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Araçoiaba da Serra/SP

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  Araçoiaba da Serra/SP
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1589
Atualizado em 30/10/2025 03:31:18
Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas
•  Cidades (3): Catalunha/ESP, Mairinque/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (8): Afonso Sardinha, o Velho (58 anos), Balthazar Fernandes (12 anos), Clemente Álvares (20 anos), Domingos Luís Grou (89 anos), Francisco de Saavedra (n.1555), Juan Sebastián Elcano (1476-1526), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Wilhelm Jostten Glimmer (9 anos)
•  Temas (28): África, Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Avenida Itavuvu, Bairro de Aparecidinha, Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Buraco de Prata, Cabo Frio, Cachoeiras, Caminho do Peabiru, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Fazenda Ipanema, Itapeva (Serra de São Francisco), Jaguamimbava, Lagoa Dourada, Marumiminis, Metalurgia e siderurgia, Nossa Senhora do Pilar, Ouro, Ribeirão das Furnas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Ypanema, Sabarabuçu, São Filipe, Sarapuy / Sapucay, Serra da Mantiqueira, Serra de Araçoiaba, Serra dos Guaramumis ou Marumiminis
“Na capitania de São Vicente”
Data: 1957
Créditos: Washington Luís (1869-1957)
Página 297
    34 fontes
  22 relacionadas

1°. Apontamentos Históricos, Geográficos, Biográficos, Estatísticos e Noticiosos da Província de São Paulo seguidos da Cronologia dos acontecimentos mais notáveis desde a fundação da Capitania de São Vicente até o ano de 1876. Manuel Eufrásio de Azevedo Marques
1876

2°. Jornal O Paiz
24 de agosto de 1913, domingo
Essas minas foram descobertas em 1589, por Afonso Sardinha e se acham situadas á margem do riacho que lhe dá o nome (Ipanema).  ver mais

3°. Correio Paulistano
27 de março de 1935, sexta-feira
Em 1589 partiu com sua expedição, vindo a descobrir ouro das serras de Jaraguamindaba (hoje Mairinque), de Jaraguá e de Voturum, sendo que nesta última estabeleceu uma fundição de metais.  ver mais

4°. No tempo dos bandeirantes. Benedito Carneiro Bastos Barreto, "Belmonte" (1896-1947)
1939
As minas de ouro só serão exploradas mais tarde, na segunda metade do século, embora o Jaraguá, ainda em 1606, haja entremostrado os seus tesouros a Clemente Álvares que, muito alvoroçado, corre á Câmara para registrar sua descoberta:

". . appareceu clemente álveres morador nesta villa por ele foi dito aos ditos ofisiais e declarado de como vinha manifestar sertas minas que tinha descoberto de betas de hüa manta de ouro a saber oslugares primeiramente a de manta em Jaraguá ao sopê da primeira serra" etc. Ou, então, a Afonso Sardinha que, já em 1589 explora minas de ouro, não só no Jaraguá, mas ainda no sítio Lagoas Velhas, no Votoruna e em Biraçoiaba. [p. 105]  ver mais

5°. “Sorocaba e os castelhanos”, Aluísio de Almeida, codinome de Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Diário de Notícias, página 13
1 de setembro de 1940, domingo
O mapa atribuído a Gusmàn, autor da "Argentina", e exumado do Arquivo das Índias de Sevilha por Zeballos, parece ter sido feito entre 1606 e 1608, segundo me informa Sérgio Buarque de Holanda, baseado em Paul Groussac.

É uma fonte interessantíssima para o estudo do povoamento do sul do Brasil. Particularmente vêem aí mencionadas três vilas: São Vicente, São Paulo e São Felipe. Esta última é a antiga Itapebussú, para onde se haviam mudado os primitivos povoadores trazidos ao Araçoiaba por D. Francisco de Souza no fim de 1599. Ao lado está a inscrição: "minas de ouro no Brasil".

De fato, sabe-se que a fundação daquele governador geral no Ipanema, obedeceu ao intento de encontrar ouro e prata, nas pegadas de Afonso Sardinha, anterior de 10 anos.

O arraial de Monte Serrat, título adotado pela devoção do fidalgo, teve duração efêmera e, enquanto o ambicioso reinol despedido do governo geral, andava na corte madrilenha a solicitar favores para continuar a empresa das minas, os proto-sorocabanos se transferiam para o Itavuvu.  ver mais

6°. “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1957
nele mencionados com a conformação e acidentes do terreno, pelosseus rios, cursos e cachoeiras, pelos seus vales, montes, planícies, campos e matos desde S. Paulo até as cabeceiras do rio S. Francisco nocentro do Brasil.

Consultou também as fontes históricas locais, então existentes – Pedro Taques, num manuscrito conservado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, que fala na entrada de André de Leão, e Azevedo Marques nos Apontamentos Cronológicos, que narra que em 1602partiu numerosa bandeira para o sertão sob o comando de NicolauBarreto e formulou a hipótese de que as duas informações se referiama uma só entrada, e que a expedição fora uma única, cabendo a Nicolau Barreto a organização civil e a André de Leão, a parte militar. Foi aexpedição, em que tomou parte Glymmer, que O. Derby identificouno terreno.

Na época em que Orville Derhy divulgou o seu estudo não tinham ainda sido publicados pelo Arquivo do Estado de S. Paulo osInventários e Testamentos; e escassas eram as notícias sobre essas entradas;mas desde que teve conhecimento dos inventários, feitos por morte deBrás Gonçalves, o moço, e de Manuel de Chaves, e verificou que a hipótese sugerida de uma expedição única não tinha cabimento, apressou-seele mesmo em bani-la como se pode ver em um estudo aditivo naR.I.H.G. de S. Paulo, v. 8º, pág. 400.Aliás a hipótese da unidade da expedição só poderia interessarao renome dos seus comandantes, nenhum valor tendo para identificação do roteiro de W. Glymmer, que era o objetivo essencial para fixarpontos do devassamento e ocupação do sertão, identificação que continua, pois, com o seu mérito próprio.

O vale do Paraíba já estava domado pelos portugueses nas lutas que sustentaram com os Tamoios e pelo abandono do Rio de Janeiropelos franceses. Relativamente fácil foi à expedição de André de Leão ocaminhar por esse rio, vales e montes. Vai transcrita a identificação feita,por Orville Derby, no terreno e nos rios tornando por base a descriçãode W. Glymmer. [p. 295]

Em 1902, segundo vejo do meu caderno, tomei a seguinte nota:

Em 27 de novembro de 1600, por um termo de vereança, vê-se que nessa data sepreparava, com consentimento de D. Francisco de Sousa, uma entrada ao sertão,que não era o da capitania, da qual faziam parte moradores da terra e de fora dela.Era sem dúvida a de André de Leão, que partida era dezembro de 1600 (pág. 403),ainda estava no sertão em 1601, tendo voltado por agosto ou setembro, assimcompletando os nove meses de que fala Glymmer. Este tomou parte em umabandeira quando D. Francisco de Sousa, vindo da Bahia, chegou a S. Paulo paradescobrir as minas de metal que continham prata extraída dos montesSabarousom”.

No vol. 2º das Atas, em que foram publicadas as vereanças de 1600, não seencontra essa de 27 de novembro de 1600, a que se refere à nota transcrita. Comose vê no vol. 2º, das Atas às págs. 82 e 83 com que termina o ano de 1600 há umavereança a 27 de novembro que não se refere ao preparo dessa entrada. Há depoisum termo (pág. 83) de seis linhas que nada diz. Provavelmente quando ManuelAlves de Sousa copiou esse livro já as páginas correspondentes à vereança de 27dc novembro, de que foi copiada a nota transcrita, haviam desaparecido,consumidas pelo manuseio ou por outra qualquer razão. Para tal informação sóresta a nota por mim tomada, que pouco valor tem, quanto à autoridade doextrato, que ficou acima transcrito.

“Partindo de S. Miguel1, nas margens do Tietê, perto de S.Paulo, a bandeira passou para um afluente do Parayba, ganhou esterio, navegou por ele abaixo, até a sua secção encachoeirada, galgou aSerra, da Mantiqueira, passou diversos rios atribuídos correctamenteao sistema platino e penetrou até próximo ao alto S. Francisco. Atéentrar na bacia do S. Francisco, este caminho deve corresponder muitoproxima, se não exactamente, com o da Bandeira de Fernão DiasPais Leme, ‘uns setenta anos mais tarde, e com o que depois da descoberta de ouro se tornou célebre como o caminho para as Minas Gerais. Sobre a derrota de Fernão Dias, não temos detalhes, senão doRio Grande para o norte, onde diverge da do atual roteiro; mas paraa dos mineiros existe o precioso roteiro dado por Antonil, na suaobra, intitulada Opulência e cultura do Brasil publicada em Lisboa,em 1711. Pela comparação desses dois roteiros e levando em consideração a probabilidade de que a derrota de ambas fosse determinadapor caminhos já existentes dos Índios, sendo, portanto, provavelmenteidênticos, é possível reconstruir grande parte do caminho da Bandeirade 1601.

Os dois rios que deram acesso ao Parayba eram indubitavelmenteo Paratehy e o Jaguary. A serra de Guarimunis, ou Marumiminis, é a atualmente conhecida pelo nome de Itapety, perto de Mogy dasCruzes, sendo possível que estes nomes antigos ainda sejam conservados no uso local. A referência a minas de ouro nesta serra talvez sejaum acréscimo na ocasião de redigir o roteiro; mas é certo que em1601, havia, desde uns dez ou doze anos, mineração nas vizinhanças de S. Paulo, e que antes de 1633, quando foi publicada a ediçãolatina da obra de João de Láet, em que vem a enumeração das minaspaulistas, a houve na localidade aqui mencionada. A referência aoscampos, ao longo do primeiro destes rios, é, talvez, um caso de confusão com os do rio Parayba, visto que, conforme informações dos ajudantes da Comissão Geográphica e Geologica, que ultimamente levantaram a planta do vale do Pararehy, ali não existem campos notáveis. O rio então conhecido pelo nome de rio de Sorobis, bem que asua identidade com o Parahyba do litoral já era suspeitada, foi alcançado na foz do Jaguary, em frente da actual cidade de São Josédos Campos. Nota-se que, já nessa época, era conhecido o curso excêntrico do alto Parahyba. Depois de 15 ou 16 dias de viagem o riofoi abandonado no começo da secção encachoeirada, perto da actualcidade da Cachoeira, e a bandeira galgou a Serra da Mantiqueira,seguindo um pequena rio que, muito provavetmente, era o PassaVinte, que desce da garganta que depois serviu para a passagem daestrada dos mineiros e hoje para a da estrada de ferro Minas e Rio.Passando o alto da Serra, a bandeira entrou na região dos pinheiros,que os naturalistas holandeses (que evidentemnente não conheceram aAraucária, desconhecida no Norte do Brasil) julgaram, pela descrição de Glimmer, que eram Sapucaias.

Deste ponto em diante, o roteiro torna-se um tanto obscuro, dandoa suspeitar o ter havido alguma confusão na redeção... Os dados topográficos são; o rumo de noroeste e as passagens de três rios, dos quaisdois maiores, navegáveis e vindos do norte, com a distância de 4 ou 5léguas entre um e outro. Os únicos rios em caminho das cachoeiras doParahyba para a região do alto S. Francisco, que corresponder a estadescrição destes dois rios, são o Rio Grande e Rio das Mortes, pertoda sua confluencia. Ahi o Rio Grande cujo curso geral é para o oestecorre, por alguns kilômetros, do norte, num grande saco que sempretem sido um ponto de passagem, e, a quatro ou cinco léguas adiante, o Rio das Mortes tambem vem um pequeno trecho do Norte2. Este trecho é junto à estação de Aureliano Mourão, na estrada de ferro Oestede Minas e poucos kilômetros abaixo da povoação de Ibituruna, ondeFernão Dias estabeleceu um dos seus postos, talvez por encontrar pertoa grande aldeia de índios amigos, rica em mantimentos, de que fala onosso Glymmer. Se porem, este for o ponto de passagem do Rio dasMortes, não se encontra, a três dias de viagem, dos Pinheiros e a quatorze do Rio Grande, rio algum que pareça digno de menção numanarrativa em que não vem mencionado o Angahy. Este, pelo roteiro deAntonil, está a 22 ou 24 dias de viagem dos Pinheiros e a 4 a 5 doRio Grande. Para pôr os dons roteiros de acordo, identificando o primeiro rio de Glymmer com o Angahy, seria necessário inverter os termos dos três e dos quatorze dias de viagem, supondo um outro caso deconfusão na redação, como o já apontado com os campos do Paratehy eParahyba.

Da passagem do Angahy o caminho dos mineiros dado por Antonil tomou mais para a direita, procurando São João d’El-Rei, viaCarrancas. É para notar que as marchas diárias do roteiro de Antonil são pequenas, sendo geralmente “até o jantar”, o que explica, talvez, a discordância, do número de dias (de 14 a 22 ou 24) que se ‘nota na hypothese de ser o Angahy o primeiro rio do presente roteiro.

Partindo da aldeia sobre o terceiro rio, a Bandeira caminhou durante um mes em rumo de noroeste, sem passar rio algum, até achar-seperto da confluência de dous rios de diversas grandezas, que romperampara o norte, entre montanhas que foram identificados com a desejadaSerra de Sabarábussú. Aqui, foi encontrada uma estrada larga e trilhada, que nesta época não podia ser senão dos Índios e cuja existência confirma a hipótese já lançada da que a derrota, desta e de subseqüentes bandeiras era por estes caminhos fá existentes. A estrada seguida da aldeia por diante era pelo alto de um espigão, e, admitindoque o ponto de partida era nas vizinhanças de Ibituruna, temos trêshipóteses a considerar:

1º O espigão entre o Rio Grande e as cabeceiras dos rios Pará eS. Francisco.2º O entre os rios Pará e S. Francisco.3º O entre os rios Pará e Paraopeba.O caminho pelo primeiro destes espigões, passando por Oliveira,Tamanduá e Formiga, até o alto S. Francisco, corresponde regularmente com o rumo dado, tendendo, porém, mais para o oeste do quepara o noroeste, e cruzando o rio Jacaré que, conquanto não seja grande, parece de bastante importância para ser mencionado. Por este espigão, porém, é difícil identificar os dois rios do fim da jornada e a serracortada por eles, porque as serras de Piumhy ou a de Canastra malcorrespondem à descrição do roteiro. O segundo espigão daria para cairna forquilha entre o Pará e o Itapecerica, ou entre o Pará e o Lambary, ou finalmente, entre o Pará e o S. Francisco. As duas primeirasparecem demasiado perto para a jornada de um mez, e na do Pará eSão Francisco os dois rios devem figurar como tendo proximamente amesma grandeza. O terceiro espigão daria, na hipótese de accompanhar de perto a margem direita do Pará, para cahir na forquilha entreeste rio e seu afluente o rio de S. João, na passagem das serras na vizinhança da atual cidade de Pitanguy; e, sem poder pronunciar-me positivamente a respeito, sou inclinado a considerar esta como a hipótesemais provável.


Até aqui o estudo do O. Derby (R.I.H.G. de S. Paulo, vol. 4º,pág. 338), sobre a identificação do Roteiro de Glymmer no terreno.Fácil também é agora identificar o cabo da expedição mandada por D. Francisco de Sousa, e na qual tomou parte GuilhermeGlymmer.Essa identificação está baseada nos documentos do ArquivoPúblico do Estado de S. Paulo e do Arquivo da Câmara da vila de S.Paulo, apoiada em alheios estudos precedentes.As entradas de Antônio de Macedo e de Domingos LuísGrou foram começadas antes de 1583, as de Jerônimo Leitão até 1590,foram todas anteriores à nomeação de D. Francisco de Sousa para Governador-Geral do Brasil. A de Jorge Correia em 1595, a de ManuelSoeiro (?), em 1596 e a de João Pereira de Sousa em 1597 se realizaram [p. 297, 299]  ver mais

7°. Nas margens do Rio Infeliz as ruínas centenárias do embrião de V. Redonda, 11.09.1960. Fernando Hossepian de Lima
11 de setembro de 1960, domingo
Mas, no fundo, a primeira Real Fábrica de Ferro nasceu de uma lenda. O Morro de Ferro, às margens do Ipanema, foi descoberto em 1589 por Afonso Sardinha, quando em expedição a procura da Lagoa Dourada, “que num ponto qualquer da serra existia, nadando em suas águas peixes e patos de ouro”.  ver mais

8°. Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História
7 de novembro de 1965, domingo
A data da descoberta

Outro problema que se propõe ao desafio da argúcia dos pesquisadores, é a época exata em que a expedição, chefiada por Afonso Sardinha deparou com as terras ferruginosas próximas a Sorocaba. Ainda se tateia no campo das suposições; contudo parece que se poderá delimitar uma data entre 1592 e 1597 e mais possivelmente este último ano.

