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Atualizado em 30/10/2025 10:31:37 Carta da província de Minas Geraes, 1862. Henrique Gerber ![]() Data: 1862 Créditos: Henrique Gerber (mapa(.293.
Os limites das capitanias hereditárias do sul e o conceito de território, Jorge Pimentel Cintra 2017. Atualizado em 25/02/2025 04:41:21 Relacionamentos • Cidades (22): Angra dos Reis/RJ, Bertioga/SP, Cabo Frio/RJ, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Guaratinguetá/SP, Iguape/SP, Itanhaém/SP, Itu/SP, Jacareí/SP, Jundiaí/SP, Mogi das Cruzes/SP, Paranaguá/PR, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Sebastião/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP, Ubatuba/SP • Pessoas (9) Condessa de Vimieiro (1570-1646), Fernão Vieira Tavares (1565-1622), Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pero Lopes de Sousa (1497-1539), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), 1o Visconde de Asseca (1639-1678), João Correia de Sá • Temas (6): Capitania de Santa Ana, Capitania de Santo Amaro, Capitania de São Tomé, Capitania de São Vicente, Geografia e Mapas, Léguas • 1. Criada a Capitania de Itanhaém 6 de fevereiro de 1624 • 2. Os limites das capitanias hereditárias do sul e o conceito de território, Jorge Pimentel Cintra 2017
Atualizado em 30/10/2025 10:31:35 Salvador manda abrir uma estrada para elaborar a repartição das minas ![]() Data: 1954 Créditos: Ernani Silva Bruno Página 218
Atualizado em 30/10/2025 10:31:37 Valor que a Câmara Municipal deveria pagar ao Governo ![]() Data: 1729 (!)
Atualizado em 30/10/2025 23:28:52 Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volumes 20-21 ![]() Data: 1918 Página 732
• 1°. Lagoa Dourada Este "caminho velho" fraldeava as serras do Bananal e Cahêpupú até o entroncamento com a cordilheira marítima (tapera do Índio Roque), dirigindo-se dali para os sertões de Sorocaba, Araçariguama, Araritaguaba (Porto Feliz) etc. Era nessa região, cortada pelos dois caminhos - do gado e da aldeia velha (Paraná-mirim) - que estavam situadas as minas de Araçoiaba e as legendárias terras auríficas de Botucavarú, Lagoa Dourada e outras, das quais os aranzéis (roteiros antigos) nos dão notícias. O morro e cachoeira do Mineiro, nas proximidades de Mongaguá, entre Aguapeí e Rio Branco, indicam ainda, na nomenclatura geográfica de Itanhaém, a preocupação constante dos seus primitivos povoadores. [Página 1148 do pdf, 270] • 2°. D. Francisco voltou ao reino com dois mineiros espanhóis e um nativo, testemunhas do muito que fizera em São Paulo* • 3°. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza CARTA AO DONATÁRIO DA CAPITANIA Com o capitão João Pereira de Souza, que Deus levou, recebemos nesta câmara uma carta de V.mercê o ano passado, na qual nos manda que lhe escrevamos miudamente tudo o que parecer. Alguns treslados de cartas se acham aqui das que escrevemos a Vme; nos parece que não lhe foram dadas. O que de presente se poderá avisar, muito papel e tempo seria necessário, porque são tão várias e de tanta altura as coisas que diariamente sucedem, que não falta matéria de escrever e avisar e se, poderá dizer, de chorar. Só fazemos lembrança a Vme. que se sua pessoa, ou coisa muito sua, desta Capitania, não acudir com brevidade pode entender que não terá cá nada, pois estão as coisas desta terra com a "candeia na mão" e cedo se despovoará, porque assim os Capitães e Ouvidores que Vme. manda, como os que cada quinze dias nos "mettem" os governadores gerais, em outra coisa não entendem, nem estudam, senão como nos hão de esfolar, destruir e afrontar, e nisto gastam o seu tempo. Eles não vêm nos governar e reger, nem aumentar a terra que o sr. Martim Afonso de Souza ganhou, e S. Magestade deu com tão avantajadas mercês e favores. Vai isto com tal maneira e razão, que pelo eclesiastico e pelo secular, não ha outra coisa senão pedir e apanhar; e um que nos pedem e outro que nos tomam, tudo é seu e, ainda lhes fiamos devedor. E, se falamos, prendem e excomunam-nos, e fazem de nós o que querem, que como somos pobres e temos remédio tão longe, não há outro rccurso senão baixar e servir e sofrer o mal que nos põem. Assim, Senhor, acuda, veja, ordene e mande o que lhe parecer, que muito tem a terra que dar: é grande, fértil de mantimentos, muitas águas e lenhos, grandes campos e pastos, tem ouro, muito ferro e açuar e esperamos que haja prata pelos muitos indicios que há, mas faltas mineiros e fundidores destros. E o bom governo é o que nos falta, de pessoa que tenha consciência e temor de Deus, e valia; que nos mandem o que for justo e nos favoreçam no bem e castiguem o mal quando o merecermos, que tudo é necessário. Diogo de Quadros é ainda provedor das minas; até agora tem progredido bem: anda fazendo um engenho de ferro a três léguas desta vila, e como se perdeu no Cabo Frio, tem pouca posse e vai devagar, mas acabado, será de muita grande importância por estar perto daqui com três léguas, e haverá metal de ferro; mas há na serra de Byraçoiaba 25 léguas daqui para o sertão, em terra mais larga, e abasta, e perto dali com três léguas está a Cahatyba de onde se tirou o primeiro ouro, e desde ali ao Norte gaverá 60 léguas de cordilheira de terra alta, que toda leva ouro, principalmente a serra de Jaraguá, de Nossa Senhora do Monte Serrate, a de Voturuna, e outros. Pode Vmc. fazer aqui um grande reino a S.M,; há grande menero e trato para Angola, Perú e outras partes, podem-se fazer muitos navios que só o bem se pode trazer de lá, pois ha muito algodão, muitas madeiras e outros achegos. Quanto a conservação dos nativos que não convém termos a vexar-nos, assim como nos fazem a nós o faremos a ele, e os cristãos vizinhos são quase acabados, mas no sertão ha infinidade deles e muitas nações, que vivem a lei de brutos animais, comendo-se uns aos outros, que se os descermos, com ordem para serem cristãos será coisa de grande proveito; principalmente os nativos Carijós, que estão a oitenta léguas daqui por mar e por terra e se afirma que são 200.000 homens de arco. Esta é uma grande empresa e Vmc. ou coisa muito sua lhe está bem que S.M. lh concedesse, e lhe importaria de 100.000 cruzados, afora os de seus vaçalos, o que pelo tempo adiante pode abundar nesta Capitania, além do particular do mesmo nativo vindo ao gremio da Santa Madre Igreja. Tornamos a lembrar, acuda Vmc. porque de Pernambuco e da Bahia, por mar e por terra, lhe levam os nativos do sertão e distrito, e muito cedo ficará tudo ermo com as árvores e as ervas do campo somente; porque os portugueses, bem sabe Vmc. que são homens de pouco trabalho, principalmente fora do seu natural. Não tem Vmc. cá tão pouca posse, que das cinco vilas que cá tem, com a Cananéa, pode por em campo para os Carijós mais de 300 homens portugueses, foram os seus nativos escravizados, que são mais de 1.500, gente usada ao trabalho do sertão, que com bom caudilho passam ao Perú por terra, e isto não é fábula. Já Vmc. será sabedor como Roque Barreto, sendo capitão, mandou ao sertão 300 homens brancos a descer os nativos e gastou dois anos na viagem, com muitos gastos e mortes, e por ser contra uma lei de El-Rey que os padres da Companhia trouxeram, o governador Diogo Botelho mandou provisão para tomarem o terço para ele, e depois veio a ordem para o quinto. Sobre isso houve aqui muito trabalho e grandes devassas e ficaram muitos homens encravados, que talvez ha nesta vila hoje mais de 65 homiziados, não tendo ela mais de 190 moradores. Se lá for alguma informação de que a gente desta terra é indômita, creia Vmc. o que lhe parecer, com o resguardo que deve aos seus, que há quem sofra tantos desaforos. [Páginas 731 e 732] • 4°. D. Francisco chegou em São Paulo • 5°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil Vila de Sorocaba e as minas de BiraçoyabaA vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba foi povoação que, pelos anos de 1670, fundou a paulista Balthazar Fernandes, irmãos dos povoadores da vila de Parnahyba e Itú, com seus genros André de Zunega e Bartholomeu de Zunega, cavaleiros da província do Paraguay das Indias de Castella, e á custa da sua própria fazenda fizeram construir a Igreja matriz, casa de Conselho e Cadeia; e se aclamou vila por provisão do Capitão-mór loco-tenente do donatário de Itanhaém, Francisco Luiz Carneiro de Souza, conde da Ilha do Príncipe.Porém, no sítio chamado "Serra do Biraçoyaba", adiante desta vila, levantou pelourinho D. Francisco de Souza, por conta das minas de ouro, de prata e de ferro, que na dita Serra estavam descobertas pelo paulista Afonso Sardinha; e o mesmo D. Francisco de Souza lhe deu o nome de Minas de Nossa Senhora do Monteserrate: porém com sua ausência para o reino, saindo de São Paulo em junho de 1602, para embarcar no porto de Santos, a direitura cessou e com ela o labor das minas de Biraçoyaba, até que, em melhor sítio se fundou a vila que atualmente existe.São estas as palavras textuais da notícia que, sobre a fundação desta vila, escreve Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), na sua "História da Capitania de São Vicente". Nesta serra de Biraçoyaba (Ipanema), diz ainda o referido autor, houve um grande engenho de fundir ferro construído á custa do paulista Afonso Sardinha, cuja manobra teve grande calor pelos anos de 1609, em que voltou a São Paulo o mesmo D. Francisco de Souza, constituído governador e administrador das Minas descobertas e por descobrir, das três Capitanias, com mercê de "Marques das Minas", com trinta mil cruzados de juro e herdade, falecendo, porém, em São Paulo, o mesmo D. Francisco de Souza em junho de 1611.Com o decurso dos anos se extinguiu o labor da extração do ouro e da fundação de ferro. Nesta mesma serra de Biraçoyaba fundiu pedras e delas extraiu boa prata, Frei Pedro de Souza, religioso da Santíssima Trindade, quando para estes exames veio mandado pelo príncipe regente D. Pedro, em 1680 (...) [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volumes 20-21, 1918. Páginas 613 e 614 do pdf, 585 e 586] • 6°. O conde da Ilha do Principe nomeia Gabriel de Lara Capitão-mór (50 léguas - 241,402km) • 7°. Demarcou o rocio de Paranaguá Relação dos Capitães-Móres Governadores da Capitania de Itanhaem, desde 1622 até 172112° - Dyionisio da Costa (Releito?) O nosso ilustre consócio Dr. Carmelino de Leão na lista dos Capitães-móres Governadores de Itanhaem diz o seguinte: Um dos sucessores de Moura Fogaça no governo de Itanhaem foi Dyonisio da Costa, nomeado a 20 de novembro de 1648 e que pensamos só exerceu o cargo até 1650. "Deste governador não há referência na crônica de Vieira Santos: entretanto um dos documentos constantes da memória de Benedito Calixto, (a Villa de Itanhaém) menciona Dyonisio da Costa como Capitão, firmando termo de doação de Santo Antonio do Rio de Janeiro, aos 2 dias do mês de janeiro de 1654, sendo o segundo signatário do auto de posse lavrado na mesma data". De fato, na nossa monografia "a Villa de Itanhaém" como neste livro, na parte que se refere "á fundação do Convento de Nossa Senhora da Conceição", estão transcritos esses documentos que faziam parte do Arquivo da Câmara de Itanhaém. Em ambos os documentos, que trazem a data de 2 de janeiro de 1654, contém a assinatura de Dyonisio da Costa. Se bem que nossa assinatura não venha indicado o seu título de "Capitão governador e Ouvidor" vê-se, pela leitura do mesmo termo, que o "Capitão Dyonisio da Costa" era a principal pessoa do lugar, visto ser a primeira nomeada, como era de praxe. (...) No termo de posse a pessoa que assina, em primeiro lugar, depois do Vigário, é Dyonisio da Costa, o que demonstra bem ser ele a primeira autoridade na sede da Capitania dos condes de Vimeiros, como declara o mesmo documento. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volumes 20-21, 1918. Páginas 447 e 448 do pdf, 437 e 438] "Não sabemos se Escobar já residia no Brasil quando D. Diogo de Faro e Sousa fê-lo seu loco-tenente. A situação da Capitania de Itanhaém era precária, com a descobertas das minas de Paranaguá e Curitiba; numerosos povoadores de suas terras emigraram para as novas conquistas, de sorte que se fazia mister chamar para seu governo novas povoações que se estabeleciam ao sul do Brasil". (As Capitanias de Itanhaem e Paranaguá, por Ermelino de Leão). Além das povoações que iam estabelecendo ao sul como diz o citado historiador, os governadores de Itanhém, desde 1633, como se verifica desta lista, já vinham dilatando a conquista territorial ao norte da Capitania, fundando povoações e vilas no litoral desde Angra dos Reis até Paraty, e depois no interior, no vale do Parahyba, criando as vilas de Taubaté, Guaratinguetá, e Pindamonhangaba, onde se formaram os primeiros elementos das bandeiras que haviam de penetrar e desvendar as riquezas do sertão. "Escobar, acumulando os cargos de Capitão-mór, governador, sesmeiro, ouvidor, corregedor e provedor das minas, com amplos poderes de que se achava armado pelo seu constituinte, procurou levar a efeito os seus desígnios de administração com o mais louvável zelo. Segundo um apontamento que temos, quando D. Diogo de Faro e Sousa, doou a Capitania de Itanhaém a sua irmã ou prima, D. Maria de Faro, Escobar já se achava empossado no cargo de governador de Itanhaém. O conde da Ilha do Príncipe, ao receber o dote de sua esposa, tratou de valoriza-lo e incumbiu-o de tomar posse das 50 léguas de costa que governava, em seu nome, como novo donatário. Escobar teve a habilidade de desempenhar-se da comissão, chamado a simpatia do povo para a causa de seu constituinte. Em Paranaguá, tratou logo de captar a boa vontade de Gabriel de Lara, capitão Fundador da Vila, a quem passou patente de Capitão-mór a 12 de outubro de 1653. No ano seguinte, o Capitão-mór Escobar percorrer as vilas do sul, organizando-as e dando-lhes provimento. A 2 de janeiro de 1654 demarcou o rocio de Paranaguá. