jesus
Selecionar ano ANDREA! ANO: Exibir antigas Eventos: 736 \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\t220\sting22.txt
O LUGAR DA CIDADE: mito fundador e espaço de relações de força. ROSÂNGELA WOSIACK ZULIAN, consultado em 24.11.2022 2022. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (3): Açúcar, Santa Ana, Senzalas • 1. Papa Gregório XIII fixou a data da festa de Sant´Ana em 26 de Julho, e o Papa Leão XIII 26 de julho de 1584 No Brasil português a dilatação da fé não foi apenas tarefa da Igreja, mas também da família aristocrática e patriarcal. Nela, o senhor, sempre ocupado em tarefas externas, pouco se interessava pela religião, passando à mulher branca, a “dona da casa”, esse papel. Imagem dessa função atribuída à mulher branca é a de Sant’Ana, que se encontra frequentemente nos engenhos e nas fazendas. Sant’Ana pode ser vista como o símbolo da casa grande ensinando o catecismo ao pessoal da senzala (HOORNAERT et al, 1992: 370).
O Reconhecimento do Império do Brasil na África - Fonte: Brazil Imperial - Facebook 18 de Setembro de 2022, domingo. Atualizado em 24/08/2025 07:47:11 Relacionamentos • Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ • Pessoas (3) Ghezo, Henry Chamberlain, Manuel Alves de Lima • Temas (2): África, Ordem de Cristo ![]() • 1. Carta de Manuel Alves de Lima ao Imperador D. Pedro I 1823
Galeriaderacistas.com.br, consultado em 15.09.2022 15 de Setembro de 2022, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:39:30 Relacionamentos • Cidades (4): Curitiba/PR, São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Antonina/PR • Pessoas (2) André Fernandes (1578-1641), Antonio Pedroso de Barros (1610-1652) • Temas (2): Ouro, Pelourinhos
Publicação da “A Terra de Santa Cruz” (Facebook) 19 de agosto de 2022, sexta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (3): Coimbra/POR, Lisboa/POR, Salvador/BA • Pessoas (1) Sebastião da Rocha Pita (1660-1738) • Temas (8): Descobrimento do Brazil, Faculdades e universidades, Gentios, Jesuítas, Ordem de Cristo, Pela primeira vez, Quilombos, Rio da Prata
Ê, camarás! De marginais a heróis. Fonte: saopaulo.sp.leg.br 3 de agosto de 2022, quarta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:34:27 Relacionamentos • Cidades (1): São Paulo/SP • Pessoas (1) Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857) • Temas (1): Leis, decretos e emendas
História de Cotia - Sepultamentos na Cotia Colonial, Antonio Melo, 13.04.2022 13 de abril de 2022, quarta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (2): Cotia/Vargem Grande/SP, Sorocaba/SP • Temas (3): Cemitérios, Epidemias e pandemias, Estradas antigas
Emancipation 2 de fevereiro de 2022, quarta-feira. Atualizado em 09/04/2025 22:11:09 Relacionamentos • Temas (1): Cinema
Casarão de Afonso Sardinha. Joice Rodrigues, em "Até Amanhecer" (857.000) 580.714 14 de janeiro de 2022, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:40:51 Relacionamentos • Cidades (2): São Paulo/SP, São Vicente/SP • Pessoas (3) Índia Tupinambá, Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Maria Gonçalves "Sardinha" (n.1541) • Temas (12): Açúcar, Angola, Café, Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Cemitérios, Farinha e mandioca, Guaranis, Metalurgia e siderurgia, Ouro, Senzalas, Serra de Jaraguá • 1. Afonso Sardinha (45 anos) adquiriu uma grande fazenda em São Paulo (o nas serras de Iguamimbaba, que agora se chama Mantaguyra, na de Jaraguá, termo de S. Paulo, na de Vuturuna (São Roque), na de “Hybiraçoyaba (Sorocaba)” 1580
Guia Politicamente II: 2° temporada, 3° episódio. History Channel, direção de Matheus Ruas 2022. Atualizado em 26/10/2025 00:02:06 Relacionamentos • Pessoas (7) Princesa Isabel (1846-1921), Joaquim Nabuco (1849-1910), Napoleão Bonaparte (1769-1821), José do Patrocínio (1853-1905), Luís Gonzaga Pinto da Gama (1830-1882), João Alfredo Correia de Oliveira (1835-1919), Dom Pedro II (1825-1891) • Temas (5): Comunismo & Socialismo, Dinheiro$, Ferrovias, Leis, decretos e emendas, Aruaks • 1. Última Fala do Trono, discurso proferido por Dom Pedro II, na abertura dos trabalhos do Parlamento 3 de maio de 1889
NEGROS, CRIOULOS E MESTIÇADOS NA SOCIEDADE CHARQUENHA: COMÉRCIO DE ESCRAVOS, LIBERDADES E MOBILIDADES SOCIAIS EM LA PLATA (SUCRE), NOS SÉCULOS XVI E XVII 2022. Atualizado em 25/07/2025 06:56:35 Relacionamentos • Cidades (1): Potosí/BOL • Pessoas (1) João Rodrigues Coutinho • Temas (1): Peru • 1. Contrato assinado 26 de março de 1601
A Ascensão do Império Otomano 2022. Atualizado em 12/04/2025 23:54:46 Relacionamentos • Cidades (1): Constantinopla/TUR • Pessoas (1) Maomé II, o Conquistador (1432-1481) • Temas (9): Astronomia, Cristãos, Descobrimento do Brazil, Dinheiro$, Metalurgia e siderurgia, Música, Papas e o Vaticano, Pela primeira vez, Pólvora • 1. Ex-escravos cristãos formam o exército dos Janissários 1300 Os guerreiros mais temidos do grande exército de Maomé segundo eram os janissários: ex- escravos cristãos, levados quando crianças, convertidos ao islamismo e treinados para serem as forças especiais do sultão. Nos anos 1300 esses reféns se tornam o exército permanente que nunca se separou sempre prontos para lutar foi o primeiro exército permanente da Europa um fato inusitado e ele se tornaram o Pilar desse império.
Dicionário da Independência. T1: E13: "Letra M", History Channel. Eduardo Bueno fala sobre a definição de museu nos tempos da independência 2022. Atualizado em 21/03/2025 04:43:41 Relacionamentos • Cidades (1): São Paulo/SP • Pessoas (3) Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Dom Pedro I (1798-1834), Dom Pedro II (1825-1891)
Atualizado em 29/10/2025 02:07:09 Qual é a diferença entre canibal e antropófago? Por Denisson Antunes Soares, megacurioso.com.br
• 1°. Diário de Colombo* Imaginário popular Foi a descoberta das Américas, em especial, as viagens de Colombo para as Índias Ocidentais, que forneceu ao imaginário popular europeu relatos de antropofagia como nunca antes. Colombo chegou a escrever em seu diário de viagens os encontros com “canibais” no continente americano. Em um deles, o navegador escreve que “há homens com um olho e outros com focinho de cachorro que comem homens. Ao tomar um homem, eles o decapitam, bebem seu sangue e cortam seus órgãos genitais”. Em novembro de 1492, ele registrou em seu diário a palavra “canibales” pela 1ª vez. Canibais por conveniência Como tudo tem dois lados, ao desembarcar no Novo Mundo, um dos primeiros registros que Colombo fez foi descrever os indígenas como pessoas amigas e que não causavam grandes complicações, ou seja, não tinham nada de canibais, ao menos por enquanto. Porém, os espanhóis queriam achar ouro e, como não obtiveram sucesso, perceberam que a segunda melhor "posse" seriam os escravos. Quando Colombo voltou, os nativos que haviam sido considerados amigáveis se transformaram, repentinamente, em canibais. Com isso, os conquistadores não teriam desculpas para tratá-los bem: poderiam ser escravizados, serem tratados como animais ou terem suas terras tomadas, por exemplo. Isso aconteceu em vários momentos durante o período das grandes navegações. Dar ao nativo a classificação de antropofagista ou acusá-lo de praticar rituais de canibalismo, mesmo que não fizessem isso, era uma excelente ferramenta para desumanizar essas pessoas. • 2°. Sobreviventes do acidentes nos Andes iniciam a caminhada rumo a Caricó (60km em 10 dias)
Descobertas do passado. Fonte: revistapesquisa.fapesp.br 1 de dezembro de 2021, quarta-feira. Atualizado em 29/10/2025 02:54:37 Relacionamentos • Cidades (3): São Paulo/SP, Florianópolis/SC, Itu/SP • Pessoas (1) 1° marquês de Pombal (1699-1782) • Temas (7): Estatísticas, Habitantes, Cemitérios, Papas e o Vaticano, Rio da Prata, Roda dos Expostos, Leis, decretos e emendas • 1. Carta de lei do príncipe regente, depois rei dom Pedro II, abolindo a escravidão dos índios 1 de abril de 1680 Em relação à escravidão indígena, Bacellar, da USP, observa que embora ela tenha sido teoricamente abolida no Brasil em 1680, a documentação histórica comprova que continuou sendo praticada disfarçadamente. “As listas mostram as pessoas de cada domicílio que eram administradas pelo mesmo senhor, o que era um eufemismo para designar a escravidão. A partir da lista de habitantes de 1765, já não se encontram muitos indígenas descritos como administrados. Porém eles passaram a ser incluídos nos domicílios sob a descrição de pardos, que também era categoria adotada para se referir aos mestiços afrodescendentes”, destaca Bacellar, ao citar resultado de pesquisa em desenvolvimento desde 2014.
