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Atualizado em 30/10/2025 11:27:32 Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil ![]() Data: 1587 Créditos: Gabriel Soares de Souza Página 361
• 1°. Os navios menores da esquadra de Cabral, reconhecendo a costa, da foz do Caí para o norte Esta terra se descobriu aos 25 dias do mês de abril de 1500 anos por Pedro Álvares Cabral, que neste tempo ia por capitão-mor para a Índia por mandado de el-rei D. Manuel, em cujo nome tomou posse desta província, onde agora é a capitania de Porto Seguro, no lugar onde já esteve a vila de Santa Cruz, que assim se chamou por se aqui arvorar uma muito grande, por mando de Pedro Álvares Cabral, ao pé da qual mandou dizer, em seu dia, a 3 de maio, uma solene missa, com muita festa, pelo qual respeito se chama a vila do mesmo nome, e a província muitos anos foi nomeada por de Santa Cruz e de muitos Nova Lusitânia; e para solenidade desta posse plantou este capitão no mesmo lugar um padrão com as armas de Portugal, dos que trazia para o descobrimento da Índia para onde levava sua derrota. • 2°. Uma solene missa, com muita festa, pelo qual respeito se chama a vila do mesmo nome, e a província muitos anos foi nomeada por de Santa Cruz e de muitos Nova Lusitânia A carta de Pero Vaz de Caminha só foi "descoberta" após os anos 1800. Gabriel Soares de Sousa em "Notícia do Brasil" (1587) diz: "Esta terra se descobriu aos 25 dias do mês de abril de 1500 anos por Pedro Álvares Cabral, que neste tempo ia por capitão-mor para a Índia por mandado de el-rei D. Manuel, em cujo nome tomou posse desta província, onde agora é a capitania de Porto Seguro, no lugar onde já esteve a vila de Santa Cruz, que assim se chamou por se aqui arvorar uma muito grande, por mando de Pedro Álvares Cabral, ao pé da qual mandou dizer, em seu dia, a 3 de maio, uma solene missa, com muita festa, pelo qual respeito se chama a vila do mesmo nome, e a província muitos anos foi nomeada por de Santa Cruz e de muitos Nova Lusitânia (...)" • 3°. Atlas Miller é evidência da "ilha Brasil", segundo Jaime Cortesão Do rio de São Francisco ao dos Dragos são cinco léguas, pelo qual entram caravelões, e tem na boca três ilhéus. Do rio dos Dragos à baía das Seis Ilhas são cinco léguas; e dessa baía ao rio Itapucuru são quatro léguas, o qual está em vinte e oito graus escassos; e corre-se a costa do Itapucuru até o rio de São Francisco norte-sul. Este rio acima dito, a que outros chamam Jumirim, tem a boca grande e ao mar dele três ilhetas, pela qual entram caravelões; e corre-se por êle acima leste-oeste, pelo qual entra a maré muito, onde há boas pescarias e muito marisco. A terra deste rio é alta e fragosa, e tem mais arvoredos que a terra atrás, especialmente águas vertentes ao mar. A terra do sertão é de campinas, como a da Espanha, e uma e outra é muito fértil e abastada de caça e muito acomodada para se poder povoar, porque se navega muito espaço por ela acima. [p. 117] • 4°. Carta de doação da capitania de Pernambuco a Duarte Coelho pelo rei João III "o Piedoso" • 5°. Chega a Pernambuco seu primeiro donatário, Duarte Coelho / Fundação da Vila de Igaraçú Depois que êste Estado se descobriu por ordem dos reis passados, se trabalhou muito por se acabar de descobrir êste rio (São Francisco) por todo o gentio que nele viveu, e por êle andou afirmar que pelo seu sertão havia serras de ouro e prata, à conta da qual informação se fizeram muitas entradas de todas as capitanias sem poder ninguém chegar ao cabo; com êste desengano e sobre esta pretensão veio Duarte Coelho a Portugal da sua capitania de Pernambuco a primeira vez, e da segunda também teve desenho; mas desconcertou-se com S. A. pelo não fartar das honras que pedia. E sendo governador deste Estado Luís de Brito de Almeida, mandou entrar por este rio acima a um Bastião Álvares, que se dizia do Porto Seguro, o qual trabalhou por descobrir quanto pôde, no que gastou quatro anos e um grande pedaço da Fazenda d’el Rei, sem poder chegar ao sumidouro, e por derradeiro veio acabar com quinze ou vinte homens entre o gentio tupinambá, a cujas mãos foram mortos, o que lhe aconteceu por não ter cabedal da gente para se fazer temer, e por querer fazer esta jornada contra água, o que