Wildcard SSL Certificates
Santos/SP

AtualizadosAntigosMaisImagens

completaResumida

Selecionar ano1
1editar



  Santos/SP
  Últimas atualizações
  24/10/2025 02:36:55º de
abrir registro
   
1914
Atualizado em 02/11/2025 15:29:30
Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo
•  Cidades (3): Mogi das Cruzes/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): Brás Cubas (1507-1592), Luiz Martins, Pedro Barbosa Leal, Vasco Rodrigues Caldas
•  Temas (5): Caminho do Mar, Jaguamimbava, Rio das Velhas, Rio São Francisco, Serra da Mantiqueira
Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo
Data: 1914
Créditos: Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo
Página 22
    Registros relacionados
Junho de 1560. Atualizado em 30/10/2025 09:15:16
1°. Partida da expedição de Bras Cubas*
A expedição, ou, como mais tarde se denominou, bandeira, partiu no referido mês de junho, não se sabendo se de Santos ou São Paulo, e, pelas instruções que tinha, levou vereda para as bandas do rio São Francisco, ao norte, até ao Pará mirim, seu afluente da margem esquerda.

Passando por terras de Braz Cubas (Mogy das Cruzes), desceram pelo Parahyba, guiados pelos nativos, até a paragem da Cachoeira, onde encontraram o caminho que atravessava do litoral para serra-acima, e, tomando por este caminho (a pé), subiram a serra de Jaquamimbaba (Mantiqueira), foram á barra do rio das Velhas e correram a margem do rio São Francisco até ao Pará-mirim, ou algum tanto adiante, donde voltaram pelo mesmo caminho.

Em execução do artigo 40 do Regimento dado a Thomé de Souza, então Governador Geral na Bahia, Braz Cubas, provavelmente, assentou marcos da barra do rio das Velhas em diante, lavrando disso os competentes autos. Esses marcos deveriam também servir de sinais convencionais para a gente de Vasco Rodrigues Caldas.

"Não há, portanto, dúvida alguma de que Braz Cubas, em caráter oficial, segundo o Regimento de Thomé de Souza, levou incumbência de descobrir ouro e outros metais, assim como ordem para proceder ao reconhecimento geográfico do rio São Francisco e pelo caminho assentar marcos, não constando mesmo haver se cometido esta diligência, posteriormente, a qualquer outro.

De fato, dos documentos e publicações que compulsamos colige-se que, sendo a Capitania de São Vicente uma das principais do Brasil, dela não há memória de qualquer expedição ao norte do sertão antes de 1587, a não ser a de Braz Cubas, no meado de 1560; [p. 22]
11 de fevereiro de 1577, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:32
2°. Concedidas a Antonio Vaz 400 braças ao longo da Bahia (Baía?) e 1000 para dentro do sertão em Sarapohy que foram a Bras Cubas no Porto que foi de Jacotinga
temos seguinte informação, que o Coronel Pedro Barbosa Leal deu ao Conde de Sabugosa a 22 de Novembro de 1725, e a propósito de attribuir a collocaçao desses signaes, áquem e além do Pará-mirim, a Belchior Dias : < Nem ha noticias de que por ahi andasse outro descobridor, e só ha tradição de que úm paulista, fulano de Cubas \ chegara ao Pará-mirim, onde descobrira um grande haver, voltando para braz CubaS 33 S* Paulo a convocar vários parentes e amigos e atravessara do sertão de S. Paulo para esse, cuja tropa tivera mau successo e não chegara ao Pará- mirim. » O que não oforece duvida é que a tropa que tivera mau successo e não chegara ao Pará-mirim, foi a de Vasco Rodrigues Caldas, e não a de Braz Cubas, que, em diligencia de descobrir "um grande haver", voltara para a capitania de S. Vicente, donde tinha ido atravessando pelo sertão até ao Pará-mirim; deste modo, a Braz Cubas devem ser attribuidos, sem contestação alguma, os referidos marcos, como primeiro explorador do rio S. Francisco. [p. 22]
22 de novembro de 1725, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:51:04
3°. Sobre os marcos
temos seguinte informação, que o Coronel Pedro Barbosa Leal deu ao Conde de Sabu- gosa a 22 de Novembro de 1725, e a propósito de attribuir a collocaçao desses signaes, áquem e além do Pará-mirim, a Belchior Dias : < Nem ha noticias de que por ahi andasse outro descobridor, e só ha tradição de que úm paulista, fulano de Cubas \ chegara ao Pará-mirim, onde desco- brira um grande haver, voltando para braz CubaS 33 S* Paulo a convocar vários parentes e amigos e atravessara do sertão de S. Paulo para esse, cuja tropa tivera mau successo e não chegara ao Pará- mirim. » O que não ofíerece duvida é que a tropa que tivera mau successo e não chegara ao Pará-mirim, foi a de Vasco Rodrigues Caldas, e não a de Braz Cubas, que, em diligencia de descobrir «um grande

Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo
22 de novembro de de 1914, quinta-feira (Há 111 anos)

, voltara para a capitania de S. Vicente, donde tinha ido atravessando pelo sertão até ao Pará-mirim ; deste modo, a Braz Cubas devem ser attribuidos, sem contestação alguma, os re- feridos marcos, como primeiro explorador do rio S. Francisco.




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  31/10/2025 18:45:29º de
abrir registro
   
“História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
1937. Atualizado em 23/10/2025 15:54:11
Relacionamentos
 Cidades (8): Araçoiaba da Serra/SP, Iguape/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (39) Afonso Sanches, Américo Vespúcio (1454-1512), André Gonçalves, Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Bacharel de Cananéa, Bartholomeu Fernandes Mourão (f.1650), Brás Cubas (1507-1592), Caiubi, senhor de Geribatiba, Christovam Jacques (1480-1531), Christovão Pires, Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557), Diogo Garcia de Moguér, Domingos Luís Grou (1500-1590), Fernando Colombo (1488-1539), Francisco de Chaves (1500-1600), Francisco de Sousa (1540-1611), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Gonçalo da Costa, Henrique Montes, Jean de Laet (1571-1649), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753-1830), Manuel Aires de Casal (1754-1821), Manuel I, o Afortunado (1469-1521), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Lopes Lobo de Saldanha, Mestre Bartholomeu Fernandes, Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Mestre Domingos Gonçalves Fernandes (1500-1589), Nuno Manoel (1469-1531), Pedro de Mendoza, Pero (Pedro) de Góes, Pero Capico, Pero Correia (f.1554), Piqueroby (1480-1552), Sebastião Caboto (1476-1557), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Vicente Yáñez Pinzón (1462-1514)
 Temas (29): Assassinatos, Beneditinos, Calçada de Lorena, Caminho do Mar, Cristãos, Curiosidades, Descobrimento do Brazil, Estradas antigas, Gentios, Geografia e Mapas, Graus, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Guerra de Iguape, Ilha de Barnabé, Jurubatuba, Geraibatiba, Morpion, Morro do São Jerônimo, N S do Desterro, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora de Montserrate, Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba, Ouro, Pela primeira vez, Porcos, Rio da Prata, São Paulo de Piratininga, Tordesilhas, Vila de Santo André da Borda

Registros mencionados (8)
1. "Historia De Santos" Francisco Martions dos Santos
1 de janeiro de 1503

Um problema que se resolve. Revelação geonomica e ethnographica do primitivo nóme tupy da ilha de S. Vicente. A possivel pátria dos Guayanazes. Identificação permittida pelas affirmativas cartographicas de Kunst- mann e Reinei, de 1503 e 1516.

Só algum tempo depois da chegada do Donatário, em 1532, é que aquelles primitivos habitantes de GOHAYÓ, e portanto os famosos GAYONOS dos Reinei, GUANÁS de Kunstmann, e GUAYANAZES dos portuguezes, começaram a approximar-se em maior numero, integrando muitos o bloco brasílico de Tibiriçá que permaneceu ao lado dos novos dominadores. Cremos nós, aliás, que — gente de GOHAYó, ainda hoje em portuguez corrente, só poderia ser: GOHAYONOS — GOHAYOENSES ou GOHAYONAZES. Dalii, o nóme que ficou na História — GUAYANAZES, que tantos historiadores e ethnógraphos procuram explicar em vão, palpando e tateando a treva de outras raizes ou etymologias.
2. Concessão a Bras Cubas / Pascoal Fernandes e Domingos Pires já tinham estabelecido, a leste do ribeiro de São Jerônimo, depois chamado de “Montserrate”
25 de setembro de 1536

PALAVRAS NECESSÁRIAS existem obras mais officiaes no momento, como todos sabem, do que as Corographias do Brasil do Snr. Mário da Veiga Cabral e a Geographia de J. M. Lacerda, adoptadas como são em todos os collégios do Brasil, em todas as escolas militares e superiores e no Gymnasio Pedro II do Rio de Janeiro. Pois bem, nessas obras, tratando do Estado de S. Paulo, dizem os seus autores, que a cidade de Santos foi fundada por Braz Cubas a 25 de Setembro de 1536!

Quantos milhares de alunos, contados pelos milhares de exemplares já vendidos das referidas óbras (mais de 200.000 ou 300.000) aprenderam assim nas escolas apontadas? E no entanto, a 25 de Setembro de 1536, estava Braz Cubas, pacatamente, na cidade de Lisboa, diante do Tabelião da cidade, do Escrivão, de Da. Anna Pimentel, mulher e procuradora de Martim Affonso, e das testemunhas legais, recebendo em doação as terras de Jurubatuba e Ilha Pequena (actual Barnabé), fronteiras á futura Santos, de onde só voltaria ao Brasil, para tomar posse delas, quatro anos depois, no ano de 1540, como se lê no respectivo Auto de Posse daquele anno!"... logo fez ao dito Braz Cubas livre e pura irre- vogável doação entre vivos valedoira deste dia para todo o sempre para elle e para todos os seus herdeiros e successores que depois delle viérem, DE TODA A TERRA QUE TINHA E POSSUÍA NO BRAZIL UM HENRIQUE MONTES, QUE MATARÃO NO BRAZIL, a qual terra está na Povoação de São Vicente do dito senhor Martini Affonso e a ditta terra poderá ser de grandura de duas legoas e meia pouco mais ou menos... e que está onde chamão JARABATYBA, assim que pelo braço de mar dentro E MAIS LHE FAZ DOAÇÃO DE HUA ILHA PEQUENA QUE LHE ESTA" JUNTA DA DITTA TERRA QUE OUTRO SIM ERA DO DITTO HENRIQUE MONTES... POSTO QUE 0 DITO HEN- RIQUE MONTES TINHA DO DITTO SENHOR MAR- TIM AFFONSO SEM TER DELLE ESCRIPTURA, etc..." Neste importantíssimo documento, tão pouco debatido pelos nossos historiadores, vemos confirmado o assassi- nato de Henrique Montes, algum tempo antes daquelle anno de 1536 e o seu domínio sobre as mesmas terras da ilha, onde, no depoimento de Alonso de Santa Cruz, OS PORTU- GUESES CRIAVAM PORCOS alguns annos antes da vinda de Martim Affonso.

Cayubi e Piqueroby, os dois grandes chéfes guaianazes, não approváram as felonias praticadas contra seu amigo comraum "o bacharel", e não collaboráram na obra inicial da colonisação affonsina.Cayubi retirou-se temporariamente para o fundo das serras evitando contacto com os portuguezes e hostilisando os primeiros agricultores, como vemos na escriptura de 25 de Setembro, acima transcripta, e Piqueroby acompanhou com uma parte da sua gente, o " bacharel" Mestre Cósme em sua retirada para a região de Iguapé. [Página 67]

PUBLICA FORMA OFFBRECIDA AO INSTITUTO HISTOUICO DE S. PAULO PELO SÓCIO 3Í. PEREIRA GUIMARÃES XXIVQuanto á ilha Barnabé (antiga ilha Pequena, depois ilha de Braz Cubas, depois ainda ilha dos Padres e por fim ilha Barnabé) esta sim, podemos garantir, sempre foi tradicionalmente habitada, povoada e plantada, desde antes de 1532 Pela gente do "bacharel"; de 1532 a 1534 por Henrique Montes, de 1537 a 1540, com intervallos, por João Pires Cubas, de 1540 em diante por Braz Cubas (como se vê pela es- criptura de 25 de Setembro de 1536, transcripta ao final desta óbra), depois pelos padres do Carmo, e assim pelo tempo a dentro até que Barnabé Vaz de Carvalháes, que no século passado foi Presidente da Camara de Santos e vereador algumas vezes, nella residiu e teve fazenda, deixando-lhe o nóme. [Página 98]
3. Terras para Bras Cubas
10 de agosto de 1540

"... Requeria elle Braz Cubas a elle Antonio de Oliveira Capitão lhe demarcasse a ditta terra e metter posse delia por quanto ora vinha para aproveitar com gente e fazenda sem embargo de passar já de tres annos que gastara só sua fazenda para a aproveitar o que não se pudera fazer POR A TERRA QUE LHE ASSI É DADA SER POVOADA DE GENTIOS E PARA OS LANÇAR FÓRA E SE POVOAR A DITA TERRA HA MISTÉR MUITO CUSTO, O QUE AGóRA TRAZIA PARA ISSO e por elle ditto Braz Cubas foi também pedido a elle Capitão mandasse a mim Tabellião que desse aqui minha fé em como haviam tres annos que João Pires Cubas, seu pae viéra a esta terra com fazenda e gasto para aproveitar as ditas terras e tomado posse delias e aproveital-as O QUE TODA DEIXOU DE FAZER POR A DITA TERRA SER HABITADA POR GENTIOS NOSSOS CONTRÁRIOS E POR ESSE RESPEITO AS NÃO PUDÉRA NEM PODIA APROVEITAR e sei que a dita terra HÉ MUI PERIGOSA POR PARTE DO GENTIO QUE NELLA HABITA QUE SÃO NOSSOS CONTRÁRIOS POR ESSE RESPEITO ELLE JOÃO PIRES NÃO OUSOU NEM PODE FAZER OBRA EM A DITA TERRA "
4. Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei
1 de janeiro de 1553

Verificando até que ponto ia a verdade do que afirmaram alguns chronistas e autorizava a tradição sobre esse novo caminho, encontramos um documento que paréce contrariar e desfazer a quasi lenda do "padre José". É o seguinte:

"Vindo o ouvidor geral de Sam Vicente me disse que na dita Capitania avia hum caminho de cinco ou seis léguas, ho qual era laa mao e áspero por causa dos lameiros e grande ladeiras que se não podia caminhar por ele, o que era grande perda da dita capitania pela necessidade que ha do campo e das fazendas dos moradores que nele tem pera onde he o dito caminho poios muitos mantimentos que ha do campo de que se sustenta a dita capitania o qual caminho se nam podia fazer sem muito dinheiro E QUE HUM JOAM PEREZ O GAGO DALCUNHA MORADOR DA DITA CAPITANIA sendo acusado pela justiça perante o dito ouvidor geral por se dizer que matara hum seu escravo do gentio desta terra com açoutes cometeu o dito ouvidor que queria fazer o dito caminho á sua custa e por logar por onde se bem pudesse caminhar e a contentamento dos moradores contanto que se nam procedesse contra ele polo dito caso, pareceo bem ao dito ouvidor por razão da obra ser tam necessária e tam custosa dise me que o escrevesse a Vosa Alteza o que Vosa Alteza deve de haver por bem polo grande proveito que á terra diso vem e peio muito que custa. ..."

Por este trecho da carta de D. Duarte da Costa, vê-se que o ouvidor geral de São Vicente (deve tratar-se do Capitão-mór Braz Cubas, que governou pela segunda vez, de 1552 a 1554) acceitou o offerecimento de João Perez ou Pires adiantando-se ao "referendum" do Rei, como cousa cérta.

Assim, como a época coincide exactamente com a atribuída pelos chronistas e pela tradição, á feitura do referido caminho (1553), é de suppôr, que, em verdade, quem abriu o segundo caminho do mar, o celebrado "caminho do Padre José", foi esse João Perez ou Pires, sujeito rico como se deprehende da informação do Governador, utilisando-se dos seus indios, cm tróca da impunidade pela morte do escravo, motivo, como se vê, bastante, para que elle se empenhasse na realisação daquella óbra, siabido que um degredo na Bertióga naquella época, pena muito usada então, valia por uma condemnação á mórte, infestado como estava aquele logar pelas hordas tamoyas, açuladissimas contra os portugueses.

O nome de "Caminho do Padre José" ou a ligação desse caminho com o Padre Anchieta, pôde ser devido a outro qualquer motivo; uma homenagem, por exemplo, do autor do caminho ao apóstolo de Piratininga; uma recommendação do jesuíta em favor da nóva communicação, feita ao* habitantes das duas regiões; o seu uso immediato por elle, em suas peregrinações de catechése; emfim, qualquér acto De onde pudésse gerar-se a denominação popular e a opinião dos chronistas.

Era o que nos cumpria dizer, de passagem, em beneficio da verdade histórica.
5. Rio de Janeiro, São Vicente ou Santos: Onde estava Mem de Sá?
31 de março de 1560

Em março de 1560 verifica-se a chegada de Mem de Sá á vila de Santos. Dois fatos importantes se registram: é extinta a vila de Santo André da Borda do Campo, onde Ramalho entravava o desenvolvimento da colonização de serra-acima com a sua extranha adesão aos trabalhos portugueses e dificultava a obra da catequese com os seus exemplos de desenfreada poligamia, erigindo-se em vila o povoado de 1554, São Paulo de Piratininga, fruto dos trabalhos de Nóbrega e da dedicação dos seus companheiros; e, junto á vila de Santos, próximo ao ribeirão de Itotoró, é construído o Forte da Vila, para sossego dos moradores. Nessa ocasião, partindo Mem de Sá, levou do Porto de Santos e da vizinha vila de São Vicente, algumas forças e embarcações ligeiras para combate aos francese de Villegaignon que infestavam o Rio de Janeiro. [Páginas 258 e 259]
6. a Igreja do Monte Serrate, edificada em 1602 por D. Francisco Souza
1602

Em 1650 verifica-se a fundação do Mosteiro de São Bento, efetuada na própria capela de Nossa Senhora do Desterro, capela referida anteriormente e que existia ao que parece desde os anos 1620, em terras que haviam pertencido a Mestre Bartholomeu Fernandes ou Gonçalves, o famoso ferreiro, vindo na Armada de Martim Afonso, e cujo filho Bartholomeu Fernandes Mourão doou-a á Ordem Beneditina.Em 1656, a 27 de abril, a Igreja do Monte Serrate, edificada em 1602 por D. Francisco Souza, era doada aos beneditinos. [Página 268]
7. Em 1656, a 27 de Abril, a Igreja do Monte Serrate, edificada em 1602 por D. Francisco de Souza, éra doada aos benedictinos
27 de abril de 1656
8. O Capitão-General Martim Lopes Lobo Saldanha, foi quem mandou, depois de 1775, construir o primeiro aterrado que houve entre os rios Grande e Pequeno
1775

O Capitão-General Martim Lopes Lobo Saldanha, foi quem mandou, depois de 1775, construir o primeiro aterrado que houve entre os rios Grande e Pequeno, devendo-se ao Governador interino José Raymundo Chichorro da Gama Lobo a feitura do caminho que vae do sopé da serra até o rio Cubatão, e ao Capitão-General Bernardo José de Lorena, a construcção da serra chamada: VELHA CALÇADA EM ZIG-ZAG, OU DO LORENA, cuja gravura estampamos.

A seguir, ao Capitão-General Antonio Manoel de Mello, coube a construcção de alguns ranchos na Estrada, para abrigo seguro dos tropeiros e cargas em transito; cabendo por fim, ao primeiro presidente da Província de São Paulo, Lucas Antonio Monteiro de Barros, a gloria da conclusão do caminho de terra entre o Cubatão e Santos, entregue á alta competência technica do Engenheiro, mais tarde Marechal Daniel Pedro Muller, de tanto nóme nos factos paulistas da Independência, como membro do Governo Provisório de 1821, realisando o difficilimo aterrado de toda a vasta região de mangues, gamboas e lamarões, com uma ponte de madeira sobre o Rio São Jorge ou Casqueiro (...)
Registros mencionados (64)
1198 - Primeiro registro da palavra “Brasile” [22627]
22/08/1424 - Mapa existente na biblioteca do Duque de Weimar exibe as Antilhas [22616]
1438 - Relato de João de Barros [22611]
1473 - Colombo [28279]
25/06/1474 - Carta de Toscanelli a Fernão Martins [29338]
1489 - Mapa de Henry Martelli [22622]
07/06/1494 - Tratado de Tordesilhas [8421]
02/07/1494 - Ratificado o Tratado de Tordesilhas em Setúbal [22619]
13/11/1499 - A esquadra, composta por quatro caravelas, zarpou de Palos de la Frontera [29131]
27/04/1500 - Desembarcára com o piloto do Capitão Mór e com o de Sancho de Tovar, na terra que acabavam de descobrir, fazendo nella a prova do descobrimento anterior [22623]
01/05/1500 - Cartas de Caminha e do Mestre João Emenelau Farás [7461]
09/07/1501 - Carta do rei dom Manuel, datada de Sintra, anunciando aos príncipes católicos o descobrimento da terra de Santa Cruz, por Pedro Álvares Cabral [11318]
07/08/1501 - Chegou a Armada de Vespucio á costa brasileira [22632]
16/08/1501 - A esquadra portuguesa de André Gonçalves e Américo Vespúcio, vinda de Lisboa, avista o cabo a que se deu o nome de São Roque [11670]
28/08/1501 - A esquadrilha de André Gonçalves entra no Rio de São Francisco [11792]
18/10/1501 - Carta de Pietro Pascuáligo [22617]
06/01/1502 - Descobrimento de Angra dos Reis por André Gonçalves e Américo Vespúcio [9805]
07/09/1502 - André Gonçalves e Américo Vespúcio chegam a Lisboa depois de terem feito a primeira exploração do litoral brasileiro, do cabo de São Roque a Cananéia. [11875]
01/01/1503 - "Historia De Santos" Francisco Martions dos Santos [22607]
10/05/1503 - Resolveu El-Rei D. Manoel nova expedição, sob o comando de Gonçalo Coelho, com o titulo de capitão-mór [21936]
1506 - Expedição de Nuno Manoel [22641]
1510 - Fundação do primeiro povoado de São Vicente [22639]
22/03/1511 - Parte do porto de Lisboa a nau Bretoa, de que era capitão Cristóvão Pires, escrivão Duarte Fernandes e piloto João Lopes de Carvalho, quem depois acompanhou a Fernando de Magalhães na primeira viagem de circunavegação do globo [12933]
12/10/1514 - A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel [22695]
01/01/1516 - Cristóvão Jacques, no comando de duas caravelas, foi encarregado do patrulhamento da costa brasileira, a fim de desestimular incursões de corsários franceses [22407]
1520 - Caminho do Peabiru [22398]
1525 - Relato de João de Barros [22610]
1526 - De 1525 a 1541 haviam quatro portos [22599]
16/07/1526 - Pero Capico volta a Portugal [22413]
01/01/1527 - Chegada de Diogo Garcia de Moguer [21461]
1527 - Pero Capico deixa o Brasil [22648]
26/10/1528 - Posse de Antonio Ribeiro [22644]
1530 - Resolve voltar a Portugal e para isso obtém passagem a bordo da “Nossa Senhora do Rosário”, nau capitânia de Diogo Garcia de Moguér [22399]
1530 - Armada de Sebastião Caboto passa pela ilha de Santo Amaro [22065]
1530 - “Estas ilhas (São Vicente e Santo Amaro), os portugueses crêem ficar no continente que lhes pertence, dentro da sua linha de partilha; eles porém se enganam [22403]
01/08/1530 - Gonçalo da Costa chega a San Lucas de Barrameda em fins de agosto* [22400]
20/09/1530 - Verificada a recusa não declarada de Gonçalo da Costa às propostas do rei, e a sua retirada para a Espanha, o rei de Portugal se apressou em escrever a Martim Afonso de Sousa [22404]
16/11/1530 - Segundo alguns historiadores, a prova da traição de Henrique Montes seria a “pressa” com que o rei D. João o nomeou Provedor dos Mantimentos da armada [22405]
03/12/1530 - A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa partiu de Lisboa [12955]
01/07/1531 - Mestre retira-se para Iguape* [22646]
17/08/1531 - Diário de Pero Lopes [11623]
10/10/1532 - Martim Afonso concede sesmarias [21966]
1533 - Adorno assassina Henrique Montes [22649]
01/09/1534 - Armada parte para fundar Buenos Aires [22401]
01/03/1536 - Fundação de Buenos Aires* [21887]
25/09/1536 - Concessão a Bras Cubas / Pascoal Fernandes e Domingos Pires já tinham estabelecido, a leste do ribeiro de São Jerônimo, depois chamado de “Montserrate” [12063]
10/08/1540 - Terras para Bras Cubas [22539]
17/12/1548 - Regimento (instruções) dado por dom João III a Tomé de Sousa, primeiro governador-geral nomeado para o Brasil: “Primeira Constituição do Brasil” [12815]
01/01/1553 - Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei [25214]
03/04/1555 - Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei escrita de São Salvador da Bahia [22690]
1557 - História Geral das Índias Ocidentais, Frei Antonio de São Romão [28057]
31/03/1560 - Rio de Janeiro, São Vicente ou Santos: Onde estava Mem de Sá? [10473]
1594 - Diálogos da Varia História [27158]
02/08/1599 - “Estando em Biraçoyaba, passou ordem ao provedor Braz Cubas, para fazer cobrar 200$000 do fiador dos flamengos João Guimarães e Nicolau Guimarães, para as despezas que estavam fazendo com a gente do trabalho, com que se achava naquelas minas e com os soldados de infantaria que o acompanhavam” [22452]
1600 - Tordesilhas [27854]
1602 - a Igreja do Monte Serrate, edificada em 1602 por D. Francisco Souza [24911]
1620 - Desde os anos 1620, em terras que haviam pertencido a Mestre Bartholomeu Fernandes ou Gonçalves, o famoso ferreiro, vindo na Armada de Martim Afonso, e cujo filho Bartholomeu Fernandes Mourão doou-a á Ordem Beneditina [21463]
27/04/1656 - Em 1656, a 27 de Abril, a Igreja do Monte Serrate, edificada em 1602 por D. Francisco de Souza, éra doada aos benedictinos [23809]
1675 - História da Nova Luzitânia, Brito Freire [27858]
1681 - Em 1681, governando a Capitania o Capitão-Mór Diogo Pinto do Rego, o famoso paulista Lourenço Castanho Taques com Luiz P. Penedo e João Francisco Veigas assignaram um contracto [22691]
1728 - Évora Gloriosa [27352]
13/01/1750 - Fernando VI da Espanha e Dom João V de Portugal assinam Tratado de Madrid [8186]
1775 - O Capitão-General Martim Lopes Lobo Saldanha, foi quem mandou, depois de 1775, construir o primeiro aterrado que houve entre os rios Grande e Pequeno [22692]
1798 - NOTICIAS DOS ANNOS EM QUE SE DESCOBRIU O BRASIL [28004]





  Santos/SP
  Últimas atualizações
  24/10/2025 04:30:47º de
abrir registro
   
16 de julho de 1728, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 04:39:22
Governador da Província de São Paulo, Antonio da Silva Caldeira Pimentel, escreve ao rei
•  Cidades (2): Curitiba/PR, Sorocaba/SP
•  Pessoas (5): Antonio da Silva Caldeira Pimentel, Balthazar Fernandes (1577-1670), Cristovão Pereira de Abreu (50 anos), Francisco de Souza e Faria, João V, O Magnânimo (39 anos)
•  Temas (4): Caminho de Curitiba, Estradas antigas, Ouro, Tropeiros
Invalidadas as doações de terras feitas a Igreja
Data: 1729
Créditos: Documentos Interessantes
Rei D. João anula as doações feitas por Baltazar ao Mosteiro (Mosteiro São Bento. Baltazar Fernandes (!) (£) .242.
    1 fonte
  0 relacionadas




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  30/10/2025 12:05:21º de
abrir registro
   
1904
Atualizado em 02/11/2025 04:39:21
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. IX
•  Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Iperó/SP, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (12): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Clemente Álvares (1569-1641), Domingos Ferreira Pereira, Francisco de Sousa (1540-1611), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), José de Anchieta (1534-1597), Maria Gonçalves "Sardinha" (n.1541), Pedro Fernandes Sardinha (1496-1556), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855)
•  Temas (10): Biscainhos, Fazenda Ipanema, Jurubatuba, Geraibatiba, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Ouro, Rio Geribatiba, Rio Pinheiros, Rio Ypanema, Serra da Mantiqueira
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. IX
Data: 1904
Página 23
    Registros relacionados
1531. Atualizado em 10/10/2025 20:05:26
1°. Suposto nascimento de Affonso Sardinha
Foi Afonso Sardinha, o velho, acompanhado por seu filho de igual nome, quem devassou o sertão paulista á procura de minerais. Mais feliz do que seus predecessores, pode ele achar o ouro em Jaraguá, em Jaguamimbola, em Ivituruna em 1597, e esse metal, com prata e o ferro em Biraçoiaba em 1590 ou 1597.A insistência com que Taques o chama de paulista leva a crer ter nascido Sardinha na Capitania, lá por volta de 1531, o que lhe daria 25 anos apenas na época em que o elegeram vereador da vila de Santos. Por outro lado existe uma escritura de 9 de junho de 1615, pela qual ele e sua mulher D. Maria Gonçalves fazem uma doação aos Jesuítas. Isto lhe daria uma existência mínima de 85 anos, e 66 teria ele ao descobrir o ouro na Mantiqueira.Nenhuma dessas conclusões é difícil de admitir-se, nem mesmo a pouca idade com que foi membro da administração local, pois a lei única da Capitania era a vontade do donatário ou de seu representante, não vigorando Ordenações em virtude do próprio sistema de colonização adotado por Portugal.Traz, porém, esse modo de encarar o problema uma dificuldade suplementar, o saber de quem Sardinha teria obtido os conhecimentos precisos para se tornar perito em distinguir os minérios de ferro e sua metalurgia rudimentar.É possível que somente um após o outro lhe tenham sido ministrados esses elementos técnicos. Dos seus progenitores teria aprendido a conhecer os óxidos de ferro, o que daria áqueles, como berço provável, o norte de Portugal, onde mais facilmente eram conhecidos os minérios biscainhos.Nesta faze teria descoberto a jazida de baixo teor metálico do Rio dos Pinheiros. Com o afluxo de novo pessoal, trazidos pelas náos vindas do Reino, ou desembarcado de bordo de corsários e piratas que infestavam a costa brasileira, é possível tivesse chegado a São Vicente algum fundidor espanhol ou francês, ao qual Sardinha viesse a dever sua instrução metalúrgica.Essa hipótese explica satisfatoriamente dois fatos, um dos quais, sem ela, é problema insolúvel: é este a impossibilidade de ter aquele paulista, isto é, nascido na Capitania, feito sua educação profissional com recursos puramente locais; o segundo fato, é justificar respeitando todas as nossas deduções anteriores, o largo prazo decorrido dentre a descoberta do depósito do rio dos Pinheiros e sua utilização, não por Sardinha, mas por uma sociedade de que mais adiante falaremos. [p. 25, 26 e 27]
12 de julho de 1552, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:47:14
2°. Uma das primeiras notícias sobre a existência destas riquezas se deu através de uma carta do bispo Pedro Fernandes Sardinha ao rei
Continuaram as pesquisas sem descanso até que em 1552 apareceram as primeiras folhetas de ouro paulista, conforme consta da carta do bispo D. Pedro Fernandes Sardinha a D. João III em 12 de julho de 1552. Dois anos mais tarde Anchieta anunciava a descoberta do ferro, do ouro e da prata.

(...) Em 1552 fôra achado o ouro; possível é que uma descoberta de minério de ferro, feita mais ou menos na mesma época na zona entre o litoral e São Paulo tivesse dado lugar a que o Padre Anchieta reunisse ambos os fatos sob uma epígrafe comum. Vários indícios e alguns fatos parecem corroborar esse modo de ver.

A duas léguas a sueste da atual capital do Estado, na freguesia de Santo Amaro, á margem esquerda de um afluente do Rio dos Pinheiros, foram encontrados minérios que deram lugar ao estabelecimento de uma pequena forja.

Ainda em princípios do século passado, o Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855) pode ver as ruínas desse estabelecimento que ele afirma ser, sem dúvida alguma, o primeiro levantado no Brasil. Breve teremos ocasião de provar que é infundada esta opinião. [p. 21 e 22]
13 de julho de 1552, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:38:06
3°. Segundo uma comunicação feita pelo primeiro Bispo do Brasil, ao rei D. João, em 13 de julho de 1552, também foi colhido ouro, nas margens do Cubatão, juntos nos desaguadouros dos riachos que desciam da lombada do Paranapiacaba
Continuaram as pesquisas sem descanso até que em 1552 apareceram as primeiras folhetas de ouro paulista, conforme consta da carta do bispo D. Pedro Fernandes Sardinha a D. João III em 12 de julho de 1552. Dois anos mais tarde Anchieta anunciava a descoberta do ferro, do ouro e da prata.

(...) Em 1552 fôra achado o ouro; possível é que uma descoberta de minério de ferro, feita mais ou menos na mesma época na zona entre o litoral e São Paulo tivesse dado lugar a que o Padre Anchieta reunisse ambos os fatos sob uma epígrafe comum. Vários indícios e alguns fatos parecem corroborar esse modo de ver.

A duas léguas a sueste da atual capital do Estado, na freguesia de Santo Amaro, á margem esquerda de um afluente do Rio dos Pinheiros, foram encontrados minérios que deram lugar ao estabelecimento de uma pequena forja.

Ainda em princípios do século passado, o Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855) pode ver as ruínas desse estabelecimento que ele afirma ser, sem dúvida alguma, o primeiro levantado no Brasil. Breve teremos ocasião de provar que é infundada esta opinião.

Em todo caso, é certo que nas proximidades de Santos e de São Paulo esses minérios existiam, na zona em que era natural fossem mais ativas as pesquisas. Era lógico, pois, aceitar o alvitre sugerido por aquele sábio geólogo alemão, atribuindo a Afonso Sardinha o descobrimento dessas jazidas. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. IX, 1904. Páginas 21 e 22]
1556. Atualizado em 24/10/2025 02:38:22
4°. Afonso Sardinha é vereador da vila de Santos
Continuaram as pesquisas sem descanso até que em 1552 apareceram as primeiras folhetas de ouro paulista, conforme consta da carta do bispo D. Pedro Fernandes Sardinha a D. João III em 12 de julho de 1552. Dois anos mais tarde Anchieta anunciava a descoberta do ferro, do ouro e da prata.

(...) Em 1552 fôra achado o ouro; possível é que uma descoberta de minério de ferro, feita mais ou menos na mesma época na zona entre o litoral e São Paulo tivesse dado lugar a que o Padre Anchieta reunisse ambos os fatos sob uma epígrafe comum. Vários indícios e alguns fatos parecem corroborar esse modo de ver.

A duas léguas a sueste da atual capital do Estado, na freguesia de Santo Amaro, á margem esquerda de um afluente do Rio dos Pinheiros, foram encontrados minérios que deram lugar ao estabelecimento de uma pequena forja.

Ainda em princípios do século passado, o Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855) pode ver as ruínas desse estabelecimento que ele afirma ser, sem dúvida alguma, o primeiro levantado no Brasil. Breve teremos ocasião de provar que é infundada esta opinião. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. IX, 1904. Páginas 21 e 22]

Em todo caso, é certo que nas proximidades de Santos e de São Paulo esses minérios existiam, na zona em que era natural fossem mais ativas as pesquisas. Era lógico, pois, aceitar o alvitre sugerido por aquele sábio geólogo alemão, atribuindo a Afonso Sardinha o descobrimento dessas jazidas.

Além de ser este homem conhecido e de valor, tanto que em 1556 já era vereador da Vila de Santos, tinha para provar sua competência especial o descobrimento dos minérios do morro de Biraçoyaba.

Novo elemento de prova encontra-se porém no fato de morar Sardinha em um sítio, chamado Ubatá, "junto ao rio Juribatuba que agora se diz Rio dos Pinheiros", reza a Chronologia paulista citando Pedro Taques; deste sítio, em 1604, antes, portanto, como havemos de ver, da fundação da fábrica de ferro, data ele seu testamento. Morando no local das minas, a proximidade dos primeiros pontos povoados de modo permanente pelos portugueses, não será natural atribuir-lhe a descoberta? E julga-la anterior das jazidas do termo de Sorocaba? Esta hipótese que aventamos permite conciliar vários fatos.

Ela explica a notícia dada pelo Padre Anchieta em 1554; enquanto a localização em Ypanema da primeira descoberta de Afonso Sardinha deixaria de pé a dúvida suscitada pelo largo intervalo que medeia entre a charta quadrimestral que deu a nova, e a fundação da usina de ferro do Valle das Furnas em 1590.

E a constatar essa demora de 26 anos está a rapidez das determinações doo governador D. Francisco de Souza, recebendo em 1597 a notícia de terem sido achados ouro, prata e ferro em Biraçoiaba e mandando pessoal adestrado e fazendo as nomeações necessárias no fim do mesmo ano e começo do seguinte. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. IX, 1904. Página 23]

Foi Afonso Sardinha, o velho, acompanhado por seu filho de igual nome, quem devassou o sertão paulista á procura de minerais. Mais feliz do que seus predecessores, pode ele achar o ouro em Jaraguá, em Jaguamimbola, em Ivituruna em 1597, e esse metal, com prata e o ferro em Biraçoiaba em 1590 ou 1597.

A insistência com que Taques o chama de paulista leva a crer ter nascido Sardinha na Capitania, lá por volta de 1531, o que lhe daria 25 anos apenas na época em que o elegeram vereador da vila de Santos. Por outro lado existe uma escritura de 9 de junho de 1615, pela qual ele e sua mulher D. Maria Gonçalves fazem uma doação aos Jesuítas. Isto lhe daria uma existência mínima de 85 anos, e 66 teria ele ao descobrir o ouro na Mantiqueira.

Nenhuma dessas conclusões é difícil de admitir-se, nem mesmo a pouca idade com que foi membro da administração local, pois a lei única da Capitania era a vontade do donatário ou de seu representante, não vigorando Ordenações em virtude do próprio sistema de colonização adotado por Portugal.

