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Atualizado em 31/10/2025 07:37:00 Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP. Secretaria da Educação. Vol. 9. Apontamentos para história da Fábrica de Ferro do Ipanema (1959) Prof. João Lourenço Rodrigues ![]() Data: 1959 Créditos: Prof. João Lourenço Rodrigues Página 19
• 1°. Por falecimento de Manoel Rodrigues lhe ficou um filho por nome Balthezar de idade de dez até onze anos vai com o Capitão André Fernandes com as peças que ficaram do dito defunto as quais são estas: Manoel, Paulo, Loreta, Tomé, Quinaimguaia, uma moça apuatyara, hoje 22 de fevereiro de 1615 eu escrivão o escrevi por mandado do capitão André Fernandes. • 2°. Tamboladeira • 3°. Aberto o inventário de Antônio Gonçalves (Pires) • 4°. Pero Domingues obteve uma sesmaria • 5°. Carta de Luís António de Sousa Botelho Mourão a Sebastião José de Carvalho e Melo O governo colonial, empenhado no desenvolvimento da siderurgia no Brasil, procurava incentivá-la de toda a maneira ao seu alcance. Outorgava privilégios, concedia isenção de impôs tos, prometia recompensas, mas tudo inutilmente. A indústria não prosperava. Escrevendo ao Marquês de Pombal em 3 de janeiro de 1768, assim se exprimia D. Luiz Antônio de Souza Botelho Mourão, governador da capitania de São Paulo: "A Fábrica de Ferro é uma das cousas que me tem dado maior trabalho, sem que até agora conseguisse o desejado fruto, ou seja pela pouca experiência do mestre, ou por demasiada malícia dêle, porque para tudo pode ter lugar a suspeita." • 6°. Fábrica Em 1797 entrava ele êle para o Ministério Português, na qualidade de Ministro da Guerra. No trono sentava- se então D. Maria I, mas, dada a demência da Soberana, era seu filho, o Príncipe D. João, herdeiro presuntivo da corôa, quem governava de fato, embora com o título de regente. D. Rodrigo foi encontrar na sua pasta, à espera de solução, a proposta dos Capitães-mores de Sorocaba e Itú para a restauração da fábrica de ferro do morro Araçoiaba, e não repugna admitir que tal proposta fosse o ponto de partida das suas cogitações sôbre aquele negócio. A proposta continuou sem solução, pois o Ministro, enfronhando - se cuidadosamente do assunto, chegou à convicção de que aos proponentes faltariam recursos para uma tentativa mais viável do que as anteriores; e no seu espírito se esboçou desde logo um plano de exploração encabeçado pelo governo da Metrópole. O influxo benéfico do novo ministro não tardou a se fazer sentir; temos uma prova disso nas providências que assinalaram o governo do Capitão General Antonio Manoel de Melo Castro e Mendonça, providências já sumariadas no precedente capítulo. D. Rodrigo procurou a colaboração de alguns brasileiros de mérito, ouvindo- os de bom grado e facilitando- lhes a imprensa. A história do Brasil, diz o Visconde de Porto Seguro, não pode evocar o nome de Linhares sem reconhecimento sem ver nele um grande patriota, pois do próprio Brasil descendia ele pelo lado materno. Um dos brasileiros por ele distinguido foi José Bonifácio de Andrada e Silva , o futuro Patriarca da Independência. D. Rodrigo fez dele o Intendente Geral das minas de Portugal, onde José Bonifácio então residia. • 7°. Martim Francisco visitou a fazenda dos Madureira onde lhe mostraram um poço de exploração abandonado da prata, e que devia datar de 1684 Em 1803 o Coronel Martim Francisco Ribeiro de Andrada, irmão de José Bonifácio, era inspetor das minas e matas da província de São Paulo e, nas viagens ao Morro do Ferro, examinou cuidadosamente as suas jazida. Em sua monografia sobre Rafael Tobias (pág . 120), diz o Cônego Luís Castanho de Almeida (1904-1981) que Martim Francisco, em sua viagem de 1803, ficou conhecendo o reizinho (apelido familiar de Tobias). Ao mesmo deu aulas de francês, latim e filosofia , quando fundou um curso gratuito em 1805. O primeiro encontro é plausível, porque Tobias, tendo nascido em 1794, não estava longe dos 10 anos quando o Andrada passou por Sorocaba. Pode-se mesmo conjeturar que ele fosse hóspede de seus progenitores. [p. 32, 33 e 34] • 8°. Escola Em sua monografia sobre Rafael Tobias (pág . 120), diz o Cônego Luís Castanho de Almeida (1904-1981) que Martim Francisco, em sua viagem de 1803, ficou conhecendo o reizinho (apelido familiar de Tobias). Ao mesmo deu aulas de francês, latim e filosofia, quando fundou um curso gratuito em 1805. O primeiro encontro é plausível, porque Tobias, tendo nascido em 1794, não estava longe dos 10 anos quando o Andrada passou por Sorocaba. Pode-se mesmo conjeturar que ele fosse hóspede de seus progenitores. [p. 32, 33 e 34] • 9°. Casamento • 10°. Chega em Sorocaba o sueco Frederico Luiz Guilherme de Varnhagem* Em 1808, como é sabido, a família real já havia transmigrado para o Brasil, e esse fato ensanchou o Conde de Linhares feliz oportunidade para levar avante os seus planos relativos à siderurgia em nosso país. Terminada que foi a faina da instalação da real comitiva, o Ministro Linhares chamou ao Brasil o Capitão Varnhagen, o qual chegou ao Rio de Janeiro em meados de setembro de 1809, trazendo as melhores recomendações. • 11°. Ipanema* • 12°. Visita a Sorocaba Enquanto na Europa se recrutavam os artífices suecos, para a futura Fábrica de Ferro do Ipanema, o Conde de Linhares dava providências para que eles viessem encontrar desbravado o terreno. E assim , logo no começo do ano seguinte ( 1810) por ordem do ministro, o Capitão Varnhagen seguia para Sorocaba, em companhia de Martim Francisco, Inspetor das Minas de São Paulo. Fizeram a viagem por mar até Santos, e dali subiram a São Paulo , onde se apresentaram ao Governador Horta . Este os recebeu com tanto ugrado que os acompanhou ao Ipanema, disposto a fazer tudo para o bom êxito, da expedição. Passemos por alto os incidentes da viagem; notemos apenas que Varnhagen e Martim Francisco ficaram no morro do Ferro nada menos de 3 semanas em estudos. Varnhagen levava instruções para examinar cuidadosamente as jazidas do metal e apresentar minucioso relatório do que alí encontrasse. Deveria, outrossim (página 36) • 13°. “Processo sobre a fábrica de ferro da vila de Sorocaba e das minas de São João do Ipanema, da capitania de São Paulo. Constam ofícios, informações e relações trocadas relativas ao assunto em causa” Em aviso de 17 de julho do mesmo ano, dirigido ao Governador Horta, informa o Conde de Linhares que prevalecera a ideia de uma Companhia em que entrasse S.M., como parte; o número das ações seria de 128, e estas poderiam ser tomadas no Rio de Janeiro. Entendia, porém, o Ministro que deveriam ter preferência os paulistas (...) [Página 37] • 14°. Primeira referência à capelania do Ipanema Numa das atas da Junta encontra-se a seguinte nota: "Cumpriram o despacho que provê de capelão o povoado da Fábrica: o Padre Francisco de Paula Mendonça". Essa reunião foi entre 1 e 8 de julho de 1811. Tal é a primeira referência à capelania do Ipanema. Sendo protestantes, os suecos não frequentavam a capela. Esta aproveitava contudo aos demais habitantes do burgo industrial. [Página 47] • 15°. Corria a lenda “Por volta de 1870 corria a lenda (...) É uma Mãe de Ouro. No tempo de dantes ela já morou alí no morro: havia lá então uma lagôa dourada e, à roda dela, ouro em tal abundância que era só ajuntar no chão. Mas eram muito raros os homens que a isso se animavam, porque essas riquezas da Mãe de Ouro eram defendidas por uns fantasmas que infundiam pavor. Outras pessoas sedentas de novidade, entre as quais alguns tropeiros, foram- se aproximando de nós, e meu avô, animando-se mais e mais, fez -nos uma preleção em regra”. (Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP. Secretaria da Educação. Vol. 9. Apontamentos para história da Fábrica de Ferro do Ipanema, 1959. Prof. João Lourenço Rodrigues) • 16°. Apontamentos para a História da Fábrica de Ferro do Ipanema, 03.12.1942. Prof. João Lourenço Rodrigues (1869-1954), Itapetininga/SP No tempo em que a estrada de ferro só chegava até Sorocaba, esta cidade era o empório comercial de tôda a zona sul paulista (...) Meu saudoso avô tinha por costume, ao escurecer, ir sentar - se à porta da sua vivenda de Campo Largo. O céu ali era de uma limpidez maravilhosa e José dos Santos dava -me noções encantadoras sôbre astros e constelações; e daí sem dúvida o meu pendor para os estudos uranográficos. Ora, uma dessas noites sucedeu que o nosso colóquio viesse a ser interrompido pela passagem de um esplêndido bólide, cujo clarão alumiou tôda a paisagem. O brilhante meteoro tinha uma côr esverdeada e, no seu trajeto de sul para o norte, ia lançando fagulhas e deixando ouvir um fragor longinquo, como aquele que anuncia a aproximação de uma das chamadas chuvas de pedras ou granizos. A tal fragor, seguiu - se um estampido surdo, de curta duração. - Foi cair no morro da Fábrica, exclamou meu avô.O que é aquilo, padrinho ? perguntei cheio de curiosidade.É uma Mãe de Ouro . No tempo de dantes ela já morou alí no morro : havia lá então uma lagôa dourada e, à roda dela, ouro em tal abundância que era só ajuntar no chão. Mas eram muito raros os homens que a isso se animavam , porque essas riquezas da Mãe de Ouro eram defendidas por uns fantasmas que infundiam pavor. Outras pessoas sedentas de novidade, entre as quais alguns tropeiros, foram - se aproximando de nós, e meu avô, animando - se mais e mais, fez -nos uma preleção em regra.Houve contudo, continuou ele, um canhembora mais animoso do que os caipiras da vizinhança. Era um negro da Costa já bastante idoso, um escravo fugido de qualquer fazenda distante. Quando fazia bom tempo, o tal canhembora saía lá do seu esconderijo , e andava à cata das pedrinhas que lhe parecia conterem ouro. Punha - as num canudo feito de um gômo de taquarussú ; mas à proporção que o canudo se ia enchendo, minguava sua provisão de mantimentos. Que fazia então o negro canhembora?Tratava de vender sua colheita a um ourives de Sorocaba, seu freguês e protetor, o qual fazia com isso magnífico negócio. O negro chegava à cidade alta noite e se dirigia à casa do ourives onde ficava escondido enquanto o seu hospedeiro se encarregava de fazer-lhe, durante o dia, a compra de comestíveis. Chegada a noite, o pobre preto, tendo as malas cheias de mantimentos, regressava para a sua paragem da Lagoa Dourada, onde recomeçava a sua faina, escapando à vigilância solerte dos capitães de mato.Parece, porém, que o tal ourives de Sorocaba deu com a língua nos dentes, a propósito da mina de ouro do morro Araçoiaba.A notícia correu célere e sucedeu o que era de esperar : os bravos aventureiros surgiram um dia lá no morro , à procura da mina da Lagôa Dourada. O canhembora abandonou aquelas bibocas, procurando novo refúgio, e os aventureiros levaram um lôgro. Por que, padrinho ? perguntei. Porque a Mãe de Ouro também se mudou para outro ponto, onde ocultou de novo os seus tesouros. Agora ei-la de volta , e hão de vêr que a Lagôa Dourada, sêca por longos anos, vai encher - se de novo. E quem nos dizque ouro não vai abundar de novo no serro azul do Araçoiaba ? !— Então vovô, quando os buavas vieram ao morro não encontraram mais ouro ? perguntei.Nem sinal! Puzeram -se então a procurar prata, efoi novo trabalho perdido. Só encontraram pedras deferro, fáceis de reconhecer porque atraem agulhas.Pedras de ferro, sim, havia - as em abundância, e por issoos intrusos mudaram o nome do morro, o qual ficou sendoconhecido por Morro do Ferro .E que fizeram eles depois ?- Levantaram nas fraldas do morro um pequeno forno para derreter as pedras. Foi assim que surgiu nomorro Araçoiaba a primeira fábrica de ferro. Eis porque êle se chama tambem Morro da Fábrica.Nesse relato , algumas inexatidões existem a pedir correção. Há, em primeiro lugar, um anacronismo. Éfato histórico bem averiguado que a povoação de Sorocaba foi fundada no correr dos trabalhos de mineraçãono Morro do Ferro. Ora se o canhembora citado por meu avô alí estacionou antes da irrupção dos portuguesesno local, é obvio que nesse tempo Sorocaba ainda não existia; e assim sendo a história do ourives fica reduzida a uma lenda. Mas não só nesse ponto se achava equi vocado o narrador : vê- lo- emos através da resenha que vamos fazer, dos ensaios siderúrgicos do morro Araçoiaba. Seguiremos nela a ordem cronológica. • 17°. Aberto testamento de Pero de Araujo
Atualizado em 31/10/2025 07:37:03 José Bonifácio, com seus irmãos Antônio Carlos e Martim Francisco, requereu habilitação de genere, passo indispensável à carreira eclesiástica
Atualizado em 31/10/2025 07:37:03 Constituinte de 1823
Atualizado em 31/10/2025 07:37:04 Memória Histórica de Sorocaba VI. Luís Castanho de Almeida (1904-1981) ![]() Data: 1969 Créditos: Aluísio de Almeida Página 313
• 1°. Luiz Lopes de Carvalho recebe o cargo de administrador das minas de prata de Sorocaba, que havia supostamente descoberto: “Por Luiz Lopes de Carvalho irâ sua custa as minas da Prata de Sorocaba com o titulo de Administrador dela” • 2°. Pedro Lopes de Carvalho chega em Sorocaba para procurar ouro Independência começou em 1821 com um govêrno provisório em São Paulo, organizado pelos dois Andradas, José Bonifácio e Martim Francisco . Entre parênteses, o segundo residira uns seis anos no Ipanema e ambos estiveram em Sorocaba, em viagem mineralógica, em 1820. O Patriarca elogiou a beleza das mulheres de Sorocaba. Achou defeito no Ipanema e saiu mal com Varnhagen; esteve na Aparecida vendo "minas" perto da Capela, pois era levado aonde os leigos pensavam havê-las. O segundo, na viagem de 1803, fôra até a fazenda dos Madureira onde lhe mostraram um poço de exploração abandonado da prata, e que devia datar de 1684, quando certo frei Pedro de Souza, religioso mercenário, tentou encontrar aquêle metal em tôda a zona. Em seu diário refere-se à figueira do Cerrado, que existiu até aí por 1950, já aleijada, à beira da avenida General Carneiro. [Página 313] • 3°. Reporta O segundo, na viagem de 1803, fôra até a fazenda dos Madureira onde lhe mostraram um poço de exploração abandonado da prata, e que devia datar de 1684, quando certo frei Pedro de Souza, religioso mercenário, tentou encontrar aquêle metal em tôda a zona. Em seu diário refere-se à figueira do Cerrado, que existiu até aí por 1950, já aleijada, à beira da avenida General Carneiro. • 4°. Carta régia manda dar índios para a diligência as minas de prata e ferro de Sorocaba. a ser realizada por Luís Lopes de Carvalho e frei Pedro de Sousa Independência começou em 1821 com um govêrno provisório em São Paulo, organizado pelos dois Andradas, José Bonifácio e Martim Francisco . Entre parênteses, o segundo residira uns seis anos no Ipanema e ambos estiveram em Sorocaba, em viagem mineralógica, em 1820. O Patriarca elogiou a beleza das mulheres de Sorocaba. Achou defeito no Ipanema e saiu mal com Varnhagen; esteve na Aparecida vendo "minas" perto da Capela, pois era levado aonde os leigos pensavam havê-las . O segundo, na viagem de 1803, fôra até a fazenda dos Madureira onde lhe mostraram um poço de exploração abandonado da prata, e que devia datar de 1684, quando certo frei Pedro de Souza, religioso mercenário, tentou encontrar aquêle metal em tôda a zona. Em seu diário refere-se à figueira do Cerrado, que existiu até aí por 1950, já aleijada, à beira da avenida General Carneiro . [Página 313] • 5°. Luís Teixeira da Silva recebeu do Mosteiro de São Bento um grande quintal na ladeira da Ponte, onde morava, hoje pouco abaixo da nova rua Rodrigues Pacheco • 6°. Martim Francisco visitou a fazenda dos Madureira onde lhe mostraram um poço de exploração abandonado da prata, e que devia datar de 1684 O segundo, na viagem de 1803, fôra até a fazenda dos Madureira onde lhe mostraram um poço de exploração abandonado da prata, e que devia datar de 1684, quando certo frei Pedro de Souza, religioso mercenário, tentou encontrar aquêle metal em tôda a zona. Em seu diário refere-se à figueira do Cerrado, que existiu até aí por 1950, já aleijada, à beira da avenida General Carneiro [“Memória Histórica de Sorocaba VI”. Aluísio de Almeida, 1969. Página 313] • 7°. Martim Francisco Ribeiro de Andrada (1775-1844) visita o “buraco da prata” Martim Francisco, na viagem de 1803, fôra até a fazenda dos Madureira onde lhe mostraram um poço de exploração abandonado da prata, e que devia datar de 1684, quando certo frei Pedro de Souza, religioso mercenário, tentou encontrar aquêle metal em tôda a zona. Em seu diário refere-se à figueira do Cerrado, que existiu até aí por 1950, já aleijada, à beira da avenida General Carneiro. • 8°. Diário de José Bonifácio (1763-1838) A Independência começou em 1821 com um govêrno provisório em São Paulo, organizado pelos dois Andradas, José Bonifácio e Martim Francisco . Entre parênteses, o segundo residira uns seis anos no Ipanema e ambos estiveram em Sorocaba, em viagem mineralógica, em 1820. O Patriarca elogiou a beleza das mulheres de Sorocaba. Achou defeito no Ipanema e saiu mal com Varnhagen; esteve na Aparecida vendo "minas" perto da Capela, pois era levado aonde os leigos pensavam havê-las . O segundo, na viagem de 1803, fôra até a fazenda dos Madureira onde lhe mostraram um poço de exploração abandonado da prata, e que devia datar de 1684, quando certo frei Pedro de Souza, religioso mercenário, tentou encontrar aquêle metal em tôda a zona. Em seu diário refere-se à figueira do Cerrado, que existiu até aí por 1950, já aleijada, à beira da avenida General Carneiro. • 9°. Rafael Tobias de Aguiar representou comarca de Itu para a escolha dos deputados Em abril de 1821 mudou-se parte do sistema eleitoral até então vigente. Em vez de eleger os seus eleitores de comarca pelo sistema medieval dos pelouros, o sorocabanos, sem a velha distinção de classes, votaram pouco, abertamente. Na mesa estava o vigário, que fazia de identificador, por ser o que mais conhecia os paroquianos . As eleições se faziam em cada freguezia, dai o nome de eleições paroquiais . Se houvesse outra freguezia no município, lá haveria eleição. Nessa eleição indireta, surgiram dois eleitores que foram para Itú, a sede da comarca que ainda não era fidelíssima . Eram José de Almeida Leme e Rafael Tobias de Aguiar, representantes das duas facções que já dividiam a política municipal. Tobias convertera-se ao liberalismo por via de Martim Francisco, seu mestre e amigo. Esta primeira eleição é que introduziu em todo o Brasil, sem a menor consulta prévia aos Bispos, o costume das eleições nas matrizes das freguezias e que continuou até 1889, mesmo depois que os párocos não eram mesários, pela força do costume. Pela primeira vez houve a missa do Espírito Santo antes e pela primeira vez. • 10°. Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857) enviou a Martim Francisco Ribeiro de Andrada (1775-1844), pela Tesouraria de São Paulo, 1.060$000 Sorocaba contribuiu diretamente para a Independência mediante os esforços do coronel Rafael Tobias de Aguiar, administrador do Registro de Animais de Sorocaba. Em 2 de janeiro de 1822 enviou a Martim Francisco, pela Tesouraria de São Paulo, 1.060$000, fruto de subscrição entre amigos, e convenceu cêrca de 70 jovens a seguirem voluntários para São Paulo, donde, penso que, incorporados ao batalhão do cel. Lázaro Gonçalves, partiram para o Rio, colaborando na expulsão das tropas portuguêsas. A crônica aumentou 20 vêzes o dinheiro e fêz uma companhia de voluntários, mas tudo vagamente, ao passo que a remessa de 1.060$000 consta em autógrafo no Arquivo Público e existe no Gabinete de Leitura local, uma lista de voluntários, embora sem data. Por sinal que há um "respice" do Govêrno Provisório à Câmara que desejava não partisse um cidadão. Donde se vê que êsse voluntariado é mais ou menos recrutamento forçado, sem o qual não havia tropa de linha. Tobias ajudou também a compor melhor o Palácio do Govêrno para a vinda do Príncipe. • 11°. A Câmara sorocabana respondeu ao Príncipe • 12°. Inaugurado o serviço de Correio em Sorocaba Antes de 1825 (e depois, nos lugares onde não fôsse instituido) não havia Correio. O mensageiro, tanto de cartas particulares como de ofícios de autoridades em geral e que ganhava por exemplo 3 mil réis daqui a São Paulo, era o próprio. Correio era também o próprio mensageiro de autoridades mais altas, ou militares. A pessoa e não a coisa. Correio foi o Bregaro que trouxe a correspondência a Dom Pedro mudando de cavalos, a galopar. O projeto foi do nosso "Reizinho". • 13°. A instrução pública ensinava latim e francês primeiro no convento de São Bento, depois numa sala em sua casa da rua Santa Clara A instrução pública melhorou. Além da cadeira de latim, em que o mestre, sabendo, devia ensinar francês, houve duas cadeiras de instrução primária para o sexo masculino. Na primeira, Jacinto Teodoro de Vasconcelos, paulistano, sucedeu a Henrique Mena de Carvalho e Gaspar Rodrigues de Macedo desde 1831, ensinando pelo método lancastriano, primeiro no convento de São Bento, depois numa sala em sua casa da rua Santa Clara. • 14°. Pelas festas de Natal a Reis, Tobias presidente, foi homenageado com missa cantada em ação de graças em São Bento por um monge meio desequilibrado • 15°. Em maio de 1840, a Câmara aprovou a lei que garantia a antecipação da coroação de Dom Pedro II. No dia 23 de junho de 1840 do mesmo ano, inaugurava-se o Segundo Reinado, com a coroação de Dom Pedro II • 16°. Sorocaba declara guerra contra o Imperador A Revolução Liberal de 1842, a nosso ver, podia ter sido cortada, porque os seus chefes não se moveram sômente pelos princípios liberais, pela "santa liberdade", a riqueza maior que Deus nos deixou, mas pelo ódio político. Como se sabe, a Maioridade (1840) foi uma verdadeira revolução branca, um golpe desferido pelos liberais que desejavam subir, formando o ministério após derrubar o Regente conservador, que por sua vez havia subido por um golpe ou renúncia de Feijó, liberal. Mas êles foram como Anibal, souberam vencer sem saber usar da vitória . Pediram demissão por amor dos entendimentos do jovem Imperador com Aureliano Coutinho, mas quizeram manter-se à fôrça, fazendo antes as "eleições do cacete", e depois a revolução . Esta foi organizada ou desorganizada pelo Clube dos Patriarcas Invisíveis, reunido na Casa do senador Alencar (pai do romancista) no Rio e com ramificações em muitas vilas de São Paulo, Minas, Ceará e Paraíba e Bahia, as quatro províncias onde houve motins, ou tentativas sem a devida sincronização, à mingua de telégrafo . Asenha era: "se e quando a Assembléia Geral fôsse dissolvida". Temiam que o fôsse, porque duvidavam da liberdade das eleições que oseu partido presidiu antes de cair, e porque o ministério conservador — 327 —não podia governar com maioria liberal. Aconteceu que veio nôvo golpe inesperado, o Imperador a dissolveu antes do reconhecimento dos eleitos, nas primeiras sessões. É verdade que o pretexto da Revolução foram duas leis, a do Conselho do Estado e a da reforma judiciária . Aquela deu bom resultado até 1889. Esta, nem se fala. Tirou a delegacia de polícia das mãos dos eleitores, acabou com a anomalia do juiz de orfãos, etc . Rafael Tobias, não conseguindo levantar as fôrças militares de São Paulo contra o Presidente conservador, veiu para Sorocaba que desde o comêço de maio estava revolucionada, pois já haviam atemorizado o juiz municipal fazendo-o escapar para Itú e convocado a Guarda Nacional. Com a Câmara Municipal liberal, presidida por José Joaquim de Lacerda, tudo se fêz como que legalmente. A Guarda Nacional, que substituía as Ordenanças desde 1831, reuniu--se a toque de sino em frente da Câmara, os vereadores e pessoas gradas (muitos padres) subiram, depois mandaram uma comissão buscar Tobias em casa de dona Gertrudes, êle tomou posse do cargo de Presidente da Província, fêz um discurso, deu vivas à Religião e ao Imperador, e houve tiros de festim. Isso foi na manhã de 17 de maio de 1842. Os homens estavam pèssimamente armados, houve precipitação, mas ensaiaram movimentos militares no largo dos Lopes, hoje Ferreira Braga, como descreveu Américo Brasilense de Almeida Melo em sua História do Brasil (êle tinha nove anos de idade e morava no largo). O quartel-general e palácio da presidência (sic) era a casa da família de Tobias que tinha portas de loja e balcão, e foi depois fábrica de chapéus, na mesma praça. O senador padre Feijó, de Campinas, enquanto os liberais de lá foram atacados na Venda Grande, veio de liteira para Sorocaba, por ser meio paralítico, trazendo consigo uma pequena tipografia e Hércules Florence, que nela imprimiu quatro números do jornalzinho, O Paulista. Ficou no Palácio que se comunicava pelo quintal com a casa de dona Gertrudes onde acabava de chegar a Marqueza de Santos, com um irmão e o Dr. Ribeiro dos Santos que foi o secretário da Revolução. • 17°. Revolução Liberal: Cel. Galvão deu a ordem de retirada Comandante cel. Galvão, que fôra militar de linha, residente no largo do Patrocínio, em Itú, e que só em Sorocaba deu sinal de debandar, quando a 18 de junho, se viu ameaçado pelos conservadores de Tatuí que ocupavam o Ipanema. • 18°. A importância da comunicação não-verbal e como é que o estudo de Mehrabian tem vindo a ser mal interpretado. Consulta em objetivolua.com
Atualizado em 31/10/2025 07:37:06 Nasce em Mucidan, arrabalde de Bordéus, Martim Francisco Ribeiro de Andrada
Atualizado em 31/10/2025 07:37:06 Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo ![]() Data: 1998 Página 15
• 1°. Cartas de Caminha e do Mestre João Emenelau Farás • 2°. A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa partiu de Lisboa Ao invés disto, e em contraste com os sertanistas que já preferiam o ouro a qualquer outra exploração, quis o administrador geral das minas desenvolver o fabrico do ferro na Capitania de São Vicente. Já eram conhecidas outras minas, como já vimos; e para aproveita-las foi celebrado por escritura de 26 de fevereiro de 1609, em notas do tabelião Simão Borges de Cerqueira, (diz a Chronologia), um contrato de sociedade entre o marques das Minas, o provedor da fazenda Diogo de Quadros e o cunhado deste Francisco Lopes Pinto. Visavam os sócios estabelecer o novo engenho na ilha de Santo Amaro, á margem do rio Geribatuba, fronteiro á ilha de São Vicente e á esquerda do Morro das Neves. Esses termos da escritura identificam esta fábrica nova com as ruínas visitadas por Eschwege em 1810, aproximadamente. O auto de ereção á freguesia (14 de janeiro de 1680) da capela de Santo Amaro, ereta por João Peres e a sua mulher Suzana Rodrigues, naturais de Portugal e vindos na frota de Martim Afonso, declara que se acha este edifício colocado á margem do Gerybatuba, "nome que o vulgo corrompeu na pronuncia para o de Jerubatuba". É a mesma Chronologia citando Taques, declara, a proposito de carta patente do Capitão-mór João Corrêa, nomeando Sardinho o primeiro descobridor de minas no Brasil, que o sítio de Ubatá, pertencente a este último, estava localizado junto ao rio Jurubatuba, "que agora se diz Rio dos Pinheiros". Não ha dúvida, portanto, que as minas atribuídas pelo Barão de Eschwege, á primeira fábrica de ferro brasileira, e são efetivamente da segunda, que estava colocada nas vizinhanças das terras de Afonso Sardinha, morador no Ubatú enquanto que o engenho se achava "no sítio Borapoeira da outra banda do Rio Jerabatiba", segundo afirma Taques. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (1998). Páginas 33 e 34] • 3°. Neste local, porta de entrada para a “Cidade de Santo Amaro” onde aportou a primeira expedição, que consta ter sido em 1552 Em 1552 fôra achado o ouro; possível é que uma descoberta de minério de ferro, feita mais ou menos na mesma época na zona entre o litoral e São Paulo tivesse dado lugar a que o Padre Anchieta reunisse ambos os fatos sob uma epígrafe comum. Vários indícios e alguns fatos parecem corroborar esse modo de ver. • 4°. Uma das primeiras notícias sobre a existência destas riquezas se deu através de uma carta do bispo Pedro Fernandes Sardinha ao rei • 5°. Expedição planejada por Thomé de Souza; (...) notícia dada pelo Padre Anchieta em 1554; enquanto a localização do Ypanema da primeira descoberta de Afonso Sardinha* Pouco tempo após os europeus estabelecem-se em Piratininga, em março de 1554 a expedição planejada por Thomé de Souza e dirigida por Bruja partiu das proximidades de Santo Amaro rumo a região de Sorocaba. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, 1998. Página 21] • 6°. Registro de terras Ao invés disto, e em contraste com os sertanistas que já preferiam o ouro a qualquer outra exploração, quis o administrador geral das minas desenvolver o fabrico do ferro na Capitania de São Vicente. Já eram conhecidas outras minas, como já vimos; e para aproveita-las foi celebrado por escritura de 26 de fevereiro de 1609, em notas do tabelião Simão Borges de Cerqueira, (diz a Chronologia), um contrato de sociedade entre o marques das Minas, o provedor da fazenda Diogo de Quadros e o cunhado deste Francisco Lopes Pinto. Visavam os sócios estabelecer o novo engenho na ilha de Santo Amaro, á margem do rio Geribatuba, fronteiro á ilha de São Vicente e á esquerda do Morro das Neves. Esses termos da escritura identificam esta fábrica nova com as ruínas visitadas por Eschwege em 1810, aproximadamente. O auto de ereção á freguesia (14 de janeiro de 1680) da capela de Santo Amaro, ereta por João Peres e a sua mulher Suzana Rodrigues, naturais de Portugal e vindos na frota de Martim Afonso, declara que se acha este edifício colocado á margem do Gerybatuba, "nome que o vulgo corrompeu na pronuncia para o de Jerubatuba". É a mesma Chronologia citando Taques, declara, a propósito de carta patente do Capitão-mór João Corrêa, nomeando Sardinho o primeiro descobridor de minas no Brasil, que o sítio de Ubatá, pertencente a este último, estava localizado junto ao rio Jurubatuba, "que agora se diz Rio dos Pinheiros". Não ha dúvida, portanto, que as minas atribuídas pelo Barão de Eschwege, á primeira fábrica de ferro brasileira, e são efetivamente da segunda, que estava colocada nas vizinhanças das terras de Afonso Sardinha, morador no Ubatú enquanto que o engenho se achava "no sítio Borapoeira da outra banda do Rio Jerabatiba", segundo afirma Taques. [Páginas 33 e 34] • 7°. Gastos* Biraçoyaba, ou Morro de Araçoyaba segundo a lição contemporânea, é um serro que se acha na comarca de Sorocaba. Em 1710, quando o sertão paulista já estava trilhado e as comunicações eram mais fáceis, dizia Antonil que eram precisos doze dias de viagem para transpor a distância que separava essa localidade da vila de São Paulo. Devia ser mais longa a jornada em fins do século XVI, principalmente se tratando de uma viagem de descobertas, sem estradas de antemão conhecidas e onde o guia natural, os acidentes geográficos como os rios ou as serras, leva sempre pelos caminhos mais desenvolvidos. Seja qual for a data exata da entrada dos paulistas nesta região, o certo é que somente em 1597 se deu conta dos descobrimentos ao Governador Geral D. Francisco de Souza que se achava então na Bahia. Em outubro de 1598 partiu da Bahia para o sul o Governador Geral, aportando em poucos dias na Victoria, afim de providenciar sobre o descobrimentos das esmeraldas e da prata de que havia notícia na Serra do Mestre Alvaro. Mando também de lá para as lavras de São Vicente uns duzentos nativos, cujo transporte por mar se fez em navio de Aguine por conta do Almoxarifado de Santos, á vista da provisão data de Victoria a 1 de dezembro de 1598. [Páginas 29, 30 e 31] • 8°. Chegada Compreendo o valor da nova que lhe era dada, e enquanto se apressava a seguir para as minas, mandou imediatamente nomear o administrador delas, Diogo Gonçalves Laço, a quem também fez Capitão da Vila de São Paulo, deu-lhe um alferes, Jorge João, e, providência mais acertada, remeteu para lá dois mineiros experimentados, Gaspar Gomes Moalho e Miguel Pinheiro Zurara, vencendo estes por ano 200$000 casa um, e um fundidor, D. Rodrigo ou Rodrigues, com as necessárias instruções e ordem para receber do almoxarife da Fazenda Real da vila de Santos o dinheiro de que este carecesse para seus trabalhos. Chegaram esses homens práticos em São Vicente a 18 de maio de 1598. Poder-se-ia dizer que a estes, e não a Afonso Sardinha, caberia a glória de ter levantado a usina de Araçoyaba, tendo o Paulista somente a de descobrir o minério. Não parece procedente esta arguição, pois consta dos documentos, uníssonos neste ponto terem sido os engenhos construídos á custa daquele, que os doou, como coisa sua, a El-Rey. Os trabalhos dos auxiliares remetidos por D. Francisco de Souza, a ser exata a versão que contestamos, deveriam ter sido pagos por Sardinha. Ora diz Taques, baseando-se no 1°. livro de regimentos do Cartório da Provedoria que além dos ordenados do pessoal foram despendidos 589$100 da data da sua chegada até janeiro de 1598, para o benefício das Minas. Essas despesas, portanto, deviam ser outras que não as do estabelecimento da usina, custeada pelo Paulista ilustre, fundador da siderurgia no Brasil. • 9°. D. Francisco partiu para o Sul Em outubro de 1598 partiu da Bahia para o sul o Governador Geral, aportando em poucos dias na Victoria, afim de providenciar sobre o descobrimentos das esmeraldas e da prata de que havia notícia na Serra do Mestre Alvaro. Mando também de lá para as lavras de São Vicente uns duzentos nativos, cujo transporte por mar se fez em navio de Aguine por conta do Almoxarifado de Santos, á vista da provisão data de Victoria a 1 de dezembro de 1598. [Páginas 29, 30 e 31] • 10°. Provisão de Francisco Mandou também de lá para as lavras de São Vicente uns duzentos nativos, cujo transporte por mar se fez em navio de Aguirre por conta do Almoxarifado de Santos, á vista da provisão data de Victoria a 1 de dezembro. [Páginas 30 e 31] • 11°. O navio holandês Eendracht, da pequena esquadra comandada por Olivier van Noort, aproxima-se da barra do Rio de Janeiro, para proteger um desembarque de 70 homens perto do Pão de Açúcar D. Francisco de Souza ainda parou no Rio de Janeiro, onde providenciou sobre a administração da justiça que encontrou inteiramente descurada, e depois de rechaçar uns corsários que lhe e embargavam a saída, seguia para São Vicente ai chegando em princípios de 1599. Vinham em sua companhia, além de soldados e oficiais tirados do presidio da Bahia, dois alemães, um mineiro e outro engenheiro, chamado Jaques de Palte (Walter?) e Geraldo Betimk, vencendo cada um 200$ por ano. • 12°. D. Francisco chegou à vila de São Vicente* D. Francisco de Souza ainda parou no Rio de Janeiro, onde providenciou sobre a administração da justiça que encontrou inteiramente descurada, e depois de rechaçar uns corsários que lhe e embargavam a saída, seguia para São Vicente ai chegando em princípios de 1599. Vinham em sua companhia, além de soldados e oficiais tirados do presidio da Bahia, dois alemães, um mineiro e outro engenheiro, chamado Jaques de Palte (Walter?) e Geraldo Betimk, vencendo cada um 200$ por ano. • 13°. D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses A 23 de maio seguiu o Governador para Sorocaba e as minas, deixando em Santos, para guarnecer a vila contra os corsários, as companhias militares que trouxera da Bahia. • 14°. De junho a princípios de setembro de 1599 ficou D. Francisco em Biraçoyaba, inspecionando as minas e melhorando-as; mudou-lhes o nome para Nossa Senhora do Monserrate e aí levantou pelourinho* A 23 de maio seguiu o Governador para Sorocaba e as minas, deixando em