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volumes 20-21, 1918. Páginas 449 e 450 do pdf, 439 e 440] • 8°. Firmado o termo de daação feita pela Irmandade de N. S. da Conceição, aos religiosos de Santo Antonio do Rio de Janeiro • 9°. Diogo Vaz toma posse em Lisboa Escritura de dote aos Condes da Ilha do Príncipe, D. Luiz Carneiro e D. Marianna de Faro e Souza, da Capitania de Itanhaém. (Esta doação foi feita em 5 de janeiro de 1654 pelo então donatário da mesma Capitania D. Diogo de Faro e Souza, aos Condes da Ilha do Príncipe.) [p. 1042 do pdf O segundo traslado desta "Escritura de doação da Capitania de Itanhaém", feita em Lisboa no ano de 1654, foi enviada para a Vila da Conceição de Itanhaém, em ai transcrito no livro de Registros da mesma Câmara. Deste traslado se tirou outra cópia que foi registrada no livro competente da Câmara da vila de Angra dos Reis, que fazia parte então da Capitania de Itanhaém. [p. 1047 do pdf] Este sétimo donatário - da Capitania de Itanhaém - D. Luiz Carneiro -esteve na posse da dita donatária, desde 5 de janeiro de 1654 até 28 de abril de 1679, em que foi substituído por seu filho D. Francisco Luiz Carneiro, o qual obteve do Príncipe Regente D. Pedro II a confirmação da "doação das cem léguas feitas por D. João III ao primeiro donatário Martim Afonso de Souza." conforme se verá no Capítulo seguinte. [p. 1051 do pdf] • 10°. Reunida a camará com o capitão-mór, e pessoas notáveis da vila, entre as quaes o visitador da Companhia de Jesus, o abade do mosteiro de S. Bento, o prior do convento do Carmo e o governador dòo convento de S. Francisco, ordens monásticas já existentes (*), é resolvido conservar a José Ortiz de Camargo no cargo de ouvidor, sem porém poder usar da provisão, até chegar o ouvidor sindicante. Este acordo, ao qual nâo se quiz sujeitar o referido Ortiz Dentro desse período de 1606 a 1640 fundou-se regularmente o núcleo da missão em Cananéa, como já ficou descrito e deu-se começo a um outro núcleo em Paranaguá. Foi seguramente, em torno dessa "casa da missão" provisória, que mais tarde se aglomerou a povoação, cujo pelourinho foi ereto em 1640. Dessa época em diante, a missão apostólica do sertão e do litoral foi de novo interrompida: - não pelas hostilidades dos Carijós contra os missionários, pois esses nativos, em grande parte, já estavam aldeados sob a tutela dos missionários; os outros, acossados pelos espanhóis do Uruguay e pelos sertanistas paulistas, vinham pedir a paz e entregar-se voluntariamente ao cativeiro; mas isto o faziam pela falta absoluta de missionários que haviam sido tumultuosamente expulsos de São Paulo e de toda a Capitania, em 1640. Essa primeira expulsão dos Jesuítas perdurou até o ano de 1654, que foi quando os missionários voltaram para de novo tomarem posse de suas Casas e Colégios. No ano de 1687, porém, os paulistas tentaram ainda expulsar os Jesuítas da Capitania. [Página 735] (...) que dava entrada para o 1° salão da Casa da Câmara, logo mandou aos carpinteiros que lhe metessem os machados, executando-se o mesmo com as mais portas, que fechadas impediam o ingresso para a sala do conselho. Estando dentro mandou fazer o mesmo a uma arca de madeira grossa, dentro da qual se conservava a dos Pelouros, que tinha feito o intruso Ouvidor José Ortiz de Camargo no ano de 1652 como temos referido. Quebrada também a arca dos Pelouros foram estes dados ao fogo na presença do mesmo Desembargador Ouvidor Geral em ata da Câmara. E logo procedendo uma nova canônica Eleição de Pelouros (para os quais havia já muitos dias mandado publicar seu Edital, o qual serviu de aviso para o disposto atendido, que executou Jeronimo de Camargo) saíram eleitos, e no mesmo ato tomaram posse para Juízes Ordinários em 1653 e 1654 Domingos Garcia Velho e Domingos Roiz de Mesquita; para Vereadores o Capm. Francisco Cubas; Calixto da Motta, e Gaspar Corrêa o moço; Procurador do Conselho Sebastião Miz. Pereira. Depois em 7 de junho do mesmo ano, tornou Desembargador Corregedor á Câmara e proveu em 28 Capítulos de sua Correição, admiráveis preceitos que até hoje servem de um público testemunho da sua grande jurisprudência, zelo, e retidão pelo serviço do Rei e de Deus, com utilidade do público e moradores de São Paulo. Archivo da Câmara de São Paulo, 1° de vereanças 1651 página 56. Esse procedimento despertou novos estímulos do ardor e ódio, no desprezado e repelido Ouvidor José Ortiz de Camargo, que como cabeça do bando, e séquito da família do seu apelido, unido com seu irmão Fernando de Camargo do cap. 1° retro passou a Bahia a solicitar novas ordens para a restituição da posse do lugar de Ouvidor da Comarca de que se achava espoliado. E era grande o seu respeito, e não desigual o seu Cabedal, concorreram-lhe a fazerem-lhe bolça os seus mesmos parentes, ou já como interessados no despique, ou como ofendidos no desprezo. Tendo conseguido na Bahia os efeitos desejados, e recolhendo-se a São Paulo sua pátria, protestou por cartas de aviso, que adiantou, que o seu ânimo era conservar a sua jurisdição, a paz e o sossego público, sem alteração de novidade, porém os ânimos dos magoados se por uma consideração se capacitavam da devida obediência e cumprimento das ordens do Superior Governo do Estado, que trazia José Ortiz de Camargo, por outras razões que lhe ditava o temor, receavam dar-lhe posse. Serenou esta aflição de perturbações a advertência, que houve de se tomar um Acordão de transação e amigável composição celebrado em 9 de fevereiro de 1654 no Colégio dos Padres Jesuítas sendo presente a este ato o Padre Antonio Roiz, como reitor do dito Colégio e o Reverendo Visitador Simão de Vasconcelos com os Prelados das mais Religiões: [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volumes 20-21, 1918. Páginas 747 e 748] • 11°. Confirmação da posse das terras Além desta Alvará, consta do mesmo arquivo, este "Instrumento de Procuração", que ainda se refere á posse da referida Capitania de Itanhaém, dada em dote á Dona Marianna de Faro e Souza, Condessa da Ilha do Príncipe: "Luis Carneiro, Senhor das ilhas de Santa Helena e de Santo Antonio e do Príncipe: Conde dela, do Conselho de Sua Majestade que Deus guarde etc. - Dou poder ao Senhor D. Luiz de Almeida, meu sobrinho, para que por mim e em meu nome me faça mercê de mandar tomar posse da Capitania de Itanhaém, de cem léguas da Costa, no distrito do Rio de Janeiro, com tudo a ela pertencente, na forma das doações dela, e Mercê que Sua Majestade me tem feito, por renunciação do Senhor D. Diogo de Faro e Souza, em parte do dote da Condessa sua Irmão e minha presada mulher; e para mandar cobrar as rendas da dita Capitania de Itanhaém, tomar contas e dar quitações, e prover em todas as demais causas que a bem dele convier; para o que lhe dou todos os poderes e direitos necessários para substabelecer em um e mais procuradores que lhe parecer, com os mesmos poderes. Passada em Lisboa no derradeiro dia do mês de abril de 1654. - O Conde da Ilha do Príncipe, D. Luiz Carneiro." [p. 1050 do pdf] • 12°. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados* Este sétimo donatário - da Capitania de Itanhaém - D. Luiz Carneiro -esteve na posse da dita donatária, desde 5 de janeiro de 1654 até 28 de abril de 1679, em que foi substituído por seu filho D. Francisco Luiz Carneiro, o qual obteve do Príncipe Regente D. Pedro II a confirmação da "doação das cem léguas feitas por D. João III ao primeiro donatário Martim Afonso de Souza." conforme se verá no Capítulo seguinte. [p. 1051 do pdf] • 13°. Salvador manda abrir uma estrada para elaborar a repartição das minas O governador geral Salvador Correia de Sá Benevides, segundo um registro existente no Livro de Accordão da Camara da Ilha Grande, fl. 83, ordenou a 21 de Agosto de 1660 que se abrissem e descobrissem as estradas, desde aquelle territorio de Paraty até o de S. Paulo, para se "entabolarem as Minas de sua repartição." • 14°. Chega para tomar posse da igreja doada o Fr. Francisco da Visitação: “Orago da N.S. da Ponte transfere-se para a nova matriz, e a igreja beneditina, daí em diante muda a sua invocação para N.S. da Visitação” Gozou este mosteiro de uma pequena trégua: quando, em 1667 estando de visita o Rev. Padre Provincial o Dr. Fr. Francisco da Visitação, no mesmo nosso Mosteiro, a Câmara fez a doação que apresenta do documento no. 2: "A bem da Paz, e do sossego das consciências obrigaram ao Prelado maior aceitar como doação aquilo mesmo que era nosso! Pelo conteúdo da Escritura claramente se mostram quais foram as condições do contrato: Que eles oficiais da Câmara davam e doavam o terreno nela exarado com declaração e condição que - se os padres Provinciais tirassem daqui os religiosos, e desfizessem o Convento, voltaria todo o terreno doado, com as benfeitorias existentes para a Câmara. É de notar que o padre Provincial, vendo talvez a boa ordem estabelecida, feita a paz entre a Câmara e o seu Presidente, cheio de prazer e contentamento, disse que, em gratificação, mandaria um ou dois Padres que ensinassem o canto e a gramática letina etc, etc. • 15°. Provisão Henrique Roballo Leitão, nomeado por D. Diogo de Paro como tutor do seu sobrinho, filho da condessa da Ilha, por provisão passada aos 18 de Julho de 1669. • 16°. Segunda fundação de Sorocaba A vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba foi povoação que, pelos anos de 1670, fundou a paulista Balthazar Fernandes, irmãos dos povoadores da vila de Parnahyba e Itú, com seus genros André de Zunega e Bartholomeu de Zunega, cavaleiros da província do Paraguay das Indias de Castella, e á custa da sua própria fazenda fizeram construir a Igreja matriz, casa de Conselho e Cadeia; e se aclamou vila por provisão do Capitão-mór loco-tenente do donatário de Itanhaém, Francisco Luiz Carneiro de Souza, conde da Ilha do Príncipe. • 17°. Henrique Roballo Leitão tomou posse Por provisão de D. Pedro, Príncipe Regente, foi da mesma sorte confirmado Henrique Roballo Leitão, nomeado por D. Diogo de Paro como tutor do seu sobrinho, filho da condessa da Ilha, por provisão passada aos 18 de Julho de 1669 ; tomou posse aos 18 de Maio de 1670. Consta do dito livro, a fls. 23 et 24. • 18°. Carta de Luis Lopes de Carvalho Governador da Capitania do Rio de Janeiro. EU , EI Rey vos envio intuito Saudar. Ordenando ao Governador vosso antecessor por Carta de 16 de Outubro do ano passado (1691) me informasse com seu parecer, a cerca da Carta que Luiz Lopes de Carvalho me havia escripto sobre a conveniência que podia resultar á minha fazenda, com uma fundição de ferro que pretendia fazer, obrigando para segurança do gasto da fabrica, e oficina os bens de raiz que possuía neste Reyno; respondeu por Carta de 18 de Junho deste ano (1692), que to mando noticia deste negocio, achara que as ditas minas erão de enumerável quantidade de ferro o qual se tiraria em muita abundancia, porem que como estavam trinta léguas distantes das capitanias de Santos e S. Paulo seria dificultosa a condução, como também o conservarse a gente que pudesse suprir o trabalho para o qual não herão muyto capazes os Indios, alem de que o gasto que se havia de fazer, seria mais considerável , que o dito Luiz Lopes dizia, e que ouvindo - lhe déra em reposta os papeis que com esta se vos envião. Sr. Manda-me V. S. que o informe de que achei nas Minas de Ferro que encontrei nas serras de Birassinava no tempo em que por fazer algum grande serviço a esta Corôa, sem reparar nos descomodos da pessoa, nem ainda nos riscos da vida , e a dispêndio da minha fazenda (reduzindo-me a tão miserável estado que compadecido V. S. da minha pobreza com encargo de mulher e filhos, usando de sua clemencia, e piedade, me acomodou na serventia de um oficio de Tabelião desta cidade, para que totalmente não perecesse, ) penetrei os Sertões mais ferozes, só habitados de féras, pade cendo as inclemências que experimentam os que com zelo, e amor da pátria lhe querem descobrir novos Tesouros. Todas estas calamidades padeci por me haverem persuadido, e ter achado alguns Roteiros que insinuavam partes, e serras onde em algum tempo se acharão sinais evidentes de minas de Prata e Esmeraldas. E por se me esgotar o cabedal próprio, e não achar quem me animasse coom algum socorro, vim a entender que Deus nosso Sr. tem guardada essa fortuna para outro que mais lhe mereça. Nesta entrada que fiz nos sertões fui dar com as ditas serras de Birasuiava, aonde estão as minas de ferro na qualidade, e fertilidade deste grosseiro metal excede a todos os que pode haver descoberto ; e por me achar exausto de cabedais p ." os poder por minha conta entabolar, dei delas noticia a S. Magestade que D.