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Guaianase de Piratininga
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  Guaianase de Piratininga
  1º de 76
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Havia indígenas transitando
400. Atualizado em 28/10/2025 10:26:24
Relacionamentos
 Cidades (7): Botucatu/SP, Cananéia/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Cubatão/SP, Ibiúna/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Apóstolo Tomé Judas Dídimo
 Temas (40): Apoteroby (Pirajibú), Assunguy, Avenida Ipanema, Avenida Itavuvu, Bairro Itavuvu, Boulevard Braguinha, Caminho de São Roque-Sorocaba, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminho Fundo, Caminho Sorocaba-Botucatu, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Caputera, Carijós/Guaranis, Estrada da “Cabeça da Anta”, Estrada do Ipatinga, Estrada São Roque-Ibiúna, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Inhayba, Ipatinga, Itapeva (Serra de São Francisco), Lagoa Dourada, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Nheengatu, Papagaios (vutu), Praça Fernando Prestes, Rio Anhemby / Tietê, Rio dos Meninos, Rio Paranapanema, Rio Pinheiros, Rio Tibagi, Rodovia Raposo Tavares, Sabarabuçu, Trilha dos Tupiniquins, Vila Barcelona, Vila Santana / Além Linha, Villeta, “George Oetterer”, Vulcões, Vutucavarú

    11 Fontes
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  Guaianase de Piratininga
  2º de 76
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Nascimento de Tibiriçá, filho do Cacique Amyipaguana
1470. Atualizado em 25/10/2025 00:41:58
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 Pessoas (2) Cacique Amyipaguana, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562)
 Temas (3): Caciques, Guaianás, Tamoios

    3 fontes
  1 fonte relacionada

•  Anno Biographico Brazileiro por Joaquim Manoel de Macedo, volume III
1 de janeiro de 1876, sábado
Ainda assim João Ramalho Tebyreçá poderia pouco, se o não fizesse poder muito o morubixaba, pai de sua consorte. Por João Ramalho, Tebyreçá recebeu, auxiliou os portuguezes, e foi bom amigo de Martim Affonso de Souza; cujos dous primeiros nomes tomou, quando annos mais tarde os jezuitas o baptizarão. O mais valente e respeitado chefe dos guayanazes, ramo da tribo dos tamoyos, Tebyreçá foi em São Paulo o mais forte elemento auxiliar da conquista dos portuguezes.

Em 1553 os jezuitas passarão de S. Vicente para além da Serra do Mar e forão fundar o Collegio de S. Paulo, berço da villa e depois cidade do mesmo nome. Tebyreçá, que então provavelmente tomou com o baptismo o nome de Martim Affonso de Mello ligou se á elles e logo ainda mais amigo daquelles padres, do que do proprio João Ramalho, em 1554 foi principalmente o seu braço de bravo e forte guerreiro, e o seu poder sobre os indios de sua cabilda, que salvarão os jezuitas e o seu collegio de ataque tremendo que contra elles dirigirão muitos colonos portuguezes e mamelucos.

Ultimo e supremo serviço, que veio á custar-lhe a vida, prestou o já velho, mas herculeo indio Martin Affonso de Mello , o Tebyreçá em 1562.

Os tamoyos que erão senhores de todo o paiz desde um pouco além de Cabo- Frio até S. Vicente, formarão poderosa conjuração de muitos chefes e cabildas contra os portuguezes cujo poder no sul do Brazil achou-se consequentemente no maior perigo . Levando a destruição á muitos estabelecimentos ruraes , vencedores em mais de um ponto, animados pelas victorias e pelo numero avultado dos combatentes, avançarão ameaçadoramente sobre S. Paulo. Tebyreçá, velho ; mais ainda herculeo, adevinhára, e pronnunciára o projecto dos tamoyos confederados. O ataque de S. Paulo effectuou-se : foi horrivel e sanguinolenta a peleja, os tamoyos foram rechaçados, um dos seus chefes principaes morreu em combate ás mãos do bravo chefe guayanaz, á quem de accordo todos conferirão as honras da vitória. [p. 589 e 590]

Do heróe portuguez Martin Affonso de Souza dous indios do Brazil tomarão no baptismo os nomes. Um foi Martin Affonso de Mello, o Tabyreçá. Outro foi Martin Affonso de Souza, o Ararigboya, E ambos esses indios forão tambem heroes. [p. 591]





  Guaianase de Piratininga
  3º de 76
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Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay
1480. Atualizado em 28/10/2025 04:27:31
Relacionamentos
 Cidades (4): São Miguel Paulista/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (5) “Antônia Rodrigues”, a índia (n.1502), Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Caiubi, senhor de Geribatiba, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (10 anos), Piqueroby (1480-1552)
 Temas (12): Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Botocudos, Caciques, Guaianás, Karaibas, Nheengatu, Piqueri, Rio Uruguai, Rio Ururay, Santa Cruz de Itaparica, São Miguel dos Ururay, Ururay

    8 Fontes
  5 fontes relacionadas

•  João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
1 de janeiro de 1886, sexta-feira
Há na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby, eis que Martim Afonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininga e começou a distribuir sesmarias.

Um cronista moderno (Machado de Oliveira, Quadro Histórico da Província de São Paulo), narrando quais eram as nações nativa que habitavam o território da capitania de São Vicente, nos limites da atual província de São Paulo, guayanás, tupis, carijós, além das do sertão, e expondo que os guayanás tinham por principais chefes em serra acima, o cacique Tebyreçá, com aldeias nos campos de Pirá-tininga, e no litoral o cacique Cayubi, ou, melhor, Cahá-uby, com aldeias á margem do rio Gerybatiba e em outros pontos da costa, de sorte que a serra de Paranapiacaba servia de linha de separação a essas duas confederações, acrescentou:

"A História ainda faz menção a tribo Ururay, pertencente á confederação guayaná, ocupando um dos recantos dos campos de Pirá-tininga, e tendo por chefe o cacique Piqueroby, que déra sua filha por mulher a Antonio Rodrigues, companheiro de João Ramalho, e talvez sócio com este em seu desterro. Desta tribo fundou-se a opulenta aldeia de São Miguel, que, como as outras, não escapou á comum destruição por que todas elas passaram."

Após essa narração, o mesmo cronista não deixa de mencionar o chefe das tribo Ururay, por ocasião da descida de Tebyreçá e de João Ramalho, com trezentos sagitários, ao encontro de Martim Afonso de Souza: mas, apenas, para assinalar que foi precisa a sua anuência ao plano de bem receber os portugueses da armada.

Assim escreveu ele que João Ramalho "tivera por companheiro nessa empresa a Antonio Rodrigues, que aliara-se á filha de Piqueroby, chefe da tribo Ururay, depois de conseguir deste, á imitação do régulo de Pirá-tininga, sua anuência a favor do desembarque de Martim Afonso".

De então em diante, cronista algum dá notícia de Piqueroby. Ignora-se se recebeu o batismo; se viveu ainda muito tempo; se recusou-se á comunhão social com os portugueses. Apenas a História registra que Antonio Rodrigues, seu genro, obtivera uma sesmaria em terras fronteiras ao porto do Tumiarú, em São Vicente, e aí residia; e que na sesmarias de Pedro de Góes, segundo o respectivo título, fôra encravado o território pertencente á tribo Ururay, figurando de língua ou interprete, e testemunha, na designação das divisas, conjuntamente com João Ramalho, o mesmo já referido Antonio Rodrigues. [p332 a p336]

Seja, porém, Piquiroby o mesmo Ururay, de que trata Machado de Oliveira, ou o Araray de que trata Azevedo Marques, ou seja este chefe de 1562 outro individuo, diverso de Piquiroby não é licito acusa-lo de deslealdade para com os brancos, pois que entendia defender a pátria e sua raça, ameaçadas de servidão. Talvez o chefe de 1562, vendo Tebýriça instalado na nascente vila de S. Paulo, tivesse o mesmo pensamento do bárbaro germano Arminio, quando Júlio César, conseguindo a submissão de Segestes, outro chefe naquela antiga nação barbara da Europa, assegurou-lhe um asilo permanente na mesma sua província conquistada.

O chefe brazilico de 1562 teria dito aos nativos de Pirá-tininga:

"Que pai magnifico! Que valente general! Muito embora Tebir-içá vá viver em um terreno conquistado, os filhos da guerra nunca poderão perdoar a um homem que, entre os rios Yryri-piranga e Anhemby, não sente pejo de haver concorrido para se verem todas as insignias do poder lusitano. Assim, se entre vós ainda existem ânimos bizarros, que a novos senhores e a novas colônias prefiram a pátria, os parentes, os costumes antigos, segui-me pelo caminho da gloria e da liberdade, e abominae Tebiriçá, que vos prepara os ferros de uma torpe escravidão" [Página 337]

•  Publicação Oficial de Documentos Interessantes para a História e Costumes de São Paulo. Vol. IV
1 de janeiro de 1896, quarta-feira
Carta de Pedro Taques de Almeida Pais Leme 1714- 1777) ao Frei Gaspar da Madre de Deus 1715- 1800): Piqueroby, cacique, chefe ou rei de uma das tribos Guaynases, que ocupavam a costa marítima de São Paulo no começo do século XVI. [Página 34]

•  “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
1 de janeiro de 2014, quarta-feira
Baltazar Fernandes era bisneto de Tibiriçá, cacique dos nativos guaianases e uma das mais importantes figuras da História de São Paulo de Piratininga. Foi tão importante que Anchieta o considerava o fundador de São Paulo. Catequizado pelos jesuítas, foi batizado com o nome de Martim Afonso, em homenagem ao português donatário da Capitania de São Vicente. Das filhas de Tibiriçá, duas ganharam destaque nos primeiros tempos da vida paulista: Bartira, que se casou com João Ramalho e Beatriz, que se casou com Lopo Dias, os avós do fundador de Sorocaba.

