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Atualizado em 31/10/2025 16:06:31 História da História do Brasil, 1979. José Honório Rodrigues ![]() Data: 1979 Créditos: José Honório Rodrigues Página 12
• 1°. Envio de Diogo Leite Para o Brasil interessa especialmente a viagem efetuada entre 1541 e 1542, desde as praias de Santa Catarina até o interior do Paraguai. Os estudiosos da expansão territorial, da conquista e do povoamento, das origens das primeiras bandeira~. encontram neste relato muita informação preciosa. Mais importante foi ainda a reconstituição deste percurso para prova do título brasileiro ao território de Palmas, disputado à República Argentina. Rio Branco esclareceu de definitivamente a questão, ao traçar o exato caminho seguido pela autoridade espanhola em território brasileiro. Este caminho figurava em Atlas argentinos, ora pela margem setentrional do Iguaçu, ora representado pela margem meridional, passando pelo território então em litígio. Percorrendo os capítulos VI e XI dos Comentários, diz Rio Branco, vê-se que a expedição partindo do rio ltabucu, hoje Itapucu, no litoral de Santa Catarina, subiu a cadeia marítima chamada Serra do Mar, entrou pelos campos do planalto de Curitiba, passou da margem esquerda para a direita do Iguaçu, atravessou o Tibagi e continuou pela margem esquerda deste afluente do Paranapanema no rumo N.N.O. Depois atravessou outros rios no rumo do sul, paralelamente ao curso deste último rio, alcançou a margem direita do Iguaçu, logo acima do seu Salto Grande. Desceu então o Iguaçu até a sua confluência no Paraná, transpôs este rio e prosseguiu através do Paraguai (21 l. A expedição espanhola de 1541, acrescenta Rio Branco, não avistou sequer o território de Palmas, e nos próprios comentários encontra-se menção dos Portugueses que dez anos antes por ali haviam passado, descendo o Igúaçu, quando, a mandado de Martim Afonso de Sousa, iam ao descobrimento do Interior (22). Deste modo, o território a leste do rio Pequiri ou Pepiri, depois Peperi Guaçu, foi descoberto por paulistas e não por Cabeza de Vaca. O certo é que o Governo espanhol transmitiu dez anos depois a notícia de que Francisco Chaves e seus companheiros, que de Cananéia haviam seguido em direção do Paraguai, haviam sido trucidados pelos indios nas margens do Iguaçu • 2°. Carta do Frei Bernardo a Juan Bernal Diaz de Luco, do Conselho das Índias espanholas • 3°. Cabeza de Vaca partiu para Cádiz Alvar Nuiíez Cabeza de Vaca, descobridor, governador e aventureiro (Jerez 1500 - Sevilha 1560), era homem de família aristocrática. Tendo participado da desastrada expedição à Flórida (1527-1536), foi um dos quatro sobreviventes dos quatrocentos homens que a compunham. Sua Relação da expedição (1542) criou na Espanha a noção da riqueza do Novo México. Retornou à Espanha em 1537 e em dezembro de 1540 partiu para Cádiz, desembarcando na ilha de Santa Catarina em março de 1541. Seguiu por terra até Assunção do Paraguai em março de 1542. ["História do Brasil" José Honório Rodrigues] • 4°. Maniçoba / Ulrico Schrnidel partiu de Buenos Aires, que veio do Paraguai a São Vicente, passando por Santo André, a vila de João Ramalho • 5°. O comerciante João Antunes Cabral Camelo chega Cuiabá Outro roteiro é a "Demonstração dos diversos caminhos que os moradores de São Paulo se servem para os Rios Cuiabá e Província de Cochiponé". A ida é explicada com muita atenção e cuidado, advertindo sobre os perigos e dificuldades, e a volta é muito sumária e, como sempre, voltando para as matas de Botucatú e daí para Sorocaba, e grande porta de penetração ao sertão. [Página 189] Francisco Adolfo de Varnhagen ofereceu ao Instituto Histórico as "Notícias Práticas das Minas do Cuiabá e Goyases, na Capitania de São Paulo e Cuiabá, que dá o Reverendo Padre Diogo Soares, o capitão João Antônio Cabral Camello, sobre a viagem que fez às Minas de Cuiabá no ano de 1727". Como os outros, este documento é prático pois procura informar o caminho seguido, as dificuldades encontradas, os riscos que correram e os proveitos ou perdas que tiveram. Do capitão Camello, sabe-se apenas que empreendeu essa viagem de Sorocaba a Cuiabá. "Não poderei informar a V. Rev. com a individuação que pretende, mas o farei na melhor forma que me for possível, porque os contínuos perigos e riscos desta derrota não dão lugar a se entender nada." A "Notícia" é repleta de informação sobre os nativos da