* G.° pelo seu conselho Ultramarino, de que athe o prezente nom tive resoluçam; e agora se anima a m .“ esperança com este informação que V.* S. me pede, a que satisfaço. Tem esta Serra de circunferência sete léguas, segundo informação de varias pessoas que a tem investigado, toda coberta de densos arvoredos, em que se achão paos Reaes, e madeyras de ley que será lastima reduzillos a carvão, porémcomo distão trinta legoas do mar, nom ha outra serventia ; E nella se achão varios Rios capazes de em qualquer delles se fabricarem muitos engenhos de agua. No meio desta serrania está hua varge que tem três léguas de comprido e meia de largo, e pelo meio della corre hum Rio capaz de se fazerem nelle as fabricas ; toda esta varge, e agoas vertentes da serra para ella está coberta de mineral de ferro e de meuda area, athe pedras de arobas, e muitas, e mui dilatadas betas profundas, largas, e compridas, como poderão dizer o Coronel de Ytú Manoel de Moura Ga niam, Manoel Glz. da Fonseca, e Manoel Fernandez (mestre ferreiro) porque estiverão muitos dias vella em minha companhia, hoje estão nesta Cidade. Rende esta pedra meio por meio, porque fundindo dous quintais de pedra se tira hum de ferro. E isto posso afirmar por experiencia que fiz pellas minhas mãos, pois fabricando hum Engenho muito limitado, por não ter posses para mais, tirava todos os dias este rendimento de hum quintal de ferro de dous de pedra , porém só sinco dias continuei nesta officina, en razam de vir hua chea, e como pella minha pobreza, pois a fabriquei com pouca fortaleza, e se aruinou; ficando incapaz de poder continuar na fabrica. Querendo S. Magestade que se levante Engenho com sinco forjas, me obrigo a que todos os dias se tirem cinco quintaes de ferro, e trabalhando- se só vinte dias em cada mes se farão cem quintaes que multiplicados importão em cada anno mil e duzentos quintaes, os quaes vendidos a quatro mil rês qe tãobem a isso me obrigarei , importão Doze mil cruzados. Importará o dispendio deste Engenho com as sinco for jas preparadas, e com o sustento da gente que ha de traba îhar, e selarios dos Indios pelo preço que gm .," se alugão quatro mil cruzados por hua vez, não entrando neles o gasto, e soldadas que hão de levar os m . que hão de vir do Reyno ; e estes 12 mil cruzados se hão de dispender na forma que se dispende a fazenda de S. Magestade havendo almox .". Escrivam, e mais oficiaes que parecer, que terão seus ordenados alem da d. " quantia, que esta sô he deputada para a o será tambem do ferro, e dará conta do que se lhe entregar, e tambem do Reyno hão de vir os foles para a fabrica, e serão a eleição dos mestres que hão de ser dela: Advertindo que quanto mais forjas se meterem, mais quantias de ferro se farão, havendo os mestres bastantes, e um mestre carvoeiro dos que fazem caruam de souaro no Reyno. Para isto ter efeito mandará S. Majestade ordem muito apertada para que os oficias da Câmara da Villa de Sãop Paullo deêm das Aldeias que tem de Indios forros, cem ca zais de Indios para se formar hua Aldea no lugar em que se hade fundar a fabrica: E a estes todos em quanto nam tiveram mantimento seos, se lhes a de asistir dos mesmos 40 cruzados que asima digo pagando-se lhe alem do sustento quarenta rês por dia que é o preço comum da terra aos que trabalharem na fabrica. Os mestres para esta fabrica mandará S. Magestade vir, ou de Figueiro, Biscaia , Alemanha, ou Suécia, e estes dirão, havendo a abundancia de metal que represente, o que se poderá tirar de rendimento, que a res peito da abundancia da terra durará em quanto o mundo durar; E fazendo-se fóruos como em Figueirô, para a fun dição, e não faltando nelles nem a parte para fundir, nem carvão , qualquer dos mestres, que lá assistan , dirão o que poderá render cada forno, por dia, mez, e ano. E por quanto me acho muito pobre, e carregado de obrigações, peço a S. Magestade que, do mesmo rendimento do ferro, se me de, todos os annos, seis centos mil reis de tença efectivos que os vencerei em qualquer parte que estiver e delles poderei tes tar, ou renunciar , além das mercés que espero faça aos ditos meus filhos ; Attendendo nom só a este trabalho, mas grandes que tenho feito em seu Real serviço. E para maior segurança do d . ° R., e para que venha em conhecimento da verdade desta informação, me sujeito, a que no cazo que se não consigão as ditas fabricas, e nam fique perdendo os 4 mil cruzados em que tenho alvitrado as despezas athe haver rendimento, a repor ao dito Sr. tudo o que estiver despendido da sua Real Fazenda, e para segurança desta minha obri gação, hypoteco as propriedades que tenho na vila do Vimieiro donde sou natural , e conta o seu valor de mais de tres mil cruzados, como consta do documento por onde se vê que me pertencem , que aprezento. E para esse effeito mando procuração a quem em meu nome hypoteque os ditos bens. E em quanto for entabolar esta fabrica precizamente hei de deixar minha familia nesta cidade do Rio de Janeiro, e como nella nom tenho mais bens que a minha agencia,pelo officio de que V. S.“ me fez mercê, pesso dez mil reis cada mez para sustento de minha caza, enquanto a nom puder para a dita parage me conduzir. E nesta forma fico prompto para o que S. Magestade for servido e sempre me sujeito a sua Real Grandeza. Rio. Mayo 31 de 692. – De V. S. “ escravo - Luiz Lopes de Carvalho. » • 19°. Carta Regia pedindo informação sobre as Minas de Ferro descobertas em Biraçoyaba, por Luiz Lopes de Carvalho Damos em seguida o documento que se refere a este assunto, transcrito da coleção dos papéis dos Governadores do Rio de Janeiro. Carta Régia pedindo informação sobre as Minas de Ferro descobertas em Bitaçoyaba por LUiz Lopes de Carvalho. E a fundição que pretendia ali estabelecer. Acompanhando dos respectivos documentos, 23 de outubro de 1692. Governador da Capitania do Rio de Janeiro. Eu, El-Rey vos envio muito saudar. - Ordenando ao Governador vosso antecessor por Carta de 16 de outubro de ano passado me informasse com seu parecer, a cerca da Carta que Luiz Lopes de Carvalho me havia escrito sobre a conveniência que podia resultar á minha fazenda, com uma fundição de ferro que pretendia fazer, obrigando para segurança do gasto da fábrica, e oficina os bens de raiz que possuía neste Reyno; respondeu por Carta de 18 de junho deste ano, que tomando notícia deste negócio, achara que as ditas minas eram de enumerável quantidade de ferro o qual se tiraria em muita abundância, porém que como estavam trinta léguas distantes das capitania de Santos e São Paulo seria dificultosa a condução, como também conservasse a gente que pudesse suprir o trabalho para o qual não eram muito capazes os nativos, além de que o gasto que se havia de fazer, seria mais considerável que o dito Luiz Lopes dizia, e que ouvindo-lhe dera em resposta os papéis que com esta se vos enviam. E encomendo-vos que, tomando as notícias mais exatas e individuais nesta matéria, me informeis com o vosso parecer. Escrita em Lisboa a 23 de outubro de 1692. - Rey, para o Governador do Rio de Janeiro. 1a. via. Documento anexo Sr. - Manda-me V. S. que o informe de que achei nas Minas de Ferro que encontrei nas serras de Birassinava no tempo em que por fazer algum grande serviço a esta Coroa, sem reparar nos incômodos da pessoa, nem ainda nos riscos da vida, e a dispêndio da minha fazenda (reduzindo-me tão miserável estado que compadecido V. S. da minha pobreza com encargo de mulher e filhos, usando de sua clemencia, e piedade, me acomodou na serventia de um ofício de Tabelião desta Cidade, para que totalmente não perecesse), penetrei os Sertões mais ferozes, só habitados de feras, padecendo as inclemências que experimentam os que com zelo, e amor da pátria lhe querem descobrir novos Tesouros. Todas estas calamidades padeci por me haverem persuadido, e ter achado alguns Roteiros que insinuavam partes, e serras onde em algum tempo se acharam sinais evidentes de minas de Prata e Esmeraldas. E por se me esgotar o cabedal próprio, e não achar quem me animasse com algum socorro, vim a entender que Deus nosso Sr. tem guardada essa fortuna para outro que mais mereça. [Páginas 616, 617 e 618 do pdf, 588 e 589] E para maior segurança do d.° R., e para que venha em conhecimento da verdade desta informação, me sujeito, a que no caso que se não consigam as ditas fábricas, e nem fique perdendo os 4 ml cruzados em que tenho alvitrado as despesas até haver rendimento, a repor ao dito Sr. tudo o que estiver despendido da sua Real Fazenda, e para segurança desta minha obrigação, hipoteco as propriedades que tenho na vila do Vimieiro donde sou natural, e conta o seu valor de mais de três mil cruzados, como consta do documento por onde se vê que me pertencem, que apresento. E para esse feito mando procuração a quem em meu nome hipoteque os ditos bens. E em quanto for entabolar esta fábrica precisamente ei de deixar minha família nesta cidade do Rio de Janeiro, pelo ofício de que V. S. me fez mercê, peço dez mil réis cada mês para sustento de minha casa, enquanto a nom puder para a dita paragem me conduzir. E nesta forma fico pronto para o que S. Majestade for servido e sempre me sujeito a sua Real Grandeza. - Rio de Janeiro. 31 de maio de 1692 - De V. S.a. escravizado - Luiz Lopes de Carvalho. • 20°. Ofício do frei Pedro Nolasco da Sacra Família refutando as afirmações da Câmara Municipal de Sorocaba [1] Ainda em 1816 essa questão, ou demanda, não se achava terminada, como se verá pela representação que ao Governador de São Paulo dirigiu Fr. Pedro Nolasco da Sagrada Família. Passamos a dar parte desse documento, não só por interessar ao fato que vimos de narrar, como pela sua importância em relação á história dessa povoação de Sorocaba. "Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor - Tive a honra de receber o ofício de V. Ex. com data de 29 de outubro deste ano (1826), no qual me ordena responder ao requerimento que a Câmara desta vila de Sorocaba fez subir à Real presença de S. Majestade, devendo eu acompanhar a minha resposta de todos os documentos que forem necessários. Em obediência da respeitável ordem de V. Ex. com aquela submissão, decoro e fidelidade com que minha Religião sempre prestou aos Vice Gerentes dos Reis Nossos Senhores, respondo: Que o Capitão Balthazar Fernandes, primeiro povoador desta hoje vila de Sorocaba, na era de 1661, foi á vila de Santa Anna de Parnahyba, donde a povoação de Sorocaba era termo e nos fez doação de uma igreja e suas pertences, dando-nos, para as nossas lavouras, o terreno que principiava de uma roça de mandioca, até sair ao Campo onde morava Braz Esteve, e da largura do Rio Sorocaba até onde estava Diogo do Rego e Mendonça, genro do doador. Exm. Snr: - mais de uma vez se encontra em papéis antigos confrontações de semelhante natureza, porém, o Padre Fr. Anselmo da Annunciação que imediatamente foi tomar posse, por explicação do mesmo doador, sempre reconheceu por demarcação do terreno doado - da ponte velha, mais abaixo da existente, até o Rio dos Couros, na língua da terra, Ceopirira, hoje corrompido em Supiriri, e dai a sair ao campo, moradia do dito Braz Esteves, e da largura do Rio, indo contestar com Diogo do Rego e Mendonça até sair ao campo hoje conhecido de Itapiva. Este foi o terreno doado, unicamente o onus de 13 missas anuais, como se vê pelo documento no. 1. Acontece, porém, Exmo. Snr. que quando se mudou a vila, que primeiramente era fundada no lugar denominado Itarireoú, légua e meia distante do novo mosteiro, para o local em que existe, (em 1665) desde logo principiaram os choques entre a Câmara e o Presidente do Mosteiro, sobre quererem os Camaristas senhorarem-se das nossas terras para o Rocio desta vila. Já vê Exm. Snr. que os predecessores da Câmara atual não podiam dos bens do Conselho, dar-nos terreno algum para patrimônio, visto que a nossa existência e doação das terras em Sorocaba, são anteriores ao predicamento de vila. Gozou este mosteiro de uma pequena trégua: quando, em 1667 estando de visita o Rev. Padre Provincial o Dr. Fr. Francisco da Visitação, no mesmo nosso Mosteiro, a Câmara fez a doação que apresenta do documento no. 2: "A bem da Paz, e do sossego das consciências obrigaram ao Prelado maior aceitar como doação aquilo mesmo que era nosso! Pelo conteúdo da Escritura claramente se mostram quais foram as condições do contrato: Que eles oficiais da Câmara davam e doavam o terreno nela exarado com declaração e condição que - se os padres Provinciais tirassem daqui os religiosos, e desfizessem o Convento, voltaria todo o terreno doado, com as benfeitorias existentes para a Câmara. É de notar que o padre Provincial, vendo talvez a boa ordem estabelecida, feita a paz entre a Câmara e o seu Presidente, cheio de prazer e contentamento, disse que, em gratificação, mandaria um ou dois Padres que ensinassem o canto e a gramática latina etc, etc. Fr. Pedro Nolasco da Sagrada Família. Mosteiro de São Bento de Sorocaba, 2 de novembro de 1816. • 21°. Estrada Real, Koboyama
