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Maximilien François Marie Isidore de Robespierre1758-1794
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  Maximilien François Marie Isidore de Robespierre
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  24/10/2025 03:32:04º de 16
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1915
Atualizado em 01/11/2025 20:03:43
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo
•  Cidades (2): Paranaguá/PR, Sorocaba/SP
•  Pessoas (6): Antonio Camacho (n.1556), Gabriel de Lara (f.1694), Henrique da Cunha, velho (1560-1624), Isabel Fernandes "Pires" (f.1599), Pero Lopes de Sousa (1497-1539), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688)
•  Temas (7): Atuahy, Caciques, Caminho de São Roque-Sorocaba, Carijós/Guaranis, Fortes/Fortalezas, Habitantes, Nheengatu
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8 de março de 1609, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:40:00
1°. Procurador do Couselho Antonio Camacho, dizia em vereança, que "lhe constava a vinda do gentio Carijó para esta vila, e que os mesmos vinhão maltratados e faltos de mantimentos, de modo que parecia bem socorre-los
A 8 de Março de 1609, na mesmo villa de S. Paulo, o Procurador do Conselho Antonio Camacho, dizia em vereança, que "lhe constava a vinda do gentio Carijó para esta villa , e que os messmos vinhão maltratados e faltos de mantimentos, de modo que parecia bem soccorrel- os, nas partes que inelhor parecer; e maudaram os officiaes da Camara saber an certo da vinda, e si se poria cobro a isso etc." [p. 763]
3 de abril de 1609, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 06:47:57
2°. “muita gente que se vinha para cá, por outro caminho (...) paragem chamada Atuahy (Itú), perto de Piassaba, e perto donde vivia Baltezar”: O relato de André da Aldeia do Forte
Em 3 de Abril de 1609 efetuou -se uma outra vereança na Camara de S. Paulo, a requerimento do dito Procurador do Conselho, Antonio Camacho, onde se tratou, exclusivamente, da chegada, aquela vila, de um indio Carijó, de nome André da Aldeia do Forte, acompanhado de mais dois parlamentares da mesma nação.

Vamos dar na integra esse documento, por ser importante e oportuno, neste capitulo da historia de Paranaguá e dos habitantes desse sertão, na época da conquista pelos bandeirantes. Essa tribo, ou essa nação até então indômita dos Carijós, "os pés largos", como lhes apelidavam os bandeirantes paulistas, era, por estes mesmos avaliada "em duzentos mil homens de arco", e achava -se nesta época, 1609, ja bem abatida e dispersa.

A guerra constante que lhes moveram os conquistadores da primitiva Capitania de S. Vicente, nos sertões do Paraná, "nessas entradas", e as luctas não menos encariçadas que tiveram de sustentar contra os hespanhóes do Rio da Prata, seus antigos aliados contra os portuguezes, obrigava-os agora a virem humildemente, acossados pela fome e pelas epide demias, pedir « abrigo e paz ás auctoridades da vila de São Paulo!

São esses mesmos Carijós, que, cinquenta anos depois, em 1660, já catechisados pelos jesuitas e bem adestrados nos mavejos das armas pelo intrepido governador de Itanhaen, o capitão Antonio Barbosa de Sotto -Maior, vão formar as com paphias de guerra que, ao mando desse mesmo ca pitão Sotto-Maior, hão-de conquistar -- com votaveis actos do bravura -- toda a região que faz parte hoje do Esta do do Rio Grande do Sul, conforme escreve Pedro Taques e nos confirmam os historiadores de Paranaguá Vieira Santos e Hermelino de Leão. Eis o referido documento:

"Aos tres dias do mez de Abril de 1609 anos, nesta vila de S. Paulo, se ajuntaram os oficiais da Camara na na Casa do Conselho, a requerimento de Antonio Camacho, procurador do Conselho, e sendo juntos os abaixos assigna dos a saber: Balthazar de Godoy, vereador. e seu parceiro Sebastião de Freitas e o juiz Antonio Camacho, logo por elle foi dito e requerido aos ditos oficiais que, a esta vila eram chegados certos indios Carijós; e um indio dos mesmos, por nome André, da Aldeia do Forte; dos quaes estavam presentes, dois Carijós e o dito indio; e que requeria que os ditos oficiais da Camara mandassem fazer perguntas aos ditos indios que declarassem o que queriam e se haviam mister de alguma cousa.

André "da Aldeia do Forte", Jagoarajúba, Tapien

Foi chamado Pedro Colaço, morador de São Paulo e que falava a íngua nativa da terra, nesta Capitania. E pelos ditos oficiais lhe foi dito que fizesse perguntas aos ditos indios, sobre o que queriam e que novas traziam dos seus.

E logo pelo dito língua lhes foi feito perguntas e declararão: que o dito indio André, que presente estava, fora em companhia de um indio principal Carijó, por nome Jagoarajúba, á sua terra, para vir em sua companhia ele e sua gente para aqui, e que chegando lá, perto de sua aldeia, lhe viéra recado, ao dito principal, como os espanhóis tinham levado a maior parte de sua gente; e, sabendo o dito principal a tal nova, lhe dissera ao dito indio André, que se tornasse, porque os hespanhoes lhe não fizessem algum mal e agravo.

E que ele trouxesse com sigo alguma pouca de gente que escapara dos espanhóis, o que ele fizera. E que vindo se encontrou com muita gente que se vinha para cá, por outro caminho, os quais traziam muita fome e doenças; e que os outros que no caminho achara, se vieram com eles para esta vila, e vindo pelo rio acima, em uma paragem chamada Atuahy (Itú), perto de Piassaba, e perto donde vivia Baltezar Gonsalvez e outros moradores, que lá estão, dos quais moradores sabiram duas canôas, nas quais viram dois brancos, a saber:

Um filho de Baltezar Gonsalvez por nome Baltezar e outro, filho de Domingos Rodrigues, por nome Anrique da Costa, os quais chegando a eles perguntaram o que vinham fazer, e que alí não queriam o capitão nem ninguem que de la viessem e que lhes largasse a gente que traziam.

Os nativos disseram que iam para morar entre os portuguezes; e ouvindo isto lhe tomaram a força tudo o que traziam, adonde entiava uma india casada, com seus filhos, cujo marido estava presente e se queixava do agravo que os portuguezes lhe tinham feito, em lhe tomarem sua mulher e seus filhos.

A assi mais disse o dito Carijó, chamado Tapien que ele se vinha para esta terra adonde estavam alguns parentes seus, situados em aldeas para ser vir sua magestade, como os demais indios, que vinha pedir remédio para lhe darem sua mulher e demais parentes que lhe haviam tomado contra sua vontade.

O que visto por eles oficiais da Camara, assentaram que fosse notificado Baltezar Gonsalvez como Pai que é do dito moço, que: "Com pena de quinhentos cruzados, aplicados para os fortes da Bahia de S. Salvador, e cativos, e dois anos de degredo para "Maçangano", mandasse vir os ditos indios que seu filho e vizinhos tinham tomado aos indios que presentes estavam, etc."

E outro sim, requereu mais, o dito procurador do Conselho que por dito destes indios estava informado que desciam muitos Carijós para esta Capitania a servir a S. Magestade e o sr. Lopo de Souza, e que vinham muito faltos de mantimentos e ferramentas, por cujo respeito morriam muitos amingos, e havia muito tempo que haviam partido e não chegavain por lhes faltar o que dito tem.

Que lhes requeria a eles ditos oficiais pusessem cobro nisso, pois era tão importante, o serviço de Deus, que mandassem lá, a seu caminho, com soccorro, alguns homens da terra suficientes para isso, ou fossem eles em pessoa para que viessem: mais seguros. E se acôrdaram que tratariam disso com o povo, e o que accordassem se faria, para serviço de Deus e de sua Magestade, e do sr. Lopo de Souza. »

se Afim de se fazer um juizo bem claro do estado da ca pitania de S. Vicente nesta época, antese depois do litigio entre os donatarios, vamos transcrever, neste capitulo referente aos Carijós, mais um importante documento da Cama ra de S Paulo.

É uma carta, dirijida ao donatario da Capitania, em Portugal, no qual os paulistas dessa época, com o desembaraço e a altivez que lhes era caracteristica, dão conta do estado da terra e da maneira porque eram explorados pelos governadores e mais autoridades.

Quanto a guerra ao gentio, nessa época em que os paulistas, apezar das proibições, já batiam e devastavam os sertões em todos os sentidos, dizem os camaristas que: ars primeiros indios christāvs vizinhos, são quase todos acabados, mas no sertão ha infinidade deles e muitas nações etc. >

Que se descermos ( esse gentio ) será causa de grande proveito principalmente o gentio Carijó, que está a oitenta legoas daqui, por mar e por terra, e se afirma que podem ser duzentos mil homens de arco. » A carta, á qual nos re ferimos, é a que se segue. [p.763]
25 de janeiro de 1660, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:12:24
3°. Documento
Meces desta mivha rezolução para que a tenhão attendido. Concideramos que na Eleição que se fez no anno de 1659 ( 2.º triennio de Pelouros depois do Alvará de providencia do Conde de Atouguia ) nào se gozou da paz dezejada, porque entre José Ortiz de Camargo, Fernão Dias Paes, e Henrique da Cunha Gago, se acendeo o fogo da discordia, tendo cada huma destas tres cabeças numerozo sequito e grande roda de parentes, da mais principal nobreza de S. Paulo, sendo Fernão Dias Paes protetor da familia dos Pires, cujo partido representava Henrique da Cunha Gago, legitimno descendente da familia deste apelido, por sua May Izabel Frz, que era filha de Salvador Pires e de sua mulher Mecia Frz, como temos escrito em tt. " de Cunha Gago, cap. 1. ° $ 1.º , e chegando a S. Paulo e Ou vidor Geral do Rio de Janeiro e repartição do Sul, o Dr. Pedro de Mustre Portugal en Dez. d4 1659, este fez Ja vrar o termo do theor seguinte:

Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de 1660 annos a 25 dias do mez de Janeiro do dito anno nesta villa de S Paulo da Capitania de S. Vicente, na caza da morada do Ouvidor da Camora, os officiaes da Camara e Juiz de Orfãos, os Pre lados das Religioens a saber ; O M. R. P. Fr. Geraldo da Orde: 11 de S. Antonio, Vizitador desta Provincia do Brazil; o M. R. P. Reitor da Companhia de JESUS Manoel Pe drozo; o M. R. P. Fr. Angelo Prior do Convento de N. S. do Carino ; o Capm. Fernão Dias Paes, o Capm. José Ortiz de Camargo ; o Capm. Henrique da Cunha Gago, moradores desta Villa ; Logo pelo dito Ouvidor Geral , foi mandado a miin escrivão fazer este auto em como estando elle na ci dade do Rio de Janeiro cabeça de sua comarca ser indo e exercitando o cargo de Ouvidor Geral desta repartição do Sul, ora de proximo viera de Correição desta Villa de S. Paulo, por bem do seo cargo, e na forma do seo Regimento e achando os moradores della dezavidos e quebrados na paz e amizade em que antigamente se conservavão suas pessoas, cazas o familias ; e por razão de antigas inimizades e mal querencias muito antigas que entre si

Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo
25 de janeiro de de 1915, sexta-feira (Há 110 anos)