No ano de 1590 vemo-lo novamente vereador, tendo sido o seu termo de juramento em 24 de janeiro. Nesse ano, Afonso Sardinha assinou sua presença em todas as sessões de São Paulo, o que vem contradizer a afirmação de alguns autores que atribuem essa data como a das descobertas das minas de ferro em Biraçoiaba. Entre outros, Calógeras refere-se a "... por volta de 1590 a 1597..." o encontro do metal. Eschewege em Pluto Brasiliensis escreve ... "a história não menciona o nome do descobridor dessa ocorrência, nem do construtor e proprietário da fábrica. Supõe que seja Afonso Sardinha, o qual em 1590 construiu a fábrica de minério de Araçoiaba...". O Senador Vergueiro , com base nas Notas Genealógicas de Pedro Taques, sublinha ... "Afonso Sardinha começou em 1590 uma fábrica de ferro... em Biracoiaba... ". O interessante é que o autor setecentista em Notícias das minas de São Paulo, se contradiz, afirmando que ... "Afonso Sardinha e seu filho do mesmo nome foram os que tiveram a glória de descobrir ouro, prata e ferro... na Biracoiva no sertão do Rio Sorocaba, pelos anos de 1597...". Machado de Oliveira e vários outros que os repetem, como Heitor Ferreira Lima, também são de opinião que as explorações das minas de Araçoiaba começaram em 1590. Carvalho Franco discorda dos historiadores anteriores e afirma: "... tais iniciativas ganharam relativo impulso a partir de 1589, quando Afonso Sardinha, o moço, com Clemente Alvares e uns companheiros descobriram ouro e ferro ... junto ao morro de Araçoiaba..."  ver mais

9°. História das bandeiras paulistas - Tomo II, 1975. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958)
1975
Segundo nos relata Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) na Informação Sobre as Minas de São Paulo, foi o segundo Afonso Sardinha quem entre 1589 e 1597 localizou grandes jazidas nas serras de Jaguamimbaba, Vuturuna e Araçoiaba. D. Francisco de Sousa, amante de quanto se ligasse à mineração, animou-o a explorar o ferro no Araçoiaba.  ver mais

10°. Estudos Regionais Paulistas: História da Instrução em Sorocaba (1660-1956) Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba. Aluísio de Almeida, Jahyra B. Arrua, Jair T. Veiga, Néglio F. Arruda e Oswaldo Cambiaghi
1989
Tudo começou no Morro de Araçoiaba, a três quilômetros do ribeiro Ipanema. no seu tributário. riacho das Furnas, donde até o fim do século passado se retirava o minério de ferro à flor da terra. Cerca de dez anos antes de terminar o século 16, aí fundou Afonso Sardinha, natural de Santos, e filho de um homônimo português. um primitivo engenho e forja para a fundição do ferro. Provavelmente em 1589 descobriu também ouro.aí e nas imediações, em pequena quantidade. Em 1599-1600 Dom Francisco de Souza, Governador Geral do Brasil,foi pessoalmente ao Araçoiaba. sonhando com minas de ouro, e fundou uma vila sob a proteção de Nossa Senhora do Monte Serrat.   ver mais

11°. Ibiúna: no rio da terra negra a certeza do verde futuro. João Barcellos
1993
1589 - Família Sardinha (o Velho e o Moço) assenta arraial de mineração e dá início, também, ao primeiro arraial em pelo Morro Berasucaba/Hibiracoiaba. Ele mesmo, o Velho, compra negros-ferreiros diretamente em Angola pela experiência que tem no ofício. [Do arquivo da Vereança paulistana, p. 36v no ano 1600, sabemos que "pelos anos de 1597 veio Afonso Sardinha a estabelecer engenho de ferro em Hibiracoiaba, ou Byraçoiava. Entretanto, o conhecimento da região e do material é conhecido desde os tempos de Brás Cubas, pelo que se depreende que cerca de 1589, quando o "velho" Sardinha investe cabedais na prospecção de minerais ao longo do "sertam dos carijó", ele tenha arrematado em leilão da Capitania vicentina a autorização para mais tarde minerar no local por conta própria. Não por acaso, Pedro Taques, na "Nobiliarquia das Principais Famílias da Capitania de São Vicente", e embora trocando o filho pelo pai, refere-se ao "achado" das minas "pelos annos de 1589"].

As andanças do "velho" Sardinha pelo Piabiyu levam dezenas de aventureiros a penetrarem nas regiões oestes e sudeste além de Piratininga e é neste período que a bacia do Una mais recebe europeus. O movimento de colonos e garimpeiros adensa os fogos, transforma-os em fazendas e, logo, escravizados ou mortos, os povos nativos desapareceram. Também, é das primeiras levas de negros de N´gola [Angola] comprados pelo "velho" Sardinha que chegam à bacia do Una os primeiros escravos africanos que trabalharam nas lavouras.  ver mais

12°. “A Fábrica de Ferro de São João de Ypanema e ao atendimento médico praticado no século 19”, Luiz Ferraz de Sampaio Neto
2003
As origens da Fábrica de Ferro de Ipanema, localizada a cerca de 20 km de Sorocaba, onde hoje existe a cidade de Araçoiaba da Serra, remontam ao século XVI. Em 1589, Afonso Sardinha, pai e filho, vieram para essa localidade atraídos por uma lenda nativa que fazia referências à presença de ouro em local conhecido como Lagoa Dourada no alto do Morro Ypanema.

De fato, houve a constatação de grande quantidade de hematita e magnetita, o que determinou a construção de dois fornos catalães para extração de ferro, contudo, o interesse básico era encontrar ouro e prata. Ao que consta, encontraram algumas pepitas de ouro, próximas à Lagoa Dourada, mas nada de significativo que justificasse uma mineração mais intensa. [Página 1 do pdf]  ver mais

13°. Dagoberto Mebius - A História de Sorocaba para crianças e alunos do Ensino Fundamental I*
Novembro de 2003
Quando Pedro Álvares Cabral tomou posse das terras brasileiras em 1500, Portugal ainda não sabia o que havia por aqui. Tinham apenas uma vaga idéia do tamanho da posse que lhes cabia por ordem do tratado de Tordesilhas.

Em 1589, Afonso Sardinha, um português aventureiro, rico e vereador em São Paulo era dono de uma mina de “faiscar” ouro perto do morro do Jaraguá, veio juntamente com seu filho mameluco (filho de branco com índia), conhecido como “o mameluco do Afonso Sardinha” (mais tarde é que ele assume verdadeiramente o nome do pai).

Ambos vieram procurar riquezas nestas terras, porque alguns índios-escravos diziam: “além do Voturuna, depois do Araçaryguama, bem perto do rio que vem do Vuturaty, que passa pelo Itavuvu e chega ao Biraçoiava, há uma imensa “lagoa de ouro” guardada por “nhangá” e aquele que a ela chegar ficará muito rico.”  ver mais

14°. “História e Historiografia de Votorantim”, 2008. Márcia Maria Fogaça de Oliveira; Dissertação apresentada à Banca Examinadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Sorocaba, como exigência parcial para obtenção do título de Mestre em Educação. Orientador: Prof. Dr. José Luis Sanfelice
2008
Porém, em 1589, chegaram, procurando ouro, os portugueses Afonso Sardinha e seu filho Clemente Álvares, técnico em minas. Em Araçoiaba, encontram o minério de ferro que, mais tarde, deu origem às Forjas de Ipanema, depois Real Fábrica de Ferro de São João de Ipanema.  ver mais

15°. INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE – ICMBiocomo montar uma loja virtual
7 de fevereiro de 2011, segunda-feira

16°. “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
2014
O pai de Baltazar, Manoel Fernandes, faleceu em 1589 e, em 1608, a mãe Suzana Dias, casada pela segunda vez com Belchior da Costa, já havia deixado São Paulo, residindo então na sua fazenda, às margens do rio Tietê, em Santa Ana de Parnaíba. Não há data precisa para essa mudança, foi depois de 1593 e antes de 1608, conforme atesta a documentação da época (...)  ver mais

17°. Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina*
Fevereiro de 2014
Quando o marido de Suzana Dias falece em 1589 sua fazenda já estava bem desenvolvida e os laços de parentesco distribuídos em amplos territórios que devem ter contribuído muito para que a região aparecesse como produtora de trigo. À presença dos Fernandes de Santana do Parnaíba se estendem até Itu e Sorocaba. Itu é fundada em 1610 pelos bandeirantes Domingos Fernandes 10 e Cristóvão Diniz de onde os paulistas partiam em busca de ouro nas terras de Cuiabá. Sorocaba foi fundada pelo seu irmão Balthazar Fernandes em 1654.  ver mais

18°. Revista Ponto de Fusão
2015
Mais de 60 anos antes da chegada de Baltazar Fernandes, fundador de Sorocaba, trabalhadores metalúrgicos já forjavam minério de ferro e construíam vilas operárias na região. O primeiro povoado da categoria foi formado no final do século 16, no morro de Araçoiaba. O segundo, no início do século seguinte, onde hoje fica o bairro Itavuvu, zona norte de Sorocaba.

Em 1589, uma expedição liderada pelos Afonso Sardinha, pai e filho, sendo o pai português, conhecido como “o Velho”; e o filho mameluco, chamado de “o Moço”, chegou ao morro de Araçoiaba, onde encontrou farta quantidade de magnetita, que chegava a brotar do solo. Hoje o morro é parte integrante da Floresta Nacional de Ipanema (Flona). Contando com a mão de obra vinda de São Paulo, de onde também vinham os Sardinha, foram construídos no morro, na região do Vale das Furnas, dois fornos rústicos de fundição, do tipo catalão, e uma forja. A fábrica começou a funcionar em 1591.  ver mais

19°. “15 de agosto é uma data para comemorar: Sorocaba surgiu em fins de 1654”, Jornal Diário de Sorocaba
15 de novembro de 2018, sexta-feira
Naquela época, o Morro de Araçoyaba era visto ao longe da Vila de São Paulo e, correndo a informação de que nos riachos e ribeirões de seus arredores existia muito ouro, Afonso Sardinha, pai e filho, e mais o técnico em minas Clemente Álvares não tiveram dúvidas em vir para a região e realizar ali as primeiras explorações.

Assim, por volta de 1589, deixaram São Paulo, atravessaram Sorocaba (construindo até uma primitiva ponte sobre o rio Sorocaba, nas imediações da atual rua XV de Novembro) e, em seguida, alcançaram o Araçoyaba. Logo que chegaram às imediações do Morro do Araçoyaba, os três batearam algum ouro que até o século passado ainda era encontrado, embora em pequena quantidade, em muitos rios e riachos secundários da região. Viram também um mineiro que, em reflexo metálico, parecia-se mais com a prata e, enfim, "fazendo roçar uma clareira em meio ao ribeirão das Furnas, subiram até as fontes e Afonso Sardinha deu a primeira martelada em minério de ferro no Brasil.Descobertas as minas, pela legisla  ver mais

20°. Machado, I. F. e Figueirôa, S. F. de M. História da Mineração Brasileira. Curitiba: Editora CRV, p. 43-48, 2020
2020
Ainda em São Paulo, agora na cidade de Guarulhos, há vestígios arqueológicos que confirmam a exploração de ouro por Afonso Sardinha e Clemente Álvares, por volta de 1589 - 1600, como o Tanque Grande, um complexo de estruturas como túneis escavados nas rochas e canais a céu aberto de água fluvial para lavagem do cascalho, construído a partir de mão de obra indígena escravizada.  ver mais

21°. “Rio Sorocaba: Políticas Públicas e suas Potencialidades Turísticas”, Stefania Duran Ponce. Trabalho de Conclusão de Curso do Bacharelado em Turismo da Universidade federal de São Carlos, campus Sorocaba, sob orientação da Profa. Dra. Maria Helena Mattos Barbosa dos Santos e do Prof. Dr. Sílvio César Moral Marques
2020
Vamos entender que nessa primeira fase de colonização das terras, através de algumas fontes secundárias, a transição da vila de Sorocaba, de 1589 a 1645, evidencia ocupação nas proximidades do rio Sarapuí (situado cerca de 35km a sudoeste de Sorocaba), pelos arredores do morro de Araçoiaba (situado cerca 15km a oeste de Sorocaba) e junto ao rio Sorocaba, na altura do atual bairro Itavuvu (situado cerca 10km a noroeste de Sorocaba), demonstrando a existência de famílias que residiam de forma dispersa pela região na qual Baltazar Fernandes resolveu fixar moradia e iniciar um novo povoado. O sesmeiro, quando efetivava sua posse, logo destacava alqueires em quadras, para o patrimônio, implantando aí a capela (LEITE, MARIO APUD ZAMBONI, 1978, p.30; OLIVEIRA, 2002).

Em fins do século XVI, Afonso Sardinha, “O Velho” e seu filho, “O Moço”, juntamente com Clemente Álvares, estiveram no morro Araçoiaba à procura de ouro. Encontraram minério de ferro e comunicaram o fato ao Governador Geral, que levantou o pelourinho da Vila de Nossa Senhora do Monte Serrat, mandando mineiros explorarem a região. Nada encontrando, transferiu a Vila para Itavuvu, ficando sob a invocação de São Felipe, em homenagem ao Rei da Espanha (OLIVEIRA, 2002). Isso fazia com que, ao denotar a paragem ao longo do rio, os sinais de novas pertenças surtissem interesse nas famílias que residiam de forma dispersa pelas redondezas, em construir ranchos nas proximidades. [Páginas 6 e 7]  ver mais

22°. Consulta em Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cidades.ibge.gov.br
5 de novembro de 2022, sábado
Araçoiaba da Serra começou em uma região que, desde meados do século XVI, vinha sendo percorrida por bandeirantes em busca do ouro. Nesse contexto, Afonso Sardinha e um grupo de pessoas instalaram-se, por volta de 1589, nas margens do ribeirão Ipanema no sopé da serra Araçoiaba com o intuito de prosseguir com suas atividades exploratórias. Em lugar de ouro, Sardinha encontrou minério de ferro em grande quantidade.