Quinto do ouro, consulta em Wikipédia 27 de agosto de 2023, domingo. Atualizado em 13/07/2025 05:50:35 Relacionamentos • Cidades (12): Araçoiaba da Serra/SP, Curitiba/PR, Iguape/SP, Ouro Preto/MG, Paranaguá/PR, Potosí/BOL, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP, Vila Rica/MG • Pessoas (6) Sebastião de Castro Caldas, Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Francisco de Sousa (1540-1611), João III, "O Colonizador" (1502-1557), Manuel de Borba Gato (1649-1718) • Temas (13): Caminho do Mar, Caminho velho, Capitania de Santo Amaro, Casas de Fundição, Estradas antigas, Leis, decretos e emendas, Metalurgia e siderurgia, Ouro, Pela primeira vez, Prata, Rio das Velhas, Serra de Jaraguá, Tordesilhas ![]() • 1. Quinto do ouro, consulta em Wikipédia 27 de agosto de 2023
Atualizado em 30/10/2025 23:28:51 Mapa de S. Hall, Bury Street Bloomsby ![]() Data: 1879 Rodovias
OS MARCOS GEOGRÁFICOS COMO REFERÊNCIAS NA OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO PAULISTA. Data da consulta 5 de janeiro de 2024, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:55:24 Relacionamentos • Cidades (10): Atibaia/SP, Guaratinguetá/SP, Guarulhos/SP, Mogi Guaçu/SP, Pedro Leopoldo/MG, Porto Seguro/BA, Sabará/MG, São José dos Campos/SP, São Paulo/SP, Ubatuba/SP • Pessoas (11) Álvaro Rodrigues do Prado (1593-1683), Anthony Knivet (1560-1649), Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), João Capistrano Honório de Abreu (46 anos), João de Azpilcueta Navarro, Lourenço Castanho Taques, 2° (1637-1671), Martim Correia de Sá (1575-1632), Mathias Cardoso de Almeida (n.1605), Thomas Cavendish (1560-1592), Vasco Rodrigues Caldas • Temas (13): Cataguazes, Colinas, Diamantes e esmeraldas, Estradas antigas, Montanhas, Morro do Lopo, Nheengatu, Rio das Velhas, Sabarabuçu, Serra da Mantiqueira, Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, Tamoios, União Ibérica
Atualizado em 30/10/2025 04:14:58 “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda ![]() Data: 1959 Créditos: Sérgio Buarque de Holanda Páginas 70 e 71
• 1°. Mapa de Andrèa Bianco • 2°. Colombo Ainda em 1436, o mapa de Andrèa Bianco, provavelmente conhecido de Colombo, mostra, ao lado do Paraíso, numa península projetada do oriente da Ásia, homens sem cabeça e com olhos e a boca no peito. A Índia verdadeira, Índia Maior, como lhe chamavam antigos geógrafos e que o Almirante presumia ter alcançado, tanto que escrevera, ainda em 1503, aos Reis Católicos que certa região por ele descoberta ficava a dez jornadas do Ganges, era, dada a notoriedade de seus tesouros e mistérios, um dos lugares favorecidos pela demanda do sítio do Éden. [Páginas 22 e 23] • 3°. Martin Waldseemüller chega a converter em “pagus S. Paulli ”, originando a hipótese de que se acharia ali o mais antigo povoado europeu no Brasil onde ficara a impressão das pisadas, para consigo levarem as raspasem relicários. Foi, em parte, a êsse hábito que, segundo o autor daCrônica da Companhia, se deveu o desgaste das ditas rochas, até aopaulatino desaparecimento das pegadas que já nos meados do séculoXVII eram invisíveis, pôsto que a lembrança delas ainda a guardassemos antigos. Além disso era sua existência atestada em certas cartas dedoação, onde se lia por exemplo: "Concedo uma data de terra sita naspegadas de São Tomé, tanto para tal parte, tanto para outra[ .... ]"10•A relação dos milagres do apóstolo, aqui como na índia, nãofica, porém, nisso, e sua notícia não nos chegou unicamente atravésdos padres missionários. Ao próprio Anthony Knivet, tido por herege,que em certo lugar chamado Itaoca ouvira dos naturais ter sido alio lugar onde pregara São Tomé, mostraram perto do mesmo sítio umimenso rochedo, que em vez de se sustentar diretamente sôbre o solo,estava apoiado em quatro pedras, pouco maiores, cada uma, do queum dedo. Disseram-lhe os índios que aquilo fôra milagre e que arocha era, de fato, uma peça de madeira petrificada. Disseram mais,que o apóstolo falava aos peixes e dêstes era ouvido. Para a parte domar encontravam-se ainda lajedos, onde o inglês pudera distinguirpessoalmente grande número de marcas de pés humanos, todos de igualtamanho li. Parece de qualquer modo evidente que muitos pormenores dessaespécie de hagiografia do São Tomé brasileiro se deveram sobretudoà colaboração dos missionários católicos, de modo que se incrustaram,afinal, tradições cristãs em crenças originárias dos primitivos moradores da terra. Que a presença das pegadas nas pedras se tivesseassociado, entre êstes, e já antes do advento do homem branco, àpassagem de algum herói civilizador, é admissível quando se tenha emconta a circunstância de semelhante associação se achar disseminadaentre inúmeras populações primitivas, em todos os lugares do mundo.E é de compreender-se, por outro lado, que entre missionários e catequistas essa tendência pudesse amparar o esfôrço de conversão dogentio à religião cristã. Não admira, pois, se a legenda "alapego de sam paulo", que numadas mais antigas representações cartográficas do continente sul-americano, a de Caverio, aparentemente de 1502, se acha colocada emlugar aproximadamente correspondente à bôca do Rio Macaé, no atualEstado do Rio de Janeiro e que, em 1507, Waldseemüller chega aconverter em "pagus S. Paulli", originando a hipótese de que se achariaali o mais antigo povoado europeu no Brasil, levasse pelo menos umestudioso e historiador à idéia de que a outro apóstolo cristão, alémde São Tomé, se associassem as impressões de pés humanos encontradas em pedras através de várias partes do Brasil e ligadas pelosíndios à lembrança ancestral de algum personagem adventício que, ao lado de revelações sobrenaturais, lhes tivesse comunicado misteres maiscomezinhos, tais como o plantio, por exemplo, e a utilização da mandioca 12. Essas especulações foram reduzidas a seus verdadeiros limites,desde que Duarte Leite, aparentemente com bons motivos, explicoucomo a discutida palavra "alapego" não passaria de simples corrupçãode "arquipélago", alusivo à pequena Ilha de Sant´Ana, em frente à fozdo Macaé e a algumas ilhotas circunvizinhas. Em realidade a identificação de rastros semelhantes no ExtremoOriente, que os budistas do Cambodge atribuíam a Gautama, o seu"preah put" como lhe chamam, e os cristãos a São Tomé, de onde odizerem vários cronistas que uns e outros os tinham por coisa sua,não deveria requerer excessiva imaginação de parte das almas naturalmente piedosas no século XVI. A prova está em que, ainda em 1791, missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação. Em carta daquela data,escrita por Henri Langenois, um dêsses missionários, encontra-se, por exemplo, o seguinte trecho, bem ilustrativo : "Há alguns anos, nosso chefe Capo de Orta, tendo ido a Ongcor vat, perto do sítio onde estamos, mais para o norte, disse-lhe o grande bonzo: Cristão, vês essa estátua de um homem prosternado em frente ao nosso preah put(é o nome de seu falso deus)? Chama-se Chimé. Que significa aquela marca de uma planta de pé impressa em suas costas? Foi por não querer reconhecer e adorar a divindade de nosso preah put, que a tanto o forçou êsse pontapé. Ora, como se afirma que São Tomé Dídimo passou para a China através do Ongcor, não estaria aqui ahistória de suas dúvidas sôbre a Ressurreição e, depois, da adoração de Nosso Senhor Jesus Cristo?"14. Sumé no Brasil; Chimé em Angcor, nomes que aparecem relacionados, um e outro, a impressões de pegadas humanas, que tanto noOriente, como aqui, se associavam, por sua vez, às notícias do aparecimento em remotas eras de algum mensageiro de verdades sobrenaturais, essas coincidências podem parecer deveras impressionantes.Não seria difícil, pelo menos na órbita da espiritualidade medieval equinhentista, sua assimilação à lembrança de um São Tomé apóstolo,que os autores mais reputados pretendiam ter ido levar às partes da1ndia, a luz do Evangelho cristão. Não só as pisadas atribuídas aosanto, mas tudo quanto parecesse assinalar sua visita e pregação aosíndios da terra. Em Itajuru, perto de Cabo Frio, existiu outrora umpenedo grande, amolgado de várias bordoadas, sete ou oito para cima,como se o mesmo bordão dera com fôrça em branda cêra, por seremiguais as marcas, e os naturais do lugar faziam crer que viriam do [p. 109, 110] • 4°. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel Pode dar-se idéia de celeridade com que se difundiu a lenda do \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\apostolado\apostolado.txtie São Tomé nas índias, e não apenas nas índias Orientais, lembrando como, em 1516, quando Barbosa acabou de escrever seu livro, já se falava em sua estada na costa do Brasil. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã , referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, à Ilha da Madeira. Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais. “Eles têm recordação de São Tomé”, diz o texto. E adianta: “Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que têm cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior”. “No país chamam freqüentemente a seus filhos Tomé.” A presunção, originária das velhas concepções colombinas, e que a cartografia contemporânea nem sempre se mostrara solícita em desfazer, de uma ligação por terra entre o Novo Continente e a Ásia, facilitava grandemente essa idéia de que à América e ao Brasil, particularmente, se estendera a pregação de São Tomé Apóstolo. Na própria Gazeta acha-se refletida essa idéia, onde se lê que o piloto da nau portadora das notícias, presumivelmente o célebre João de Lisboa, já afeito à carreira da índia, não acreditava achar-se o cabo e terra do Brasil a mais de seiscentas milhas de Malaca, e pensava até que em pouco tempo, e com grande vantagem para el-rei de Portugal, se poderia navegar do Reino até aquelas partes. “Achou também que a terra do Brasil continua, dobrando, até Malaca.” E presume o autor que esse fato favorece a crença na vinda do apóstolo a estas partes. “É bem crível”, diz, “que tenham lembrança de São Tomé, pois é sabido que está corporalmente por trás de Malaca: jaz na Costa de Siramath, no Golfo de Ceilão.” O crédito universal do motivo da impressão dos pés humanos, a que provavelmente não seriam alheios os nossos índios, a julgar pelos testemunhos de numerosos cronistas, dava ainda mais corpo à idéia. Aos europeus recém-vindos tratavam logo os naturais de mostrar essas impressões, encontradas em várias partes da costa. Simão de Vasconcelos, por exemplo, refere-nos como as viu em cinco lugares diferentes: para o norte de São Vicente; em Itapoã, fora da barra da Baía de Todos os Santos; na praia do Toqué Toqué, dentro da mesma barra; em Itajuru, perto de Cabo Frio, e na altura da cidade de Paraíba, a sete graus da parte do sul, para o sertão. Neste último lugar, com um penedo solitário, achavam-se duas pegadas de um homem maior e outras duas menores, de onde tirou o jesuíta que não andaria só o apóstolo e reporta-se, aqui, a São João Crisóstomo tanto quanto ao Doutor Angélico, segundo os quais se fazia ele acompanhar, em geral, de outro discípulo de Cristo: “as segundas pegadas menores”, escreve, “devem ser deste” 5. Por sua vez, Frei Jaboatão, dos Frades Menores, diz que no lugar do Grojaú de Baixo, sete léguas distante do Recife de Pernambuco, vira gravada a estampa de um pé, e era o esquerdo, “tão admiravelmente impresso, que à maneira de sinete em líquida cera, entrando com violência pela pedra, faz avultar as fímbrias da pegada, arregoar a pedra e dividir os dedos, ficando todo o circuito do pé a modo que se levanta mais alto que a dita pedra sobre que está impressa a pegada” 6 . Admite que sem embargo de atribuir-lhe a fama do vulgo a São Tomé, seria antes de um menino que andasse em sua companhia, porventura seu anjo da guarda. E a causa da suspeita estava na pequenez da impressão, que mostrava ser de um menino de cinco anos, com pouca diferença. • 5°. Referências dos nativos a São Tomé aparecerem na “Nova Gazeta da Terra do Brasil” Pode dar-se ideia de celeridade com que se difundiu a lenda do apostolado de São Tomé nas Índias, e não apenas nas Índias Orientais, lembrando, como, em 1516, quando Barbosa acabou de escrever seu livro já se falava em sua estada na costa do Brasil. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazetta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por D. Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, á Ilha da Madeira. Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais. "Eles tem recordação de São Tomé", diz o texto. E adianta: "Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que tem cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior". "No país chamam frequentemente seus filhos Tomé." A presunção, originária das velhas concepções colombinas, e que a cartografia contemporânea nem sempre se mostrara solícita em desfazer, de uma ligação por terra entre o Novo Continente e a Ásia, facilitava grandemente essa idéia de que à América e ao Brasil, particularmente, se estendera a pregação de São Tomé Apóstolo. Na própria Gazeta acha-se refletida essa idéia, onde se lê que o piloto da nau portadora das notícias, presumivelmente o célebre João de Lisboa, já afeito à carreira da índia, não acreditava achar-se o cabo e terra do Brasil a mais de seiscentas milhas de Malaca, e pensava até que em pouco tempo, e com grande vantagem para el-rei de Portugal, se poderia navegar do Reino até aquelas partes. “Achou também que a terra do Brasil continua, dobrando, até Malaca.”. E presume o autor que esse fato favorece a crença na vinda do apóstolo a estas partes. “É bem crível”, diz, “que tenham lembrança de São Tomé, pois é sabido que está corporalmente por trás de Malaca: jaz na Costa de Siramath, no Golfo de Ceilão.” [Páginas 135 e 136] À fé comum dos índios Tupi poderia o cronista da Companhia juntar a de muitos descobridores e conquistadores brancos do Novo Mundo. O próprio Colombo não começara por ver no Pária, precisamente ao norte da Amazônia, em lugar que Schõner, no seu Globo de 1515, chega a identificar com o Brasil - Paria sive Brasília - a verdadeira porta do Éden? E não lhe parece tão bom como o do Fison o ouro que na mesma terra se criava? Mais tarde, sob a forma de Eldorado, se deslocaria esse paraíso colombino para a Guiana e para o rio de Orellana. Nem faltariam argumentos ainda mais respeitáveis, apoiados estes em escritos de teólogos antigos e modernos, a favor da crença dos que situassem o sagrado horto no coração do Brasil, e de preferência na Amazônia. Observa Vasconcelos que muitos daqueles teólogos, entre eles o próprio São Tomás de Aquino, teriam colocado o Paraíso debaixo da linha equinocial, cuidando que era a parte do mundo mais temperada (...) [Página 173] Confirmadas, bem ou mal, as notícias obtidas pela expedição lusitana de 1514 e documentadas na Nova Gazeta acerca das terras do ouro e prata, não tardariam muito em manifestar-se os ciúmes e divergências nacionais em torno de sua posse. Entre as Coroas de Portugal e Castela, que eram as diretamente interessadas, conduziu-se a polêmica sem acrimônia visível, como convinha a casas reais tão intimamente aparentadas, e no entanto com obstinada firmeza. A esperança dos maravilhosos tesouros, alvo de todas as ambições, dissimulava-se naturalmente sob raciocínios mais confessáveis, de sorte que não vinham à tona senão argumentos como o da demarcação ou o da prioridade. Não menos do que os castelhanos, presumiam-se os portugueses favorecidos, neste caso, pela linha de Tordesilhas, chegando mesmo a reivindicar todo o litoral que se estende até o estuário platino ou mais ao sul. E quem provaria a sem-razão dessas pretensões? Quanto ao problema das prioridades eram capazes de apresentar argumentos ainda mais impressionantes. [Página 91] • 6°. São Thomé Pode dar-se ideia de celeridade com que se difundiu a lenda do apostolado de São Tomé nas Índias, e não apenas nas Índias Orientais, lembrando, como, em 1516, quando Barbosa acabou de escrever seu livro já se falava em sua estada na costa do Brasil. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazetta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por D. Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, á Ilha da Madeira. Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais. "Eles tem recordação de São Tomé", diz o texto. E adianta: "Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que tem cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior". "No país chamam frequentemente seus filhos Tomé." [Páginas 135 e 136] • 7°. Real Cédula de D. Joana • 8°. Carta do embaixador Juan de Çúñiga a Carlos V* • 9°. Partida • 10°. Subiram o rio* • 11°. Uma carta do embaixador João da Silveira a Dom João III era portadora de notícias alarmantes* • 12°. A denominação Santa Catarina aparece, pela primeira vez, no mapa-mundi de Diego Ribeiro • 13°. Diário de Pero Lopes Francisco de Chaves, morador antigo de Cananéia e possivelmente um dos que ficaram em terra da nau San Gabriel de Dom Rodrigo de Acuna, se não mesmo um dos náufragos da armada de Solis, e neste caso, antigo companheiro de Henrique Montes e Aleixo Garcia, aparece no Diário da Navegação de Pero Lopes, a propósito da jornada que mandou Martim Afonso de Cananéia terra adentro em busca do metal precioso. Para tanto seguira Pero Lobo a 1 de setembro de 1531 com quarenta besteiros e quarenta espingardeiros, guiados pelo mesmo Chaves, que “se obrigava que em dez meses tornara ao dito porto com quatrocentos escravos carregados de prata e ouro”. Pode dizer-se que cronologicamente é essa a primeira grande entrada paulista de que existe documentação. [p. 98] • 14°. De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada? Dos Patos saíra Aleixo Garcia, e saíra, mais tarde, Cabeza de Vaca. Ambos tinham subido o Rio Itapucu, rumando para terras do atual Estado do Paraná, e sabe-se que o adelantado, valendo-se de guias indígenas, seguiu o itinerário de seu antecessor. Esse itinerário está descrito nos “Comentários” de Pero Hernandez e sobre ele discorre, com sua habitual segurança, o Barão do Rio Branco, além de reproduzi-lo em mapa 55. Tudo faz admitir que em algum ponto dessa via devesse desembocar o caminho que tinham percorrido, saindo de Cananéia, os expedicionários de Pero Lobo. De outro modo explica-se mal o fato de a gente de Cabeza de Vaca transitar em sua entrada pelo mesmo lugar onde dez anos antes se verificara o trucidamento daqueles expedicionários encontrando, além disso, à altura do Tibaji, um índio recentemente convertido chamado Miguel, de volta à costa do Brasil, de onde era natural, após longa assistência entre os castelhanos do Paraguai. Desse Miguel dirá mais tarde Irala, em documento publicado por Machaín, que tinha seguido pelo caminho que percorreu Aleixo Garcia: “por el camino que Garcia vino”. • 15°. Adorno assassina Henrique Montes • 16°. Uma expedição capitaneada por Alonso Cabrera partiu da Espanha rumo ao Rio da Prata, em socorro à expedição de Pedro de Mendoza, o fundador de Buenos Aires Na atividade que, já a partir de 1538, e até 1546, ano em que morreu, desenvolvera na Ilha de Santa Catarina, no continente vizinho, no Guairá e até em Assunção, o Frade Bernardo de Armenta, comissário da Ordem de São Francisco, estariam, muito possivelmente, os acontecimentos históricos que podem ter servido para avivar a lenda. A alta reputação ganha por ele entre os indígenas teria sido partilhada e talvez herdada, até certo ponto, por outro franciscano que o acompanhou e lhe sobreviveu, Frei Alonso Lebron, o mesmo que Pascoal Fernandes iria aprisionar em 1548, levando para São Vicente 39 . A este podia corresponder, na história, o papel atribuído no mito indígena ao “companheiro” de Sumé. Sabe-se que Frei Bernardo percorreu, pelo menos uma vez, em toda a sua extensão, o caminho chamado de São Tomé quando acompanhou, à frente de uma centena de índios, o Governador Gabeza de Vaca, e que o tinham em grande acatamento aqueles índios. Posto que o não estimasse o “adelantado ”, autor de sérias acusações ao seu comportamento, entre outras a de que, junto com Frei Alonso Lebron, guardaria encerradas em sua casa mais de trinta índias dos doze aos vinte anos de idade 40, a boa conta em que era geralmente havido entre catecúmenos e gentios Carijó espelha-se no nome que todos lhe atribuíam de Pay Zumé, como a identificá-lo com figura mítica. Consta que, ao chegar a Santa Catarina, onde aceita a oferta do feitor real Pedro Dorantes, que se propõe ir descobrir o caminho “por donde garcia entró”, Cabeza de Vaca conseguiria realizar mais facilmente o intento de penetrar por terra até o Paraguai pelo fato de o julgarem os índios filho do comissário da Ordem de São Francisco, ou seja, de Bernardo de Armenta, “a quien ellos dizen Payçumé y tienen en mucha veneración”, segundo se expressaria em carta o próprio Dorantes 43 . No que dirão mais tarde os guaiarenhos aos missionários jesuítas, não parece muito fácil separar o que pertenceria ao franciscano, predecessor daqueles na obra de catequese, dos atributos do personagem mitológico celebrado pelos seus avós e a eles comunicado de geração em geração. Mesmo no nome dado ao caminho que, da costa do Brasil, procurava as partes centrais do continente, não se prenderia, de alguma forma, a lendária tradição a uma verdade histórica ou, mais precisamente, ao fato de o ter trilhado Frei Bernardo, que na imaginação dos índios da terra deveria ser figura mais considerável do que o adelantado? O certo, por este ou outro motivo, é que o mítico Sumé assume então no Paraguai, em particular no Guairá, que se achava para todos os efeitos dentro do Paraguai, proporções que desconhecera na América Lusitana, de precursor declarado e verdadeiro profeta da catequese jesuítica. Que dizer então do Pay Tumé peruano, em quem se acrisolam suas virtudes taumatúrgicas, dando ensejo à formação de toda uma brilhante hagiografia capaz de emparelhar-se com a do apóstolo cristão nas supostas andanças através do extremo oriente? [Páginas 152 e 153] • 17°. Documento • 18°. Expedição de Mercadillo à província de Maxifaro, perto das cabeceiras do Amazonas, e ao país dos Omágua • 19°. Tupinambás Êsse fato surpreende tanto mais quanto a mestiçagem e o assíduo contato dos portuguêses com o gentio da costa, longe de amortecer, era de molde talvez a reanimar alguns dos motivos edênicos trazidos da Europa e que tanto vicejaram em outras partes do Nôvo Mundo. Sabe-se, por exemplo, graças aos textos meticulosamente recolhidos e examinados por Alfred Métraux, o papel considerável que para muitas daquelas tribos chegara a ter a sedução de uma terra misteriosa "onde não se morre". Nem essa idéia, porém, que dera origem, por volta de 1540, a extensa migração tupinambá do litoral atlântico para o poente - causa, por sua vez, da malfadada aventura de Pedro de Orsúa na selva amazônica -, nem outras miragens paradisíacas dos mesmos índios, que se poderiam inocular nas chamadas "santidades" do gentio, parece ter colorido entre nossos colonos o fascínio, êste indiscutível, que exerceram sôbre êles as notícias da existência de minas preciosas. • 20°. Tem-se registro de uma ofensiva por parte dos Tupinambás à região* Sabe-se, por exemplo, graças aos textos meticulosamente recolhidos eexaminados por Alfred Métraux, o papel considerável que para muitas daquelas tribos chegara a ter a sedução de uma terra misteriosa "onde não se morre". Nem essa idéia, porém, que dera origem, por volta de 1540, a extensa migração tupinambá do litoral atlântico para o poente - causa, por sua vez, da malfadada aventura de Pedro de Orsúa na selva amazônica -, nem outras miragens paradisíacas dos mesmos índios, que se poderiam inocular nas chamadas "santidades" do gentio, parece ter colorido entre nossos colonos o fascínio, êste indiscutível, que exerceram s"ôbre êles as notícias da existência de minas preciosas. Num primeiro momento, é certo, tiveram essas notícias qualquer coisa de deslumbrante. Delas tratara, em carta a D. João III, certo Filipe Guillén, castelhano de nação, o qual, tendo sido boticário em sua terra, fizera-se passar em Portugal por grande astrônomo e astrólogo, até que, revelado um dia seu embuste, o mandou prender el-rei.Já à sua chegada ao Brasil, pelo ano de 1539, êsse mesmo homem,de quem Gil Vicente chegou a declarar, numas trovas maldizentes,que andou por céus e terras, olhou o solo e o abismo,de[ abismo vió el profundo,de[ profundo el paraisa,dei paraíso vió el mundo,dei mundo vió quanto quiso5,pretendera ter ouvido como de Pôrto Seguro entravam terra adentrouns homens e andavam lá cinco e seis meses. Empenhando-se eminquirir e saber das "estranhas coisas dêste Brasil", propusera-se sair,com o favor de Sua Alteza, a descobrir as minas