•  Piqueriby, consultado em geni.com
27 de fevereiro de 2022, domingo
Indígena brasileiro. morubixaba guaianá, seria irmão de Tibiriçá e Caiubi. Vivia no Vale de Ururaí. Pai da mulher de Antônio Rodrigues, batizada pelos jesuítas com o nome de Antônia Rodrigues, e de Jagoanharo, o "Onça Feroz", um dos chefes dos índios guaianás do Vale do Paraíba que atacaram a Vila de São Paulo em 1562, quando este foi morto pelo tio Tibiriçá ao tentar forçar a porta da igreja em que se encontravam mulheres refugiadas.

Piquerobi era chefe de grande taba localizada em terras que hoje formam o município de São Miguel Paulista. Conforme os costumes da época, os morubixabas tinham muitos filhos.

Pikeroby ("Peixinho Verde" em dialeto tupinikin), morava na na região serrana de Ururaí, mais ao norte da futura cidade de São Paulo. Consta que antes residiu na Vila de São Vicente, no litoral paulista.

•  Árvore de costado do poeta Carlos Drummond de Andrade, consultado em usinadeletras.com.br
15 de outubro de 2022, sábado
Piquerobi. Indígena brasileiro. Cacique guaianá ou tupi. Inimigo dos portugueses, seria irmão de Tibiriçá e Caiubi. Vivia no Vale de Ururaí. Pai da mulher de Antônio Rodrigues, batizada pelos jesuítas com o nome de Antônia Rodrigues, e de Jagoanharo, o "Cão Bravo", um dos chefes dos índios guaianás, carijós e tamoios do Vale do Paraíba que atacaram a Vila de São Paulo em 1562, sendo morto quando tentava forçar a porta da igreja onde se encontravam mulheres refugiadas.





  Guaianase de Piratininga
  4º de 76
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André Gonçalves e Américo Vespúcio descobrem o porto, a que deram o nome de Rio de São Vicente / Cruz de Pedra
22 de janeiro de 1502, quarta-feira. Atualizado em 15/07/2025 05:10:06
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, São Vicente/SP
 Pessoas (2) Américo Vespúcio (48 anos), Bacharel de Cananéa
 Temas (10): A Santa Cruz, Cruzes, Goayaó, Guaianás, Guaimbé, Ilha de Santo Amaro, Nheengatu, Pela primeira vez, Portos, Rio Goyaó





  Guaianase de Piratininga
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A armada de André Gonçalves chegou a Cananéia
24 de janeiro de 1502, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 07:51:40
Relacionamentos
 Cidades (2): Cananéia/SP, Piedade/SP
 Pessoas (6) Américo Vespúcio (48 anos), André Gonçalves, Bacharel de Cananéa, Cosme Fernandes Pessoa (n.1480), Piqueroby (22 anos), Rui Garcia de Moschera
 Temas (6): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Galinhas e semelhantes, Pela primeira vez, Tordesilhas





  Guaianase de Piratininga
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Carta náutica das ilhas novamente descoberta na região da índia
19 de novembro de 1502, quarta-feira. Atualizado em 24/04/2025 17:20:16
Relacionamentos
 Cidades (1): Cananéia/SP
 Pessoas (1) Américo Vespúcio (48 anos)
 Temas (6): Carijós/Guaranis, Dinheiro$, Geografia e Mapas, Pela primeira vez, Tordesilhas, Trópico de Capricórnio
Registros mencionados (1)
07/03/2023 - Caifás: quem foi e qual a sua relação com Jesus na bíblia? segredosdomundo.r7.com [28242]





  Guaianase de Piratininga
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1 de janeiro de 1503, sexta-feira
Atualizado em 28/10/2025 05:10:57
"Historia De Santos" Francisco Martions dos Santos
Cidades (5): Santos/SP, São Vicente/SP, Cabo Frio/RJ, Angra dos Reis/RJ, Cananéia/SP
Temas (4): Geografia e Mapas, Nheengatu, Guaianás, Curiosidades
Mapa de Kunstmann No. III
Data: 1503
Créditos: 01/01/1503
    1 fonte
  1 relacionada

1°. “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
1937
Um problema que se resolve. Revelação geonomica e ethnographica do primitivo nóme tupy da ilha de S. Vicente. A possivel pátria dos Guayanazes. Identificação permittida pelas affirmativas cartographicas de Kunst- mann e Reinei, de 1503 e 1516.

Só algum tempo depois da chegada do Donatário, em 1532, é que aquelles primitivos habitantes de GOHAYÓ, e portanto os famosos GAYONOS dos Reinei, GUANÁS de Kunstmann, e GUAYANAZES dos portuguezes, começaram a approximar-se em maior numero, integrando muitos o bloco brasílico de Tibiriçá que permaneceu ao lado dos novos dominadores. Cremos nós, aliás, que — gente de GOHAYó, ainda hoje em portuguez corrente, só poderia ser: GOHAYONOS — GOHAYOENSES ou GOHAYONAZES. Dalii, o nóme que ficou na História — GUAYANAZES, que tantos historiadores e ethnógraphos procuram explicar em vão, palpando e tateando a treva de outras raizes ou etymologias.  ver mais




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  Guaianase de Piratininga
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Falecimento de Amyipagûana, cacique Guayaná
1520. Atualizado em 23/10/2025 15:32:19
Relacionamentos
 Cidades (1): São Paulo/SP
 Pessoas (4) Cacique Amyipaguana, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Piqueroby (1480-1552), Caiubi, senhor de Geribatiba
 Temas (2): Caciques, Guaianás






  Guaianase de Piratininga
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Domingos Luis Grou “adquiriu” terras vizinhas as concedidas nativos de Piratininga, junto ao rio Carapicuíba
26 de agosto de 1522, sábado. Atualizado em 31/10/2025 07:23:42
Relacionamentos
 Cidades (6): Carapicuiba/SP, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (6) Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), Cacique de Carapicuíba, Domingos Luís Grou (22 anos), Jerônimo Leitão, Raul (fictício), Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957)
 Temas (5): Carijós/Guaranis, Guaianás, São Paulo de Piratininga, Tupinambás, Ururay

    7 Fontes
   fontes relacionadas





  Guaianase de Piratininga
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Aleixo Garcia foi morto, com alguns dos seus companheiros. Francisco de Chaves conseguiu sobreviver
1526. Atualizado em 28/10/2025 06:51:38
Relacionamentos
 Cidades (1): São Paulo/SP
 Pessoas (3) Aleixo Garcia (f.1526), Francisco de Chaves (26 anos), Martim Afonso de Sousa (26 anos)
 Temas (17): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminhos até São Vicente, Carijós/Guaranis, Cristãos, Guaranis, Metalurgia e siderurgia, Nheengatu, Ouro, Payaguás, Peru, Piratininga, Rio Paraguay, Rio Paraná, São Paulo de Piratininga, Tamoios, Tupis





  Guaianase de Piratininga
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22 de janeiro de 1532, sexta-feira
Atualizado em 28/10/2025 05:10:58
Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos”
Cidades (5): Itanhaém/SP, Praia Grande/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (11): Antonio Rodrigues (Piqueroby), Bacharel de Cananéa, Bartolomeu Carrasco, Caiubi, senhor de Geribatiba, Domingos Luís Grou, Giuseppe Campanaro Adorno, João Ramalho, Martim Afonso de Melo Tibiriçá, Martim Afonso de Sousa, Mestre Bartolomeu Gonçalves, Pero Lopes de Sousa
Temas (13): Açúcar, Escravizados, Estradas antigas, Guaianás, Habitantes, Jurubatuba, Geraibatiba, Léguas, Morpion, Nheengatu, Pela primeira vez, Portos, Rio da Prata, Rio Piratininga
Diário da Noite
Data: 1964
Créditos: Página 14
    15 fontes
  2 relacionadas

1°. João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
1886
Ha na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby, eis que Martim Afonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininga e começou a distribuir sesmarias.

Um cronista moderno (Machado de Oliveira, Quadro Histórico da Província de São Paulo), narrando quais eram as nações nativa que habitavam o território da capitania de São Vicente, nos limites da atual província de São Paulo, guayanás, tupis, carijós, além das do sertão, e expondo que os guayanás tinham por principais chefes em serra acima, o cacique Tebyreçá, com aldeias nos campos de Pirá-tininga, e no litoral o cacique Cayubi, ou, melhor, Coká-uby, com aldeias á margem do rio Gerybatiba e em outros pontos da costa, de sorte que a serra de Paranapiacaba servia de linha de separação a essas duas confederações, acrescentou:

"A História ainda faz menção a tribo Ururay, pertencente á confederação guayaná, ocupando um dos recantos dos campos de Pirá-tininga, e tendo por chefe o cacique Piqueroby, que déra sua filha por mulher a Antonio Rodrigues, companheiro de João Ramalho, e talvez sócio com este em seu desterro. Desta tribo fundou-se a opulenta aldeia de São Miguel, que, como as outras, não escapou á comum destruição por que todas elas passaram."

