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Mestre Bartolomeu Gonçalves
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  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  1º de
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Nascimento de Cosme Fernandes Pessoa, Bacharel de Cananéia
1480, atualizado em 03/07/2025 04:27:32
 Família (1): Cosme Fernandes Pessoa (cunhado , n.1480)





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  2º de
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1486
Atualizado em 04/11/2025 17:34:33
Possível nascimento de Afonso Sardinha
•  Pessoas (1): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616)
    2 fontes
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  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  3º de
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A existência de uma Carta de Cavaleiro do mesmo nome torna misteriosa a chegada de João Ramalho no Brasil
1487, atualizado em 11/10/2025 02:01:05
• Cidades (1): São Paulo/SP
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)
• Pessoas (1): João II, "o Príncipe Perfeito" (1455-1495)


•  João Ramalho - Consulta em Wikipedia
11 de outubro de 2025, sábado
Outro dado que torna misteriosa sua chegada ao Brasil e inclusive o seu ano de nascimento, é a existência de uma Carta de Cavaleiro datada de 1487 em nome de um João Ramalho, ou seja, seis anos antes do seu suposto nascimento em 1493. Ela está no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, e significaria que João Ramalho foi "cavaleiro, guarda-mor" do rei D. João II de Portugual.[1] Porém, pode se tratar de outra pessoa.




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  4º de
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Nascimento de João Ramalho Maldonado em Vouzela, Portugal
1493, atualizado em 11/10/2025 02:01:34
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)


•  João Ramalho - Consulta em Wikipedia
11 de outubro de 2025, sábado
Outro dado que torna misteriosa sua chegada ao Brasil e inclusive o seu ano de nascimento, é a existência de uma Carta de Cavaleiro datada de 1487 em nome de um João Ramalho, ou seja, seis anos antes do seu suposto nascimento em 1493. Ela está no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, e significaria que João Ramalho foi "cavaleiro, guarda-mor" do rei D. João II de Portugual.[1] Porém, pode se tratar de outra pessoa.




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  5º de
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Expedição não oficial de Bartolomeu Dias
1499, atualizado em 25/02/2025 04:42:51
 Família (1): Cosme Fernandes Pessoa (cunhado , n.1480)
• Pessoas (3): Bacharel de Cananéa, Bartolomeu Dias (1450-1500), Duarte Peres





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  6º de
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Teria naufraga um navio francês e o único sobrevivente teria sido "João Ramalho" (1508/1509)
1508, atualizado em 12/10/2025 04:00:58
• Cidades (2): Rosana/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)
• Temas (2): Franceses no Brasil, Tamoios


•  Anchieta: O Carrasco de Bolés
1 de fevereiro de 1896, sábado




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  7º de
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Nascimento de Maria Gardete Fernandes, em Cananéia/SP, filha de Cosme Fernandes Pessoa e Karay-yó Terebê
1510, atualizado em 23/09/2025 23:11:03
• Cidades (1): Cananéia/SP
 Família (3): Cosme Fernandes Pessoa (cunhado , n.1480), Karay-yó Terebe (cunhado ,  , n.1480), Maria Gardete Fernandes (sobrinho(a) , n.1510)


•  Consulta em FamilySearch
5 de junho de 2025, quinta-feira




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  8º de
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João Ramalho
1511, atualizado em 25/02/2025 04:41:08
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)


•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume LV, 1959
1 de janeiro de 1959, quinta-feira
Casos mais graves, foi acusação frontal de João Ramalho (já estremecido com os Padres de São Vicente e "excomungado pelo Vigário da terra"), contra o Padre Manoel de Paixa e outros Irmãos, no sentido de mau comportamento com as nativas, acusação que levou o Padre Nóbrega a abrir inquérito, começando por afastar todos os Irmãos da Casa do Colégio, só os readmitindo depois de acabada a inquirição.

O episódio que deu lugar a este estremecimento nas relações de João Ramalho com os Padres da Companhia de Jesus (antes da chegada de Nóbrega) tem merecido especial atenção dos que estudam a Paulística. É um dos episódios mais mencionados pelos historiógrafos de São Paulo seiscentista. O que se, colhe na epistolografia Jesuítica está contido em duas locações, uma devida a Pero Correia e outra a Diogo Jácome, em suas respectivas cartas de 1552.

Pero Correia: Carta de 8 de junho (Cartas avulsas, página 92):

"E uma destas (nativas doutrinadas) se achou umas dez léguas daqui, onde quiserem tratar mal o nosso Padre, e o ameaçaram com um pau, e o ameaçador foi um homem que há 40 anos que está nesta terra, e tem já bisnetos, e sempre viveu em pecado mortal, e anda excomungado, e o Padre não quis dizer missa com ele e daqui veio, depois da Missa acabada, a querê-lo maltratar, por que ele é possante; mas a nativa ali pregou muito rijo e com grande fé, oferecendo-se a padecer da companhia com o Padre se cumprisse. Eu não me achei ali, mas contaram-no dois Irmãos muito bons línguas, que iam com o Padre: um deles se chama Manuel de Chaves, e o outro Fernando, moço de 15 até 18 anos..."

A outra passagem é de autoria do Irmão Diogo Jácome (Cartas avulsas, página 104) está vazada em linguagem muito menos clara, por causa da tradução do original italiano, seu idioma:

"contra o Padre que com todo o amor repreende e exorta com todos os meios que pode e para isso busca, e são que há hi tal que sobre ir daqui ha dez léguas sobre uma pessoa que haverá 20 ou 30 anos, que está em pecado mortal sobre com todos os mimos com que primeiro o trouxe, e vendo sua obstinação sobre estar excomungado pelo Vigário da terra, quis o nosso Padre ir lá dizer missa, porque se passa um ano e dois que não veem a Deus, nem no vem a ver, podendo vir; e estando lá dizendo missa, entrou este homem, de maneira que lhe mandou o Padre dizer que se saísse que não podia celebrar com ele e saindo, saíram também dois filhos seus da terra com ele de maneira que se determinaram para, como acabasse, a missa, de lhe darem na cabeça , o qual acabando a missa se saiu, e veio para com ele, o qual lhe rogou que não tivesse conta com ele, que era melhor cristão que ele e que fazia muito boa obras, mas não dizia se estava apartado do pecado para lhe aproveitarem, e assim tiveram mão nele e depois vieram os filhos com suas armas que são uns homens selvagens contra o nosso mesmo Padre e ele assentado de joelho diante deles, aparelhado a receber o que viesse..." [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume LV, 1959. Página 37]

•  Afonso d´Escragnolle Taunay: o “Na Era das Bandeiras”
1 de janeiro de 1922, domingo




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  9º de
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Falecimento de Gonçalo Rodrigues
4 de janeiro de 1521, terça-feira, atualizado em 25/02/2025 04:40:13
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)
• Pessoas (3): Fernão de Magalhães (1480-1521), Gonçalo Hernandes Eanes (f.1521), Tubalcaim
• Temas (1): Metalurgia e siderurgia


•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume LV, 1959
1 de janeiro de 1959, quinta-feira
Casos mais graves, foi acusação frontal de João Ramalho (já estremecido com os Padres de São Vicente e "excomungado pelo Vigário da terra"), contra o Padre Manoel de Paixa e outros Irmãos, no sentido de mau comportamento com as nativas, acusação que levou o Padre Nóbrega a abrir inquérito, começando por afastar todos os Irmãos da Casa do Colégio, só os readmitindo depois de acabada a inquirição.

O episódio que deu lugar a este estremecimento nas relações de João Ramalho com os Padres da Companhia de Jesus (antes da chegada de Nóbrega) tem merecido especial atenção dos que estudam a Paulística. É um dos episódios mais mencionados pelos historiógrafos de São Paulo seiscentista. O que se, colhe na epistolografia Jesuítica está contido em duas locações, uma devida a Pero Correia e outra a Diogo Jácome, em suas respectivas cartas de 1552.

Pero Correia: Carta de 8 de junho (Cartas avulsas, página 92):

"E uma destas (nativas doutrinadas) se achou umas dez léguas daqui, onde quiserem tratar mal o nosso Padre, e o ameaçaram com um pau, e o ameaçador foi um homem que há 40 anos que está nesta terra, e tem já bisnetos, e sempre viveu em pecado mortal, e anda excomungado, e o Padre não quis dizer missa com ele e daqui veio, depois da Missa acabada, a querê-lo maltratar, por que ele é possante; mas a nativa ali pregou muito rijo e com grande fé, oferecendo-se a padecer da companhia com o Padre se cumprisse. Eu não me achei ali, mas contaram-no dois Irmãos muito bons línguas, que iam com o Padre: um deles se chama Manuel de Chaves, e o outro Fernando, moço de 15 até 18 anos..."

A outra passagem é de autoria do Irmão Diogo Jácome (Cartas avulsas, página 104) está vazada em linguagem muito menos clara, por causa da tradução do original italiano, seu idioma:

"contra o Padre que com todo o amor repreende e exorta com todos os meios que pode e para isso busca, e são que há hi tal que sobre ir daqui ha dez léguas sobre uma pessoa que haverá 20 ou 30 anos, que está em pecado mortal sobre com todos os mimos com que primeiro o trouxe, e vendo sua obstinação sobre estar excomungado pelo Vigário da terra, quis o nosso Padre ir lá dizer missa, porque se passa um ano e dois que não veem a Deus, nem no vem a ver, podendo vir; e estando lá dizendo missa, entrou este homem, de maneira que lhe mandou o Padre dizer que se saísse que não podia celebrar com ele e saindo, saíram também dois filhos seus da terra com ele de maneira que se determinaram para, como acabasse, a missa, de lhe darem na cabeça , o qual acabando a missa se saiu, e veio para com ele, o qual lhe rogou que não tivesse conta com ele, que era melhor cristão que ele e que fazia muito boa obras, mas não dizia se estava apartado do pecado para lhe aproveitarem, e assim tiveram mão nele e depois vieram os filhos com suas armas que são uns homens selvagens contra o nosso mesmo Padre e ele assentado de joelho diante deles, aparelhado a receber o que viesse..." [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume LV, 1959. Página 37]

•  S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601 (1920) Affonso d´Escraqnolle Taunay
1 de janeiro de 1920, quinta-feira
A esse respeito escreve Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958):

"Asselvajar-se tanto este homem – Domingos Luiz Grou, genro do cacique de Carapicuíba que vivia no meio dos índios como um índio. Voltando à Vila de Piratininga, em pouco tempo recuperou prestígio. Em 1575, membro do Conselho da Vila, verberou o ex-vereador Antonio Fernandes que, sem a menor cerimônia surrupiara as portas do muro que defendia Piratininga e as vendera por 250 réis a André Burgos."

Merecem as posturas relativos ao ofício de ferreiro acurada atenção ás Câmaras quinhentistas, o que vem se compreende, tratando-se de assunto interessando diretamente a civilização mais do que qualquer outro, esse do trabalho dos metais.

Dai o extenso regimento concedido ao meste Bartholomeu Fernandes, o Tubalcaim paulistano, relativo ás foices roçadeiras "calçadas e descalçadas", enxadas, machados e cunhas de resgate "pregos de solhar, de costado e de cinta, pernetes, verdugos de engenho" cotados por diversos preços, vintenas e dezenas de réis, conforme se fornecesse o ferro, o aço ou carvão.

Tudo quando se lhes pedia era alguma caixa "de seis palmos de comprido com o seu escaninho, coisa para três cruzados" e alguma mesa de seus palmos "com seus pés bem acabados", o que valia seus seis tostões; alguma "cadeira rasa", do preço de seis vintens.

Os "boules" do tempo vinham a ser "as cadeiras de estado, como agora se costumam", avaliadas por um preço de reflexões: "duzentos e cinquenta réis"...

Uma das grandes fontes de renda desses artificies era a confecção de caixas de marmelada, que se vendiam a trinta réis: a sacaria da época, pois n marmelada, residia o principal artigo da exportação paulista antecessora primeva do café.

Não se deve esperar que as "Actas" se refiram ao exato cumprimento das posturas e regimento dos ofícios. No Brasil quinhentista a dóse de tolerância precisava ter alentadas proporções.

Subiram os abusos ao ponto, porêm, de provocar a intervenção municipal. Na sessão de 15 de abril de 1588, chamava o procurador do conselho, Gonçalo Pires, a atenção de seus colegas de vereança para os abusos cometidos pelos mesteirais: "O povo clamava da pouca justiça, mórmente se agravava da grande carestia e desordem do mestre ferreiro", motivo pelo qual mandou a Câmara ao almotacel Antonio de Saavedra que abrisse severo inquérito.

A 28 de maio seguinte, era de novo a questão ventilada; intimava ao ferreiro, Domingos Fernandes, que mandasse seus aprendizes á vila, sob pena de mil réis de multa "para com eles fazer o concelho certas diligências".

Nesta mesma sessão queixou-se novamente Gonçalo Pires, de irregularidades de que ele próprio fôra, no ano transacto, vítima. Funcionava como juiz do ofício dos carpinteiros, quando na sua ausência os vereadores, violentamente, lhe haviam invadido a casa e retirado os padrões de aferimento, entregando-os a Bartholomeu Bueno, que então revelara a mais completa inépcia ao tentar exercer o cargo.

"Aferindo ele uma vara, a não soubera aferir, que lhe não fizera nê a bara nê terças nê sesmas. sóomente marcava nas cabeças". Indignados resolveram S. Mcês á vista de tanta incompetência e filáucia que o aferido intruso restituísse imediatamente e sob graves ameaças os padrões subtraídos ao juiz do ofício.

No inquérito a que procederam sobre as acusações levantadas ao mestre ferreiro verificaram quanto realmente abusara.

Relataram os aprendizes que não só não obedecia ás posturas estabelecidas pelo poder municipal como ainda tivera o desplante de mandar colocar pregão oficial num esteio tão alto que ninguém podia ler. Se alguém lhe fazia reparos, fanfarronava a molejar que os interessados arranjassem escadas para o atingir.

Não dizem as "Actas" como acabou o incidente. Com certeza continuou o Tubalcaim e exorbitar e a blasonar sem que ninguém lhe pusesse cobro aos abusos e desaforos. Era uma avis rara que não podia molestar. Que sucederia á vila se acaso se visse privada do seu único ferreiro? Dava-se provavelmente o mesmo em relação aos demais mestres de ofícios, homens tratados com o maior carinho por indispensáveis e, sobretudo, insubstituíveis. [“S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601”, 1920. Affonso d´Escraqnolle Taunay (1876-1958). Páginas 132, 133 e 134]




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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Nascimento de Maria Gardete Fernandes
1522, atualizado em 05/06/2025 19:55:46
 Família (2): Cosme Fernandes Pessoa (cunhado , n.1480), Maria Gardete Fernandes (sobrinho(a) , n.1510)





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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Domingos Luis Grou “adquiriu” terras vizinhas as concedidas nativos de Piratininga, junto ao rio Carapicuíba
26 de agosto de 1522, sábado, atualizado em 10/10/2025 19:30:13
• Cidades (6): Carapicuiba/SP, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): Cacique de Carapicuíba (consogro(a))
• Pessoas (5): Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Domingos Luís Grou (1500-1590), Jerônimo Leitão, Raul (fictício), Washington Luís Pereira de Sousa (30 anos)
• Temas (6): Carijós/Guaranis, Guaianás, Guaianase de Piratininga, São Paulo de Piratininga, Tupinambás, Ururay


•  “Domingos Luiz Grou”. Américo de Moura (1881-1953), Jornal Correio Paulistano, página 4
15 de agosto de 1942, sábado
Nome de relevo nos fatos quinhentistas de São Paulo, o de Domingos Luiz figura entre os dos portugueses que foram casados com "princesas" nativas, da capitania vicentina, constantes de um manuscrito seiscentistas divulgado pelo dr. Ricardo Gumbleton Daunt e aproveitado por Silva Leme no estudo das origens euro-americanas da raça bandeirante que vem na introdução da "Genealogia Paulista".

Ele frequentemente aparece na documentação da época, embora suscite sérios problemas de identificação. Parece que Pedro Taques o desconheceu, pois e possível conexão com ele, entre os títulos de que o linhagista cogitou, que se chegarem a ser escritos, estão perdidos, pacientemente coligidos por Taunay, de referências esparsas, encontro somente o dos "Eanes", apelido que foi o de um dos seus filhos e que Silva Leme atribui no tronco em Portugal, sob a forma "Anes Grou".

Não há indicio de que esse português tivesse morado em Santo André. Os seus filhos Antonio e Matheus, notáveis sertanistas, somente estão registrados em atos conhecidos da vida no planalto em datas que permitem considera-los nascidos muito depois da extinção daquela vila, provavelmente no fim do terceiro quarto do século XVI.