região e basicamente ensina pela experiência o roteiro, seus problemas e as soluções improvisadas. Viaja pelo Rio Grande, Camapuan, Quexim (Coxim), Taquari, Paraguai-Mirim, Paraguai-Assú, Porrudos, Cuiabá onde chega a 21 de novembro de 1727. Fala da vila de Cuiabá com suas oito ou nove casas de telha, e as mais de capim, que se vendiam caro, e mais tarde caíram muito de preço, como as roças, quando as desampararam os donos, retirando-se para São Paulo. No fim, faz uma espécie de inventário, resumindo as conveniências e inconveniências gerais de Cuiabá. "Verdade é que favoreceu a fortuna mais a alguns, mas foram muito poucos os que tiveram de livrar o principal com que entraram. Eu saí de Sorocaba com quatorze negros e três canoas minhas, perdi duas no caminho, e cheguei com uma e com setecentas oitavas de empréstimo, e gastos de mantimento que comprei pelo caminho; dos negros vendi seis meus, que tinha comprado fiado no Sorocaba, quatro de uns oito que me tinha dado meu tio, e todos dez para pagamentos de dívidas. Dos mais que me ficaram morreram três e só me ficou um único, e o mesmo sucedeu a todos os que fomos ao Cuiabá. Enfim, de 23 canos que saímos de Sorocaba, chegamos só quatorze ao Cuiabá; as nove perderam-se, e o mesmo sucedeu às mais tropas, e sucede cada ano nesta viagem." • 6°. O original da Carta de Pero Vaz de Caminha guarda-se na Torre do Tombo, em Lisboa. Quem primeiro assinalou sua existência foi José Seabra da Silva e quem pela primeira vez a publicou foi Manoel Aires do Casal • 7°. A disputa do Território das Missões foi resolvido em favor do Brasil, pela arbitragem do presidente Cleveland, dos Estados Unidos, em 1895, graças aos documentos reunidos por Rio Branco A guerra comum contra o Paraguai de Solano López nos uniu, e se esperava que a Tríplice Aliança se tornasse uma coligação política forte, depois da paz. Embora muitos acordos se seguissem, dissídios antigos, como o da disputa do Território das Missões, impediam aproximação mais forte. O litígio foi resolvido em favor do Brasil, pela arbitragem do presidente Cleveland, dos Estados Unidos, em 1895, graças aos documentos reunidos por Rio Branco. Com a solução do problema, acordos se fizeram, mas, por detrás dos festejos e das assinaturas dos tratados, a desconfiança mútua era notória.Para o Brasil interessa especialmente a viagem efetuada entre 1541 e 1542, desde as praias de Santa Catarina até o interior do Paraguai. Os estudiosos da expansão territorial, da conquista e do povoamento, das origens das primeiras bandeira~. encontram neste relato muita informação preciosa. Mais importante foi ainda a reconstituição deste percurso para provado título brasileiro ao território de Palmas, disputado à República Argentina. Rio Branco esclareceu definitivamente a questão, ao traçar o exato caminho seguido pela autoridade espanhola em território brasileiro. Este caminho figurava em Atlas argentinos, ora pela margem setentrional do Iguaçu, ora representado pela margem meridional, passando pelo território então em litígio. Percorrendo os capítulos VI e XI dos Comentários, diz Rio Branco,vê-se que a expedição partindo do rio ltabucu, hoje Itapucu, no litoral de Santa Catarina, subiu a cadeia marítima chamada Serra do Mar, entrou pelos campos do planalto de Curitiba, passou da margem esquerda para a direita do Iguaçu, atravessou o Tibagi e continuou pela margem esquerda deste afluente do Paranapanema no rumo N.N.O. Depois atravessou outros rios no rumo do sul, paralelamente ao curso deste último rio, alcançou a margem direita do Iguaçu, logo acima do seu Salto Grande. Desceu então o Iguaçu até a sua confluência no Paraná, transpôs este rio e prosseguiu através do Paraguai (21 l.A expedição espanhola de 1541, acrescenta Rio Branco, não avistou sequer o território de Palmas, e nos próprios comentários encontra-se menção dos Portugueses que dez anos antes por ali haviam passado, descendo o Igúaçu, quando, a mandado de Martim Afonso de Sousa, iam ao descobrimento do Interior (22). Deste modo, o território a leste do rio Pequiri ou Pepiri, depois Peperi Guaçu, foi descoberto por paulistas e não por Cabeza de Vaca. O certo é que o Governo espanhol transmitiu dez anos depois a notícia de que Francisco Chaves e seus companheiros, que de Cananéia haviam seguido em direção do Paraguai, haviam sido trucidados pelos indios nas margens do Iguaçu... ANDREA! COLOR! Sobre o Brasilbook.com.br |