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Martim Afonso de Sousa
295 registros
ANO: 1871
1500-1564

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1871

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  Martim Afonso de Sousa
  1º de 1
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28 de outubro de 1871, sábado
Atualizado em 31/10/2025 19:46:21
Jornal do Recife
•  Cidades (5): Cananéia/SP, Ilha de Itamaracá/PE, Itapissuma/PE, Lisboa/POR, Sorocaba/SP
•  Pessoas (13): Afonso Botelho de Sampaio e Souza (n.1728), Américo Vespúcio (1454-1512), Bacharel de Cananéa, Duarte Coelho (1485-1554), Filipe Camarão, Francisco Adolfo de Varnhagen (55 anos), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Gonçalo Coelho, João III, "O Colonizador" (1502-1557), Manuel Aires de Casal (1754-1821), Pero Lopes de Sousa (1497-1539), Christovam Jacques (1480-1531)
•  Temas (9): Itacoatiara - Ilha do Cardoso, Ermidas, capelas e igrejas, Capitania de Itamaracá, Capitania de Pernambuco, Estátuas, marcos e monumentos, Fortes/Fortalezas, Pela primeira vez, Pelourinhos, Tordesilhas
Jornal do Recife
Data: 1871
28/10/1871
    Registros relacionados
1501. Atualizado em 25/10/2025 00:47:54
1°. Bacharel
Prescindindo de averiguar n´esta ocasião quem foram os chefes das armadas exploradoras de 1501 e 1503, o que tem sido debatido por escritores modernos, e até por Humboldt, que dá como chefe desta última armada a Américo Vespúcio, e limitando-nos a dizer, que parece mais provável, que fora Gonçalo Coelho chefe da primeira expedição, e o da segunda Christovão Jacques, vindo em ambas, como piloto cosmógrafo, o célebre Américo Vespúcio, devemos ter como provado e incontestável, que os padrões reais, simbolizando a posse do Brasil ela corôa de Portugal, foram postos em 1503, não tanto pela data, que Gabriel Soares viu no de Cananéa, que aliás nos parece póstuma e apócrifa; mas pelo testemunho dos escritores coevos, que deixamos de citar, por não avolumar este relatório.

(...) A armada d´esse ano saiu do Tejo ou porto de Lisboa a 10 de junho de 1503; e embora regressasse ao mesmo porto em 18 de junho de 1504, por se lhe haver perdido quatro das seis caravelas, é de crer, que tivesse vindo no desígnio de se demorar tempo suficiente para continuar e completar as explorações, começadas em 1501.
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(...) Além de incrível, seria absurdo datar os marcos em Lisboa, onde não se podia prever o ano em que seriam levantados; e se com efeito existia tal marco, e sem tal data, deve antes crer-se que na ocasião de se plantar lhe puseram a data, por haver tempo para isso, ou que fosse posto posteriormente talvez pelo bacharel, que ali ficou degredado em 1501, e que ainda vivia trinta anos depois.
20 de janeiro de 1501, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:40:12
2°. Descobrimento da ilha de São Sebastião por André Gonçalves e Américo Vespúcio
1503. Atualizado em 28/10/2025 01:05:48
3°. Bacharel
10 de junho de 1503, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 02:37:54
4°. Partida
(...) Mas dir-nos-hão ainda os que possam ter opinião contrária á que voz apresentamos: - o padrão, visto em Cananéa por Gabriel Soares em 1563, pouco mais ou menos, tinha a data de 1503, e este, que agora foi achado e descrito, não tem data alguma.

Tudo nos faz presumir que essa data do padrão de Cananéa, a ser verídico, não foi lavrada, ou aberta em Portugal na quantidade dos que vieram em 1503.

A armada d´esse ano saiu do Tejo ou porto de Lisboa a 10 de junho de 1503; e embora regressasse ao mesmo porto em 18 de junho de 1504, por se lhe haver perdido quatro das seis caravelas, é de crer, que tivesse vindo no desígnio de se demorar tempo suficiente para continuar e completar as explorações, começadas em 1501.