Após essa narração, o mesmo cronista não deixa de mencionar o chefe das tribo Ururay, por ocasião da descida de Tebyreçá e de João Ramalho, com trezentos Sagitários, ao encontro de Martim Afonso de Souza; mas, apenas, para assignalar que foi precisa a sua anuência ao desembarque dos europeus e ao plano de bem receber os portugueses da armada.

Assim, escreveu ele que João Ramalho « tivera por companheiro nessa empreza a António Rodrigues, que aliara-se á filha de Piqueroby, chefe da tribu Uriíray^ depois de conseguir deste, à imitação do régulo de Pirá-tininga, sua anuência a favor do desembarque de Martim Affonso.

De então em diante, cronista algum dá notícia de Piqueroby. Ignora-se se recebeu o batismo; se viveu ainda muito tempo; se recusou-se á comunhão social com os portugueses. Apenas a História registra que Antonio Rodrigues, seu genro, obtivera uma sesmaria em terras fronteiras ao porto do Tumiarú, em São Vicente, e aí residia; e que na sesmarias de Pedro de Góes, segundo o respectivo título, fôra encravado o território pertencente á tribo Ururay, figurando de língua ou interprete, e testemunha, na designação das divisas, conjuntamente com João Ramalho, o mesmo já referido Antonio Rodrigues.Seja, porém, Piqueroby o mesmo Ururay, de que trata Machado de Oliveira, ou o Araray de que trata Azevedo Marques, ou seja este chefe de 1562 outro individuo, diverso dele, não é licito acusa-lo de deslealdade para com os brancos, pois que entendia defender a pátria e sua raça, ameaçadas de servidão.

Talvez o chefe de 1562, vendo Tebýriça instalado na nascente vila de S. Paulo, tivesse o mesmo pensamento do bárbaro germano Arminio, quando Júlio César, conseguindo a submissão de Segestes, outro chefe naquela antiga nação barbara da Europa, assegurou-lhe um asilo permanente na mesma sua província conquistada. O chefe brazilico de 1562 teria dito aos nativos de Pirá-tininga:

"Que pai magnifico! Que valente general! Muito embora Tebir-içá vá viver em um terreno conquistado, os filhos da guerra nunca poderão perdoar a um homem que, entre os rios Yryri-piranga e Anhemby, não sente pejo de haver concorrido para se verem todas as insignias do poder lusitano. Assim, se entre vós ainda existem ânimos bizarros, que a novos senhores e a novas colônias prefiram a pátria, os parentes, os costumes antigos, segui-me pelo caminho da gloria e da liberdade, e abominae Tebiriçá, que vos prepara os ferros de uma torpe escravidão".  ver mais

2°. Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira*
Dezembro de 1896
22 de janeiro de 1532, junto á costa oriental da Ilha Indua-guassú - hoje São Vicente - ancorou Martim Afonso a sua armada que havia zarpado de Lisboa a 3 de Dezembro de 1530. Assombrados os nativos pescadores com a perspectiva das náos e temerosos da sua apropriação á costa, retraiam-se a seus alojamentos, pondo de sobre aviso a Cayubi que cauteloso foi logo dar fé desse acontecimento.

Explorado o litoral destas ilhas, e escolhido o da barra da Bertioga como o mais adequado para o desembarque de Martim Afonso e seu séquito, e depois de alijada a gente em terra com promptião, edificou-se na ilha de Santo Amaro em proximidades da barra, uma casa forte tanto para proteger o desembarque, como para alojar a gente que fosse posta em terra, e defende-la assim dos acometimentos das tribos selvagens, cuja existência era ali revelada pelos nativos que foram vistos á aproximação da armada.Concluída a obra e depois de se lhe assestar a artilharia que podia comportar, foi guarnecida de força armada, tomando-se necessário atitude em prevenção a qualquer eventualidade.

E porque toda essa lida fosse ás ocultas espreitada pelos nativos do litoral, chegou isso aos conhecimento de Tebyreçá nos campos de Piratininga, que sem demora fez reunir toda a gente de guerra que lhe sera sujeita, dispondo a partir para a marinha com o fim de repelir o ingresso dos invasores. [Página 574]  ver mais




  Guaianase de Piratininga
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Ramalho aproxima-se á Jerybatuba três dias depois da chegada de Martim Afonso á Bertioga
25 de janeiro de 1532, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:21
Relacionamentos
 Cidades (5): Bertioga/SP, Itanhaém/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (5) Caiubi, senhor de Geribatiba, João Ramalho (46 anos), Piqueroby (52 anos), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (62 anos), Domingos Luís Grou (32 anos)
 Temas (6): Guaianás, Jeribatiba (Santo Amaro), Jurubatuba, Geraibatiba, Piratininga, Guaimbé, Tupis





  Guaianase de Piratininga
  14º de 76
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Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues"
29 de agosto de 1553, sábado. Atualizado em 14/10/2025 18:52:52
Relacionamentos
 Cidades (13): Araçariguama/SP, Barueri/SP, Cananéia/SP, Carapicuiba/SP, Iperó/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santo André/SP, São Miguel Arcanjo/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (14) André Ramalho, Antonio Rodrigues "Sevilhano" (1516-1568), Caiubi, senhor de Geribatiba, Francisco de Saavedra (n.1555), Francisco I da Áustria (1768-1835), João Ramalho (1486-1580), Leonardo Nunes, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Matheus Nogueira, Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Pero Correia (f.1554), Quirino Caxa (1538-1599), Sergio Buarque de Holanda (1902-1982)
 Temas (36): “o Rio Grande”, Apoteroby (Pirajibú), Araritaguaba, Bairro Éden, Sorocaba, Biesaie, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho do Paraguay, Caminho Itú-Sorocaba, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Carijós/Guaranis, Colégios jesuítas, Colinas, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Guaianás, Inhapambuçu, Inhayba, Jesuítas, Lagoas, Léguas, Maniçoba, Música, Nheengatu, Paranaitú, Pela primeira vez, Piratininga, Portos, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Piratininga, São Paulo de Piratininga, Tamoios, Tordesilhas, Tribo Arari, Tupinambás, Vale do Anhangabaú, Vila de Santo André da Borda


•  REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL
1 de janeiro de 2006, domingo
Já na correspondência dos primeiros jesuítas, o nome de Piratininga aparece empregado de modo extremamente difuso, e, devemos admitir, confuso. Segundo carta de Nóbrega datada de outubro de 1553, a aldeia recém-construída no planalto, logo depois transformada em aldeamento jesuítico, estava instalada a cerca de duas léguas de distância da povoação de João Ramalho, conhecida pelo nome de Piratinim (LEITE, v.2, p. 16).

Dada a grande – e desconcertante – distância que o separava da futura São Paulo, não parece ser esse povoado a aldeia indígena liderada pelo sogro de Ramalho, Tibiriçá, a qual, embora possuísse essa mesma denominação, estava situada, segundo Frei Gaspar da Madre de Deus, como veremos adiante, a uma distância bem menor, a mais ou menos meia légua do núcleo jesuítico.

De acordo com Nóbrega, na carta citada, foi nesse núcleo de João Ramalho que Martim Afonso de Sousa ”primeiro povoou”, ou seja, fundou a efêmera vila de Piratininga no recuado ano de 1532, conforme relata o diário de Pero Lopes, irmão de Martim Afonso. Por outro lado, em missiva escrita por Anchieta em 15 de agosto de 1554, a própria povoação dos padres aparece também chamada de aldeia de Piratininga, onde os jesuítas mantinham “uma grande escola de meninos, filhos de índios ensinados a ler e escrever” (LEITE, v.2, p. 81).

Ainda nesse tipo de documentação se faz alusão a um certo porto de Piratinim, localizado à margem esquerda do Rio Grande (Rio Tietê) e a um rio de Piratininga, que deve ser interpretado como sendo também o Anhembi (Tietê), o rio por excelência da região; fala-se igualmente em campos de Piratininga, que abarcavam toda a amplidão dos campos planaltinos; e, finalmente, em São Paulo de Piratininga, que é o nome que a casa jesuítica tomou a partir de 25 de janeiro de 1554 e que depois foi estendido à vila criada em 1560, às vezes denominada São Paulo do Campo.