Alguns mineradores construíram, então, um forno na margem do ribeirão para melhor explorar as jazidas, formando as bases de uma das primeiras fábricas de beneficiamento de ferro do país, a futura Fábrica de Ferro Ipanema. No início do século XVII, a fábrica passou a ser de propriedade de D. Francisco de Souza, administrador das Minas do Brasil e governador das Capitanias do Sul, ganhando importância e promovendo o desenvolvimento da povoação ainda incipiente. Essa boa fase da fábrica, porém, não durou muito tempo e, como conseqüência do abandono da fábrica, o povoado entrou em decadência. A situação começou a dar sinais de mudança no final do século XVIII, quando por iniciativa de João Manso Pereira foram enviadas amostras dos produtos minerais extraídos do morro de Araçoiaba ao soberano português, que providenciou, então, a construção de nova fábrica.  ver mais


    Registros relacionados
8 de julho de 2024, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:43:05
1°. Consulta em projetocompartilhar.org
Fontes:
[1] Apontamentos Históricos, Geográficos, Biográficos, Estatísticos e Noticiosos da Província de São Paulo seguidos da Cronologia dos acontecimentos mais notáveis desde a fundação da Capitania de São Vicente até o ano de 1876. Manuel Eufrásio de Azevedo Marques, 01/01/1876
[2] Jornal O Paiz, 24/08/1913
[3] Exploração da reigão compreendida pelas folhas topográficas - Sorocaba, Itapetininga, Bury, Faxina, Itaporanga, Sete Barras, Capão Bonito, Ribeirão Branco e Itararé - Commissão Geographica e Geológica do Estado de S. Paulo, 01/01/1927
[4] Correio Paulistano, 27/03/1935
[5] No tempo dos bandeirantes. Benedito Carneiro Bastos Barreto, "Belmonte" (1896-1947), 01/01/1939
[6] “Sorocaba e os castelhanos”, Aluísio de Almeida, codinome de Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Diário de Notícias, página 13, 01/09/1940
[7] Notícias das Minas de São Paulo e dos sertões da mesma Capitania, 10/11/1953
[8] “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil, 01/01/1957
[9] Nas margens do Rio Infeliz as ruínas centenárias do embrião de V. Redonda, 11.09.1960. Fernando Hossepian de Lima, 11/09/1960
[10] “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981), 21/12/1964
[11] Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História, 07/11/1965
[12] Revista do Arquivo Municipal de São Paulo CLXXVI. Prefeitura do Município de SP, 01/01/1969
[13] “Eletrificação rural chega para Itavuvu, 318 anos depois da fundação”. Jornal Cruzeiro do Sul, 05/04/1972
[14] História das bandeiras paulistas - Tomo II, 1975. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), 01/01/1975
[15] Estudos Regionais Paulistas: História da Instrução em Sorocaba (1660-1956) Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba. Aluísio de Almeida, Jahyra B. Arrua, Jair T. Veiga, Néglio F. Arruda e Oswaldo Cambiaghi, 01/01/1989
[16] Ibiúna: no rio da terra negra a certeza do verde futuro. João Barcellos, 01/01/1993
[17] “A Fábrica de Ferro de São João de Ypanema e ao atendimento médico praticado no século 19”, Luiz Ferraz de Sampaio Neto, 01/01/2003
[18] Dagoberto Mebius - A História de Sorocaba para crianças e alunos do Ensino Fundamental I*, 01/11/2003
[19] A vila de São Paulo do Campo e seus caminhos, Revista do Arquivo Historico Municipal de São Paulo, 2006. Eudes Campos, 01/01/2006
[20] “História e Historiografia de Votorantim”, 2008. Márcia Maria Fogaça de Oliveira; Dissertação apresentada à Banca Examinadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Sorocaba, como exigência parcial para obtenção do título de Mestre em Educação. Orientador: Prof. Dr. José Luis Sanfelice, 01/01/2008
[21] “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga, 01/01/2010
[22] INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE – ICMBiocomo montar uma loja virtual, 07/02/2011
[23] Paraupava e Sabarabuçu: estudo dos nomes, 12.2011. Revista de Linguística e Teoria Literaria*, 01/12/2011
[24] Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk, 01/01/2013
[25] “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador, 01/01/2014
[26] Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina*, 01/02/2014
[27] Revista Ponto de Fusão, 03/07/2015
[28] O Brasil na Monarquia Hispânica (1580-1668) Novas Interpretações*, 01/12/2016
[29] Cachaça Três Coronéis - Fazenda Pinhal, 19/04/2017
[30] “15 de agosto é uma data para comemorar: Sorocaba surgiu em fins de 1654”, Jornal Diário de Sorocaba, 15/11/2018
[31] “Rio Sorocaba: Políticas Públicas e suas Potencialidades Turísticas”, Stefania Duran Ponce. Trabalho de Conclusão de Curso do Bacharelado em Turismo da Universidade federal de São Carlos, campus Sorocaba, sob orientação da Profa. Dra. Maria Helena Mattos Barbosa dos Santos e do Prof. Dr. Sílvio César Moral Marques, 01/01/2020
[32] Machado, I. F. e Figueirôa, S. F. de M. História da Mineração Brasileira. Curitiba: Editora CRV, p. 43-48, 2020, 01/01/2020
[33] Consulta em Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cidades.ibge.gov.br, 05/11/2022
[34] História de Sorocaba. Consulta em memorialsorocaba.com.br, 19/11/2024



  Araçoiaba da Serra/SP
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Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578)
25 de abril de 1562, quarta-feira. Atualizado em 20/08/2025 06:12:13
Relacionamentos
 Cidades (7): Ibiúna/SP, Itu/SP, Ivaiporã/PR, Santos/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (5) Brás Cubas (55 anos), Dom Sebastião, o Adormecido (8 anos), Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), Luiz Martins, Orville Derby (1851-1915)
 Temas (14): Assunguy, Bacaetava / Cahativa, Bituruna, vuturuna, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Grunstein (pedra verde), Jacotinga, Lagoa Dourada, Léguas, Ouro, Pela primeira vez, Rio São Francisco, Rio Sorocaba, Serra de Araçoiaba, Serra de Jaraguá

    18 Fontes
  10 fontes relacionadas

•  Carta dos camaristas de São Paulo
13 de janeiro de 1600, quinta-feira
E para mostrar a bondade da mesma terra, referem-se os oficiais da Câmara entre outras coisas, às minas, exploradas ou não, que nela se acham, a de Caatiba, de onde se tirou o primeiro ouro, e ainda a serra que vai dali para o norte - "haverá sessenta léguas de cordilheira de terra alta, que tôda leva ouro" -, além do ferro de Santo Amaro, já em exploração, e o de Biraçoiaba, que é região mais larga e abastada, e também do muito algodão, da muita madeira, de outros muitos achegos, tudo, enfim, quanto é preciso para nela fazer-se "um grande reino a Sua Majestade".

•  Diário de José Bonifácio (1763-1838)
1 de janeiro de 1820, sábado
Em outro manuscrito não datado, Bonifácio propôs a exploração de lugares em São Paulo que ainda deveriam ser examinados para a confirmação ou não da existência de materiais minerais. Trata-se de uma enumeração de locais de registros de ocorrências minerais a serem chegados. Como diversos desses lugares foram percorridos durante a viagem mineralógica, essas anotações podem sugerir tanto um possível roteiro anterior à viagem, como locais a serem mais bem examinados na volta:

15° - As de Punta cativa 30 léguas de São Paulo para o sul (talvez no distrito de Itapetininga).

•  Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI
1 de janeiro de 1895, terça-feira
De regresso a Santos, Braz Cubas dirigiu uma carta a El-rei, em fim do ano de 1561, dando conta da diligência que por ordem de Mem de Sá levara a efeito. Tem-se conhecimento desta carta pela referência que a ela faz Braz Cubas em outra que dirigiu ao Rei em 25 de abril de 1562, que adiante transcrevemos em sua forma original.

Foi por ocasião do seu regresso que Braz Cubas, achando-se doente em consequência da penosa viagem que havia feito e já adiantado em anos, mas desejando corresponder á confiança com que era distinguido por Mem de Sá e "para bem servir a El-rei", enviou o mineiro Luiz Martins ao sertão em busca de ouro, aprestando-o com todo o necessário para uma empresa desta ordem.

•  “História Geral das Bandeiras Paulistas, escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhois e portugueses”, Tomo I. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958)
1 de janeiro de 1924, terça-feira
Em 1560 partia Braz Cubas levando Martins consigo e grande séquito, tudo a sua custa. Caminharam 300 léguas, voltando com amostra de minerais. Como tornasse "muito doente do campo" não pôde acompanhar Luiz Martins que, a 30 léguas de Santos, achou ouro excelente, tão bom como o da Costa Mina. Entende Basílio de Magalhães que a viagem deve ter ocorrido de fins de 1561 a princípios de 1562. Julga Calogeras que esta expedição tomou o rumo do sul, demandando terras provavelmente do vale da Ribeira pois se refere a Cahatyba que um documento de 1606 dizia estar a 25 léguas do Araçoyaba.

Que percurso terá feito Braz Cubas? Entendem os autores que se internou em terras hoje mineiras observando Calogeras que, se tal foi o seu rumo, quando muito chegou ao curso médio do rio das Velhas, contrariando pois uma hipótese de Francisco Lobo L. Pereira. Assim também pensa que as amostras minerais enviadas ao Rei tirou-as da região de Apiahy.

Segundo ele próprio declara enviou ao soberano "pedras verdes parecendo esmeraldas". Continua ser o roteiro de Braz Cubas até agora o mais hipotético. [p. 169 e 170]

•  Jornal Correio Paulistano. Página 6
16 de outubro de 1938, domingo
Outrora, era o ouro que ateava a cobiça, que acenava para os aventureiros e para os grandes capitães, com as dádivas da abundância; hoje são os minérios menos luxuosos, o ferro, o cobre, o chumbo, o estanho, o manganês e outros que tais, que despertam, nos espíritos utilitários, o desejo de os descobrir e industrializar como fonte de renda e de progresso.

E todo o Brasil é imensamente opulento de jazidas desses produtos. Em São Paulo encontram-se numerosas. Tanto nos arredores da capital, como na região de Sorocaba, onde é célebre o ferro de Ipanema; como no Apiahy, de onde, nos tempos coloniais, se canalizaram para a metrópole sequiosa cerca de trezentas arrobas de ouro; como em Iporanga, nas cercanias de Xiririca, onde existem maravilhosas calcarias; como no Jaraguá e mesmo em Mogy das Cruzes, onde agora se vai procurar estanho.

•  Ouro no Estado de São Paulo, por Theodoro Knecht - Boletim No. 6 do Instituto Geográfico e Geológico da Secretaria da Agricultura, Industria e Comércio do Estado de São Paulo - Secretário José Levy Sobrinho
1 de janeiro de 1939, domingo
MINERAL: OuroLOCALIDADE: Lagoa Dourada (no môrro Araçoiaba) MUNICIPIO: Campo LargoFORMAÇÃO GEOLOGICAFilitos endurecidos de côr cinzenta-verde da série de S. Roque.MODO DE OCORRENCIA E COMPOSIÇÃO MINERALOGICANo barranco de uma excavação antiga, observa-se um vieiro de quartzo aurifero de pequena espessura. A continuação do afloramento acha-se coberto por terra argilósa-vermelha. O delgado do vieiro consiste de um quartzo sacaroide muito friavel, com manchas de limonita.

MODO DAS EXPLORAÇÕES E BENEFICIAMENTO

Existe uma excavação com uma profundidade de cerca de 5 metros no lugar chamado Lagoa Dourada. Essa excavação que foi feita algumas centenas de anos atrás, encontra-se na fazenda Luiz Pereira, na fralda meridional do morro de Araçoiaba distante 6 kms. de Campo Largo.

DADOS HISTORICOS

Os trabalhos historicos sôbre Ipanema, que mencionam frequen- temente a descoberta de uma jazida de ouro, referem-se provavelmente á essa jazida. A mesma teria sido descoberta por volta de 1562, por Luiz Martins, segundo Calogeras e será identica ás minas de Coatiba ou Bacaetava.

•  Revista Marítima Brazileira/RJ
1 de janeiro de 1955, sábado
Em 1561 fazia-se a primeira incursão paulista contra os desgraçados ameríndios, figurando, então, na expedição para tal fim organizada, como como intérprete, o jesuíta José de Anchieta, hoje chamado pelos seus irmãos de hábito o "Apóstolo do Brasil". No ano seguinte, o velho João Ramalho, patriarca dos mamelucos, punha-se também à testa de nova expedição belicosa e predadora. Foi nesse tempo, assim parece, que se descobriram as minas de ouro de Jaraguá.

•  História Geral Da Civilização Brasileira V 11 Economia E Cultura ( 1930 1964) Topics História do Brasil
1 de janeiro de 1997, quarta-feira
Se a conquista do Peru influiu no desinteresse de Martim Afonso pela sua capitania e no desvanecimento dos planos portugueses de atingir a lendária serra da Prata no sertão longínquo, além da demarcação de Tordesilhas, contribuiu também, sem dúvida, para que os povoadores do litoral vicentino se dedicassem principalmente à experiência agrícola da cana-de-açucar, ao tráfico e ao apresamento do nativo.

Apesar disso alguns anos depois, foram promovidos, na Capitania de São Vicente, algumas modestas tentativas para a localização de minerais preciosos, entre as quais as sondagens efetuadas na baixada litorânea vicentina e nos rios que descem da serra do Cubatão. Algum ouro aluvional foi aí localizado, concorrendo para que Mem de Sá enviasse ao interior Brás Cubas, provedor da Capitania de São Vicente, e Luís Martins, prático em mineração e indicado pela Coroa portuguesa para examinar as minas de metais existentes no Brasil. Duas expedições realizaram-se. Uma, em 1560, chefiada por Martins, em fins de 1561 e início de 1562, a poucas léguas de Santos, à região do Jaraguá ou à Caatiba, atual Bacaetava. Ouro e pedras verdes teriam sido encontrados. [p. 317 e 318]

•  João Barcellos - “Mairinque: Entre o Sertão e a Ferrovia”
1 de janeiro de 2013, terça-feira
A Primeira Garimpada... Luiz Martins, perito em montanística, a representar Brás Cubas, faz "entrada" de 300 léguas pelo sertão carijó, i.e., pelo Piabiyu guarani, e retorna à Villa de Santos onde, na Câmara local, a 25 de janeiro de 1562, apresenta "ouro que pesava três quartos de dobra e seis grãos", garimpando na Cahatyba na banda das sorocas.

•  “Histórico do Conhecimento Geológico sobre o Pré-Cambriano Paulista até o ano de 1955”. Renato Henrique Pinto e Valdecir de Assis Janasi (Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, Departamento de Mineralogia e Geotectônica - São Paulo/SP)
1 de janeiro de 2014, quarta-feira
É de júbilos a data de hoje, a data máxima da cidade, a em que se celebra a sua fundação. Esse episódio, que se distância de quase quatro séculos no tempo, não há quem não relembre com admiração e orgulho: alguns jesuítas simples e devotados, entre eles dois enfermiços, José de Anchieta e Gregório Serrão, aqui chegam cobertos de poeira, as alpercatas rotas, mas cheios de audácia e de coragem, iluminados por uma grande fé criadora.

Em torno, montes e várzeas. Numerosos guainás a tribo de Tibiriça. Espalhadas nos horizontes invisíveis algumas aldeias, os futuros baluartes da defesa, garantidores da expansão jesuítica e bandeirante.

Entre elas, como as mais notáveis Ururai, chefiada por Piquerobi, sogro de Antonio Rodrigues; Jeribatiba em que pontificava o velho guerreiro Caiubi. A ainda, para o oeste, como portas misteriosas do sertão infinito, Carapicuiba e Marueri.

Havia no planalto dois centros já habitados por portugueses: Santo André da Boda do Campo, que tinha como capitão o intrépido João Ramalho, seu fundador, e o vilarejo enigmático e decadente de Piratininga, que ainda não foi perfeitamente situado e no qual viveriam os remanescentes da primitiva incursão de Martim Afonso de Souza, que o fundou.

E só. O mais, caça, feras, o nativo desconfiado, a solidão, os perigos de toda natureza, tudo por fazer, tudo por criar, no solo virgem e bruto. Mas os homens vieram para agir. Enquanto uns se iam para a aldeia de Maniçoba, de que nasceu Itu, outros se transformavam em artífices e em mestres. Construía-se e ensinava-se; erigia-se o povoado, ilustravam-se as inteligências e as almas.