que os índios diziamlá haver. [Páginas 34 e 35] • 21°. Carta de mestre Pedro de Medina • 22°. Descoberta das minas de Potosí • 23°. Pascoal Fernandes aprisiona o Frei Alonso Lebron • 24°. Entrada grande de Domingo Martinez de Irala • 25°. Depoimento de Brás Arias, em Sevilha Brás Arias, português de São Vicente, dera causa a uma denúncia por onde os oficiais da Casa de Contratação puderam ter conhecimento dos processos usados em tais assaltos. A denúncia partira do mesmo Martin de Orue que apare- cerá mais tarde em Lisboa a colher informações para o Conselho de Sua Majestade sobre as propostas de Diogo ou Domingos Nunes a el-rei Dom João III e sobre as pretensões territoriais lusitanas com respeito a terras da demarcação de Castela. Quatro ou cinco dias apenas depois da chegada de Arias, era este chamado a com- parecer perante o visitador de Sua Majestade na Casa, a fim de prestar depoimento acerca dos latrocínios e malícias atribuídos por Orue aos de São Vicente e outras partes do Brasil em prejuízo de vassalos e súditos do imperador. Tomado seu juramento na devida forma de como diria a verdade do que sabia, confirmou Arias, acrescentando-lhes novos pormenores, as acusações do espião castelhano. Referiu como, cerca de um ano antes, dois navios, um de São Vicente, outro da capitania de Ilhéus, se tinham reunido em Cananéia, seguindo em conserva até a laguna do Viaça, junto à Ilha de Santa Catarina, onde estavam vários espanhóis, além de muitos índios e índias, que vinham sendo doutrinados por Frei Alonso Lebron, da Ordem de São Francisco. Achando-se a testemunha num dos navios, em que saíra a fazer os seus tratos, viu como Pasqual Fernandes, genovês, vizinho de São Vicente, e Martim Vaz, de Ilhéus, senhores e mestres dos navios, atraíram a bordo com enganos e fingida amizade aos espanhóis, entre estes Frei Alonso, além de parte dos catecúmenos que apresaram, e seriam cento e tantas peças, entre homens e mulheres. Feito isso partiram ambos os navios, com todos aqueles prisioneiros, seguindo um deles, o que era de Pascoal Fernandes, com destino a São Vicente, e neste iam o dito frade e os demais espanhóis, além de parte dos índios aprisionados, en- quanto o de Martim Vaz tomava o caminho de Ilhéus. Vira mais a testemunha, e assim o disse, que chegado a São Vicente o navio de Pasqual Fernandes, o capitão daquele porto, que se chamava Brás Cubas, lhe tomou os espanhóis e índios cristãos, pondo aqueles em liberdade e entregando estes a Frei Alonso, que lhe mostrara os privilégios e faculdades recebidos da sua Ordem e de Sua Majestade. Em seguida, deixou o frade em poder de certos vizinhos e moradores portugueses de São Vicente os índios e índias convertidos, para que os guardassem provisoria- mente, enquanto ele próprio ia a Portugal e Castela a queixar-se do sucedido. E com efeito, partiu para esses reinos onde, todavia, não chegou, constando-lhe que fora aprisionado por algum corsário francês. Quanto aos índios ainda não convertidos, sabia ainda o depoente que Brás Cubas os deixou em poder de Pasqual Fernandes e dos companheiros deste que participavam do negócio com a condição de os devolverem se e quando fossem reclamados por quem de direito os pudesse haver. • 26°. Primeira notícia da descoberta de metais preciosos foi o biscainho João Sanches: “e na parte donde nós outros povoamos, os portuguezes encontraram muitas minas de prata muito ricas, e isto digo porque na minha presença fizeram muitas fundições, as quais todas enviam ao rei de Portugal para que logo mande povoar toda a costa” • 27°. Caminho Também é provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos. Ao menos em certa informação que, depois de 1554, escreveu do Paraguai Dona Mencia Galderón, a viúva de Juan de Sanabria, diz-se que de São Vicente se podia ir até Assunção “por cierto camino nuevo que se habia descubierto”. • 28°. Maniçoba / Ulrico Schrnidel partiu de Buenos Aires, que veio do Paraguai a São Vicente, passando por Santo André, a vila de João Ramalho Também é provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos. Ao menos em certa informação que, depois de 1554, escreveu do Paraguai Dona Mencia Galderón, a viúva de Juan de Sanabria, diz-se que de São Vicente se podia ir até Assunção “por cierto camino imevo que se habia descubierto”. Esse novo caminho, descrito no livro do célebre aventureiro alemão Ulrico Schmidl, que em 1553 o percorreu de regresso ao Velho Mundo, foi largamente trilhado naqueles tempos, em toda a sua extensão, pelos portugueses de São Vicente, em busca dos Carijó, e ainda mais pelos castelhanos do Paraguai, que vinham à costa do Brasil ou pretendiam ir por ela à Espanha, até que os mandou cegar Tomé de Sousa no mesmo ano de 1553. Com alguma possível variante, deve ser uma das trilhas que no século seguinte percorrerão numerosos bandeirantes de São Paulo para seus assaltos ao Guairá. • 29°. Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei Esse novo caminho, descrito no livro do célebre aventureiro alemão Ulrico Schmidl, que em 1553 o percorreu de regresso ao Velho Mundo, foi largamente trilhado naqueles tempos, em toda a sua extensão, pelos portugueses de São Vicente, em busca dos Carijó, e ainda mais pelos castelhanos do Paraguai, que vinham à costa do Brasil ou pretendiam ir por ela à Espanha, até que os mandou cegar Tomé de Sousa no mesmo ano de 1553. Com alguma possível variante, deve ser uma das trilhas que no século seguinte percorrerão numerosos bandeirantes de São Paulo para seus assaltos ao Guairá. • 30°. Ulrico Schmidel chegou a São Vicente Também é provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos. Ao menos em certa informação que, depois de 1554, escreveu do Paraguai Dona Mencia Galderón, a viúva de Juan de Sanabria, diz-se que de São Vicente se podia ir até Assunção “por cierto camino imevo que se habia descubierto”. Esse novo caminho, descrito no livro do célebre aventureiro alemão Ulrico Schmidl, que em 1553 o percorreu de regresso ao Velho Mundo, foi largamente trilhado naqueles tempos, em toda a sua extensão, pelos portugueses de São Vicente, em busca dos Carijó, e ainda mais pelos castelhanos do Paraguai, que vinham à costa do Brasil ou pretendiam ir por ela à Espanha, até que os mandou cegar Tomé de Sousa no mesmo ano de 1553. Com alguma possível variante, deve ser uma das trilhas que no século seguinte percorrerão numerosos bandeirantes de São Paulo para seus assaltos ao Guairá. Por esse tempo, o vivo interesse com que a “costa do ouro e da prata” fora disputada pelas duas Coroas ibéricas parecia em grande parte arrefecido. Tanto que, compreendida em um dos quinhões que a Pero Lopes coubera na distribuição de capitanias hereditárias, o qual quinhão devia estender-se de Cananéia até, aproximadamente, o porto dos Patos, não se preocupam em colonizá-la os portugueses. Quando muito continuam a impedir que nela se estabeleçam os seus rivais. Em vez do metal precioso que dali parecera reluzir aos antigos navegantes, o que iam a buscar na mesma costa eram os Carijó para a lavoura ou o serviço doméstico. • 31°. Mais um parente do capitão-mor Antônio de Oliveira, representante do "proprietário" das terras adquiriu em Assumpção trinta e dois índios guaranys, a troco de ferro, para vende-los nas capitanias do norte • 32°. Documento • 33°. Carta • 34°. Documento* • 35°. Partida da expedição de Bras Cubas* Outro tanto dissera em 1560 Vasco Rodrigues de Caldas, quando obteve de Mem de Sá autorização para rematar a jornada do espanhol. No mesmo ano e no anterior tinham-se realizado as expedições de Brás Cubas e Luís Martins, saídas do litoral vicentino. De uma delas há boas razões para presumir que teria alcançado a àrea do São Francisco, onde recolheu amostras de minerais preciosos. Marcava-se,assim, um trajeto que seria freqüentemente utilizado, no século seguinte,pelas bandeiras paulistas. É de crer, no entanto, que o govêrno, interessado, porventura, em centralizar os trabalhos de pesquisa mineral,tanto quanto possível, junto à sua sede no Brasil, não estimulasse as penetrações a partir de lugares que, dada a distância, escapavam mais fàcilmente à sua fiscalização. [p. 44 e 45] Se em vida do Senhor de Beringel tiveram, não obstante, algum alento as pesquisas de minerais preciosos, não só nas proximi- dades da vila de São Paulo, mas também em sítios apartados, como aqueles - porventura na própria região do São Francisco - de onde Brás Cubas e Luís Martins tinham tirado ouro já nos anos de 1560 e 61, por sua morte vieram elas a fenecer ou, por longo espaço, a afrouxar-se. [p. 64] • 36°. CARTA de nomeação de Domingos Garrucho para mestre-de-campo-general da projectada jornada de descobrimento da lagoa do Ouro • 37°. Peru • 38°. O Minion of London zarpou de Harwich a três de novembro de 1580 com dois integrantes da tripulação de John Winter a bordo, homens que conheciam a rota e tinham no currículo uma estadia em São Vicente • 39°. Conversa com o então embaixador de Portugal em Londres, Antônio de Castilho • 40°. Chegada da armada de Valdez ao Rio de Janeiro Sabe-se, com efeito, que um dos informantes de Hakluyt sobre as vantagens que podia oferecer a Ilha de São Vicente é o mesmo Thomas Griggs, que, tendo viajado anteriormente no Minion, aludira, segundo aqui mesmo já foi notado, à pouca distância, “doze dias apenas”, por terra ou água, entre a vila de Santos e certas partes do Peru. Que não deveria parecer muito extraordinária essa idéia indicam-no os receios surgidos na mesma época, isto é, em 1582, no Rio de Janeiro, de que se desgarrassem e fugissem para o Peru os oitenta soldados deixados em São Vicente parada defesa do porto pelo contador Andrés de Equino, da armada de Diego Florez Valdez. Mesmo a quem não partilhasse de ilusões semelhantes sobre a pretensa facilidade de acesso ao Peru entrando pelo caminho de São Vicente, pareceria claro, ainda nos primeiros anos do século seguinte, e mais tarde, que, de todas as do Brasil, era aquela a capitania de melhor passagem para as míticas serras, de onde, segundo numerosos testemunhos, continuamente se despejavam riquezas fabulosas no lago que ia alimentar o São Francisco e outros rios. E se o mau sucesso de tantas buscas sucessivas parecia sugerir que, ao menos na América Portuguesa, se não verificava a antiga crença de que os tesouros naturais sempre se avolumam à medida que se vai de oeste para leste, impunha-se a suspeita de que essas minas estariam, ao contrário, nas vizinhanças dos lugares onde fora largamente comprovada sua existência: em outras palavras, para as bandas do poente e junto às raias do Peru. Idéia simplista, sem dúvida; por isso mais apta a logo fazer prosélitos. A prova de que não se apartaria muito da realidade está em que, passado mais de um século, se descobrirão, justamente naquele rumo, as grandes aluviões auríferas de Cuiabá e Mato Grosso, das mais avultadas que registra a história das minas do Brasil. [p. 118] • 41°. Discourse of Western Planting • 42°. Alvará de Felipe II concediendo privilegios a Gabriel Soares de Sousa • 43°. Expedição de Martim Correia de Sá • 44°. Richard Hakluyt • 45°. Relato do padre Andrea Lopez • 46°. D. Francisco partiu de São Paulo, com destino incerto* • 47°. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza E se a imagem serrana das vizinhanças de São Paulo ainda não falasse bastante à sua imaginação, outros motivos, em particular a suspeita de que estando ali se acharia mais perto do Peru, por conseguinte das sonhadas minas de prata e ouro, poderiam militar em favor da escolha que fêz dessa vila para lugar de residência. Justamente pela época em que andaria na côrte da Espanha a pleitear junto ao Duque de Lerma e Filipe III sua nomeação para a conquista, benefício e administração das minas das três capitanias do Sul, devera ter chegado às mãos do donatário de São Vicente, aparentado seu, uma carta dos camaristas de São Paulo com data de janeiro de 1600, que era de natureza a suportar tais ambições e ainda mais corroborar suas ilusões acêrca da distância entre aquela vila e o Peru. A carta é, antes de tudo, um cerrado libelo contra os capitães, ouvidores e até governadores-gerais que segundo diz, não entendiam e nem estudavam senão como haviam de "esfolar, destruir e afrontar" o povo de São Paulo. Para dar remédio a tais malefícios, pede-se ao donatário que, por sua pessoa, ou "coisa muito sua", trate de acudir com brevidade à terra que o Senhor Martim Afonso de Sousa ganhou e Sua Majestade lhe deu com tão avantajadas mercês e favores. E para mostrar a bondade da mesma terra, referem-se os oficiais da Câmara entre outras coisas, às minas, exploradas ou não, que nela se acham, a de Caatiba, de onde se tirou o primeiro ouro, e ainda a serra que vai dali para o norte - "haverá sessenta léguas de cordilheira de terra alta, que tôda leva ouro" -, além do ferro de Santo Amaro, já em exploração, e o de Biraçoiaba, que é região mais larga e abastada, e também do muito algodão, da muita madeira, de outros muitos achegos, tudo, enfim, quanto é preciso para nela fazer-se "um grande reino a Sua Majestade". Ao lado disso, fala-se também no grande meneio e trato com o Peru e na presença de "mais de 300 homens portuguêses, fora seus índios escravos, que serão mais de 1500, gente usada ao trabalho do sertão, que com bom caudilho passam ao Peru por terra, e isto não é fábula" [M. E. de AZEVEDO MARQUES, Apontamentos Históricos, Geográficos, Biográficos, Estatísticos e Noticiosos da Província de São Paulo, 11, págs. 224 e segs. Cf. também ACSP, li, págs. 497 e segs., onde vem reproduzida a carta dos camaristas de São Paulo, de acôrdo com o texto anteriormente impresso por Azevedo Marques.]