; por cuja causa de ordinario havião bandos, motins , e alterações neste povo, com tanio excesso que por varias vezes tivhão chegado a rompimeito de que havião rezultado varias mortes, ferimentos insultos e, latrocinios, asim entre os mesmos moradores, como po gentio, que cada qual dos ditos bandos a si tinha agre gado ; e ultimamente achando-se esta Villa no mais mise ravel estado, que se poderia considerar ; porquanto a mayor parte dos moradores a tinhão dezamparådo e se hião me teado no çertão e matos, fazendo novas povoaçoens e domicilios, vivendo sem sucego muy atrazados e deminulos em seos cabedaer, e lavouras com o que o comercio e vendas de S. Magestade se perdião ; e originavão grandes desserviços a Deos e ao dito Spr. e o respeito e temor da justissa total mente se perdia . E excogitando elle dito Ouvidor Geral com madura consideração ( de hum mes a esta parte que eutrou nesta villa ) os meyos mais suaves para reduzir cos mua dores io vinculo da paz ; e união com que deantes se tra tavão, e comunicavào cousas tão convenientes ao serviço de Deus e de S. Magestade e ao bem comum e conservação desta Republica e seis moradores e de tanta utilidade a este E- tado do Brazil ; em cuja concideração elle dito Onvidris Gerrl trata logo com grande disvelo e zelio do serviço de S. Mag stade ) por sua pessoa e autoridade do cargº, que * ctualmente está carecendo e com ajuda e intervençàn dos Religiosos e pessoas mais nobres e autorizadas deste Povo de meter paz e união entre os ditos moradores e atalhar os damnus futuros, que os ameação como a experiencia larga mente o hia mostrando, elle dito Ouvidor Gerai com o pa recer do dito Capm. Mór, Camara, Prelados e mais pessi as , mandou vir ante si a os ditos Capitaens Fernão Dias Paes e José Ortiz de Camargo e Henrique da Cunha Grgo por serem as principaes pessoas e cabeças dos ditos baudos, e familias entre si oppostas e sendo prezentes logo pelo dito Ouvidor Geral lhe fry proposto o referido neste autto, requerendo -lhes da parte de S. Magestade e da sua pedindo -lhes muito por m . se reconciliassem, .. a paz, amizade, e união com que deantes se tratavår, e communicai ão pois dahi se seguia tão grande serviço de Deos e de S. Magestade e bem comun e geral a estes Povis ; e do coutr.° grandes damnos e juinas pro metendo lhes em come de S. Magestade o agradecimento e premio devido a tão leaes vassalos ; e o dito Snr. re haver em tudo por muito bem servido para cujo efeito lhe daria conta nas primeiras embarcaçoens; e o inesmo faria este se pado de sua relação deste estado, para assim o ter intendi do e do contrario ( o que delles não esperava ) se haver o dito Snr. por mal servido, e desde logo lhes escapava esta villa e todos os damnos, motivs, mortes, e outros máos suc cessos, que nella de hoje em diante succedessem , em comi nação, de serem outro sin , desnaturalizados deste Reinc , tdes e havidos, e reconhecidos por rebeldes, levantados, e inobedientes aos mandados de S. Magestade e preceitos da Justissa e das mais penas, que o dito Snr. for servido exe cutar em suas pessoas e fazendas, e logo pelos ditos capi tâes Fernào Dias Paes e José Ortiz de Camargo, e Henrique da Cunha Gago foi dito que elles por si e em nome de suas familias e parentes, amigos e aliados , prezentes e auzentes, se obrigavam por suas pessoas a estar por todo o conteúdo e declarado neste autto ; e de agora nem em tempo algum hirem contra elle, em tudo ou em parte ; antes como leaes vassalos de S. Magestade tratariam da firmeza e estabilidade [Página 695]
15 de maio de 1660, sábado. Atualizado em 30/10/2025 09:23:18
4°. Foi lavrado o auto de posse de Capitão-mór, Ouvidor e Alcaide mór, a Gabriel de Lara, nomeado por D. Alvaro Pires de Castro e Souza - Marquez de Cascaes
Salvador Correia pediu que a villa de conservasse em nome de sua Magestade2.° - E ainda que depois no primeiro de Fevereiro de 1 654, e em 20 de Fevereiro de 656 nesta Camará se desse posse a dous Capitaens mores da Villa da Conceição de Itanhaem, dizendosse que esta Villa era da doacção do Conde da Ilha do Príncipe: e em 15 de Mayo de 1660 se desse posse a outro Capitam mor em nome do Marquez de Cascaes, dizendosse, que esta Villa ficava na demarcassão das quarenta legoas da parte do Sul da doacção que o dito Marquez tinha com a Capitania de S. Vicente, o que reconheceu em 30 de Junho do mesmo anno hum Capitam mor e Ouvidor do dito Conde, que veyo a esta Villa, de que assignou termo em Camará: com tudo vindo o General Salvador Corrêa de Sá, e Benavides a esta Villa em 30 de Novembro de 1660 3 , que ella se conservasse em nome de Sua Magestade, que Deus guarde, como se tinha criado sem reconhecer nenhum dos ditos donatários; vista a duvida em que estavão de a coal delles pertencia: e nesta mesma posse se conservou athe o presente. (Provimentos do ouvidor Pardinho para a vila de Paranaguá) [0]Corroborando este acontecimento , no fim do mesmo anno de 1660, Salvador Correia de Sá e Benevides, governador do Rio Janeiro e administrador das minas de Paranaguá, estando nessa villa a 30 de Novembro, Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo p.443;444]
30 de novembro de 1660, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:01
5°. Salvador Correia de Sá e Benevides, governador do Rio Janeiro e Administrador das Minas, desejando averiguar dos motivos do pouco rendimento das minas chega em Paranaguá
Corroborando este acontecimento , no fim do mesmo ano de 1660, Salvador Correia de Sá Benevides, governador do Rio Janeiro e administrador das minas de Paranaguá, estando nessa villa a 30 de Novembro, determinou que, á vista das dúvidas existentes entre os herdeiros dos primitivos donatários, as autoridades em exercício se mantivessem em seus cargos, funcionando como delegados da corôa, sem que reconhecessem nenhum donatário. Esta resolução consolidou a autoridade de Gabriel de Lara, que, entretanto, jamais se olvidou, nos atos públicos, da sua qualidade de loco-tenente do Conde de Monsanto, depois Marques de Cascaes. Esta "resolução" não prevaleceu por muito tempo, como se verá. [Páginas 453 e 454 do pdf]




  Maximilien François Marie Isidore de Robespierre
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1996
Atualizado em 31/10/2025 17:36:11
A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja
•  Cidades (12): Assunção/PAR, Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Laguna/SC, Peruíbe/SP, Porto Belo/SC, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Francisco do Sul/SC, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Tucumán/ARG
•  Pessoas (24): Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Ângelo de Siqueira Ribeiro do Prado (1707-1776), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Bernardo de Armenta, Fernão Cardim (1540-1625), Henrique Montes, Inácio de Siqueira, Jerônimo Rodrigues (f.1631), Jesus Cristo (f.33), João de Sousa, José de Anchieta (1534-1597), Juan de Salazar y Espinosa (1508-1560), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel Preto (1559-1630), Nuno Manoel (1469-1531), Padre João Fernandes Gato, Papa Paulo III (1468-1549), Pedro Dorantes, Pero Correia (f.1554), Roque Gonzálies de Santa Cruz (1576-1628), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631), Sebastião Caboto (1476-1557), Simão de Vasconcelos (1597-1671)
•  Temas (41): Açúcar, Bilreiros de Cuaracyberá, Botocudos, Caciques, Caminho do Mar, Caminho do Piquiri, Carijós/Guaranis, Cayacangas, Cruzes, Curiosidades, Escravizados, Franciscanos, Gentios, Guaianase de Piratininga, Ilha de Santa Catarina, Jesuítas, Léguas, Mbiaça (Laguna), Meiembipe, Metalurgia e siderurgia, Missões/Reduções jesuíticas, Música, Nheengatu, Papagaios (vutu), Papas e o Vaticano, Pela primeira vez, Piqueri, Portos, Redução de Loreto, Redução de S Xavier e S Inácio (Itamaracá), Rio da Prata, Rio da Ribeira, o Isubay, Rio Itapocú, Rio Paranapanema, Rio Pirapo, Rio São Francisco, Rio Uruguai, São Paulo de Piratininga, Sertão dos Patos, Tupis, Xókleng
    Registros relacionados
1000. Atualizado em 28/10/2025 10:24:53
1°. Diáspora carijó / Migração tumpinambá
Posteriormente o litoral, em face dos amplos recursos alimentares de que dispunha, serviu como polo de atração, abrigando populações diversificadas, e por um longo período de tempo. O povoamento do litoral teve início cerca de 2.500 aC., estendendo-se praticamente até a chegada dos europeus. Os grupos humanos, pescadores e coletores, pré-ceramistas, foram substituídos por grupos ceramistas, talvez agricultores, por volta do ano 1000. [p. 59, 1 do pdf]
6 de janeiro de 1504, sexta-feira. Atualizado em 15/07/2025 05:11:48
2°. Aportou a primeira expedição colonial, com a chegada do bretão Binot Paulmier de Gonneville, a bordo do "Espoir"
3 de julho de 1504, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:41:42
3°. Binot, o navegador francês levou consigo para a Europa Içá-Mirim, o filho de Arosca, ‘’Cacique dos Carijós’’
A 6 de janeiro de 1504 aportou a primeira expedição colonial, com a chegada do bretão Binot Paulmier de Gonneville, a bordo do "Espoir", ali permanecendo até 3 de julho. Numa pequena eminência à beira-mar, ele e seus companheiros levantaram uma cruz de madeira: realizou-se, ao toque de tambor e trombeta, a primeira celebração religiosa em terra catarinense.

Retornando à França, Gonneville levou consigo o velho Namoa e o jovem Icá-mirim (Essomeric, afrancesado), filho do dos carijós, Arosca, sob o pretexto de "ensinar-lhe o uso da artilharia e fazer tudo quanto viam e ensinavam aos cristãos", prometendo trazê-lo de volta dentro de 20 luas, o que não foi cumprido. Em troca casou-o em 1521, aos 32 anos de idade, com sua filha Suzanne. Lageu-lhe parte de seus bens e deu-lhe o título de "Barão": um nobre carijó incluído na nobreza européia!Escreve W. Piazza que um neto de Içá-Mirim, Jean Paulmier de Gonneville, abraçou a carreira eclesiástica e chegou a ser Cônego da Catedral de Saint Pierre de Lisieux. Distinguiu-se pela sua alcunha e pelas viagens que realizou por diversos países da Europa, em missão diplomática. Em 1663 apresentou ao papa Alexandre XII a "Declaração de Viagem", acompanhada de um memorial, justificando um pedido para fundar uma missão cristã na terra austral. O Cônego de Gonneville queria ainda provar que a terra visitada em 1504 por seu antepassado tinha sido a Austrália! Icá-Mirim e Namoa, "emigrantes" brasileiros para terras europeias, fizeram o caminho inverso dos conquistadores que depois destruíram sua cultura e gente. [A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja. Páginas 60 e 61, 2 e 3 do pdf]
12 de outubro de 1514, segunda-feira. Atualizado em 25/10/2025 04:44:47
4°. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel
Em 1514, aportou em Meiembipe (Ilha de Santa Catarina) a expedição comercial lusitana de Nuno Manoel e Cristóvão de Haro: trocaram o nome de Meiembipe pelo de "Ilha dos Patos"; posteriormente, toda a área circunvizinha foi conhecida como o "Sertão dos Patos". [Páginas 60 e 61, 2 e 3 do pdf]
1516. Atualizado em 28/10/2025 03:28:42
5°. Expedição de Nuno Manoel
Em 1514, aportou em Meiembipe (Ilha de Santa Catarina) a expedição comercial lusitana de Nuno Manoel e Cristóvão de Haro: trocaram o nome de Meiembipe pelo de "Ilha dos Patos"; posteriormente, toda a área circunvizinha foi conhecida como o "Sertão dos Patos". [Páginas 60 e 61, 2 e 3 do pdf]
1519. Atualizado em 31/10/2025 10:55:54
6°. Atlas Miller é evidência da "ilha Brasil", segundo Jaime Cortesão
Pai Sumé é o enviado de Deus que prepara seu caminho, que prega a Boa-Nova, que anuncia o estabelecimento definitivo do Cristianismo. Neste sentido, Lebrón e Armenta, andarilhos por Mbiaça, Itapocu, Campo, Ubay e Pequiri, formam um mito metade realidade, metade idealidade. Efetivamente os nativos identificaram Armenta com Pai Sumé. [p. 64 e 65, 6 e 7 do pdf]
1538. Atualizado em 30/10/2025 14:02:17
7°. Uma expedição capitaneada por Alonso Cabrera partiu da Espanha rumo ao Rio da Prata, em socorro à expedição de Pedro de Mendoza, o fundador de Buenos Aires
Conforme já afirmamos, São Francisco do Sul foi o berço de Santa Catarina e a primeira presença cristã e franciscana em território catarinense. Em 1537, uma expedição capitaneada por Alonso Cabrera partiu da Espanha rumo ao Rio da Prata, em socorro à expedição de Pedro de Mendoza, o fundador de Buenos Aires. Estava acompanhada de cinco franciscanos, tendo como superior Frei Bernardo de Armenta, natural de Córdova na Espanha. Dos outros frades se conhece o nome de Alonso Lebrón, natural das Ilhas Canárias. [Páginas 60, 61 e 62, 2, 3 e 4 do pdf]
1 de maio de 1538, domingo. Atualizado em 31/10/2025 00:43:08
8°. Carta do Frei Bernardo a Juan Bernal Diaz de Luco, do Conselho das Índias espanholas
Em princípios de 1538, após infrutíferas tentativas de entrar no Rio da Prata, a nau Marañona foi arrastada pela tempestade e se refugiou no porto de São Francisco. Desembarcando com seus companheiros, Frei Bernardo de Armenta não perdeu tempo e iniciou o trabalho de Evangelização. Foi auxiliado por três espanhóis da expedição de Caboto que tinham ficado na terra catarinense e que conheciam a língua nativa. A 1° de maio de 1538 Frei Bernardo escreveu a Juan Bernal Diaz de Luco, do Conselho das Índias espanholas:

"Isto aconteceu pela Divina Providência, pois aqui achamos três cristãos, intérpretes da gente bárbara que falam bem esta língua pelo longo tempo de sua estada. Estes nos referiram que quatro anos antes um nativo, chamado Esiguara (grafado também Etiguara, Origuara, Otiguara), agitado como um profeta por grande espírito, andava por mais de 200 léguas predizendo que em breve haveriam de vir os verdadeiros cristãos irmãos dos discípulos ao apóstolo São Tomé, e haveriam de batizar a todos. Por isto, mandou que os recebessem com amizade e que a ninguém fosse lícito ofendê-los"´.

Estas palavras deixaram os nativos muito impressionados. Esiguara desempenhara o papel de precursor. Em São Francisco, os frades encontraram este campo favorável devido a ele. Esiguara foi um tipo de pregador ambulante servindo-se de linguagem apocalíptica, que tão fundo calava na receptiva alma carijó. O campo estava fertilizado pela sua palavra. Também lhes ensinara entoar hinos e cânticos, através dos quais aprenderam a guardar os mandamentos e a ter uma só mulher de remota consanguinidade.

Quando chegaram os espanhóis, náufragos da expedição de Alonso Cabera, os Carijós julgaram que fossem os irmãos dos discípulos de São Tomé. Receberam-nos com muito amor, levando-os para as suas aldeias, dando-lhes comida e bebida e varrendo os caminhos por onde andavam.

Alguns discípulos de Esiguara receberam os frases com incrível alegria e chegavam a ser chatos, no dizer do Frei Bernardo, com tantos agrados que faziam.

Continua o frade:

"Tão grande é o número de batizados quase nada podemos fazer afora deste ministério. Nem para dormir ou comer há quase tempo. De boa vontade casam com uma só mulher e os que estavam acostumados a ter mais de uma, separam-se das outras. Os velhos, dos quais alguns tem mais de 100 anos, recebem com mais fervor a fé, e o que de nós aprendem, comunicam-no publicamente aos outros".

Frei Bernardo de Armenta viu que sozinho não daria conta do ministério. Entusiasmado, pediu que fossem enviados pelo menos 12 confrades de vida apostólica das Províncias de Andaluzia e dos Anjos, conforme escreveu ao Dr. Juan de Bernal Diaz de Luco:"São tão grandes as maravilhas que Nosso Senhor realiza entre eles que não saberia contar, nem haveria papel suficiente para descrevê-las. Portanto, em nome daquele amor que Jesus Cristo teve pelo gênero humano em querer-nos redimir na preciosa árvore da Cruz, pois toda a sua obra foi para salvar e redimir almas, e aqui temos tão grande tesouro delas, peço que V. Mercê assuma esta empresa como sua e fale a S. Majestade e a esses senhores do Conselho, para que favoreçam tão santa obra, e o favor será que nos enviem 12 frades de nossa Ordem de São Francisco, que sejam acolhidos, e que S. M. os peça na Província de Andaluzia e na dos Anjos. E encarregue S. M. aos provinciais destas Províncias que enviem frades como Apóstolos. E, além disso, que S. M. envie um feitor seu que traga trabalhadores que não tenham ofício de conquistadores."

Este último pedido é indicativo do projeto evangelizados de Bernardo de Armenta e Alonso Lebrón: pedem lavradores que não sejam conquistadores, e missionários que não acompanhem a Conquista. Conforme anotaremos depois, os dois frades tinham muito claro que o anúncio do Evangelho não podia se resumir a um apêndice da obra conquistadora, incapaz de se livrar da violência e da morte.

Estavam convencidos, igualmente, de que o trabalho apostólico ultrapassava a fronteira nitidamente religiosa e se deveria fazer muito para a promoção do nativo:

"Venham também muitos camponeses com perito chefe agricultor, que mais proveitosos são do que os soldados, porque estes nativos devem ser convencidos pelo amor, não pelo ferro".

Dá importância às ferramentas, às espécimes de gado, ovelhas, sementes de cana-de-açúcar, algodão, trigo, cevada e todas as qualidades de frutas, sem esquecer de contratar também mestres de açúcar, para montar engenhos. Inclui também artistas.

Os lavradores que chegassem a São Francisco ou à Ilha de Santa Catarina deveriam estabelecer estreita colaboração com os nativos, que poderiam ajudá-los a plantar canaviais e lavrar as roças. A este projeto missionário deu o nome de "Província de Jesus".

Podemos afirmar que, de um lado, Frei Bernardo de Armenta possuía entusiástico espírito apostólico e se achegou ao nativo sem preconceito, alimentado pelo amor e não pelo interesse; por outro lado, não escapou do projeto colonizador, ao pedir que chegasse agricultores andalusos para trabalhar as terras, das quais fatalmente os carijós passariam a ser servos, deixando de ser donos.

Tal entusiamo fez com que o chefe da expedição temesse perder os frases. Por isso, proibiu-os de saírem da embarcação, o que não amedrontou a Armenta e Lebrón, que ameaçaram Cabrera de excomunhão por violar a liberdade eclesiástica, o Direito Canônico e os privilégios franciscanos, pois não tinha autoridade sobre eles, que não foram enviados pelo Rei e nem socorridos pela sua Fazenda.

Quanto a eles, permaneceram no território catarinense, enquanto seus companheiros foram para o Rio da Prata. Então desceram ao sul, fundando uma missão entre os nativos carijós na região chamada Mbiaça (Laguna). Percorreram o litoral catarinense num raio de 80 léguas. [Páginas 60, 61 e 62, 2, 3 e 4 do pdf]

4.2 - O Mito do Pai Sumé

Em sua carta a Juan Bernal Diaz de Luco, a 1° de maio de 1538, Bernardo de Armenta fala que Esiguara anunciava a seu povo que após ele "viriam os verdadeiros discípulos de São Tomé"."

Isto que dizer que já estava vivo no meio carijó o mito Apóstolo Tomé que teria estado na América e anunciado a Evangelização posterior. Estamos diante de um mito cujo desenvolvimento supõe o encontro de três tradições: a dos primeiros cristãos americanos, a dos primeiros frades e a dos jesuítas.

Os primeiros cristãos que chegaram à América devem ter utilizado o mito para convencer os nativos a aceitarem o Evangelho. No Paraguai, Perú, Bolívia já se tinha implantado o mito. Com a chegada de Frei Bernardo de Armenta e Alonso Lebrón, os nativos devem ter fundido neles a imagem mítica de São Tomé nas Américas.

Os frades entendiam sua missão não como um trabalho estável, mas como preparação para a chegada de outros evangelizados, o que de fato ocorreu em 1539, com a chegada de seis franciscanos ao Rio da Prata. Isto confirmou as palavras que se colocavam na boca de São Tomé:

"Chegaram outros sacerdotes em suas terras, e que alguns virão apenas rapidamente, pera logo retornar, mas que os outros sacerdotes, que chegarão com cruzes nas mãos, esses serão seus verdadeiros padres, e ficarão sempre com eles, os farão descer até o rio Paranapané, aonde farão duas grandes reduções, uma na boca do Pirapó e outra no Itamaracá".

São exatamente os dos locais onde, naquele tempo, os jesuítas organizaram as reduções de Loreto e Santo Inácio. Neste momento já estamos diante da terceira tradição: a dos Jesuítas, que identificaram o mito do Pai Sumé (São Tomé) com os frades, com ele buscando legitimidade histórica e religiosa para seu trabalho.

Pai Sumé é o enviado de Deus que prepara seu caminho, que prega a Boa-Nova, que anuncia o estabelecimento definitivo do Cristianismo. Neste sentido, Lebrón e Armenta, andarilhos por Mbiaça, Itapocu, Campo, Ubay e Pequiri, formam um mito metade realidade, metade idealidade. [Página 64, 6 do pdf]
25 de maio de 1542, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:34:41
9°. Confirmação de terras a “mestre Cosme, bacharel”
Pero Corrêa foi o primeiro irmão recebido na Companhia pelo padre Leonardo Nunes, em São Vicente, em 1549. Português de nascimento, gastara bons anos de sua vida nas diversões, aprisionando e salteando nativos, mas era tipo em grande conta pela sua prudência. Era um dos principais moradores de São Vicente, e grande língua (intérprete) da terra. Em 1542 conseguiu a concessão de muitas terras, inclusivo da maior das três ilhas que estão diante de Peruíbe, para seu projeto de carga e descarga de naus. [Páginas 67 e 9 do pdf]
20 de janeiro de 1546, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:07
10°. Acusação do Fiscal, Licenciado Villalobos, contra Cabeza de Vaca, em Madri, a 20 de janeiro de 1546
Acusação do Fiscal, Licenciado Villalobos, contra Cabeza de Vaca, em Madri, a 20 de janeiro de 1546: "Durante o caminho que Alvar Nuñes fez por terra, abandonou treze cristãos, dos quais dois morreram e os demais escaparam dizendo que eram filhos de Pai Sumé, que é o Comissionário Frei Bernardo de Armenta, frade da Ordem de São Francisco". [p. 64, 6 do pdf]
1552. Atualizado em 24/10/2025 20:40:08
11°. Irala teria chegado no salto do Avanhandava às margens do rio Anhembi
Efetivamente os nativos identificaram Armenta com Pai Sumé.