Traz, porém, esse modo de encarar o problema uma dificuldade suplementar, o saber de quem Sardinha teria obtido os conhecimentos precisos para se tornar perito em distinguir os minérios de ferro e sua metalurgia rudimentar.

É possível que somente um após o outro lhe tenham sido ministrados esses elementos técnicos. Dos seus progenitores teria aprendido a conhecer os óxidos de ferro, o que daria áqueles, como berço provável, o norte de Portugal, onde mais facilmente eram conhecidos os minérios biscainhos.

Nesta faze teria descoberto a jazida de baixo teor metálico do Rio dos Pinheiros. Com o afluxo de novo pessoal, trazidos pelas náos vindas do Reino, ou desembarcado de bordo de corsários e piratas que infestavam a costa brasileira, é possível tivesse chegado a São Vicente algum fundidor espanhol ou francês, ao qual Sardinha viesse a dever sua instrução metalúrgica.

Essa hipótese explica satisfatoriamente dois fatos, um dos quais, sem ela, é problema insolúvel: é este a impossibilidade de ter aquele paulista, isto é, nascido na Capitania, feito sua educação profissional com recursos puramente locais; o segundo fato, é justificar respeitando todas as nossas deduções anteriores, o largo prazo decorrido dentre a descoberta do depósito do rio dos Pinheiros e sua utilização, não por Sardinha, mas por uma sociedade de que mais adiante falaremos. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. IX, 1904. Páginas 25, 26 e 27]
1 de março de 1587, domingo. Atualizado em 30/10/2025 23:47:57
5°. Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil
Nas capitanias setentrionais a natureza geológica do terreno condenava as tentativas de ai fundar-se a siderurgia. Gabriel Soares de Souza fala de minas de ferro e aço, trinta léguas adentro pelo sertão da Bahia, sem indicação de lugar entretanto, elas nunca foram exploradas. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. IX, 1904. Página 37]
1592. Atualizado em 24/10/2025 02:38:33
6°. Registros de construção de fortificações, como a de Emboaçava
Nas capitanias setentrionais a natureza geológica do terreno condenava as tentativas de ai fundar-se a siderurgia. Gabriel Soares de Souza fala de minas de ferro e aço, trinta léguas adentro pelo sertão da Bahia, sem indicação de lugar entretanto, elas nunca foram exploradas. [Página 37]
15 de junho de 1592, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:36
7°. Avistaram a costa do Brasil (1590) ou chegaram a "sabarabussú" (1592)
Nas capitanias setentrionais a natureza geológica do terreno condenava as tentativas de ai fundar-se a siderurgia. Gabriel Soares de Souza fala de minas de ferro e aço, trinta léguas adentro pelo sertão da Bahia, sem indicação de lugar entretanto, elas nunca foram exploradas.
1597. Atualizado em 23/10/2025 17:21:28
8°. Tem minas de ouro de lavagem nas chamadas de Vuturuna, em cuja terra as descobrio no anno de 1597 o Paulista Afonso Sardinha, como fica referido
Frei Afonso Sardinha, o velho, acompanhado por seu filho de igual nome, quem devassou o sertão paulista á procura de minerais. Mais feliz do que seus predecessores, pode ele achar o ouro em Jaraguá, em Jaguamimbola, em Ivituruna em 1597, e esse metal, com prata e o ferro em Biraçoiaba em 1590 ou 1597.
1610. Atualizado em 23/10/2025 15:41:07
9°. Sorocaba (data estimada)
O trabalho da fabrica real de Biraçoyaba, e o transporte do ferro, dos materiaes e do pessoal entre esse logar e a villa de S. Paulo não tinham conseguido estabelecer uma estrada permanente, ao longo da qual os pouzos balisassem o centro das futuras povoações. Sorocaba, por exemplo a cujo termo pertenciam as minas, só em 1610 foi fundada. Não é de estranhar, portanto, que pouco a pouco se perdesse a noção dessas jazidas metalliferas, em uma epocha na qual as vistas se voltavam preferencialmente para as pesquizas do ouro, que ia sendo descoberto em quantidades cada vez mais crescentes.
9 de junho de 1615, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:39:23
10°. Fazenda de Carapicuíba foi doada aos jesuítas
A insistência com que Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) o chama de paulista leva a crer ter nascido Sardinha na Capitania, lá por volta de 1531, o que lhe daria 25 anos apenas na época em que o elegeram vereador da vila de Santos. Por outro lado existe uma escritura de 9 de junho de 1615, pela qual ele e sua mulher D. Maria Gonçalves fazem uma doação aos Jesuítas. Isto lhe daria uma existência mínima de 85 anos, e 66 teria ele ao descobrir o ouro na Mantiqueira.

Nenhuma dessas conclusões é difícil de admitir-se, nem mesmo a pouca idade com que foi membro da administração local, pois a lei única da Capitania era a vontade do donatário ou de seu representante, não vigorando Ordenações em virtude do próprio sistema de colonização adotado por Portugal.

Traz, porém, esse modo de encarar o problema uma dificuldade suplementar, o saber de quem Sardinha teria obtido os conhecimentos precisos para se tornar perito em distinguir os minérios de ferro e sua metalurgia rudimentar.

É possível que somente um após o outro lhe tenham sido ministrados esses elementos técnicos. Dos seus progenitores teria aprendido a conhecer os óxidos de ferro, o que daria áqueles, como berço provável, o norte de Portugal, onde mais facilmente eram conhecidos os minérios biscainhos.

Nesta faze teria descoberto a jazida de baixo teor metálico do Rio dos Pinheiros. Com o afluxo de novo pessoal, trazidos pelas náos vindas do Reino, ou desembarcado de bordo de corsários e piratas que infestavam a costa brasileira, é possível tivesse chegado a São Vicente algum fundidor espanhol ou francês, ao qual Sardinha viesse a dever sua instrução metalúrgica.

Essa hipótese explica satisfatoriamente dois fatos, um dos quais, sem ela, é problema insolúvel: é este a impossibilidade de ter aquele paulista, isto é, nascido na Capitania, feito sua educação profissional com recursos puramente locais; o segundo fato, é justificar respeitando todas as nossas deduções anteriores, o largo prazo decorrido dentre a descoberta do depósito do rio dos Pinheiros e sua utilização, não por Sardinha, mas por uma sociedade de que mais adiante falaremos. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. IX, 1904. Páginas 25, 26 e 27]
14 de março de 1681, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 15:15:55
11°. Lopes de Carvalho se apresenta como descobridor das minas de ferro: pena de morte
2 de maio de 1682, sábado. Atualizado em 24/10/2025 04:08:11
12°. Teve a honra de receber uma carta de el-rei D. Pedro recomendando-lhe ajudasse a Fr. Pedro de Sousa nas diligencias e exames das minas de prata a que era mandado, acompanhando ao dito religioso á serra de Hybirassoyaba, termo da villa de Sorocaba
A 2 de maio de 1682 mandou o príncipe, D. Pedro II, várias cartas autografadas aos paulistas mais ilustres da capitania, afim de que eles auxiliassem dedicadamente a tentativa que ia ser feita; entre outras receberam as missivas Pedro Vaz de Barros, morador da freguesia de São Roque, termo da vila de Parnaíba, Domingos de Brito Peixoto, morador na vila de Santos e Pedro Guerra Leme, residente em Cubatão. [Página 36]
28 de fevereiro de 1765, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:16
13°. Domingos Ferreira Pereira construiu uma fábrica de ferro no Araçoiaba, cerca de 3 km do engenho dos Sardinha
9 de dezembro de 1765, segunda-feira. Atualizado em 29/10/2025 02:51:10
14°. Ofício do governador e capitão-general da capitania de São Paulo, D. Luís de Antônio de Sousa Botelho Mourão, Morgado de Matheus, para o ministro e secretário de estado dos negócios do reino, Sebastião José de Carvalho de Melo, Conde de Oeiras, dando-lhe conhecimento do envio da amostra do primeiro ferro extraído por Domingos Ferreira Pereira da mina junto à vila de Sorocaba e manifestando o desejo que o ferro seja o suficiente para o trabalho dos mineiros
13 de dezembro de 1765, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:55
15°. Fábrica
18 de maio de 1767, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:24
16°. Documento
Outubro de 1782. Atualizado em 25/02/2025 04:47:23
17°. Fábrica*
22 de outubro de 1825, sábado. Atualizado em 14/06/2025 21:27:49
18°. estrada
Que sobre a admissão de Colonos não se pode acrescentar ao que tão sabiamente expendeo o Brigadeiro Muller: parece que não tem lugar esta proposição para o Rio de Una nem mesmo para qualquer outro dos centros deste Distrito os quais estão mais ou menos povoados até dois e três dias de viagem.

A Ribeira não tem um só palmo de terreno que não esteja trabalhado ou com proprietário até muito acima do porto de Apiaí, o mesmo Rio Juquiá ha pouco encetado tem já um bom princípio de povoação além de bastante posses que alguns se tem ido ali fazer e de muitos outros que estão a espera que se efetua a estrada para Sorocaba para irem estabelecer-se.

7o. - Que a estrada do Rio Juquiá para a Vila de Sorocaba, pelo que pertence ao Distrito desta Vila, consta está incumbido ao zelo e atividade do Sargento Mor Bartholomeu da Costa Almeida e Cruz.
21 de abril de 2024, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:40:56
19°. Imagens de um "Índio brasileiro fazendo ferro", criadas digitalmente pelo ChatGPT




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  24/10/2025 17:46:21º de
abrir registro
   
1730
Atualizado em 02/11/2025 04:39:22
Mapa do século XVII que abrange as regiões entre os rios Paraguai, Paraná e a costa brasileira desde Santos até o Rio Grande
•  Cidades (17): Apiaí/SP, Araçariguama/SP, Bituruna/PR, Botucatu/SP, Cananéia/SP, Itanhaém/SP, Itapecirica da Serra/SP, Itapeva/SP, Itararé/SP, Itu/SP, Laguna/SC, Paranaguá/PR, Paranapanema/SP, Pitanga/PR, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Temas (44): Abangobi, Abayandava, Bituruna, vuturuna, Cachoeiras, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho Itú-Sorocaba, Caminho velho, Cristãos, Diamantes e esmeraldas, Encarnação, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Gualachos/Guañanas, Guayrá, Jardim Itanguá / Manchester, Lagoa Dourada, Lagoas, Metalurgia e siderurgia, Nossa Senhora da Candelária, Nossa Senhora da Luz, Ouro, Piqueri, Registro de Animais, Rio Apiay, Rio Capitininga, Rio Guapeí, Rio Itararé, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Latipagiha, Rio Mboy, Rio Paranapanema, Rio Paranapitanga, Rio Pardo, Rio Pinheiros, Rio Piracicaba, Rio Pirapo, Rio Sarapuy, Rio Sorocaba, Rio Tamanduatei, San Xavier del Yupabay, Serra de Ibituruna, Serra de Ibotucatu, Vila de Nossa Senhora da Ponte, Ybitirembá
Mapa do século XVII que abrange as regiões entre os rios Paraguai, Paraná e a costa brasileira desde Santos até o Rio Grande
Data: 1700
01/01/1700
    2 fontes
  0 relacionadas
    Registros relacionados
1 de fevereiro de 1516, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:48
1°. João Dias Solis penetrou na emboucadura do Rio da Prata




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  13/02/2025 06:42:31º de
abrir registro
   
1954
Atualizado em 02/11/2025 04:39:21
Histórias e Tradições da Cidade de Sao Paulo
•  Cidades (6): Atibaia/SP, Carapicuiba/SP, Guarulhos/SP, Itu/SP, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP
•  Temas (13): Caminho velho de Juquiri, Epidemias e pandemias, Estradas antigas, Teju-guassu, Tabatinguera, Rio Tamanduatei, São Miguel dos Ururay, Ururay, Rio Ururay, Ipiranga, Pontes, Caminho do Mar, Colinas
    Registros relacionados
1583. Atualizado em 24/10/2025 03:11:11
1°. Os primeiros caminhos em direção ao ouro saiam da Vila de Pirapitinga de São Paulo, sendo terrestres para Minas Gerais e Goiás e fluvial para Cuiabá
As comunicações por terra, ao contrário, foram se ampliando e ganhando condições melhores - embora em escala pequena - particularmente em fins do século XVIII quando se acalmara o tropel das bandeiras e começou a se esboçar o ressurgimento da agricultura e do comércio na região de São Paulo e em boa parte da capitania.

Então, muitos caminhos antigos já haviam desaparecido, às vezes suplantados por traçados novos. Do centro da povoação em seus tempos primitivos - observou Nuto Santana - ia-se para o lado do nascente pelo caminho correspondente ao traçado da futura rua do Carmo. Rigorosamente, para sueste. Era um caminho estreito, que contornava a colina até a ponte do Tamanduatéi ou da Tabatinguera, ou ainda do Ipiranga - pois todos esses nomes ela foi conhecida na era quinhentista.

Logo depois dessa ponte saía uma variante que mais tarde se chamou da Moóca e que levava à Penha - "o primeiro arranco de casa para os que saíam de São Paulo", no dizer de Antonil - onde se bifurcava. Um ramo ia para Nossa Senhora da Conceição de Guarulhos, Lavras Velhas, Nazaré. O ouro, mais ao sul, via Ururaí (São Miguel) e Bougi (Mogi), para o lado do Rio de Janeiro. Diversas trilhas vicinais desse caminho - acrescentou Nuto Santana - conduziam ao Pari, ao Piquiri, ao Piaçaguera e outros lugares ou núcleos pequenos da margem do Tietê povoados por nativos.

Todos esses eram quase sempre variantes dos caminhos principais e buscavam localidades insignificantes. Assim, ainda segundo o autor de São Paulo Histórico, havia os caminho do Pari, do Pequiri e do Tejuguaçu, que eram variantes do Caminho do Mar. E os de Carapicuíba, Ibata e Embuaçava, que eram variantes do de Pinheiros. Os caminhos de maior importância que irradiavam da povoação em fins do século XVI - em torno de 1583 - sabe-se que eram apenas cinco:

em direção a leste, procurando o Tamanduateí, o da Tabatinguera; para o sul do Ipiranga - começo do Caminho do Mar - e o de Ibirapuera, futuramente de Santo Amaro; para oeste o caminho de Pinheiros; e para o norte do do Guaré.

Sem falar nas trilhas de nativos que comunicavam o planalto de Piratininga já nessa época com regiões distantes, e por onde vieram uns espanhóis que apareceram na vila em 1583 e foram presos. E daqueles cinco os de significação maior nos primeiros séculos foram o de Ibirapuera, o de Pinheiros e o do Mar.

O caminho de Ibirapuera teve depois a denominação pitoresca de Caminho do Carro que vai para Santo Amaro. De acordo com pesquisas de Nuto Santana, o seu primeiro trecho podia ter sido o correspondente à futura rua da Cruz Preta (mais tarde do Príncipe e depois Quintino Bocaiúva).
1620. Atualizado em 25/02/2025 04:45:15
2°. Bois
É verdade que no começo do século XVII já se falava em um novo Caminho do Mar, que havia custado esforço enorme e que não podia ser transitado por boiadas, como se verifica em uma referência de 1620.
1 de setembro de 1622, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:39:27
3°. Relatava o procurador aos parceiros quanto estavam danificados os caminhos, pontes e serventias da vila, sobretudo a ponte da fazenda, outrora de Afonso Sardinha, onde chamavam Ibatatá ou Tabatinguera e Guarepe
As comunicações por terra, ao contrário, foram se ampliando e ganhando condições melhores - embora em escala pequena - particularmente em fins do século XVIII quando se acalmara o tropel das bandeiras e começou a se esboçar o ressurgimento da agricultura e do comércio na região de São Paulo e em boa parte da capitania.

Então, muitos caminhos antigos já haviam desaparecido, às vezes suplantados por traçados novos. Do centro da povoação em seus tempos primitivos - observou Nuto Santana - ia-se para o lado do nascente pelo caminho correspondente ao traçado da futura rua do Carmo. Rigorosamente, para sueste. Era um caminho estreito, que contornava a colina até a ponte do Tamanduatéi ou da Tabatinguera, ou ainda do Ipiranga - pois todos esses nomes ela foi conhecida na era quinhentista.

Logo depois dessa ponte saía uma variante que mais tarde se chamou da Moóca e que levava à Penha - "o primeiro arranco de casa para os que saíam de São Paulo", no dizer de Antonil - onde se bifurcava. Um ramo ia para Nossa Senhora da Conceição de Guarulhos, Lavras Velhas, Nazaré. O ouro, mais ao sul, via Ururaí (São Miguel) e Bougi (Mogi), para o lado do Rio de Janeiro. Diversas trilhas vicinais desse caminho - acrescentou Nuto Santana - conduziam ao Pari, ao Piquiri, ao Piaçaguera e outros lugares ou núcleos pequenos da margem do Tietê povoados por nativos.

Todos esses eram quase sempre variantes dos caminhos principais e buscavam localidades insignificantes. Assim, ainda segundo o autor de São Paulo Histórico, havia os caminho do Pari, do Pequiri e do Tejuguaçu, que eram variantes do Caminho do Mar. E os de Carapicuíba, Ibata e Embuaçava, que eram variantes do de Pinheiros. Os caminhos de maior importância que irradiavam da povoação em fins do século XVI - em torno de 1583 - sabe-se que eram apenas cinco: em direção a leste, procurando o Tamanduateí, o da Tabatinguera; para o sul d o Ipiranga - começo do Caminho do Mar - e o de Ibirapuera, futuramente de Santo Amaro; para oeste o caminho de Pinheiros; e para o norte do do Guaré.

Sem falar nas trilhas de nativos que comunicavam o planalto de Piratininga já nessa época com regiões distantes, e por onde vieram uns espanhóis que apareceram na vila em 1583 e foram presos. E daqueles cinco os de significação maior nos primeiros séculos foram o de Ibirapuera, o de Pinheiros e o do Mar.
1655. Atualizado em 25/02/2025 04:45:13
4°. Caminho do mar
Em 1655 os moradores de São Paulo não se atreviam a ir ao mar com suas mercancias - registrava uma ata da Câmara - com medo de uma onça que havia atacado e morto algumas pessoas. Outras vezes o Caminho do Mar era fechado com guardas, por ordem da Câmara da vila piratiningana: quando a povoação de Santos, por exemplo, era assolada por alguma epidemia de bexigas.




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  24/10/2025 02:36:57º de
abrir registro
   
1923
Atualizado em 02/11/2025 04:39:20
Pedro Taques e seu tempo
•  Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (7): Afonso d´Escragnolle Taunay (47 anos), Bartolomeu Pais de Abreu (1674-1738), Brás Cubas (1507-1592), Estevão Raposo Bocarro, Leonor de Siqueira Pais (n.1681), Maria de Abreu Pedroso Leme, Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777)
•  Temas (5): Mapaxós, Cataguazes, Hiapó, Nossa Senhora da Expectação do Ó / Carmo, Ouro
Filhos Suzana*
Data: 1600
Créditos: arvore.net.br/Paulistana/FernPov.htm
Genealogia Pauslitana
    6 fontes
  0 relacionadas
    Registros relacionados
26 de julho de 1584, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 03:29:05
1°. Papa Gregório XIII fixou a data da festa de Sant´Ana em 26 de Julho, e o Papa Leão XIII
Entrava-se em terras de Parnahyba, onde André Fernandes, desde 1580, desbravava a mata. Adiante de Parnahyba era o sertão bruto cheio de misteriosos perigos, e da insidia dos selvícolas. Um ganho dessa via, hoje a acompanhar terrenos do Hospital de Isolamento e do Cemitério do Araçá, servia de separação das terras do Pacaembu e do Mandihy, propriedades dos jesuítas, das da Emboaçava, pertencentes ao velho Afonso Sardinha.

Era por esse caminho que se galgava o "sertão de Jundiahy", refúgio de criminosos e homiziados. Passando por entre o Jaraguá e a serra de Cantareira marginavam-no terras de cultura dos Pires e Buenos.Tietê abaixo tocava-se em Nossa Senhora da Expectação, bairro onde Manuel Preto erigira, em 1615, a capela de Nossa Senhora do Ó e fazia então trabalhar os seus mil escravizados vermelhos. Povoador de enorme área distribuía André Fernandes.
19 de março de 1704, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:08:13
2°. Sesmarias concedidas




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  21/03/2025 21:08:46º de
abrir registro
   
1912
Atualizado em 02/11/2025 04:39:20
Historia de la Compañía de Jesús en la provincia del Paraguay, Vol. 3
•  Cidades (5): Cananéia/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (8): Felipe de Campos Banderborg (1618-1681), Felipe Rexe Gorbalán, Filipe de Campos Bicudo (1706-1762), Francisco Pedroso Xavier (1635-1680), João da Rocha Pita, Jorge Soares de Macedo, Manoel de Campos Bicudo, Rodrigo de Castelo Branco
•  Temas (13): Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Metalurgia e siderurgia, Jesuítas, Juan de Peralta, Léguas, Ouro, Peru, Portos, Ribeirão das Furnas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Paraná, Minas de Tambó
Historia de la Compañía de Jesús en la provincia del Paraguay, Volume 03
Data: 1912
Página 207
    Registros relacionados
1678. Atualizado em 24/10/2025 03:39:54
1°. Expedição
Eles dão notícias de que os portugueses deixaram San Pablo para estragar; que eles têm suas colheitas em Jerez, e que Francisco Pedroso partiu em 1678 com 22 portugueses e 30 tupis, e que ele havia atravessado o rio Paraguai, ninguém saberá dele; e que Antonio Antunes, tinha saído com 30 e 18 tupis, e Manuel de Campos, com 15 e 12 tupis, e eram esses certonistas que estavam xingando os índios para vendê-los por 50 patacones cada; e não se sabe para onde foram, a não ser pelo que disse Pedroso, que se debateria no dito bando do Paraguai, e que fez descer as canoas, juntando-se às outras para o povoado de Tobatí, distante 12 léguas deste cidade; e teme-se que recebam ajuda de gente do Brasil, para que possam tentar uma empreitada maior.

Acrescentou que Juan Nuñes Bicudo deixou San Pablo com homens e um grande número de tupis sob o pretexto de ter encontrado muitas minas de ouro ricas, lá nas cabeceiras do Iguazú e quase no Attira e no meio de Cananea e Tambo. que está além do Salto del Guairá; mas, segundo Juan de Peralta, não dão muita atenção ao ouro, preferindo matar índios. [Página 238 e 239]




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  31/10/2025 06:31:04º de
abrir registro
   
1913
Atualizado em 02/11/2025 04:39:19
Inventario dos documentos relativos ao Brasil existentes no Archivo de Marinha e Ultramar de Lisboa
•  Cidades (3): Paranaguá/PR, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (8): Antonio Paes Sande (1622-1695), Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Francisco de Sousa (1540-1611), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Jacinto Moreira Cabral, José de Anchieta (1534-1597), Miguel Lopes, Rodrigo de Castelo Branco
•  Temas (20): Açúcar, Assassinatos, Caminho do Mar, Caminho São Paulo-Santos, Curiosidades, Engenho(s) de Ferro, Escolas, Estradas antigas, Gentios, Itapeva (Serra de São Francisco), Medicina e médicos, Metalurgia e siderurgia, Ouro, Pernaguá, Portos, Prata, República, Sabarabuçu, Serra de Paranapiacaba, Vinho
Inventario dos documentos relativos ao Brasil existentes no Archivo de Marinha e Ultramar de Lisboa
Data: 1913
Créditos: Eduardo de Castro de Almeida e Biblioteca Nacional de Lisboa. Archivo de Marina; Biblioteca Nacional
Página 198
    Registros relacionados
1610. Atualizado em 23/10/2025 15:41:07
1°. Sorocaba (data estimada)
(...) o sucesso que teve D. Francisco de Souza, quando foi aquela Capitania, pois acompanhando os Paulistas ao mineiro que mandou á serra de Sabarabussú, para saberem a parte donde ela ocultava as minas, depois de achadas, de que se fez aviso ao dito D. Francisco, e tiradas muitas cargas de pedra, que o mineiro trazia com grande contentamento, ponderando eles a mesma escravidão, que agora temem seus netos, mataram no caminho ao mineiro, e esconderam a pedra, disseram a D. Francisco que morrera no caminho, e se enganava no que havia escrito a S. Senhoria, de que resultou morrer o dito D. Francisco em breves dias e se perpetuar a suspensão daquelas minas, a tradição de haver muito ricas (...)” [Páginas 198 e 199]
1625. Atualizado em 09/10/2025 04:01:50
2°. “O Novo Mundo: Descrição das Índias Ocidentais” ("Nieuvve wereldt, ofte, Beschrijvinghe van West-Indien"), 1625. Jean de Laet (1571-1649)
Luiz Lopes de Carvalho fez presente neste Conselho, que servindo de capitão da Capitania de Tinhaem, descobrira no termo da Vila de Sorocaba as minas das Serra de Birasojaba, que dista 3 léguas da dilta vila, e as minas da serra da Caatiba, que fica 2 léguas da mesma vila, indo em sua companhia Jacinto Moreira Cabral, Alcaide-mor dela pelo donatário o Conde da Ilha do Príncipe e o cel. Pascoal Moreira Cabral, moradores no termo da mesma vila, aos quais devia V. A. mandar escrever para irem mostrar as ditas minas, e ajudarem com suas pessoas e escravizados ao Padre Frei Pedro; como também a Miguel Lopes de Carvalho, capitão da Capitania de Tinhaem; o Capitão Domingos de Brito Peixoto; o capitão Pedro da Guerra, moradores todos 3 na vila de Santos; o capitão Guilherme Pompeo de Almeida; o capitão Antonio de Godoy Moreira, e o capitão Pedro de Paes de Barros, estes moradores na vila de São Paulo, porque todos tinham posses, muitos negros, e grande desejo de servirem a V. A. [Página 158]
27 de março de 1681, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:04
3°. Carta de Fernão Dias em que dá diversas informações a respeito da sua viagem, na exploração das minas
16 de março de 1682, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:07:43
4°. “descobrira no termo da Vila de Sorocaba as minas das Serra de Birasojaba, que dista 3 léguas da dilta vila, e as minas da serra da Caatiba, que fica 2 légua”
Luiz Lopes de Carvalho fez presente neste Conselho, que servindo de capitão da Capitania de Tinhaem, descobria no termo da vila de Sorocaba as minas da Serra de Birasojaba, que dista 3 léguas da dita vila, e as minas da serra de Caatiba, que fica 2 léguas da mesma vila, indo em sua companhia Hyacinto Moreira Cabral, Alcaide-Mór dela pelo donatário o Conde da Ilha do Príncipe e o coronel Paschoal Moreira Cabral, moradores no termo da mesma vila, aos quais devia V. A. mandar escrever para irem mostrar as ditas minas, e ajudarem com suas pessoas e escravizados ao Padre Frey Pedro; como também a Miguel Lopes de Carvalho, capitão da Capitania de Tinhaem; o Capitão Domingos de Brito Peixoto; o Capitão Pedro da Guerra, moradores todos 3 na vila de Santos: o capitão Guilherme Pompeo de Almeida; o capitão Antônio de Godoy Moreira, e o capitão Pedro de Vaz de Barros, estes moradores na vila de São Paulo, porque todos tinham posses, muitos negros, e grande desejo de servirem a V. A.

Luiz Lopes de Carvalho fez presente neste Conselho, que servindo de capitão da Capitania de Tinhaem, descobrira no termo da Vila de Sorocaba as minas das Serra de Birasojaba, que dista 3 léguas da dilta vila, e as minas da serra da Caatiba, que fica 2 léguas da mesma vila, indo em sua companhia Jacinto Moreira Cabral, Alcaide-mor dela pelo donatário o Conde da Ilha do Príncipe e o cel. Pascoal Moreira Cabral, moradores no termo da mesma vila, aos quais devia V. A. mandar escrever para irem mostrar as ditas minas, e ajudarem com suas pessoas e escravizados ao Padre Frei Pedro; como também a Miguel Lopes de Carvalho, capitão da Capitania de Tinhaem; o Capitão Domingos de Brito Peixoto; o capitão Pedro da Guerra, moradores todos 3 na vila de Santos; o capitão Guilherme Pompeo de Almeida; o capitão Antonio de Godoy Moreira, e o capitão Pedro de Paes de Barros, estes moradores na vila de São Paulo, porque todos tinham posses, muitos negros, e grande desejo de servirem a V. A.
12 de junho de 1682, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:37
5°. Consulta do Conselho Ultramarino sobre o abono que o Provedor da Fazenda do Rio de Janeiro fizera ao Padre Frei Pedro de Sousa que fôra à exploração das minas de D. Francisco de Sousa
“sobre a ilegalidade da nomeação de dois escrivães da Fazenda, feita pelo Provedor da Fazenda do Rio de Janeiro” e “sobre o abono qu e o Provedor da Fazenda do Rio de Janeiro fizera ao Padre Frei Pedro de Souza que fôra á exploração das minas de D. Francisco de Souza”. [Página 158]
10 de dezembro de 1682, sexta-feira. Atualizado em 27/10/2025 01:19:17
6°. Consulta do Conselho Ultramarino sobre o pedido feito por Luís Lopes de Carvalho para levantar uma fábrica de ferro
1698. Atualizado em 24/10/2025 03:11:44
7°. Relatório de Antonio Paes Sande (1622-1695)
Relatório do Governador Antonio Paes de Sande, em que se indica as causas do malogro das pesquisas das minas do Sul e propõe o alvitre para se obter de uma maneira segura o seu descobrimento

"A fama das minas de ouro e prata de Pernaguá, Itabanhana e Serra de Sabarabussú, despertou o cuidado e aplicação para se descobrirem anda no tempo do domínio de Castela. Ultimamente S.M., que Deus guarde, com despezas consideráveis de sua Real Fazenda procurou o descobrimento e entabolamento destas minas, mandando para este efeito a Dom Rodrigo de Castelbranco, que as não pode ou não soube descobrir.

A minha curiosidade (quando lhe não queiram chamar zelo) procurou em diversos tempos e ocasiões investigar a causa de não conseguir-se este descobrimento das minas, que prometia tão grandes interesses a esta Coroa, valendo-me nas vezes que estive na Baya e no Reyno da notícia de algumas pessoas práticas, que m`a podiam dar dar descobrimentos antigos e modernos. Afirmaram todos que havia as minas que se procuravam descobrir e entabolar, mas que se não achavam, nem se haviam de descobrir pelos meios que se haviam até agora aplicado, por não serem proporcionados para se conseguir o fim que se desejava, Posso depor, que achando-me na Baya ao tempo que Dom Rodrigo de Castelbranco havia entrado a fazer o seu descobrimento (antes do sucesso) afirmaram algumas pessoas práticas, que era impossível conseguir o intento (com a experiência que mostrou) pelas manifestas contradições, de meios, desordens e disposições.

A primeira contradição era, que mal pode descobrir a entabolar minas, que não sabe o que ela são, que os sujeitos que até agora se haviam escolhido para estes descobrimentos não tinham ciência algumas delas. A prata das Índias se beneficia por diversas faculdades, desde que em um certo cerro se acha a mina, até que a prata que nela há, o venha a ser, porque uns nativos (ou brancos que os imitam) não tem mais ofício que buscá-las; outros depois de achadas, seguir as betas e penetrar os estados que mais ou menos profundamente seguram serem reais; outros metem o cabedal naquela mina que se lhe achou ou comprou ou pediu ao administrador geral; outros tem os engenhos donde se mói a pedra a outros finalmente temperam a mesma pedra depois de moída e lhe aplicam os ingredientes com que (conforme espécie e qualidade que ela é) tem mostrado a experiência se une menos vagarosamente o açougue, funde com mais facilidade o metal, no que é necessário delicadíssimo tanto, porque por qualquer falta, se perdem muitas vezes grandes cabedais no erro do temperamento.

Dom Rodrigo de Castelbranco nunca nas Índias foi escrutador ou bruxula (como os Indios) das minas pelos cerros; nunca foi mineiro, nem seguiu bestas ou profundou estados; nunca foi senhor de minas, nem teve ofício de temperar a pedra moída, se falava em alguns termos, era pelos ouvir e não pelos praticar, e assim como no Brazil há tantos senhores de engenhos e nenhum dele sabe como se tempera o açúcar das canas que nele moem, e se o quisessem fazer se perderam, e todavia falam como se entendessem da arte, assim Dom Francisco ainda que tivera engenho nas Índias, nem por isso era descobridor de minas, penetrador de betas, nem temperador de prata; não é pequena contradição do intento encarregar o efeito a quem não se sabe ser causa eficiente, nem ainda instrumental dele.

A segunda contradição era a Infantaria que levava esse homem, porque ou fosse para se introduzir e obedecer, se os Paulistas o não quisessem admitir, ou para autoridade de sua pessoa, execução de suas ordens, ou para o acompanharem no sertão. Se para se introduzir e fazer obedecer, no caso que os Paulistas o repugnem, nem 100 vezes 50 soldados que levava, o poderiam meter na Vila de São Paulo, porque os serros a defendem por todas as partes, seus moradores de grande valor e constância em causa pública, e todos na última desesperaçam são inconquistáveis; e como o nome de infantaria para eles é abominável, e introduzida esta primeira, poderem ter entre si a disposição de toda a mais, seria muito para temer que a não deixem subir á serra, e ir á Vila; e se para autoridade de sua pessoa e execução de suas ordens, com a mesma Infantaria se impossibilita o intento, porque quanto é maior a autoridade que se funda em levar soldados, é maior o escrúpulo daqueles por cuja causa os levam, e deste lhe pode nascer desconfiança de se considerarem dominados, quando todo o estudo dos Paulistas é a conservação de sua liberdade.

Se para o acompanharem ao sertão até á serra de Sabarabussú, não tem para isso préstimo infantaria alguma do Brazil, não sendo Paulistas, como a experiência tem mostrado, e supondo-se que não ouve repugnância com os nativos a Sabarabussú, e é impossível conseguir-se a jornada, ou hão de ir são menos 40 Paulistas com eles para os conduzir a aquela serra, o que se não poderá conseguir sem temor grande, que o receio de se considerarem escravos dessa mesma Infantaria, e dos estragos que ao futuro poderão fazer em suas famílias e crédito, os cabos, oficiais e soldados, que necessariamente hão de presidiar aquela praça, se se descobrirem as minas, disponhão secretamente os meios de se não acharem. Muitas outras razões ouvi praticar, mostrando com elas ser quase impossível descobrirem-se estas minas pelos meios que se até agora para este efeito se haviam aplicado, que deixo de referir, por chegar ao meio, que este discurso oferece pelo mais eficaz e o único para se poderem descobrir e entabolar as minas desejadas, mostrando primeiro as razões em que se funda.

Está a Vila de São Paulo (cuja área é capaz de se fundar nela uma populosíssima cidade) na eminência de um plano pouco desigual do campo que em circunferência domina, por uma parte a todo o alcance de vista, e por outra a multidão de vários serros, que ao longe lhe formão horizonte. Duvida-de se os grãos de ouro, que em todo ele se acham são abalados dos mesmos serros pelas águas nativas, que deles se despenhão, se descobertos pelas chuvas, donde separadamente se criam. É o campo ameníssimo, retalhado de diversas ribeiras, e principalmente de um rio, de cujas margens se tira o ouro, que chamam de "lavagem". Dista esta vila da de Santos (que é o porto mais frequente daquela costa) 12 léguas, a maior parte delas por caminhos a que dão lugar algumas serras menores até se chegar ao pé da que chamam Paranapiaçaba, a qual é altíssima, e quase inacessível por uma breve estreiteza que os rochedos deixam escassamente ao trânsito de uma só pessoa atrás de outra. Do cume dela se estende aquele campo até á Vila de São Paulo, que por esta causa é naturavelmente inconquistável. A excelência do clima, dos ares e do temperamento se infere bem de não haver até hoje ali médico algum. Tem todas as flores, frutas, legumes e pão, que há em Portugal, e no Brazil em grande abundância, por a terra ser fecundíssima, só o vinho não chega a ser perfeito, mas são perfeitíssimas as carnes de todas as espécies; de maneira que produz aquela região tudo o que a natureza humana pode apetecer para o sustento e para o regalo; assim como as influências dela geram ouro nos serros, e nas áreas de que se tira, parece geram também nos homens os espíritos generosos que neles há, porque todos são briosos, valentes, impacientes de menor injúria, ambiciosos de honra, amantíssimos da sua prátia, benéficos aos forasteiros, e adversíssimos a todo o ato servil, pois até aqueles, cuja muita pobreza, lhe não permite ter quem o sirva, se sujeita antes a andar muitos anos pelo sertão em busca de quem o sirva, do que a servir a outrem um só dia.

Há muitos de grossos cabedais para aquelas partes, e não poucas famílias bastantemente nobres, e ainda que entre si tragam inimizades particulares, todos se unem para a conservação da sua república. As mulheres são formosas e varonis, e é costume ali deixarem seus maridos á sua disposição o governo das casas e das fazendas, para que são industriosas, e inclinadas a casar antes suas filhas com estranhos que as autorizem, que com naturais que as igualem.

Os filhos primeiro sabem a língua do gentio, do que aprendem a materna, são de gentil índole e gênio para as campanhas, e para as escolas, engenhosos para tudo, e todos saem do berço com a doutrina de conservação da sua liberdade, cujos ciúmes dão a seus pais as minas de ouro e prata que ocultam, e as quais de quantas diligências se tem mandado fazer por descobri-las. E finalmente a vila de São Paulo digníssima de se verificar nela o célebre vaticínio do grande padre José de Anchieta, que ha ela de ser metrópole do Brazil, e parece que não tem para isso mais adequadas disposições, que as do meio que logo se apontará, pois é certo que não pode subir aquele auge com a ruína, se não com o aumento de seus habitadores.