• 2. Primeiro censo 1765 Pesquisas desenvolvidas a partir de estatísticas históricas da população, listas nominativas de habitantes e registros paroquiais têm trazido à tona características pouco conhecidas da sociedade brasileira durante o período colonial (1500-1822). A existência de um grande número de domicílios chefiados por mulheres e de crianças geradas fora de casamentos legitimados pelo catolicismo são alguns dos aspectos revelados em estudos recentes, que se debruçam sobre fontes produzidas pela Coroa portuguesa e a Igreja. As listas nominativas de habitantes para São Paulo são as únicas das antigas colônias portuguesas integralmente preservadas, envolvendo o período de 1765 a 1836. Com estudos sobre essa documentação elaborados desde o final da década de 1980, a historiadora Ana Silvia Volpi Scott, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) e do Núcleo de Estudos de População Elza Berquó, da Universidade Estadual de Campinas (Nepo-Unicamp), conta que Portugal fez sua primeira contagem populacional no começo do século XVI. No século XVIII, passou a computar também a população de colônias na África e nas Américas, com a finalidade de melhorar o controle sobre seus territórios. Como parte desse esforço, entre 1765 e 1836 foram produzidas, anualmente, listas nominativas, como eram denominados os documentos com a contagem populacional de regiões específicas do país antes do primeiro censo nacional, em 1872. No caso da capitania de São Paulo, as listas passaram a registrar o número de indivíduos de cada uma das vilas, identificando as unidades domiciliares, os chefes de família e as pessoas que habitavam o mesmo local, incluindo agregados, dependentes e escravizados. Oferecem informações como nome, idade, cor, naturalidade dos indivíduos e produção de cada domicílio, contendo o tipo e a quantidade de itens cultivados. Em relação às pessoas escravizadas, as listas identificam se elas eram africanas ou nascidas no Brasil. “Por ter preservado todas as suas listas nominativas, a documentação de São Paulo constitui elemento fundamental para compreender o passado da região”, avalia Volpi Scott, ao recordar que parte delas pode ser acessada digitalmente no site do Arquivo Público do Estado de São Paulo. Volpi Scott lembra ainda que os registros paroquiais de batizado, casamento e óbito produzidos pela Igreja Católica constituem outra fonte relevante para pesquisadores interessados em compreender a estrutura da população brasileira nos períodos colonial e imperial. De acordo com ela, esses registros disseminaram-se pelo mundo católico depois do Concílio de Trento, realizado pela Igreja entre 1545 e 1563. “A partir de 1563, todas as pessoas que eram batizadas, casavam-se ou morriam passaram a ser identificadas nesses documentos, que contêm alguns dados semelhantes aos das listas nominativas, como nome, cor, naturalidade e estado civil”, detalha. O historiador Carlos de Almeida Prado Bacellar, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e coordenador do Arquivo Público do Estado de São Paulo entre 2007 e 2013, explica que Portugal fez listas nominativas e mapas populacionais para todas as suas colônias, mas grande parte da documentação não foi preservada. O material remanescente está armazenado em arquivos portugueses e brasileiros e foi parcialmente digitalizado pelo projeto Counting Colonial Populations. De acordo com Bacellar, essa documentação começou a ser elaborada a partir do século XVIII, quando a ciência estatística começava a se formar, e atendia a pressuposto da Coroa portuguesa de que governar requereria a disponibilidade de dados sobre suas populações. Em São Paulo, a primeira lista nominativa foi elaborada em 1765, época de grandes conflitos nas fronteiras do rio da Prata. “Nesse período, os espanhóis começaram a avançar por territórios portugueses e chegaram até a região em que hoje se situa Florianópolis”, explica Bacellar. Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal (1699-1782), então secretário de Estado do império português, passou a utilizar os dados das listas nominativas para dimensionar a população masculina apta a lutar em conflitos no Sul do país. Além disso, preocupado em como sustentar o esforço militar, também mapeou a produção de alimentos, informação captada pelas listas populacionais. Mais tarde, dona Maria I (1734-1816), rainha de Portugal, valeu-se de informações das listas nominativas para levantar as riquezas da população e compreender como eram utilizadas as propriedades agrícolas. “Foi a forma encontrada pela realeza de identificar novas atividades econômicas para compensar o declínio da exploração de ouro na região de Minas Gerais”, diz. Segundo Bacellar, a partir de então, a estatística tornou-se fundamental para a definição de políticas públicas no Brasil. “Antes disso, os governantes não sabiam ao certo quantos homens podiam ser efetivamente convocados para estratégias de combate ou defesa do território”, afirma.Ao analisar essa documentação em projetos de pesquisa realizados desde o ano 2000, Volpi Scott constatou que no período colonial, em algumas partes do território brasileiro, cerca de 20% dos domicílios eram chefiados por mulheres. “É um dado surpreendente, que mostra como as mulheres desempenhavam certo protagonismo na sociedade daquele tempo”, avalia. Sobre o papel da mulher no período colonial, Bacellar, da USP, explica que as listas indicam que, quando o chefe de família morria, a viúva costumava assumir essa posição. A prática era distinta do panorama europeu. Lá, de modo geral, as mulheres não chefiavamlares, mesmo em caso de morte do marido. De acordo com ele, nessas situações, um filho, irmão ou outro parente homem do falecido assumia o comando da família. “Na sociedade colonial brasileira, a atuação das mulheres não era tão subalterna quanto a historiografia descreveu até meados da década de 1960. Estudos recentes das listas nominativas permitiram requalificar e valorizar o papel feminino.”Outra informação trabalhada nas pesquisas de Volpi Scott diz respeito às crianças geradas fora de casamentos legitimados pela Igreja Católica. Nesse sentido, ela menciona estudo pioneiro realizado na década de 1970 pela historiadora MariaLuiza Marcílio, da FFLCH-USP, que analisou dados coletados em registros paroquiais da cidade de São Paulo entre 1750 e 1850. A pesquisa identificou que 39 de cada 100 crianças batizadas eram filhas naturais (de pais não casados) ou foram “expostas”. O termo indica que as crianças seriam criadas por outras pessoas ou entregues à Roda dos Expostos, instituição das Santas Casas de Misericórdia que recebia indivíduos abandonados pela família. Ao trabalhar com documentação equivalente, referente à área que hoje corresponde à cidade de Porto Alegre, Volpi Scott estima que, entre mulheres livres, 70% das criançaseram provenientes de casamentos legitimados pela Igreja no período colonial. Entre as escravizadas eram menos de 20%. “Isso indica que, de modo geral, o acesso de escravizados ao casamento legitimado era difícil”, observa. A formalização do casamento pela Igreja Católica era conveniente aos cativos, por evitar, em muitos casos, a separação de casais.Na tese de doutorado “Livres e escravos: População e mortalidade na Madre de Deus de Porto Alegre (1772-1872)”, defendida no Programa de Pós-graduação em Demografia na Unicamp em 2020, o matemático Dario Scott, casado com Ana Silvia Volpi Scott, também trabalhou com dados da região que hoje corresponde a Porto Alegre. Cruzando informações de estatísticas de população, listas nominais elaboradas por padres de cada paróquia na época da Páscoa para controlar o cumprimento da obrigação dos católicos de se confessar e comungar pelo menos uma vez por ano e outros registros paroquiais, ele analisou a mortalidade da população entre 1772 e 1872. A pesquisa mostrou que, em 1779, a região contava com 1.429 habitantes, sendo 917 pessoas livres e 512 escravizadas. Em 1872, eram 8.284 indivíduos, 6.936 deles livres e 1.348 escravizados. “O estudo revelou que doenças transmitidas por vias aéreas tinham o mesmo impacto entre pessoas livres e escravizadas, mas enfermidades transmitidas pela água ou alimentação causavam mais mortes entre os escravizados”, informa, ao mencionar que os registros paroquiais de diversas localidades do Brasil estão disponíveis em acervo digital criado pela Igreja Mórmon (ver Pesquisa FAPESP nº 244). Ao estudar a expectativa média de vida ao nascer a partir do final do século XVIII, ele constatou que, entre homens livres, ela era de 19,1 anos, entre 1772 e 1782, e de 30,3 anos, entre 1859 e 1872. Entre homens escravizados, era de 17,1 e passou a ser de 24,4 anos, respectivamente e nos mesmos intervalos temporais. Já a expectativa de vida das mulhereslivres era de 26,6 anos de 1772 a 1782 e de 34,8 anos de 1859 a 1872, enquanto a das escravizadas era de 21,5 e 28,4 anos, respectivamente e nos mesmos intervalos temporais. Segundo Scott, a baixa expectativa de vida se relacionava com contextos sanitários precários, elementos que favoreciam a proliferação de doenças e recorrentes epidemias. No caso dos escravizados, a situação era mais grave por conta de suas piores condições de vida e trabalho. Em relação à escravidão indígena, Bacellar, da USP, observa que embora ela tenha sido teoricamente abolida no Brasil em 1680, a documentação histórica comprova que continuou sendo praticada disfarçadamente. “As listas mostram as pessoas de cada domicílio que eram administradas pelo mesmo senhor, o que era um eufemismo para designar a escravidão. A partir da lista de habitantes de 1765, já não se encontram muitos indígenas descritos como administrados. Porém eles passaram a ser incluídos nos domicílios sob a descrição de pardos, que também era categoria adotada para se referir aos mestiços afrodescendentes”, destaca Bacellar, ao citar resultado de pesquisa em desenvolvimento desde 2014.