Apenas três citações:

1) Pedro Durantes: "Depois, nesta casa e nas outras que encontrei pelo caminho em seis jornadas que andei pelo Campo, me receberam bem pelo que lhes dava, e porque os nativos que andavam comigo diziam que eu era filho do Comissário a quem eles chamavam de Pai Sumé".
1553. Atualizado em 25/02/2025 04:39:01
12°. Sesmarias e gados de Pero Correa são doados aos jesuítas
Pero Corrêa foi o primeiro irmão recebido na Companhia pelo padre Leonardo Nunes, em São Vicente, em 1549. Português de nascimento, gastara bons anos de sua vida nas diversões, aprisionando e salteando nativos, mas era tipo em grande conta pela sua prudência. Era um dos principais moradores de São Vicente, e grande língua (intérprete) da terra. Em 1542 conseguiu a concessão de muitas terras, inclusivo da maior das três ilhas que estão diante de Peruíbe, para seu projeto de carga e descarga de naus.

Cansado e arrependido de sua vida de vícios e violências, decidiu consagrá-la a serviço dos nativos, dos quais tanto aprisionara e matara. Em 1553 doou todos os seus bens à Companhia. Em 1554 participou da missão fundadora de São Paulo de Piratininga, onde foi aluno de gramática de Anchieta.
25 de janeiro de 1554, segunda-feira. Atualizado em 31/10/2025 08:26:13
13°. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi
24 de agosto de 1554, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 11:23:22
14°. Os jesuítas Pedro Correia e João de Sousa, acompanhados de um leigo, partem de São Vicente para a catequização dos índios de Cananéia, e ali acabam mártires no mês seguinte
Neste mesmo ano, Nóbrega enviou-o, juntamente com os Irmãos João de Sousa e Fabiano de Lucena, para prosseguir a missão junto aos carijós. Sua primeira missão seria estabelecer a paz entre os tupis e carijós e iniciar a catequese entre os ibirajaras. Partiram a 24 de agosto de 1554 para Cananéa, onde doutrinaram os nativos e livraram da morte um castelhano e um nativo cristão. A 6 de outubro seguiram para a terra carijó. [p. 67, 9 do pdf]
6 de outubro de 1554, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 11:47:58
15°. Por isso deixou aí um Irmão para os ensinar, e ele, indo mais longe, partiu para outras nações a 6 de Outubro de 1554. Tanto o queriam seguir os Índios, mesmo em território inimigos, que quiserem cortar o cabelo à maneira dos cristãos e ir com ele como servos
A 6 de outubro seguiram para a terra carijó. Estavam eles entre os nativos pregando o Evangelho e a paz quando, em novembro, apareceram dois intérpretes, o espanhol acima citado e outro português. O espanhol era conhecido dos jesuítas de São Vicente, por haver sido salvo quando, com uma concubina carijó, era prisioneiros dos tupis. Apesar de ter sido salvo de morte certa pelos jesuítas, o espanhol lhes devotava ódio mortal pois o tinham separado de sua concubina, que se casara com outro em São Vicente.

Para ele, chegara o momento da vingança: começou a embaraçar a missão de Pero Corrêa e João de Sousa, incitando os carijós à guerra contra os tupis.
24 de agosto de 1605, sexta-feira. Atualizado em 03/09/2025 05:19:34
16°. No dia de São Bartolomeu, 24 de agosto de 1605, celebraram a primeira missa naquela terra. E escreve o Padre Jerônimo: "Tomou-se posse, da parte de Deus, de gente que o demônio tantos mil anos tinha em seu poder."
No dia de São Bartolomeu, 24 de agosto de 1605, celebraram a primeira missa naquela terra. E escreve o Padre Jerônimo: "Tomou-se posse, da parte de Deus, de gente que o demônio tantos mil anos tinha em seu poder."É do Padre Inácio de Siqueira, em 1635, a poética descrição da Laguna:

"Chama-se este porto de Laguna, porque, como nele se ajuntam quatro rios caudais, para ir beber no oceano por uma só boca, e esta seja muito estreita, é força que hajam as águas de esperar vez e represar a sede, que trazem, de beber no salgado, por espaço de seis ou sete léguas, até que o mar dá entrada ao rio, que mais quer ainda, que as águas se vão todas de mistura. A esta represa, que aqui fazem os rios, chamam os carijós Alagoa. Toda a barra é muito dificultosa assim ao entrar como sair, e como nós não levávamos piloto, que lá tivesse entrado, foi o desejo que nos meteu de dentro mediante a divina graça." [p. 68 e 69, 10 e 11 do pdf]
Janeiro de 1619. Atualizado em 25/02/2025 04:46:43
17°. Ainda não chegou nada aos Jesuítas*
Esperavam os jesuítas descer com uns três ou quatro mil nativos e para isso escrevem a Salvador Correa de Sá pedindo farinha a embarcações de alto bordo até outubro de 1618. Mas até janeiro do ano seguinte não chegou nada, por culpa de alguns moradores de São Vicente e de Cananéa, que queriam a qualquer preço acabar com a missão.

Quando esses perceberam que, mesmo assim, os padres iriam viajar com os carijós, enviaram duas canoas, uma antes e outra ao mesmo tempo, com recados para seus "compadres" como o grande Tubarão, o Conta-Larga, o Papagaio, o Grande Anjo. Os recados falsos diziam que os padres iriam buscar os nativos para os repartir, levar para Portugal e outras terras mais distantes, vendê-los e maltratá-los.

E chegaram ao desplante de se dizerem emissários de Salvador Corrêa de Sá e de seu filho. E influenciaram os nativos, que voltaram atrás, mas pedindo que os padres ficassem com eles ou mandassem outros. Com muita tristeza, João Fernandes Gato e João de Almeida se despediram. Junto viajaram embaixadores dos nativos, para pedirem outros sacerdotes ao provincial Simão de Vasconcelos. Chegaram ao Colégio do Rio de Janeiro em 23 de março de 1619.
5 de abril de 1628, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:43
18°. Chegaram a Laguna
30 de maio de 1628, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:39:37
19°. Falecimento
14 de julho de 1628, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:43
20°. Partiram
O Padre Carneiro insistiu com eles para que fretassem um dos barcos até Cananéa, pois assim a viagem seria menos longa e penosa. Com desprezo, negaram o pedido.Partiram a 14 de julho, no mesmo dia, chegando à Enseada das Garoupas (Porto Belo), onde se abasteceram de peixe e outros produtos que ali se encontravam com mais facilidade. Permaneceram nas Garoupas 9 dias, quando tiveram que se dividir: o Padre Antonio de Araújo e o Irmão Francisco de Morais iriam por terra, com 220 almas e as canoas para os mantimentos e as passagens dos rios; e os padres Francisco Carneiro e Manuel Pacheco, na barca, com 185.

Esses últimos partiram a 24 de julho, chegando à Cananéa no dia 28, onde se detiveram por 23 dias, sendo muito bem acolhidos pelos moradores. [A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja. Página 70, 12 do pdf]
24 de julho de 1628, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:43
21°. Últimos partiram
Esses últimos partiram a 24 de julho, chegando à Cananéa no dia 28, onde se detiveram por 23 dias, sendo muito bem acolhidos pelos moradores.
28 de julho de 1628, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:44
22°. Chegaram à Cananéa
Esses últimos partiram a 24 de julho, chegando à Cananéa no dia 28, onde se detiveram por 23 dias, sendo muito bem acolhidos pelos moradores. Novamente se colocou o problema de uma embarcação. Tentaram em Santos, junto ao Padre Francisco da Silva, Vigário da Vara. Este, porém, exigiu um preço muito alto, o que faria a viagem importar em inexistentes 400 cruzados. Por fim, dois moradores cederam gratuitamente suas embarcações.

Chegando Em Santos, viram o pouco gosto dos moradores pelo fato de os nativos serem levados para o Rio, quando seria melhor para suas fazendas que ficassem por ali mesmo. [Página 70, 12 do pdf]
15 de novembro de 1628, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 01:03:22
23°. Padre Jesuíta Roque Gonzálies de Santa Cruz é morto pelo Cacique Nheçu
6 de maio de 1758, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:39:18
24°. Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre




  Maximilien François Marie Isidore de Robespierre
  Últimas atualizações
  13/02/2025 06:42:31º de 16
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1938
Atualizado em 31/10/2025 17:36:14
Historia da Companhia de Jesus no Brasil. Serafim Soares Leite (1890-1969)
•  Cidades (8): Cananéia/SP, Itanhaém/SP, Lisboa/POR, Peruíbe/SP, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP
•  Pessoas (19): Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Benedito Calixto de Jesus (1853-1927), Fabiano de Lucena, Fernão Cardim (1540-1625), Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), Jerônimo Leitão, José de Anchieta (1534-1597), Juan de Salazar y Espinosa (1508-1560), Konyan-bébe, Leonardo Nunes, Luís da Grã (n.1523), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mência Calderon Ocampo (1514-1593), Pero Correia (f.1554), Serafim Soares Leite (48 anos), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937), Tomé de Sousa (1503-1579)
•  Temas (20): Cristãos, Bilreiros de Cuaracyberá, Ermidas, capelas e igrejas, Capitania de São Vicente, Colégios jesuítas, Franciscanos, Gados, Guerra de Extermínio, Habitantes, Jesuítas, Léguas, Nossa Senhora da Conceição, Ouro, Peru, Rio da Ribeira, o Isubay, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Iguassú, Carijós/Guaranis, Rio Iguape, Caminhos a Iguape
Historia da Companhia de Jesus no Brasil (Séc. XVI - O Estabelecimento)
Data: 1938
Créditos: Serafim Soares Leite
Página 320
    Registros relacionados
1548. Atualizado em 25/02/2025 04:46:42
1°. Nativo enviado é Lisboa
10 de março de 1553, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:38:55
2°. Manoel da Nóbrega escreve de São Vicente: “Ainda que com tanta contradição dos brancos não se pode fazer nada mais que desacreditar cada vez o nosso ministério”
Ainda em vida do P. Leonardo Nunes se avançou na direção do sul. Iniciou ele próprio viagens, indo recolher umas senhoras naufragadas no Rio dos Patos. Fora a pedido de Tomé de Sousa, estava para lá no dia 10 de março de 1553, e já tinha voltado a 15 de junho. Neste dia, escreve Nóbrega que estão todos de saúde, "salvo Leonardo Nunes, que veio muito doente do Rio dos Patos, aonde foi buscar umas senhoras Castelhanas, a pedido do Governador".
15 de junho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 15/06/2025 02:03:51
3°. Peabiru
Ainda em vida do P. Leonardo Nunes se avançou na direção do sul. Iniciou ele próprio viagens, indo recolher umas senhoras naufragadas no Rio dos Patos. Fora a pedido de Tomé de Sousa, estava para lá no dia 10 de março de 1553, e já tinha voltado a 15 de junho. Neste dia, escreve Nóbrega que estão todos de saúde, "salvo Leonardo Nunes, que veio muito doente do Rio dos Patos, aonde foi buscar umas senhoras Castelhanas, a pedido do Governador".
15 de junho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 30/10/2025 03:06:34
4°. “O principal motivo de todos os impedimentos foi o fechamento da estrada por causa dos castelhanos, que estão a pouco mais de cem léguas desta capitania. E eles têm terras, e tanto que dizem que há montanhas deles, e muitas notícias de ouro pelo qual fecharam e bloquearam a estrada
Ainda em vida do P. Leonardo Nunes se avançou na direção do sul. Iniciou ele próprio viagens, indo recolher umas senhoras naufragadas no Rio dos Patos. Fora a pedido de Tomé de Sousa, estava para lá no dia 10 de março de 1553, e já tinha voltado a 15 de junho. Neste dia, escreve Nóbrega que estão todos de saúde, "salvo Leonardo Nunes, que veio muito doente do Rio dos Patos, aonde foi buscar umas senhoras Castelhanas, a pedido do Governador".
1559. Atualizado em 25/02/2025 04:41:00
5°. Peruíbe
Benedito Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.