  Araçoiaba da Serra/SP
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Junho de 1610
Atualizado em 31/10/2025 03:48:28
Francisco de Souza chega em São Paulo*
•  Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (3): Antonio da Assunção, Francisco de Sousa (70 anos), Matheus da Ascenção
•  Temas (2): Bairro Itavuvu, São Filipe
Catalogo dos Bispos gerais, provinciais, abades e mais cargos da Ordem de São Bento do Brasil. 1582-1975 Data: 1976
Data: 1976
Página 122
    17 fontes
  11 relacionadas

1°. “Curiosidades Brasileiras”, F. L. d´Abreu Medeiros. Diário de São Paulo
6 de outubro de 1865, sexta-feira
O Sr. Varnhagen, na sua História do Brasil, diz o seguinte: "D. Francisco de Souza indo em 1610 á Baraçoiava, e vendo que não prosperava ali a vila que dez anos antes criara, ao mesmo tempo que espontaneamente se ião agrupando muitos moradores três léguas áquem junto a uma ponte do rio Sorocaba, onde os Beneditinos levantavão já um hospício, transferiu para li o pelourinho, com idéas, diz-se, de fundar uma cidade com o nome de São Felippe por gratidão ao soberano, que pouco antes o agraciára."  ver mais

2°. “O Vulgarisador” (RJ)
1878
É assaz conhecida a riqueza das minas de ferro da província de São Paulo, máxime das de Ypanema. Este canto do torrão, onde tiveram berço os Andradas, e tantos ilustres varões, poderia por si só abastecer a totalidade dos mercados do mundo de ótimo ferro, superior ao das afamadas minas suecas de Gellivara e Danemora.

A fábrica de ferro de São João de Ypanema, no município de Sorocaba, data já de longos anos, remontando sua fundação aos primeiros anos do século XVII, quando o bem conhecido paulista Afonso Sardinha, entusiasmado com a extraordinária riqueza da montanha, chamada pelos colonos portugueses do ferro, e Arassoiaba pelos aborígenes, levantou naquele lugar um forno do sistema catalão para fabricar ferro.

Tempos depois da instalação desse forno, o administrador geral das minas, D. Francisco de Souza, tomou conta dele por cessão e fundou ali uma povoação, á qual deu o nome de Itapebussú, cuja sede foi depois transferida para o local da atual Sorocaba, a cidade das feiras de gado muar e cavalar. A grande riqueza do Morro do Ferro pouco aproveitada foi nessas épocas; em 1629 a nascente fábrica tinha quase desaparecido, tão pouco produzia. O forno catalão foi de 1666 a 1770 substituído por um outro sistema biscainho.  ver mais

3°. “A cidade de São Paulo em 1900. Impressões de Viagem”. Alfredo Moreira Pinto
1900
A povoação foi fundada pelos anos de 1600 a 1610 no bairro denominado Itapebussú, hoje Itavuvú, com o nome de vila de São Philippe; essa povoação, porém, decaiu rapidamente, extinguindo-se de todo. [Página 321 do pdf]

É pois certo que o Governador Geral D. Francisco de Souza (que faleceu em São Paulo em 1611) intentou fundar ali uma povoação e que chegou mesmo a estabelece-la pelos anos decorridos de 1600 a 1610, com o fim de dar desenvolvimento á exploração das minas, mas sobrevindo-lhe a morte, não progrediu a referida povoação, antes decaio rapidamente até extinguir-se de todo: essa povoação chamou-se Itapeboçú. [Pginas 322 e 323 do pdf]  ver mais

4°. “Sorocaba de ontem e de hoje”, jornal Correio Paulistano. Página 17
26 de junho de 1940, sexta-feira
Sorocaba existiu num lugar denominado Itavuvy, posteriormente Itavuvú, e era conhecida por vila de São Felipe. A formação desse núcleo vinha se processando desde 1610, constando-se, afinal, que o povoado carecia de elementos para o seu progresso, porquanto registra-se visível decadência daquilo de levava tanto tempo para construir.  ver mais

5°. “Sorocaba e os castelhanos”, Aluísio de Almeida, codinome de Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Diário de Notícias, página 13
1 de setembro de 1940, domingo
O mapa atribuído a Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), autor da "Argentina", e exumado do Arquivo das Índias de Sevilha por Zeballos, parece ter sido feito entre 1606 e 1608, segundo me informa Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982), baseado em Paul Groussac.

É uma fonte interessantíssima para o estudo do povoamento do sul do Brasil. Particularmente vêem aí mencionadas três vilas: São Vicente, São Paulo e São Felipe.Esta última é a antiga Itapebussú, para onde se haviam mudado os primitivos povoadores trazidos ao Araçoiaba por D. Francisco de Souza no fim de 1599. Ao lado está a inscrição: "minas de ouro no Brasil".

De fato, sabe-se que a fundação daquele governador geral no Ipanema, obedeceu ao intento de encontrar ouro e prata, nas pegadas de Afonso Sardinha, anterior de 10 anos.

O arraial de Monte Serrat, título adotado pela devoção do fidalgo, teve duração efêmera e, enquanto o ambicioso reinol despedido do governo geral, andava na corte madrilenha a solicitar favores para continuar a empresa das minas, os proto-sorocabanos se transferiam para o Itavuvu.

Chega Dom Francisco a São Paulo em 1610 como governador das minas e da repartição sul e confirma a mudança de lugar e de nome, embora não pudesse rever estas regiões com seus olhos de carne, tão cedo fechados á luz do mundo em Piratininga.

O pelourinho concedido por d. Francisco a povoação do Ipanema foi ele, pois, transferido a São Felipe, como faz prova a carta em que estamos estudando, e que anota São Felipe com a mesma insignia que São Paulo e São Vicente.

Desde então era uma vez São Felipe! Se o povo ficou chamando Itavuvu, inventou ainda outro nome: é o bairro dos Quartéis, por causa de umas ruínas até hoje existentes. Era de fato aquele povoado o mais próximo, então dos castelhanos e dos imensos povos de nativos contra quem era mister previdência, tal como Piratininga foi também fortificada.

Explicará essa existência de pequena fortaleza sobreviver no mapa de D´Anville em 1733? Não porque João Cabral Camelo, em manuscrito descoberto pelo sorocabano Varnhagen, por ali passou em 1727 e só viu mataria virgem até o Tietê.

Quanto mais podemos adiantar-nos no emaranhado das fontes, afirmamo-nos na certeza de que as "bandeiras" do ciclo do Guairá passaram por Sorocaba (então Ypanema e São Felipe), num caminho terrestre que era o mesmo antigo de São Tomé, dos nativos, e que os primeiros sorocabanos organizaram bandeiras que partiam por terra procurar o Paranapanema.

Uma vista rápida sobre esse mapa nos mostrará as reduções do Guairá em frente a Sorocaba. E o rio Sorocaba incrivelmente afluente do Paranapanema! E, pior, da margem esquerda.O fazedor da carta geográfica interrogou viajantes, estes disseram: De São Felipe chega-se ao Paraná, pelo Paranapanema. Mais que depressa, o rio de Sorocaba passou a cair no Paranapanema. Uma verdade que se abusou...O caminho das bandeiras que destruíram o Guairá só podia ser esse mesmo peabirú, depois estrada de tropas com encruzilhada em Itapetininga.

Em 1634 Balthazar Fernandes assinava em Parnaíba com os dois irmãos Domingos e André (raça de povoadores), o termo de composição amigável do inventário de sua mãe Suzana Dias. A matrona contemplava no seu testamento as netas filhas do segundo casamento de Balthazar. Deve portanto recuar-se para o mínimo de 1600, senão antes, a época do primeiro casamento de Balthazar.  ver mais

6°. “Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII” de Francisco de Assis Carvalho Franco
1954
(..) para encontrar metais novres na Sabaráboçú e no morro do Araçoiaba, D. Francisco determinou, para o primeiro efeitom uma expedição chefiada por Simão Álavares, o velho, conforme verifica do tormo de "Concêrto que houve entre Simão Álvarez e a viúva Custódia Lourença", no inventário de Henrique da Costa, em 1616 e que partiu de São Paulo em 1610 e atingiu o sertão "denominado" "Cahaetee", o qual se no formos cingir exclusivamente à tponimia, era o sertão da Casca, em plena Minas Gerais. [Página 396]  ver mais

7°. “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior
1969
Durante a sua ausência, os moradores do Vale das Furnas trasladaram-se para Itavuvu, ás margens do rio Sorocaba, 2 léguas a nordeste de Araçoiaba e cerca de meia légua a jusante da barra do rio Pirajibú, à sua margem direita. Regressando da Espanha em 1610, D. Francisco de Souza conformou-se com o êxodo de Araçoiaba, mas mudou o nome de Itavuvu ou Itapeboçu para São Filipe, em homenagem a Filipe II da Espanha e I de Portugal, mandando instalar um pelourinho, para atribuir-lhe fotos de autonomia e câmara. [p. 8 e 9]  ver mais

8°. História Geral Da Civilização Brasileira V 11 Economia E Cultura ( 1930 1964) Topics História do Brasil
1997
Data da segunda administração de d. Francisco de Sousa a expedição de Simão Álvares, "o velho", em 1610, partida de São Paulo, em direção ao sertão do rio Casca, em Minas Gerais. Nulos foram os seus esforços naquele sentido até 1611, ano em que faleceu no isolamento e na penúria. [Página 318]  ver mais

9°. Dagoberto Mebius - A História de Sorocaba para crianças e alunos do Ensino Fundamental I*
Novembro de 2003
Os primeiros homens brancos a chegarem nesta região foram Affonso Sardinha, o pai e seu filho Affonso Sardinha, o mameluco. Assim como eles outros aventureiros vieram e se foram. Alguns anônimos, outros figuras importantes como o governador geral do Brasil - Dom Francisco de Souza por volta de 1610. Muitas cidades de hoje surgiram pelas andanças desses homens pelos sertões. Enfrentavam perigos desconhecidos, fome, doenças e ataques de índios. Muitos morriam e eram sepultados a beira dos caminhos. O próprio Affonso Sardinha, o mameluco morreria alguns anos mais tarde numa dessas aventuras da época colonial. [p. 12 do pdf]

(...) Assim nascia em 1599 o arraial de Nossa Senhora do Itapevussu por ordem do Governador do Brasil Dom Francisco de Souza, que veio pessoalmente visitar a empresa dos Sardinhas. Mas essa vila pouco durou. Em 1610, os poucos habitantes já haviam abandonado o local da vila e saíram a procura de melhores terras para cultivos das suas roças.

Alguns descem o ribeirão do Ferro em direção ao rio Sorocaba e se instalam no local chamado Itavuvu. Apesar da Vila do Itapevussu ter sido abandonada, ainda assim ela servia de referência para a passagem dos preadores de índios e desbravadores de sertões. Um desses personagens vai marcar definitivamente a história da região. Baltasar Fernandes, era o seu nome. [p. 12 do pdf]  ver mais

10°. “O Barro cinzento paulista”. Edileine Carvalho Vieira
2016
Na era de 1598 chegou chegou a esta terra Fr. Mauro Teixeira, mandado pelo Padre Provincial a missionar estes povos, que o receberão com agazalho, e lhe destinarão o lugar presente para a sua habitação, onde fundou uma pequena Capela com a invocação de S. Bento. Passados alguns anos (...) em 1610, vindo D. Francisco de Souza, Marques das Minas, conduzio do Mosteiro da cidade da Bahia três monges, aos quais a Câmara desta cidade lhes conferiu a antiga capela de São Bento (...) [Página 86]  ver mais

11°. Os Campos Bicudos da “Casa” de Suzana Dias. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia n.º 22 (Consultado nesta data)
4 de setembro de 2022, domingo
Custódia Dias casou-se com Geraldo Beting, o mineralogista alemão de Geldres que vem a São Paulo na equipe solicitada por D. Francisco de Sousa. Mas foi assassinado pelos paulistas quando retornava de uma de suas pesquisas com muitos metais da região de Sabarabussu, entre 1610-1611. Isto mesmo! [Página 284]  ver mais



  Araçoiaba da Serra/SP
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Janeiro de 1590
Atualizado em 30/10/2025 03:31:19
Nova expedição com 50 homens*
•  Cidades (4): Mogi das Cruzes/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Xapuri/AC
•  Pessoas (11): Afonso Sardinha, o Velho (59 anos), Antônio de Macedo (ou Saavedra) (59 anos), Belchior Dias Carneiro (36 anos), Domingos Luís Grou (90 anos), Fernão Dias Paes Leme (1º) (40 anos), Francisco Correa (f.1590), Gaspar Dias (21 anos), Gonçalo Camacho (65 anos), Gregório Ramalho, Guilherme Navarro, Luís Eanes Grou (velho) (36 anos)
•  Temas (6): Bilreiros de Cuaracyberá, Caiapós, Guaianás, Guerra de Extermínio, Lagoa Dourada, Martírios
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  2 relacionadas

1°. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXXV*
Dezembro de 1938
No ano de 1590, quando os paulistas se alvoroçaram com as primeiras noticias de que uma grande bandeira, capitaneada por um filho de João Ramalho, Antonio de Macedo, pelo indio Murcuia e por Domingos Luiz Grou, tinha sido inteiramente desbaratada, e de que os indios do sertão do Mojí marchavam em direção a vila, com o propósito de interceptar o caminho do mar e atacá-la, esteve firme no seu posto, como procurador do concelho, a fazer em câmara os requerimentos que a situação exigia. E ele, que cinco anos antes não se abalara de S. Pau!o para a guerra de Jerônimo Leitão, para est´outra seguiu em agosto, só regressando a povoado em dezembro. [Página 40]  ver mais

2°. “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1957
Na vereança de 5 de dezembro de 1593, a Câmara de S. Paulo convocou os homens bons da vila e perante eles se leram as cartas (Vol. 1º, pág. 476) dessas duas Câmaras que entendiam “não dever se fazer tal guerra porque o gentio não nos dava opressão”. As Câmaras do litoral estavam longe, e só temiam os ataques dos piratas ingleses.

A Câmara de S. Paulo, para justificar a sua reclamação, fez vir alguns dos moradores da vila – Belchior Carneiro, Gregório Ramalho, filho de Vitorino Ramalho, e neto de João Ramalho, Manuel, índio cristão de S. Miguel, irmão de Fernão de Sousa, Gonçalo Camacho – que tinham feito parte da Companhia de Antônio de Macedo e de Domingos Luis Grou, restos da expedição, a fim de juramentados sobre um livro dos Santos Evangelhos, declarassem o que se passou com o gentio de Bongi que havia assaltado e desbaratado a Companhia de Macedo e de Grou.

Disseram eles que os "índios de Mongi, pelo rio abaixo de Anhembi, junto de um outro rio de Jaguari, esperaram toda a entrada, e foram dando, matando, desbaratando a uns e outros. Nesse transe “foram mortos Manuel Francisco, o francês Guilherme Navarro, e Diogo Dias; Francisco Correia, Gaspar Dias e João de Sales levaram um tiro; um moço branco cunhado de Pero Guedes, ou de sua casa, e Gabriel da Pena também foram mortos, fora Tamarutaca, do qual não havia notícia".

“Levaram cativas muitas pessoas e muita gente tupinaem, e apregoavam nova guerra por novos caminhos para novos ataques e depredações”, razão pela qual era necessário ir fazer-lhes a guerra e com toda a brevidade.

Era a confirmação dos ataques e assaltos mencionados na vereança de 17 de março de 1590. Em vista disso foi requerida a presença do Capitão Jorge Correia, que, vindo, ouviu a leitura das cartas escritas pelas Câmaras litorâneas, a refutação a elas pelos sobreviventes da Companhia de Macedo e de Grou, e os protestos da Câmara, que o responsabilizavam perante Deus, Sua Majestade e o senhor da terra, por todos os males que caíssem sobre a vila, visto estarem todos prontos com suas armas e sua gente a acompanhá-lo ao sertão.

Jorge Correia ainda procurou contemporizar dizendo ser necessário pedir socorro ao Rio de Janeiro, falou ainda nos perigos dos inimigos piratas que vinham por mar, a que primeiro se devia acudir, sendo talvez insuficiente a gente da capitania para as duas guerras.

Mas a Câmara insistiu declarando que “bastava a gente da capitania para a guerra do sertão contra o gentio de Bongi, que estava já entre mãos, e que se acudisse também ao mar e se lhe desse também o remédio possível e com a mesma gente do mar, pois que para tudo havia gente”.