não aconteceu a João Coelho de Sousa, por que chegou acima do sumidouro mais de cem léguas, como se verá do roteiro que se fêz da sua jornada. À boca da barra deste rio corta o salgado a terra da banda do sudoeste, e faz ficar aquela ponta de areia e mato em ilha, que será de três léguas de comprido. E quando este rio enche com água do monte… não entra o salgado com a maré por êle acima, mas até à barri é água doce, e traz neste tempo grande correnteza. [fim] • 6°. Cabeza de Vaca desembarca em Santa Catarina Do rio de São Francisco ao dos Dragos são cinco léguas, pelo qual entram caravelões, e tem na boca três ilhéus. Do rio dos Dragos à baía das Seis Ilhas são cinco léguas; e dessa baía ao rio Itapucuru são quatro léguas, o qual está em vinte e oito graus escassos; e corre-se a costa do Itapucuru até o rio de São Francisco norte-sul. Este rio acima dito, a que outros chamam Jumirim, tem a boca grande e ao mar dele três ilhetas, pela qual entram caravelões; e corre-se por êle acima leste-oeste, pelo qual entra a maré muito, onde há boas pescarias e muito marisco. A terra deste rio é alta e fragosa, e tem mais arvoredos que a terra atrás, especialmente águas vertentes ao mar. A terra do sertão é de campinas, como a da Espanha, e uma e outra é muito fértil e abastada de caça e muito acomodada para se poder povoar, porque se navega muito espaço por ela acima. [Página 117] • 7°. Expedição Sebastião Fernandes Tourinho, morador em Porto Seguro, com certos companheiros entrou pelo sertão, onde andou alguns meses à ventura, sem saber por onde caminhava, e meteu-se tanto pela terra adentro, que se achou em direito do Rio de Janeiro, o que souberam pela altura do sol, que este Sebastião Fernandes sabia muito bem tomar, e por conhecerem a serra dos Órgãos, que cai sobre o Rio de Janeiro; e chegando ao campo grande acharam alagoas e riachos que se metiam neste Rio Grande; e indo com rosto ao noroeste, deram em algumas serras de pedras, por onde caminharam obra de trinta léguas, e tornando a leste alguns dias deram em uma aldeia de tupiniquins, junto de um rio, que se chama Raso-Aguípe; e foram por ele abaixo com o rosto ao norte vinte e oito dias em canoas, nas quais andaram oitenta léguas. Este rio tem grande correnteza, e entram nele dois rios, um da banda do leste, e outro da banda do loeste, com os quais se vem meter este rio RasoAguípe no rio Grande. E depois que entraram nele navegaram nas suas canoas por ele abaixo vinte e quatro dias, nos quais chegaram ao mar, vindo sempre com a proa ao loeste. E fazendo esta gente sua viagem, achou no sertão deste rio no mais largo dele, que será em meio caminho do mar, vinte ilhas afastadas umas das outras uma légua, duas e três e mais; e acharam quarenta léguas de barra, pouco mais ou menos um sumidouro, que vai por baixo da terra mais de uma légua, quando é no verão, que no inverno traz tanta água que alaga tudo. Do sumidouro para cima tem este rio grande fundo, e a partes tem poços, que têm seis e sete braças, por onde se pode navegar em grandes embarcações; quase toda a terra de longo dele é muito boa. • 8°. Sebastião Fernandes Tourinho chefiou uma expedição que "subiu pelo Rio Doce, e atravessando imensos sertões desceu pelo Jequitinhonha para a província da Bahia conduzindo escravos, algumas amostras de esmeraldas ou safiras" Sebastião Fernandes Tourinho, morador em Porto Seguro, com certos companheiros entrou pelo sertão, onde andou alguns meses à ventura, sem saber por onde caminhava, e meteu-se tanto pela terra adentro, que se achou em direito do Rio de Janeiro, o que souberam pela altura do sol, que este Sebastião Fernandes sabia muito bem tomar, e por conhecerem a serra dos Órgãos, que cai sobre o Rio de Janeiro; e chegando ao campo grande acharam alagoas e riachos que se metiamneste Rio Grande; e indo com rosto ao noroeste, deram em algumas serras de pedras, por onde caminharam obra de trinta léguas, e tornando a leste alguns dias deram em uma aldeia de tupiniquins, junto de um rio, que se chama Raso-Aguípe; e foram por ele abaixo com o rosto ao norte vinte e oito dias em canoas, nas quais andaram oitenta léguas. Este rio tem grande correnteza, e entram nele dois rios, um da banda do leste, e outro da banda do loeste, com os