2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.

Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:

"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.

Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:

que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere.

E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado"
. [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319]
1561. Atualizado em 25/02/2025 04:46:41
6°. Itanhaém
O documento explícito mais antigo, que se refere aos trabalhos dos Jesuítas em Itanháem, é com data de 1561; e diz Anchieta que eles não residiam na povoação, mas acudiam lá, com fruto. O próprio Anchieta passou em Itanháem a quaresma de 1563, antes de ir a Iperoig com Manuel da Nóbrega. Foi nessa estada, que sucedeu a conversão e morte do velho, que se dizia ter 130 anos, narrada por Simão de Vasconcelos. O qual conta igualmente o seguinte episódio, referido ao tempo em que Anchieta foi Superior da Capitania de São Vicente (1569-1576):

Achava-se Joseh na Igreja da Conceição de Itanháem, cujo devotíssimo era. Queixavam-se-lhe os mordomos da confraria que não havia azeite. Diziam que a botija estava vazia; Anchieta mandou a que a tornassem a ver e encontraram-a cheia.

Já antes de Vasconcelos, contas Pero Rodrigues "outros casos que na praia de Itanhaém aconteceram", sendo este o próprio título do capítulo 12 da Vida de Anchieta. Também, naquele mesmo ano de 1563, Nóbrega, depois da volta de Iperoig, fêz em Itanháem as pazes entre os Tamoios de Cunhambeba e os nativos Tupis, discípulos dos Jesuítas. "O P. Nóbrega os fêz ajuntar a todos na igreja, onde se falaram e abraçaram e ficaram grandes amigos".

As visitas dos Padres de São Vicente não cessaram nunca à vila de Itanhaém e às Aldeias próximas, que eram pelo menos duas, em 1584: "da outra banda do rio, como uma légua tem duas aldeias pequenas de nativos cristãos" (São João de Peruíbe?).

Nesse tempo a vila não possuía vigária e teria 50 moradores: "Os Padres os visitam, consolam e ajudam no que podem, ministrando-lhes os sacramentos por sua caridade", diz Fernão Cardim.

Não só os Jesuítas, mas todos os Portugueses da Capitania eram sumamente devotos de Nossa Senhora da Conceição, de Itanhaém. Concorriam para a sua confraria com esmolas, incorporavam-se nela, faziam-lhe visitas, não a esqueciam nos seus testamentos. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga". Tiveram um desgosto. Porque, dizem eles, "foi o mordomo de tal condição que, por mais que lhe pedimos pusesse aquele rosário ao pescoço da Senhora, pera nossa consolação e pera testemunho de lhe ser oferecido, nunca o pudemos acabar com ele; e mais trazendo o Padre Provincial Fernão Cardim esta esmola a seu cárrego, que por nós virmos por ali, e este estar de pressa, a não trouxe".

Nesta data, já Itanhaém possuía vigário, o P. António Fernandes, que fôra da Companhia. Os ministérios dos Jesuítas em Itanhaém e arredores, durante o século XVI, consistiam em missões mais ou menos prolongadas, feitas pelos Padres de São Vicente e de Santos.

Tais missões produziam fruto, que a tradição avultou com o tempo, sobretudo no que se refere a Anchieta. E com perfeito fundamento, neste caso, porque foi ele, não há dúvida, o seu principal apóstolo da praia de Itanhaém a que chamava "o seu Peru, pelo rico minério de almas que nele achava para salvar entre nativos e portugueses".

Benedito Calixto escreve: "Logo que chegaram os primeiros Jesuítas em 1549, foram ali residir (em Itanhaém) entre os nativos e os colonos, antes de fundarem o Colégio de Piratininga; e deram imediatamente começo às obras da Igreja e estabelecimento do Colégio, florescendo a povoação até o ano de 1561".

Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.

2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.

Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:

"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.

Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:

que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere.

E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado"
. [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319]
2 de março de 1563, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:42:54
7°. Anchieta e Manoel da Nóbrega estão em Itanhaém na quaresma que antecedeu a sua ida à aldeia de Iperoig
O documento explícito mais antigo, que se refere aos trabalhos dos Jesuítas em Itanháem, é com data de 1561; e diz Anchieta que eles não residiam na povoação, mas acudiam lá, com fruto. O próprio Anchieta passou em Itanháem a quaresma de 1563, antes de ir a Iperoig com Manuel da Nóbrega. Foi nessa estada, que sucedeu a conversão e morte do velho, que se dizia ter 130 anos, narrada por Simão de Vasconcelos. O qual conta igualmente o seguinte episódio, referido ao tempo em que Anchieta foi Superior da Capitania de São Vicente (1569-1576):

Achava-se Joseh na Igreja da Conceição de Itanháem, cujo devotíssimo era. Queixavam-se-lhe os mordomos da confraria que não havia azeite. Diziam que a botija estava vazia; Anchieta mandou a que a tornassem a ver e encontraram-a cheia.

Já antes de Vasconcelos, contas Pero Rodrigues "outros casos que na praia de Itanhaém aconteceram", sendo este o próprio título do capítulo 12 da Vida de Anchieta. Também, naquele mesmo ano de 1563, Nóbrega, depois da volta de Iperoig, fêz em Itanháem as pazes entre os Tamoios de Cunhambeba e os nativos Tupis, discípulos dos Jesuítas. "O P. Nóbrega os fêz ajuntar a todos na igreja, onde se falaram e abraçaram e ficaram grandes amigos".

As visitas dos Padres de São Vicente não cessaram nunca à vila de Itanhaém e às Aldeias próximas, que eram pelo menos duas, em 1584: "da outra banda do rio, como uma légua tem duas aldeias pequenas de nativos cristãos" (São João de Peruíbe?).

Nesse tempo a vila não possuía vigária e teria 50 moradores: "Os Padres os visitam, consolam e ajudam no que podem, ministrando-lhes os sacramentos por sua caridade", diz Fernão Cardim.

Não só os Jesuítas, mas todos os Portugueses da Capitania eram sumamente devotos de Nossa Senhora da Conceição, de Itanhaém. Concorriam para a sua confraria com esmolas, incorporavam-se nela, faziam-lhe visitas, não a esqueciam nos seus testamentos. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga". Tiveram um desgosto. Porque, dizem eles, "foi o mordomo de tal condição que, por mais que lhe pedimos pusesse aquele rosário ao pescoço da Senhora, pera nossa consolação e pera testemunho de lhe ser oferecido, nunca o pudemos acabar com ele; e mais trazendo o Padre Provincial Fernão Cardim esta esmola a seu cárrego, que por nós virmos por ali, e este estar de pressa, a não trouxe".

Nesta data, já Itanhaém possuía vigário, o P. António Fernandes, que fôra da Companhia. Os ministérios dos Jesuítas em Itanhaém e arredores, durante o século XVI, consistiam em missões mais ou menos prolongadas, feitas pelos Padres de São Vicente e de Santos.

Tais missões produziam fruto, que a tradição avultou com o tempo, sobretudo no que se refere a Anchieta. E com perfeito fundamento, neste caso, porque foi ele, não há dúvida, o seu principal apóstolo da praia de Itanhaém a que chamava "o seu Peru, pelo rico minério de almas que nele achava para salvar entre nativos e portugueses".

Benedito Calixto escreve: "Logo que chegaram os primeiros Jesuítas em 1549, foram ali residir (em Itanhaém) entre os nativos e os colonos, antes de fundarem o Colégio de Piratininga; e deram imediatamente começo às obras da Igreja e estabelecimento do Colégio, florescendo a povoação até o ano de 1561".

Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.

2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.

Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:

"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.

Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:

que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere. E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado". [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319]
1574. Atualizado em 30/10/2025 20:01:06
8°. Cacique Martinho
Veremos depois outras tentativas de Manuel da Nóbrega e Luiz da Grã para a penetração do interior; mas convém conhecer antes, o esforço realizado ao longo da costa. Ainda em vida do P. Leonardo Nunes se avançou na direção do sul. Iniciou ele próprio viagens, indo recolher umas senhoras naufragadas no Rio dos Patos. Fora a pedido de Tomé de Sousa, estava para lá no dia 10 de março de 1553, e já tinha voltado a 15 de junho.

Neste dia, escreve Nóbrega que estão todos de saúde, "salvo Leonardo Nunes, que veio muito doente do Rio dos Patos, aonde foi buscar umas senhoras Castelhanas, a pedido do Governador".

Nóbrega temia que os Espanhóis, indo por terra, o levassem consigo até o Paraguai. Tinham vindo aquelas senhora como capitão João de Salazar, fundador da cidade de Assunção.Leonardo Nunes achou entre os Carijós alguns cristão, como os que tinham sido salteados e restituídos á liberdade algum tempo antes. Catequizaram-nos todos Frei Bernardo de Armenta e Fr. Alonso Lebrón, religiosos franciscanos, que acompanharam o Governador de Paraguai, Alvar Nuñez Cabeça de Vaca.

Daqueles nativos cristão ficaram vestígios por muito tempo. É possível, também, que outros de São Vicente ou de São Paulo se vissem estabelecer por alí. Carijós em São Vicente estiveram, com certeza, além daqueles primeiros do tempo de Leonardo Nunes.

Veio o irmão dum certo Martim, nativo principal. E êsse ou outro esteve em São Paulo e, vendo batizar, fazia o mesmo na sua terra. Daquele Martinho falava-se em São Vicente, em 1574. Tinha uma cruz na sua Aldeia. Quando via que alguns portugueses, que iam a contratar com ele, faziam reverência à Cruz, dizia que aquele era bom homem e dava-lhe quanto queria de sua casa. [p. 322, 323 e 324]
1584. Atualizado em 25/02/2025 04:40:58
9°. Itanhaém
As visitas dos Padres de São Vicente não cessaram nunca à vila de Itanhaém e às Aldeias próximas, que eram pelo menos duas, em 1584: "da outra banda do rio, como uma légua tem duas aldeias pequenas de nativos cristãos" (São João de Peruíbe?). Nesse tempo a vila não possuía vigária e teria 50 moradores: "Os Padres os visitam, consolam e ajudam no que podem, ministrando-lhes os sacramentos por sua caridade", diz Fernão Cardim.

Não só os Jesuítas, mas todos os Portugueses da Capitania eram sumamente devotos de Nossa Senhora da Conceição, de Itanhaém. Concorriam para a sua confraria com esmolas, incorporavam-se nela, faziam-lhe visitas, não a esqueciam nos seus testamentos. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga". Tiveram um desgosto. Porque, dizem eles, "foi o mordomo de tal condição que, por mais que lhe pedimos pusesse aquele rosário ao pescoço da Senhora, pera nossa consolação e pera testemunho de lhe ser oferecido, nunca o pudemos acabar com ele; e mais trazendo o Padre Provincial Fernão Cardim esta esmola a seu cárrego, que por nós virmos por ali, e este estar de pressa, a não trouxe".

Nesta data, já Itanhaém possuía vigário, o P. António Fernandes, que fôra da Companhia. Os ministérios dos Jesuítas em Itanhaém e arredores, durante o século XVI, consistiam em missões mais ou menos prolongadas, feitas pelos Padres de São Vicente e de Santos.

Tais missões produziam fruto, que a tradição avultou com o tempo, sobretudo no que se refere a Anchieta. E com perfeito fundamento, neste caso, porque foi ele, não há dúvida, o seu principal apóstolo da praia de Itanhaém a que chamava "o seu Peru, pelo rico minério de almas que nele achava para salvar entre nativos e portugueses".