O Capitão Jorge Correia prometeu que tudo proveria como era sua obrigação e que todos estivessem prestes para o seguir e o acompanhar (Atas – vol. 1º, págs. 477, 478 e 479). Entretanto os embargos opostos pela Câmara da vila de S. Paulo à provisão do capitão-mor e ouvidor da Capitania de S. Vicente, que ordenava a entrega aos padres da Companhia de Jesus das aldeias de índios, foram levados ao Governador-Geral na cidade do Salvador, na Bahia, por Atanázio da Motta e iriam lá encontrar favorável acolhimento por motivos que serão adiante explicados. Tais embargos não foram, porém, registrados nos livros da Câmara de S. Paulo, nem nos da sede da capitania, mas ainda que nesta...  ver mais



  Araçoiaba da Serra/SP
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D. Francisco elevou o novo local com o nome de vila de São Filipe: “Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar”
21 de abril de 1611, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:23
Relacionamentos
 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Filipe III, o Piedoso (33 anos), Francisco de Sousa (71 anos)
 Temas (4): Bairro Itavuvu, Nossa Senhora de Montserrate, Pelourinhos, São Filipe

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•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXXV*
1 de dezembro de 1938, quinta-feira
Um dos dois povoados, o de Ipanema e o de Itavovú, ou então ambos, se chamaram São Filipe. Sempre lemos nos historiadores, aliás sem documento escrito, mas baseado na tradição, que o Itavovú atual é o São Filipe, fundado de 1600 a 1611. A conclusão muito simples é que o próprio governador mudou o local de sua gente e o chamou de São Filipe em honra do seu real senhor. Esta mudança, em vida do nosso fundador, ou mesmo depois, só tem uma explicação: ele ou os seus companheiros, ou todos eles, desistiram de uma riqueza imediata das minas, para cuidarem da agricultura, porquanto é impossível, ainda hoje, morar no Itavovú e ir a pé trabalhar no Ipanema, mais de uma légua. E, todavia, não será mais razoável pensar que a mudança foi, depois de 1611, sponte sua dos povoadores? Quanto ao nome, poderiam levá-lo consigo, pois nada impede que na 2a. viagem, entusiasmados com os favores de Felipe II, trouxessem a ideia de mudar o nome do povoado das Furnas. Nós, porém, para libertar-nos de tantas hipóteses, conservaremos uma, que é verdadeira em grande parte, chamando de Nossa Senhora do Monte Serrate à povoação logo extinta do Ipanema, e de São Filipe, à do Itavovú.

•  Jornal Correio Paulistano/SP
20 de abril de 1962, sexta-feira
Em 1611 dita povoação transferiu-se para Itavuvu. Em 1654 Baltazar Fernandes fundou Sorocaba e em 1661, criado o município deste nome, os bairros que hoje fazem parte de Araçoiaba da Serra, inclusive o Campo Largo de Sorocaba tem a sua história em comum com o daquele município. O povoamento foi contemporâneo. Quando Baltazar Fernandes deu terras ao Mosteiro de São Bento em Sorocaba mencionou os limites com Braz Esteves. A fazenda deste era tão grande que estava na sede já nos limites atuais com Tatuí, na barra do Tatuí no Sorocaba.

Nesse local existiu, pois, a primeira casa e Capela de Araçoiaba da Serra enquanto território, cerca de 1660 a 1700. Então desaprovou-se de novo, vindo a imagem para a matriz de Sorocaba (Era Nossa Senhora da Conceição). A cruz foi erguida ha poucos anos no alto fronteiro à cidade.

•  Anais do VII Simpósio Nacional dos Professores Universitários de História
1 de janeiro de 1974, terça-feira

•  Araçoiaba e Ipanema. José Monteiro Salazar
1 de janeiro de 1997, quarta-feira
Pois repetimos: Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) não alude a Vila. Cita apenas que D. Francisco levantou pelourinho e denominou as minas de Nossa Senhora do Monserrate. Um ou outro autor acrescentava Monte Serrate do Itapevussú, mas isso não aparece na obra de Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777). E ele continua sendo a melhor fonte de pesquisas para aquela época em Araçoiaba.

Então, segundo nos acode ao raciocínio, poderia, muito bem, em melhores casas, mais bem construídas, de Afonso Sardinha e seus principais auxiliares, no Itavuvú, ter ficado D. Francisco indo, diariamente, como o faria, nesta hipótese, o próprio Afonso Sardinha, para o local das minas e dos engenhos. [p. 58,59, 60 e 61]

•  “A idéia da cidade”, 1997. Adolfo Frioli
1 de janeiro de 1997, quarta-feira
Quando D. Francisco retornou da Espanha, elevou este novo local com o nome de vila de São Filipe, em 21 de abril de 1611, em referência provável à administração hispano-portuguesa dos Reis Filipes, no período da União Ibérica das coroas.

•  “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
1 de janeiro de 2014, quarta-feira
A segunda tentativa, ainda por iniciativa de D. Francisco de Souza, foi o agrupamento dos remanescentes de Ipanema no atual bairro do Itavuvu, em 1611. O local recebeu o seu pelourinho e ganhou o nome de Vila de São Felipe, homenagem a Felipe II, rei de Portugal e Espanha. Também não vingou e nem chegou a ter Câmara.

•  “A dúvida dos pelourinhos Pródromos da Fundação e os Beneditinos”. Otto Wey Netto é professor, advogado e ex-redator deste jornal. Membro da Academia Sorocabana de Letras e Instituto Histórico Sorocabano (Jornal Cruzeiro do Sul)
20 de fevereiro de 2014, quinta-feira

•  Revista Ponto de Fusão
3 de julho de 2015, sexta-feira
O povoado do Itavuvu foi reconhecido em 1611 como vila. Ali também a coroa portuguesa autorizou a instalação de um pelourinho e batizou a localidade como Vila São Felipe.

•  “Sinalização Tupi-Guarani & Luso-Catolicismo”, João Barcellos
22 de março de 2016, terça-feira

•  “15 de agosto é uma data para comemorar: Sorocaba surgiu em fins de 1654”, Jornal Diário de Sorocaba
15 de novembro de 2018, quinta-feira




  Araçoiaba da Serra/SP
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Sorocaba (data estimada)
1610. Atualizado em 23/10/2025 15:41:07
Relacionamentos
 Cidades (5): Caeté/MG, Carapicuiba/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (13) Afonso Sardinha, o Velho (79 anos), Brás Gonçalves, o velho (1524-1606), Clemente Álvares (41 anos), Cristovão Diniz, Custódia Dias (29 anos), Domingos Fernandes (33 anos), Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), Francisco de Sousa (70 anos), Gaspar Gonçalves Conqueiro, Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (35 anos), Henrique da Costa (37 anos), Simão Álvares Martins (Jorge) (37 anos), Suzana Dias (70 anos)
 Temas (17): Alemães, Bairro Itavuvu, Beneditinos, Carijós/Guaranis, Fortes/Fortalezas, Léguas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Pelourinhos, Pirapitinguí, Pontes, Portos, Rio Anhemby / Tietê, Rio Sorocaba, Rio Ypané, Sabarabuçu, São Filipe

    15 Fontes
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•  Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI
1 de janeiro de 1895, terça-feira
O trabalho da fabrica real de Biraçoyaba, e o transporte do ferro, dos materiaes e do pessoal entre esse logar e a villa de S. Paulo não tinham conseguido estabelecer uma estrada permanente, ao longo da qual os pouzos balisassem o centro das futuras povoações. Sorocaba, por exemplo a cujo termo pertenciam as minas, só em 1610 foi fundada. Não é de estranhar, portanto, que pouco a pouco se perdesse a noção dessas jazidas metalliferas, em uma epocha na qual as vistas se voltavam preferencialmente para as pesquizas do ouro, que ia sendo descoberto em quantidades cada vez mais crescentes.

É muito explicável, portanto, que, por 1680, Luiz Lopes Carvalho, Capitao-mór de N. S. da Conceição de Itanhaem, por provisão de Príncipe D. Pedro, insinuasse a este a conveniência de ser verificado a procedência dos dizeres vagos que corriam sobre o valor dessa região. Essa exposição de Pedro Taques parece mais exacta do que a narrativa do Senador Vergueiro, pela qual Lopes de Carvalho se teria inculcado como descobridor da minas de ferro (5), entregando-as em 14 de Março de 1681 á Camará da villa de Sorocaba.

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. IX
1 de janeiro de 1904, sexta-feira
O trabalho da fabrica real de Biraçoyaba, e o transporte do ferro, dos materiaes e do pessoal entre esse logar e a villa de S. Paulo não tinham conseguido estabelecer uma estrada permanente, ao longo da qual os pouzos balisassem o centro das futuras povoações. Sorocaba, por exemplo a cujo termo pertenciam as minas, só em 1610 foi fundada. Não é de estranhar, portanto, que pouco a pouco se perdesse a noção dessas jazidas metalliferas, em uma epocha na qual as vistas se voltavam preferencialmente para as pesquizas do ouro, que ia sendo descoberto em quantidades cada vez mais crescentes.

•  O primeiro brasão de Sorocaba foi adotado através de lei, em função de estudo do pesquisador Zulmiro de Campos
20 de março de 1917, terça-feira
Por timbre adotamos a coroa mural de prata com quatro torres de ameias e sua porta cada uma, porque existe a justificativa histórica das velhas taipas ou fortificações construídas no antigo São Felippe, primitivo local da povoação sorocabana, no atual bairro do Itavuvú.

Essa edificação data de 1600 ou de 1610, e até hoje a tradição conta que alí existiam construções de muros e cercas de paus grossos afetando a forma de fortalezas ou quartéis, com portais altos como torres, em número de quatro. Ainda hoje se conhece o local da antiga povoação com o nome de “Quartéis”.

•  “Sorocaba de ontem e de hoje”, jornal Correio Paulistano. Página 17
26 de junho de 1940, quarta-feira
Sorocaba existiu num lugar denominado Itavuvy, posteriormente Itavuvú, e era conhecida por vila de São Felipe. A formação desse núcleo vinha se processando desde 1610, constando-se, afinal, que o povoado carecia de elementos para o seu progresso, porquanto registra-se visível decadência daquilo de levava tanto tempo para construir.

•  “Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII” de Francisco de Assis Carvalho Franco
1 de janeiro de 1954, sexta-feira
(..) para encontrar metais nobres na Sabaráboçú e no morro do Araçoiaba, D. Francisco determinou, para o primeiro efeito uma expedição chefiada por Simão Álvares, o velho, conforme verifica do torno de "Concêrto que houve entre Simão Álvarez e a viúva Custódia Lourença", no inventário de Henrique da Costa, em 1616 e que partiu de São Paulo em 1610 e atingiu o sertão "denominado" "Cahaetee", o qual se no formos cingir exclusivamente à toponímia, era o sertão da Casca, em plena Minas Gerais.

Conseguiu, também, pelo Espírito Santo, visando a mesma Sabarábocú, uma expedição cujo cabo foi Marcos de Azevedo, o velho, que trouxe, em 1611, amostrar de esmeraldas.

Em São Paulo continuava na faina de buscar prata no Araçoiaba, que até então e sempre apenas revelou possuir ferro. Curiosa, sobre tal ponto, a notícia que dava em 1612 e portanto contemporaneamente, o escritor Rui Diás de Gusman, na sua "Argentina".

•  História Geral Da Civilização Brasileira V 11 Economia E Cultura ( 1930 1964) Topics História do Brasil
1 de janeiro de 1997, quarta-feira
Data da segunda administração de d. Francisco de Sousa a expedição de Simão Álvares, "o velho", em 1610, partida de São Paulo, em direção ao sertão do rio Casca, em Minas Gerais. Nulos foram os seus esforços naquele sentido até 1611, ano em que faleceu no isolamento e na penúria. [Página 318]

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo
1 de janeiro de 1998, quinta-feira
Assim findou em 1609, após trinta anos de duração, a primeira fase da siderúrgica do Brasil. O trabalho da fábrica real de Biraçoiaba, e o transporte do forro, dos materiais e do pessoal entre esse lugar e a vila de São Paulo não tinham conseguido estabelecer uma estrada permanente, ao longo do qual os pousos balizassem o centro das futuras povoações.

Sorocaba, por exemplo a cujo termo pertenciam as minas, só em 1610 foi fundada. Não é de estranhar, portanto, que pouco a pouco de perdesse a noção dessas jazidas metalíferas, em uma época na qual as vistas se voltavam preferencialmente para as pesquisas de ouro, que ia sendo descoberto em quantidades cada vez mais crescentes. [Página 35]

•  História de Carapicuíba. João Barcellos
25 de março de 2013, segunda-feira
E, na prática colonial, os jesuítas seguem os passos do político e minerador que, ao morrer em 1616, lhes deixa tudo em doação, com exceção do Sítio Embuaçava, que coube como herança em vida ao filho (mameluco) Affonso Sardinha - o Moço, que morre em 1604 no meio de uma batalha com nativos. É assim que a Aldeia & Porto Carapocuyba tem, entre 1557 e 1610, tanto valor estratégico quanto a Santa Anna de Parnaíba, que cresce despovoando São Paulo.

•  Os Campos Bicudos da “Casa” de Suzana Dias. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia n.º 22 (Consultado nesta data)
4 de setembro de 2022, domingo
Custódia Dias casou-se com Geraldo Beting, o mineralogista alemão de Geldres que vem a São Paulo na equipe solicitada por D. Francisco de Sousa. Mas foi assassinado pelos paulistas quando retornava de uma de suas pesquisas com muitos metais da região de Sabarabussu, entre 1610-1611. Isto mesmo! [Página 284]




  Araçoiaba da Serra/SP
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9 de junho de 1591, domingo
Atualizado em 30/10/2025 03:31:21
Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil
•  Cidades (3): Ivaiporã/PR, Salvador/BA, Sorocaba/SP
•  Pessoas (10): Agostinho de Sotomaior, Diogo de Quadros, Francisco de Sousa (51 anos), Frei Vicente do Salvador (27 anos), Gabriel Soares de Sousa (51 anos), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (16 anos), Heitor Furtado de Mendonça, Paschoal Leite da Silva Furtado (21 anos), Pedro Taques (31 anos), Wilhelm Jostten Glimmer (11 anos)
•  Temas (5): \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\i2330.txt, Inquisição, Ouro, Sabarabuçu, Serra de Araçoiaba
Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas
Data: 1915
página 76
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1°. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, Vol. XXXV*
Janeiro de 1894
Afonso Sardinha, o moço, e talvez também "o velho", chegaram a Ipanema cerca de 1590. Vinham do Jaraguá e passaram por Ibituruna, procurando ouro. O primeiro faleceu em 1592 no Jaraguá, onde ficaram as ruínas de sua fazenda. O segundo morreu no sertão em 1604, possuindo, para testar, uma boa quantidade de ouro em pó.

Ora, em 1591, começava a governar na Baía o dr. Dom Francisco de Sousa, ou melhor, o Dom Francisco das "minas". Sua vida toda tivera um fito: alcançar o Eldorado misterioso e o título sonoro de Marquês das Minas. Este, ao menos, o aproveitaram os netos. Ele morreria pobre, em São Paulo, a 10 de junho de 1611.

A historia do Ipanema e de Sorocaba consagrou um capítulo interessante a esta personalidade. É um benemérito de Sorocaba.   ver mais

2°. Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas
1915
A nova destes descobrimentos compeliu a metrópole a ordenar a d. Francisco de Sousa, que desde 9 de junho de 1591 era governador geral do Brasil, viesse pessoalmente examinar o que havia de certo em tais achados, cuja notícia fora levada a côrte. [Páginas 75 e 76]  ver mais

3°. “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1957
Os piratas, franceses e ingleses, corriam os mares não policiados para saquear, se apoderar dos galeões carregados de ouro que vinham da América para os reinos de D. Carlos I. D. Francisco de Sousa, mesmo em Lisboa e em Madri, ouvira falar dessas minas e nas pretensões de Robério Dias, e sem dúvida, a esses boatos dera crédito; no Brasil, depois de sua vinda essa crença mais se confirmou.