Santos, para guarnecer a vila contra os corsários, as companhias militares que trouxera da Bahia. De junho a princípios de setembro de 1599 ficou ele em Biraçoyaba, inspecionando as minas e melhorando-as; mudou-lhes o nome para N. Senhora do Monserrate e ai levantou pelourinho. • 15°. Segunda visita a Nossa Senhora de Montsserrat / Adiante desta vila quatro léguas (19km), no sitio chamado serra de Biraçoiaba* Já em 1°. de outubro estava ele em São Paulo, onde datou uma provisão alterando de 100$ para 200$ o ordenado do Capitão Diogo Gonçalves Laço, e só voltou ás jazidas em 11 de fevereiro de 1601. É pois inexata a afirmação das memórias de Frei Gaspar da Madre de Deus quando dá a D. Francisco como presente em Biraçoyaba em 1600. Desta segunda viagem voltou ele para São Paulo antes de junho, pois em 19 de julho já nesta vila ele expedia instruções a André de Leão que ia fazer uma expedição pelo sertão á procura da prata. Registrada a doação do engenho de ferro de Afonso Sardinha a El-Rei no primeiro livro de regimentos de 1600, no Archivo da Câmara de São Paulo, como afirmam as Notas Genealógicas citadas por Vergueiro, parece razoável supor ter se dado a transferência no ano anterior. Em 1601 morria Laço, dando lhe substituto o Governador na pessoa de um neto, daquele e determinando que, durante a menoridade deste, servisse de capitão de São paulo e sua minas Pedro Arias de Aguirre. Assim se fez, e D. Francisco de Souza voltou para Portugal sucedendo-lhe no Governo Diogo Botelho, que em 1608 chegou do reino diretamente á Pernambuco, coisa que nunca acontecera até então. Em Madrid D. Francisco, além de provar a lisura de sua administração, conseguiu despertar a atenção de Felippe IV sobre as riquezas novamente descobertas no Brasil, organizando se então o regimento das terras minerais de 1603 e obteve a concessão [Página 31] • 16°. D. Francisco autorizava a tirar ouro em Monserrate, registrando o interessado cada semana o ouro tirado, pagando os quintos Já em 1o. de outubro estava ele em São Paulo, onde datou uma provisão alterando de 100$ para 200$ o ordenado do Capitão Diogo Gonçalves Laço, e só voltou ás jazidas em 11 de fevereiro de 1601. É pois inexata a afirmação das memórias de Frei Gaspar da Madre de Deus quando dá a D. Francisco como presente em Biraçoyaba em 1600. Desta segunda viagem voltou ele para São Paulo antes de junho, pois em 19 de julho já nesta vila ele expedia instruções a André de Leão que ia fazer uma expedição pelo sertão á procura da prata. Registrada a doação do engenho de ferro de Afonso Sardinha a El-Rei no primeiro livro de regimentos de 1600, no Archivo da Câmara de São Paulo, como afirmam as Notas Genealógicas citadas por Vergueiro, parece razoável supor ter se dado a transferência no ano anterior. • 17°. Falecimento de Diogo Gonçalves Lasso* Em 1601 morria Laço, dando lhe substituto o Governador na pessoa de um neto, daquele e determinando que, durante a menoridade deste, servisse de capitão de São paulo e sua minas Pedro Arias de Aguirre. Assim se fez, e D. Francisco de Souza voltou para Portugal sucedendo-lhe no Governo Diogo Botelho, que em 1608 chegou do reino diretamente á Pernambuco, coisa que nunca acontecera até então. Em Madrid D. Francisco, além de provar a lisura de sua administração, conseguiu despertar a atenção de Felippe IV sobre as riquezas novamente descobertas no Brasil, organizando se então o regimento das terras minerais de 1603 e obteve a concessão [Página 31] • 18°. Após a descoberta do ouro em terras brasileiras, Portugal instituiu várias medidas de caráter fiscalizador com o chamado “Primeiro regimento das terras minerais” Conhecedor do Brasil, que já governara por três anos, e tendo ido demoradamente visitar o distrito mineiro de São Vicente, obteve do rei de Hespanha e Portugal, o regimento de 15 de agosto de 1603, e o estabelecer se no novo continente uma verdadeira administração de terras minerais, sob sua direção, e abrangendo, além de um tesoureiro, com 120$ por ano, três mineiros de ouro, sendo um especialista em betas, um de pérolas e um de esmeraldas, e um ensaiador a 240$, por ano cada um, um mineiro de salitre com 200$ e dois de ferro com 160$ cada um. [Página 32] • 19°. Quadros • 20°. nunca Em 1601 morria Laço, dando lhe substituto o Governador na pessoa de um neto, daquele e determinando que, durante a menoridade deste, servisse de capitão de São paulo e sua minas Pedro Arias de Aguirre. Assim se fez, e D. Francisco de Souza voltou para Portugal sucedendo-lhe no Governo Diogo Botelho, que em 1608 chegou do reino diretamente á Pernambuco, coisa que nunca acontecera até então. Em Madrid D. Francisco, além de provar a lisura de sua administração, conseguiu despertar a atenção de Felippe IV sobre as riquezas novamente descobertas no Brasil, organizando se então o regimento das terras minerais de 1603 e obteve a concessão [Página 31] • 21°. D. Francisco de Sousa os privilégios que haviam sido concedidos a Gabriel Soares de Sousa, para a exploração das minas Datam de 2 de janeiro de 1608 esse alvarás, esboçando o sistema instituído pela metrópole para fomentar o desenvolvimento de minas e organizar o aproveitamento delas. • 22°. Fim? • 23°. Sorocaba (data estimada) Assim findou em 1609, após trinta anos de duração, a primeira fase da siderúrgica do Brasil. O trabalho da fábrica real de Biraçoiaba, e o transporte do forro, dos materiais e do pessoal entre esse lugar e a vila de São Paulo não tinham conseguido estabelecer uma estrada permanente, ao longo do qual os pousos balizassem o centro das futuras povoações. Sorocaba, por exemplo a cujo termo pertenciam as minas, só em 1610 foi fundada. Não é de estranhar, portanto, que pouco a pouco de perdesse a noção dessas jazidas metalíferas, em uma época na qual as vistas se voltavam preferencialmente para as pesquisas de ouro, que ia sendo descoberto em quantidades cada vez mais crescentes. [Página 35] • 24°. Mandava pôr a Camara escriptos á porta conselho e da egreja matriz, para que todos caiassem suas casas sob pena de dois mil réis de multa • 25°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil Ocupado, porém, com a instalação da nova usina, achacado de doenças que o levaram ao túmulo, tendo de acudir ao desenvolvimento da extração de ouro, não é provável nem consta fosse ele novamente ver as minas de Biraçoyaba. Estas iam sendo dirigidas por Diogo de Quadros, que pouco após a morte de D. Francisco de Souza, em 10 de junho de 1611, mais se dedicou á nova mina do que á antiga, vindo está a cessar seu trabalho. [p.33] • 26°. André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas 1.º de Dezembro de 1607, diziam os officiaes da Camara "que lhes era vindo à sua noticia que, desta villa se queria hir Belchior Rodrigues, de Birapoeira, com forja de ferreiro,para Piassava das Conôas, a donde desembarcavam os Carijós,que para esta villa vem de resgate, o que era em prejuizo desta terra, porquanto, poderia levar ferro e fazer resgate etc". [p.763] • 27°. teste Este Manoel Rodrigues, casado com Beatriz Rodrigues, era filho de Bernardo Rodrigues Bueno, neto de Bernardo Rodrigues Chaves, bisneto de Francisco de Chaves e trineto de Cosme Fernandes. Pelos documentos por nós examinados, deduzimos que Francisco de Chaves tinha dois filhos, um por nome Bernardo Rodrigues Chaves e o outro Nuno Chaves. Não podemos disser qual fosse o primogénito e não afnrmamos que não houvesse outros. A prole de Bernardo Rodrigues Chaves era: António de Barcellos, Bernardo Rodrigues Bueno e uma filha casada com Bartholomeu Francisco. A prole de Nuno Chaves era : Bernardo Chaves e uma filha casada com Philiph Pereira Nunes. No principio do século XVII 09 descendentes de António de Barcellos se achavam estabelecidos nos terrenos hoje occnpados pela cidade de Iguape e pela povoação do Porto da Ribeira; os de Bernardo Rodrigues Bueno nos terrenos que fazem frente ao Mar-Pequeno ao sul do rio Sorocaba; os de Bartholomeu Francisco nos terrenos próximos ao da antiga villa e que fazem frente ao mesmo Mar-Pequeno ; quanto aos de Bernardo Chaves e Philiph Pereira Nunes occupavam o trecho que faz frente ao oceano, entre a barra de Capara e a do rio Ribeira, de modo que, antes do meiado do mesmo século, estas famílias tinham domínio sobre toda a extensão do terreno comprehendido entre a barra do rio Ribeira e a do rio Sobauma, que deságua no mesmo Mar-Pequeno. No ano de 1637, Francisco de Pontes Vidal, casado com uma filha de Francisco Alvares Marinho, filho de António de Barcellos, requereu por si e por seu filho Francisco de Pontes Vidal, uma sesmaria de quatro léguas de terras no rio Mumuna, e como elle diz na sua petição: "comessando da data de Francisco Alvares Marinho, todas as cabesseiras de areya varjas, e esteios, e assim mais meya legoa de terras comessando da mesma data do dito Francisco Alvares". Esta ultima meia légua de que reza a petição fazia frente ao rio Ribeira, sita rio abaixo das terras pertencentes ao mesmo Francisco Alvares Marinho, sogro do requerente. As terras pertencentes a Francisco Alvares Marinho faziam frente ao Mar-Pequeno, desde o pé dos morros próximos a cidade até á barra do rio Sorocaba, e frente ao rio Ribeira desde a lagoa, hoje chamado «do porto da Ribeira*, rio acima até um pequeno monte denominado «Morretes*. Francisco Alvares Marinho tinha duas filhas, uma casada com Francisco de Pontes Vidal e a outra casada com Bernardo Rodrigues Bueno, bisneto de Bernardo Rodrigues Chaves, e por morte de Francisco Alvares suas terras passaram ao poder de seus genros. Falecendo Bernardo Rodrigues Bueno em 1666 mais ou menos, sua parte nas ditas terras ficaram pertencendo a seus filhos: Catherina Bueno casada com André do Fontes, An na Maria das Dores casada com Manoel da Costa, uma filha casada com seu primo Francisco de Pontes Vidal Júnior, Maria Rodrigues casada com André Gonçalves e Sebastião Rodrigues Bueno casado com Maria Nunes Chaveiro. É de presumir que até o ano de 1679 as terras que pertenciam ao fallecido Francisco Alvares Marinho não foram divididas entre seus herdeiros, ainda que destes somente dois assi- [Páginas 10 e 11] • 28°. Carta Regia pedindo informação sobre as Minas de Ferro descobertas em Biraçoyaba, por Luiz Lopes de Carvalho É tanto mais de se crer essa falta de execução, quanto a petição de Lopes de Carvalho se filia á série de esforços que desde 1690 vinha fazendo para estabelecer a fábrica a princípio no Rio de Janeiro de depois em São Paulo causa sobre a qual iam expedidas as Cartas Régias de 16 de outubro de 1691 e 23 de outubro de 1692 mandando pedir a informação do governo da Capitania; dai resultou a transferência da instalação para Biraçoyaba a que alude a petição. • 29°. Domingos Ferreira Pereira construiu uma fábrica de ferro no Araçoiaba, cerca de 3 km do engenho dos Sardinha • 30°. Ofício do governador e capitão-general da capitania de São Paulo, D. Luís de Antônio de Sousa Botelho Mourão, Morgado de Matheus, para o ministro e secretário de estado dos negócios do reino, Sebastião José de Carvalho de Melo, Conde de Oeiras, dando-lhe conhecimento do envio da amostra do primeiro ferro extraído por Domingos Ferreira Pereira da mina junto à vila de Sorocaba e manifestando o desejo que o ferro seja o suficiente para o trabalho dos mineiros • 31°. Instruções para João Mando Pereira cumprir na viagem ás barreiras de São Paulo, devendo examinar as minas de ferro da serra de Araçoiaba, junto da vila de Sorocaba; uns "buracos" que se diz terem sido minas de prata Já em 1800, em São Paulo, o capitão general Antonio Manoel de Mello Castel e Mendonça em cumprimento da ordem de 1795 tinha mandado a Ypanema o então Coronel mais tarde Marechal, Cândido Xavier de Almeida, junto com o químico João Manço Pereira afim de examinarem a montanha e designarem o local para uma fábrica, mandando impedir a devastação das matas; e autorizando-as a designar peças, que se deveriam importar, necessárias para este empreendimento. Referindo-se a estes fatos, diz Eschwege que em companhia de Manço tinha ido não o coronel Almeida, e sim o Dr. Martim Francisco Ribeiro de Andrada, nomeado em 1801 inspetor das minas e matas da Capitania de São Paulo; e aproveita a ocasião para tratar zombeteiramente a este naturalista, com aquela maledicência e descortesia de que ficou a fama trazida ao nosso conhecimento por antigos habitantes de Ouro Preto, onde o eminente cientista alemão por longo tempo morou. • 32°. Visita a Ypanema* • 33°. Dr. Martim Francisco Ribeiro de Andrada, nomeado em 1801 inspetor das minas e matas da Capitania de São Paulo Referindo-se a estes fatos, diz Eschwege que em companhia de Manço tinha ido não o coronel Almeida, e sim o Dr. Martim Francisco Ribeiro de Andrada, nomeado em 1801 inspetor das minas e matas da Capitania de São Paulo. • 34°. Alvará de D. João VI mandando estabelecer uma fábrica de ferro em Sorocaba Atenuado, embora, pelo estado de sobre salto contínuo em que unia a Europa talada pelos exércitos napoleônicos, sofrendo as duras provações a que estava sujeita toda a península ibérica continuou esse movimento emancipador da Colônia da América. Poucos documentos tem sido publicados relativos a esta época mas encontram-se nos arquivos ainda inéditos dos governos das capitanias e no do Vice-Rei, elementos comprobatórios dessa afirmativa. Para citar tão somente dois atos desse governo, lembraremos o alvará de 24 de abril de 1801, mandando estabelecer uma fábrica de ferro em Sorocaba, e o de 13 de maio de 1803 criando a Real Junta Administrativa de Mineração e Modelagem, pelo qual se tratava, entre outras coisas, de prover ao "estabelecimento de escolas mineralógicas e metalúrgicas semelhante as de Freiberge e Shemintz de que tem resultado aquele países tão grandes, e assinaladas vantagens"; nele se diminuia de 20 a 10°. o imposto sobre o ouro: decentralizavam-se os serviços administrativos referentes ás lavras, e procurava-se orientar as reformas em um sentido liberal. Já em 1800, em São Paulo, o capitão general Antonio Manoel de Mello Castel e Mendonça em cumprimento da ordem de 1795 tinha mandado a Ypanema o então Coronel mais tarde Marechal, Cândido Xavier de Almeida, junto com o químico João Manço Pereira afim de examinarem a montanha e designarem o local para uma fábrica, mandando impedir a devastação das matas; e autorizando-as a designar peças, que se deveriam importar, necessárias para este empreendimento. Referindo-se a estes fatos, diz Eschwege que em companhia de Manço tinha ido não o coronel Almeida, e sim o Dr. Martim Francisco Ribeiro de Andrada, nomeado em 1801 inspetor das minas e matas da Capitania de São Paulo; [Página 62] • 35°. Relatório É mais plausível, portanto, a afirmativa de Vergueiro, que adotamos, de que a visita do Dr. Martim Afonso a Ypanema foi posterior á missão de João Manço, e que todos os atos deste somente foi aprovado por aquele a escolha do local para o açude e para a Fábrica. E se uma prova complementar fosse necessária, ai estaria o Jornal da Viagem referente a 1803, em que o sábio acusado declara, na data de 23 de fevereiro: "Ocupei o dia em fundir a amostra da mina de ferro de Araraçoiava e obtive acima de 60 por 100 em ferro coado.". Parece, portanto, liquidado este ponto, secundário aliás, de nossa História industrial. Ao passo que em São Paulo se ensaiavam a produzir ferro em Ypanema, as tentativas em Minas já tinham transposto a primeira fase de incertezas. A ordem para guardar sigilo e não alargar o âmbito das experiências, dada por D. Rodrigo José de Menezes, não tinha podido ser observada á risca, em uma capitania onde numerosíssimos eram os escravizados vindos da África, metalurgistas natos como bem fazem notar os etnólogos, e dos que alguns eram empregados em pequenas ferrarias onde o preparo de metal acessoriamente podia ser feito. O testemunho autorizado de D. Luiz Antonio de Sousa mostra não importante foi o concurso do Negro para o funcionamento da fábrica de Araçoyaba, em 1765-1775. O mesmo fato notou-se em Minas, e é referido pelo Barão de Eschwege. Graças ao auxílio desses humilimos operários, podiam ser fabricados pelos fazendeiros alguns objetos de ferro para uso próprio, e parece ter tido algum desenvolvimento esta industria após a Carta Régia de 1795, pois em 1803 mostraram ao autor do Pluto em Lisboa tesouras e facas remetidas pelo Governador da Capitania. Atribui aquele geólogo a dois escravizados, um pertencente ao Capitão Antonio Ales (de Antonio Pereira, junto a Ouro Preto) e o outro do Capitão Durães (de Inficionado), a iniciativa dessas fábricas rudimentares. Além desses elementos de convicção e o desenvolvimento da siderúrgica Mineira, e é a correspondência governo com o Conde de Palma. • 36°. Por decreto de 13 de maio tinha D. João contrai um empréstimo de 100.00 cruzados para estabelecer uma fábrica de fundição de peças de artilharia e de canos de espingardas • 37°. Criação em Minas de uma fábrica de espingardas e de baionetas, para o que o conde de Linhares deu instruções ao Capitão General • 38°. Regimento • 39°. Capitão Francisco Galvão de Barros França em seu Relatório, mostrando a facilidade que ha de se conseguir uma Estrada que se comunique do Porto do Rio Ypiranga de Juquiá com as vilas de Itapetininga, Paranapanema e Sorocaba, e como para o futuro pode ser de grande vantagem para esta vila Segunda, que, tendo esta mesma Comissão feito todas as reflexões que estão ao seu alcance tendente a exposição que faz o capitão Francisco Galvão de Barros França em seu Relatório, mostrando a facilidade que ha de se conseguir uma Estrada que se comunique do Porto do Rio Ypiranga de Juquiá com as vilas de Itapetininga, Paranapanema e Sorocaba, e como para o futuro pode ser de grande vantagem para esta vila.