• 3. Promulgada a Lei do Ventre Livre 28 de setembro de 1871 Cruzando listas nominativas de Minas Gerais com listagens de matrículas de escravizados – instituídas pela Lei do Ventre Livre, em 1870, como parte dos esforços para controlar o cumprimento da legislação –, Carrara constatou que, em 1872, 17% da população escravizada de Minas Gerais vivia em três cidades na porção sul dessa região: Juiz de Fora, Leopoldina e Mar de Espanha. “Cerca de 60% da população do atual município de Argirita, naquela época distrito de Leopoldina, por exemplo, era composta por escravizados, que trabalhavam nas lavouras para grandes proprietários de terra, que demonstraram forte resistência à Abolição”, diz. Tal característica demográfica deixou marcas na região, observa. “Há 40 anos, algumas praças dessas cidades ainda eram destinadas exclusivamente às pessoas brancas.” E prossegue: “Esses dados demográficos permitem entender por que nesses municípios a discriminação racial se reflete na existência de bairros onde predominam pessoas negras e em outros brancas”. Por outro lado, em cidades como Viçosa e Rio Pomba, a média da população escravizada não ultrapassava 20% do total. Segundo ele, nessa área, mesmo pequenas e médias lavouras contavam com escravizados, mas os proprietários tinham de trabalhar com eles no campo, para dar conta de todas as tarefas, diferentemente da situação de grandes proprietários rurais que dispunham de muitas pessoas escravizadas, responsáveis por realizar todo o trabalho braçal. “Como reflexo dessa característica histórica, nessas cidades a segregação geográfica entre negros e brancos em diferentes bairros é menos acentuada do que a identificada na Zona da Mata sul”, finaliza.
Circuito Quilombola 12 de novembro de 2021, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:37:34 Relacionamentos • Cidades (4): Cananéia/SP, Jacupiranga/SP, Registro/SP, Curitiba/PR • Pessoas (1) Pedro Cubas (1538-1628) • Temas (6): Quilombos, Geografia e Mapas, Ouro, Estradas antigas, Caminho até Cananéa, Caminho do Mar ![]() • 1. Bandeirantes exterminam os índios caaguaras após uma impiedosa caçada para escraviza-los 2021
Estrada Real - Brasil - Facebook 27 de agosto de 2021, sexta-feira. Atualizado em 15/09/2025 06:09:42 Relacionamentos • Cidades (2): Sabará/MG, Salvador/BA • Temas (7): Estrada Real, Estradas antigas, Gados, Geografia e Mapas, Ouro, Rio das Contas, Rio São Francisco ![]()
• Novas Cartas Jesuíticas (De Nóbrega a Vieira) 1 de janeiro de 1940, segunda-feira
Fogo em Borba Gato reacende debate sobre o que fazer com monumentos contestados, vejasp.abril.com.br 30 de julho de 2021, sexta-feira. Atualizado em 26/10/2025 03:08:41 Relacionamentos • Cidades (3): Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Manuel de Borba Gato (1649-1718) • Temas (2): Assassinatos, Estátuas, marcos e monumentos ![]()
A Visita do Arquiduque Maximiliano da Áustria ao Brasil. Fonte: Brasil Imperial, em Facebook 6 de julho de 2021, terça-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (2): Petrópolis/RJ, Rio de Janeiro/RJ • Pessoas (5) Maximiliano de Habsburgo-Lorena (1832-1867), Dom Pedro II (1825-1891), Condessa de Barral (1816-1891), Princesa Isabel (53 anos), Leopoldina de Bragança (1847-1871)
Reconstrução deu esperanças de igualdade para população negra dos EUA. Por que não deu certo? Por ERIN BLAKEMORE. nationalgeographicbrasil.com 23 de fevereiro de 2021, terça-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Pessoas (1) Abraham Lincoln (1809-1865) • Temas (4): Leis, decretos e emendas, Estatísticas, Pela primeira vez, Mulas • 1. Thomas Mundy Peterson de Perth Amboy, Nova Jersey, tornou-se o primeiro afro-americano a votar em uma eleição de acordo com as disposições recém-promulgadas da 15ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos 31 de março de 1870 • 2. O poder legislativo totalmente branco de Mississippi promulgou uma série de leis draconianas, chamadas de Códigos Negros (Black Codes, em inglês) fevereiro de 2021 • 3. Congresso americano aprova a 13ª Emenda, abolindo a escravidão 23 de fevereiro de 2021 • 4. O presidente republicano proclamou que se oferecia para restabelecer os antigos estados confederados fevereiro de 2021
History Channel - Abraham Lincoln T1:E3 2021. Atualizado em 22/04/2025 02:32:48 Relacionamentos • Pessoas (1) Abraham Lincoln (1809-1865)
O BRASIL EM BUSCA DO VIL METAL - EDUARDO BUENO 12 de agosto de 2020, quarta-feira. Atualizado em 31/10/2025 05:27:59 Relacionamentos • Cidades (8): Guaratinguetá/SP, Itaquaquecetuba/SP, Mariana/MG, Paraty/RJ, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP • Pessoas (6) André João Antonil (1649-1716), Artur de Sá e Meneses (f.1709), João V, O Magnânimo (1689-1750), Manuel de Borba Gato (1649-1718), Rodrigo de Castelo Branco, Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855) • Temas (6): Caminho Novo, Estrada Real, Estradas antigas, Ouro, Rio das Velhas, Via Dutra
Pedro Álvares Cabral ganhou R$ 5 milhões para chefiar sua expedição. Por Alexandre Versignassi Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti 1 de maio de 2020, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:25:34 Relacionamentos • Cidades (8): Amsterdam/HOL, Lisboa/POR, Montes Claros/MG, Porto Seguro/BA, Recife/PE, São Paulo/SP, Roma/ITA, Constantinopla/TUR • Pessoas (4) Bartolomeu Dias (1450-1500), Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Vasco da Gama (1469-1524), Bartolomeu Marchionni • Temas (9): Companhia Unida Holandesa das Índias Orientais, Dinheiro$, Estatísticas, Curiosidades, Marinha, Ouro, Descobrimento do Brazil, Fortes/Fortalezas, Pau-Brasil
O mistério da Casa dos Padres, que assombrou gerações em Sorocaba e Votorantim 30 de março de 2020, segunda-feira. Atualizado em 29/10/2025 02:07:09 Relacionamentos • Cidades (2): Sorocaba/SP, Votorantim/SP • Pessoas (3) Balthazar Fernandes (1577-1670), Baronesa de Sorocaba (1792-1857), José Joaquim de Camargo • Temas (8): Cemitérios, Cachoeiras, Casa dos Padres, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Família Saker, Beneditinos, Conventos, Rio Sorocaba
Laelso Rodrigues completa 91 anos. Barbosa Nunes, Grão-Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do Brasil, redecolmeia.com.br 30 de março de 2020, segunda-feira. Atualizado em 29/10/2025 02:07:09 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (2) Laelso Rodrigues (n.1932), Ubaldino do Amaral Fontoura (1843-1920) • 1. Ubaldino do Amaral convoca os líderes sorocabanos à libertarem os filhos de escravizados 15 de abril de 1870 • 2. Por que Rui Barbosa mandou queimar os documentos da escravidão? Consulta em Ciência Hoje das Crianças, chc.org.br 5 de agosto de 2024