Frei Vicente do Salvador, contemporâneo de D. Francisco de Sousa, recolhe, nas páginas de sua História do Brasil (Livro 1º, Cap. V), e dá curso à notícia de que um soldado de crédito lhe contara que um índio aprisionado falara de uma certa paragem, onde havia mina de muito ouro limpo, de onde se poderia tirar o metal precioso aos pedaços.  ver mais

4°. Revista do Arquivo Municipal, CLXXX. Edição comemorativa do 25o. aniversário da morte de Mário de Andrade, 1970
1970
Depois da vinda de D. Francisco de Sousa, governador geral do Brasil entre 1591 e 1602, a vida recebera novos estímulos. "E o verdadeiro promotor do bandeirismo" - Escreve Taunay. Agora a vida corre em paz. "A vila durante a semana ficava deserta porque os moradores iam trabalhar nas suas fazendas. Os padres seculares viviam nas suas casas e alguns tinham a sua fazendinha.

"Os religiosos nos conventos ocupados em seus misteres e também com fazendas para a cultura de cereais e criação de gado. Era coisa comum esta modalidade de vida e por vêzes necessária à manutenção própria dos agregados".

Monta fornos de fundição. Araçoiaba, depois denominada Ipanema, para os lados de Sorocaba, resulta de sua experiência. Ali seria depois montada a grande metalúrgica do reinado D. João VI. E em Ibirapuera. Ainda existem seus restos em Santo Amaro. [Páginas 604 e 605 do pdf]  ver mais



  Araçoiaba da Serra/SP
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Lagoa Dourada
1500. Atualizado em 30/10/2025 10:11:40
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 Cidades (2): Sabará/MG, Sorocaba/SP
 Pessoas (4) Nicolau Barreto, Orville Derby (1851-1915), Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
 Temas (8): Lagoa Dourada, Ouro, Ribeirão das Furnas, Sabarabuçu, Papagaios (vutu), Vutucavarú, O Sol, Bíblia

    14 Fontes
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•  Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878) - “Sumé: Lenda mito-religiosa americana. Recolhida em outras era por um índio moranduçara, agora traduzida e dada luz com algumas notas por um paulista de Sorocaba”. Periódico Universal “A Abelha” (15.03.1856) Página 11-16
15 de março de 1856, sábado
E via que a mente se me ofuscava, e que eu nada mais sabia de Sumé. Por fim ouvi uma voz que dizia: "Contenta-te de seres moranduçara do que sabes, que é quanto tens de transmitirá posteridade. Sumé irá para outras terras; por que aos surdos não é possível fazer que oução as palavras do Senhor. E uma língua de fogo se viu no mais alto cimo do morro de Biraçoyaba, que parecia como a chama de um vulcão.

E o monte se derretia em lavas de ferro. E aí se formava uma espécie de cratera ou algar (Vale das Furnas) cujas cinzas quentes, depois se apagavam com as águas de uma lagoa (Lagoa dourada, onde o povo do Ipanema, ainda não há muito, julgava que apareciam fantasmas, que guardavam tesouros escondidos.).

E ouvi a mesma voz de antes dizer-me : “Ali esconderás o legado que deveis deixarás gerações vindouras, para que os homens tenham mais uma prova da misericórdia divina, que é de toda a eternidade, e durará até o dia de juízo.” — Amen.08:21

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volumes 20-21
1 de janeiro de 1918, terça-feira
Este "caminho velho" fraldeava as serras do Bananal e Cahêpupú até o entroncamento com a cordilheira marítima (tapera do Índio Roque), dirigindo-se dali para os sertões de Sorocaba, Araçariguama, Araritaguaba (Porto Feliz) etc. Era nessa região, cortada pelos dois caminhos - do gado e da aldeia velha (Paraná-mirim) - que estavam situadas as minas de Araçoiaba e as legendárias terras auríficas de Botucavarú, Lagoa Dourada e outras, das quais os aranzéis (roteiros antigos) nos dão notícias. O morro e cachoeira do Mineiro, nas proximidades de Mongaguá, entre Aguapeí e Rio Branco, indicam ainda, na nomenclatura geográfica de Itanhaém, a preocupação constante dos seus primitivos povoadores. [Página 1148 do pdf, 270]

•  Capitanias Paulistas. Benedito Calixto de Jesus (1853-1927)
1 de janeiro de 1927, sábado
Este "caminho velho" fraldeava as serras do Bananal e Cahêpupú até o entroncamento com a cordilheira marítima (tapera do Índio Roque), dirigindo-se dali para os sertões de Sorocaba, Araçariguama, Araritaguaba etc. Era nessa região, cortada pelos dois caminhos - do gado e da aldeia velha (Paraná-mirim) - que estavam situadas as minas de Araçoiaba e as legendárias terras auríficas de Botucavarú, Lagoa Dourada e outras, das quais os aranzéis (roteiros antigos) nos dão notícias.

•  Histórias ilustradas de Ypanema e do Araçoiaba, 2011. Gilson Sanches
1 de janeiro de 2011, sábado
Os documentos mais antigos que fazem referência ao Morro de Araçoiaba e à Lagoa Dourada são as cartas do padre jesuíta José de Anchieta.

•  “Boa Ventura! A Corrida Do Ouro No Brasil” (1697-1810). Lucas Figueiredo
1 de janeiro de 2011, sábado
*“Boa Ventura! A Corrida Do Ouro No Brasil” (1697-1810). Lucas Figueiredo sobre a chegada do 7o Governador Geral do Brasil, D. Francisco de Souza em junho de 1599:

O mito propagado correu pela colônia e ganhou o mundo: em algum lugar do interior do Brasil, havia uma montanha dourada. Os nativos a chamavam Itaberaba ou Itaberabaoçu ou Taberaboçu ou Taberabuçu ou Serababassi ou Sabraboçu ou, finalmente, o nome que ficou, adotado inclusive em documentos oficiais da época: Sabarabuçu.

Uns diziam que, além de ouro, o Eldorado português tinha prata e, por que não?, esmeraldas. Sua localização exata era incerta; seria em algum lugar do sertão, entre a Bahia e o Rio de Janeiro — ou seja, numa latitude próxima à de Potosí. A montanha andava, havia quem asseverasse.

Era avistada de noite no horizonte, mas com o raiar do dia desaparecia. Uns juravam ter contemplado seu ouro, outros diziam saber de fonte segura que os índios o usavam como isca de pesca. Junto da serra de ouro, defendiam alguns, havia uma lagoa também dourada, a Vapabuçu.

Para além do exercício inventivo, a lenda da montanha dourada servia a três propósitos bastante concretos. Quando invocada pelos nativos, fazia o branco invasor ir embora de suas terras — não importava onde o forasteiro estava, o Sabarabuçu ficava sempre mais além. [Páginas 101 e 102 do pdf]

Filipe II (1527-1598) não poderia ter encontrado súdito mais leal para os assuntos do ouro que d. Francisco. O novo governador-geral do Brasil faria, se não tudo, quase tudo para encontrar as minas escondidas no sertão. Somando o desejo que tinha de enricar coma pretensão de ser o primeiro marquês das Minas (cargo que pediu e que o rei da Espanha lhe prometeu), d. Francisco viveria os vinte anos seguintes obcecado pela ideia de encontrar o Sabarabuçu.

O primeiro sinal de que o cavaleiro se transmutava num desvairado pelo ouro foi revelado justamente na operação de socorro a Gabriel Soares de Sousa. Ao receber, dos homens que fizeram o resgate, o mapa doSabarabuçu que Gabriel herdara do irmão João Coelho, o governador-geral evitou entregá-lo aos herdeiros. Apoderou-se dos papéis para tentar ele próprio desvendar o mistério da serra resplandecente. Cego pela cobiça, ele foi à luta. [Página 161 do pdf]

Em 1596, d. Francisco já tinha entendido que, para alcançar as nascentes do rio São Francisco, onde ficaria o Sabarabuçu, era preciso mudar a estratégia adotada nas últimas seis décadas e meia. Como todas as jornadas saídas de Porto Seguro e Salvador haviam falhado, o fidalgo concluiu que era preciso abandonar a Bahia como ponto departida das campanhas e apostar nas capitanias localizadas mais ao sul.

Ainda naquele ano, d. Francisco pôs em prática seu novo plano, mandando não uma, mas três expedições ao sertão, todas partindo de capitanias localizadas abaixo da Bahia. Do Espírito Santo, quem entrou pelo sertão adentro foi um dos sobreviventes da expedição de Gabriel Soares de Sousa: o português Diogo Cão, um exterminador de índios alcunhado de Matante Negro.

Do Rio de Janeiro, o enviado foi Martim Correia de Sá, de 21 anos, outro caçador de selvagens e derrubador de pau-brasil. E, por fim, da vila de São Paulo, o escolhido foi João Pereira de Sousa, português que viera para o Brasil fugindo de perseguições no reino. Além de representar o fim das entradas baianas, a tripla campanha iniciou uma nova fase na busca do ouro: dali em diante, as expedições ficariam cada vez mais estruturadas e planejadas, assumindo um perfil quase militar. De início, contudo, o resultado não foi bom.

A campanha piratiningana teve um desfecho inusitado:acusado de falsificar documentos, João Pereira de Sousa foi preso quando ainda marchava rumo às minas. As outras duas deram no de sempre: índios escravizados e necas de Sabarabuçu.

Dois anos depois, ainda com o fracasso apesar-lhe os ombros, a tentação veio bater novamente à porta de d. Francisco. Dessa vez, na forma de um pedaço de metal azulado com pintas douradas. O torrão foi oferecido ao governador-geral por “um brasileiro” que dizia que a origem do regalo eram os “montes Sabaroason”.

Aquele minério valia quase nada, mas foi o suficiente para alucinar d. Francisco. Convencido de que o Sabarabuçu ficava mesmo abaixo da Bahia, o governador-geral decidiu se mudar de Salvador, então capital da colônia, para a boca do sertão: a vila de São Paulo de Piratininga.

Trocar Salvador por São Paulo, em 1599, só mesmo por um bom motivo; no caso de d. Francisco, a ganância.Na virada do século XVI para o XVII, Salvador era, junto com Olinda, a vila mais desenvolvida da América Portuguesa. Alavancada pelo dinheiro dos senhores de engenho, a sede do Governo-Geral já experimentava alguns luxos e uma certa movimentação.

Nessa época, a capitania do Recôncavo contava com impressionantes 3.000 habitantes brancos e mestiços. Já São Paulo, com suas reles cem casas, a maioria de pau a pique e teto de palha, era uma vila feia, “bem insignificante, quase miserável”.17 Em lugar do clima quente da Bahia, sopravam “grandes frios e geadas”. Paupérrimos, seus cerca de 200 moradores livres se vestiam tão miseravelmente que os trajes faustosos usados por d. Francisco quando entrou na vila, em maio de 1599, provocaram comentários. [Paginas 162 a 165 do pdf]

•  “A História Ambiental de Sorocaba”. Fábio Navarro Manfredini, Manuel Enrique Gamero Guandique e André Henrique Rosa
1 de janeiro de 2015, quinta-feira
“Estas montanhas, a que manuscritos antigos chamam de Biraçoiaba. O cume é variado em outeiros, e planícies, em uma das quais está localizada A Lagoa Dourada, de que vizinhos contam fabulosas visões, como indício de muito ouro”. (“História Ambiental de Sorocaba” de Fábio Navarro Manfredini, Manuel Enrique Gamero Guandique e André Henrique Rosa, em 2015. p.55)




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Casamento de Rodrigo Alvares e Catarina Ramalho
1540. Atualizado em 23/10/2025 15:32:23
Relacionamentos
 Cidades (3): Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (18) Afonso Sardinha, o Velho (9 anos), Alvaro Rodrigues, Ana Camacho, Antônia Quaresma (35 anos), Bartyra/M´Bcy (Isabel Dias) (47 anos), Caethana/Catharina Ramalho, Catarina Fernandes das Vacas, Domingos Luís Grou (40 anos), Fernão d’Álvares (n.1500), Gonçalo Camacho (15 anos), Izabel Tibiriça, João Ramalho (54 anos), Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919), Margarida Ramalho, Mestre Bartolomeu Gonçalves (40 anos), Rodrigo Alvares (f.1598), Domingos Luis Carvoeiro (1540-1615), Mestre Bartolomeu Camacho (n.1500)
 Temas (1): Metalurgia e siderurgia

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•  “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
1 de janeiro de 1797, domingo
Segundo Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800) em seu livro Memórias para a História da Capitania de S.Vicente, pag. 8: “Esta Ana Camacho era filha de Catarina Ramalho, neta de João Ramalho e bisneta de Tibiriça”. E na pag. 232 “Eu tenho uma cópia do testamento original de João Ramalho, escrito nas notas da Vila de S. Paulo pelo tabelião Lourenço Vaz, aos 3 de maio de 1580”.

•  “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior
1 de janeiro de 1969, quarta-feira
Quanto a Bartolomeu Gonçalves, a mesma fonte, Américo de Moura (1881-1953), louva-se em Frei Gaspar (1715-1800), frisando: "Como se lê em Frei Gaspar, em nota à descrição d Santos, veio com Martim Afonso, e durante mais de vinte anos FOI O ÚNICO FERREIRO da Capitania, um mestre Bartolomeu, que primeiro se chamava Domingos Gonçalves, o qual em 1555, tendo mulher e filhas, obteve de Brás Cubas grande sesmaria em Santos".

É certo que este "mestre dos primeiros ferreiros que transpuseram a serra" mudou o nome de batismo de tal forma que, diz Américo de Moura (1881-1953), "poderia disputar a Bartolomeu Antunes a identificação por mim suposta como Bartholomeu Camacho"...

Entretanto, há entre os numerosos Fernandes, um Bartholomeu a que uo autor se refere como "um segundo Bartholomeu Fernandes que a História registra, possivelmente descendente em 1a. linha de seu homônimo reinol", como há, também, outro Bartholomeu Gonçalves, este mameluco, filho do Padre Adão Gonçalves (antes de entrar para a Companhia de Jesus), nascido em 1548, que entrou e faleceu na Companhia (Serafim Leite, História I, 576, 577, "Cartas" III, 191, 353).

Américo de Moura (1881-1953) investigando a origem de Bartholomeu Fernandes não conseguiu descobri-la, mas atribuiu a ele e não à mulher o "nome CABRAL que aparece em sua descendência".

Também, foi ferreiro e era analfabeto. O autor está em plena concordância com as melhores fontes, quando refere que o dito ferreiro "foi intimado e não ensinar seu ofício a um mameluco ou nativo de sua adoção". De fato, em 1579, intimaram-no "a não ensinar o oficio a um nativo que tinha em casa".

E em 1580 (Américo de Moura, 1881-1953), a cominação foi mais forte: era ele obrigado a expulsar de casa o nativo Gaspar". Vê-se que não é fácil deslindar o caso do Mestre Bartholomeu: três pessoas distintas ou uma só, como pretende o Autor, com três nomes diferentes? [Página V]

•  Revista do Arquivo Municipal, CLXXX. Edição comemorativa do 25o. aniversário da morte de Mário de Andrade, 1970
1 de janeiro de 1970, quinta-feira
Em São Paulo, moradia à rua Direita, então ainda sem denominação. A referência é clara na petição que frei João de Carvalho prior do Convento de Nossa Senhora do Carmo de Santos, vindo a São Paulo, fez ao juiz Manuel Fernandes. E do qual consta: "desse juramento a pessoas antigas e sem suspeitas para declararem o caminho de Piratininga que vinha da vila velha de Santo André".