Sendo pois esta a natureza e o estudo destes homens, considerando eles (como se ha ouvido praticar a muitos deles) que se as minas reais da prata e ouro se descobrirem, necessariamente se ha de mandar (Governador ou Vice-Rey para aquelas Capitanias, meter nelas presídios para a sua segurança, multiplicar-lhe tributos, que hão de ficar as suas casas expostas ao descrédito, que tem padecido muitas nos estragos que costumam fazer os cabos e os soldados, que o governo quase livre que tinham da sua republica ha de ser sujeito; que donde mandavam, hão de ser mandados, que os não deixarão ir ao sertão, ou se forem lhe hão de tirar os nativos para as minas, que toda a sua utilidade destas ha de ser ruína de suas pessoas, casas, e famílias; e que aquelas terras que seus antepassados povoaram, e seus descendentes foram descobrindo, e multiplicando tão numerosas vilas com tanto trabalho seu, aumento da fazenda real do Estado, hão de ser agora prêmio dos estranhos sem merecimento, e terem seu netos por remuneração do que tinham merecido seus progenitores, ficarem quase escravos dos que hão de ir dominar; bem se infere que para se conservarem no estado presente, e evitarem aquele dano futuro, hão de dispor as industrias de se não descobrir a preciosidade daquelas minas. Evidente prova é deste receio o sucesso que teve D. Francisco de Souza, quando foi aquela Capitania, pois acompanhando os Paulistas ao mineiro que mandou á serra de Sabarabussú, para saberem a parte donde ela ocultava as minas, depois de achadas, de que se fez aviso ao dito D. Francisco, e tiradas muitas cargas de pedra, que o mineiro trazia com grande contentamento, ponderando eles a mesma escravidão, que agora temem seus netos, mataram no caminho ao mineiro, e esconderam a pedra, disseram a D. Francisco que morrera no caminho, e se enganava no que havia escrito a S. Senhoria, de que resultou morrer o dito D. Francisco em breves dias e se perpetuar a suspensão daquelas minas, a tradição de haver muito ricas, e ainda há poucos anos algumas pessoas que existiam na Villa de S. Paulo davam notícia da prata que se fundio das cargas de pedra (...)" [Páginas 197, 198 e 199]




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  23/10/2025 17:29:21º de
abrir registro
   
1924
Atualizado em 02/11/2025 04:39:18
“História Geral das Bandeiras Paulistas, escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhois e portugueses”, Tomo I. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958)
•  Cidades (5): Apiaí/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Itanhaém/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (35): Afonso d´Escragnolle Taunay (48 anos), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Aleixo Leme (1564-1629), André de Escudeiro, André de Leão, Antônio de Añasco Melgarejo (n.1559), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Balthazar Fernandes (1577-1670), Belchior da Costa (1567-1625), Cacique Tayaobá (1546-1629), Clemente Álvares (1569-1641), Diogo de Quadros, Dom Sebastião, o Adormecido (1554-1578), Domingos Fernandes (1577-1652), Fernão Dias Paes Leme (1º) (1550-1605), Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Filipe II, “O Prudente” (1527-1598), Francisco de Sousa (1540-1611), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Jacques Oalte, João Bernal, João Fernandes Saavedra (f.1667), João Pedro Gay (1815-1891), Manuel João Branco (f.1641), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Nicolau Barreto, Orville Derby (1851-1915), Pandiá Calógeras (54 anos), Paschoal Leite da Silva Furtado (1570-1614), Rafael de Proença, Roque Barreto, Ruy Díaz Ortiz Melgarejo (1519-1602), Simão Leitão, Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
•  Temas (30): Aldeia de Los angeles, Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Apiassava das canoas, Bacaetava / Cahativa, Bituruna, vuturuna, Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Ciudad Real, Gentios, Gentios, Grunstein (pedra verde), Gualachos/Guañanas, Guayrá, Jesuítas, Lagoas, Léguas, Minas de Tambó, Missões/Reduções jesuíticas, Ouro, Pirapitinguí, Rio Huybay, Rio Iguassú, Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Pequeno, Rio São Francisco, Sabarabuçu, Tordesilhas, Ybyrpuêra, Ytutinga
História geral das bandeiras paulistas
Data: 1924
Créditos: Afonso de E. Taunay
Página 40
    Registros relacionados
24 de abril de 1542, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:15
1°. Cabeza de Vaca foi deposto em 24 de abril e recambiado á Hespanha. Em seu lugar elegeram os rebeldes Irala que a contra gosto aceitou a investidura
Cabeza de Vaca foi deposto em 24 de abril e recambiado á Hespanha. Em seu lugar elegeram os rebeldes Irala que a contra gosto aceitou a investidura. [Página 40]
12 de julho de 1552, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:47:14
2°. Uma das primeiras notícias sobre a existência destas riquezas se deu através de uma carta do bispo Pedro Fernandes Sardinha ao rei
7 de setembro de 1559, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:08
3°. Rainha regente D. Catarina comunicava ao governador Mem de Sá que enviara o mineiro para averiguar as notícias das minas de ouro.
Alvorotou-se a metrópole. Mandou Mem de Sá a Braz Cubas, o fundador de Santos, e então provedor da Capitania de São Vicente, que sindicasse seriamente acerca destes achados, dando-lhe por companheiro, um mineiro prático, Luiz Martins, nomeado por alvará de 7 de setembro de 1559.
25 de abril de 1562, sexta-feira. Atualizado em 20/08/2025 06:12:13
4°. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578)
Em 1560 partia Braz Cubas levando Martins consigo e grande séquito, tudo a sua custa. Caminharam 300 léguas, voltando com amostra de minerais. Como tornasse "muito doente do campo" não pôde acompanhar Luiz Martins que, a 30 léguas de Santos, achou ouro excelente, tão bom como o da Costa Mina. Entende Basílio de Magalhães que a viagem deve ter ocorrido de fins de 1561 a princípios de 1562. Julga Calogeras que esta expedição tomou o rumo do sul, demandando terras provavelmente do vale da Ribeira pois se refere a Cahatyba que um documento de 1606 dizia estar a 25 léguas do Araçoyaba.

Que percurso terá feito Braz Cubas? Entendem os autores que se internou em terras hoje mineiras observando Calogeras que, se tal foi o seu rumo, quando muito chegou ao curso médio do rio das Velhas, contrariando pois uma hipótese de Francisco Lobo L. Pereira. Assim também pensa que as amostras minerais enviadas ao Rei tirou-as da região de Apiahy.

Segundo ele próprio declara enviou ao soberano "pedras verdes parecendo esmeraldas". Continua ser o roteiro de Braz Cubas até agora o mais hipotético. [p. 169 e 170]
20 de novembro de 1575, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:48
5°. D. Sebastião
A 20 de novembro de 1575, dignava-se D. Sebastião ocupar-se novamente com a sorte dos seus vassalos os nossos aborígenes. Condenava a abusiva prática universalmente seguida no Brasil e em virtude da qual não se pagava jornal por inteiro aos nativos que se empregavam por mais de um mês em serviços da lavoura, fóra do seu termo. Dai decorriam "muitos prejuizos de suas consciências e fazendas, porque sendo sua ausência grande se descasavam de suas mulheres, e embaraçaram-se com outras, perdendo a cristandade e fazendo e despovoando suas aldeias e povoações". Página 76]
20 de setembro de 1587, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:07:05
6°. Assinou, em sinal de cruz, pois era analfabeto, requerimento da Câmara sobre os índios tupiaes que procuravam a vila de livre e espontânea vontade
Ocorria ás vezes que espontaneamente vissem tribos inteiras procurar o contato dos brancos, quiçá levadas do espírito de curiosidade ou da simples e prodigiosa ingenuidade dos homens primitivos ante falazes promessas e perspectivas enganosas, quiçá convictas da impotência em resistir aos seus perseguidores e deles esperando melhor tratamento com o se sujeitarem dócil e pacificamente.

É o que se deduz do pitoresco incidente relatado pela ata de 20 de setembro de 1587. Narrou o procurador Afonso Dias aos seus colegas que os "nativos tupiães vinham chegando do sertão da capitania pelo caminho da paz e por sua vontade para povoar a terra". Como se soubesse que os outros os acompanhariam, decidiu-se que Antonio de Proença, então meirinho do sertão e ao mesmo tempo juiz ordinário da vila, os devia levar a Itanhaém, onde a mandado do capitão-mór seriam localizados.
10 de junho de 1588, sexta-feira. Atualizado em 27/10/2025 21:26:16
7°. Luis Grou velho seguiu na bandeira de cinquenta brancos, movida por seu pai e Antônio de Macedo contra o gentio revoltoso de Mogí
No conselho de guerra, realizado a 10 de junho de 1588 na capela de "São Jorge dos Esquetes" entre os procuradores das câmaras e o capitão mór da Capitania, para se tratar do magno assunto, decidiu-se a efetivação da expedição escravista pelo sertão, contanto que "o gentio ali adquirido por via lícita fosse repartido pelas vilas da capitania equitativamente".

Os nativos, complacentes ou resignados, que se deixassem intimidar e aos brancos acompanhassem seriam "postos com os moradores para eles os doutrinarem e lhes darem bom tratamento como o gentio e de ajudarem deles em seu serviço no que fosse lícito".

Quanto aos que não quisessem vir de paz "no que se assentasse em campanha, se faria", acrescentava num laconismo expressivo, "guardando sempre o serviço do Nosso Senhor e o bem e prol desta terra". Sempre as fórmulas resguardadores da compostura oficial, do respeito ás ordenações de S. Majestade...
1589. Atualizado em 25/02/2025 04:46:53
8°. A região limítrofe das colonias portuguesas vicentinas era então chamada Guayrá, do nome de um famoso cacique, e correspondia a este vasto território ocidental do nosso Estado do Paraná, a que servem de limites o Paranapanema, o Paraná e o Iguassú
A região limítrofe das colonias portuguesas vicentinas era então chamada Guayrá, do nome de um famoso cacique, e correspondia a este vasto território ocidental do nosso Estado do Paraná, a que servem de limites o Paranapanema, o Paraná e o Iguassú. Quando em 1589 sairam de Assunção os Padres Salone, Ortega e Filds, seguiram o vale do Iguatemy dirigindo-se a uma povoação de espanhóis situada á esquerda do Rio Paraná já com trinta anos de existência a que por vezes temos referido. Era ela Ciudad Real ou Ciudad de Guayrá, fundada em 1557 por R. Diaz Melgarejo.
24 de junho de 1589, sábado. Atualizado em 27/10/2025 14:46:41
9°. Chegaram a Ciudad Real de onde partiram para Vila Rica onde numerosos tinham pingues "encomiendas"
A região limítrofe das colonias portuguesas vicentinas era então chamada Guayrá, do nome de um famoso cacique, e correspondia a este vasto território ocidental do nosso Estado do Paraná, a que servem de limites o Paranapanema, o Paraná e o Iguassú. Quando em 1589 sairam de Assunção os Padres Salone, Ortega e Filds, seguiram o vale do Iguatemy dirigindo-se a uma povoação de espanhóis situada á esquerda do Rio Paraná já com trinta anos de existência a que por vezes temos referido. Era ela Ciudad Real ou Ciudad de Guayrá, fundada em 1557 por R. Diaz Melgarejo.

Para leste, a 60 léguas sobre o Ivahy, existia a segunda Vila Rica del Spiritu Santo também fundação de Ruy Dias Melgarego, em 1557, com o fim de conter os nativos. A 24 de junho de 1589, chegaram a Ciudad Real de onde partiram para Vila Rica onde numerosos tinham pingues "encomiendas".

Densa era então a população nativa do Paraguay, afirmam os autores jesuíticos. Mais de 200.000 nativos, metade dos quais talves habitava ás margens do Tibagy. Entre eles só havia 15.000 cristianizados.

A 8 de setembro de 1590, estavam de novo em Ciudad Real. O cabildo de Vila Rica pediu que até ali chegassem. Angariaram milhares e milhares de neófitos, pregavam entre os ferozes ibirayaras e afinal atingiram Vila Rica onde a pedido do cabildo, edificaram a igreja paroquial.

Alí também construíram igreja própria e colégio obtendo valiosas dádivas de patrimônio, dos principais colonos, comodo General Ruy Diaz de Gusman, do Mestre de Campo, D. Antonio de Añasco, da nativa principal D. Maria Boypitan, filha do maior cacique do rio Ivahy, etc. Em dois anos acabaram o colégio e uma igreja de três naves. Em Vila Rica mantiveram alguns anos esta residência com grande aplauso dos governadores, entre eles, Hernandarias de Saavedra.

Eram porém escassíssimas as forças da missão que operava no Paraguay e Tucuman, mau grado os extraordinários esforços dos missionários. Saloni, Ortega e Filds, dentro em breve, eram senhores da língua Guarany dedicando-se ainda Ortega ao estudo do ibirayara "idioma de una nacion muy numerosa y valiente", dizia o Padre Barzana ao seu Provincial, em carta de 8 de setembro de 1594.

O Cônego João Pedro Gay autor de uma "História da República jesuítica do Paraguay" prolixa serzidura das obras de diversos autores ignacinos e em que diz também aproveitado um velho manuscrito guarany, datado de São Borja, e de 1737 assinado por Jayme Bonenti, Gay dizíamos, que compendiou Charlevoix, Techo, Montoya, Lozano, traz muitos pormenores sobre esses primeiros tempos do Guayrá (p. 245 et pass de sua obra).

Assim nos conta que Guayrá, o tal cacique mór tinha tuxauas amigos que governavam doze grandes povos ao longo do Paranapanema e do Paraná, cujos nomes cita. A parte oriental do Guayrá ele a dá como populosíssima especialmente no Hubay ou Ivahy onde aponta sete grande povos.

Refere-se aos habitantes da província de Tayaoba, guerreiros e indomáveis, vizinhos dos Cabelludos, também belicosa gente do vale do Iguassú. Ao sul estavam os ibirayáras. [p. 323, 324 e 325]
8 de setembro de 1590, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:46:58
10°. Estavam de novo em Ciudad Real
A 8 de setembro de 1590, estavam de novo em Ciudad Real. O cabildo de Vila Rica pediu que até ali chegassem. Angariaram milhares e milhares de neófitos, pregavam entre os ferozes ibirayaras e afinal atingiram Vila Rica onde a pedido do cabildo, edificaram a igreja paroquial.

Alí também construíram igreja própria e colégio obtendo valiosas dádivas de patrimônio, dos principais colonos, como do General Ruy Diaz de Gusman, do Mestre de Campo, D. Antonio de Añasco, da nativa principal D. Maria Boypitan, filha do maior cacique do rio Ivahy, etc. Em dois anos acabaram o colégio e uma igreja de três naves. Em Vila Rica mantiveram alguns anos esta residência com grande aplauso dos governadores, entre eles, Hernandarias de Saavedra.

Eram porém escassíssimas as forças da missão que operava no Paraguay e Tucuman, mau grado os extraordinários esforços dos missionários. Saloni, Ortega e Filds, dentro em breve, eram senhores da língua Guarany dedicando-se ainda Ortega ao estudo do ibirayara "idioma de una nacion muy numerosa y valiente", dizia o Padre Barzana ao seu Provincial, em carta de 8 de setembro de 1594.
8 de setembro de 1594, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:58
11°. Padre Barzana ao seu Provincial
Eram porém escassíssimas as forças da missão que operava no Paraguay e Tucuman, mau grado os extraordinários esforços dos missionários. Saloni, Ortega e Filds, dentro em breve, eram senhores da língua Guarany dedicando-se ainda Ortega ao estudo do ibirayara "idioma de una nacion muy numerosa y valiente", dizia o Padre Barzana ao seu Provincial, em carta de 8 de setembro de 1594.

O Cônego João Pedro Gay autor de uma "História da República jesuítica do Paraguay" prolixa serzidura das obras de diversos autores ignacinos e em que diz também aproveitado um velho manuscrito guarany, datado de São Borja, e de 1737 assinado por Jayme Bonenti, Gay dizíamos, que compendiou Charlevoix, Techo, Montoya, Lozano, traz muitos pormenores sobre esses primeiros tempos do Guayrá (p. 245 et pass de sua obra).

Assim nos conta que Guayrá, o tal cacique mór tinha tuxauas amigos que governavam doze grandes povos ao longo do Paranapanema e do Paraná, cujos nomes cita. A parte oriental do Guayrá ele a dá como populosíssima especialmente no Hubay ou Ivahy onde aponta sete grande povos. Refere-se aos habitantes da província de Tayaoba, guerreiros e indomáveis, vizinhos dos Cabelludos, também belicosa gente do vale do Iguassú. Ao sul estavam os ibirayára
26 de julho de 1596, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:48
12°. Rei Prudente
A 26 de julho de 1596 promulgava o rei Prudente um alvará e regimento sobre a liberdade dos selvagens, interpretativo da carta régia. Visava sobretudo fazer com que o gentio descesse do sertão para as partes vizinhas da povoação dos europeus afim de com eles comunicarem havendo entre uns e outros boa correspondência para viverem em quietação e conformidade.

Do descimento dos nativos foram os jesuítas encarregados, assim como do mister de os domesticar, ensinar e encaminhar, no que lhes convinha nas coisas de sua salvação e vida em comum com os moradores.

Assim por todos os bons meios procurariam ensinar-lhes a conveniência de morarem e comerciar com os moradores. Tentassem convence-los de que eram livres, por ordem d´El Rei; vivendo em povoado tão livres como em sua terra e senhores de sua fazenda.

E nenhum branco fosse ás aldeias sem licença dos religiosos nem tivesse gentios de modo a assustar aos nativos fazendo-lhes crer que todas as promessas de garantia eram falsas. Ninguém pudesse ainda por mais de dois meses servir-se do trabalho dos nativos sendo defeso dar-lhes paga adiantada.

Exigir-se-ia imediata retribuição quando findasse o serviço indo então os nativos "em sua liberdade". Nenhum religioso "desse" gentio a particulares nem se servisse dele por mais tempo que o prazo regimental. Seria nomeado um juiz particular português para conhecer das cousas do gentio com os moradores e vice-versa, com alçada até dez cruzados, e trinta dias de prisão e açoites. Elegessem os religiosos procuradores do gentio, pelo espaço de três anos, podendo ser reconduzidos. Seriam os lugares lavradios apontados pelos governadores. Devia o Ouvidor Geral, uma vez por ano, devassar dos que cativavam gentios contra sua vontade.
16 de outubro de 1599, sábado. Atualizado em 24/10/2025 04:14:53
13°. Provavelmente para se prestigiarem aos olhos de uma população hostil á sua ação, e mesmo á sua presença, fizeram os ignacianos solene e contemporaneamente, a 16 de outubro de 1599, averbar no registro geral da câmara piratiningana, a carta régia de D. Sebastião que definia privilégios e regalias dos padres da Companhia nos reinos e senhorios de Portugal, especialmente ao Brasil e escrita em Evora a 5 de março de 1570.
Provavelmente para se prestigiarem aos olhos de uma população hostil á sua ação, e mesmo á sua presença, fizeram os ignacianos solene e contemporaneamente, a 16 de outubro de 1599, averbar no registro geral da câmara piratiningana, a carta régia de D. Sebastião que definia privilégios e regalias dos padres da Companhia nos reinos e senhorios de Portugal, especialmente ao Brasil e escrita em Evora a 5 de março de 1570. [Página 77]
13 de julho de 1601, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:58
14°. Domingos Affonso, procurador do conselho, quem aos collegas transmittia as queixas do "povo todo" furioso por causa da renovação de posturas antigas pelo facto de irem a Mogy, a um aldeiamento de indios, "homens conhecidos que desobedeciam as leis"
Abril de 1602. Atualizado em 25/02/2025 04:42:45
15°. Em fins de abril de 1602 estava André de Leão de novo em São Paulo*
3 de setembro de 1602, sexta-feira. Atualizado em 30/08/2025 23:55:10
16°. Partida
8 de setembro de 1602, domingo. Atualizado em 23/10/2025 15:41:03
17°. Liderada pelo “mameluco” Belchior Dias Carneiro, bandeira de Nicolau Barreto partiu sabendo da existência de ouro em “Sabarabúçú”
13 de janeiro de 1606, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 12:00:28
18°. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza
1 de dezembro de 1607, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:40:00
19°. Os oficiais da Câmara Municipal da vila de São Paulo dizem ter recebido a notícia de que "Belchior Rodrigues, de Birapoeira, com forja de ferreiro, queria ir para "Piassava das Conoas", onde desembacarvam carijós e que era um prejuízo para esta vila"
A 1 de dezembro de 1607, verberava-se em Câmara a atitude de Belchior Rodrigues, ferreiro instalado em Ibirapuera, com forja. Anunciava querer estabelecer-se na piassava das canoas, onde desembarcavam os carijós vindo a São Paulo em busca de terra, porquanto poderiam levar ferro.
31 de outubro de 1610, domingo. Atualizado em 31/10/2025 18:52:10
20°. Clemente Alvares está no sertão com sua tenda de ferreiro
Nas "Actas" e "Registro Geral da Camra de São Paulo" diversas entradas se mencionam de 1610 em diante sem que contudo seja possível localiza-las tal a deficiência de indicações a elas referentes.

É o que em 1610 se dá com Clemente Alvares e Christovam de Aguiar, que penetram no sertão dos Carijós pelo porto de Pirapitinguy, João Pereira que visita a região dos misteriosos biobebas os quais Ellis aventa serem os mesmos "pés largos" de tantos inventários.

Assinala Ellis os enganos referentes á entrada de Pedro Vaz de Barros agora retificados com a documentação espanhola que revelamos em artigos do "Correio Paulistano", preparatório da presente obra e a que generosamente alude ajuntando ali que na documentação arquival paulista nada encontrou sobre esta memorável expedição.
25 de agosto de 1611, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:38:59
21°. Caciques aliciando índios
Antonio Ruiz de Montoya relata em sua Conquista Espiritual uma série de cenas de superstição idolatra e de casos em que vê a mais flagrante intervenção diabólica, outros em que historia cenas comuns da catequese, no primeiro contato dos padres com os selvagens. Narra o martírio de neófitos, explica as razões que o levaram a afirmar a presença de Santo Thomé Apóstolo no Guayrá, e a luta que tiveram os loyolistas com os pagés, a quem sempre chama feiticeiros.

Já possuíam os jesuítas cinco reduções quando Montoya se aventurou a penetrar nas terras de Tayaoba, poderoso e prestigiosíssimo cacique, inimigo mortal dos espanhóis. Estes o haviam atraído a Vila Rica, posto a ferros e a mais três companheiros, declarando que só lhes restituiriam a liberdade se viessem muitos nativos de sua tribo entregar-se como escravizados. Preferiram os quatro nativos deixar-se morrer no cárcere onde sofreram pavorosos tratos. Três vieram a acabar de fome enquanto Tayaoba conseguia fugir. Tomado do mais justo rancor, convertera-se num inimigo furibundo dos espanhóis, distinguindo-se contra eles em diversas ações de guerra, a ponto de lhe valerem estas façanhas o apelido de Guassú, entre os nativos do Guayrá.
28 de outubro de 1611, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 21:06:25
22°. Provisão datada do Rio de Janeiro
11 de dezembro de 1611, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:36:24
23°. Balthazar Gonçalves declara que pretende ir às minas de Caativa com “o mineiro alemão Oalte ou Bettimk”. Ainda em 1611 Gerrit Bettinck autorizou a venda da herança de seus pais em Doesburg
A 11 de dezembro de 1611, declarava-se a Câmara impotente para impedir o movimento entradista. Muito gente de São Paulo, "vizinhos e moradores, brancos e negros iam ao sertão". Assim, para diminuir as responsabilidades pedia ao capitão-mór loco-tenente Gaspar Conqueiro que lhe viesse dar força. Compareceu o capitão-mór á sessão, combinando-se convidar a explicações Balthazar Gonçalves, o inveterado escravista que passava por ser um dos "leaders" das entradas. Respondeu este á intimação e negou que preparasse jornada ao sertão. Pretendia, apenas, ir á minas de Caativa, com o mineiro alemão Oalte ou Bettimk por ordem do provedor Quadros. E assim se desculpou. Esta ocasião aproveitou-a a Câmara para fazer saber a Conqueiro que atras dos índios carijós que o governador d. Luiz de Sousa mandara ao sertão iam muitos brancos e escravos. A tanto puzesse Sua Mercê cobro. Respondeu-lhe o capitão "assim o faria". Assim o faria, não duvidou afirmal-o para que dos livros constasse tão petulante resposta.
Agosto de 1612. Atualizado em 24/10/2025 04:34:17
24°. Bartolomeu de Torales escreve ao Governador Diogo Marin Negron que Sebastian Preto, português de S. Paulo levou cinco caciques com muitos índios para a dita vila de S. Paulo*
Tayaoba, poderoso e prestigiosíssimo cacique, inimigo mortal dos espanhóis. Estes o haviam atraído a Vila Rica, posto a ferros e a mais três companheiros, declarando que só lhes restituiriam a liberdade se viessem muitos nativos de sua tribo entregar-se como escravizados. Preferiram os quatro nativos deixar-se morrer no cárcere onde sofreram pavorosos tratos. Três vieram a acabar de fome enquanto Tayaoba conseguia fugir. Tomado do mais justo rancor, convertera-se num inimigo furibundo dos espanhóis, distinguindo-se contra eles em diversas ações de guerra, a ponto de lhe valerem estas façanhas o apelido de Guassú, entre os nativos do Guayrá.
23 de setembro de 1619, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:22:52
25°. André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas
1 de dezembro de 1607, verberava-se em Câmara a atitude de Belchior Rodrigues, ferreiro instalado em Ibirapuera, com forja. Anunciava querer estabelecer-se na piassava das canoas, onde desembarcavam os carijós vindo a São Paulo em busca de terra, porquanto poderiam levar ferro. [Página 255]
1 de abril de 1641, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:39:52
26°. Aclamação de Amador Bueno
Tornou-se personagem importante do Brasil Colonial ao ser aclamado rei de São Paulo em 1641 pela população pró-castelhana como reação ao fim da união dinástica entre Portugal e Espanha. Amador Bueno prontamente recusou a aclamação dando vivas ao rei D. João IV de Portugal.
19 de maio de 1641, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:34:36
27°. Fechamento do caminho do mar
No dia seguinte se deu o comício. Estavam oficiais reunidos na casa do juiz João Fernandes de Saavedra, quando a eles vieram, em atitude violenta, os homens bons da terra.

"Veio a ela todo o povo e com grandes clamores, e requerimentos disseram uma e muitas vezes, em voz alta, que com os Reverendos padres da companhia não queriam consertos alguns e todos os que a dita câmara e homens atrás tinham tratado e assentado de fazer reclamavam e por nenhum via queria estar por eles porque confiam na clemência de sua real majestade e em sua santidade e no senhor marques vizo Rey que os havia de ouvir de sua justiça e admitidos a sua razões pois as tinham bastantes e causas muito legítimas para não aceitarem nem receberem os ditos padres pelo que requeriam ao dito juiz e mais oficiais da Câmara viessem a casa do conselho logo e desfizessem os termos que estavam feitos sobre a matéria dos consertos e quando o que não quisesse fazer lhes tirariam a vara pois ele era feito pelo dito povo o qual pegando no dito juiz e mais oficiais da câmara os trouxeram em sua companhia a esta dita casa do conselho aonde mandaram se riscasse o termo atraz e rompessem os mais papéis que sobre a matéria estivesse feito e visto os clamores e requerimentos dos dito povo prometeram os ditos oficiais de se não proceder em coisa alguma nem darem a enxecuçam nada sem se lhe dar vista o que os ditos oficiais assim fizeram por verem a deliberação de todo este povo se fez este auto em que todos assinaram Manoel Coelho escrivão da Câmara o escrevi".

Era o furor do povo extremo. Assumia ele toda a responsabilidade do ato desculpando os seus edis. Assim proibiu a remessa de mantimentos ao Rio de Janeiro, mandou trancar o caminho do mar, nele por guardas no Rio Pequeno, intimou aos moageiros que não moessem para Santos, instituiu passaportes para quem quisesse ir ao litoral e determinou que se pedissem providências idênticas ás câmaras de Parnayba e Mogy das Cruzes. Parece-nos que estas medidas visavam sobretudo a pessoa de Salvador Correia de Sá, pois o governador fluminense tomara partido, decisivamente, em pról dos ignacinos.
1690. Atualizado em 31/10/2025 14:52:21
28°. “South America America Meridionale”, Vincenzo Maria Coronelli
“E quanta coisa mais fantasiosa neste mapa de Vicenzo Coronelli! No centro do Estado do Paraná coloca um grande lago de onde sae o rio Laribagiha (...)” (“História Geral das Bandeiras Paulistas”, 1924. Afonso Taunay. Página 241)
1692. Atualizado em 30/10/2025 16:01:37
29°. Mapa “America Meridionale”, Vincenzo Maria Coronelli




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  23/10/2025 17:29:21º de
abrir registro
   
22 de junho de 1929, sábado
Atualizado em 02/11/2025 04:39:17
Jornal Correio Paulistano: “As minas de ouro do Jaraguá”, tema da conferência realizada em 21 de junho de 1929, no Instituto Histórico e Geográfico, pelo coronel Pedro Dias de Campos
•  Cidades (7): Araçoiaba da Serra/SP, Cananéia/SP, Lisboa/POR, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP, São Vicente/SP
•  Pessoas (10): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antônio Bicudo (1580-1650), Antonio Gomes Preto (1521-1608), Antonio Raposo, o Velho (1557-1633), Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), Clemente Álvares (1569-1641), Francisco de Sousa (1540-1611), Manuel Preto (1559-1630), Pedro Sardinha (1580-1615), Robério Dias (n.1600)
•  Temas (10): “o Rio Grande”, Bacaetava / Cahativa, Bituruna, vuturuna, Itapeva (Serra de São Francisco), Léguas, O Sol, Ouro, Peru, Serra de Jaraguá, Portos
Correio Paulistano
Data: 1929
Página 5
    Registros relacionados
12 de outubro de 1580, domingo. Atualizado em 11/04/2025 00:45:37
1°. O sítio Jaraguá, desde a primeira concessão de sesmaria, feita em 12 de outubro de 1580 a Antonio Preto, passou por sucessivas transmissões
1597. Atualizado em 23/10/2025 17:21:28
2°. Tem minas de ouro de lavagem nas chamadas de Vuturuna, em cuja terra as descobrio no anno de 1597 o Paulista Afonso Sardinha, como fica referido
Corria o ano de 1597, cheio de dificuldades financeiras para a península ibérica e de aperturas para a brilhante e fútil côrte de Felippe III, rei de Castella, quando as descobertas de minas de ouro se amiudavam, na Capitania de São Paulo. Só a uma esperança se apegavam os cortezãos e o próprio monarca espanhol, eram as famosas minas de ouro assinaladas no Jaraguá e no Araçoiaba e a lendária mina de prata, que Robério Dias dissera, ao próprio rei, ter descoberto a Bahia.

Nomeado a Dom Francisco de Sousa para o governo do Brasil, incumbira-lhe o monarca de averiguar e descobrir o roteiro da mina de Robério e de impulsionar a exploração do ouro do Jaraguá e do Araçoiaba, prometendo a D. Francisco o marquesado que Robério Dias exigira, para entregar o roteiro.

Não tardou o governador em dar inicio a tarefa que lhe havia sido imposta e que lhe sorria, por estar no seu propósito vindo ao Brasil, providenciar bandos para o descobrimento do ouro. Achando-se D. Francisco de Sousa no Rio de Janeiro, dirigiu-se para o planalto de Piratininga em fins de 1598.

Foi a Araçoiaba acompanhado por Antonio Raposo Tavares, onde examinou as minas de pedras, e, em seguida, fundou uma povoação no vale das furnas, a que deu o nome de São Felippe, em homenagem ao monarca que o nomeara. Ali fez levantar pelourinho, simbolizando o predicamento de Villa. Essa povoação foi pouco depois transferida para a margem esquerda do Rio Sorocaba, onde está edificada a cidade desse nome.
1 de dezembro de 1598, sexta-feira. Atualizado em 15/06/2025 03:18:44
3°. Provisão de Francisco
Não tardou o governador em dar inicio a tarefa que lhe havia sido imposta e que lhe sorria, por estar no seu propósito vindo ao Brasil, providenciar bandos para o descobrimento do ouro.Achando-se D. Francisco de Sousa no Rio de Janeiro, dirigiu-se para o planalto de Piratininga em fins de 1598. Foi a Araçoiaba acompanhado por Antonio Raposo Tavares, onde examinou as minas de pedras, e, em seguida, fundou uma povoação no vale das furnas, a que deu o nome de São Felippe, em homenagem ao monarca que o nomeara. Ali fez levantar pelourinho, simbolizando o predicamento de Villa. Essa povoação foi pouco depois transferida para a margem esquerda do Rio Sorocaba, onde está edificada a cidade desse nome.
1604. Atualizado em 24/10/2025 02:38:59
4°. Pedro Sardinha
Enfim, com o esburacar da encosta do famoso pico, novas minas surgiram, cada qual mais rica e abundante. Tão abundantes era, que Pedro Sardinha afirmava em 1604, possuir oitenta mil cruzados de ouro em pó, retirado da mina do Itay.
6 de janeiro de 1620, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:37
5°. Minas
Em carta que dirigiram ao donatário, em 6 de janeiro de 1620, afirmavam os mineradores, aos juízes e vereadores, "que havia na serra de Araçoyaba, 25 léguas daqui para o sertão, em terra mais larga e abastada, e perto dali com três léguas está a Cahatyba de onde se tirou o primeiro ouro e desde ali ao Norte haverá 60 léguas das cordilheiras de terra alta, que toda leva ouro principalmente a serra do Jaraguá, Nossa Senhora do Monserrata, a de Voturuna e outras".
5 de junho de 1648, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 20:15:42
6°. Jaraguá
O sítio Jaraguá, desde a primeira concessão de sesmaria, feita em 12 de outubro de 1580 a Antonio Preto, passou por sucessivas transmissões. Em 1615, encontrava-se dono do sítio, Manuel Preto, filho do primeiro possuidor, o qual erigiu a igreja Nossa Senha da Espectação do Ó.

Em 1617, eram proprietários de parte dessa gléba, por troca que fizeram de terras com os nativos de Pinheiros, o casal Manuel Pires. Em 5 de junho de 1648, foi o sítio do Jaraguá, com sua casa de dois lances, de taipa de mão, atribuído em partilha, avaliado tudo, pomar e roça, em 55$000, no inventário dos bens deixados pelo paulista Raphael de Oliveira.
1670. Atualizado em 25/02/2025 04:45:37
7°. Jaraguá
A partir de 1670 começaram a escassez nas minas do Jaraguá, operários práticos na mineração, pelo êxodo verificado de grande parte do elemento que minerava nesse ponto, para as longínquas paragens onde faiscavam ouro e se garimpavam pedras, em maior escala e com maior abundância.

Os escravizados africanos e descendentes, foram levados pelos respectivos senhores, para as novas minas. Os mamelucos acompanhavam os bandeirantes nas expedições pelo sertão e os paulistas, faziam descobertas valiosas em todos os setores do país.

Os administradores das minas de Jaraguá e imediações, atormentavam-se por verem despovoadas as minas, onde até então era população adventícia, numerosa, ativa e ruidosa.

Para remediar essa diminuição nos trabalhos das minas, lançavam mão de todos os recursos, principalmente dos nativos aldeados, com autorização da Câmara paulistana.

Desse modo conseguiu, em 18 de agosto de 1680, o administrador geral d. Rodrigo Castelbranco, autorização para retirar das diferentes aldeias de Piratininga, vinte selvícolas para acompanhar ás minas do Jaraguá, em serviço de mineração, afim de suprir, em parte, a deficiência de braços. Sem isso, todos os trabalhos ficariam paralisados.
18 de agosto de 1680, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:45:37
8°. Jaraguá
A partir de 1670 começaram a escassez nas minas do Jaraguá, operários práticos na mineração, pelo êxodo verificado de grande parte do elemento que minerava nesse ponto, para as longínquas paragens onde faiscavam ouro e se garimpavam pedras, em maior escala e com maior abundância.

Os escravizados africanos e descendentes, foram levados pelos respectivos senhores, para as novas minas. Os mamelucos acompanhavam os bandeirantes nas expedições pelo sertão e os paulistas, faziam descobertas valiosas em todos os setores do país.

Os administradores das minas de Jaraguá e imediações, atormentavam-se por verem despovoadas as minas, onde até então era população adventícia, numerosa, ativa e ruidosa.

Para remediar essa diminuição nos trabalhos das minas, lançavam mão de todos os recursos, principalmente dos nativos aldeados, com autorização da Câmara paulistana.

Desse modo conseguiu, em 18 de agosto de 1680, o administrador geral d. Rodrigo Castelbranco, autorização para retirar das diferentes aldeias de Piratininga, vinte selvícolas para acompanhar ás minas do Jaraguá, em serviço de mineração, afim de suprir, em parte, a deficiência de braços. Sem isso, todos os trabalhos ficariam paralisados.
1700. Atualizado em 25/02/2025 04:45:42
9°. Ouro
9 de dezembro de 1819, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:19
10°. Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853) parte de Paulo rumo ao Rio Grande
2012. Atualizado em 31/10/2025 06:27:25
11°. As controvertidas minas de São Paulo: 1550-1650. José Carlos Vilardaga. Departamento de História. Universidade Estadual de Londrina. Londrina (PR). Brasil. Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo. Professor na Universidade Estadual de Londrina
Não tardou o governador em dar inicio a tarefa que lhe havia sido imposta e que lhe sorria, por estar no seu propósito vindo ao Brasil, providenciar bandos para o descobrimento do ouro.Achando-se D. Francisco de Sousa no Rio de Janeiro, dirigiu-se para o planalto de Piratininga em fins de 1598. Foi a Araçoiaba acompanhado por Antonio Raposo Tavares, onde examinou as minas de pedras, e, em seguida, fundou uma povoação no vale das furnas, a que deu o nome de São Felippe, em homenagem ao monarca que o nomeara. Ali fez levantar pelourinho, simbolizando o predicamento de Villa. Essa povoação foi pouco depois transferida para a margem esquerda do Rio Sorocaba, onde está edificada a cidade desse nome.