Atualizado em 31/10/2025 07:37:11 Caminho ![]() Data: 1839 01/01/1839
• 1°. História da Revolução Liberal de 1842, José Antônio Marinho 2015 Eu tive a ventura de ter tido na alvorada da vida um mentor venerável, um mestre ilustrado e probo, um meu patente e amigo, o finado conselheiro Sr. Martim Francisco Ribeiro de Andrada; dele recebi as primeiras ideias de política e moral, que depois se arraigaram no meu espírito com a leitura e estudo próprio. Desde então aprendi que o homem tinha qualidades que o separavam inteiramente da bruta animalidade, que lhe constituíam uma natureza moral que não pertencia ao mundo animal, puramente físico, que a espontaneidade e a consciência, que os outros animais não possuíam lhe criavam direitos e deveres anteriores aos governos, que só foram inventados para segurar-lhes o gozo. ver mais
Atualizado em 31/10/2025 07:37:12 Memória Histórica de Xiririca (El Eldorado Paulista), Antônio Paulino de Almeida ![]() Data: 1940 Página 15
• 1°. De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada? E tão conhecida se tornaram as riquezas do subsolo do vale do Ribeira, que novos horizontes acabam se surgir, assegurando-se desde já o seu ressurgimento.Para certeza disso é bastante o registro das palavras com o que o Dr. Ademar Pereira de Barros chefe do executivo estadual se dirigiu ao povo paulista em seu memorável discurso pronunciado em 27 de maio de 1939 no Teatro Municipal, comemorando a data de seu primeiro ano de governo: “Durante muitos anos, jazeu a zona da Ribeira à espera de quem lhe compreendesse a importância e a riqueza. Projeto de aproveitamento não lhe faltaram, mas sempre, por motivo ou outro, frustrados. No entanto, ali está sem exageros a Bolívia Brasileira, reprodução da região andina, onde, por um paradoxo geológico se agrupam jazidas de minerais cada qual mais valiosa: ouro, platina, mercúrio, prata e chumbo. Essa imensa riqueza não podia sair do patrimônio do Estado e já então chegando da Europa as máquinas que realizarão em São Paulo o sonho do lendário Robério Dias. Novas estradas rasgarão aquele solo abençoado. E muito em breve se retificará a sua principal artéria fluvial, hoje em dia fator máximo das suas célebre e malfazejas inundações”. Essa lenda, a nosso ver, parece de real importância, se procurarmos liga-la à existência das famosas minas de prata de Francisco de Chaves e o desaparecimento da primeira bandeira paulista, que, de Cananéia, partiu a 1° de Setembro de 1531, sob o comando de Pero Lobo, sendo inteiramente sacrificada nos sertões. Uma relação íntima deve existir entre a denominação dada a esse ribeirão dos sertões de Pedro Cubas e a morte dos componentes daquela bandeira, cujo ponto exato onde foi sacrificada, até hoje é assunto controvertido. • 2°. Em maio de 1592 partiram da Bahia e, chegando à serra do Gariru (ou Quareru, atual Serra Branca), levantaram um forte, em cumprimento à determinação régia de que pelo menos a cada 50 léguas assim se procedesse* • 3°. Descoberta da Imagem do Senhor Bom Jesus De uma notícia conservada no livro de Memórias da Vila de Iguape, referente à mesma vila ,consta que após a descoberta da Imagem do Senhor Bom Jesus em 1647, "..começou a crescer de tal sorte, que achando- se já ocupadas as situações mais vizinhas dos seus limites, foi se o Povo estendendo pela Ribeira acima, Rio navegável até quinze dias de viagem sem embaraço considerável. Então começaram a descobrir- se minas de oiro para aquelas partes, cuja extração foi permitida pela Sua Magestade, porque ainda hoje se conserva aqui com as Armas Reais a casa que então servia para a Fundição dele, durando esta até o descobrimento das minas Gerais, em o ano de mil e seis centos e noventa e sete pouco mais ou menos ... que ficou sessando, porque quase todos os Mineiros se ausentaram daqui para ditas minas". [Página 38] • 4°. Istoria Delle Gverre del Regno del Brasile, parte prima, 1698 Ninguém deve ignorar que, não só nos tempos coloniais ou mesmo Provinciais como ainda há poucos anos atrás, as viagens para Apiaí e Faxina geralmente levadas à efeito via Iguape, Xiririca, Iporanga, por ser esse o caminho natural para a região de Serra Acima, a que está ligado o litoral sul. A grandeza de Iguape, foi justamente por ter servido o seu porto há mais de um século, como escoadouro de toda a produção que procedia da região do Planalto, havendo mesmo uma estrada diretamente para Itapetininga, a cuja comarca pertenciam os termos de Xiririca, Iguape e Cananéa, de 1852 a 1854. Na falta de estradas, era o Rio Ribeira a via natural pela qual transitavam as mercadorias destinadas à região Serrana e por onde subiram os bandeirantes, descobridores das minas de Apiaí e Paranapanema, tão afamada nos tempos coloniais, sendo o tráfego entre Iguape, e a zona minéria quase que ininterrupto. [Página 26] O Ribeira, que nasce da confluência dos rios Assungui e Ribeirinha, em território do Paraná, penetra no Estado pela depressão divisória das serras Agudos Grandes e Caroca, no município de Apiaí. Sua direção geral é de sudoeste para nordeste, correndo ao longo da serra do Mar, "até encontrar o rio Juquiá em cujo leito se lança, obrigado pela última ondulações da serra dos Itatis, que se levantam á sua frente,seguindo por ele, a rumo de noroeste para sueste até as proximidades de Iguape, onde faz bocayuva, mandando um braço por nordeste até o oceano e outro para o sul até o Mar Pequeno; este último que é um canal artificial aberto em meados do século passado (o Valle Grande), afim de facilitar as comunicações do exterior com a região banhada pelo Ribeira, separou da terra firme, o território da cidade de Iguape e seus arredores, convertendo-o e Ilha. São seus principais afluentes pelam margem esquerda: Itapirapuan, que serve de limite entre os Estados de São Paulo e Paraná, Claro, Catas Altas, Criminosas, Palmital, Taquarí, Iporanga, Jupuverá, Taquanivira, Tijuco, Turvo, Umbahú, Andaiatú, Pedro Cubas, Quitoca, Cubatão, Moçambique, Xiririca, Braço, Coveiro, Etá, Piroupava, Una e Juquiá. Em 1923, dizia o Correio de Cananéa: “no dia em que o rumor das rodas e das hélices for em grande parte substituídas pelo dos carros e automóveis, a Amazônia Paulista assombrará o Planalto”. [Página 27] E tão conhecida se tornaram as riquezas do seu subsolo, que novos horizontes acabam se surgir, assegurando-se desde já o seu ressurgimento. Para certeza disso é bastante o registro das palavras com o que o Dr. Ademar Pereira de Barros chefe do executivo estadual se dirigiu ao povo paulista em seu memorável discurso pronunciado em 27 de abril no Teatro Municipal, comemorando a data de seu primeiro ano de governo: “Durante muitos anos, jazeu a zona da Ribeira à espera de quem lhe compreendesse a importância e a riqueza. Projeto de aproveitamento não lhe faltaram, mas sempre, por motivo ou outro, frustrados. No entanto, ali está sem exageros a Bolívia Brasileira, reprodução da região andina, onde, por um paradoxo geológico se agrupam jazidas de minerais cada qual mais valiosa: ouro, platina, mercúrio, prata e chumbo. Essa imensa riqueza não podia sair do patrimônio do Estado e já então chegando da Europa as máquinas que realizarão em São Paulo o sonho do lendário Robério Dias. Novas estradas rasgarão aquele solo abençoado. E muito em breve se retificará a sua principal artéria fluvial, hoje em dia fator máximo das suas celebres e malfazejas inundações”. [Páginas 28 e 29] ltara. Outra lenda, aliás importante, é a que diz respeito à origem do nome de Ribeirão das Mortes dado a um dos muitos existentes entre o Batatal e Capão Bonito, nos sertões de Pedro Cubas. Sôbre a mesma, há duas versões . Diz a primeira, que, descoberto um colossal aluvião de ouro pelos jesuitas, nesse ponto do vale da Ribeira, foram estes repelidos por bandeirantes, que ao mesmo local lograram chegar, resultando do choque entre os dois grupos um grande morticínio, do que se originou o nome do ribeirão. É de notar porém , que nesta parte do litoral não penetraram os jesuitas, o que se verifica pelas construções, que nada têm das zonas por onde percorreram esses obreiros do nosso passado, pelo desconhecimento em que ficou por muitos anos esta região, o que não se daria se fòra conhecida pelos mesmos. A segunda versão: Existia outrora um velho Pagé, único sobrevivente da grande tribu do Itanopan, que conservava em Camocins grande quantidade de uma areia que logo despertou a cobiça dos portugueses, os quais, maneirosamente conseguiram do velho índio a revelação do local onde era a mesma encontrada, sob promessa de o tornarem seu associado. Tempos depois, verificando o mesmo ter sido ludibriado, com a retirada do ouro para Serra Acima, procurou vingar-se, lançando Curare na fonte e matando os traidores de um só golpe. Essa lenda, a nosso ver, parece de real importância, se procurarmos liga-la à existência das famosas minas de prata de Francisco de Chaves e o desaparecimento da primeira bandeira paulista, que, de Cananéia, partiu a 1° de Setembro de 1531, sob o comando de Pero Lobo, sendo inteiramente sacrificada nos sertões. Uma relação íntima deve existir entre a denominação dada a esse ribeirão dos sertões de Pedro Cubas e a morte dos componentes daquela bandeira, cujo ponto exato onde foi sacrificada, até hoje éassunto controvertido. [Páginas 158 e 159]
Atualizado em 31/10/2025 07:37:13 “Pluto Brasiliensis”, Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855) ![]() Data: 2020 Créditos: Santa Catarina Fatos & Fotos
Atualizado em 31/10/2025 07:37:14 “O Tupi na Geographia Nacional”. Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937) ![]() Data: 1901 Créditos: Teodoro Sampaio Página 129
• 1°. Nascimento de Tibiriçá, filho do Cacique Amyipaguana Tibireçá (T-yby-re-chá), o chefe da terra, o principal ou maioral. Os nomes de mulher que chegaram até nós trazem um sinete de lenda ou de poesia que talvez não existisse no ânimo do gentio: TIBEREÇÁ corr. T-yby-reçá, contração de tyby-reçaba, a vigilância da terra; o vigia da terra; o maioral ou principal. Não se deve escrever Tebireçá, que tem mau sentido. Nome do maioral do gentio catequizado em São Paulo de Piratininga pelos jesuítas, no século XVI. • 2°. Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay URUGUA Y Antigamente Uruay, como se lê na carta de Diogo Garcia, de 1526; assim, Uruay se compõe de Uruá- y ou Uruguá- y, exprimindo o rio dos búzios ou dos caracóis. O Pe. Montoya, no seu Tesouro, explica y- ruguay como sendo o canal por onde vai a madre do rio. [Página 341] • 3°. Registros de construção de fortificações, como a de Emboaçava EMBOAÇABA corr. Mbo-açaba, faz que atravesse, a ação de atravessar, a passagem. Designa um lugar, à margem do Tietê, vizinho de São Paulo, onde se passava o rio na estrada do sertão e onde se mandou levantar um forte ou trincheira para defesa da cidade, no século XVI. Ali. Emboaçava, Boaçava. São Paulo. • 4°. Sardinha, o moço, ainda teria construído dois engenhos para fundição de ferro em Araçoiaba, sendo um deles doado ao próprio governador ITAPEBOCÚ c. Itapeb-uçú, a laje grande; o lajeado. Nome da primeira povoação fundada por D. Francisco de Sousa, ao pé do morro de Araçoiaba, em 1600. São Paulo. • 5°. Segunda visita a Nossa Senhora de Montsserrat / Adiante desta vila quatro léguas (19km), no sitio chamado serra de Biraçoiaba* ITAAPEBOÇÚ e. Itapeb-uçú, a laje grande; o lajeado. Nome da primeira povoação fundada por D. Francisco de Sousa, ao pé do morro de Araçoiaba, em 1600. São Paulo. • 6°. Clemente Álvares comparece em casa de Bernardo de Quadros ITAPEBOÇÚ e. Itapeb-uçú, a laje grande; o lajeado. Nome da primeira povoação fundada por D. Francisco de Sousa, ao pé do morro de Araçoiaba, em 1600. São Paulo. • 7°. Novo Regimento das Minas de São Paulo após o testemunho ocular de Clemente Alvares Dava-se aos mananciais, às fontes, ou nascentes, o nome de ypú, que, no Norte do Brasil, tão parcamente irrigado, se conhece por olho-d´água, e representa, ali, importantíssimo papel na distribuição dos povos. O mesmo vocábulo aparece, algumas vezes, como a forma "ybu", entrando na composição de outro, como se verifica no nome "Putribú", da povoação antiga, situada entre Itu e Sorocaba, e que, decerto, provém da corruptela de "Potyraybu", que se traduz "fonte das flores". Se a grafia "Apoteroby", usada em velhos documentos já nos chega viciada, como é bem possível, o nome "Putribú" passou primeiro pela corruptela "Apotera-obú", aliás procedente de ainda de "Potyra-ybú". • 8°. Mapa “America noviter delineata” teve a contribuição de Jodocus Hondius (1563-1612) Referem os cronistas e viajantes antigos que o gentio denominava Anhemby ao rio que banha a capital paulista e traz hoje o nome Tietê. De fato, examinando-se velhos documentos, verifica-se que aquele nome não só era o que comumente se dava ao rio histórico que foi, em outro tempo, a vereda dos bandeirantes e conquistadores de sertões, como que a grafia do vocábulo, com pequenas variantes, se conservou quase intacta. No mapa dos jesuítas, de 1639, lê-se Anyembi, • 9°. “Tesoro de la lengua guaraní”, Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652) • 10°. Demonstraçam topographica do curso do rio Tieté desde a cidade de S. Paulo, thé a confluencia que forma com o rio Paraná, e desta the a barra do rio Yguatemi & a direção deste, thé as suas origens, bdlb.bn.gov.br/ acervo/handle/ 20.500.12156.3/15628 • 11°. Mapa de Jean Baptiste Bourguignon d´Anville (1697–1782) • 12°. Mapa dos confins do Brazil com as terras da Coroa da Espanha na America Meridional, 1749 No célebre mapa das Cortes, de 1749, lê-se Anhambu ou Tietê. • 13°. Mapa de America Meridional, dispuesto y gravado por D. Juan de la Cruz Cano y Olmedilla No de Olmedilla, de 1775, o vocábulo conserva a primitiva grafia dos jesuítas - Anemby. • 14°. Nossa Senhora e Carlo Acutis: por que santos são celebrados no mesmo dia? - g1.globo.com No de Olmedilla, de 1775, o vocábulo conserva a primitiva grafia dos jesuítas - Anemby. • 15°. Expedição* No último quartel do século passado, deram os habitantes de Sorocaba de buscar minas de ouro para os lados da Serra do Mar, de cujo cimo divisavam em longínquo horizonte, monte altíssimo, coroado de nuvens. Os roteiros do tempo davam-lhe sete a oito léguas de comprido e o qualificavam disformemente alto. Tal era o lendário Botucavarú, descoberto por João Batista Victoriano, em 1780. [Páginas 127 e 128] CABARÚ-PARARANGA O relincho ou nitrido do cavalo. São Paulo. [“O Tupi na Geographia Nacional”, 1901. Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937). Página 210] CAVARÚ-PARARANGA s. O relincho do cavalo. São Paulo. "Da mesma procedência é o nome Botucavaru (lbytú-cabarú)que quer dizer cavalo das nuvens, aplicado a uma montanha alta sobre a qual as nuvens constantemente pousam ou ficam a cavaleiro. A idéia de cavalo-(cabarú) os nativos não a tiveram senão depois da invasão européia. "O nome Tupã teve, decerto, dois ou mais sentidos, desde o tupiprimitivo até a língua geral, esta já profundamente influenciada pela cultura européia. Tupã, no tupi primitivo, genuinamente indígena, é tuh-ã,o que fica alto ou erguido, o que está no alto; e assim, tupã-beraba é oque está no alto reluzindo, o relâmpago; tupã-cynynga, o que está noalto roncando, o trovão. Na língua geral, já influenciada pelo missionário,pela religião nova, Tupã (de tub = o que fica, permanece ou reside; ã =alto, erguido), por uma extensão naturalíssima do significado, vai até exprimir: o que domina, o que fica superior, Deus, o Altíssimo. O missionário • 16°. Mapa Corográfico da Capitania de São Paulo que por ordem do Ilustríssimo e Exm° Sr. Bernardo Jozé de Lorena Governador e Capitão General da mesma Capitania, 1791 103 - Dava-se aos mananciais, às fontes, ou nascentes, o nome de ypú, que, no Norte do Brasil, tão parcamente irrigado, se conhece por olho-d´água, e representa, ali, importantíssimo papel na distribuição dos povos. O mesmo vocábulo aparece, algumas vezes, como a forma "ybu", entrando na composição de outro, como se verífica no nome "Putribú", da povoação antiga, situada entre Itu e Sorocaba, e que, decerto, provém da corruptela de "Potyraybu", que se traduz "fonte das flores". Se a grafia "Apoteroby", usada em velhos documentos já nos chega viciada, como é bem possível, o nome "Putribú" passou primeiro pela corruptela "Apotera-obú", aliás procedente de ainda de "Potyra-ybú". • 17°. Chegada da comitiva nupcial de dona Leopoldina • 18°. Será que São Tomé esteve mesmo no Brasil há quase 2.000 anos? pt.aleteia.org