João Maciel e Pascoal Dias depuseram que o caminho vinha de Santo André pelo curral que foi de Aleixo Jorge, penetrava à ponte do Tabatinguera, seguia direito pela rua onde estava o mosteiro dos Padres da Companhia, passava pelas portas que foram de Afonso Sardinha, Rodrigo Álvares, e Martim Afonso (Tibiriça elucida monsenhor Silveira de Camargo) e ia sair no ribeiro (Tamamduateí) até o rio grande (Tietê). [Revista do Arquivo Municipal, CLXXX. Edição comemorativa do 25o. aniversário da morte de Mário de Andrade, 1970. Páginas 604 e 605 do pdf]




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D. Francisco voltou ao reino com dois mineiros espanhóis e um nativo, testemunhas do muito que fizera em São Paulo
junho de 1602. Atualizado em 24/10/2025 02:38:58
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 Cidades (3): Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (9) Afonso Sardinha, o Velho (71 anos), Antônio de Sousa (18 anos), Erasmo Esquert, Francisco de Saavedra (n.1555), Francisco de Sousa (62 anos), Francisco Lopes Pinto, Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (27 anos), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (42 anos)
 Temas (9): Alemães, Bairro Itavuvu, Biscainhos, Fazenda Ipanema, Geografia e Mapas, Nossa Senhora de Montserrate, Ouro, Primeira Matriz, Serra de Araçoiaba

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•  História da Capitania de São Vicente. Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777)
1 de janeiro de 1755, quarta-feira

•  “Memória Histórica da Capitania de São Paulo e todos os seus memoráveis sucessos desde o ano de 1531 até o presente de 1796”, Manuel Cardoso de Abreu (1750-1804)
1 de janeiro de 1796, sexta-feira
Alguñs annos sofrerão os Paulistas os damnos, que recebiaõ da falta dos Serviços dos Indios, que já naõ gozavaõ para o beneficio da Cultura, athé que descobertas por Afonso Sardinha, neste continente, as primeiras Minas de Ouro de lavagens nas Serras de Iaguamimbaba, de Iaraguâ, de Vuturuna pelos annos de 1597, e querendo os Paulistas trabalhar nestas Minas alugando Indios para o labor, como faziaõ athé o anno de 1602, em que de Saõ Paulo se auzentou para o Reino Dom Francisco de Souza, Governador Geral do Estado, foraõ experimentando, e recebendo offensas dos Iezuitas, que tinhaõ arrogado aSý o governo temporal de todo o Gentio Para se atalhar este perniciozo damno, ori=

•  Memória sobre o melhoramento da província de São Paulo. Aplicável em grande parte a todas as outras províncias do Brasil; Antonio Rodrigues Vellozo de Oliveira
1 de janeiro de 1822, terça-feira

•  Chorographia histórica, chronographica, genealógica, nobiliária e politica do império do Brasil. Tomo I, 1866. Alexandre José de Mello de Moares (1816-1882)
1 de janeiro de 1866, segunda-feira
Porém adiante desta vila quatro léguas, no sítio chamado serra de "Braçoyaba", levantou pelourinho D. Francisco de Souza, por conta das minas de ouro, de prata e de ferro, que na dita serra estavam descobertas pelo paulista Afonso Sardinha; e o mesmo D. Francisco de Souza lhe pôs o nome de minas de Nossa Senhora de Monserrate; porém com a sua ausência para o reino, saindo de São Paulo em junho de 1602, para embarcar no porto de Santos a direitura (neste ainda tinha chegado á Bahia o seu sucessor Diogo Botelho, oitavo governador geral do Estado), cessou o labor das minas de "Braçoyaba", até que em melhor sítio se fundou a vila que atualmente existe.

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volumes 20-21
1 de janeiro de 1918, terça-feira

•  Um neerlandês em São Paulo, Jacyntho José Lins Brandão
1 de janeiro de 1975, quarta-feira

•  Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social Orientadora: Profa. Dra. Nanci Leonzo
1 de janeiro de 2012, domingo
Segundo Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), D. Francisco de Sousa fora substituído em 1602 por Diogo Botelho e teria retornado à Europa no navio dos alemães Erasmo Esquert e Julião Vionat, que tinham construído o engenho de São Jorge da Vila de São Vicente, primeiro engenho de açúcar do Brasil. Em Madri, teria comunicado ao Rei no fim do ano de 1602 o estado das Minas e teria conseguido ser eleito Governador e Administrador das Capitanias de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. D. Francisco de Sousa não teria regressado ao Brasil antes de 1609, já que o Rei havia oferecido o pagamento de passagem e mantimentos durante a viagem a quem viesse com D. Francisco ao Brasil, assim como são de 1609 os Alvarás e Provisões Régias que lhe foram dadas.

Segundo Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855): Em 1602, voltando o governador para Portugal deixou a fundição a seu filho D. Antonio de Sousa a quem propriamente Sardinha fizera o presente. Desterecebeu-a Francisco Lopes Pinto, fidalgo e cavaleiro, da Ordem de Cristo. Morrendo este a 26 de fevereirode 1629, todos os serviços foram paralisados embora o seu sogro, Diogo de Quadros, também fosse um dosproprietários da fábrica. Os citados documentos antigos dizem que Afonso Sardinha, após ter dado depresente essa fábrica, construiu uma nova, que trabalhou, então, por conta do Rei”. [*Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema, 2012. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social Orientadora: Profa. Dra. Nanci Leonzo. Página 203]




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“O Novo Mundo: Descrição das Índias Ocidentais” ("Nieuvve wereldt, ofte, Beschrijvinghe van West-Indien"), 1625. Jean de Laet (1571-1649)
1625. Atualizado em 09/10/2025 04:01:50
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 Cidades (4): Mogi Mirim/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Jean de Laet (54 anos), Luís Castanho de Almeida (1904-1981), Wilhelm Jostten Glimmer (45 anos)
 Temas (34): Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Bacaetava / Cahativa, Bilreiros de Cuaracyberá, Bituruna, vuturuna, Cahaetee, Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Cananéas, Capitania de São Vicente, Carmelitas, Cruzes, Estradas antigas, Léguas, Marinha, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Montanhas, Neve, Nossa Senhora de Montserrate, Portos, República, Rio Anhemby / Tietê, Rio Iniambis, Rio Piratininga, Rio Sorobis, S Miguel do Ybituruna, Sabarabuçu, São Filipe, São Miguel das Missões, São Miguel dos Ururay, São Paulo de Piratininga, Serra de Paranapiacaba, Serra do Mar, Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, Vinho

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•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXXV*
1 de dezembro de 1938, quinta-feira
Diz ele que havia ferro e também ouro, em Biraçoiaba, montanha onde "os portugueses construíram presentemente uma villa denominada São Felippe (...)", a sudoeste de São Paulo. A 30 léguas da capital e quase às margens do Rio Tietê, põe o autor esta vila, e chama Nossa Senhora de Monte Serrate outras minas, a 12 léguas da capital! A cinco léguas, no caminho desta Bessucaba, havia fazenda de açúcar e marmelos: com ambos de faziam marmeladas... Em conclusão: no Ipanema ou no Itavuvu existiu deveras a vila de São Felipe, e já havia estrada de Piratininha para Sorocaba. [Página 136]

•  “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1 de janeiro de 1957, terça-feira
A expedição fora resgatar com bilreiros. Bilreiros, segundo alguns cronistas (Simão de Vasconcellos, João de Laet), eram nomes portugueses que em tupi designavam os ibirajaras; porque usavam como armas paus ou lanças de madeira. [Página 332]




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18 de setembro de 1628, segunda-feira
Atualizado em 03/11/2025 01:34:43
parte de São Paulo a grande bandeira comandada por Raposo Tavares tendo como imediato Manoel Preto que atacou as reduções jesuíticas e aldeias guaranis, com 69 portugueses, 900 mamelucos e 3 mil índios
•  Cidades (5): Apucarana/PR, Guaíra/PR, Ivaiporã/PR, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (6): Amador Bueno de Ribeira (44 anos), Antônio Raposo Tavares (30 anos), Brás Esteves Leme (38 anos), Geraldo Correa Sardinha (53 anos), Manuel Preto (69 anos), Pedro de Melo Coutinho
•  Temas (12): Apoteroby (Pirajibú), Bairro de Aparecidinha, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho do Peabiru, Caminho Itú-Sorocaba, Caminhos até Ypanema, Estradas antigas, Guayrá, Jesuítas, Judaísmo, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Quitaúna
“Peabiru” de Hernâni Donato do IHGSP
Data: 1971
Página 14
    8 fontes
  1 relacionada

1°. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo*
Agosto de 1972
Partiu de São Paulo, em agosto, a grande expedição de Raposo Tavares contra o Guairá. Constava de quatro companhias, uma das quais sob seu direto comando e as outras chefiadas por Pedro Vaz de Barros, Brás Leme e André Fernandes, de Parnaíba, respectivamente.

A de Raposo Tavares tinha por alferes Bernardo Sanches de Souza e como sargento-mor Manuel Morato Coelho. Comandava a vanguarda Antônio Pedroso de Barros e a retaguarda Salvador Pires de Mendonça. Formando sistema com esta expedição existia outra tropa com Mateus Luís Grou à frente.

Eram todos conhecidos como intrépidos sertanistas, e exímios apresadores de nativos. Comandavam brancos, mamelucos e nativos.

Seguiu a expedição pelo velho caminho nativo do Peabiru (ou caminho de São Thomé) que levava aos Campos Gerais: Pinheiros, Apotribu, Quitaúna, Barueri, Araçoiaba, Pequiri, Iguaçú...

Nos campos do Iguaçú, ultrapassando o Tibagi, a vanguarda da expedição levantou paliçada nas vizinhanças de redução de Encarnação. E ali permaneceram em sondagens, sem atacar, como em armistício, durante 4 meses (outubro de 1628 a fevereiro de 1629). [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, 1972. Página 101]  ver mais



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Evidências de que Afonso Sardinha teria "descoberto" o “Araçoiaba”
1578. Atualizado em 24/10/2025 02:35:33
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 Cidades (5): Carapicuiba/SP, Ivaiporã/PR, Paranaguá/PR, Santos/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (11) Afonso Sardinha, o Velho (47 anos), Brás Cubas (71 anos), Clemente Álvares (9 anos), Domingos Luís Grou (78 anos), Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), Francisco Leopoldo de Aguirre (1852-1890), Heliodoro Eobanos Pereira (n.1588), Jerônimo Leitão, John Whithal (João Leitão), Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919), Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855)
 Temas (27): Apoteroby (Pirajibú), Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Buraco de Prata, Cajurú, Caminho do Peabiru, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Corumbá em Sorocaba, Estradas antigas, Fazenda Ipanema, Fortes/Fortalezas, Itapeva (Serra de São Francisco), Lagoa Dourada, Léguas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Morpion, Nheengatu, Ouro, Peru, Pirapitinguí, Prata, Rio Cubatão, Rio Sorocaba, Rio Ypanema, Saboó, Serra de Ibituruna, Serra de Jaraguá

    7 Fontes
  2 fontes relacionadas

•  “Diccionario geographico, historico e descriptivo do Imperio do Brazil”, Tomo II. Milliet de Saint Adolphe, Paris, França
1 de janeiro de 1845, quarta-feira
São João d´Hipanema - Freguesia da província de São Paulo, no distrito de Sorocaba, de que fica arredada 3 léguas, sobre o ribeiro Hipanema. Sua igreja foi edificada em 1810 para os oficiais da real fábrica de ferro, com o orago de São João Batista, e elevada á categoria de paróquia por decisão régia de 19 de agosto de 1817. No ano seguinte, transferiu-se a pia para uma capela que havia em Tatuhú, que foi então chamada São João de Bem Fica. É o no termo desta freguesia, que foi desanexado do de Sorocaba, que está situada a serra Guaraçoiava, onde o Vicentista Afonso Sardinha descobriu em 1578 uma mina de ferro que tirou grande proveito por conta de D. Francisco de Souza, herdeiro de Martim Afonso de Souza, e seu irmão Pedro de Souza, primeiros donatários das capitanias de São Vicente e de Santo Amaro. O mencionado Afonso Sardinha também encontrou alí um vieiro de prata, de cuja extração tomou conta o governo; mas como fossem grandes as despesas, tudo foi em breve posto de parte, e ficaram aqueles sítios despovoados até o ano de 1803, época em que alguns naturalistas, explorando as serras do distrito de Sorocaba, vieram no conhecimento da verdadeira importância das minas de ferro da serra de Guaraçoiava. Passados sete anos, mandou o príncipe regente vir da Suécia com não pequena despesa uma companhia de mineiros, debaixo da direção de um individuo da mesma nação chamado Hedberg, os quais assentaram quatro forjas que pela má disposição de nada serviram, com grande desprazer de alguns cortesãos, que tinham entrado naquela empresa como acionistas. Em 1815, construíram-se novas forjas por ordem do mesmo príncipe, e uma fábrica numa escala maior que a primeira, e foi encarregado de promover os trabalhos dos engenheiros, e de vigiar sobre tudo o conde da Palma, depois marques do mesmo nome, que nesse tempo governava a província de São Paulo. [Páginas 562 e 563]

•  Caminhos e descaminhos: a ferrovia e a rodovia no bairro Barcelona em Sorocaba/SP, 2006. Emerson Ribeiro, Orientadora Drª. Glória da Anunciação Alves
1 de janeiro de 2006, domingo




  Araçoiaba da Serra/SP
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Fundição de Afonso Sardinha começa a funcionar
1591. Atualizado em 23/10/2025 15:39:25
Relacionamentos
 Cidades (3): Iperó/SP, Ivaiporã/PR, Sorocaba/SP
 Pessoas (4) Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (60 anos), Belchior Dias Carneiro (37 anos), Clemente Álvares (22 anos)
 Temas (6): África, Bituruna, vuturuna, Engenho(s) de Ferro, Fazenda Ipanema, Metalurgia e siderurgia, Ouro

    7 Fontes
  6 fontes relacionadas

•  Floresta guarda fornos industriais
16 de abril de 2000, domingo

•  Araçoiaba da Serra. Esconderijo do Sol: Conto, canto e encontro com os 150 anos da minha história... 2007
1 de janeiro de 2007, segunda-feira
Ipanema foi, sem dúvida, a “célula mater” que deu origem aos municípios de Sorocaba, Araçoiaba da Serra e Tatuí, pois teve sua exploração iniciada em 1591, quando os Afonso Sardinha, pai e filho, à procura de ouro na região, encontraram ferro. Eles eram peritos em mineração e passaram a vida à procura de metais.

•  História de Carapicuíba. João Barcellos
25 de março de 2013, segunda-feira
Em 1591, sob indicações dos nativos guaranis e goayanazes, nos campos de Sorocaba, o capitão Belchior Carneiro encontra veios auríferos no Morro do Byturuna, na aldeia goayanáz. Como a coroa lusa, desde 1580 em mãos dos castelhanos, não faz mineração própria, as minas achadas vão a leilão oficial, e aí, Afonso Sardinha - o Velho arremata a Mina dos Arassarys, no Byturuna, e inicia a mineração com o filho e com Clemente Álvares.

•  Revista Ponto de Fusão
3 de julho de 2015, sexta-feira

•  Anais 5º Simpósio de Gestão Ambiental e Biodiversidade (21 a 23 de junho 2016) TRANSTORNOS CRÔNICOS À SAÚDE DECORRENTES DA ATIVIDADE EXTRATIVA DE PEDRAS E MINÉRIOS*
1 de junho de 2016, quarta-feira
as primeiras tentativas de descoberta de metais e pedras preciosas falharam por quase dois séculos. Em meio a frustrada busca por metais precisos, foi construída em Santo Amaro, a região metropolitana de São Paulo, alguns desenvolvimentos metalúrgicos ocorreram em 1552, utilizando-se depósitos de ferro contendo os minerais hematita e limonita. Tempos depois descobriram depósitos de ferro no Morro do Araçoiaba (proximidades de Sorocaba, estado de São Paulo). Em torno de 1591, foi construída a primeira siderúrgica do país que contava com dois fornos com capacidade para produzir 100 kg de ferro por dia. Deve se destacar que durante todo o século XVI e parte do XVII a Metrópole investiu em recursos para descoberta de ouro, entretanto, o que foi encontrado não esteve à altura do que foi despendido. Também nesse período de declínio coincidiu com a descoberta, nas Minas Gerais, de ricos depósitos aluvionares de ouro, o que abriu todo um ciclo de exploração econômica desse metal,

•  Machado, I. F. e Figueirôa, S. F. de M. História da Mineração Brasileira. Curitiba: Editora CRV, p. 43-48, 2020
1 de janeiro de 2020, quarta-feira
Por volta de 1591, utilizando-se de ferro descoberto no Morro do Araçoiaba, em Sorocaba (SP), Afonso Sardinha construiu a primeira instalação siderúrgica, que contava com dois fornos capazes de produzir 100 kg de ferro por dia.