Benedito Calixto escreve: "Logo que chegaram os primeiros Jesuítas em 1549, foram ali residir (em Itanhaém) entre os nativos e os colonos, antes de fundarem o Colégio de Piratininga; e deram imediatamente começo às obras da Igreja e estabelecimento do Colégio, florescendo a povoação até o ano de 1561".

Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.

2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.

Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:

"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.

Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:

que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere. E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado". [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319]
17 de maio de 1590, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 08:48:49
10°. “Antonio Arenso chegou quinta-feira a sua fazendo fugindo do sertão”
Já antes de Vasconcelos, contas Pero Rodrigues "outros casos que na praia de Itanhaém aconteceram", sendo este o próprio título do capítulo 12 da Vida de Anchieta.Também, naquele mesmo ano de 1563, Nóbrega, depois da volta de Iperoig, fêz em Itanháem as pazes entre os Tamoios de Cunhambeba e os nativos Tupis, discípulos dos Jesuítas. "O P. Nóbrega os fêz ajuntar a todos na igreja, onde se falaram e abraçaram e ficaram grandes amigos".
27 de novembro de 1596, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:42
11°. Partida
1605. Atualizado em 25/02/2025 04:46:41
12°. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga"
Não só os Jesuítas, mas todos os Portugueses da Capitania eram sumamente devotos de Nossa Senhora da Conceição, de Itanhaém. Concorriam para a sua confraria com esmolas, incorporavam-se nela, faziam-lhe visitas, não a esqueciam nos seus testamentos. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga". Tiveram um desgosto. Porque, dizem eles, "foi o mordomo de tal condição que, por mais que lhe pedimos pusesse aquele rosário ao pescoço da Senhora, pera nossa consolação e pera testemunho de lhe ser oferecido, nunca o pudemos acabar com ele; e mais trazendo o Padre Provincial Fernão Cardim esta esmola a seu cárrego, que por nós virmos por ali, e este estar de pressa, a não trouxe".

Nesta data, já Itanhaém possuía vigário, o P. António Fernandes, que fôra da Companhia. Os ministérios dos Jesuítas em Itanhaém e arredores, durante o século XVI, consistiam em missões mais ou menos prolongadas, feitas pelos Padres de São Vicente e de Santos.

Tais missões produziam fruto, que a tradição avultou com o tempo, sobretudo no que se refere a Anchieta. E com perfeito fundamento, neste caso, porque foi ele, não há dúvida, o seu principal apóstolo da praia de Itanhaém a que chamava "o seu Peru, pelo rico minério de almas que nele achava para salvar entre nativos e portugueses".

Benedito Calixto escreve: "Logo que chegaram os primeiros Jesuítas em 1549, foram ali residir (em Itanhaém) entre os nativos e os colonos, antes de fundarem o Colégio de Piratininga; e deram imediatamente começo às obras da Igreja e estabelecimento do Colégio, florescendo a povoação até o ano de 1561".

Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.

2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.

Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:

"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.

Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:

que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere. E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado". [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319]




  Maximilien François Marie Isidore de Robespierre
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3 de abril de 1609, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 14:14:41
“muita gente que se vinha para cá, por outro caminho (...) paragem chamada Atuahy (Itú), perto de Piassaba, e perto donde vivia Baltezar”: O relato de André da Aldeia do Forte
•  Cidades (4): Itu/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (11): Alfredo Romário Martins (1874-1948), Baltazar Gonçalves, velho (65 anos), Balthazar de Godoy (n.1561), Balthazar Fernandes (32 anos), Clemente Álvares (40 anos), Henrique da Costa (36 anos), Lopo de Souza (f.1610), Juan Sebastián Elcano (1476-1526), Pedro Collaço Vilela, Francisco I da Áustria (1768-1835), Domingos Rodrigues
•  Temas (18): Aldeia de Tabaobi, Apiassava das canoas, Atuahy, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho de São Roque-Sorocaba, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Fortes/Fortalezas, Gentios, Ituguasu, Pirapitinguí, Porto em Sorocaba, Portos, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Nheengatu, Caciques, Habitantes, Bairro Itavuvu
Estrada existente
Data: 1650
Créditos: Anais do Museu Paulista - Tomo XXIII - Dados para a história dos índios
Página 112
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1°. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo
1915
Em 3 de Abril de 1609 efetuou -se uma outra vereança na Camara de S. Paulo, a requerimento do dito Procurador do Conselho, Antonio Camacho, onde se tratou, exclusivamente, da chegada, aquela vila, de um indio Carijó, de nome André da Aldeia do Forte, acompanhado de mais dois parlamentares da mesma nação.

Vamos dar na integra esse documento, por ser importante e oportuno, neste capitulo da historia de Paranaguá e dos habitantes desse sertão, na época da conquista pelos bandeirantes. Essa tribo, ou essa nação até então indômita dos Carijós, "os pés largos", como lhes apelidavam os bandeirantes paulistas, era, por estes mesmos avaliada "em duzentos mil homens de arco", e achava -se nesta época, 1609, ja bem abatida e dispersa.

A guerra constante que lhes moveram os conquistadores da primitiva Capitania de S. Vicente, nos sertões do Paraná, "nessas entradas", e as luctas não menos encariçadas que tiveram de sustentar contra os hespanhóes do Rio da Prata, seus antigos aliados contra os portuguezes, obrigava-os agora a virem humildemente, acossados pela fome e pelas epide demias, pedir « abrigo e paz ás auctoridades da vila de São Paulo!

São esses mesmos Carijós, que, cinquenta anos depois, em 1660, já catechisados pelos jesuitas e bem adestrados nos mavejos das armas pelo intrepido governador de Itanhaen, o capitão Antonio Barbosa de Sotto -Maior, vão formar as com paphias de guerra que, ao mando desse mesmo ca pitão Sotto-Maior, hão-de conquistar -- com votaveis actos do bravura -- toda a região que faz parte hoje do Esta do do Rio Grande do Sul, conforme escreve Pedro Taques e nos confirmam os historiadores de Paranaguá Vieira Santos e Hermelino de Leão. Eis o referido documento:

"Aos tres dias do mez de Abril de 1609 anos, nesta vila de S. Paulo, se ajuntaram os oficiais da Camara na na Casa do Conselho, a requerimento de Antonio Camacho, procurador do Conselho, e sendo juntos os abaixos assigna dos a saber: Balthazar de Godoy, vereador. e seu parceiro Sebastião de Freitas e o juiz Antonio Camacho, logo por elle foi dito e requerido aos ditos oficiais que, a esta vila eram chegados certos indios Carijós; e um indio dos mesmos, por nome André, da Aldeia do Forte; dos quaes estavam presentes, dois Carijós e o dito indio; e que requeria que os ditos oficiais da Camara mandassem fazer perguntas aos ditos indios que declarassem o que queriam e se haviam mister de alguma cousa.

André "da Aldeia do Forte", Jagoarajúba, Tapien

Foi chamado Pedro Colaço, morador de São Paulo e que falava a íngua nativa da terra, nesta Capitania. E pelos ditos oficiais lhe foi dito que fizesse perguntas aos ditos indios, sobre o que queriam e que novas traziam dos seus.

E logo pelo dito língua lhes foi feito perguntas e declararão: que o dito indio André, que presente estava, fora em companhia de um indio principal Carijó, por nome Jagoarajúba, á sua terra, para vir em sua companhia ele e sua gente para aqui, e que chegando lá, perto de sua aldeia, lhe viéra recado, ao dito principal, como os espanhóis tinham levado a maior parte de sua gente; e, sabendo o dito principal a tal nova, lhe dissera ao dito indio André, que se tornasse, porque os hespanhoes lhe não fizessem algum mal e agravo.

E que ele trouxesse com sigo alguma pouca de gente que escapara dos espanhóis, o que ele fizera. E que vindo se encontrou com muita gente que se vinha para cá, por outro caminho, os quais traziam muita fome e doenças; e que os outros que no caminho achara, se vieram com eles para esta vila, e vindo pelo rio acima, em uma paragem chamada Atuahy (Itú), perto de Piassaba, e perto donde vivia Baltezar Gonsalvez e outros moradores, que lá estão, dos quais moradores sabiram duas canôas, nas quais viram dois brancos, a saber:

Um filho de Baltezar Gonsalvez por nome Baltezar e outro, filho de Domingos Rodrigues, por nome Anrique da Costa, os quais chegando a eles perguntaram o que vinham fazer, e que alí não queriam o capitão nem ninguem que de la viessem e que lhes largasse a gente que traziam.

Os nativos disseram que iam para morar entre os portuguezes; e ouvindo isto lhe tomaram a força tudo o que traziam, adonde entiava uma india casada, com seus filhos, cujo marido estava presente e se queixava do agravo que os portuguezes lhe tinham feito, em lhe tomarem sua mulher e seus filhos.

A assi mais disse o dito Carijó, chamado Tapien que ele se vinha para esta terra adonde estavam alguns parentes seus, situados em aldeas para ser vir sua magestade, como os demais indios, que vinha pedir remédio para lhe darem sua mulher e demais parentes que lhe haviam tomado contra sua vontade.

O que visto por eles oficiais da Camara, assentaram que fosse notificado Baltezar Gonsalvez como Pai que é do dito moço, que: "Com pena de quinhentos cruzados, aplicados para os fortes da Bahia de S. Salvador, e cativos, e dois anos de degredo para "Maçangano", mandasse vir os ditos indios que seu filho e vizinhos tinham tomado aos indios que presentes estavam, etc."

E outro sim, requereu mais, o dito procurador do Conselho que por dito destes indios estava informado que desciam muitos Carijós para esta Capitania a servir a S. Magestade e o sr. Lopo de Souza, e que vinham muito faltos de mantimentos e ferramentas, por cujo respeito morriam muitos amingos, e havia muito tempo que haviam partido e não chegavain por lhes faltar o que dito tem.

Que lhes requeria a eles ditos oficiais pusessem cobro nisso, pois era tão importante, o serviço de Deus, que mandassem lá, a seu caminho, com soccorro, alguns homens da terra suficientes para isso, ou fossem eles em pessoa para que viessem: mais seguros. E se acôrdaram que tratariam disso com o povo, e o que accordassem se faria, para serviço de Deus e de sua Magestade, e do sr. Lopo de Souza. »

seAfim de se fazer um juizo bem claro do estado da ca pitania de S. Vicente nesta época, antese depois do litigio entre os donatarios, vamos transcrever, neste capitulo referente aos Carijós, mais um importante documento da Cama ra de S Paulo.

É uma carta, dirijida ao donatario da Capitania, em Portugal, no qual os paulistas dessa época, com o desembaraço e a altivez que lhes era caracteristica, dão conta do estado da terra e da maneira porque eram explorados pelos governadores e mais autoridades.

Quanto a guerra ao gentio, nessa época em que os paulistas, apezar das proibições, já batiam e devastavam os sertões em todos os sentidos, dizem os camaristas que:ars primeiros indios christavs vizinhos, são quase todos acabados, mas no sertão ha infinidade deles e muitas nações etc. >

Que se descermos ( esse gentio ) será causa de grande proveito principalmente o gentio Carijó, que está a oitenta legoas daqui, por mar e por terra, e se afirma que podem ser duzentos mil homens de arco. » A carta, á qual nos re ferimos, é a que se segue. [p.763]  ver mais




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4 de dezembro de 1596, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 17:36:15
Chegada
•  Cidades (2): São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Temas (4): Carijós/Guaranis, Léguas, Porto dos Patos, Portos




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15 de março de 1555, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 00:38:37
Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola
•  Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): Carlos V (55 anos), José de Anchieta (21 anos), Luís da Grã (n.1523), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (85 anos)
•  Temas (8): Canibalismo, Carijós/Guaranis, Escolas, Goayaó, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Léguas, Nheengatu
    5 fontes
  1 relacionada

1°. Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594)
1933
De São Vicente, a 15 de março de 1555

Creio que sabereis que estarmos alguns da Companhia em uma terra de nativos, chamada Piratininga, cerca de 30 milhas para o interior de São Vicente, onde Nosso Senhor favorece, com a sua glória, a salvação destas almas: e ainda que a gente seja mui desmandada, algumas ovelhas ha do rebanho do Senhor.