Atualizado em 31/10/2025 07:37:16 “Tietê ontem e hoje: preservação ou mudança toponímica e a legislação do ato de nomear. Uma proposta de Lei”. Tese apresentada por Ideli Raimundo di Tizzio à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Semiótica e Lingüística Geral. Orientadora: Profa. Dra. Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick
• 1°. O mais antigo registro conhecido do local é de 1693 e refere-se a uma fazenda de António Cardoso Pimentel que originou o povoado • 2°. Porto Em 1718, devido à descoberta de ouro em Mato Grosso e Goiás, as monções partiam da freguesia de Nossa Senhora Mãe dos Homens de Araritaguaba (atual Porto Feliz). • 3°. Mapa de Jean Baptiste Bourguignon d´Anville (1697–1782) Em 1748, o nome Tietê foi pela primeira vez registrado cartograficamente no mapa D´Anville, com referência apenas ao trecho situado entre a nascente do rio e o salto de Itu. Predominou, desde esta época, para a região, a denominação de “Tietê”, “grande rio”, com relação aos demais rios da localidade. • 4°. Como já dissemos, o número de cachoeiras era muito variável. O Conde de Azambuja, em 1751, diz que o Tietê “é o mais cheio de cachoeiras e das peores”, com o fundo do rio “quase todo de pedra, algumas pra fora onde roçam as canoas (itaupaba)” Precisar o acidente, assim como a sua localização, era fundamental para a sua segura transposição. No relato feito pelo Conde Azambuja, em 1751, há uma descrição do Tietê, os tipos de acidentes mais comuns neste rio e como eram conhecidos: É este primeiro rio a que chamam Tietê o mais cheio de cachoeiras e das piores, é o fundo deste rio quase todo de pedra, sentada por igual, mas com pouco fundo; em algumas partes roçam neles as canoas lhe dão o nome de itaupaba; quando, porém, o fundo é desigual e com pedras espalhadas e em alturas debaixo d´água e as canoas correm risco de virar-se topando nelas lhe chamam sirga, por ser necessário lançarem-se pilotos e remeiros na água e levarem nas mãos as canoas, para irem desviando devagar sem as deixarem tomar força com a correnteza que ali é sempre maior. Se em alguma parte deixam as pedras canal fundo aberto é a que chamam cachoeira que ordinariamente as há onde sirgas, das quais se servem muitas vezes quando nos canais acham grandes dificuldades a vencer (Cleto: 1977, 118). Informa ainda o viajante que o Tietê passou por dois saltos e por 71 cachoeiras e sirgas ao longo do Tietê (idem, 120). Não há identificação de quantas “itaupabas” teriam sido encontradas no caminho. Os termos sirga e itaupaba apresentados pelo Conde de Azambuja são indicados para os locais nos quais as pedras do leito do rio são encontradas próximas a superfície dos rios, o que geraria perigo de virar às canoas. • 5°. Teotônio José Juzarte, que escreveu seu diário de navegação Nos relatos de monçoeiros, verificamos que a maior preocupação era em relação à indicação de perigos e sua localização. A expedição comandada por Juzarte era composta de 36 embarcações e mais de 700 homens, mulheres, jovens e crianças e animais para o povoamento de Iguatemi. O elevado número de integrantes deve-se ao fato de muitos morrerem antes de chegar ao destino, em decorrência de enfermidades, ataques de índios ou de espanhóis. Nenhum destes problemas, contudo, detém tanto a atenção de Juzarte quanto os acidentes geográficos dos rios. Só no Tietê, Juzarte faz um relato minucioso de quarenta e seis cachoeiras que encontrou durante a viagem. Nos relatos de monçoeiros, notamos, igualmente, a indicação dos diferentes acidentes geográficos dos rios. Precisar o acidente, assim como a sua localização, era fundamental para a sua segura transposição. No relato feito pelo Conde Azambuja, em 1751, há uma descrição do Tietê, os tipos de acidentes mais comuns neste rio e como eram conhecidos: É este primeiro rio a que chamam Tietê o mais cheio de cachoeiras e das piores, é o fundo deste rio quase todo de pedra, sentada por igual, mas com pouco fundo; em algumas partes roçam neles as canoas lhe dão o nome de itaupaba; quando, porém, o fundo é desigual e com pedras espalhadas e em alturas debaixo d´água e as canoas correm risco de virar-se topando nelas lhe chamam sirga, por ser necessário lançarem-se pilotos e remeiros na água e levarem nas mãos as canoas, para irem desviando devagar sem as deixarem tomar força com a correnteza que ali é sempre maior. Se em alguma parte deixam as pedras canal fundo aberto é a que chamam cachoeira que ordinariamente as há onde sirgas, das quais se servem muitas vezes quando nos canais acham grandes dificuldades a vencer (Cleto: 1977, 118). Informa ainda o viajante que o Tietê passou por dois saltos e por 71 cachoeiras e sirgas ao longo do Tietê (idem, 120). Não há identificação de quantas “itaupabas” teriam sido encontradas no caminho. Os termos sirga e itaupaba apresentados pelo Conde de Azambuja são indicados para os locais nos quais as pedras do leito do rio são encontradas próximas a superfície dos rios, o que geraria perigo de virar às canoas. • 6°. Carta da Parte Conhecida da Província de S. Paulo; Robert Hirnschrot • 7°. Plínio Ayrosa (1930: 267), em um parecer para o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo • 8°. Pedro Taques e seu tempo • 9°. Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?
Atualizado em 31/10/2025 07:57:24 Lançamento | Bicentenário do Manifesto Paulista. febraf.com.br
• 1°. erro • 2°. Chegaram ao Rio os textos dos últimos atos das Cortes • 3°. Governo de São Paulo envia uma carta ao príncipe regente • 4°. Carta do Governo de São Paulo chegou às mãos do príncipe • 5°. Carta de D. Pedro ao pai
Atualizado em 31/10/2025 10:48:03 Jornal Correio Mercantil
• 1°. Diário de José Bonifácio São Paulo, 10 de março de 1820 Depois de ter visitado geológica e economicamente, quando me permitia o meu estado de saúde e as chuvas extraordinárias da estação, várias partes da ilhas de São Vicente e Santo Amaro, parti de Santos em canôa até o Cubatão, subi a serra, e cheguei a São Paulo ha 8 dias, onde me estou aprontando para visitar as antigas minas de ouro, que me podem ficar nas vizinhanças dos caminhos para Itú, Sorocaba e Piracicaba, segundo os desejos e recomendações de V. Ex. Achei o caminho da grande serra em estado deplorável de ruína, como sempre terá com as grandes chuvas do clima e estações, e muito mais pelo plano primordial, com que quiseram concertar o caminho velho, que a ignorância bestial dos antigos abriu quase vertical à direção da serra, por um espinhaço tão agudo e estreito, como a ponte do Paraíso de Mafoma, que pelo íngreme e despenhadeiros profundíssimos e medonhos não consente estrada, que possa andar-se ainda em bestar sem evidente perigo de morte. V. Ex. sabe que Santos fica 23 minutos de latitude mais ao sul que São Paulo, e 47 minutos de longitude de mais ao leste da mesma cidade: assim quando o caminho para subir a serra devia ser aberto mais ao Norte de Santos para encurtar a diagonal até São Paulo, pelo contrário andam-se para o Sul até o Cubatão boas 3 léguas, que se devem tornar a desandar para ir a São Paulo, além de se prolongar a diagonal. O pior é que escolheram o ponto mais alto da serra para corta-la quase verticalmente até o pico. Antes que se estabelecesse o contrato do Cubatão atual, pelo qual cada arroba paga um vintém e outro mais de novo imposto, e 6 vinténs por pessoa, sem que os contratadores tenham as canoas precisas para a passagem, havia os seguintes Cubatões, por onde se transitava até São Paulo: 1 - mais ao Sul, o Cubatão velho, chamado o Cubatão dos Padres, onde ha uma grande quebrada ou vale descendente, acompanhado de espinhaço comprido e pouco íngreme, que sobe obliquamente até acima da serra em parte, que alí é mais baixa que o atual pico. 2 - Mais ao norte do atual Cubatão, havia o chamado de Piassaguéra, onde a altura da serra é também mais baixa. 3 - Quase defronte a vila de Santos, entrando pelo rio de São José, se vai ter a outro Cubatão, que alguns chamam de Mogi e por onde em outro tempo passavam muitos viandantes, ou para Mogi das Cruzes ou para São Paulo; talvez seja nesta direção que se deva cortar a grande serra, por ser alí muito baixa, e se poder fazer uma boa estrada por terra até a fralda da serra e por ela acima, sem mais necessidade de embarque, do que a passagem do rio de Santos para a chamada ilha dos Padres, que lhe fica quase defronte. 4 - o Cubatão dos Pelaes no rio da Bertioga, mais ao norte, por onde há hoje uma picada que vai ter a Mogi das Cruzes em meio dia de jornada; 5 - Entre o de São José e dos Pelaes, no rio da Bertioga, a 3 léguas de Santos, na fazenda Caruara, que hoje pertence a meu primo o Padre Manoel Angelo Figueira de Aguiar, fez seu pai abrir uma picada através da serra, que lhe fica mui vizinha, por onde fez descer o gado de que precisava para a sua fazenda. Estes são os Cubatões, que conheço; e talvez hajam outros pontos iguais e melhores, por onde se possa subir a serra com facilidade e se encurte o caminho para São Paulo, uma vez que os bons sertanistas, dirigidos por homens hábeis, os vão descobrir e examinar. Demorei-me neste assunto, porque tendo informado a V. Ex. na minha carta antecedente do estado da estrada nova para o Cubatão, esta fica inútil, logo que se deva abrir outra passagem mais comoda, por onde possam passar carros através da serra. Passemos agora a outro assunto: para desempenhar as vistas de V. Ex.ª acerca das minas da Capitania, revolvi o meu tesouro de observações manuscritas, que recolhera em Portugal, e tenho conversado com meu irmão Martim, que examinou muita parte delas, e com outros homens entendidos deses sítios, e tenho colhido como resultado que a capitania no seu litoral e para o sertão dentro, passando a grande cordilheira, é toda mais ou menos aurífera. São as principais minas conhecidas as de Jaraguá, no ribeiro de Samambaia as antigas minas de Santa Sé, as dos Rochas na cadeia do Japi, as de Penunduba, as de Parnahíbe, as de Monserrate, Jacheri, Buturuna, as da fazenda do padre Godoi as margens do Tieté, as que ficam na Cutia para agrande serra de Vutucavarú, distrito muito rico em outro, segundo as tradições; e que talvez sejam as antigas minas de São Thiago e de Santa Cruz, de que fala o holandês Jean de Laet, as dos campos de Peratuva, que ficam de Sorocaba para o mar distantes três ou quatro léguas, as de Piracicaba, as de Araraquara, nas vertentes e fraldas desta serra, as das fraldas do morro de Araraçoava. • 2°. Partimos do sitio de Japy, e seguindo a estrada de Itú, muito antes de chegar ás minas chamadas do Caetano Itú, 9 de abril de 1820 Eis-nos chegados á famosa vila de Itú, aduar de árabes do mato com algumas poucas casas á Européia, depois de ter talado matas impérvias á cata de alguns grãos de ouro, sofrendo sol e chuvas contínuas mal comidos e dormidos. Meu irmão Martim continua para Piracicaba a visitar os engenhos que lá tem a nossa casa, e eu irei descansar alguns dias em Sorocaba, de onde conto ir visitar a fábrica de Ipanema, de dúbia nomeada. Remeto a V. Ex. a copia do nosso Diário, desde São Paulo até Itú, por crer que a sua lição, deixada a parte geológica, pode ser útil ao estado, se quiser e souber aproveitar um dos os tesouros e dons espontâneos da natureza. Para satisfazer aos patrióticos desejos de V. Ex. já estou em ajustes acerca da compra de vários terrenos auríferos, e outros para estabelecimentos de gadaria. Quanto aos terrenos de Geraguá, que o general que foi desta província, o Horta de bestial memória, comprou por uma bagatela com toda a escravatura que tem, e depois soube vender no Rio de Janeiro e um bom homem de Parnaguá, dizem que (...) • 3°. Diário de José Bonifácio Santos, 10 de maio de 1820 Conclui a minha digressão pelos matos e serra do sertão da minha bela e barbora província e cheguei à 6 dias a Santos doente e cansado, e todavia prometi partir amanhã para São Paulo para ir assistir á festividade dos anos de S. M. Depois de chegado é que... Folgo infinito que V. Ex. tenha vontade de anuir aos desejos das famílias alemãs, principalmente dos mineiros do Hartz, que querem estabelecer-se no Brasil. Dos que forem de beira-mar podem alguns casais estabelecer-se nas terras que ainda restam da fazenda da Cubatão que é de S.M.; e os da terra dentro e os mineiros, parte em Araçariguama perto de Parnayba, e parte em Curitiba., se ainda lá existem terras da coroa. Os mineiros do Hartz se empregam em lavras minas de chumbo, prata, cobre e ferro, que não há descobertas na minha província, e só sim algumas de chumbo argentífero no Abaité e em Minas Gerais no Cuiabá, não se em que lugar. Algumas notícias ha, pouco seguras, de outros sítios do Brasil, em que ha chumbo, prata e cobre. Na minha capitania dizem haver prata nas fraldas da serra de São Francisco, no distrito ou bairro de Itapeva do termo da vila de Sorocaba, onde há dois socavões antigos chamados os "Buracos da Prata".
