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Selecionar ano ANDREA! ANO: Exibir antigas Eventos: 192 \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\c10654\sting22.txt
ancestors.familysearch.org 14 de maio de 2025, quarta-feira. Atualizado em 14/05/2025 21:47:57 Relacionamentos • Cidades (2): Porto Feliz/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Umbelina Mendes de Almeida (n.1799)
Consulta em geni.com 28 de março de 2025, sexta-feira. Atualizado em 26/10/2025 12:51:59 Relacionamentos • Cidades (3): Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (22) Ana Pais da Silva, Artur Pais de Barros, Baltasar de Borba Gato (1655-1698), Belchior de Borba Gato (filho) (1624-1730), Braz Leme de Barros, Catarina do Prado, Catarina Mendes, Domingos Nogueira Homem, Fernando Pais de Barros, Inácia Pais de Barros, Joana Pedroso, João de Borba Gato, João Martins Claro (1655-1725), José da Borba Gato, José Nogueira Homem, José Nogueira Homem, Luzia Leme de Barros, Maria de Barros da Silva, Maria Pedroso Pedroso Cavalheiro, Mariana Domingues, Pero Vaz de Barros, o Coxo, Theodosia Nogueira de Saavedra
Duplicação e melhoria até o litoral: entenda 5 pontos da concessão da Rota Sorocabana. saopaulo.sp.gov.br/spnoticias 5 de julho de 2024, sexta-feira. Atualizado em 14/10/2025 15:00:36 Relacionamentos • Cidades (15): Ibiúna/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Sorocaba/SP, Juquiá/SP, Alumínio/SP, Votorantim/SP, Mairinque/SP, Tapiraí/SP, Piedade/SP, Salto de Pirapora/SP, Araçariguama/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Itu/SP, Pilar do Sul/SP, São Miguel Arcanjo/SP • Temas (10): Dinheiro$, Rodovia Raposo Tavares, Caminho do Mar, Estrada São Roque-Ibiúna, Rodovia Castelo Branco, Estrada da “Cabeça da Anta”, Léguas, Caminhos até Piedade, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Pontes
Aníbal Castanho de Almeida, consulta em geni.com 20 de janeiro de 2024, sábado. Atualizado em 24/10/2025 03:39:32 Relacionamentos • Pessoas (21) Ana de Proença (1624-1644), Aníbal Castanho de Almeida (n.1876), Antônio de Proença e Abreu, Fernão Dias Paes Leme (1º) (1550-1605), Francisca de Almeida Lara (1741-1787), Francisca Jacob Kern, Francisca Proença de Abreu (1674-1735), Lourenço Castanho Taques (o capitão; velho) (1609-1671), Lucrécia Leme (1545-1645), Lucrécia Pedroso de Barros (1622-1648), Luiz Castanho de Almeida I (1856-1886), Luzia Leme (1600-1655), Manoel José Castanho de Almeida, Maria de Almeida, Maria de Almeida Pimentel (1648-1708), Maria de Lara, Maria do Rosário Martins Claro, Pedro Vaz Guassú (1580-1644), Pedro Taques (1560-1644), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Thomé de Almeida Lara e Abreu (n.1697)
Atualizado em 30/10/2025 15:52:30 Nascimento de Ana Nunes Domingues, filha de Ciriaco Nunes de Mattos e Teresa Pereira Domingues
• 1°. Colisão do Titanic com um iceberg
Mapa do Google 2022. Atualizado em 10/04/2025 22:14:34 Relacionamentos • Cidades (6): Alumínio/SP, Araçariguama/SP, Itu/SP, Mairinque/SP, Porto Feliz/SP, Sorocaba/SP • Temas (5): Bairro de Brigadeiro Tobias, Estrada D Catharina, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Pirapitinguí ![]()
Atualizado em 30/10/2025 15:52:30 “Jurupará”, por Benedito Maciel De Oliveira Filho
• 1°. No Jurupará entraram homens humildes fabricando canoas para as monções do Tietê e para isso fizeram roça e rancho O Jurupará é considerado o bairro mais antigo de Piedade, antecedendo a própria sede municipal que teve reconhecida a sua capela pelo bispo de São Paulo em 29 de maio de 1840. Hoje faz divisa com o município de Votorantim, próximo a Itupararanga, integrando a Serra de São Francisco, próximo ao Limal, com grafia para Limão e até Animal, onde se plantou muito algodão. O ribeirão Jurupará brinca na serra, cheio de grande rochas, formando bela cachoeira próximo ao antigo centro do bairro. Por ele passava a antiga estrada interligando Sorocaba a Piedade, estrada que teve três traçados diferentes mas interligados, interceptando o Barreiro, Boa Vista, o Rosário e a Capela de São Roque. Além de duas grandes sesmarias originais, teve a influência do Capitão Mor Cláudio de Madureira Calheiros, distribuindo terras a seus herdeiros, mesmo os bastardos. • 2°. Jurupará, considerado o bairro mais antigo de Piedade, antecedendo a própria sede municipal, teve reconhecida a sua capela pelo bispo de São Paulo
Atualizado em 30/10/2025 15:52:31 Responsável pelo abastecimento de mais de 800 mil pessoas, a represa de Itupararanga enfrenta a maior crise hídrica dos últimos 96 anos, informa a Votorantim Energia, empresa responsável pela gestão do reservatório ![]() Data: 1983 Créditos: Projeto Memória / Jornal Cruzeiro do Sul 01/06/1983
História do Município de Ibiúna/SP, por Marcos Pires de Camargo, em ibiuna.sp.leg.br 17 de maio de 2021, segunda-feira. Atualizado em 25/10/2025 18:42:11 Relacionamentos • Cidades (7): Cotia/Vargem Grande/SP, Ibiúna/SP, Itapeva/SP, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP, Votorantim/SP • Pessoas (2) Brás Esteves Leme (1590-1636), Pascoal Moreira Cabral II (1655-1690) • Temas (17): Caminho até Cotia, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho de São Roque-Sorocaba, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Estradas antigas, Inhayba, Itapeva (Serra de São Francisco), Lagoas, Nossa Senhora da Penha, Pela primeira vez, Represa de Itupararanga, Rio Iuna, Rio Una, Rodovia Raposo Tavares, Serra de Paranapiacaba • 1. Tinha-se conhecimento que as terras do vale escuro de Una 1618 A história de Ibiúna esta intimamente ligada ao Bandeirantismo no Brasil. Estrategicamente colocada na rota dos desbravadores, sua trajetória histórica remota aos idos de 1618, quando partia de São Paulo a maior bandeira, vindo com 4.000 homens, além de religiosos, cuja a missão era a catequese e conquista de índios. Assim amestrados, tornavam-se braços aprisionados para o trabalho em novas conquistas e escavações minerais. As Bandeiras tinham três marcos para pontos iniciais de suas penetrações: Parnaíba, Cotia e São Roque, pois esses lugares com serras já possuíam caminhos de penetração, ainda que rudimentares. A explicação da escolha dessa rota é simples: os primitivos habitantes, nômades por excelência, usavam o dorso das serras para suas procuras de vendas litorâneas. Eram os "peabim" (caminhos de índios). Nesse triângulo de sede de partidas de Bandeiras, havia as serras de São Francisco, contraforte de Paranapiacaba e pequenas serras de penetrações curtas. A Bandeira que partiu em 1618 encontrou em Cotia dois "peabim", sendo o da direita (São Francisco) e mais para a esquerda a extensão de Paranapiacaba que alcançava Una e avançava rumo ao litoral atlântico. O caminho de São Francisco, mais extenso, tinha já em Itapeva (Pedra Chata) um preador de índios, Brás Esteve Leme, que se fixara na região, caçando índios, num ponto estratégico de passagem desses pelo "peabim". A curta extensão de peabim que seguia até Una, por assim ser, não tinha continuidade ou ligações que levassem os nômades primitivos até o litoral do Paraná, Santa Catarina, etc. O caminho seria a serra de São Francisco, mas ali já havia um branco caçando e aprisionando. Em função disso, o "peabim" rumo a Una servia como fuga e desvio temporário do implacável caçador Brás Esteve Leme. Os Bandeirantes que partiam de Cotia para São Roque fundaram Sorocaba. Os que fizeram a rota de Cotia, serra de São Francisco alcançaram até Cuiabá, fundando esta Cidade. Mas no caminho de partida de Cotia, as serras de São Francisco e o contraforte de Paranapiacaba formavam um gigantesco "v", cujo interior era um enorme lago. E esse enorme alagado formado pelos rios Soroca-Assu, Soroca-Mirim e Una, colocados em um enorme vale, provocava um fenômeno climático. É que as chuvas constantes, A influência litorânea e a própria conotação geográfica, mantinham o vale envolto num enorme lençol de neblina, ofuscando a presença do sol, outra razão para os índios não se fixarem no local, preferindo o "peabim" da serra de São Francisco. Essa constante neblina daria a denominação indígena ao local: Una escuro ou escura, mais tarde com o adendo de Ibi (terra) formaria a definição dos primitivos ocupantes: Terra escura. Verdade que alguns historiadores definiam o termo significando a terra, propriamente dita, como sendo preta. Julgavam que os índios estavam qualificando a terra e não o lugar. Elimina-se a qualificação da terra, pois os indígenas não a usaram para suas paupérrimas lavouras e nem tampouco o lugar possui terras dessa coloração em quantidade extensa que pudesse chamar a atenção dos primitivos. Essa própria conotação climatérica talvez tenha impedido uma colonização a partir das primeiras bandeiras (1518 e 1618). No relato histórico, há apenas menção de fixação de colonizadores em Araçariguama, Itapeva (Serra de São Francisco), São Roque, Inhaíba, Parnaíba, etc. Note-se que a fixação foi sempre em redor da terra escura de Ibiúna.
• 2. Documento 10 de julho de 1811
O papel dos “bairros rurais” na consolidação do território bragantino 2021. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (5): Araçariguama/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP • Temas (9): Caminho até Cotia, Caminho das Tropas, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho de São Roque-Sorocaba, Caminho Itú-Sorocaba, Estrada São Roque-Ibiúna, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Rodovia Raposo Tavares ![]()
Região de Sorocaba recebeu mais de R$ 26,5 milhões em tarifas de pedágio, diz Artesp 26 de junho de 2020, sexta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (27): Alambari/SP, Alumínio/SP, Araçariguama/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Avaré/SP, Bofete/SP, Boituva/SP, Botucatu/SP, Capela do Alto/SP, Cerquilho/SP, Cesário Lange/SP, Itapetininga/SP, Itaporanga/SP, Itu/SP, Laranjal Paulista/SP, Mairinque/SP, Pardinho/SP, Porangaba/SP, Porto Feliz/SP, Salto de Itu/SP, São Miguel Arcanjo/SP, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP, Tatuí/SP, Tietê/SP, Torre de Pedra/SP, Votorantim/SP • Temas (2): Estradas antigas, Dinheiro$ ![]()
Mapas antigos revelam um rio Sorocaba mais selvagem. Saiba como era o percurso antes das obras de retificação 7 de dezembro de 2019, sábado. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (2): Sorocaba/SP, Votorantim/SP • Temas (19): Cachoeiras, Córrego Supiriri, Dinheiro$, Eletricidade, Estradas antigas, Ferrovias, Geografia e Mapas, Jardim Brasilândia / Vila Fiori, Lagoas, Marginal Dom Aguirre, Matadouros, Pontes, Represa de Itupararanga, Rio Sorocaba, Rio Sorocabuçú, Rio Una, Soroca-mirim, Vila Hortência, Vila Progresso / Abaeté • 1. À meia noite começou a ser empregada na tração elétrica de São Paulo a força produzida no Itupararanga 26 de maio de 1914 A mudança do trajeto do rio Sorocaba começou a ocorrer em 1911, quando as empresas São Paulo Electric e a anglo-canadense Light iniciaram a formação de uma represa, construindo um paredão no extenso vale de Itupararanga para desviar parte do volume de água e gerar eletricidade. Essa energia seria transferida para São Paulo, São Roque e Sorocaba, após a inauguração da represa em 26 de maio de 1914.
Atualizado em 30/10/2025 12:59:47 Coisas do Caminho. Crédito, confiança e informação na economia do comércio de gato entre Viamão e Sorocaba (1780-1810), 2018. Tiago Luís Gil, UnB
• 1°. Francisco de Souza Faria construiu um caminho do Rio Grande (hoje, Iguaçú) a Curitiba O caminho estava sendo aberto desde 1727, por Francisco de Souza e Faria, sob ordem do governador de São Paulo, Antonio da Silva Caldeira Pimentel. O mesmo governador teria criado, em fevereiro de 1732, o Registro de Curitiba, instituição que controlaria a cobrança dos impostos de circulação de animais naquele novo caminho. • 2°. Sorocaba: Registro da primeira tropa de muar em Sorocaba* Em 1732, Cristóvão Pereira de Abreu chegava a Curitiba, vindo do Viamão, por onde se metera para abrir o caminho em 1731. Ele chegou com uma volumosa tropa, sendo, além de “fundador”, o primeiro negociante de gados a cruzar aquele percurso. Foi apenas o começo de uma rota que testemunharia, ao longo dos anos seguintes, uma enorme movimentação de animais.O caminho estava sendo aberto desde 1727, por Francisco de Souza e Faria, sob ordem do governador de São Paulo, Antonio da Silva Caldeira Pimentel. O mesmo governador teria criado, em fevereiro de 1732, o Registro de Curitiba, instituição que controlaria a cobrança dos impostos de circulação de animais naquele novo caminho. • 3°. Guarda Nesse contexto, também já operavam os Registros de Sorocaba e Viamão. Viamão já possuía uma “Guarda” que recolhia tributos desde antes de 1740. O Registro de Sorocaba foi instituído em 1750, já com uma importância capital. Era naquela cidade que se desenvolvia o maior comércio de animais da rota, com a redistribuição das bestas para diversas localidades. • 4°. Provisão Régia: Instituição encarregada de recolher a metade dos tributos pertencente à Casa do conselheiro ultramarino Tomé Joaquim da Costa Corte Real Já que falamos nele, convém logo apresentar: Antonio Manuel Fernandes da Silva é também um personagem importante. Ele não vai nos acompanhar em nossa jornada, ficará em São Paulo, onde atuava como tesoureiro da Casa Doada. Este era o nome que se dava à administração da metade dos impostos cobrados no Registro de Curitiba. O Registro era um posto de arrecadação fiscal localizado em Curitiba (havia outros em outras localidades), e metade dos impostos cabiam à Casa de Tomé Joaquim da Costa Corte Real, que havia recebido esta “doação” de Sua Majestade. Por isso, o nome Casa Doada. É estranho, mas é preciso que o leitor se prepare para coisas mais estranhas ainda. Era um mundo muito diferente do nosso. Mas, cuidado, é muito fácil perder-se em desvios que nos parecem conhecidos ouiguais aos caminhos que hoje trilhamos. (...)Trata-se da correspondência e documentação contábil da chamada Casa Doada, instituição encarregada de recolher a metade dos tributos pertencente à Casa do conselheiro ultramarino Tomé Joaquim da Costa Corte Real, que recebeu esta mercê logo após a morte de Cristóvão Pereira de Abreu, autorizada pela Provisão Régia de 9 de maio de 1760.No início, era feita a cobrança de metade do valor arrecadado pelos contratadores ou pela RealFazenda (nos anos em que não havia rematação). Em algum momento, que não pude apurar exatamente (antes da década de 1770), foram criados escritórios de representação da Casa Doada em Curitiba, Sorocaba e São Paulo.Ao considerar a média anual (próxima de cinquenta tropas), é possível sugerir os anos entre 1768 e 1770 para o estabelecimento dos escritórios da Casa Doada junto aos Registros, com o início da cobrança direta por aquela instituição. Esses estabelecimentos se encarregaram de cobrar a metade que lhes cabia, com seu próprio controle e meios. Parte dos documentos gerados por esses escritórios foi parar na Biblioteca Nacional. • 5°. Casa doada Ao considerar a média anual (próxima de cinquenta tropas), é possível sugerir os anos entre 1768 e 1770 para o estabelecimento dos escritórios da Casa Doada junto aos Registros, com o início da cobrança direta por aquela instituição. Esses estabelecimentos se encarregaram de cobrar a metade que lhes cabia, com seu próprio controle e meios. Parte dos documentos gerados por esses escritórios foi parar na Biblioteca Nacional. • 6°. “Miscelâneas e orgulhos” de Paulino Aires de Aguirre e seu sogro Salvador de Oliveira Leme Até a matriz tinha uma elite heterogênea. Em 1780, o capitão-mor era José de Almeida Leme, que falecera em dezembro daquele ano. Sua sucessão foi um pouco lenta. Em 30 de janeiro de 1782, após um ano de indefinição, a Câmara voltou à carga, exigindo a presença do corregedor da Comarca para presidir a nomeação de três homens, dentre os quais sairia o novo comandante. Justificavam, os vereadores, urgência, pois: [...] esta vila é a mais importante desta capitania; pois por ela passam as tropas que vêm [do Rio Grande] de São Pedro do Sul, os ouros que pagam os quintos a Vossa Majestade, vindos das minas de Apiaí e Paranapanema e as boiadas e potradas dos sertões de Curitiba [...] e por causa deste comércio há muitos ajuntamentos de homens da maior parte desta capitania, e fora dela, e por isso esta, mais que nenhuma outra, precisava de capitão-mor [...]64 Mas não era tudo. Aqueles mesmos vereadores temiam algo pior do que ajuntamentos e possíveis desordens de forasteiros. A preocupação tinha endereço certo: Se acha esta vila em contínua desordem por miscelâneas e orgulhos do Tenente Coronel Auxiliar da Cavalaria Ligeira Paulino Aires de Aguirre, e seu sogro Salvador de Oliveira Leme, pretendente e interessante ao dito posto, sendo este um sujeito totalmente insuficiente para o exercer tanto pela sua qualidade por ser de baixa esfera e ter exercido nesta vila por si, e seus antepassados, anos bastantes, ofício de taberneiro público, como pela sua capacidade por ser de gênio orgulhoso e intrigante, e ter saído por vezes criminoso de vários crimes [...]