quais se vem meter este rio RasoAguípe no rio Grande. E depois que entraram nele navegaram nas suas canoas por ele abaixo vinte e quatro dias, nos quais chegaram ao mar, vindo sempre com a proa ao loeste. E fazendo esta gente sua viagem, achou no sertão deste rio no mais largo dele, que será em meio caminho do mar, vinte ilhas afastadas umas das outras uma légua, duas e três e mais; e acharam quarenta léguas de barra, pouco mais ou menos um sumidouro, que vai por baixo da terra mais de uma légua, quando é no verão, que no inverno traz tanta água que alaga tudo. Do sumidouro para cima tem este rio grande fundo, e a partes tem poços, que têm seis e sete braças, por onde se pode navegar em grandes embarcações; quase toda a terra de longo dele é muito boa. • 9°. Distância entre Sorocaba e Botucatu Gabriel Soares de Sousa - 1540-1591: Sebastião Fernandes Tourinho, morador em Porto Seguro, com certos companheiros entrou pelo sertão, onde andou alguns meses à ventura, sem saber por onde caminhava, e meteu-se tanto pela terra adentro, que se achou em direito do Rio de Janeiro, o que souberam pela altura do sol, que este Sebastião Fernandes sabia muito bem tomar, e por conhecerem a serra dos Órgãos, que cai sobre o Rio de Janeiro; e chegando ao campo grande acharam alagoas e riachos que se metiam neste Rio Grande; e indo com rosto ao noroeste, deram em algumas serras de pedras, por onde caminharam obra de trinta léguas, e tornando a leste alguns dias deram em uma aldeia de tupiniquins, junto de um rio, que se chama Raso-Aguípe; e foram por ele abaixo com o rosto ao norte vinte e oito dias em canoas, nas quais andaram oitenta léguas. Este rio tem grande correnteza, e entram nele dois rios, um da banda do leste, e outro da banda do loeste, com os quais se vem meter este rio Raso Aguípe no rio Grande. E depois que entraram nele navegaram nas suas canoas por ele abaixo vinte e quatro dias, nos quais chegaram ao mar, vindo sempre com a proa ao loeste. E fazendo esta gente sua viagem, achou no sertão deste rio no mais largo dele, que será em meio caminho do mar, vinte ilhas afastadas umas das outras uma légua, duas e três e mais; e acharam quarenta léguas de barra, pouco mais ou menos um sumidouro, que vai por baixo da terra mais de uma légua, quando é no verão, que no inverno traz tanta água que alaga tudo. Do sumidouro para cima tem este rio grande fundo, e a partes tem poços, que têm seis e sete braças, por onde se pode navegar em grandes embarcações; quase toda a terra de longo dele é muito boa.
Atualizado em 30/10/2025 20:10:10 A COMPANHIA DE JESUS E A FORMAÇÃO DA CULTURA SEXUAL BRASILEIRA: UM ESTUDO HISTÓRICO E DOCUMENTAL A PARTIR DOS ESCRITOS DO PADRE MANUEL DA NÓBREGA
• 1°. Manuel da Nobrega é ainda mais severo em seu juízo sobre os clérigos
D. Catarina Barreto e a retirada de 1635. Por Gilberto Osório de Andrade 9 de junho de 2011, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:16:14 Relacionamentos • Cidades (1): São Paulo/SP • Pessoas (9) 2º conde do Prado (1577-1643), Antônio de Sousa (1584-1631), Catarina Barreto, Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gaspar de Souza, João Pais Barreto, Luís de Sousa Henriques (1575-1635), Mariana de Guzman y Bracemonte
Atualizado em 30/10/2025 11:27:33 Notícias pra a História e Geografia das nações ultramarinas ![]() Data: 1836 Página 320 do pdf
• 1°. Geographia de Ptolomeu • 2°. Gabriel Soares de Sousa chegou ao Brasil / Primo do "Caçador de Eldorado (1557 ou 1569?) • 3°. Atlas de Lazaro Luiz • 4°. Mapa de Fernando Vaz Dourado • 5°. Impressa a Dedicatória de Gabriel Soares de Souza a D. Christovam de Moura • 6°. Diálogos de varia historia, 1° edição. Autor: Pedro Mariz • 7°. Diálogos de varia historia, 2° edição. Autor: Pedro Mariz • 8°. World map (planiglob), by Gerardus Mercator, 1569, published by Petrus Bertius, Amsterdam, 1616, rare collectible piece • 9°. Mapa • 10°. Biblioteca Lusitana ou Bibliotheca Lusitana, de Diogo Barbosa Machado. Publicada entre 1741 e 1759 • 11°. Annaes Históricos do Maranhão, Bernardo Pereira de Perredo
Atualizado em 30/10/2025 20:10:11 Jornal do Recife ![]() Data: 1871 28/10/1871
