Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri
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24536*“História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior
Mestre Bartholomeu prestou valiosos serviços na fundação de Santos e, afeiçoando-se à nova terra, veio, após cumprir o prazo de sua contratação, fixar-se, para sempre, nos Campos de Piratininga (peixe sêco), tornado-se um dos seus primeiros povoadores e Senhor de grande trato de terras nas bandas de Jeribatuba (sítios dos Jiribás), ás margens do rio deste nome, hoje conhecido por Pinheiros, então encravado nos domínios do grande Cacique Caiubi.
Tudo indica que Mestre Bartholomeu, falecido em torno de 1566, não só deixou descendência ativa, que também se devotou á sua arte produzindo pequenos artefatos de ferro comerciados ao longo do Jurubatuba, do Anhembi e do Tamanduateí, mas ainda instalou forja á margem esquerda do Jurubatuba, cuja existência, em 1554, foi citada por Anchieta, que mais tarde, em torno de 1560, fundou nas proximidades, a aldeia de Santo Amaro. 27628*Caracterização estratigráfica e estrutural da sequência vulcano. Sedimentar do grupo São Roque - Na região de Pirapora do Bom Jesus, estado de São Paulo. Dissertação de Mestrado, 1988. Magda Bergmann. Orientador: Prof. Dr. Georg R. Sadowski, Universidade de São Paulo, Instituto de Geociências
Mestre Bartholomeu prestou valiosos serviços na fundação de Santos e, afeiçoando-se à nova terra, veio, após cumprir o prazo de sua contratação, fixar-se, para sempre, nos Campos de Piratininga (peixe sêco), tornado-se um dos seus primeiros povoadores e Senhor de grande trato de terras nas bandas de Jeribatuba (sítios dos Jiribás), ás margens do rio deste nome, hoje conhecido por Pinheiros, então encravado nos domínios do grande Cacique Caiubi.
Tudo indica que Mestre Bartholomeu, falecido em torno de 1566, não só deixou descendência ativa, que também se devotou á sua arte produzindo pequenos artefatos de ferro comerciados ao longo do Jurubatuba, do Anhembi e do Tamanduateí, mas ainda instalou forja á margem esquerda do Jurubatuba, cuja existência, em 1554, foi citada por Anchieta, que mais tarde, em torno de 1560, fundou nas proximidades, a aldeia de Santo Amaro. 24461*“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga
Tanto que ele mesmo criou o aldeamento de Barueri, para onde reduziu indígenas direcionados aos trabalhos em Vuturuna (Parnaíba), nomeando pessoalmente os capitães para administrála.
Expedição de Mem de Sá / O português Manuel Fernandes Ramos, primeiro marido de Suzana Dias construiu a capela de Santo Antônio*
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24604*Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk
Em 1561, Mem de Sá, terceiro governador-geral do Brasil decide realizar uma expedição exploratória pelo Vale do Anhembi (rio dos inhambus ou perdizes), mais tarde conhecido como Tietê, com o intuito de procurar ouro e pedras preciosas. Deste grupo participou Manuel Fernandes Ramos que, em determinado trecho da viagem, explora as matas e corredeiras de uma região conhecida pelos índios com o nome de Parnaíba. [p.186]
*Afonso Sardinha (45 anos) adquiriu uma grande fazenda em São Paulo (o nas serras de Iguamimbaba, que agora se chama Mantaguyra, na de Jaraguá, termo de S. Paulo, na de Vuturuna (São Roque), na de “Hybiraçoyaba (Sorocaba)”
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26653Revista iCorpus*
oão Barcelos, autor de Do Fabuloso Araçoiaba ao Brasil Industrial:
Da notável mameluca Suzana ao Ferro ybiraçoiabano dos Sardinha
A expansão dos lusos de serr´acima pelo planalto piratiningo (oriundos de "fogos" de subsistência no Cubatão e na Paranapiacaba) levou-os do rio Jerybatiba ao rio Anhamby; e, entre o Pico do Jaraguá, aberto que foi por Affonso Sardinha à exploração minerária, aos cerros d´Ibituruna e d´Ybiraçoiaba, eis que surge Suzana Dias, a neta do cacique Tibiriçã, casada com um português. Dona de altos cabedais, decide erguer na região de Paneíbo a vila Santa Anna de Parnahyba na outra mais anhambyana, e é esta vila da notável mameluca Piratininga que vai servir de eixo fluvial e viário entre os ramais do Piabiyu, via estrada d´itapevis, como já havia servido ao jesuíta Manoel da Nóbrega para estabelecer a aldeia de Maniçoba.
A cada passo dos portugueses e dos luso-portugueses e da gente mameluca na direção do oeste, os povos nativos (guaranis, tupis e etc.) são empurrados para a imensidão das Ybi Soroc (q.s. "terra rasgada", ou atualmente, "sorocaba"), onde o "velho" Affonso Sardinha vai minerar ferro com o filho ("o moço"), enquanto explora outro no Ibituruna e outro tanto no Jaraguá.
Logo, pela importância estratégica da vila da notável mameluca, as Yby Soroc ficam sob sua jurisdição e um de seus filhos, Balthazar Fernandes, val ali erguer a vila Sorocaba margeando o rio Brízida (depois batizado Sorocaba). 26318**Revista Brasileira
Conclusão lógica é que os primeiros negros de serra acima, que tomaram parte no bandeirismo, foram os de Afonso Sardinha. Embora não tivesse chegado a realizar grandes correrias heroicas.
Desde o início da mineração do Jaraguá, levas de nativos e de negros africanos, que começaram a ser introduzidos na Capitania, eram conduzidos pelos seus donos ao sopé do morro, a fim de intensificarem esse trabalho, que prometia lucros fabulosos. 24421*Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escripta á vista de avultada documentação inedita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Quinto - Jornadas nos sertões bahianos - Os inventarios da selva - Primordios da mineração - O cyclo do ouro de lavagem - As esmeraldas e a prata, 1929. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958)
Alvaro Rodrigues do Padro, filho de Clemente Alvarez (...) Ele e os dois Afonso Sardinha, já dissemos, são os patriarcas da mineração do ouro no Brasil. Vemol-o numa expedição em 1610 ao sertão dos carijós e fazendo base de operações em Pirapitinguy; em 1615 associado á grande bandeira trouxe imenso número de nativos carijós a São Paulo, etc. 3821Casarão de Afonso Sardinha. Joice Rodrigues, em "Até Amanhecer" (857.000) 580.714
Alvaro Rodrigues do Padro, filho de Clemente Alvarez (...) Ele e os dois Afonso Sardinha, já dissemos, são os patriarcas da mineração do ouro no Brasil. Vemol-o numa expedição em 1610 ao sertão dos carijós e fazendo base de operações em Pirapitinguy; em 1615 associado á grande bandeira trouxe imenso número de nativos carijós a São Paulo, etc. 24461*“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga
Alvaro Rodrigues do Padro, filho de Clemente Alvarez (...) Ele e os dois Afonso Sardinha, já dissemos, são os patriarcas da mineração do ouro no Brasil. Vemol-o numa expedição em 1610 ao sertão dos carijós e fazendo base de operações em Pirapitinguy; em 1615 associado á grande bandeira trouxe imenso número de nativos carijós a São Paulo, etc.
Em seu Testamento descreve seus bens, especialmente uma grande Fazenda em Amboaçava, onde Braz Cubas teria “umas cruzes de pedras”
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3336*A Vila de São Paulo em seus primórdios – ensaio de reconstituição do núcleo urbano quinhentista
Alvaro Rodrigues do Padro, filho de Clemente Alvarez (...) Ele e os dois Afonso Sardinha, já dissemos, são os patriarcas da mineração do ouro no Brasil. Vemol-o numa expedição em 1610 ao sertão dos carijós e fazendo base de operações em Pirapitinguy; em 1615 associado á grande bandeira trouxe imenso número de nativos carijós a São Paulo, etc. 24536*“História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior
Perante o tabelião Belchior da Costa, fez seu primeiro testamento por “... sendo mortal e não sabendo o que Deus Nosso Senhor por mim fará, estando de saúde e em todo o meu juízo e entendimento, ordeno que esta cédula e mando em maneira seguinte: ... o que faço por não ter herdeiro nenhum forçado a quem de direito deva deixar minha fazenda, por Afonso Sardinha, o moço, é havido depois de eu ter casado (1550) com minha mulher (Maria Gonçalves), por eu ter já a ele feito o que devia e lhe ter já dado de minha fazenda até 500 cruzados, nos quais entram as terras onde está no Amboaçava, as quais se entenderá da ribeira da aguada dos nativos do forte até onde fiz minha demarcação, e que esta fazenda será entregue aos reverendos padres da companhia de Jesus desta casa do Senhor São Paulo desta vila...” 24423*Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social Orientadora: Profa. Dra. Nanci Leonzo
Afonso Sardinha foi personagem central desse primeiro estágio de mineração. Na opinião de Taunay,101 ele teria sido o homem mais rico de sua época. A partir da análise de seu testamento elaborado em 1592, ele importava lãs de Buenos Aires, por meio de seu correspondente Antonio Rodrigues de Barros. Vendia índios para o Rio da Prata e, por meio de seu sobrinho Gregório Francisco, trazia escravos da Costa da Mina.
Importava do Rio da Prata rendas, papel, medicamentos e facas fabricadas na Alemanha. Também emprestava dinheiro a pessoas de São Paulo, Santos, São Vicente e Rio de Janeiro e alugava imóveis em São Paulo. Teria sido proprietário de uma fazenda chamada Ubatatã [Butantã], a qual corresponde atualmente ao Instituto Butantã, da USP. Em 1592, assumiu o comando das forças da vila ante o ataque dos indígenas, ocasião em que celebrou testamento antes de partir para a guerra. [Página 42]
*Tem minas de ouro de lavagem nas chamadas de Vuturuna, em cuja terra as descobrio no anno de 1597 o Paulista Afonso Sardinha, como fica referido
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25927Jornal Correio Paulistano: “As minas de ouro do Jaraguá”, tema da conferência realizada em 21 de junho de 1929, no Instituto Histórico e Geográfico, pelo coronel Pedro Dias de Campos
Corria o ano de 1597, cheio de dificuldades financeiras para a península ibérica e de aperturas para a brilhante e fútil côrte de Felippe III, rei de Castella, quando as descobertas de minas de ouro se amiudavam, na Capitania de São Paulo. Só a uma esperança se apegavam os cortezãos e o próprio monarca espanhol, eram as famosas minas de ouro assinaladas no Jaraguá e no Araçoiaba e a lendária mina de prata, que Robério Dias dissera, ao próprio rei, ter descoberto a Bahia.
Nomeado a Dom Francisco de Sousa para o governo do Brasil, incumbira-lhe o monarca de averiguar e descobrir o roteiro da mina de Robério e de impulsionar a exploração do ouro do Jaraguá e do Araçoiaba, prometendo a D. Francisco o marquesado que Robério Dias exigira, para entregar o roteiro.
Não tardou o governador em dar inicio a tarefa que lhe havia sido imposta e que lhe sorria, por estar no seu propósito vindo ao Brasil, providenciar bandos para o descobrimento do ouro. Achando-se D. Francisco de Sousa no Rio de Janeiro, dirigiu-se para o planalto de Piratininga em fins de 1598.
Foi a Araçoiaba acompanhado por Antonio Raposo Tavares, onde examinou as minas de pedras, e, em seguida, fundou uma povoação no vale das furnas, a que deu o nome de São Felippe, em homenagem ao monarca que o nomeara. Ali fez levantar pelourinho, simbolizando o predicamento de Villa. Essa povoação foi pouco depois transferida para a margem esquerda do Rio Sorocaba, onde está edificada a cidade desse nome. 28516*“INFORMAÇÃO DAS MINAS DE SÃO PAULO E DOS SERTÕES DA SUA CAPITANIA DESDE O ANO DE 1597 ATÉ AO PRESENTE DE 1772” DE PEDRO TAQUES DE ALMEIDA PAIS LEME
Affonço Sardinha, e seu filho do mesmo nome, foram, os que tiveram a gloria de descobrir ouro de lavagem nas Serras Jaguámimbába e de Jaraguá (em S. Paulo) na de Ivuturuna (em Parnahiba) e Birácoyaba (no sertão do Rio Sorocaba) ouro, prata, e ferro, pelos annos de 1597.
D. Francisco recebendo em 1597 a notícia de terem sido achados ouro, prata e ferro em Biraçoyaba e mandado pessoal adestrado e fazendo as noemações necessários no fim do mesmo ano e começo do seguinte". 27305*“Memória Histórica da Capitania de São Paulo e todos os seus memoráveis sucessos desde o ano de 1531 até o presente de 1796”, Manuel Cardoso de Abreu (1750-1804)
Alguñs annos sofrerão os Paulistas os damnos, que recebiaõ da falta dos Serviços dos Indios, que já naõ gozavaõ para o beneficio da Cultura, athé que descobertas por Afonso Sardinha, neste continente, as primeiras Minas de Ouro de lavagens nas Serras de Iaguamimbaba, de Iaraguâ, de Vuturuna pelos annos de 1597, e querendo os Paulistas trabalhar nestas Minas alugando Indios para o labor, como faziaõ athé o anno de 1602, em que de Saõ Paulo se auzentou para o Reino Dom Francisco de Souza, Governador Geral do Estado, foraõ experimentando, e recebendo offensas dos Iezuitas, que tinhaõ arrogado aSý o governo temporal de todo o Gentio Para se atalhar este perniciozo damno, ori= 25357*Revista do Arquivo Municipal de São Paulo CLXXVI. Prefeitura do Município de SP
Em 1597, acompanhado pelo filho e com a colaboração de Clemente Alvares, acharia a iniciaria a mineração de ouro de lavagem nas serras de Jaguamimbaba e Jaraguá, em São Paulo e na de Ivuturuna em Parnaíba. Daí o avolumar-se sua opulência. 26318**Revista Brasileira
Já estava então muito em voga, informa Teodoro Sampaio (1855-1937), adquirir escravizados na África. Os fazendeiros faziam sacrifícios, emprenhando-se por dívidas para equiparem navios que iam às feitorias portuguesas do Congo buscar negros que na lavoura da colônia provaram melhor que o próprio nativo.
Cada qual fazia as suas contas para quando chegasse o seu navio de Angola ou recebesse o seu quinhão no carregamento de africanos. O testamento de Afonso Sardinha, em 1597, é um documento que traz muita luz em tal sentido. 25844*História da Capitania de São Vicente. Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777)
A vila de Santa Ana da Parnaíba foi fundada pelo paulista André Fernandes, que por si e seus irmãos tinha estabelecido este sítio em povoação com capela da invocação da mesma gloriosa Santa da fundação de seus pais, que depois veio a servir de matriz. Esta povoação foi ereta em vila no ano de 1625 por provisão do Conde de Monsanto, que estava donatário da Capitania de S. Vicente.
