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RASULAbertura da estrada de Curitiba no Paraná e no Rio Grande do Sul que possibilitou o ciclo do Tropeirismo. Coincidentemente, nesse ano ocorre o final do bandeirantismo 01/01/1733 7 fontes 1° fonte: Tropas e Tropeiros na Formação do Brasil. José Alípio Goulart Sérgio Buarque de Holanda informa que consultando antigos inventários paulistas, as únicas referências que encontrou anteriores a 1733 foram relativas a duas mulas e um macho pertencentes a Francisco Pedroso Xavier, e o burro castiço de Antonio de Oliveira. (Página 33)
2° fonte: O afluxo de gado a Sorocaba e a importância econômica do caminho do sul na década da independência. Maria Theresa Schorer Petrone Assim, nos campos aparecem verdadeiras "estações-invernadas", onde o gado, quando tem que percorrer grandes distâncias até alcançar os centros consumidores, encontra pastos para descansar, engordar ou simplesmente esperar a época favorável à continuação da marcha. As invernadas nesses campos, principalmente na parte mais setentrional, também funcionam como reguladoras do fluxo de gado, obedecendo às necessidades dos mercados consumidores.
Dentro desse quadro Sorocaba ocupa, graças à sua posição privilegiada no limite setentrional da área de campos, lugar de destaque com relação à circulação de tropas e boiadas, servindo, inclusive, para "estação-invernada", já que ao Norte são mais raras as pastagens.
A parada obrigatória das tropas de muares e das boiadas no limite setentrional dos campos para descanso, sem dúvida pode explicar o aparecimento, em Sorocaba, da famosa feira e do Registro destinado a cobrar diversos impostos sobre os animais que por aí transitavam.
Nada mais natural que o aproveitamento das áreas de campos para ligar São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul, área de criação de bestas e de fronteira disputada por espanhóis e portugueses. O caminho do Sul, aberto por volta de 1733, basicamente se aproveitava deses campos, que facilitavam a marcha do gado e podiam funcionar como "estações-invernadas". Além disso, constituíam uma região favorável à criação de reses e de muares, para os quais se contava com um escoamento seguro.
Não se deve esquecer, entretanto, que o caminho do Sul não percorre somente áreas de campos. No Sul do país os campos alternam-se com matas bastante extensas e suficientemente densas, criando problemas à circulação do gado, já por se tornar difícil a construção e conservação do caminho, já pela inexistência de invernadas.
Basta lembrar a famosa "estrada da mata", que, como o nome indica, atravessa a área coberta por matas espessas, entre Curralinho, ao Sul de Lapa, e Timbó ao Norte de Lages. Segundo uma descrição do caminho para o Rio Grande do Sul, de 1811, infere-se a importância das áreas de campos para a marcha do gado:
"Todo o mais caminho assim de Santo Antônio da Lapa até Curralinho, como do Timbó até Lages é composto de campos, restingas e pinheirais soltos e por isso transitável e ainda é melhor das Lages para diante depois que a necessidade fêz abandonar o caminho da esquerda denominado o caminho de Santo Antônio da Patrulha que ia ter à Serra do Viamão e seguir o da direita denominado o Caminho Novo de Vacaria por uma campanha aberta e continuada planície . . ." [Páginas 2, 3 e 4]
Bartolomeu Pais de Abreu, Francisco de Souza Faria e Cristóvão Pereira de Abreu são os principais nomes ligados à abertura do caminho para o sul. Após uma série de tentativas, Cristóvão Pereira de Abreu, conseguiu, por volta de 1732-1733, trazer a primeira tropa de gado vacum e cavalar. [Página 6]
3° fonte: Dagoberto Mebius - A História de Sorocaba para crianças e alunos do Ensino Fundamental I Em 1733, o povo vila de Sorocaba vê passar pelas suas ruas poeirentas e estacionar próximo a velha ponte de madeira do rio, um bando de homens tropeando uma infinidade de animais com grande alvoroço. Correrias, um misto de espanto e medo se apossou das pessoas.
Uma coisa como nunca se vira antes. Tantos homens e animais juntos. Foi à passagem da primeira tropa de muares com destino as Minas Gerais. Seu patrão é Cristóvão Pereira de Abreu, que trazendo esses animais do sul do país, inaugura inconscientemente um dos mais ricos e duradouro ciclo econômico de Sorocaba, o tropeirismo.
Foi a partir desse fato que a Vila cresceu, ficou rica e famosa. Por quase duzentos anos o movimento de dinheiro e a fartura que corriam durante as feiras de muares, fez de Sorocaba uma mistura de pólo capital de fortunas e cultura. Para cá vieram grandes companhias de teatro lírico, passaram grandes personagens da nossa História, floresceram o comércio e pequenas indústrias, até uma siderúrgica foi criada pelo regente D. João, tamanha era a importância estratégica e econômica da Vila de Sorocaba.