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Tibiriçá garantiu a segurança dos padres Manuel da Nóbrega e Anchieta quando voltaram à colina de Piratininga
24 de janeiro de 1554, domingo. Atualizado em 31/10/2025 08:02:19
Relacionamentos
 Cidades (4): Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (5) Afonso Sardinha, o Velho (23 anos), José de Anchieta (20 anos), Manuel da Nóbrega (37 anos), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (84 anos), Piqueroby (1480-1552)
 Temas (9): Beneditinos, Caminho do Peabiru, Caminho São Paulo-Santos, Colinas, Jesuítas, Mosteiro de São Bento SP, São Paulo de Piratininga, Ururay, Vila de Santo André da Borda





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Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola
15 de março de 1555, terça-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:04
Relacionamentos
 Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (5) Maximilien François Marie Isidore de Robespierre (1758-1794), Carlos V (55 anos), José de Anchieta (21 anos), Luís da Grã (n.1523), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (85 anos)
 Temas (7): Canibalismo, Carijós/Guaranis, Escolas, Goayaó, Guaianás, Léguas, Nheengatu





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Rio de Janeiro, São Vicente ou Santos: Onde estava Mem de Sá?
31 de março de 1560, quinta-feira. Atualizado em 31/03/2025 02:57:26
Relacionamentos
 Cidades (5): Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Mem de Sá (60 anos)
 Temas (3): Guaianás, São Paulo de Piratininga, Vila de Santo André da Borda

    8 Fontes
  3 fontes relacionadas

•  “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
1 de janeiro de 1797, domingo
Depois de contenderem alguns anos por este modo, chegaram finalmente os padres a cantar a vitória; porque achando-se em S. Vicente o governador-geral Mem de Sá em 1560, tais razões lhe propôs o Pe. Nóbrega, a quem ele muito venerava, que persuadido delas, mandou extinguir a Vila de Santo André, e mudar o Pelourinho para defronte do colégio:

executou-se a ordem no mesmo ano, e daí por diante ficou a povoação na classe das vilas com o título de S. Paulo de Piratininga, que conservava desde o seu princípio. Os guaianases oriundos de Piratininga, e mais índios ali moradores, vendo que iam concorrendo portugueses, e ocupando as suas terras, desampararam S. Paulo, e foram situar-se em duas aldeias, que novamente edificaram, uma com o título de Nossa Senhora dos Pinheiros, e outra com a invocação de S. Miguel. [Página 105]

Na igreja desta nova fundação se disse a primeira missa aos 25 de janeiro, dia em que a Igreja celebra a Conversão do Doutor das Gentes, e por isso ficou chamando-se de São Paulo aquela casa, e depois também uma vila, hoje cidade, que posteriormente se levantou junto ao Colégio em 1560, por súplicas dos padres e ordens do Governador Geral Mem de Sá, o qual extinguiu outra mais antiga, chamada de Santo André, erigido por João Ramalho e seus filhos na borda do Campo, e perto do lugar aonde agora vemos a capela de São Bernardo, obrigando os moradores da primeira a se transmigrarem para o sítio do Colégio, distante coisa de três léguas.

Antes disso havia mudado para o mesmo sítio a sua aldeia o Regulo Tiberiçá, desamparando o solar de seus maiores, que estavam junto ao rio Tietê (o original escreve "Rio Grande"), em distância de meia légua; e vindo fazer a sua casa no solo, que agora ocupa o Mosteiro de São Bento. Também havia se mudado Caiuby ou Cayobig, senhor Iaraybatiba, e outros: depois de se criar vila em São Paulo, todos estes nativos, a quem os portugueses antigos chamavam parceiros e compadres, foram habitar nas aldeias de Pinheiros e São Miguel, povoados nelas senhoras, e naturais de Piratininga. [Páginas 367, 368 e 369]

•  “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
1 de janeiro de 1937, sexta-feira
Em março de 1560 verifica-se a chegada de Mem de Sá á vila de Santos. Dois fatos importantes se registram: é extinta a vila de Santo André da Borda do Campo, onde Ramalho entravava o desenvolvimento da colonização de serra-acima com a sua extranha adesão aos trabalhos portugueses e dificultava a obra da catequese com os seus exemplos de desenfreada poligamia, erigindo-se em vila o povoado de 1554, São Paulo de Piratininga, fruto dos trabalhos de Nóbrega e da dedicação dos seus companheiros; e, junto á vila de Santos, próximo ao ribeirão de Itotoró, é construído o Forte da Vila, para sossego dos moradores. Nessa ocasião, partindo Mem de Sá, levou do Porto de Santos e da vizinha vila de São Vicente, algumas forças e embarcações ligeiras para combate aos francese de Villegaignon que infestavam o Rio de Janeiro. [Páginas 258 e 259]

•  “Viagem à provincia de São Paulo e Resumo das viagens ao Brasil, provincia Cisplatina e missões do Paraguai”. Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853)
1 de janeiro de 1940, segunda-feira
Encontrei, durante o dia, um grande número de muares que, carregados de açúcar, iam de Itú para Santos; encontrei também um enorme rabanho de bois conduzidos da cidade de Curitiba para a capital do país. Isso serve para demonstrar que não me encontrava numa região deserta; entretanto afora a vila de Pinheiros, não ví senão um pequeno número de casas, e não encontrei plantação.

Foi a cerca de de 1/4 de légua da casa de Joaquim Roberto que passei pela vila a que acabo de me referir, antiga aldeia formada outrora por certo número de nativos de nação guaianaz. As casas dessa vila são esparsas e construídas inteiramente como as dos luso-brasileiros; mas, todas são muito pequenas e em mau estado de conservação, algumas foram até completamente abandonadas. A igreja é muito bonita na parte exterior, mas também é muito pequena.

Não é lícito acreditar que ainda até presentemente os habitantes da aldeia de Pinheiros sejam todos indivíduos de raça americana perfeitamente pura, porquanto essa aldeia existe a muitíssimo anos. Muito próxima de São Paulo, seus habitantes mantem relações frequentes com os brancos e, sobretudo, com os mulatos e negros; assim, a maior parte das pessoas que vi, quer à porta das casas, quer na estrada, acusava evidentes traços do seu sangue mesclado.

É sabido que, quando Anchieta lançou os primeiros fundamentos de São Paulo, vários chefes nativos guaianazes, atraídos pelas virtudes desse homem venerável, reuniram-se com suas tribos, à escassa população da vila em formação. Esses nativos, entretanto, viam os portugueses, cada vez mais numerosos, apossarem-se de suas terras, razão pela qual abandonaram São Paulo, onde permaneciam desde dilatado número de anos, indo fixar-se (1560) nas duas aldeias que formaram, uma sob a invocação de Nossa Senhora dos Pinheiros, a outra, sob a proteção do arcanjo São Miguel. Alguns anos mais tardeo delegado de Lopo de Sousa, donatário da capitania de São Vicente, concedeu aos habitantes de Pinheiros 6 léguas quadradas de terras, na região de Carapicuiva, e outro tanto, na região do Uruguai, aos de São Miguel (403).

Gaspar da Madre de Deus, Mem S. Vicente Eis que de maneira se expressa o autor a quém devemos preciosas informações sobre os nativos de Queluz, de Itapeva e de Grapuava:

"Quando da invasão dos conquistadores, os guaianazes não puderam acompanhar as tribos de sua nação que procuraram, em meio das florestas, um refúgio contra a escravidão e a morte. Os que permaneceram na região, fatigados por trinta anos de uma vida nômade e pelos longos sofrimentos que padeceram, cederam, afinal, ante a força das circunstâncias; déram a entender que queriam a paz e que submeter-se-iam completamente ao serviço dos brancos, sob a condição, porém, de que viveriam em comum entre si, mas separados daqueles... Foram atendidos. Sabemos, por tradição, que a aldeia dos Pinheiros... foi fundada em 1560."

(...) Mas, na realidade, não poderia ser assim, pois que Pêro Lopes de Sousa desapareceu durante uma viagem que empreendeu em 1539, sem que houvesse qualquer notícia, desde então, a seu respeito (Gasp, da Madre de Deus, Mem., 162), e que a concessão ocorreu em 1580. [Páginas 215 e 216]





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Registro de terras
12 de agosto de 1560, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:52:04
Relacionamentos
 Cidades (3): Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (9) Caiubi, senhor de Geribatiba, Domingos Luís Grou (60 anos), João Paes (1580-1664), Luís da Grã (n.1523), Bartolomeu Carrasco (f.1571), Pedro Collaço Vilela, Suzana Rodrigues (n.1559), Mestre Bartholomeu Fernandes, Bartholomeu Fernandes Cabral (42 anos)
 Temas (19): Caminho do gado, Caminho do Ibirapuera/Carro, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Jeribatiba (Santo Amaro), Jesuítas, Jurubatuba, Geraibatiba, Léguas, Nossa Senhora da Assunção, Pela primeira vez, Rio Geribatiba, Rio Pinheiros, Santo Mauro, São Paulo de Piratininga, Ybyrpuêra, “o Rio Grande”, Estradas antigas, Vila de Santo André da Borda, Piratininga





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Estabelecimento da Vila Nossa Senhora d´Ajuda, na beira do Rio Tietê, para catequizar os guaianases
8 de Setembro de 1560, quinta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:37
Relacionamentos
 Cidades (3): Itaquaquecetuba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) José de Anchieta (26 anos)
 Temas (2): Guaianás, Rio Anhemby / Tietê





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Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri
11 de novembro de 1560, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:10
Relacionamentos
 Cidades (7): Barueri/SP, Itapetininga/SP, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Roque/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (5) Bartolomeu Carrasco (f.1571), Caiubi, senhor de Geribatiba, Domingos Luís Grou (60 anos), José de Anchieta (26 anos), Suzana Dias (20 anos)
 Temas (12): Bituruna, vuturuna, Cachoeira da Escada, Carijós/Guaranis, Ermidas, capelas e igrejas, Jeribatiba (Santo Amaro), Jesuítas, Jurubatuba, Geraibatiba, Nossa Senhora da Escada, Nossa Senhora de Montserrate, Ouro, Rio Pinheiros, Ybyrpuêra