•  S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601 (1920) Affonso d´Escraqnolle Taunay
1 de janeiro de 1920, quinta-feira
A esse respeito escreve Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958):

"Asselvajar-se tanto este homem – Domingos Luiz Grou, genro do cacique de Carapicuíba que vivia no meio dos índios como um índio. Voltando à Vila de Piratininga, em pouco tempo recuperou prestígio. Em 1575, membro do Conselho da Vila, verberou o ex-vereador Antonio Fernandes que, sem a menor cerimônia surrupiara as portas do muro que defendia Piratininga e as vendera por 250 réis a André Burgos."

Merecem as posturas relativos ao ofício de ferreiro acurada atenção ás Câmaras quinhentistas, o que vem se compreende, tratando-se de assunto interessando diretamente a civilização mais do que qualquer outro, esse do trabalho dos metais.

Dai o extenso regimento concedido ao meste Bartholomeu Fernandes, o Tubalcaim paulistano, relativo ás foices roçadeiras "calçadas e descalçadas", enxadas, machados e cunhas de resgate "pregos de solhar, de costado e de cinta, pernetes, verdugos de engenho" cotados por diversos preços, vintenas e dezenas de réis, conforme se fornecesse o ferro, o aço ou carvão.

Tudo quando se lhes pedia era alguma caixa "de seis palmos de comprido com o seu escaninho, coisa para três cruzados" e alguma mesa de seus palmos "com seus pés bem acabados", o que valia seus seis tostões; alguma "cadeira rasa", do preço de seis vintens.

Os "boules" do tempo vinham a ser "as cadeiras de estado, como agora se costumam", avaliadas por um preço de reflexões: "duzentos e cinquenta réis"...

Uma das grandes fontes de renda desses artificies era a confecção de caixas de marmelada, que se vendiam a trinta réis: a sacaria da época, pois n marmelada, residia o principal artigo da exportação paulista antecessora primeva do café.

Não se deve esperar que as "Actas" se refiram ao exato cumprimento das posturas e regimento dos ofícios. No Brasil quinhentista a dóse de tolerância precisava ter alentadas proporções.

Subiram os abusos ao ponto, porêm, de provocar a intervenção municipal. Na sessão de 15 de abril de 1588, chamava o procurador do conselho, Gonçalo Pires, a atenção de seus colegas de vereança para os abusos cometidos pelos mesteirais: "O povo clamava da pouca justiça, mórmente se agravava da grande carestia e desordem do mestre ferreiro", motivo pelo qual mandou a Câmara ao almotacel Antonio de Saavedra que abrisse severo inquérito.

A 28 de maio seguinte, era de novo a questão ventilada; intimava ao ferreiro, Domingos Fernandes, que mandasse seus aprendizes á vila, sob pena de mil réis de multa "para com eles fazer o concelho certas diligências".

Nesta mesma sessão queixou-se novamente Gonçalo Pires, de irregularidades de que ele próprio fôra, no ano transacto, vítima. Funcionava como juiz do ofício dos carpinteiros, quando na sua ausência os vereadores, violentamente, lhe haviam invadido a casa e retirado os padrões de aferimento, entregando-os a Bartholomeu Bueno, que então revelara a mais completa inépcia ao tentar exercer o cargo.

"Aferindo ele uma vara, a não soubera aferir, que lhe não fizera nê a bara nê terças nê sesmas. sóomente marcava nas cabeças". Indignados resolveram S. Mcês á vista de tanta incompetência e filáucia que o aferido intruso restituísse imediatamente e sob graves ameaças os padrões subtraídos ao juiz do ofício.

No inquérito a que procederam sobre as acusações levantadas ao mestre ferreiro verificaram quanto realmente abusara.

Relataram os aprendizes que não só não obedecia ás posturas estabelecidas pelo poder municipal como ainda tivera o desplante de mandar colocar pregão oficial num esteio tão alto que ninguém podia ler. Se alguém lhe fazia reparos, fanfarronava a molejar que os interessados arranjassem escadas para o atingir.

Não dizem as "Actas" como acabou o incidente. Com certeza continuou o Tubalcaim e exorbitar e a blasonar sem que ninguém lhe pusesse cobro aos abusos e desaforos. Era uma avis rara que não podia molestar. Que sucederia á vila se acaso se visse privada do seu único ferreiro? Dava-se provavelmente o mesmo em relação aos demais mestres de ofícios, homens tratados com o maior carinho por indispensáveis e, sobretudo, insubstituíveis.

•  Revista da Semana
29 de novembro de 1949, terça-feira
Os primeiros murubixadas que deram filhos para os leitos de amor dos aventureiros portugueses que aqui chegaram naquela época, sem história foram: Taparica, na Bahia, Tibiriçá Virapueiras e Carapicuíbas em São Paulo, e Arcoverde em Pernambuco. Taparica é o pai de Paraguassú, e formosa cabocla que enfeitiça Caramurú; Tibiriçá é o pai de Bartira, a moça guaianá que deu filhos a João Ramalho, e Arcoverde, o progenitor de Maria do Espírito Santo - mãe dos primeiros filhos mestiços de Jerônimo de Albuquerque. Virapueiras é avo dos filhos de Braz Gonçalves, e Carapicuibas - o sogro de Domingos Luiz Grou.

•  “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1 de janeiro de 1957, terça-feira
A verdade é que o primeiro Domingos Luís Grou possuía uma data de terra, que vizinhava com a sesmaria concedida aos índios de Piratininga, junto ao rio Carapicuíba, como reza a provisão de Jerônimo Leitão passada a 12 de outubro de 1582, em S. Vicente, e registrada na Câmara da vila de S. Paulo em 26 de agosto de 1522 (Registro Geral,vol. 1º, págs. 354 a 357).
30/08/1519 - Partem das ilhas Canárias para o Porto de Santa Luzia, no Brasil [274]
13/12/1519 - Fernando de Magalhães chega à baía do Rio de Janeiro [12783]
27/12/1519 - Fernando de Magalhães deixa a baía do Rio de Janeiro (ver 13 de dezembro) e prossegue em sua viagem de circunavegação do globo [12823]
29/07/1521 - Gonçalo Fernandes ficou na ilha de Bornéu [293]




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  12º de
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Nascimento de Leonor Domingues
1523, atualizado em 20/08/2025 03:12:56
 Família (1): Leonor Domingues (consogro(a) , n.1523)
• Pessoas (1): Maria Domingues D‘Anvers


•  Consulta em https://pt.geneanet.org
20 de agosto de 2025, quarta-feira
30/08/1519 - Partem das ilhas Canárias para o Porto de Santa Luzia, no Brasil [274]
13/12/1519 - Fernando de Magalhães chega à baía do Rio de Janeiro [12783]
27/12/1519 - Fernando de Magalhães deixa a baía do Rio de Janeiro (ver 13 de dezembro) e prossegue em sua viagem de circunavegação do globo [12823]
29/07/1521 - Gonçalo Fernandes ficou na ilha de Bornéu [293]




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  13º de
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Nascimento de Paulo de Proença em Alenquer, em Portugal.
1530, atualizado em 09/10/2025 06:22:08
 Família (1): Paulo de Proença (consogro(a) , n.1530)





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  14º de
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Pero Lopes de Sousa, em seu Diário da navegação, referindo-se a este dia, escreve
13 de março de 1531, sexta-feira, atualizado em 13/02/2025 06:42:31
• Cidades (1): Salvador/BA
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)
• Pessoas (2): Pero Lopes de Sousa (1497-1539), Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557)





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  15º de
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Mestre retira-se para Iguape
julho de 1531, atualizado em 25/02/2025 04:47:11
• Cidades (3): Cananéia/SP, Iguape/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)
• Pessoas (4): Bacharel de Cananéa, Domingos Luís Grou (1500-1590), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Duarte Peres
• Temas (2): Caminho do Mar, Guerra de Iguape


•  “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
1 de janeiro de 1937, sexta-feira
Deante do que já ficou relatado em nosso histórico sobre Gonçalo da Cósta, retirou-se Mestre Cósme, no ano de 1531 para a região de Iguapé, levando consigo toda a sua vasta parentéla, todos os seus amigos europeus e grande numero de aborígenes, primitivos dominadores de S. Vicente. Só ficaram Antonio Rodrigues e João Ramalho, este, quase sempre sobre as serras, não se sabendo o fim que teria levado o Capitão Antonio Ribeiro, embora suponhamos que ele tenha embarcado com Henrique Montes, em 1530, na Armada de Caboto, de volta a Portugal.

O "bacharel" Méstre Cosme, recebeu em seu retiro de Iguapé, no mesmo ano de sua retirada, em 1531, a visita de Martim Affonso, feita em Agosto, ocasião em que, Francisco de Chaves acompanhando Pero Lobo, partiu chefiando a infortunada bandeira de Cananéa, e ali aguardou apenas o tempo suficiente para amadurecer a desforra projectada ás injustiças e iniqüidades que sofrera. Ao meio do ano de 1534 começaram as manifestações de hostilidade entre a gente do çeducto de Iguapé e os moradores da Villa de São Vicente. Solidarizados os hespanhóes de Mosquera, que ha- viam descido do sul para aquelle logar, com as forças nu- merosas do " bacharel", começaram todos a affrontar os vi- centinos.Pelo que falava elle com mais desembaraço do que devia, e disso resultou que o capitão daquella cósta mandou notificar-lhe que fosse cumprir o seu desterro no logar designado por el-Rei

. . .já estavam os hespanhóes ali em Iguapé dois annos vivendo em paz, quando um fidalgo portuguez, chamado o Bacharel Duarte Peres se lhes veiu metter com toda sua casa, filhos e criados, despeitado e queixoso dos de sua própria nação, o qual havia sido desterrado por el rei D. Manoel para aquela cósta, na qual havia padecido inumeráveis trabalhos".




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  16º de
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Pedro Agnez é enviado a terra
1 de agosto de 1531, sábado, atualizado em 26/06/2025 00:46:51
• Cidades (3): Bertioga/SP, Cananéia/SP, Rio de Janeiro/RJ
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)
• Pessoas (2): Bacharel de Cananéa, Pedro Annes
• Temas (1): Baía de Guanabara


•  Heróis Indígena do Brasil. Memórias sinceras de uma raça. Autor: Geraldo Gustavo de Almeida
1 de janeiro de 1988, sexta-feira




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  17º de
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Martim Afonso de Sousa concedeu uma sesmaria a João Ramalho / Ele informa sobre o "Caminho do Peabiru"
12 de outubro de 1532, quarta-feira, atualizado em 25/02/2025 04:41:35
• Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)
• Pessoas (4): Bacharel de Cananéa, Antônio Rodrigues de Almeida (Cap.) (1520-1567), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pero (Pedro) de Góes
• Temas (3): Caminho do Peabiru, Ouro, Tupinambás





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  18º de
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Martim Afonso retorna a Cananéia descobre que Cosme sumiu; parte p/ São Vicente
janeiro de 1533, atualizado em 13/02/2025 06:42:31
• Cidades (3): Cananéia/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)
• Pessoas (2): Bacharel de Cananéa, Martim Afonso de Sousa (1500-1564)
• Temas (1): Ouro





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  19º de
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Sesmaria a Ruy Pinto, cavaleiro da Ordem de Cristo
10 de fevereiro de 1533, sexta-feira, atualizado em 25/02/2025 04:39:00
• Cidades (5): Cubatão/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Votorantim/SP
 Família (1): Piqueroby (sogro , 1480-1552)
• Pessoas (3): Bacharel de Cananéa, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Ruy Pinto (f.1549)
• Temas (28): A Santa Cruz, Apiassava das canoas, Cachoeiras, Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Cruzes, Engenho São Jorge dos Erasmos, Estradas antigas, Itapeva (Serra de São Francisco), Léguas, Nossa Senhora da Escada, Ordem de Cristo, Otinga, Pela primeira vez, Porto das Almadias, Portos, Rio Cubatão, Rio Cubatão (Nhundiaquara), Rio Cubatão em Cubatão, Rio Ururay, Santa Ana das Cruzes, São Paulo de Piratininga, Serra de Cubatão , Ururay, Ytutinga, Nheengatu, Caminho de Cubatão


•  João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
1 de janeiro de 1886, sexta-feira
Faço saber aos que esta minha carta vieram que havendo respeito como Ruy Pinto, cavaleiro da ordem de Cristo, servio cá nestas partes Sua Alteza e assim ficou para povoador nesta terra, que com ajuda de Nosso Senhor ficou povoado. Hei por bem de lhe dar as terras do Porto das Almadias onde desembarcam quando vão para Piratinim quando vão desta Ilha de São Vicente, que se chama Apiaçaba, que agora novamente chama-se o porto de Santa Cruz, e da banda do Sul partirá pela barra do Cubatão pelo porto dos outeiros que estão na boca da dita barra, entrando os ditos outeiros dentro nas ditas terras do dito Ruy Pinto. E dai subirá direto para a serra por um lombo que faz, por um vale que está entre este lombo e uma água branca que cahe do alto, que chamam Ytutinga e, para melhor se saber este lombo, entre a dita água branca, por as ditas terras não se mete mais de um só vale e assim irá pelo dito lombo acima, como dito é até o cume do serro alto que vai sobre o mar e pelo dito cume irá pelos outeiros escalvados que estão no caminho que vem de Piratinim. E atravessando o dito caminho irá pela mesma serra até chegar sobre o vale Ururay (Seria de certo lá a aldeia de Piqueroby) que é da banda norte das ditas terras, onde a serra faz uma fenda por u ma selada, que parece que fenece por ali, a qual serra é mais alta que outra por ali ajunta e dela que vem por riba do vale de Ururay, da qual aberta cahe uma água branca;do alto desta dita barra desce diretamente ao rio de Ururay, e pela veia d´água irá abaixo até se meter no mar e outeiros escalvados (...)

João Mendes de Almeida (1831-1898) diz:

O segundo título anda declara: "E, atravessando o dito caminho (de Piratininga, irá pela mesma serra (Paranapiacaba) até chegar sobre o vale de Ururay, onde a serra faz uma fenda por uma selada, que parece que fenece por ali junta, e dele vem por riba do vale de Ururay, da qual aberta cáe uma água branca, e do alto desta dita barra desce direitamente ao rio de Ururay, e pela veia da água irá abaixo até se meter no mar e outeiros escalvados..." Conforme este título o Ururay fica para a banda do Norte, com referência á barra do rio Cubatão.

A verdade, em suma, é que já naquele século XVI, não existiam vestígios alguns da aldeia Ururay, no vale do mesmo nome, mencionado no título de sesmaria de Ruy Pinto, passado e assinado em 10 de fevereiro de 1533 pelo próprio Martim Afonso, sob o título de Governador das terras do Brasil, e ainda então não donatário.

Ururay, nome de uma serra e de um pequeno ribeiro que ali nasce, era também a denominação da aldeia. [p. 352]




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  20º de
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Martim Afonso de Sousa concede uma sesmaria de terras na capitania de São Vicente a Francisco Pinto
4 de março de 1533, sábado, atualizado em 25/02/2025 04:41:10
• Cidades (3): Cubatão/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): Piqueroby (sogro , 1480-1552)
• Pessoas (3): Francisco Pinto, filho, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Ruy Pinto (f.1549)
• Temas (3): Morpion, Serra de Cubatão , Enguaguassú





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  21º de
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A sua morte, ocorrida em 1534, quando do ataque das forças de Iguape a São Vicente é apresentada como prova final da sua traição ao Bacharel,
1534, atualizado em 27/06/2025 02:58:44
• Cidades (4): Cananéia/SP, Iguape/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): Piqueroby (sogro , 1480-1552)
• Pessoas (4): Bacharel de Cananéa, Henrique Montes, Pero (Pedro) de Góes, Rui Garcia de Moschera
• Temas (5): Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Guerra de Iguape, Habitantes, Ilha de Barnabé


•  Piqueriby, consultado em geni.com
27 de fevereiro de 2022, domingo




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  22º de
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Chegou a Buenos Aires com toda a sua colônia que tinha em Santa Catarina
1537, atualizado em 25/09/2025 20:03:30
• Cidades (2): Buenos Aires/ARG, Iguape/SP
 Família (1): Cosme Fernandes Pessoa (cunhado , n.1480)
• Pessoas (2): Bacharel de Cananéa, Rui Garcia de Moschera
• Temas (3): Fortes/Fortalezas, Guerra de Iguape, Léguas


•  “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
1 de janeiro de 1797, domingo




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  23º de
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Nascimento do "Caçador do Eldorado", parente do de João Ramalho
1540, atualizado em 24/08/2025 08:38:15
• Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)
• Pessoas (2): Belchior Dias Moréia (1540-1619), Cristóvão de Barros
• Temas (1): Ouro





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  24º de
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Terras
2 de junho de 1541, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:34:40
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (1): Sorocaba/SP
• Pessoas (1): André Botelho


•  “Um Caso de Apropriação de Fontes Textuais: Memória Histórica da Capitania de São Paulo, de Manuel Cardoso de Abreu, 1796”. Versão Corrigida
1 de janeiro de 2012, domingo
(...) concedeu a André Botelho aos 2. de Junho de 1541, declarando, que partiriaõ pela regueira, que alli faz o outeiro, que, diziaõ, ser de Braz Cubas, (este oiteiro de Braz Cubas he o de Monserrate) segundo consta da carta, que ainda se conserva no livro dos Registos da Provedoria; (n) porem as Escripturas mais antigas, que apparecem, todas fazem mensaõ destas mesmas terras contiguas á regueira da carta, e fronteiras á Nossa Senhora da Graça, como pertencentes ao Mestre Bartholomeo.