Sorocaba passou a cobrar impostos sobre os muares. O que tornou a vila um dos melhores negócios para o governo da época. Grandes fortunas sorocabanas tiveram inicio com o arrendamento das cobranças dos impostos de “barreiras” como eram chamados.
Estrangeiros conheciam Sorocaba e não ligavam a mínima para a Vila de São Paulo. Grandes casarões e sobrados foram construídos pelos ricos comerciantes de muares e outros bens. Sorocaba construiu um belo teatro, chegou a ter 5 escolas de primeiras letras e um grande “Collegio”, era procurada pelos seus artigos de couro e ferragens produzidos nessa época. Enfim, Sorocaba era uma estrela de primeira grandeza no cenário brasileiro.
Os habitantes só tinham olhos e ouvidos para o tilintar dos “patacões ou doblones” dinheiro que corria solto das bodegas aos armazéns, das “quitandeiras” as casas de pousos. Durante um período até as pequenas lavouras desapareceram, tornando muito caro a rala alimentação da vila.
Muitas famílias colocavam os filhos mais fortes para “tropear”. Curioso é que poucos sorocabanos de origem foram “patrões” ou comerciantes de tropas. A maioria deles eram fazendeiros ou “haciendeiros” de São Pedro do Rio Grande.
Por volta de 1897 um surto de febre amarela interrompe de vez o ciclo tropeiro e tudo acaba como por encanto. Até hoje muitas pessoas pensam que Sorocaba nasceu do ciclo tropeiro. Isso é um erro, pois Sorocaba já existia, cresceu por ele e se firmou com a ferrovia até meados da década de 60 no século XX. [Página 25 do pdf]
4° fonte: “Poder local e educação na Primeira República: O primeiro ginásio público de Sorocaba”. Julio Cesar Gonçalves, Programa de Pós-Graduação da UNISO (...) uma outra atividade também do Brasil Colônia vai marcar, além da indústria têxtil, da estrada de ferro e da cultura de algodão, presença na história econômica da Sorocaba republicana: o tropeirismo.
Iniciada com o ciclo de mineração, essa atividade transformou a cidade num dos principais entrepostos para a compra e venda de muares, animais utilizados como meio para o transporte de viveres e minério durante o auge daquela atividade econômica. E até 1897 foram realizadas na cidade as Feiras de Muares que, por cerca de 150 anos, acentuaram sua vocação mercantil e fizeram dela um centro de referência comercial. Mas podem ter feito mais do que isso.
Caio Prado Junior, em um estudo sobre a formação histórica do Brasil, ao abordar o sistema de transporte e comunicação durante o período colonial para tratar da importância das comunicações na construção da vida social, observa que foram duas as formas de interiorização do país. Uma, a partir das vias marítimas; outra, partido do interior.
Nesse segundo caso, ele identifica quatro setores – o quarto e último, o do Extremo Sul, tem Sorocaba como ponto de partida, fazendo a interligação e integração do atual estado do Paraná, e penetrando Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. Esse setor exerceu “modesta e obscura, mas talvez não menos significativa” função: o comércio de muares.
[...] Isso dava a Sorocaba, lugarejo pacato e amortecido a maior parte do ano, o aspecto animado e intenso de um grande centro bulhento e agitado. Enchiam-se as suas numerosas hospedarias; nas ruas e praças debatiam-se e se fechavam as transações; era um trânsito ininterrupto de homens de negócio e animais, que à noite dava lugar a não menos animadas diversões, em que o jogo, a bebida e a prostituição campeavam neste ajuntamento fortuito de tropeiros, mercadores, mulheres e aventureiros de toda classe, estimulados pelo lucro ou pelo deboche. (ABREU MEDEIROS apud PRADO JUNIOR, P. 237-254)
Já no período Colonial, portanto, Sorocaba vivia períodos de acentuado burburinho citadino, o que pode ter acentuado as características urbanas que vão marcá-la no início da República. Mas as Feiras de Muares também fermentaram as disputas políticas, conforme observa uma análise sobre a vida social em Sorocaba
entre os séculos XVIII e XIX: [Página 51]
5° fonte: Mapa do Real Caminho do Viamão, por Hermélio Moraes, Pesquisador IHGGI (data sugerida *bd) Cristóvão Pereira de Abreu, em 1733 chega em Sorocaba com a primeira tropa de 3 mil mulas, advindas do sul do continente. Inaugurando assim, o Caminho dos Tropeiros. Oficialmente batizado como: Real Caminho do Viamão. Ao todo são 1.700 km, sendo que destes, 50 km estão dentro do município de Itapetininga. Conforme documentos, são oito os pousos dentro do município: A vila, Porto, Antas, Viracopos, Capivari, Areião, Espigão e o bairro da Pescaria.
6° fonte: Sorocaba e a feira do Tropeirismo Por Marco André Briones, consultado em cidadeecultura.com
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