. Assinavam o documento o juiz João de Almeida Pedroso, os vereadores José Pires de Arruda, Felix Mendes da Silva, Joaquim José de Almeida e o escrivão da Câmara, Gonçalo Leite de Sampaio. Paulino não se tornou capitão-mor de Sorocaba. Salvador era capitão-mor de Itapetininga, vila vizinha, desde 1776. É certo que a Câmara de Sorocaba era mais prestigiosa, e certamente os vereadores tinham razão em argumentar pela importância daquela localidade. Na disputa entre grupos, venceu a parcialidade de Cláudio de Madureira Calheiros, que assumiu o posto em 1783. Não tenho como verificar as ligações entre os membros da Câmara e Calheiros, mas sei que este último, além de ser um dos mais ricos da comunidade, tinha parentesco com boas famílias da vizinha Itu (de onde muitos sorocabanos provinham), especialmente com o capitão-mor, Vicente da Costa Taques Goes e Aranha (BACELLAR, 2001), o que devia vinculá-lo à nobreza local, de algum modo. Além de possuírem terras em conjunto em Itapetininga (rota da passagem das tropas), em 1788, os dois capitães-mores, em conjunto, fizeram uma proposta para criar uma fábrica de ferro e aço a partir do minério extraído de um morro em Araçoiaba. • 7°. Cláudio de Madureira Calheiros assumiu o posto de Capitão-mor de Sorocaba até 1798 Salvador era capitão-mor de Itapetininga, vila vizinha, desde 1776. É certo que a Câmara de Sorocaba era mais prestigiosa, e certamente os vereadores tinham razão em argumentar pela importância daquela localidade. Na disputa entre grupos, venceu a parcialidade de Cláudio de Madureira Calheiros, que assumiu o posto em 1783. • 8°. Casa doada • 9°. Cláudio de Madureira Calheiros e Vicente da Costa Taques Goes propõem criar uma fábrica de ferro e aço em Ipanema Salvador era capitão-mor de Itapetininga, vila vizinha, desde 1776. É certo que a Câmara de Sorocaba era mais prestigiosa, e certamente os vereadores tinham razão em argumentar pela importância daquela localidade. Na disputa entre grupos, venceu a parcialidade de Cláudio de Madureira Calheiros, que assumiu o posto em 1783. Não tenho como verificar as ligações entre os membros da Câmara e Calheiros, mas sei que este último, além de ser um dos mais ricos da comunidade, tinha parentesco com boas famílias da vizinha Itu (de onde muitos sorocabanos provinham), especialmente com o capitão-mor, Vicente da Costa Taques Goes e Aranha (BACELLAR, 2001), o que devia vinculá-lo à nobreza local, de algum modo. Além de possuírem terras em conjunto em Itapetininga (rota da passagem das tropas), em 1788, os dois capitães-mores, em conjunto, fizeram uma proposta para criar uma fábrica de ferro e aço a partir do minério extraído de um morro em Araçoiaba. Um documento de 1797 talvez nos ajude a compreender as razões que separavam Calheiros de Oliveira Leme, para além das diferenças de qualidade que poderiam se borrar no fato de o primeiro também negociar fazenda seca (BACELLAR, 2001). Ambos eram interessados nas arrematações dos registros de passagem de rios e tropas, Paulino, em sua sociedade com José Vaz de Carvalho; Calheiros, juntamente com Francisco Marim Machado. Ambos os grupos arremataram diversos contratos entre 1780 e 1810. • 10°. Habitantes Por meio da lista nominativa de 1790, podemos verificar a distribuição espacial dos habitantes. Nesse censo, verificamos 6.864 habitantes, dos quais 1.208 (17,6%) eram escravos e 5.257 (76,6%) eram livres, além de um contingente de 399 (5,8%) agregados. Os bairros mais populosos eram os do Iperó, do Pirajibu e a parte central, mais urbana e mais próxima da matriz. Esses fragmentos eram habitados por 60% da população total, bem distribuída entre livres, escravos e agregados. Na matriz, ficava o maior número de escravos, quatrocentos, que representava um terço do total de cativos. Ali também estavam os maiores senhores: dos trinta maiores plantéis de toda a vila (que detinham a metade do total de cativos), 11 estavam na matriz. Os demais grandes senhores (os trinta que possuíam mais de nove cativos) estavam distribuídos entre os demais bairros ou zonas: havia seis no Pirajibu, três no “Rio Acima”, três em Bacaetava, dois no Iperó, dois no Campo Largo, um no Itapevu, um no Capotera e um em Bossoroca. Em Campo Largo, no Iperó, em Pirajibu e na matriz, os grandes senhores correspondiam àqueles homens com maior patente socio-militar, geralmente aqueles que encabeçavam as listas nominativas. Tal é o caso, na matriz, de Cláudio de Madureira Calheiros, dono do maior plantel e capitão-mor; no Bairro do Parajibu, do capitão Manuel Álvares de Castro; e, no Iperó, do capitão João Pires de Almeida Taques. Esses dados me remetem à ideia de que as elites de Sorocaba estavam geograficamente distribuídas no espaço da vila, de modo que cada bairro tinha uma liderança própria e sua hierarquia local, mesmo que inferior em comparação aos capitães da matriz. Mesmo a localidade de Itapetininga, próxima de Sorocaba, tinha como capitão-mor Salvador de Oliveira Leme, membro de um importante clã sorocabano, com propriedades na vila. [Aesp. Lista nominativa de Sorocaba, 1790] Em Sorocaba, não era diferente, ainda que houvesse uma maior disputa entre as elites locais. O tenente-coronel Paulino Aires de Aguirre era um sujeito com muita força, alianças locais e negócios. Investia no contrato dos dízimos, no contrato das passagens das bestas, em tropas e em negócios de fazenda seca e molhada.Em posição política oposta, estava o capitão-mor Cláudio de Madureira Calheiros que, igualmente, era negociante de animais e fazendas, além de ser aliado e parente do capitão-mor de Itu, Vicente da Costa Taques Goes e Aranha, como já vimos em capítulo antecedente.Da mesma forma, em Sorocaba, havia também uma certa divisão espacial da área de atuação de certos capitães, ainda que a maioria fosse apresentada nas listas nominativas como residentes na matriz. Mas encontramos os capitães Jacinto José de Abreu no Capotera, Manuel Álvares de Castro e Francisco Manuel Fiuza no Piraibu, um tanto distantes uns dos outros; Manuel Gomes de Carvalho e João Pires de Almeida Taques estavam no Iperó, mas em subdivisões diferentes deste bairro, que era bastante grande se comparado aos demais. • 11°. Antonio Francisco de Aguiar diz ser louvável cuidar das tropas aqui amontoadas As primeiras tropas de animais chegavam a Sorocaba em novembro e seguiam no mesmo ritmo até o mês de maio, quase sempre um mês, pouco mais, após sua passagem por Curitiba. Estimo que o número de tropas que chegavam por ano variou entre dez e oitenta, ao longo do período que vai de 1780 a 1810. A distribuição desse número de tropas, ao longo dos meses preferenciais para a chegada das tropas, de dezembro a março, dilui um pouco uma imagem corrente na historiografia da grandiosa feira de animais que se armava na pequena Sorocaba (BACELLAR, 2001; ALMEIDA, 1969; BRAUDEL, 1998). Tal imagem, me parece, talvez faça sentido para o alto século XIX, quando o volume de animais e de tropas parece ter aumentado consideravelmente (PETRONE, 1976; WESTPHALEN, 1995). Em dezembro de 1796, Antonio Francisco de Aguiar nos deixou alguma pista de como se faziam os negócios na “feira” de Sorocaba: será louvável facilitar com a segurança devida por ameaçar infalível prejuízo do nosso Doado pelas muitas tropas que aqui se amontoam sem pastos e sem compradores e parte delas pelo prejuízo que tiveram no sertão por ameaçados de não chegar para os direitos. [p. 78] • 12°. O inverno matou a maioria dos animais à caminho de Curitiba/PR • 13°. Antonio Francisco de Aguiar sendo “político” • 14°. Antonio Francisco de Aguiar cobra qualidade nos registros • 15°. Travels in the Interior of Brazil, particularly in the Gold and Diamond Districts of that Country, traduzido como Viagens pelo interior do Brasil, particularmente nos distritos de ouro e diamantes daquele país, publicado em 1812
Atualizado em 30/10/2025 15:52:36 História da Revolução Liberal de 1842, José Antônio Marinho
• 1°. Caminho Eu tive a ventura de ter tido na alvorada da vida um mentor venerável, um mestre ilustrado e probo, um meu patente e amigo, o finado conselheiro Sr. Martim Francisco Ribeiro de Andrada; dele recebi as primeiras ideias de política e moral, que depois se arraigaram no meu espírito com a leitura e estudo próprio. Desde então aprendi que o homem tinha qualidades que o separavam inteiramente da bruta animalidade, que lhe constituíam uma natureza moral que não pertencia ao mundo animal, puramente físico, que a espontaneidade e a consciência, que os outros animais não possuíam lhe criavam direitos e deveres anteriores aos governos, que só foram inventados para segurar-lhes o gozo. • 2°. Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857) enviou a Martim Francisco Ribeiro de Andrada (1775-1844), pela Tesouraria de São Paulo, 1.060$000 • 3°. Formação do segundo gabinete (conservador) ministerial (Segundo Reinado) • 4°. Nomeação do Gabinete Conservador • 5°. A Comissão de Verificação proclamou a legitimidade dos diplomas dos deputados eleitos Iniciou-se o ano de 1842, e a expectativa dos liberais era a posse dos parlamentares eleitos, ainda durante o Gabinete da Maioridade e cuja maioria seria liberal. Começaram os trabalhos preparatórios, Martim Francisco foi eleito presidente da Câmara, e o Cônego Marinho, secretário da Mesa. Em 29 de abril de 1842, a Comissão de Verificação proclamou a legitimidade dos diplomas dos deputados eleitos. A informação foi oficiada ao governo, e o dia 3 de maio foi marcado para a abertura solene das câmaras. • 6°. Abertura solene das câmaras Iniciou-se o ano de 1842, e a expectativa dos liberais era a posse dos parlamentares eleitos, ainda durante o Gabinete da Maioridade e cuja maioria seria liberal. Começaram os trabalhos preparatórios, Martim Francisco foi eleito presidente da Câmara, e o Cônego Marinho, secretário da Mesa. Em 29 de abril de 1842, a Comissão de Verificação proclamou a legitimidade dos diplomas dos deputados eleitos. A informação foi oficiada ao governo, e o dia 3 de maio foi marcado para a abertura solene das câmaras. • 7°. Começa a rebelião dos liberais de São Paulo • 8°. Câmara de Sorocaba recusou-se a empossar as autoridades nomeadas Era em Sorocaba que o exaltamento tinha requintado; porqueos governistas, desesperados por haverem sido deslocados nas passadas eleições, querendo impor a maioria, se haviam reunido armados, por duas noites, blasonando que se achavam armados e prontospara obrigar a Câmara Municipal a dar posse aos novos empregados;e para isto chamavam em seu apoio os adotivos e papeletas, ameaçando aos naturais de fazerem neles um exemplo para os vindouros. No dia 10 de maio, apresentou-se o juiz de direito, para dar posse às novas autoridades, sendo disso dispensada a Câmara Municipal; conferenciando, porém, com os juízes de paz, convenceu-se de que não lhe era possível quitar-se dessa comissão sem grave alteração no sossego público, e desistiu ou adiou o empenho em que viera. • 9°. Em 12 de maio, movimentaram-se os paulistas • 10°. Sorocaba declara guerra contra o Imperador • 11°. Em 6 de junho, os legalistas tomaram Campinas Em 6 de junho, os legalistas tomaram Campinas e venceram, dois dias depois, os rebeldes em Venda Grande. Sitiado em Sorocaba, abandonado pelos principais líderes revolucionários que fugiram da cidade, o padre Feijó, ao saber da aproximação das tropas imperiais, escreveu ao barão de Caxias propondo uma solução “honrosa para S.M.I. e à província”. Iniciou com estas palavras: “Quem diria que em qualquer tempo o Sr. Luis Alves de Lima seria obrigado a combater o padre Feijó? Tais são as cousas deste mundo. Em verdade o vilipêndio que o governo tem feito aos Paulistas e as leis anti-constitucionais da nossa assembléia, me obrigaram a parecer sedioso.” Caxias respondeu firme, exigindo pronta rendição dos revoltosos. “Respondo a V. Excia. pelas mesmas palavras de sua carta hoje recebida. Direi: Quando pensaria eu em algum tempo que teria de usar da força para chamar à ordem o Dr. Diogo Antônio Feijó? Tais as cousas do mundo! As ordens que recebi de S. M. O Imperador são em tudo semelhantes às que me deu o Ministro da Justiça em nome da Regência, nos dias 3 e 17 de abril de 1832, isto é, que levasse a ferro e fogo todos os grupos armados que encontrasse, e da mesma maneira que então as cumpri, as cumprirei agora. Não é com armas na mão, Exmo. Sr., que se dirigem súplicas ao monarca, e nem com elas empunhadas admitirei a menor das condições que V. Excia. propõe na referida carta.” • 12°. Carta do Barão de Monte Alegre ao Barão de Caxias Em 6 de junho, os legalistas tomaram Campinas e venceram, dois dias depois, os rebeldes em Venda Grande. Sitiado em Sorocaba, abandonado pelos principais líderes revolucionários que fugiram da cidade, o padre Feijó, ao saber da aproximação das tropas imperiais, escreveu ao barão de Caxias propondo uma solução “honrosa para S.M.I. e à província”. • 13°. Caxias escreve ao Imperador do Quartel general do exército pacificador na cidade de Sorocaba, 20 de junho de 1842 Assim, no dia 20 de junho, estava o general da legalidade na casa da presidência interina, e o honrado e dedicado senador Feijó, metido em uma caleça, caminhava, guardado por numerosa escolta, para a Cidade de São Paulo, levando sobre o semblante os traços de uma alma impassível na desgraça, e os sinais de uma consciência tranquila, pela convicção de haver fielmente preenchido o seu dever. Rafael Tobias caminhava ainda para Itapetininga, quando teve notícia do ocorrido em Sorocaba, e conhecendo a extensão dos perigos que o ameaçavam, tratou de refugiar-se, não podendo, todavia, escapar à política da traição, de que se ele queixa em seu manifesto. Assim, estava vencido, e com tão pouco custo pela parte da legalidade, aquele movimento, filho do entusiasmo, mas tão infelizmente dirigido. • 14°. Caxias entrou em Sorocaba Em 21 de junho, Caxias entrou em Sorocaba, capital dos revolucionários. Rafael Tobias, ao ver-se vencido, fugiu e foi preso em Vacaria, quando tentava se unir aos revolucionários do Rio Grande. Foi processado e preso na Fortaleza da Lage até a anistia de 1844. No mesmo dia, acompanhado de seu ajudante de ordens, dirigiu-se o próprio barão de Caxias à casa de Feijó e, respeitosamente, o levou preso. • 15°. Tobias é levado para a Fortaleza da Lage no Rio de Janeiro
O tiro que não atingiu Getúlio Vargas. Por Giuliano Bonamim, no jornal Cruzeiro do Sul 24 de agosto de 2014, domingo. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (4): Cravinhos/SP, Ribeirão Preto/SP, Sorocaba/SP, Itapetininga/SP • Pessoas (3) Gualberto Moreira (1916-1984), Getúlio Dornelles Vargas (17 anos), Adhemar Pereira de Barros (1901-1969) • Temas (1): Jardim Vergueiro
QUILOMBO OS CAMARGO: APAGÃO HISTÓRICO, Por Daniela Jacinto, Jornal Cruzeiro do Sul, noticiasvotorantim.blogspot.com 6 de abril de 2014, domingo. Atualizado em 08/05/2025 23:05:30 Relacionamentos • Cidades (8): Xiririca (Eldorado)/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Brasília/DF, Salto de Pirapora/SP, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP, Votorantim/SP • Pessoas (2) Capitão Jesuíno de Cerqueira César (1818-1895), José Joaquim de Camargo • Temas (5): Cemitérios, Dinheiro$, Escravizados, Quilombos, Rio Cubatão ![]()
Atualizado em 30/10/2025 15:52:37 Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina* ![]() Data: 1923 Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina. Página 40
• 1°. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi Os aldeamentos jesuítas foram uma tentativa de garantir mão de obra barata e abundante para que os colonos contratassem os serviços dos índios ali aldeados (MONTEIRO, 1994), servindo como alternativa logística no sistema colonial após a Guerra dos Tamoios. “A revolta dos Tamoios entre as décadas de 1540 e 1560 tornou a escravização dos Tupinambás um negócio arriscado e caro. Diante disto, os portugueses voltaram sua atenção a outro inimigo dos aliados tupiniquim, os carijós, que em muito sentido forneciam o motivo principal para a presença tanto dos jesuítas quanto de colonos no Brasil meridional. Cabe ressaltar que existia, antes mesmo da fundação de São Paulo, um modesto tráfico de escravos no litoral sul, encontrando-se, no meio do século, muitos escravos carijós nos engenhos de Santos e São Vicente. De fato, a consolidação da ocupação europeia na região de São Paulo a partir de 1553 estabeleceu uma espécie de porta de entrada para o vasto sertão, o qual proporcionava uma atraente fonte de riquezas, sobretudo na forma de índios (MONTEIRO, 1994, p. 37)” Neste ambiente de insegurança que os portugueses no ano de 1554 fundam o Colégio de São Paulo de Piratininga em local que permitisse acesso ao interior oeste da capitania. “O colégio além de abrigar os padres que trabalhariam junto à população local, também serviria de base a partir da qual os jesuítas poderiam projetar a fé para os sertões. Porém, ao orientarem suas energias para os Carijós do interior, acabaram entrando em conflito direto com os colonos, que procuravam nestes mesmos Carijós a base de seu sistema de trabalho (MONTEIRO, 2005, p. 38)”. O conflito de interesses, no entanto, foi se configurando aos poucos e momentaneamente a paz gerada pelo término da revolta dos Tamoios criou uma perspectiva de desenvolvimento econômico com a força da mão de obra indígena que envolvia delicadas questões éticas em torno da liberdade dos índios. O fato é que a partir da fundação da vila de São Paulo foram fundados aldeamentos, sobretudo no planalto. • 2°. Partida da expedição de Bras Cubas* "O pequeno cyclo das minas também alli vinha se desdobrando desde as achadas de Luiz Martins, accrescidas pelas do mameluco Affonso Sardinha, o moço, com o mineiro pratico Clemente Alvares, que, além do ouro encontrado em vários sítios ao entorno da Villa de São Paulo, haviam constatado ferro no Araçoiaba, i que lhes valera a construção alli de dois fornos catalães para o seu preparo. Assim, D. Francisco de Souza, resolvida a sua viagem, enviou para a Capitania de São Vicente, como administrador das minas e capitão da Villa de S. Paulo a Diogo Gonçalves Laço, o velho, que trouxe consigo dois mineiros e um fundidor. Para capitão-mor da donataria; nomeou a Diogo Arias de Aguirre, que, com trezentos índios e tendo o transporte custeado pelo, porém, de maior vulto realizadas por esse governador geral, nessa sua primeira vinda a São Paulo e attinentes a devassa dos sertões brasileiros, foram as expedições chefiadas (...) [ p. 46] • 3°. “Ouro que pesava três quartos de dobra e seis grãos” Durante sua vida, o governador D. Francisco de Souza visitou S. Paulo. Sobre isto comenta o Dr. Francisco de Assis Carvalho Franco: "O pequeno cyclo das minas também alli vinha se desdobrando desde as achadas de Luiz Martins, accrescidas pelas do mameluco Affonso Sardinha, o moço, com o mineiro pratico Clemente Alvares, que, além do ouro encontrado em vários sítios ao entorno da Villa de São Paulo, haviam constatado ferro no Araçoiaba, i que lhes valera a construcçao alli de dois fornos catalães para o seu preparo." • 4°. Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro) Um dos primeiros aldeamentos (MONTEIRO, 1994) foram São Miguel e Pinheiros, no ano de 1580, “ocasião na qual o capitão-mor em São Vicente, concedeu seis léguas em quadra – aproximadamente 1.100km2”. Segundo John Manoel Monteiro o aldeamento de Carapicuíba na realidade não era bem um aldeamento, era uma fazenda. [Página 44] • 5°. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas Quando o marido de Suzana Dias falece em 1589 sua fazenda já estava bem desenvolvida e os laços de parentesco distribuídos em amplos territórios que devem ter contribuído muito para que a região aparecesse como produtora de trigo. À presença dos Fernandes de Santana do Parnaíba se estendem até Itu e Sorocaba. Itu é fundada em 1610 pelos bandeirantes Domingos Fernandes 10 e Cristóvão Diniz de onde os paulistas partiam em busca de ouro nas terras de Cuiabá. Sorocaba foi fundada pelo seu irmão Balthazar Fernandes em 1654. • 6°. “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275] • 7°. Belchior Dias recebeu terras em Vuturuna (São Roque), caminho de Ibirapuera, onde teria descoberto as minas de Vuturuna Suzana Dias após a morte de seu primeiro marido casa-se com Belchior da Costa, este traz para a sua vizinhança os filhos de sua primeira mulher e o irmão de Suzana Dias, Belchior Carneiro. Recebe desta, quinhentas braças de terra e fixa residência na região. Belchior Carneiro foi o descobridor das minas de ouro do Vuturuna, perto de Parnahiba. Falleceu em 1607 no sertão em descobrimento de metaes. [Páginas 48, 49 e 50] • 8°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza* Poucos mezes depois retornava ao Araçoiaba e dalli enviava uma bandeira, mais para o interior, da qual fez parte Antonio Knivet. As empresas, porém, de maior vulto realizadas por esse governador geral, nessa sua primeira vinda a São Paulo e attinentes a devassa dos sertões brasileiros, foram as expedições chefiadas por André de Leão e Nicolau Barreto. • 9°. Descobertas das minas paulistas datam em Araçariguama por Afonso Sardinha Um dos primeiros aldeamentos (MONTEIRO, 1994) foram São Miguel e Pinheiros, no ano de 1580, “ocasião na qual o capitão-mor em São Vicente, concedeu seis léguas em quadra – aproximadamente 1.100km2”. As primeiras descobertas das minas paulistas datam de 1590 no Jaraguá e 1605 em Araçariguama por Afonso Sardinha, momento que deve ter coincidido com o aumento de derrubadas e intensificado a formação de capoeiras. [Página 44] • 10°. D. Francisco de Sousa os privilégios que haviam sido concedidos a Gabriel Soares de Sousa, para a exploração das minas • 11°. D. Francisco registra nos livros da Câmara quatorze provisões régias que lhe davam na Repartição do Sul poderes idênticos ao do Governador-Geral do Brasil Barueri: Mas um dado para incrementar a tese do desenvolvimento articulado foi a criação do aldeamento de Barueri (Marueri), fundado pelo próprio Francisco de Souza e que seria de nativos aldeados sob controle direto do governador, em nome da Coroa, para servir nas minas. Foi com este intuito que D. Francisco de Souza patrocina o aldeamento de Barueri, relativamente próximo das recém-descobertas minas de Jaraguá e Vuturuna. Quando D. Francisco morre em 1611 as bases da economia agrária eram bem presentes, e a presença deste aldeamento estimulou a produção e ocupação de novas terras além do rio Tietê e a oeste da Vila de São Paulo. [Página 47] • 12°. Gregoria da Silva casou em São Paulo com João Moreira, daí natural, filho de Pedro Alvares Cabral e Suzana Moreira. Foram moradores em Cotia onde tinham seu sitio • 13°. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados* • 14°. São Roque foi fundada em meados do século XVII, provavelmente no ano de 1657 O capitão Guilherme Pompeu de Almeida que após o assassinato do pai (PedroTaques) em São Paulo (durante luta entre as famílias paulistanas Pires e Camargo) fixa-se emterras herdadas do mesmo, formando nestas a fazenda Ibituruna.Detalhe mostrando que as terras com maiores influência da Espanha iniciavam logo após o rioPinheiros: “Juntamente com Guilherme Pompeu de Almeida, mudaram-se para afazenda um grande número de amigos, escravos (índios) e parentes deste,fazendo com que houvesse um adensamento populacional na área ondeinicialmente só encontrávamos referências ao garimpo de “ouro de lavagem”.Personagens como Rodrigues Penteado, Fernão Paes de Barros e outroshomens detentores de grandes posses que buscavam se estabelecer emterritório de Santana de Parnaíba. Tal referência se faz necessária porquedentre estes homens encontravam-se o fundador de São Roque (Pedro Vazde Barros) e Francisco Rodrigues Penteado. Entre 1648 e 1650, o capitãoGuilherme Pompeu de Almeida adquirindo novas terras nas proximidades dolocal onde vivia, constituiu outra fazenda denominando-a Araçariguama”.“São Roque foi fundada em meados do século XVII, provavelmente no anode 1657, embora não haja documentação precisa sobre esta data. Sua históriacomeçou na fazenda do bandeirante, Cap. Pedro Vaz de Barros, ou VazGuaçu - “O Grande” - como era chamado pelos índios. Em uma das suas expedições, o Bandeirante alcançou o Alto da Serra doIbaté, de onde avistou toda a natureza do Vale do Carambeí, e ali decidiuplantar um núcleo de civilização. Estabeleceu fazenda ao centro do vale etrouxe famílias, agregados e escravos. Além da pecuária e agricultura, ocapitão cultivava trigo e uva, e pôde ser considerado o primeiro vinhateiro deSão Roque. Toda a família do Capitão teve importante papel para odesenvolvimento da cidade. “No ano de 1681, Fernão Paes de Barros, seu irmão, construiu nas proximidades da Serra Taxaquara a Casa Grande e a Capela de Santo Antônio”. [Páginas 60 e 61] • 15°. A palavra “paulista” é empregada pela primeira vez pelo Visconde de Barbacena Em 1671 Fernão Dias Pais recebeu ordens do governador Afonso Furtado para penetrar no sertão em busca das esmeraldas da mítica serra do Sabarabuçu. Parte em 21 de julho de 1674, tendo já 66 anos, fazendo-se acompanhar por 600 homens mais (cerca de 40 brancos ou mamelucos, e o restante, índios), entre eles seu filho Garcia Rodrigues Pais, e seu genro, Manuel da Borba Gato, casado com Maria Leite, e numerosos outros sertanistas. • 16°. Partida de Fernão Dias Em 1671 Fernão Dias Pais recebeu ordens do governador Afonso Furtado para penetrar no sertão em busca das esmeraldas da mítica serra do Sabarabuçu. Parte em 21 de julho de 1674, tendo já 66 anos, fazendo-se acompanhar por 600 homens mais (cerca de 40 brancos ou mamelucos, e o restante, índios), entre eles seu filho Garcia Rodrigues Pais, e seu genro, Manuel da Borba Gato, casado com Maria Leite, e numerosos outros sertanistas. • 17°. A história de Cotia tem início por volta de 1700, quando os viajantes que iam para o interior dos estados, paravam na vila para descansar e alimentar-se por ser um antigo pouso de tropeiros onde circulavam cargas e mantimentos A história de Cotia tem início por volta de 1700, quando os viajantes que iam para o interior dos estados, paravam na vila para descansar e alimentar-se por ser um antigo pouso de tropeiros onde circulavam cargas e mantimentos. Provavelmente esses tropeiros vinham pelo antigo caminho de Itu, um dos principais caminhos de penetração para o interior nos tempos coloniais (SILVA e ACHEL, 2010). O local onde se insere a cidade de Cotia hoje apresentava uma rede de caminhos exploratórios constituídos no pretérito período colonial, perpassando a fase inicial de assentamento por indígenas, de agricultura rudimentar (roçado), expansão com a descoberta do ouro, fornecimento de insumos a capital e, por fim, urbanização/industrialização. Nessa época a região era repleta de caminhos e trilhas utilizadas pelos índios e posteriormente pelos tropeiros que por ali passavam e permaneciam o tempo necessário para descansar, reabastecer ou trocar mercadorias, seguindo viagem para outras paragens do território paulista ou até mesmo para outras províncias como Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul. A origem do nome da cidade é indígena e se deve ao fato de seus caminhos seremsinuosos como o trajeto feito pelos animais do mesmo nome (Cutia). Sendo apenas um ponto de passagem, Cotia ganhou alguns nomes como Acoty (assim chamada pelos indígenas da época), Cuty, depois Acutia e por fim Cotia. Apesar das várias denominações que lhe foram dadas pelos jesuítas e pelosprimeiros habitantes do local, como Capela do Monte Serrat de Cotia e o caminho de São Tomé, os indígenas continuavam a chamá-la de Acoty. O primeiro registro em que a localidade é referida como Acutia foi feito pelo marujo alemão Hans Staden, no século XVI, quando publicou um livro sobre o Brasil. [Página 30] Nesta dinâmica, a casa como observa Antônio Candido na sua obra Parceiros doRio Bonito, não passa de um abrigo provisório de pau a pique coberto de palha, e as divisões de trabalho agrícola ficavam exclusivamente no interior da família, os homens faziam o trabalho mais pesado de derrubada da mata e queimada, deixando para as mulheres e crianças o serviço de semeadura e colheita. “O trabalho era descontínuo e ocupava o trabalhador poucos meses durante oano todo, e poucas horas durante o dia. Os meses de derrubada eram os de junho e julho e os poucos meses dedicados à queima dos troncos derrubados e secos – agosto e setembro” (MARCÍLIO, 1974, p. 259). Podemos imaginar que a ajuda mútua entre os “vizinhos” devia se concentrar naépoca do trabalho mais pesado, o da derrubada da mata, que coincidentemente marcou a época de festejos religiosos da sociedade até 1700. A agricultura do pousio florestal necessitava de contínuas terras para o cultivo de parcelas mínimas, com longos descansos das terras já cultivadas para a reposição da fertilidade do solo. Este sistema produtivo encontrou problemas com o aumento da população, dificuldades que foram estimuladas com as primeiras descobertas das primeiras minas no território paulista.[Página 45] • 18°. José Custódio de Sá e Faria parte da ponte Pinheiros Por fim, se o viajante estivesse na Estrada do Pau Furado2 (figura 7), vindo da região da Represa da Graça no Morro Grande, onde se localiza o sítio do Padre Inácio e desejasse ir ao Sítio de Fernão Paes de Barros ou para as minas de ouro em Araçariguama, só precisaria seguir em frente. As Quatro Encruzilhadas é mais que um lugar de assombração, é o último vestígio do que eram os bairros rurais da época da colônia no entorno de São Paulo. A denominação aparece oficialmente pela primeira vez no mapa da Comissão Geográfica e Cartográfica de 1914, antes desta data a região aparecia como São João no mapa de Oliver Derby (figura 8). A procura de respostas do topônimo curioso pode ser penetrada por mapas de José Custódio de Sá e Faria de 1774, que corresponde ao traçado da Antiga Estrada de Itu. Outras fontes cartográficas revelam que a região das Quatro Encruzilhadas fica entre dois caminhos importantes de penetração da época colonial: o antigo Caminho de Itu e a antiga Estrada de Cotia. Sendo que o antigo caminho de Itu se constitui num dos principais e mais persistentes caminhos de penetração para o oeste em toda cartografia colonial (Marília, 2007; Calangos da Mata, 2007); (SILVA e ACHEL, 2010); (SILVA, 2013).O Sítio Santo Antônio em São Roque - Fernão Paes de Barros – (figura 9),Caminho por onde passaram índios, homens brancos, escravos da terra, escravos negros elibertos é o Caminho que conta a história dos bandeirantes antes das descobertas do ouro naúltima década do século XVII, nos sertões dos Cataguases.É certo que os bandeirantes nas suas andanças pelo interior do continente embandeiras de apresamento de índios na direção oeste puderam contar com a criação do sistemade aldeamento que oferecia uma reserva de trabalhadores, disponíveis para a economiacolonial.2. Lembrando que a Rodovia Raposo Tavares foi construída na década de 60 no século XX.3. Sítio Santo Antônio – patrimônio tombado pelo IPHAN. [Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina, 2014. Página 39] É neste período que o Engenheiro Militar José Custódio de Sá e Faria faz seulevantamento da cidade de São Paulo até o Presídio de Nossa Senhora dos Prazeres no RioIguatemi, e da mesma cidade até a vila de Paranaguá, nos anos de 1774. Um mapa de rumo, com referências geográficas como: subidas, descidas, rios,córregos calcados no chão e do sentido a seguir. Assim o Engenheiro Militar parte de SãoPaulo às 10 horas em companhia de 10 pessoas, chega às 11 horas e 25 minutos à Ponte dosPinheiros, antes faz uma oração na aldeia de Pinheiros que diz serem de índios.José Custódio de Sá e Faria vai até a casa de pouso (provavelmente no municípiode Itapevi) descansa e segue viagem à Fazenda de Sua Majestade na Freguesia eAraçariguama, perfazendo 7 léguas, isto é do pouso até a Fazenda são mais 2 léguas dali; aFazenda de Sua Majestade é a casa de Fernão Paes de Barros, hoje Capela de Santo Antôniono Município de São Roque (patrimônio histórico tombado pelo IPHAN).A Importância da região se deve à manutenção de determinadas característicasque possibilitou o entendimento da dinâmica Colonial, do bairro RURAL, dos caipiras quemais tarde são desprezados com a proximidade da república.Detalhes a considerar: A região por estar na periferia carece de pesquisa evalorização histórica, importante fator de valorização local e melhoria da autoestima de seusmoradores. A memória local cria laços de referência que o MERCADO precisa aprender aincorporar como qualificador. [Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina, 2014. Páginas 61 e 63] 3/10 Ponte do Pinheiros Ponte do Cotia Rancho do Cotia • 19°. História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, volume 8 Quando o marido de Suzana Dias falece em 1589 sua fazenda já estava bem desenvolvida e os laços de parentesco distribuídos em amplos territórios que devem ter contribuído muito para que a região aparecesse como produtora de trigo. À presença dos Fernandes de Santana do Parnaíba se estendem até Itu e Sorocaba. Itu é fundada em 1610 pelos bandeirantes Domingos Fernandes 10 e Cristóvão Diniz de onde os paulistas partiam em busca de ouro nas terras de Cuiabá. Sorocaba foifundada pelo seu irmão Balthazar Fernandes em 1654. Em 1661, Baltazar Fernandes foi para São Paulo falar com o governador geral Côrrea de Sá e Benevides, para que Sorocaba deixasse de ser um povoado e virasse uma vila (denominação dada às cidades naquela época). O governador atende ao pedido de Baltazar e no dia 3 de março de 1661, Sorocaba foi elevada à categoria de Vila. Tornou-se então, a Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba11. Suzana Dias após a morte de seu primeiro marido casa-se com Belchior da Costa, este traz para a sua vizinhança os filhos de sua primeira mulher e o irmão de Suzana Dias, Belchior Carneiro. [Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina, 2014. Páginas 48 e 49]
Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk 2013. Atualizado em 23/10/2025 17:17:22 Relacionamentos • Cidades (9): Castro/PR, Ivaiporã/PR, Londrina/PR, Osasco/SP, Salvador/BA, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Telêmaco Borba/PR • Pessoas (18) Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), André Fernandes (1578-1641), Balthazar Fernandes (1577-1670), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Cacique Tayaobá (1546-1629), Domingos Fernandes (1577-1652), Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Frei Agostinho de Jesus (1600-1661), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Garcia Rodrigues Paes (1659-1738), João Missel Gigante (n.1560), Juan del Campo y Medina, Justo Mancilla Van Surck, Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Manuel Preto (1559-1630), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Mauro Teixeira, Suzana Dias (1540-1632) • Temas (30): Aldeia de Los angeles, Bituruna, vuturuna, Cachoeira do Inferno, Capela de Santa Ana, Cordilheira dos Andes, Ermidas, capelas e igrejas, Gualachos/Guañanas, Itatins, Japão/Japoneses, Mambucaba, Metalurgia e siderurgia, Missões/Reduções jesuíticas, Nossa Senhora de Montserrate, Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba, Nuatinguy, Ouro, Quitaúna, Redução de S Xavier e S Inácio (Itamaracá), Redução Inmaculada Concepción, Rio Anhemby / Tietê, Rio das Velhas, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Paraguay, Serra dos Itatins, Sobrados, Taiati (São Francisco Xavier), Tamboladeiras, Tamoios, Tordesilhas, Ybitiruzú ou Ybiangui ![]()
Rodovia Raposo Tavares completa 90 anos 1 de novembro de 2012, quinta-feira. Atualizado em 29/10/2025 18:09:07 Relacionamentos • Cidades (2): Sorocaba/SP, São Paulo/SP • Temas (5): Caminho de São Roque-Sorocaba, Estradas antigas, Caminho do Peabiru, Rodovia Raposo Tavares, Caminhos/Estradas até Ibiúna • 1. Rodovia Raposo Tavares foi inaugurada oficialmente 26 de agosto de 1922
“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga 2010. Atualizado em 31/10/2025 02:53:25 Relacionamentos • Cidades (8): Mogi das Cruzes/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, São Miguel Paulista/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sevilha/ESP, Sorocaba/SP • Pessoas (26) Antão Rodrigues Pacheco, Beatriz Gonçalves (Sardinha), Domingos Luis Carvoeiro (1540-1615), Francisco de Sousa (1540-1611), José Carlos Vilardaga, Luiz Martins, Manoel Pinheiro Azurara (n.1570), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mem de Sá (1500-1572), Nicolas Mastrillo Duran (1570-1653), Pedro Sarmiento de Gamboa (1532-1592), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Pero Lopes de Sousa (1497-1539), Piqueroby (1480-1552), Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), Ruy Díaz Ortiz Melgarejo (1519-1602), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631), Salvador Pires, Sebastião de Peralta, Simão Leitão, Tomé de Sousa (1503-1579), Ulrico Schmidl (1510-1579), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626) • Temas (24): Antônio Bicudo, Antonio Bicudo de Brito, Léguas, Leis, decretos e emendas, Margarida Bicudo de Brito, Maria de Brito, Minas de Tambó, Ouro, Peru, Piqueri, Pirapitinguí, Portos, Prata, Rio da Prata, Rio Paraguay, Rio Paraíba, Rio Tamanduatei, Serra de Jaraguá, Tordesilhas, União Ibérica, Ururay, Vale do Anhangabaú, Vila de Santo André da Borda, Villa Rica del Espírito Santo • 1. Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri 11 de novembro de 1560 • 2. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) 25 de abril de 1562 • 3. Afonso Sardinha (45 anos) adquiriu uma grande fazenda em São Paulo (o nas serras de Iguamimbaba, que agora se chama Mantaguyra, na de Jaraguá, termo de S. Paulo, na de Vuturuna (São Roque), na de “Hybiraçoyaba (Sorocaba)” 1580 • 4. Novo Regimento das Minas de São Paulo após o testemunho ocular de Clemente Alvares 16 de dezembro de 1606 Este regimento, supostamente inspirado em D. Francisco, de que fala Clemente, já causou certa dúvida na historiografia quanto à sua efetiva aplicação em São Paulo. Eschwege dizia que ele ficara perdido na Espanha por 50 anos, sendo de fato registrado em São Paulo e Rio de Janeiro apenas em 1652. Varnhagen, por outro lado, afirmava que ele havia sido registrado em Iguape já em 1605. Em 1606 – estimada data da carta apócrifa - Clemente compareceu à Câmara de São Paulo para registrar algumas minas que tinha descoberto e, desse modo, não perder os direitos sobre elas, observando o que determinava o novo Regimento das Minas de São Paulo Este regimento, supostamente inspirado em D. Francisco, de que fala Clemente, já causou certa dúvida na historiografia quanto à sua efetiva aplicação em São Paulo. Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855) dizia que ele ficara perdido na Espanha por 50 anos, sendo de fato registrado em São Paulo e Rio de Janeiro apenas em 1652.
• 5. “muita gente que se vinha para cá, por outro caminho (...) paragem chamada Atuahy (Itú), perto de Piassaba, e perto donde vivia Baltezar”: O relato de André da Aldeia do Forte 3 de abril de 1609 As próprias Atas da Câmara falam da reunião de parentes e de índios que buscavam voluntariamente abrigo na vila, fosse porque fugiam de algo, fosse porque lhes haviam prometido algo. ACVSP de 03/04/1609, por exemplo, fala de carijós que, no caminho rumo a São Paulo, encontraram muitos outros que também iam para a vila, e que, ademais, estavam famintos e doentes. O depoimento de um dos índios ainda menciona como os espanhóis haviam tentado impedi- los e como portugueses tentaram escravizá- los pelo caminho, antes que chegassem à vila. [Página 159]
• 6. Em função de supostas minas descobertas nos “termos da vila de São Paulo”, solicitou sesmaria, ganhando-a do capitão-mor Álvaro Luiz do Valle 1627
Manual de Técnicas de Projetos Rodoviários, 2008 2008. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (8): Avaré/SP, Bofete/SP, Cesário Lange/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Tatuí/SP, Torre de Pedra/SP • Temas (6): Aldeias, Apoteroby (Pirajibú), Estradas antigas, Rodovia Castelo Branco, Rodovia Raposo Tavares, Caminho de São Roque-Sorocaba • 1. Rodovia 1963 Os projetos e as obras foram levados a cabo a partir de 1963, visando a uma nova ligação da capital do Estado de São Paulo com a Região Oeste do estado - seu primeiro nome foi Estrada do Oeste, com diretriz entre a Rodovia Raposo Tavares e a Rodovia João Ribeiro de Barros, recebendo a denominação de Rodovia Presidente Castello Branco logo após a morte do presidente, em acidente aéreo. A primeira parte da rodovia, correspondente ao trecho São Paulo-Torre de Pedra, foi inaugurada em novembro de 1963, com extensão de 170 quilômetros e duas pistas de três faixas de tráfego cada uma. O segundo trecho, com 58 quilômetros de extensão, foi inaugurado em 1971, chegando até Avaré. Daí, a rodovia prosseguiu até a Estância de Águas de Santa Bárbara, com mais 74 quilômetros de extensão, No seu traçado, ao lado de cidades mais conhecidas como São Roque e Sorocaba, Tatuí e Itu, algumas cidades pouco conhecidas tiveram grande promoção como Bofete, Cesário Lange e a aldeia de Aputribu.