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  25º de
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Desde 1542 o solicitavam a que João Ramalho emigrasse para S. Vicente
1542. Atualizado em 23/10/2025 15:32:24
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)

• Cidades (3): São Vicente/SP, Sorocaba/SP, São Paulo/SP





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  26º de
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Confirmação de terras a “mestre Cosme, bacharel”
25 de maio de 1542, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:34:41
 Família (1): Cosme Fernandes Pessoa (cunhado , n.1480)

• Cidades (4): Cananéia/SP, Peruíbe/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
• Pessoas (5): Bacharel de Cananéa, Christovam Jacques (1480-1531), Gonçalo da Costa, Gonçalo Monteiro, Pero Correia (f.1554)
• Temas (4): Apiassava das canoas, Ilha de Barnabé, Morpion, Portos


•  Consulta em peabirucalunga.blogspot.com
11 de julho de 2019, quinta-feira

•  Ernesto Guilherme Young (1850-1914), pesquisando os arquivos dos cartórios e do Tombo de Iguape, publicou, em l896, pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, seu clássico “Esboço Histórico da Fundação da Cidade de Iguape” (1895), no qual conseguiu identificar o bacharel como sendo Cosme Fernandes Pessoa
1 de janeiro de 1895, terça-feira
Ernesto Guilherme Young (1850-1914), pesquisando os arquivos dos cartórios e do Tombo de Iguape, publicou, em l896, pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, seu clássico “Esboço Histórico da Fundação da Cidade de Iguape” (1895), no qual conseguiu identificar o bacharel como sendo Cosme Fernandes Pessoa, ou simplesmente Mestre Cosme Fernandes.

Young baseou-se no fato que, no século XVI, existiu em Iguape um grande latifundiário chamado Cosme Fernandes, cujas terras, posteriormente, passaram a seus herdeiros, entre eles o capitão Francisco Álvares Marinho. Corrobora essa tese uma carta de confirmação de sesmaria, passada na Vila de São Vicente em 25 de maio de 1542, por ordem do capitão-mor Antônio de Oliveira:

... faço saber ao que esta minha carta de confirmação de sesmaria virem, como por Pedro Correia, morador nesta vila de São Vicente me foi feita uma petição em que diz que por Gonçalo Monteiro, que aqui foi capitão, lhe foram dadas umas terras da outra banda desta vila, que é o Porto das Naus, terra que era dada a um Mestre Cosme, Bacharel.

(Sesmaria era uma sorte de terras, geralmente de uma légua de cumprimento por três de largura, a qual devia ser povoada e cultivada pelo contemplado no espaço de dois ou mais anos).




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  27º de
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Bras Cubas funda aí uma casa de misericórdia, primeiro estabelecimento do gênero criado no Brasil
1543. Atualizado em 24/10/2025 02:34:41
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (2): Santos/SP, São Vicente/SP
• Pessoas (1): Paschoal Fernandes
• Temas (9): Ermidas, capelas e igrejas, Enguaguassú, Fortes/Fortalezas, Hospitais, Morpion, Nossa Senhora de Montserrate, Pela primeira vez, Santa Casa da Misericórdia, Santa Catarina


•  Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo vol. XVIII
1 de janeiro de 1913, quarta-feira
Com o hospital foi também fundada a povoação, que devia servir de base á cidade actual, preponderando, para isso, no animo do Braz Cubas a convicção de que assim evitava o incommodo de fazer viagens largas, quando lhe fosse necessário ir á villa, e a dita povoação ficava mais próxima á sua fazenda e em sitio mais adequado para o embarque e desembarque dos navios, como elucida Frei Gaspar.

Para levar a efeito este "tentamen", no anno mencionado de 1543, Braz Cubas comprou de Paschoal Fernandes e Domingos Pires as terras situadas junto ao outeiro de Santa Catharina, na face norte da Ilha do Morpion, já conhecida por Ilha de S. Vicente ; e, reconhecendo a superioridade da bahia, a que os nativos apropriadamente chamavam Enguáguassú (4), mandou roçar o mato que cobria as ditas terras, e, ativo e empreendedor como era, fundou a povoação de fogo morto, com o nome de porto da vila de s. vigente, criando também, alem do hospital que teve a invocação de Santos, á semelhança de outro que existia em Lisboa com igual invocação, diferentes dependências, como um pequeno forte, que ainda existia em 1887, servindo á repartição da Guarda-Moria da Alfandega, e tendo o Pelourinho, o primeiro, levantado entre. a praia e o solo, onde hoje ainda existe a casa do Trem. [Página 17 e 18]

•  “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP
1 de janeiro de 2008, terça-feira
Pelas dificuldades de escoamento da produção local, Brás Cubas comprou terras no outro extremo da ilha, chamada pelos indígenas de Yguaguaçu-pe. De posse desta nova área, construiu, em 1543, junto ao outeiro de Santa Catarina – atual colina de Montserrat –, uma igreja dedicada à Nossa Senhora da Misericórdia e um hospital denominado Todos os Santos. Segundo Fr. Gaspar, daí veio o nome da futura vila de Santos.

•  “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
1 de janeiro de 1797, domingo
(..) que ele (Bras Cubas) começara a povoar pelo ano de 1543, em que, segundo a inscrição em sua campa,fundara aí uma casa de misericórdia, primeiro estabelecimento desse gênero criado no Brasil (ver 25 de setembro de 1536). [Página 103]

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte, 1949
1 de janeiro de 1949, sábado

•  Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI
1 de janeiro de 1895, terça-feira




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  28º de
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Vendeu a Braz Cubas as mencionadas terras com todas suas benfeitorias
9 de abril de 1544, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:34:41
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (3): Santos/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
• Pessoas (4): Antônio da Peña (n.1515), Diogo Álvares (1500-1549), Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557), Paschoal Fernandes
• Temas (1): Dinheiro$


•  Revista da ASBRAP nº 8. Povoadores de São Paulo: Antonio da Peña. H. V. Castro Coelho
9 de outubro de 2022, domingo
A 9 de abril de 1544, na vila de S. Vicente (antes de receber a quitação) vendeu a Braz Cubas as mencionadas terras com todas suas benfeitorias, ao preço de 51$600 em dinheiro de contado “da moeda hora corrente de 600, ao real”, por uma carta de venda lavrada pelo tabelião Francisco Mendes. Obteve, pouco depois, do tabelião do público e judicial, Manuel Vaz, um traslado da dita carta de venda, extraído do livro de notas (RIHGSP, XLIV, 246 e 247).A 23 de abril do ano seguinte, na povoação de Santos, deu quitação a Braz Cubas da referida quantia, conforme um termo lavrado por Luís da Costa, tabelião de S. Vicente (id.). [Página 1 do pdf]




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  29º de
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Brás Cubas toma posse do cargo de capitão-mor da capitania de São Vicente
8 de junho de 1545, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:34:42
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (1): São Vicente/SP
• Temas (1): Capitania de São Vicente


•  http://ihgsp.org.br
2 de maio de 2025, sexta-feira
Brás Cubas toma posse do cargo de Capitão-Mor da Capitania de São Vicente, segundo assevera Frei Gaspar da Madre de Deus, em suas “Memórias para a História da Capitania de São Vicente”. Entre seus primeiros atos, destaca-se a 19 do mesmo mês, a concessão do fôro de vila ao povoado de Porto de Santos, nome abreviado de “Todos os Santos”m, designação do hospital edificado pelo ilustre capitão-mor.




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  30º de
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Brás Cubas concede o predicamento de vila ao porto de Santos
19 de junho de 1545, terça-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:34:42
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (1): Santos/SP
• Temas (1): Portos





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  31º de
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Bras Cubas se muda
1548. Atualizado em 24/10/2025 02:34:42
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Temas (1): Ilha de Barnabé





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  32º de
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João Ramalho não deixou de privilegiar os europeus que, instalados no litoral, no final dos anos 1540, já demandava nativos como força de trabalho para seus engenhos de açúcar
1549. Atualizado em 23/10/2025 15:32:25
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)

• Cidades (2): São Vicente/SP, Sorocaba/SP
• Temas (2): Açúcar, Escravizados


•  Nossa História, Prefeitura de Iguatu (iguatu.ce.gov.br, data da consulta)
10 de fevereiro de 2024, sábado




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  33º de
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Depoimento de Brás Arias, em Sevilha
9 de outubro de 1549, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:34:43
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (1): Sevilha/ESP
• Pessoas (1): Paschoal Fernandes


•  “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda
1 de janeiro de 1969, quarta-feira
Brás Arias, português de São Vicente, dera causa a uma denúncia por onde os oficiais da Casa de Contratação puderam ter conhecimento dos processos usados em tais assaltos.

A denúncia partira do mesmo Martin de Orue que apare- cerá mais tarde em Lisboa a colher informações para o Conselho de Sua Majestade sobre as propostas de Diogo ou Domingos Nunes a el-rei Dom João III e sobre as pretensões territoriais lusitanas com respeito a terras da demarcação de Castela. Quatro ou cinco dias apenas depois da chegada de Arias, era este chamado a com- parecer perante o visitador de Sua Majestade na Casa, a fim de prestar depoimento acerca dos latrocínios e malícias atribuídos por Orue aos de São Vicente e outras partes do Brasil em prejuízo de vassalos e súditos do imperador.

Tomado seu juramento na devida forma de como diria a verdade do que sabia, confirmou Arias, acrescentando-lhes novos pormenores, as acusações do espião castelhano. Referiu como, cerca de um ano antes, dois navios, um de São Vicente, outro da capitania de Ilhéus, se tinham reunido em Cananéia, seguindo em conserva até a laguna do Viaça, junto à Ilha de Santa Catarina, onde estavam vários espanhóis, além de muitos índios e índias, que vinham sendo doutrinados por Frei Alonso Lebron, da Ordem de São Francisco. Achando-se a testemunha num dos navios, em que saíra a fazer os seus tratos, viu como Pasqual Fernandes, genovês, vizinho de São Vicente, e Martim Vaz, de Ilhéus, senhores e mestres dos navios, atraíram a bordo com enganos e fingida amizade aos espanhóis, entre estes Frei Alonso, além de parte dos catecúmenos que apresaram, e seriam cento e tantas peças, entre homens e mulheres. Feito isso partiram ambos os navios, com todos aqueles prisioneiros, seguindo um deles, o que era de Pascoal Fernandes, com destino a São Vicente, e neste iam o dito frade e os demais espanhóis, além de parte dos índios aprisionados, en- quanto o de Martim Vaz tomava o caminho de Ilhéus.

Vira mais a testemunha, e assim o disse, que chegado a São Vicente o navio de Pasqual Fernandes, o capitão daquele porto, que se chamava Brás Cubas, lhe tomou os espanhóis e índios cristãos, pondo aqueles em liberdade e entregando estes a Frei Alonso, que lhe mostrara os privilégios e faculdades recebidos da sua Ordem e de Sua Majestade. Em seguida, deixou o frade em poder de certos vizinhos e moradores portugueses de São Vicente os índios e índias convertidos, para que os guardassem provisoria- mente, enquanto ele próprio ia a Portugal e Castela a queixar-se do sucedido. E com efeito, partiu para esses reinos onde, todavia, não chegou, constando-lhe que fora aprisionado por algum corsário francês. Quanto aos índios ainda não convertidos, sabia ainda o depoente que Brás Cubas os deixou em poder de Pasqual Fernandes e dos companheiros deste que participavam do negócio com a condição de os devolverem se e quando fossem reclamados por quem de direito os pudesse haver.




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  34º de
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Hans Staden naufraga em Itanhaém
1550. Atualizado em 24/10/2025 02:34:59
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (2): Itanhaém/SP, São Vicente/SP
• Pessoas (1): Hans Staden (1525-1576)
• Temas (1): Carijós/Guaranis





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  35º de
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Encontro com Bras Cubas
1551. Atualizado em 24/10/2025 02:35:00
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (2): Itanhaém/SP, São Vicente/SP
• Pessoas (2): Hans Staden (1525-1576), João Sanches "Bisacinho"
• Temas (1): Espanhóis/Espanha





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  36º de
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Santa Casa confirmada por João III
2 de abril de 1551, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:00
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (1): Santos/SP
• Pessoas (1): João III, "O Colonizador" (1502-1557)
• Temas (4): Hospitais, Medicina e médicos, Pela primeira vez, Santa Casa da Misericórdia


•  Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo vol. XVIII
1 de janeiro de 1913, quarta-feira
Na parte a que nos referimos diz esse traslado : «elle capitão (Martim Affonso) lhes houve por demarcadas pelas demarcações já ditas e metteu posse realmente em feito, visto já a obra que na dita Ilha tem de cannaviaes e mantimentos, e por elle dito Braz Cubas foi também pedido â elle Capitão mandasse a mim tabelliào que desse aqui a minha fé em como havia três annos que Joào Pires Cubas, seu pae, viera a esta terra com fazenda e gasto para aproveitar as ditas terras e tomar posse delias e aproveital-as, o que deixou de fazer por dita terra ser habitada por gentios nossos contrá- rios e por esse respeito não pudera nem podia aproveital-as, etc." Verifica-se, pois, pela referida escriptura, cuja cópia acha-se transcripta no volume VI da Revista do Instituto Histórico de S. Paulo, que a dita Ilha Pequena fazia parte das terras doadas ; que nella residiram Braz Cubas e seu pae ; e que, finalmente, este foi o portador da referida carta de doação em 1540.

Foi, portanto, nesta época que Braz Cubas concebeu o levado e feliz plano de fundar uma povoação, começando por uma Casa de Misericórdia; e, após, lançou os primeiros alicerces da referida povoação, que imponente hoje se ostenta á margem do canal que a circunda e que constitue, em toda a America, o porto de mais seguro abrigo. O principal motivo deste arrojado commettimento fundava-se em que «era inconveniente o surgidouro onde o rio de Santo Amaro desembocca no canal da Barra Grande e onde os navios, até tempo, davam fundo, assim aos marinheiros como aos donos das fazendas : aos primeiros por lhes ser necessário residir em porto solitário, emquanto as embarcações aqui demoravam ; e aos segundos porque conduziam para a Villa as suas cargas mais pesadas ou pela Barra de S. Vicente, com muito perigo, em canoas, ou por dentro, rodeando toda a Ilha. com viagem mais dilatada; accrescentando ainda que «os marinheiros que chegavam enfermos ou aqui adoe- ciam, depois de cá estarem, padeciam muitas necessidades por falta de se curarem.» Com estes nobres, elevados e humanitários intuitos, despertados por uma inspiração toda santa, conseguiu Braz Cubas, sob os melhores auspícios e com o concurso dos seus conterrâneos, homens bons, moradores principaes da terra, realizar tão notável emprehendimentb, erigindo nesta terra, entào inculta, um hospital e irmandade de Misericórdia que o administrasse.

De fato, um hospital, com irmandade de misericórdia, foi erigido neste local, que, a esse tempo, era mato virgem, constituindo-se, assim, a primeira confraria, no género, nesta vasta região da America Meridional; ella foi confirmada por D. João III, em Almeirim, aos 2 de Abril de 1551, como é expresso no antigo Livro de Compromisso existente no archivo daquella irmandade.

Com o hospital foi também fundada a povoação, que devia servir de base á cidade actual, preponderando, para isso, no animo do Braz Cubas a convicção de que assim evitava o incommodo de fazer viagens largas, quando lhe fosse necessário ir á villa, e a dita povoação ficava mais próxima á sua fazenda e em sitio mais adequado para o embarque e desembarque dos navios, como elucida Frei Gaspar.