• 1°. Bacharel Prescindindo de averiguar n´esta ocasião quem foram os chefes das armadas exploradoras de 1501 e 1503, o que tem sido debatido por escritores modernos, e até por Humboldt, que dá como chefe desta última armada a Américo Vespúcio, e limitando-nos a dizer, que parece mais provável, que fora Gonçalo Coelho chefe da primeira expedição, e o da segunda Christovão Jacques, vindo em ambas, como piloto cosmógrafo, o célebre Américo Vespúcio, devemos ter como provado e incontestável, que os padrões reais, simbolizando a posse do Brasil ela corôa de Portugal, foram postos em 1503, não tanto pela data, que Gabriel Soares viu no de Cananéa, que aliás nos parece póstuma e apócrifa; mas pelo testemunho dos escritores coevos, que deixamos de citar, por não avolumar este relatório. (...) A armada d´esse ano saiu do Tejo ou porto de Lisboa a 10 de junho de 1503; e embora regressasse ao mesmo porto em 18 de junho de 1504, por se lhe haver perdido quatro das seis caravelas, é de crer, que tivesse vindo no desígnio de se demorar tempo suficiente para continuar e completar as explorações, começadas em 1501. > (...) Além de incrível, seria absurdo datar os marcos em Lisboa, onde não se podia prever o ano em que seriam levantados; e se com efeito existia tal marco, e sem tal data, deve antes crer-se que na ocasião de se plantar lhe puseram a data, por haver tempo para isso, ou que fosse posto posteriormente talvez pelo bacharel, que ali ficou degredado em 1501, e que ainda vivia trinta anos depois. • 2°. Descobrimento da ilha de São Sebastião por André Gonçalves e Américo Vespúcio • 3°. Bacharel • 4°. Partida (...) Mas dir-nos-hão ainda os que possam ter opinião contrária á que voz apresentamos: - o padrão, visto em Cananéa por Gabriel Soares em 1563, pouco mais ou menos, tinha a data de 1503, e este, que agora foi achado e descrito, não tem data alguma. Tudo nos faz presumir que essa data do padrão de Cananéa, a ser verídico, não foi lavrada, ou aberta em Portugal na quantidade dos que vieram em 1503. A armada d´esse ano saiu do Tejo ou porto de Lisboa a 10 de junho de 1503; e embora regressasse ao mesmo porto em 18 de junho de 1504, por se lhe haver perdido quatro das seis caravelas, é de crer, que tivesse vindo no desígnio de se demorar tempo suficiente para continuar e completar as explorações, começadas em 1501. Antes de prosseguir, cumpre fazer uma rápida observação a respeito d´este marco de Cananéa com a data de 1503. Na ´açoda´ polêmica, que teve o falecido Abre e Lima com o cônego Januário e o Sr. Varnhagem, é que vemos mencionada a circunstância de ter sido visto por Gabriel Soares o marco de Cananéa, Respostas, pág. 97. Folheámos Gabriel Soares, e não vimos tal asseveração. O que lemos no lugar respectivo foi o seguinte: "A estas partes foi depois mandado por sua alteza Gonçalo Coelho com três caravelas de armada, para que descobrisse esta costa, com as quais andou por elas muitos meses, buscando-lhe os portos e rios, em muitos dos quais entrou, e assentou marcos dos que para esse descobrimento levava." Ainda no mesmo lugar; Roteiro do Brazil, página 16, diz o seguinte: "Logo ordenou outra armada de caravelas, que mandou a estas conquistas, a qual entregou a Christovão Jacques, fidalgo de sua casa, que n´ela foi por capitão-mór, o qual foi continuando no descobrimento d´esta costa, e trabalhou um bom pedaço sobre ´aclarar´a navegação d´ela, e plantou em muitas partes padrões que para isso levava." Do testemunho d´este benemérito e fidedigno escrito, quase coevo dos acontecimentos, por que o seu Roteiro do Brazil é anterior ao ano de 1587, não vemos nada de positivo a respeito do tal marco de Cananéa, com a data de 1503; e parece-nos haver confusão com este marco, e com o realmente achado em 1763, como testifica Fr. Gaspar da Madre de Deus, nas suas Memórias da Capitania de S. Vicente, livr. 1o. pags. 34 e 35. Referindo-se á viagem de Martim Afonso de Sousa em 1531 e 1532, diz esse escritor o seguinte: "Deixando em terra a gente que trazia para povoar, fez embarcar a ´soldadeses´ e marinhagem da esquadra. N´esta derrota não só descobriu muitos portos, ilhas, enseadas, cabos, e rios incógnitos; mas também levantou vários padrões nos lugares convenientes, para testemunharem a posse que tomara pela coroa de Portugal. Erigiu o primeiro defronte da ilha da Cananéa, em outra, a