O Casarão “Quinzinho de Barros” e o espaço museológico como principal artefato de seu acervo. Tami Coelho Ocar 2020. Atualizado em 23/10/2025 17:29:26 Relacionamentos • Cidades (4): Araçariguama/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (4) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Balthazar Fernandes (1577-1670), Clemente Álvares (1569-1641), João de Almeida Pedroso (1740-1850) • Temas (5): Caminho do Peabiru, Fazenda Ipanema, Rio Ypanema, Rio Paranapanema, Ouro • 1. Escravizados de João de Almeida Pedroso constroem o Casarão do atual zoológico Quinzinho de Barros com ouro do Paranapanema 1780 Devido ao fato do local ser passagem sobretudo de bandeirantes, no entorno logo se formou o povoado de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba. Em 1660 Balthazar Fernandes garantiu a fundação do mesmo com a construção de uma capela, a qual doou aos monges beneditinos no ano seguinte, sob promessa de que os mesmos garantiriam a educação local. O povoado de Nossa Senhora da Ponte logo se tornou ponto de paradas e comércio de bandeirantes, adquirindo uma estrutura urbana, administrativa, ideológica e política que garantiu a formação da atual cidade de Sorocaba (CELLI, 2012, p. 49-53). Nesse contexto, a casa da família de Quinzinho de Barros foi construída na década de 1780, pelos escravos de João de Almeida Pedroso, “o ruivo”. Natural de São Paulo, casou-se em Araçariguama – atual cidade pertencente à Região Metropolitana de Sorocaba, que à época era termo de Parnahyba – com D. Gertrudes Ribeiro, cujo pai era natural justamente de Parnahyba (LEME, 1870, p. 34; CAMPOS JR, 1938, p. 143). (...) O Casarão do Quinzinho de Barros e a sua importância arquitetônica e histórica como espaço de memória Nesta seção serão descritos os resultados do trabalho. Como foi dito, a sede do atual Museu Histórico Sorocabano, foi construída em 1780. Sua construção, portanto, é considerada tardia, mas ela manteve os principais traços de uma casa bandeirista, listados por Saia: planta assentada à meia altura da paisagem e dividida em três faixas, construção de taipa (paredes externas: taipa de pilão; internas: taipa de mão), alpendre ladeado por dois cômodos e telhado de quatro águas.
Comércio de escravizados explica o caminho do óleo até as praias do Nordeste 10 de novembro de 2019, domingo. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 ![]()
Jundiahy teve cemitérios diferentes de acordo com a cor de pele, por Edu Cerioni e Equipe, jundiaqui.com.br 31 de outubro de 2019, quinta-feira. Atualizado em 27/10/2025 22:01:18 Relacionamentos • Cidades (2): Campinas/SP, Jundiaí/SP • Temas (3): Cemitérios, Curiosidades, Pontes • 1. Inicio do povoamento de Jundiaí ao redor do então cruzeiro da Catedral Nossa Senhora do Desterro 1615 Desde o início do povoamento de Jundiaí, por volta de 1615, as covas eram abertas nas ruas centrais, e depois no entorno do Mosteiro São Bento (fundado em 1668), nesta época havia uma divisão de onde eram enterrados os falecidos: escravos eram enterrados no Centro, índios no Jardim Samambaia aos pés da Serra do Japi, e os acometidos de varíola chamados de bexiguentos no Anhangabaú, leprosos perto da Ponte de Campinas.
Atualizado em 29/10/2025 02:07:08 Há 131 anos, senadores aprovavam o fim da escravidão no Brasil. Por Calor Penna Brescianini, fonte: Agência Senado
• 1°. Libertados os últimos 460 escravos em Sorocaba • 2°. Lei Áurea: “A senhora acabou de redimir uma raça e perder o trono”
Eduardo Bueno em Canal Buenas Idéias, 100° episódio: “A devastação das Missões” 3 de abril de 2019, quarta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:29:25 Relacionamentos • Cidades (3): Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (12) Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Clemente Álvares (1569-1641), Eduardo Bueno, Filipe IV, “O Grande” (1605-1665), Francisco de Sousa (1540-1611), Jerônimo Pedroso de Barros, João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), João Ramalho (1486-1580), Maffeo Barberini, Papa Urbano VIII (1568-1644), Sergio Buarque de Holanda (1902-1982), Tomé de Sousa (1503-1579) • Temas (21): Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Farinha e mandioca, Guaranis, Guayrá, Jesuítas, Léguas, Leis, decretos e emendas, Mamelucos, Milho, Missões/Reduções jesuíticas, Nheengatu, O Sol, Pólvora, Rio Uruguai, Tape, Temiminós, Tordesilhas, Tupiniquim, Tupis, União Ibérica • 1. Retorno dos sertanistas maio de 1629 • 2. Padre Francisco Diaz Taño chega ao Brasil com "condenação do cativeiro dos índios" 22 de abril de 1640
Caminhos e (des)caminhos em busca de liberdade: Damásia e Benedita nos registros judiciais da vila de Castro, na segunda metade do século XIX 2019. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (2): Muriaé/MG, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Benedita • 1. Benedita possuía em torno de 30 anos. Era solteira. Não sabia ler nem escrever. Não possuía ofício especializado, possivelmente desempenhava as diversas atividade 10 de dezembro de 1861 Benedita: das escapas e acusações A outra história selecionada para discutir neste ensaio refere-se a preta Benedita, que em 1862 vivia como escrava no bairro do Socavão (vila de Castro), propriedade de Luis Carneiro Araújo. Como já mencionado anteriormente, os fatos narrados aqui ocorreram na Vila de Castro, porém, Benedita era natural de Sorocaba, Província de São Paulo. E não se sabe a exatamente quanto tempo vivia na localidade. Em 1861 Benedita possuía em torno de 30 anos. Era solteira. Não sabia ler nem escrever. Não possuía ofício especializado, possivelmente desempenhava as diversas atividade. Certamente que os trabalhos nas fazendas não eram poucos. Além das atividades com o gado e nas roças, os escravos desenvolviam também outros trabalhos, como por exemplo domésticos e até mesmo serviços especializados. Não se sabe se Benedita dividia o cativeiro com outros companheiro, porém, a exploração excessiva da mão de obra cativa fazia parte do cotidiano da escrava. Tanto é que as relações envolvendo o desempenho de atividades na fazenda acabou levando ao desentendimento entre Benedita e seu senhor. [Página 10] Era dez de setembro de 1861 quando a escrava Benedita dirigiu-se à casa do juiz municipal da vila de Castro, Domingos Martins de Araújo, para prestar queijas do seu senhor, Luis Carneiro Araújo. Na presença do escrivão a escrava relatou que por diversas vezes seu senhor havia praticado castigos violentos e que naquele dia havia sido castigada violentamente por não fazer um serviço que dependia de muita força. Desse modo, nos autos da denúncia se lê: Acaba de apresentar-se em quase completa nudez, a preta Benedita, que se diz escrava de Luis Carneiro Araújo, morador no Socavão, distrito desta cidade, com o braço direito aleijado de uma grande queimadura cicatrizada, com outra também cicatrizada no joelho direito e com as costas e outros lugares do corpo inteiramente cortados de inúmeras cicatrizes [...] mais desumana e bárbaro castigo, que segundo a mesma infelis tem lhe sido infligido pelos seus senhores”6 Tendo em visto a denúncia e o estado em que a escrava se apresentou na residência do juiz municipal, os peritos Joaquim Antonio de Souza Maia e Previsto Gonçalves da Fonseca Columbia foram chamados para realizar o exame de corpo de delito e, assim, prosseguir com os encaminhamentos do inquérito. Certamente que Benedita vivia um momento de aflição. A exploração cotidiana da sua força física aliada aos constantes castigos sofridos no cativeiro atormentava sua vida. A situação em que a cativa se apresentou chamou atenção das autoridades. O escrivão registrou que a mesma encontrava-se em estado “mais desumana e bárbaro castigo, que segundo a mesma infelis tem lhe sido infligido pelos seus senhores”7. O tratamento do senhor para com a escrava estava sendo desvelado. Benedita sabia que a decisão de recorrer as autoridades locais para intermediar as relações entre seu senhor poderia render-lhe outras consequências futura, mas, diante do desespero e das agruras sentidas optou em buscar ajuda na justiça. Suponho que para Benedita, na condição de mulher e escrava, no contexto do oitocentos, não tenha sido uma tarefa muito fácil. Jamais saberemos o que passava na cabeça de Benedita quando se encontrava na casa do juiz municipal, relatando os sofrimentos vivenciados no cativeiro diante de “homens da lei” e escravocratas. Aliás, desse caso, saberemos apenas o que foi registrado. [Página 11]