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Cerco de Piratininga ou A Guerra de Piratininga
10 de julho de 1562, terça-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:12
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (4) Domingos Luís Grou (62 anos), Jagoanharó, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (92 anos), Piqueroby (1480-1552)
 Temas (7): Aldeia de Pinheiros, Carijós/Guaranis, Confederação dos Tamoios, Guaianás, Tamoios, Tupinambás, Tupiniquim





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Vitória de Tibiriça, cacique dos Guaianase de Piratininga
11 de julho de 1562, quarta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:12
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (6) Brás Gonçalves, o velho (38 anos), Domingos Luís Grou (62 anos), Francisco de Saavedra (n.1555), José de Anchieta (28 anos), Leonardo Nunes, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (92 anos)
 Temas (5): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Jesuítas, Pories, Rio Cubatão





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Falecimento do líder indígena Tibiriçá, cacique dos Guaianase de Piratininga significa o “principal da terra”
25 de dezembro de 1562, terça-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:36:38
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Francisco de Saavedra (n.1555), João Ramalho (76 anos), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (92 anos)
 Temas (1): Guaianás





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Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias
1580. Atualizado em 23/10/2025 15:38:06
Relacionamentos
 Cidades (5): Itaguara/MG, Osasco/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (8) Américo de Moura (1881-1953), Balthazar Fernandes (3 anos), Bartholomeu Fernandes Cabral (62 anos), Bartholomeu Fernandes Mourão (f.1650), Domingos Luís Grou (80 anos), Manuel Fernandes Ramos (55 anos), Pedro Rodrigues Cabral (1580-1621), Suzana Dias (40 anos)
 Temas (13): Cachoeira do Inferno, Cachoeiras, Ermidas, capelas e igrejas, Guayrá, Léguas, Mandiy, Metalurgia e siderurgia, Quitaúna, Rio Anhemby / Tietê, Santa Ana, Santo Antônio (Sorocaba), Tordesilhas, Ybyrpuêra

    20 fontes
  1 fonte relacionada

•  “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
1 de janeiro de 2014, quarta-feira
Baltazar Fernandes nasceu por volta de 1580, em São Paulo, nas proximidades do atual Ibirapuera, onde seu pai tinha fazenda. Ou pode ter nascido em Santa Ana de Parnaíba, onde viveu a família dos Fernandes por muitos anos. (...) Outra suposição: era setuagenário, cerca de 74 anos, quando se transferiu para a paragem de Sorocaba, em 1654.





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12 de outubro de 1580, domingo
Atualizado em 28/10/2025 07:16:44
Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro)
Cidades (9): Barueri/SP, Carapicuiba/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Itaporanga/SP, Itariri/SP, São Miguel Paulista/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (9): Afonso Sardinha, o Velho, André Fernandes, Antônio de Macedo (ou Saavedra), Cacique de Carapicuíba, Domingos Luís Grou, Francisco de Saavedra, Jerônimo Leitão, João Ramalho, Piqueroby
Temas (20): Aldeia de Pinheiros, Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Amazônia, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Guanga, Guaranis, Jaguaporecuba, Jesuítas, Nheengatu, Nossa Senhora da Escada, Rio Pinheiros, São Miguel dos Ururay, São Paulo de Piratininga, Ururay, Vila de Santo André da Borda, Ybyrpuêra
Algumas notas genealógicas
Data: 1886
Créditos: João Mendes de Almeida (1831-1898)livro de familia: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão : séculos XVI-XIX página 330
    6 fontes
  2 relacionadas

1°. João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
1886
A tribo Ururay ocuparia o território desde o vale de Ururay, da banda do norte, na serra de Paranapiacaba, seguindo o curso do Piquiroby (ora Rio Grande até que, encontrando o Rio Pequeno, toma o nome dos Pinheiros), a afluir no Anhemby (Tieté). A aldeia, portanto estaria á margem do Piquiroby, mais adiante, no vale de Ururay.

Alguns chronistas referem que os indigenas desta aldea foram transferidos posteriormente para S. Miguel que por isso foi denominado de Ururay; sendo capitão-mór, loco-tenente do então donatário Lopo de Souza, Jeronymo Leitão, o qual «concedeu-lhes terras por uma só sesmaria lavrada aos 12 de Outubro de 1580, na qual consignou aos Índios dos Pinheiros seis léguas em quadro na paragem chamada Carapicuiva, e outras tantas aos de S. Miguel em Ururay.

Parece que a antiga aldeia de Ururay de 1531, fora fraccionada em duas, logo que João Ramalho edificou a villa de Santo André e que os padres da Companhia de Jesus, fazendo demolir esta, fundaram a de S. Paulo, 15541560; pois que o titulo da sesmaria de 12 de Outubro de 1580 os presuppõe já estabelecidos nos dous lugares, Pinheiros e S. Miguel. E tanto mais provável é isso, quanto é sabido o costume dos indigenas de não manterem suas aldeãs muitos anos, no mesmo lugar.

Também Pedro Taques, Nobiliarchia Paulistana, na Revista do Instituto Histórico, Geográfico e Ethnographico do Brazil, XXXIV, parte primeira, página 31, referindo-se a João Pires, bisneto de Piqueroby, escreveu:

"Foi abundante em cabedaes, com estabelecimento de uma grandiosa fazenda de terras de cultura em uma légua de testada até o rio Macoroby, que lhe foi concedida de sesmaria em 1610, com o seu sertão para a serra de Juquery."  ver mais

2°. “Viagem à provincia de São Paulo e Resumo das viagens ao Brasil, provincia Cisplatina e missões do Paraguai”. Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853)
1940


    Registros relacionados
17 de setembro de 2000, domingo. Atualizado em 16/07/2025 04:11:26
1°. Historia De Itapeva SP e Fundação de Itapeva SP. blogpretomattos.blogspot.com




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Ata: em Santos "tupiniquins vem marchando"
13 de abril de 1590, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:31
Relacionamentos
 Cidades (4): Itanhaém/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (4) Afonso Sardinha, o Velho (59 anos), Belchior da Costa (23 anos), Jerônimo Leitão, José de Anchieta (56 anos)
 Temas (3): Guerra de Extermínio, Tupinaés, Tupiniquim





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Tendo retornado de uma expedição ao Espirito Santo, Martim de Sá conhece Knivet
1593. Atualizado em 25/10/2025 18:40:20
Relacionamentos
 Cidades (1): Rosana/SP
 Pessoas (4) Anthony Knivet (33 anos), Martim Correia de Sá (18 anos), Salvador Correia de Sá, O Velho (55 anos), Francisco de Saavedra (n.1555)





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D. Francisco enviou Martim de Sá no rastro de Gabriel Soares e Diogo Gonçalves Laço como administrador das minas
14 de outubro de 1597, terça-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:53
Relacionamentos
 Cidades (12): Itanhaém/SP, Itu/SP, Jundiaí/SP, Paraty/RJ, Peruíbe/SP, Pilar do Sul/SP, Rio de Janeiro/RJ, Salto de Itu/SP, Santos/SP, São Vicente/SP, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (7) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Anthony Knivet (1560-1649), Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Francisco de Sousa (1540-1611), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Martim Correia de Sá (1575-1632), Pedro Sarmiento de Gamboa (1532-1592)
 Temas (25): “Parateí”, Bairro Itavuvu, Cachoeiras, Caminho do Peabiru, Caminho Itú-Sorocaba, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Cruzes, Ermidas, capelas e igrejas, Geografia e Mapas, Grunstein (pedra verde), Japão/Japoneses, Ouro, Paranaitú, Peru, Porcos, Represa de Itupararanga, Rio Anhemby / Tietê, Rio Camandocaia, Rio Itapocú, Rio Sarapuy, Rio Sorocaba, Santa Ana, Tamoios, Tapuias, Vila Helena






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A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza
novembro de 1599. Atualizado em 30/10/2025 06:32:01
Relacionamentos
 Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Ibiúna/SP, Itu/SP, Salto de Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (7) Afonso Sardinha, o Velho (68 anos), Anthony Knivet (39 anos), Francisco de Sousa (59 anos), Gaspar Gomes Moalho, Martim Correia de Sá (24 anos), Pedro Sarmiento de Gamboa (1532-1592), Salvador Correia de Sá e Benevides (5 anos)
 Temas (21): Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho de Piratininga, Caucaya de Itupararanga, Comando de Policiamento do Interior-7, Ermidas, capelas e igrejas, Grunstein (pedra verde), Japão/Japoneses, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Itapocú, Rio Sapucaí, Rio Sarapuy, Rio Verde, Rio Waivaicari, Vaivary, Verde, Sabarabuçu, Sarapuy / Sapucay





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Republica
1600. Atualizado em 25/02/2025 04:39:11
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Temas (6): Guaianás, Léguas, Piratininga, República, Rio Piratininga, São Paulo de Piratininga





  Guaianase de Piratininga
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(...) vila de Itaquaquecetuba, fundada pelo padre José de Anchieta em 1560 (...) Essa vila foi um aldeamento de índios Guaianases que haviam sido trazidos das aldeias de Carapicuiba e Guarapiranga; uma parte dos índios desse aldeamento foi, em 1622, transferida para o aldeamento de São Miguel, onde havia uma igreja nova.
1622. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (2): Itaquaquecetuba/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) José de Anchieta (1534-1597), Padre João Alvares
 Temas (3): Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Boigy, Ermidas, capelas e igrejas