Tem minas de ouro de lavagem chamadas de Vuturuna, em cuja terra as descobriu no ano de 1597 o paulista Afonso Sardinha, como fica referido; e o rio Tietê também tem ouro desde o lugar da vila para baixo até muito além do morro de Aputerebu; e como a sua extração é pelo meio de água, tem cessado o labor pelo detrimento e despesa da manobra, e se empregam os mineiros na extração por terra do ouro que chamam guapeára. 24078*Chorographia histórica, chronographica, genealógica, nobiliária e politica do império do Brasil. Tomo I, 1866. Alexandre José de Mello de Moares (1816-1882)
Tem minas de ouro de lavagem chamadas de Vuturuna, em cuja terra as descobriu no ano de 1597 o paulista Afonso Sardinha, como fica referido; e o rio Tietê também tem ouro desde o lugar da vila baixo, até muito além do morro de Aputerebú (...) 24423*Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social Orientadora: Profa. Dra. Nanci Leonzo
Muito provavelmente seu filho homônimo, mameluco, realizou pesquisas mineralógicas em direção a oeste em companhia do ferreiro Clemente Álvares, que, em 1597, que, inclusive mandou buscar em São Paulo a sua tenda de ferreiro.
Por esse trabalho, encontraram ouro no Pico do Jaraguá e diversos metais na região de Parnaíba [Santana de Parnaíba], onde se localiza a então chamada Voturuna. Prosseguindo em direção oeste, encontraram o morro Biraçoiaba, onde hoje é o município de Araçoiaba da Serra, próximo a Sorocaba.
Entre o Pico do Jaraguá e o morro Biraçoiaba pode-se imaginar uma linha reta, cujos pontos passam pelos municípios de Santana de Parnaíba e Araçariguama e pelo bairro de Pirapetingui. 24345*Genealogia paulistana, 1903. Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919)
Foram os paulistas os que fizeram descobrimentos de minas de ouro e ferro em São Paulo e 1597 e os mais descobrimentos de minas também de ouro em Paranaguá e Curitiba. 26128*Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. IX
Frei Afonso Sardinha, o velho, acompanhado por seu filho de igual nome, quem devassou o sertão paulista á procura de minerais. Mais feliz do que seus predecessores, pode ele achar o ouro em Jaraguá, em Jaguamimbola, em Ivituruna em 1597, e esse metal, com prata e o ferro em Biraçoiaba em 1590 ou 1597.
Belchior Dias recebeu terras em Vuturuna (São Roque), caminho de Ibirapuera, onde teria descoberto as minas de Vuturuna
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26412Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina*
Suzana Dias após a morte de seu primeiro marido casa-se com Belchior da Costa, este traz para a sua vizinhança os filhos de sua primeira mulher e o irmão de Suzana Dias, Belchior Carneiro.
Recebe desta, quinhentas braças de terra e fixa residência na região. Belchior Carneiro foi o descobridor das minas de ouro do Vuturuna, perto de Parnahiba. Falleceu em 1607 no sertão em descobrimento de metaes. [Páginas 48, 49 e 50] 25768Biografia de Lopo Dias Machado, consultada em genearc.net
Andou pesquisando ouro nas proximidades de Santana do Parnaíba, e foi o descobridor das minas de Vuturuna, no atual município de São Roque, SP. Residiu junto às suas minas, em terras doadas por sua irmã Suzana. Em 1598, recebeu terras de sesmaria no caminho de Ibirapuera".
A Serra do Voturuna ou Boturuna é uma serra localizada nos municípios de Santana do Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus, no estado de São Paulo, no Brasil. Seu ponto culminante é o morro do Voturuna, também chamado de morro Negro, no município de Pirapora do Bom Jesus, com 1 217 metros de altitude. Também fazem parte, da serra, o morro do Voturana e a cachoeira do Voturuna.
Liderada pelo “mameluco” Belchior Dias Carneiro, bandeira de Nicolau Barreto partiu sabendo da existência de ouro em “Sabarabúçú”
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22681*“História Geral das Bandeiras Paulistas, escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhois e portugueses”, Tomo I. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958)
Andou pesquisando ouro nas proximidades de Santana do Parnaíba, e foi o descobridor das minas de Vuturuna, no atual município de São Roque, SP. Residiu junto às suas minas, em terras doadas por sua irmã Suzana. Em 1598, recebeu terras de sesmaria no caminho de Ibirapuera".
A Serra do Voturuna ou Boturuna é uma serra localizada nos municípios de Santana do Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus, no estado de São Paulo, no Brasil. Seu ponto culminante é o morro do Voturuna, também chamado de morro Negro, no município de Pirapora do Bom Jesus, com 1 217 metros de altitude. Também fazem parte, da serra, o morro do Voturana e a cachoeira do Voturuna. 25768Biografia de Lopo Dias Machado, consultada em genearc.net
Andou pesquisando ouro nas proximidades de Santana do Parnaíba, e foi o descobridor das minas de Vuturuna, no atual município de São Roque, SP. Residiu junto às suas minas, em terras doadas por sua irmã Suzana. Em 1598, recebeu terras de sesmaria no caminho de Ibirapuera".
A Serra do Voturuna ou Boturuna é uma serra localizada nos municípios de Santana do Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus, no estado de São Paulo, no Brasil. Seu ponto culminante é o morro do Voturuna, também chamado de morro Negro, no município de Pirapora do Bom Jesus, com 1 217 metros de altitude. Também fazem parte, da serra, o morro do Voturana e a cachoeira do Voturuna. 24624*Meio Século de Bandeirismo, de Alfredo Ellis Jr.
Só o fáto da entrada de Barreto apresentar-se, no fim do ano, para penetrar no sertão, nos traz, pelo menos, um indício longínquo de que a região a a ser trilhada pelos expedicionários não seria a de temperatura mais elevada nos mêses do verão, que se aproximava, e sim a que tivesse mais amenidade de clima, durante essa fase (...)
Ora, as regiões ao norte do trópico, à medida que se aproximam do Equador, vão tendo mais quentes os mêses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro. Os paulistas, compreendendo que lhes seria muito mais agradável fugir a essas intempéries, oriundas do calor intenso, faziam suas expedições, buscando as terras sulinas, justamente quando êsses mêses se aproximavam, e objetivando as plagas do Norte, quando tinham precisão de mais calor nas atmosferas, que iam. ser atravessadas.
Assim, logo à primeira vista, temos um indicio de que a região a ser atravessada pelos expedicionários paulistas, que Dom Francisco de Sousa ia partir para o sertão, não seria ao norte do vilarejo planaltino.
Ao conhecer-se a composição da bandeira, que seria chefiada por Nicolau Barreto depara-se Fºm . outro indício de que a região a ser trilhada pela expedição não seria a nortista, como até então havia sido do pensamento geral (Azevedo Marques, Silva Leme Alfredo Êllis Junior e outros), mas a sulina, ou antes, a de sudoeste, porque era nessa direção que se localizava o abundante celeiro de índios mansos de Guairá, região que seria, pela quantidade humana, elevada a uma das províncias do Império teocrático-guarani, que se erigia em território castelhano.
Essa bandeira de Barreto compreendia cêrca de 300 lusos, paulistas e mamelucos, além de alguns milhares de índios flecheiros. Fôram, nessa ocasião, com Barreto, todos os futuros grandes vultos do bandeirismo da primeira metade de seiscentismo, a época heroica dessa epopeia.
Graças à organização militar que Dom Francisco deu às empreitadas de penetração bandeirante,a tropa estava bem repartida, com seus serviços em ordem, de semelhando-se, nesse particular, do que fôram, no quinhentismo, as expedições dêsse gênero. 24343*“Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
Só o fáto da entrada de Barreto apresentar-se, no fim do ano, para penetrar no sertão, nos traz, pelo menos, um indício longínquo de que a região a a ser trilhada pelos expedicionários não seria a de temperatura mais elevada nos mêses do verão, que se aproximava, e sim a que tivesse mais amenidade de clima, durante essa fase (...)
Ora, as regiões ao norte do trópico, à medida que se aproximam do Equador, vão tendo mais quentes os mêses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro. Os paulistas, compreendendo que lhes seria muito mais agradável fugir a essas intempéries, oriundas do calor intenso, faziam suas expedições, buscando as terras sulinas, justamente quando êsses mêses se aproximavam, e objetivando as plagas do Norte, quando tinham precisão de mais calor nas atmosferas, que iam. ser atravessadas.
Assim, logo à primeira vista, temos um indicio de que a região a ser atravessada pelos expedicionários paulistas, que Dom Francisco de Sousa ia partir para o sertão, não seria ao norte do vilarejo planaltino.
Ao conhecer-se a composição da bandeira, que seria chefiada por Nicolau Barreto depara-se Fºm . outro indício de que a região a ser trilhada pela expedição não seria a nortista, como até então havia sido do pensamento geral (Azevedo Marques, Silva Leme Alfredo Êllis Junior e outros), mas a sulina, ou antes, a de sudoeste, porque era nessa direção que se localizava o abundante celeiro de índios mansos de Guairá, região que seria, pela quantidade humana, elevada a uma das províncias do Império teocrático-guarani, que se erigia em território castelhano.
Essa bandeira de Barreto compreendia cêrca de 300 lusos, paulistas e mamelucos, além de alguns milhares de índios flecheiros. Fôram, nessa ocasião, com Barreto, todos os futuros grandes vultos do bandeirismo da primeira metade de seiscentismo, a época heroica dessa epopeia.
Graças à organização militar que Dom Francisco deu às empreitadas de penetração bandeirante,a tropa estava bem repartida, com seus serviços em ordem, de semelhando-se, nesse particular, do que fôram, no quinhentismo, as expedições dêsse gênero.
Novo Regimento das Minas de São Paulo após o testemunho ocular de Clemente Alvares
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21917*“O Tupi na Geographia Nacional”. Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)
Dava-se aos mananciais, às fontes, ou nascentes, o nome de ypú, que, no Norte do Brasil, tão parcamente irrigado, se conhece por olho-d´água, e representa, ali, importantíssimo papel na distribuição dos povos.
O mesmo vocábulo aparece, algumas vezes, como a forma "ybu", entrando na composição de outro, como se verifica no nome "Putribú", da povoação antiga, situada entre Itu e Sorocaba, e que, decerto, provém da corruptela de "Potyraybu", que se traduz "fonte das flores".
Se a grafia "Apoteroby", usada em velhos documentos já nos chega viciada, como é bem possível, o nome "Putribú" passou primeiro pela corruptela "Apotera-obú", aliás procedente de ainda de "Potyra-ybú". 24461*“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga
Este regimento, supostamente inspirado em D. Francisco, de que fala Clemente, já causou certa dúvida na historiografia quanto à sua efetiva aplicação em São Paulo. Eschwege dizia que ele ficara perdido na Espanha por 50 anos, sendo de fato registrado em São Paulo e Rio de Janeiro apenas em 1652. Varnhagen, por outro lado, afirmava que ele havia sido registrado em Iguape já em 1605.
Em 1606 – estimada data da carta apócrifa - Clemente compareceu à Câmara de São Paulo para registrar algumas minas que tinha descoberto e, desse modo, não perder os direitos sobre elas, observando o que determinava o novo Regimento das Minas de São Paulo
Este regimento, supostamente inspirado em D. Francisco, de que fala Clemente, já causou certa dúvida na historiografia quanto à sua efetiva aplicação em São Paulo. Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855) dizia que ele ficara perdido na Espanha por 50 anos, sendo de fato registrado em São Paulo e Rio de Janeiro apenas em 1652. 27570“Afonso Sardinha, o Velho senhor paulistano”, consultado em apagina.pt
Um dos erros mais evidentes dos pesquisadores é a confusão que geraram em torno da posse das minas de ferro e ouro, principalmente as de Jaraguá, Byraçoiaba [Araçoiaba da Serra] e Byturuna [Vuturuna, núcleo histórico de Araçariguama]. Como foi feita a confusão?
Muitos atribuíram ao mameluco o Moço parte das operações siderúrgicas; não levaram em conta que só o Velho poderia ter trazido da Europa os conhecimentos de mineração que veio a repassar, de Guaru [Guarulhos] a Byturuna, e que só o Velho possuía cabedais para comprar terrenos, armas, escravos e minas, tendo sido, inclusive, um dos primeiros compradores de negros de Angola.
Foi por isso que alguns pesquisadores menos atentos ao conteúdo histórico dos documentos existentes, deram o Velho como analfabeto e o Moço como comprador/fundador das minas de Byturuna e Biraçoiaba.
A leitura do "Registo de minas de quelemente alvares", desconsiderando-se os erros do escrivão, responde à incompetência desses pesquisadores:
"Aos dezasseis dias do mes de dezembro do ano de mil e seissentos e seis anos nesta vila de S. Paulo capitania de S. V.te [...] apareceu clemente alveres morador nesta vila pr ele foi dito aos ditos ofisiais e declarado de como vinha manifestar sertas minas que tinha descuberto [...] jaraguá, [...] jaraguamirim [...], e no sertão de sayda do nosso mato no canpo do caminho de ybituruna [...]".
Eis parte da ata do "Anno de 1606" da Câmara de São Paulo tendo Domingos Rodrigues como Juiz [in Atas da Câmara, Vol. 2]. 25778Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza
(...) da vila e haver muito metal de ferro mais ha na serra de Biraçoiaba 25 léguas daqui para o sertão em terra mais larga e abastada e perto dali como três léguas está a Cahatiba de onde se tirou o primeiro ouro e desde ali ao norte haverá sessenta léguas de cordilheira de terras que todas levam ouro principalmente a serra de Jaraguá de Nossa Senhora do Monserrate e a de Voturuna e outras.
Pode vossa mercê fazer aqui um grande reino a Sua Majestade / há grande meneio (ato ou efeito de menear(-se); balanço, oscilação. 2. movimento do corpo ou de uma de suas partes.) e trato para Angola, Perú e outras partes (...) 27675*Vocabulário Nheengatú, 1936. Afonso A. de Freitas
APOTRUBÚ. Apotribú é vernaculização de Potribú, por seu turno corruptela de - Potyraybú -, que se traduz "fonte das flores", segundo afirma Theodoro Sampaio. Já o autor de "Dicionário Geográfico da Província de São Paulo" é de outro pensar: para ele Potribú, é corruptela de Pó-terô-ibiy, contraído em Pó-ter´-ibiy, "salto torcido, torto", em relação ao salto do rio Potribú, que tem aquela configuração.
A grafia mais antiga que encontramos desse nome, em referência ao rio Apotribú, afluente, pela margem esquerda, do Tietê, onde desaguá depois de irrigar a cidade e município de São Roque é - Apiterobi - e aparece, em data de 16 de dezembro de 1606, no registro de Minas de Clemente Alvares. Apoterubú é a forma registrada pelo escrivão da Fazenda, Velho de Mello, na carta de sesmaria passada em favor do capitão Sebastião Fernandes, em outubro de 1642. [p. 193] 26706*Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXVII
Continuavam sem tréguas, as buscas de vestígios de ouro, nas campinas e nos morros ao derredor do Jaraguá e nos ribeirões circunvizinhos do Tieté e do qual eram tributários.