Projeto de Lei Complementar n° 04, de 31/7/2006 31 de julho de 2006, segunda-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Temas (1): Bairro de Aparecidinha
Caminhos e descaminhos: a ferrovia e a rodovia no bairro Barcelona em Sorocaba/SP, 2006. Emerson Ribeiro, Orientadora Drª. Glória da Anunciação Alves 2006. Atualizado em 24/10/2025 02:40:29 Relacionamentos • Cidades (17): Araçariguama/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Avaré/SP, Barueri/SP, Botucatu/SP, Cananéia/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Curitiba/PR, Ibiúna/SP, Iguape/SP, Itapetininga/SP, Itapeva/SP, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (8) Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Cristovão Pereira de Abreu (1678-1755), Hans Staden (1525-1576), Hernâni Donato (1922-2012), Luís Castanho de Almeida (1904-1981), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644) • Temas (15): Apoteroby (Pirajibú), Bairro de Brigadeiro Tobias, Bairro Itavuvu, Caminho do Peabiru, Caputera, Carijós/Guaranis, Caucaya de Itupararanga, Corumbá em Sorocaba, Estradas antigas, Inhayba, Iporanga, Nheengatu, Nossa Senhora do Pópulo, Tropeiros, Tupinambás ![]() • 1. Havia indígenas transitando 400 Estes caminhos Inhaíba, Passa-três e Caputera estão próximos ao bairro Brigadeiro Tobias no município de Sorocaba, vindo de São Paulo pela rodovia Raposo Tavares sentido Sorocaba. O caminho da direita vindo hoje de pinheiros tomaria o sentido não exato do que é hoje a rodovia Castelo Branco, saindo do planalto para a depressão periférica encontrando Tatuí e a serra de Botucatu, a que lembrarmos que vários caminhos se cruzavam vindo de vários povoados (fundados) levando os bandeirantes à caça de índios e mais tarde o surgimento de um comércio de pequenas trocas nesses lugarejos.
História Geral Da Civilização Brasileira V 11 Economia E Cultura ( 1930 1964) Topics História do Brasil 1997. Atualizado em 24/10/2025 02:37:24 Relacionamentos • Cidades (9): Araçoiaba da Serra/SP, Cananéia/SP, Cubatão/SP, Curitiba/PR, Guarulhos/SP, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (9) Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Aleixo Garcia (f.1526), Brás Cubas (1507-1592), Henrique Montes, Luiz Martins, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mem de Sá (1500-1572), Mem de Sá (1500-1572), Nicolau Barreto • Temas (17): Assunguy, Bacaetava / Cahativa, Baía de Guanabara, Caminho do Peabiru, El Dorado, Ouro, Peru, Rei Branco, República, Rio São Francisco, Sabarabuçu, Serra da Mantiqueira, Serra de Araçoiaba, Serra de Cubatão , Serra de Jaraguá, Tordesilhas, Vila de Santo André da Borda ![]() • 1. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) 25 de abril de 1562 Se a conquista do Peru influiu no desinteresse de Martim Afonso pela sua capitania e no desvanecimento dos planos portugueses de atingir a lendária serra da Prata no sertão longínquo, além da demarcação de Tordesilhas, contribuiu também, sem dúvida, para que os povoadores do litoral vicentino se dedicassem principalmente à experiência agrícola da cana-de-açucar, ao tráfico e ao apresamento do nativo. Apesar disso alguns anos depois, foram promovidos, na Capitania de São Vicente, algumas modestas tentativas para a localização de minerais preciosos, entre as quais as sondagens efetuadas na baixada litorânea vicentina e nos rios que descem da serra do Cubatão. Algum ouro aluvional foi aí localizado, concorrendo para que Mem de Sá enviasse ao interior Brás Cubas, provedor da Capitania de São Vicente, e Luís Martins, prático em mineração e indicado pela Coroa portuguesa para examinar as minas de metais existentes no Brasil. Duas expedições realizaram-se. Uma, em 1560, chefiada por Martins, em fins de 1561 e início de 1562, a poucas léguas de Santos, à região do Jaraguá ou à Caatiba, atual Bacaetava. Ouro e pedras verdes teriam sido encontrados. [p. 317 e 318]
A lenda dos palhaços da kombi branca traficantes de órgãos 5 de junho de 1995, segunda-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (2): São Paulo/SP, Peruíbe/SP • Temas (1): Curiosidades
Atualizado em 29/10/2025 23:53:23 A Fazenda da Borda do Campo. O inconfidente José Ayres Gomes, 1992. Wilson de Lima Bastos
Caracterização estratigráfica e estrutural da sequência vulcano. Sedimentar do grupo São Roque - Na região de Pirapora do Bom Jesus, estado de São Paulo. Dissertação de Mestrado, 1988. Magda Bergmann. Orientador: Prof. Dr. Georg R. Sadowski, Universidade de São Paulo, Instituto de Geociências 1988. Atualizado em 31/10/2025 05:49:49 Relacionamentos • Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Guarulhos/SP, Pirapora do Bom Jesus/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Pandiá Calógeras (1870-1934) • Temas (5): Bacaetava / Cahativa, Bituruna, vuturuna, Minas do Geraldo, Ouro, Pela primeira vez • 1. Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri 11 de novembro de 1560 • 2. Primeiro mapa geológico do Estado de São Paulo 1930 O primeiro mapa geológico do Estado de São Paulo, realizado por esta comissão em 1930, cartografada indiferenciadamente as rochas metamórficas. Não obstante, isto, grande parte da área hoje conhecida como de ocorrência do Grupo São Roque, foi sítio de produção aurífera intermitente, a partir do 1° terço do século XVI. [Página 11]
Ensaio D´Um Quadro Estatístico da Província de São Paulo Ordenado pelas Leis Provinciais de 11 de Abril de 1836 e 10 de Março de 1837 1978. Atualizado em 22/03/2025 05:03:02 Relacionamentos • Cidades (5): Barueri/SP, Curitiba/PR, Iguape/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP • Temas (13): Caminho de Curitiba, Nossa Senhora da Escada, Pontes, Rio de São Lourenço, Rio Itararé, Rio Jaguari, Rio Juquiá, Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Pirajibú, Rio Sorocaba, Rio Tibagi, Rio da Ribeira, o Isubay ![]()
Atualizado em 30/10/2025 15:52:40 Entrega de 8 viaturas para a região
Atualizado em 30/10/2025 15:52:40 Revista do Arquivo Municipal, CLXXX. Edição comemorativa do 25o. aniversário da morte de Mário de Andrade, 1970 ![]() Data: 1970 Edição comemorativa do 25o. aniversário da morte de Mário de Andrade. Página 50
• 1°. Casamento de Rodrigo Alvares e Catarina Ramalho Em São Paulo, moradia à rua Direita, então ainda sem denominação. A referência é clara na petição que frei João de Carvalho prior do Convento de Nossa Senhora do Carmo de Santos, vindo a São Paulo, fez ao juiz Manuel Fernandes. E do qual consta: "desse juramento a pessoas antigas e sem suspeitas para declararem o caminho de Piratininga que vinha da vila velha de Santo André". João Maciel e Pascoal Dias depuseram que o caminho vinha de Santo André pelo curral que foi de Aleixo Jorge, penetrava à ponte do Tabatinguera, seguia direito pela rua onde estava o mosteiro dos Padres da Companhia, passava pelas portas que foram de Afonso Sardinha, Rodrigo Álvares, e Martim Afonso (Tibiriça elucida monsenhor Silveira de Camargo) e ia sair no ribeiro (Tamamduateí) até o rio grande (Tietê). [Revista do Arquivo Municipal, CLXXX. Edição comemorativa do 25o. aniversário da morte de Mário de Andrade, 1970. Páginas 604 e 605 do pdf] • 2°. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós Em 1585 figurava Sardinha no estado-maior da expedição contra os carijós, juntamente com Antônio de Proença, Sebastião Leme, Manuel Ribeiro, Salvador Pires, Afonso Dias e Jerônimo Leitão. • 3°. Ata: em Santos "tupiniquins vem marchando" O ano de 1590 seria depois frequentemente lembrado. Era o do assalto à vila. A ata do dia 13 de abril contém o apelo lancinante de socorro a todos os povoados. "Com muita brevidade porquanto o gentio estava já junto nas fronteiras e era certeza vir marchando com grande guerra sobre a vila". O socorro vem de "todas as vilas deste mar e a Itanhaém". [Revista do Arquivo Municipal, CLXXX. Edição comemorativa do 25o. aniversário da morte de Mário de Andrade, 1970. Página 603 do pdf] • 4°. Afonso Sardinha aparece em todas as atas desse tempo. No dia 1 de julho de 1590 lá está: "se ajuntarão em Câmara oficiais dela, a saber: Afonso Sardinha, Sebastião Leme, vereadores e juiz Fernão Dias" O Ataque arrasador - O ano de 1590 seria depois frequentemente lembrado. Era o do assalto à vila. A ata do dia 13 de abril contém o apelo lancinante de socorro a todos os povoados. "Com muita brevidade porquanto o gentio estava já junto nas fronteiras e era certeza vir marchando com grande guerra sobre a vila". O socorro vem de "todas as vilas deste mar e a Itanhaém". Afonso Sardinha aparece em todas as atas desse tempo. No dia 1 de julho de 1590 lá está: "se ajuntarão em Câmara oficiais dela, a saber: Afonso Sardinha, Sebastião Leme, vereadores e juiz Fernão Dias". • 5°. Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil Depois da vinda de D. Francisco de Sousa, governador geral do Brasil entre 1591 e 1602, a vida recebera novos estímulos. "E o verdadeiro promotor do bandeirismo" - Escreve Taunay. Agora a vida corre em paz. "A vila durante a semana ficava deserta porque os moradores iam trabalhar nas suas fazendas. Os padres seculares viviam nas suas casas e alguns tinham a sua fazendinha. "Os religiosos nos conventos ocupados em seus misteres e também com fazendas para a cultura de cereais e criação de gado. Era coisa comum esta modalidade de vida e por vêzes necessária à manutenção própria dos agregados". Monta fornos de fundição. Araçoiaba, depois denominada Ipanema, para os lados de Sorocaba, resulta de sua experiência. Ali seria depois montada a grande metalúrgica do reinado D. João VI. E em Ibirapuera. Ainda existem seus restos em Santo Amaro. [Páginas 604 e 605 do pdf] • 6°. Francisco Correa Lemos- 6/4/1630- Foi morador do ES. No rocio da vila, indo para N.S. do Guaré pelo caminho da encruzilhada de Piratininga até Ascenço Ribeiro em Piratininga até a encruzilhada de Tabacoara, terras devolutas • 7°. Testamento de Isabel de Proença é assinado em Santana de Parnaíba Seiscentista era a casa de Pedro Vaz de Barros, em muros de pedra. Um dos motivos era a defesa contra os nativos. Não se conservaram estas casas. Do mesmo modo não se sabe de casas de taipa de mão ou de pau-a-pique seiscentistas. Houve-as, principalmente menores, mas até mesmo grandes, em terras menos própria para taipa e junto à abundante madeira da floresta. No inventário de Isabel de Proença, com testamento em novembro de 1654, consta que a casa do fundador de Sorocaba, Balthazar Fernandes, era de pau-a-pique. E muito grande. • 8°. Documento Das inúmeras curiosidades anotadas, acontecidas no decurso pesquisado, encontramos, com a data de 25 de março de 1680, uma carta do Ouvidor Geral da Repartição do Sul, Dr. André da Costa Moreira, ordenando que Francisco Nunes de Siqueira se afastasse sete ou oito léguas, visto o mal estar que causava a sua presença na vila, dado que podia interferir no resultado das eleições marcadas para o dia 21 de abril, de renovação do quadro de vereadores. Foi assim banido, por uns dias, a uma distância de 50 quilômetros, para não exercer a sua influência, ou não perturbar o processamento das eleições. (Rev. Geral, vol. 3, pg. 244). • 9°. Eleições em São Paulo Das inúmeras curiosidades anotadas, acontecidas no decurso pesquisado, encontramos, com a data de 25 de março de 1680, uma carta do Ouvidor Geral da Repartição do Sul, Dr. André da Costa Moreira, ordenando que Francisco Nunes de Siqueira se afastasse sete ou oito léguas, visto o mal estar que causava a sua presença na vila, dado que podia interferir no resultado das eleições marcadas para o dia 21 de abril, de renovação do quadro de vereadores. Foi assim banido, por uns dias, a uma distância de 50 quilômetros, para não exercer a sua influência, ou não perturbar o processamento das eleições. (Rev. Geral, vol. 3, pg. 244). • 10°. “Paragem chamada Piritininga” • 11°. Terras • 12°. Falecimento de Dona Escolástica Veloso • 13°. Terras • 14°. Terras • 15°. Falecimento de Bento Gomes de Oliveira • 16°. Terras • 17°. Caminho • 18°. Caminho
Diário da Noite 28 de novembro de 1969, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:57:18 Relacionamentos • Cidades (7): Barueri/SP, Campinas/SP, Osasco/SP, Pirapora do Bom Jesus/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (7) Álvaro Luís do Valle, André Fernandes (1578-1641), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Lopo Dias Machado (1515-1609), Manoel de Alvarenga, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mateus Luís Grou (n.1577) • Temas (7): Assunguy, Bituruna, vuturuna, Cachoeiras, Ouro, Pelourinhos, Rio Anhemby / Tietê, Senhor Bom Jesus ![]()
Revista do Arquivo Municipal de São Paulo CLXXVI. Prefeitura do Município de SP 1969. Atualizado em 30/10/2025 14:22:35 Relacionamentos • Cidades (16): Pirapora do Bom Jesus/SP, Cuiabá/MT, Guareí/SP, Itanhaém/SP, Itu/SP, Mogi das Cruzes/SP, Osasco/SP, Paranapanema/SP, Porto Feliz/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São José dos Pinhais/PR, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (38) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Américo Antônio Ayres (1766-1840), Angela Fernandes (1586-1650), Antônio de Sant´Anna Galvão (f.1822), Antônio Rodrigues Velho ´o Araá´ (f.1616), Balthazar Fernandes (1577-1670), Belchior da Costa (1567-1625), Catarina Dias (1558-1631), Cláudio Furquim "Francês" (1590-1665), Clemente Álvares (1569-1641), Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Elias Ayres Do Amaral (n.1800), Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), Francisco de Sousa (1540-1611), Gaspar Gonçalves Conqueiro, Gregório Francisco, Inácio Ferraz Leite Penteado, Jerônimo Leitão, João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), Jorge Correa, Jorge Tibiriçá Piratininga (1855-1928), Luís António de Sousa Botelho Mourão (1722-1792), Luis de Céspedes García Xería (n.1588), Luzia Sardinha (1580-1620), Manuel Dias Machado, Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Nicolau Barreto, Pedro Cubas (1538-1628), Pedro da Silva (1600-1654), Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857), Rodrigo César de Meneses, Salvador Pires, Sebastião de Freitas (1565-1644), Suzana Dias (1540-1632), Thomas Cavendish (1560-1592) • Temas (38): Açúcar, África, Ambuaçava, Angola, Araritaguaba, Avecuia, “terra que cai”, Bairro Itavuvu, Boigy, Bois e Vacas, Cabusú, Cachoeiras, Caminho do Mar, Caminho São Paulo-Santos, Canôas, Carijós/Guaranis, Convento/Galeria Santa Clara, Cristãos, Dinheiro$, Edifício Perseverança III, Engenho(s) de Ferro, Ermidas, capelas e igrejas, Fazenda Ipanema, Guerra de Extermínio, Jurubatuba, Geraibatiba, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Música, Ouro, Pão d´alho, Pela primeira vez, Pirapitinguí, Porcos, Rio Anhemby / Tietê, Rio Geribatiba, Rio Itaí, Rio Juquiri, Rio Sorocaba, Rio Tamanduatei, Sabaúma ![]()
Atualizado em 30/10/2025 15:52:42 “Memória Histórica de Sorocaba, parte III”, 1965. Luís Castanho de Almeida (1904-1981)* ![]() Data: 1965 Créditos: Aluísio de Almeida Página 115
• 1°. A expedição de Raposo Tavares percorreu esse caminho (que na época correspondia ao braço principal do antigo caminho indígena do Peabiru, que ligava a atual São Vicente ao Paraná e ao Paraguai), rumo às reduções jesuíticas do Guairá, com a finalidade de captura e escravização de índios, tipo de ação que os historiadores do século XIX passaram a denominar "desbravamento" • 2°. A vila começara a estender-se além-ponte,em 1695 havia uma casinha de palha ou sapé junto à ponte A vila já começara a estender-se além-ponte, em 1695 havia uma casinha de palha ou sapé junto à ponte. • 3°. Ruas • 4°. João Luís do Passo e sua mulher Luzia de Abreu, venderam por 50.000 réis a João Correia de Oliveira uma casa de taipa e coberta de palha no além-ponte A vila já começara a estender-se além-ponte, em 1695 havia uma casinha de palha ou sapé junto à ponte. Em 1724 (Livro de Notas no Arquivo Público), João Luís do Passo e sua mulher Luzia de Abreu, venderam por 50.000 réis a João Correia de Oliveira uma casa de taipa e coberta de palha da outra banda do rio de Sorocaba para uma rua deserta, pela mão direita, tudo que se acha da borda do rio Grande para baixo até o ribeirão de Taquarivaí. É a atual avenida São Paulo e estrada de Itú. Rua deserta, uma só casa. • 5°. Camara • 6°. Futuro capitão-mor José Barros Lima construiu as suas casas à direita da ponte, dando princípio à atual rua cel. Nogueira Padilha A vila já começara a estender-se além-ponte, em 1695 havia uma casinha de palha ou sapé junto à ponte. Em 1724 (Livro de Notas no Arquivo Público), João Luís do Passo e sua mulher Luzia de Abreu, venderam por 50.000 réis a João Correia de Oliveira uma casa de taipa e coberta de palha da outra banda do rio de Sorocaba para uma rua deserta, pela mão direita, tudo que se acha da borda do rio Grande para baixo até o ribeirão de Taquarivaí. É a atual avenida São Paulo e estrada de Itú. Rua deserta, uma só casa. Mas aí por 1733 o futuro capitão-mor José Barros Lima construiu as suas casas àdireita da ponte, dando princípio à atual rua cel. Nogueira Padilha.Em 1770 e poucos, João de Almeida Pedroso aforou da Câmara por 120$ réis anuais um terreno grande que começava na casa dos Barros Lima e se limitava pela rua São Paulo e a estrada de Votorantim e assim ficou parado todo o bairro de Além-Ponte, menos a estrada e rua da Contagem ou de São Paulo que chegou até perto do Lava-Pés até o fim do século XVIII, como eram prova muitas construções de grossas taipas.O portão da rua dos Morros existia até o século passado, primeiro perto da ponte, depois na altura da atual matriz do Bom Jesus. Pouco mais ou menos de 1780 é a casa de João de Almeida Pedroso, que a fêz com ouro do Paranapanema. Depois de 1800 a chácara dividiu-se em duas, nascendo a Chácara Amarela. De ambos os lados da estrada dos Morros que as dividia em linha reta (daí o belo traçado da rua Cel. Nogueira Padilha, que começou larga por causa das tropas) existia um vale dividindo as chácaras, cujas sedes vêm vencendo o tempo, as chácaras Quinzinho de Barros e Amarela.Já pouco depois de 1732 surgem reclamações na Câmara pelo estrago das tropas na ponte, que foi reconstruída. No ano de 1818 a Câmara construiu de nôvo, um pouco acima da antiga, uma ponte de madeira. Contribuiram os "homens bons" e ricos com uma dobra e meia dobra, 25 mil réis e 12$500.Nessa época, a rua mons. João Soares e a da Penha mais a Direita (não havia a Brigadeiro Tobias, a