que chamam do Cardoso. Depois de estar oculto mais de dois séculos este padrão, achou-o coronel Afonso Botelho de Sampaio e Sousa aos 16 de janeiro de 1767, examinando aquele território com o intento de levantar uma fortaleza." E a vista d´estas rápidas considerações, não nos parece líquida a data de 1503 no suposto marco de Cananéa. Além de incrível, seria absurdo datar os marcos em Lisboa, onde não se podia prever o ano em que seriam levantados; e se com efeito existia tal marco, e sem tal data, deve antes crer-se que na ocasião de se plantar lhe puseram a data, por haver tempo para isso, ou que fosse posto posteriormente talvez pelo bacharel, que ali ficou degredado em 1501, e que ainda vivia trinta anos depois. • 5°. Américo Vespúcio chega a Lisboa, com 77 dias de viagem (ver sua carta a Soderini) desde Cabo Frio • 6°. Capitania de Santana concedida a Pero Lopes de Sousa Na doação de oitenta léguas da costa do Brasil, que D. João III fez a Pero Lopes de Souza, a 1 de setembro de 1534, lê-se o seguinte, logo no preambulo da respectiva carta: "E as trinta léguas, que falecem, começarão no rio, que cerca em redondo a ilha de Itamaracá, no qual eu ora pus nome - Rio da Santa Cruz - e acabarão na Bahia da Traição que está em altura de seis graus; e isto como tal declaração, que a cinquenta passos da casa da feitoria, que de princípio fez Christovão Jaques pelo rio dentro ao longo da praia, se porá um padrão de minhas armas; e do dito padrão se lançará uma linha, que soreará a leste pela terra firme a dentro; e a dita terra da dita linha para o norte será do dito Pero Lopes, etc." • 7°. Pelourinho em Cananéa (...) Mas dir-nos-hão ainda os que possam ter opinião contrária á que voz apresentamos: - o padrão, visto em Cananéa por Gabriel Soares em 1563, pouco mais ou menos, tinha a data de 1503, e este, que agora foi achado e descrito, não tem data alguma. Tudo nos faz presumir que essa data do padrão de Cananéa, a ser verídico, não foi lavrada, ou aberta em Portugal na quantidade dos que vieram em 1503. A armada d´esse ano saiu do Tejo ou porto de Lisboa a 10 de junho de 1503; e embora regressasse ao mesmo porto em 18 de junho de 1504, por se lhe haver perdido quatro das seis caravelas, é de crer, que tivesse vindo no desígnio de se demorar tempo suficiente para continuar e completar as explorações, começadas em 1501. Antes de prosseguir, cumpre fazer uma rápida observação a respeito d´este marco de Cananéa com a data de 1503. Na ´açoda´ polêmica, que teve o falecido Abre e Lima com o cônego Januário e o Sr. Varnhagem, é que vemos mencionada a circunstância de ter sido visto por Gabriel Soares o marco de Cananéa, Respostas, pág. 97. Folheámos Gabriel Soares, e não vimos tal asseveração. O que lemos no lugar respectivo foi o seguinte: "A estas partes foi depois mandado por sua alteza Gonçalo Coelho com três caravelas de armada, para que descobrisse esta costa, com as quais andou por elas muitos meses, buscando-lhe os portos e rios, em muitos dos quais entrou, e assentou marcos dos que para esse descobrimento levava." Ainda no mesmo lugar; Roteiro do Brazil, página 16, diz o seguinte: "Logo ordenou outra armada de caravelas, que mandou a estas conquistas, a qual entregou a Christovão Jacques, fidalgo de sua casa, que n´ela foi por capitão-mór, o qual foi continuando no descobrimento d´esta costa, e trabalhou um bom pedaço sobre ´aclarar´a navegação d´ela, e plantou em muitas partes padrões que para isso levava." Do testemunho d´este benemérito e fidedigno escrito, quase coevo dos acontecimentos, por que o seu Roteiro do Brazil é anterior ao ano de 1587, não vemos nada de positivo a respeito do tal marco de Cananéa, com a data de 1503; e parece-nos haver confusão com este marco, e com o realmente achado em 1763, como testifica Fr. Gaspar da Madre de Deus, nas suas Memórias da Capitania de S. Vicente, livr. 1o. pags. 34 e 35. Referindo-se á viagem de Martim Afonso de Sousa em 1531 e 1532, diz esse escritor o seguinte: "Deixando em terra a gente que trazia para povoar, fez embarcar a ´soldadeses´ e marinhagem da esquadra. N´esta derrota não só descobriu muitos portos, ilhas, enseadas, cabos, e rios incógnitos; mas também levantou vários padrões nos lugares convenientes, para