Antes de prosseguir, cumpre fazer uma rápida observação a respeito d´este marco de Cananéa com a data de 1503.

Na ´açoda´ polêmica, que teve o falecido Abre e Lima com o cônego Januário e o Sr. Varnhagem, é que vemos mencionada a circunstância de ter sido visto por Gabriel Soares o marco de Cananéa, Respostas, pág. 97.

Folheámos Gabriel Soares, e não vimos tal asseveração. O que lemos no lugar respectivo foi o seguinte:

"A estas partes foi depois mandado por sua alteza Gonçalo Coelho com três caravelas de armada, para que descobrisse esta costa, com as quais andou por elas muitos meses, buscando-lhe os portos e rios, em muitos dos quais entrou, e assentou marcos dos que para esse descobrimento levava."

Ainda no mesmo lugar; Roteiro do Brazil, página 16, diz o seguinte:

"Logo ordenou outra armada de caravelas, que mandou a estas conquistas, a qual entregou a Christovão Jacques, fidalgo de sua casa, que n´ela foi por capitão-mór, o qual foi continuando no descobrimento d´esta costa, e trabalhou um bom pedaço sobre ´aclarar´a navegação d´ela, e plantou em muitas partes padrões que para isso levava."

Do testemunho d´este benemérito e fidedigno escrito, quase coevo dos acontecimentos, por que o seu Roteiro do Brazil é anterior ao ano de 1587, não vemos nada de positivo a respeito do tal marco de Cananéa, com a data de 1503; e parece-nos haver confusão com este marco, e com o realmente achado em 1763, como testifica Fr. Gaspar da Madre de Deus, nas suas Memórias da Capitania de S. Vicente, livr. 1o. pags. 34 e 35.

Referindo-se á viagem de Martim Afonso de Sousa em 1531 e 1532, diz esse escritor o seguinte:

"Deixando em terra a gente que trazia para povoar, fez embarcar a ´soldadeses´ e marinhagem da esquadra. N´esta derrota não só descobriu muitos portos, ilhas, enseadas, cabos, e rios incógnitos; mas também levantou vários padrões nos lugares convenientes, para testemunharem a posse que tomara pela coroa de Portugal. Erigiu o primeiro defronte da ilha da Cananéa, em outra, a que chamam do Cardoso. Depois de estar oculto mais de dois séculos este padrão, achou-o coronel Afonso Botelho de Sampaio e Sousa aos 16 de janeiro de 1767, examinando aquele território com o intento de levantar uma fortaleza."

E a vista d´estas rápidas considerações, não nos parece líquida a data de 1503 no suposto marco de Cananéa.

Além de incrível, seria absurdo datar os marcos em Lisboa, onde não se podia prever o ano em que seriam levantados; e se com efeito existia tal marco, e sem tal data, deve antes crer-se que na ocasião de se plantar lhe puseram a data, por haver tempo para isso, ou que fosse posto posteriormente talvez pelo bacharel, que ali ficou degredado em 1501, e que ainda vivia trinta anos depois.
18 de junho de 1504, sábado. Atualizado em 18/06/2025 02:40:29
5°. Américo Vespúcio chega a Lisboa, com 77 dias de viagem (ver sua carta a Soderini) desde Cabo Frio
1 de setembro de 1534, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:39:01
6°. Capitania de Santana concedida a Pero Lopes de Sousa
Na doação de oitenta léguas da costa do Brasil, que D. João III fez a Pero Lopes de Souza, a 1 de setembro de 1534, lê-se o seguinte, logo no preambulo da respectiva carta:

"E as trinta léguas, que falecem, começarão no rio, que cerca em redondo a ilha de Itamaracá, no qual eu ora pus nome - Rio da Santa Cruz - e acabarão na Bahia da Traição que está em altura de seis graus; e isto como tal declaração, que a cinquenta passos da casa da feitoria, que de princípio fez Christovão Jaques pelo rio dentro ao longo da praia, se porá um padrão de minhas armas; e do dito padrão se lançará uma linha, que soreará a leste pela terra firme a dentro; e a dita terra da dita linha para o norte será do dito Pero Lopes, etc."
1563. Atualizado em 25/02/2025 04:39:12
7°. Pelourinho em Cananéa
(...) Mas dir-nos-hão ainda os que possam ter opinião contrária á que voz apresentamos: - o padrão, visto em Cananéa por Gabriel Soares em 1563, pouco mais ou menos, tinha a data de 1503, e este, que agora foi achado e descrito, não tem data alguma.