Atualizado em 29/10/2025 02:07:06 Sorocaba precedeu a luta pela libertação dos escravos no País. Jornal Cruzeiro do Sul. Jornal Cruzeiro do Sul
• 1°. Maçons se encontram na Rua da Penha Hoje, quando se comemora o Dia Nacional da Consciência Negra, um capítulo da história da luta pela abolição da escravatura marca a Loja Maçônica Perseverança III de Sorocaba como instituição protagonista do movimento pela libertação dos escravos no Brasil. A fundação da loja e o início da campanha pelo fim da escravatura aconteceu em 1869, 21 anos antes da Lei Áurea, assinada em maio de 1888. Quem conta esse marco histórico comprovado por meio de documentos, é o escritor José Aleixo Irmão em seu livro “A Perseverança III e Sorocaba 1869/1889” - Volume 1, em edição de 1999 da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA). Segundo a narrativa de Aleixo Irmão, na noite fria de 19 de julho de 1869, numa casa da rua da Penha, no centro de Sorocaba, 24 maçons da Loja Maçônica Constância realizaram um encontro histórico. Eram homens de projeção política, social e econômica da cidade. A pauta era a fundação de uma nova Loja Maçônica no município. Atas dos registros das sessões, contidas no livro, reconstituem os debates que inseriram a Perseverança III na história da luta pela Abolição da Escravatura no Brasil. Liberdade e educação Um dos presentes naquela sessão da casa da rua da Penha, o advogado José Leite Penteado (era o proprietário da residência), abriu o debate: “Todos estão animados do firme propósito de pugnar pela cada vez maior campanha de libertação dos escravos, de vez que faz tema principal da maçonaria brasileira, paralelamente ao da Proclamação da República.” Em seguida, o jornalista e advogado Ubaldino do Amaral Fontoura argumentou: “Sem dúvida que essa ideia, ou melhor, o binômio libertação e educação constitui o mais nobre desideratum sobre o qual assentaremos as bases da nova loja.” E acrescentou: “Bem sei que o movimento que vamos encetar, lado a lado com a loja América, pela libertação das crianças, filhas de escravos, terá repercussão de âmbito nacional e é isso que queremos. Por isso mesmo, em contrapartida, desencadearão sobre nós forças interessadas na manutenção do status quo ofensivo à dignidade humana, enxovalhando a própria nação.” Outro integrante da Constância, o advogado Vicente Eufrásio da Silva Abreu, lembrou que os Estados Unidos, Chile, França, Portugal, Espanha e outros países já tinham libertado os escravos. E Mascarenhas Camelo, outro membro entre os 24 presentes, interveio: “Urge, por conseguinte, que nos coloquemos na vanguarda do movimento, como tropas avançadas prontas a agir.” Nesse instante, o empresário e um dos fundadores da Estrada de Ferro Sorocabana, Matheus Maylasky, se pronunciou: “Também sou favorável a uma tomada de posição para que com o exemplo nos tornemos pioneiros desse nobre ideal.” Em meio a aplausos, indicaram Vicente Eufrásio para presidir os trabalhos e este chamou Ubaldino do Amaral para se sentar ao seu lado como secretário. Votação e aprovação Foi então que Leite Penteado oficializou: “Proponho, pois, oficialmente, a criação de outra loja, nos termos por mim já expressos, no início, que tenha por fim, além dos que lhe são próprios, promover a libertação dos escravos, pelos meios legais, bem como a difusão da instrução popular, assuntos dignos da nossa instituição maçônica.” Vicente Eufrásio apresentou a proposta para discussão e votação e ela foi aprovada por unanimidade. Depois, sugeriu o nome Perseverança como evocação do “estado de ânimo que nos empolga e que servirá de encorajamento nos reveses e lutas que viermos a sofrer”. Por fim, Vicente Eufrásio foi aclamado como o venerável (igual a presidente) da nova loja. Ubaldino do Amaral, por indicação de Vicente Eufrásio, ocupou o cargo de orador da nova instituição. O cenário político da época, marcado pelos ideais republicanos, também contribuiu para a cisão da Constância e consequente fundação da Perseverança III. A análise com esse foco é feita por Aleixo Irmão. Segundo ele, além dos 24 fundadores, muitos outros se agregaram à nova loja: “As grandes personalidades do município e da região fizeram dessa loja a trincheira de idealismo construtivo que, num crescendo, atravessou os anos, firmou-se no conceito dos homens justos e se estratificou na Fundação Ubaldino do Amaral.” Resgate histórico Integrante da Perseverança III no cargo de orador, o promotor de justiça Antonio Domingues Farto Neto, em sessão solene na última segunda-feira (12), recordou essa página da história. Começou por destacar os princípios da Perseverança III baseados nos valores de igualdade, fraternidade e liberdade. E também deixou claro que a antiga loja, a Constância, tinha membros que eram donos de escravos e esse fato se constituía resistência aos ideais em torno do binômio “libertação e educação” que serviu de base para as ações dos 24 fundadores da Perseverança III. “Esse marco histórico nos inspira até hoje, nós valorizamos muito a educação”, disse Farto Neto. Em estudo acadêmico sobre o tema, Vanderlei Silva também escreveu que a Perseverança III foi “constituída formalmente com o objetivo de lutar pela abolição da escravatura”. E segundo ele, além dessa finalidade, a nova Loja também tinha o ideal de lutar pela educação dos antigos trabalhadores e da nascente classe operária de Sorocaba.” O professor Vanderlei Silva, membro da Perseverança III e gerente do Serviço de Obras Sociais (SOS), avalia que dois movimentos impulsionaram os debates em todo o Brasil na época de fundação da Loja Maçônica: a libertação dos escravos e a mudança do sistema de governo da Monarquia para a República. “A resistência da Constância era de que escravos eram um bem, e as pessoas não queriam se desfazer da propriedade”, analisa Vanderlei. “Havia uma divergência de ideias, havia um grupo que queria modernizar o sistema econômico e outro que queria manter a Monarquia agrícola.” Segundo Vanderlei, a Constância -- extinta tempos depois -- tinha entre os seus membros perfis de pessoas mais ligadas à agricultura, à pecuária e à feira de muares, que não tinham interesse em modernizar a sociedade e a economia. Caixa de Emancipação libertou escravos A primeira sessão da loja recém-criada ocorreu em 31 de julho de 1869, com Vicente Eufrásio da Silva Abreu na presidência dos trabalhos. Essa reunião marca o início das atividades da Perseverança III. Na sessão seguinte, em 7 de agosto de 1869, Ubaldino do Amaral apresentou a proposta, subscrita por ele e Leite Penteado, de criação de uma Caixa de Emancipação para o recebimento de ofertas que seriam destinadas exclusivamente à libertação de crianças do sexo feminino de 2 a 5 anos de idade. De acordo com a medida, essa emancipação seria iniciada pelas crianças do sexo feminino e aos poucos se estenderia a todos os escravos. Tanto é que o escritor José Aleixo Irmão também informa nomes de escravos e suas famílias, com os nomes dos seus respectivos proprietários, que foram beneficiados com cartas de alforria originadas da referida caixa de emancipação. As crianças libertadas ficariam sob a proteção da Loja Maçônica. Seriam proibidos os banquetes ceias e outros eventos desse tipo na instituição para