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1624
Atualizado em 28/10/2025 08:37:30
Fundação da Aldeia de Pinheiros / São Miguel / Chefe Piqueroby dos Ururai
Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (4): Cacique de Carapicuíba, Francisco de Saavedra (n.1555), Jerônimo Leitão, Piqueroby (1480-1552)
Temas (5): Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Ermidas, capelas e igrejas, Fazendas, Nossa Senhora da Escada, Vila de Santo André da Borda




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Inventário e Testamento de Henrique da Cunha nas Pousadas e fazenda que foi de Henrique da Cunha o velho
5 de março de 1624, terça-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:39:28
Relacionamentos
 Cidades (4): Paranaguá/PR, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Votorantim/SP
 Pessoas (7) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Catarina de Unhate (n.1582), Christovão da Cunha de Unhatte (4 anos), Diogo de Unhate (1535-1617), Francisco Borges, Henrique da Cunha, velho (64 anos), Luiz Furtado (34 anos)
 Temas (10): Algodão, Carijós/Guaranis, Farinha e mandioca, Gados, Guaianás, Milho, Nossa Senhora da Conceição, Orubuapira, Temiminós, Uurubuapira





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3 de setembro de 1635, segunda-feira
Atualizado em 28/10/2025 07:16:39
Padre João Alvares possuía uma data de terra que foi registrada na capitania de São Vicente em e que mais tarde deu origem à cidade de Ferraz de Vasconcelos
Cidades (1): São Vicente/SP
Pessoas (2): Padre João Alvares, Cacique de Carapicuíba
Temas (3): Santa Ana das Cruzes, Capitania de São Vicente, Cabusú




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1660
Atualizado em 28/10/2025 08:37:30
Caminho Velho, caminho dos Guayanase
Temas (2): Estradas antigas, Serra da Mantiqueira




  Guaianase de Piratininga
  36º de 76
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Carta de Pedro Taques de Almeida Pais Leme 1714- 1777) ao Frei Gaspar da Madre de Deus 1715- 1800)
1777. Atualizado em 24/10/2025 02:36:33
Relacionamentos
 Pessoas (3) Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Piqueroby (1480-1552), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
 Temas (2): Guaianás, Caciques






  Guaianase de Piratininga
  37º de 76
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“Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
1797. Atualizado em 28/10/2025 17:04:59
Relacionamentos
 Cidades (9): Araçoiaba da Serra/SP, Bertioga/SP, Lisboa/POR, Mogi das Cruzes/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (15) Amador Bueno de Ribeira (1584-1649), Ana Camacho, Ana Pimentel Henriques Maldonado (1500-1571), Bartolomeu Carrasco (f.1571), Brás Cubas (1507-1592), Caethana/Catharina Ramalho, Caiubi, senhor de Geribatiba, Domingos Garrucho, Gaspar da Madre de Deus (82 anos), João Ramalho (1486-1580), Joseph Vaissète (1685-1756), Luis de Góes, Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Pero Capico, Pierre-François-Xavier de Charlevoix (1682-1761)
 Temas (25): “o Rio Grande”, Caminho do Mar, Capitania de São Vicente, Colégios jesuítas, Colinas, Guaianás, Hospitais, Jesuítas, Léguas, Leis, decretos e emendas, Montanhas, Nossa Senhora dos Pinheiros, Pela primeira vez, Piratininga, Portos, República, Rio Anhemby / Tietê, Rio Mboy, Rio Mogy, Rio Piratininga, Rio Tamanduatei, Santa Casa da Misericórdia, Trópico de Capricórnio, União Ibérica, Vila de Santo André da Borda





  Guaianase de Piratininga
  38º de 76
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Paróquia criada por José de Anchieta em 1560 foi suprimida depois por decreto
21 de março de 1831, segunda-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (1): Barueri/SP
 Pessoas (1) José de Anchieta (1534-1597)
 Temas (2): Guaianás, Nossa Senhora da Escada





  Guaianase de Piratininga
  39º de 76
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Itariri
1837. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (2): Itariri/SP, Sorocaba/SP
 Temas (3): Guaianás, Rio Itariry, Rio Juquiá





  Guaianase de Piratininga
  40º de 76
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Anno Biographico Brazileiro por Joaquim Manoel de Macedo, volume III
1876. Atualizado em 23/10/2025 15:51:07
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, São Vicente/SP
 Pessoas (1) Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562)
 Temas (6): Caminho do Mar, Confederação dos Tamoios, Guaianás, Pela primeira vez, Serra do Mar, Tamoios
Registro mencionado
1. Nascimento de Tibiriçá, filho do Cacique Amyipaguana
1470

Ainda assim João Ramalho Tebyreçá poderia pouco, se o não fizesse poder muito o morubixaba, pai de sua consorte. Por João Ramalho, Tebyreçá recebeu, auxiliou os portuguezes, e foi bom amigo de Martim Affonso de Souza; cujos dous primeiros nomes tomou, quando annos mais tarde os jezuitas o baptizarão. O mais valente e respeitado chefe dos guayanazes, ramo da tribo dos tamoyos, Tebyreçá foi em São Paulo o mais forte elemento auxiliar da conquista dos portuguezes.

Em 1553 os jezuitas passarão de S. Vicente para além da Serra do Mar e forão fundar o Collegio de S. Paulo, berço da villa e depois cidade do mesmo nome. Tebyreçá, que então provavelmente tomou com o baptismo o nome de Martim Affonso de Mello ligou se á elles e logo ainda mais amigo daquelles padres, do que do proprio João Ramalho, em 1554 foi principalmente o seu braço de bravo e forte guerreiro, e o seu poder sobre os indios de sua cabilda, que salvarão os jezuitas e o seu collegio de ataque tremendo que contra elles dirigirão muitos colonos portuguezes e mamelucos.

Ultimo e supremo serviço, que veio á custar-lhe a vida, prestou o já velho, mas herculeo indio Martin Affonso de Mello , o Tebyreçá em 1562.

Os tamoyos que erão senhores de todo o paiz desde um pouco além de Cabo- Frio até S. Vicente, formarão poderosa conjuração de muitos chefes e cabildas contra os portuguezes cujo poder no sul do Brazil achou-se consequentemente no maior perigo . Levando a destruição á muitos estabelecimentos ruraes , vencedores em mais de um ponto, animados pelas victorias e pelo numero avultado dos combatentes, avançarão ameaçadoramente sobre S. Paulo. Tebyreçá, velho ; mais ainda herculeo, adevinhára, e pronnunciára o projecto dos tamoyos confederados. O ataque de S. Paulo effectuou-se : foi horrivel e sanguinolenta a peleja, os tamoyos foram rechaçados, um dos seus chefes principaes morreu em combate ás mãos do bravo chefe guayanaz, á quem de accordo todos conferirão as honras da vitória. [p. 589 e 590]

Do heróe portuguez Martin Affonso de Souza dous indios do Brazil tomarão no baptismo os nomes. Um foi Martin Affonso de Mello, o Tabyreçá. Outro foi Martin Affonso de Souza, o Ararigboya, E ambos esses indios forão tambem heroes. [p. 591]
Registros mencionados (1)
1470 - Nascimento de Tibiriçá, filho do Cacique Amyipaguana [192]





  Guaianase de Piratininga
  41º de 76
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João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
1886. Atualizado em 30/10/2025 18:29:08
Relacionamentos
 Cidades (9): Bertioga/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Curitiba/PR, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Miguel Paulista/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (44) Amador Bueno de Ribeira (1584-1649), Américo Vespúcio (1454-1512), Ana Camacho, Antonio de Aguiar Barriga (1600-1655), Antonio Pedroso de Barros (1610-1652), Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartholomeu Bueno I (1555-1620), Bernarda Luiz Camacho, Brás Cubas (1507-1592), Caiubi, senhor de Geribatiba, Diogo Garcia de Moguér, Domingos Luis Carvoeiro (1540-1615), Domingos Luís Grou (1500-1590), Fernão d’Álvares (n.1500), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Dias Velho (f.1689), Francisco Dias, Mais velho (1578-1645), Francisco Luís Carneiro de Sousa (1640-1708), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Inês Monteiro de Alvarenga, João Mendes de Almeida (55 anos), João Pires de Medeiros, João Pires, o gago (1500-1567), João Ramalho (1486-1580), Jorge Ferreira (1493-1591), José de Anchieta (1534-1597), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Maria Pires de Medeiros, Maria Pires Fernandes, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Matheus da Ascenção, Mauro Teixeira, Mécia Rodrigues (1602-1665), Mecla-Açu (Mécia Fernandes) (1557-1625), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Pero (Pedro) de Góes, Pero Capico, Piqueroby (1480-1552), Ruy Pinto (f.1549), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Salvador Pires de Medeiros (1580-1654), Salvador Pires, moço (1570-1616)
 Temas (57): “o Rio Grande”, Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Apiassava das canoas, Bacaetava / Cahativa, Biscainhos, Caciques, Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Descobrimento do Brazil, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Fortes/Fortalezas, Gentios, Goayaó, Graus, Grunstein (pedra verde), Guaianás, Ibiapaba, Ipiranga, Itacoatiara - Ilha do Cardoso, Léguas, Mequeriby, Morpion, Mosteiro de São Bento SP, Nheengatu, Nossa Senhora da Luz, Nossa Senhora da Visitação, Nossa Senhora de Montserrate, O Sol, Ordem de Cristo, Patuahy, Porto das Almadias, Rio Amazonas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Cubatão, Rio Cubatão (Nhundiaquara), Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Geribatiba, Rio Juquiri, Rio Pinheiros, Rio Piratininga, Rio Tamanduatei, São Paulo de Piratininga, Serra de Paranapiacaba, Tabajaras, Taperovira, Tapuias, Tumiaru, Tupinambás, Tupiniquim, Ururay, Vale do Anhangabaú, Vila de Santo André da Borda, Ytá-pé-bae, Ytutinga
Registros mencionados (6)
1. Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay
1480

Há na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby, eis que Martim Afonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininga e começou a distribuir sesmarias.