. Sôbre a distância entre o litoral atlântico e os Andes são muitas vêzes imprecisas e discordes as notícias da época, e já se sabe como a idéia de que os famosos tesouros peruanos eram vulneráveis do lado do Brasil, chegara a preocupar a própria Coroa de Castela nos dias. [Páginas 94 e 95] • 48°. Belchior Dias Carneiro comandou uma bandeira de cerca de 50 homens brancos e muitos nativos. Esta expedição partiu de Pirapitingui, no rio Tietê, rumo ao sertão dos nativos bilreiros e caiapós. O objetivo explícito era o descobrimento de ouro e prata e mais metais • 49°. Aporta a Pernambuco dom Francisco de Sousa, nomeado capitão-general e governador da Repartição do Sul (ver 11 de junho de 1611) • 50°. BN. Biblioteca Nacional do Brasil. 22/04/1609 Carta de Dom Diogo de Menezes, governador do Brasil, escrita da Bahia ao rei D. Felipe II em que se lhe queixou de prover Dom Francisco de Souza as Fortalezas do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Vicente desobrigando-o da homenagem que delas tinha e lhe apontou alguns inconvenientes pertencentes ao governador daquela província e a sua fazenda como dela se podem ver] • 51°. D. Francisco chegou em São Paulo Com todo o desvairado otimismo de seus planos grandiosos, não é impossível que, no íntimo, Dom Francisco se deixas-se impressionar por aquela idéia, partilhada com outros portugueses da época, de que, em matéria de ouro e prata, Deus se mostrara mais liberal aos castelhanos, dando-lhes a fabulosa riqueza de suas minas. Assim se explica a miragem do Potosi, o sonho, que já tinha sido o de Tomé de Sousa, de fazer do Brasil um “outro Peru” e que está presente em todos os atos de sua administração. Essa idéia obsessiva há de levá-lo, em dado momento, ao ponto de querer até introduzir lhamas andinas em São Paulo. Com esse fito chegaria a obter provisão real, lavrada em 1609, determinando que se metessem aqui duzentas lhamas ou, em sua linguagem, “duzentos carneiros de carga, daqueles que costumam trazer e carregar a prata de Potosi, para acarrear o ouro e a prata” das minas encontradas nas terras de sua jurisdição. E recomenda-se no mesmo documento que das ditas lhamas se fizesse casta e nunca faltassem 77 . Já seria essa, à falta de outras, uma das maneiras de ver transfiguradas as montanhas de Paranapiacaba numa réplica oriental dos Andes. E se a imagem serrana das vizinhanças de São Paulo ainda não falasse bastante à sua imaginação, outros motivos, em particular a suspeita de que estando ali se acharia mais perto do Peru, por conseguinte das sonhadas minas de prata e ouro, poderiam militar em favor da escolha que fez dessa vila para lugar de residência. Justamente pela época em que andaria na Corte da Espanha a pleitear junto ao Duque de Lerma e Filipe III sua nomeação para a conquista, benefício e administração das minas das três capitanias do sul, devera ter chegado às mãos do donatário de São Vicente, aparentado seu, uma carta dos camaristas de São Paulo com data de janeiro de 1600, que era de natureza a suportar tais ambições e ainda mais corroborar suas ilusões acerca da distância entre aquela vila e o Peru. • 52°. D. Francisco enviou a Madri um de seus filhos, Antônio de Sousa, com dois regalos para d. Filipe II: uma espada e uma cruz forjadas com o pouco ouro das minas de São Paulo* Em maio de 1610, enquanto seu filho se preparava para ir à Espanha levando a incumbência, entre outras, de fazer vir bacelos de vinha e sementes de trigo a fim de se introduzirem dessas granjearias, assentou-se em câmara que, na procuração dada a Dom Antonio em nome do povo para ir tratar de coisas relacionadas com o bem comum fosse excluída qualquer solicitação para a vinda daquelas plantas, de modo a que ninguém ficasse depois com a obrigação de as cultivar 4 *. Semelhante exemplo esclarece bem os receios que deveria causar entre a mesma gente o descobrimento ou conquista das minas, tão apetecidas de Dom Francisco. Tal há de ser sua constância nesses temores que, para fins do século, um governa- dor do Rio de Janeiro assinala o escasso interesse que demonstravam os paulistas por aquelas minas. Julgavam, e abertamente o diziam, observa ele, que, descobertos os tesouros, lhes haveriam de enviar governador e vice-rei, meter presídios na capitania para sua maior segurança, multiplicar ali os tributos, com o que ficariam expostos ao descrédito, perderiam o governo quase livre que tinham de sua república, seriam mandados onde antes mandavam, e nem lhes deixariam ir ao sertão, ou, se lá fossem, lhes tirariam as peças apresadas para as empregar no serviço das minas. • 53°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil • 54°. Inventário de Martim Tenório, registrado em ebirapoeira, termo da Vila de São Paulo • 55°. Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiás* • 56°. “Do lado espanhol” • 57°. Carta de Manuel Juan Morales ao rei Filipe IV (1605- 1665), “O Grande” • 58°. Quevedo, escrito por volta de 1636 • 59°. Carta do secretário do Conselho Ultramarino, solicitando informações sobre as minas de prata de Sabarabuçu e outras minas de esmeraldas e ouro de fundição de que se tinha notícia e que haviam motivado a preparação da jornada de Fernão Dias • 60°. Ruiz Montoya en Indias (1608-1652). Francisco Jarque (1609-1691) Francisco Jarque, por sua vez, na biografia que escreveu de Montoya, além de reproduzir o que diz este das origens e fama do mesmo caminho chamado de São Tomé, refere como, por ele, “el Peabiyu, que es el camino que llaman de San Tomé”, tratara o Padre Antônio Ruiz de recolher os catecúmenos que se tinham escapado, em 1628, às garras dos “portugueses dei Brasil”, assim como à servidão a que os queriam sujeitar os espanhóis da Vila Rica iniciando, à beira dele, a fundação de um povoado que teria, afinal, destino idêntico ao dos outros, destruído que foi pelos mamelucos de São Paulo. • 61°. Já em fins do século XVII, como os viajantes que saíssem do Brasil para o Guairá ainda podiam avistar a senda de São Tomé, onde andara o apóstolo Também Nicolas dei Techo, recorrendo ao testemunho de Nóbrega, apoiado pelas razões de Orlandini, o historiador da Companhia, refere, já em fins do século XVII, como os viajantes que saíssem do Brasil para o Guairá ainda podiam avistar a senda de São Tomé, onde andara o apóstolo. Conserva-se, adianta, “igual todo el ano, sin mas que las hierbas crecen algo y difieren bastante de las que hay en el campo, ofreciendo el aspecto de una via hecha con artificio; jamás la miran los misioneros dei Guairá que no experimenten grande asombro”. Além disso, perto da capital do Guairá existiriam elevados penhascos coroados de pequenas planícies onde se viam, como em várias partes do Brasil, gravadas sobre o rochedo, pisadas humanas. Contavam os indígenas como, daquele lugar, costumava o apóstolo, freqüentemente, pregar ao povo que acudia de toda parte a ouvi-lo. • 62°. Livro de Frei Antônio do Rosário, aponta entre os tesouros do Brasil o diamante, que seria então mandado “não em bisalhos, mas em caixas, que todo ano vem a este Reyno” • 63°. Descoberta dos diamantes no Brasil, no Cerro Frio • 64°. Missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação com S. Tomé Em realidade a identificação de rastros semelhantes no Extremo Oriente, que os budistas do Cambodge atribuíam a Gautama, o seu "preah put" como lhe chamam, e os cristãos a São Tomé, de onde o dizerem vários cronistas que uns e outros os tinham por coisa sua, não deveria requerer excessiva imaginação de parte das almas naturalmente piedosas no século XVI. A prova está em que, ainda em 1791, missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação. Em carta daquela data,escrita por Henri Langenois, um dêsses missionários, encontra-se, por exemplo, o seguinte trecho, bem ilustrativo: "Há alguns anos, nosso chefe Capo de Orta, tendo ido a Ongcor vat, perto do sítio onde estamos, mais para o norte, disse-lhe o grande bonzo: Cristão, vês essa estátua de um homem prosternado em frente ao nosso preah put (é o nome de seu falso deus)? Chama-se Chimé. Que significa aquela marca de uma planta de pé impressa em suas costas? Foi por não querer reconhecer e adorar a divindade de nosso preah put, que a tanto o forçou êsse pontapé. Ora, como se afirma que São Tomé Dídimo passou para a China através do Ongcor, não estaria aqui a história de suas dúvidas sôbre a Ressurreição e, depois, da adoração de Nosso Senhor Jesus Cristo?" 14. Sumé no Brasil; Chimé em Angcor, nomes que aparecem relacionados, um e outro, a impressões de pegadas humanas, que tanto no Oriente, como aqui, se associavam, por sua vez, às notícias do aparecimento em remotas eras de algum mensageiro de verdades sobrenaturais, essas coincidências podem parecer deveras impressionantes. Não seria difícil, pelo menos na órbita da espiritualidade medieval e quinhentista, sua assimilação à lembrança de um São Tomé apóstolo, que os autores mais reputados pretendiam ter ido levar às partes da 1ndia, a luz do Evangelho cristão. Não só as pisadas atribuídas ao santo, mas tudo quanto parecesse assinalar sua visita e pregação aos índios da terra. Em Itajuru, perto de Cabo Frio, existiu outrora um penedo grande, amolgado de várias bordoadas, sete ou oito para cima, como se o mesmo bordão dera com fôrça em branda cêra, por serem iguais as marcas, e os naturais do lugar faziam crer que viriam do [p. 109, 110] • 65°. “Terra sem mal”
Atualizado em 30/10/2025 23:28:51 Descobrimento e Devassamento
• 1°. Communicações já eram praticadas saindo da villa de Porto Seguro Segundo Varnhagen (7), o donatario da capitanía de Porto Se- guro, Pero do Campo Tourinho, fundou a sua primeira villa no proprio monte onde Cabral deixára plantado o signal da redempção. Os gentios do paiz parecião então ainda mansos e trataveis como se apresentarão acos primeiros descobridores. Salvo algumas assaltadas que derão à nova colonia, esta gosava de alguma segurança e tranquillidade relativamente a outras capitanias, ficando os indios alli de paz e amizade com os portuguezes. (8) Assim é que o ponto do territorio brasileiro onde desembarcou Pedro Alvares Cabral foi tambem aquelle donde mais facilmente entabolarão-se communicações com o interior do paiz, territorio de Minas Geraes. Taes communicações já erão praticadas desde os primeiros tempos do estabelecimento da villa de Porto Seguro, quando consta (1538) que os portuguezes da nova colonia entravão pela terra dentro e andavão lá 5 e 6 mezes. Por esse tempo já se tinha levado a Porto Seguro, communicada pelos indios, a noticia da existencia de minas de ouro no interior do paiz (9), e tendo alli chegado Felippe de Guilhem (10) tirou disso um instrumento que remetteu a d. João III impetrando seu favor para buscar, e dar maneira como fossem descobrir as ditas minas (11). (...) O caminho seguido foi sem dúvida o mesmo dos índios, por onde em 1538 já entravam portugueses de Porto Seguro, e que também conduzia á serra do Sol da Terra... • 2°. “certas orações, que lhes ensinou na língua deles, dando-lhes o tom, e isto em vez de certas canções lascivas e diabólicas, que antes usavam” • 3°. Notícias* • 4°. Carta escrita por Felipe de Guillen, provedor da fazenda da Capitania de Porto Seguro, ao Rei D. João III* Para consecução do fim que lhe estava recomendado, adotou Thomé de Souza primeiramente um alvitre que tinha de necessariamente frustar-se sobre ter sido desastroso: expediu da Bahia para o lado de Pernambuco uma galé ao mando de Miguel Henriques a quem ordenou que entrasse pelos rios dentro até onde mais não pudesse "que desejo eu muito de saber (escrevia Thomé de Souza) o qual vai por terra para ver si posso descobrir alguma boa ventura para Vossa Alteza, pois esta terra e o perun (Perú) é toda uma" (27) [p. 556] • 5°. Lançada a obra Pero de Magalhães Gândavo, “Tratado da Terra do Brasil”
Atualizado em 30/10/2025 10:31:34 D. Francisco enviou Martim de Sá no rastro de Gabriel Soares e Diogo Gonçalves Laço como administrador das minas ![]() Data: 1915 Página 367(mapa(.284.(.283.(.282.