que os recursos para esses gastos fossem convertidos em donativos para a Caixa de Emancipação. A proposta incluiu a criação de escolas com aulas noturnas para adultos e jovens para o ensino das primeiras letras. A matéria foi aprovada por maioria dos presentes, sendo que os subscritores se abstiveram da votação. A partir desse dia, segundo descrição do escritor José Aleixo Irmão, não seriam toleradas festas e pompas e outros gastos, devendo os recursos que nisso se fosse gastar serem revertidos para o fundo de libertação - a Caixa Emancipadora. O autor compara: “Essa propositura mostra a diferença entre a Perseverança e aqueles que ficaram na Constância, teimosos em não se definir, no momento histórico em que a própria política nacional impunha ação e luta pelas reformas da estrutura social e econômica do País.” Na análise de Aleixo Irmão, a sessão de 7 de agosto de 1869, com a criação da Caixa Emancipadora, tornou oficial e obrigatório para si, a iniciativa que a Loja América, de São Paulo, por intermédio da personalidade histórica Rui Barbosa, somente adotou oito meses depois. Nesse aspecto, a Perseverança III marcou o pioneirismo na atitude concreta de luta dentro do espírito da abolição da escravatura. Foi em 4 de abril de 1870 que Rui Barbosa, quando cursava o quinto ano da Faculdade de Direito de São Paulo, em nome da Loja América ao Grande Oriente Brasileiro do vale dos Beneditinos, encaminhou um projeto que obrigava as lojas maçônicas a abrir no orçamento de suas despesas uma verba especial reservada ao alforriamento de crianças escravas. Escravos libertos No seu livro, Aleixo Irmão descreve sessão posterior, de 29 de agosto de 1869, em que a Perseverança III votou “esmolas de dez mil réis para auxílio à alforria de José e suas filhas, escravos de dona Ana do Sacramento”. “Mais ainda: dez mil réis a Joaquim, escravo de João França, como auxílio à liberdade sua e de sua mulher, e mais cinco mil réis a David, escravo de Maria Prestes, também para o fim citado.” Nessa data, a Perseverança III também programou a inauguração da primeira escola noturna da cidade para 7 de setembro. Na análise de Aleixo Irmão, os integrantes da Perseverança III “equacionaram o problema da liberdade tal como deve ser posto, isto é, não apenas a da alforria corporal”. E continua: “Ubaldino, com a visão profunda que os estudos sociais e políticos lhe davam, enxergou isso, tanto que, mais tarde propôs que admitissem às aulas os próprios cativos (escravos)”. “Eis porque o binômio, Liberdade - Educação, tem um significado transcendental na vida da Loja Perseverança que dele não se descura até os dias de hoje”, conclui o autor.
História do Brasil: Guerra à vadiagem e a exploração do negro. Por Carlos Carvalho Cavalheiro, em "Por Dentro da África" 23 de outubro de 2018, terça-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (2): Sorocaba/SP, São Paulo/SP • Pessoas (1) Antônio José Ferreira Braga (54 anos) • Temas (1): Quilombos • 1. Êxodo de Capivari outubro de 1887 Ainda há de se levar em conta o episódio do Êxodo de Capivari, quando centenas de escravos liderados por Preto Pio abandonaram as fazendas daquela cidade numa fuga em massa, passando por Porto Feliz, Sorocaba, São Paulo e rumando até Santos para o Quilombo do Jabaquara. Essa fuga, ocorrida em fins de outubro de 1887, certamente convenceu os últimos renitentes senhores de escravos de que a instituição da escravatura não tinha futuro. Afinal foi um evento de proporções assustadoras, repercutindo na decisão do Clube Militar em oficiar ao império comunicando a sua decisão de não mais perseguir escravos fugidos. Toda essa introdução se faz necessária para que não reste dúvida de que a abolição antecipada não ocorreu por conta de um crescimento da consciência da elite sorocabana que, estrategicamente, escolheu a noite de Natal para emancipar seus escravos. A despeito da suposta boa intenção de alguns, o que se pretendia mesmo era continuar explorando a mão-de-obra do negro de alguma forma. Um exemplo disso é que boa parte das cartas de alforria dessa época eram condicionais, ou seja, o ex-escravo para conseguir sua liberdade completa se comprometia a trabalhar alguns anos para o mesmo senhor. Outro fato que corrobora a afirmação acima é que alguns senhores, passados meses da abolição antecipada – certamente acreditando que o governo imperial acabaria com a escravidão ainda em 1887 ou começo de 1888 – arrependeram- se e procuraram re-escravizar os antigos cativos.
• 2. Redenção dos cativos locais 25 de dezembro de 1887 • 3. “Guerra a vadiagem”. Diário incentiva recrutamento de vadios maio de 1888 O negro não obtinha trabalho nem sempre porque não queria, mas sim, em muitos casos, pela falta de oportunidade. Nesse momento a imprensa apoiava o recrutamento como forma de coibir a vadiagem ou mesmo como meio de diminuir o trânsito dos vadios pelas ruas da cidade. Diversos artigos e notas sobre o recrutamento dos vadios são veiculados no Diário de Sorocaba. Uma vez mais a elite sorocabana dá um tiro n’água. A última vez que os sorocabanos ouviram falar em recrutamento foi durante a Guerra do Paraguai que deixou nos campos longínquos muitos corpos de soldados brasileiros. A prática da caça de voluntários a laço ainda estava fresca na memória de todos. Consequência: em Sorocaba, começou a faltar víveres porque os produtores rurais deixavam de ir ao mercado vender a sua produção com medo de serem recrutados. Não adiantou o jornal esclarecer que desta vez seriam recrutados apenas os vadios. Ninguém acreditava nas boas intenções do governo dado o que ocorrera décadas antes com a guerra contra o Paraguai. Desse modo, a elite teve de abandonar por algum tempo a guerra contra a vadiagem iniciada especialmente quando os escravos negros receberam a liberdade. A guerra à vadiagem em Sorocaba, iniciada em fins de 1887 e recrudescida a partir de maio de 1888, era perversa na medida em que associava o crescimento da vagabundagem com a nova condição jurídica do negro, que de escravo passa a ser homem livre. Livre, mas sem liberdade para escolher seu próprio destino, sem condições de obtenção de trabalho digno, quer pelo preenchimento dos postos de trabalho pelos imigrantes brancos, quer pela falta de qualificação profissional imposta pelo cativeiro. O escravo do eito, aquele que trabalhou no plantio nas fazendas, não encontrava colocação nas atividades urbanas que requeressem qualificação. Como trabalhadores marginalizados esses negros formarão uma espécie de lumpemproletariado ou um exército de reserva para o capital. Discriminados, são perseguidos e presos. Essas prisões eram enaltecidas e aplaudidas pela imprensa sorocabana que sempre que podia evidenciava a participação dos negros nessas detenções. No entanto, as prisões vão perdendo sua força moral com o passar do tempo. Afinal, não havia justificativa para a manutenção do preso por vadiagem no cárcere por muitos dias. Ademais, dentre os considerados vadios havia aqueles que por uma questão social e de preconceito não obtinham trabalho formal. Portanto, não era a iminência da prisão que iria modificar esse fato uma vez que a razão do desemprego estava dissociada da vontade de trabalhar. O negro não obtinha trabalho nem sempre porque não queria, mas sim, em muitos casos, pela falta de oportunidade. Nesse momento a imprensa apoiava o recrutamento como forma de coibir a vadiagem ou mesmo como meio de diminuir o trânsito dos vadios pelas ruas da cidade.