Um cronista moderno (Machado de Oliveira, Quadro Histórico da Província de São Paulo), narrando quais eram as nações nativa que habitavam o território da capitania de São Vicente, nos limites da atual província de São Paulo, guayanás, tupis, carijós, além das do sertão, e expondo que os guayanás tinham por principais chefes em serra acima, o cacique Tebyreçá, com aldeias nos campos de Pirá-tininga, e no litoral o cacique Cayubi, ou, melhor, Cahá-uby, com aldeias á margem do rio Gerybatiba e em outros pontos da costa, de sorte que a serra de Paranapiacaba servia de linha de separação a essas duas confederações, acrescentou:

"A História ainda faz menção a tribo Ururay, pertencente á confederação guayaná, ocupando um dos recantos dos campos de Pirá-tininga, e tendo por chefe o cacique Piqueroby, que déra sua filha por mulher a Antonio Rodrigues, companheiro de João Ramalho, e talvez sócio com este em seu desterro. Desta tribo fundou-se a opulenta aldeia de São Miguel, que, como as outras, não escapou á comum destruição por que todas elas passaram."

Após essa narração, o mesmo cronista não deixa de mencionar o chefe das tribo Ururay, por ocasião da descida de Tebyreçá e de João Ramalho, com trezentos sagitários, ao encontro de Martim Afonso de Souza: mas, apenas, para assinalar que foi precisa a sua anuência ao plano de bem receber os portugueses da armada.

Assim escreveu ele que João Ramalho "tivera por companheiro nessa empresa a Antonio Rodrigues, que aliara-se á filha de Piqueroby, chefe da tribo Ururay, depois de conseguir deste, á imitação do régulo de Pirá-tininga, sua anuência a favor do desembarque de Martim Afonso".

De então em diante, cronista algum dá notícia de Piqueroby. Ignora-se se recebeu o batismo; se viveu ainda muito tempo; se recusou-se á comunhão social com os portugueses. Apenas a História registra que Antonio Rodrigues, seu genro, obtivera uma sesmaria em terras fronteiras ao porto do Tumiarú, em São Vicente, e aí residia; e que na sesmarias de Pedro de Góes, segundo o respectivo título, fôra encravado o território pertencente á tribo Ururay, figurando de língua ou interprete, e testemunha, na designação das divisas, conjuntamente com João Ramalho, o mesmo já referido Antonio Rodrigues. [p332 a p336]

Seja, porém, Piquiroby o mesmo Ururay, de que trata Machado de Oliveira, ou o Araray de que trata Azevedo Marques, ou seja este chefe de 1562 outro individuo, diverso de Piquiroby não é licito acusa-lo de deslealdade para com os brancos, pois que entendia defender a pátria e sua raça, ameaçadas de servidão. Talvez o chefe de 1562, vendo Tebýriça instalado na nascente vila de S. Paulo, tivesse o mesmo pensamento do bárbaro germano Arminio, quando Júlio César, conseguindo a submissão de Segestes, outro chefe naquela antiga nação barbara da Europa, assegurou-lhe um asilo permanente na mesma sua província conquistada.

O chefe brazilico de 1562 teria dito aos nativos de Pirá-tininga:

"Que pai magnifico! Que valente general! Muito embora Tebir-içá vá viver em um terreno conquistado, os filhos da guerra nunca poderão perdoar a um homem que, entre os rios Yryri-piranga e Anhemby, não sente pejo de haver concorrido para se verem todas as insignias do poder lusitano. Assim, se entre vós ainda existem ânimos bizarros, que a novos senhores e a novas colônias prefiram a pátria, os parentes, os costumes antigos, segui-me pelo caminho da gloria e da liberdade, e abominae Tebiriçá, que vos prepara os ferros de uma torpe escravidão" [Página 337]
2. Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos”
22 de janeiro de 1532

Ha na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby, eis que Martim Afonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininga e começou a distribuir sesmarias.

Um cronista moderno (Machado de Oliveira, Quadro Histórico da Província de São Paulo), narrando quais eram as nações nativa que habitavam o território da capitania de São Vicente, nos limites da atual província de São Paulo, guayanás, tupis, carijós, além das do sertão, e expondo que os guayanás tinham por principais chefes em serra acima, o cacique Tebyreçá, com aldeias nos campos de Pirá-tininga, e no litoral o cacique Cayubi, ou, melhor, Coká-uby, com aldeias á margem do rio Gerybatiba e em outros pontos da costa, de sorte que a serra de Paranapiacaba servia de linha de separação a essas duas confederações, acrescentou:

"A História ainda faz menção a tribo Ururay, pertencente á confederação guayaná, ocupando um dos recantos dos campos de Pirá-tininga, e tendo por chefe o cacique Piqueroby, que déra sua filha por mulher a Antonio Rodrigues, companheiro de João Ramalho, e talvez sócio com este em seu desterro. Desta tribo fundou-se a opulenta aldeia de São Miguel, que, como as outras, não escapou á comum destruição por que todas elas passaram."

Após essa narração, o mesmo cronista não deixa de mencionar o chefe das tribo Ururay, por ocasião da descida de Tebyreçá e de João Ramalho, com trezentos Sagitários, ao encontro de Martim Afonso de Souza; mas, apenas, para assignalar que foi precisa a sua anuência ao desembarque dos europeus e ao plano de bem receber os portugueses da armada.

Assim, escreveu ele que João Ramalho « tivera por companheiro nessa empreza a António Rodrigues, que aliara-se á filha de Piqueroby, chefe da tribu Uriíray^ depois de conseguir deste, à imitação do régulo de Pirá-tininga, sua anuência a favor do desembarque de Martim Affonso.

De então em diante, cronista algum dá notícia de Piqueroby. Ignora-se se recebeu o batismo; se viveu ainda muito tempo; se recusou-se á comunhão social com os portugueses. Apenas a História registra que Antonio Rodrigues, seu genro, obtivera uma sesmaria em terras fronteiras ao porto do Tumiarú, em São Vicente, e aí residia; e que na sesmarias de Pedro de Góes, segundo o respectivo título, fôra encravado o território pertencente á tribo Ururay, figurando de língua ou interprete, e testemunha, na designação das divisas, conjuntamente com João Ramalho, o mesmo já referido Antonio Rodrigues.Seja, porém, Piqueroby o mesmo Ururay, de que trata Machado de Oliveira, ou o Araray de que trata Azevedo Marques, ou seja este chefe de 1562 outro individuo, diverso dele, não é licito acusa-lo de deslealdade para com os brancos, pois que entendia defender a pátria e sua raça, ameaçadas de servidão.

Talvez o chefe de 1562, vendo Tebýriça instalado na nascente vila de S. Paulo, tivesse o mesmo pensamento do bárbaro germano Arminio, quando Júlio César, conseguindo a submissão de Segestes, outro chefe naquela antiga nação barbara da Europa, assegurou-lhe um asilo permanente na mesma sua província conquistada. O chefe brazilico de 1562 teria dito aos nativos de Pirá-tininga:

"Que pai magnifico! Que valente general! Muito embora Tebir-içá vá viver em um terreno conquistado, os filhos da guerra nunca poderão perdoar a um homem que, entre os rios Yryri-piranga e Anhemby, não sente pejo de haver concorrido para se verem todas as insignias do poder lusitano. Assim, se entre vós ainda existem ânimos bizarros, que a novos senhores e a novas colônias prefiram a pátria, os parentes, os costumes antigos, segui-me pelo caminho da gloria e da liberdade, e abominae Tebiriçá, que vos prepara os ferros de uma torpe escravidão".
3. Ramalho aproxima-se á Jerybatuba três dias depois da chegada de Martim Afonso á Bertioga
25 de janeiro de 1532

Um cronista "moderno", José Joaquim Machado de Oliveira (1790-1867), narrando quais eram as nações nativa que habitavam o território da capitania de São Vicente, nos limites da atual província de São Paulo, guayanás, tupis, carijós, além das do sertão, e expondo que os guayanás tinham por principais chefes em serra acima, o cacique Tebyreçá, com aldeias nos campos de Pirá-tininga, e no litoral o cacique Cayubi, ou, melhor, Cahá-uby, com aldeias á margem do rio Gerybatiba e em outros pontos da costa, de sorte que a serra de Paranapiacaba servia de linha de separação a essas duas confederações, acrescentou:

"A História ainda faz menção a tribo Ururay, pertencente á confederação guayaná, ocupando um dos recantos dos campos de Pirá-tininga, e tendo por chefe o cacique Piqueroby, que déra sua filha por mulher a Antonio Rodrigues, companheiro de João Ramalho, e talvez sócio com este em seu desterro. Desta tribo fundou-se a opulenta aldeia de São Miguel, que, como as outras, não escapou á comum destruição por que todas elas passaram."

