, fora fraccionada em duas, logo que João Ramalho edificou a villa de Santo André e que os padres da Companhia de Jesus, fazendo demolir esta, fundaram a de S. Paulo, 1554
— 1560; pois que o titulo da sesmaria de 12 de Outubro de 1580 os presuppõe já estabelecidos nos dous lugares, Pinheiros e S. Miguel. E tanto mais provável é isso, quanto é sabido o costume dos indigenas de não manterem suas aldeãs muitos anos, no mesmo lugar.
Também Pedro Taques, Nobiliarchia Paulistana, na Revista do Instituto Histórico, Geográfico e Ethnographico do Brazil, XXXIV, parte primeira, página 31, referindo-se a João Pires, bisneto de Piqueroby, escreveu:
"Foi abundante em cabedaes, com estabelecimento de uma grandiosa fazenda de terras de cultura em uma légua de testada até o rio Macoroby, que lhe foi concedida de sesmaria em 1610, com o seu sertão para a serra de Juquery."
Carta de sesmaria passada por Gaspar Conqueiro a 10 de novembro de 1610 10/11/1610 1 fontes 1° fonte: Vocabulário Nheengatú, 1936. Afonso A. de Freitas O nome do rio, em todo seu curso era - Tietê -, não obstando, entretanto, tal circunstância, que em mais de um estiram tivesse ele denominação peculiar, como ainda hoje acontece em quase todos os cursos de água paulistas e no próprio Tietê, assinalando acidentes locais; se o seu nome regional em Piratininga era Anhamby, pela circunstância referida, já um pouco abaixo e antes de sua confluência com o Pinheiros chamava-se - rio da Emboaçava -, isto é, rio do váu da passagem, originada na particularidade de existir ali, atravessando o álveo do rio, uma afloração de rocha permitindo o travessio do rio (emboaçava) quase a pé enxuto nas grandes estiagens, e seguro váu nos volumes normais da torrente.
Os portugueses fixados em Piratininga, ouvindo repetidamente o nome Anhamby, aplicado a rio no trecho que lhe corria ao pé das moradias, acreditavam que aquele seria o nome geral da torrente e, nesse sentido empregavam, se bem que uma vez por outra, com a cautela de o chamarem também e cumulativamente, - Rio Grande - tradução ao pé da letra, de Tietê:
- "... e correrá avante até dar no rio grande de Anhamby..." (Carta de sesmaria passada por Gaspar Conqueiro a 10 de novembro de 1610): ... e da barra do dito ribeiro pelo rio abaixo de Anhamby, rio grande..." (Carta de sesmaria concedida a Clemente Alvares e Martim Rodrigues em 1612).
Se os nossos maiores europeus, em vez de se localizarem em Piratininga tivessem feito em Emboaçava, em Boigy, em Ururay ouy na primeira parnahyba que lhe ficava mais próxima rio abaixo, e não em Anhamby, certo de que o rio Tietê teria sido, de princípio, conhecido por eles, pela denominação de rio Emboaçava, Boigy, Ururay ou Parnahyba.
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