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Bras Cubas se torna, novamente, Capitão-Mor
18 de junho de 1551, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:00
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (1): Sorocaba/SP





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Alvara referente a Bras Cubas
4 de dezembro de 1551, terça-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:00
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (2): São Vicente/SP, Sorocaba/SP





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Tomé de Sousa concede a aprovação a Bras Cubas para "povoar"
8 de fevereiro de 1552, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:01
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (3): Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
• Pessoas (1): Tomé de Sousa (1503-1579)
• Temas (1): Portos





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Maniçoba / Ulrico Schrnidel partiu de Buenos Aires, que veio do Paraguai a São Vicente, passando por Santo André, a vila de João Ramalho
26 de dezembro de 1552, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:26
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)

• Cidades (5): Assunção/PAR, Itu/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Buenos Aires/ARG
• Pessoas (1): Ulrico Schmidl (1510-1579)
• Temas (6): Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho do Peabiru, Ituguasu, Maniçoba, Vila de Santo André da Borda, Estradas antigas





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Hans Staden
1553. Atualizado em 24/10/2025 02:35:01
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (6): Bertioga/SP, Itanhaém/SP, Santos/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP
• Pessoas (2): Hans Staden (1525-1576), João Sanches "Bisacinho"
• Temas (1): Tamoios





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Bras Cubas assume como Provedor das rendas
4 de fevereiro de 1553, quarta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:01
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)





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Ulrich
junho de 1553. Atualizado em 23/10/2025 15:32:27
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)

• Cidades (1): Sorocaba/SP
• Pessoas (1): Ulrico Schmidl (1510-1579)
• Temas (2): Caminho do Peabiru, Vila de Santo André da Borda





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Carta de Manoel da Nóbrega á Luís Gonçalves da Câmara: “Vou em frente procurar alguns escolhidos que Nosso Senhor terá entre esses gentios”
31 de agosto de 1553, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:27
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)

• Cidades (3): Itu/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
• Pessoas (3): Domingos Luís Grou (1500-1590), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel de Paiva (f.1584)
• Temas (7): Araritaguaba, Farinha e mandioca, Gentios, Jesuítas, Maniçoba, Vale do Anhangabaú, Vila de Santo André da Borda


•  “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1 de janeiro de 1957, terça-feira
João Ramalho não deu informações precisas sobre a terra de seu berço. Dela veio estando casado com mulher, que lá deixou e da qual nunca mais teve notícia, supondo-a morta, quarenta anos depois.

O Padre Manuel da Nóbrega, na carta de 31 de agosto de 1553 ao Padre Luís Gonçalves da Câmara, diz que João Ramalho era parente do Padre Manuel de Paiva, o celebrante da missa no planalto, a 25 de janeiro de 1554. (Páginas de História do Brasil, pelo Padre Serafim Leite, págs. 92 a94).

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP. Vol. LXXXVII
1 de janeiro de 1992, quarta-feira
O rio terá sido, no entender de pesquisadores, a justificativa para a fundação do colégio jesuíta embrião da cidade anchietana. Ou seja, o começo do desbravamento. Está lá, na carta dirigida por Nóbrega ao Provincial da Ordem, o conselho para que insista junto a Martim Afonso quanto a transferência dos colonos deperecendo na Borda do Campo "aonde não havia peixe nem farinha" para que "se achegassem ao rio, (onde) teriam tudo a sossegariam".

Julgam alguns que tal rio fosse o Anhangabaú mas como pensar que um riacho na verdade fornecesse alimento para toda a população a ser transferida e mais a já existente? Antes de existir a vila paulistana, o Tietê levava e trazia os devassadores do sertão. É de 1551 a carta do irmão Pero Correia, descrevendo a viagem rio abaixo, com outros cinco irmãos a procura de um cristão asselvajado, indianizado.

E é de 31 de agosto de 1553 a carta de Nóbrega salientando a descida até Maniçoba, comboiado por um filho de João Ramalho. Abalou-se até para além de Araritaguaba.

Depois dessas, sabemos da ida do padre Anchieta em 1568 em missão muito simpática. Foi levar, em mãos, como exigia o favorecido, o perdão da justiça ao régulo Domingos Luiz Grou que a vila de São Paulo desejava ter dentro de seus muros para ajudar na sua defesa. Somente voltaria se o padre Anchieta fosse buscá-lo. Como se vê, já naquele tempo, poderosos usufruindo de prestígio gozavam de fortes regalias! Mas impõe-se-nos uma pergunta: se Grou fora homiziar-se naquelas paragens o fizera porque já, por ali, se navegava e morava. Mas, viagem mesmo, fazendo do leito do rio uma estrada, a primeira parece ser. [Página 29]

•  “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
1 de janeiro de 2005, sábado
Nóbrega, entretanto, com seu ideal catequético-cristão, apesar da rudeza de João Ramalho, via nele um meio de conversão dos gentios, para o que deve ter pesado a relação de parentesco existente entre o chefe tribal e o Padre Manuel de Paiva, informa Serafim Leite (2004-I: 93), e como deixa entrever o próprio Nóbrega em carta escrita do sertão de São Vicente, em 31 de agosto de 1553 (2000:183-4):

Neste campo está um João Ramalho, o mais antigo homem que está nesta terra. Tem muitos filhos e mui aparentados em todo este sertão. E o mais velho deles levo agora comigo ao sertão por mais autorizar nosso ministério. Porque é muito conhecido e venerado entre os gentios e tem filhas casadas com os principais homens desta Capitania e todos estes filhos e filhas são de uma índia, filha de um dos principais desta terra. De maneira que, nele e nela em seus filhos, esperamos ter grande meio para a conversão destes gentios. (....) Este homem, para mais ajuda, é parente do Pe. Paiva e cá se conheceram.

Foi para lá que Nóbrega se dirigiu (Maniçoba), ao passar por Piratininga, em agosto de 1553, quando deixou as bases para a fundação da Casa de São Paulo:

“Yo voi me adelante a buscar algunos escogidos que N. Señor tendrá entre estos gentiles” (Carta ao Pe. Luís Gonçalves da Câmara, 31.08.1553, CPJ, v. 1, p. 523).




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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João Ramalho fundou uma povoação / vila de Santo André
8 de Setembro de 1553, terça-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:27
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)

• Cidades (2): Santo André/SP, São Paulo/SP
• Pessoas (2): Antônio de Oliveira (1510-1580), Francisco de Saavedra (n.1555)
• Temas (3): Caciques, Guaianás, Vila de Santo André da Borda


•  Biografia de Tibiriça (Formiga Velhaca), consultado em osbrasisesuasmemorias.com.br
24 de janeiro de 2021, domingo
Cacique guaianá, irmão de Araraí e de Caiubi. Aliciado pelo genro branco João Ramalho, o famoso cacique tornou-se aliado dos invasores. Foi um grande benfeitor dos estrangeiros, traindo os da sua própria raça, como fez Araribóia. Quando Tomé de Sousa criou a vila de Santo André, 1553, Tibiriça não se opôs. Cumpriu as ordens desse governo e continuou servindo aos que o sucederam. Se não fosse ele e a sua grande prole os jesuítas não teriam fundado São Paulo. De grande resistência física, era considerado o maior arqueiro do planalto. Não tinha medo de nada; apesar disto seu temperamento era muito sensível. Tornou-se tão amigo dos jesuítas (Nobrega e Anchieta) que chegou até a brigar com o genro e tornou-se inimigo de muitos dos seus parentes, inclusive Araraí. Conta-se que certa vez os guainases aprisionaram um inimigo e o entregaram ao chefe. Na taba indígena preparou-se um grande festim e quando Tibiriça, todo empenachado, se prepara para devorar o inimigo, apareceram os missionários e o desarmaram. O cacique assoviou, bateu o pé e o arco e acabou deixando o prisioneiro. Como colaborador dos invasores recebeu o hábito de Cristo e uma tença anual. Morreu na sua choupana, que ficava no atual Largo de São Bento, a 25 de dezembro de 1562, vitima desinteria trazida pelos escravos dos portugueses das vilas vizinhas.

•  João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
1 de janeiro de 1886, sexta-feira
Neste lugar, João Ramalho fundou uma povoação; e, em 1553, aos 8 de Setembro, foi elevada á villa, sob o nome de Santq Andre, pelo segundo capitâo-mór loco-tenente António de Oliveira e pelo provedor da fazenda real Braz Cubas, ratificada em 1554 pelo donatário da capitania.




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Elevação de Santo André da Borda do Campo a vila é confirmada por Bras Cubas
1554. Atualizado em 24/10/2025 02:35:03
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Temas (1): Vila de Santo André da Borda


•  João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
1 de janeiro de 1886, sexta-feira
Neste lugar, João Ramalho fundou uma povoação; e, em 1553, aos 8 de Setembro, foi elevada á villa, sob o nome de Santq Andre, pelo segundo capitâo-mór loco-tenente António de Oliveira e pelo provedor da fazenda real Braz Cubas, ratificada em 1554 pelo donatário da capitania.




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Nascimento de Luiz
1554, atualizado em 24/10/2025 02:38:06
• Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): Luís Eanes Grou (velho) (consogro(a) , 1554-1590)
• Pessoas (1): Domingos Luís Grou (1500-1590)





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Serafim Leite afirma expressamente que, no ano de 1554, ainda não tinham começado a residir em Piratininga moradores portugueses, daí não existirem filhos deles na Escola de Meninos, em que o Irmão Antônio Rodrigues ensinava a ler, escrever e cantar
1554. Atualizado em 23/10/2025 15:32:28
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)

• Cidades (4): Itu/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
• Pessoas (2): Manuel da Nóbrega (1517-1570), Simão de Vasconcelos (1597-1671)
• Temas (6): Colégio Santo Ignácio, Habitantes, Jesuítas, Maniçoba, São Paulo de Piratininga, Pirapitinguí


•  Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI
1 de janeiro de 1895, terça-feira
Simão de Vasconcelos diz que em 1554 os mamelucos filhos de João Ramalho foram até essa aldeia, perturbaram tudo e conseguiram que aqueles catecúmenos abandonassem os padres convencendo-os que os mesmos eram estrangeiros que foram degradados para a colônia como gente sem ocupação e que seria mais honroso obedecer a quem fosse tão valente no arco e na flecha como eles.

Acrescente em seguida "não só disseram como fizeram; porque os pobres nativos, suposto que mandos por natureza enganados da eloquência e eficácia dos mamelucos, em cujos corpos parece falava a diabo, assim se foram embravecendo e amotinando que houveram os padres de deixa-los em quando não esperava mais fruto.No testamento de Domingos Fernandes, se vê, nas disposições que faz com referência á capela que erigiu a Nossa Senhora da Candelária, nos Campos de Pirapitinguy, no distrito de Itú-Guassú, alusão ao povoado que aí já tivesse havido na parte que diz "salvo se pelos meus pecados, Deus ordenar que isso se torne a despovoar".




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Anchieta
março de 1554. Atualizado em 23/10/2025 15:34:03
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)

• Cidades (3): Itu/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
• Pessoas (1): José de Anchieta (1534-1597)
• Temas (3): Epidemias e pandemias, Maniçoba, Paranaitú


•  Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI
1 de janeiro de 1895, terça-feira
Tivesse ou não sido o padre Rodrigues o soldado desertor que alcançara Schimdel no segundo dia da sua viagem, é inegável, porém, que ele conhecia o caminho do Paraguay e poderia servir de guia a Nobrega e voltando atraz "repisando" as pegadas, mostrar-lhe os trechos por que passou e a aldeia que o seu companheiro chamou de Biesaie, cujos nativos lhe forneceram os viveres para a viagem, e onde talvez escolhessem o lugar para a sua primeira povoação.

A cronica, porém, o que narra é que Nóbrega, partindo em companhia do noviço Antonio Rodrigues e de alguns nativos catecumenos de Piratininga, chegara até á aldeia de Japyhuba ou Maniçoba, onde tratou de realizar o que tinha em mente. Erigiu uma pequena igreja e começou a ensinar a doutrina, dando assim principio a uma residência que durou anos, com grandes proveitos para a religião.

A fama de Nóbrega de estendeu por todo o sertão odo Paraguai donde se abalaram grandes levas de Carijós em busca dele para serem doutrinados na nova aldeia que lhes ficava mais perto.

Uma ocasião, quando uma dessas "levas" de Carijós se achava nas proximidades da igreja, foi atacada á traição sendo mortos muitos nativos por uma horda de Tupis seus contrários e moradores em Paranaitú.

Entre esses Carijós vinham alguns espanhóis que na ocasião do encontro se esconderam na mata e depois de terminada a luta, foram ter, parte á aldeia de Maniçoba, parte á aldeia dos Tupis no Paranaitú que os aprisionaram, mas que foram soltos por intervenção do padre Pedro Correa.

A dispersão e chegada áquela aldeia, bem como a facilidade com que Correa obteve a liberdade, dão a entender que as aldeias eram próximas uma da outra. O nome Paranaitú é muito sugestivona sua significação de "salto de rio grande". Rio Grande era o primitivo apelido do rio que, ao depois chamado Anhembi, tem hoje o nome de Tietê.

Paranaitú, "salto do rio Grande" ou salto do Tietê, não pode ser identificado com outro senão o salto de Itu, na vila da comarca deste último nome, e que hoje ainda conserva a grafia da sua primitiva denominação; traduz e repete a palavra traduzida. Nas vizinhanças de São Paulo, ou nas 40 léguas de exploração que fez Nóbrega não há outro rio Grande que dê um salto que mereca aquela definição.

Maniçoba ou Japyuba é possível que seja o local onde está situada a atual cidade de Itu. Maniçoba não teve vida muito duradoura, parecendo que pouco depois de sua fundação foi abandonada.

Simão de Vasconcelos diz que em 1554 os mamelucos filhos de João Ramalho foram até essa aldeia, perturbaram tudo e conseguiram que aqueles catecumenos abandonassem os padres convencendo-os que os mesmos eram estrangeiros que foram degradados para a colônia como gente sem ocupação e que seria mais honroso obedecer a quem fossetão valente no arco e na flecha como eles.

Acrescente em seguida "não só disseram como fizeram; porque os pobres nativos, suposto que mandos por natureza enganados da eloquência e eficácia dos mamelucos, em cujos corpos parece falava a diabo, assim se foram embravecendo e amotinando que houveram os padres de deixa-los em quando não esperava mais fruto.

No testamento de Domingos Fernandes, se vê, nas disposições que faz com referência á capela que erigiu a Nossa Senhora da Candelária, nos Campos de Pirapitinguy, no distrito de Itú-Guassú, alusão ao povoado que aí já tivesse havido na parte que diz "salvo se pelos meus pecados, Deus ordenar que isso se torne a despovoar". (Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, 1895. Páginas 173 e 174)




  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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Carta: Ir. José de Anchieta ao Padre Inácio de Loyola, São Paulo de Piratininga
1 de Setembro de 1554, quarta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:04
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)

• Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
• Pessoas (1): José de Anchieta (1534-1597)
• Temas (6): Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Gentios, Inquisição, Léguas, Peru


•  “A cidade da conversão: a catequese jesuítica e a fundação de São Paulo de Piratininga”, Amilcar Torrão Filho, doutorando na Unicamp
1 de janeiro de 2004, quinta-feira
Antes de Vieira, outros jesuítas já haviam chamado a atenção para a dificuldade de evangelização dos índios, não apenas por sua resistência à doutrina, mas pela ação desagregadora dos colonos brancos. Estes interferiam no trabalho dos jesuítas de várias maneiras: pelos maus exemplos e pelos pecados, não raro de muito maior escândalo do que dos índios pagãos, por incentivar as guerras e a antropofagia, pelo adultério e mancebia, blasfêmias e, sobretudo, pelo seu desejo de escravizar a maior parte desses nativos em proveito próprio, de suas fazendas, em detrimento do Império de Cristo na Terra, do qual eram mandatários os portugueses.

Anchieta, em carta a Inácio de Loiola de 1o de setembro de 1554, queixa-se da má influência dos brancos sobre os catecúmenos. Relata que um dos principais da terra, vivendo distante mais de trezentas milhas de Piratininga, chegara com o irmão Pero Correia para receber os preceitos da lei divina e a doutrina da fé cristã. Tendo ido um dia a Santo André, a mítica povoação de João Ramalho, foi convidado por um cristão a beber, mas negou-se, dizendo estar determinado a abandonar os antigos costumes, e que beber lhe estava proibido pelos inacianos. Apesar da recusa, o índio não teve forças para vencer as insistências do cristão, que teria afirmado:

“Não tenhas medo, que eles não virão a saber”. Vencido, deu-se à bebida e, por causa dela, “caiu em gravíssima doença, a que se seguiu a morte. Faleceu, porém, confessado e contrito, depois de recebido o baptismo” [Serafim Leite, Cartas dos Primeiros Jesuítas do Brasil, São Paulo, Comissão do IV Centenário da Cidade de São Paulo, 1957, v. II (1553-1558), p. 107.]. Esses cristãos mostravam-se, disse o mesmo Anchieta, ainda piores que os pagãos. Eram os irmãos da Companhia, por causa deles, “humas mortes vivas, ou humas vidas mortas”.

A CIDADE DA CONVERSÃO

Pela historiografia e pelas cartas jesuíticas vemos que eram freqüentes as queixas dos inacianos contra os colonos europeus, os mamelucos e mesmo os religiosos enviados à América. Uma das tópicas mais importantes dessas cartas é justamente “a sã natureza da terra e a corrupção em que se acham os cristãos”, principalmente os clérigos de outras ordens, “em que tudo, sem exceção, parece contrário à religião e à eficácia da pregação” (19).