Coube ao paulista Clemente Alvares, ativo, audaz e perseverante sertanista descobrir em 16 de dezembro de 1606, nos contrafortes do Jaraguá-Guassú e do Jaraguá-mirim, veios de ouro que acreditavam fossem inesgotáveis, tais as pistas que encontrara.
Requereu ele á Câmara o registro dessas posses, cujas mantas de ouro vira a sudoeste da primeira serra, "que se trilha quando de São Paulo se demanda o interior, passando pela serra do Jaraguá-mirim, no braço do último ribeiro á direita".
Registrou também as minas e betas de Voturuna, alta e bela elevação situada nas proximidades de Parnaíba, a noroeste da cidade. Outras minas constatou ele cuja descrição fez no seu pitoresco linguajar.
"As betas e mantas principais", declarou Clemente Alvares, ficavam no sertão "a caída do nosso mato no campo do caminho de Ibituruna (Voturuna) do nosso rio de Angemin (Tietê), até o ribeiro grande seis betas de minas, as duas betas arrevesão o caminho do rumo de Norte e Sul as outras duas ficam no próprio rumo de outra banda dos outros morros quando o "omonies" com o rosto para a banda do Norte ficam elas para as costas do omem e as outras duas para a banda do rio Angemin cortando o rumo de sol do nascente para o poente pouco mais ou menos por uma quebrada grande de uma serra as quais no longo uma da outra".
Obteve Clemente Albares alvará de concessão de todas essas minas, explorando-as alguns anos, até que a politicagem regional que o perseguia, conseguisse sua expulsão da vila. [p. 73, 74] 24365*“Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII” de Francisco de Assis Carvalho Franco
Clemente Alvares, paulista, mineiro prático e sertanista, que desde 1588 explorou minérios nos entornos de São Paulo e até 1606 havia registrado, na respectiva câmara, cerca de quatorze locais onde descobrira ouro, no Jaraguá, em Parnaiba, em São Roque - "e pelo próprio caminho geral do sertão antigo, na borda do campo, onde dizem teve Braz Cubas umas cruzes de pedras que até hoje estão e por riba delas passa uma bêta de metal preto".
Ao dar em manifesto essas minas, declarou Clemente Alvares que havia quatorze anos que andava descobrindo pelo que se deduz que seus primeiros achados foram em 1592. Teve ele como companheiros Afonso Sardinha o moço e Sebastião Marinho. Exerceu em São Paulo o cargo de almotacel em 1596 e 1600.
Nesse ano obteve uma sesmaria de légua junto ao Araçoiaba tendo em 1609 igual concessão no porto de Parapitingui. Em 1619 obteve sesmaria de duas léguas na margem do Jataí e no sertão de Ibituruna. No ano de 1610 com Custodio de Aguiar Lobo, Braz Gonçalves o velho e outros organizou uma bandeira e, saído do porto de Pirapitingui, no Tietê, fez uma montaria aos índios Carijós.
Com seu sogro construiu no ano de 1606, em Santo Amaro, um engenho de ferro sob a invocação de Nossa Senhora de Agosto, engenho esse que, por herança, veio a pertencer a Luiz Fernandes Folgado. 23527*Cadernos da divisão do arquivo histórico e pedagógico municipal Nº 2, 1988. Prof. Dr. Armando Sérgio da Silva, Secretário Municipal de Educação e Cultura de Mogi das Cruzes
Clemente Álvares e seus sócios, Martim Rodrigues (um nativo batizado e civilzado pelos frades carmelitas) e Damião Simões encontraram "mantas de ouro" e minas de "betas" quando penetraram, pelo caminho da Borda do Campo, além das "cruzes" que, segundo depoimento do primeiro, Bras Cubas inscrevera empedras, cumprindo uma composição de divisas com Luis Góes, lavrada em escritura pública.
Este o excerto da execução da sentença:
"(...) o qual marco é uma pedra grande que está deitada de seu nascimento, na qual foi feita por João Vieira uma cruz (...); outra pedra talada que assim talou o mesmo João Vieira e fez outra cruz em cima; (...) ao pé de uma árvore grande (...) e foi feita pelo dito João Vieira como marco uma cruz; (...) sobre uma grande pedra que alo estava deitada uma cruz foi feita pelo dito João Vieira e saindo do mato em uma roça do Meste Bartholomeu está uma pedra grande com umas pancadas de machado, foi feito uma cruz pelas mãos do Snr. Capitão Braz Cubas (...)".
Segundo o testemunho ocular de Clemente Álvares, registrado na Câmara da vila de São Paulo, no dia 16 de dezembro de 1606, Brás Cubas extremou as suas terras das dos Góes, na Serra do Mar, por "umas cruzes em pedras inscritas" e que estão lá até agora, declarou ele à Câmara.
Está escrito na justificação das divisas da vila de Santa Ana com a vila de São Paulo, em 1665, que a divisão "empatou" no chamado "morro do Gy" e "onde Francisco Cubas tem as suas rossas". Daí a elaboração da hipótese: por que não chamariam as terras do "Boi Gy",já que o morro era chamado e conhecido como "morro do Gy"? [p. 1 e 2]
André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas
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21228*“Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
Nestes limites, à margem esquerda do rio Anhembi, André Fernandes ergueu mais tarde a capela de Santana, e tendo devassado os sertões vizinhos, pesquisando ouro, obteve para si uma sesmaria limítrofe em 23 de setembro de 1619.Antes de ser o homem público ativo e dedicado, Balthazar Fernandes foi, além de lavrador, ferreiro. Essa reveleção é feita por Jeuíno Felicíssimo Junior, autor da "História da Siderurgia de São Paulo - seus personagens, seus feitos".Informa o autor que, em 1619, Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas e levantou, em Parnaíba, um forno para fundição de ferro, que funcionou até 1645, quando foi interditado e desmontado, em consequência de denúncia feita ao juiz ordinário, Paulo do Amaral.Pelas leis de Portugal para o Brasil, na época, as tendas de ferreiros eram proibias, a fim de evitar que as técnicas de preparação e aproveitamento do ferro fossem parar nas mãos dos índios, tornando suas flechas mais perigosas e mortais.Detalha ainda o mesmo autor que a sesmaria de Balthazar era vizinha da de André, no lugar chamado Ibitiruma. 24536*“História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior
Em 23 de setembro de 1619, André Fernandes, que em 1580, ao lado de seu pai e de sua mãe, participou da fundação de Santa Ana de Parnaíba, obteve do Capitão-Mór de São Vicente, Gonçalo Correia de Sá, uma sesmaria de terras com minas em Ibituruna. Nessa ocasião, seu irmão Balthazar Fernandes também obteve sesmaria no Porto das Canoas, vizinha da de André, e levantou em Parnaíba um forno para fundição de ferro que, em 1645, foi sequestrado e desmontado em consequência de denúncia e representação de Francisco Jorge ao Juiz Ordinário paulo do Amaral. Foi mais um Fernandes e talvez o último, que viu seu pendor de ferreiro e fundidor embaraçado pela autoridade local. 24155*Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo
1.º de Dezembro de 1607, diziam os officiaes da Camara "que lhes era vindo à sua noticia que, desta villa se queria hir Belchior Rodrigues, de Birapoeira, com forja de ferreiro,para Piassava das Conôas, a donde desembarcavam os Carijós,que para esta villa vem de resgate, o que era em prejuizo desta terra, porquanto, poderia levar ferro e fazer resgate etc". [p.763] 24365*“Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII” de Francisco de Assis Carvalho Franco
Em 1619 obteve sesmaria de duas léguas na margem do Jataí e no sertão de Ibituruna. 24343*“Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
Assim, allegando ter descoberto minas de ouro no sertão de Parnahyba, ahi obteve uma sesmaria de duas leguas em quadra, que lhe foi dada a 23 de setembro de 1619. Em 1623 teve patente de capitão de infantaria de São Paulo e com seus paes e seus irmãos Balthazar e Domingos Fernandes, foi dos fundadores da villa de Parnahyba, em 1625. 22681*“História Geral das Bandeiras Paulistas, escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhois e portugueses”, Tomo I. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958)
1 de dezembro de 1607, verberava-se em Câmara a atitude de Belchior Rodrigues, ferreiro instalado em Ibirapuera, com forja. Anunciava querer estabelecer-se na piassava das canoas, onde desembarcavam os carijós vindo a São Paulo em busca de terra, porquanto poderiam levar ferro. [Página 255] 24426*Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP (1898-1899)
Parnahyba, sendo ainda do termo de São Paulo, principiava a povoar-se no ano de 1619. O descobrimento de minas chamou para aquele lugar muitos povoadores. André Fernandes pediu sesmaria alegando que era lavrador de posses, que andava em serviços de Sua Majestade no descobrimento das minas e que tinha necessidade de terras junto a elas. Concederam-lhe duas léguas aos 23 de setembro de 1619. Balthazar Fernandes, alegando os mesmos serviços, pediu no mesmo lugar uma légua, que se lhe concedeu no mesmo dia e ano. Clemente Alvaro, pelas mesmas e idênticas razões, pediu no dito lugar, junto as minas, sesmaria em Bituruna, águas vertentes para o rio Anhemby, e lhe concederam duas léguas aos 23 de setembro do dito ano. Todas estas sesmarias foram concedidas por Gonçalo Correa e fazem já menção de alguns moradores no dito lugar. As minas era de Bituruna e acham-se as sesmarias registradas no livro 4.°, desde fls. 24, 28 até 30.
André Fernandes foi o fundador de Parnahyba, Balthazar Fernandes fundou Sorocaba e Domingos Fernandes fundou Ytú: todos três eram filhos de Manoel Fernandes Ramos, fidalgo português, e de Suzana Dias, neta de João Ramalho e bisneta de Tebiriçá. [Página 813 do pdf]
Distante 35 km do Piratininga, sob protestos de São Paulo, oficializou um novo núcleo de pressão e concorrência sobre os gentios do sertão, o povoado que cresceu ao redor da capela foi elevado à categoria de vila com a denominação de Santana de Parnaíba
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25844*História da Capitania de São Vicente. Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777)
A vila de Santa Ana da Parnaíba foi fundada pelo paulista André Fernandes, que por si e seus irmãos tinha estabelecido este sítio em povoação com capela da invocação da mesma gloriosa Santa da fundação de seus pais, que depois veio a servir de matriz. Esta povoação foi ereta em vila no ano de 1625 por provisão do Conde de Monsanto, que estava donatário da Capitania de S. Vicente.
Tem minas de ouro de lavagem chamadas de Vuturuna, em cuja terra as descobriu no ano de 1597 o paulista Afonso Sardinha, como fica referido; e o rio Tietê também tem ouro desde o lugar da vila para baixo até muito além do morro de Aputerebu; e como a sua extração é pelo meio de água, tem cessado o labor pelo detrimento e despesa da manobra, e se empregam os mineiros na extração por terra do ouro que chamam guapeára.
*Em função de supostas minas descobertas nos “termos da vila de São Paulo”, solicitou sesmaria, ganhando-a do capitão-mor Álvaro Luiz do Valle
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26129*As controvertidas minas de São Paulo: 1550-1650. José Carlos Vilardaga. Departamento de História. Universidade Estadual de Londrina. Londrina (PR). Brasil. Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo. Professor na Universidade Estadual de Londrina
Diogo Quadros reclamava pelos peritos em mineração ainda em 1605 e, depois de vários entreveros em São Paulo, acabou findando seus dias na Índia. Quanto a Manuel Juan Morales (vulgo Manoel João Branco), mineiro de ferro e “espião”, ele reclamava de nunca terem sido enviados os peritos solicitados, ainda insistindo na demanda em 1636, enquanto provavelmente desfrutava de sua riqueza baseada no trigo, no tráfico de escravos da Guiné e na criação e venda do gado. Sabemos que ele se tornou superintendente dos índios e administrador das minas em 1624, conforme provisão do governador-geral Diogo Furtado de Mendonça, e que vinha ainda com a inglória tarefa de remeter certa quantidade de gentios à Bahia. De todo modo, em função de supostas minas descobertas nos “termos da vila de São Paulo”, solicitou sesmaria, ganhando-a do capitão-mor Álvaro Luiz do Valle em 1627. 25331*Histórias ilustradas de Ypanema e do Araçoiaba, 2011. Gilson Sanches
Diogo Quadros reclamava pelos peritos em mineração ainda em 1605 e, depois de vários entreveros em São Paulo, acabou findando seus dias na Índia. Quanto a Manuel Juan Morales (vulgo Manoel João Branco), mineiro de ferro e “espião”, ele reclamava de nunca terem sido enviados os peritos solicitados, ainda insistindo na demanda em 1636, enquanto provavelmente desfrutava de sua riqueza baseada no trigo, no tráfico de escravos da Guiné e na criação e venda do gado. Sabemos que ele se tornou superintendente dos índios e administrador das minas em 1624, conforme provisão do governador-geral Diogo Furtado de Mendonça, e que vinha ainda com a inglória tarefa de remeter certa quantidade de gentios à Bahia. De todo modo, em função de supostas minas descobertas nos “termos da vila de São Paulo”, solicitou sesmaria, ganhando-a do capitão-mor Álvaro Luiz do Valle em 1627. 24461*“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga
Diogo Quadros reclamava pelos peritos em mineração ainda em 1605 e, depois de vários entreveros em São Paulo, acabou findando seus dias na Índia. Quanto a Manuel Juan Morales (vulgo Manoel João Branco), mineiro de ferro e “espião”, ele reclamava de nunca terem sido enviados os peritos solicitados, ainda insistindo na demanda em 1636, enquanto provavelmente desfrutava de sua riqueza baseada no trigo, no tráfico de escravos da Guiné e na criação e venda do gado. Sabemos que ele se tornou superintendente dos índios e administrador das minas em 1624, conforme provisão do governador-geral Diogo Furtado de Mendonça, e que vinha ainda com a inglória tarefa de remeter certa quantidade de gentios à Bahia. De todo modo, em função de supostas minas descobertas nos “termos da vila de São Paulo”, solicitou sesmaria, ganhando-a do capitão-mor Álvaro Luiz do Valle em 1627. 27909Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XI
(...) Já que falamos no Botucavaru, não deixaremos de dar a seu respeito alguns esclarecimentos. Tantas versões que correm, umas impressas e outras de geração para geração, é dificílimo hoje afirmar qual o fato que serviu para dar ao Botucavaru um nome tão grande, aumentado constantemente pela superstição, que, aliás, é bem desenvolvida na zona. Não entraremos em investigações filológicas, mesmo porque para isso nos falta competência; mas a tradução mosca a cavalo, tão combatida por alguns estudiosos da língua nativa, é por nós aceita sem reserva, visto que em uma das faces do morro, a que defronta em linha reta, o morro mais elevado da serra do Pico Fino, mostra distinta e clara um cavalo; - capricho da natureza gravado no granito. Quanto á mosca, nunca a vimos, talvez por ser um inseto bem pequeno...
