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¨ RASUL

“Pluto Brasiliensis”, Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855)
01/01/1833
2 fontes

1° fonte: Revista da Sociedade scientifica de São Paulo
A historia antiga da fabricação de ferro neste districto já mencionei na introducção da historia do ferro e passo agora a tratar da historia mais recente.

Esta fabrica acha-se situada ao pé da serra de Arrasoyaba ou Guarasoyaba, á margem do ribeirão Ypanema. A montanha que fornece o minério ferrífero, eleva-se, em forma de ilhota, até a altura máxima de 1.088 pés acima d´uma vasta planície, interceptada por morros e pináculos, cuja elevação média, conforme as minhas medições barométricas, é de 1.822 pés ingleses acima do nível do mar; portanto a altitude total acima d´este nível é de 291 o pés.

A serra apresenta na sua base uma figura oval com o diâmetro maior, na orientação de N. para S., de cerca de 3 léguas e com o diâmetro menor de 1 légua e 1/2 só. No lado de leste corre o rio Ypanema e no de oeste o Sarapuy, desaguando ambos no rio Sorocaba á distancia de uma légua do sopé setentrional da serra e sendo ambos navegáveis para pequenas embarcações (canoas).

A ascensão da serra é, em grande parte, brusca, e só em poucos logares mais suave com alguns pequenos vales entrantes que permitem a cavaleiros subir até o cume com toda comodidade. Na altura máxima encontram-se em parte montículos, em parte taboleiros, achando-se num destes uma lagoa de águas estagnadas, a "lagoa dourada", a respeito da qual contam diversas legendas de tesouros escondidos. Alguns pequenos riachos nascem das costas da serra correndo pelos vales em demanda dos rios maiores.

O valle principal chama-se "Vale das Furnas", do qual sahe o ribeiro denominado "Fabrica velha" para desaguar, em direcção Norte, no rio Sorocaba. A maior parte da serra está coberta de matta virgem, grande parte, porém, já ficou privada das suas bonitas arvores pelo preparo do solo para culturas. A riqueza em madeiras de lei é, aliás, tão grande que podem contar-se umas 120 espécies differentes.

(...) O granito que encontrei, tinha feldspatho, mica escura e quartzo branquiçado, muito puro; consta, entretanto, que encontra-se também com feldspatho branco-cinzento. Possui grande densidade, prestando muito bem para pedras de moinho. No lado de Leste e Norte da montanha acha-se encostada ao granito uma rocha que não sei como denominar, se xistos argilosos, xistos silicosos ou xistos-grauwacke com xistos welz, ou diabase, da mesma forma que se encontra tal rocha em grandes extensões nos sertões de Minas e que, sem contestação, deve ser classificada nas rochas intermediarias (de transição), isto é, nos terrenos que abrangem o calcário escuro; visto que encontramos um xisto calcário cinzento e bem firme, com muitas veias de spatho calcário, sobreposto aos xistos argilosos em ambas as margens do rio Sorocaba e bem assim uma grande caverna, chamada "Palácio" pelos sertanistas, no calcário com muitas estalactites.

(...) Em certo logar encontramol-o como enorme rocha maciça encima de xistos argilosos e de grauwacke com grande numero de fósseis e sem reparar destacamentos e estratificação alguma. Confesso que não visitei tal logar pessoalmente, devendo referir-me, a respeito, ás observações do senhor Varnhagen, não apresentando este detalhes quanto aos fósseis encontrados. (Desconfio, que haja até engano do Sr. V. a respeito destes, tomando certas configurações na rocha por fósseis).

(...) Também, não faltam ao pé da montanha sedimentos auríferos, aonde antigamente ocuparam-se com a extração do ouro. Segundo velhas tradições, o povo julgava esta montanha bastante rica em minérios auríferos, e alguns acreditavam-n´a idêntica ao "Uvutucavarú" (montanha de ouro em forma de cavalo), do qual falia o jesuíta Anchieta nos seus arranzeis, mencionando que deve estar situado justamente no oeste de São Paulo.

Como se dá este caso com a serra de Arrasoyaba, presume-se, que Anchieta não ignorava a riqueza da serra em minério ferrífero e bem assim, na sua qualidade de homem versado em ciências, que o ferro constituía maior e mais importante tesouro do que o próprio ouro, e que usava ele somente de "simbolismo" nos seus escritos no intuito de incitar o povo á procura do "Uvutucavarú" e a subsequentes grandes descobertas no sertão.



2° fonte: Histórias ilustradas de Ypanema e do Araçoiaba, 2011. Gilson Sanches
O engenheiro de Minas, Barão de Eschwege, conterrâneo e amigo de Frederico Varnhagen, escreve em 1833 que "na ponta do morro, há partes onduladas e partes planas, em uma das quais há lagoa, chamada Lagoa Dourada, afamada pelos tesouros que ali jazem enterrados, segundo dizem as lendas. Em virtude disso, esse morro era considerado riquíssimo em ouro".






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