da Penha acabando ali pela rua prof. Toledo) estavam povoadas. O sobradinho que resta na primeira (esquina da rua dr. Braguinha) é francamente do século XVIII. Ao findar essa é que a rua Direita chegou à atual Souza Pereira, ao portão do sôgro do primeiro Antônio Lopes, porque no livro do Procurador há ordem de pagar a primeira desapropriação de que se tem notícia, já com atraso, depois de 1800. • 7°. Instalado o “Registro de Sorocaba” junto a ponte do mesmo nome. Salvador de Oliveira Leme é nomeado o primeiro Administrador Até 1750, porém, os tropeiros pagavam à escolha, aqui ou em Itú, pois nesse ano Cristovão Pereira ainda providenciou livros para os assentamentos daquela vila. É que pelo Itapeva, Nhaiba, São Roque era permitido viajar para São Paulo, de forma a não passar perto de Itú. Um documento antes de 1740 fixa o caminho para São Paulo pela fazenda do padre Dr. João Leite... • 8°. Falecimento de Cristóvão Pereira de Abreu • 9°. Provisão Régia: Instituição encarregada de recolher a metade dos tributos pertencente à Casa do conselheiro ultramarino Tomé Joaquim da Costa Corte Real Falecendo Cristóvão Pereira, Jerônimo Côrte-Real o mesmo que como secretário lhe escrevera a doação assinada pelo Rei, recolheu a herança dos meios direitos, em pagamento de seus serviços à Corôa, como era uso, mas os verdadeiros heróis do caminho e seus frequentadores nada ganharam do Tesouro Público. Casa Doada é o nome da detentora dos meios direitos, pois passou em herança. Os funcionários eram os mesmos, no fim é que se acertavam as contas, repartindo o "bolo". Nem uma das metades fazia o menor serviço na estrada que era horrível. A Câmara de Sorocaba e as que foram nascendo pelo caminho, reparavam anualmente, de mão comum, após o tempo das águas, os pontilhões e trechos piores. Mais ainda. Quando a Câmara de São Paulo se viu obrigada a construir a grande ponte do rio Pinheiros, recorreu à ajuda das que aproveitavam o passo, inclusive Sorocaba. E ainda mais: Sorocaba e as outras, ajudavam a Câmara paulistana a conservar o terrível caminho do Cubatão. A Casa Doada não seria doada, se fizesse algo... • 10°. Supiriri A dificuldade não diminui quando para os anos de 1766 em diante se podem consultar os recenseamentos, porque diziam apenas "vive de seus negócios". Acontece que não havia legista que não empregasse suas rendas nesse jôgo arriscado, mesmo porque as vendas no varêjo eram a crédito em boa parte, e o crédito existia para as pessoas envolvidas nessas "agências". • 11°. João de Almeida Pedroso aforou da Câmara por 120 réis anuais um terreno grande que começava na casa dos Barros Lima Em 1770 e poucos, João de Almeida Pedroso aforou da Câmara por 120-réis anuais um terreno grande que começava na casa dos Barros Lima e se limitava pela rua São Paulo e a estrada de Votorantim e assim ficou parado todo o bairro de Além-Ponte, menos a estrada e rua da Contagem ou de São Paulo que chegou até perto do Lava-Pés até o fim do século XVIII, como eram prova muitas construções de grossas taipas. O portão da rua dos Morros existia até o século passado, primeiro perto da ponte, depois na altura da atual matriz do Bom Jesus. [p. 118] • 12°. Construção da capela Nossa Senhora Aparecida de Piragibú De 1785, segundo o Livro do Tombo, é a capela de Nossa Senhora Aparecida de Piragibú, bairro que hoje se chama só Aparecida. [Página 129] • 13°. No ano de 1818 a Câmara construiu de novo, um pouco acima da antiga, uma ponte de madeira. Contribuíram os "homens bons" e ricos com uma dobra e meia dobra, 25 mil réis e 12$500. No ano de 1818 a Câmara construiu de nôvo, um pouco acima da antiga, uma ponte de madeira. Contribuíram os "homens bons" e ricos com uma dobra e meia dobra, 25 mil réis e 12$500. Nessa época, a rua mons. João Soares e a da Penha mais a Direita (não havia a Brigadeiro Tobias, a da Penha acabando ali pela rua prof. Toledo) estavam povoadas. O sobradinho que resta na primeira (esquina da rua dr. Braguinha) é francamente do século XVIII. Ao findar essa é que a rua Direita chegou à atual Souza Pereira, ao portão do sôgro do primeiro Antônio Lopes, porque no livro do Procurador há ordem de pagar a primeira desapropriação de que se tem notícia, já com atraso, depois de 1800. • 14°. Rua da Margem A rua que depois de 1805 ficou se chamando do Hospital, continuava até o rio e os animais podiam sair na ponte, mas por essa época os ricos proprietários da rua Sousa Pereira levaram seus quintais até a margem, precisando a Câmara abrir de nôvo a rua da Margem lá por 1835, é verdade que sem pagar. Dessa rua desciam dois caminhos para o Supirirí que com o da rua Padre Luís se reuniam no Caminho Fundo, única saída para Ipanema e Pôrto Feliz e os bairros do Ipatinga e Terra Vermelha. Todo o Supirirí era mato, depois capoeira, enfim brejo, onde a saparia coaxava...Não é fácil relatar os nomes, já não digo dos peões e domadores anônimos que moravam em ranchos de Sapé, de graça, nos campos reúnos, mas os dos primeiros sorocabanos que foram buscar bestas nos campos do sul, parece fora de dúvida, que foram membros da família Antunes Maciel, mostrando que mesmo genealogicamente a sucessão do bandeirante foi recolhida pelo tropeiro. [Página 121]
“Memória Histórica de Sorocaba” II. Luís Castanho de Almeida (1904-1981) 25 de março de 1965, quinta-feira. Atualizado em 27/10/2025 08:47:59 Relacionamentos • Cidades (15): Araçoiaba da Serra/SP, Botucatu/SP, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Guapiara/SP, Guareí/SP, Guareí/SP, Ibiúna/SP, Itanhaém/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Tatuí/SP • Pessoas (15) Antônio Álvares Lanhas Peixoto, Antônio Antunes Maciel (1685-1745), Antonio da Silva Caldeira Pimentel, Artur de Sá e Meneses (f.1709), Balthazar Fernandes (1577-1670), Fernando de Almeida Leme, Fernando Dias Falcão (1669-1738), Frei Frutuoso, Gabriel Antunes Maciel I (1600-1648), Gaspar Colaço, João Antonio Cabral Camello, João Antunes Maciel (n.1674), João Martins Claro (1655-1725), Luís Castanho de Almeida (61 anos), Miguel Sutil (1667-1755) • Temas (40): Apereatuba, Apoteroby (Pirajibú), Avecuia, “terra que cai”, Avenida Afonso Vergueiro, Bacaetava / Cahativa, Bairro de Aparecidinha, Beneditinos, Boulevard Braguinha, Cachoeira Jequitaia, Cachoeiras, Caminho de Curitiba, Caminho do Itanguá, Caminho Itú-Sorocaba, Caminho Sorocaba-Botucatu, Caminho Sorocaba-Paranapanema, Caminhos até Ypanema, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Catedral / Igreja Matriz, Cavalos, Cochipone, Córrego Supiriri, Escravizados, Estradas antigas, Fazenda dos Madureira, Itapeva (Serra de São Francisco), Jardim Itanguá / Manchester, Jurupará, Música, Nossa Senhora da Penha, Ouro, Represa de Itupararanga, Rio Pirajibú, Rio Sarapuy, Rio Sorocaba, Rua da Penha, Rua Hermelino Matarazzo (Estrada de Ipanema), Rua Monsenhor João Soares, Serra de Paranapiacaba, Vila Santana / Além Linha, Vila Trujillo ![]() • 1. O rio Itararé se tornou a divisa entre as vilas 1721 Em 1721, o ouvidor José Pires Pardinho fixou a divisa entre Sorocaba e Curitiba pelo Itararé. Parece que por acôrdo tácito e sem resultado prático as cumiadas da Paranapiacaba eram divisa com o litoral, isto é, Itanhaém e Iguape, mas por êsse lado o caminho acabava na fazenda dos Madureira, quase à vista da vila e Apereatuba (hoje reprêsa da Light). O alto Sorocaba e seus formadores, Sorocabuçú e Sorocamirim, hoje município de Ibiúna, foi povoado mais tarde, via Cotia e São Roque.
Atualizado em 30/10/2025 15:52:43 “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981)
• 1°. Os “Atumuruna”, em 1350, teriam sido os construtores do Peabiru Da passagem de nativos dos grupos tupi por Sorocaba, em seu nomadismo, a certeza é completa. Deles restaram os topônimos: Sorocaba, terra de vossorocas; (...) Itapeva, pedra chata, primeiro nome da serra de São Francisco; Itavuvú, de Itapevuçú, pedra chata grande. (...) (Página 336) Na página 336 da obra “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”, publicada em 21 de dezembro de 1964 por Aluísio de Almeida encontramos: De passagem de índios dos grupos tupi por Sorocaba, em seu nomadismo, a certeza é completa. Dêles restaram os topônimos como “Nhonhom” e “Nhu-nhu”, campo ou campina. Ipanema, "água ruim ou tal", em comparação com o rio Grande. O morro do Araçoiaba com minérios de ferro em formação granítica, compreendendo talvez cinco léguas em sua extensão, a julgar pelo significado, foi denominado do litoral para o sertão ou, o que é provável, pelos que tiveram a sua maloca na margem do Ipanema, na aba oriental. Esconderijo do dia, lugar onde se esconde o sol. • 2°. O “Descobrimento” do Brasil Da passagem de índios dos grupos tupi por Sorocaba, em seu nomadismo, a certeza é completa. No século da descoberta havia indígenas transitando por Sorocaba, por um caminho terrestre-fluvial que ligava o litoral Atlântico, onde seria São Vicente, ao Paraguai. Os limites dos vários grupos tupí-guaranís, embora mais diluídos que as fronteiras estaduais, existiam. Sorocaba era, já então, uma encruzilhada aonde convergiam, por onde viajavam e se limitavam, os tupís do Tietê, os tupiniquins e guaianazes de Piratininga, os carijós dos campos de Curitiba, os guaranís do Paranapanema e outros guaianazes, talvez, das nascentes dêsse rio. Não foram encontradas, que se saiba, setas, machados de pedra e outras peças pré-históricas. Parece mesmo que não houve tabas no perímetro urbano. • 3°. Carta escrita por Felipe de Guillen, provedor da fazenda da Capitania de Porto Seguro, ao Rei D. João III* • 4°. O fundador de Ciudad Real e Villa Rica, Ruy Dias de Melgarejo, acabou passando por São Vicente A terceira hipótese (quanto ao título Nossa Senhora da Ponte) é que se deveu à própria ponte de Sorocaba, existente no lugar. Tem contra sí que a capela foi ficar a um quilômetro da ponte e em 1660 o topônimo era somente “paragem de Sorocaba”: em 1654, quando esse nome sonoro surge escrito no primeiro documento existente, era fazenda, sítio de Sorocaba. Teriam escrito “da ponte de Sorocaba”. • 5°. “Há de se desconfiar quando ele alegava não comparecer a uma sessão da Câmara, como vereador que era, em pleno natal, pois não tinha botas” O primeiro branco era o português Afonso Sardinha, que depois de residir em Santos passou para São Paulo, erguendo o seu solar no Butantã (hoje Casa do Bandeirante), onde tinha o seu trapiche, isto é, engenho de açúcar. Foi entrando para o sertão, à procura de ouro e prata, pelo Tietê abaixo, tendo principiado no Jaraguá. Do Ibituruna (junto a Pirapora) obliquou para a serra do Piragibú tomando como referência um morrete isolado o Aputribú. Daí avistou a linda montanha ao poente. Descendo pelo vale do Pirajibú ao campo de Pirapitinguí deixou, à direita o depois chamado bairro do Varejão (nome de família de um sitiante do século XVIII) no atual município de Itú, atravessou o rio Sorocaba, ou na atual rua 15 ou na barra de Pirajibú, e semente três. • 6°. Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil Francisco de Souza, por alcunha D. Francisco das Manhas, encontrara-se em Madri com Gabriel Soares de Souza, negociante na Bahia, autor do Tratado Descritivo da Terra do Brasil, irmão de Pero Coelho de Souza que procurava prata e outro na lendária Sabarabuçú, tendo falecido na volta cem léguas da capital. De posse to roteiro do irmão, Gabriel conseguira favores de homens e título para governá-los, vindo a naufragar em Pernambuco, em 1591. D. Francisco, tomara posse de Governador nesse mesmo ano e em 1592 auxiliou Gabriel Soares a reconstituir a expedição, na qual Soares também morreu. Todos iam morrendo no sonho da Sabarabuçú, como repete em ritornello Paulo Setúbal. • 7°. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas O primeiro branco era o português Afonso Sardinha, que depois de residir em Santos passou para São Paulo, erguendo •o seu solar no Butantã (hoje Casa do Bandeirante), onde tinha o seu trapiche, isto é, engenho de açúcar. Foi entrando para o sertão, à procura de ouro e prata, pelo Tietê abaixo, tendo principiado no Jaraguá. Do Ibituruna (junto a Pirapora) obliquou para a serra do Piragibú tomando como referência um morrete isolado o Aputribú (Bairro de Aparecidinha). Daí avistou a linda :montanha ao poente. Descendo pelo vale do Pirajibú ao campo de Pirapitinguí deixou, à direita o depois chamado bairro do Varejão (nome de família de um sitiante do século XVIII) no atual município de Itú, atravessou o rio Sorocaba, ou na atual rua 15 ou na barra de Pirajibú, e semente três léguas de campo o separavam do cobiçado morro coberto de, espêssa mataria. Segundo Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), em 1589, Afonso Sardinha, fazendo roçar uma clareira no ribeiro, das Furnas que subiu até as fontes, deu a primeira martelada. Em minério de ferro no. Brasil. Pelo costume; seus guias e companheiros índios conheciam os lugares e os nomes. O "mineiro" ou técnico de minas, que o acompanhava, era Clemente Álvares. Enfim, estava junto com êle o. filho natural, quase que certamente, Afonso Sardinha-o-Moço,. mesmo porque êle já estava sexagenário. Ambos se dedicavam ao bandeirismo de mineração e de caça ao índio; sendo assinalada sua presença por êsses anos nesse imenso sertão que vai do Tietê a Paranaguá e ao Rio Paraná. Tendo "limpado" de índios as proximidades do Araçoiaba, e localizado as minas de ouro, prata e ferro, não fundaram propriamente um engenho ou forninho catalão ou "biscacinho", nem naquela data, nem depois, conforme repetiram os cronistas e historiadores duzentos anos por um equivoco de Pedro Taques. Porém, nada mais çerto do que ser o Araçoiaba o marco n.° 1 da siderurgia nacional, pois o minério foi reconhecido antes do de Morro do Pilar (Minas Gerais) e, para isso era necessário, ao menos, uma pequena bigorna, fole e, talvez, um dos escravos africanos que o velho Sardinha foi o primeiro a introduzir em São Paulo. Na África o minério era trabalhado em instalações muito rudimentares. Aliás, ferro para comércio não foi produzido. • 8°. Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil • 9°. Registros de construção de fortificações, como a de Emboaçava D. Francisco de Souza, por alcunha D. Francisco das Manhas, encontrara-se em Madri com Gabriel Soares de Souza, negociante na Bahia, autor do Tratado Descritivo da Terra do Brasil, irmão de Pero Coelho de Souza que procurava prata e outro na lendária Sabarabuçú, tendo falecido na volta cem léguas da capital. De posse to roteiro do irmão, Gabriel conseguira favores de homens e título para governá-los, vindo a naufragar em Pernambuco, em 1591. D. Francisco, tomara posse de Governador nesse mesmo ano e em 1592 auxiliou Gabriel Soares a reconstituir a expedição, na qual Soares também morreu. Todos iam morrendo no sonho da Sabarabuçú, como repete em ritornello Paulo Setúbal. • 10°. Afonso Sardinha começou a escavar em Araçoyaba D. Francisco, tomara posse de Governador nesse mesmo ano e em 1592 auxiliou Gabriel Soares a reconstituir a expedição, na qual Soares também morreu. Todos iam morrendo no sonho da Sabarabuçú, como repete em ritornello Paulo Setúbal. [p. 339] • 11°. Jean de Laet esteve no Brasil Jean de Laet (1571-1649) esteve no Brasil em 1596, segundo Varnhagen, Visconde de Porto Seguro (1816-1878), e certamente antes de 1625, quando imprimiu "O Novo Mundo: Descrigão das Indias Ocidentais", do qual dois livros pertencem coisas do Brasil e, nestes, dois capítulos à capitania de São Vicente. Dando uma notícia condensada de todos esses descobrimentos, temos o escritor holandes, João de Laet; na sua obra “O Novo Mundo ou Descrição das Índias Ocidentais”, cuja edição é de 1625 e que colheu os necessários informaes de Anthony Knivet e de Wilhem Jostten Glimmer. Assim, escreveu ele: “As minas de ouro que se descobriram nestes anos precedentes, na capitania de São Vicente, são: Santiago e Santa Cruz, nas montanhas de Paranapiacaba, a quatro ou cindo léguas do mar; Jaraguá, cerca de cinco léguas de São Paulo para o norte, e a dezessete ou dezoito léguas do mar; Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, seis ou sete léguas de São Paulo, ao nordeste e a vinto ou pouco mais do mar; Nossa Senhora do Monserrate, dez ou doze léguas de São Paulo para o noroeste, onde se encontram pepitas que pesam ás vezes duas e três onças; Buturunda ou Ibituruna, a duas léguas da precedente, para o oeste; Ponta da Cahativa, a trinta léguas de São Paulo para o sudoeste. Quase trinta léguas da mesma vila de São Paulo para o sudoeste, ficam as montanhas de Berusucaba ou Ibiraçoiaba, abundantes em veios de ferro, não lhes faltando também veios de ouro, que os selvagens cananéas tem por costume extrair". Diz ele que havia ferro e tambem ouro, em Biraçoiaba montanha onde "os portugueses construíram presentemente uma vila denominada São Felipe, mas que não tem muita importância", a sudoeste de São Paulo. A 30 léguas (144,8km) da capital e quase às margens do rio Tietê. Põe o autor esta vila, e chama Nossa Senhora de Monte Serrate outras minas, a 12 léguas (57,9km) da capital! A cinco léguas, no caminho desta a Bessucaba, havia uma fazenda de açucar e marmelos, com ambos se faziam marmeladas. Conclusão: no Ipanema ou no Itavuvú existiu deveras a vila de São Filipe, e já havia estrada de Piratininga para Sorocaba. • 12°. D. Francisco enviou Martim de Sá no rastro de Gabriel Soares e Diogo Gonçalves Laço como administrador das minas D. Francisco enviou Martim de Sá em 1597 no rastro de Diogo Soares. Em outubro de 1598, sonhando em atingir Sabarabuçú como pela retaguarda, e avantajando em demasia a pequena mineração dos Sardinha, crendo fazer da capitania de São Vicente um novo Perú, embarcou para o sul, com uma comitiva de soldados portugueses e nativos mansos para o transporte de pessoas e cargas e os primeiros trabalhos, não sem enviar antes, como administrador das minas, Diogo Gonçalves Laço, que chegou à vila de São Paulo em 13 de maio daquele ano. [Página 339] • 13°. Diogo Gonçalves Laço chega á São Paulo Dom Francisco enviou Martim dé •Sá em 1597 no rastro de.Diogo Soares. Em outubro de 1598, Sonhando atingir Sabarabuçú como que pela retaguarda, e . aVantajando em demasia pequena mineração dos Sardinha; crendo fazer da capitania de• São Vicente um nôvo Perk • embarCóu.para o sul, com uma comitiva de soldados portuguêses e índios mansos para o transporte de pessoas e cargas e os primeiros trabalhos, não sem enviar antes, como administrador