Mas como entender esse desejo de afastamento e a fixação em Piratininga, tão próximos de João Ramalho, segundo os padres da Companhia, seu inimigo declarado? As facilidades de conversão nos campos de Piratininga não eram tão grandes quanto se pensava ou se dizia e cedo os jesuítas percebem que a catequese não se poderia efetivar apenas pelo amor, mas sobretudo pelo temor. Anchieta afirma a Loiola, em setembro de 1554, que esses índios não estavam sujeitos a nenhum rei ou chefe e só tinham em alguma estima “aqueles que fizeram algum feito digno de homem forte”.

Quando pareciam ganhos, voltavam a seus velhos hábitos “porque não há quem os obrigue pela força a obedecer”, já que cada um “é um rei em sua casa e vive como quer”. Por isso nenhum fruto se pode colher deles “se não se juntar a força do braço secular, que os dome e sujeite ao jugo da obediência” (20).

Anchieta afirma que a abundância de ouro, prata, ferro e outros metais, antes desconhecidos, seria ótimo e facílimo meio pelo qual se chegaria ao caminho “pelo qual esses gentios se haviam de levar à fé”. Isso se daria pois, “vindo para aqui muitos cristãos sujeitarão os gentios ao jugo de Cristo, e assim estes serão obrigados a fazer, por força, aquilo que não é possível levá-los por amor” (21). Nem todos os jesuítas se opunham ao cativeiro dos índios, como era o caso de Nóbrega e de Anchieta. Apesar da defesa de Nóbrega da liberdade da maioria dos índios, “a escravidão indígena devia ser permitida e mesmo desejada em determinados casos, não apenas para efeitos de defesa ou de castigo, mas também porque a oferta de legítimos cativos atrairia novos colonos para o Novo Mundo” (22).


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  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  1º de 65
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Nascimento de Cosme Fernandes Pessoa, Bacharel de Cananéia
1480, atualizado em 03/07/2025 04:27:32
 Família (1): Cosme Fernandes Pessoa (cunhado , n.1480)






  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  2º de 65
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1486
Atualizado em 04/11/2025 17:34:33
Possível nascimento de Afonso Sardinha
•  Pessoas (1): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616)
    2 fontes
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  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  3º de 65
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A existência de uma Carta de Cavaleiro do mesmo nome torna misteriosa a chegada de João Ramalho no Brasil
1487, atualizado em 11/10/2025 02:01:05
• Cidades (1): São Paulo/SP
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)
• Pessoas (1): João II, "o Príncipe Perfeito" (1455-1495)


•  João Ramalho - Consulta em Wikipedia
11 de outubro de 2025, sábado
Outro dado que torna misteriosa sua chegada ao Brasil e inclusive o seu ano de nascimento, é a existência de uma Carta de Cavaleiro datada de 1487 em nome de um João Ramalho, ou seja, seis anos antes do seu suposto nascimento em 1493. Ela está no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, e significaria que João Ramalho foi "cavaleiro, guarda-mor" do rei D. João II de Portugual.[1] Porém, pode se tratar de outra pessoa.





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  4º de 65
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Nascimento de João Ramalho Maldonado em Vouzela, Portugal
1493, atualizado em 11/10/2025 02:01:34
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)


•  João Ramalho - Consulta em Wikipedia
11 de outubro de 2025, sábado
Outro dado que torna misteriosa sua chegada ao Brasil e inclusive o seu ano de nascimento, é a existência de uma Carta de Cavaleiro datada de 1487 em nome de um João Ramalho, ou seja, seis anos antes do seu suposto nascimento em 1493. Ela está no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, e significaria que João Ramalho foi "cavaleiro, guarda-mor" do rei D. João II de Portugual.[1] Porém, pode se tratar de outra pessoa.





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  5º de 65
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Expedição não oficial de Bartolomeu Dias
1499, atualizado em 25/02/2025 04:42:51
 Família (1): Cosme Fernandes Pessoa (cunhado , n.1480)
• Pessoas (3): Bacharel de Cananéa, Bartolomeu Dias (1450-1500), Duarte Peres






  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  6º de 65
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Teria naufraga um navio francês e o único sobrevivente teria sido "João Ramalho" (1508/1509)
1508, atualizado em 12/10/2025 04:00:58
• Cidades (2): Rosana/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)
• Temas (2): Franceses no Brasil, Tamoios


•  Anchieta: O Carrasco de Bolés
1 de fevereiro de 1896, sábado





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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Nascimento de Maria Gardete Fernandes, em Cananéia/SP, filha de Cosme Fernandes Pessoa e Karay-yó Terebê
1510, atualizado em 23/09/2025 23:11:03
• Cidades (1): Cananéia/SP
 Família (3): Cosme Fernandes Pessoa (cunhado , n.1480), Karay-yó Terebe (cunhado ,  , n.1480), Maria Gardete Fernandes (sobrinho(a) , n.1510)


•  Consulta em FamilySearch
5 de junho de 2025, quinta-feira





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  8º de 65
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João Ramalho
1511, atualizado em 25/02/2025 04:41:08
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)


•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume LV, 1959
1 de janeiro de 1959, quinta-feira
Casos mais graves, foi acusação frontal de João Ramalho (já estremecido com os Padres de São Vicente e "excomungado pelo Vigário da terra"), contra o Padre Manoel de Paixa e outros Irmãos, no sentido de mau comportamento com as nativas, acusação que levou o Padre Nóbrega a abrir inquérito, começando por afastar todos os Irmãos da Casa do Colégio, só os readmitindo depois de acabada a inquirição.

O episódio que deu lugar a este estremecimento nas relações de João Ramalho com os Padres da Companhia de Jesus (antes da chegada de Nóbrega) tem merecido especial atenção dos que estudam a Paulística. É um dos episódios mais mencionados pelos historiógrafos de São Paulo seiscentista. O que se, colhe na epistolografia Jesuítica está contido em duas locações, uma devida a Pero Correia e outra a Diogo Jácome, em suas respectivas cartas de 1552.

Pero Correia: Carta de 8 de junho (Cartas avulsas, página 92):

"E uma destas (nativas doutrinadas) se achou umas dez léguas daqui, onde quiserem tratar mal o nosso Padre, e o ameaçaram com um pau, e o ameaçador foi um homem que há 40 anos que está nesta terra, e tem já bisnetos, e sempre viveu em pecado mortal, e anda excomungado, e o Padre não quis dizer missa com ele e daqui veio, depois da Missa acabada, a querê-lo maltratar, por que ele é possante; mas a nativa ali pregou muito rijo e com grande fé, oferecendo-se a padecer da companhia com o Padre se cumprisse. Eu não me achei ali, mas contaram-no dois Irmãos muito bons línguas, que iam com o Padre: um deles se chama Manuel de Chaves, e o outro Fernando, moço de 15 até 18 anos..."

A outra passagem é de autoria do Irmão Diogo Jácome (Cartas avulsas, página 104) está vazada em linguagem muito menos clara, por causa da tradução do original italiano, seu idioma:

"contra o Padre que com todo o amor repreende e exorta com todos os meios que pode e para isso busca, e são que há hi tal que sobre ir daqui ha dez léguas sobre uma pessoa que haverá 20 ou 30 anos, que está em pecado mortal sobre com todos os mimos com que primeiro o trouxe, e vendo sua obstinação sobre estar excomungado pelo Vigário da terra, quis o nosso Padre ir lá dizer missa, porque se passa um ano e dois que não veem a Deus, nem no vem a ver, podendo vir; e estando lá dizendo missa, entrou este homem, de maneira que lhe mandou o Padre dizer que se saísse que não podia celebrar com ele e saindo, saíram também dois filhos seus da terra com ele de maneira que se determinaram para, como acabasse, a missa, de lhe darem na cabeça , o qual acabando a missa se saiu, e veio para com ele, o qual lhe rogou que não tivesse conta com ele, que era melhor cristão que ele e que fazia muito boa obras, mas não dizia se estava apartado do pecado para lhe aproveitarem, e assim tiveram mão nele e depois vieram os filhos com suas armas que são uns homens selvagens contra o nosso mesmo Padre e ele assentado de joelho diante deles, aparelhado a receber o que viesse..." [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume LV, 1959. Página 37]

•  Afonso d´Escragnolle Taunay: o “Na Era das Bandeiras”
1 de janeiro de 1922, domingo





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  9º de 65
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Falecimento de Gonçalo Rodrigues
4 de janeiro de 1521, terça-feira, atualizado em 25/02/2025 04:40:13
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)
• Pessoas (3): Fernão de Magalhães (1480-1521), Gonçalo Hernandes Eanes (f.1521), Tubalcaim
• Temas (1): Metalurgia e siderurgia


•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume LV, 1959
1 de janeiro de 1959, quinta-feira
Casos mais graves, foi acusação frontal de João Ramalho (já estremecido com os Padres de São Vicente e "excomungado pelo Vigário da terra"), contra o Padre Manoel de Paixa e outros Irmãos, no sentido de mau comportamento com as nativas, acusação que levou o Padre Nóbrega a abrir inquérito, começando por afastar todos os Irmãos da Casa do Colégio, só os readmitindo depois de acabada a inquirição.

O episódio que deu lugar a este estremecimento nas relações de João Ramalho com os Padres da Companhia de Jesus (antes da chegada de Nóbrega) tem merecido especial atenção dos que estudam a Paulística. É um dos episódios mais mencionados pelos historiógrafos de São Paulo seiscentista. O que se, colhe na epistolografia Jesuítica está contido em duas locações, uma devida a Pero Correia e outra a Diogo Jácome, em suas respectivas cartas de 1552.

Pero Correia: Carta de 8 de junho (Cartas avulsas, página 92):

"E uma destas (nativas doutrinadas) se achou umas dez léguas daqui, onde quiserem tratar mal o nosso Padre, e o ameaçaram com um pau, e o ameaçador foi um homem que há 40 anos que está nesta terra, e tem já bisnetos, e sempre viveu em pecado mortal, e anda excomungado, e o Padre não quis dizer missa com ele e daqui veio, depois da Missa acabada, a querê-lo maltratar, por que ele é possante; mas a nativa ali pregou muito rijo e com grande fé, oferecendo-se a padecer da companhia com o Padre se cumprisse. Eu não me achei ali, mas contaram-no dois Irmãos muito bons línguas, que iam com o Padre: um deles se chama Manuel de Chaves, e o outro Fernando, moço de 15 até 18 anos..."

A outra passagem é de autoria do Irmão Diogo Jácome (Cartas avulsas, página 104) está vazada em linguagem muito menos clara, por causa da tradução do original italiano, seu idioma:

"contra o Padre que com todo o amor repreende e exorta com todos os meios que pode e para isso busca, e são que há hi tal que sobre ir daqui ha dez léguas sobre uma pessoa que haverá 20 ou 30 anos, que está em pecado mortal sobre com todos os mimos com que primeiro o trouxe, e vendo sua obstinação sobre estar excomungado pelo Vigário da terra, quis o nosso Padre ir lá dizer missa, porque se passa um ano e dois que não veem a Deus, nem no vem a ver, podendo vir; e estando lá dizendo missa, entrou este homem, de maneira que lhe mandou o Padre dizer que se saísse que não podia celebrar com ele e saindo, saíram também dois filhos seus da terra com ele de maneira que se determinaram para, como acabasse, a missa, de lhe darem na cabeça , o qual acabando a missa se saiu, e veio para com ele, o qual lhe rogou que não tivesse conta com ele, que era melhor cristão que ele e que fazia muito boa obras, mas não dizia se estava apartado do pecado para lhe aproveitarem, e assim tiveram mão nele e depois vieram os filhos com suas armas que são uns homens selvagens contra o nosso mesmo Padre e ele assentado de joelho diante deles, aparelhado a receber o que viesse..." [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume LV, 1959. Página 37]

•  S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601 (1920) Affonso d´Escraqnolle Taunay
1 de janeiro de 1920, quinta-feira
A esse respeito escreve Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958):

"Asselvajar-se tanto este homem – Domingos Luiz Grou, genro do cacique de Carapicuíba que vivia no meio dos índios como um índio. Voltando à Vila de Piratininga, em pouco tempo recuperou prestígio. Em 1575, membro do Conselho da Vila, verberou o ex-vereador Antonio Fernandes que, sem a menor cerimônia surrupiara as portas do muro que defendia Piratininga e as vendera por 250 réis a André Burgos."

Merecem as posturas relativos ao ofício de ferreiro acurada atenção ás Câmaras quinhentistas, o que vem se compreende, tratando-se de assunto interessando diretamente a civilização mais do que qualquer outro, esse do trabalho dos metais.

Dai o extenso regimento concedido ao meste Bartholomeu Fernandes, o Tubalcaim paulistano, relativo ás foices roçadeiras "calçadas e descalçadas", enxadas, machados e cunhas de resgate "pregos de solhar, de costado e de cinta, pernetes, verdugos de engenho" cotados por diversos preços, vintenas e dezenas de réis, conforme se fornecesse o ferro, o aço ou carvão.

Tudo quando se lhes pedia era alguma caixa "de seis palmos de comprido com o seu escaninho, coisa para três cruzados" e alguma mesa de seus palmos "com seus pés bem acabados", o que valia seus seis tostões; alguma "cadeira rasa", do preço de seis vintens.

Os "boules" do tempo vinham a ser "as cadeiras de estado, como agora se costumam", avaliadas por um preço de reflexões: "duzentos e cinquenta réis"...

Uma das grandes fontes de renda desses artificies era a confecção de caixas de marmelada, que se vendiam a trinta réis: a sacaria da época, pois n marmelada, residia o principal artigo da exportação paulista antecessora primeva do café.

Não se deve esperar que as "Actas" se refiram ao exato cumprimento das posturas e regimento dos ofícios. No Brasil quinhentista a dóse de tolerância precisava ter alentadas proporções.

Subiram os abusos ao ponto, porêm, de provocar a intervenção municipal. Na sessão de 15 de abril de 1588, chamava o procurador do conselho, Gonçalo Pires, a atenção de seus colegas de vereança para os abusos cometidos pelos mesteirais: "O povo clamava da pouca justiça, mórmente se agravava da grande carestia e desordem do mestre ferreiro", motivo pelo qual mandou a Câmara ao almotacel Antonio de Saavedra que abrisse severo inquérito.

A 28 de maio seguinte, era de novo a questão ventilada; intimava ao ferreiro, Domingos Fernandes, que mandasse seus aprendizes á vila, sob pena de mil réis de multa "para com eles fazer o concelho certas diligências".

Nesta mesma sessão queixou-se novamente Gonçalo Pires, de irregularidades de que ele próprio fôra, no ano transacto, vítima. Funcionava como juiz do ofício dos carpinteiros, quando na sua ausência os vereadores, violentamente, lhe haviam invadido a casa e retirado os padrões de aferimento, entregando-os a Bartholomeu Bueno, que então revelara a mais completa inépcia ao tentar exercer o cargo.

"Aferindo ele uma vara, a não soubera aferir, que lhe não fizera nê a bara nê terças nê sesmas. sóomente marcava nas cabeças". Indignados resolveram S. Mcês á vista de tanta incompetência e filáucia que o aferido intruso restituísse imediatamente e sob graves ameaças os padrões subtraídos ao juiz do ofício.

No inquérito a que procederam sobre as acusações levantadas ao mestre ferreiro verificaram quanto realmente abusara.

Relataram os aprendizes que não só não obedecia ás posturas estabelecidas pelo poder municipal como ainda tivera o desplante de mandar colocar pregão oficial num esteio tão alto que ninguém podia ler. Se alguém lhe fazia reparos, fanfarronava a molejar que os interessados arranjassem escadas para o atingir.

Não dizem as "Actas" como acabou o incidente. Com certeza continuou o Tubalcaim e exorbitar e a blasonar sem que ninguém lhe pusesse cobro aos abusos e desaforos. Era uma avis rara que não podia molestar. Que sucederia á vila se acaso se visse privada do seu único ferreiro? Dava-se provavelmente o mesmo em relação aos demais mestres de ofícios, homens tratados com o maior carinho por indispensáveis e, sobretudo, insubstituíveis. [“S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601”, 1920. Affonso d´Escraqnolle Taunay (1876-1958). Páginas 132, 133 e 134]





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Nascimento de Maria Gardete Fernandes
1522, atualizado em 05/06/2025 19:55:46
 Família (2): Cosme Fernandes Pessoa (cunhado , n.1480), Maria Gardete Fernandes (sobrinho(a) , n.1510)






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Domingos Luis Grou “adquiriu” terras vizinhas as concedidas nativos de Piratininga, junto ao rio Carapicuíba
26 de agosto de 1522, sábado, atualizado em 10/10/2025 19:30:13
• Cidades (6): Carapicuiba/SP, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): Cacique de Carapicuíba (consogro(a))
• Pessoas (5): Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Domingos Luís Grou (1500-1590), Jerônimo Leitão, Raul (fictício), Washington Luís Pereira de Sousa (30 anos)
• Temas (6): Carijós/Guaranis, Guaianás, Guaianase de Piratininga, São Paulo de Piratininga, Tupinambás, Ururay


•  “Domingos Luiz Grou”. Américo de Moura (1881-1953), Jornal Correio Paulistano, página 4
15 de agosto de 1942, sábado
Nome de relevo nos fatos quinhentistas de São Paulo, o de Domingos Luiz figura entre os dos portugueses que foram casados com "princesas" nativas, da capitania vicentina, constantes de um manuscrito seiscentistas divulgado pelo dr. Ricardo Gumbleton Daunt e aproveitado por Silva Leme no estudo das origens euro-americanas da raça bandeirante que vem na introdução da "Genealogia Paulista".

