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RASULPiracicaba 01/01/1723 1 fontes 1° fonte: Os Campos de Araraquara: Um estudo de história indígena no interior paulista A primeira notícia de ocupação do rio Piracicaba data de 1723 quando o ituano Felipe Cardoso, por ter aberto um "picadão" de Itu ao Salto do Rio Piracicaba, obteve uma sesmaria de terras que circundavam o porto do rio situado nas proximidades do salto, cerca de um quilometro da atual Piracicaba rumo rio abaixo (Neme, 1974, p. 25). Daí em diante, começaram a se congregar em torno do salto de Piracicaba alguns sertanejos, posseiros e portadores de cartas de sesmaria. Mas até a metade da década de 1760 não havia se construído ainda o povoamento oficial. No início do século XVIII, a região do salto de Piracicaba, distante 90 quilômetros da foz do rio no Tietê era a parte mais interiorana do conhecido. Quando começou a se efetivar sua ocupação em 1723 sua posição atraiu aventureiros, degredados, bastardos forros que, por razões diversas, fugiam dos percalços da administração colonial. Prova disso é o fato de que enquanto o salto do Piracicaba era ocupado, as margens do próprio Tietê no trecho entre a foz do Piracicaba e do Sorocaba, mantinham-se desertas. O capitão João Antonio Cabral Camello, em notícia da viagem que fez às minas de Cuiabá em 1727 (Camello, 1976), quando viaja da barra do rio Sorocaba à do Piracicaba diz que "as margens estavam então absolutamente desertas, não havendo vestígio algum de morador ribeirinho" (Taunay, 1976a, p.44). Nas imediações da foz do rio Piracicaba, Camello também não menciona nenhuma ocupação e somente dia e meio de viagem pelo Tietê abaixo "estão dois moradores com suas roças, em que colhem milho e feijão, e tem criação de porcos e galinhas que vendem aos cuiabanos" (Camello, 1727/1976, p.115). Esse último povoado mencionado por Camello é, com certeza, Potunduva, registrado por Gervásio de Leite Rebello (Rebelo, 1727/1976, p.103) um ano antes (1726), quando Rodrigo César de Meneses fez o roteiro de Araritaguaba a Cuiabá, assunto ao qual se voltará logo a seguir. [Página 66]
“Santuário Mariano, e história das imagens milagrosas de Nossa Senhora”, Agostinho de Santa Maria 01/01/1723 4 fontes 1° fonte: “Sorocaba e os castelhanos”, Aluísio de Almeida, codinome de Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Diário de Notícias, página 13 De fato, sabe-se que a fundação daquele governador geral no Ipanema, obedeceu ao intento de encontrar ouro e prata, nas pegadas de Afonso Sardinha, anterior de 10 anos. O arraial de Monte Serrat, título adotado pela devoção do fidalgo, teve duração efêmera e, enquanto o ambicioso reinol despedido do governo geral, andava na corte madrilenha a solicitar favores para continuar a empresa das minas, os proto-sorocabanos se transferiam para o Itavuvu.
3° fonte: “Sinalização Tupi-Guarani & Luso-Catolicismo”, João Barcellos Questão Itavuvu
Durantes as pesquisas em torno do Morro Berassucaba, na região iperoniana de Ipanema, deparamo-nos constantemente com a designação itavavuvu (ou itavuu) e itapebuçu, e sempre desconfiamos que itavuvu e itapebuçu seriam a mesma ´coisa´, mas, como essa ´coisa´ diferenciada vinha de muitos e dignos historiadores achamos melhor não mexer até podermos entender e colocar os pingos historiográficos nos ii dos contos oficiais, como diz o pesquisador Adolfo Frioli.
Até porque esta questão tem a ver com a historiografia sorocabana... O próprio
Friioli, em 2011, pôs em ´cheque´ a história de Sorocaba, mas o fez por e com ilações (embora justas) diante dos resultados das pesquisas no complexo geomorfológico e histórico do Morro Berassucaba (ou Araçoiaba).
E agora? Ele, como eu, e também o biólogo Luciano B. Regalado, ficamos diante da prova que faltava para dar um trato historiográfico final àquela ´coisa´ indefinida entre itavuvu e itapebuçu – a saber: o cacique guarani Tukumbó Dyeguaká, colocado diante das designações explicou que “itavuvu e itapebuçu dão significado a uma mesma coisa, porque trata-se de caminho de pedra e caminho de pedra preta no mesmo lugar”.
Então, o Governador Francisco de Souza instalou no arraial mineiro da Família Sardinha o povoado denominado Nª Sª do Monte Serrat, em 1599, com pelourinho, e logo depois, em 1611, transferiu o mesmo pelourinho para Itavuvu, ou Itapebuçu, localidade que recebeu o nome de S. Felipe.
O que significa isto em termos historiográficos? Que a região hoje conhecida como sorocabana teve início com o pelourinho no arraial mineiro do Morro Berassucaba e continuidade em Itavuvu: a fundação histórica da região sorocabana só pode ser datada de 1599 quando se instalou o primeiro pelourinho.
4° fonte: “Santuário Mariano, e história das imagens milagrosas de Nossa Senhora”, Agostinho de Santa Maria
Estrada 02/08/1723 1 fontes 1° fonte: Os Campos de Araraquara: Um estudo de história indígena no interior paulista Entre agosto de 1723 e maio de 1724 Luíz Pedroso de Barros abre uma picada de Itú às barrancas do rio Paraná pelos campos de Araraquara. A 2 de agosto de 1723 com uma pequena tropa de soldados ele sai da Vila de Itu seguindo o caminho do rio Capivari e deste ao rio Piracicaba, então os limites do conhecido. Cruzou este último rio até o morro de Araraquara donde principiam os ditos campos de Araraquara. Passou pelas cabeceiras do rio Jacaré-Pepira e daí rompeu as matas, campos e cerrados até o rio Grande (Paraná), dando conhecimento de seu sucesso ao governador da capitania em ofício de 2 de maio de 1724. [Página 57]
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