Atualizado em 31/10/2025 10:48:05 Instruções para João Mando Pereira cumprir na viagem ás barreiras de São Paulo, devendo examinar as minas de ferro da serra de Araçoiaba, junto da vila de Sorocaba; uns "buracos" que se diz terem sido minas de prata ![]() Data: 1998 Página 62
• 1°. “O Vulgarisador” (RJ) 1878 Santos, 10 de maio de 1820 Conclui a minha digressão pelos matos e serra do sertão da minha bela e barbora província e cheguei à 6 dias a Santos doente e cansado, e todavia prometi partir amanhã para São Paulo para ir assistir á festividade dos anos de S. M. Depois de chegado é que... Folgo infinito que V. Ex. tenha vontade de anuir aos desejos das famílias alemãs, principalmente dos mineiros do Hartz, que querem estabelecer-se no Brasil. Dos que forem de beira-mar podem alguns casais estabelecer-se nas terras que ainda restam da fazenda da Cubatão que é de S.M.; e os da terra dentro e os mineiros, parte em Araçariguama perto de Parnayba, e parte em Curitiba., se ainda lá existem terras da coroa. Os mineiros do Hartz se empregam em lavras minas de chumbo, prata, cobre e ferro, que não há descobertas na minha província, e só sim algumas de chumbo argentífero no Abaité e em Minas Gerais no Cuiabá, não se em que lugar. Algumas notícias ha, pouco seguras, de outros sítios do Brasil, em que ha chumbo, prata e cobre. Na minha capitania dizem haver prata nas fraldas da serra de São Francisco, no distrito ou bairro de Itapeva do termo da vila de Sorocaba, onde há dois socavões antigos chamados os "Buracos da Prata". • 2°. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo 1998 Já em 1800, em São Paulo, o capitão general Antonio Manoel de Mello Castel e Mendonça em cumprimento da ordem de 1795 tinha mandado a Ypanema o então Coronel mais tarde Marechal, Cândido Xavier de Almeida, junto com o químico João Manço Pereira afim de examinarem a montanha e designarem o local para uma fábrica, mandando impedir a devastação das matas; e autorizando-as a designar peças, que se deveriam importar, necessárias para este empreendimento. Referindo-se a estes fatos, diz Eschwege que em companhia de Manço tinha ido não o coronel Almeida, e sim o Dr. Martim Francisco Ribeiro de Andrada, nomeado em 1801 inspetor das minas e matas da Capitania de São Paulo; e aproveita a ocasião para tratar zombeteiramente a este naturalista, com aquela maledicência e descortesia de que ficou a fama trazida ao nosso conhecimento por antigos habitantes de Ouro Preto, onde o eminente cientista alemão por longo tempo morou. ver mais
• 1°. Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, trazidos do Alto Peru Instruções para João Manso Pereira cumpri na viagem ás barreiras de São Paulo, devendo examinar as minas de ferro da serra de Araçoiaba, junto da vila de Sorocaba; uns "buracos" que se diz terem sido minas de prata.
Atualizado em 31/10/2025 10:48:06 Visita a Ypanema* ![]() Data: 1998 Página 62
• 1°. Quadro histórico da província de S. Paulo até o anno de 1822, 1897. José Joaquim Machado d´Oliveira (1790-1867) 1867 A efeito da carta régia acima citada, em maio de 1800 o governador de São Paulo, acompanhado do coronel Cândido Xavier de Almeida e Souza, e João Manso dirigiu-se a Araçoiaba para que em sua presença se procedesse á analise do mineral do morro, e, no caso de conhecer-se de boa qualidade, dispôrse que se levantasse a fábrica para a preparação do ferro, conjuntamente com a demarcação do terreno que se lhe devia anexar, e de cujas matas podia-se fazer o carvão que fosse de mister para o seu consumo; e deixando ali João Manso com o cargo de inspetor do estabelecimento para dirigi-lo em sua construção, regressou á capital dando conta ao governo da metrópole do procedimento que assim tivera. ver mais • 2°. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo 1998
Atualizado em 31/10/2025 10:48:07 “História geral do Brazil”, de Francisco Adolfo de Varnhagen, o Visconde de Porto Seguro (1816-1878) ![]() Data: 1854 Créditos: Francisco Adolfo de Varnhagen, Visconde de Porto Seguro, 1816-1878 Página 54
• 1°. Quadro histórico da província de S. Paulo até o anno de 1822, 1897. José Joaquim Machado d´Oliveira (1790-1867) 1867
• 1°. A armada de André Gonçalves chegou a Cananéia De acordo com Francisco Adolpho de Varnhagen, em sua clássica “História Geral do Brasil” (publicada entre 1854-1857), foi no dia 24 de janeiro de 1502 que a armada de André Gonçalves, em que Américo Vespúcio era piloto, chegou a Cananeia: “Do Porto de São Vicente passou a esquadrilha ao da Cananeia, no qual deixou degredado um bacharel português, que ainda aí vivia trinta anos depois. Propendemos a crer que seria este bacharel sogro de Gonçalo da Costa, que aí veio a ser encontrado por Cabot.” • 2°. Neste local, porta de entrada para a “Cidade de Santo Amaro” onde aportou a primeira expedição, que consta ter sido em 1552 Não direi quanto se eleva sobre o mar porque não tenho barômetro, e, pouco habituado a avaliar alturas a olho, receio enganar-me. Entretanto crê-se que io cimo dele não deve ficar muito menos de mil pés sobre a planície que rodeia este último. O núcleo do morro é de granito; e de norte a sul, isto é, no sentido longitudinal é cortado por três grossos (proximamente de três braças de pujança) veeiros de ferro, já magnético, já especular. Há porém, aos lados e pelo meio, bancos de xisto, de vários grés, de pedra calcária escura, de marnes de azul de Prussia, de pederneira, de grunstein, e até de formações auríferas. • 3°. Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias Há porém, aos lados e pelo meio, bancos de xisto, de vários grés, de pedra calcária escura, de marnes de azul de Prussia, de pederneira, de grunstein, e até de formações auríferas. • 4°. Governador ponderado acerca da "má natureza destes padres e pouca razão com que se queixavam dos governadores passados, e quão pouca verdade falavam em tudo, não tratando mais que de curar suas queixas, e ofuscar a verdade" • 5°. Sorocaba (data estimada) Pelo que respeita a D. Francisco de Souza, seguiu elle de Pernambuco para o sul, sem tocar na Bahia, conforme lhe fora recommendado, acaso por avexar menos D. Diogo. Do pouco que nos consta de seu meridional governo, até que o segundo anno nelle o surpreendeu a morte, um facto consignaremos, talvez de nenhuma importância para o leitor, mas casualmente de mais alta (e seja-lhe perdoada a manifestação) para quem escreve estas linhas; pois que esse facto se refere ao pedaço de humilde chão, que , mais de dois séculos depois, o viu nascer e começar a trabalhosa peregrinação deste mundo. D. Francisco indo em 1610 a Biraçoiava (Ipanema), e vendo que não prosperava ahi a villa que fez annos antes criára, ao mesmo tempo que espontaneamente se iam aggrupando muitos moradores três leguas áquem junto a uma ponte do rio Sorocaba, onde os Benedictinos levantavam ja um hospício, transferiu para ahi o pelourinho, com ideas, diz-se, de fundar uma cidade com o nome de S. Filipe, por gratidão ao soberano que pouco antes o agraciára. Em todo caso em vez deste nome prevaleceu o de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba, ou simplesmente o de Sorocaba; proveniente talvez de muitas vossorocas ou barrancos que ha nas immediações. Dahi a pouco D. Francisco passava, por sua morte, a gosar do mais triste dos privilégios que havia obtido, succedendo-lhe seu filho D. Luiz de Souza. [p. 321, 322] • 6°. Protestou o governador D.Diogo de Menezes, escrevendo ao rei • 7°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil Pelos anos de 1611 excitaram-se grandes contendas entre os jesuítas e portugueses, moradores nesta Capitania, e as discórdias originadas da liberdade dos nativos que os padres defendiam, talvez com zelo excessivo, vieram produzir o seguinte atentado. [p. 367, 368 e 369] • 8°. Morgado de Mateus concedeu sesmaria no morro de Biraçoiaba a Domingos Ferreira Pereira Não se dera andamento senão por intervalos ao fabrico do ferro, e nada se sabia das forjas levantadas por Afonso Sardinha em 1590. Tudo era empirismo e confusão, e os poucos operários que se davam á mineração trabalhavam sem método e pelo teor do próprio alvedrio, apenas com o auxílio de um forno biscainho, rusticamente feito em 1770 [Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), História Geral do Brasil, tomo 2, página 359]. As terras lavradias do morro estavam sob a posse de vários agricultores, que por conhecerem sua fertilidade ao tempo do povoamento de Sorocaba as amanhavam circundando o morro de pequenos estabelecimentos rurais; e o faziam fraudulentamente, porque esse morro fora em 1767 concedido por carta de sesmaria, passada pelo governador morgado de Matheus a Domingos Ferreira Pereira, com a condição de ficarem outra vez devolutas as suas terras, uma vez que se não estabelecesse a fábrica de ferro [Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), História Geral do Brasil, tomo 2, página 357]; e disto se depreende que é irrita e nula qualquer venda ou transação que se haja feito daquelas terras posteriormente ao estabelecimento da fábrica. • 9°. Fornos biscainos • 10°. Fabrica* • 11°. Carta • 12°. Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen é demitido do Império Brasileiro • 13°. Inventário e Testamento de Cristóvão Diniz, consultado em rojetocompartilhar.org
Atualizado em 31/10/2025 07:57:35 Quadro histórico da província de S. Paulo até o anno de 1822, 1897. José Joaquim Machado d´Oliveira (1790-1867) ![]() Data: 1897 Créditos: José Joaquim Machado d´Oliveira 1790-1867 Página 70
• 1°. Fábrica de ferro • 2°. Fornos biscainos Não se dera andamento senão por intervalos ao fabrico do ferro, e nada se sabia das forjas levantadas por Afonso Sardinha em 1590. Tudo era empirismo e confusão, e os poucos operários que se davam á mineração trabalhavam sem método e pelo teor do próprio alvedrio, apenas com o auxílio de um forno biscainho, rusticamente feito em 1770 [Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), História Geral do Brasil, tomo 2, página 359]. • 3°. Caminho Começára-se a abrir de Cananéa para os campos de Curytiba (1793) um caminho atravez da serra, a bem do transito publico, o do trafico commercial que começava do litoral para cima da Serra; e constando isto ao governador, ordenou que se suspendesse essa obra, por que serviria o caminho de "asylo aos criminosos, e de extravio aos géneros sujeitos a direito". Acossados como sempre foram os Índios selvagens por grupos armados com o nome de bandeiras, que invadiam os sertões quase sempre com o único fito de matal-os ou captival-os, pela culpa original de não pertencerem á raça branca, algumas tribos dessa gente assentaram seus alojamentos nas matas que se estendem de Sorocaba á Itapeva, e bastou isso para incutirem medo aos habitantes daqueles logares, pois não consta que da parte dos adventícios houvesse hostilidade alguma. Informado daquela occupação o governador ordenou ao coronel Francisco Fiúza, que, entrando nessas matas com homens armados, fosse atacar os Índios de modo a exterminal-os ou a expellil-os dos seus alojamentos para que os moradores daquellas paragens pudessem viver desassombrados. • 4°. O capitão Manoel de Melo Castro e o químico João Manço foram autorizxados a proceder estudos para a montagem da Fábrica de ferro por Carta Régia de D. João VI Antes da carta régia de 19 de agosto de 1799 nenhuma regularidade havia na exploração as minas de ferro que era pejado o morro de Araçoiaba no distrito de Sorocaba. Ás vezes trabalhava-se ali mais com a intuição de deparar-se com outro ou prata, que se dizia em aliagem com o ferro, do que na elaboração deste metal, mais útil e mais vantajoso do que outro qualquer, e cuja profusão ali era assaz reconhecida. • 5°. Visita a Ypanema* A efeito da carta régia acima citada, em maio de 1800 o governador de São Paulo, acompanhado do coronel Cândido Xavier de Almeida e Souza, e João Manso dirigiu-se a Araçoiaba para que em sua presença se procedesse á analise do mineral do morro, e, no caso de conhecer-se de boa qualidade, dispôrse que se levantasse a fábrica para a preparação do ferro, conjuntamente com a demarcação do terreno que se lhe devia anexar, e de cujas matas podia-se fazer o carvão que fosse de mister para o seu consumo; e deixando ali João Manso com o cargo de inspetor do estabelecimento para dirigi-lo em sua construção, regressou á capital dando conta ao governo da metrópole do procedimento que assim tivera. • 6°. Martim Francisco visitou a fazenda dos Madureira onde lhe mostraram um poço de exploração abandonado da prata, e que devia datar de 1684 Posto o estabelecimento em estado ode trabalhar, depois de reparado o antigo maquinismo e casas que ai havia, e feito, o que era mais urgente para dar-lhe movimento, em 1803 e com antecipada ordem do governo da metrópole instaurou-se nele a fabricação do ferro sob a direção de João Manso. • 7°. Fábrica desde 1769 (ypera?) • 8°. Suecos trazem o primeiro piano da cidade e com eles os Protestantes • 9°. Fabrica • 10°. Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen (1783-1842) retirou-se á Europa com licença ilimitada Varnhagen deu sua demissão de diretor do estabelecimento, e retirou-se em 1822 á Europa com licença ilimitada, deixando não só a fábrica suficientemente montada e em efetivo andamento com um saldo de doze contos de réis, como gratas recordações dos que sabiam apreciar sua capacidade profissional e urbanidade. [Página 213] • 11°. Cruz de Ferro • 12°. “História geral do Brazil”, de Francisco Adolfo de Varnhagen, o Visconde de Porto Seguro (1816-1878) • 13°. A “Cruz de Ferro” seria uma capela? As primeiras peças de ferro vazadas na fábrica foram três cruzes, sendo a maior colocada no alto do morro que lhe fica mais próximo, e uma delas na estrada que dali vai ter a Sorocaba, ainda existindo em bom estado em 1845. • 14°. fabrica
Atualizado em 31/10/2025 07:57:32 Jornal O Paiz ![]() Data: 1913 Página 9
• 1°. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas Essas minas foram descobertas em 1589, por Afonso Sardinha e se acham situadas á margem do riacho que lhe dá o nome (Ipanema). • 2°. Reconhecida que fosse a pobreza das minas de ouro de Jaraguá, Apiahy e Paranapanema, prenderam as atenções as de ferro de Araçoiaba, e mais, porque se dizia haverem ali indícios de vieiros de prata; e para a pesquisa desta especialidade foi em 1681 manda pelo governo fr. Pedro de Souza inculcado como saber da matéria Descobertas as minas de ouro de Jaraguá, Apiahy e Paranapanema, voltaram-se as atenções para as de Araçoyaba, por existirem veeiros de prata. Pelo governo da metrópole, em 1681, foi mandado para o seu descobrimento o mineralogista Frei Pedro de Souza, de cujas explorações e exames nada consta; sendo certo, porém, que regressando a Portugal, os paulistas Paschoal Moreira Cabral, Manoel Fernandes de Abreu e o capitão-mór Martim Garcia Lumbria, que tinham acompanhado aquele nas explorações, tomaram a si a empresa de custear a fábrica e dar-lhe o devido desenvolvimento, o que consta das cartas régias de 2 e 5 de maio de 1682 e de 20 de outubro de 1698, elogiando ao último dos empresários pelos serviços prestados; sendo certo, porém, que alguns anos depois, as minas de ferro estavam abandonadas. (Azevedo Marques).
Atualizado em 31/10/2025 10:48:08 Martim Francisco visitou a fazenda dos Madureira onde lhe mostraram um poço de exploração abandonado da prata, e que devia datar de 1684 ![]() Data: 1904 10/10/1904
• 1°. Quadro histórico da província de S. Paulo até o anno de 1822, 1897. José Joaquim Machado d´Oliveira (1790-1867) 1867 • 2°. Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP. Secretaria da Educação. Vol. 9. Apontamentos para história da Fábrica de Ferro do Ipanema (1959) Prof. João Lourenço Rodrigues 1959 Em 1803 o Coronel Martim Francisco Ribeiro de Andrada, irmão de José Bonifácio, era inspetor das minas e matas da província de São Paulo e, nas viagens ao Morro do Ferro, examinou cuidadosamente as suas jazida. Em sua monografia sobre Rafael Tobias (pág . 120), diz o Cônego Luís Castanho de Almeida (1904-1981) que Martim Francisco, em sua viagem de 1803, ficou conhecendo o reizinho (apelido familiar de Tobias). Ao mesmo deu aulas de francês, latim e filosofia , quando fundou um curso gratuito em 1805. O primeiro encontro é plausível, porque Tobias, tendo nascido em 1794, não estava longe dos 10 anos quando o Andrada passou por Sorocaba. Pode-se mesmo conjeturar que ele fosse hóspede de seus progenitores. [p. 32, 33 e 34] ver mais • 3°. Memória Histórica de Sorocaba VI. Luís Castanho de Almeida (1904-1981) 1970 O segundo, na viagem de 1803, fôra até a fazenda dos Madureira onde lhe mostraram um poço de exploração abandonado da prata, e que devia datar de 1684, quando certo frei Pedro de Souza, religioso mercenário, tentou encontrar aquêle metal em tôda a zona. Em seu diário refere-se à figueira do Cerrado, que existiu até aí por 1950, já aleijada, à beira da avenida General Carneiro [“Memória Histórica de Sorocaba VI”. Aluísio de Almeida, 1969. Página 313] ver mais
• 1°. Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, trazidos do Alto Peru • 2°. Projeto da Igreja de Santa Rita O "Buraco da prata" Em 1803 Martim Francisco de Andrada fôra até a fazenda dos Madureira onde lhe mostraram um poço de exploração abandonado da prata.
