1° fonte: “A arquitetura na reprodução da memória: o caminho de Peabiru”. Anderson Franciscon, Caroline Salgueiro da Purificação Marques e Mauricio Hidemi Azuma
O Peabiru foi o principal caminho pré-colombiano existente na América e estas características já vêm sendo descritas desde o século XVI. Igor Chmys constou que o Caminho não subia elevações, mas sim as contornava, sendo, portanto, bastante sinuoso, explica Casemiro (2010a). Bond (2009), descreve que o Caminho era forrado “pavimentado”, e o material utilizado mudava de acordo com a região, pois atravessava “pântanos, selvas, rios, pedreiras, areias, entre outros”, sendo considerado uma verdadeira obra de engenharia.
De acordo com Cadernos da ilha (2004), há autores que negam a existência do Peabiru, mas de fato é que no ano de 1555 o ex-governador do Paraguai Alvar Nuñes Cabeza de Vaca, descreve sua caminhada entre a Ilha de Santa Catarina e Assunção, utilizando um Caminho feito pelos índios; Días de Guzmán diz ter andado por um Caminho bastante destacado, nomeado de Peabeyú, o padre Montoya, fundador das missões do Guairá, onde no ano de 1639, dizia ter andado por um Caminho que tinha oito palmos de largura. Bond (2009) acrescenta outros personagens como Pedro Lozano, que no ano de 1739 escreveu o nome Peabiru pela primeira vez, como o conhecemos hoje.