das minas, Diogo Gonçalves Laço, que chegou à vila dé São Paulo em 13 de maio daquele ano. • 14°. Diogo Arias de Aguirre foi nomeado Capitão-Mór da Capitania de São Vicente D. Francisco enviou Martim de Sá em 1597 no rastro de Diogo Soares. Em outubro de 1598, sonhando em atingir Sabarabuçú como pela retaguarda, e avantajando em demasia a pequena mineração dos Sardinha, crendo fazer da capitania de São Vicente um novo Perú, embarcou para o sul, com uma comitiva de soldados portugueses e nativos mansos para o transporte de pessoas e cargas e os primeiros trabalhos, não sem enviar antes, como administrador das minas, Diogo Gonçalves Laço, que chegou à vila de São Paulo em 13 de maio daquele ano. No Espírito Santo deteve-se o Governador, enviando na direção da Sabarabuçú a Diogo Martim Cão. Parou pouco no Rio. De Santos a Cubatão, viajou em canoa. Subiu o péssimo caminho da Paranapiacaba em rêde. Nos arredores de São Paulo teria cavalgado. • 15°. sem data específica • 16°. D. Francisco chegou à vila de São Vicente* De Santos a Cubatão, viajou em canoa. Subiu o péssimo caminho da Paranapiacaba em rêde. Nos arredores de São Paulo teria cavalgado. • 17°. D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses Chegou à vila do Planalto em maio de 1599. Foi um alvoroço inclusive nas modas masculinas. E sonhando sempre, partiu logo para as minas dos Sardinha, pelo caminho já descrito. Parte a cavalo, parte em canoa, parte em rêde, estava nas Furnas, triste sertão, entre campos, no fim do ano. Em data não sabida de 1599 fundou no local a vila de Nossa Senhora de Monte Serrate, erigindo o pelourinho, um esteio de madeira de lei com uma faca e um gancho de ferro, objetos esses, nos ricos pelourinhos de pedra, menos grosseiros e coroados com as armas reais. Damos a hipótese arrojada de ser esta ponte já de 1599. Em todo caso, levaria mais de um ano para construir, e aquele testamento a menciona. Os escravizados sob direção do Fundador teriam, pelo menos, vindo construí-la antes da mudança. [Página 343] • 18°. Dom Francisco retornou a São Paulo • 19°. Francisco Rodrigues recebeu de D. Francisco de Souza uma sesmaria de uma légua em quadra, rio Sarapui abaixo, além do morro do Araçoiaba, desde a tapera de “Ibapoara”, topônimo desconhecido No ano de 1601 Dom Francisco enviou moradores a Araçoiaba, dando-lhes terras "para lavrar mantimentos". Segundo ele, não foi preciso lotear as terras auríferas, não as havia, mas o povoamento da vila era útil como, em linguagem moderna, nova bôca de sertão. Francisco Rodrigues "está a caminho para Biraçoiaba (outra forma do topônimo)" com outros que para lá vão "a 14 de julho daquela ano recebe uma légua de terra em quadra além da montanha, Sarapuí abaixo, ao sul, hoje território de Tatuí, por onde passa a estrada de rodagem". Não se sabem os nomes de outros moradores, mas havia-os. Em julho de 1601 ainda estavam nas Furnas os mineiros, e Dom Francisco tinha esperanças, proibindo os moradores de entrar nas minas, menos os dois Afonso Sardinha. Nunca se corporificou na vila o símbolo do pelourinho. • 20°. Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi • 21°. Começou um povoamento na margem esquerda do rio Pirajibu, no Mato Adentro, perto da atual Aparecida Outra curiosidade é que a margem esquerda do Piragibú, no Mato Dentro e perto da atual Aparecida, começa ser povoada nesse mesmo ano, aparecendo por limite o caminho, parte do que já delineamos. Mas nem Parnaíba era vila. Era uma fazenda de Suzana Dias, viúva de Manuel Fernandes Mourão, os pais de três homens notáveis: André, Baltazar e Domingos, respectivamente fundadores de Parnaíba, Sorocaba e Itú. Ela casou-se pela segunda vez. Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar. Em 1625 Parnaíba torna-se município e êsses moradores prestam-lhe obediência. • 22°. D. Francisco elevou o novo local com o nome de vila de São Filipe: “Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar” Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar. Em 1625 Parnaíba torna-se município e êsses moradores prestam-lhe obediência. No ano de 1646, segundo informaram em 1747 ao vigário Pedro Domingues Pais, já havia moradores em Sorocaba. O ano de 1611 é não só conveniente, mas muito plausível, por estar sob o nome São Filipe, no mais antigo mapa em que aparece a região de Sorocaba, do holandês João de Laet. O que a tradição oral guardou é a localização da segunda Sorocaba no Itavuvú. Lá estão hoje, com casas mais modernas, como que duas ruas em ângulo reto e num dos lados a capela, sucessora de outra que também não era a primeira.Deve ter havido um rancho para uma cruz, pelo menos. Outra curiosidade é que a margem esquerda do Piragibú, no Mato Dentro e perto da atual Aparecida, começo& â- ser povoada nesse mesmo ano, aparecendo por limite o caminho, parte do que já delineamos. Mas nem Parnaíba era vila. Era uma fazenda de Suzana Dias, viúva de Manuel Fernandes Mourão, os pais de três homens notáveis: André, Baltazar e Domingos, respectivamente fundadores de Parnaíba, Sorocaba e Itú. Ela casou-se pela segunda vez. Sabe-se que o pelourinho foi mudado concretamente (ou se erigiu outro, sendo simbólica a mudança), para o Itavuvú e por ordem de Dom Francisco de Souza, com certeza histórica indireta. Isto é, em 1661 Baltazar Fernandes requereu a mudança do pelourinho erigido por Dom Francisco de Souza a légua e meia da atual Sorocaba. Desaparecido o documento original, várias cópias existentes falam em "meia légua", mas é êrro de cópia. • 23°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil Sabe-se que o pelourinho foi mudado concretamente (ou se erigiu outro, sendo simbólica a mudança), para o Itavuvú e por ordem de Dom Francisco de Souza, com certeza histórica indireta. Isto é, em 1661 Baltazar Fernandes requereu a mudança do pelourinho erigido por Dom Francisco de Souza a légua e meia da atual Sorocaba. Desaparecido o documento original, várias cópias existentes falam em "meia légua", mas é êrro de cópia. Quanto a êsse local ser o Itavuvú é verdade que a distância de légua e meia podia recair em outros sítios, mas não naquele que os cronistas acertaram chamando Itapebuçú e só erraram confundindo-o com o Ipanema, que está a três léguas. Se Dom Francisco veio pessoalmente a erigir o pelourinho, foi pouco antes de 11 de junho de 1611, dia de sua morte em São Paulo. E depois de 1609, quando chegou pela segunda vez a Piratininga, feito governador das capitanias do sul e administrador das minas. Vinha com a promessa do título de Marquês de Minas, que seus descendentes lograram, isto é, receberam, tão relacionado com a nossa história local. O ano de 1611 é não só conveniente, mas muito plausível, por estar sob o nome São Filipe, no mais antigo mapa em que aparece a região de Sorocaba, do holandês João de Laet. O que a tradição oral guardou é a localização da segunda Sorocaba no Itavuvú. Lá estão hoje, com casas mais modernas, como que duas ruas em ângulo reto e num dos lados a capela, sucessora de outra que também não era a primeira. Deve ter havido um rancho para uma cruz, pelo menos. Outra curiosidade é que a margem esquerda do Piragibú, no Mato Dentro e perto da atual Aparecida, começo& â- ser povoada nesse mesmo ano, aparecendo por limite o caminho, parte do que já delineamos. Mas nem Parnaíba era vila. Era uma fazenda de Suzana Dias, viúva de Manuel Fernandes Mourão, os pais de três homens notáveis: André, Baltazar e Domingos, respectivamente fundadores de Parnaíba, Sorocaba e Itú. Ela casou-se pela segunda vez. Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar. Em 1625 Parnaíba torna-se município e êsses moradores prestam-lhe obediência. No ano de 1646, segundo informaram em 1747 ao vigário Pedro Domingues Pais, já havia moradores em Sorocaba. Nesse interim, André Fernandes tornava-se um dos maiores bandeirantes da caça ao índio. Baltazar o acompanhara em mais de uma expedição. Na destruição do Guiará, terminada em 1629-1630, os paulistas e parnaibanos passaram por Sorocaba na ida e na volta, no atual rumo da estrada de ferro a Itararé e daí ao alto Tibagí, onde estavam as últimas povoações... [Páginas 340 e 341] • 24°. Outro irmão de Baltazar Fernandes, Domingos Fernandes, perpetuava-se como povoador, fundando naquele ano e vindo com a família e escravatura de Santana do Parnaíba, na sesmaria que lhe pertencia, o povoado de Itu Em 1617, Domingos, que era menos sertanista, estabeleceu-se em Itú. Em 1634 estavam os três irmãos reunidos junto ao leito de morte da matrona Suzana Dias assistida por um vigário castelhano, que o fôra da desbaratada Vila do Guiará, povoação de castelhanos à esquerda do rio Paraná e junto a um ribeiro, perto das Sete Quedas. No ribeiro havia uma ponte que se atravessava para chegar a uma devota ermida de Nossa Senhora. Como aquêles brancos viviam do trabalho dos índios na coleta do mate nativo, com a escravização e destruição dêles, pagãos e cristãos, pelos paulistas, abandonaram a sua pobre cidade, matriz e ermida, muitos dêles, com o vigário, fixando-se em Parnaíba, com os teres e os penates, isto é, as imagens, com é curial supor. • 25°. “O Novo Mundo: Descrição das Índias Ocidentais” ("Nieuvve wereldt, ofte, Beschrijvinghe van West-Indien"), 1625. Jean de Laet (1571-1649) O ano de 1611 é não só conveniente, mas muito plausível, por estar sob o nome São Filipe, no mais antigo mapa em que aparece a região de Sorocaba, do holandês João de Laet. O que a tradição oral guardou é a localização da segunda Sorocaba no Itavuvú. Lá estão hoje, com casas mais modernas, como que duas ruas em ângulo reto e num dos lados a capela, sucessora de outra que também não era a primeira. Dando uma notícia condensada de todos esses descobrimentos, temos o escritor holandes, João de Laet; na sua obra “O Novo Mundo ou Descrição das Índias Ocidentais”, cuja edição é de 1625 e que colheu os necessários informaes de Anthony Knivet e de Wilhem Jostten Glimmer. Assim, escreveu ele: “As minas de ouro que se descobriram nestes anos precedentes, na capitania de São Vicente, são: Santiago e Santa Cruz, nas montanhas de Paranapiacaba, a quatro ou cindo léguas do mar; Jaraguá, cerca de cinco léguas de São Paulo para o norte, e a dezessete ou dezoito léguas do mar; Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, seis ou sete léguas de São Paulo, ao nordeste e a vinto ou pouco mais do mar; Nossa Senhora do Monserrate, dez ou doze léguas de São Paulo para o noroeste, onde se encontram pepitas que pesam ás vezes duas e três onças; Buturunda ou Ibituruna, a duas léguas da precedente, para o oeste; Ponta da Cahativa, a trinta léguas de São Paulo para o sudoeste. Quase trinta léguas da mesma vila de São Paulo para o sudoeste, ficam as montanhas de Berusucaba ou Ibiraçoiaba, abundantes em veios de ferro, não lhes faltando também veios de ouro, que os selvagens cananéas tem por costume extrair” Diz ele que havia ferro e também ouro, em Biraçoiaba montanha onde "os portugueses construíram presentemente uma vila denominada São Felipe, mas que não tem muita importância", a sudoeste de São Paulo. A 30 léguas (144,8km) da capital e quase às margens do rio Tietê. Põe o autor esta vila, e chama Nossa Senhora de Monte Serrate outras minas, a 12 léguas (57,9km) da capital! A cinco léguas, no caminho desta a Bessucaba, havia uma fazenda de açucar e marmelos, com ambos se faziam marmeladas. Conclusão: no Ipanema ou no Itavuvú existiu deveras a vila de São Filipe, e já havia estrada de Piratininga para Sorocaba. • 26°. Conduzido por André Fernandes, Luis Céspedes e sua comitiva chegam no “Porto misterioso": Nossa Senhora de Atocha Havia moradores dispersos, desde que nada se encontrou. O mapa da navegação do Tietê por Dom Luiz de Céspedes Y Xeria em 1628 denomina Sarapuí ao rio Sorocaba, e diz que rio acima há povoadores. Eram os remanescentes de Araçoiaba e Itavuvú. • 27°. Balthazar Fernandes está com André nas reduções orientais do Uruguai, território do Rio Grande do Sul, onde se proveu dos últimos escravizados chegando ao seu número, em Parnaíba, a quase quatrocentos, incluídas as crianças Em 1636 Balthazar Fernandes está com André nas reduções orientais do Uruguai, território do Rio Grande do Sul, onde se proveu dos últimos escravizados chegando ao seu número, em Parnaíba, a quase quatrocentos, incluídas as crianças. Para esses sertões os paulistas preferiam fazer a viagem de canoa, de Santos a Laguna, onde agiam os seus "cunhados", nativos como espiões e auxiliares. • 28°. Balthazar Fernandes deixa o Uruguai com cerca de 400 escravizados* Após saírem de “ ”canoas de Santos“ ”, Baltazar Fernandes e André chegam nas reduções orientais do Uruguai, território do Rio Grande do Sul, onde se proveu dos últimos escravos chegando o seu número, em Parnaíba, a quase quatrocentos, incluídas as crianças. Nessa ocasião, o capelão da bandeira, que parou uns meses na redução de Santa Tereza,onde os bandeirantes foram excomungados pelo bispo de Buenos Aires, era o padre Francisco de Oliveira, filho de André, ordenado em Assunção. Em 1636 Baltazar Fernandes está com André nas reduções orientais do Uruguai, território do Rio Grande do Sul, onde se proveu dos últimos escravos chegando o seu número, em Parnaíba, a quase quatrocentos, incluídas as crianças. Para êsses sertões os paulistas preferiam fazer a viagem de canoa, de Santos a Laguna, onde agiam os seus "cunhados" índios como espiões e auxiliares. Nessa ocasião, o capelão da bandeira, que parou uns meses na redução de Santa Tereza, onde os bandeirantes foram excomungados pelo bispo de Buenos Aires, era o padre Francisco de Oliveira, filho de André, ordenado em Assunção. • 29°. André Fernandes chega a Vila de São Paulo* Com os de Parnaíba, Baltazar que chegara em 1639 do sul, forçosamente se incluiu na campanha de tôdas as vilas para a expulsão dos jesuítas de São Paulo e Santos, por causa do famoso breve de Urbano VIII, de 1639, sôbre a liberdade dos índios. Em 14 de maio de 1653 assinou como procurador de Parnaíba na câmara de São Vicente, cabeça da capitania juntamente com os representantes de tôdas as vilas, a composição amigável para a volta dos Padres. • 30°. O rei espanhol Felipe IV exigiu que Raposo Tavares fosse caçado a qualquer preço e colocado à disposição do Tribunal da Inquisição Pedro de Miranda, viúvo de Isabel, filha do fundador, com dois menores: João e Pedro. Este casou com Maria Diniz. Manuel Bicudo, casado com Potência de Abreu ficou com o seu sítio no Aputribú, às vêzes considerado dentro dos limites de Sorocaba, as vêzes de Itú, enfim tornando a Parnaíba. Em 1650 êle estava no sertão. Diogo do Rêgo e Mendonça casou com Mariana de Proença, 10a. filha de Baltazar, antes de 1661. [Página 346] • 31°. Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba A capela de Nossa Senhora ou igreja é a mesma dedicada a Santa Ana e popularmente chamada de São Bento, e a doação dela aos padres de São Bento, postulava a construção de celas junto à mesma. Até agora o convento nunca foi reconstruído e a linha da sua fachada é a mesma da igreja. Esta andou em obras muito tempo, mas as paredes, a madeira, a estrutura, tudo leva a crer que o arcabouço se conservou. • 32°. Já haviam moradores em Sorocaba • 33°. Translado do Testamento de Izabel de Proensa, já defunta Como em 1654 já o testamento de sua mulher menciona a sesmaria do Aputribú e em 1660 aí residia um de seus genros, Manuel Bicudo Bejarano, é de crer que já tivesse colocado a escravaria na lavoura nesse local e enviado alguns para o curral de gado na paragem de Sorocaba, pois não imigraria com tanta gente sem preparar ao menos uns ranchos. Estava se despegando de Paranaíba, onde em 1648 falecera a filha Isabel, mulher de Diogo do Rêgo e Mendonça, e sentia-se, posto que septuagenário, com ânimo de fundar uma cidade em suas terras. Espicaçara-o a elevação à vila, no ano de 1653, da paróquia de Itú, fundação de Domingos e desejava imitar a André, atraindo os monges de São Bento. [Página 343] • 34°. Antônio Raposo ordenou decisivo ataque a destruição das reduções do Itatim, combatendo 200 paulistas e mil índios mansos • 35°. Francisco de Oliveira teria celebrado a primeira missa em Sorocaba, data que foi escolhida para a celebração da nova padroeira da Visitação, mas documentalmente, ele estava em Parnaíba Um documento especial não diz que o padre Francisco de Oliveira celebrou a primeira missa de Sorocaba nessa capela, mas documentadamente se prova que ele era vigário de Parnaíba em 1654, sobrinho do Fundador e em novembro sua tia estava à morte e fêz testamento. Naquela época o vigário é que ungia os seus paroquianos, mesmo que houvesse outros padres, como havia na sede os dois beneditinos. É claro que podiam vir todos os três. Mas não abandonariam a vila assim pelo menos por cinco dias, bastando um. É portanto, extremamente provável que o sobrinho do Fundador, mesmo por uma questão , de amor ao sangue, tivesse dito a primeira missa na capela de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba, "da paragem de Sorocaba". Ano exato, 1654. Cremos ter sido a 21 de novembro, dia de Nossa Senhora da Apresentação, que foi o dia da festa da Padroeira até 1925. Coincidia a doença e testamento da tia em 28 do mesmo mês. • 36°. Testamento de Isabel de Proença é assinado em Santana de Parnaíba Coincidia a doença e testamento da tia em 28 do mesmo mês. Em fins de março de 1655 ela jaz na igreja de São Bento, na capela-mor. Na igreja, por não haver outra para ser o jazigo dos fundadores, e na capela-mor, por ser quem era. Eis aí como se obtém certeza moral, a única possível, raciocinando. Em ciências experimentais, o método é diverso. Não havendo o atestado de óbito, resta lugar para a chicana, pois não era possível que levassem o corpo em dois ou três dias, com mau cheiro, a Parnaíba, contra a vontade da testadora, que desejava sepultura onde morresse, como era impossível que a levassem a falecer em Parnaíba... • 37°. Inventário de Balthazar Fernandes foi feito em Sorocaba A capela de Nossa Senhora ou igreja é a mesma dedicada a Santa Ana e popularmente chamada de São Bento, e a doação dela aos padres de São Bento, postulava a construção de celas junto à mesma. Até agora o convento nunca foi reconstruído e a linha da sua fachada é a mesma da igreja. Esta andou em obras muito tempo, mas as paredes, a madeira, a estrutura, tudo leva a crer que o arcabouço se conservou. "Nesta paragem de Sorocaba, onde tem sua fazenda e igreja", diz o inventário de 1655. Um documento especial não diz que o padre Francisco, de Oliveira celebrou a primeira missa de Sorocaba nessa capela, mas documentadamente se prova que êle era vigário de Parnaíba em 1654, sobrinho do Fundador e em novembro sua tia estava à morte e fêz testamento. [p. 344] O inventário dêle, o primeiro que se fêz em Sorocaba, foi lido por Silva Leme cêrca de 1900 e então, com todos os papéis dos cartórios até 1800, foi recolhido ao Arquivo Público de São Paulo, onde não são catalogados e expostos à consulta, senão alguns. De muitos a humidade fêz uma pasta a. ser aberta por técnicos. Dos limites do patrimônio em terras existentes até hoje, resulta que o terreno doado por conta da terça, em vida, era quase todo. A conta é um terço de duas léguas quadradas, sendo a sesmaria total duas léguas. Possivelmente, havendo outras sesmarias e bens móveis, a partilha reservou para os Padres o que faltava para a terça total em escravos. [p. 349] • 38°. Nascimento de Pascoal Moreira Cabral, era neto materno de André Fernandes em Sorocaba (por não haver certidão de batismo) Pascoal Moreira Cabral era neto materno de André Fernandes. Sua sesmaria, limitando-se com a de Baltazar, teria sido uma das muitas do avô. Não há certidão de batismo do 2.