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1595
Atualizado em 30/10/2025 03:31:23
Manuel Juan de Morales foi enviado pelo governador à Capitania de São Vicente onde, juntamente com outros dois mineiros (um deles alemão, Wilhelm Glymmer), diz ter descoberto a serra de “Sirasoyaba
•  Cidades (4): Ivaiporã/PR, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (11): Afonso Sardinha, o Velho (64 anos), Clemente Álvares (26 anos), Fernão Dias Paes Leme (1º) (45 anos), Francisco de Sousa (55 anos), João Pereira Botafogo (55 anos), João Pereira de Souza (f.1605), Jorge Correa, Manoel Soeiro, Manuel João Branco (f.1641), Sebastião de Freitas (30 anos), Wilhelm Jostten Glimmer (15 anos)
•  Temas (5): Alemães, \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\i2330.txt, Fazenda Ipanema, Ouro, Sabarabuçu
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1°. “Os companheiros de D. Francisco de Souza”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
1929
Sebastião de Freitas veio com d. Francisco da Metrópole, tendo tomado parte na expedição de Gabriel Soares de Sousa (1591). Natural de Alagôa, da cidade de Silves, no Algarve, filho de Manuel Pires, passou, logo após o fracasso do senhor de engenho bahiano, para a Capitania de São Vicente, tendo se casado com d. Maria Pedroso, filha de Antonio Rodrigues de Alvarenga, tronco dos Alvarengas de São Vicente.

Exerceu os cargos de almotacel (1596-1598), juiz da Câmara (1600), vereador (1604-1609) e capitão da vila de São Paulo: a primeira vez por provisão de 22 de junho de 1606 e a segunda vez pela provisão datada de 12 de janeiro de 1609. Obteve várias dadas de chão, e uma sesmaria concedida pelo capitão-mór Pedro Vaz de Barros. Por alvará de 6 de junho de 1600, foi armado cavaleiro por d. Francisco de Sousa e nesse documento se faz referência aos serviços que prestara.

Assim, no ano de 1594, acompanhou ao capitão-mór Jorge Corrêa ao sertão - "desta Capitania a dar guerra ao inimigo, tendo vindo a esta vila de São Paulo a dar-lhe guerra e pô-la em cêrco. E no ano de 1595 acompanhou o capitão Manuel Soeiro ao sertão todo o tempo que lá andou e, no ano de 1596, acompanhou ao capitão João Pereira de Sousa ao sertão com sua pessoa e escravizados a uma guerra que para bem da dita Capitania foi dar; e, no ano de 1599 acompanhou ao capitão Diogo Gonçalves Laço, indo de socorro desta vila de São Paulo para o porto e vila de Santos a um rebate que houve de quatro velas inimigas que ali andavam e alí assistiu todo o tempo que o dito capitão esteve até se tornar para esta vila. E, outrossim, me acompanhou com suas armas e escravizados ao descobrimento das minas de ouro e prata e mais metais á serra de Biraçoiaba e ás mais partes por onde andei e, depois disto, me acompanhou até o porto e vila de Santos, indo eu de socorro por ter novas andarem na ilha de São Sebastião quatro velas inimigas..."

Sebastião de Freitas parece ter falecido depois da expedição de ataque ao Guairá (1628).  ver mais

2°. “Jesuítas e bandeirantes no Guairá (1549-1640)”. Pedro de Angelis (1784-1859)
1951
Relatório de Manuel Juan de Morales das coisas de San Pablo e males de seus habitantes feito a Sua Majestade por um Manuel Juan de Morales da mesma cidade. 1636

vem f. 1 p. a este estado do Brasil no ano de 1592, enviado por seu avô de V. Mag., sendo Virey de Portugal o Duque de Alba, e vindo como governador do Brasil, D. Francisco de Sosa, que ao chegar me enviou ao Serjipe morro a mais de 200 léguas da Baía, para descobrir minas, onde Gabriel Suarez, que veio como descobridor de ouro, se perdeu.

No ano de 1595, ele me enviou a esta Capitania para descobrir um engano, e tendo encontrado, e coletado ouro, fui pessoalmente contar-lhe o que havia acontecido, e novamente ele me ordenou que voltasse na companhia de um garimpeiro. , que não fez nada. , e tendo vindo outro de prata, descobrimos uma montanha chamada Sirasoyaba, que é muito rica de Ferro, e disse que era de prata, em confirmação do que enviou uma pedra, que deve ter trazido ao pai de V. Mag. por ordem de quem veio de D. Francisco de Sosa para frequentar as minas de prata, que vendo que nada foi obtido e que o mineiro alemão havia morrido, ele enviou o mineiro de ouro, o mineiro de prata e eu ao tribunal. chegamos a Valladolid no ano de 1600. [Páginas 182 e 183]  ver mais

3°. Entre faisqueiras, catas e galerias: Exploração do ouro, leis e cotidiano das Minas do Século XVIII (1702-1762), 2007. Flávia Maria da Mata Reis, Belo Horizonte, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG
2007
No ano de 1595, foi enviado pelo governador à Capitania de São Vicente onde, juntamente com outros dois mineiros (um deles alemão), diz ter descoberto a serra de “Sirasoyaba” [Araçoiaba] (A historiografia dos descobrimentos geralmente reconhece Afonso Sardinha como o descobridor dessa serra, o que teria ocorrido nos últimos anos do século XVI. Sem necessidade de aprofundar este debate, resta dizer que nada impede que o espanhol e os Afonso Sardinha (pai e filho) tenham empreendido juntos expedições de descobrimentos em Araçoiaba.), cujas amostras, enviadas à Espanha em 1600, revelaram ser a mesma riquíssima em ferro e ouro, e não em prata como a princípio se acreditava.  ver mais



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“Historia argentina del descubrimiento, población y conquista de las provincias del Río de la Plata”. Ruy Diaz de Guzman (1559-1629)
1612. Atualizado em 24/10/2025 04:15:32
Relacionamentos
 Cidades (4): Cananéia/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (6) Aleixo Garcia (f.1526), Bacharel de Cananéa, Duarte Peres, Francisco de Sousa (1540-1611), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Ruy Diaz de Guzman (53 anos)
 Temas (27): Cachoeiras, Caciques, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Canôas, Capitania do Espirito Santo, Carijós/Guaranis, Colinas, Guaranis, Guayrá, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Nheengatu, Ouro, Paiaguás, Peru, Piqueri, Portos, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio Iniambis, Rio Latipagiha, Rio Paraguay, Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Sorocaba, Trópico de Capricórnio

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•  “Sorocaba e os castelhanos”, Aluísio de Almeida, codinome de Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Diário de Notícias, página 13
1 de setembro de 1940, domingo
Uma vista rápida sobre esse mapa nos mostrará as reduções do Guairá em frente a Sorocaba. E o rio Sorocaba incrivelmente afluente do Paranapanema! E, pior, da margem esquerda.O fazedor da carta geográfica interrogou viajantes, estes disseram: De São Felipe chega-se ao Paraná, pelo Paranapanema. Mais que depressa, o rio de Sorocaba passou a cair no Paranapanema. Uma verdade que se abusou...O caminho das bandeiras que destruíram o Guairá só podia ser esse mesmo peabirú, depois estrada de tropas com encruzilhada em Itapetininga.

•  João Barcellos - “Mairinque: Entre o Sertão e a Ferrovia”
1 de janeiro de 2013, terça-feira




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1865
Atualizado em 03/11/2025 01:34:44
Quando o Brasil sustentava uma guerra com a República do Paraguai, foi encarregado da reorganização da fábrica o cap. de engenheiros Dr. Joaquim de Souza Mursa. O ministério da guerra, debaixo de cujas ordens estava o estabelecimento, marcou a produção diária de três toneladas de ferro fundido cinzento e uma tonelada de ferro batido
•  Cidades (1): Sorocaba/SP
•  Pessoas (2): Giovanni Mã de Agostini, Joaquim de Sousa Mursa (37 anos)
•  Temas (3): Fazenda Ipanema, Guerra do Paraguai, Última Fábrica de Ferro no Ipanema
Revista de Engenharia/RJ
Data: 1886
Número 147. Página 217
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1°. “O Vulgarisador” (RJ)
1878

2°. A GUERRA DE S. SEBASTIÃO (1912-1916): UM ESTUDO SOBRE A RESSIGNIFICAÇÃO DO MITO DO REI ENCOBERTO NO MOVIMENTO SOCIORRELIGIOSO DO CONTESTADO. EDUARDO RIZZATTI SALOMÃO
2012
Em meados de 1865 ou 1870, João Maria teria retornado ao Morro do Ipanema. Um bilhete encontrado no arquivo na Fábrica de Ferro, atribuído ao administrador Costa Passos e enviado ao Coronel Joaquim de Sousa Mursa, então diretor da fábrica, informa que o monge desapareceu e que no abrigo por ele ocupado se encontrou vestígios de sangue.

Especulou-seque uma fera ou um criminoso tenha dado fim ao andarilho, mas nada foi encontrado para corroborar essa versão. Há notícias de que João Maria permaneceu em São Paulo e faleceu antes de 1889, no Morro Pelado, em Itirapina, ou em Araraquara, entre os anos 1906 e 190782. Mas esses relatos não são consistentes, pois outras informações, mais bem documentadas, apontam para a saída do peregrino do Brasil, como será visto posteriormente.  ver mais

3°. A estranha história de uma tal de “Casa das Armas Brancas”. Fernando JG Landgraf e Luciano Regalado
25 de fevereiro de 2023, sábado
Há anos palco para muitas fotos de noivas, e até festas, a “Casa de Armas Brancas” é um grande prédio de pedra na área histórica da Flona Ipanema, terminado de construir em 1887. O prédio tinha desabado, nos anos 1940, foi reconstruído nos anos 1960 e para lá foram levadas várias máquinas das Oficinas antigas, tornos enormes fabricados na Alemanha no século 19. Mas e esse nome, o que quer dizer?

Armas Brancas são facas, machados, punhais. As lendas gostam de imaginar que essas tais armas devem ter sido fabricadas ali para uso na última guerra que o Brasil liderou, a Guerra do Paraguai. Tudo imaginação. A Fábrica de Ferro de Ipanema estava desativada quando a Guerra começou, em 1865, e não há notícia de ter contribuído com armas ou munições, até o fim da guerra, em 1870. Existem relatórios anuais muito completos sobre a Fábrica, nessa época, e nenhuma menciona produtos para a guerra. O prédio, pior, nem estava construído.  ver mais



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Também compareceram à câmara oficiais mecânicos, entre eles, o ferreiro Clemente Álvares
5 de junho de 1593, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:21:27
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 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (6) André Gonçalves "Braz" (n.1570), Bartholomeu Bueno I (38 anos), Clemente Álvares (24 anos), Diogo Ordonhez de Lara (43 anos), Fernão d’Álvares (n.1500), Pedro Leme, o velho
 Temas (4): Calçados, Fazenda Ipanema, Metalurgia e siderurgia, Ouro

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  1 fonte relacionada

•  Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social Orientadora: Profa. Dra. Nanci Leonzo
1 de janeiro de 2012, domingo
Em 1593 também compareceram à câmara oficiais mecânicos, entre eles, o ferreiro Clemente Álvares. [Página 41]




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João Baptista Victoriano escreveu uma Representação ao Governador Martim Lopes Lobo de Saldanha reclamando de um alferes que lhe estorvava a empresa do novo descoberto do Morro Ivutucavarú, na capitania de São Paulo
21 de janeiro de 1782, segunda-feira. Atualizado em 09/09/2025 21:22:35
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 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Martim Lopes Lobo de Saldanha
 Temas (8): Cachoeiras, Capitania de São Paulo, Lagoa Dourada, Léguas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Papagaios (vutu), Vutucavarú

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•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXVII
1 de janeiro de 1929, terça-feira
Ficaram de todos os ciclos das descobertas, interessante documentos, alguns verídicos, como este que vai transcrito, encontrado entre os papéis despachados pelo capitão general, Martim Lopes Lobo de Saldanha, apenso a um requerimento solucionado em 21 de janeiro de 1782. Dizia:

ARANZEL OU ROTEL DE HAVER OURO E PEDRAS PRECIOSAS NOS CAMPOS ENTRE O SUL E O LESTE

Entrando nos ditos campos entre o Sul e o Leste rumo direito passaram dois ribeirões, e o depois passaram duas Serras; darão em um Ribeirão em cima meio descalvado, ou com bastante pedras. Em dois Córregos que emanam da Serra e fazem Barra no dito Ribeirão tem ouro com abundância. Subindo a Serra dobrando para trás tem outro ribeirão mais pequeno, como uma Cachoeira: pelo barranco acima da Cachoeira tiraram o ouro em pedaços. Irão para adiante, pendendo para o sul alguma coisa; subindo e descendo algumas Serras, não mui alcantiladas, darão com um vargedo grande que atola tem quatro ou cinco palmos de Lodo, abaixo tem um bom cascalho, e tem grandiosa pinta. Irão adiante e darão com uma Lagoa Grande na veira desta Lagoa fez-se um socavão, tirou-se ouro em pedaços, e muitas pedras que não soubemos conhece-las de várias cores e pareciam serem preciosas todas. Isto de Sorocaba picando o mato, serão oito ou dez dias. Por estar para morrer e já não ter esperanças de vida, faço este aranzel deixando para os viventes; muitos anos não quis declarar estes haveres; e quem achar com este meu Roteiro Os haveres ditos, peço me mande dizer quarenta missas outras quarenta pelas mais necessitadas almas. [Páginas 87 e 88]

•  Histórias ilustradas de Ypanema e do Araçoiaba, 2011. Gilson Sanches
1 de janeiro de 2011, sábado
Os documentos mais antigos que fazem referência ao Morro de Araçoiaba e à Lagoa Dourada são as cartas do padre jesuíta José de Anchieta, indicando que o local ficava em uma montanha a oeste de São Paulo, e que muitas pessoas chamavam de Uvutucavarú (morro aurífero, assemelhando-se a um cavalo). Possivelmente seguindo essas informações de Anchieta e a lenda dos tupiniquins de que haveria enorme tesouro em ouro na Lagoa Dourada, os sertanistas Afonso Sardinha (pai e filho) e seus companheiros foram atraídos até o morro do Araçoiaba, nas proximidades do ano de 1587. [Página 18]




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Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen se torna diretor da Real Fábrica de Ferro em Ipanema
fevereiro de 1815. Atualizado em 27/08/2025 05:23:03
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 Cidades (2): Iperó/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Carl Gustav Hedberg (41 anos), Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen (32 anos), Wilhelm Ludwig von Eschwege (38 anos)
 Temas (4): Escravizados, Fazenda Ipanema, Rio Waivaicari, Vaivary, Verde, Senzalas

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•  Varnhagen: O Homem e a Obra; Revista "América Brasileiro", diretor: Elysio de Carvalho*
1 de março de 1923, quinta-feira

•  “ESCRAVOS DA NAÇÃO”: O PÚBLICO E O PRIVADO NA ESCRAVIDÃO BRASILEIRA, 1760 -1876. Ilana Peliciari Rocha. Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Econômica, do Departamento de História Econômica da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em História. Orientador: Horacio Gutiérrez
1 de janeiro de 2012, domingo
“Taipas piladas para morada dos Escravos”; - As senzalas estavam dispostas próximas à residencia do inspetor ou diretor, que com a ajuda de soldados, as vigiavam.

•  “Ruínas Paulistas”. Renata Sunega, Marcos Tognon e Marcelo Gaudio Augusto
1 de janeiro de 2021, sexta-feira
O primeiro edifício que identificamos a se beneficiar com a força motriz gerada pela barragem do rio Ipanema é a Serraria. Construída entre 1815 e 1820, foi o segundo prédio da propriedade com essa finalidade: o "engenho de serrar", original teria sido erguido por Hedberg às margens do rio Vaivary, atual Rio Verde, antes da conclusão da barragem. [Página 109]



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