Expedição Peabiru - Pay Zumé 17 de julho de 2018, terça-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:27 Relacionamentos • Cidades (8): Cabo Frio/RJ, Cananéia/SP, Florianópolis/SC, Itapema/SC, Pitanga/PR, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, São Sebastião/SP • Pessoas (9) Anthony Knivet (1560-1649), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Cristóvão de Colombo (1451-1506), Hernâni Donato (1922-2012), Izabel Barbosa, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel I, o Afortunado (1469-1521), Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Vasco da Gama (1469-1524) • Temas (20): Amazônia, Arqueologia, Assassinatos, Banana, Caminho do Peabiru, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Cruzes, Descobrimento do Brazil, Deus, Farinha e mandioca, Incas, Jesuítas, Metalurgia e siderurgia, Milho, Mineralogia, Nheengatu, Peru, Tamoios, Tupinambás ![]()
25 FATOS CURIOSOS E INFORMATIVOS SOBRE OS BANDEIRANTES. sabedoriaecia.com.br 3 de maio de 2018, quinta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:40:20 Relacionamentos • Cidades (4): Itu/SP, Mariana/MG, Ouro Preto/MG, São Paulo/SP • Pessoas (2) Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Bartolomeu Bueno da Silva (1672-1740) • Temas (8): Farinha e mandioca, Guerra dos Emboabas, Habitantes, Léguas, Milho, Nheengatu, Rio Amazonas, Vale do Anhangabaú ![]() • 1. A precária vila de São Paulo tinha apenas 1500 habitantes 1601
Programa Roda Viva, 05.02.2018. Jorge Caldeira 5 de fevereiro de 2018, segunda-feira. Atualizado em 31/10/2025 16:14:13 Relacionamentos • Cidades (6): Cananéia/SP, Itanhaém/SP, Lisboa/POR, Salvador/BA, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (6) Catarina Paraguassú, Fernando Henrique Cardoso (n.1931), Jorge Caldeira, Padre Guilherme Pompeu de Almeida (1656-1713), Tomé de Sousa (1503-1579), Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557) • Temas (15): Bíblia, Dinheiro$, Ermidas, capelas e igrejas, Escolas, Estatísticas, Faculdades e universidades, Informática, Medicina e médicos, Metalurgia e siderurgia, Missões/Reduções jesuíticas, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora das Graças, Pela primeira vez, Prata, Tordesilhas
Palmares: Coração Brasileiro, Alma Africana. T1:E2 2018. Atualizado em 21/03/2025 03:15:09 Relacionamentos • Temas (2): Angola, Estradas antigas
Palmares: Coração brasileiro T1 E5 2018. Atualizado em 24/10/2025 03:39:28 Relacionamentos • Cidades (5): Lisboa/POR, São Paulo/SP, Olinda/PE, Santos/SP, Recife/PE • Pessoas (1) Domingos Jorge Velho (1611-1670) • Temas (9): Açúcar, Portos, Caminho do Mar, Canibalismo, Tapuias, Nheengatu, Curiosidades, Tupis, Metalurgia e siderurgia • 1. Contrato assinado no Recife 3 de março de 1687
Coisas do Caminho. Crédito, confiança e informação na economia do comércio de gato entre Viamão e Sorocaba (1780-1810), 2018. Tiago Luís Gil, UnB 2018. Atualizado em 24/10/2025 03:34:25 Relacionamentos • Cidades (10): Apiaí/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Curitiba/PR, Iperó/SP, Itapetininga/SP, Itu/SP, Lisboa/POR, São Roque/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (16) Abade Raynal, Antonio da Silva Caldeira Pimentel, Antonio Francisco de Aguiar e Castro (1773-1818), Antonio Manuel Fernandes da Silva, Cláudio de Madureira Calheiros (f.1797), Cristovão Pereira de Abreu (1678-1755), Francisco de Souza e Faria, Francisco Manuel Fiuza, Jacinto José de Abreu, João Pires de Almeida Taques (n.1745), José de Almeida Leme (1718-1780), Manuel Álvares de Castro, Paulino Aires de Aguirre (1735-1798), Salvador de Oliveira Leme (1721-1802), Tomé Joaquim da Costa Corte-Real, Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857) • Temas (13): Bacaetava / Cahativa, Bossoroca, Caputera, Casa Doada, Estradas antigas, Habitantes, Itapeva (Serra de São Francisco), Piragibu, Pirajibú de baixo, Pirajibu do Meio, Registro de Animais, Rio Pirajibú, Tropeiros • 1. Habitantes 1790 Por meio da lista nominativa de 1790, podemos verificar a distribuição espacial dos habitantes. Nesse censo, verificamos 6.864 habitantes, dos quais 1.208 (17,6%) eram escravos e 5.257 (76,6%) eram livres, além de um contingente de 399 (5,8%) agregados. Os bairros mais populosos eram os do Iperó, do Pirajibu e a parte central, mais urbana e mais próxima da matriz. Esses fragmentos eram habitados por 60% da população total, bem distribuída entre livres, escravos e agregados. Na matriz, ficava o maior número de escravos, quatrocentos, que representava um terço do total de cativos. Ali também estavam os maiores senhores: dos trinta maiores plantéis de toda a vila (que detinham a metade do total de cativos), 11 estavam na matriz. Os demais grandes senhores (os trinta que possuíam mais de nove cativos) estavam distribuídos entre os demais bairros ou zonas: havia seis no Pirajibu, três no “Rio Acima”, três em Bacaetava, dois no Iperó, dois no Campo Largo, um no Itapevu, um no Capotera e um em Bossoroca. Em Campo Largo, no Iperó, em Pirajibu e na matriz, os grandes senhores correspondiam àqueles homens com maior patente socio-militar, geralmente aqueles que encabeçavam as listas nominativas. Tal é o caso, na matriz, de Cláudio de Madureira Calheiros, dono do maior plantel e capitão-mor; no Bairro do Parajibu, do capitão Manuel Álvares de Castro; e, no Iperó, do capitão João Pires de Almeida Taques. Esses dados me remetem à ideia de que as elites de Sorocaba estavam geograficamente distribuídas no espaço da vila, de modo que cada bairro tinha uma liderança própria e sua hierarquia local, mesmo que inferior em comparação aos capitães da matriz. Mesmo a localidade de Itapetininga, próxima de Sorocaba, tinha como capitão-mor Salvador de Oliveira Leme, membro de um importante clã sorocabano, com propriedades na vila. [Aesp. Lista nominativa de Sorocaba, 1790] Em Sorocaba, não era diferente, ainda que houvesse uma maior disputa entre as elites locais. O tenente-coronel Paulino Aires de Aguirre era um sujeito com muita força, alianças locais e negócios. Investia no contrato dos dízimos, no contrato das passagens das bestas, em tropas e em negócios de fazenda seca e molhada.Em posição política oposta, estava o capitão-mor Cláudio de Madureira Calheiros que, igualmente, era negociante de animais e fazendas, além de ser aliado e parente do capitão-mor de Itu, Vicente da Costa Taques Goes e Aranha, como já vimos em capítulo antecedente.Da mesma forma, em Sorocaba, havia também uma certa divisão espacial da área de atuação de certos capitães, ainda que a maioria fosse apresentada nas listas nominativas como residentes na matriz. Mas encontramos os capitães Jacinto José de Abreu no Capotera, Manuel Álvares de Castro e Francisco Manuel Fiuza no Piraibu, um tanto distantes uns dos outros; Manuel Gomes de Carvalho e João Pires de Almeida Taques estavam no Iperó, mas em subdivisões diferentes deste bairro, que era bastante grande se comparado aos demais.
A Revolta da Chibata 22 de novembro de 2017, quarta-feira. Atualizado em 26/10/2025 00:02:02 Relacionamentos • Pessoas (2) João Coelho de Sousa (1880-1969), Dom Pedro II (1825-1891) • Temas (5): Marinha, Salário mínimo, Álcool, Música, Prisões e presídios • 1. Revolta a Chibata, um dias após a posse do Presidente 16 de novembro de 1910
Ato no Pelourinho marca 363 anos de Sorocaba. Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul 11 de agosto de 2017, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:40:32 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (4) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Balthazar Fernandes (1577-1670), Francisco de Sousa (1540-1611), José Caldini Crespo (n.1955) • Temas (6): Avenida Itavuvu, Bairro Itavuvu, Estátuas, marcos e monumentos, Nossa Senhora de Montserrate, Pelourinhos, São Filipe ![]() • 1. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados dezembro de 1654 O Pelourinho de Sorocaba fica na praça Bruno Abreu Tigani, na altura do número 8.800 da avenida Itavuvu. No local está instalada, desde 1611, a coluna de pedra onde se amarravam os criminosos e escravos fugitivos para aplicação de castigos. Era um símbolo da justiça, presente em todas as vilas, e que foi instalado ainda em 1599 quando o governador dom Francisco de Souza fundou a Vila de Nossa Senhora do Monte Serrat, próximo ao Morro de Ipanema (onde Afonso Sardinha havia encontrado minério de ferro). Em 1611, a Vila -- e o Pelourinho -- foram transferidos para o local onde está até hoje, Vila de São Felipe, o embrião da Sorocaba, fundada em 1654 por Baltasar Fernandes.