testemunharem a posse que tomara pela coroa de Portugal. Erigiu o primeiro defronte da ilha da Cananéa, em outra, a que chamam do Cardoso. Depois de estar oculto mais de dois séculos este padrão, achou-o coronel Afonso Botelho de Sampaio e Sousa aos 16 de janeiro de 1767, examinando aquele território com o intento de levantar uma fortaleza." E a vista d´estas rápidas considerações, não nos parece líquida a data de 1503 no suposto marco de Cananéa. Além de incrível, seria absurdo datar os marcos em Lisboa, onde não se podia prever o ano em que seriam levantados; e se com efeito existia tal marco, e sem tal data, deve antes crer-se que na ocasião de se plantar lhe puseram a data, por haver tempo para isso, ou que fosse posto posteriormente talvez pelo bacharel, que ali ficou degredado em 1501, e que ainda vivia trinta anos depois. • 8°. Marcos
Atualizado em 30/10/2025 11:27:32 Manuel da Nobrega é ainda mais severo em seu juízo sobre os clérigos
• 1°. A COMPANHIA DE JESUS E A FORMAÇÃO DA CULTURA SEXUAL BRASILEIRA: UM ESTUDO HISTÓRICO E DOCUMENTAL A PARTIR DOS ESCRITOS DO PADRE MANUEL DA NÓBREGA 2009
Atualizado em 30/10/2025 20:10:11 Descobrimento e Devassamento
• 1°. Communicações já eram praticadas saindo da villa de Porto Seguro Segundo Varnhagen (7), o donatario da capitanía de Porto Se- guro, Pero do Campo Tourinho, fundou a sua primeira villa no proprio monte onde Cabral deixára plantado o signal da redempção. Os gentios do paiz parecião então ainda mansos e trataveis como se apresentarão acos primeiros descobridores. Salvo algumas assaltadas que derão à nova colonia, esta gosava de alguma segurança e tranquillidade relativamente a outras capitanias, ficando os indios alli de paz e amizade com os portuguezes. (8) Assim é que o ponto do territorio brasileiro onde desembarcou Pedro Alvares Cabral foi tambem aquelle donde mais facilmente entabolarão-se communicações com o interior do paiz, territorio de Minas Geraes. Taes communicações já erão praticadas desde os primeiros tempos do estabelecimento da villa de Porto Seguro, quando consta (1538) que os portuguezes da nova colonia entravão pela terra dentro e andavão lá 5 e 6 mezes. Por esse tempo já se tinha levado a Porto Seguro, communicada pelos indios, a noticia da existencia de minas de ouro no interior do paiz (9), e tendo alli chegado Felippe de Guilhem (10) tirou disso um instrumento que remetteu a d. João III impetrando seu favor para buscar, e dar maneira como fossem descobrir as ditas minas (11). (...) O caminho seguido foi sem dúvida o mesmo dos índios, por onde em 1538 já entravam portugueses de Porto Seguro, e que também conduzia á serra do Sol da Terra... • 2°. “certas orações, que lhes ensinou na língua deles, dando-lhes o tom, e isto em vez de certas canções lascivas e diabólicas, que antes usavam” • 3°. Notícias* • 4°. Carta escrita por Felipe de Guillen, provedor da fazenda da Capitania de Porto Seguro, ao Rei D. João III* Para consecução do fim que lhe estava recomendado, adotou Thomé de Souza primeiramente um alvitre que tinha de necessariamente frustar-se sobre ter sido desastroso: expediu da Bahia para o lado de Pernambuco uma galé ao mando de Miguel Henriques a quem ordenou que entrasse pelos rios dentro até onde mais não pudesse "que desejo eu muito de saber (escrevia Thomé de Souza) o qual vai por terra para ver si posso descobrir alguma boa ventura para Vossa Alteza, pois esta terra e o perun (Perú) é toda uma" (27) [p. 556] • 5°. Lançada a obra Pero de Magalhães Gândavo, “Tratado da Terra do Brasil”
Atualizado em 30/10/2025 11:27:31 Chega a Pernambuco seu primeiro donatário, Duarte Coelho / Fundação da Vila de Igaraçú