Ele frequentemente aparece na documentação da época, embora suscite sérios problemas de identificação. Parece que Pedro Taques o desconheceu, pois e possível conexão com ele, entre os títulos de que o linhagista cogitou, que se chegarem a ser escritos, estão perdidos, pacientemente coligidos por Taunay, de referências esparsas, encontro somente o dos "Eanes", apelido que foi o de um dos seus filhos e que Silva Leme atribui no tronco em Portugal, sob a forma "Anes Grou".

Não há indicio de que esse português tivesse morado em Santo André. Os seus filhos Antonio e Matheus, notáveis sertanistas, somente estão registrados em atos conhecidos da vida no planalto em datas que permitem considera-los nascidos muito depois da extinção daquela vila, provavelmente no fim do terceiro quarto do século XVI.

•  S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601 (1920) Affonso d´Escraqnolle Taunay
1 de janeiro de 1920, quinta-feira
A esse respeito escreve Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958):

"Asselvajar-se tanto este homem – Domingos Luiz Grou, genro do cacique de Carapicuíba que vivia no meio dos índios como um índio. Voltando à Vila de Piratininga, em pouco tempo recuperou prestígio. Em 1575, membro do Conselho da Vila, verberou o ex-vereador Antonio Fernandes que, sem a menor cerimônia surrupiara as portas do muro que defendia Piratininga e as vendera por 250 réis a André Burgos."

Merecem as posturas relativos ao ofício de ferreiro acurada atenção ás Câmaras quinhentistas, o que vem se compreende, tratando-se de assunto interessando diretamente a civilização mais do que qualquer outro, esse do trabalho dos metais.

Dai o extenso regimento concedido ao meste Bartholomeu Fernandes, o Tubalcaim paulistano, relativo ás foices roçadeiras "calçadas e descalçadas", enxadas, machados e cunhas de resgate "pregos de solhar, de costado e de cinta, pernetes, verdugos de engenho" cotados por diversos preços, vintenas e dezenas de réis, conforme se fornecesse o ferro, o aço ou carvão.

Tudo quando se lhes pedia era alguma caixa "de seis palmos de comprido com o seu escaninho, coisa para três cruzados" e alguma mesa de seus palmos "com seus pés bem acabados", o que valia seus seis tostões; alguma "cadeira rasa", do preço de seis vintens.

Os "boules" do tempo vinham a ser "as cadeiras de estado, como agora se costumam", avaliadas por um preço de reflexões: "duzentos e cinquenta réis"...

Uma das grandes fontes de renda desses artificies era a confecção de caixas de marmelada, que se vendiam a trinta réis: a sacaria da época, pois n marmelada, residia o principal artigo da exportação paulista antecessora primeva do café.

Não se deve esperar que as "Actas" se refiram ao exato cumprimento das posturas e regimento dos ofícios. No Brasil quinhentista a dóse de tolerância precisava ter alentadas proporções.

Subiram os abusos ao ponto, porêm, de provocar a intervenção municipal. Na sessão de 15 de abril de 1588, chamava o procurador do conselho, Gonçalo Pires, a atenção de seus colegas de vereança para os abusos cometidos pelos mesteirais: "O povo clamava da pouca justiça, mórmente se agravava da grande carestia e desordem do mestre ferreiro", motivo pelo qual mandou a Câmara ao almotacel Antonio de Saavedra que abrisse severo inquérito.

A 28 de maio seguinte, era de novo a questão ventilada; intimava ao ferreiro, Domingos Fernandes, que mandasse seus aprendizes á vila, sob pena de mil réis de multa "para com eles fazer o concelho certas diligências".

Nesta mesma sessão queixou-se novamente Gonçalo Pires, de irregularidades de que ele próprio fôra, no ano transacto, vítima. Funcionava como juiz do ofício dos carpinteiros, quando na sua ausência os vereadores, violentamente, lhe haviam invadido a casa e retirado os padrões de aferimento, entregando-os a Bartholomeu Bueno, que então revelara a mais completa inépcia ao tentar exercer o cargo.

"Aferindo ele uma vara, a não soubera aferir, que lhe não fizera nê a bara nê terças nê sesmas. sóomente marcava nas cabeças". Indignados resolveram S. Mcês á vista de tanta incompetência e filáucia que o aferido intruso restituísse imediatamente e sob graves ameaças os padrões subtraídos ao juiz do ofício.

No inquérito a que procederam sobre as acusações levantadas ao mestre ferreiro verificaram quanto realmente abusara.

Relataram os aprendizes que não só não obedecia ás posturas estabelecidas pelo poder municipal como ainda tivera o desplante de mandar colocar pregão oficial num esteio tão alto que ninguém podia ler. Se alguém lhe fazia reparos, fanfarronava a molejar que os interessados arranjassem escadas para o atingir.

Não dizem as "Actas" como acabou o incidente. Com certeza continuou o Tubalcaim e exorbitar e a blasonar sem que ninguém lhe pusesse cobro aos abusos e desaforos. Era uma avis rara que não podia molestar. Que sucederia á vila se acaso se visse privada do seu único ferreiro? Dava-se provavelmente o mesmo em relação aos demais mestres de ofícios, homens tratados com o maior carinho por indispensáveis e, sobretudo, insubstituíveis.

•  Revista da Semana
29 de novembro de 1949, terça-feira
Os primeiros murubixadas que deram filhos para os leitos de amor dos aventureiros portugueses que aqui chegaram naquela época, sem história foram: Taparica, na Bahia, Tibiriçá Virapueiras e Carapicuíbas em São Paulo, e Arcoverde em Pernambuco. Taparica é o pai de Paraguassú, e formosa cabocla que enfeitiça Caramurú; Tibiriçá é o pai de Bartira, a moça guaianá que deu filhos a João Ramalho, e Arcoverde, o progenitor de Maria do Espírito Santo - mãe dos primeiros filhos mestiços de Jerônimo de Albuquerque. Virapueiras é avo dos filhos de Braz Gonçalves, e Carapicuibas - o sogro de Domingos Luiz Grou.

•  “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1 de janeiro de 1957, terça-feira
A verdade é que o primeiro Domingos Luís Grou possuía uma data de terra, que vizinhava com a sesmaria concedida aos índios de Piratininga, junto ao rio Carapicuíba, como reza a provisão de Jerônimo Leitão passada a 12 de outubro de 1582, em S. Vicente, e registrada na Câmara da vila de S. Paulo em 26 de agosto de 1522 (Registro Geral,vol. 1º, págs. 354 a 357).
30/08/1519 - Partem das ilhas Canárias para o Porto de Santa Luzia, no Brasil [274]
13/12/1519 - Fernando de Magalhães chega à baía do Rio de Janeiro [12783]
27/12/1519 - Fernando de Magalhães deixa a baía do Rio de Janeiro (ver 13 de dezembro) e prossegue em sua viagem de circunavegação do globo [12823]
29/07/1521 - Gonçalo Fernandes ficou na ilha de Bornéu [293]





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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Nascimento de Leonor Domingues
1523, atualizado em 20/08/2025 03:12:56
 Família (1): Leonor Domingues (consogro(a) , n.1523)
• Pessoas (1): Maria Domingues D‘Anvers


•  Consulta em https://pt.geneanet.org
20 de agosto de 2025, quarta-feira
30/08/1519 - Partem das ilhas Canárias para o Porto de Santa Luzia, no Brasil [274]
13/12/1519 - Fernando de Magalhães chega à baía do Rio de Janeiro [12783]
27/12/1519 - Fernando de Magalhães deixa a baía do Rio de Janeiro (ver 13 de dezembro) e prossegue em sua viagem de circunavegação do globo [12823]
29/07/1521 - Gonçalo Fernandes ficou na ilha de Bornéu [293]





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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Nascimento de Paulo de Proença em Alenquer, em Portugal.
1530, atualizado em 09/10/2025 06:22:08
 Família (1): Paulo de Proença (consogro(a) , n.1530)






  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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Pero Lopes de Sousa, em seu Diário da navegação, referindo-se a este dia, escreve
13 de março de 1531, sexta-feira, atualizado em 13/02/2025 06:42:31
• Cidades (1): Salvador/BA
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)
• Pessoas (2): Pero Lopes de Sousa (1497-1539), Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557)






  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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Mestre retira-se para Iguape
julho de 1531, atualizado em 25/02/2025 04:47:11
• Cidades (3): Cananéia/SP, Iguape/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)
• Pessoas (4): Bacharel de Cananéa, Domingos Luís Grou (1500-1590), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Duarte Peres
• Temas (2): Caminho do Mar, Guerra de Iguape


•  “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
1 de janeiro de 1937, sexta-feira
Deante do que já ficou relatado em nosso histórico sobre Gonçalo da Cósta, retirou-se Mestre Cósme, no ano de 1531 para a região de Iguapé, levando consigo toda a sua vasta parentéla, todos os seus amigos europeus e grande numero de aborígenes, primitivos dominadores de S. Vicente. Só ficaram Antonio Rodrigues e João Ramalho, este, quase sempre sobre as serras, não se sabendo o fim que teria levado o Capitão Antonio Ribeiro, embora suponhamos que ele tenha embarcado com Henrique Montes, em 1530, na Armada de Caboto, de volta a Portugal.

O "bacharel" Méstre Cosme, recebeu em seu retiro de Iguapé, no mesmo ano de sua retirada, em 1531, a visita de Martim Affonso, feita em Agosto, ocasião em que, Francisco de Chaves acompanhando Pero Lobo, partiu chefiando a infortunada bandeira de Cananéa, e ali aguardou apenas o tempo suficiente para amadurecer a desforra projectada ás injustiças e iniqüidades que sofrera. Ao meio do ano de 1534 começaram as manifestações de hostilidade entre a gente do çeducto de Iguapé e os moradores da Villa de São Vicente. Solidarizados os hespanhóes de Mosquera, que ha- viam descido do sul para aquelle logar, com as forças nu- merosas do " bacharel", começaram todos a affrontar os vi- centinos.Pelo que falava elle com mais desembaraço do que devia, e disso resultou que o capitão daquella cósta mandou notificar-lhe que fosse cumprir o seu desterro no logar designado por el-Rei

. . .já estavam os hespanhóes ali em Iguapé dois annos vivendo em paz, quando um fidalgo portuguez, chamado o Bacharel Duarte Peres se lhes veiu metter com toda sua casa, filhos e criados, despeitado e queixoso dos de sua própria nação, o qual havia sido desterrado por el rei D. Manoel para aquela cósta, na qual havia padecido inumeráveis trabalhos".





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Pedro Agnez é enviado a terra
1 de agosto de 1531, sábado, atualizado em 26/06/2025 00:46:51
• Cidades (3): Bertioga/SP, Cananéia/SP, Rio de Janeiro/RJ
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)
• Pessoas (2): Bacharel de Cananéa, Pedro Annes
• Temas (1): Baía de Guanabara


•  Heróis Indígena do Brasil. Memórias sinceras de uma raça. Autor: Geraldo Gustavo de Almeida
1 de janeiro de 1988, sexta-feira





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Martim Afonso preside a primeira eleição popular no planalto de Piratininga e instala a primeira Câmara de Vereadores na Borda do Campo
outubro de 1532, atualizado em 25/02/2025 04:46:49
• Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)
• Pessoas (1): Martim Afonso de Sousa (1500-1564)
• Temas (10): Caminho do Mar, Eleições, Estradas antigas, Pela primeira vez, Portos, Rio Mogy, Rio Piratininga, São Paulo de Piratininga, Trilha dos Tupiniquins, Vila de Santo André da Borda


•  A fazenda geral dos jesuítas e o monopólio da passagem do Cubatão: 1553-1748, 2008. Francisco Rodrigues Torres
1 de janeiro de 2008, terça-feira
O primeiro porto fluvial que se tem notícia, na região, foi o denominado Peaçaba ou Piaçaguera, no rio Mogi. Exatamente nesse ponto, em 1532, Martim Afonso se encontrou com João Ramalho para subirem a serra do Cubatão. Ramalho serviu de guia e língua da terra nesse episódio. Posteriormente o porto que teve seu movimento intensificado, a partir de 1560, foi o porto das Almadias.





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Martim Afonso de Sousa concedeu uma sesmaria a João Ramalho / Ele informa sobre o "Caminho do Peabiru"
12 de outubro de 1532, quarta-feira, atualizado em 25/02/2025 04:41:35
• Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)
• Pessoas (4): Bacharel de Cananéa, Antônio Rodrigues de Almeida (Cap.) (1520-1567), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pero (Pedro) de Góes
• Temas (3): Caminho do Peabiru, Ouro, Tupinambás






  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  19º de 65
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Martim Afonso retorna a Cananéia descobre que Cosme sumiu; parte p/ São Vicente
janeiro de 1533, atualizado em 13/02/2025 06:42:31
• Cidades (3): Cananéia/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)
• Pessoas (2): Bacharel de Cananéa, Martim Afonso de Sousa (1500-1564)
• Temas (1): Ouro






  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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Sesmaria a Ruy Pinto, cavaleiro da Ordem de Cristo
10 de fevereiro de 1533, sexta-feira, atualizado em 25/02/2025 04:39:00
• Cidades (5): Cubatão/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Votorantim/SP
 Família (1): Piqueroby (sogro , 1480-1552)
• Pessoas (3): Bacharel de Cananéa, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Ruy Pinto (f.1549)
• Temas (28): A Santa Cruz, Apiassava das canoas, Cachoeiras, Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Cruzes, Engenho São Jorge dos Erasmos, Estradas antigas, Itapeva (Serra de São Francisco), Léguas, Nossa Senhora da Escada, Ordem de Cristo, Otinga, Pela primeira vez, Porto das Almadias, Portos, Rio Cubatão, Rio Cubatão (Nhundiaquara), Rio Cubatão em Cubatão, Rio Ururay, Santa Ana das Cruzes, São Paulo de Piratininga, Serra de Cubatão , Ururay, Ytutinga, Nheengatu, Caminho de Cubatão


•  João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
1 de janeiro de 1886, sexta-feira
Faço saber aos que esta minha carta vieram que havendo respeito como Ruy Pinto, cavaleiro da ordem de Cristo, servio cá nestas partes Sua Alteza e assim ficou para povoador nesta terra, que com ajuda de Nosso Senhor ficou povoado. Hei por bem de lhe dar as terras do Porto das Almadias onde desembarcam quando vão para Piratinim quando vão desta Ilha de São Vicente, que se chama Apiaçaba, que agora novamente chama-se o porto de Santa Cruz, e da banda do Sul partirá pela barra do Cubatão pelo porto dos outeiros que estão na boca da dita barra, entrando os ditos outeiros dentro nas ditas terras do dito Ruy Pinto. E dai subirá direto para a serra por um lombo que faz, por um vale que está entre este lombo e uma água branca que cahe do alto, que chamam Ytutinga e, para melhor se saber este lombo, entre a dita água branca, por as ditas terras não se mete mais de um só vale e assim irá pelo dito lombo acima, como dito é até o cume do serro alto que vai sobre o mar e pelo dito cume irá pelos outeiros escalvados que estão no caminho que vem de Piratinim. E atravessando o dito caminho irá pela mesma serra até chegar sobre o vale Ururay (Seria de certo lá a aldeia de Piqueroby) que é da banda norte das ditas terras, onde a serra faz uma fenda por u ma selada, que parece que fenece por ali, a qual serra é mais alta que outra por ali ajunta e dela que vem por riba do vale de Ururay, da qual aberta cahe uma água branca;do alto desta dita barra desce diretamente ao rio de Ururay, e pela veia d´água irá abaixo até se meter no mar e outeiros escalvados (...)

João Mendes de Almeida (1831-1898) diz:

O segundo título anda declara: "E, atravessando o dito caminho (de Piratininga, irá pela mesma serra (Paranapiacaba) até chegar sobre o vale de Ururay, onde a serra faz uma fenda por uma selada, que parece que fenece por ali junta, e dele vem por riba do vale de Ururay, da qual aberta cáe uma água branca, e do alto desta dita barra desce direitamente ao rio de Ururay, e pela veia da água irá abaixo até se meter no mar e outeiros escalvados..." Conforme este título o Ururay fica para a banda do Norte, com referência á barra do rio Cubatão.