Dissemos já ignorar o que de causa a uma tão grande convicção popular de existência de riquezas naquele morro, mas para isso deve ter concorrido muito a incerteza até do lugar em que o morro se acha. Expliquemos isto com melhor cuidado, visto que até agora ninguém quis habilitar-se a faze-lo ou aqueles que o tentaram foram mais infelizes; antes, porém, transcrevemos aqui uma publicação feita ha muitos anos pelo barão de Piratininga, porque a sua leitura disporá melhor do leitor a compreender a julgar os nossos argumentos. Eil-o: [Página 148]
"Nos vastos e incultos sertões que se estendem como um mar de verdura entre a cidade de Iguape e as vilas de Una e Piedade, se ergue, áquem da serra da marinha, o célebre morro de Botucavarú, ao qual a tradição de séculos atribui riquezas fabulosas. Regatos cristalinos serpenteiam sobre palhetas de ouro e pedras diamantinas; lagos encantados em cuja superfície lisa e dormente surge ás vezes, aos últimos clarões do dia, uma naide gentil, deslumbrante de beleza como as madonas de Rapahel, ou as virgens pálidas, melancólicas e celestiais, que a mente ousada de poeta entrevê nos rozeos horizontes do futuro, através das sombras de ridentes senhos de ilusão que nos enganam, e tem miragens fascinadoras e doces, no sentir de Chateaubriand.
Os cabelos de ouro da formosa náiade se desprendem sobre espaduas alabastrinas que lhe velam o seio puro e virgíneo, refletindo como raios de nosso sol inter-tropical nos diáfanos cristais do grande lago. Á noite, os gentios do deserto, transformados em meteoros inflamados, descem ao palácio de cristal para visitar a dama do lado; e algumas vezes os seus gritos agudos como os de fantasmas de Ossian, nas falas misteriosas e incompreensíveis, segredadas por entre nuvens alvacentas, confundem-se com o sibilar dos ventos da meia noite, e que vam a solidão augusto do deserto...
Pondo, porém, de lado essas e mil outras lendas remanesças e fantásticas, e existência da montanha aurífera do Botucavarú está na consciência de todos. Sabe-se que todo o ouro empregado no douramento da igreja de MBoi foi trazido dali pelos nativos que lhe sabiam o caminho.
Ha talvez 40 anos que o alferes João de Deus partiu de São Roque á frente de numerosa caravana em direção dessa montanha, e no fim de 4 meses, acabadas as suas provisões, e fatigado de inúteis trabalhos, voltou sem ter podido chegar ao Botuca-varú, que pretendia ter avistado por vezes.
No arquivo da Câmara de Itapetininga e de outras vilas antigas há descrições do caminho de Botucavarú e de suas imensas riquezas. A essas descrições dão o nome de roteiro e aranzel.
Em época recente incorporou-se em Sorocaba uma companhia para exploração do Botucavarú, e os sertanejos empregados nessa exploração nada conseguiram senão muita fadiga e grandes despesas para a associação.
O hábil engenheiro dr. Porfírio de Lima, explorando por ordem do governo a direção de uma estrada que ligasse o sul da província com o porto de Iguape, pretende ter visto de longe o Botucavarú, em cujo cimo, auxiliado por um óculo de alcance, avistou duas pedras superpostas, sendo a debaixo com a configuração de um cavalo, e a superior com a de uma mosca com duas grandes asas abertas, o que justifica o nome de Botucavarú, que na língua guarany quer dizer - mosca a cavalo."
Afirma-se aqui a existência da montanha aurífera e a incerteza de sua situação topográfica, conquanto por vezes ela tenha sido avistada pelos que tão ardorosamente a procuravam.
Parecerá que a transcrição daquele escrito do barão de Piratininga não está nos moldes do nosso estudo; porém, assim não sucede, como veremos. Após o desaparecimento dos antigos mineiros e de seus descendentes imediatos, perdeu-se noção exata do Botucavarú, jamais explorado, mas conhecido; e hoje, senão fosse o indício seguro do cavalo de granito não poderia descobrir-se.
Posteriormente ás expedições descritas, muitas outras tem sido organizadas com o mesmo fim; entre estas mencionaremos, de passagem, uma que partiu de Conceição de Itanhaém e cujo chefe foi durante a noite casualmente morto por uma anta perseguida por uma onça; a de um tal Fagundes, do Despraiado, ha talvez um ano; a de dois norte-americanos ha pouco tempo; e a de diversos moços mineiros, entre eles um parente próximo do presidente eleito da República, ha uns três anos.
Quem é que tem partido de qualquer ponto, absolutamente certo do lugar a que se destinava, isto é do ponto em que se encontra o Botucavarú? Ninguém. Tem-se escrito sobre o Botucavarú como pertencendo á cordilheira dos Itatins; e realmente, visto de longe, o parece; mas ele é, em verdade, um morro isolado, que poderá ser considerado um de seus contarfortes; [Páginas 149 e 150]
*Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba
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21228*“Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
A história de Sorocaba é cheia de encontros e desencontros, que chega a ser folclórico. O Morro do Ipanema, não é de Ipanema, e sim de Araçoiaba; A igreja de São Bento não é de São Bento, é de Santa Ana; a casa da Marquesa de Santos (Quinzinho de Barros) não é da Marquesa; Brigadeiro Tobias, marido traído, nunca foi traído; o animal do tropeiro era mula, mas no monumento está o cavalo; a casa do Balthazar parece que não é... e assim por diante. 24432*Revista do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo: “Nossos Bandeirantes - Baltazar Fernandes” (1967) Luiz Castanho de Almeida
Domingos fundava a capela de Nossa Senhora da Candelária de Itú, cerca de 1645 (...) Em, 1645, ele, os genros e os filhos se transportaram para o lugar chamado Sorocaba, a légua e meia do Itavovú ou São Felipe, para onde em 1611 D. Francisco de Sousa permitira se transportasse o pelourinho que em 1600 erguera no Araçoiaba.
Balthazar Fernandes, o fundador de Sorocaba, passou por ai antes de mudar-se de Parnaíba e recebeu em sesmaria. O Livro do Tombo de Sorocaba assinala a era de 1646, para a chegada dos primeiros povoadores parnaibanos. É exato, posto que Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919) preferisse a data de 1645. 9049“Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981)
A capela de Nossa Senhora ou igreja é a mesma dedicada a Santa Ana e popularmente chamada de São Bento, e a doação dela aos padres de São Bento, postulava a construção de celas junto à mesma. Até agora o convento nunca foi reconstruído e a linha da sua fachada é a mesma da igreja. Esta andou em obras muito tempo, mas as paredes, a madeira, a estrutura, tudo leva a crer que o arcabouço se conservou. 25357*Revista do Arquivo Municipal de São Paulo CLXXVI. Prefeitura do Município de SP
Tornando-se extremamente rico, de acordo com seu inventário, foi proprietário de doze sesmarias em terras do então município de Parnaíba, ao qual pertenciam as terras que formariam posteriormente os municípios de Itu e Sorocaba. Com grandes plantações de algodão e trigo, tinha a seu serviço, mais de quatrocentos nativos. Em Parnaíba também se dedicou à fundição de ferro, onde tinha um engenho que foi sequestrado em 1645. 24536*“História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior
Em 23 de setembro de 1619, André Fernandes que em 1580, ao lado de seu pai e de sua mãe, participou da fundação de Santa Ana de Parnaíba, obteve do Capitão-Mór de São Vicente, Gonçalo Correia de Sá, uma sesmaria de terras com minas em Ibituruna. Nessa ocasião seu irmão Balthazar Fernandes também obteve sesmaria no Porto das Canoas, vizinha da de André, e levantou em Parnaíba um forno para fundição de ferro que, em 1645, foi sequestrado e desmontado em consequência de denúncia e representação de Francisco Jorge ao Juiz Ordinário Paulo do Amaral. Foi mais um dos Fernandes e talvez o último, que viu seu pendor de ferreiro e fundidor embaraçado pela autoridade oficial. [História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos, 1969. Jesuíno Felicíssimo Junior. Página 15] 24848“Sorocaba e os castelhanos”, Aluísio de Almeida, codinome de Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Diário de Notícias, página 13
Lemos num articulista sorocabano de há uns 30 anos que ele haveria lido em papéis antigos de cartório a referência a São Felipe. Em 1661, a 3 de março, levantou-se novo pelourinho no lugar da atual Sorocaba, a légua e meia do antigo São Felipe e a três do Ipanema: era a vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba, formada com os restos da gente de Dom Francisco de Sousa e os novos povoadores vindos de Parnaíba desde 1645 com Balthazar Fernandes de Abreu.
Desde então era uma vez São Felipe! Se o povo ficou chamando Itavuvu, inventou ainda outro nome: é o bairro dos Quartéis, por causa de umas ruínas até hoje existentes. Era de fato aquele povoado o mais próximo, então dos castelhanos e dos imensos povos de nativos contra quem era mister previdência, tal como Piratininga foi também fortificada. 26761*“Expansão Geográfica do Brasil Colonial”. Basílio de Magalhães
André, Balthazar e Domingos Fernandes. Ao primeiro deve-se a fundação de Parnahyba, elevada a vila em 1625; lançou o segundo, em 1645, os alicerces da capela de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba,em torno da qual repontou a arraial de Sorocaba, que foi feito em vila em 1661; e o terceiro, finalmente, com seu genro Cristovam Dinís, deu origem á igreja de Nossa Senhora da Candelária de Utú-guassú, junto á qual surgiu o núcleo de população em 1657 se erigiu á categoria de vila, com o nome de Ytú. [Páginas 117, 118 e 119]
27569*“Havía corrido la voz: Circulação de rumores sobre a existência de minas de ouro na região do Rio da Prata e Paraguai (1647-1680)”, 2020. Fernando Victor Aguiar Ribeiro
Contudo, uma declaração de um português, residente em Assunção, iria trazer luz à situação e explicar o processo de criação e circulação dessas notícias acerca das minas de ouro.
Na data de 17 de abril de 1657, na cidade de Assunção, foi relatado que havia um português, Domingo Farto, que declarava conhecer minas de ouro exploradas pelos padres jesuítas. Diante dessa acusação, o padre do colégio de Córdoba solicitou que ele declarasse o que sabia.
No dia seguinte, afirmou que “es de nación portugués que siendo muchacho lo trajeron al Brasil donde se crio y se caso en San Pablo Provincias todas de el Reyno de Portugal”.
E, no año de quarenta y siete o el quarenta y ocho se encarvo en el Brasil vn navio de Antonio franco madera en el qual aporto al puerto de Buenos ayres que allí se deservaco y paso a la Provinçia de tucuman desterrado del dicho puerto de Buenos Ayres por don Jacinto de laris que Governaba y mando salir de allí a todos los portugueses con lo qual este declarante paso a cordova ciudad de la Provinçia de Tucumán (AGI, CHARCAS, 120, 17 de abril de 1657, fl. 24r).
Afirmou que antes de sua viagem a Buenos Aires havia explorado o território próximo à capitania de São Vicente, na América portuguesa. Relatou que “a estado en las dichas provincias del uruguay y Parana y Reducciones de los Padres de la Compañía” (AGI, CHARCAS, 120, 17 de abril de 1657, fl. 24r).
E que em suas andanças, “llegou asta un lugar que llamavan santa thereza de los Piñales y que aviendolo hallado desse volvió este delcarante con la demás gente otra ves a la dicha ciudad de San Pablo” (AGI, CHARCAS, 120, 17 de abril de 1657, fl. 24v).
Essa paragem, na qual encontraria as minas de ouro, denominada Santa Thereza, “es de la Provinçia de Uruguay o Paraná y si es los que están a cargo de los Padres de la compañía dixo que el dicho lugar de santa teresa es tiera firme continuada con a de san Pablo y de Aquel distrito que todas se tiene por tierra de los portugueses y que allí son las cabessadas de la Provincia del Uruguay” (AGI, CHARCAS, 120, 17 de abril de 1657, fl. 24v).
Foi-lhe questionado mais uma vez a respeito da existência das minas de ouro e do envolvimento dos jesuítas em sua exploração. A esse respeito, Domingo Farto relatou que “no a estado en las Reducciones de los dichos Padres con lo qual no puede saber nada lo que se pregunta mas que la de aver oydo esta voz común de que lo sacaba los dichos padres en la dicha provincia” (AGI, CHARCAS, 120, 17 de abril de 1657, fl. 25v).
Assim, declarava que as minas de ouro estavam “en tierras de san Pablo siete leguas de la ciudad en yn cerro de minas llamado Ybiturun y en el puerto de Parnagua dose leguas de Canane para el sur que son los dos parages donde se labra y saca oro por todos los que quiseren ir sacando Porque son minas comunes a todos” (AGI, CHARCAS, 120, 17 de abril de 1657, fl. 26r).
Essa última declaração relaciona duas minas de ouro já conhecidas. A primeira, Ybiturun corresponde às minas de Voturuna, próximas à vila de Santana de Parnaíba na capitania de São Vicente. Já as minas próximas ao porto de Paranaguá e à vila de Cananéia correspondem às descobertas auríferas no planalto de Curitiba na década de 1640.
“(...)ouro em quantidade e como o tirara e lavrara, ele próprio, declarante, de um lugar chamado Ibituruna”
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27569*“Havía corrido la voz: Circulação de rumores sobre a existência de minas de ouro na região do Rio da Prata e Paraguai (1647-1680)”, 2020. Fernando Victor Aguiar Ribeiro
Na data de 17 de abril de 1657, na cidade de Assunção, foi relatado que havia um português, Domingo Farto, que declarava conhecer minas de ouro exploradas pelos padres jesuítas. Diante dessa acusação, o padre do colégio de Córdoba solicitou que ele declarasse o que sabia.
No dia seguinte, afirmou que “es de nación portugués que siendo muchacho lo trajeron al Brasil donde se crio y se caso en San Pablo Provincias todas de el Reyno de Portugal”. E, no año de quarenta y siete o el quarenta y ocho se encarvo en el Brasil vn navio de Antonio franco madera en el qual aporto al puerto de Buenos ayres que allí se deservaco y paso a la Provinçia de tucuman desterrado del dicho puerto de Buenos Ayres por donJacinto de laris que Governaba y mando salir de allí a todos los portugueses con lo qualeste declarante paso a cordova ciudad de la Provinçia de Tucumán (AGI, CHARCAS, 120, 17/04/1657, fl. 24r).
Afirmou que antes de sua viagem a Buenos Aires havia explorado o território próximo à capitania de São Vicente, na América portuguesa. Relatou que “a estado en las dichas provincias del uruguay y Parana y Reducciones de los Padres de la Compañía” (AGI, CHARCAS, 120, 17/04/1657, fl. 24r).