• 1°. Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil 1 de março de 1587, domingo Depois que êste Estado se descobriu por ordem dos reis passados, se trabalhou muito por se acabar de descobrir êste rio (São Francisco) por todo o gentio que nele viveu, e por êle andou afirmar que pelo seu sertão havia serras de ouro e prata, à conta da qual informação se fizeram muitas entradas de todas as capitanias sem poder ninguém chegar ao cabo; com êste desengano e sobre esta pretensão veio Duarte Coelho a Portugal da sua capitania de Pernambuco a primeira vez, e da segunda também teve desenho; mas desconcertou-se com S. A. pelo não fartar das honras que pedia. E sendo governador deste Estado Luís de Brito de Almeida, mandou entrar por este rio acima a um Bastião Álvares, que se dizia do Porto Seguro, o qual trabalhou por descobrir quanto pôde, no que gastou quatro anos e um grande pedaço da Fazenda d’el Rei, sem poder chegar ao sumidouro, e por derradeiro veio acabar com quinze ou vinte homens entre o gentio tupinambá, a cujas mãos foram mortos, o que lhe aconteceu por não ter cabedal da gente para se fazer temer, e por querer fazer esta jornada contra água, o que não aconteceu a João Coelho de Sousa, por que chegou acima do sumidouro mais de cem léguas, como se verá do roteiro que se fêz da sua jornada. À boca da barra deste rio corta o salgado a terra da banda do sudoeste, e faz ficar aquela ponta de areia e mato em ilha, que será de três léguas de comprido. E quando este rio enche com água do monte… não entra o salgado com a maré por êle acima, mas até à barri é água doce, e traz neste tempo grande correnteza. [fim] ver mais • 2°. As “capitoas” do Brasil Colonial: mulheres no comando de capitanias. Fonte: ensinarhistoria.com.br 16 de maio de 2021, domingo Brites Mendes de Albuquerque (1517-1584), esposa de Duarte Coelho, tinha 18 anos quando chegou ao Brasil, em 1535, acompanhando seu marido para tomar posse da capitania de Pernambuco. O principal engenho da capitania, chamado Nossa Senhora da Ajuda, foi levantado por Duarte Coelho, Brites e seu irmão Jerônimo de Albuquerque. A ocupação produtiva do território foi difícil. Os donatários deviam contar com seus próprios meios para instalar engenhos e conter a resistências dos indígenas. A colonização portuguesa nesses primeiros tempos era um misto de empresa mercantil e militar. Muitos colonos trouxeram mulheres e filhos que constituíram as primeiras famílias portuguesas a ocupar o território. Outros tomaram para si mulheres indígenas, a exemplo de Jerônimo de Albuquerque que se casou com Muira-Ubi, filha do cacique caeté, depois batizada Maria do Espírito Santo Arcoverde, com a qual teve oito filhos. Durante cerca de vinte anos, Brites contribuiu com seu marido, chegando a assumir o comando da capitania quando Duarte Coelho viajava, até que em 1553 ele voltou para Portugal acompanhado dos filhos do casal. Beatriz assumiu interinamente o governo da capitania, assistida por seu irmão, Jerônimo de Albuquerque. Com a morte de seu marido, Duarte Coelho em Portugal, em 1554, Brites assumiu o governo da capitania de Pernambuco com todas as honras e obrigações pertinente ao título, sendo chamada de “capitoa” pela firmeza de sua gestão. É reconhecida como a primeira governante das Américas. Brites manteve-se no posto até a maioridade do seu filho mais velho, Duarte Coelho de Albuquerque que estudava em Portugal, juntamente com seu irmão. Quando ambos chegam ao Brasil, em 1560, o primogênito assumiu o governo de Pernambuco. Isso durou poucos anos, pois, em 1572, os irmãos foram chamados a Portugal para lutarem ao lado do rei D. Sebastião na África. Ambos morreram na célebre batalha de Alcácer-Quibir, em 1578. Assim, uma vez mais, Beatriz ficou no comando das terras pernambucanas, exercendo essa função até o fim de sua vida. Durante seu governo, Pernambuco foi a mais próspera capitania do Brasil. Tinha mais de mil colonos e mais de mil escravos. Em 1570, a capitania possuía 66 engenhos que produziam 200 mil arrobas de açúcar anuais. Brites manteve a ordem e a paz na capitania, combatendo levantes indígenas, legislando e controlando assuntos dos colonos, construindo e urbanizando núcleos, como Olinda, Igarassu e Recife. Faleceu em Olinda em 1584. ver mais
Atualizado em 30/10/2025 02:56:04 Duarte Coelho declarou ter enviado a Portugal, Galiza e às Canárias homens práticos “às minhas custas e alguns que vêm a fazer os engenhos”
Atualizado em 30/10/2025 11:27:31 Nascimento de Jorge de Albuquerque Coelho em Olinda, filho de Duarte Coelho, donatário da capitania de Pernambuco
Atualizado em 30/10/2025 11:27:30 Carta de doação da capitania de Pernambuco a Duarte Coelho pelo rei João III "o Piedoso"
• 1°. Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil 1 de março de 1587, domingo