A verdade, em suma, é que já naquele século XVI, não existiam vestígios alguns da aldeia Ururay, no vale do mesmo nome, mencionado no título de sesmaria de Ruy Pinto, passado e assinado em 10 de fevereiro de 1533 pelo próprio Martim Afonso, sob o título de Governador das terras do Brasil, e ainda então não donatário.

Ururay, nome de uma serra e de um pequeno ribeiro que ali nasce, era também a denominação da aldeia. [p. 352]





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  21º de 65
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Martim Afonso de Sousa concede uma sesmaria de terras na capitania de São Vicente a Francisco Pinto
4 de março de 1533, sábado, atualizado em 25/02/2025 04:41:10
• Cidades (3): Cubatão/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): Piqueroby (sogro , 1480-1552)
• Pessoas (3): Francisco Pinto, filho, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Ruy Pinto (f.1549)
• Temas (3): Morpion, Serra de Cubatão , Enguaguassú






  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  22º de 65
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A sua morte, ocorrida em 1534, quando do ataque das forças de Iguape a São Vicente é apresentada como prova final da sua traição ao Bacharel,
1534, atualizado em 27/06/2025 02:58:44
• Cidades (4): Cananéia/SP, Iguape/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): Piqueroby (sogro , 1480-1552)
• Pessoas (4): Bacharel de Cananéa, Henrique Montes, Pero (Pedro) de Góes, Rui Garcia de Moschera
• Temas (5): Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Guerra de Iguape, Habitantes, Ilha de Barnabé


•  Piqueriby, consultado em geni.com
27 de fevereiro de 2022, domingo





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  23º de 65
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Chegou a Buenos Aires com toda a sua colônia que tinha em Santa Catarina
1537, atualizado em 25/09/2025 20:03:30
• Cidades (2): Buenos Aires/ARG, Iguape/SP
 Família (1): Cosme Fernandes Pessoa (cunhado , n.1480)
• Pessoas (2): Bacharel de Cananéa, Rui Garcia de Moschera
• Temas (3): Fortes/Fortalezas, Guerra de Iguape, Léguas


•  “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
1 de janeiro de 1797, domingo





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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Nascimento do "Caçador do Eldorado", parente do de João Ramalho
1540, atualizado em 24/08/2025 08:38:15
• Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)
• Pessoas (2): Belchior Dias Moréia (1540-1619), Cristóvão de Barros
• Temas (1): Ouro






  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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Terras
2 de junho de 1541, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:34:40
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (1): Sorocaba/SP
• Pessoas (1): André Botelho


•  “Um Caso de Apropriação de Fontes Textuais: Memória Histórica da Capitania de São Paulo, de Manuel Cardoso de Abreu, 1796”. Versão Corrigida
1 de janeiro de 2012, domingo
(...) concedeu a André Botelho aos 2. de Junho de 1541, declarando, que partiriaõ pela regueira, que alli faz o outeiro, que, diziaõ, ser de Braz Cubas, (este oiteiro de Braz Cubas he o de Monserrate) segundo consta da carta, que ainda se conserva no livro dos Registos da Provedoria; (n) porem as Escripturas mais antigas, que apparecem, todas fazem mensaõ destas mesmas terras contiguas á regueira da carta, e fronteiras á Nossa Senhora da Graça, como pertencentes ao Mestre Bartholomeo.





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  26º de 65
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Desde 1542 o solicitavam a que João Ramalho emigrasse para S. Vicente
1542. Atualizado em 23/10/2025 15:32:24
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)

• Cidades (3): São Vicente/SP, Sorocaba/SP, São Paulo/SP






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Confirmação de terras a “mestre Cosme, bacharel”
25 de maio de 1542, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:34:41
 Família (1): Cosme Fernandes Pessoa (cunhado , n.1480)

• Cidades (4): Cananéia/SP, Peruíbe/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
• Pessoas (5): Bacharel de Cananéa, Christovam Jacques (1480-1531), Gonçalo da Costa, Gonçalo Monteiro, Pero Correia (f.1554)
• Temas (4): Apiassava das canoas, Ilha de Barnabé, Morpion, Portos


•  Consulta em peabirucalunga.blogspot.com
11 de julho de 2019, quinta-feira

•  Ernesto Guilherme Young (1850-1914), pesquisando os arquivos dos cartórios e do Tombo de Iguape, publicou, em l896, pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, seu clássico “Esboço Histórico da Fundação da Cidade de Iguape” (1895), no qual conseguiu identificar o bacharel como sendo Cosme Fernandes Pessoa
1 de janeiro de 1895, terça-feira
Ernesto Guilherme Young (1850-1914), pesquisando os arquivos dos cartórios e do Tombo de Iguape, publicou, em l896, pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, seu clássico “Esboço Histórico da Fundação da Cidade de Iguape” (1895), no qual conseguiu identificar o bacharel como sendo Cosme Fernandes Pessoa, ou simplesmente Mestre Cosme Fernandes.

Young baseou-se no fato que, no século XVI, existiu em Iguape um grande latifundiário chamado Cosme Fernandes, cujas terras, posteriormente, passaram a seus herdeiros, entre eles o capitão Francisco Álvares Marinho. Corrobora essa tese uma carta de confirmação de sesmaria, passada na Vila de São Vicente em 25 de maio de 1542, por ordem do capitão-mor Antônio de Oliveira:

... faço saber ao que esta minha carta de confirmação de sesmaria virem, como por Pedro Correia, morador nesta vila de São Vicente me foi feita uma petição em que diz que por Gonçalo Monteiro, que aqui foi capitão, lhe foram dadas umas terras da outra banda desta vila, que é o Porto das Naus, terra que era dada a um Mestre Cosme, Bacharel.

(Sesmaria era uma sorte de terras, geralmente de uma légua de cumprimento por três de largura, a qual devia ser povoada e cultivada pelo contemplado no espaço de dois ou mais anos).





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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Bras Cubas funda aí uma casa de misericórdia, primeiro estabelecimento do gênero criado no Brasil
1543. Atualizado em 24/10/2025 02:34:41
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (2): Santos/SP, São Vicente/SP
• Pessoas (1): Paschoal Fernandes
• Temas (9): Ermidas, capelas e igrejas, Enguaguassú, Fortes/Fortalezas, Hospitais, Morpion, Nossa Senhora de Montserrate, Pela primeira vez, Santa Casa da Misericórdia, Santa Catarina


•  Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo vol. XVIII
1 de janeiro de 1913, quarta-feira
Com o hospital foi também fundada a povoação, que devia servir de base á cidade actual, preponderando, para isso, no animo do Braz Cubas a convicção de que assim evitava o incommodo de fazer viagens largas, quando lhe fosse necessário ir á villa, e a dita povoação ficava mais próxima á sua fazenda e em sitio mais adequado para o embarque e desembarque dos navios, como elucida Frei Gaspar.

Para levar a efeito este "tentamen", no anno mencionado de 1543, Braz Cubas comprou de Paschoal Fernandes e Domingos Pires as terras situadas junto ao outeiro de Santa Catharina, na face norte da Ilha do Morpion, já conhecida por Ilha de S. Vicente ; e, reconhecendo a superioridade da bahia, a que os nativos apropriadamente chamavam Enguáguassú (4), mandou roçar o mato que cobria as ditas terras, e, ativo e empreendedor como era, fundou a povoação de fogo morto, com o nome de porto da vila de s. vigente, criando também, alem do hospital que teve a invocação de Santos, á semelhança de outro que existia em Lisboa com igual invocação, diferentes dependências, como um pequeno forte, que ainda existia em 1887, servindo á repartição da Guarda-Moria da Alfandega, e tendo o Pelourinho, o primeiro, levantado entre. a praia e o solo, onde hoje ainda existe a casa do Trem. [Página 17 e 18]

•  “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP
1 de janeiro de 2008, terça-feira
Pelas dificuldades de escoamento da produção local, Brás Cubas comprou terras no outro extremo da ilha, chamada pelos indígenas de Yguaguaçu-pe. De posse desta nova área, construiu, em 1543, junto ao outeiro de Santa Catarina – atual colina de Montserrat –, uma igreja dedicada à Nossa Senhora da Misericórdia e um hospital denominado Todos os Santos. Segundo Fr. Gaspar, daí veio o nome da futura vila de Santos.

•  “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
1 de janeiro de 1797, domingo
(..) que ele (Bras Cubas) começara a povoar pelo ano de 1543, em que, segundo a inscrição em sua campa,fundara aí uma casa de misericórdia, primeiro estabelecimento desse gênero criado no Brasil (ver 25 de setembro de 1536). [Página 103]

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte, 1949
1 de janeiro de 1949, sábado

•  Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI
1 de janeiro de 1895, terça-feira





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  29º de 65
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Vendeu a Braz Cubas as mencionadas terras com todas suas benfeitorias
9 de abril de 1544, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:34:41
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (3): Santos/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
• Pessoas (4): Antônio da Peña (n.1515), Diogo Álvares (1500-1549), Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557), Paschoal Fernandes
• Temas (1): Dinheiro$


•  Revista da ASBRAP nº 8. Povoadores de São Paulo: Antonio da Peña. H. V. Castro Coelho
9 de outubro de 2022, domingo
A 9 de abril de 1544, na vila de S. Vicente (antes de receber a quitação) vendeu a Braz Cubas as mencionadas terras com todas suas benfeitorias, ao preço de 51$600 em dinheiro de contado “da moeda hora corrente de 600, ao real”, por uma carta de venda lavrada pelo tabelião Francisco Mendes. Obteve, pouco depois, do tabelião do público e judicial, Manuel Vaz, um traslado da dita carta de venda, extraído do livro de notas (RIHGSP, XLIV, 246 e 247).A 23 de abril do ano seguinte, na povoação de Santos, deu quitação a Braz Cubas da referida quantia, conforme um termo lavrado por Luís da Costa, tabelião de S. Vicente (id.). [Página 1 do pdf]





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  30º de 65
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Brás Cubas toma posse do cargo de capitão-mor da capitania de São Vicente
8 de junho de 1545, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:34:42
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (1): São Vicente/SP
• Temas (1): Capitania de São Vicente


•  http://ihgsp.org.br
2 de maio de 2025, sexta-feira
Brás Cubas toma posse do cargo de Capitão-Mor da Capitania de São Vicente, segundo assevera Frei Gaspar da Madre de Deus, em suas “Memórias para a História da Capitania de São Vicente”. Entre seus primeiros atos, destaca-se a 19 do mesmo mês, a concessão do fôro de vila ao povoado de Porto de Santos, nome abreviado de “Todos os Santos”m, designação do hospital edificado pelo ilustre capitão-mor.





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  31º de 65
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Brás Cubas concede o predicamento de vila ao porto de Santos
19 de junho de 1545, terça-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:34:42
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (1): Santos/SP
• Temas (1): Portos






  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  32º de 65
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Bras Cubas se muda
1548. Atualizado em 24/10/2025 02:34:42
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Temas (1): Ilha de Barnabé






  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  33º de 65
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João Ramalho não deixou de privilegiar os europeus que, instalados no litoral, no final dos anos 1540, já demandava nativos como força de trabalho para seus engenhos de açúcar
1549. Atualizado em 23/10/2025 15:32:25
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)

• Cidades (2): São Vicente/SP, Sorocaba/SP
• Temas (2): Açúcar, Escravizados


•  Nossa História, Prefeitura de Iguatu (iguatu.ce.gov.br, data da consulta)
10 de fevereiro de 2024, sábado





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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Depoimento de Brás Arias, em Sevilha
9 de outubro de 1549, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:34:43
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (1): Sevilha/ESP
• Pessoas (1): Paschoal Fernandes


•  “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda
1 de janeiro de 1969, quarta-feira
Brás Arias, português de São Vicente, dera causa a uma denúncia por onde os oficiais da Casa de Contratação puderam ter conhecimento dos processos usados em tais assaltos.

A denúncia partira do mesmo Martin de Orue que apare- cerá mais tarde em Lisboa a colher informações para o Conselho de Sua Majestade sobre as propostas de Diogo ou Domingos Nunes a el-rei Dom João III e sobre as pretensões territoriais lusitanas com respeito a terras da demarcação de Castela. Quatro ou cinco dias apenas depois da chegada de Arias, era este chamado a com- parecer perante o visitador de Sua Majestade na Casa, a fim de prestar depoimento acerca dos latrocínios e malícias atribuídos por Orue aos de São Vicente e outras partes do Brasil em prejuízo de vassalos e súditos do imperador.

Tomado seu juramento na devida forma de como diria a verdade do que sabia, confirmou Arias, acrescentando-lhes novos pormenores, as acusações do espião castelhano. Referiu como, cerca de um ano antes, dois navios, um de São Vicente, outro da capitania de Ilhéus, se tinham reunido em Cananéia, seguindo em conserva até a laguna do Viaça, junto à Ilha de Santa Catarina, onde estavam vários espanhóis, além de muitos índios e índias, que vinham sendo doutrinados por Frei Alonso Lebron, da Ordem de São Francisco. Achando-se a testemunha num dos navios, em que saíra a fazer os seus tratos, viu como Pasqual Fernandes, genovês, vizinho de São Vicente, e Martim Vaz, de Ilhéus, senhores e mestres dos navios, atraíram a bordo com enganos e fingida amizade aos espanhóis, entre estes Frei Alonso, além de parte dos catecúmenos que apresaram, e seriam cento e tantas peças, entre homens e mulheres. Feito isso partiram ambos os navios, com todos aqueles prisioneiros, seguindo um deles, o que era de Pascoal Fernandes, com destino a São Vicente, e neste iam o dito frade e os demais espanhóis, além de parte dos índios aprisionados, en- quanto o de Martim Vaz tomava o caminho de Ilhéus.

Vira mais a testemunha, e assim o disse, que chegado a São Vicente o navio de Pasqual Fernandes, o capitão daquele porto, que se chamava Brás Cubas, lhe tomou os espanhóis e índios cristãos, pondo aqueles em liberdade e entregando estes a Frei Alonso, que lhe mostrara os privilégios e faculdades recebidos da sua Ordem e de Sua Majestade. Em seguida, deixou o frade em poder de certos vizinhos e moradores portugueses de São Vicente os índios e índias convertidos, para que os guardassem provisoria- mente, enquanto ele próprio ia a Portugal e Castela a queixar-se do sucedido. E com efeito, partiu para esses reinos onde, todavia, não chegou, constando-lhe que fora aprisionado por algum corsário francês. Quanto aos índios ainda não convertidos, sabia ainda o depoente que Brás Cubas os deixou em poder de Pasqual Fernandes e dos companheiros deste que participavam do negócio com a condição de os devolverem se e quando fossem reclamados por quem de direito os pudesse haver.





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Hans Staden naufraga em Itanhaém
1550. Atualizado em 24/10/2025 02:34:59
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (2): Itanhaém/SP, São Vicente/SP
• Pessoas (1): Hans Staden (1525-1576)
• Temas (1): Carijós/Guaranis






  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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Encontro com Bras Cubas
1551. Atualizado em 24/10/2025 02:35:00
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (2): Itanhaém/SP, São Vicente/SP
• Pessoas (2): Hans Staden (1525-1576), João Sanches "Bisacinho"
• Temas (1): Espanhóis/Espanha






  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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Santa Casa confirmada por João III
2 de abril de 1551, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:00
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (1): Santos/SP
• Pessoas (1): João III, "O Colonizador" (1502-1557)
• Temas (4): Hospitais, Medicina e médicos, Pela primeira vez, Santa Casa da Misericórdia


•  Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo vol. XVIII
1 de janeiro de 1913, quarta-feira
Na parte a que nos referimos diz esse traslado : «elle capitão (Martim Affonso) lhes houve por demarcadas pelas demarcações já ditas e metteu posse realmente em feito, visto já a obra que na dita Ilha tem de cannaviaes e mantimentos, e por elle dito Braz Cubas foi também pedido â elle Capitão mandasse a mim tabelliào que desse aqui a minha fé em como havia três annos que Joào Pires Cubas, seu pae, viera a esta terra com fazenda e gasto para aproveitar as ditas terras e tomar posse delias e aproveital-as, o que deixou de fazer por dita terra ser habitada por gentios nossos contrá- rios e por esse respeito não pudera nem podia aproveital-as, etc." Verifica-se, pois, pela referida escriptura, cuja cópia acha-se transcripta no volume VI da Revista do Instituto Histórico de S. Paulo, que a dita Ilha Pequena fazia parte das terras doadas ; que nella residiram Braz Cubas e seu pae ; e que, finalmente, este foi o portador da referida carta de doação em 1540.