Temos uma grande escola de meninos nativos, bem instruídos em leitura, escrita e em bons costumes, os quais abominam os usos de seus progenitores. São eles a consolação nossa, bem que seus pais já pareçam mui diferentes nos costumes dos de outras terras; pois que não matam, não comem os inimigos, nem bebem da maneira por que antes o faziam.

No outro dia em uma terra vizinha foram mortos alguns inimigos, e alguns dos quais nossos conversos por lá andaram, não para comer carne humana, mas por beber e ver a festa. Quando voltaram não os deixámos entrar na igreja, senão depois de disciplinados; estiveram por isso, e no primeiro de janeiro entraram todos na igreja em procissão, batendo-se com a disciplina e só assim os houvéramos aceitado.

Ocupamo-nos aqui em doutrinar este povo, não tanto por este, mas pelo fruto que esperamos de outros, para os quais temos aqui abertas as portas.

Está conosco um principal dos nativos chamados Carijós (carijis), o qual é senhor de uma vasta terra, e veio com muitos dos seus servidores só á nossa procura, afim de que corramos ás suas terras, para ensinar, dizendo que vivem como bestas feras, sem conhecer as coisas de Nosso Senhor.

Diogo-vos, caríssimos Irmãos, que é um mui bom cristão, homem mui discreto e nem parece ter coisa alguma de nativo. Com ele resolveu-se o nosso Padre Manuel ir ou mandar alguns, e só espera a chegada do Padre Luiz da Grã.

Além desta, outras nações ha, inumeráveis e mui melhores, pelo que dizem pessoas que as tem frequentado, principalmente uma, a que chama Ibirajáras; a esses desejando enviar um, o nosso Padre Manuel escolheu o Irmão Pedro Corrêa, para que fizesse, demais, outros trabalhos do serviço divino na mesma viagem, e especialmente ajudasse certos Castelhanos que tinham de se passar para o Paraguai, aos quais o dito Pero Corrêa désse socorro, se os visse em grande necessidade, de matalotagem, e lhes desse companhia para irem com segurança. E começou pelos nativos dessas paragens, que mui bem receberam a palavra de Cristo e determinaram reunir-se e viver em uma grande terra, onde pudesse mais fácil ser ensinados nas coisas da Fé. Tinham os nativos em prisão para comerem, um Cristão, que era dos Carijós, e pedindo-o Pero Correa, logo lhe fizeram entrega sem taxar preço algum e o mesmo obteve acerca de outro prisioneiro inimigo, o que não é pouco, como sabeis, porquanto nisto põem os Brasis toda a sua honra. [Cartas,informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594), 1933. Páginas 79, 80 e 81]  ver mais




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1555
Atualizado em 31/10/2025 17:36:16
“Um índio principal que veio aqui de mais de cem léguas, a converter-se à nossa santa fé, morreu com sinais de bom cristão”
•  Cidades (2): São Paulo/SP, São Vicente/SP
•  Pessoas (1): José de Anchieta (21 anos)
•  Temas (9): Cristãos, Caciques, Carijós/Guaranis, Jesuítas, Léguas, Piratininga, São Paulo de Piratininga, Canibalismo, Nheengatu
    2 fontes
  1 relacionada

1°. Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594)
1933
De São Vicente, a 15 de março de 1555

Creio que sabereis que estarmos alguns da Companhia em uma terra de nativos, chamada Piratininga, cerca de 30 milhas para o interior de São Vicente, onde Nosso Senhor favorece, com a sua glória, a salvação destas almas: e ainda que a gente seja mui desmandada, algumas ovelhas ha do rebanho do Senhor.

Temos uma grande escola de meninos nativos, bem instruídos em leitura, escrita e em bons costumes, os quais abominam os usos de seus progenitores. São eles a consolação nossa, bem que seus pais já pareçam mui diferentes nos costumes dos de outras terras; pois que não matam, não comem os inimigos, nem bebem da maneira por que antes o faziam.

No outro dia em uma terra vizinha foram mortos alguns inimigos, e alguns dos quais nossos conversos por lá andaram, não para comer carne humana, mas por beber e ver a festa. Quando voltaram não os deixámos entrar na igreja, senão depois de disciplinados; estiveram por isso, e no primeiro de janeiro entraram todos na igreja em procissão, batendo-se com a disciplina e só assim os houvéramos aceitado.

Ocupamo-nos aqui em doutrinar este povo, não tanto por este, mas pelo fruto que esperamos de outros, para os quais temos aqui abertas as portas.

Está conosco um principal dos nativos chamados Carijós (carijis), o qual é senhor de uma vasta terra, e veio com muitos dos seus servidores só á nossa procura, afim de que corramos ás suas terras, para ensinar, dizendo que vivem como bestas feras, sem conhecer as coisas de Nosso Senhor.

Diogo-vos, caríssimos Irmãos, que é um mui bom cristão, homem mui discreto e nem parece ter coisa alguma de nativo. Com ele resolveu-se o nosso Padre Manuel ir ou mandar alguns, e só espera a chegada do Padre Luiz da Grã.

Além desta, outras nações ha, inumeráveis e mui melhores, pelo que dizem pessoas que as tem frequentado, principalmente uma, a que chama Ibirajáras; a esses desejando enviar um, o nosso Padre Manuel escolheu o Irmão Pedro Corrêa, para que fizesse, demais, outros trabalhos do serviço divino na mesma viagem, e especialmente ajudasse certos Castelhanos que tinham de se passar para o Paraguai, aos quais o dito Pero Corrêa désse socorro, se os visse em grande necessidade, de matalotagem, e lhes desse companhia para irem com segurança. E começou pelos nativos dessas paragens, que mui bem receberam a palavra de Cristo e determinaram reunir-se e viver em uma grande terra, onde pudesse mais fácil ser ensinados nas coisas da Fé. Tinham os nativos em prisão para comerem, um Cristão, que era dos Carijós, e pedindo-o Pero Correa, logo lhe fizeram entrega sem taxar preço algum e o mesmo obteve acerca de outro prisioneiro inimigo, o que não é pouco, como sabeis, porquanto nisto põem os Brasis toda a sua honra. [Cartas,informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594), 1933. Páginas 79, 80 e 81]  ver mais


    Registros relacionados
5 de dezembro de 1567, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:34
1°. CARTA DE BALTHAZAR FERNANDES (233), DO BRASIL, DA CAPITANIA DE S. VICENTE DE PIRATININGA AOS 5 DE DEZEMBRO DE 1567.




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1652
Atualizado em 29/10/2025 23:04:10
Falecimento de Antonio Pedroso de Barros (1610-1652)
•  Cidades (1): Sorocaba/SP
•  Pessoas (1): Antonio Pedroso de Barros (42 anos)
•  Temas (3): Apoteroby (Pirajibú), Carijós/Guaranis, Gentios
    5 fontes
  0 relacionadas




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3 de julho de 1504, domingo
Atualizado em 31/10/2025 00:38:21
Binot, o navegador francês levou consigo para a Europa Içá-Mirim, o filho de Arosca, ‘’Cacique dos Carijós’’
•  Cidades (1): São Francisco do Sul/SC
•  Temas (3): Caciques, Carijós/Guaranis, Franceses no Brasil
    2 fontes
  1 relacionada

1°. A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja
1996
A 6 de janeiro de 1504 aportou a primeira expedição colonial, com a chegada do bretão Binot Paulmier de Gonneville, a bordo do "Espoir", ali permanecendo até 3 de julho. Numa pequena eminência à beira-mar, ele e seus companheiros levantaram uma cruz de madeira: realizou-se, ao toque de tambor e trombeta, a primeira celebração religiosa em terra catarinense.

Retornando à França, Gonneville levou consigo o velho Namoa e o jovem Icá-mirim (Essomeric, afrancesado), filho do dos carijós, Arosca, sob o pretexto de "ensinar-lhe o uso da artilharia e fazer tudo quanto viam e ensinavam aos cristãos", prometendo trazê-lo de volta dentro de 20 luas, o que não foi cumprido. Em troca casou-o em 1521, aos 32 anos de idade, com sua filha Suzanne. Lageu-lhe parte de seus bens e deu-lhe o título de "Barão": um nobre carijó incluído na nobreza européia!Escreve W. Piazza que um neto de Içá-Mirim, Jean Paulmier de Gonneville, abraçou a carreira eclesiástica e chegou a ser Cônego da Catedral de Saint Pierre de Lisieux. Distinguiu-se pela sua alcunha e pelas viagens que realizou por diversos países da Europa, em missão diplomática. Em 1663 apresentou ao papa Alexandre XII a "Declaração de Viagem", acompanhada de um memorial, justificando um pedido para fundar uma missão cristã na terra austral. O Cônego de Gonneville queria ainda provar que a terra visitada em 1504 por seu antepassado tinha sido a Austrália! Icá-Mirim e Namoa, "emigrantes" brasileiros para terras europeias, fizeram o caminho inverso dos conquistadores que depois destruíram sua cultura e gente. [A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja. Páginas 60 e 61, 2 e 3 do pdf]  ver mais




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Janeiro de 1758
Atualizado em 31/10/2025 17:36:16
Balneário Piçarras*
•  Cidades (1): Balneário Piçarras/SC
•  Temas (3): Botocudos, Carijós/Guaranis, Itacolomy
    3 fontes
  0 relacionadas




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Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594)
1933. Atualizado em 13/10/2025 01:34:05
Relacionamentos
 Cidades (8): Bertioga/SP, Cananéia/SP, Lisboa/POR, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (13) Cacique Pindoviiú, Carlos V (1500-1558), Duarte da Costa (1505-1560), Estácio de Sá (1520-1567), Joanes de Bolés (f.1567), José de Anchieta (1534-1597), Leonardo Nunes, Luís da Grã (n.1523), Manoel de Chaves, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Mem de Sá (1500-1572), Pero Correia (f.1554), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631)
 Temas (19): Algodão, Bilreiros de Cuaracyberá, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Cemitérios, Cristãos, Graus, Inquisição, Nheengatu, Peru, Porto dos Patos, Rio Cubatão, Rio dos patos / Terras dos patos, São Paulo de Piratininga, Sertão dos Patos, Tamoios, Tapuias, Trópico de Capricórnio, Vila de Santo André da Borda

Registros mencionados (3)
1. Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola
15 de março de 1555

De São Vicente, a 15 de março de 1555

Creio que sabereis que estarmos alguns da Companhia em uma terra de nativos, chamada Piratininga, cerca de 30 milhas para o interior de São Vicente, onde Nosso Senhor favorece, com a sua glória, a salvação destas almas: e ainda que a gente seja mui desmandada, algumas ovelhas ha do rebanho do Senhor.

Temos uma grande escola de meninos nativos, bem instruídos em leitura, escrita e em bons costumes, os quais abominam os usos de seus progenitores. São eles a consolação nossa, bem que seus pais já pareçam mui diferentes nos costumes dos de outras terras; pois que não matam, não comem os inimigos, nem bebem da maneira por que antes o faziam.

No outro dia em uma terra vizinha foram mortos alguns inimigos, e alguns dos quais nossos conversos por lá andaram, não para comer carne humana, mas por beber e ver a festa. Quando voltaram não os deixámos entrar na igreja, senão depois de disciplinados; estiveram por isso, e no primeiro de janeiro entraram todos na igreja em procissão, batendo-se com a disciplina e só assim os houvéramos aceitado.

