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Escravizados
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¨ RASUL

Os escravizados de Antonio Lopes de Oliveira tinham até banda de músicos
01/01/1835
1 fontes

1° fonte: Memória Histórica de Sorocaba VII
Vicente Zeferino formou uma bandinha de escravos analfabetas do coronel Antônio Lopes de Oliveira, lá por 1880, com um clarim ou clarineta, uma requinta, dois pistões, um oficlide, dois saxs, bombardão (baixo), bumbo com pratos juntos, e rufo. Antônio Evaristo de Castro Ferreira, de Cutia, ensinava primeiras letras e música. Foi mestre de Fernando Luís Grohman.

Os escravos de Antonio Lopes de Oliveira tinham até banda de músicos. Quanto aos escravos artesões que tanto ganham para os senhores fabricando objetos para serem vendidos nas feiras equiparam-se aos domésticos e não consta que as boas famílias sorocabanas tivessem judiado de gente que fazia parte da família. Na cidade algumas casas térreas como a do capitão Inácio Dias de Arruda, tinham senzala no quintal. Note-se o numero de escravos não era demasiado, somente nos engenhos atingindo a cem por casa grande. A mitigação era favorecida pelo trabalho livre: tanto na roça como na cidade como na cidade homens livre ganhavam jornais e não e não temiam trabalho junto aos servos. É também dessa época do ultimo quartel do século do cativeiro o aparecimento de um senhor cruel cujo onome fica as calendas gregas, por motivos óbvios.

A esses fatores negativos devemos acrescentar com três casos de sacrifício dos brancos pelos negros um em 1835, outro em 1841 e o terceiro em 1981, isto é, assassino de dois feitores e um senhor. Além disso ficou documentado nas Atas da Câmara em 1835 os boatos que ocorreram em Sorocaba de uma frustrada insurreição geral dos escravos em toda a Província.

Eu diria, concluindo que 60 a 70% dos escravos sorocabanos tiveram a sua situação abrandas pela ternura humana.






Se enforcou um escravo, condenado por haver assassinado com muita crueldade uma escrava de Francisco Ferreira Braga
01/01/1835
1 fontes

1° fonte: A trajetória silenciosa dos escravos e a abolição em Sorocaba: uma história ilustrada 350 anos
(...) No tropeirismo de muares chucros, bem como nas estâncias gaúchas, os peões eram gente livre, e mestiça em maioria , mestiçagem que Couto de Magalhães ainda notou, lá por 1870, de preferência indiático. É de cerca de 1750 a existência de uma Irmandade do Rosário dos Pretos. Sobre a Irmandade de Nossa Senhora Rosário dos Homens Pretos em Sorocaba o documentário do jornal assinala: (...) a Irmandade se Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos acabou como vimos, se transformando na Irmandade da Boa Morte.

A piedosa organização, mais à frente integrada também por homens livres, tinha entre suas principais finalidades a missão de acompanhar os enforcamentos de escravos condenados pelo júri.

Por que só acompanhavam os escravos? Aluísio de Almeida dá uma resposta curta e esclarecedora: “Branco não era enforcado”. Segundo a tradição, se a justiça divina, divergindo da humana, considerasse os condenados inocentes, a corda da forca rebentaria, impedindo que o condenado morresse. Nesse caso, a Irmandade da Boa Morte colocava sobre sua cabeça o estandarte e ele voltava para a cadeia, à espera de nova sentença.

Por três vezes a Irmandade foi acionada para essa tarefa, quando de enforcamentos determinados pelo júri e realizados no enorme campo do Piques, entre as atuais ruas Comendador Oeterer e Hermelino Matarazzo, local em que, em 1863, se construiu o cemitério municipal, hoje da Saudade.

A primeira foi em 1835, quando se enforcou um escravo, condenado por haver assassinado com muita crueldade uma escrava de Francisco Ferreira Braga.

Em 1842, foram enforcados três escravos por haverem morto, na véspera do Natal de 1841, em legítima defesa, o feitor da fazenda de dona Gertrudes Eufrosina de Aguirre, no Passa Três - local em que se situa o casarão do Brigadeiro Tobias, sede daquela propriedade.








Descoberta uma conspiração entre os escravizados da Fábrica de Ipanema
21/04/1835
1 fontes

1° fonte: Afro-Ásia - Resistência escrava em São Paulo: A luta dos escravos da fábrica de ferro São João de Ipanema (1828-1842), por Afonso Bandeira Florence
Em 1835 foi descoberta uma conspiração daqueles escravos e João Bloem, então administrador da fábrica, enviou ao presidente da província uma ‘Relação dos escravos cabeças de desordem projetada neste estabelecimento’. Nesta relação ele fazia uma descrição dos escravos fugiram, assim como dos objetos que tinham sido levados na fuga, aproveitando para alertar que os fugitivos sempre ‘andam juntos’.

Os escravos tinham projetado o ‘rompimento de desordens’ mas de uma maneira infelizmente não temos conhecimento, foram descobertos e às duas horas da tarde do dia 21 de abril tiveram seu plano desbaratado. Cinco dos ‘cabeças’ conseguiram fugir, tendo sido preso apenas Florêncio Calabar, um ‘incorrigível [...] valentão’ (FLORENCE, 1996, p. 23)









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