• 1°. PARANHOS, Paulo. A passagem bandeirante pelo Caminho Velho das Minas. Gerais. Revista da ABRASP, nº 11, 2005 2005
Atualizado em 30/10/2025 10:31:36 Mapa das minas do ouro de S. Paulo, e a costa do mar que lhe pertence ![]() Data: 1714 Créditos: Cartas Sertanistas
Atualizado em 30/10/2025 08:09:13 O BRASIL EM BUSCA DO VIL METAL - EDUARDO BUENO
• 1°. Arrobas Em 1711 foi publicado o primeiro livro do primeiro cara que realmente coletou toda a história dessas minas, embora nunca tivesse estado lá. Porque o Artur de Sá e Meneses esteve lá.Não apenas esteve lá....Vou dizer antes o Artur de Sá e Meneses: o Artur de Sá e Meneses ele foi a primeiravez em agosto de 1700 e ficou até julho de 1701, nas minas.Tentando colocar ordem nas coisas, mas na verdade assim né, se aliou com os grandesmineradores, estabeleceu uma finta.Uma finta (virou de futebol, né), uma finta é uma coisa que tu pagava como se fosse assimum imposto prévio, né, ó, provavelmente nós vamos conseguir tanto ouro, né, a gentejá paga antes a finta, né, e aí não paga mais nada, não tem mais fiscalização.E claro que os caras negociaram essa finta, assim, e além de tudo eles driblavam a finta.16:19Entendeu!?16:20Drible e finta viraram dois jargões do futebol, né, o cara que dribla a finta, né, é por16:26isso que o futebol arte brasileiro, até ele, pelo menos nas suas origens etimológicas,16:32é corrupto.Aliás, o futebol brasileiro bem corrupto mesmo, como tu sabe, basta ver a cor da camisetaque os caras andam por aí.Bom, depois ele esteve nas minas de novo, o Artur de Sá e Meneses, de setembro de 1701e voltou pro RJ no dia 12 de julho de 1702.E quando ele voltou, ele voltou com quarenta arrobas de ouro!Quarenta arrobas de ouro!Vai calcular quanto é que é.Uma arroba é 15 quilos. 15kg é uma arroba, ele voltou com DELE, dele, dele!Pra si, quarenta arrobas de ouro, tudo que ele achacou, tudo que ele conseguiu tirarlá dos mineiros em troca desses mineiros pagarem menos imposto.E sempre mandando cartas para o rei dizendo "estou aqui agindo em nome de vossa majestade", que já era o Dom João V, e aí se muda pro RJ, como já falei no episódio anterior, e faz uma mansão maravilhosa... [O Brasil em busca do vil metal, 12.08.2020. Eduardo Bueno youtube.com/watch?v=OMpEqEaWNcE]
Atualizado em 30/10/2025 10:31:33 Roteiro Knivet ![]() Data: 1915 Página 367(mapa(.284.(.283.(.282.
Atualizado em 30/10/2025 10:31:34 Criada a Capitania de Itanhaém
Atualizado em 30/10/2025 23:28:55 Mariana de Sousa Guerra, Condessa de Vimieiro. Consultado em Wikipédia
• 1°. Como Lopo Lopes de Souza faleceu em 1610, sem deixar descendência, a sua herança passou à irmã, D. Mariana [Pero] de Souza Guerra - "Condessa de Vimieiro" (1611 à 1623), cujo esposo era D. Francisco Faro Em 1610, faleceu seu irmão Lopo de Sousa, 3º donatário da Capitania de São Vicente. Teoricamente o território sob sua jurisdição podia ir da região de Paraty, até Paranaguá, na Capitania de Santana, mas estava interpolado por dez léguas de costa pertencentes à Capitania de Santo Amaro, a qual não tinha sido povoada pelo capitão-donatário original: seu tio-avô Pero Lopes de Sousa. Para o interior, seu território estendia-se até ao meridiano do Tratado de Tordesilhas, embora, durante a União Ibérica, ninguém pensasse em demarcar essa linha no terreno, pelo que era frequentemente violada pelos paulistas. Segundo o testamento do seu avô, Martim Afonso de Sousa, na ausência de filhos varões do primogênito, Pero Lopes de Sousa, Senhor de Alcoentre e Tagarro, segundo donatário da Capitania de São Vicente, todos os bens vinculados seriam herdados por um filho varão de sua filha D. Inês Pimentel, sendo que o único sobrevivente em 1610 era D. Luís de Castro, 5.º Conde de Monsanto (1560 - 1612), o qual naturalmente reivindicou os bens vinculados por seu avô Martim Afonso de Sousa, suscitando a contra-reivindicação de Mariana de Sousa Guerra. No entanto, as doações da Coroa, por virtude da Lei Mental, promulgada por El- Rei D. Duarte de Portugal, precisavam da dispensa e confirmação de El-Rei sempre que saíam da linha direta masculina. A mãe de D. Luís de Castro, 5.º Conde de Monsanto, D. Inês Pimentel, já obtivera dispensa da Lei Mental à data do testamento do pai, provavelmente por ocasião do seu casamento com D. António de Castro, 4.º Conde de Monsanto. Já Mariana de Sousa Guerra, se quizesse herdar as donatarias de seu falecido irmão, teria de obter uma dispensa especial, o que era processo longo e complicado a impetrar junto da corte espanhola. Entretanto, era El-Rei D. Filipe II de Portugal (III de Espanha) quem nomeava os capitães-mores que governavam a capitania. Além disso, D. Luís de Castro, 5.º Conde de Monsanto (1560 - 1612) também herdou a Capitania de Santo Amaro por testamento de D. Jerônima de Albuquerque e Sousa, última descendente (após a morte dos irmãos) do 1º donatário da Capitania de Santo Amaro Pero Lopes de Sousa, (irmão caçula de Martim Afonso de Sousa), a qual incluía, não só a quase desabitada Ilha de Santo Amaro, mas também a então florescente vila de São Paulo dos Campos de Piratininga, a qual havia sido povoada a partir de São Vicente. Na realidade, a Ilha de Santo Amaro não tinha atividade económica, mas apenas fortalezas essenciais à defesa do porto de Santos, sito na vizinha Ilha de São Vicente. Pelo contrário, São Paulo era uma vila próspera, mas só era acessível através do porto de Santos. Por isso mesmo, D. Luís de Castro, 5.º Conde de Monsanto (ca. 1560 - 1612) reivindicou a Capitania de São Vicente, a qual foi contra-reivindicada por D. Mariana de Sousa Guerra.
Blog Jacuhy - Facebook 19 de março de 2021, sexta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Pessoas (2) Anthony Knivet (1560-1649), Martim Correia de Sá (1575-1632)
OS MARCOS GEOGRÁFICOS COMO REFERÊNCIAS NA OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO PAULISTA. O caso do morro do Lopo e os núcleos urbanos no “Caminho de Atibaia”, no século XVII. Ana Villanueva (data da consulta) 1 de março de 2024, sexta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (6): Atibaia/SP, Guarulhos/SP, Ubatuba/SP, São José dos Campos/SP, Rio de Janeiro/RJ, Bragança Paulista/SP • Pessoas (3) Anthony Knivet (1560-1649), Martim Correia de Sá (1575-1632), Teodoro Fernandes Sampaio (44 anos) • Temas (8): Temiminós, Canibalismo, Morro do Lopo, Montanhas, Nheengatu, Rio Jaguari, Estradas antigas, Colinas • 1. Roteiro Knivet 1597
Atualizado em 30/10/2025 10:31:35 Mapa do século XVII: “Rio de Janeiro e São Paulo”* ![]() Data: 1700 Créditos: Cartas sertanistas Desenho a tinta ferrogálica. bdlb.bn.gov.br/acervo/handle/20.500.12156.3/15777(rio sorocaba
Atualizado em 30/10/2025 23:28:54 Livro dos Transportes Seleção de Textos Organizada ![]() Data: 1970 Créditos: Dinah Silveira de Queiroz Página 25
• 1°. Provisão de Artur de Sá relativa ao Caminho Novo O primeiro empreiteiro de estradas no Brasil - Estrada de Minas - O ouro provindo das minas descobertas pelos paulistas transportado para São Paulo e daí para o Rio de Janeiro por via marítima, sendo embarcado em Santos ou em Parati. Esta circunstância excitava a cobiça dos piratas que operavam nos mares das costas e se apoderaram de muitos carregamentos. Neste ano foi assinalada a passagem em frente à barra do Rio de Janeiro, rumo ao Sul, de vários navios franceses que despertaram grandes suspeitas, tendo o governador mandado aviso a todas as povoações do Sul para que se acautelassem. Atendendo também a que transporte do produto das minas via São Paulo era muito demorado, Artur de Sá e Meneses contratou com o bandeirantes Garcia Rodrigues Pais, primogênito de Fernão Dias Pais, o Caçador de Esmeraldas, a construção dum caminho que, através das terras e dos campos gerais, ligasse diretamente o Rio de Janeiro aos distritos de Cataguases e de Sabarabuçu. Deste contrato deu o governador informações ao rei pela carta de 24 de maio. Pode assim Garcia Rodrigues Pais ser considerado como o primeiro dos empreiteiros de estradas a exercer atividade no Brasil. Garcia Pais, entretanto, consumiu longo tempo em reunir gente e fazer os preparativos para a obra a que só deu início em 1702, construindo então a estrada que serviu durante quase um século e foi conhecida com o nome de Caminho Novo. [Página 84] • 2°. Caminho Novo Atendendo também a que transporte do produto das minas via São Paulo era muito demorado, Artur de Sá e Meneses contratou com o bandeirantes Garcia Rodrigues Pais, primogênito de Fernão Dias Pais, o Caçador de Esmeraldas, a construção dum caminho que, através das terras e dos campos gerais, ligasse diretamente o Rio de Janeiro aos distritos de Cataguases e de Sabarabuçu. Deste contrato deu o governador informações ao rei pela carta de 24 de maio. Pode assim Garcia Rodrigues Pais ser considerado como o primeiro dos empreiteiros de estradas a exercer atividade no Brasil.
Atualizado em 30/10/2025 10:31:33 Expedição de Martim Correia de Sá ![]() Data: 1940 Créditos: Carvalho Franco Página 44
• 1°. “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda 1969 • 2°. PARANHOS, Paulo. A passagem bandeirante pelo Caminho Velho das Minas. Gerais. Revista da ABRASP, nº 11, 2005 2005
Atualizado em 30/10/2025 23:28:56 Cunhambebe, consultado em Wikipédia
• 1°. Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre
Atualizado em 30/10/2025 10:31:37 Rodrigo César de Meneses denuncia a atitude de pessoas de Paraty/RJ ![]() Data: 1800
PARANHOS, Paulo. A passagem bandeirante pelo Caminho Velho das Minas. Gerais. Revista da ABRASP, nº 11, 2005 2005. Atualizado em 24/10/2025 21:20:13 Relacionamentos • Cidades (7): Cuiabá/MT, Mogi das Cruzes/SP, Passa Quatro/MG, Pindamonhangaba/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP • Pessoas (17) Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), André de Leão, André João Antonil (1649-1716), Anthony Knivet (1560-1649), Ascenso Ribeiro, Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), Basílio de Magalhães (25 anos), Brás Cubas (1507-1592), Francisco de Assis Carvalho Franco (13 anos), Francisco de Sousa (1540-1611), João Pereira Botafogo (1540-1627), Luiz Martins, Martim Correia de Sá (1575-1632), Orville Derby (48 anos), Pero Lobo, Thomas Cavendish (1560-1592), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626) • Temas (5): Cataguazes, Ouro, Rio Paraíba, Rio São Francisco, Serra da Mantiqueira • 1. Expedição de Martim Correia de Sá 1596 • 2. D. Francisco enviou Martim de Sá no rastro de Gabriel Soares e Diogo Gonçalves Laço como administrador das minas 14 de outubro de 1597
Atualizado em 30/10/2025 02:52:14 Estradas Reais, Márcio Santos ![]() Data: 1588 página 354
• 1°. Ouro Embora não se conheça com precisão a sua origem — se aberto por paulistas em demanda da Capital, ou por criadores baianos e pernambucanos em demanda das Minas — é certo que por ele transitavam um expressivo volume de imigrantes, escravos africanos, boiadas, mercadores e os produtos europeus. Conforme o estudo dos conhecimentos de embarque das frotas anuais para o reino permite inferir, era também a principal rota de descaminho do ouro e dos diamantes, fugindo ao pagamento dos tributos que recaíam sobre a população mineradora nos Caminhos do Rio de Janeiro, mais rápidos, mas mais rigorosamente fiscalizados. Para evitar esses descaminhos, foram expedidas ordens régias que determinavam o seu fechamento já em 1701, bem como proibiam a circulação de quaisquer mercadorias que não o gado (1702), mas que logo se revelaram inaplicáveis, pelas necessidades de abastecimento da região, cuja crescente demanda não era atendida, individual ou conjuntamente, pelas praças de São Paulo e do Rio de Janeiro. Por essa razão, em 1705 foi permitida, pela Coroa Portuguesa, a circulação de pessoas e de gado, mantendo-se a proibição do trânsito de mercadorias e de escravos. Mais do que simples tentativas de controle do fluxo populacional para a zona mineradora, as medidas objetivavam sujeitar as minas à jurisdição da Capitania do Rio de Janeiro, furtando-a à da Bahia, como pretendiam muitos na então capital do Estado do Brasil — Salvador — entre os quais o próprio Governador-geral, D. João de Lencastre.
Atualizado em 30/10/2025 23:28:54 Acidente aéreo em Paraty, Brasil, mata o ministro e relator da Operação Lava Jato no STF, Teori Zavascki, o empresário Carlos Alberto Filgueiras e outras três pessoas
Atualizado em 30/10/2025 10:31:36 Escravizados* ANDREA! Sobre o Brasilbook.com.br |