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  24/10/2025 02:40:05º de
abrir registro
   
1928
Atualizado em 02/11/2025 04:39:18
Efemerides Barão
•  Cidades (1): Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Jerônimo Leitão, Nicolau Barreto, Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
•  Temas (3): Carijós/Guaranis, Ouro, Sabarabuçu
Efemérides Brasileiras
Data: 1938
Créditos: José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco
Página 486




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  13/02/2025 06:42:31º de
abrir registro
   
1938
Atualizado em 02/11/2025 04:39:17
Historia da Companhia de Jesus no Brasil. Serafim Soares Leite (1890-1969)
•  Cidades (7): Cananéia/SP, Itanhaém/SP, Lisboa/POR, Peruíbe/SP, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP
•  Pessoas (20): Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Benedito Calixto de Jesus (1853-1927), Maximilien François Marie Isidore de Robespierre (1758-1794), Fabiano de Lucena, Fernão Cardim (1540-1625), Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), Jerônimo Leitão, José de Anchieta (1534-1597), Juan de Salazar y Espinosa (1508-1560), Konyan-bébe, Leonardo Nunes, Luís da Grã (n.1523), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mência Calderon Ocampo (1514-1593), Pero Correia (f.1554), Serafim Soares Leite (48 anos), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937), Tomé de Sousa (1503-1579)
•  Temas (20): Cristãos, Bilreiros de Cuaracyberá, Ermidas, capelas e igrejas, Capitania de São Vicente, Colégios jesuítas, Franciscanos, Gados, Guerra de Extermínio, Habitantes, Jesuítas, Léguas, Nossa Senhora da Conceição, Ouro, Peru, Rio da Ribeira, o Isubay, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Iguassú, Carijós/Guaranis, Rio Iguape, Caminhos a Iguape
Historia da Companhia de Jesus no Brasil (Séc. XVI - O Estabelecimento)
Data: 1938
Créditos: Serafim Soares Leite
Página 320
    Registros relacionados
1548. Atualizado em 25/02/2025 04:46:42
1°. Nativo enviado é Lisboa
10 de março de 1553, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:38:55
2°. Manoel da Nóbrega escreve de São Vicente: “Ainda que com tanta contradição dos brancos não se pode fazer nada mais que desacreditar cada vez o nosso ministério”
Ainda em vida do P. Leonardo Nunes se avançou na direção do sul. Iniciou ele próprio viagens, indo recolher umas senhoras naufragadas no Rio dos Patos. Fora a pedido de Tomé de Sousa, estava para lá no dia 10 de março de 1553, e já tinha voltado a 15 de junho. Neste dia, escreve Nóbrega que estão todos de saúde, "salvo Leonardo Nunes, que veio muito doente do Rio dos Patos, aonde foi buscar umas senhoras Castelhanas, a pedido do Governador".
15 de junho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 15/06/2025 02:03:51
3°. Peabiru
Ainda em vida do P. Leonardo Nunes se avançou na direção do sul. Iniciou ele próprio viagens, indo recolher umas senhoras naufragadas no Rio dos Patos. Fora a pedido de Tomé de Sousa, estava para lá no dia 10 de março de 1553, e já tinha voltado a 15 de junho. Neste dia, escreve Nóbrega que estão todos de saúde, "salvo Leonardo Nunes, que veio muito doente do Rio dos Patos, aonde foi buscar umas senhoras Castelhanas, a pedido do Governador".
15 de junho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 30/10/2025 03:06:34
4°. “O principal motivo de todos os impedimentos foi o fechamento da estrada por causa dos castelhanos, que estão a pouco mais de cem léguas desta capitania. E eles têm terras, e tanto que dizem que há montanhas deles, e muitas notícias de ouro pelo qual fecharam e bloquearam a estrada
Ainda em vida do P. Leonardo Nunes se avançou na direção do sul. Iniciou ele próprio viagens, indo recolher umas senhoras naufragadas no Rio dos Patos. Fora a pedido de Tomé de Sousa, estava para lá no dia 10 de março de 1553, e já tinha voltado a 15 de junho. Neste dia, escreve Nóbrega que estão todos de saúde, "salvo Leonardo Nunes, que veio muito doente do Rio dos Patos, aonde foi buscar umas senhoras Castelhanas, a pedido do Governador".
1559. Atualizado em 25/02/2025 04:41:00
5°. Peruíbe
Benedito Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.

2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.

Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:

"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.

Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:

que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere.

E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado"
. [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319]
1561. Atualizado em 25/02/2025 04:46:41
6°. Itanhaém
O documento explícito mais antigo, que se refere aos trabalhos dos Jesuítas em Itanháem, é com data de 1561; e diz Anchieta que eles não residiam na povoação, mas acudiam lá, com fruto. O próprio Anchieta passou em Itanháem a quaresma de 1563, antes de ir a Iperoig com Manuel da Nóbrega. Foi nessa estada, que sucedeu a conversão e morte do velho, que se dizia ter 130 anos, narrada por Simão de Vasconcelos. O qual conta igualmente o seguinte episódio, referido ao tempo em que Anchieta foi Superior da Capitania de São Vicente (1569-1576):

Achava-se Joseh na Igreja da Conceição de Itanháem, cujo devotíssimo era. Queixavam-se-lhe os mordomos da confraria que não havia azeite. Diziam que a botija estava vazia; Anchieta mandou a que a tornassem a ver e encontraram-a cheia.

Já antes de Vasconcelos, contas Pero Rodrigues "outros casos que na praia de Itanhaém aconteceram", sendo este o próprio título do capítulo 12 da Vida de Anchieta. Também, naquele mesmo ano de 1563, Nóbrega, depois da volta de Iperoig, fêz em Itanháem as pazes entre os Tamoios de Cunhambeba e os nativos Tupis, discípulos dos Jesuítas. "O P. Nóbrega os fêz ajuntar a todos na igreja, onde se falaram e abraçaram e ficaram grandes amigos".

As visitas dos Padres de São Vicente não cessaram nunca à vila de Itanhaém e às Aldeias próximas, que eram pelo menos duas, em 1584: "da outra banda do rio, como uma légua tem duas aldeias pequenas de nativos cristãos" (São João de Peruíbe?).

Nesse tempo a vila não possuía vigária e teria 50 moradores: "Os Padres os visitam, consolam e ajudam no que podem, ministrando-lhes os sacramentos por sua caridade", diz Fernão Cardim.

Não só os Jesuítas, mas todos os Portugueses da Capitania eram sumamente devotos de Nossa Senhora da Conceição, de Itanhaém. Concorriam para a sua confraria com esmolas, incorporavam-se nela, faziam-lhe visitas, não a esqueciam nos seus testamentos. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga". Tiveram um desgosto. Porque, dizem eles, "foi o mordomo de tal condição que, por mais que lhe pedimos pusesse aquele rosário ao pescoço da Senhora, pera nossa consolação e pera testemunho de lhe ser oferecido, nunca o pudemos acabar com ele; e mais trazendo o Padre Provincial Fernão Cardim esta esmola a seu cárrego, que por nós virmos por ali, e este estar de pressa, a não trouxe".

Nesta data, já Itanhaém possuía vigário, o P. António Fernandes, que fôra da Companhia. Os ministérios dos Jesuítas em Itanhaém e arredores, durante o século XVI, consistiam em missões mais ou menos prolongadas, feitas pelos Padres de São Vicente e de Santos.

Tais missões produziam fruto, que a tradição avultou com o tempo, sobretudo no que se refere a Anchieta. E com perfeito fundamento, neste caso, porque foi ele, não há dúvida, o seu principal apóstolo da praia de Itanhaém a que chamava "o seu Peru, pelo rico minério de almas que nele achava para salvar entre nativos e portugueses".

Benedito Calixto escreve: "Logo que chegaram os primeiros Jesuítas em 1549, foram ali residir (em Itanhaém) entre os nativos e os colonos, antes de fundarem o Colégio de Piratininga; e deram imediatamente começo às obras da Igreja e estabelecimento do Colégio, florescendo a povoação até o ano de 1561".

Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.

2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.

Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:

"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.

Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:

que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere.

E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado"
. [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319]
2 de março de 1563, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:42:54
7°. Anchieta e Manoel da Nóbrega estão em Itanhaém na quaresma que antecedeu a sua ida à aldeia de Iperoig
O documento explícito mais antigo, que se refere aos trabalhos dos Jesuítas em Itanháem, é com data de 1561; e diz Anchieta que eles não residiam na povoação, mas acudiam lá, com fruto. O próprio Anchieta passou em Itanháem a quaresma de 1563, antes de ir a Iperoig com Manuel da Nóbrega. Foi nessa estada, que sucedeu a conversão e morte do velho, que se dizia ter 130 anos, narrada por Simão de Vasconcelos. O qual conta igualmente o seguinte episódio, referido ao tempo em que Anchieta foi Superior da Capitania de São Vicente (1569-1576):

Achava-se Joseh na Igreja da Conceição de Itanháem, cujo devotíssimo era. Queixavam-se-lhe os mordomos da confraria que não havia azeite. Diziam que a botija estava vazia; Anchieta mandou a que a tornassem a ver e encontraram-a cheia.

Já antes de Vasconcelos, contas Pero Rodrigues "outros casos que na praia de Itanhaém aconteceram", sendo este o próprio título do capítulo 12 da Vida de Anchieta. Também, naquele mesmo ano de 1563, Nóbrega, depois da volta de Iperoig, fêz em Itanháem as pazes entre os Tamoios de Cunhambeba e os nativos Tupis, discípulos dos Jesuítas. "O P. Nóbrega os fêz ajuntar a todos na igreja, onde se falaram e abraçaram e ficaram grandes amigos".

As visitas dos Padres de São Vicente não cessaram nunca à vila de Itanhaém e às Aldeias próximas, que eram pelo menos duas, em 1584: "da outra banda do rio, como uma légua tem duas aldeias pequenas de nativos cristãos" (São João de Peruíbe?).

Nesse tempo a vila não possuía vigária e teria 50 moradores: "Os Padres os visitam, consolam e ajudam no que podem, ministrando-lhes os sacramentos por sua caridade", diz Fernão Cardim.

Não só os Jesuítas, mas todos os Portugueses da Capitania eram sumamente devotos de Nossa Senhora da Conceição, de Itanhaém. Concorriam para a sua confraria com esmolas, incorporavam-se nela, faziam-lhe visitas, não a esqueciam nos seus testamentos. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga". Tiveram um desgosto. Porque, dizem eles, "foi o mordomo de tal condição que, por mais que lhe pedimos pusesse aquele rosário ao pescoço da Senhora, pera nossa consolação e pera testemunho de lhe ser oferecido, nunca o pudemos acabar com ele; e mais trazendo o Padre Provincial Fernão Cardim esta esmola a seu cárrego, que por nós virmos por ali, e este estar de pressa, a não trouxe".

Nesta data, já Itanhaém possuía vigário, o P. António Fernandes, que fôra da Companhia. Os ministérios dos Jesuítas em Itanhaém e arredores, durante o século XVI, consistiam em missões mais ou menos prolongadas, feitas pelos Padres de São Vicente e de Santos.

Tais missões produziam fruto, que a tradição avultou com o tempo, sobretudo no que se refere a Anchieta. E com perfeito fundamento, neste caso, porque foi ele, não há dúvida, o seu principal apóstolo da praia de Itanhaém a que chamava "o seu Peru, pelo rico minério de almas que nele achava para salvar entre nativos e portugueses".

Benedito Calixto escreve: "Logo que chegaram os primeiros Jesuítas em 1549, foram ali residir (em Itanhaém) entre os nativos e os colonos, antes de fundarem o Colégio de Piratininga; e deram imediatamente começo às obras da Igreja e estabelecimento do Colégio, florescendo a povoação até o ano de 1561".

Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.

2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.

Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:

"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.

Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:

que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere. E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado". [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319]
1574. Atualizado em 30/10/2025 20:01:06
8°. Cacique Martinho
Veremos depois outras tentativas de Manuel da Nóbrega e Luiz da Grã para a penetração do interior; mas convém conhecer antes, o esforço realizado ao longo da costa. Ainda em vida do P. Leonardo Nunes se avançou na direção do sul. Iniciou ele próprio viagens, indo recolher umas senhoras naufragadas no Rio dos Patos. Fora a pedido de Tomé de Sousa, estava para lá no dia 10 de março de 1553, e já tinha voltado a 15 de junho.

Neste dia, escreve Nóbrega que estão todos de saúde, "salvo Leonardo Nunes, que veio muito doente do Rio dos Patos, aonde foi buscar umas senhoras Castelhanas, a pedido do Governador".

Nóbrega temia que os Espanhóis, indo por terra, o levassem consigo até o Paraguai. Tinham vindo aquelas senhora como capitão João de Salazar, fundador da cidade de Assunção.Leonardo Nunes achou entre os Carijós alguns cristão, como os que tinham sido salteados e restituídos á liberdade algum tempo antes. Catequizaram-nos todos Frei Bernardo de Armenta e Fr. Alonso Lebrón, religiosos franciscanos, que acompanharam o Governador de Paraguai, Alvar Nuñez Cabeça de Vaca.

Daqueles nativos cristão ficaram vestígios por muito tempo. É possível, também, que outros de São Vicente ou de São Paulo se vissem estabelecer por alí. Carijós em São Vicente estiveram, com certeza, além daqueles primeiros do tempo de Leonardo Nunes.

Veio o irmão dum certo Martim, nativo principal. E êsse ou outro esteve em São Paulo e, vendo batizar, fazia o mesmo na sua terra. Daquele Martinho falava-se em São Vicente, em 1574. Tinha uma cruz na sua Aldeia. Quando via que alguns portugueses, que iam a contratar com ele, faziam reverência à Cruz, dizia que aquele era bom homem e dava-lhe quanto queria de sua casa. [p. 322, 323 e 324]
1584. Atualizado em 25/02/2025 04:40:58
9°. Itanhaém
As visitas dos Padres de São Vicente não cessaram nunca à vila de Itanhaém e às Aldeias próximas, que eram pelo menos duas, em 1584: "da outra banda do rio, como uma légua tem duas aldeias pequenas de nativos cristãos" (São João de Peruíbe?). Nesse tempo a vila não possuía vigária e teria 50 moradores: "Os Padres os visitam, consolam e ajudam no que podem, ministrando-lhes os sacramentos por sua caridade", diz Fernão Cardim.

Não só os Jesuítas, mas todos os Portugueses da Capitania eram sumamente devotos de Nossa Senhora da Conceição, de Itanhaém. Concorriam para a sua confraria com esmolas, incorporavam-se nela, faziam-lhe visitas, não a esqueciam nos seus testamentos. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga". Tiveram um desgosto. Porque, dizem eles, "foi o mordomo de tal condição que, por mais que lhe pedimos pusesse aquele rosário ao pescoço da Senhora, pera nossa consolação e pera testemunho de lhe ser oferecido, nunca o pudemos acabar com ele; e mais trazendo o Padre Provincial Fernão Cardim esta esmola a seu cárrego, que por nós virmos por ali, e este estar de pressa, a não trouxe".

Nesta data, já Itanhaém possuía vigário, o P. António Fernandes, que fôra da Companhia. Os ministérios dos Jesuítas em Itanhaém e arredores, durante o século XVI, consistiam em missões mais ou menos prolongadas, feitas pelos Padres de São Vicente e de Santos.

Tais missões produziam fruto, que a tradição avultou com o tempo, sobretudo no que se refere a Anchieta. E com perfeito fundamento, neste caso, porque foi ele, não há dúvida, o seu principal apóstolo da praia de Itanhaém a que chamava "o seu Peru, pelo rico minério de almas que nele achava para salvar entre nativos e portugueses".

Benedito Calixto escreve: "Logo que chegaram os primeiros Jesuítas em 1549, foram ali residir (em Itanhaém) entre os nativos e os colonos, antes de fundarem o Colégio de Piratininga; e deram imediatamente começo às obras da Igreja e estabelecimento do Colégio, florescendo a povoação até o ano de 1561".

Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.

2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.

Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:

"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.

Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:

que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere. E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado". [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319]
17 de maio de 1590, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 08:48:49
10°. “Antonio Arenso chegou quinta-feira a sua fazendo fugindo do sertão”
Já antes de Vasconcelos, contas Pero Rodrigues "outros casos que na praia de Itanhaém aconteceram", sendo este o próprio título do capítulo 12 da Vida de Anchieta.Também, naquele mesmo ano de 1563, Nóbrega, depois da volta de Iperoig, fêz em Itanháem as pazes entre os Tamoios de Cunhambeba e os nativos Tupis, discípulos dos Jesuítas. "O P. Nóbrega os fêz ajuntar a todos na igreja, onde se falaram e abraçaram e ficaram grandes amigos".
27 de novembro de 1596, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:42
11°. Partida
1605. Atualizado em 25/02/2025 04:46:41
12°. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga"
Não só os Jesuítas, mas todos os Portugueses da Capitania eram sumamente devotos de Nossa Senhora da Conceição, de Itanhaém. Concorriam para a sua confraria com esmolas, incorporavam-se nela, faziam-lhe visitas, não a esqueciam nos seus testamentos. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga". Tiveram um desgosto. Porque, dizem eles, "foi o mordomo de tal condição que, por mais que lhe pedimos pusesse aquele rosário ao pescoço da Senhora, pera nossa consolação e pera testemunho de lhe ser oferecido, nunca o pudemos acabar com ele; e mais trazendo o Padre Provincial Fernão Cardim esta esmola a seu cárrego, que por nós virmos por ali, e este estar de pressa, a não trouxe".

Nesta data, já Itanhaém possuía vigário, o P. António Fernandes, que fôra da Companhia. Os ministérios dos Jesuítas em Itanhaém e arredores, durante o século XVI, consistiam em missões mais ou menos prolongadas, feitas pelos Padres de São Vicente e de Santos.

Tais missões produziam fruto, que a tradição avultou com o tempo, sobretudo no que se refere a Anchieta. E com perfeito fundamento, neste caso, porque foi ele, não há dúvida, o seu principal apóstolo da praia de Itanhaém a que chamava "o seu Peru, pelo rico minério de almas que nele achava para salvar entre nativos e portugueses".

Benedito Calixto escreve: "Logo que chegaram os primeiros Jesuítas em 1549, foram ali residir (em Itanhaém) entre os nativos e os colonos, antes de fundarem o Colégio de Piratininga; e deram imediatamente começo às obras da Igreja e estabelecimento do Colégio, florescendo a povoação até o ano de 1561".

Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.

2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.

Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:

"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.

Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:

que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere. E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado". [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319]




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  31/10/2025 19:10:10º de
abrir registro
   
1940
Atualizado em 02/11/2025 04:39:15
“Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
•  Cidades (11): Apiaí/SP, Boituva/SP, Caeté/MG, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Mogi das Cruzes/SP, Ouro Preto/MG, Paranaguá/PR, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (50): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), André Fernandes (1578-1641), Anthony Knivet (1560-1649), Antônio de Macedo (ou Saavedra) (1531-1590), Ascenso Luiz Grou (1575-1653), Bacharel de Cananéa, Baltazar Carrasco dos Reis (1617-1697), Balthazar Fernandes (1577-1670), Basílio de Magalhães (66 anos), Belchior Dias Moréia (1540-1619), Bento Maciel Parente, Brás Cubas (1507-1592), Cacique de Carapicuíba, Clemente Álvares (1569-1641), Custódia Lourença, Diogo de Unhate (1535-1617), Diogo Martins Cam, Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco de Assis Carvalho Franco (54 anos), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Lopes Pinto, Gabriel de Lara (f.1694), Gonçalo Monteiro, Heliodoro Eobanos Pereira (n.1588), Henrique da Costa (1573-1616), Jean de Laet (1571-1649), Jerônimo Leitão, João de Anhaya, João de Anhaya Lemos (f.1723), João de Piña (n.1585), João Fernandes Saavedra (f.1667), João Pereira Botafogo (1540-1627), João Pires, o gago (1500-1567), John Whithal (João Leitão), Juan de Salazar y Espinosa (1508-1560), Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919), Luis Sarmiento de Mendoça, Luiz Martins, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Marcos Fernandes, velho (1530-1582), Martim Correia de Sá (1575-1632), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Pero (Pedro) de Góes, Pero Correia (f.1554), Rodrigo de Castelo Branco, Salvador Jorge Velho (1643-1705), Simão Álvares Martins (Jorge) (1573-1636), Simão Jorge Velho (1526-1585), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
•  Temas (28): Assunguy, Bacaetava / Cahativa, Bahia?, Cahaetee, Caminho do Peabiru, Caminho São Paulo-Santos, Cananéas, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Cruzes, Guaimbé, Guerra de Extermínio, Jaguaporecuba, Lagoa Dourada, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Minas de Itaimbé, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Peru, Pirapitinguí, Rio Anhemby / Tietê, Rio Itapocú, Rio Jaguari, Rio Paranapanema, Tamoios, Tupiniquim, Vila de Santo André da Borda
Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo
Data: 1940
Créditos: Carvalho Franco
Página 15
    1 fonte
  0 relacionadas
    Registros relacionados
1524. Atualizado em 28/10/2025 08:37:50
1°. Armada de João Dias de Solis teria sido "desmantelada"
O desbarato da pequena armada de João Dias de Solis, na região do Atlantiéo meridional, teve como consequencia a fixação de varios de seus extraviados no litoral por alguns denominado do ouro e da prata e que tinha por extremos, ao norte, a ilha de São Vicente e, ao sul, o rio da Prata.

De muitos poucos delles se guardam os nomes e dentre esses, Aleixo Garcia, Henrique Montes e Belchior Ramires, unidos a mais seis, demoravam no porto de Santa Catharina, segundo dava noticia uma carta do embaixador João de Zuninga, em 1524.

Um decimo fôra encontrado e recolhido no rio Paraná, pelo piloto Diogo Garcia, em 1527. Aleixo Garcia foi incontestavelmente o iniciador do movimento sertanista nessa costa, por onde se estendia a ainda imprecisa capitania vicentina.

Escapando a varias vicissitudes, permaneceu algum tempo em Laguna - e ahi, a lenda seductora do Rei Branco, junto á uma serra de prata, nas mesmas paragens do grande rio, que remontára em parte com Solis, o attrahiu irresistivelmente com quatro companheiros, sertão a dentro, buscando alcançar a sua miragem, atravez do continente,

Foi desse modo que cruzou Santa Catharina, passou ao Paraná e por essa via internou-se no Paragua}r. Uma vez nessa região, língua da terra como se tornára., induziu centenas de guaranys a que o acompanhassem e, entrando pelo baixo Matto-Grosso, cortou a planicie dos. guayctirús e continuou sempre em direcção ao occidente,buscando a região dos Charcas.

O término da sua caminhada, dizem alguns, teria sido Chuquisaca. Dahi desandou a jornada, com muitos despojos de prata e -quando attingia novamente as terras paraguayas, foi morto, com alguns dos seus companheiros, pelos guaranys revoltados, em 1526. [Página 11]
1526. Atualizado em 28/10/2025 06:51:38
2°. Aleixo Garcia foi morto, com alguns dos seus companheiros. Francisco de Chaves conseguiu sobreviver
Escapando a varias vicissitudes, permaneceu algum tempo em Laguna - e ahi, a lenda seductora do Rei Branco, junto á uma serra de prata, nas mesmas paragens do grande rio, que remontára em parte com Solis, o attrahiu irresistivelmente com quatro companheiros, sertão a dentro, buscando alcançar a sua miragem, atravez do continente,

Foi desse modo que cruzou Santa Catharina, passou ao Paraná e por essa via internou-se no Paraguay. Uma vez nessa região, língua da terra como se tornára, induziu centenas de guaranys a que o acompanhassem e, entrando pelo baixo Matto-Grosso, cortou a planicie dos. guayctirús e continuou sempre em direcção ao occidente, buscando a região dos Charcas.

O término da sua caminhada, dizem alguns, teria sido Chuquisaca. Dahi desandou a jornada, com muitos despojos de prata e -quando attingia novamente as terras paraguayas, foi morto, com alguns dos seus companheiros, pelos guaranys revoltados, em 1526. [Página 11]
1530. Atualizado em 31/10/2025 02:10:38
3°. Casamento de Domingos Grou e a filha do cacique de Carapicuíba (data s/ confirmação)
Dois anos depois ordenava Jerônimo Leitão, novamente,entradas contra os nativos tupynae e tupyniquim. O escolhido para cabo foi o memeluco Domingos Luiz Grou, o moço, que conseguiu desce-los em boa paz. As necessidades obrigaram porém esse valente sertanejo a investir de prompto contra os nativos de Mogi, "pelo rio abaixo de Anhemby, junto a outro rio de Jaguary", tendo sofrido grande revez e ficando a bandeira inteiramente desbaratada na barra do rio Parnahyba.

Era uma léva de cerca de cinquenta homens "brancos" e muitos nativos cristianisados e na qal também figurava Antonio de Macelo, filho de João Ramalho, que ia como imediado de Domingos Luiz Grou, o moço, ambos perecendo em embate. O último citado provinha pelo lado paterno da nobre família dos Eanes Grou, de Portugal e pelo lado materno de uma filha do cacique de Carapucuhyba, junto a M´boy.

Ao receber a notícia dessa derrota, os moradores de São Paulo apressaram-se em pedir providências ao capitão-mór Jerônimo Leitão, o qual ordenou um reconhecimento prévio do entorno e em junho de 1590 houve por esse motivo uma escaramuça em Pirapitinguy, chefiada por Francisco Preto e Balthazar Gonçalves. [Páginas 31 e 32]
25 de maio de 1542, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:34:41
4°. Confirmação de terras a “mestre Cosme, bacharel”
O estabelecimento da colonização portuguesa inicial na costa vicentina fôra feito pelo denominado "bacharel de Cananéa", o qual vem citado na carta de confirmação de sesmaria, mandada passar na villa de São Vicente, pelo capitão-mór Antonio de Oliveira, a Pedro Corrêa, aos 25 de maio de 1542, onde se lê:

"faço saber aos que esta minha carta de confirmação virem, como por Pedro Corrêa, morador nesta villa de São Vicente, me foi feita uma petição em que diz que por Gonçalo Monteiro, que aqui foi capitão lhe foram dadas umas terras da outra banda desta villa, que é o porto das náos, terra que era dada a um mestre Cosme, bacharel, etc. -"
13 de julho de 1552, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:38:06
5°. Segundo uma comunicação feita pelo primeiro Bispo do Brasil, ao rei D. João, em 13 de julho de 1552, também foi colhido ouro, nas margens do Cubatão, juntos nos desaguadouros dos riachos que desciam da lombada do Paranapiacaba
8 de abril de 1553, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:26
6°. Santo André da Borda do Campo foi aclamada em vila em nome do donatário Martim Afonso de Sousa, e provisão do seu capitão-mor governador e ouvidor Antônio de Oliveira
O primeiro occupante branco do interior vicentino,tambem não quiz demorar sob a jurisdicção dos néo-povoadores. Foi elle João Ramalho e parece ter sidoum naufrago das primeiras armadas, já tendo merecido.numerosas e eruditas monographias. Pedro Taques, quesobre elle escreveu as maiores contradicções da sua “No-biliarchia”, assegura que Martim Affonso de Sousa lheconcedêra uma sesmaria na ilha de Guaibe. Em 1580,o capitão-mór Jeronymo Leitão fazia referencias ás ter-ras doadas a João Ramalho e seus filhos, que limitavamcom as dos indios da aldeia de Ururay, ao longo do rio:desse nome e que iam até onde então se denominavaJaguaporébaba.Nesses limites, na borda do campo, que era o limiardos sertões ainda desconhecidos, havia João Ramalhose estabelecido, erguendo uma ermida sob a invocaçãode Santo André, que em 1553 o governador-geral Thoméde Sousa elevou á cathegoria de villa.Ahi viveu maritalmente com uma filha do caciqueTibyriçá, da aldeia de Piratininga, por uns chamada Iza-bel e por outros Bartira e della teve numerósa prole ma-meluca. Foi homem muito venerado entre o gentio esuas filhas casaram-se com principaes da capitania.Os jesuitas não apreciavam a João Ramalho. Tho-mé de Sousa o conheceu pessoalmente e em carta a El-Rei, mencionou que era natural do termo de Coimbra.O padre Manuel da Nobrega, tambem em carta datada.de 1553, dirigida á Luiz Gonçalves Camara, referiu queJoão Ramalho sahira do reino havia uns quarenta annos, [p. 19]
30 de junho de 1553, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 04:48:06
7°. Mais um parente do capitão-mor Antônio de Oliveira, representante do "proprietário" das terras adquiriu em Assumpção trinta e dois índios guaranys, a troco de ferro, para vende-los nas capitanias do norte
Expedições saída de Santos já chegavam a fronteira com o Paraguai percorrendo o caminho do Peabiru. Note-se a extensão territorial de tais entradas, já no meio do do seculo XVI, por parte dos vicentinos: pela costa, attingiam Laguna; pelo interior, iam á região do Guayrá.

Um documento do Archivo das Indias, em Sevilha, publicado por Luiz Rubio y Moreno, dá uma relação dos chefes de entradas, a maioria escravagistas, ao Guayrá, saídos de São Vicente, nas imediações da época a que nos referimos e que é a seguinte: Scipião de Góes, Vicente de Góes, Manuel Fernandes, Affonso Farinha, Diogo Dias, Marcos Fernandes, Christovam Caldeireiro, sevilhano, Pedro Corrêa, Fulano Araujo, Matheus Fernandes, Pedro Collaço, Domingos Vaz, piloto, João Pires Gago e Gaspar Fernandes.

Ainda uma carta, escrita por João de Salazar, em Santos, a 30 de junho de 1553, revelava mais que um sobrinho do capitão-mor Antônio de Oliveira, havia adquirido em Assumpção trinta e dois índios guaranys, a troco de ferro, para vende-los nas capitanias do norte, bem como um portugues de nome Francisco Vidal, que comprara vinte, mesmo sem chegar á referida cidade. [p.24;25]
8 de novembro de 1553, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:54:50
8°. Carta de Luís Sarmiento de Mendoza, embaixador espanhol em Lisboa
Doutro lado, o embaixador espanhol Luiz Sarmiento de Mendonça, avisava de Lisboa, em novembro de 1553, a seus soberanos, que um mameluco havia descoberto minas de ouro e prata no sul do Brasil, e que por essa via atingia-se o Peru, que dali não ficava muito distante. [Página 34]
8 de janeiro de 1556, domingo. Atualizado em 12/07/2025 06:53:07
9°. Proibido ir para o Paraguay "não façam fundição nenhuma de nenhum metal"
As providencias da Metrópole não se fizeram esperar, pois o governador-geral d. Duarte da Costa, em regimento de 8 de janeiro de 1556, dado ao capitão-mór. de São Vicente, determinava:

"não consentireis que nenhum portuguez nem castelhano vão pelo campo para o Paraguay, nem outra alguma povoação dos castelhanos e se fôr caso que algum castelhano venha por terra dalguma de suas povoações a esta capitania, vós o fareis logo embarcar no primeiro navio que dahi fôr para qualquer parte, ainda que seja para estas capitanias do Brasil e ás pessôas que forem pelo campo avisareis e mandareis com todas as penas que vos parecerem necessárias, que não façam fundição nenhuma de nenhum metal até vos não vir recado de Sua Alteza ou vos eu mandar o que haveis de fazer nisso e tereis toda vigilância necessária e se fôr caso que se ache alguma cousa de pedraria ou ouro ou outra cousa nova, que pareça necessário mandar-se a Sua Alteza, vós ma mandareis logo a esta Bahia com muita presteza e não me achando aqui se dará recado a quem eu deixar em meu lugar." [p. 34]
7 de setembro de 1559, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:08
10°. Rainha regente D. Catarina comunicava ao governador Mem de Sá que enviara o mineiro para averiguar as notícias das minas de ouro.
Junho de 1560. Atualizado em 30/10/2025 09:15:16
11°. Partida da expedição de Bras Cubas*
Esse governador-geral havia terminado a luta com os francezes do Rio de Janeiro e dalli viéra a São Vicente, escolhendo então para cabo da entrada nesse sentido ao fidalgo Braz Cubas. Este arregimentou uma léva a sua custa e conjuntamente com Luiz Martins, saiu para o sertão em junho de 1560.

Dizem alguns que alcançou o Pará-Mirim, querendo outros que tivesse atravessado o vale do Arassuahy e fosse alcançar o rio das Rãs, no interior bahiano. Limitando em absoluto esse circulo, Calogeras é de opinião que Braz Cubas não transpoz as fronteiras do nosso atual Estado, indo apenas até o município de Apiahy ou Paranapanema.

Deve-se destacar o minerador Luis Martins. Segundo Mario Neme, ele teria vindo parao Brasil em 1559 por ordem de D. João III, com o intuito de examinar metais. Primeiramente, teria chegado à Bahia para receber autorização para sua atividade. Segundo Francisco de Carvalho Franco, teria acompanhado a entrada de Brás Cubas nas nascentes do Rio São Francisco em 1560. [p. 35]
4 de abril de 1561, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:10
12°. Ataque aos índios tamoios
Estes, cientes da arremetida "se haviam feito tão fortes que era fortes que era coisa de espanto. Haviam ajuntado na fronteira a mais escolhida gente que havia, porque tinham muitas casas fortes com quatro cercas muito fortes ao redor, a madeira de muros, como se fossem brancos. A junto com isto, muitos arcabuzes e pólvora e espadas que lhes dão os franceses. Mas Nosso Senhor por sua misericórdia nos deu vitória e as cercas foram entradas e eles todos mortos e presos sem escapas mais que um só que pode fugir, mas custou-nos matarem-nos dois moradores e um dos mancebos da terra. E quase todos viemos feridos e frechados e dos nossos nativos alguns mortos, do qual feito assim contrários como nossos nativos ficaram muito espantados. Esperamos em Nosso Senhor que seja isto principio para esta terra segurar e o nativo se sujeitar. [Páginas 26 e 27]
10 de maio de 1561, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:10
13°. Carta a rainha Catarina e nova solicitação ao "mineiro da Rainha" que adentrasse novamente ao sertão
Ordenou por isso Men de Sá uma acção contra esses indígenas que assediavam a villa sertaneja e que baixavam do valle do rio Parahyba varando as gargantas serranas. Como principal dessa expedição foi Jorge Moreira, natural do Porto e que veio para a capitania em 1545, tendo aqui se casado com Izabel Velho.

Exerceu cargos. na camara de Santo André, em 1557, tendo sido um dos promotores da mudança do fôro dessa villa para -casa dos padres de Piratininga, em 1560. Pormenores da sua expedição se encontram numa extensa carta que dirigiu á rainha d. Catharina e datada de 10 de maio de 1561.

Nesse documento expõe que, após haverem reunido todos indios amigos os colonos da marinha não acudiram, enviando apenas alguns mamelucos. Os nativos ameaçaram então tomar ás .suas aldeias, caso os brancos tambem não fossem á guerra. Determinaram assim os de Piratininga ir todos, somniando tão sómente trinta. Com elles, seguiriam outros tantos de seus mamelucos.

A expedição ganhou o Tietê até certa altura e depois, varando por terra as -canôas, attingiu o campo dos inimigos. Estes, cientes da arremettida "se haviam feito tão fortes que era cousa de espanto. Haviam ajuntado na fronteira a mais escolhida gente que havia, porque tinham muitas casas fortes com quatro cercas muito fortes ao redor, a maneira de inuros, como se fossem brancos.

E junto com isto, muitos arcabuzes e polvora e espadas que lhes dão os francezes. Mas Nosso Senhor por sua misericordia nos deu victoria e as cercas foram entradas e elles todos mortos e presos sem escapar mais que um só que poude fugir, mas custou-nos matarem-nos dous moradores e um dos mancebos da terra.

E quasi todos viémos feridos e frechados e dos nossos índios alguns mortos, do qual feito assim contrários como nossos índios ficaram muito espantados. Esperamos em Nosso Senhor que seja isto principio para esta terra segurar e o gentio se sujeitar." [Páginas 25 e 26]
20 de maio de 1561, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:35:10
14°. O Capitão Brás Cubas estabelece uma fazenda ou sítio no lugar em que alguns anos depois teria início a povoação de Mogi das Cruzes
25 de abril de 1562, sexta-feira. Atualizado em 20/08/2025 06:12:13
15°. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578)
Esse governador-geral havia terminado a luta com os franceses do Rio de Janeiro e dali viéra a São Vicente, escolgndo então para cabo da expediçãi nesse sentido o fidalgo Braz Cubas. Este arregimentou uma léva a sua custa e conjunctamente com Luiz Martins, saiu para o sertão em junho de 1560. Dizem alguns que alcançou o Pará-Mirim, querendo outros que tivesse atravessado o vale do Arassuahy e fosse alcançar o rio das Rãs, no interior bahiano. Limitando em absoluto esse círculo, Calogeras é de opinião que Braz Cubas não transpoz as fronteiras do nosso atual estado de São Paulo, indo apenas até o munícipio de Apyahy ou Paranapanema.

O certo é que o fidalgo assegurava numa carta a El-Rei, escrita de Santos em 25 de abril de 1562, que andára de jornada trezentas léguas e por respeito das águas que se vinham, retrocedera, colhendo mesmo assim algumas amostras de metais e pedrarias, que enviava á Corte.

Regressára dessa jornada bastante doente, mas desejando insistir na procura do ouro, fez com que Luiz Martins nesse mesmo ano, tornasse o sertão e esse encontrou o precioso metal a poucas léguas de Santos. Alguns escrevem que esse descobrimento foi no Jaraguá e outros, na Cahatiba ou atual Bacaetava (Sorocaba).

Dando em manifesto esse descoberto, foi Braz Cubas o primeiro minerador oficial do ouro em São Vicente, tendo ai feito tentativas dessa natureza, associado ao capitão-mÓr Jeronimo Leitão e, de uma carta escrita de Santos, em 1578, pelo inglez John Whithal, genro de José Adorno, vê-se que aguardava para isso mineiros do reino. ["Bandeiras e Bandeirantes de SP" de Carvalho Franco (1940) p.35;36]

As diligências posteriores ao falecimento de Bartholomeu Bueno de Siqueira foram feitas por Miguel Garcia de Almeida e Cunha que entrou no Itatiaia, descobrindo ouro no Gualacho do Sul; por Manuel Garcia Velho, que entrou no Tripuhy, fazendo idênticas descobertas e Belchior da Cunha Barregão, que com Bento Leite da Silva, entrou no Itacolomy, extraindo também o precioso metal (1696).