História da riqueza no Brasil: Cinco séculos de pessoas, costumes e governos Capa comum – 5 outubro 2017 5 de Setembro de 2017, terça-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (5): Cananéia/SP, Lisboa/POR, Olinda/PE, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA • Pessoas (11) Aleixo Garcia (f.1526), Antônio Cardozo de Barros (f.1556), Bacharel de Cananéa, Catarina Paraguassú, Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557), Jorge Caldeira, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Nicolas Durand de Villegagnon (1510-1571), Pero (Pedro) de Góes, Pero Vaz de Caminha (1450-1500), Ulrico Schmidl (1510-1579) • Temas (13): Astronomia, Capitania de Itamaracá, Capitania de São Tomé, Cristãos, Dinheiro$, Escolas, Guaranis, Judaísmo, Nossa Senhora das Neves, Ordem de Cristo, Rei Branco, Rio da Prata, Tupis
Atualizado em 30/10/2025 11:27:30 D. João III, rei de Portugal, determina a primeira divisão administrativa do Brasil colonial, aplicando ao território a experiência do arquipélago da Madeira
Atualizado em 30/10/2025 11:27:31 Após 88 dias no mar chegam ao porto de Pernambuco (Recife) dois navios portugueses
Atualizado em 30/10/2025 11:27:32 Falecimento do primeiro donatário e povoador da capitania de Pernambuco, Duarte Coelho
Atualizado em 30/10/2025 11:27:32 “melhor gente que de todas as outras capitanias”
Atualizado em 30/10/2025 11:27:31 Carta de Duarte Coelho
As “capitoas” do Brasil Colonial: mulheres no comando de capitanias. Fonte: ensinarhistoria.com.br 16 de maio de 2021, domingo. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Temas (1): Capitania de Pernambuco • 1. Chega a Pernambuco seu primeiro donatário, Duarte Coelho / Fundação da Vila de Igaraçú 9 de março de 1535 Brites Mendes de Albuquerque (1517-1584), esposa de Duarte Coelho, tinha 18 anos quando chegou ao Brasil, em 1535, acompanhando seu marido para tomar posse da capitania de Pernambuco. O principal engenho da capitania, chamado Nossa Senhora da Ajuda, foi levantado por Duarte Coelho, Brites e seu irmão Jerônimo de Albuquerque. A ocupação produtiva do território foi difícil. Os donatários deviam contar com seus próprios meios para instalar engenhos e conter a resistências dos indígenas. A colonização portuguesa nesses primeiros tempos era um misto de empresa mercantil e militar. Muitos colonos trouxeram mulheres e filhos que constituíram as primeiras famílias portuguesas a ocupar o território. Outros tomaram para si mulheres indígenas, a exemplo de Jerônimo de Albuquerque que se casou com Muira-Ubi, filha do cacique caeté, depois batizada Maria do Espírito Santo Arcoverde, com a qual teve oito filhos. Durante cerca de vinte anos, Brites contribuiu com seu marido, chegando a assumir o comando da capitania quando Duarte Coelho viajava, até que em 1553 ele voltou para Portugal acompanhado dos filhos do casal. Beatriz assumiu interinamente o governo da capitania, assistida por seu irmão, Jerônimo de Albuquerque. Com a morte de seu marido, Duarte Coelho em Portugal, em 1554, Brites assumiu o governo da capitania de Pernambuco com todas as honras e obrigações pertinente ao título, sendo chamada de “capitoa” pela firmeza de sua gestão. É reconhecida como a primeira governante das Américas. Brites manteve-se no posto até a maioridade do seu filho mais velho, Duarte Coelho de Albuquerque que estudava em Portugal, juntamente com seu irmão. Quando ambos chegam ao Brasil, em 1560, o primogênito assumiu o governo de Pernambuco. Isso durou poucos anos, pois, em 1572, os irmãos foram chamados a Portugal para lutarem ao lado do rei D. Sebastião na África. Ambos morreram na célebre batalha de Alcácer-Quibir, em 1578. Assim, uma vez mais, Beatriz ficou no comando das terras pernambucanas, exercendo essa função até o fim de sua vida. Durante seu governo, Pernambuco foi a mais próspera capitania do Brasil. Tinha mais de mil colonos e mais de mil escravos. Em 1570, a capitania possuía 66 engenhos que produziam 200 mil arrobas de açúcar anuais. Brites manteve a ordem e a paz na capitania, combatendo levantes indígenas, legislando e controlando assuntos dos colonos, construindo e urbanizando núcleos, como Olinda, Igarassu e Recife. Faleceu em Olinda em 1584.
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