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RASULIpanema 01/01/1918 3 fontes 1° fonte: Carta de Manuel Juan Morales ao rei Filipe IV (1605- 1665), “O Grande”
2° fonte: Relatório apresentado á Assembléia Geral Legislativa na segunda sessão da décima-segunda legislatura, pelo Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Guerra, José Mariano de Matos Quanto aos animais de carga, pode-se fazer uma ideia do que são, á vista da experiência que eu mesmo fiz; quando segui para Juquiá, a besta que levava os meus instrumentos arreou há três léguas da fábrica; foi-se ver e examinar qual a causa, e era bróca; de modo que devo ao obsequio de um fazendeiro o ter-me emprestado outra que aguentou toda a viagem.
De quatro animais de carga que vieram de Sorocaba a Santos com descanso em São Paulo, afrouxaram no caminho dois. Para os conduzir, tive de alugar um tropeiro, porque os negros da fábrica não servem para isso.
Ai nem há meios de ferrar um cavalo. Quanto á material, existiam apenas 10 cangalhas compradas recentemente; não existia selim no estabelecimento; fui obrigado a mandar comprar para as minhas excursões, e é o único que lá existe hoje. [Página 11]
Foi-me recomendado o exame da estrada que se havia projetado para um porto de embarque no rio Juquiá, afluente da ribeira do Iguape: as notícias que achei acerca desta estrada davam a distância entre Ypanema e o referido porto de nove até dezesseis léguas.
Como eu não conhecia o rumo em que ficava o porto em questão, resolvi seguir por qualquer caminho que para lá conduzisse, calcular a posição astronômica e dai deduzir a distância e a direção á fábrica.
Informei-me dos habitantes do lugar se havia meio de transitar com os meus instrumentos geodésicos, afirmaram-me que havia estrada pela qual passavam animais carregados, boiadas, etc.; além disso tive notícia que posteriormente a 1859 se havia gasto 14:000$00 rs. com ela.
3° fonte: Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP. Secretaria da Educação. Vol. 9. Apontamentos para história da Fábrica de Ferro do Ipanema (1959) Prof. João Lourenço Rodrigues A localização da nova fábrica de ferro foi um dos pontos alvejados pela crítica do Dr. Pandiá Calógeras, em seu relatório confidencial para o Conselheiro Rodrigues Alves. No seu entender, o estabelecimento ficou mal situado, não só em relação às jazidas do minério, mas especialmente em relação aos centros consumidores do produto. Não há de negar: - O Ipanema dista 3 léguas de Sorocaba, mais de 20 da Capital e perto de 30 de Santos, seu principal porto de exportação. Tal crítica, porém, não parece-nos descabida. A má situação da Fábrica não é senão consequência da má situação da mina, e por esta não podem ser evidentemente responsabilizados os autores do estabelecimento, uma vez que não se conheciam na época outras jazidas mais bem localizadas.
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