Dois anos após, Antonio Dias de Oliveira descobria o celebrado Ouro Preto. Grande foi então a afluência de forasteiros para esse território todo, provindos de outras capitanias e mesmo da Metrópole. Assim, Rebello Perdição refere que de 1698 em diante, foram descobertos outros álveos auríferos: no Outro Preto, pelo padre João de Faria Fialho, Francisco e Antonio da Silva Bueno, Thomas e João Lopes de Camargo e Felix de Gusmão Mendonça e Bueno; no Ribeirão do Carmo, por João Lopes de Lima e seu irmão, o padre Manuel Lopes; no Gualacho do Norte, por Antonio Pereira; no centro desse mesmo ribeirão, por Sebastião Rodrigues da Guerra; no ribeiro de Bento Rodrigues, pelo bandeirante desse nome; na barra do Gualacho do Norte, no Brumado e no Sumidouro, por João Pedroso; no ribeiro do Bom Sucesso, afluente do Ribeirão do Carmo, por Salvador Fernandes Furtado de Mendonça; nesse último ribeirão, dez léguas de Ouro Preto, até o arraial do Furquim, por Antonio Rodovalho a Fonseca, Francisco Alvares Corrêa e Sebastião de Freitas Moreira; nesse mesmo ribeirão, abaixo desses últimos, descobertos por João de Lima Bomfante e por último na barra desse ribeirão com o Guarapiranga, por Francisco Bueno de Camargo. [Páginas 174 e 175]

O descobrimento do sertão do Rio Pardo, foi feito por Antonio Luiz dos Passos, mais tarde um dos descobridores das Minas Novas e o distrito de Itacambira foi explorado por uma expedição paulista de que era cabo Miguel Domingues, o qual teve que se retirar desse sertão devido ao encontro dos mestiços denominados "papudos".

Segundo Basílio de Magalhães, Domingos Rodrigues da Fonseca Leme, descobriu o ribeiro do Campo; Leonardo Nardy Sisão de Sousa, revelou as minas do Caethé, onde com os dois irmãos Antonio e João Leme da Guerra, moradores em Santos, fundaram depois um arraial. [Página 175]

Nada porém conseguindo, o capitão-mór em 1690, reduzido á miséria, interrompida tentativas e se recolhia ao Rio de Janeiro, obtendo o cargo de tabelião público, provido por Luiz César de Menezes. A seguir, andaram sondando essas minas, o capitão-mór Martim Garcia Lumbria, tendo como sócios Manuel Fernandes de Abreu e o alcaide-mór Jacinto Moreira Cabral e já no começo do século XVIII, Damião de Sousa Pereira, genro do capitão-mór Lumbria e por último os irmãos Antonio Trindade e João de Anhaya, com um filho deste último, João de Anhaya de Lemos. [Página 265]

As minas do Itambé ou Itaimbé, ficavam na região do Assunguy e foram objeto de investigações oficiais entre 1645 e 1647, por parte de Eleodoro Ébano Pereira; em 1670, por parte de Agostinho de Figueiredo e em 1679, por parte de D. Rodrigo de Castel-Blanco. Ficavam ainda no Assunguy as minas de Nossa Senhora da Conceição, da Cachoeira e do Ribeirão, exploradas principalmente por Salvador Jorge Velho e seu genro Antonio PIres de Campos, o velho, desde 1678 e posteriormente a 1599, por Simão Jorge Velho. Balthazar Carrasco dos Reis e o seu grupo exploraram as minas do Arraial Grande, poucos anos antes de 1661, as quais ainda em 1741 eram satisfatóriamente exploradas pelos descobridores (...) [p. 272]
22 de abril de 1568, segunda-feira. Atualizado em 31/10/2025 02:04:29
16°. Carta do padre Balthazar Fernandes: 4 povoacões
1578. Atualizado em 24/10/2025 02:35:33
17°. Registros indicam ouro
O certo é que o fidalgo assegurava numa carta a El-Rei, escrita de Santos em 25 de abril de 1562, que andára de jornada trezentas léguas e por respeito das águas que se vinham, retrocedera, colhendo mesmo assim algumas amostras de metais e pedrarias, que enviava á Corte.

Regressára dessa jornada bastante doente, mas desejando insistir na procura do ouro, fez com que Luiz Martins nesse mesmo ano, tornasse o sertão e esse encontrou o precioso metal a poucas léguas de Santos. Alguns escrevem que esse descobrimento foi no Jaraguá e outros, na Cahatiba ou atual Bacaetava (Sorocaba).

Dando em manifesto esse descoberto, foi Braz Cubas o primeiro minerador oficial do ouro em São Vicente, tendo ai feito tentativas dessa natureza, associado ao capitão-mÓr Jeronimo Leitão e, de uma carta escrita de Santos, em 1578, pelo inglez John Whithal, genro de José Adorno, vê-se que aguardava para isso mineiros do reino. ["Bandeiras e Bandeirantes de SP" de Carvalho Franco (1940) p.35;36]
1578. Atualizado em 31/10/2025 08:23:18
18°. Evidências de que Afonso Sardinha teria "descoberto" o “Araçoiaba”
Esse governador-geral havia terminado a luta com os franceses do Rio de Janeiro e dali viéra a São Vicente, escolgndo então para cabo da expediçãi nesse sentido o fidalgo Braz Cubas. Este arregimentou uma léva a sua custa e conjunctamente com Luiz Martins, saiu para o sertão em junho de 1560. Dizem alguns que alcançou o Pará-Mirim, querendo outros que tivesse atravessado o vale do Arassuahy e fosse alcançar o rio das Rãs, no interior bahiano. Limitando em absoluto esse círculo, Calogeras é de opinião que Braz Cubas não transpoz as fronteiras do nosso atual estado de São Paulo, indo apenas até o munícipio de Apyahy ou Paranapanema.O certo é que o fidalgo assegurava numa carta a El-Rei, escrita de Santos em 25 de abril de 1562, que andára de jornada trezentas léguas e por respeito das águas que se vinham, retrocedera, colhendo mesmo assim algumas amostras de metais e pedrarias, que enviava á Corte.Regressára dessa jornada bastante doente, mas desejando insistir na procura do ouro, fez com que Luiz Martins nesse mesmo ano, tornasse o sertão e esse encontrou o precioso metal a poucas léguas de Santos. Alguns escrevem que esse descobrimento foi no Jaraguá e outros, na Cahatiba ou atual Bacaetava (Sorocaba).Dando em manifesto esse descoberto, foi Braz Cubas o primeiro minerador oficial do ouro em São Vicente, tendo ai feito tentativas dessa natureza, associado ao capitão-mÓr Jeronimo Leitão e, de uma carta escrita de Santos, em 1578, pelo inglez John Whithal, genro de José Adorno, vê-se que aguardava para isso mineiros do reino. ["Bandeiras e Bandeirantes de SP" de Carvalho Franco (1940) p.35;36]
26 de junho de 1578, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:33
19°. Seria corrente a notícia da existência das minas de ouro e prata da capitania de São Vicente, segundo súdito inglês residente em Santos
Dando em manifesto esse descoberto, foi Braz Cubas o primeiro minerador oficial do ouro em São Vicente, tendo ai feito tentativas dessa natureza, associado ao capitão-mÓr Jeronimo Leitão e, de uma carta escrita de Santos, em 1578, pelo inglez John Whithal, genro de José Adorno, vê-se que aguardava para isso mineiros do reino.
10 de abril de 1585, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:21:26
20°. Representação das Câmaras de Santos e São Vicente ao capitão-mor Jerônimo Leitão, lugar-tenente do donatário, sobre a necessidade de fazer-se guerra aos índios Tupiniquim e Carijó
Os motivos alegados escondiam o verdadeiro motivo. [p. 29]
1 de novembro de 1585, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 08:31:39
21°. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós
As necessidades obrigaram porém esse valente sertanejo a investir de prompto contra o nativo de Mogy, "pelo rio abaixo de Anhemby, junto a outro rio de Jaguary", tendo sofrido grande revez e ficando a bandeira inteiramente desbaratada na barra do rio Parnahyba.Partindo de Santos em meados de novembro de 1585, a expedição velejou para Paranaguá, onde aportou. Desse ponto no litoral, escreve Benedicto Calixto, havia os apés para a terra dos carijós, passando por Curytiba, Umbotuba, em direção aos cursos do Tibagy, Cinzas e Paranapanema, ou ainda, do lado oposto, do Iguassú e seus tributários. Assim a bandeira ali andou cerca de oito meses, volvendo á Capitania em julho do ano seguinte, com numerosa presa.
27 de julho de 1586, domingo. Atualizado em 30/10/2025 01:51:38
22°. Domingos Grou não retorna com a expedição de que saiu de Santos um ano antes
Assim a bandeira ali andou cerca de oito meses, volvendo á Capitania em julho do ano seguinte, com numerosa presa.
Agosto de 1587. Atualizado em 25/02/2025 04:42:47
23°. “mameluco” Domingos Luiz Grou o moço, Belchior Dias e seu tio Antonio de Saavedra lideram uma expedição, que conseguir seguir em "boa paz"*
As necessidades obrigaram porem esse valente sertanejo a investir de prompto contra o gentio de Mogy, "pelo rio abaixo de Anhemby, junto a outro rio de Jaguary", tendo soffrido grande revez e ficando a bandeira inteiramente desbaratada na barra do rio Parnahyba.

Era uma léva de cerca de cinquenta homens brancos e muitos índios christianisados e na qual também figurava Antonio de Macedo, filho de João Ramalho, que ia como imediato de Domingos Luiz Grou, o moço, ambos perecendo no embate.

O ultimo citado provinha pelo lado paterno da nobre familia dos Eanes Grou, de Portugal e pelo lado materno de uma filha do cacique de Carapucuhyba, junto a M´boy.

O loco-tenente do donatario ordenou então que se formasse uma bandeira, toda munida de armas de algodão e pondo-se á frente da tropa, penetrou o valle do Tietê, em agosto do mesmo anno, tendo como seus immediatos, Antonio de Saavedra, Diogo de Unhate e Fernão Dias.

Era uma léva de cerca de cinquenta homens brancos e muitos índios christianisados e na qual também figurava Antonio de Macedo, filho de João Ramalho, que ia como imediato de Domingos Luiz Grou, o moço, ambos perecendo no embate. Nos últimos dias de dezembro, regressava com muitos tupyniquins feitos prisioneiros. [p.30;31]
Janeiro de 1590. Atualizado em 31/10/2025 09:20:52
24°. Nova expedição com 50 homens*
As necessidades obrigaram porem esse valente sertanejo a investir de prompto contra o gentio de Mogy, "pelo rio abaixo de Anhemby, junto a outro rio de Jaguary", tendo soffrido grande revez e ficando a bandeira inteiramente desbaratada na barra do rio Parnahyba. Era uma léva de cerca de cinquenta homens brancos e muitos índios christianisados e na qual também figurava Antonio de Macedo, filho de João Ramalho, que ia como imediato de Domingos Luiz Grou, o moço, ambos perecendo no embate. O ultimo citado provinha pelo lado paterno da nobre familia dos Eanes Grou, de Portugal e pelo lado materno de uma filha do cacique de Carapucuhyba, junto a M´boy. [p.30;31]
17 de março de 1590, sábado. Atualizado em 30/10/2025 23:58:34
25°. A população de São Paulo recebia a notícia através de dois participantes de uma entrada
As necessidades obrigaram porem esse valente sertanejo a investir de pronto contra o gentio de Mogy, "pelo rio abaixo de Anhemby, junto a outro rio de Jaguary", tendo sofrido grande revés e ficando a bandeira inteiramente desbaratada na barra do rio Parnahyba.

Era uma léva de cerca de cinquenta homens brancos e muitos índios christianisados e na qual também figurava Antonio de Macedo, filho de João Ramalho, que ia como imediato de Domingos Luiz Grou, o moço, ambos perecendo no embate.

O ultimo citado provinha pelo lado paterno da nobre familia dos Eanes Grou, de Portugal e pelo lado materno de uma filha do cacique de Carapucuhyba, junto a M´boy. [p.30;31]
Junho de 1590. Atualizado em 23/10/2025 15:39:24
26°. Jerômilo Leitão ordenou um reconhecimento prévio do local*
Dous annos após ordenava Jeronymo Leitão, novamente, entradas contra o gentio tupynae e tupyniquim. O escolhido pare cabo foi o mameluco Domingos Luiz Grou, o moço, que conseguio descel-os em bôa paz.

As necessidades obrigaram porem esse valente sertanejo a investir de prompto contra o gentio de Mogy, "pelo rio abaixo de Anhemby, junto a outro rio de Jaguary", tendo soffrido grande revez e ficando a bandeira inteiramente desbaratada na barra do rio Parnahyba.

Era uma léva de cerca de cinquenta "homens brancos" e muitos "nativos cristianisados" também figurava Antonio de Macedo, filho de João Ramalho, que ia como immediato de Domingos Luiz Grou, o moço, ambos perecendo no embate. O ultimo citado provinha pelo lado paterno da nobre familia dos Eanes Grou, de Portugal e pelo lado materno de uma filha do cacique de Carapucuhyba, junto a M´boy.

Ao receber noticia dessa derrota, os moradores de São Paulo apressaram-se em pedir providencias ao capitão-mór Jeronymo Leitão, o qual ordenou um reconhecimento prévio do entorno e em junho de 1590 houve por esse motivo uma escaramuça em Pirapitinguy, chefiada por Francisco Preto e Balthazar Gonçalves.
Agosto de 1590. Atualizado em 31/10/2025 07:21:46
27°. Bandeira penetrou o sertão*
Ao receber a notícia dessa derrota, os moradores de São Paulo apressaram-se em pedir providências ao capitão-mór Jerônimo Leitão, o qual ordenou um reconhecimento prévio do entorno e em junho de 1590 houve por esse motivo uma escaramuça em Pirapitinguy, chefiada por Francisco Preto e Balthazar Gonçalves. O loco-tenente do donatário ordenou então que se formasse uma bandeira, toda munida de armas, de algodão e pondo-se á frente da tropa, penetrou o vale do Tietê, em agosto do mesmo ano, tendo como seus imediatos, Antonio de Saavedra, Diogo de Unhate e Fernão Dias. Nos últimos dias de dezembro, regressava com muitos tupyniquins feitos prisioneiros. Mesmo assim os paulistas não se julgaram seguros contra os aborígenes surgidos dos fundos sertões em queos tinha ido despertar o destemeroso Jeronymo Leitão. [Páginas 31 e 32]
Dezembro de 1590. Atualizado em 23/10/2025 15:39:25
28°. Retorno da bandeira de Antonio de Saavedra, Diogo de Unhate e Fernão Dias*
O loco-tenente do donatario ordenou então que se formasse uma bandeira, toda munida de armas de algodão e pondo-se á frente da tropa, penetrou o valle do Tietê, em agosto do mesmo anno, tendo como seus immediatos, Antonio de Saavedra, Diogo de Unhate e Fernão Dias.

Era uma léva de cerca de cinquenta homens brancos e muitos índios christianisados e na qual tambem figurava Antonio de Macedo, filho de João Ramalho, que ia como imediato de Domingos Luiz Grou, o moço, ambos perecendo no embate. Nos ultimos dias de dezembro, regressava com muitos tupyniquins feitos prisioneiros. [Páginas 30 e 31]
Outubro de 1591. Atualizado em 25/02/2025 04:42:47
29°. Necessidade de guerra de extermínio*
1596. Atualizado em 23/10/2025 15:41:03
30°. Belchior
Foi essa ilusão tornada secular, que empolgou inteiramente o espirito de D. Francisco de Sousa. Após a aventura de Gabriel Soares de Souza, enviou em sua demanda dois dos maiores caminheiros nortistas: Bento Maciel Parente e Diogo Martins Cam. Não obtendo resultados, empreendeu fazer buscar o ponto desejado, segundo temos razões para acreditar, por quatro entradas simultâneas, que partiram entre 1596 e 1507, respectivamente do rio Real, comandada por Belchior Dias Moréa, da serra dos Aymorés, tendo como cabo novamente a Diogo Martins Cam, das costas de Paraty, chefiada por Martim Corrêa de Sá e da vila de São Paulo, dirigida por João Pereira de Sousa Botafogo, que havia recebido pessoalmente instruções de d. Francisco de Sousa, que da Bahia o havia despachado como capitão (...) [Páginas 43 e 44]
1596. Atualizado em 25/02/2025 04:40:05
31°. Jean de Laet esteve no Brasil
Página 38
1598. Atualizado em 24/10/2025 04:14:41
32°. Após um Mameluco informar Dom Francisco de Souza que visita os "Montes de Sabaroason", enfim ele visitou o local / Nossa Senhora de Monte Serrat do Itapevuçu
Dando uma notícia condensada de todos esses descobrimentos, temos o escritor holandês, Jean de Laet; na sua obra "O Novo Mundo ou Descrição das Indias Ocidentais", cuja princeps é de 1625 e que colheu os necessários informes de Anthony Knivet e de Wilhelm Jostten Glimmer. Assim, escreveu ele:

"As minas de ouro que se descobriram nestes annos precedentes, na capitania de São Vicente, são: Santiago e Santa Cruz, nas montanhas de Paranapiacaba, a quatro ou cinco leguas do mar; Jaraguá, cerca de cinco leguas de São Paulo para o norte, e a dezesete ou dezoito leguas do mar; Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, seis ou sete leguas de São Paulo, ao nordeste e a vinte ou pouco mais do mar; Nossa Senhora do Monserrate, dez ou doze leguas de São Paulo para o noroeste, onde se encontram pepitas que pezam ás vezes duas e tres onças; Buturunda ou lbitiruna, a duas leguas da precedente, para o oeste; Ponta da Cahativa, a trinta leguas de São Paulo para o sudoeste. Quase trinta leguas da. mesma villa de São Paulo para o sudoeste, ficam as montanhas de Berusucaba ou Ibiraçoiaba, abundantes em veios de ferro, não lhes faltando também veios de ouro, que os selvagens cananéas tem por costume extrahir".

Na obra de Piso e Marcgraff em que colaborou, João de Laet ainda menciona os "montes de Sabaroason", dos quais cerca de 1598, um mameluco extraiu amostra dum metal cor azul escura, salpicado de uns grânulos cor de ouro, que levou á d. Francisco de Sousa, na Bahia, varando o sertão e que foi causa da vinda nesse mesmo ano á capitania de São Vicente, daquele notável representante do governo espanhol. [Páginas 37 e 38]
1 de outubro de 1598, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:45
33°. D. Francisco partiu para o Sul
Segundo o historiador Carvalho Franco em sua obra “Bandeiras e Bandeirantes de SãoPaulo” – São Paulo, 1940, pág. 35/38, foi o mameluco Afonso Sardinha, o Moço, ocontinuador das pesquisas do ouro na capitania. Explorando as regiões próximas a SãoPaulo, acabou descobrindo ouro de lavagem na Serra da Mantiqueira em Guarulhos,Jaraguá e São Roque. Os seus descendentes continuaram na exploração das minas doJaraguá.Outras informações também as localizam nas serras de Paranapiacaba, Guaramumis,Nossa Senhora de Monserrate, Ibituma (Parnaíba) e Ibiraçoiaba (Sorocabana).As primeiras referências a certos “montes de Sabaroason”, vem de 1598, de onde ummameluco teria extraído amostras de metal que, sendo levadas à Bahia, motivaram a vindado governador, D. Francisco de Sousa, a São Vicente. [“Bandeiras e Bandeirantes de SãoPaulo”, 1940. Carvalho Franco. pág. 35/38]
23 de maio de 1599, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:38:54
34°. D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses
Jornadeou logo para as minas do Araçoyaba, onde Affonso Sardinha, o moço, lhe fez doação dum dos fornos catalães para o preparo do ferro, passando depois a visitar as minas de Bacaetava, São Roque e Jaraguá.
Novembro de 1599. Atualizado em 30/10/2025 06:32:01
35°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza*
Dom Francisco de Sousa por suas vez, chegou á vila em maio de 1599, seguido de considerável comitiva. Jornadeou logo para as minas do Araçoyaba, onde Affonso Sardinha, o moço, lhe fez doação dum dos fornos catalães para o preparo do ferro, passando depois a visitar as minas de Bacaetava, São Roque e Jaraguá. Pouco meses depois retornava ao Araçoyaba e dali enviava uma expedição ao Itapucú, da qual fez parte Antonio Knivet.
8 de setembro de 1602, domingo. Atualizado em 23/10/2025 15:41:03
36°. Liderada pelo “mameluco” Belchior Dias Carneiro, bandeira de Nicolau Barreto partiu sabendo da existência de ouro em “Sabarabúçú”
16 de setembro de 1606, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:21:33
37°. Minas
A notícia de que havia ouro e prata na América Espanhola e a união das duas Coroas, a Espanhola e a Portuguesa, conhecida como União Ibérica

Essa diligencia foi chefiada por Nicolau Barreto, tendo sabido no ano seguinte, com amostras da descoberta de minas de prata, ouro e outros metais. Entendemos que Affonso Sardinha, o moço pereceu nessa jornada, quando já de regresso, conforme já expuzemos algures. Esse pesquisador de minas teve como constante companheiro a Clemente Alvares, mineiro pratico, morador em Santo Amaro e que até 1606 havia registado na camara de São Paulo cerca de quatorze locaes onde descobrira ouro.

Dando uma noticia condensada de todos esses descobrimentos, temos o escriptor hollandez, João de Laet, na sua obra "O Novo Mundo ou Descripção das Indias Occidentaes", cuja edição princeps é de 1625 e que colheu os necessarios infórmes de Antonio Knivet e de Wilhelm Jostten Glimmer.

Assim, escreveu elle: "As minas de ouro que se descobriram nestes annos precedentes, na capitania de São Vicente, são: Santiago e Santa Cruz, nas montanhas de Paranapiacaba, a quatro ou cinco leguas do mar; Jaraguá, cerca de cinco leguas de São Paulo para o norte, e a dezesete ou dezoito leguas do mar; Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, seis ou sete leguas de São Paulo, ao nordeste e a vinte ou pouco mais do mar; Nossa Senhora do Monserrate, dez ou doze leguas de São Paulo para o noroeste, onde se encontram pepitas que pezam ás vezes duas e tres onças; Buturunda ou lbitiruna, a duas leguas da precedente, para o oeste; Ponta da Cahativa, a trinta leguas de São Paulo para o sudoeste. Quasi trinta leguas da. mesma villa de São Paulo para o sudoeste, ficam as montanhas de Berusucaba ou Ibiraçoiaba, abundantes em veios de ferro, não lhes faltando do também veios de ouro, que os selvagens cananéas tem por costume extrahir".

Na obra de Piso e Marcgraff em que collaborou, João de Laet ainda menciona os "montes de Sabaroason", dos quaes cerca de 1598, um mameluco extrahiu amostra dum metal de côr azul escura, salpicado de uns granulos côr de ouro, que levou á d. Francisco de Sousa, na Bahia, varando o sertão e que foi causa da vinda nesse mesmo ano á capitania de São Vicente, daquelle notavel representante do governo espanhol. [p.37;38]
15 de junho de 1609, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:19
38°. D. Francisco chegou em São Paulo
Cercado novamente de grande comitiva, em meados de 1609 já se encontrava em São Paulo, tendo firmado contrato duma sociedade com Diogo de Quadros e Francisco Lopes Pinto para a exploração do que então denominavam engenho de ferro.

Dessa sua segunda administração em São Paulo, pouco se sabe, pois escasseiam os documentos. Persistia no entanto, obstinadamente, em encontrar metais nobres na Sabarábossú e no morro do Araçoyaba.

Determinou para o primeiro efeito, uma entrada chefiada por Simão Alvares, o velho, conforme se verifica do termo de "Concerto que houve entre Simão Alvares e a viúva Custodia Lourença, no inventário de Henrique da Costa, em 1616 e partiu de São Paulo em 1610 e atingiu o sertão denominado "Cahaetee", o qual se formos cingir-nos exclusivamente á toponímia, era o sertão da Casca, em plena Minas Gerais.
11 de agosto de 1609, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:09:59
39°. Firmada sociedade entre Diogo de Quadros, Francisco Lopes Pinto e D. Antônio de Souza, filho de D. Francisco de Souza, que se refere a um engenho de ferro "situado em o distrito e limite desta vila de São Paulo e donde chamam Ibirapuera, da outra banda do Rio Jeribatiba
Cercado novamente de grande comitiva, em meados de 1609 já se encontrava em São Paulo, tendo firmado contrato duma sociedade com Diogo de Quadros e Francisco Lopes Pinto para a exploração do que então denominavam engenho de ferro.

Dessa sua segunda administração em São Paulo, pouco se sabe, pois escasseiam os documentos. Persistia no entanto, obstinadamente, em encontrar metais nobres na Sabarábossú e no morro do Araçoyaba. Determinou para o primeiro efeito, uma entrada chefiada por Simão Alvares, o velho, conforme se verifica do termo de "Concerto que houve entre Simão Alvares e a viúva Custodia Lourença, no inventário de Henrique da Costa, em 1616 e partiu de São Paulo em 1610 e atingiu o sertão denominado "Cahaetee", o qual se formos cingir-nos exclusivamente á toponímia, era o sertão da Casca, em plena Minas Gerais. [Página 49]
23 de setembro de 1619, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:22:52
40°. André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas
Assim, allegando ter descoberto minas de ouro no sertão de Parnahyba, ahi obteve uma sesmaria de duas leguas em quadra, que lhe foi dada a 23 de setembro de 1619. Em 1623 teve patente de capitão de infantaria de São Paulo e com seus paes e seus irmãos Balthazar e Domingos Fernandes, foi dos fundadores da villa de Parnahyba, em 1625.
1625. Atualizado em 09/10/2025 04:01:50
41°. “O Novo Mundo: Descrição das Índias Ocidentais” ("Nieuvve wereldt, ofte, Beschrijvinghe van West-Indien"), 1625. Jean de Laet (1571-1649)
Dando uma notícia condensada de todos esses descobrimentos, temos o escritor holandês, Jean de Laet; na sua obra "O Novo Mundo ou Descrição das Indias Ocidentais", cuja princeps é de 1625 e que colheu os necessários informes de Anthony Knivet e de Wilhelm Jostten Glimmer. Assim, escreveu ele:

"As minas de ouro que se descobriram nestes annos precedentes, na capitania de São Vicente, são: Santiago e Santa Cruz, nas montanhas de Paranapiacaba, a quatro ou cinco leguas do mar; Jaraguá, cerca de cinco leguas de São Paulo para o norte, e a dezesete ou dezoito leguas do mar; Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, seis ou sete leguas de São Paulo, ao nordeste e a vinte ou pouco mais do mar; Nossa Senhora do Monserrate, dez ou doze leguas de São Paulo para o noroeste, onde se encontram pepitas que pezam ás vezes duas e tres onças; Buturunda ou lbitiruna, a duas leguas da precedente, para o oeste; Ponta da Cahativa, a trinta leguas de São Paulo para o sudoeste. Quase trinta leguas da. mesma villa de São Paulo para o sudoeste, ficam as montanhas de Berusucaba ou Ibiraçoiaba, abundantes em veios de ferro, não lhes faltando também veios de ouro, que os selvagens cananéas tem por costume extrahir".
16 de julho de 1628, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:29:43
42°. Luis de Céspedes García Xería Parte em direção ao Guayrá, via Tietê e Paraná
21 de julho de 1628, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 14:47:18
43°. Conduzido por André Fernandes, Luis Céspedes e sua comitiva chegam no “Porto misterioso": Nossa Senhora de Atocha
Gastam em torno de cinco dias para chegar ao porto fluvial, que ele indica estar a quarenta léguas (parece um exagero). Encontra-se nas proximidades da atual Porto Feliz.
24 de setembro de 1641, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:30:17
44°. Casamento de Maria Fernandes, filha do capitão André Fernandes, com João Fernandes Edra e a escriptura de dote, feita em Parnahyba
O mano de 1657 mencionado por Silva Leme, é também resultado de algum equívoco, pois Maria Fernandes, filha do capitão André Fernandes, foi apenas casada com João Fernandes Edra e a escriptura de dote, feita em Parnahyba, foi lavrada nessa vila, a 24 de setembro de 1641, nas notas do tabelião Ascenso Luís Grou.
29 de setembro de 1641, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:27:03
45°. Testamento/falecimento de André Fernandes: apenas um filho legítimo
Azevedo Marques e Silva Leme, dous notaveis rebuscadores do nosso passado, fazem referencia a um testamento do capitão André Fernandes, o fundador deParnahyba. O primeiro delles menciona para esse documento a data de 28 de setembro de 1641, accrescentando que "fundou a capella de Santa Anna, que deu origem - . á povoação, fundação que fez com a approvação do prelado administrador Bartholomeu Simões Pereira e que dotou com varios bens."

Silva Leme diz que o capitão André Fernandes, "falleceu com testamento em 1641, com a idade de sessenta e tres annos" e, adeante, esquecido disto, alludindo a Maria Fernandes, filha do referido capitão, escreveque foi "primeiro casada com Jeronymo da Silva e segunda vez com Manuel Corrêa, como consta do livro de notas já mencionado, em que se lê a escriptura de doação feita em Pernahyba em ,1657 pelo capitão .André Fernandes."
1645. Atualizado em 25/02/2025 04:38:59
46°. Assunguy
1647. Atualizado em 24/10/2025 21:21:45
47°. Assunguy
As minas do Itambé ou Itaimbé, ficavam na região do Assunguy e foram objeto de investigações oficiais entre 1645 e 1647, por parte de Eleodoro Ébano Pereira (..)
24 de junho de 1656, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:42:49
48°. Dúvidas levantadas entre o povoador de Parnahyba
29 de junho de 1661, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 04:26:11
49°. Balthazar Carrasco obtém sesmaria
Balthazar Carrasco dos Reis, sabemos ter sido natural de São Paulo, filho de Miguel Garcia Carrasco e de Margarida Fernandes, morador em Parnahyba, onde se casou com Izabel Antunes da Silva, filha de João de Pinha. Desde 1645 andava elle nos sertões do sul, apresando carijós e segundo Romario Martins, fez parte da bandeira de Antonio Domingues, em 1648. Treze annos depois, a 29 de junho de 1661, obtinha uma sesmaria no Barigui ou Mariguy, a primeira que foi concedida em Curityba, ahi bastante se distinguindo como povoador e fallecendo aos 8 de outubro de 1697. Seus desçendentes affins são justamente os bandeirantes Manuel Soares, Antonio Rodrigues Seixas e João Ribeiro do Valle, citados pela tradição como fundadores de Curityba. [Página 274]
1670. Atualizado em 25/02/2025 04:47:17
50°. Assunguy
1677. Atualizado em 25/02/2025 04:39:00
51°. O Sargento-mor João Martins Claro acompanhou o Administrador D. Rodrigo de Castelo Granco na exploração das Minas do Rio de Janeiro "correndo toda a costa até Pernaguá e todo o sertão onde havia Minas como foi de Peruña, Itambê, D. Jafne e outras
1696. Atualizado em 25/02/2025 04:46:30
52°. As diligências posteriores ao falecimento de Bartholomeu Bueno de Siqueira foram feitas por Miguel Garcia de Almeida e Cunha que entrou no Itatiaia, descobrindo ouro no Gualacho do Sul; por Manuel Garcia Velho, que entrou no Tripuhy, fazendo idênticas descobertas e Belchior da Cunha Barregão, que com Bento Leite da Silva, entrou no Itacolomy, extraindo também o precioso metal (1696)
As diligências posteriores ao falecimento de Bartholomeu Bueno de Siqueira foram feitas por Miguel Garcia de Almeida e Cunha que entrou no Itatiaia, descobrindo ouro no Gualacho do Sul; por Manuel Garcia Velho, que entrou no Tripuhy, fazendo idênticas descobertas e Belchior da Cunha Barregão, que com Bento Leite da Silva, entrou no Itacolomy, extraindo também o precioso metal (1696).




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  24/10/2025 02:37:29º de
abrir registro
   
Junho de 2013
Atualizado em 02/11/2025 04:39:15
“Esta viagem é tão boa quanto qualquer viagem ao Peru”. O Minion of London no Brasil (1581). Sheila Moura Hue*
•  Cidades (2): São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (9): Brás Cubas (1507-1592), Francis Drake (1540-1596), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Giraldes, Giuseppe Campanaro Adorno (1504-1605), Jerônimo Leitão, John Whithal (João Leitão), Richard Hakluyt (1552-1616), Sebastião Caboto (1476-1557)
•  Temas (11): Açúcar, Galinhas e semelhantes, Curiosidades, Inglaterra/Ingleses, Morpion, Ouro, Peru, Prata, Rio Paraná, Serra de Jaraguá, União Ibérica
    Registros relacionados
1526. Atualizado em 28/10/2025 08:39:13
1°. Segundo as noções geográficas de então, a região de São Vicente localizava-se nas vizinhanças das ricas terras do Peru e das minas de Potosi, e os sertões ainda inexplorados, uma terra incógnita situada entre o rio Paraná e a costa, já visitados por ingleses em 1526
O estado e as condições daquele trecho da capitania de São Vicente diziam respeito à grande produção de açúcar, que alcançava um alto preço na Europa, e às informações sobre o recente descobrimento de minas de metais preciosos nas proximidades. Segundo as noções geográficas de então (1579), a região de São Vicente localizava-se nas vizinhanças das ricas terras do Peru e das minas de Potosi, e os sertões ainda inexplorados, uma terra incógnita situada entre o rio Paraná e a costa, já visitados por ingleses em 1526, seriam abundantes em minas ainda não descobertas.
19 de outubro de 1526, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:48
2°. O Navegador espanhol Sebastião Caboto chegou à ilha de Patos
Dos 50 documentos relativos às viagens inglesas ao Brasil publicados por Richard Hakluyt e Samuel Purchas, entre relatos, roteiros, cartas, diários, instruções e notícias, escritos por cerca de 33 autores e abrangendo 19 viagens (HUE, 2009), desde a expedição de Sebastião Caboto ao rio Paraná em 1526, na companhia do inglês Roger Barlow, até a viagem do cirurgião-barbeiro londrino William Davis ao Amazonas em 1608, as cartas de John Whithall e dos cinco mercadores ingleses (..)
1568. Atualizado em 25/02/2025 04:39:28
3°. The new found worlde, or Antarctike
O imaginário elisabetano sobre a região sudeste do Brasil e São Vicente foi ilustrado também por relatos impressos, que tiveram grande difusão, como a tradução inglesa de Singularitez de la France Antarctique (Paris, 1557), de André Thevet, publicada em Londres em 1568 com o título The new found worlde, or Antarctike (ANDREWS, 1981, p. 5), em que o frade franciscano se alonga sobre as qualidades da província de “Morpion” (São Vicente) - descreve o desenvolvimento agrícola da terra, a produção açucareira e confirma a descoberta de riquezas minerais:

No início da colonização plantou-se aí muita cana de açúcar, mas este cultivo não prosperou depois que os habitantes preferiram a mais rendosa exploração das jazidas de prata descoberta nos seus arredores” (THEVET, 1978, p. 176).
26 de junho de 1578, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:33
4°. Seria corrente a notícia da existência das minas de ouro e prata da capitania de São Vicente, segundo súdito inglês residente em Santos
Whithall envia sua carta a Staper em 26 de junho de 1578, menos de dois meses antes da batalha de Alcácer Quibir e da morte de D. Sebastião. Dois anos antes, a 15 de novembro de 1576, o tratado de comércio entre Portugal e Inglaterra, conhecido como ‘abstinência’, tinha sido firmado entre as duas coroas após anos de negociação.
Junho de 1579. Atualizado em 29/10/2025 23:32:07
5°. Em dois de junho de 1579, um dos navios da esquadra de Francis Drake, o Elizabeth, comandado por John Winter, volta à Inglaterra levando informações sobre o Brasil*
1580. Atualizado em 25/02/2025 04:45:56
6°. Peru
16 de outubro de 1580, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:38
7°. A expedição comercial a São Vicente projetada por John Hawkins ampliou seu escopo não apenas do ponto de vista geográfico, incluindo-se as “East Indies”, mas também no que ser refere a seu caráter político, como relata D. Bernardino de Mendoza em 16 de outubro de 1580
A expedição comercial a São Vicente projetada por John Hawkins ampliou seu escopo não apenas do ponto de vista geográfico, incluindo-se as “East Indies”, mas também no que ser refere a seu caráter político, como relata D. Bernardino de Mendoza em 16 de outubro de 1580:

[Drake] está tomando providencias para voltar com seis navios, e oferece aos investidores o retorno de sete para cada pound sterling em um ano. Isto teve tão grande influência sobre os ingleses que todo mundo quer ter parte na expedição. Os navios sobre os quais escrevi a V. M. que estavam indo para a costa do Brasil foram postergados pela volta de Drake, de forma a embarcar um número maior de homens em consequência das promessas feitas por Juan Rodriguez de Souza, que acaba de chegar aqui como representante de D. Antonio, e por causa das vantagens que terão se ele for com eles, não somente para a costa do Brasil mas também para as Índias portuguesas. Por esta razão seria desejável para os interesses de V.M. que sejam dadas ordens para que nenhum navio estrangeiro deva ser poupado, seja nas Índias espanholas ou portuguesas, e que todos sejam postos a pique e nenhuma alma a bordo seja mantida com vida. Esta será a única maneira de prevenir que ingleses e franceses sigam para essas partes para saquear, porque neste momento dificilmente se encontra um inglês que não esteja falando em empreender tal viagem, tão encorajados estão pelo retorno de Drake.
3 de novembro de 1580, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:38
8°. O Minion of London zarpou de Harwich a três de novembro de 1580 com dois integrantes da tripulação de John Winter a bordo, homens que conheciam a rota e tinham no currículo uma estadia em São Vicente
13 de novembro de 1580, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 06:06:21
9°. Carta
8 de março de 1588, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:54
10°. Regimento
Após a união ibérica, estabeleceram-se leis que proibiam o exercício do comércio, da mineração e da agricultura por estrangeiros. Em 1588, o regimento do novo Governador-Geral do Brasil estabelecia várias recomendações que visavam a defender o território do ataque de corsários, e proibia que naus estrangeiras comercializassem no litoral, com exceção daquelas que possuíssem uma “provisão real”18. As recomendações do regimento destinavam-se a Francisco Giraldes, antigo embaixador português na Inglaterra e responsável pela negociação do tratado de comércio assinado em 1576, mas que não chegou a assumir o cargo, ocupado em 1591 por D. Francisco de Sousa, cujo governo foi marcado pelas entradas sertão adentro em busca de minas de metais preciosos.




