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1669
Balthazar Fernandes (1580-1667)
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123
¨ RASUL

Segunda fundação de Sorocaba
01/01/1670
10 fontes

1° fonte: História da Capitania de São Vicente. Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777)
Sorocaba foi fundada em 1670 pelo paulista Baltazar Fernandes, irmão dos povoadores das vilas de Parnaíba e Itu, com seus genros André de Zuniga e Bartolomeu de Zuniga, cavaleiros da província do Paraguai das índias de Castela. Eles construíram em sua própria fazenda a igreja matriz, casa de conselho e cadeia, assim a Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba foi elevada a vila por provisão do capitão-mor loco-tenente donatário Francisco Luís Carneiro de Sousa, Conde da Ilha do Príncipe.



2° fonte: “Memórias históricas do Rio de Janeiro e das provincias annexas à jurisdição do Vice-Rei do Estado do Brasil”. José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753-1830)
Sua fundação em 1670 se deveu ao Donatário Conde da Ilha do Principe D. Luiz Carneiro de Souza. Vila de Sorocaba, situada na margem esquerda do Rio deste nome, em latitude austral de 23° 39´, e longitude contada daquela Ilha de 303° 25´, distante da Capital 48 léguas. Sua fundação em 1670 se deveu ao Donatário Conde da Ilha do Principe D. Luiz Carneiro de Souza.



3° fonte: Ensaio d´um quadro estatístico da Província de São Paulo
Esta povoação foi fundada em 1670, e depois ereta em Vila. É considerável e florescente, tanto por ser o lugar onde se trata de negociações dos animais cavalares, muares, e vaccum, que se conduzem das partes do sul, e onde se cobram os direitos de passagem; como por estar perto da mesma a Fábrica de Ferro, edificada nas fraldas do Monte de Arassoiava.



4° fonte: “Diccionario geographico, historico e descriptivo do Imperio do Brazil”, Tomo II. Milliet de Saint Adolphe, Paris, França
Sorocába - Nova cidade e antiga vila da província de São Paulo, na margem do rio do mesmo nome, 20 léguas ao sudoeste da cidade de São Paulo, em 23 graus e 39 minutos de latitude. Foi fundada em 1670 por D. Luiz Carneiro de Souza, conde da Ilha do Príncipe, e começou-se a aumentar sensivelmente no cabo de vinte para trinta anos, quando Afonso Sardinha, já residia em Jaraguá, descobriu minas de ferro (em São João de Hipanema) e de prata, que foram desemparadas por causa das minas de ouro de Mato Groso e de Goyáz. Acha-se esta vila entre a província de São Pedro do Rio Grande e a do Rio de Janeiro, situação de grande vantagem para o comércio do gado vacum, cavalar e muár, e consta de mais de 1000 casas todas térreas. A rua principal é calçada, mas não assim as demais. Tem cadeira de latim e duas escolas de primeiras letras. Os edifícios mais notáveis são um hospício de Bentos, e igreja matriz, de que é padroeira N. S. da Ponte, com mais duas, uma de invocação de N. S. do Rosário, e outra da de Santo Antônio, e um recolhimento. Na feira que ali se faz todos os anos vendem-se a dinheiro contado ou em letras, sobre os melhores negociantes da província, 15.000 cabeças de gado de toda espécie, e os direitos que o governo recebe por estas vendas andam por perto de 15 contos de réis. O distrito da vila de Sorocaba é vasto, fértil, temperado e sadio; porém os habitantes que moram nas serras são sujeitos boeios. Em 1810 a população era de 10.181 habitantes, e atualmente passam de 12.000, sendo as duas terças partes deles brancos. Lavra-se neste distrito canas, milhos e mais viveres; colhe-se bastante algodão de que se faz pano um pouco grosseiro que serve para os escravizados, e que também se exporta para o Rio de Janeiro: encontram-se nele minas de ferro abundosas, pedra de cal e pederneiras, e em suas terras invernam as boiadas que vem de Curitiba e de São Pedro do Rio Grande. Se se fizesse uma estrada em direitura da vila de Sorocaba até o ponto em que o rio Iguape começa a navegação, o comércio da vila deste nome se aumentaria, e a cultura do café e do tabaco faria grandes progressos nas terras de seu distrito que são para ótimas.



5° fonte: Revista trimensal do Instituto Histórico, Geográfico e Etmográfico do Brasil
A villa de Sorocaba de Nossa Senhora da Ponte, que é sertão da costa da vila de Itanhaém, foi ereta em 1670 pelo paulista Bartholomeu Fernandes com seus genros os cavalheiros Castelhanos André de Zunega e Bartholomeu de Zunega; e foi aclamada em vila por provisão do capitão-mór loco-tenente do donatário Francisco Luiz Carneiro de Sousa, conde da Ilha do Príncipe. No termo desta vila há minas de ouro, prata e ferro.



6° fonte: “Curiosidades Brasileiras”, F. L. d´Abreu Medeiros. Diário de São Paulo
Acerca de sua fundação diz o Ensaio de um quadro estatístico da província de São Paulo, publicado em 1839:

Esta povoação foi fundada em 1670, e depois ereta em vila. E considerável e florescente, tanto por ser o lugar onde se trata negociações dos animais cavalares, muares e vacum, que se conduzem das partes do sul, e onde se cobram os direitos de passagem, como também por estar perto da mesma, a fábrica de ferro das faldas do monte de Arassayava.