E que em suas andanças, “llegou asta un lugar que llamavan santa therezade los Piñales y que aviendolo hallado desse volvió este delcarante con la demás gente otra ves a la dicha ciudad de San Pablo” (AGI, CHARCAS, 120, 17/04/1657, fl. 24v).Essa paragem, na qual encontraria as minas de ouro, denominada Santa Thereza, “es de la Provinçia de Uruguay o Paraná y si es los que están a cargo de los Padres de la compañía dixo que el dicho lugar de santa teresa es tiera firme continuada con a de san Pablo y de Aquel distrito que todas se tiene por tierra de los portugueses y que allí son las cabessadas de la Provincia del Uruguay” (AGI, CHARCAS, 120, 17/04/1657, fl. 24v).
Foi-lhe questionado mais uma vez a respeito da existência das minasde ouro e do envolvimento dos jesuítas em sua exploração. A esse respeito,Domingo Farto relatou que “no a estado en las Reducciones de los dichosPadres con lo qual no puede saber nada lo que se pregunta mas que la deaver oydo esta voz común de que lo sacaba los dichos padres en la dichaprovincia” (AGI, CHARCAS, 120, 17/04/1657, fl. 25v).Assim, declarava que as minas de ouro estavam “en tierras de san Pablosiete leguas de la ciudad en yn cerro de minas llamado Ybiturun y en elpuerto de Parnagua dose leguas de Canane para el sur que son los dos parages donde se labra y saca oro por todos los que quiseren ir sacando Porqueson minas comunes a todos” (AGI, CHARCAS, 120, 17/04/1657, fl. 26r).Essa última declaração relaciona duas minas de ouro já conhecidas. Aprimeira, Ybiturun corresponde às minas de Voturuna, próximas à vila deSantana de Parnaíba na capitania de São Vicente. Já as minas próximas aoporto de Paranaguá e à vila de Cananéia correspondem às descobertas auríferas no planalto de Curitiba na década de 1640.Domingo Farto, motivado pelas notícias dessa descoberta que circulavam na região de São Paulo, levaria esses rumores ao porto de Buenos Aires.Em 1647, ano de sua chegada ao porto platino, corresponde à data declaradapelo indígena Ventura na qual conhecera os relatos sobre as minas. Soma--se a isso a hostilidade que os portugueses de São Paulo manifestavam aosjesuítas envolvendo a disputa pela mão de obra indígena. Assim, o relatoda existência de minas de ouro e a exploração oculta dos jesuítas seriamplasmados em uma única notícia que seria introduzida na região platinano porto de Buenos Aires. Ressalta-se que Domingos Farto era marinheiroe Ventura trabalhava de forma esporádica no porto e que esse espaço teriasido um locus privilegiado para a circulação de notícias no período colonial.Circulação de relatos e rumoresO processo de conquista da América teve como impulsionador relatosacerca da existência de territórios ricos em ouro e prata. Em associação aos mitos edênicos europeus, de raízes medievais, as notícias colhidas pelos conquistadores em relação à presença de metais preciosos reforçariam tais mitose encorajaria a penetração europeia ao interior da América (HOLANDA, 1958).Partindo desse cenário, observa-se que a circulação de relatos e notícias encontrou papel de destaque e, portanto, sua compreensão seria uma das chaves para entender a dinâmica de formação das sociedades no Novo Mundo. [Páginas 8, 9 1 10]
24343*“Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
Balthazar Carrasco dos Reis, sabemos ter sido natural de São Paulo, filho de Miguel Garcia Carrasco e de Margarida Fernandes, morador em Parnahyba, onde se casou com Izabel Antunes da Silva, filha de João de Pinha. Desde 1645 andava elle nos sertões do sul, apresando carijós e segundo Romario Martins, fez parte da bandeira de Antonio Domingues, em 1648. Treze annos depois, a 29 de junho de 1661, obtinha uma sesmaria no Barigui ou Mariguy, a primeira que foi concedida em Curityba, ahi bastante se distinguindo como povoador e fallecendo aos 8 de outubro de 1697. Seus desçendentes affins são justamente os bandeirantes Manuel Soares, Antonio Rodrigues Seixas e João Ribeiro do Valle, citados pela tradição como fundadores de Curityba. [Página 274]
Escrevia a Camara de S. Paulo ás de Parnahyba, Mogy e Taubaté pedindo-lhes mandassem representantes, homens de bom -conselho e experiencia “para com acerto assentarem o mais util e conveniente para a função (sic) de Soberabussú”
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25206*Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros".
Balthazar Carrasco dos Reis, sabemos ter sido natural de São Paulo, filho de Miguel Garcia Carrasco e de Margarida Fernandes, morador em Parnahyba, onde se casou com Izabel Antunes da Silva, filha de João de Pinha. Desde 1645 andava elle nos sertões do sul, apresando carijós e segundo Romario Martins, fez parte da bandeira de Antonio Domingues, em 1648. Treze annos depois, a 29 de junho de 1661, obtinha uma sesmaria no Barigui ou Mariguy, a primeira que foi concedida em Curityba, ahi bastante se distinguindo como povoador e fallecendo aos 8 de outubro de 1697. Seus desçendentes affins são justamente os bandeirantes Manuel Soares, Antonio Rodrigues Seixas e João Ribeiro do Valle, citados pela tradição como fundadores de Curityba. [Página 274]
A 10 de agosto escrevia novamente a Câmara de São Paulo ás de Parnahyba, Ytú, Sorocaba e Jundiahy, pedindo-lhes instantemente que fizessem a apreensão de todos os nativos existentes em seus respectivos termos e fugidos das aldeias paulistanas
Falecimento de Fernão Dias Paes Leme (data estimada)
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20766*"O Romance do Prata" de Paulo Setúbal (Sabarabuçu, serra Sabarabussú)
Balthazar Carrasco dos Reis, sabemos ter sido natural de São Paulo, filho de Miguel Garcia Carrasco e de Margarida Fernandes, morador em Parnahyba, onde se casou com Izabel Antunes da Silva, filha de João de Pinha. Desde 1645 andava elle nos sertões do sul, apresando carijós e segundo Romario Martins, fez parte da bandeira de Antonio Domingues, em 1648. Treze annos depois, a 29 de junho de 1661, obtinha uma sesmaria no Barigui ou Mariguy, a primeira que foi concedida em Curityba, ahi bastante se distinguindo como povoador e fallecendo aos 8 de outubro de 1697. Seus desçendentes affins são justamente os bandeirantes Manuel Soares, Antonio Rodrigues Seixas e João Ribeiro do Valle, citados pela tradição como fundadores de Curityba. [Página 274] 25206*Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros".
Balthazar Carrasco dos Reis, sabemos ter sido natural de São Paulo, filho de Miguel Garcia Carrasco e de Margarida Fernandes, morador em Parnahyba, onde se casou com Izabel Antunes da Silva, filha de João de Pinha. Desde 1645 andava elle nos sertões do sul, apresando carijós e segundo Romario Martins, fez parte da bandeira de Antonio Domingues, em 1648. Treze annos depois, a 29 de junho de 1661, obtinha uma sesmaria no Barigui ou Mariguy, a primeira que foi concedida em Curityba, ahi bastante se distinguindo como povoador e fallecendo aos 8 de outubro de 1697. Seus desçendentes affins são justamente os bandeirantes Manuel Soares, Antonio Rodrigues Seixas e João Ribeiro do Valle, citados pela tradição como fundadores de Curityba. [Página 274] 24604*Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk
Graças às doações generosas do bandeirante Fernão Dias Paes Leme, conhecido como “governador das esmeraldas”, foi possível viabilizar a construção de um novo Mosteiro de São Bento em São Paulo finalizado em 1650. Em contrapartida, os padres ofertam a capela-mor para sua família e descendentes serem sepultados. Sérgio Buarque de Holanda nos lembra deste acordo ao afirmar:
[...] tão à risca foi cumprida a cláusula que, morrendo Fernão Dias Paes no sertão do rio das Velhas [1681], [...] cuidou logo o filho primogênito, Garcia Rodrigues Paes, de fazer embalsamar seu corpo e [...] trazê-lo do lugar do sumidouro, onde se encontrava, para vir sepultá-lo no jazido que lhe foi designado na capela-mor de São Bento. [Ao seu lado repousa sua esposa Maria Garcia Betim, falecida em 1691. Os restos mortais dos benfeitores da abadia foram transladados para a nova basílica em 1922]. (SOUZA, 2004, p. 54 e 55). 24544*Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXXII, 1937. Diretor: Paulo Duarte. Textos: Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958)
Entrou Fernando Dias a sua custa, 14 anos gastou nessa expedição; passou nove no arraial de Rossa Grande primeira povoação de Minas Gerais, a espera de fundidores que tinha pedido a Portugal donde se trabalhava então em como se fundiria o Rei D. Affonso e seu retissimo Ministro. Até que desenganado que lhe não mandavam, seguiu dali ao sertão do Caeté a descobrir as Esmeraldas. Donde trouxe uma raríssima que pesava oitava e meia de duas cores azul e verde a qual conserva em nossa Casa e a possui a Manna D. Maria, pendente do seu relógio. Saindo dali faleceu de peste que lhe chamavam carneiradas, navegando pelo Rio Tietê sobre a Cachoeira que distante uma ou duas léguas dá o nome á vila de Itú, que quer ou de ser salto ou estrondo de Águas, e assim é que na dita vila se ouve o seu Estrondo sendo o tempo sereno. Nesta digressão descobriu por todas aquelas terras, e ribeiros que por entre as suas áreas havia ouro, e se achava com facilidade e geralmente, e por isso depois de povoados se chamaram Minas Gerais.
Em pompa fúnebre foi conduzido o seu cadáver embalsamado desde a vila de Itú até São Paulo nos ombros dos seus soldados e parentes, que o armavam para o seu Jazigo da Capela mór do Mosteiro de São Vicente (sic) que edificou e dotou com Fazendas próprias e hoje fazem o rico patrimônio daquele Mosteiro.
Casou com D. Maria Garcia Rodrigues Velho, filha de Garcia Rodrigues Velho e de s. mer. D. Maria Biting, aquele fo. de Garcia Rodrigues e de D. Isabel Velho nes. e vindos da cidade do Porto, nobres povoadores de São Paulo: a esta de Giraldo Biting. Alemão que passou na companhia d Armada de Martim Afonso, e de s. mer. Custódia Dias, que foi filha de João Ramalho, primeiro europeu que pisou naquelas terras por um naufrágio. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXXII, 1937. Diretor: Paulo Duarte. Textos: Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Página 21]
Teve a honra de receber uma carta de el-rei D. Pedro recomendando-lhe ajudasse a Fr. Pedro de Sousa nas diligencias e exames das minas de prata a que era mandado, acompanhando ao dito religioso á serra de Hybirassoyaba, termo da villa de Sorocaba
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28289*Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais
Por sua avó materna D. Maria de Brito Silva é bisneto de Domingos de Brito Peixoto, natural da vila de Santos (irmão inteiro de Gaspar de Brito Peixoto, que fez asssento na vila de Parnahyba, onde procriou família por legítimo matrimônio da D. Maria da Silva, que foi mulher de Paschoal Leite Paes, irmão inteiro do governador das esmeraldas e seu descobridor Fernão Dias Paes, e de Sebastião de Brito, que faleceu na Bahia, em casa do parente o senhor da Torre), que pelos seus grandes merecimentos e zelo do real serviço teve a honra de receber uma carta de el-rei D. Pedro, datada a 2 de maio de 1682, recomendando-lhe ajudasse a Fr. Pedro de Sousa nas diligências e exames das minas de prata a que era mandado, acompanhando ao dito religioso á serra de Hybirassoyaba, termo da vila de Sorocaba, e de sua mulher D. Anna da Guerra, que foi irmã inteira de Pedro da Guerra Leme, que, estabelecendo-se na fazenda do Cubatão, teve tal respeito, que o seu nome não consumirá a lima do tempo; que também ao mesmo Guerra escreveu el-rei D. Pedro no dito ano de 1682 para ajudar ao sobredito Fr. Pedro de Sousa, como se vê no livro acima citado do conselho ultramarino. [Páginas 66 e 67 do pdf] 26128*Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. IX
A 2 de maio de 1682 mandou o príncipe, D. Pedro II, várias cartas autografadas aos paulistas mais ilustres da capitania, afim de que eles auxiliassem dedicadamente a tentativa que ia ser feita; entre outras receberam as missivas Pedro Vaz de Barros, morador da freguesia de São Roque, termo da vila de Parnaíba, Domingos de Brito Peixoto, morador na vila de Santos e Pedro Guerra Leme, residente em Cubatão. [Página 36]
“Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas”: confiscada e destruída a edição
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27688Antonil
O editor ao público
O defunto Conselheiro Diogo de Toledo Lara e Ordonhes possuía um livro, que estimava tanto, que não o tinha entre os outros na sua estante, mas sim na gaveta pequena de uma comoda. Pediu-lhe muitas vezes, que o desse á biblioteca, hoje publica, ao que nunca se pode resolver mesmo dando outros, era tanto a estimação em que o tinha. Procurou-se o livro pois desde o começo do ao de trinta, algum tempo depois da morte do mesmo conselheiro, e não se descobrindo no Rio de Janeiro recorreu-se a seu irmão, e herdeiro, o General Arronches em São Paulo, o qual contestou que não lhe havia sido remetido. [Página 11 do pdf]
Há três anos pois que, segundo ordens, se fizeram pesquisas em Lisboa, aonde em fins do ano passado se encontrou um exemplar, declarando possuidor, que não venderia por cem mil cruzados, tal é a estimação, em que o tem! Mas como homem generoso permitiu que se copiasse.
No mesmo tempo destas pesquisas em Lisboa, escreveu ao Porto ao celebrado sábio antiquário português João Pedro Ribeiro, o qual depois de várias contestações asseverando o mal resultado das suas indagações, por fim escreveu, e a sua carta chegou com o manuscrito, declarando o nome de quatro pessoas, que possuíam exemplares, e entre eles o nome de um major, há pouco chegado ali do Rio de Janeiro; quem sabe se não é o do defunto conselheiro! Acrescentando que por sete mil e duzentos réis talvez se obteria um exemplar, e que o livro fora proibido no tempo de El-Rei D. João V pelo governo português.
Este livro é pois a Cultura e Riqueza do Brasil, etc. etc. etc., no ano de 1711. Do título inferirão os leitores quanto ele é útil a todos os estudiosos de economia política, e em geral a todos os Brasileiros, que ali acharão a certeza de que o seu abençoado país já então era a mais rica parte da América em quanto a procutos rurais.