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  13/02/2025 06:42:31º de
abrir registro
   
14 de agosto de 2021, sábado
Atualizado em 02/11/2025 04:39:14
Caminho do Peabiru - Por Marcos Paulo Campos da Costa, professor de História, Filosofia e Sociologia. Consulta no Canal Marcos Ensina
•  Cidades (3): Florianópolis/SC, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (2): Aleixo Garcia (f.1526), Francisco Pizarro González (1476-1541)
•  Temas (19): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Charruas, Cordilheira dos Andes, Curiosidades, El Dorado, Estradas antigas, Incas, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Neve, Ouro, Peru, Prata, Rei Branco, Rio da Prata, Rodovia Raposo Tavares, Terra sem mal, Tupi-Guarani




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  23/10/2025 17:22:49º de
abrir registro
   
8 de janeiro de 1610, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 04:39:13
Traslado feito em Santos do pedido de Martim Rodrigues e Clemente Álvares, seu genro, feito em 5/2/1609, por 2 léguas da barra do Yatuahi até a barra do dito ribeiro
•  Cidades (2): Itu/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (7): Barão do Cerro Largo (1770-1827), Clemente Álvares (41 anos), Diogo de Unhate (75 anos), Francisco de Sousa (70 anos), Gaspar Gonçalves Conqueiro, Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (50 anos), Simão Borges Cerqueira (56 anos)
•  Temas (4): Atuahy, Jatuabi, Ouro, Pirapitinguí
Sesmarias de 1602-1642
Data: 1921
Publicação Oficial do Arquivo do Estado de São Paulo, impresso pela Tipografia Piratininga. Página 77
    7 fontes
  1 relacionada

1°. “Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII” de Francisco de Assis Carvalho Franco
1954
No ano de 1610 com Custodio de Aguiar Lobo, Braz Gonçalves o velho e outros organizou uma bandeira e, saído do porto de Pirapitingui, no Tietê, fez uma montaria aos índios Carijós.  ver mais




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  24/10/2025 04:16:17º de
abrir registro
   
2018
Atualizado em 02/11/2025 04:39:14
Diogo Arias de Aguirre, consultado em Real Academia de La Historia (dbe.rah.es)
•  Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, Lisboa/POR, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (6): Diogo "Arias" de Aguirre (1575-1639), Filipe III, o Piedoso (1578-1621), Francisco de Sousa (1540-1611), Isabel Araujo de Barros, João Martins de Aguirre (1550-1600), Marianna Leitão de Vasconcellos de Oliveira
•  Temas (2): Ouro, Serra de Jaraguá
    Registros relacionados
27 de novembro de 1598, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:43
1°. Diogo Arias de Aguirre foi nomeado Capitão-Mór da Capitania de São Vicente
Arias de Aguirre, Diogo. Lisboa (Portugal), s. xvi – Santos (Brasil), 1639. Capitão-mor da Capitania de São Vicente e bandeirante (expedicionário).

Diogo Arias de Aguirre nasceu em Lisboa, de ascendência espanhola, filho de Isabel Araujo de Barros e João Martins de Aguirre, fidalgo da Casa Real, com brasão de armas concedido em 28 de dezembro de 1577 (Luís da Silva Leme v . 9, p. 27). Fray Vicente Salvador, anota em sua História de Brasil (p. 380), a presença nas lutas pela colonização definitiva da Paraíba, iniciadas em 1584, do sargento Diogo de Arias: "incrível soldado que recebera 14 flechas naquele dia".

Possivelmente um caso de homonímia, já que os registros genealógicos conhecidos dizem que o futuro capitão-mor chegou ao Brasil em 1591, na companhia de seu irmão, Pedro Arias de Aguirre. Ambos foram com Francisco de Sousa, nomeado governador-geral do Brasil e, ao contrário do irmão que se fixou na Bahia, Diogo Arias de Aguirre seguiu rumo às capitanias do sul com o governador, fixando-se em São Vicente. Em 27 de novembro de 1598, foi nomeado capitão de São Vicente, tomando posse no dia 18 de dezembro seguinte. Sua nomeação para o cargo deu-se ainda na Capitania do Espírito Santo, de onde saiu acompanhado de duzentos índios obtidos nas aldeias locais e portando ordens expedidas em 11 de dezembro de 1598, para que as autoridades vicentinas lhe fornecessem recursos humanos e materiais para a exploração das minas descobertas por acaso. Nesse cargo permaneceu até 1608, estando em suas ausências, uma das quais ocorrida em 1602, substituído por Antônio Proença, nomeado para tal cargo em 11 de março deste ano. Tornou-se importante fornecedor das minas da Capitania, em 15 de agosto de 1618.

Em suas explorações pelo interior paulista, esteve nas minas de ouro de Jaraguá e de minério de ferro de Araçoiaba. Retirou-se para Santos, na Capitania de São Paulo, onde em 1613 foi eleito vereador da Câmara Municipal. nomeado para tal em 11 de março deste ano.

Casou-se com Mariana Leitão de Vasconcelos; um de seus filhos, com o mesmo nome, mudou-se para o Rio de Janeiro, deixando descendentes na cidade.

Bibl.: L. Gonzaga da Silva Leme, Genealogia Paulistana, São Paulo, Duprat, 1903-1905; V. Salvador, História do Brasil, [1637], São Paulo, Cia. Melhoramentos, 1918; A. de Moura, Os povoadores do campo de Piratininga, São Paulo, Instituto Histórico e Geográfico Paulista, 1952; FA Carvalho Franco, Dicionário dos Bandeirantes e Sertanistas do Brasil, São Paulo, Comissão do IV Centenário da Cidade de São Paulo, 1954; CG Rheingantz, Primeiras Famílias do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Liv. Brasileiro, 1968.
11 de dezembro de 1598, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:44
2°. Ordens expedidas
Ordens expedidas em 11 de dezembro de 1598, para que as autoridades vicentinas lhe fornecessem recursos humanos e materiais para a exploração das minas descobertas por acaso.
18 de dezembro de 1598, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:44
3°. Diogo Arias de Aguirre é confirmado no cargo
(...) tomando posse no dia 18 de dezembro seguinte. Sua nomeação para o cargo deu-se ainda na Capitania do Espírito Santo, de onde saiu acompanhado de duzentos índios obtidos nas aldeias locais e portando ordens expedidas em 11 de dezembro de 1598, para que as autoridades vicentinas lhe fornecessem recursos humanos e materiais para a exploração das minas descobertas por acaso.
1613. Atualizado em 25/02/2025 04:47:00
4°. “En sus exploraciones por el interior de San Paulo, estuvo en las minas de oro de Jaraguá y de mineral de hierro de Araçoiaba. Se retiró a Santos, en la Capitanía de San Paulo, donde en 1613 fue elegido concejal del ayuntamiento”
15 de agosto de 1618, sexta-feira. Atualizado em 31/03/2025 21:08:43
5°. Colar feito em ouro produziu o primeiro regimento das minas
Tornou-se importante fornecedor das minas da Capitania, em 15 de agosto de 1618.
2014. Atualizado em 29/09/2025 23:04:25
6°. O ITINERÁRIO DAS APARIÇÕES. AYVU RAPYTA E A PALAVRA DE LEÓN CADOGAN.




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  29/10/2025 22:11:53º de
abrir registro
   
16 de dezembro de 1590, domingo
Atualizado em 02/11/2025 04:39:13
Piratas
•  Cidades (1): São Vicente/SP
•  Pessoas (4): Thomas Cavendish (30 anos), Diogo de Unhate (55 anos), Bartholomeu Fernandes Mourão (f.1650), João de Barros de Abreu (n.1560)
•  Temas (4): N S do Desterro, Caminhos até São Vicente, Estradas antigas, Ouro
    2 fontes
  1 relacionada

1°. Biografia de Domingos Gonçalves Fernandes, Mestre Bartholomeu, consulta em genearc.net
29 de janeiro de 2024, segunda-feira
O historiador Francisco Martins dos Santos, no livro "Lendas e Tradições de Uma Velha Cidade do Brasil", assim relata a história da gruta de Nossa Senhora do Desterro, em Santos:

Anos antes de morrer, Mestre Bartolomeu começara uma grande obra para a Vila - era o que sempre dizia a todos - mas nunca chegara a revelá-la e muito menos a exibi-la, talvez por não haver conseguido terminá-la em vida. Ao morrer, porém, declarou aos amigos que sua grande obra estava quase terminada, e que um dia saberiam dela.

Chegaram a pensar mal de Mestre Bartolomeu, o lutador, que tantos e tão bons serviços prestara a Santos e à colonização, fabricando todas as ferramentas que trabalharam o chão, que fizeram os objetos de uso e levantaram as casas de toda a região vicentina. Muita gente pensou que fosse cousa da idade, mania de um velho de oitenta anos. Seu filho, porém, recebera dele uma secreta incumbência e prometera cumpri-la.

Fazia agora dez anos da morte do ferreiro. Corria o ano de 1590, quase ao fim. Bartolomeu Fernandes, o filho, acabara de completar a obra prometida por seu pai, e declarava estar para breve a sua revelação ao povo de sua terra.

Um acontecimento forte e imprevisto viera precipitar as coisas. Na noite de 16 de dezembro daquele ano, noite escura e tormentosa, Cook, corsário inglês, lugar-tenente do famigerado Cavendish investia a barra de Santos, penetrando a luzes apagadas em seu porto. A manhã de 17 veio encontrá-lo no porto, em frente ao Forte da Praça, baterias assestadas contra a pequena fortificação, que, intimada a render-se, em breve assim procedia, convencida sua gente da inutilidade da resistência.

Os sinos da Capela de Santa Catarina, do Colégio, de Nossa Senhora da Graça e do Conselho soaram a rebate, desesperadamente. A Vila inteira despertou assustada, preparando trouxas com mantimentos e valores, para a debandada, como sempre acontecia nas invasões.

Um homem surgiu então, em toda parte, gritando às famílias que o seguissem, com todos os seus valores, pois estariam todos salvos... Era o filho de Mestre Bartolomeu, era o Messias surgido na polvorosa da Vila.

Confusamente, enquanto os homens válidos, com João de Abreu e Diogo de Unhate à frente, resistiam aos piratas com seus bacamartes afeitos à luta, velhos, mulheres e crianças se reuniam em torno de Bartolomeu Fernandes, seguindo, varados de sustos e temores, de indecisões e desconfianças, atrás dos passos do filho do ferreiro, rumo a esse ponto certo e distante, onde ele dizia estar a salvação do povo e de seus valores dali por diante. Muitos murmuravam e descriam do auxílio do moço.

Surgiam em frente deles, o morro e a Capela de Nossa Senhora do Desterro. Que aflição para todos! Parecia-lhes que a gente corsária já lhes vinha no encalço. Eram mais de trezentos, e rezavam, e lastimavam-se em voz alta, pronunciando os nomes dos santos da devoção.

Bartolomeu galgou uma rocha solta. Estava a cavaleiro de todo o vasto cenário santista, a perder-se ao longe, em todas as direções, no círculo azul da cordilheira. O moço saltou, lépido, da rocha em que estava, deu alguns passos e, recuando as folhas balouçantes das bananeiras, mostrou a todos, entre as rochas do talude, a entrada ampla de uma gruta.

- É a obra de meu pai! A gruta de Nossa Senhora do Desterro! Penetrai por ela! Vai para a floresta livre, caminho seguro e desconhecido para São Vicente!

Naquele momento, os bárbaros de Cavendish acabavam de tomar posse da Vila, saqueando os armazéns, incendiando o que lhes era inútil, procurando as mulheres, jóias, a prata e o ouro que supunham existir... Apesar da estadia de mais de um mês em Santos, não puderam os piratas compreender o desaparecimento parcial e misterioso de sua gente, nem descobrir o seu esconderijo, entrando a fazer represálias contra a propriedade imóvel e até contra os pobres animais da terra, por despeito.

E assim, dez anos decorridos sobre o desaparecimento de Mestre Bartolomeu, pôde o povo santista compreender a promessa do "Ferreiro", arrepender-se do juízo que fazia do bom velho e prestar públicas homenagens à sua memória, concentrando-as na pessoa do filho.

Pelo tempo adiante, ao rebate das novas invasões corsárias e tamoias, o refúgio seguro do povo santista, passou a ser a famosa gruta de Nossa Senhora do Desterro, ignorada dos invasores, cavada em vinte anos, com as últimas ferramentas fabricadas pelo ferreiro de Martim Affonso.  ver mais
Fontes:
[1] Folhinha de Simão de Nantua, ou dos Pais de família, para o anno de 1835, 01/01/1835
[2] Biografia de Domingos Gonçalves Fernandes, Mestre Bartholomeu, consulta em genearc.net, 29/01/2024




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  30/10/2025 08:31:39º de
abrir registro
   
1 de novembro de 1585, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 04:39:12
Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós
•  Cidades (6): Boituva/SP, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Paracatu/MG, Paranaguá/PR, Sorocaba/SP
•  Pessoas (13): Afonso Dias (30 anos), Afonso Sardinha, o Velho (54 anos), Antonio de Proença (45 anos), Balthazar Fernandes (8 anos), Clemente Álvares (16 anos), Diogo de Unhate (50 anos), Domingos Luis Carvoeiro (45 anos), Domingos Luís Grou (85 anos), Francisco de Saavedra (n.1555), Francisco Teixeira Cid (f.1594), Jerônimo Leitão, Manuel Fernandes Ramos (60 anos), Sebastião Leme "Ghost"
•  Temas (22): Aldeias, Bairro Itavuvu, Boigy, Cachoeiras, Caminho do Paraguay, Caminho São Paulo-Santos, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Carijós/Guaranis, Ermidas, capelas e igrejas, Gentios, Guerra de Extermínio, Lagoa Dourada, Ouro, Pirapitinguí, Rio Anhemby / Tietê, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Iguassú, Rio Paraguay, Rio Paranapanema, Sabarabuçu, Tupinambás, Tupiniquim
SP na órbitas dos Filipes
Data: 2010
Páginas 177 e 178
    26 fontes
  10 relacionadas

1°. Capitanias Paulistas. Benedito Calixto de Jesus (1853-1927)
1927
Este "caminho velho" faldeava as serras do Bananal e Cahêpupú até o entroncamento com a cordilheira marítima (tapera do Índio Roque), dirigindo-se dali para os sertões de Sorocaba, Araçariguana, Araritaguaba etc. Era nessa região, cortada pelos dois caminhos - do gado e da aldeia velha (Paraná-mirim) - que estavam situadas as minas de Araçoiaba e as legendárias terras auríficas de Botucavarú, Lagoa Dourada e outras, das quais os aranzéis (roteiros antigos) nos dão notícias.  ver mais

2°. “Os companheiros de D. Francisco de Souza”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
1929
Em 1585 Antonio de Proença fez parte da expedição chefiada por Jeronimo Leitão, a qual se dirigiu por via marítima á Paranaguá, donde regressou no ano seguinte com numerosa presa.  ver mais

3°. “O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, Alfredo Ellis Júnior (1896-1974)
1934
Muito espaçados eram, porém, os assomos da gente piratiningana na luta agressiva ao selvagem, pelo menos não era eles vultuosos, a ponto de deixarem sulco na História, pois só onze anos mais tarde se assinala outra expedição ao sertão, que foi chefiada por Jerônimo Leitão, capitão-mór da Capitania de São Vicente, em 1585,da qual fizeram parte Diogo de Onhatte, escrivão da Câmara de São Paulo, Diogo Teixeira de Carvalho, Affonso Sardinha, Antonio de Proença, o moço fidalgo da Câmara do Infante Dom Luiz, Sebastião Leme, Manuel Ribeiro, Paulo Rodrigues, Manuel Fernandes Ramos, Domingos Dias, o velho, padre Sebastião de Paiva, Salvador Pires, o moço, e Affonso Dias. ("Archivo Municipal de São Paulo", "Livro do Tombo").  ver mais

4°. “Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
1940
As necessidades obrigaram porém esse valente sertanejo a investir de prompto contra o nativo de Mogy, "pelo rio abaixo de Anhemby, junto a outro rio de Jaguary", tendo sofrido grande revez e ficando a bandeira inteiramente desbaratada na barra do rio Parnahyba.Partindo de Santos em meados de novembro de 1585, a expedição velejou para Paranaguá, onde aportou. Desse ponto no litoral, escreve Benedicto Calixto, havia os apés para a terra dos carijós, passando por Curytiba, Umbotuba, em direção aos cursos do Tibagy, Cinzas e Paranapanema, ou ainda, do lado oposto, do Iguassú e seus tributários. Assim a bandeira ali andou cerca de oito meses, volvendo á Capitania em julho do ano seguinte, com numerosa presa.  ver mais

5°. “A primeira guerra de Jerônimo Leitão”. Américo de Moura (1881-1953), Jornal Correio Paulistano
25 de julho de 1942, sábado
O que a respeito dessa guerra se vê na lição do maior historiador das bandeiras paulistas, é que ela foi feita, por terra, no litoral, até Paranaguá; que no estado-maior do capitão, salvo o padre Sebastião de Paiva, que era vigário de São Vicente, somente aparecem os nomes de onze moradores de São Paulo; e que a guerra de prolongou, pois "durante seis anos assolou Leitão as aldeias do Anhembi."  ver mais

6°. “Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII” de Francisco de Assis Carvalho Franco
1954
Francisco Teixeira - Sertanista de São Paulo que tomou parte nas expedições de Jerônimo Leitão em 1585 e 1590, em Paranaguá e nos vales do rio Tietê, combatendo carijós e tupiniquins e faleceu em 1594, estando casado com Inês Camacho.  ver mais

7°. Revista do Arquivo Municipal, CLXXX. Edição comemorativa do 25o. aniversário da morte de Mário de Andrade, 1970
1970
Em 1585 figurava Sardinha no estado-maior da expedição contra os carijós, juntamente com Antônio de Proença, Sebastião Leme, Manuel Ribeiro, Salvador Pires, Afonso Dias e Jerônimo Leitão.  ver mais

8°. História de Carapicuíba. João Barcellos
25 de março de 2013, segunda-feira
Em 1585 Sardinha faz parte da expedição do capitão Jerônymo Leitão para combater os nativos karai-yos. Ele e o capitão entendem-se muito bem politicamente e tem vários negócios em comum. [Livro das Sesmarias, Vol. I; apud Moacyr F. Jordão, e "O Embu...", idem].  ver mais

9°. Inventários e Testamentos como documentos linguísticos, consultado em 13.10.2022
13 de outubro de 2022, sexta-feira
Segundo Franco (1989: p. 221), “português (...), veio para SV na segunda metade do século XVI. Exerceu, na vila de SP, cargos de confiança e tomou parte nas entradas contra o gentio hostil, sendo uma delas em Paranaguá, em 1585, em companhia do capitão-mor Jeronimo Leitão. Obteve uma sesmaria em Angra dos Reis e se mudou com a família para lá depois de 1612”.  ver mais

10°. Genealogia de Diogo de Unhate, consultada em geni.com
7 de março de 2023, sexta-feira
Dentre as primeiras referências a presença portuguesa no litoral paranaense, consta uma bandeira Cativadora de índios em 1585, a primeira lançada pelos paulistas, que se dirigiu contra os Carijó de Paranaguá. Essa bandeira foi chefiada por Jerônimo Leitão, Capitão-Mor de São Vicente, que deu continuidade à ação preadora nos anos subsequentes. Seu sucessor, Manoel Soeiro, e outros bandeirantes, continuaram as incursões preadoras após 1594, até o extermínio de toda a população indígena no litoral sul.  ver mais
Fontes:
[1] Antonio de Añasco recebeu a notícia de que um grande número de portugueses, originários de São Paulo, avançava pelo caminho que Jerónimo Leitón havia trilhado 30 anos antes em suas malocas pelo Brasil, 21/10/1611
[2] “Diccionario geographico, historico e descriptivo do Imperio do Brazil”, J.C.R. Milliet de Saint-Adolphe, 01/01/1845
[3] História do Paraná, 1899. Romário Martins, 01/01/1899
[4] Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas, 01/01/1915
[5] Capitanias Paulistas. Benedito Calixto de Jesus (1853-1927), 01/01/1927
[6] “Os companheiros de D. Francisco de Souza”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), 01/01/1929
[7] “O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, Alfredo Ellis Júnior (1896-1974), 01/01/1934
[8] “Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), 01/01/1940
[9] “Ulrico Schmidl no Brasil quinhentista”. Sociedade Hans Staden, 01/01/1942
[10] “A primeira guerra de Jerônimo Leitão”. Américo de Moura (1881-1953), Jornal Correio Paulistano, 25/07/1942
[11] “Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII” de Francisco de Assis Carvalho Franco, 01/01/1954
[12] Revista Marítima Brazileira/RJ, 01/01/1955
[13] “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil, 01/01/1957
[14] Revista do Arquivo Municipal, CLXXX. Edição comemorativa do 25o. aniversário da morte de Mário de Andrade, 1970, 01/01/1970
[15] Um neerlandês em São Paulo, Jacyntho José Lins Brandão, 01/01/1975
[16] Memória Paulistana: Os antropônimos quinhentistas na vila de São Paulo do Campo, 01/01/1992
[17] Descobrindo o Brasil, por Manoel Rodrigues Ferreira. Jornal da Tarde, Caderno de Sábado. Página 4, 04/12/1993
[18] “O Mito indígena da Lagoa Dourada e as bandeiras do Brasil Central”, Manoel Rodrigues Ferreira, 28/02/1994
[19] “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga, 01/01/2010
[20] As controvertidas minas de São Paulo: 1550-1650. José Carlos Vilardaga. Departamento de História. Universidade Estadual de Londrina. Londrina (PR). Brasil. Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo. Professor na Universidade Estadual de Londrina, 01/01/2012
[21] Remanescentes quilombolas de Paracatu: Memórias, lutas e práticas culturais 1940-2004, 03.2012. Paulo Sérgio Moreira da Silva Benditos Amaros, 01/03/2012
[22] História de Carapicuíba. João Barcellos, 25/03/2013
[23] HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DO POVOADO DE PARANAGUÁ - msinstituto.blogspot.com, 29/07/2016
[24] Fazendas e Engenhos do litoral vicentino: traços de uma economia esquecida (séculos XVI-XVIII), 2020. Vera Lucia Amaral Ferlini. Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, 01/01/2020
[25] Inventários e Testamentos como documentos linguísticos, consultado em 13.10.2022, 13/10/2022
[26] Genealogia de Diogo de Unhate, consultada em geni.com, 07/03/2023




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  30/10/2025 17:16:17º de
abrir registro
   
1993
Atualizado em 02/11/2025 04:39:11
Ibiúna: no rio da terra negra a certeza do verde futuro. João Barcellos
•  Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Cananéia/SP, Ibiúna/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (6): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Bacharel de Cananéa, Brás Cubas (1507-1592), João Barcellos, Pedro de Sousa Pereira (1643-1687), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777)
•  Temas (17): Angola, Bacaetava / Cahativa, Bituruna, vuturuna, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Escravizados, Goayaó, Itapeva (Serra de São Francisco), Léguas, Metalurgia e siderurgia, Nossa Senhora do Pópulo, Ouro, Pela primeira vez, Piratininga, Portos, Prata, São Paulo de Piratininga, Serra de Jaraguá
    Registros relacionados
1 de fevereiro de 1531, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:42:20
1°. Envio de Diogo Leite
Na ascensão social e econômica e militar dos dois forma-se essa primeira linha liberal no Porto das Naus, em Gohayó, na Piratininga de serra acima, e, logo, em tal rastro é que chegam, primeiro Brás Cubas, e depois Afonso Sardinha (o Velho); estes dois últimos saem do litoral, 50 anos depois do Bacharel de Cananéia, e buscam ouro e prata no Pico do Jaraguá e na Serra da Cahatyba, esta, na Bacia do Una, com ligação a Ybiraçoiaba e Ybituruna. é a penetração da mineração e agropecuária no sertão guarani em pleno século 16 que faz os portugueses percorrerem e conhecerem a Bacia do Una e os povos que aqui tem vida naturalíssima.
1589. Atualizado em 31/10/2025 12:28:09
2°. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas
1589 - Família Sardinha (o Velho e o Moço) assenta arraial de mineração e dá início, também, ao primeiro arraial em pelo Morro Berasucaba/Hibiracoiaba. Ele mesmo, o Velho, compra negros-ferreiros diretamente em Angola pela experiência que tem no ofício. [Do arquivo da Vereança paulistana, p. 36v no ano 1600, sabemos que "pelos anos de 1597 veio Afonso Sardinha a estabelecer engenho de ferro em Hibiracoiaba, ou Byraçoiava. Entretanto, o conhecimento da região e do material é conhecido desde os tempos de Brás Cubas, pelo que se depreende que cerca de 1589, quando o "velho" Sardinha investe cabedais na prospecção de minerais ao longo do "sertam dos carijó", ele tenha arrematado em leilão da Capitania vicentina a autorização para mais tarde minerar no local por conta própria. Não por acaso, Pedro Taques, na "Nobiliarquia das Principais Famílias da Capitania de São Vicente", e embora trocando o filho pelo pai, refere-se ao "achado" das minas "pelos annos de 1589"].

As andanças do "velho" Sardinha pelo Piabiyu levam dezenas de aventureiros a penetrarem nas regiões oestes e sudeste além de Piratininga e é neste período que a bacia do Una mais recebe europeus. O movimento de colonos e garimpeiros adensa os fogos, transforma-os em fazendas e, logo, escravizados ou mortos, os povos nativos desapareceram. Também, é das primeiras levas de negros de N´gola [Angola] comprados pelo "velho" Sardinha que chegam à bacia do Una os primeiros escravos africanos que trabalharam nas lavouras.
1680. Atualizado em 25/10/2025 18:41:22
3°. “Agora finalmente descobriu-se uma grande copia de ouro, prata, ferro e outros metais, até aqui inteiramente desconhecida, como afirmam todos”




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  31/10/2025 21:31:23º de
abrir registro
   
1905
Atualizado em 02/11/2025 04:39:12
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume X, 1905
•  Cidades (18): Apiaí/SP, Iguape/SP, Itanhaém/SP, Itapecirica da Serra/SP, Itapeva/SP, Itaporanga/SP, Itararé/SP, Itu/SP, Juquiá/SP, Ouro Preto/MG, Paranapanema/SP, Peruíbe/SP, Piedade/SP, Pilar do Sul/SP, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Xiririca (Eldorado)/SP
•  Pessoas (25): Antonio da Assunção, Antonio de Barcellos, Bacharel de Cananéa, Bartholomeu Francisco, Bartholomeu Gonçalves "Francisco", Bernardo da Cunha de Carvalho (1569-1707), Bernardo Rodrigues Chaves, Catharina Alvares de Lemos, Fernando de Anhaya, Francisco de Chaves (1500-1600), Francisco Gonçalves, Gonçalo Correia de Sá (n.1540), Ildefonso Tinoco, João de Anhaya, João de Anhaya Lemos (f.1723), João Dias Paes Leme (f.1682), Luiz Lopes de Carvalho (1623-1711), Manoel da Costa (f.1683), Manoel Pereira Tinoco, Manuel de Melo Godinho Manso, Maria Pereira, Nuno Chaves, Pedro de Unhão Castelo Branco (n.1645), Simão Tinoco, Ernesto Guilherme Young
•  Temas (19): Cahaetee, Caminho do Mar (Santo Amaro), Caminho Piedade-São Lourenço, Caminhos até Piedade, Ermidas, capelas e igrejas, Casas de Fundição, Estradas antigas, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Ouro, Rio Conceição, Rio de São Lourenço, Rio Itariry, Rio Juquiá, Rio de Una de Iguape, Rio Paraupava, Vale do Ribeira, Caminho do Peabiru, Estrada Geral
    Registros relacionados
22 de janeiro de 1502, sexta-feira. Atualizado em 15/07/2025 05:10:06
1°. André Gonçalves e Américo Vespúcio descobrem o porto, a que deram o nome de Rio de São Vicente / Cruz de Pedra
Todo esse sertão, quase inculto e desabitado, que se estende desde o imenso vale da Ribeira de Iguape e grande parte do município de Itanhaém, até as margens do Rio Verde e Itararé, abrangendo os municípios de Faxina, Apiahy, Piedade, Una, Itapecerica, etc., é ainda hoje constantemente percorrido por essa tribo de Guainá nas suas idas e vindas para o litoral. Essa zona pouco povoada do nosso próspero Estado, incontestavelmente uma das mais incultas, foi sempre a mais preferida pelos nativos. Ai se encontram ainda verdadeiros sertões, nos quais o elementos civilizados é por enquanto muito escasso.

No litoral, a parte justamente a mais agreste a inculta, entre a Ribeira de Iguape e a bacia fluvial do rio Conceição, foi a zona por eles preferida. Ai estão eles verdadeiramente "em sua casa"; toda essa região é inteiramente despovoada, ninguém os incomoda, a não ser algum caçador que uma ou outra vez penetra nessas florestas.

Dai também lhes são fáceis as suas viagens para os centros povoados, pois estão apenas a três e quatro dias de Santos e São Paulo, e a dia e meia de Itanhaém, aonde vem vender o produto de suas industrias e fazer pequenos provimentos.

Os antigos habitantes da aldeia Irariry, faziam as suas sortidas para o interior, subindo o curso do rio Guanhanbá, que desaguá no rio Itariry; dai seguiam até São Lourenço; subiam a serra e tomando o rumo de oeste, transpunham os sertões que medeiam os municípios de Piedade, Pilar, Lavrinhas e Apiahy, atravessando nesse ponto o vale do Taquary que confina com o Rio Verde, onde existe o principal núcleo de aldeamento como já referimos.

Hoje, esse trajeto está quase abandonado e suas viagens para o Rio Verde, são feitas por outro itinerário: ou seguem pelo rio Branco de Itanhaém, subindo a serra até Santa Cruz dos Parelheiros e dai a Santo Amaro, onde tomam a estrada geral até Sorocaba e Faxina; ou descendo pela rio Juquiá, seguem até Xiririca e dali a Itapeva da Faxina, que distas apenas doze léguas de São João Batista e do Rio Verde. [Páginas 501 e 502]
24 de janeiro de 1502, sexta-feira. Atualizado em 02/11/2025 04:23:07
2°. A armada de André Gonçalves chegou a Cananéia
Todo esse sertão, quase inculto e desabitado, que se estende desde o imenso vale da Ribeira de Iguape e grande parte do município de Itanhaém, até as margens do Rio Verde e Itararé, abrangendo os municípios de Faxina, Apiahy, Piedade, Una, Itapecerica, etc., é ainda hoje constantemente percorrido por essa tribo de Guainá nas suas idas e vindas para o litoral. Essa zona pouco povoada do nosso próspero Estado, incontestavelmente uma das mais incultas, foi sempre a mais preferida pelos nativos. Ai se encontram ainda verdadeiros sertões, nos quais o elementos civilizados é por enquanto muito escasso.

No litoral, a parte justamente a mais agreste a inculta, entre a Ribeira de Iguape e a bacia fluvial do rio Conceição, foi a zona por eles preferida. Ai estão eles verdadeiramente "em sua casa"; toda essa região é inteiramente despovoada, ninguém os incomoda, a não ser algum caçador que uma ou outra vez penetra nessas florestas.

Dai também lhes são fáceis as suas viagens para os centros povoados, pois estão apenas a três e quatro dias de Santos e São Paulo, e a dia e meia de Itanhaém, aonde vem vender o produto de suas industrias e fazer pequenos provimentos.

Os antigos habitantes da aldeia Irariry, faziam as suas sortidas para o interior, subindo o curso do rio Guanhanbá, que desaguá no rio Itariry; dai seguiam até São Lourenço; subiam a serra e tomando o rumo de oeste, transpunham os sertões que medeiam os municípios de Piedade, Pilar, Lavrinhas e Apiahy, atravessando nesse ponto o vale do Taquary que confina com o Rio Verde, onde existe o principal núcleo de aldeamento como já referimos.

Hoje, esse trajeto está quase abandonado e suas viagens para o Rio Verde, são feitas por outro itinerário: ou seguem pelo rio Branco de Itanhaém, subindo a serra até Santa Cruz dos Parelheiros e dai a Santo Amaro, onde tomam a estrada geral até Sorocaba e Faxina; ou descendo pela rio Juquiá, seguem até Xiririca e dali a Itapeva da Faxina, que distas apenas doze léguas de São João Batista e do Rio Verde. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume X, 1905. Páginas 501 e 502]
1600. Atualizado em 31/10/2025 11:32:33
3°. A primeira povoação dizem que foi estabelecida em 1.600 por habitantes da parte inferior da Ribeira
Além das famílias que eram descendentes de Francisco de Chaves, existiam aqui, do meado para o fim do século XVI, outras que rivalizavam com aquelas. Há muitas petições nos livros da Câmara e nos autos velhos em que peticionários requeriam certidões de como seus pais e avôs foram homens de consideração, ocupando cargos públicos, etc., e como diziam: "homens sem mancha nem mácula."

Entre estas famílias podemos citar as de Anhaya, Ozedo, Garcia, Cunha, Dias e Tinoco. As famílias de Ferdinando de Anhaya e Francisco de Ozedo se achavam estabelecidas nos terrenos entre a barra do rio Ribeira e o morro de Jurêa.

Agapito Garcia, casado com Maria Dias, e seu cunhado Domingos Dias, pai de Vicente Dias, e Ildefonso Tinoco se achavam situados nas terras marginais do rio Ribeira, em ambos os lados, entre as que mais tarde foram requerida por Manoel Rodrigues e a barra do rio Peroupaba.

Em relação a Domingos Rodrigues Cunha, pai de Bernardo da Cunha de Carvalho, não podemos ainda saber aonde era seu sítio; porém no ano de 1602 o dito Bernardo da Cunha de Carvalho era juiz ordinário e presidente do conselho da câmara da vila de Iguape.

Do ano 1600 a 1620 aumentou-se bastante o número de família aqui, tendo além das já mencionadas, outras de nome: Peixoto, Franco, Palhano, Ribeiro, Serrano, Góes, Guedes, Costa, Cubas, etc.; algumas das quais foram entrando nas terras marginais dos rios Ribeira, Una e Peroupaba, e outras situando-se em terras já possuídas pelas famílias com que contraíam laços de parentesco pelo matrimônio. [Página 13, 18 do pdf]
1682. Atualizado em 25/02/2025 04:46:52
4°. Falecimento de João Dias Paes Leme, filho de Antonio Dias Paes Leme e de Maria Pereira Pestana
João Dias Paes Leme, filho de Antonio Dias Paes Leme e de Maria Pereira Pestana, casado com Maria Madalena, faleceu em Iguape no ano de 1682 e no seu testamento declarou que:

"Manoel Pereira Tinoco deu três oitavas e meia de ouro em pó do tempo da viagem das minas do Ribeiro comprido com Antonio Dias o velho".

Em outros documentos estas minas são designadas pelo nome de "Minas do Ribeiro comprido do Caheté". Esta notícia de viagem é muito vaga; porém, não devemos despreza-la em vista de outras referências ao mesmo assunto. No dia 1 de outubro do mesmo ano Ildefonso Tinoco foi nomeado tutor dos filhos menores de João Dias Paes Leme e, mais tarde, casou com a viúva Maria Madalena, filha de João Guedes. [Páginas 19 e 20, 24 e 25 do pdf]
1 de outubro de 1682, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:53
5°. No dia 1 de outubro do mesmo ano Ildefonso Tinoco foi nomeado tutor dos filhos menores de João Dias Paes Leme e, mais tarde, casou com a viúva Maria Madalena, filha de João Guedes
João Dias Paes Leme, filho de Antonio Dias Paes Leme e de Maria Pereira Pestana, casado com Maria Madalena, faleceu em Iguape no ano de 1682 e no seu testamento declarou que:

"Manoel Pereira Tinoco deu três oitavas e meia de ouro em pó do tempo da viagem das minas do Ribeiro comprido com Antonio Dias o velho".

Em outros documentos estas minas são designadas pelo nome de "Minas do Ribeiro comprido do Caheté". Esta notícia de viagem é muito vaga; porém, não devemos despreza-la em vista de outras referências ao mesmo assunto. No dia 1 de outubro do mesmo ano Ildefonso Tinoco foi nomeado tutor dos filhos menores de João Dias Paes Leme e, mais tarde, casou com a viúva Maria Madalena, filha de João Guedes.

Ildefonso Tinoco e Manoel Pereira Tinoco eram irmãos, filhos de Simão Tinoco e de sua mulher Maria Pereira, todos naturais de Iguape. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume X, 1905. Páginas 19 e 20, 24 e 25 do pdf]
1768. Atualizado em 25/02/2025 04:46:53
6°. Documentos
1805. Atualizado em 25/02/2025 04:46:34
7°. A estrada de Sorocaba a Juquiá foi assunto repetitivo na província de São Paulo, durante o século XIX. Martim Francisco escreveu sobre essa possibilidade em 1805
Todo esse sertão, quase inculto e desabitado, que se estende desde o imenso vale da Ribeira de Iguape e grande parte do município de Itanhaém, até as margens do Rio Verde e Itararé, abrangendo os municípios de Faxina, Apiahy, Piedade, Una, Itapecerica, etc., é ainda hoje constantemente percorrido por essa tribo de Guaianá nas suas idas e vindas para o litoral. Essa zona pouco povoada do nosso próspero Estado, incontestavelmente uma das mais incultas, foi sempre a mais preferida pelos nativos. Ai se encontram ainda verdadeiros sertões, nos quais o elementos civilizados é por enquanto muito escasso.

No litoral, a parte justamente a mais agreste a inculta, entre a Ribeira de Iguape e a bacia fluvial do rio Conceição, foi a zona por eles preferida. Ai estão eles verdadeiramente "em sua casa"; toda essa região é inteiramente despovoada, ninguém os incomoda, a não ser algum caçador que uma ou outra vez penetra nessas florestas.

Dai também lhes são fáceis as suas viagens para os centros povoados, pois estão apenas a três e quatro dias de Santos e São Paulo, e a dia e meia de Itanhaém, aonde vem vender o produto de suas industrias e fazer pequenos provimentos.