Tudo nos faz presumir que essa data do padrão de Cananéa, a ser verídico, não foi lavrada, ou aberta em Portugal na quantidade dos que vieram em 1503.

A armada d´esse ano saiu do Tejo ou porto de Lisboa a 10 de junho de 1503; e embora regressasse ao mesmo porto em 18 de junho de 1504, por se lhe haver perdido quatro das seis caravelas, é de crer, que tivesse vindo no desígnio de se demorar tempo suficiente para continuar e completar as explorações, começadas em 1501.

Antes de prosseguir, cumpre fazer uma rápida observação a respeito d´este marco de Cananéa com a data de 1503.

Na ´açoda´ polêmica, que teve o falecido Abre e Lima com o cônego Januário e o Sr. Varnhagem, é que vemos mencionada a circunstância de ter sido visto por Gabriel Soares o marco de Cananéa, Respostas, pág. 97.

Folheámos Gabriel Soares, e não vimos tal asseveração. O que lemos no lugar respectivo foi o seguinte:

"A estas partes foi depois mandado por sua alteza Gonçalo Coelho com três caravelas de armada, para que descobrisse esta costa, com as quais andou por elas muitos meses, buscando-lhe os portos e rios, em muitos dos quais entrou, e assentou marcos dos que para esse descobrimento levava."

Ainda no mesmo lugar; Roteiro do Brazil, página 16, diz o seguinte:

"Logo ordenou outra armada de caravelas, que mandou a estas conquistas, a qual entregou a Christovão Jacques, fidalgo de sua casa, que n´ela foi por capitão-mór, o qual foi continuando no descobrimento d´esta costa, e trabalhou um bom pedaço sobre ´aclarar´a navegação d´ela, e plantou em muitas partes padrões que para isso levava."

Do testemunho d´este benemérito e fidedigno escrito, quase coevo dos acontecimentos, por que o seu Roteiro do Brazil é anterior ao ano de 1587, não vemos nada de positivo a respeito do tal marco de Cananéa, com a data de 1503; e parece-nos haver confusão com este marco, e com o realmente achado em 1763, como testifica Fr. Gaspar da Madre de Deus, nas suas Memórias da Capitania de S. Vicente, livr. 1o. pags. 34 e 35.

Referindo-se á viagem de Martim Afonso de Sousa em 1531 e 1532, diz esse escritor o seguinte:

"Deixando em terra a gente que trazia para povoar, fez embarcar a ´soldadeses´ e marinhagem da esquadra. N´esta derrota não só descobriu muitos portos, ilhas, enseadas, cabos, e rios incógnitos; mas também levantou vários padrões nos lugares convenientes, para testemunharem a posse que tomara pela coroa de Portugal. Erigiu o primeiro defronte da ilha da Cananéa, em outra, a que chamam do Cardoso. Depois de estar oculto mais de dois séculos este padrão, achou-o coronel Afonso Botelho de Sampaio e Sousa aos 16 de janeiro de 1767, examinando aquele território com o intento de levantar uma fortaleza."

E a vista d´estas rápidas considerações, não nos parece líquida a data de 1503 no suposto marco de Cananéa.

Além de incrível, seria absurdo datar os marcos em Lisboa, onde não se podia prever o ano em que seriam levantados; e se com efeito existia tal marco, e sem tal data, deve antes crer-se que na ocasião de se plantar lhe puseram a data, por haver tempo para isso, ou que fosse posto posteriormente talvez pelo bacharel, que ali ficou degredado em 1501, e que ainda vivia trinta anos depois.
16 de janeiro de 1767, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:44
8°. Marcos


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