O Sr. Varnhagen, na sua História do Brasil, diz o seguinte: "D. Francisco de Souza indo em 1610 á Biraçoiava (Ypanema), e vedo que não prosperava ali a vila que dez anos antes criara, ao mesmo tempo que espontaneamente se iam agrupando muitos moradores três léguas áquem junto a uma ponte do rio Sorocaba, onde os Beneditinos levantavam já um hospício, transferiu para alí o pelourinho, com ideias, diz-se, de fundar uma cidade com o nome de São Felipe por gratidão ao soberano, que pouco antes o agraciara.

Nos livros antigos livros da Câmara e do mosteiro de São Bento acha-se escrito que a povoação de Sorocaba foi fundada primeiramente no bairro Itavuvu pelo governador D. Francisco de Souza, e que a requerimento do capitão Balthazar Fernandes, com informação do ouvidor da capitania, Antonio Lopes de Medeiros, foi mandada transferir com o título de vila, para o lugar onde se acha presentemente, por provisão do governador geral Salvador Correia de Sá.

(...) Como se vê, descombinam os escritores acerca da fundação de Sorocaba; o que é certo é que esta povoação foi elevada á categoria de cidade pela Lei Provincial N° 5 de 5 de fevereiro de 1842, sendo presidente da assembléia, depois de o ter sido da província por dua vezes, o ilustre sorocabano brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar.



7° fonte: ALMANAK da Provincia de São Paulo para 1873 organisado e publicado por Antonio José Baptista de Luné e Paulo Delfino da Fonseca. São Paulo: Typographia Americana, Ano 1
A cidade de Sorocaba, ereta Villa em 1670 pelo paulista Balthazar Fernandes Mourão com seus genros, cavalheiros castelhanos, André de Zunega e Bartholomeu de Zunega, teve foral e foi aclamada Villa pela provisão do capitão-mór loco-tenente do donatário Francisco Luiz Carneiro de Souza, Conde da Ilha do Príncipe, com denominação de Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba.



8° fonte: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volumes 20-21
A vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba foi povoação que, pelos anos de 1670, fundou a paulista Balthazar Fernandes, irmãos dos povoadores da vila de Parnahyba e Itú, com seus genros André de Zunega e Bartholomeu de Zunega, cavaleiros da província do Paraguay das Indias de Castella, e á custa da sua própria fazenda fizeram construir a Igreja matriz, casa de Conselho e Cadeia; e se aclamou vila por provisão do Capitão-mór loco-tenente do donatário de Itanhaém, Francisco Luiz Carneiro de Souza, conde da Ilha do Príncipe.



9° fonte: “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981)
Balthazar Fernandes já era falecido em 1667, éis tudo o que restou em documento por mão de seu filho Manuel Fernandes de Abreu. Como o seu inventário foi o primeiro aqui feito, seguindo- viu Silva Leme, a morte se deu mais perto de 1661 do quede 1667 e entre o jazigo, já, pronto, na igreja de São Bento, e a matriz em obras, a escolha da sepultura é tanto mais evidente quanto em São Bento os monges rezavam uma missa por mês por sua alma e, pelo costume, aspergiam (ou deviam fazê-lo) o túmulo real e não o simbólico do pano preto.



10° fonte: “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
“Como se fosse coisa de Deus, a oportunidade de se fazer o pedido surgiu de "bandeja", com a visita do Governador a pronvíncia de São Paulo (Benevides era governador da província do Rio de Janeiro); (..) se Balthazar não foi pessoalmente (já possuiía mais de 80 anos) enviou seus assessores.” (“Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”, 2014. Sérgio Coelho de Oliveira)

A nossa história, oficial e acadêmica, trabalha com probabilidades, quando se trata de Balthazar Fernandes. Aliás, nem se sabe ao certo a grafia do seu nome, se é Baltasar ou Baltasar, se é Balthazar ou Balthezar, tal é a diversidade das informações contidas nos documentos. Apesar do "fundador" de Sorocaba ter sido um cidadão ilustre, na sua época, nem se sabe quando ele nasceu, nem o dia nem o ano, como também não se sabe quando ele morreu. Não se sabe, com certeza, quando ele se casou, nem a primeira e nem a segunda vez. Sempre as datas são acompanhadas do clássico "por volta de". Também, não se sabe se a sua primeira filha, única do primeiro casamento, Maria de Torales, era sua filha biológica ou adotiva. (...) os historiadores divergem quanto à data da chegada do “fundador” a Sorocaba, se em 1646 ou se em 1654. Existem documentos historiando, além desses dois momentos, uma fundação em 1670.






Lourenço Castanho Taques (o capitão; velho) faz seu testamento na vila de São Paulo
20/07/1670
1 fontes

1° fonte: Consulta em projetocompartilhar.org
Avaliações

Dividas que se deve a esta fazenda, as que constam pelo livro apontado no testamento (entre elas):

- Paula Moreira, mulher que ficou de João Ribeiro de Proença 21$260 réis.
- Antonio de Oliveira, morador em Jundiaí, filho de Maria Cordeiro 4$000 réis.
- Pedro Ramos, morador em Sorocaba, filho de Balthazar Fernandes 1$540 réis.
- Balthazar Fernandes, morador em Sorocaba 12$540 réis.
- dona Euphemia da Costa, dona viúva 10$900 réis.






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