°Pascoal, o fundador de Cuiabá; as crônicas o marcaram para sempre como sorocabano, o que também significava morador antigo. Pela crônica, nasceu em 1655, em Sorocaba. • 39°. Isabel de Proença jazia na igreja de São Bento, na capela-mor* Em fins de março de 1655 ela jaz na igreja de São Bento, na capela-mor. Na igreja, por não haver outra para ser o jazigo dos fundadores, e na capela-mor, por ser quem era. Eis aí como se obtém certeza moral, a única possível, raciocinando. Em ciências experimentais, o método é diverso. Não havendo o atestado de óbito, resta lugar para a chicana, pois não era possível que levassem o corpo em dois ou três dias, com mau cheiro, a Parnaíba, contra a vontade da testadora, que desejava sepultura onde morresse, como era impossível que a levassem a falecer em Parnaíba. • 40°. Inventário a avaliação dos bens da família de Isabel Proença A capela de Nossa Senhora ou igreja é a mesma dedicada a Santa Ana e popularmente chamada de São Bento, e a doação dela aos padres de São Bento, postulava a construção de celas junto à mesma. Até agora o convento nunca foi reconstruído e a linha da sua fachada é a mesma da igreja. Esta andou em obras muito tempo, mas as paredes, a madeira, a estrutura, tudo leva a crer que o arcabouço se conservou. "Nesta paragem de Sorocaba, onde tem sua fazenda e igreja", diz o inventário de 1655. • 41°. Mapa “Le Bresil” de Nicolas Sanson (1600-1667) Continuam os escritores, uns aos outros se copiando, a dizer que este povoado se chamava Itapevuçú, quando é ressabido em Sorocaba que Itavuvú, corruptela de Itapevuçú, é duas léguas a nordeste. Alguns meses ficou no Araçoiaba, que também se chama Ipanema por causa do ribeirão, no meio de tanta penúria, aquele grande teimoso, enviando os mineiros para os arredores, por exemplo Bacaetava e ao Sarapuí. Em 1654 já havia uma ponte no rio Sorocaba,no lugar da atual. Somente um Governador tinha gente e dinheiro para construir uma, neste sertão. Ainda que estreitinha. É que o passo do rio, desde talvez os nativos, só podia ser abaixo das cachoeiras em local meio raso,antes de espraiarem-se as várzeas. Nas Furnas haviam ranchos de pau-a-pique, palmeiras e sapé. Nenhuma rua. Nem vereadores. Nem paróquia. Uma Santa Cruz coberta, sim. A história não conta nem sequer se o Governador trazia algum padre consigo. Sabe-se que o pelourinho foi mudado concretamente (ou se erigiu outro, sendo simbólica a mudança), para o Itavuvú e por ordem de Dom Francisco de Souza, com certeza histórica indireta. Isto é, em 1661 Baltazar Fernandes requereu a mudança do pelourinho erigido por Dom Francisco de Souza a légua e meia da atual Sorocaba. Desaparecido o documento original, várias cópias existentes falam em "meia légua", mas é êrro de cópia. Quanto a êsse local ser o Itavuvú é verdade que a distância de légua e meia podia recair em outros sítios, mas não naquele que os cronistas acertaram chamando Itapebuçú e só erraram confundindo-o com o Ipanema, que está a três léguas. [Página 340] • 42°. “E em 20 de abril de 1660 havia garantido a estabilidade do povoado, fundando um mosteiro beneditino” Eis a delimitação do patrimônio, em terras, em 1660, da ponte do Sorocaba até o ribeirão do Itapeva, rio acima. Daí pelo campo até mais mi menos a Vossoroca, fazendo ângulo econtinuando até Diogo do Rêgo, além do Supirirí e, de novo em ângulo, procurando a ponte. Entre esta e a casa, ficou em uso-fruto para o doador a vinha, situada nesse trecho, havendo mata perto da atual rua Santa Cruz, como a havia, e comprida, atrás da capela. Os Padres aceitaram o compromisso de edificar o convento, o que não os impedia de extender para isso a mão aos moradores. O Visitador do Brasil, em nome do abade geral, que residia em Tibães, Portugal, deve ter aceitado a doação, mas não ha documento. [p. 349] • 43°. Registro do segundo testamento de Balthazar Fernandes na fazenda de Miguel Bicudo Bejarano na paragem Aputeroby (...) assinatura da escritura, e que aconteceu no sítio do genro Bejarano em Apotribú, a 21 de abril de 1660, sendo aceitantes frei Tomé Batista e frei Anselma da Anunciação. • 44°. Doação aos beneditinos assinada na Fazenda de Miguel Bicudo Berejano, no bairro Aparecidinha Em 21 de dezembro de 1660 Balthazar Fernandes garantiu a fundação doando aos Padres de São Bento, de sua Parnaíba, a capela, terras, um touro, doze vacas, moço nativo para a sacristia e moça para a cozinha, doze nativos para a lavoura e criação, uma roça de mandioca para começo, a propriedade da vinha e do moinho, reservando-se o uso-fruto, tudo isso desde a assinatura da escritura, e que aconteceu no sítio do genro Bejarano em Apotribú, a 21 de abril de 1660, sendo aceitantes frei Tomé Batista e frei Anselma da Anunciação. Comprometia-se a testar toda a sua terça em bens móveis e de raiz a favor dos Padres, evidentemente fazendo a conta para completar os bens já doados em vida. O conjugue só podia dispor da têrça sendo os dois terços dos herdeiros necessários. O inventário dele, o primeiro que se fez em Sorocaba, foi lido por Silva Leme cerca de 1900 e então, com todos os papéis dos cartórios até 1800, foi recolhido ao Arquivo Público de São Paulo, onde não são catalogados e expostos à consulta, senão alguns. De muitos a umidade fez uma pasta a ser aberta por técnicos. Dos limites do patrimônio em terras existentes até hoje, resulta que o terreno doado por conta da terça, em vida, era quase todo. A conta é um terço de duas léguas quadradas, sendo a sesmaria total de duas léguas. Possivelmente, havendo outras sesmarias e bens móveis, a partilha reservou para os Padres o que faltava para a terça total em escravizados. Eis a delimitação do patrimônio em terras, em 1660, da ponte do Sorocaba até o ribeirão do Itapeva, rio acima. Dai pelo campo até mais ou menos a Vossoroca, fazendo ângulo e continuando até Diogo do Rêgo além do Supiriri e, de novo em ângulo, procurando a ponte. Entre esta e a casa, ficou em uso-fruto para o doador a vinha, situada nesse trecho, havendo mata perto da atual rua Santa Cruz, como a havia, atrás da capela. Os Padres aceitaram o compromisso de edificar o convento, o que não os impedia de estender para isso a mão aos moradores. O Visitador do Brasil, em nome do abade geral, que residia em Tibães, Portugal, deve ter aceitado a doação, mas não há documento. Um mosteiro beneditino pelos seus benefícios espirituais, atrairia os moradores ao mesmo tempo que, tendo patrimônio em terras, servia de engodo a moradores pobres sem sesmaria, por meio de foro razoável. [Páginas 348 e 349] • 45°. Tayaobi Coincidia a doença e testamento da tia em 28 do mesmo mês. Em fins de março de 1655 ela jaz na igreja de São Bento, na capela-mor. Na igreja, por não haver outra para ser o jazigo dos fundadores, e na capela-mor, por ser quem era. Eis aí como se obtém certeza moral, a única possível, raciocinando. Em ciências experimentais, o método é diverso. Não havendo o atestado de óbito, resta lugar para a chicana, pois não era possível que levassem o corpo em dois ou três dias, com mau cheiro, a Parnaíba, contra a vontade da testadora, que desejava sepultura onde morresse, como era impossível que a levassem a falecer em Parnaíba... • 46°. O processo retorna com parecer favorável do ouvidor da Capitania de São Vicente sr. Antônio Lopes de Medeiros e o povoado ao redor da capela de Sorocaba foi elevado à categoria de vila "Pro forma"- e agradando ao Ouvidor do Donatário, Salvador fê-lo verificar a verdade do requerimento e. autorizou a mudança real ou simbólica (podia-se fazer outro nôvo) a 3 de março de 1661, nomeando, os oficiais da Câmara.A primeira Câmara foi nomeada. [Página 350] A Câmara Municipal de Sorocaba foi instalada. Eis os nomes dos primeiros vereadores: Baltazar Fernandes (juiz presidente). Pascoal Leite Pais. André de Zúnega. Cláudio Furquim e Domingos Garcia (vereador e procurador), o qual deve ter sido Diogo Domingues Garcia. Trata-se de possível engano de quem publicou o manuscrito. O escrivão era Francisco Sanches de Aguiar. professor de gramática. No mesmo dia 3 de março de 1661 Salvador Correia de Sá e Benevides, amicíssimo dos Fernandes, nomeou juízes Balthazar e seu genro André de Zunega, vereadores Claúdio Furquim e Pascoal Leite Pais e procurador Domingos Garcia. [Página 351] Não se conhecem atas dêsse tempo. Sabe-se que o Fundador construiu a casa da Câmara e Cadeia, em frente da qual pôs o pelourinho, na esquina das atuais ruas de São Bento e Barão do Rio Branco, e pelo menos localizou e deixou bem adiantada a matriz. Nessa qualidade e como juiz presidente, sómente êle podia fazer armar a sua querida vila. Tanto a face da Câmara para a atual rua Barão do Rio Branco, como a fachada da matriz formam perpendiculares com a de São Bento, olhando para leste nordeste, não inteiramente a leste ou nascente para seguirem a-direção longitudinal da lombada. São de 1661 a rua São Bento obtida com uma reta desde a igreja até a Câmara, então localizada, e a rua Barão do Rio Branco e a praça da matriz com a rua Dr. Braguinha até a primeira esquina. [Página 352] "Salvador Correia, a quem se deve a oficialização dos esforços anteriores, tem retrato verdadeiro, mas não se pode reduzir a um esquema único o motivo da fundação de Sorocaba. 1. Não nasceu a atual cidade da mineração, que tinha acabado em nada. 2. Não nasceu da pecuária e lavoura de mantimentos em si, que eram pequenas e nunca foram grandes. 3. Não nasceu da feira, mas deu origem à feira de animais ou pecuária transportada. 4. Não nasceu da ponte, por uma parada obrigatória de viajantes ao transpor o rio, porque morava pouca gente além do mesmo. 5. Não veio do rio como caminho andante, navegação fluvial, inexistente antes de 1654. 6. Nem procedeu do desejo dos sertanistas de abandonarem as terras velhas para abrirem fazenda de lavoura na mata virgem. Todos esses motivos influíram, alguns com sugestões para o futuro, como o caminho, a ponte e a pecuária."[Página 353] • 47°. O Capitão Balthazar Fernandes doou a Igreja de Nossa Senhora da Ponte, hoje Mosteiro de São Bento, aos frades beneditinos existentes na Vila de Parnaiba. Eis a delimitação do patrimônio em terras, em 1660, da ponte do Sorocaba até o ribeirão do Itapeva, rio acima. Dai pelo campo até mais ou menos a Vossoroca, fazendo ângulo e continuando até Diogo do Rêgo além do Supiriri e, de novo em ângulo, procurando a ponte. Entre esta e a casa, ficou em uso-fruto para o doador a vinha, situada nesse trecho, havendo mata perto da atual rua Santa Cruz, como a havia, atrás da capela. Os Padres aceitaram o compromisso de edificar o convento, o que não os impedia de estender para isso a mão aos moradores. O Visitador do Brasil, em nome do abade geral, que residia em Tibães, Portugal, deve ter aceitado a doação, mas não há documento. Um mosteiro beneditino pelos seus benefícios espirituais, atrairia os moradores ao mesmo tempo que, tendo patrimônio em terras, servia de engodo a moradores pobres sem sesmaria, por meio de foro razoável. [Página 348] • 48°. Falecimento mais provável de Balthazar Fernandes / começaram as Câmaras eleitas* • 49°. Documento-petição elaborado pelo filho de Balthazar Fernandes, Manoel Fernandes de Abreu, e dirigido à Câmara Municipal Balthazar Fernandes já era falecido em 1667, éis tudo o que restou em documento por mão de seu filho Manuel Fernandes de Abreu. Como o seu inventário foi o primeiro aqui feito, seguindo- viu Silva Leme, a morte se deu mais perto de 1661 do quede 1667 e entre o jazigo, já, pronto, na igreja de São Bento, e a matriz em obras, a escolha da sepultura é tanto mais evidente quanto em São Bento os monges rezavam uma missa por mês por sua alma e, pelo costume, aspergiam (ou deviam fazê-lo) o túmulo real e não o simbólico do pano preto. • 50°. Segunda fundação de Sorocaba Balthazar Fernandes já era falecido em 1667, éis tudo o que restou em documento por mão de seu filho Manuel Fernandes de Abreu. Como o seu inventário foi o primeiro aqui feito, seguindo- viu Silva Leme, a morte se deu mais perto de 1661 do quede 1667 e entre o jazigo, já, pronto, na igreja de São Bento, e a matriz em obras, a escolha da sepultura é tanto mais evidente quanto em São Bento os monges rezavam uma missa por mês por sua alma e, pelo costume, aspergiam (ou deviam fazê-lo) o túmulo real e não o simbólico do pano preto. • 51°. Interpretação do frei Agostinho de Jesus sobre "Nossa Senhora da Ponte" • 52°. Documento existente na Biblioteca da História Real Portuguesa, na cidade do Porto • 53°. O Relato de Anthony Knivet, Jornal Correio Paulistano Podemos supor, pois, que a mudança não se fêz num dia ou dois ou três de viagem, por uma extensa caravana composta do chefe, da matrona, filhas solteiras, casadas e genros, os 370 e poucos índios, os trastes. São seis léguas daqui ao Aputribú, uma longa jornada. Os índios viajavam a pé e também carregavam fardos. Já havia cavalos para os brancos, muito poucos embora. Os mesmos podiam servir de cargueiros em várias viagens, na falta de burros, então inexistentes. Nem é hipótese absurda o carro de boi, num caminho mau, de mais de meio século, com a ponte no rio grande, ao chegar. Damos a hipótese arrojada de ser esta ponte já de 1599. Somente um Governador tinha gente e dinheiro para construir uma, neste sertão. Ainda que estreitinha. É que o passo do rio, desde talvez os nativos, só podia ser abaixo das cachoeiras em local meio raso,antes de espraiarem-se as várzeas. Nas Furnas haviam ranchos de pau-a-pique, palmeiras e sapé. Nenhuma rua. Nem vereadores. Nem paróquia. Uma Santa Cruz coberta, sim. A história não conta nem sequer se o Governador trazia algum padre consigo. • 54°. Revista de Engenharia N° 147 • 55°. Balsa no Rio Sorocaba* • 56°. Último dia de Nossa Senhora da Apresentação • 57°. Encontrado o testamento de Isabel de Proença • 58°. Genealogia das famílias formadoras da Paulistânia- 7, Felipe de Oliveira • 59°. Rua Hermelino Matarazzo e o Caminho de São Tomé • 60°. Quais são as 10 MAIORES TRIBOS INDÍGENAS brasileiras? Conhecendo o Brasil (Youtube.com)
Atualizado em 30/10/2025 15:52:47 A extensão de base da Associação de Metalúrgicos de Sorocaba para São Roque foi regulamentada
Viação Nossa Senhora da Ponte, fundada em 1958 pelo empresário Nelson Pedroso de Souza como sucessora da antiga Viação Souza 15 de agosto de 1958, sexta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Temas (1): Ônibus
Atualizado em 30/10/2025 15:52:47 Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP, vol. LVIII, 1958. Comissão de redação: Dácio Pires Correia, Nicolau Duarte Silva e Vinicio Stein de Campos ![]() Data: 1958 Créditos: Comissão de redação: Dácio Pires Correia, Nicolau Duarte Silva e Vinicio Stein de Campos Página 251
• 1°. Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri Nossa Senhora do Monte Serrate ou Monserrate - É devoção local espanhola, do célebre santuário junto a Barcelona, e se espalhou entre os povos da Panínsula. No Brasil, o propagandista foi D. Francisco de Sousa, Governador-Geral na Bahia e Governador do Sul, séculos XVI e XVII. No século da imagem original, era cmum os artistas representarem Nossa Senhora sentada com o Menino, como as Virgens de magestade, o morro ou serra sob os pés de acordo com o nome do título, tal como se usa uma escada para Nossa Senhora da Escada. A primitiva capela de Pinheiros tinha por orago "Nossa Senhora" apenas. Coma passagem da capelania para os Beneditinos, no século XVII, estes adotaram a invocação Monte Serrate. Teve origem numa aldeia de nativos da nação Guaianás, criada pelo Padre José de Anchieta. • 2°. Francisco* Sorocaba, Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba - O primeiro homem branco que construiu sua primeira casa na região de Sorocaba foi o paulista Afonso Sardinha que, em 1589, fundou um engenho de ferro no Vale das Furnas, morro do Araçoiaba e tirou algum ouro de lavagem nas adjacências. Trabalhavam com ele escravizados nativos, ou quase todos nativos. Há quem diga ter estado no Araçoiaba também Afonso Sardinha, o pai. No mesmo local, o Governador-Geral do Brasil, Dom Francisco de Souza, fundou a vila de Nossa Senhora do Monte Serrate, em dezembro de 1599, com alguns mineradores brancos e nativos trazidos do Espirito Santo. • 3°. D. Francisco elevou o novo local com o nome de vila de São Filipe: “Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar” Em 1611, estando em São Paulo, como Governador das capitanias e das minas do Sul, Dom Francisco de Souza autorizou a mudança do povoado para o campo, à beira do Rio Sorocaba, no Itavuvu, tendo a vila de efêmera duração, o nome de São Felipe em honra do Rei da Espanha. • 4°. Capela • 5°. Balthazar funda uma capela sob a invocação de “Nossa Senhora da Ponte” / vinda da imagem / transporte do pelourinho (1645/1654) Pelos anos de 1646, diz o Livro do Tombo, estabeleceram-se os primeiros moradores na atual Sorocaba: Baltasar Fernandes e seus genros, André de Zunega, Gabriel "Dona de Leon", Dom Diogo do Rego e Mendonça, Bartholomeu de Zunega e Leon, mais alguns netos casados e filhos, bem como o filho Manuel Fernandes de Abreu; Baltasar Fernandes, quando transmigrou de Parnaíba para Sorocaba com sua parentela, já era septuagenário e avô. A sua casa ainda hoje, embora no perímetro urbano, é considerada chácara. Está à beira do rio. Construiu na colina a capela à Nossa Senhora da Ponte, invocação única no Brasil, e que já assim se chamava de algum outro lugar da Ponte, em Portugal ou Espanha. A casa e a capela existiam em 1951, sem alteração substancial. • 6°. Pascoal Pascoal Moreira Cabral, paulista notável que, por volta de 1670, avançou pelo planalto até o rio Sorocaba, no ponto em que este se despenha no Itupararanga. O bairro chamava-se Itapeva. Aí fundou aquele sertanista a Capela do Populo, fazendo-lhe patrimônio com nativos, com a condição, porém, de os não levarem do sertão, pelos muitos pecados que isso acarretava. Faleceu ele em 1690 e jaz na Igreja de São Bento, em Sorocaba. [Página 263] • 7°. Matriz A matriz fundada por Balthazar Fernandes em 1767 estava em ruínas. Reconstruída, sob a direção do capitão José Ferraz de Arruda, em 1778, já recomeçou o sepultamento "na matriz nova", que devia estar emadeirada e coberta. Em 9 de fevereiro de 1783, o Vigário Domingos José Coelho benzeu a nova matriz. A 10, fez-se a transladação do S.S. e das imagens. A 11 rezou-se a primeira missa. Em 20 de janeiro de 1797, a paróquia passou a categoria de colada. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP, vol. LVIII, 1958. Páginas 261 e 262]