É este raríssimo e interessante livro que se reimprime, contentando-se o editor com a glória, que lhe toca, de quase ressuscitar uma joia tão preciosa. Rio de Janeiro, 1 de agosto de 1837. 24596*Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume V (1899-1900), 1901
E possível que a forma Sabaravaassú seja lapso de pena de quem escreveu a provisão de 3 de janeiro, mas isto parece pouco provável visto que em outros documentos de Arthur de Sá a serra lendária vem designada com o seu nome proposto de Sabarábussú. O nome Itaverava - serra resplandescente - estava muito em moda entre os exploradores paulistas deste tempo, que empregavam correntemente a Língua Geral e a nenhuma feição topográfica pode ser aplicado com mais propriedade do que ao grande massivo de minério de ferro que domina todo o horizonte desta parte do vale do rio das Velhas e que é atualmente conhecido pelo nome de "Serra da Piedade". O mais provável é que o nome fosse dado na forma de Itaverava-assú e sem referência á serra da legenda e que depois por uma natural associação de idéias passasse para Sabarábussú.
Até aí não temos nenhuma referência ao nome de Sabará como designação do arraial ou do distrito, que parece ter sido introduzido depois. A obra de Antonil, intitulada "Cultura e Opulência do Brasil", publicada em Lisboa em 1711, faz diversas referências as minas do rio das Velhas e ao "arraial do Borba", mas uma só á serra de Sabarábussú, na seguinte nota sobre as referidas minas:
"Além das minas gerais de cataguás, descobriram-se outras por outros paulistas no rio que chama das Velhas; e ficam, como dizem, na altura de Porto Seguro e de Santa Cruz. E estas são as do Ribeiro do Campo, descoberta pelo sargento-mór Domingos Rodrigues da Fonseca; e a do Ribeirão da Roça dos Penteados; a de N. S. do Cabo, da qual foi descobridor o mesmo sargento mór Domingos Rodrigues da Fonseca; a de N. S. de Monte-Serrate; a do ribeirão do Ajudante; e a principal do rio das Velhas e a do serro de Seborabuçú, descoberta pelo tenente Manuel Borba Gato, paulista, que foi o primeiro que se apoderou dela e do seu território".
Os nomes mencionados nesta nota e na carta de sesmaria só podem ser identificados por quem tem conhecimentos mais minuciosos da geografia da região do que os que se obtém pelo estudo dos mapas existentes. É certo, porém, que poucos anos depois da volta de Borba Gato para a região, o nome de Sabarábussú tinha sido introduzido, mas que tão pouca significação se ligava e ele que logo ficou abreviado em "Sabará", que assim mesmo só se conservou para o rio em cuja foz foi situado o arraial.
No termo de 17 de julho de 1711, elevando o arraial a vila com o nome oficial de Vila Real de N. S. da Conceição, o sítio é descrito como sendo "neste Arraial a Barra de Sabará". Por seu lado a serra ficou, em data que não se pode o momento determinar, recrismada com o de "Piedade", que ainda conserva. Numa descrição de um mapa da Capitania de Minas, que apresentei há tempos a este Instituto e que saiu publicada no segundo volume de sua Revista e que parece ter sido escrito entre 1717 e 1721, o nome Sabará só aparece com aplicação ao rio, sendo, porém, mencionado um Riacho da Prata, que talvez recorde a suposta descoberta de Borba Gato com a sua prata dourada.
27907*Memória Histórica sobre Cananéia XV, Antônio Paulino de Almeida
E possível que a forma Sabaravaassú seja lapso de pena de quem escreveu a provisão de 3 de janeiro, mas isto parece pouco provável visto que em outros documentos de Arthur de Sá a serra lendária vem designada com o seu nome proposto de Sabarábussú. O nome Itaverava - serra resplandescente - estava muito em moda entre os exploradores paulistas deste tempo, que empregavam correntemente a Língua Geral e a nenhuma feição topográfica pode ser aplicado com mais propriedade do que ao grande massivo de minério de ferro que domina todo o horizonte desta parte do vale do rio das Velhas e que é atualmente conhecido pelo nome de "Serra da Piedade". O mais provável é que o nome fosse dado na forma de Itaverava-assú e sem referência á serra da legenda e que depois por uma natural associação de idéias passasse para Sabarábussú.
Até aí não temos nenhuma referência ao nome de Sabará como designação do arraial ou do distrito, que parece ter sido introduzido depois. A obra de Antonil, intitulada "Cultura e Opulência do Brasil", publicada em Lisboa em 1711, faz diversas referências as minas do rio das Velhas e ao "arraial do Borba", mas uma só á serra de Sabarábussú, na seguinte nota sobre as referidas minas:
"Além das minas gerais de cataguás, descobriram-se outras por outros paulistas no rio que chama das Velhas; e ficam, como dizem, na altura de Porto Seguro e de Santa Cruz. E estas são as do Ribeiro do Campo, descoberta pelo sargento-mór Domingos Rodrigues da Fonseca; e a do Ribeirão da Roça dos Penteados; a de N. S. do Cabo, da qual foi descobridor o mesmo sargento mór Domingos Rodrigues da Fonseca; a de N. S. de Monte-Serrate; a do ribeirão do Ajudante; e a principal do rio das Velhas e a do serro de Seborabuçú, descoberta pelo tenente Manuel Borba Gato, paulista, que foi o primeiro que se apoderou dela e do seu território".
Os nomes mencionados nesta nota e na carta de sesmaria só podem ser identificados por quem tem conhecimentos mais minuciosos da geografia da região do que os que se obtém pelo estudo dos mapas existentes. É certo, porém, que poucos anos depois da volta de Borba Gato para a região, o nome de Sabarábussú tinha sido introduzido, mas que tão pouca significação se ligava e ele que logo ficou abreviado em "Sabará", que assim mesmo só se conservou para o rio em cuja foz foi situado o arraial.
No termo de 17 de julho de 1711, elevando o arraial a vila com o nome oficial de Vila Real de N. S. da Conceição, o sítio é descrito como sendo "neste Arraial a Barra de Sabará". Por seu lado a serra ficou, em data que não se pode o momento determinar, recrismada com o de "Piedade", que ainda conserva. Numa descrição de um mapa da Capitania de Minas, que apresentei há tempos a este Instituto e que saiu publicada no segundo volume de sua Revista e que parece ter sido escrito entre 1717 e 1721, o nome Sabará só aparece com aplicação ao rio, sendo, porém, mencionado um Riacho da Prata, que talvez recorde a suposta descoberta de Borba Gato com a sua prata dourada.
Martim Francisco e José Bonifácio (1763-1838) visitam Sorocaba*
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24437Nas margens do Rio Infeliz as ruínas centenárias do embrião de V. Redonda, 11.09.1960. Fernando Hossepian de Lima
"A primeira fonte de infelicidade desta Fábrica foi a Companhia Sueca que trouxe Hedberg, o qual em vez de trazer mestres fundidores, refinadores e moldadores, trouxe os mais que de manipulação de ferro nada sabiam", essas palavras são de José Bonifacio de Andrada e Silva que em 1820, com a fábrica já decadente deu o golpe mortal na empresa ao denunciar irregularidade da fundação da fábrica, num relatório onde sua assinatura vinha com a autoridade de Intendente Geral das Minas e Metais do Reino. [Correio Paulistano/SP (11.09.1960)Página 10]
*Memória sobre o melhoramento da província de São Paulo. Aplicável em grande parte a todas as outras províncias do Brasil; Antonio Rodrigues Vellozo de Oliveira
*Carta reducida que comprehende los reconocimentos practicados por las primeiras y segundas Subdivisiones Españolas y Portuguesas de los Señores Dn. Jose Varella y Ulloa Comisario Principal Director, Dn. Diego de d´Abear, el Teniente General Luciano Sebastian Xavier da Vega Cabral da Camara, y el Coronel Francisco Juan Roscio en cumplimiento del Tratado Preliminar de limites de 11 [sic] de Octubre de 1777.
Carta reducida que comprehende los reconocimentos practicados por las primeiras y segundas Subdivisiones Españolas y Portuguesas de los Señores Dn. Jose Varella y Ulloa Comisario Principal Director, Dn. Diego de d´Abear, el Teniente General Luciano Sebastian Xavier da Vega Cabral da Camara, y el Coronel Francisco Juan Roscio en cumplimiento del Tratado Preliminar de limites de 11 [sic] de Octubre de 1777
*Chorographia histórica, chronographica, genealógica, nobiliária e politica do império do Brasil. Tomo I, 1866. Alexandre José de Mello de Moares (1816-1882)
*Apontamentos Históricos, Geográficos, Biográficos, Estatísticos e Noticiosos da Província de São Paulo seguidos da Cronologia dos acontecimentos mais notáveis desde a fundação da Capitania de São Vicente até o ano de 1876. Manuel Eufrásio de Azevedo Marques
*Pandiá Calógeras (1938) cita, com base na pesquisa de documentos históricos, entre as várias lavras de ouro em atividade no início do período colonial, as de "Voturuna", na "Vila de Parnahyba", Lagoas Velhas do Geraldo, em Guarulhos, "Byraçoiaba" em Araçoiaba da Serra e Cahatiba, em Sorocaba
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27628*Caracterização estratigráfica e estrutural da sequência vulcano. Sedimentar do grupo São Roque - Na região de Pirapora do Bom Jesus, estado de São Paulo. Dissertação de Mestrado, 1988. Magda Bergmann. Orientador: Prof. Dr. Georg R. Sadowski, Universidade de São Paulo, Instituto de Geociências
"A primeira fonte de infelicidade desta Fábrica foi a Companhia Sueca que trouxe Hedberg, o qual em vez de trazer mestres fundidores, refinadores e moldadores, trouxe os mais que de manipulação de ferro nada sabiam", essas palavras são de José Bonifacio de Andrada e Silva que em 1820, com a fábrica já decadente deu o golpe mortal na empresa ao denunciar irregularidade da fundação da fábrica, num relatório onde sua assinatura vinha com a autoridade de Intendente Geral das Minas e Metais do Reino. [Correio Paulistano/SP (11.09.1960)Página 10]
*Caracterização estratigráfica e estrutural da sequência vulcano. Sedimentar do grupo São Roque - Na região de Pirapora do Bom Jesus, estado de São Paulo. Dissertação de Mestrado, 1988. Magda Bergmann. Orientador: Prof. Dr. Georg R. Sadowski, Universidade de São Paulo, Instituto de Geociências
*“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga
*“Havía corrido la voz: Circulação de rumores sobre a existência de minas de ouro na região do Rio da Prata e Paraguai (1647-1680)”, 2020. Fernando Victor Aguiar Ribeiro
Registros mencionados (147): 19/10/1526 - O Navegador espanhol Sebastião Caboto chegou à ilha de Patos 03/12/1530 - A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa partiu de Lisboa 01/03/1536 - Fundação de Buenos Aires* 01/01/1541 - *Diante da viabilização da povoação, proporcionada por uma ampla baía fluvial, pelos arredores cultiváveis e por uma abundante população indígena, Domingos de Irala, em 1541, transformou o forte em “cabildo e ayuntamiento con cinco regidores” 01/01/1550 - *Casamento de Afonso Sardinha, "o Velho", e Maria Gonçalves (filha do Mestre Bartholomeu Gonçalves e Antônia Rodrigues, “a índia”) 01/01/1552 - *Irala teria chegado no salto do Avanhandava às margens do rio Anhembi 26/03/1553 - Chegada a Kariesseba 20/07/1553 - Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias 01/01/1554 - *O processo de conquista empreendido pelos castelhanos no Guairá se iniciou com Garcia de Vergara, que fundou, com 60 espanhóis advindos de Assunção, o povoado de Ontiveros, nas margens do rio Paraná 01/01/1556 - *Fundação de Ciudad Real or "El Gauirá" 01/01/1560 - *A igreja foi originalmente erguida como uma capela, de estrutura de pau-a-pique e folhagens. Foi a primeira construção religiosa da cidade e foi dedicada a Santo Antônio 01/01/1560 - *Fundação de São Miguel Paulista/SP 05/04/1560 - A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão 11/11/1560 - Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri 20/05/1561 - Carta à rainha D. Catarina, regente de Portugal durante a menoridade de D. Sebastião, assinada por Jorge Moreira e Joanes Annes 01/12/1561 - *Carta feita pelos oficiais da Câmara de São Paulo à rainha D. Catarina 25/04/1562 - Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) 01/07/1562 - *Reunião 10/07/1562 - Cerco de Piratininga ou A Guerra de Piratininga 05/11/1562 - Os oficiais deram um ultimato para que os moradores terminassem os muros da vila 08/12/1562 - Em pousadas do vereador Jorge Moreira, estando presentes o juiz ordinário Antônio de Mariz e treze pessoas da governança, assinaram “auto de ajuntamento” em que foi nomeado Salvador Pires procurador dos moradores 26/06/1563 - Salvador Pires recomendou que nenhum índio fosse levado para fora da vila e que se recolhessem os que estivessem espalhados pelas “taperas”, porque as notícias de uma guerra eminente aumentavam a dependência dos colonos em relação aos gentios aliados para sustentar a defesa de São Paulo 01/01/1566 - *Jorge Moreira é dono de terras num lugar chamado Urrutantan (Butantã) 01/01/1568 - *Andres de Montalvo aproveitando uma trégua entre os índios, finalmente solicitou uma licença “por ser castelhano” para passar pelo caminho então proibido 20/03/1569 - Nascimento de Clemente Alvares em São Paulo, filho de Álvaro Rodrigues e de Catarina Gonçalves; foi batizado pelo Padre Anchieta 01/01/1570 - *carvoeiro 01/01/1570 - *“um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros (carijós), que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania” 01/01/1570 - *O mesmo Melgarejo funda Villa Rica del Espiritu Santo, distante 60 léguas de Ciudad Real. Levava com ele mais cavalos que homens: 40 vecinos e 53 cavalos 22/06/1572 - “todo o povo da vila” recomendava que ninguém ajuntasse índios para serem levados ao Rio de Janeiro 01/01/1575 - *Melgarejo já com os títulos de tenente-governador, capitão-geral e justiça maior de Ciudad Real e Villa Rica, tentou desenvolver a mineração de ferro e pareceu sonhar com algum ouro ou prata 01/01/1575 - *Afonso Sardinha aparece em Livros de Atas e de Registro da Câmara de São Paulo 04/02/1575 - Domingos Grou se dirigiu ao Rio de Janeiro 24/12/1576 - “Há de se desconfiar quando ele alegava não comparecer a uma sessão da Câmara, como vereador que era, em pleno natal, pois não tinha