Ocupamo-nos aqui em doutrinar este povo, não tanto por este, mas pelo fruto que esperamos de outros, para os quais temos aqui abertas as portas.

Está conosco um principal dos nativos chamados Carijós (carijis), o qual é senhor de uma vasta terra, e veio com muitos dos seus servidores só á nossa procura, afim de que corramos ás suas terras, para ensinar, dizendo que vivem como bestas feras, sem conhecer as coisas de Nosso Senhor.

Diogo-vos, caríssimos Irmãos, que é um mui bom cristão, homem mui discreto e nem parece ter coisa alguma de nativo. Com ele resolveu-se o nosso Padre Manuel ir ou mandar alguns, e só espera a chegada do Padre Luiz da Grã.

Além desta, outras nações ha, inumeráveis e mui melhores, pelo que dizem pessoas que as tem frequentado, principalmente uma, a que chama Ibirajáras; a esses desejando enviar um, o nosso Padre Manuel escolheu o Irmão Pedro Corrêa, para que fizesse, demais, outros trabalhos do serviço divino na mesma viagem, e especialmente ajudasse certos Castelhanos que tinham de se passar para o Paraguai, aos quais o dito Pero Corrêa désse socorro, se os visse em grande necessidade, de matalotagem, e lhes desse companhia para irem com segurança. E começou pelos nativos dessas paragens, que mui bem receberam a palavra de Cristo e determinaram reunir-se e viver em uma grande terra, onde pudesse mais fácil ser ensinados nas coisas da Fé. Tinham os nativos em prisão para comerem, um Cristão, que era dos Carijós, e pedindo-o Pero Correa, logo lhe fizeram entrega sem taxar preço algum e o mesmo obteve acerca de outro prisioneiro inimigo, o que não é pouco, como sabeis, porquanto nisto põem os Brasis toda a sua honra. [Cartas,informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594), 1933. Páginas 79, 80 e 81]
2. “Um índio principal que veio aqui de mais de cem léguas, a converter-se à nossa santa fé, morreu com sinais de bom cristão”
1555

De São Vicente, a 15 de março de 1555

Creio que sabereis que estarmos alguns da Companhia em uma terra de nativos, chamada Piratininga, cerca de 30 milhas para o interior de São Vicente, onde Nosso Senhor favorece, com a sua glória, a salvação destas almas: e ainda que a gente seja mui desmandada, algumas ovelhas ha do rebanho do Senhor.

Temos uma grande escola de meninos nativos, bem instruídos em leitura, escrita e em bons costumes, os quais abominam os usos de seus progenitores. São eles a consolação nossa, bem que seus pais já pareçam mui diferentes nos costumes dos de outras terras; pois que não matam, não comem os inimigos, nem bebem da maneira por que antes o faziam.

No outro dia em uma terra vizinha foram mortos alguns inimigos, e alguns dos quais nossos conversos por lá andaram, não para comer carne humana, mas por beber e ver a festa. Quando voltaram não os deixámos entrar na igreja, senão depois de disciplinados; estiveram por isso, e no primeiro de janeiro entraram todos na igreja em procissão, batendo-se com a disciplina e só assim os houvéramos aceitado.

Ocupamo-nos aqui em doutrinar este povo, não tanto por este, mas pelo fruto que esperamos de outros, para os quais temos aqui abertas as portas.

Está conosco um principal dos nativos chamados Carijós (carijis), o qual é senhor de uma vasta terra, e veio com muitos dos seus servidores só á nossa procura, afim de que corramos ás suas terras, para ensinar, dizendo que vivem como bestas feras, sem conhecer as coisas de Nosso Senhor.

Diogo-vos, caríssimos Irmãos, que é um mui bom cristão, homem mui discreto e nem parece ter coisa alguma de nativo. Com ele resolveu-se o nosso Padre Manuel ir ou mandar alguns, e só espera a chegada do Padre Luiz da Grã.

Além desta, outras nações ha, inumeráveis e mui melhores, pelo que dizem pessoas que as tem frequentado, principalmente uma, a que chama Ibirajáras; a esses desejando enviar um, o nosso Padre Manuel escolheu o Irmão Pedro Corrêa, para que fizesse, demais, outros trabalhos do serviço divino na mesma viagem, e especialmente ajudasse certos Castelhanos que tinham de se passar para o Paraguai, aos quais o dito Pero Corrêa désse socorro, se os visse em grande necessidade, de matalotagem, e lhes desse companhia para irem com segurança. E começou pelos nativos dessas paragens, que mui bem receberam a palavra de Cristo e determinaram reunir-se e viver em uma grande terra, onde pudesse mais fácil ser ensinados nas coisas da Fé. Tinham os nativos em prisão para comerem, um Cristão, que era dos Carijós, e pedindo-o Pero Correa, logo lhe fizeram entrega sem taxar preço algum e o mesmo obteve acerca de outro prisioneiro inimigo, o que não é pouco, como sabeis, porquanto nisto põem os Brasis toda a sua honra. [Cartas,informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594), 1933. Páginas 79, 80 e 81]
3. Chegada
15 de maio de 1555

O principal carijó, que veio de suas terras em busca dos jesuítas, chamava-se Antonio de Leiva. No mesmo dia, 15 de maio de 1555, em que Nóbrega devia partir com ele e alguns irmãos, chegou a São Vicente o padre Luiz da Grã. E como os tupis se achavam em guerra, dificultando assim a passagem para as partes do Sul, Nóbrega desistiu da viagem (Simão de Vasconcellos). [Páginas 83 e 84]
Registros mencionados (23)
25/05/1542 - Confirmação de terras a “mestre Cosme, bacharel” [19956]
1549 - “grande língua da terra e dos principais moradores de São Vicente, foi aí recebido por Leonardo Nunes, em 1549, juntamente com Pero Correa” [21891]
08/05/1553 - Partida de Duarte da Costa [28701]
20/07/1553 - Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias [22499]
25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi [8156]
24/08/1554 - Os jesuítas Pedro Correia e João de Sousa, acompanhados de um leigo, partem de São Vicente para a catequização dos índios de Cananéia, e ali acabam mártires no mês seguinte [11767]
01/09/1554 - Carta: Ir. José de Anchieta ao Padre Inácio de Loyola, São Paulo de Piratininga [24737]
01/09/1554 - Quadrimestre de Maio a Setembro de 1554, de Piratininga* [26942]
25/12/1554 - Segundo Anchieta demonstra que a morte de Pero Correa e João de Sousa ocorreu depois do Natal de 1554* [26940]
15/03/1555 - Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola [26939]
1555 - “Um índio principal que veio aqui de mais de cem léguas, a converter-se à nossa santa fé, morreu com sinais de bom cristão” [21815]
15/05/1555 - Chegada [26867]
20/05/1560 - A vila de Santo André da Borda do Campo é extinta e incorporada a “nova” São Paulo de Piratininga [29269]
25/06/1560 - Partida [28688]
29/08/1560 - O Padre Luis da Grã, nomeado Provincial [20811]
28/12/1560 - Prisão de Bolés [28690]
21/01/1561 - Luis da Grã, achando na aldeia de São Paulo, depôs no auto de culpas instaurado contra João de Bolés [28689]
19/03/1563 - Manoel da Nóbrega [552]
23/05/1563 - Anchieta [553]
28/10/1563 - ao alcaide do cárcere da Inquisição de Lisboa, respondeu a processo, durante o qual requereu uma justificação dos serviços prestados no Rio de Janeiro [555]
01/01/1565 - Carta de José de Anchieta, escrita em São Vicente* [21855]
15/11/1579 - Vindo a São Paulo em 1579, escreveu Anchieta ao capitão-mór uma carta em que dá informação das poucas e reduzidas aldeias situadas nos arredores da vila e faz referência a Domingos Luiz Grou [24300]
27/08/2025 - Estrada Real - Brasil - Facebook [3738]





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12 de janeiro de 1926, sexta-feira
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Ludwig Schwennhagen
•  Cidades (2): João Pessoa/PB, Sorocaba/SP
•  Pessoas (1): Apóstolo Tomé Judas Dídimo
•  Temas (2): Carijós/Guaranis, Lagoa Dourada
    Registros relacionados
1869. Atualizado em 25/02/2025 04:47:01
1°. Onfroy de Thoron (Gênova, 1869)
A teoria apresentada pelo ilustre professor austríaco Ludwig Schwennhagen fora publicada inicialmente em "A União", de João Pessoa-PB, edição de 12 de janeiro de 1926 e transcritos posteriormente pela "Pacotilha", de São Luís-MA (26.01.1926) e por último, pela "A República", de Natal-RN (31.01.1926):

Em seu trabalho, o professor Schennhagen apresenta a tradução do livro do historiador grego Tiodoro da Sicília, o divulgador dos périplos fenícios, afirmando que foram os fenícios os primeiros habitantes do Velho Mundo a descobrirem a América. Para ele, "1100 anos antes de Cristo os fenícios partiram de Cártago via Cabo Verde para Dacar e daí atravessaram o Oceano Atlântico e chegaram ao Brasil".

Schwennhagen, em sua obra sobre a história antiga do Brasil, em que expõe uma teoria da presença dos fenícios no território de atual, cita o trabalho de Onfroy de Thoron (Gênova, 1869), que trata as viagens do rei Hirão de Tiro, da Fenícia, e do rei Salomão, da Judéia, no rio Amazonas, nos anos de 993 a.C. a 960 a.C.. Em apoio a essas idéias, Schwennhagen apresenta letreiros e inscrições como evidências, afirmando serem em maior parte escritos com letras do alfabeto fenício e da escrita demótica do Egito, observando encontrarem-se também inscrições com letras da escrita sumérica, antiga escrita babilônica, e letras gregas e mesmo latinas. De acordo com Schwennhgen o continente americano é a lendária ilha das Sete Cidades. Diz o autor que tupo significa "filho ou crente de Tupã". A religião tupi teria aparecido no Norte do Brasil certa de 1050 a 1000 a.C., juntamente com os fenícios, propagada pelos sacerdotes cários, da ordem dos piagas.




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15 de maio de 1555, domingo
Atualizado em 31/10/2025 17:36:17
Chegada
•  Cidades (2): São Paulo/SP, São Vicente/SP
•  Pessoas (2): Luís da Grã (n.1523), Manuel da Nóbrega (38 anos)
•  Temas (3): Gentios, Rio da Prata, Carijós/Guaranis
    2 fontes
  1 relacionada

1°. Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594)
1933
O principal carijó, que veio de suas terras em busca dos jesuítas, chamava-se Antonio de Leiva. No mesmo dia, 15 de maio de 1555, em que Nóbrega devia partir com ele e alguns irmãos, chegou a São Vicente o padre Luiz da Grã. E como os tupis se achavam em guerra, dificultando assim a passagem para as partes do Sul, Nóbrega desistiu da viagem (Simão de Vasconcellos). [Páginas 83 e 84]  ver mais




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27 de novembro de 1596, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 17:36:18
Partida
•  Cidades (2): São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Temas (1): Carijós/Guaranis
    1 fonte
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1°. Historia da Companhia de Jesus no Brasil. Serafim Soares Leite (1890-1969)
1938




  Maximilien François Marie Isidore de Robespierre
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28 de julho de 1794, segunda-feira
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Revolução Francesa: Maximilien Robespierre é guilhotinado
•  Temas (1): Revolução Francesa




  Maximilien François Marie Isidore de Robespierre
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6 de maio de 1758, sábado
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Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre
•  Temas (1): Revolução Francesa
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1°. A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja
1996

  


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