Boletim, vol. 13, 1954. Departamento do Arquivo do Estado de São Paulo, Secretaria de Educação 1954. Atualizado em 24/10/2025 03:34:09 Relacionamentos • Cidades (5): Cotia/Vargem Grande/SP, Ibiúna/SP, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (2) Diogo Antônio Feijó (1783-1843), Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857) • Temas (4): Apoteroby (Pirajibú), Estradas antigas, Paiol Velho, Rio Pirajibú • 1. Divisas 26 de fevereiro de 1833 A vista das informações sobre a divisa da nova Vila de São Roque dadas pelas Comissões, que para este efeito se nomearam, somos de parecer, que a dita divisão seja pela maneira seguinte: Com o termo da Cidade dividirá por uma linha reta desde o sítio do falecido Sargento mór Novaes, distrito da Freguesia da Cutia, até a estrada, que da mesma Freguesia vai para São Roque no lugar em que principiou a que vai para a Freguesia de Una continuando para esta até o rio Sorocamirim, e seguindo por este acima até a Serra da Marinha, e continuará pelo cume da dita Serra até confrontar com os últimos moradores da Freguesia de Una, dividindo com Sorocaba a rumo daquele ponto a procurar a Serra denominada São Francisco onde encontra com o Rio Pirajebú, pelo qual seguirá até encontrar a denominada do gado, continuando por esta que servirá de limite com Itú, até o passo do ribeirão da Mombassa na mesma Estrada, seguindo por este abaixo até onde faz barra com o nome de Aputerebu no Thieté, e por este acima até onde faz barra o ribeirão, que vai passar por de traz, e contíguo a Capela da Piedade, cujo ribeirão servirá de limite com Parnahiba até suas vertentes, e destas para rumo reto a sair na Estrada do Paiol, que vem de Itú para esta Cidade, seguindo por ela até o Lageado, que fica de fronte a Casa do Tenente José Maria de Oliveira César, e deste lugar rumo direito a procurar a casa já mencionada do falecido Sargento-mór Novaes. São Paulo, 26 de fevereiro de 1833. José Manoel de França, Manoel Innocencio de Vasconcellos. Levantou-se a Sessão ás duas hoas da tarde. Rafael Tobias de Aguiar Diogo Antonio Feijó Francisco Alz. Ferreira do Amaral Manoel Innocencio de Vasconcellos José Manoel da Silva José Manoel de França [Página 788 do pdf]
“Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII” de Francisco de Assis Carvalho Franco 1954. Atualizado em 30/10/2025 14:07:38 Relacionamentos • Cidades (15): Araçoiaba da Serra/SP, Botucatu/SP, Curitiba/PR, Guarulhos/SP, Ibiúna/SP, Iguape/SP, Itanhaém/SP, Itu/SP, Paranaguá/PR, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (66) Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), André Fernandes (1578-1641), Antônio de Añasco Melgarejo (n.1559), Antônio de Sousa (1584-1631), António Gomes Freire de Andrade (1685-1763), Antonio Paes Sande (1622-1695), Artur de Sá e Meneses (f.1709), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartholomeu Bueno da Silva, o Anhanguera (1672-1740), Bartolomeu Bueno da Silva (1672-1740), Bartolomeu Pais de Abreu (1674-1738), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Brás Cubas (1507-1592), Cap Antonio Pereira de Azevedo, Cláudio de Madureira Calheiros (f.1797), Clemente Álvares (1569-1641), Cristovão Pereira de Abreu (1678-1755), Custódia Dias "André", Custódia Dias (1581-1650), Custódio de Aguiar Lobo, Diogo de Mendonça Corte Real (1658-1736), Diogo de Quadros, Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Domingos Lopes de Cascais, Estevão Raposo Bocarro, Felippe Guilhem (n.1487), Fernão Paes de Barros (n.1632), Filipe de Campos Bicudo (1706-1762), Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Pedroso Xavier (1635-1680), Francisco Teixeira Cid (f.1594), Francisco Tosi Columbina (n.1701), Frei Frutuoso, Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Antunes Maciel I (1600-1648), Henrique da Costa (1573-1616), Inácia Pais de Barros, Inês Camacho, Jaime Comas (Jayme Commere), Jean de Laet (1571-1649), Jerônimo Leitão, João Antunes Maciel I (1642-1728), João Fernandes Saavedra (f.1667), João Fernandes Tavora, João Leme, João Martins Claro (1655-1725), José de Almeida Leme (1718-1780), Luís Castanho de Almeida (50 anos), Luiz Fernandes Folgado (f.1628), Manoel de Campos Bicudo, Manoel de Lemos Conde, Manoel Pinheiro Azurara (n.1570), Manuel Correia, Manuel Peixoto da Mota, Marcos de Azevedo, Martim de Orue, Miguel de Barros, Nicolau Barreto, Padre João Alvares, Paschoal Affonso Gaya, Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Rodrigo César de Meneses, Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), Sebastião Marinho • Temas (41): Ambuaçava, Bairro Itavuvu, Caminho de Curitiba, Caminho de São Roque-Sorocaba, Capitania de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, Capitania de São Paulo e Minas do Ouro, Carijós/Guaranis, Colégios jesuítas, Curiosidades, Dinheiro$, Estrada Geral, Estrada São Roque-Ibiúna, Estradas antigas, Fazenda Ipanema, Guayrá, Ibiticatu, Jesuítas, Lagoa Dourada, Martírios, Metalurgia e siderurgia, Nossa Senhora da Penha, O Sol, Ordem de Cristo, Ouro, Paiaguás, Pirapitinguí, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio Jacuí, Rio Paraguay, Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Sorocaba, Rio Taquari, Sabarabuçu, São Filipe, Serra da Mantiqueira, Serra de Jaraguá, Soroca-mirim, Temiminós, Tupinaés ![]() • 1. Novo Regimento das Minas de São Paulo após o testemunho ocular de Clemente Alvares 16 de dezembro de 1606 Clemente Alvares, paulista, mineiro prático e sertanista, que desde 1588 explorou minérios nos entornos de São Paulo e até 1606 havia registrado, na respectiva câmara, cerca de quatorze locais onde descobrira ouro, no Jaraguá, em Parnaiba, em São Roque - "e pelo próprio caminho geral do sertão antigo, na borda do campo, onde dizem teve Braz Cubas umas cruzes de pedras que até hoje estão e por riba delas passa uma bêta de metal preto". Ao dar em manifesto essas minas, declarou Clemente Alvares que havia quatorze anos que andava descobrindo pelo que se deduz que seus primeiros achados foram em 1592. Teve ele como companheiros Afonso Sardinha o moço e Sebastião Marinho. Exerceu em São Paulo o cargo de almotacel em 1596 e 1600. Nesse ano obteve uma sesmaria de légua junto ao Araçoiaba tendo em 1609 igual concessão no porto de Parapitingui. Em 1619 obteve sesmaria de duas léguas na margem do Jataí e no sertão de Ibituruna. No ano de 1610 com Custodio de Aguiar Lobo, Braz Gonçalves o velho e outros organizou uma bandeira e, saído do porto de Pirapitingui, no Tietê, fez uma montaria aos índios Carijós. Com seu sogro construiu no ano de 1606, em Santo Amaro, um engenho de ferro sob a invocação de Nossa Senhora de Agosto, engenho esse que, por herança, veio a pertencer a Luiz Fernandes Folgado.
• 2. Começou um povoamento na margem esquerda do rio Pirajibu, no Mato Adentro, perto da atual Aparecida 1611 Não encontrara no entanto o fidalgo português nesse local os metais nobres que tanto ambicionava. E mergulhado no isolamento dessas paragens desde janeiro de 1611, desamparado de toda sua antiga comitiva e de todo seu antigo fausto, veio por fim a perecer, em meados de junho, com o mais humilde e desbaratado dos seus antigos caminheiros do desconhecido. Da melancolia e da singularidade deste fim do magnifico cortesão dos reis de Castela, nasceram, à maneira de legendas, versões várias.
Brasil açúcar março de 1950. Atualizado em 09/09/2025 22:07:34 Relacionamentos • Cidades (6): Itu/SP, Piedade/SP, Porto Feliz/SP, Salto de Pirapora/SP, Sorocaba/SP, Votorantim/SP • Temas (9): Açúcar, Avenida Ipanema, Avenida Itavuvu, Bairro Itavuvu, Caaguacu, Caminho Sorocaba-Porto Feliz, Caputera, Geografia e Mapas, Itapeva (Serra de São Francisco) ![]()
Vocabulário Geográfico do Estado de São Paulo Volume II Contribuição para o Dicionário Geográfico Brasileiro 1950. Atualizado em 14/10/2025 15:19:02 Relacionamentos • Cidades (5): Apiaí/SP, Itu/SP, Laranjal Paulista/SP, Piedade/SP, Sorocaba/SP • Temas (11): Apoteroby (Pirajibú), Cachoeira Jequitaia, Jurupará, Morro do Putribú, Piragibú de Cima, Putribrú de baixo, Putribú, Rio Pirajibú, Rio Pirapora, Rio Sorocaba, Taxaquara ![]() • 1. Novo Regimento das Minas de São Paulo após o testemunho ocular de Clemente Alvares 16 de dezembro de 1606 Putribu - Morro (do), entre nascentes do ribeirão do Taquaral. (M. de Itú). Putribu - Rio, nasce na serra da Taxaquara, e seguindo para noroeste, desemboca no Tietê, pela margem esquerda, depois de servir de limite entre o município e o de Itú. (M. de São Roque). Putribu de Cima - Lugarejo, a sudeste do município, entre o rio de igual nome e o Tietê. (M. de Itú). Putribu de Cima ou Aputribu - Rio,veja Aputribu ou Putribu de Cima. (M. de São Roque). [Página 121]
Atualizado em 30/10/2025 15:52:47 Serra ![]() Data: 1949 Página 6
A diretoria do Orfanato, propõe a Estrada de Ferro Sorocabana, que ao invés de São Roque, fosse edificado em Sorocaba 28 de novembro de 1948, domingo. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (1): Estrada de Ferro Sorocabana
Atualizado em 30/10/2025 15:52:47 Jornal Correio da Manhã
Na Estação de Mailasky da Estrada de Ferro Sorocabana, município de São Roque, foi lançada a pedra fundamental da construção do orfanato, pelo então presidente da Ferrovia 1 de fevereiro de 1942, domingo. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Temas (1): Estrada de Ferro Sorocabana
Atualizado em 30/10/2025 15:52:48 Ocorreu a primeira Festa da Uva e do Vinho em São Roque
“Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953) 1940. Atualizado em 31/10/2025 03:09:50 Relacionamentos • Cidades (11): Apiaí/SP, Boituva/SP, Caeté/MG, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Mogi das Cruzes/SP, Ouro Preto/MG, Paranaguá/PR, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (50) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), André Fernandes (1578-1641), Anthony Knivet (1560-1649), Antônio de Macedo (ou Saavedra) (1531-1590), Ascenso Luiz Grou (1575-1653), Bacharel de Cananéa, Baltazar Carrasco dos Reis (1617-1697), Balthazar Fernandes (1577-1670), Basílio de Magalhães (66 anos), Belchior Dias Moréia (1540-1619), Bento Maciel Parente, Brás Cubas (1507-1592), Cacique de Carapicuíba, Clemente Álvares (1569-1641), Custódia Lourença, Diogo de Unhate (1535-1617), Diogo Martins Cam, Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco de Assis Carvalho Franco (54 anos), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Lopes Pinto, Gabriel de Lara (f.1694), Gonçalo Monteiro, Heliodoro Eobanos Pereira (n.1588), Henrique da Costa (1573-1616), Jean de Laet (1571-1649), Jerônimo Leitão, João de Anhaya, João de Anhaya Lemos (f.1723), João de Piña (n.1585), João Fernandes Saavedra (f.1667), João Pereira Botafogo (1540-1627), João Pires, o gago (1500-1567), John Whithal (João Leitão), Juan de Salazar y Espinosa (1508-1560), Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919), Luis Sarmiento de Mendoça, Luiz Martins, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Marcos Fernandes, velho (1530-1582), Martim Correia de Sá (1575-1632), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Pero (Pedro) de Góes, Pero Correia (f.1554), Rodrigo de Castelo Branco, Salvador Jorge Velho (1643-1705), Simão Álvares Martins (Jorge) (1573-1636), Simão Jorge Velho (1526-1585), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626) • Temas (28): Assunguy, Bacaetava / Cahativa, Bahia?, Cahaetee, Caminho do Peabiru, Caminho São Paulo-Santos, Cananéas, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Cruzes, Guaimbé, Guerra de Extermínio, Jaguaporecuba, Lagoa Dourada, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Minas de Itaimbé, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Peru, Pirapitinguí, Rio Anhemby / Tietê, Rio Itapocú, Rio Jaguari, Rio Paranapanema, Tamoios, Tupiniquim, Vila de Santo André da Borda ![]() • 1. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) 25 de abril de 1562 Esse governador-geral havia terminado a luta com os franceses do Rio de Janeiro e dali viéra a São Vicente, escolgndo então para cabo da expediçãi nesse sentido o fidalgo Braz Cubas. Este arregimentou uma léva a sua custa e conjunctamente com Luiz Martins, saiu para o sertão em junho de 1560. Dizem alguns que alcançou o Pará-Mirim, querendo outros que tivesse atravessado o vale do Arassuahy e fosse alcançar o rio das Rãs, no interior bahiano. Limitando em absoluto esse círculo, Calogeras é de opinião que Braz Cubas não transpoz as fronteiras do nosso atual estado de São Paulo, indo apenas até o munícipio de Apyahy ou Paranapanema. O certo é que o fidalgo assegurava numa carta a El-Rei, escrita de Santos em 25 de abril de 1562, que andára de jornada trezentas léguas e por respeito das águas que se vinham, retrocedera, colhendo mesmo assim algumas amostras de metais e pedrarias, que enviava á Corte. Regressára dessa jornada bastante doente, mas desejando insistir na procura do ouro, fez com que Luiz Martins nesse mesmo ano, tornasse o sertão e esse encontrou o precioso metal a poucas léguas de Santos. Alguns escrevem que esse descobrimento foi no Jaraguá e outros, na Cahatiba ou atual Bacaetava (Sorocaba). Dando em manifesto esse descoberto, foi Braz Cubas o primeiro minerador oficial do ouro em São Vicente, tendo ai feito tentativas dessa natureza, associado ao capitão-mÓr Jeronimo Leitão e, de uma carta escrita de Santos, em 1578, pelo inglez John Whithal, genro de José Adorno, vê-se que aguardava para isso mineiros do reino. ["Bandeiras e Bandeirantes de SP" de Carvalho Franco (1940) p.35;36] As diligências posteriores ao falecimento de Bartholomeu Bueno de Siqueira foram feitas por Miguel Garcia de Almeida e Cunha que entrou no Itatiaia, descobrindo ouro no Gualacho do Sul; por Manuel Garcia Velho, que entrou no Tripuhy, fazendo idênticas descobertas e Belchior da Cunha Barregão, que com Bento Leite da Silva, entrou no Itacolomy, extraindo também o precioso metal (1696). Dois anos após, Antonio Dias de Oliveira descobria o celebrado Ouro Preto. Grande foi então a afluência de forasteiros para esse território todo, provindos de outras capitanias e mesmo da Metrópole. Assim, Rebello Perdição refere que de 1698 em diante, foram descobertos outros álveos auríferos: no Outro Preto, pelo padre João de Faria Fialho, Francisco e Antonio da Silva Bueno, Thomas e João Lopes de Camargo e Felix de Gusmão Mendonça e Bueno; no Ribeirão do Carmo, por João Lopes de Lima e seu irmão, o padre Manuel Lopes; no Gualacho do Norte, por Antonio Pereira; no centro desse mesmo ribeirão, por Sebastião Rodrigues da Guerra; no ribeiro de Bento Rodrigues, pelo bandeirante desse nome; na barra do Gualacho do Norte, no Brumado e no Sumidouro, por João Pedroso; no ribeiro do Bom Sucesso, afluente do Ribeirão do Carmo, por Salvador Fernandes Furtado de Mendonça; nesse último ribeirão, dez léguas de Ouro Preto, até o arraial do Furquim, por Antonio Rodovalho a Fonseca, Francisco Alvares Corrêa e Sebastião de Freitas Moreira; nesse mesmo ribeirão, abaixo desses últimos, descobertos por João de Lima Bomfante e por último na barra desse ribeirão com o Guarapiranga, por Francisco Bueno de Camargo. [Páginas 174 e 175] O descobrimento do sertão do Rio Pardo, foi feito por Antonio Luiz dos Passos, mais tarde um dos descobridores das Minas Novas e o distrito de Itacambira foi explorado por uma expedição paulista de que era cabo Miguel Domingues, o qual teve que se retirar desse sertão devido ao encontro dos mestiços denominados "papudos". Segundo Basílio de Magalhães, Domingos Rodrigues da Fonseca Leme, descobriu o ribeiro do Campo; Leonardo Nardy Sisão de Sousa, revelou as minas do Caethé, onde com os dois irmãos Antonio e João Leme da Guerra, moradores em Santos, fundaram depois um arraial. [Página 175] Nada porém conseguindo, o capitão-mór em 1690, reduzido á miséria, interrompida tentativas e se recolhia ao Rio de Janeiro, obtendo o cargo de tabelião público, provido por Luiz César de Menezes. A seguir, andaram sondando essas minas, o capitão-mór Martim Garcia Lumbria, tendo como sócios Manuel Fernandes de Abreu e o alcaide-mór Jacinto Moreira Cabral e já no começo do século XVIII, Damião de Sousa Pereira, genro do capitão-mór Lumbria e por último os irmãos Antonio Trindade e João de Anhaya, com um filho deste último, João de Anhaya de Lemos. [Página 265] As minas do Itambé ou Itaimbé, ficavam na região do Assunguy e foram objeto de investigações oficiais entre 1645 e 1647, por parte de Eleodoro Ébano Pereira; em 1670, por parte de Agostinho de Figueiredo e em 1679, por parte de D. Rodrigo de Castel-Blanco. Ficavam ainda no Assunguy as minas de Nossa Senhora da Conceição, da Cachoeira e do Ribeirão, exploradas principalmente por Salvador Jorge Velho e seu genro Antonio PIres de Campos, o velho, desde 1678 e posteriormente a 1599, por Simão Jorge Velho. Balthazar Carrasco dos Reis e o seu grupo exploraram as minas do Arraial Grande, poucos anos antes de 1661, as quais ainda em 1741 eram satisfatóriamente exploradas pelos descobridores (...) [p. 272]
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