Os antigos habitantes da aldeia Irariry, faziam as suas sortidas para o interior, subindo o curso do rio Guanhanbá, que desaguá no rio Itariry; dai seguiam até São Lourenço; subiam a serra e tomando o rumo de oeste, transpunham os sertões que medeiam os municípios de Piedade, Pilar, Lavrinhas e Apiahy, atravessando nesse ponto o vale do Taquary que confina com o Rio Verde, onde existe o principal núcleo de aldeamento como já referimos.

Hoje, esse trajeto está quase abandonado e suas viagens para o Rio Verde, são feitas por outro itinerário: ou seguem pelo rio Branco de Itanhaém, subindo a serra até Santa Cruz dos Parelheiros e dai a Santo Amaro, onde tomam a estrada geral até Sorocaba e Faxina; ou descendo pela rio Juquiá, seguem até Xiririca e dali a Itapeva da Faxina, que distas apenas doze léguas de São João Batista e do Rio Verde. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume X, 1905. Páginas 501 e 502]
13 de março de 2023, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:25:11
8°. Bacharel de Cananeia, consultado em Wikipedia




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  23/10/2025 15:34:04º de
abrir registro
   
25 de janeiro de 1555, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 04:39:10
Bras Cubas concede sesmaria ao ferreiro "Mestre Bartolomeu", chamado Domingos, que havia chegando com Martim Afonso em 1531, quando "enganados" pelo "Bacharel" em Cananéia
•  Cidades (1): Sorocaba/SP
•  Pessoas (8): Afonso Sardinha, o Velho (24 anos), Brás Cubas (48 anos), Domingos Luís Grou (55 anos), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Mestre Bartholomeu Fernandes, Mestre Bartolomeu Gonçalves (55 anos), Bartolomeu Carrasco (f.1571), Sebastião Fernandes (n.1525)
•  Temas (5): Bituruna, vuturuna, Metalurgia e siderurgia, Ilha de Barnabé, Ouro, Pirapitinguí
“Memória Histórica de Sorocaba I”
Data: 1964
Créditos: Aluísio de Almeida
Página 337
    8 fontes
  6 relacionadas

1°. “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
1797
Segundo documento consultado e transcrito por Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Domingos mudou de nome e passou a ser chamado de Mestre Bartolomeu Gonçalves. Diz Frei Gaspar:

“Este Mestre Bartolomeu, muito nomeado em escripturas antigas, foi um ferreiro que na sua companhia trouxe Martim Affonso segundo consta de uma Sesmaria concedida por Braz Cubas em Santos aos 26 de Janeiro de 1555 a qual se acha registrada no Cartorio de Provedoria da Fazenda Real de São Paulo, liv. De Reg. Que tem Tit. N.1, Lv 1, 1555 a fol.9 e nella vem as palavras seguintes:

Braz Cubas ... Faço saber como per Ferreiro morador nesta Capitania me foi feita uma petiçam a qual o traslado dele he o seguinte: Senhor Capitam, diz o Mestre Bartolomeu Gonçalves em como há 20 anos pouco mais ou menos que aqui deixou o Senhor Martim Affonso de Souza a serviço d’El-Rei nosso Senhor , o qual eu servi meu officio e minha pessoa em o que foi mandado (...) sem por isso pedir premio algum por folgar de se a terra povoar e enobrecer, além de dous anos em que fui em soldo que o dito Snr me deixou, e tenho mulher e filhas...


Continua Frei Gaspar:

“O dito Mestre Bartholomeu que na sua petição e muito títulos se acha com o nome de Bartholomeu Gonçalves primeiro se chamava Domingos Gonçalves em uma escriptura da qual existe uma copia autentica no Archivo do Carmo da Villa de Santos, Mas 22, n. 25, e também consta de outra Escriptura lavrada a 2 de Janeiro de 1580 na Villa de Santos a qual ainda se conserva no fragmento de um livro do Cartório onde atualmente escreve o Ajudante José Pedrozo Carneiro Tabelião da Villa de Santos: eu ali copiei.”  ver mais

2°. Jornal Correio Paulistano
13 de outubro de 1854, sexta-feira
Também vários escritores antigos falam de um Bartholomeu, ferreiro que veio com Martim Afonso, a quem dizem pertencer o Enguaguaçú; porém também não é exato: Bartholomeu veio com o primeiro donatário, mas viveu sempre em São Vicente, e só em 26 de janeiro de 1555, quando Cubas já era capitão-mór da vila de Santos, é que este lhe deu uma sesmaria de algumas terras de Santos, para a banda do monte, e que está registrado a folhas 9 do livro de registros de 1555, no cartório da provedoria, em São Paulo. Por este documento se vê que Bartholomeu não podia em 1536 ser dono das terras que lhe foram dadas em 1555, por petição que fez nessa época.  ver mais

3°. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953
1953
1. Bartolomeu Gonçalves. "Como se lê em Frei Gaspar, em nota à descrição da fundação de Santos, veio com Martim Afonso, e durante mais de vinte anos foi o único ferreiro da capitania, um mestre Bartolomeu, que primeiro se chamava Domingos Gonçalves, o qual, em 1555, tendo mulher e filhas, obteve de Braz Cubas grande sesmaria em Santos. Assumiu mestre Bartolomeu considerável importância, depois de morto, em quase todas as questões de Santos. Tem-se também na história e na genealogia, até do planalto. Foi ele o mestre dos primeiros ferreiros que transpuseram a serra, e não teria sido exclusivamente magistral o seu parentesco com esses e outros povoadores do planalto. [p. 375 e 376]  ver mais

4°. “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior
1969
Quanto a Bartolomeu Gonçalves, a mesma fonte (Américo de Moura) louva-se em Frei Gaspar, frisando: "Como se lê em Frei Gaspar, em nota à descrição d Santos, veio com Martim Afonso, e durante mais de vinte anos FOI O ÚNICO FERREIRO da Capitania, um mestre Bartolomeu, que primeiro se chamava Domingos Gonçalves, o qual em 1555, tendo mulher e filhas, obteve de Brás Cubas grande sesmaria em Santos". [Página V]   ver mais

5°. História de Carapicuíba. João Barcellos
25 de março de 2013, segunda-feira
Em 1555 instala-se na vila jesuítica o capitalista, militar e minerador Afonso Sardinha, dito "o Velho". É este desbravador, que faz mineração em Guaru, Cubatão e na Borda do Campo, que quer conhecer "a aldeia que liga o Piabiyu ao Anhamby", segundo as informações que obtém dos escravizados guaranis, inimigos dos guayanazes que habitam essa aldeia perto da guarany Koty.  ver mais

6°. Revista da ASBRAP nº 8. Povoadores de São Paulo: Antonio da Peña. H. V. Castro Coelho
9 de outubro de 2022, domingo
Casou a viúva cerca de 1551 com Sebastião Fernandes, oleiro, nascido por volta de 1525, morador na vila de Santos e depois de 1579 (?) no Rio de Janeiro. Vendeu terras em Santos ao Cap. Mor Braz Cubas e lhe doou por escritura em 1555 outras terras, situadas atrás do "Outeiro Grande" (id., 245). Teria falecido com sua mulher no Rio de Janeiro depois 1595. [Páginas 6 e 7 do pdf]  ver mais
Fontes:
[1] “Memória Histórica da Capitania de São Paulo e todos os seus memoráveis sucessos desde o ano de 1531 até o presente de 1796”, Manuel Cardoso de Abreu (1750-1804), 01/01/1796
[2] “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), 01/01/1797
[3] Jornal Correio Paulistano, 13/10/1854
[4] Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953, 01/01/1953
[5] “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior, 01/01/1969
[6] História de Carapicuíba. João Barcellos, 25/03/2013
[7] Revista da ASBRAP nº 8. Povoadores de São Paulo: Antonio da Peña. H. V. Castro Coelho, 09/10/2022
[8] Domingos Gonçalves, Mestre Bartolomeu, consultada em geni.com, 11/03/2023




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  24/10/2025 04:15:56º de
abrir registro
   
Agosto de 1949
Atualizado em 02/11/2025 04:39:11
O Observador: Econômico e Financeiro, 08.1949*
•  Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Ivaiporã/PR, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): Balthazar Fernandes (1577-1670), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Lopes Pinto, José de Anchieta (1534-1597)
•  Temas (8): Caminho do gado, Caminho do Mar, Ouro, Rio Geribatiba, Caminho do Padre, Metalurgia e siderurgia, Fazenda Ipanema, Caminhos até Ypanema
O Observador: Econômico e Financeiro
Data: 1949
Página 57
    Registros relacionados
5 de abril de 1560, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:09
1°. A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão
Achava- se instalada a fábrica à beira- rio; o combustível era facilmente transportado; a mina estava à porta e, os produtos acabados, descendo o Jeribatuba, encontravam logo o mercado de Santos, ou subindo pela estrada antiga melhorada, ao que se diz, por Anchieta, das vilas acima da Serra do Cubatão [O Observador: Econômico e Financeiro, 08. 1949. Página 59]
1609. Atualizado em 25/02/2025 04:46:48
2°. Ao mesmo tempo, apesar do estabelecimento de uma fábrica de ferro em Santo Amaro por volta de 1609 e da suposta edificação de uma vila nas imediações da futura Sorocaba, onde existiam de fato depósitos significativos do minério, o projeto fracassou também na sua dimensão industrial
26 de fevereiro de 1609, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:18
3°. Escritura
Achava-se instalada a fábrica à beira-rio; o combustível era facilmente transportado; a mina estava à porta e, os produtos acabados, descendo o Jeribatuba, encontravam logo o mercado de Santos, ou subindo pela estrada antiga melhorada, ao que se diz, por Anchieta, das vilas acima da Serra do Cubatão [O Observador: Econômico e Financeiro, 08.1949. Página 59]




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  30/10/2025 00:40:35º de
abrir registro
   
10 de outubro de 1904, segunda-feira
Atualizado em 02/11/2025 04:39:10
“D. Francisco de Souza”. Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957), Jornal Correio Paulistano
•  Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (10): Anthony Knivet (1560-1649), Diogo Martins Cam, Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), José Maria da Silva Paranhos Jr (59 anos), Martim Francisco Ribeiro de Andrada (1775-1844), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Sebastião de Freitas (1565-1644), Washington Luís Pereira de Sousa (35 anos)
•  Temas (19): Bacaetava / Cahativa, Bituruna, vuturuna, Dinheiro$, Escravizados, Estreito de Magalhães, Grupiara, Leis, decretos e emendas, Música, Nossa Senhora de Montserrate, Pelourinhos, Peru, Pólvora, Portos, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio São Francisco, Sabarabuçu, São Filipe, São Paulo de Piratininga
Jornal Correio Paulistano
Data: 1904
10/10/1904
    Registros relacionados
20 de julho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 28/10/2025 16:13:44
1°. Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias
11 de novembro de 1595, sábado. Atualizado em 24/10/2025 04:14:38
2°. Alvará proibiu terminantemente a escravização do indígena e que revigorou o de 20 de março de 1570, que permitia a cativação dos que fossem tomados em guerra justa
Novembro de 1599. Atualizado em 30/10/2025 06:32:01
3°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza*
As minas de Piraçoyaba pouco ouro tinham; não eram mais que uma montanha de ferro, o nosso Ypanema de hoje, e foram, portanto, uma decepção para d. Francisco de Souza. Apesar disso não esmoreceu; nessas proximidades levantou pelourinho e erigiu uma vila que denominou São Phelippe; do mesmo modo, depois indo examinar as minas de Bituruna, que não corresponderam á sua expectativa, também levantou pelourinho e erigiu outra vila, a vila de Monserrat.*

Com a primeira cortejava o rei e com a segunda a santa de sua especial devoção; e não se esquecia dos moradores de São Paulo, porque prometia procurar-lhes com sua majestade muitos privilégios e mercês e elevar-lhes a vila á cidade, "por ter sido a primeira e principal parte onde, mediante o favor divino, descobriu minas".

Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) equivocou-se dizendo ficar a vila Monserrat próxima ás minas de Biraçoyaba; confundiu Monserrat com São Phelippe supondo ter existido uma có vila. Na coleção de mapas apresentados ao árbitro pelo Barão do Rio Branco, na questão chamada das Missões, ha os mapas n°. 5-A e n°. 6-A, que localizam Monserrat a N.O. de São Paulo, além do Anhamby, e São Phelippe a oeste de São Paulo, na margem de um afluente do Anhamby.

Quando Salvador Correia elevou Sorocaba a vila, diz que d. Francisco de Sousa já lá tinha mandado levantar pelourinho. - Vide em "Azevedo Marques. Apontamentos sobre Sorocaba. Martim Francisco Ribeiro de Andrada (1775-1844) (Jornal de Viagem, por diferentes vilas até Sorocaba - R.I.H.G.R., vol. 45) em 1803 esteve em Parnahyba, e nas proximidades desta vila, examinou as lavras de Bituruna, "Monserrat", Taboão e Santa Fé. O mapa da Comissão Geográfica e Geológica do Estado, situa o município de Parnahyba sua fazenda "Monserrat" e porto "Grupiara", vocabulo usado pelos mineiros daquele tempo.
6 de junho de 1600, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:37
4°. Sebastião de Freitas, por alvará de 6 de junho de 1600, foi armado cavaleiro por d. Francisco de Sousa e nesse documento se faz referência aos serviços que prestara
1656. Atualizado em 25/02/2025 04:40:06
5°. Mapa “Le Bresil” de Nicolas Sanson (1600-1667)




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  30/10/2025 21:07:01º de
abrir registro
   
2018
Atualizado em 02/11/2025 04:39:09
Articulando escalas: Cartografia e conhecimento geográfico da bacia platina (1515-1628), 2018. Tiago Bonato, Universidade Federal do Paraná
•  Cidades (4): Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (19): Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Antonio Rodrigues "Sevilhano" (1516-1568), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Diogo Garcia de Moguér, Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Ortiz de Vergara (1524-1574), Gonçalo da Costa, João Sanches "Bisacinho", Juan de Sanabria e Alonso de Hinojosa (1504-1549), Juan Diaz de Solís, Luis de Céspedes García Xería (n.1588), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel Preto (1559-1630), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mência Calderon Ocampo (1514-1593), Pedro Dorantes, Tomé de Sousa (1503-1579), Ulrico Schmidl (1510-1579)
•  Temas (17): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminhos até São Vicente, Carijós/Guaranis, Cavalos, Estradas antigas, Estreito de Magalhães, Incas, Nossa Senhora de Atocha, Pela primeira vez, Peru, Porto Belo, Rio Anhemby / Tietê, Rio da Prata, Rio Itapocú, Rio Ururay, Tordesilhas
    Registros relacionados
1549. Atualizado em 25/02/2025 04:46:42
1°. Falecimento
Apesar da dificuldade apontada por Frias, fato é que o caminho entre São Paulo e Paraguai foi intensamente utilizado. José Carlos Viladargada, ao analisar o transito de pessoas pela região, encontrou referências a cento e oito pessoas que teriam atravessado o caminho, a grande maioria no século XVI. Na metade do século encontramos uma das primeiras referências a ele. Dona Mência Calderon, viúva de Juan de Sanabria, nomeado governador do Rio da Prata, escrevia de Assunção que se podia ir de São Vicente até ali “por cierto camiño nuevo que se habia descubierto”.
1572. Atualizado em 03/04/2025 20:04:50
2°. Vergara
23 de maio de 1599, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:38:54
3°. D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses
Não é difícil perceber, através do trecho citado, que a circulação de indígenas e jesuítas era frequente pela terra adentro. Da mesma forma é visível que os caminhos percorridos eram indígenas, o caminho dos carijós, pelo qual os referidos freis entraram. Entradas em outras regiões da América portuguesa corroboram o fato de que diversos caminhos cortavam o interior do continente. Na virada do século, uma expedição saiu da vila de São Paulo com destino aos sertões ao norte da capitania. Apesar das poucas referências a ela na documentação, parece ter sido uma das entradas realizadas a mando do governador D. Francisco de Souza, em busca da serra de Sabarabuçu, supostamente rica em metais e minérios.
1622. Atualizado em 25/02/2025 04:46:44
4°. O procurador geral das Províncias do Rio da Prata e Paraguai, Manuel de Frias, escreveu ao rei
4 de fevereiro de 1628, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:31
5°. Luis de Céspedes chega ao Rio de Janeiro
Na véspera da partida, Martim de Sá e seu filho, Salvador, sugerem que Céspedes deveria casar-se com Dona Vitória de Sá, irmã de Martim e tia de Salvador e “o arruinado fidalgo só podia aceitar contente esta oferta de casamento com uma herdeira bela e rica que, além de sua alta jerarquia e nascimento, recomendava-se por um dote de 40.000 ducados em caixa, além de grandes plantações de cana de açúcar e extensas propriedades territoriais”439. Em sua correspondência, o próprio Céspedes relata sobre a proposta inesperada:

Se ofrecio que estos señores aficionados de mi justo agradecimiento tuvieron por bien de estimar mi persona para (...) esposso de una hija de el capitan gonçalo correa de sa sobrina del governador y poblador que fue desta tierra y assi teniendome por feliz y estimado tan buena suerte acepte el favor por pagar no resistiendo a su gusto las mercedes que tenia recebidas si bien tengo por cierto haver sido milagroso este matrimonio pues haviendo tenido impedimentos tan forçossos y passado los trabajos que tendo escritos (...) quiso nuestro señor premiar la paciencia con que los he ofrecido a su divina magestad dandome por compañera una señora tan principal como hermosa y virtuossa440.

Do ponto de vista dos Sá, os interesses no casamento eram visíveis. José Vilardaga, ao estudar as conexões entre o mundo paulista e o paraguaio concorda que o matrimônio consolidava “as redes de contatos desta influente família fluminense”, que já detinha relações, aliados e privilégios em Angola, Buenos Aires e São Paulo. A união feita com Céspedes fazia com que a ponta paraguaia e de Tucumã fosse amarrada, fechando assim “sua inserção no amplo circuito de contrabando, das trocas no mercado regional platino e vicentino, dos engenhos de açúcar, do ouro paulista, do fornecimento de escravos negros e do apresamento de cativos indígenas. Um empreendimento diversificado e articulado”.441

Além do inesperado casamento, Céspedes recebeu ampla ajuda no Rio de Janeiro:

Viendo esto y el no haver como tengo dicho otra embarcacion fue de parecer el governador Martin de sa que me fuese por tierra determineme de seguir su consejo diome todo lo necesario para mi avio canoas negros e infinitos regalos pero el mayor y de mas estima fue a su hermano el capitan goncalo correa de sá para que fuese haciendome merced todo el camino y allanar las dificuldades del”442 [Páginas 213 e 214]
8 de junho de 1628, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:31
6°. Luís de Céspedes deixa o Rio de Janeiro em direção a Santos, com vinte dias de casado
Na véspera da partida, Martim de Sá e seu filho, Salvador, sugerem que Céspedes deveria casar-se com Dona Vitória de Sá, irmã de Martim e tia de Salvador e “o arruinado fidalgo só podia aceitar contente esta oferta de casamento com uma herdeira bela e rica que, além de sua alta jerarquia e nascimento, recomendava-se por um dote de 40.000 ducados em caixa, além de grandes plantações de cana de açúcar e extensas propriedades territoriais”439. Em sua correspondência, o próprio Céspedes relata sobre a proposta inesperada:

Se ofrecio que estos señores aficionados de mi justo agradecimiento tuvieron por bien de estimar mi persona para (...) esposso de una hija de el capitan gonçalo correa de sa sobrina del governador y poblador que fue desta tierra y assi teniendome por feliz y estimado tan buena suerte acepte el favor por pagar no resistiendo a su gusto las mercedes que tenia recebidas si bien tengo por cierto haver sido milagroso este matrimonio pues haviendo tenido impedimentos tan forçossos y passado los trabajos que tendo escritos (...) quiso nuestro señor premiar la paciencia con que los he ofrecido a su divina magestad dandome por compañera una señora tan principal como hermosa y virtuossa440.

Do ponto de vista dos Sá, os interesses no casamento eram visíveis. José Vilardaga, ao estudar as conexões entre o mundo paulista e o paraguaio concorda que o matrimônio consolidava “as redes de contatos desta influente família fluminense”, que já detinha relações, aliados e privilégios em Angola, Buenos Aires e São Paulo. A união feita com Céspedes fazia com que a ponta paraguaia e de Tucumã fosse amarrada, fechando assim “sua inserção no amplo circuito de contrabando, das trocas no mercado regional platino e vicentino, dos engenhos de açúcar, do ouro paulista, do fornecimento de escravos negros e do apresamento de cativos indígenas. Um empreendimento diversificado e articulado”.441

Além do inesperado casamento, Céspedes recebeu ampla ajuda no Rio de Janeiro:

Viendo esto y el no haver como tengo dicho otra embarcacion fue de parecer el governador Martin de sa que me fuese por tierra determineme de seguir su consejo diome todo lo necesario para mi avio canoas negros e infinitos regalos pero el mayor y de mas estima fue a su hermano el capitan goncalo correa de sá para que fuese haciendome merced todo el camino y allanar las dificuldades del”442 [Páginas 213 e 214]
18 de junho de 1628, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:39:29
7°. Chega a Santos, onde fica por onze dias, partindo para São Paulo
30 de junho de 1628, sexta-feira. Atualizado em 11/10/2025 02:30:40
8°. Luís de Céspedes chega a São Paulo
Só então é que o governador pôde chegar à vila de São Paulo de Piratininga, já no planalto, onde iniciou nova etapa de sua aventura, a que mais interessa nesse estudo. No povoado, Céspedes solicitou permissão às autoridades locais para percorrer o caminho do Paraguai, camino de San Pablo ou simplesmente camino proibido, via terrestre-fluvial que ligava a vila de São Paulo aos sertões do Guayrá e à Província do Paraguai. A escolha do caminho fez com que se multiplicassem nas fontes e na historiografia posterior as polêmicas e ambiguidades que cercam a figura do governador.
16 de julho de 1628, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:29:43
9°. Luis de Céspedes García Xería Parte em direção ao Guayrá, via Tietê e Paraná




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  13/02/2025 06:42:31º de
abrir registro
   
2 de fevereiro de 2024, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 04:39:09
As desventuras de Knivet, data da consulta em arquipelagoilhabela.com.br
•  Cidades (1): São Sebastião/SP
•  Pessoas (2): Anthony Knivet (1560-1649), Thomas Cavendish (1560-1592)
•  Temas (4): Estreito de Magalhães, Dinheiro$, Angola, Açúcar
    Registros relacionados
1592. Atualizado em 24/10/2025 20:40:56
1°. Expedições
3 de fevereiro de 1592, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:33
2°. Ingleses partem para o estreito de Magalhães
Poucos personagens da história de Ilhabela deixaram um registro tão incrível quanto o do inglês Anthony Knivet, autor de um dos mais impressionantes relatos sobre o Novo Mundo. Publicada em 1625, sua história é contagiante e muitas vezes inacreditável. Após mais de 10 anos pelo Brasil, suas inúmeras agruras e peripécias deixariam Indiana Jones de queixo caído.

Suas desventuras começaram em 1591 como tripulante do corsário inglês Thomas Cavendish em uma épica viagem aos mares do sul. Após arquitetarem o ataque em Ilhabela, os piratas pilharam por 2 meses as vilas de Santos e São Vicente, queimando casas, navios e engenhos.

Ao tentarem cruzar o Estreito de Magalhães, tempestades tragaram vários homens e barcos. Knivet perdeu vários dedos dos pés por congelamento, quase morreu de fome e frio e por pouco não o jogaram ao mar como morto. Ao retornarem ao Brasil, cerca de 100 piratas morreram em saques frustrados às vilas de Santos e de Vitória.




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  24/10/2025 04:07:22º de
abrir registro
   
20 de junho de 1600, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 04:39:09
D. Francisco está em São Paulo/SP
•  Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): Antonio Raposo, o Velho (43 anos), Diogo Flores Valdez (1530-1595), Francisco de Sousa (60 anos), Pedro Taques (40 anos)
•  Temas (9): Bacaetava / Cahativa, Bituruna, vuturuna, Buraco de Prata, Escravizados, Estreito de Magalhães, Ouro, Peru, Prata, Serra de Jaraguá
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo
Data: 1998
Página 503
    2 fontes
  0 relacionadas




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  02/11/2025 04:38:47º de
abrir registro
   
2 de novembro de 1605, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 04:39:07
Ferramentas entregues em Santos
•  Cidades (3): Itu/SP, Santo Amaro/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (1): Diogo de Quadros
•  Temas (4): Engenho(s) de Ferro, Rio Geribatiba, Segunda Fábrica em Ipanema, Ybyrpuêra
Anais da Biblioteca Nacional (RJ) - 1876 a 2018 p. 207
Data: 1605
01/01/1605
    1 fonte
  0 relacionadas




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  13/02/2025 06:42:31º de
abrir registro
   
1700
Atualizado em 02/11/2025 04:39:08
Mapa do século XVII: “Rio de Janeiro e São Paulo”*
•  Cidades (14): Atibaia/SP, Cabo Frio/RJ, Campos dos Goytacazes/RJ, Cotia/Vargem Grande/SP, Curitiba/PR, Mogi das Cruzes/SP, Paraty/RJ, Piracicaba/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Botucatu/SP, Jundiaí/SP
•  Temas (18): Apiassava das canoas, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Guapeí, Rio Jaguari, Rio Mogy, Rio Paranapanema, Rio Pinheiros, Rio Piracicaba, Rio Sorocaba, Caminho do Mar, Caminho Itú-Porto Feliz, Caminhos até São Vicente, Serra de Ibotucatu, Caminho Sorocaba-Botucatu, Caminho até Mogi, Rio Cotia
Mapa do Rio de Janeiro e São Paulo*
Data: 1700
Créditos: Cartas sertanistas
Desenho a tinta ferrogálica. bdlb.bn.gov.br/acervo/handle/20.500.12156.3/15777(rio sorocaba




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  13/02/2025 06:42:31º de
abrir registro
   
1694
Atualizado em 02/11/2025 04:39:08
Mapa L´Amerique meridionale : divisée en ses principales parties
•  Cidades (6): Cananéia/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Bituruna/PR
•  Temas (12): Baía de Guanabara, Bituruna, vuturuna, Caminho do Mar, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Gualachos/Guañanas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio São Francisco, Trópico de Capricórnio, Lagoa Dourada
Mapa L´Amerique meridionale : divisée en ses principales parties
Data: 1694
Créditos: bdlb.bn.gov.br/acervo/handle/20.500.12156.3/14085
Autor: Alexis Hubert Jaillot




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  30/10/2025 01:31:00º de
abrir registro
   
Auto de rematação das passagens de "Parapanema", Apiahy, e Itapetininga, rematada por tempo de um ano a Salvador de Oliveira Leme por preço de 50 mil réis (50%000) livres para a Fazenda Real
15 de outubro de 1764, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:33:20
Relacionamentos
 Cidades (4): Sorocaba/SP, Apiaí/SP, Paranapanema/SP, Itapetininga/SP
 Pessoas (2) Alexandre Luís de Sousa Meneses, Salvador de Oliveira Leme (1721-1802)
 Temas (3): Dinheiro$, Estradas antigas, Registro de Animais






  Santos/SP
  Últimas atualizações
  24/10/2025 03:34:23º de
abrir registro
   
2011
Atualizado em 02/11/2025 04:50:19
A “nobreza da terra” e o comércio de animais no centro-sul do Brasil: redes sociais, crédito, controle social e hierarquia no além-mar Tiago Luís GIL
•  Cidades (2): Itapetininga/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): Antonio Francisco de Aguiar e Castro (1773-1818), Manuel Álvares de Castro, Paulino Aires de Aguirre (1735-1798), Salvador de Oliveira Leme (1721-1802)
•  Temas (4): Apoteroby (Pirajibú), Caputera, Escravizados, Habitantes
    Registros relacionados
17 de junho de 1765, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:33:20
1°. Casamento de Paulino Ayres de Aguirre e Anna Maria de Oliveira em Sorocaba
1790. Atualizado em 24/10/2025 03:33:40
2°. Habitantes
1790. Atualizado em 24/10/2025 03:33:40
3°. Oito pessoas eram donos de 27% do total de escravizados em Sorocaba
17 de outubro de 1795, sábado. Atualizado em 24/10/2025 03:33:41
4°. Rainha D. Maria I confirma a carta patente nomeando o Sarutaiá Capitão-Mor de Itapetininga
1796. Atualizado em 24/10/2025 03:33:41
5°. Antonio Francisco de Aguiar substitui seu sogro e se torna “cobrador de impostos” de Sorocaba




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  07/10/2025 14:44:16º de
abrir registro
   
1700
Atualizado em 30/10/2025 13:35:56
Mapa da maior parte da costa e sertão do Brazil
•  Cidades (7): Itanhaém/SP, Itapecirica da Serra/SP, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (2): Jaques Cocleo (72 anos), Luiz Lopes de Carvalho (77 anos)
•  Temas (3): Geografia e Mapas, Rio Anhemby / Tietê, Ugna
Dados para a História dos Índios Caiapó
Data: 1969
Créditos: Mário neme
Página 115
    2 fontes
  0 relacionadas




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  31/10/2025 19:45:50º de
abrir registro
   
História das missões orientais do Uruguai. Aurélio Pôrto.
1954. Atualizado em 24/10/2025 02:37:03
Relacionamentos
 Cidades (7): Curitiba/PR, Laguna/SC, Paranaguá/PR, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (29) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Álvaro Luís do Valle, Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Amador Bueno de Ribeira (1584-1649), André Fernandes (1578-1641), Antonio Pedroso de Barros (1610-1652), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Bacharel de Cananéa, Balthazar Fernandes (1577-1670), Brás Cubas (1507-1592), Diogo de Alfaro (f.1639), Domingo Martinez de Irala (1506-1556), Francisco Dias Velho (f.1689), Hernando de Trejo y Carvajal (1520-1558), João da Rocha Pita, João Diaz Melgarejo, Jorge Soares de Macedo, Juan de Salazar y Espinosa (1508-1560), Leonardo Nunes, Luis de Góes, Manuel Lobo Pereira (1635-1683), Mência Calderon Ocampo (1514-1593), Padre Francisco Fernandes de Oliveira (1600-1672), Paulo do Amaral, Pero (Pedro) de Góes, Pero Correia (f.1554), Rodrigo de Castelo Branco, Simão Macetta (n.1582), Vasco da Mota
 Temas (18): Açúcar, Bilreiros de Cuaracyberá, Boigy, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminhos até São Vicente, Carijós/Guaranis, Cavalos, Enguaguassú, Gados, Jeribatiba (Santo Amaro), Piqueri, Porcos, Redução de Santa Tereza do Ibituruna, Redução Santo Thomé, Rio Taquari, Tape, Vila de Santo André da Borda

Registros mencionados (3)
1. Concessão a Bras Cubas / Pascoal Fernandes e Domingos Pires já tinham estabelecido, a leste do ribeiro de São Jerônimo, depois chamado de “Montserrate”
25 de setembro de 1536

O fidalgo Bras Cubas, que veio na armada de Martim Afonso, e que mais tarde é o fundador de Santos. Data a concessão de 10 de outubro de 1532 a que, em 1536, agrega as terras de Jerebatiba. [Página 247]
2. Chegada a São Vivente
fevereiro de 1553

Em substituição a Álvar Núnez Cabeza de Vaca, governador do Prata, que fora preso e deportado de Assunção, escolhe el-rei, em competição com outro candidato a esse cargo, a João de Sanábria, homem nobre e rico, que apresta logo uma expedição para se transportar à sua governança. Aparelhada já estava a frota que a devia transportar quando faleceu "o capitão João de Sanábria, que nesses preparativos empregara todos os bens que possuía.

Substituiu-o seu filho Diogo de Sanábria. Compunha-se a expedição de uma nau e duas caravelas, e nela vinham a viúva de João de Sanábria, D. Mencia Calderon e duas filhas, D. Maria e D. Mencia. Partiu a frota de Sanlúcar, no ano de 1552. Como cabo da gente dela regressava ao Paraguai o capitão João de Salazar de Espinosa, que fora deportado de Assunção e seguira para a Espanha na mesma caravela que conduzira o governador Cabeza de Vaca. Vinham, na mesma expedição, vários fidalgos e povoadores, entre os quais se destacavam Cristóvão de Saavedra, filho do correio-mor Hernando de Trejo e o capitão Becerra que trazia mulher e filhos, em nau de sua propriedade.

Depois de longa viagem, aportou a esquadra ao Brasil e na Laguna, à entrada da barra, perdeu-se o navio de Becerra com tudo quanto trazia, salvando-se unicamente a gente que pôde chegar à terra.

Desavieram-se aí o piloto-mor e o capitão Salazar, e sendo eleito Hernando de Trejo chefe da expedição, retiraram-se para São Vicente vários componentes da armada. Trejo, compreendendo a necessidade que se fazia sentir de uma povoação que fosse escala, na costa do Brasil, para atingir Assunção, indo ao porto de São Francisco ali lançou, em 1553, os fundamentos de uma cidade. Estabelecendo-se aí, casou com D. Maria de Sanábria, viúva de João de Sanábria, nascendo em, território brasileiro, desse matrimónio, Dom Frei Hernando de Trejo, que foi bispo de Tucumã e fundador da sua Universidade.

Não faltaram trabalhos e misérias naquela incipiente fundação e Trejo, atendendo a rogos insistentes de sua mulher, resolveu abandonar a povoação, seguindo por terra para o Paraguai. Depois de trabalhos sem conto e duros meses de largas provações, em que morreram de fome 32 soldados que se perderam, chegou Hernando de Trejo a Assunção, onde o general Domingos de Irala, nomeado governador do Rio da Prata, o conservou preso por largo tempo, por ter abandonado o porto de São Francisco, que fundara, e que tão necessário se tornava para as entradas, por terra, no Paraguai.

O capitão João de Salazar, que fora para São Vicente, havia casado com D. Elvira de Contreras, filha do capitão Becerra, e aí se encontrou com o capitão João Diaz de Melgarejo, com quem concertou voltar a Assunção.

Fizera Salazar, na vila de Martim Afonso, boas relações de amizade com os moradores, insinuando a muitos deles as vantagens que teriam passando com famílias e bens à cidade de Assunção. E tal foi a propaganda e a retirada de povoadores para o Paraguai que o P. Manuel de Nóbrega, temendo o despovoamento da capitania de São Vicente, «pela pouca conta e cuidado que el-rei e Martim Afonso de Sousa têm, e se vão lá passando ao Paraguai pouco a pouco», diz que «seria bom ter a Companhia lá um ninho onde se recolhesse quando de todo São Vicente se despovoasse». Além disto, «estando lá os da Companhia se apagariam alguns escândalos que os castelhanos têm dos portugueses, e a meu parecer com muita razão, porque usaram mui mal com uns que vieram a São Vicente, que se perderam de uma armada do Rio da Prata. 2:: )

Entre as pessoas que se ligam a Salazar contam-se os irmãos Cipião 24 ) e Vicente de Góis, oriundos de troncos ilustres de povoadores vicentinos, filhos de Luís de Góis* fidalgo da Casa Real, irmão de Pedro de Góis, que foi donatário da capitania de São Tomé e capitão-mor de uma armada que, em Fevereiro de 1553, estava surta no porto de Santos.