Atualizado em 31/10/2025 10:48:08 A estrada de Sorocaba a Juquiá foi assunto repetitivo na província de São Paulo, durante o século XIX. Martim Francisco escreveu sobre essa possibilidade em 1805 ![]() Data: 2021 Página 19
• 1°. Mesmo após a colonização, as tradições das ceramistas Tupi persistem por mais de 500 anos em São Paulo, indica novo estudo. Por Juca, em arqueologiaeprehistoria.com
Atualizado em 31/10/2025 10:48:09 Escola
• 1°. Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP. Secretaria da Educação. Vol. 9. Apontamentos para história da Fábrica de Ferro do Ipanema (1959) Prof. João Lourenço Rodrigues 1959 Em sua monografia sobre Rafael Tobias (pág . 120), diz o Cônego Luís Castanho de Almeida (1904-1981) que Martim Francisco, em sua viagem de 1803, ficou conhecendo o reizinho (apelido familiar de Tobias). Ao mesmo deu aulas de francês, latim e filosofia, quando fundou um curso gratuito em 1805. O primeiro encontro é plausível, porque Tobias, tendo nascido em 1794, não estava longe dos 10 anos quando o Andrada passou por Sorocaba. Pode-se mesmo conjeturar que ele fosse hóspede de seus progenitores. [p. 32, 33 e 34] ver mais
Atualizado em 31/10/2025 10:48:09 Martim Francisco Ribeiro de Andrada se torna Bacharel em Matemática e Doutorado em Ciências Naturais pela Universidade de Coimbra
Atualizado em 31/10/2025 10:48:09 Jornada para a fazenda da Paineira, meia légua distante de Sorocaba
Atualizado em 30/10/2025 18:20:00 Roteiros e notícias de São Paulo colonial (1751-1804)
• 1°. Terras incultas • 2°. Caminho Jornada de Itu para Sorocaba: O terreno é barrento amarelo esbranquiçado mais ou menos, geralmente muito silicoso, talvez por efeito da decomposição dos bancos de grés; estes estão cobertos por cima de uma crosta ferruginosa. Observam-se, em diferentes partes deste caminho, seixos de quartzo rolado, e bancos de uma argila branca tirando à cinzenta, mais ou menos pura. Não devo passar em silêncio de que vi nesta digressão homens, cuja catadura era mourisca sem tirar nem pôr; se em Portugal se vierem com o tempo a perder pela mistura da raça as feições mouriscas, que nos são tão próprias, para as fazer reviver, será bom recorrer a esta capitania, onde as há em toda a sua pureza. A vila de Sorocaba não tem regularidade alguma, suas casas, bem que mais altas do que as de Itu, estão semeadas aqui e acolá, de sorte que se não observa alinhamento algum em ruas; ela contém quatro igrejas, a matriz, uma capela de Santo Antonio, outra do Rosário, e um hospício de frades bentos; seu comércio reduz-se à venda das tropas de gado, vindas do sul. A cultura geral desta vila e seus contornos consiste em milho, feijão, algodão, pouco café, e alguma cana de açúcar; já conta doze fábricas de açúcar, e outras de águas ardentes. Sua povoação monta a 9.712 habitantes; deve porém meter-se nesta conta imensidade de surdos, insensatos, e muitos com a moléstia dos papos; ignora-se a que causas se devam atribuir semelhantes enfermidades; seria bem útil e até digno de elogio, que o ministério encarregasse médicos hábeis desta indagação, a fim de ver se do conhecimento das causas seria possível o deduzir-se um pronto remédio; pois de outro modo de que servem homens inúteis às precisões da sociedade? • 3°. Viagem e estada no dito morro 16, 17, 18, 19 de fevereiro - Viagem e estada no dito morro Desde a vila até perto do morro, o terreno é todo argiloso silicoso, produto da decomposição dos bancos de grés, que aparecem à superfície da terra; advertindo, que este externamente é algum tanto ferruginoso, esboroadiço, mas interiormente é esbranquiçado, grão fino, textura unida, e serve mui bem para amolar ferramentas; os paisanos do país chamam- lhe pedras de desbastar. Junto a um córrego, que vai ter ao Ipanema, rio, que corre pelas faldas deste monte, aparecem bancos de chisto novacular; é pena que o não aproveitemos, porque as boas pedras de afiar, de que usamos, vem de levante muito caras. Os bancos deste chisto estão em direção quase lesnordeste oessudoeste, paralelos ao horizonte; são de cor grizea, e grizea amarelada, sobre eles pousam os bancos de grés. Este monte, indo da vila para ele, apresenta uma face muito alongada na direção quase norte sul ; e conta na maior extensão duas léguas pouco mais ou menos; todo ele é coberto de matas, exceto no lugar das furnas; grande vale central domina por todos os jugos, que formam este monte. Ele se divide em três grandes cabeços, denominados pelos do país Morro do ferro, Morro vermelho, e Morro de Araraçoiaba propriamente dito, além de outros menores, os quais todos são cortados por diferentes vales. Todo o terreno deste morro é um barro vermelho escuro com muito talco amarelo de ouro; ele está cheio de mineral de ferro magnético, e algum já imã perfeito, em pedras soltas e desarrumadas de diferente grandeza, e possança; o qual umas vezes entranha- se por terra dentro, como eu observei em alguns socavões feitos de propósito, outras vezes prolonga- se em grandes cintas, ou manchas ao longo dos córregos, das quebradas, e vales. Em um dos socavões, que mandei fazer, apareceu uma camada de barro azul fixo e mais claro com muito talco amarelo, que julgo ser argila misturada com azul da Prússia nativo; igualmente não devo esquecer, de que no Morro-vermelho achei uma pedra quartsoze cristalizada com ocre de ferro de permeio, tapizada nas fendas, e por fora de cristais de quartzo piramidal brilhante, branco e arrôxado; descoberta esta comum a outro jugo pertencente ao mesmo morro. Não me demoro em descrever extensamente o mineral de ferro, sua riqueza, e abundância, em marcar o lugar, em que se devem levantar as ferrarias, caso de querer Sua Alteza aproveitar esta mina, em fazer ver os erros, e por conseqüência os prejuízos, que tiveram os que empreenderam trabalhá- la no tempo do Morgado de Mateus, finalmente em dar uma noção sobre a abundância de águas, matas, fundente, e todos os demais misteres necessários a um tal estabelecimento, pelo ter feito em uma memória separada, que a este respeito envio ao ministério. Asseveraram - me, que em Bacaetava, fazenda duas léguas distante do morro, apareceram bancos de pedra calcárea nas margens de um córrego; examinando este lugar, achei somente bancos de um grés ferruginoso. O terreno, sobre que pousavam, caiu ou desmoronou-se, deixando como uma cavidade, ou gruta, debaixo da qual se viam estalactites ao dito banco, opacos e cor branca suja. Creio, que as águas do córrego, passando por terrenos calcáreos, e mesmo acarretando alguma porção calcárea que o grés contivesse (bem que esta não faça efervescência com ácido nítrico), vieram fazer este depósito; não posso porém afiançar, que se não venham a descobrir bancos calcáreos nas vizinhanças deste lugar, quando for possível examiná-las. As árvores examinadas em todos estes dias são as mesmas, que as referidas nas excursões antecedentes; devo unicamente acrescentar, que estes campos abundam de jupecanga (espécie do gênero smilax), e de caiapia (an species althae). • 4°. Jornada para a fazenda da Paineira, meia légua distante de Sorocaba O terreno até meio do caminho é barrento avermelhado vivo, daí por diante muito silicoso por efeito da decomposição do quartzo, que se acha em muita quantidade. Chegado à fazenda, vi em uma plantação um mineral de ferro em pedras soltas entremeadas com quartzo, e às vezes misturado com ele; este mineral é magnético, de fratura granosa, cor grizea de ferro, e em muito pouca quantidade: só o espírito de indagação e o desejo de ver tudo é, que me pôde obrigar a este exame. • 5°. Relatório • 6°. Segunda jornada de Sorocaba para o morro a observar os arredores dele do lado do sul Segunda jornada de Sorocaba para o morro a observar os arredores dele do lado do sul O terreno de toda esta digressão é o já mencionado. Somente em alguns jugos vi descobertos bancos de chisto argiloso, paralelos ao horizonte, com a direção já dita, alternando com os do chisto novacular; em outros jugos mais elevados bancos de grés esbranquiçado. No cimo de um deles acha-se uma lagoa não pequena, e algum tanto piscosa, que conserva as águas inda no tempo das secas; à esquerda dela em não pequena distância, junto a uma quebrada, por onde passa um córrego, que deságua no Ipanemerim, isto é, cabeceiras do Ipanema, observa- se um terreno turfáceo assaz denegrido, no qual será bom fazer uma sonda: este terreno turfáceo entranha-se muito, como se vê naquelas partes, em que foi profundamente desmoronado por efeito das enxurradas, provenientes das grandes pancadas de água, que acompanham as trovoadas, tão usuais neste país, particularmente na estação do calor, facilitam a cultura das terras, e por conseguinte as fertilizam. Quanto aos arredores deste rio, estão cobertos de bosques desvairados. • 7°. Excursão para o morro do ferro propriamente dito • 8°. Martim Francisco Ribeiro de Andrada (1775-1844) visita o “buraco da prata” • 9°. Roteiro
Atualizado em 31/10/2025 10:48:10 Nascimento de Martim Francisco Ribeiro de Andrada em Santos
Atualizado em 31/10/2025 07:57:33 “D. Francisco de Souza”. Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957), Jornal Correio Paulistano ![]() Data: 1904 10/10/1904
• 1°. Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias • 2°. Alvará proibiu terminantemente a escravização do indígena e que revigorou o de 20 de março de 1570, que permitia a cativação dos que fossem tomados em guerra justa • 3°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza* As minas de Piraçoyaba pouco ouro tinham; não eram mais que uma montanha de ferro, o nosso Ypanema de hoje, e foram, portanto, uma decepção para d. Francisco de Souza. Apesar disso não esmoreceu; nessas proximidades levantou pelourinho e erigiu uma vila que denominou São Phelippe; do mesmo modo, depois indo examinar as minas de Bituruna, que não corresponderam á sua expectativa, também levantou pelourinho e erigiu outra vila, a vila de Monserrat.* Com a primeira cortejava o rei e com a segunda a santa de sua especial devoção; e não se esquecia dos moradores de São Paulo, porque prometia procurar-lhes com sua majestade muitos privilégios e mercês e elevar-lhes a vila á cidade, "por ter sido a primeira e principal parte onde, mediante o favor divino, descobriu minas". Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) equivocou-se dizendo ficar a vila Monserrat próxima ás minas de Biraçoyaba; confundiu Monserrat com São Phelippe supondo ter existido uma có vila. Na coleção de mapas apresentados ao árbitro pelo Barão do Rio Branco, na questão chamada das Missões, ha os mapas n°. 5-A e n°. 6-A, que localizam Monserrat a N.O. de São Paulo, além do Anhamby, e São Phelippe a oeste de São Paulo, na margem de um afluente do Anhamby. Quando Salvador Correia elevou Sorocaba a vila, diz que d. Francisco de Sousa já lá tinha mandado levantar pelourinho. - Vide em "Azevedo Marques. Apontamentos sobre Sorocaba. Martim Francisco Ribeiro de Andrada (1775-1844) (Jornal de Viagem, por diferentes vilas até Sorocaba - R.I.H.G.R., vol. 45) em 1803 esteve em Parnahyba, e nas proximidades desta vila, examinou as lavras de Bituruna, "Monserrat", Taboão e Santa Fé. O mapa da Comissão Geográfica e Geológica do Estado, situa o município de Parnahyba sua fazenda "Monserrat" e porto "Grupiara", vocabulo usado pelos mineiros daquele tempo. • 4°. Sebastião de Freitas, por alvará de 6 de junho de 1600, foi armado cavaleiro por d. Francisco de Sousa e nesse documento se faz referência aos serviços que prestara • 5°. Mapa “Le Bresil” de Nicolas Sanson (1600-1667)
Atualizado em 31/10/2025 10:48:10 Martim Francisco e José Bonifácio (1763-1838) visitam Sorocaba* ![]() Data: 1820 Créditos: Cássia Maria Baddini (Santa Casa da Misericórdia. na Rua do Hospital (Atual Alvaro Soares). Rua da Penha. Largo das Tropas (Praça Arthur Fajardo). Rua da Direita (Atual Braguinha). Rua Itararé. "Registro de Animais" ano início da Avenida São Paulo. Estrada Santo Antônio, atual Rua Padre Luis. Córrego Supiriri. Rua da Ponte (atual Rua XV de Novembro). Rua das Flores (atual Monsenhor João Soares). Percurso das Tropas (Atual Rua Souza Pereira). Rua Santa Clara (mapa)(bairro itavuvu(.282.(rio sorocaba
Atualizado em 31/10/2025 07:57:27 Revista do Patrimônio Cultural de Lavras
• 1°. A primeira publicação sobre o personagem “Sete Orelhas” surgiu em uma obra escrita em Inglês, publicada em Londres em 1836, o livro “The History of Brazil, de John Armitage • 2°. Passados dois anos, em 1845, Martim Francisco Ribeiro de Andrada, um estudante da Academia de Direito de São Paulo, publicou a peça de teatro • 3°. Nova suposta fonte primária para o caso das sete orelhas veio a lume • 4°. Batalha das Esporas de Ouro
Atualizado em 31/10/2025 07:57:24 Sorocaba participou da história de vida de Dom Pedro I - jornalcruzeiro.com.br
Atualizado em 31/10/2025 11:43:06 Ofício do governador e capitão general da capitania de São Paulo, Antônio Manuel de Melo Castro e Mendonça, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramarino, conde de Linhares, D. Rodrigo de Sousa Coutinho sobre os trabalhos de instalação da fábrica de ferro das minas da cidade de Araçoiaba
• 1°. “O Vulgarisador” (RJ) 1878
Atualizado em 31/10/2025 11:43:08 Diário de José Bonifácio
• 1°. O exército paraguaio invadiu a província do Mato Grosso Brasil não tem obrigação de devolver o canhão El Cristiano ao Paraguai. • 2°. Fundido o canhão "El Cristiano" El Cristiano, que pesava doze toneladas e foi fundido, em 1867, com o bronze obtido de sinos de igrejas paraguaias, o que lhe valeu a denominação, que está assim gravada na avantajada peça de guerra. • 3°. Qual a relação dos Tupinambás com o bairro Vila Helena?
Atualizado em 31/10/2025 11:43:10 D. Pedro organizou novo gabinete
Atualizado em 31/10/2025 11:43:12 Martim e seu irmão Antônio Carlos são chamados para o Conselho da Coroa
Atualizado em 31/10/2025 11:05:31 Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro ![]() Data: 1839 Página 46
• 1°. Salvador Correia de Sá suspende do exercício de seus cargos o ouvidor Antonio Lopes de Medeiros e o juiz ordinário D. Simão de Toledo Piza • 2°. Lourenço Castanho Taques, um dos paulistas mais poderosos, escreve uma violenta carta aos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro Antes da publicação destes bandos, tinham os vereadores de São Paulo recebido uma carta de Salvador Correia de Sá (...) pedem informações á camara de São Paulo, sobre o atroz homícidio de um mineiro, e várias ações criminais, que diziam cometera nestas capitanias de São Vicente e Itanhaém, o provedor da fazenda real Pedro de Sousa Pereira. A esta carta responderam os vereadores paulistas em 18 de dezembro de 1660, dizendo, que o mineiro, casualmente se arrojara na profunda caverna de uma cata, indo a saltar de um lado para outro, na parte superior, sem que pessoa alguma concorresse para a sua morte. [Páginas 47 e 48] • 3°. Resposta frouxa Antes da publicação destes bandos, tinham os vereadores de São Paulo recebido uma carta de Salvador Correia de Sá (...) pedem informações á camara de São Paulo, sobre o atroz homícidio de um mineiro, e várias ações criminais, que diziam cometera nestas capitanias de São Vicente e Itanhaém, o provedor da fazenda real Pedro de Sousa Pereira. A esta carta responderam os vereadores paulistas em 18 de dezembro de 1660, dizendo, que o mineiro, casualmente se arrojara na profunda caverna de uma cata, indo a saltar de um lado para outro, na parte superior, sem que pessoa alguma concorresse para a sua morte. [Páginas 47 e 48] • 4°. De Santos, Salvador concede "perdão" aos que cometeram as hostilidades ao seu governo • 5°. Expedição deveria estar de retorno ao povoado paulistano* No dia precedente, o 1.º de Janeiro do mesmo anno, havia lançado outro bando, respectivo ao levante desta cidade, no qual perdoava a todos os amotinados, com a condição porem, de se mostrarem arrependidos; e ao mesmo tempo comminava justas penas a varios sujeitos, se perseverassem na rebellião. Ordenava mais, que Agostinho Barbalho Bezerra, prosegnisse no governo, porém com a clausula de o fazer com jurisdição delegada por elle governador geral da repartição do Sul, e não com a que lhe havia conferido o povo. Determinava finalmente, que a camara teria voto em certos casos. • 6°. Salvador Correia de Sá mandou lançar um bando pelas ruas de S. Paulo, ao som de caixas corridas Voltando das taes minas foi dar providencias respectivas às outras de serra acima. Na villa de S. Paulo, indagando as causas da sedição, e os motores della, achou que os dous ministros suspensos não tinhão faltado ás obrigações de fieis vassalos, e que os incursos no crime de revolta, e amotinagão, erão seduzidos pelos escriptores das cartas desta cidade. Com pleno conhecimento da causa mandou lançar um bando pelas ruas de S. Paulo, ao som de caixas corridas, a 2 de Janeiro de 1661, e nele declarou sem culpa alguma, assim ao Juiz de Orfãos, como ao Ouvidor; ordenando, que ambos continuassem a exercitar seus magistrados, e juntamente concedeu perdão de qualquer acção, palavra, e obra, em que ouvessem cahido os moradores, na occasião do tumulto. [p. 47] • 7°. Porto • 8°. João Antunes Maciel encontra com o governador Rodrigo César de Meneses: “vinha para São Paulo chefiando a tropa ou monção de canoas, que trazia para a Fazenda Real quatro arrôbas e seiscentas oitavas de ouro” Porém, quando chegou Antonio Antunes já as minas do Cuyabá estavam descobertas, e dando ouro com muita abundância, concorreu logo muita gente para as novas minas pela navegação dos rios Anhebú, Grande, Pardo e Tietê (por falta de caminho por terra, que com manifesto erro, descuido ou falsidade, afirmou Pitta no No. 89, que o general Rodrigo César de Menezes mandara abrir caminho por terra por Manoel Godinho de Lara, que conseguiu o trânsito com felicidade) que até agora são seguidos em canoas sem temor do perigo das grandes cachoeiras, que tem os rios, que se navegam até o Cuyabá.