botas” 01/01/1578 - *Registros indicam ouro 04/08/1578 - Batalha de Kasr-el-Kebir (Alcacer-Kibir) 01/01/1580 - *Afonso Sardinha (45 anos) adquiriu uma grande fazenda em São Paulo (o nas serras de Iguamimbaba, que agora se chama Mantaguyra, na de Jaraguá, termo de S. Paulo, na de Vuturuna (São Roque), na de “Hybiraçoyaba (Sorocaba)” 01/01/1580 - *A descoberta de minas de ouro na Serra Negra contribuiu para o aumento da população (Paranaguá) 15/11/1580 - Expedição trata dos preparativos feitos na vila 09/07/1581 - Mandato expedido por Francisco Duarte para que o capitão levasse albanires, ferreiros, carpinteiros e canteiros 01/01/1583 - *Os primeiros caminhos em direção ao ouro saiam da Vila de Pirapitinga de São Paulo, sendo terrestres para Minas Gerais e Goiás e fluvial para Cuiabá 15/04/1583 - Armada de Valdez chega em São Vicente 15/06/1583 - Os camaristas se queixavam da “grande tormenta de fome” ocasionada pela remessa de gado para a armada de “sua Majestade” 01/08/1583 - Carta de Diogo Flores Valdez* 10/08/1583 - No dia 10 de agosto, registrava-se, nas atas, provisão do capitão-mor, Jerônimo Leitão, ordenando que os habitantes remetessem 200 reses para a armada, estacionada em Santos 14/09/1583 - “Manuel Fernandes, homem branco, antigo morador de São Paulo, estava no sertão com uma forja com os gentios, devendo ser castigado. Porém, a denúncia era infundada, porque o martelo e a bigorna estavam na casas dele e os foles estavam com seu cunhado, Gaspar Fernandes” 11/02/1584 - Pedro Sarmiento de Gamboa funda a Ciudad Real de Felipe 04/08/1584 - Apesar de desempenhar funções no concelho desde os anos 1570, em 1584 houve uma tentativa de impedir que Domingos Luis assumisse cargos na república, por “não haver entrado até agora em oficio”. Naquele momento, seu passado de oficial mecânico deve ter pesado contra ele. 01/11/1585 - Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós 20/09/1587 - Assinou, em sinal de cruz, pois era analfabeto, requerimento da Câmara sobre os índios tupiaes que procuravam a vila de livre e espontânea vontade 01/01/1589 - *Villa Rica del Espírito Santo teve uma segunda fundação 01/01/1589 - *Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas 01/04/1589 - Armada partiu de Londres 01/01/1590 - *Para Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), seguindo Frei Vicente (1564-1639), Gabriel teria vindo ao Brasil em 1590, portanto antes de D. Francisco 01/12/1590 - D. Francisco foi nomeado substituto de Giraldes, tornando-se o sétimo governador- geral do Brasil, o terceiro escolhido já no contexto da União das Coroas 05/01/1591 - Frei Vicente fala da morte de Giraldes, mas se sabe que, de fato, o governador nomeado ao Brasil acabou, por problemas na navegação, desembarcando em Santo Domingo, nas Índias de Castela, de onde voltou a Portugal 01/06/1592 - Após o falecimento do sogro solicitou terras para os pequenos cunhados* 03/12/1593 - As primeiras notícias que temos sobre a região de Mogi pelas atas da câmara 05/12/1593 - Depoimento sobre o ataque a Antonio de Macedo e Domingos Luis Grou no rio Jaguari: Manoel Fernandes uma das vítimas 01/01/1594 - *Fundação do convento do Carmo em terras doadas por Braz Cubas 01/01/1595 - *D. Francisco de Souza atuou mandou que o capitão-mor, loco tenente de São Vicente, Jorge Correa, fosse à Bahia preso para averiguação de algumas denúncias que pairavam sobre ele 01/01/1595 - *Manuel Juan de Morales foi enviado pelo governador à Capitania de São Vicente onde, juntamente com outros dois mineiros (um deles alemão, Wilhelm Glymmer), diz ter descoberto a serra de “Sirasoyaba 22/05/1595 - Aguardando que o capitão-mór os viesse acompanhar na entrada contra os nativos do sertão do Mogí, ora a indagar se receberiam auxílio dos de Santos e de São Vicente ou de pediriam aos do Rio de Janeiro, reuniram-se mais uma vez a 22 de maio de 1595 aqueles angustiados moradores da vila de São Paulo de Piratininga 01/01/1596 - *O rio Sapucaí foi descoberto pelo sertanista João Pereira Botafogo entres os municípios de Paraguaçu e Carmo do Rio Claro 01/02/1597 - Era lida, na Câmara da vila de São Paulo, uma carta dogovernador comunicando a chegada de Diogo Gonçalves Laço, nomeado capitão-mor, “ao efeito do ouro”* 01/05/1597 - Dom Francisco envia nova carta, cujo conteúdo não foi revelado* 01/07/1597 - Retorno* 01/05/1598 - Chegada do governador e de sua comitiva mobilizou as autoridades locais / A igreja matriz, iniciada em 1588, ficara parada durante anos, e a vinda do governador se tornou um pretexto* 01/10/1598 - D. Francisco partiu para o Sul 29/10/1598 - “é possível identificar um grande processo distributivo de datas, tratado em sessões da Câmara realizadas em pequenos intervalos, podemos nos perguntar se o assunto tinha ou não relação com as notícias de que o governador se dirigia a São Paulo (...), 27 datas foram distribuídas num pequeno intervalo de três meses” 14/11/1598 - Afonso Sardinha, o moço, encontrava-se em pleno sertão acompanhado de “alguns mancebos e mais de cem índios cristãos” em demanda de ouro e outros metais / Metalúrgicos se estabeleceram na região / Carijós fogem para Paranapanema 26/01/1599 - Oficiais alegaram (a d. Francisco) que “parecia bem não ter juiz dos índios” e que o “uso e costume” da terra era que os índios estivessem sob controle do juiz ordinário, ou seja, sob controle dos oficiais da Câmara 27/05/1599 - D. Francisco por uma provisão autorizava a todos a ir tirar ouro 15/10/1599 - D. Francisco nomeia Antonio de Proença capitão da gente a cavalo na vila e nas entrada ao sertão 01/11/1599 - A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza* 01/01/1600 - *Falecimento de Gaspar Fernandes em sua fazenda de Emboaçava 15/04/1600 - Os oficiais da Câmara ratificaram, o que já havia sido feito por seus colegas, a Frei Mauro Teixeira 19/11/1600 - Dentre as demandas de Diogo de Quadros em Valladolid, o exemplo de uma autorização requerida para que os moradores da capitania de São Vicente “pudessem ir livremente com as suas mercadorias ao rio da Prata e que não pagassem direitos das mercadorias da terra que tirassem desta capitania de São Vicente ou do rio da Prata para fora do Reino...” 01/02/1601 - Francisco da Gama foi nomeado procurador dos índios forros / Antonio Camacho recebeu o direito de advogar na vila* 11/02/1601 - D. Francisco autorizava a tirar ouro em Monserrate, registrando o interessado cada semana o ouro tirado, pagando os quintos 07/04/1601 - Preço da carne 01/07/1601 - D. Francisco partiu de São Paulo, com destino incerto* 19/07/1601 - Dom Francisco proibiu quem quer que fosse, exceto os Sardinha, de bulir nas minas, enquanto os mineiros que haviam sido solicitados não chegassem para avaliar as descobertas 14/08/1601 - Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, trazidos do Alto Peru 01/01/1602 - Cédula real 01/02/1602 - Memorial sobre os feitos do capitão Diogo de Quadros, Manuel Pinheiro de Azurara, Martim Roiz de Godoi -mineiro da prata-, Manuel João -mineiro de ferro-, enviado pelo governador do Brasil* 26/03/1602 - Memorial sobre os feitos do capitão Diogo de Quadros, Manuel Pinheiro de Azurara, Martim Roiz de Godoi -mineiro da prata-, Manuel João -mineiro de ferro-, enviado pelo governador do Brasil 11/05/1602 - Martim entregou as peças para Damião, antes de partir, em bandeira, para o sertão 19/07/1603 - Os oficiais da Câmara de São Paulo escreveram uma carta ao governador-geral reclamando de várias coisas, dentre elas a tentativa de Diogo Botelho de cobrar o terço dos índios descidos do sertão 15/08/1603 - Após a descoberta do ouro em terras brasileiras, Portugal instituiu várias medidas de caráter fiscalizador com o chamado “Primeiro regimento das terras minerais” 15/09/1603 - Hernando Arias promoveu o primeiro grande ímpeto repressor, reembarcando 28 portugueses clandestinos residentes em Buenos Aires 09/10/1603 - Con que ordem trajo el dho. negro y su persona por caminos cerrados y contra los bandos de su magestade (ANA-SH v. 36 n. 17 – 9 out 1603). Sobre Pedro de Acosta, que veio com um negro escravo de angola. 22/11/1603 - Hernando Arias estimula a ida de soldados de Villa Rica pelo mesmo caminho de São Paulo para estabelecer contatos 23/11/1603 - Pero Vaz de Barros, de São Paulo, acertou com o então ex-governador geral do Brasil, D. Francisco de Souza, a decisão de enviar de 12 a 15 homens pelo caminho 01/01/1604 - *Os portugueses que acompanharam Benitez em 1604 o encontraram numa aldeia de índios cerca de sete ou oito léguas da vila de São Paulo, enquanto praticavam uma entrada, ou maloca, e, segundo Pero Barbosa, “hallo alli comodidad para pasar a ella 01/07/1604 - Certidão apresentada em autodefesa pelo mineiro-mor Manoel Pinheiro Azurara. num processo criminal movido contra ele em Assunção, os camaristas de São Paulo comunicavam que Azurara tentara alocar gentios paras as minas* 01/08/1604 - Manoel Pinheiro Azurara acompanhado de padres da Companhia de Jesus e do escrivão e tabelião público Belchior da Costa foi às minas de Monteserrate e São Francisco, e lá fez a repartição das minas entre alguns moradores, e “senalou” as de Dom Francisco, naquele momento um morador “comum” da vila de São Paulo* 10/01/1605 - Diogo Quadros reclama pelos peritos em mineração / voltou a São Paulo, depois de sua missão em Castela, como provedor das minas e com a licença de construir dois engenhos 01/01/1606 - *D. Francisco voltou a Portugal, e, depois, a Valladolid, para onde havia se transferido a corte de Felipe III 20/08/1606 - Provisão 16/09/1606 - Minas 27/11/1606 - Provisão de Diogo Botelho ordena que Quadros não abandonasse mais os engenhos de ferro para ir ao sertão 16/12/1606 - Novo Regimento das Minas de São Paulo após o testemunho ocular de Clemente Alvares 01/01/1607 - *O ferro era extraído das chamadas minas de Tambó, perto da mesma Vila Rica 18/02/1607 - Diversos homens poderosos, cujos nomes por essa razão não são talvez mencionados, revéis e desobedientes aos mandos das justiças, se aprontavam para ir aos carijós 05/05/1607 - Carta de Hernando Arias ao rei, sugeriu que pelo menos seis padres da Companhia de Jesus partissem de São Paulo, pela via proibida, para atuar no Guairá 01/12/1607 - Os oficiais da Câmara Municipal da vila de São Paulo dizem ter recebido a notícia de que "Belchior Rodrigues, de Birapoeira, com forja de ferreiro, queria ir para "Piassava das Conoas", onde desembacarvam carijós e que era um prejuízo para esta vila" 01/01/1608 - *João de Santa Ana? dois desaparecidos 05/10/1608 - Nas Atas da Câmara de São Paulo, o procurador denunciava que índios que se encontravam ao longo “deste rio Anhembi”, que “vinham em paz se meter conosco”, terminavam sendo aprisionados pelos moradores 01/01/1609 - *A divisão do Brasil se efetivaria 01/01/1609 - *Mineiro Manoel Azurara apareceu em processos judiciais em torno da erva mate em Maracayu, onde estabeleceu negócios 01/01/1609 - *A presença desta ordem no Guairá se deu entre 1609 e 1610, quando os padres José Cataldino e Simon Maceta organizaram a primeira redução de Nossa Senhora de Loreto 03/04/1609 - “muita gente que se vinha para cá, por outro caminho (...) paragem chamada Atuahy (Itú), perto de Piassaba, e perto donde vivia Baltezar”: O relato de André da Aldeia do Forte 22/04/1609 - Seja como for, o postulante embarcou assim mesmo, já que o governador Diogo de Meneses comunicava, em carta ao rei, que remetia a Lisboa, preso, o tal Vandale, conforme sugeria provisão de VM 01/01/1610 - *“semear muito trigo”, pois a compra do vinho de fora causava prejuízo à vila; “muito bom trigo quase sem nenhuma indústria” e sentia a falta de moinhos 08/01/1610 - Traslado feito em Santos do pedido de Martim Rodrigues e Clemente Álvares, seu genro, feito em 5/2/1609, por 2 léguas da barra do Yatuahi até a barra do dito ribeiro 08/03/1610 - Sugestão do vice-rei do Peru, Marques de Montes Claros, ao rei 05/04/1610 - Degredo de João Rodrigues de Almeida 30/10/1610 - O ferro era de fundamental importância na vila, pois tanto os objetos como as ferramentas feitos deste metal eram amplamente utilizados para o pagamento dos serviços praticados por índios 31/10/1610 - Clemente Alvares está no sertão com sua tenda de ferreiro 01/01/1611 - *Pedido de Sesmaria 12/05/1611 - Epidemia que atingia a vila de São Paulo / D. Francisco está no Sertão 10/06/1611 - O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil 11/09/1611 - Baltazar Gonçalves avisa que vai ao sertão, às minas de Caativa, com “o alemão mineiro” 01/01/1612 - *Manoel João Branco é um exemplo bastante claro: mineiro de ferro, em pouco tempo passou a ter navios armados para Angola, moinhos de trigo, e uma rede comercial que chegava até a Bahia 01/08/1612 - Bartolomeu de Torales escreve ao Governador Diogo Marin Negron que Sebastian Preto, português de S. Paulo levou cinco caciques com muitos índios para a dita vila de S. Paulo* 20/12/1612 - “desde 1611 os portugueses de São Paulo entravam “de roldon” sacando e levando os índios. Dizia que, com isso, já tinham ido embora mais de três mil índios, e que, não fossem as ações de Torales e de Añasco, que mantinha alguns caciques presos, a região já teria se despovoado” 01/01/1616 - *“Processo obrado en la Villa rica del espiritu santo, contra el capn. Franco. Benitez, por haver metido três portugueses por la via de San Pablo” 21/07/1616 - Salvador Correia alegou que estava averiguando as minas e que havia muito ouro, que a cada dia se descobria mais 19/04/1621 - Peabiru 01/01/1624 - *“Libro de los sucessos del ano de 1624” 01/01/1627 - *Os espanhóis que vivem nesta cidade são aproximadamente cinqüenta homens, filhos da boa gente que veio de Espanha para o Paraguai, e se consideram muito ricos porque se contentam com sua pobreza 01/01/1627 - *Em função de supostas minas descobertas nos “termos da vila de São Paulo”, solicitou sesmaria, ganhando-a do capitão-mor Álvaro Luiz do Valle 01/01/1629 - *O procurador de Villa Rica solicitou ao governador a demarcação das jurisdições entre as reduções civis e jesuíticas, e o mestre de campo da mesma localidade, Rodrigo Ortiz de Melgarejo, pedia-lhe que não atendesse à demanda de alguns caciques para se libertarem das encomiendas tornando-se “en cabeza de su magestad” 21/07/1631 - Saíra de Vila Rica uma força sob o comando do capitão Lourenço de Villalva 01/01/1632 - Villa Rica del Espírito Santo manteve até 1632* 20/08/1633 - Oficiais da Câmara de São Paulo, daquele ano, fizeram um termo e o levaram até a aldeia de Barueri para expulsar os padres que ali estavam 22/08/1633 - “moradores desta vila e mais estantes e habitantes com seus negros vão a aldeia de marui ajudar a defender a jurisdição real porquanto os padres da companhia queriam usurpar fazendo conservador fora do direito e clérigos castelhanos forasteiros...” 10/09/1633 - O procurador do Conselho e declara que, "a requerimento do povo", exige a expulsão de Antão Roiz Pacheco 07/06/1634 - Segundo provisão do próprio Felipe IV, os oficiais agiram com “excessotemerário e extorsão”, e quebraram “as portas de seu recolhimento profanando a igreja e as cousas sagradas a que acresce veemente suspeita de que o intuito principal dos ditos oficiais e mais povo daquela capitania é cativar os índios” 01/01/1636 - *Carta de Manuel Juan Morales ao rei Filipe IV (1605- 1665), “O Grande” 01/01/1636 - *Casamento de Bartholomeu de Torales y Contreras e Maria de Góes em Santa Ana de Parnaíba 07/10/1637 - Documento 16/09/1639 - O rei espanhol Felipe IV exigiu que Raposo Tavares fosse caçado a qualquer preço e colocado à disposição do Tribunal da Inquisição 10/07/1641 - Confisco dos bens de Pedro Boeça e castelhanos 01/01/1692 - *O governador do Rio de Janeiro, Antonio Paes de Sande, dizia que os paulistas escondiam as verdadeiras informações das minas e teriam sido, inclusive, indiretamente responsáveis pela morte do governador D. Francisco de Souza, já que este morrera de desgosto depois das notícias do assassinato de um mineiro que enviara às minas 31/05/1692 - Carta de Luis Lopes de Carvalho 01/01/1698 - *Relatório de Antonio Paes Sande (1622-1695)