Segundo refere Frei Gaspar da Madre de Deus residiu Luís de Góis alguns anos em São Vicente, dali saindo com sua mulher D. Catarina de Andrade e Aguilar, quando seu irmão, Pedro de Góis, os transportou para a capitania que ia fundar, no ano acima referido. Anteriormente Pedro de Góis doara-lhe o engenho da Madre de Deus, que ficava em terras fronteiras ao de Engagaçu. - )
3. Quatro aldeias
1554
Registros mencionados (24)
10/10/1532 - Martim Afonso concede sesmarias [21966]
25/09/1536 - Concessão a Bras Cubas / Pascoal Fernandes e Domingos Pires já tinham estabelecido, a leste do ribeiro de São Jerônimo, depois chamado de “Montserrate” [12063]
24/04/1542 - Cabeza de Vaca foi deposto em 24 de abril e recambiado á Hespanha. Em seu lugar elegeram os rebeldes Irala que a contra gosto aceitou a investidura [25329]
01/04/1550 - Mencia Caldéron partiu* [453]
1551 - Conflito entre o Padre Leonardo Nunes e «um homem que havia quarenta annos estava na terra já tinha bisnetos e sempre viveu em peccado mortal e andava excommungado" [20731]
1552 - Caminho [28849]
1553 - Sesmarias e gados de Pero Correa são doados aos jesuítas [22494]
1553 - O fundador de Ciudad Real e Villa Rica, Ruy Dias de Melgarejo, acabou passando por São Vicente [20669]
1553 - Fundó un pueblo que llamó de San Francisco [29275]
01/02/1553 - Chegada a São Vivente* [24866]
1554 - Quatro aldeias [25911]
25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi [8156]
01/05/1555 - Fuga para o Paraguai* [22497]
01/10/1555 - Após cinco meses meses a expedição chegou a Assunção* [22498]
1567 - Um documento sobre a demarcação das terras de Brás Cubas, de 1567, confirma esta localização na foz do Tamanduateí: “[a propriedade] começará a partir pela banda oeste que vae daí [ao] caminho de Piratininga (...) sempre pelo dito caminho assim como vae passando o rio Tamanduateí e daí corta direito sempre pelo dito caminho que vae a Piratininga que está na borda do rio Grande [Tietê] que vem do Piquiri [no atual Tatuapé] e ai vae correndo direito para o sertão” [22289]
27/05/1576 - Determinação da Câmara [22492]
04/09/1627 - Documento [26394]
23/12/1637 - André Fernandes chegou a Santa Tereza do Ibituruna [22962]
04/02/1638 - Declaração do P. Palermo, feita em 4 de Fevereiro de 1638. E ambos informam que andavam com os portugueses que atacaram as reduções [22963]
19/02/1638 - Padre Alfaro adverte Balthazar [19854]
1652 - Falecimento de Antonio Pedroso de Barros (1610-1652) [27953]
22/12/1660 - Balthazar Fernandes faleceu após este dia (“História das Missões do Uruguai” de Aurélio Porto)* [20893]
21/10/1669 - Declaração de Ventura Diaz [22961]
01/01/1954 - Em carta de 4 de Janeiro de 1638, o P. Simão Maceta, que está em Corrientes, pede socorros ao governador de Buenos Aires [22960]





  Santos/SP
  Últimas atualizações
  24/10/2025 02:36:34º de
abrir registro
   
1837
Atualizado em 02/11/2025 04:50:19
Mapa chorographico da provincia de San Paulo
•  Cidades (20): Apiaí/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Capivari/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Cubatão/SP, Ibiúna/SP, Iperó/SP, Itapetininga/SP, Itapeva/SP, Itu/SP, Paranapanema/SP, Porto Feliz/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP, Tatuí/SP, Xiririca (Eldorado)/SP, Iporanga/SP, Mongaguá/SP
•  Pessoas (2): Pedro Cubas (1538-1628), Daniel Pedro Müller (52 anos)
•  Temas (23): Caminho de Cubatão, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho do Mar, Caminho Itú-Porto Feliz, Caminho Itú-Sorocaba, Caminho Santos-Cubatão, Caminho Sorocaba-Itapetininga, Caminho Sorocaba-Porto Feliz, Caminhos até Ypanema, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Estrada São Roque-Ibiúna, Estradas antigas, Fazenda Ipanema, Geografia e Mapas, Itapeva (Serra de São Francisco), Putribú, Rio Iperó, Rio Sarapuy, Rodovia Raposo Tavares, Itacolomy, Bairro de Aparecidinha, Rio da Ribeira, o Isubay, Ribeirão das Mortes
Mapa chorographico da provincia de San Paulo
Data: 1841
Créditos: bdlb.bn.gov.br/acervo/handle/20.500.12156.3/267673
Autor/Colaborador: Daniel Pedro Müller, 1785-1841




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  31/10/2025 03:47:26º de
abrir registro
   
24 de janeiro de 1866, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 04:50:20
Estrada
•  Cidades (13): Apiaí/SP, Batatal/SP, Cananéia/SP, Capão Bonito/SP, Iguape/SP, Iporanga/SP, Itapetininga/SP, Itapeva/SP, Paranapanema/SP, São Paulo/SP, Sete Barras/SP, Xiririca (Eldorado)/SP, Batatais/SP
•  Temas (9): Algodão, Caminho do gado, Canôas, Estradas antigas, Guerra do Paraguai, Quarerú, Rio da Ribeira, o Isubay, Rio do Turvo, Rio Jacupiranga
    1 fonte
  0 relacionadas




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  13/02/2025 06:42:31º de
abrir registro
   
1 de dezembro de 1860, sábado
Atualizado em 31/10/2025 00:54:52
Simonton inicia uma longa viagem pelo interior da província de São Paulo
•  Cidades (6): Campinas/SP, Itapetininga/SP, Itu/SP, Rio Claro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Temas (3): Bíblia, Escolas, Igreja Presbiteriana do Brasil




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  13/02/2025 06:42:31º de
abrir registro
   
1768
Atualizado em 02/11/2025 04:50:20
11900
•  Cidades (3): Cubatão/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP
•  Pessoas (2): João da Costa Ferreira, Luís António de Sousa Botelho Mourão (46 anos)
•  Temas (2): Caminho do Mar, Estradas antigas
“Histórias e Tradições da Cidade de São Paulo”
Data: 1954
Créditos: Ernani Silva Bruno
Página 226




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  13/02/2025 06:42:31º de
abrir registro
   
1895
Atualizado em 02/11/2025 03:26:44
Mapa “Sub Brasilien”
•  Cidades (32): Araraquara/SP, Brotas/SP, Campinas/SP, Cananéia/SP, Castro/PR, Curitiba/PR, Guaratuba/PR, Ibiúna/SP, Iguape/SP, Iporanga/SP, Itanhaém/SP, Itapetininga/SP, Itu/SP, Jaú/SP, Jundiaí/SP, Limeira/SP, Mogi das Cruzes/SP, Mogi Guaçu/SP, Mogi Mirim/SP, Niterói/RJ, Paranaguá/PR, Paranapanema/SP, Porto Feliz/SP, Rio Claro/SP, Rio de Janeiro/RJ, São Carlos/SP, São Miguel Arcanjo/SP, São Roque/SP, São Sebastião/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP, Xiririca (Eldorado)/SP
•  Temas (10): Assunguy, Caminho Itú-Sorocaba, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Geografia e Mapas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Jaguari, Rio Paranapanema, Rio Paranapitanga, Rio Tibagi, Serra de Paranapiacaba
Mapa
Data: 1895
Créditos: Meyers




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  13/02/2025 06:42:31º de
abrir registro
   
8 de agosto de 1895, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 03:26:43
Foram presos em Sorocaba Ismael Coelho de Castro, negociante de Santos, e Antonio Goulart de Faria pele crime de notas e estampilhas falsas
•  Cidades (2): Sorocaba/SP, São Paulo/SP
Oficias da Guarda Nacional de Sorocaba
Data: 1895
01/01/1895




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  31/10/2025 20:21:43º de
abrir registro
   
23 de novembro de 1897, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 03:26:43
Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro vol. XIX (1897)
•  Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (5): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Diogo Botelho, Diogo de Quadros, Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Lopes Pinto
•  Temas (4): Engenho(s) de Ferro, Nossa Senhora da Assunção, Rio Geribatiba, Ybyrpuêra
Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro vol. XIX p. 06
Data: 1897
Créditos: Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro vol. XIX (1897)
01/01/1897
    Registros relacionados
Dezembro de 1568. Atualizado em 30/10/2025 20:00:51
1°. Anchieta*
Replica o primeiro relato, do Padre Pedro Rodrigues, de 1607.
10 de janeiro de 1605, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:21:33
2°. Diogo Quadros reclama pelos peritos em mineração / voltou a São Paulo, depois de sua missão em Castela, como provedor das minas e com a licença de construir dois engenhos
As atividades de Diogo de Quadros, um dos SOCIOS, comprovadas· pelos documentos ainda existentes, demonstram que de fato foi nomeado administrador das minas de São Paulo em 1605 (90). Como tal, recebia provisão datada de Salvador, a 10 de janeiro do mesmo ano, concedida pelo governador geral Diogo de Botelho, para que lhe fôsse entregue pelos Almoxarifes da Bahia, Rio de Janeiro e São Vicente tôdas as ferramentas "que tiverem e possam servir e sejão necessarias ao benefício das ditas Minas, avaliando-se por officiaes, assistindo a isso o Procurador de S. Magestade e dando o dito Diogo de Quadros fiança a elles...
2 de novembro de 1605, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:15
3°. Ferramentas entregues em Santos
4 de dezembro de 1605, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:39:00
4°. Engenho de ferro existia
Entre a vila de Sorocaba, e Itú ha uma Minas de ferro, e aço, que parecem inextinguiveis pela sua grandeza, e a qualidade destes dois gêneros é também boa: Nelas fundou um Grande Engenho de Ferro, e Aço Afonso Sardinha o velho, pagando destes generos o quinto a S. Magestade; passou á coroa este Engenho, ou pelo ceder nela o dito Afonso Sardinha, como dizem, ou por outro qualquer título, o certo é, que no ano de 1605, existiam entregues ao Almoxarife de Santos peças de ferramenta, que tinham sido do dito Engenho.

Neste ano requereu Diogo de Quadros ao Governador Geral do Estado Diogo Botelho, para que lhe mandasse entregar as ferramentas, que houvessem nos Almoxarifados da Bahia, Rio de Janeiro, e São Vicente, que fossem hábeis para a fábrica de ferro; porquanto se tinha obrigado a levantar dois Engenhos na Capitania de São Vicente, o que lhe concedeu o dito Governador Geral por provisão de 10 de janeiro de 1605, em virtude da qual ele recebeu as ferramentas desta fábrica, que existiam entregues ao Almoxarife de Santos aos 2 de novembro do dito ano: O dito Diogo de Quadros com seu sócio Francisco Lopes Pinto levantaram outro Engenho da mesma qualidade da vocação de Nossa Senhora da Assunção no Sítio de Ebiropecera da outra banda do rio Ierobatiba; que não era nas vizinhadas da Cidade de São Paulo, aonde não sei se ainda ha minas desta qualidade: [Páginas 207 e 208]




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  31/10/2025 00:06:56º de
abrir registro
   
1898
Atualizado em 02/11/2025 03:26:42
Documentos interessantes p/ História e costumes de SP, vol. XXV
•  Cidades (6): Mogi Guaçu/SP, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP, Viamão/RS
•  Pessoas (2): Francisco de Saavedra (n.1555), 2º Marquês do Lavradio (1729-1790)
•  Temas (1): Estradas antigas
Documentos interessantes p/ História e costumes de SP, vol. XXV
Data: 1898
01/01/1898




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  13/02/2025 06:42:31º de
abrir registro
   
1895
Atualizado em 02/11/2025 03:26:43
Mapa de 1895
•  Cidades (29): Antonina/PR, Apiaí/SP, Campinas/SP, Cananéia/SP, Capivari/SP, Castro/PR, Curitiba/PR, Guaratuba/PR, Iguape/SP, Itapetininga/SP, Itapeva/SP, Joinville/SC, Jundiaí/SP, Mogi das Cruzes/SP, Mogi Guaçu/SP, Mogi Mirim/SP, Morretes/PR, Paranaguá/PR, Peruíbe/SP, Piracicaba/SP, Ponta Grossa/PR, Porto Feliz/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Sebastião/SP, Sorocaba/SP, Tietê/SP, Ubatuba/SP, Xiririca (Eldorado)/SP
•  Temas (11): Geografia e Mapas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Jaguari, Rio Mogy, Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Pirapo, Rio Sapucaí, Sabaúma, Serra de Agudos, Serra de Paranapiacaba
Mapa
Data: 1895




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  13/02/2025 06:42:31º de
abrir registro
   
1899
Atualizado em 02/11/2025 03:26:42
Mapa
•  Cidades (5): Sorocaba/SP, Itararé/SP, Capivari/SP, São Paulo/SP, Castro/PR
•  Temas (5): Estradas antigas, Caminho Sorocaba-Itapetininga, Geografia e Mapas, Rodovia Raposo Tavares, Caminho do Mar
Colônias Agrícolas Polonesas
Data: 1899
Créditos: Józef Waclaw Siemiradzki 1858-1933
Publicada no livro “Polska Kolonizacja za Morska” em 1899




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  29/10/2025 21:36:40º de
abrir registro
   
5 de janeiro de 1900, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 03:26:41
Jornal A Notícia
•  Cidades (4): Ararapira/PR, Cananéia/SP, Paranaguá/PR, São Paulo/SP
•  Pessoas (3): Diogo de Unhate (1535-1617), Pedro Cubas (1538-1628), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631)
•  Temas (6): Capitania de Santo Amaro, Jesuítas, Pela primeira vez, Portos, Rio Paraná, Suptrabu
Jornal A Notícia
Data: 1906
Página 1
    Registros relacionados
1 de junho de 1614, domingo. Atualizado em 24/10/2025 21:43:18
1°. Sesmarias concedidas a moradores de São Paulo, João de Abreu e Diogo de Unhate
Desejando secundar a ação oficial, vamos publicar alguns dados constantes de obra inédita de um dos nossos redatores, relativamente ao Rio Ararapira e ao bairro do município de Guarakessaba que recebeu essa denominação.

O início do povoamento de Ararapira é contemporâneo ao do antigo e extinto povoado de Nossa Senhora das Mercês da Cotinga, primeiro núcleo permanente de população portuguesa em terras paranaenses.

Ponto intermediário entre Cananea e Paranaguá, estaria destinado a sede de uma povoação regular de certa importância, se dois elementos não se opusessem ao seu desenvolvimento: a carência de um porto abrigado e a ilimitada ambição jesuítica.

Segundo os documentos históricos, o seu primeiro povoador foi Diogo de Unhate, morador em Santos, que obteve de Pedro Cubas, delegado de Salvador Correia de Sá, então capitão-mór de Santo Amaro, uma carta de sesmaria a 1o. de junho de 1614, compreendendo um terreno entre Ararapira e Superaguy "na parte que se chama Paranaguá".




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  24/10/2025 02:36:54º de
abrir registro
   
1902
Atualizado em 02/11/2025 03:26:41
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. VI (1900-1901)
•  Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Lisboa/POR, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Tatuí/SP
•  Pessoas (8): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Brás Cubas (1507-1592), Henrique Montes, Jean de Laet (1571-1649), José de Anchieta (1534-1597), Luís António de Sousa Botelho Mourão (1722-1792), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
•  Temas (14): “o Rio Grande”, Cães, gatos e inofensivos, Caminho do Mar, Caminho do Padre, Caucaya de Itupararanga, Galinhas e semelhantes, Gentios, Geografia e Mapas, Jurubatuba, Geraibatiba, Pela primeira vez, Rio Anhemby / Tietê, Rio Geribatiba, Rio Iniambis, Nossa Senhora da Conceição do Itapucú
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. VI (1900-1901)
Data: 1902
Página 544
    Registros relacionados
3 de março de 1534, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:41:10
1°. Martim Afonso de Sousa, partindo para a Índia, deixa procuração bastante a sua mulher, dona Ana Pimentel, para gerir seus negócios, inclusive os das suas capitanias no Brasil
25 de setembro de 1536, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 05:32:25
2°. Concessão a Bras Cubas / Pascoal Fernandes e Domingos Pires já tinham estabelecido, a leste do ribeiro de São Jerônimo, depois chamado de “Montserrate”
Doação das terras de Jarabatyba a Braz Cubas

Publica forma oferecida ao Instituto Histórico de São Paulo pelo sócio M. Pereira Guimarães

Primeiro Tabelionato da Cidade de Santos - Publica Forma - Em nome de Deus - Amém. Saibam quantos este instrumento de doação virem que no ano de 1536, dia 25 de setembro na cidade de Lisboa junto do Mosteiro de São Francisco dentro nas casas de morada da Senhora Dona Anna Pimentel, mulher do Senhor Martim Afonso de Souza, que anda na Índia, que nosso Senhor, traga a este Reino - Amém - estando ai presente a dita Senhora Dona Anna Anna como procuradora bastante e abondosa do dito Senhor Martim Afonso, segundo logo amostrou e fez certo por um publico instrumento de sua procuração do qual o traslado é o que ao adiante se segue.

- Procuração. - Saibam os que este instrumento de procuração virem que no ano de 1534, dia 3 de março, na cidade de Lisboa nas casas do Duque de Bragança, em que ora pousa o Senhor Martim Afonso de Souza do Conselho de El Rei nosso Senhor, morador na dita Cidade, estando ele dito Martim Afonso de Souza, hi a isto presente e por ele foi dito que ele fazia como logo de feito fez por seu certo procurador abastante na melhor forma e modo que o ele pode e devesse e por direito mais valer a Senhora Dona Anna Pimentel... e posto que esta escritura fosse continuada em três dias do mês de março do dito ano nas casas sobreditas - Testemunhas que presente foram Jacome Luiz morador em Bragança e Diogo de Meirelles, seu criado e Antonio Gonçalves morador nesta Cidade e eu Antonio de Amaral Tabelião Publico por El-Rei Nosso Senhor nesta cidade de Lisboa e seus termos que este instrumento escrevi e assinei aqui do meu público sinal a qual procuração fica na mão da dita Senhora; e trasladada a dita procuração como já vai declarado logo por ela senhora Dona Anna foi dito que ela em seu nome e em nome e como procurador que é do dito Senhor Martim Afonso e pelo poder e virtude da dita procuração por este instrumento público e do seu prazer e boa e livre vontade por muita obrigação em que o dito Senhor Martim Afonso e ela senhora são a Bras Cubas seu criado, que no presente estava e por lhe querer todo galhardear e satisfazer, disse que lhe fazia ora como de feito logo fez ao dito Bras Cubas livre e pura e irrevogável doação entre vivos valedora deste dia para todo e sempre para ele e para todos os seus herdeiros e sucessores que depois dele virem de toda a terra que tinha e possuía no Brasil um Henrique Montes, que mataram no Brasil a qual terra está na Povoação de São Vicente do dito senhor Martim Afonso e a dita terra poderá ser de grandura de duas léguas e meia pouco mais ou menos até três léguas por costa e por dentro quanto se puder estender, que for da conquista de El-Rei nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba, assim que (1) (estava a margem: Dentro do porto - Com esta sesmaria se prova que o porto de São Vicente ficava no de Santos porque as terras de Jurubatuva ficam dentro do Rio de Santos por ele acima) - pelo braço de mar dentro e mais lhe faz doação de uma Ilha Pequena que lhe está junta da dita terra, que outro sim era do dito Henrique Montes que tudo lhe assim doa e faz ele merce por duas direitas confrontações com que parte e de direito deve de partir com todas suas entradas e saídas e direitos pertenças - serventias e logradouros possessões assim e pelo modo e maneira que todo está par a ele e para todos os seus herdeiros e sucessores que depois dele vierem e com tal condição e declaração que nem o dito Bras Cubas nem os seus herdeiros que ao diante sucederem a não poderão vender dar ou dar nem trocar nem escambar nem fazer dela nenhum partido, mas sempre andará na geração e linha assim transversal como direta do dito Bras Cubas e mais com outra condição que se acaso for, o dito Bras Cubas ou quem quer que á dita terra suceder, fizerem alguma coisa que não for em serviço do dito Martim Afonso ou do Senhoria que á dita terra suceder, que por este caso as terras desta doação se perderão p.a. o senhoria e poderão dar a quem quiser.

E porém logo a dita Senhora em seu nome e em nome do dito Martim Afonso e por poder, e virtude da dita procuração tirou logo e demitiu e renunciou de si todo o direito de ação, posse e propriedade, uso e fruto, e útil domínio, e senhoria, que ambos tinham e podiam ter na terra desta doação e em todas as suas pertenças, e todo jus. E se deu logo e transpassou em mão e poder do dito Bras Cubas, e em todos seus herdeiros, sucessores, que depois deles vierem para que hajão, e logrem e possuirão de hoje em diante para sempre, e que fação nela benfeitorias, e aproveitem; e lhe deu logo lugar e poder para que ele por poder e virtude deste instrumento, e sem mais sua autoridade dela Senhora nem do dito Martim Afonso possa dela tomar posse realmente com efeito por instrumento publico. E por este mandou Gonçalo Monteiro vigário, e feitor do dito Senhor Martim Afonso, e assim quem seu cargo tiver, e este instrumento for apresentado que lhe entreguem a dita terra, e lha seja do dito Bras Cubas, e prometeu e se obrigou a lhe fazer boa esta doação, a lha guardar e defender a fazer boa, livre e segura e de paz e de quem lhe sobre ela algum embargo puzer e lhe será ele autor e defensor para o qual obrigou todos seus bens do dito Senhor Martim Afonso por poder da dita procuração e em testemunho da verdade assim e outorgou e lhe mandou dele ser feito este instrumento e qual Bras Cubas que presente estava a todo assim pediu e aceitou a ela Senhora prometeu a mim Tabelião, como pessoa estipulante e assistente em nome a quem isto pertence, de lha toda asim cumprir, manter como este instrumento se contem; e disse mais a dita Senhora D. Anna que ela faz mercê e doação ao dito Bras Cubas posto caso que o dito Henrique Montes não tivesse título nem escritura da dita terra porque Henrique Montes tinha do dito senhor Martim Afonso sem ter dele escritura e que por este caso que a ele Henrique Montes tivesse e a tivessem seus herdeiros que com todas estas clausulas ela faz mercê e doação ao dito Bras Cubas de todas ditas três léguas por costa e para dentro quanta terra puderem que sejam da conquista del Rey nosso Senhor, e mais a dita Ilha declarada que está defronte dela, a qual terra está onde chamam Jarabahitybassú, e ela deu com a condição e declaração da doação e foral, por onde el Rey nosso Senhor [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. VI (1900-1901). Páginas 294, 295 e 296]

(...) este instrumento publico de demarcação e posse dado por autoridade de justiça virem que no ano de 1540, aos 10 de agosto nesta vila de São Vicente, costa do Brasil em a Capitania em que é Governador o senhor Martim Afonso de Souza e perante Antonio de Oliveira Capitão e logo-tenente por o dito Senhor e seu auxiliar com alçada pareceu Bras Cubas moço da Comarca de El-Rei Nosso Senhor morador em ela e a ele Capitão apresentou um instrumento de dada de terras que a senhora Dona Ana Pimentel deu ao dito Bras Cubas... requeria ele Bras Cubas a ele Antonio de Oliveira Capitão lhe demarcasse a dita terra e meteu de posse dela por quanto ora vinha para aproveitar com gente e fazendo sem embargo de passar já três anos que gastara com sua fazenda para a aproveitar o que não se pudera fazer por a terra que lhe assim é dada ser povoada de gentios e para os lançar fora e se povoar a dita terra há mister muito custo o que agora trazia para isso, e visto por ele Capitão mandou logo em dito dia a demarcar a dita terra e ao meter de posse dela... em qual a terra por boca desde o dito rio de Jerebati até o dito oiteiro ele Capitão fez pergunta a Antonio Rodrigues o língua desta terra e a Mestre Bartholomeu Ferreira e a Rodrigo de Lucena feitor do Senhor Governador aos quais pelo juramento dos Santos Evangelhos... e com esta dita terra já demarcada lhe foi também dada a dita Ilha que na sua data disse, a qual está defronte das ditas suas terras e de fronte nesta Ilha de São Vicente onde chamam Emguaçú das ditas terras assim da terra firma como da outra ele Capitão lhes houve por demarcados pelas demarcações já ditas e meteu logo de posse delas realmente em feito visto já a obra que na dita Ilha tem de canaviais e mantimentos... e por ele dito Bras Cubas foi também pedido a ele Capitão mandasse a mim tabelião que desse aqui minha fé em como haviam três anos que João Pires Cubas, seu pai viera a esta terra com fazenda e gasto para aproveitar as ditas terras e tomado de posse delas e aproveita-las o que toda deixou de fazer por a dita terra ser habitada por gentios nossos contrários e por esse respeito as não pudera nem podia aproveitar e porém que [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. VI (1900-1901), 1902. Páginas 297 e 298]
1 de janeiro de 1553, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:06
3°. Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei
Esta última tinha-se mesmo tornado lendária na história paulista, tão grande fôra a sua influência na civilização dos povos de serra-acima. Como simples trilho ligando as campinas alta de Piratininga ás praias do mar, existiu de certo, desde época imemorial, este caminho praticado pelo gentio através dos alcantis dos montes de Paranapiacaba.

Alguns europeus, dos primeiros que se estabeleceram no paiz, teriam por ai penetrado em exploração ás regiões remotas que , segundo a tradição, eram fabulosamente ricas. João Ramalho, que se estabelecera na Borda do Campo, tel-a-ia percorrido e melhorado muitas vezes, garantindo o seu tráfico com a feitoria de Temiurú, junto do lugar onde depois se fundou São Vicente.

Os jesuítas, fundadores de São Paulo, modificaram-lhe o traçado, melhoraram-lhe o acesso dos montes em 1553, pelo que desde essa época, se ficou chamando o caminho do Padre José, em alusão a Anchieta, que, com os seus guayanàs e com auxílio de Affonso Sardinha, o construiu e melhorou.

A passagem dos rios e de brejos sem conta no alto dos campos, como a travessia dos montes alcantilados, úmidos e quase sempre desmoronadas pelas chuvas tempestuosas e frequentes, inçavam de perigos e dificuldades esse caminho, por isso mesmo objetivo, objetivo dos maiores cuidados da parte dos governadores. Mudava-se mais uma vez o traçado, desviando-o de Jeribatiba ou Santo Amaro, e conduzindo-o por Santo André, onde fora dantes.
1633. Atualizado em 25/02/2025 04:42:48
4°. Versão latina de “O Novo Mundo: Descrição das Índias Ocidentais” ("Nieuvve wereldt, ofte, Beschrijvinghe van West-Indien"). Jean de Laet (1571-1649)
No mapa geográfico de Silveira Peixoto, de 1768, o primeiro em que vêm figurado os rios entre o Tieté e o Paranapanema com os nomes - Anembi-miri e Pirocaba, lê-se Anembi-graçú. No de Olmedilla, de 1775, o vocábulo conserva a primitiva grafia dos jesuítas - Anhemby, ao passo que no de d. Luiz Antonio de Souza Botelho Mourão se escreve - Niembi. Glimmer, no seu roteiro de 1602, escreveu Anhembi e João de Laet - Iniambi. A grafia, portanto, mais antiga e mais corrente é pois Anhembi, que se deve adoptar como a mais correta, e podendo-se identificar com a palavra Inhamby, ás vezes pronunciada Inhymbú, com a qual se designa a perdiz, ave galinácea outrora abundante nos campos de Piratininga ou de cima da Serra. Portanto, a denominação antiga, dada pelos primeiros colonos portugueses, de Rio Grande de Anhemby se pode traduzir Rio Grande das Perdizes.
1720. Atualizado em 25/02/2025 04:45:15
5°. Demonstraçam topographica do curso do rio Tieté desde a cidade de S. Paulo, thé a confluencia que forma com o rio Paraná, e desta the a barra do rio Yguatemi & a direção deste, thé as suas origens, bdlb.bn.gov.br/ acervo/handle/ 20.500.12156.3/15628
1768. Atualizado em 11/07/2025 04:08:25
6°. Mapa
1 de janeiro de 1775, domingo. Atualizado em 25/10/2025 01:35:11
7°. Nossa Senhora e Carlo Acutis: por que santos são celebrados no mesmo dia? - g1.globo.com
1775. Atualizado em 24/10/2025 02:36:33
8°. Mapa de America Meridional, dispuesto y gravado por D. Juan de la Cruz Cano y Olmedilla
No mapa geográfico de Silveira Peixoto, de 1768, o primeiro em que vêm figurado os rios entre o Tieté e o Paranapanema com os nomes - Anembi-miri e Pirocaba, lê-se Anembi-graçú. No de Olmedilla, de 1775, o vocábulo conserva a primitiva grafia dos jesuítas - Anhemby, ao passo que no de d. Luiz Antonio de Souza Botelho Mourão se escreve - Niembi. Glimmer, no seu roteiro de 1602, escreveu Anhembi e João de Laet - Iniambi. A grafia, portanto, mais antiga e mais corrente é pois Anhembi, que se deve adoptar como a mais correta, e podendo-se identificar com a palavra Inhamby, ás vezes pronunciada Inhymbú, com a qual se designa a perdiz, ave galinácea outrora abundante nos campos de Piratininga ou de cima da Serra.

Portanto, a denominação antiga, dada pelos primeiros colonos portugueses, de Rio Grande de Anhemby se pode traduzir Rio Grande das Perdizes. [Página 558]




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  25/02/2025 04:39:08º de
abrir registro
   
18 de junho de 1908, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 03:26:38
Após 52 dias no mar, desembarca em Santos o Kasato Maru c/ imigrantes japoneses
•  Cidades (1): Sorocaba/SP
•  Temas (2): Japão/Japoneses, Pela primeira vez
Kasato Maru
Data: 1908
Créditos: Wikimedia / commons
No porto de Santos. Foto colorida digitalmente(.245.
    1 fonte
  0 relacionadas




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  24/10/2025 02:36:55º de
abrir registro
   
3 de novembro de 1906, sábado
Atualizado em 02/11/2025 03:26:39
Jornal A Notícia, 03.11.1906
•  Cidades (6): Ararapira/PR, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Guaraqueçaba/PR, Paranaguá/PR, Sorocaba/SP
•  Pessoas (5): Diogo de Unhate (1535-1617), Luís António de Sousa Botelho Mourão (1722-1792), Orville Derby (55 anos), Pedro Cubas (1538-1628), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631)
•  Temas (6): Caminho de Curitiba, Capitania de Santo Amaro, Estradas antigas, Jesuítas, Mar Pequeno, Rio Paraná
Jornal A Notícia
Data: 1906
Página 1
    Registros relacionados
1609. Atualizado em 31/10/2025 13:27:00
1°. Segundo os documentos históricos, o seu primeiro povoador foi Diogo de Unhate, morador em Santos, que obteve de Pedro Cubas, delegado de Salvador Correia de Sá, então capitão-mór de Santo Amaro, uma carta de sesmaria compreendendo o terreno entre Ararapira e Superaguy "na parte que se chama Parnaguá"
Segundo os documentos históricos, o seu primeiro povoador foi Diogo de Unhate, morador em Santos, que obteve de Pedro Cubas, delegado de Salvador Correia de Sá, então capitão-mór de Santo Amaro, uma carta de sesmaria compreendendo o terreno entre Ararapira e Superaguy "na parte que se chama Parnaguá". [Página 1]
1 de junho de 1614, domingo. Atualizado em 24/10/2025 21:43:18
2°. Sesmarias concedidas a moradores de São Paulo, João de Abreu e Diogo de Unhate
Desejando secundar a ação oficial, vamos publicar alguns dados constantes de obra inédita de um dos nossos redatores, relativamente ao Rio Ararapira e ao bairro do município de Guarakessaba que recebeu essa denominação.

O início do povoamento de Ararapira é contemporâneo ao do antigo e extinto povoado de Nossa Senhora das Mercês da Cotinga, primeiro núcleo permanente de população portuguesa em terras paranaenses.

Ponto intermediário entre Cananea e Paranaguá, estaria destinado a sede de uma povoação regular de certa importância, se dois elementos não se opusessem ao seu desenvolvimento: a carência de um porto abrigado e a ilimitada ambição jesuítica.

Segundo os documentos históricos, o seu primeiro povoador foi Diogo de Unhate, morador em Santos, que obteve de Pedro Cubas, delegado de Salvador Correia de Sá, então capitão-mór de Santo Amaro, uma carta de sesmaria a 1o. de junho de 1614, compreendendo um terreno entre Ararapira e Superaguy "na parte que se chama Paranaguá".
22 de outubro de 1722, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:13
3°. Regimentos aprovados




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  13/02/2025 06:42:31º de
abrir registro
   
1909
Atualizado em 02/11/2025 03:26:38
Mapa Geral do Brasil - Segundo Os Mais Recentes Trabalhos Por R. Hausermann
•  Cidades (9): Avaré/SP, Botucatu/SP, Cananéia/SP, Paranapanema/SP, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Tietê/SP, Apiaí/SP
•  Temas (4): Caminho até Cananéa, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Caminho do Mar
Mapa Geral do Brasil - Segundo Os Mais Recentes Trabalhos Por R. Hausermann
Data: 1909




  Santos/SP
  Últimas atualizações
  31/10/2025 08:11:41º de
abrir registro
   
1913
Atualizado em 02/11/2025 03:26:36
Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo vol. XVIII
•  Cidades (5): Alambari/SP, Itu/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Votorantim/SP
•  Pessoas (12): Artur de Sá e Meneses (f.1709), Brás Cubas (1507-1592), Conde de Val de Reis, Dom Pedro I (1798-1834), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), João Furtado de Mendonça, Manoel Rodrigues de Oliveira, Paschoal Affonso Gaya, Paschoal Fernandes, Pedro de Sousa Pereira (1643-1687), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Tomé de Sousa Correa
•  Temas (12): Enguaguassú, Fortes/Fortalezas, Hospitais, Jurubatuba, Geraibatiba, Morpion, Pela primeira vez, Peru, Pontes, Rio Anhemby / Tietê, Rio Pinheiros, Rio Sorocaba, Santa Casa da Misericórdia
Revista do Instituto e Geográfico de São Paulo. Vol. XVIII
Data: 1913
Página 71
    Registros relacionados
25 de setembro de 1536, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 05:32:25
1°. Concessão a Bras Cubas / Pascoal Fernandes e Domingos Pires já tinham estabelecido, a leste do ribeiro de São Jerônimo, depois chamado de “Montserrate”
Bras Cubas (...) e, mais tarde, em 1536, obteve de Anna Pimentel, mulher e procuradora de Martim Afonso de Souza, referido donatário, doação de terras nas margens do rio Jeribatiba, hoje denominado Jurubatuba, terras estas fronteiras ao local onde hoje se assenta a cidade de Santos (...) [Página 16]
10 de agosto de 1540, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:42:24
2°. Terras para Bras Cubas
1543. Atualizado em 24/10/2025 02:34:41
3°. Bras Cubas funda aí uma casa de misericórdia, primeiro estabelecimento do gênero criado no Brasil
Com o hospital foi também fundada a povoação, que devia servir de base á cidade actual, preponderando, para isso, no animo do Braz Cubas a convicção de que assim evitava o incommodo de fazer viagens largas, quando lhe fosse necessário ir á villa, e a dita povoação ficava mais próxima á sua fazenda e em sitio mais adequado para o embarque e desembarque dos navios, como elucida Frei Gaspar.

Para levar a efeito este "tentamen", no anno mencionado de 1543, Braz Cubas comprou de Paschoal Fernandes e Domingos Pires as terras situadas junto ao outeiro de Santa Catharina, na face norte da Ilha do Morpion, já conhecida por Ilha de S. Vicente ; e, reconhecendo a superioridade da bahia, a que os nativos apropriadamente chamavam Enguáguassú (4), mandou roçar o mato que cobria as ditas terras, e, ativo e empreendedor como era, fundou a povoação de fogo morto, com o nome de porto da vila de s. vigente, criando também, alem do hospital que teve a invocação de Santos, á semelhança de outro que existia em Lisboa com igual invocação, diferentes dependências, como um pequeno forte, que ainda existia em 1887, servindo á repartição da Guarda-Moria da Alfandega, e tendo o Pelourinho, o primeiro, levantado entre. a praia e o solo, onde hoje ainda existe a casa do Trem. [Página 17 e 18]
2 de abril de 1551, segunda-feira. Atualizado em 28/10/2025 04:32:13
4°. Santa Casa confirmada por João III
Na parte a que nos referimos diz esse traslado : «elle capitão (Martim Affonso) lhes houve por demarcadas pelas demarcações já ditas e metteu posse realmente em feito, visto já a obra que na dita Ilha tem de cannaviaes e mantimentos, e por elle dito Braz Cubas foi também pedido â elle Capitão mandasse a mim tabelliào que desse aqui a minha fé em como havia três annos que Joào Pires Cubas, seu pae, viera a esta terra com fazenda e gasto para aproveitar as ditas terras e tomar posse delias e aproveital-as, o que deixou de fazer por dita terra ser habitada por gentios nossos contrá- rios e por esse respeito não pudera nem podia aproveital-as, etc." Verifica-se, pois, pela referida escriptura, cuja cópia acha-se transcripta no volume VI da Revista do Instituto Histórico de S. Paulo, que a dita Ilha Pequena fazia parte das terras doadas ; que nella residiram Braz Cubas e seu pae ; e que, finalmente, este foi o portador da referida carta de doação em 1540.

Foi, portanto, nesta época que Braz Cubas concebeu o levado e feliz plano de fundar uma povoação, começando por uma Casa de Misericórdia; e, após, lançou os primeiros alicerces da referida povoação, que imponente hoje se ostenta á margem do canal que a circunda e que constitue, em toda a America, o porto de mais seguro abrigo. O principal motivo deste arrojado commettimento fundava-se em que «era inconveniente o surgidouro onde o rio de Santo Amaro desembocca no canal da Barra Grande e onde os navios, até tempo, davam fundo, assim aos marinheiros como aos donos das fazendas : aos primeiros por lhes ser necessário residir em porto solitário, emquanto as embarcações aqui demoravam ; e aos segundos porque conduziam para a Villa as suas cargas mais pesadas ou pela Barra de S. Vicente, com muito perigo, em canoas, ou por dentro, rodeando toda a Ilha. com viagem mais dilatada; accrescentando ainda que «os marinheiros que chegavam enfermos ou aqui adoe- ciam, depois de cá estarem, padeciam muitas necessidades por falta de se curarem.» Com estes nobres, elevados e humanitários intuitos, despertados por uma inspiração toda santa, conseguiu Braz Cubas, sob os melhores auspícios e com o concurso dos seus conterrâneos, homens bons, moradores principaes da terra, realizar tão notável emprehendimentb, erigindo nesta terra, entào inculta, um hospital e irmandade de Misericórdia que o administrasse.

De fato, um hospital, com irmandade de misericórdia, foi erigido neste local, que, a esse tempo, era mato virgem, constituindo-se, assim, a primeira confraria, no género, nesta vasta região da America Meridional; ella foi confirmada por D. João III, em Almeirim, aos 2 de Abril de 1551, como é expresso no antigo Livro de Compromisso existente no archivo daquella irmandade.

Com o hospital foi também fundada a povoação, que devia servir de base á cidade actual, preponderando, para isso, no animo do Braz Cubas a convicção de que assim evitava o incommodo de fazer viagens largas, quando lhe fosse necessário ir á villa, e a dita povoação ficava mais próxima á sua fazenda e em sitio mais adequado para o embarque e desembarque dos navios, como elucida Frei Gaspar.
8 de fevereiro de 1682, domingo. Atualizado em 21/08/2025 23:21:57
5°. Carta Régia mandando dar índios para a diligencia das minas de prata e ferro de Sorocaba, realizada por Luiz Lopes de Carvalho e Fr. Pedro de Souza
Joao Furtado de Mendonça. Eu El Rey uos inuio m.to Saudar. Vendo o que me escreveu Luis Lopes de Carvalho em carta de 15 de Julho de 1684 acerca de hauer chegado com Fr. Pedro de Souza ás minas de Sorocaba, aonde fundara huã de setenta palmos; e tirando della quantidade de pedra se não achara prata alguma, e fundardose mais a dita mina, em cento e cinco palmos, fizera o dito Fr. Pedro expiriencia, em presenca do Bispo dessa Capitania, em uma arroba de pedra, e tirara pouca prata, e q. p.a se continuar nesta diligencia necessitava de Indios, os quais lhe naõ quizerao dar das minhas Aldeas os officiaes da Camera da. villa de São Paulo nem ainda intreuindo nisso, o ditto Bispo, Me pareseo dizer-vos q tendo por conveniente a meo seruisso darem-se-lhe os Indios, que pede, lhos fareis dar, e julgando, q naõ conuem, me careis conta de tudo, q se vos offerecer, no q toca as minas de prata, e as de ferro. escrita em Lisboa aos 8 de fevereiro de 1687 Rey para o governador do Rio de Janeiro - Conde de Val de Reis 1.a via.


ANDREA!
  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.