Atualizado em 30/10/2025 13:07:10 “O Vulgarisador” (RJ) ![]() Data: 1878 Página 163
• 1°. Francisco de Souza chega em São Paulo* É assaz conhecida a riqueza das minas de ferro da província de São Paulo, máxime das de Ypanema. Este canto do torrão, onde tiveram berço os Andradas, e tantos ilustres varões, poderia por si só abastecer a totalidade dos mercados do mundo de ótimo ferro, superior ao das afamadas minas suecas de Gellivara e Danemora. A fábrica de ferro de São João de Ypanema, no município de Sorocaba, data já de longos anos, remontando sua fundação aos primeiros anos do século XVII, quando o bem conhecido paulista Afonso Sardinha, entusiasmado com a extraordinária riqueza da montanha, chamada pelos colonos portugueses do ferro, e Arassoiaba pelos aborígenes, levantou naquele lugar um forno do sistema catalão para fabricar ferro. Tempos depois da instalação desse forno, o administrador geral das minas, D. Francisco de Souza, tomou conta dele por cessão e fundou ali uma povoação, á qual deu o nome de Itapebussú, cuja sede foi depois transferida para o local da atual Sorocaba, a cidade das feiras de gado muar e cavalar. A grande riqueza do Morro do Ferro pouco aproveitada foi nessas épocas; em 1629 a nascente fábrica tinha quase desaparecido, tão pouco produzia. O forno catalão foi de 1666 a 1770 substituído por um outro sistema biscainho. • 2°. Ouro Tempos depois da instalação desse forno, o administrador geral das minas, D. Francisco de Souza, tomou conta dele por cessão e fundou ali uma povoação, á qual deu o nome de Itapebussú, cuja sede foi depois transferida para o local da atual Sorocaba, a cidade das feiras de gado muar e cavalar. A grande riqueza do Morro do Ferro pouco aproveitada foi nessas épocas; em 1629 a nascente fábrica tinha quase desaparecido, tão pouco produzia. O forno catalão foi de 1666 a 1770 substituído por um outro sistema biscainho. • 3°. 1666 Tempos depois da instalação desse forno, o administrador geral das minas, D. Francisco de Souza, tomou conta dele por cessão e fundou ali uma povoação, á qual deu o nome de Itapebussú, cuja sede foi depois transferida para o local da atual Sorocaba, a cidade das feiras de gado muar e cavalar. A grande riqueza do Morro do Ferro pouco aproveitada foi nessas épocas; em 1629 a nascente fábrica tinha quase desaparecido, tão pouco produzia. O forno catalão foi de 1666 a 1770 substituído por um outro sistema biscainho. • 4°. Instruções para João Mando Pereira cumprir na viagem ás barreiras de São Paulo, devendo examinar as minas de ferro da serra de Araçoiaba, junto da vila de Sorocaba; uns "buracos" que se diz terem sido minas de prata • 5°. Ofício do governador e capitão general da capitania de São Paulo, Antônio Manuel de Melo Castro e Mendonça, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramarino, conde de Linhares, D. Rodrigo de Sousa Coutinho sobre os trabalhos de instalação da fábrica de ferro das minas da cidade de Araçoiaba • 6°. A fábrica foi dissolvida por ordem do Governo e remetidos grande parte do pessoal e material para a província de Mato Grosso onde deveria ser estabelecida uma nova, dirigida pelo engenheiro Rodolpho Wanheldt. Este projeto do Governo não chegou a realizar-se, extraviando-se todo o material e coleções de minerais do museu que havia na fábrica. ignora-se até hoje (14/01/1886) os destinos que tiveram tais objetos • 7°. Quando o Brasil sustentava uma guerra com a República do Paraguai, foi encarregado da reorganização da fábrica o cap. de engenheiros Dr. Joaquim de Souza Mursa. O ministério da guerra, debaixo de cujas ordens estava o estabelecimento, marcou a produção diária de três toneladas de ferro fundido cinzento e uma tonelada de ferro batido
Atualizado em 31/10/2025 07:57:30 História da Revolução Liberal de 1842, José Antônio Marinho
• 1°. Caminho Eu tive a ventura de ter tido na alvorada da vida um mentor venerável, um mestre ilustrado e probo, um meu patente e amigo, o finado conselheiro Sr. Martim Francisco Ribeiro de Andrada; dele recebi as primeiras ideias de política e moral, que depois se arraigaram no meu espírito com a leitura e estudo próprio. Desde então aprendi que o homem tinha qualidades que o separavam inteiramente da bruta animalidade, que lhe constituíam uma natureza moral que não pertencia ao mundo animal, puramente físico, que a espontaneidade e a consciência, que os outros animais não possuíam lhe criavam direitos e deveres anteriores aos governos, que só foram inventados para segurar-lhes o gozo. • 2°. Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857) enviou a Martim Francisco Ribeiro de Andrada (1775-1844), pela Tesouraria de São Paulo, 1.060$000 • 3°. Formação do segundo gabinete (conservador) ministerial (Segundo Reinado) • 4°. Nomeação do Gabinete Conservador • 5°. A Comissão de Verificação proclamou a legitimidade dos diplomas dos deputados eleitos Iniciou-se o ano de 1842, e a expectativa dos liberais era a posse dos parlamentares eleitos, ainda durante o Gabinete da Maioridade e cuja maioria seria liberal. Começaram os trabalhos preparatórios, Martim Francisco foi eleito presidente da Câmara, e o Cônego Marinho, secretário da Mesa. Em 29 de abril de 1842, a Comissão de Verificação proclamou a legitimidade dos diplomas dos deputados eleitos. A informação foi oficiada ao governo, e o dia 3 de maio foi marcado para a abertura solene das câmaras. • 6°. Abertura solene das câmaras Iniciou-se o ano de 1842, e a expectativa dos liberais era a posse dos parlamentares eleitos, ainda durante o Gabinete da Maioridade e cuja maioria seria liberal. Começaram os trabalhos preparatórios, Martim Francisco foi eleito presidente da Câmara, e o Cônego Marinho, secretário da Mesa. Em 29 de abril de 1842, a Comissão de Verificação proclamou a legitimidade dos diplomas dos deputados eleitos. A informação foi oficiada ao governo, e o dia 3 de maio foi marcado para a abertura solene das câmaras. • 7°. Começa a rebelião dos liberais de São Paulo • 8°. Câmara de Sorocaba recusou-se a empossar as autoridades nomeadas Era em Sorocaba que o exaltamento tinha requintado; porqueos governistas, desesperados por haverem sido deslocados nas passadas eleições, querendo impor a maioria, se haviam reunido armados, por duas noites, blasonando que se achavam armados e prontospara obrigar a Câmara Municipal a dar posse aos novos empregados;e para isto chamavam em seu apoio os adotivos e papeletas, ameaçando aos naturais de fazerem neles um exemplo para os vindouros. No dia 10 de maio, apresentou-se o juiz de direito, para dar posse às novas autoridades, sendo disso dispensada a Câmara Municipal; conferenciando, porém, com os juízes de paz, convenceu-se de que não lhe era possível quitar-se dessa comissão sem grave alteração no sossego público, e desistiu ou adiou o empenho em que viera. • 9°. Em 12 de maio, movimentaram-se os paulistas • 10°. Sorocaba declara guerra contra o Imperador • 11°. Em 6 de junho, os legalistas tomaram Campinas Em 6 de junho, os legalistas tomaram Campinas e venceram, dois dias depois, os rebeldes em Venda Grande. Sitiado em Sorocaba, abandonado pelos principais líderes revolucionários que fugiram da cidade, o padre Feijó, ao saber da aproximação das tropas imperiais, escreveu ao barão de Caxias propondo uma solução “honrosa para S.M.I. e à província”. Iniciou com estas palavras: “Quem diria que em qualquer tempo o Sr. Luis Alves de Lima seria obrigado a combater o padre Feijó? Tais são as cousas deste mundo. Em verdade o vilipêndio que o governo tem feito aos Paulistas e as leis anti-constitucionais da nossa assembléia, me obrigaram a parecer sedioso.” Caxias respondeu firme, exigindo pronta rendição dos revoltosos. “Respondo a V. Excia. pelas mesmas palavras de sua carta hoje recebida. Direi: Quando pensaria eu em algum tempo que teria de usar da força para chamar à ordem o Dr. Diogo Antônio Feijó? Tais as cousas do mundo! As ordens que recebi de S. M. O Imperador são em tudo semelhantes às que me deu o Ministro da Justiça em nome da Regência, nos dias 3 e 17 de abril de 1832, isto é, que levasse a ferro e fogo todos os grupos armados que encontrasse, e da mesma maneira que então as cumpri, as cumprirei agora. Não é com armas na mão, Exmo. Sr., que se dirigem súplicas ao monarca, e nem com elas empunhadas admitirei a menor das condições que V. Excia. propõe na referida carta.” • 12°. Carta do Barão de Monte Alegre ao Barão de Caxias Em 6 de junho, os legalistas tomaram Campinas e venceram, dois dias depois, os rebeldes em Venda Grande. Sitiado em Sorocaba, abandonado pelos principais líderes revolucionários que fugiram da cidade, o padre Feijó, ao saber da aproximação das tropas imperiais, escreveu ao barão de Caxias propondo uma solução “honrosa para S.M.I. e à província”. • 13°. Caxias escreve ao Imperador do Quartel general do exército pacificador na cidade de Sorocaba, 20 de junho de 1842 Assim, no dia 20 de junho, estava o general da legalidade na casa da presidência interina, e o honrado e dedicado senador Feijó, metido em uma caleça, caminhava, guardado por numerosa escolta, para a Cidade de São Paulo, levando sobre o semblante os traços de uma alma impassível na desgraça, e os sinais de uma consciência tranquila, pela convicção de haver fielmente preenchido o seu dever. Rafael Tobias caminhava ainda para Itapetininga, quando teve notícia do ocorrido em Sorocaba, e conhecendo a extensão dos perigos que o ameaçavam, tratou de refugiar-se, não podendo, todavia, escapar à política da traição, de que se ele queixa em seu manifesto. Assim, estava vencido, e com tão pouco custo pela parte da legalidade, aquele movimento, filho do entusiasmo, mas tão infelizmente dirigido. • 14°. Caxias entrou em Sorocaba Em 21 de junho, Caxias entrou em Sorocaba, capital dos revolucionários. Rafael Tobias, ao ver-se vencido, fugiu e foi preso em Vacaria, quando tentava se unir aos revolucionários do Rio Grande. Foi processado e preso na Fortaleza da Lage até a anistia de 1844. No mesmo dia, acompanhado de seu ajudante de ordens, dirigiu-se o próprio barão de Caxias à casa de Feijó e, respeitosamente, o levou preso. • 15°. Tobias é levado para a Fortaleza da Lage no Rio de Janeiro
Atualizado em 31/10/2025 11:43:12 Dr. Martim Francisco Ribeiro de Andrada, nomeado em 1801 inspetor das minas e matas da Capitania de São Paulo ![]() Data: 1998 Página 62
• 1°. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo 1998
Atualizado em 31/10/2025 07:57:31 Real Fábrica de Ferro S. João do Ipanema
• 1°. Ofícios N.º 2 e N.º 3 do governador e capitão-general da capitania de São Paulo, D. Luís Antonio de Sousa Botelho Mourão, Morgado de Matheus, para o ministro e secretário de estado dos negócios do reino, Sebastião José de Carvalho e Melo, Conde de Oeiras, sobre a fábrica de ferro de Sorocaba
Atualizado em 31/10/2025 11:43:13 Carta Régia nomeando o bacharel Francisco Ribeiro de Andrade Machado da Silva e Araújo diretor das minas da capitania de São Paulo, visto ter sido já encarregado das minas de ferro de Sorocaba, e das pesquisas de outros metais, pelos seus conhecimentos de química e mineralogia
Atualizado em 31/10/2025 11:43:14 Motim na cidade de São Paulo ficou conhecido como “bernarda” de Francisco Inácio
Atualizado em 31/10/2025 11:43:15 Espancamento de Davi Pamplona Corte Real
Atualizado em 30/10/2025 19:12:37 Publicação Oficial de Documentos Interessantes para a História e Costumes de São Paulo. Vol. II ![]() Data: 1894 01/01/1894
• 1°. 81.ª Sessão do Governo Provisório de São Paulo
Atualizado em 31/10/2025 17:19:57 Segunda jornada de Sorocaba para o morro a observar os arredores dele do lado do sul
Atualizado em 31/10/2025 11:05:36 81.ª Sessão do Governo Provisório de São Paulo ![]() Data: 1894 01/01/1894
Atualizado em 31/10/2025 11:05:36 Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857) enviou a Martim Francisco Ribeiro de Andrada (1775-1844), pela Tesouraria de São Paulo, 1.060$000 ![]() Data: 1925 Créditos: Oscar Pereira da Silva - José Rosael/Hélio Nobre/Museu Paulista da USP (**)
• 1°. Memória Histórica de Sorocaba VI. Luís Castanho de Almeida (1904-1981) 1970 Sorocaba contribuiu diretamente para a Independência mediante os esforços do coronel Rafael Tobias de Aguiar, administrador do Registro de Animais de Sorocaba. Em 2 de janeiro de 1822 enviou a Martim Francisco, pela Tesouraria de São Paulo, 1.060$000, fruto de subscrição entre amigos, e convenceu cêrca de 70 jovens a seguirem voluntários para São Paulo, donde, penso que, incorporados ao batalhão do cel. Lázaro Gonçalves, partiram para o Rio, colaborando na expulsão das tropas portuguêsas. A crônica aumentou 20 vêzes o dinheiro e fêz uma companhia de voluntários, mas tudo vagamente, ao passo que a remessa de 1.060$000 consta em autógrafo no Arquivo Público e existe no Gabinete de Leitura local, uma lista de voluntários, embora sem data. Por sinal que há um "respice" do Govêrno Provisório à Câmara que desejava não partisse um cidadão. Donde se vê que êsse voluntariado é mais ou menos recrutamento forçado, sem o qual não havia tropa de linha. Tobias ajudou também a compor melhor o Palácio do Govêrno para a vinda do Príncipe. ver mais • 2°. História da Revolução Liberal de 1842, José Antônio Marinho 2015
Atualizado em 31/10/2025 17:19:57 José Bonifácio partiu para a Estremadura com seu irmão Martim Francisco Ribeiro de Andrada e com Carlos Antônio Napion*
Atualizado em 31/10/2025 17:19:58 Jornada para o Paiol, e Lambari, no caminho de Sorocaba para Itapetininga
Atualizado em 31/10/2025 16:48:53 Relatório ![]() Data: 1998 Página 63
• 1°. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo 1998 É mais plausível, portanto, a afirmativa de Vergueiro, que adotamos, de que a visita do Dr. Martim Afonso a Ypanema foi posterior á missão de João Manço, e que todos os atos deste somente foi aprovado por aquele a escolha do local para o açude e para a Fábrica. E se uma prova complementar fosse necessária, ai estaria o Jornal da Viagem referente a 1803, em que o sábio acusado declara, na data de 23 de fevereiro: "Ocupei o dia em fundir a amostra da mina de ferro de Araraçoiava e obtive acima de 60 por 100 em ferro coado.". Parece, portanto, liquidado este ponto, secundário aliás, de nossa História industrial. Ao passo que em São Paulo se ensaiavam a produzir ferro em Ypanema, as tentativas em Minas já tinham transposto a primeira fase de incertezas. A ordem para guardar sigilo e não alargar o âmbito das experiências, dada por D. Rodrigo José de Menezes, não tinha podido ser observada á risca, em uma capitania onde numerosíssimos eram os escravizados vindos da África, metalurgistas natos como bem fazem notar os etnólogos, e dos que alguns eram empregados em pequenas ferrarias onde o preparo de metal acessoriamente podia ser feito. O testemunho autorizado de D. Luiz Antonio de Sousa mostra não importante foi o concurso do Negro para o funcionamento da fábrica de Araçoyaba, em 1765-1775. O mesmo fato notou-se em Minas, e é referido pelo Barão de Eschwege. Graças ao auxílio desses humilimos operários, podiam ser fabricados pelos fazendeiros alguns objetos de ferro para uso próprio, e parece ter tido algum desenvolvimento esta industria após a Carta Régia de 1795, pois em 1803 mostraram ao autor do Pluto em Lisboa tesouras e facas remetidas pelo Governador da Capitania. Atribui aquele geólogo a dois escravizados, um pertencente ao Capitão Antonio Ales (de Antonio Pereira, junto a Ouro Preto) e o outro do Capitão Durães (de Inficionado), a iniciativa dessas fábricas rudimentares. Além desses elementos de convicção e o desenvolvimento da siderúrgica Mineira, e é a correspondência governo com o Conde de Palma. ver mais
Atualizado em 31/10/2025 11:05:29 Fica organizado neste dia o ministério chamado da Maioridade (Liberal) ![]() Data: 1877 01/01/1877
Atualizado em 31/10/2025 23:02:30 Martim Francisco deixa o Ministério da Fazenda
Atualizado em 31/10/2025 11:05:32 Antônio Carlos e Martim Francisco são autorizados a regressar ao Brasil ![]() Data: 1925 Créditos: Oscar Pereira da Silva - José Rosael/Hélio Nobre/Museu Paulista da USP (**) Sobre o Brasilbook.com.br |