A língua do Brasil. Por Claudio Angelo, em Revista Super Interessante 31 de outubro de 2016, segunda-feira. Atualizado em 28/10/2025 15:09:31 Relacionamentos • Cidades (13): Avanhandava/SP, Belém/PA, Cananéia/SP, Iguape/SP, Itu/SP, Lagoa dos Patos/RS, Olinda/PE, Pindamonhangaba/SP, Rio de Janeiro/RJ, São Luís/MA, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (6) 1° marquês de Pombal (1699-1782), Artur de Sá e Meneses (f.1709), Domingos Jorge Velho (1611-1670), José de Anchieta (1534-1597), Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Pero de Magalhães Gândavo (1540-1580) • Temas (32): Abayandava, Açúcar, Açúcar, Aimorés, Amazônia, Caetés, Caminho do Peabiru, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Descobrimento do Brazil, Estatísticas, Farinha e mandioca, Franceses no Brasil, Guaiatacás, Guaranis, Habitantes, Ilhas Canárias, Inferno, Jê, Jesuítas, Léguas, Nheengatu, O Sol, Pela primeira vez, Piratininga, Potiguaras, Quilombos, Tamoios, Tapuias, Tupinambás, Tupiniquim, Tupis • 1. Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos” 22 de janeiro de 1532 Quando Portugal começou a produzir açúcar em larga escala em São Vicente (SP), em 1532, a língua brasílica, como era chamada, já tinha sido adotada por portugueses que haviam se casado com índias e por seus filhos. “No século XVII, os mestiços de São Paulo só aprendiam o português na escola, com os jesuítas”, diz Aryon Rodrigues. Pela mesma época, no entanto, os faladores de tupi do resto do país estavam sendo dizimados por doenças e guerras. No começo daquele mesmo século, a língua já tinha sido varrida do Rio de Janeiro, de Olinda e de Salvador, as cidades mais importantes da costa. Hoje, os únicos remanescentes dos tupis são 1 500 tupiniquins do Espírito Santo e 4 000 potiguaras da Paraíba. Todos desconhecem a própria língua. Só falam português.
Pirate, turncoat, survivor: the life and times of Anthony Knivet, a Briton in 16th-century Brazil. theconversation.com 12 de outubro de 2016, quarta-feira. Atualizado em 25/10/2025 17:20:26 Relacionamentos • Cidades (1): São Sebastião/SP • Pessoas (2) Anthony Knivet (1560-1649), Thomas Cavendish (1560-1592) • Temas (2): Tamoios, Tupinambás
Roque José Florêncio, usado como “escravo reprodutor” viveu 130 anos e teve 200 filhos (Revista Galileu) 15 de agosto de 2016, segunda-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (2): São Carlos/SP, Sorocaba/SP ![]() • 1. Falecimento de Roque José Florêncio, usado como “escravo reprodutor” viveu 130 anos e teve 200 filhos 17 de fevereiro de 1958
Inventores do Brasil. T1:E3 "Rodrigues Alves" 2016. Atualizado em 27/10/2025 09:32:23 Relacionamentos • Cidades (5): Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Guaratinguetá/SP, Buenos Aires/ARG, Petrópolis/RJ • Pessoas (13) Rodrigues Alves (1848-1919), Manuel Ferraz de Campos Sales (1841-1913), Getúlio Dornelles Vargas (1882-1954), Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957), Affonso Augusto Moreira Pena (1847-1909), Joaquim Nabuco (1849-1910), Ruy Barbosa (1849-1923), João Maurício Wanderley (1815-1889), Floriano Vieira Peixoto (1839-1895), Prudente José de Moraes Barros (1841-1902), José Maria da Silva Paranhos Jr (1845-1912), Bernardo Pereira de Vasconcelos (1795-1850), Dom Pedro II (1825-1891) • Temas (8): Escolas, Faculdades e universidades, Leis, decretos e emendas, Epidemias e pandemias, Habitantes, Febre Amarela, Medicina e médicos, Pela primeira vez
“Portugal e Brasil: Antigo sistema colonial”; Fernando Novais; Curso de pós-graduação Geografia; youtube.com/watch?v=JsAXNoumgS8 2016. Atualizado em 29/10/2025 21:41:26 Relacionamentos • Cidades (2): Mariana/MG, Sorocaba/SP • Pessoas (8) Américo Vespúcio (1454-1512), Bartolomeu Dias (1450-1500), Cristóvão de Colombo (1451-1506), Fernando Antônio Novais, Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Pero Vaz de Caminha (1450-1500), Sergio Buarque de Holanda (1902-1982), Vasco da Gama (1469-1524) • Temas (5): África, Descobrimento do Brazil, Gentios, Judaísmo, Tordesilhas ![]()
Terras, ouro e cativeiro: a ocupação do aldeamento dos Guarulhos nos séculos XVI e XVII, 2-16. José Carlos Vilardaga 2016. Atualizado em 20/08/2025 02:55:51 Relacionamentos • Cidades (5): Assunção/PAR, Guarulhos/SP, Itanhaém/SP, Santo Amaro/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (6) Cláudio Furquim "Francês" (1590-1665), Jerônimo da Veiga (n.1581), João Carlos de Villagran Cabrita (1820-1866), Lourenço de Siqueira de Mendonça (1570-1633), Luiz Furtado (1590-1636), Manoel Pinheiro Azurara (n.1570) • Temas (8): Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Caucaya de Itupararanga, Engenho(s) de Ferro, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Marumiminis, Ouro ![]() • 1. Mineiro Manoel Azurara apareceu em processos judiciais em torno da erva mate em Maracayu, onde estabeleceu negócios 1609 Jerônimo da Veiga, sertanista e um dos primeiros a se assentar em Guarulhos via casamento com Maria da Cunha, aparece em 1609 num processo movido em Assunção, no Paraguai,contra o mineiro-mor do Brasil, Manoel Pinheiro. Preso com cestas de erva mate contrabandeadas, Veiga acompanhou Pinheiro numa viagem considerada suspeita, pois se acreditava que com o mineiro vinham escravos negros e 12 quilos de ouro em contrabando.
“A História Ambiental de Sorocaba”. Fábio Navarro Manfredini, Manuel Enrique Gamero Guandique e André Henrique Rosa 2015. Atualizado em 24/10/2025 03:34:25 Relacionamentos • Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Casemiro de Abreu/RJ, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (6) Américo Antônio Ayres (1766-1840), Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), Balthazar Fernandes (1577-1670), Manoel Fabiano de Madureira, Nicolau Pereira de Campos Vergueiro (48 anos), Salvador de Oliveira Leme (1721-1802) • Temas (31): Apoteroby (Pirajibú), Apoteroby (Pirajibú), Avenida Nogueira Padilha, Avenida São Paulo, Bacaetava / Cahativa, Bairro de Aparecidinha, Bairro Itavuvu, Caaguacu, Caminho de Curitiba, Colinas, Córrego Supiriri, Estradas antigas, Habitantes, Ipatinga, Itapeva (Serra de São Francisco), Jardim Santa Rosália, Laranja, Pontes, Porto em Sorocaba, Represa de Itupararanga, Rio Cubatão, Rio Pirajibú, Rio Sarapuy, Rio Sorocaba, Rua da Penha, Rua Monsenhor João Soares, São Filipe, Tropeiros, Vila Barão, Vila Hortência, Vinho
Estúdio UNIVESP, Suely Queiroz, em entrevista à Mônica Teixeira 2015. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (4): Itu/SP, Piracicaba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP • Pessoas (3) Bernardo José de Lorena (1756-1818), José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), José de Anchieta (1534-1597) • Temas (10): Açúcar, Calçada de Lorena, Caminho do Mar, Capitania de São Paulo, Capitania de São Paulo e Minas do Ouro, Estradas antigas, Léguas, Ouro, Portos, Serra do Mar Sobre o Brasilbook.com.br |