Foi, portanto, nesta época que Braz Cubas concebeu o levado e feliz plano de fundar uma povoação, começando por uma Casa de Misericórdia; e, após, lançou os primeiros alicerces da referida povoação, que imponente hoje se ostenta á margem do canal que a circunda e que constitue, em toda a America, o porto de mais seguro abrigo. O principal motivo deste arrojado commettimento fundava-se em que «era inconveniente o surgidouro onde o rio de Santo Amaro desembocca no canal da Barra Grande e onde os navios, até tempo, davam fundo, assim aos marinheiros como aos donos das fazendas : aos primeiros por lhes ser necessário residir em porto solitário, emquanto as embarcações aqui demoravam ; e aos segundos porque conduziam para a Villa as suas cargas mais pesadas ou pela Barra de S. Vicente, com muito perigo, em canoas, ou por dentro, rodeando toda a Ilha. com viagem mais dilatada; accrescentando ainda que «os marinheiros que chegavam enfermos ou aqui adoe- ciam, depois de cá estarem, padeciam muitas necessidades por falta de se curarem.» Com estes nobres, elevados e humanitários intuitos, despertados por uma inspiração toda santa, conseguiu Braz Cubas, sob os melhores auspícios e com o concurso dos seus conterrâneos, homens bons, moradores principaes da terra, realizar tão notável emprehendimentb, erigindo nesta terra, entào inculta, um hospital e irmandade de Misericórdia que o administrasse.

De fato, um hospital, com irmandade de misericórdia, foi erigido neste local, que, a esse tempo, era mato virgem, constituindo-se, assim, a primeira confraria, no género, nesta vasta região da America Meridional; ella foi confirmada por D. João III, em Almeirim, aos 2 de Abril de 1551, como é expresso no antigo Livro de Compromisso existente no archivo daquella irmandade.

Com o hospital foi também fundada a povoação, que devia servir de base á cidade actual, preponderando, para isso, no animo do Braz Cubas a convicção de que assim evitava o incommodo de fazer viagens largas, quando lhe fosse necessário ir á villa, e a dita povoação ficava mais próxima á sua fazenda e em sitio mais adequado para o embarque e desembarque dos navios, como elucida Frei Gaspar.





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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Bras Cubas se torna, novamente, Capitão-Mor
18 de junho de 1551, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:00
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (1): Sorocaba/SP






  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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Alvara referente a Bras Cubas
4 de dezembro de 1551, terça-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:00
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (2): São Vicente/SP, Sorocaba/SP






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Tomé de Sousa concede a aprovação a Bras Cubas para "povoar"
8 de fevereiro de 1552, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:01
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (3): Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
• Pessoas (1): Tomé de Sousa (1503-1579)
• Temas (1): Portos






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Maniçoba / Ulrico Schrnidel partiu de Buenos Aires, que veio do Paraguai a São Vicente, passando por Santo André, a vila de João Ramalho
26 de dezembro de 1552, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:26
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)

• Cidades (5): Assunção/PAR, Itu/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Buenos Aires/ARG
• Pessoas (1): Ulrico Schmidl (1510-1579)
• Temas (6): Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho do Peabiru, Ituguasu, Maniçoba, Vila de Santo André da Borda, Estradas antigas






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Hans Staden
1553. Atualizado em 24/10/2025 02:35:01
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Cidades (6): Bertioga/SP, Itanhaém/SP, Santos/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP
• Pessoas (2): Hans Staden (1525-1576), João Sanches "Bisacinho"
• Temas (1): Tamoios






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Bras Cubas assume como Provedor das rendas
4 de fevereiro de 1553, quarta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:01
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)






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Ulrich
junho de 1553. Atualizado em 23/10/2025 15:32:27
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)

• Cidades (1): Sorocaba/SP
• Pessoas (1): Ulrico Schmidl (1510-1579)
• Temas (2): Caminho do Peabiru, Vila de Santo André da Borda






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Carta de Manoel da Nóbrega á Luís Gonçalves da Câmara: “Vou em frente procurar alguns escolhidos que Nosso Senhor terá entre esses gentios”
31 de agosto de 1553, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:27
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)

• Cidades (3): Itu/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
• Pessoas (3): Domingos Luís Grou (1500-1590), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel de Paiva (f.1584)
• Temas (7): Araritaguaba, Farinha e mandioca, Gentios, Jesuítas, Maniçoba, Vale do Anhangabaú, Vila de Santo André da Borda


•  “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1 de janeiro de 1957, terça-feira
João Ramalho não deu informações precisas sobre a terra de seu berço. Dela veio estando casado com mulher, que lá deixou e da qual nunca mais teve notícia, supondo-a morta, quarenta anos depois.

O Padre Manuel da Nóbrega, na carta de 31 de agosto de 1553 ao Padre Luís Gonçalves da Câmara, diz que João Ramalho era parente do Padre Manuel de Paiva, o celebrante da missa no planalto, a 25 de janeiro de 1554. (Páginas de História do Brasil, pelo Padre Serafim Leite, págs. 92 a94).

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP. Vol. LXXXVII
1 de janeiro de 1992, quarta-feira
O rio terá sido, no entender de pesquisadores, a justificativa para a fundação do colégio jesuíta embrião da cidade anchietana. Ou seja, o começo do desbravamento. Está lá, na carta dirigida por Nóbrega ao Provincial da Ordem, o conselho para que insista junto a Martim Afonso quanto a transferência dos colonos deperecendo na Borda do Campo "aonde não havia peixe nem farinha" para que "se achegassem ao rio, (onde) teriam tudo a sossegariam".

Julgam alguns que tal rio fosse o Anhangabaú mas como pensar que um riacho na verdade fornecesse alimento para toda a população a ser transferida e mais a já existente? Antes de existir a vila paulistana, o Tietê levava e trazia os devassadores do sertão. É de 1551 a carta do irmão Pero Correia, descrevendo a viagem rio abaixo, com outros cinco irmãos a procura de um cristão asselvajado, indianizado.

E é de 31 de agosto de 1553 a carta de Nóbrega salientando a descida até Maniçoba, comboiado por um filho de João Ramalho. Abalou-se até para além de Araritaguaba.

Depois dessas, sabemos da ida do padre Anchieta em 1568 em missão muito simpática. Foi levar, em mãos, como exigia o favorecido, o perdão da justiça ao régulo Domingos Luiz Grou que a vila de São Paulo desejava ter dentro de seus muros para ajudar na sua defesa. Somente voltaria se o padre Anchieta fosse buscá-lo. Como se vê, já naquele tempo, poderosos usufruindo de prestígio gozavam de fortes regalias! Mas impõe-se-nos uma pergunta: se Grou fora homiziar-se naquelas paragens o fizera porque já, por ali, se navegava e morava. Mas, viagem mesmo, fazendo do leito do rio uma estrada, a primeira parece ser. [Página 29]

•  “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
1 de janeiro de 2005, sábado
Nóbrega, entretanto, com seu ideal catequético-cristão, apesar da rudeza de João Ramalho, via nele um meio de conversão dos gentios, para o que deve ter pesado a relação de parentesco existente entre o chefe tribal e o Padre Manuel de Paiva, informa Serafim Leite (2004-I: 93), e como deixa entrever o próprio Nóbrega em carta escrita do sertão de São Vicente, em 31 de agosto de 1553 (2000:183-4):

Neste campo está um João Ramalho, o mais antigo homem que está nesta terra. Tem muitos filhos e mui aparentados em todo este sertão. E o mais velho deles levo agora comigo ao sertão por mais autorizar nosso ministério. Porque é muito conhecido e venerado entre os gentios e tem filhas casadas com os principais homens desta Capitania e todos estes filhos e filhas são de uma índia, filha de um dos principais desta terra. De maneira que, nele e nela em seus filhos, esperamos ter grande meio para a conversão destes gentios. (....) Este homem, para mais ajuda, é parente do Pe. Paiva e cá se conheceram.

Foi para lá que Nóbrega se dirigiu (Maniçoba), ao passar por Piratininga, em agosto de 1553, quando deixou as bases para a fundação da Casa de São Paulo:

“Yo voi me adelante a buscar algunos escogidos que N. Señor tendrá entre estos gentiles” (Carta ao Pe. Luís Gonçalves da Câmara, 31.08.1553, CPJ, v. 1, p. 523).





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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João Ramalho fundou uma povoação / vila de Santo André
8 de Setembro de 1553, terça-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:27
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)

• Cidades (2): Santo André/SP, São Paulo/SP
• Pessoas (2): Antônio de Oliveira (1510-1580), Francisco de Saavedra (n.1555)
• Temas (3): Caciques, Guaianás, Vila de Santo André da Borda


•  Biografia de Tibiriça (Formiga Velhaca), consultado em osbrasisesuasmemorias.com.br
24 de janeiro de 2021, domingo
Cacique guaianá, irmão de Araraí e de Caiubi. Aliciado pelo genro branco João Ramalho, o famoso cacique tornou-se aliado dos invasores. Foi um grande benfeitor dos estrangeiros, traindo os da sua própria raça, como fez Araribóia. Quando Tomé de Sousa criou a vila de Santo André, 1553, Tibiriça não se opôs. Cumpriu as ordens desse governo e continuou servindo aos que o sucederam. Se não fosse ele e a sua grande prole os jesuítas não teriam fundado São Paulo. De grande resistência física, era considerado o maior arqueiro do planalto. Não tinha medo de nada; apesar disto seu temperamento era muito sensível. Tornou-se tão amigo dos jesuítas (Nobrega e Anchieta) que chegou até a brigar com o genro e tornou-se inimigo de muitos dos seus parentes, inclusive Araraí. Conta-se que certa vez os guainases aprisionaram um inimigo e o entregaram ao chefe. Na taba indígena preparou-se um grande festim e quando Tibiriça, todo empenachado, se prepara para devorar o inimigo, apareceram os missionários e o desarmaram. O cacique assoviou, bateu o pé e o arco e acabou deixando o prisioneiro. Como colaborador dos invasores recebeu o hábito de Cristo e uma tença anual. Morreu na sua choupana, que ficava no atual Largo de São Bento, a 25 de dezembro de 1562, vitima desinteria trazida pelos escravos dos portugueses das vilas vizinhas.

•  João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
1 de janeiro de 1886, sexta-feira
Neste lugar, João Ramalho fundou uma povoação; e, em 1553, aos 8 de Setembro, foi elevada á villa, sob o nome de Santq Andre, pelo segundo capitâo-mór loco-tenente António de Oliveira e pelo provedor da fazenda real Braz Cubas, ratificada em 1554 pelo donatário da capitania.





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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Nascimento de Luiz
1554, atualizado em 24/10/2025 02:38:06
• Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): Luís Eanes Grou (velho) (consogro(a) , 1554-1590)
• Pessoas (1): Domingos Luís Grou (1500-1590)






  Mestre Bartolomeu Gonçalves
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Serafim Leite afirma expressamente que, no ano de 1554, ainda não tinham começado a residir em Piratininga moradores portugueses, daí não existirem filhos deles na Escola de Meninos, em que o Irmão Antônio Rodrigues ensinava a ler, escrever e cantar
1554. Atualizado em 23/10/2025 15:32:28
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)

• Cidades (4): Itu/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
• Pessoas (2): Manuel da Nóbrega (1517-1570), Simão de Vasconcelos (1597-1671)
• Temas (6): Colégio Santo Ignácio, Habitantes, Jesuítas, Maniçoba, São Paulo de Piratininga, Pirapitinguí


•  Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI
1 de janeiro de 1895, terça-feira
Simão de Vasconcelos diz que em 1554 os mamelucos filhos de João Ramalho foram até essa aldeia, perturbaram tudo e conseguiram que aqueles catecúmenos abandonassem os padres convencendo-os que os mesmos eram estrangeiros que foram degradados para a colônia como gente sem ocupação e que seria mais honroso obedecer a quem fosse tão valente no arco e na flecha como eles.

Acrescente em seguida "não só disseram como fizeram; porque os pobres nativos, suposto que mandos por natureza enganados da eloquência e eficácia dos mamelucos, em cujos corpos parece falava a diabo, assim se foram embravecendo e amotinando que houveram os padres de deixa-los em quando não esperava mais fruto.No testamento de Domingos Fernandes, se vê, nas disposições que faz com referência á capela que erigiu a Nossa Senhora da Candelária, nos Campos de Pirapitinguy, no distrito de Itú-Guassú, alusão ao povoado que aí já tivesse havido na parte que diz "salvo se pelos meus pecados, Deus ordenar que isso se torne a despovoar".





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  49º de 65
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Elevação de Santo André da Borda do Campo a vila é confirmada por Bras Cubas
1554. Atualizado em 24/10/2025 02:35:03
 Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592)

• Temas (1): Vila de Santo André da Borda


•  João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
1 de janeiro de 1886, sexta-feira
Neste lugar, João Ramalho fundou uma povoação; e, em 1553, aos 8 de Setembro, foi elevada á villa, sob o nome de Santq Andre, pelo segundo capitâo-mór loco-tenente António de Oliveira e pelo provedor da fazenda real Braz Cubas, ratificada em 1554 pelo donatário da capitania.





  Mestre Bartolomeu Gonçalves
  50º de 65
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Anchieta
março de 1554. Atualizado em 23/10/2025 15:34:03
 Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)

• Cidades (3): Itu/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
• Pessoas (1): José de Anchieta (1534-1597)
• Temas (3): Epidemias e pandemias, Maniçoba, Paranaitú


•  Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI
1 de janeiro de 1895, terça-feira
Tivesse ou não sido o padre Rodrigues o soldado desertor que alcançara Schimdel no segundo dia da sua viagem, é inegável, porém, que ele conhecia o caminho do Paraguay e poderia servir de guia a Nobrega e voltando atraz "repisando" as pegadas, mostrar-lhe os trechos por que passou e a aldeia que o seu companheiro chamou de Biesaie, cujos nativos lhe forneceram os viveres para a viagem, e onde talvez escolhessem o lugar para a sua primeira povoação.

A cronica, porém, o que narra é que Nóbrega, partindo em companhia do noviço Antonio Rodrigues e de alguns nativos catecumenos de Piratininga, chegara até á aldeia de Japyhuba ou Maniçoba, onde tratou de realizar o que tinha em mente. Erigiu uma pequena igreja e começou a ensinar a doutrina, dando assim principio a uma residência que durou anos, com grandes proveitos para a religião.

A fama de Nóbrega de estendeu por todo o sertão odo Paraguai donde se abalaram grandes levas de Carijós em busca dele para serem doutrinados na nova aldeia que lhes ficava mais perto.

Uma ocasião, quando uma dessas "levas" de Carijós se achava nas proximidades da igreja, foi atacada á traição sendo mortos muitos nativos por uma horda de Tupis seus contrários e moradores em Paranaitú.

Entre esses Carijós vinham alguns espanhóis que na ocasião do encontro se esconderam na mata e depois de terminada a luta, foram ter, parte á aldeia de Maniçoba, parte á aldeia dos Tupis no Paranaitú que os aprisionaram, mas que foram soltos por intervenção do padre Pedro Correa.

A dispersão e chegada áquela aldeia, bem como a facilidade com que Correa obteve a liberdade, dão a entender que as aldeias eram próximas uma da outra. O nome Paranaitú é muito sugestivona sua significação de "salto de rio grande". Rio Grande era o primitivo apelido do rio que, ao depois chamado Anhembi, tem hoje o nome de Tietê.

Paranaitú, "salto do rio Grande" ou salto do Tietê, não pode ser identificado com outro senão o salto de Itu, na vila da comarca deste último nome, e que hoje ainda conserva a grafia da sua primitiva denominação; traduz e repete a palavra traduzida. Nas vizinhanças de São Paulo, ou nas 40 léguas de exploração que fez Nóbrega não há outro rio Grande que dê um salto que mereca aquela definição.

Maniçoba ou Japyuba é possível que seja o local onde está situada a atual cidade de Itu. Maniçoba não teve vida muito duradoura, parecendo que pouco depois de sua fundação foi abandonada.

Simão de Vasconcelos diz que em 1554 os mamelucos filhos de João Ramalho foram até essa aldeia, perturbaram tudo e conseguiram que aqueles catecumenos abandonassem os padres convencendo-os que os mesmos eram estrangeiros que foram degradados para a colônia como gente sem ocupação e que seria mais honroso obedecer a quem fossetão valente no arco e na flecha como eles.

Acrescente em seguida "não só disseram como fizeram; porque os pobres nativos, suposto que mandos por natureza enganados da eloquência e eficácia dos mamelucos, em cujos corpos parece falava a diabo, assim se foram embravecendo e amotinando que houveram os padres de deixa-los em quando não esperava mais fruto.

No testamento de Domingos Fernandes, se vê, nas disposições que faz com referência á capela que erigiu a Nossa Senhora da Candelária, nos Campos de Pirapitinguy, no distrito de Itú-Guassú, alusão ao povoado que aí já tivesse havido na parte que diz "salvo se pelos meus pecados, Deus ordenar que isso se torne a despovoar". (Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, 1895. Páginas 173 e 174)


  


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