Registros mencionados (1): 01/01/1687 - *Nascimento de João Lourenço Corim Netto de Santana de Parnaíba. Filho de Sebastião Sutil De Oliveira e Margarida Fernandes Carrasco II
Registros mencionados (4): 01/01/1540 - *Casamento: Arrisco dizer que foi este é o ano de nascimento de Suzanna Dias, filha de Lopo e Beatriz Dias / Luzia? 01/01/1553 - *Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira 26/06/1681 - Primeira notícia do falecimento 04/11/1681 - Falecimento de Fernão Dias Paes Leme (data estimada)
Registros mencionados (2): 14/09/1583 - “Manuel Fernandes, homem branco, antigo morador de São Paulo, estava no sertão com uma forja com os gentios, devendo ser castigado. Porém, a denúncia era infundada, porque o martelo e a bigorna estavam na casas dele e os foles estavam com seu cunhado, Gaspar Fernandes” 02/09/1634 - Falecimento de Suzana Dias
Registros mencionados (3): 13/08/1577 - Petição Domingos Luis Grou 14/03/1702 - Registo de uma carta de sesmaria passada ao capitão mór Pedro Taques de Almeida 28/02/1723 - “Paragem chamada Piritininga”
Registros mencionados (45): 30/12/1557 - Depois de várias aventuras, regressou à Espanha, voltando pela quarta vez como pilôto na armada de Rasquim 01/06/1560 - Partida da expedição de Bras Cubas* 18/05/1566 - Leatherman: Os mistérios em torno do mendigo que intrigou os Estados Unidos. aventurasnahistoria.com.br 01/11/1585 - Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós 01/01/1588 - *Clemente Álvares (1569-1641) passou a explorar minérios nos entornos de São Paulo 02/08/1592 - Afonso Sardinha começou a escavar em Araçoyaba 02/11/1596 - Clemente Alvares foi nomeado almotacel (cargo mensal) 01/01/1600 - *Clemente Alvares obteve uma sesmaria de légua junto ao Araçoiaba 07/01/1600 - Devido a desistência de Gaspar Cubas, os oficiais da Câmara, ordenaram que Clemente Alvares servisse também durante o mês de janeiro 16/09/1606 - Minas 16/12/1606 - Novo Regimento das Minas de São Paulo após o testemunho ocular de Clemente Alvares 09/03/1607 - Belchior Dias Carneiro comandou uma bandeira de cerca de 50 homens brancos e muitos nativos. Esta expedição partiu de Pirapitingui, no rio Tietê, rumo ao sertão dos nativos bilreiros e caiapós. O objetivo explícito era o descobrimento de ouro e prata e mais metais 15/08/1607 - Construção de um engenho de ferro sob a invocação de Nossa Senhora de Agosto 05/02/1609 - Clemente Alvares ganha concessão no porto de Parapitingui: “Martim Rodrigues e Clemente Álvares, seu genro, edem 2 léguas da barra do Yatuahi até a barra do dito ribeiro” 01/01/1610 - *Sorocaba (data estimada) 08/01/1610 - Traslado feito em Santos do pedido de Martim Rodrigues e Clemente Álvares, seu genro, feito em 5/2/1609, por 2 léguas da barra do Yatuahi até a barra do dito ribeiro 01/06/1610 - Francisco de Souza chega em São Paulo* 01/01/1611 - *Azevedo, o velho, que trouxe, em 1611, amostrar de esmeraldas 01/01/1611 - *Começou um povoamento na margem esquerda do rio Pirajibu, no Mato Adentro, perto da atual Aparecida 10/06/1611 - O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil 01/11/1613 - Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiás* 01/09/1615 - Inventário* 23/09/1619 - André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas 01/01/1634 - *Clemente Alvares descobriu ouro em So... 23/12/1637 - André Fernandes chegou a Santa Tereza do Ibituruna 24/09/1641 - Casamento de Maria Fernandes, filha do capitão André Fernandes, com João Fernandes Edra e a escriptura de dote, feita em Parnahyba 29/09/1641 - Testamento/falecimento de André Fernandes: apenas um filho legítimo 01/11/1648 - Antônio Raposo ordenou decisivo ataque a destruição das reduções do Itatim, combatendo 200 paulistas e mil índios mansos 01/01/1649 - *André 01/11/1678 - Jorge Soares de Macedo chegou ao Rio de Janeiro* 13/03/1679 - Fuga 01/01/1681 - D. Rodrigo de Castelo Branco, fidalgo espanhol, nomeado administrador-geral das minas pelo rei de Portugal em 1677, vai à Câmara da vila de São Paulo* 01/01/1690 - *Expedição 01/01/1695 - *João Martins Claro ganhou sesmaria no Piragibú; é a mesma que em parte passou a seu genro e netos, os Monteiro de Carvalho 01/01/1695 - *Criou-se a Casa de Fundição de Taubaté, também chamada de Oficina Real dos Quintos 07/02/1698 - Patente de sargento-mor da Capitania de N. S. da Conceição de Itanhaém a João Martins Claro, dada por Arthur de Sá e Menezes, governador e capitão general da Capitania do Rio de Janeiro 01/01/1701 - *Casamento 11/04/1709 - Folha de Serviços de João Martins Claro 23/12/1719 - Doação 14/04/1721 - Caminho 12/09/1721 - Governador pede que dois assassinos e estupradores sejam honrados com a mercê do Hábito de Cristo 30/06/1722 - Parte de São Paulo para o descobrimento de minas de ouro em Goiás a bandeira do Anhanguera 19/09/1722 - Rodrigo Cesar de Meneses 31/07/1734 - Expedição 05/11/1754 - Sorocaba e Itu
Registros mencionados (76): 01/01/1480 - *Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay 22/04/1500 - O “Descobrimento” do Brasil 01/01/1515 - *Nascimento de Lopo Dias Machado (1515-1609) em Portugal, viria ao Brasil e se casaria com Beatriz, uma das filhas do cacique Tibiriça Foi pai de três filhos Belchior Dias Carneiro, Isaac Dias Carneiro e Gaspar Dias. E três filhas, Isabel, Suzanna, Jerônima e Antônia Dias 22/01/1531 - Bertioga 01/01/1553 - *Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira 20/07/1553 - Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias 15/01/1560 - Santo Amaro 01/01/1580 - *Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias 01/01/1589 - *Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas 07/12/1589 - “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275] 01/01/1594 - *O pai de Baltazar, Manoel Fernandes, faleceu em 1589 e, em 1608, a mãe Suzana Dias, casada pela segunda vez com Belchior da Costa, já havia deixado São Paulo, residindo então na sua fazenda, às margens do rio Tietê, em Santa Ana de Parnaíba. Não há data precisa para essa mudança, foi depois de 1593 e antes de 1608, conforme atesta a documentação da época (...) 23/05/1599 - D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses 01/01/1600 - *Casamento de Balthazar Fernandes e Maria de Zunega 01/01/1603 - *Balthazar se casa com Isabel de Proença em São Paulo, com a qual teria doze filhos 01/01/1608 - *Casamento de Suzana Dias e Belchior da Costa 07/03/1608 - Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi 21/04/1611 - D. Francisco elevou o novo local com o nome de vila de São Filipe: “Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar” 01/11/1613 - Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiás* 23/09/1619 - André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas 01/01/1629 - *Quando da destruição do Guairá, nos anos de 1629 e de 1630, os paulistas parnaibanos, chefiados por André Fernandes, certamente passaram pela localização da futura Sorocaba na ida e na volta 06/03/1629 - Benta 01/01/1632 - *Gabriel Ponce de Leon chega em Santana de Parnaíba, casado com a filha "índia" de Balthazar 02/09/1634 - Falecimento de Suzana Dias 01/01/1637 - *Balthazar e o irmão André sofreram uma derrota no seu ataque às Missões do Uruguai 23/12/1637 - André Fernandes chegou a Santa Tereza do Ibituruna 19/02/1638 - Padre Alfaro adverte Balthazar 01/03/1638 - Bula papal à Companhia de Jesus a direção dos Índios* 09/01/1639 - Bandeirantes paulistas travam combate com espanhóis e guaranis 17/01/1639 - Assassinato de Diego de Alfaro, comissário da Inquisição 22/04/1639 - Bula Papal condenando o cativeiros dos índios no Brasil produz graves distúrbios no Rio de Janeiro, em Santos e em São Paulo 23/07/1639 - Carta datada de 23 de julho de 1639, do padre Ruyer para o padre Antonio Ruiz de Montoya, procurador geral das reduções do Paraguai e da Companhia de Jesus 01/11/1639 - Retorno* 24/12/1639 - Balthazar Fernandes está no atual território do Rio grande do Sul participando da destruição de Santa Tereza do Ibituruna, segundo o livro “Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?” do jornalista Sérgio Coelho de Oliveira 24/06/1640 - Reunião 13/07/1640 - Jesuítas são expulsos de São Paulo 01/01/1645 - *Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba 01/01/1646 - *Outro parnaibano, Baltazar Carrasco dos Reis iniciava o povoamento de Curitiha 07/10/1647 - Rei concede perdão aos paulistas 01/01/1648 - *Falecimento de Izabel Proença de Abreu, filha de Balthazar Fernandes em Santana de Parnaíba 03/06/1652 - Restituição dos padres jesuítas aos seis colégios 28/11/1654 - Testamento de Isabel de Proença é assinado em Santana de Parnaíba 01/12/1654 - Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados* 01/01/1655 - *Inventário de Balthazar Fernandes foi feito em Sorocaba 21/03/1655 - Isabel de Procença faleceu em Santana de Parnaíba 12/04/1655 - Inventário a avaliação dos bens da família de Isabel Proença 22/04/1655 - Registro dos bens e propriedades de Isabel de Proença no sítio e paragem chamada Sorocava 21/04/1660 - Registro do segundo testamento de Balthazar Fernandes na fazenda de Miguel Bicudo Bejarano na paragem Aputeroby 28/02/1661 - Tayaobi 28/02/1661 - Partida 02/03/1661 - Após uma cavalgada de três dias, Balthazar solicita a Salvador Correia que Sorocaba seja elevada a categoria de "Vila" 03/03/1661 - O processo retorna com parecer favorável do ouvidor da Capitania de São Vicente sr. Antônio Lopes de Medeiros e o povoado ao redor da capela de Sorocaba foi elevado à categoria de vila 06/06/1662 - Balthazar foi convocado para prestar contas do cumprimento do testamento de sua esposa Isabel 04/06/1667 - Documento-petição elaborado pelo filho de Balthazar Fernandes, Manoel Fernandes de Abreu, e dirigido à Câmara Municipal 04/07/1667 - Chega para tomar posse da igreja doada o Fr. Francisco da Visitação: “Orago da N.S. da Ponte transfere-se para a nova matriz, e a igreja beneditina, daí em diante muda a sua invocação para N.S. da Visitação” 01/01/1668 - Em 1668, frei Mauro da Trindade Vieira foi ao sertão "e companhia dos sertanistas que costumavam ir todos os anos ao gentio", sua intenção era trazer algumas "peças" para o hospício que os beneditinos tinham em Sorocaba 01/01/1670 - *Segunda fundação de Sorocaba 01/01/1732 - Documento existente na Biblioteca da História Real Portuguesa, na cidade do Porto 01/02/1732 - Sorocaba: Registro da primeira tropa de muar em Sorocaba* 06/05/1758 - Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre 19/01/1888 - Libertados os últimos 460 escravos em Sorocaba 01/01/1927 - *“História Antiga da Abadia de São Paulo 1598-1772”. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Tipografia Ideal 15/02/1929 - Estrada Real, Koboyama 01/11/1949 - Revista Investigações* 01/01/1950 - *Paulo de Oliveira Leite Setúbal (1893-1937) - “Ensaios históricos” 01/01/1954 - *O monumento ao Tropeiro, doado à cidade pelo conde Francisco Matarazzo 01/01/1969 - *História de Sorocaba 01/01/1971 - *História de Santana de Parnaíba, 1971. 372 páginas. Paulo Florêncio da Silveira Camargo 01/01/1986 - *Adolfo Frioli, em palestra proferida no Instituto Genealógico Brasileiro, em São Paulo 01/01/2014 - Rapodo Tavares atacou a redução de Jesus Maria, na margem esquerda do rio Jacuí, e depois de seis horas de luta arrasou a redução 01/01/2017 - *Apontamentos historiográficos de 1991-92, revistos e ampliados em 2017, por João Barcellos. Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba consultado em 17.06.2022 16/02/2023 - Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente? 22/03/2023 - *Avenida Itavuvu 17/11/2023 - O NASCIMENTO DE GUARAPIROCABA, urublues1.blogspot.com 08/02/2024 - A importância da comunicação não-verbal e como é que o estudo de Mehrabian tem vindo a ser mal interpretado. Consulta em objetivolua.com 19/09/2024 - Quais são as 10 MAIORES TRIBOS INDÍGENAS brasileiras? Conhecendo o Brasil (Youtube.com) 04/10/2024 - Distância Sorocaba-São Paulo/SP
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