Após essa narração, o mesmo cronista não deixa de mencionar o chefe das tribo Ururay, por ocasião da descida de Tebyreçá e de João Ramalho, com trezentos sagitários, ao encontro de Martim Afonso de Souza: mas, apenas, para assinalar que foi precisa a sua anuência ao plano de bem receber os portugueses da armada.

Assim escreveu ele que João Ramalho "tivera por companheiro nessa empresa a Antonio Rodrigues, que aliara-se á filha de Piqueroby, chefe da tribo Ururay, depois de conseguir deste, á imitação do régulo de Pirá-tininga, sua anuência a favor do desembarque de Martim Afonso".

então em diante, cronista algum dá notícia de Piqueroby. Ignora-se se recebeu o batismo; se viveu ainda muito tempo; se recusou-se á comunhão social com os portugueses. Apenas a História registra que Antonio Rodrigues, seu genro, obtivera uma sesmaria em terras fronteiras ao porto do Tumiarú, em São Vicente, e aí residia; e que na sesmarias de Pedro de Góes, segundo o respectivo título, fôra encravado o território pertencente á tribo Ururay, figurando de língua ou interprete, e testemunha, na designação das divisas, conjuntamente com João Ramalho, o mesmo já referido Antonio Rodrigues.Seja, porém, Piqueroby o mesmo Ururay, de que trata Machado de Oliveira, ou o Araray de que trata Azevedo Marques, ou seja este chefe de 1562 outro individuo, diverso dele, não é licito acusa-lo de deslealdade para com os brancos, pois que entendia defender a pátria e sua raça, ameaçadas de servidão.

Talvez o chefe de 1562, vendo Tebýriça instalado na nascente vila de S. Paulo, tivesse o mesmo pensamento do bárbaro germano Arminio, quando Júlio César, conseguindo a submissão de Segestes, outro chefe naquela antiga nação barbara da Europa, assegurou-lhe um asilo permanente na mesma sua província conquistada. O chefe brazilico de 1562 teria dito aos nativos de Pirá-tininga:

"Que pai magnifico! Que valente general! Muito embora Tebir-içá vá viver em um terreno conquistado, os filhos da guerra nunca poderão perdoar a um homem que, entre os rios Yryri-piranga e Anhemby, não sente pejo de haver concorrido para se verem todas as insignias do poder lusitano. Assim, se entre vós ainda existem ânimos bizarros, que a novos senhores e a novas colônias prefiram a pátria, os parentes, os costumes antigos, segui-me pelo caminho da gloria e da liberdade, e abominae Tebiriçá, que vos prepara os ferros de uma torpe escravidão".
4. Cerco de Piratininga ou A Guerra de Piratininga
10 de julho de 1562

Ha na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby. visto que a cronica não refere senão três, Tebir-içá, Piquiroby e Cayubi, quando Martim Afonso de Souza aportou á Buriqui-óca, ou, por corrupção, Bertioga. Aliás, foi o chefe que "não preservou em lealdade para com os brancos".

Não é licito acusa este chefe de deslealdade em 1562 para com os brancos, pois que entendia defender a pátria e sua raça, ameaçadas de servidão. Talvez o chefe de 1562, vendo Tebýriça instalado na nascente vila de S. Paulo, tivesse o mesmo pensamento do bárbaro germano Arminio, quando Júlio César, conseguindo a submissão de Segestes, outro chefe naquela antiga nação barbara da Europa, assegurou-lhe um asilo permanente na mesma sua província conquistada.

O chefe brazilico de 1562 teria dito aos nativos de Pirá-tininga:

"Que pai magnifico! Que valente general! Muito embora Tebir-içá vá viver em um terreno conquistado, os filhos da guerra nunca poderão perdoar a um homem que, entre os rios Yryri-piranga e Anhemby, não sente pejo de haver concorrido para se verem todas as insignias do poder lusitano. Assim, se entre vós ainda existem ânimos bizarros, que a novos senhores e a novas colônias prefiram a pátria, os parentes, os costumes antigos, segui-me pelo caminho da gloria e da liberdade, e abominae Tebiriçá, que vos prepara os ferros de uma torpe escravidão" [P. 337]
5. Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro)
12 de outubro de 1580

A tribo Ururay ocuparia o território desde o vale de Ururay, da banda do norte, na serra de Paranapiacaba, seguindo o curso do Piquiroby (ora Rio Grande até que, encontrando o Rio Pequeno, toma o nome dos Pinheiros), a afluir no Anhemby (Tieté). A aldeia, portanto estaria á margem do Piquiroby, mais adiante, no vale de Ururay.

Alguns chronistas referem que os indigenas desta aldea foram transferidos posteriormente para S. Miguel que por isso foi denominado de Ururay; sendo capitão-mór, loco-tenente do então donatário Lopo de Souza, Jeronymo Leitão, o qual «concedeu-lhes terras por uma só sesmaria lavrada aos 12 de Outubro de 1580, na qual consignou aos Índios dos Pinheiros seis léguas em quadro na paragem chamada Carapicuiva, e outras tantas aos de S. Miguel em Ururay.

Parece que a antiga aldeia de Ururay de 1531, fora fraccionada em duas, logo que João Ramalho edificou a villa de Santo André e que os padres da Companhia de Jesus, fazendo demolir esta, fundaram a de S. Paulo, 1554 — 1560; pois que o titulo da sesmaria de 12 de Outubro de 1580 os presuppõe já estabelecidos nos dous lugares, Pinheiros e S. Miguel. E tanto mais provável é isso, quanto é sabido o costume dos indigenas de não manterem suas aldeãs muitos anos, no mesmo lugar.

Também Pedro Taques, Nobiliarchia Paulistana, na Revista do Instituto Histórico, Geográfico e Ethnographico do Brazil, XXXIV, parte primeira, página 31, referindo-se a João Pires, bisneto de Piqueroby, escreveu:

"Foi abundante em cabedaes, com estabelecimento de uma grandiosa fazenda de terras de cultura em uma légua de testada até o rio Macoroby, que lhe foi concedida de sesmaria em 1610, com o seu sertão para a serra de Juquery."
6. “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
1797

Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Memórias para a história da capitania de São Vicente, I, em nota ao § 154, afirma que Pirá-tininga, ou Piratinim, é um ribeiro, afluente do Tieté: e faz referência ao auto de demarcação das terras de Braz Cubas, feito em São Paulo em 1633, além de uma carta de sesmaria, passada por Jorge Ferreira aos 9 de agosto de 1567.

Supõe mesmo que seja o Tamanduatehy. Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), porém nos Apontamentos históricos, geográficos, biográficos, estatísticos e noticiosos da província de São Paulo, no nome Piratininga, o refuta com vantagem, dizendo que, se em documentos antigos ha a palavra rio de Piratininga, é significando que pelos campos desse nome passa um rio. Em verdade, não há notícia de tal rio Pirá-tininga. [Páginas 332, 333, 334, 335 e 336]
Registros mencionados (54)
1480 - Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay [22414]
27/06/1499 - O navegador espanhol Alonso de Hojeda avista uma terra alagada. O visconde de Porto Seguro supõe que essa terra fosse a das bocas do Açu ou do Apodi, no Rio Grande do Norte. [11225]
22/04/1500 - O “Descobrimento” do Brasil [20175]
01/05/1500 - Cartas de Caminha e do Mestre João Emenelau Farás [7461]
07/09/1502 - André Gonçalves e Américo Vespúcio chegam a Lisboa depois de terem feito a primeira exploração do litoral brasileiro, do cabo de São Roque a Cananéia. [11875]
10/05/1503 - Resolveu El-Rei D. Manoel nova expedição, sob o comando de Gonçalo Coelho, com o titulo de capitão-mór [21936]
01/01/1527 - Chegada de Diogo Garcia de Moguer [21461]
22/01/1531 - Bertioga [26243]
03/03/1531 - Concedidas terras a Bras Cubas “que for da conquista de El-Rey nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba” [25971]
22/01/1532 - Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos” [9728]
25/01/1532 - Ramalho aproxima-se á Jerybatuba três dias depois da chegada de Martim Afonso á Bertioga [27125]
10/02/1532 - Sesmaria a Ruy Pinto [24364]
10/10/1532 - Martim Afonso concede sesmarias [21966]
15/10/1532 - (...) quinze dias do mês de outubro, e em a ilha de São Vicente, dentro da fortaleza, por Pedro de Góes, fidalgo da casa de El-Rei Nosso Senhor, foi apresentada a mim escrivão ao diante nomeado uma carta de doação de certas terras que o muito magnífico Senhor Martim Afonso de Souza, do conselho de El Rei. Nosso Senhor, governador em todas estas terras do Brasil, deu ao dito Pedro de Góis, por virtude de um poder paa isso lhe deu Sua Alteza, as quais terras se chama Tecoapara (*) e a serra de Tapurihetera que está da banda donde nasce o sol, águas vertentes com o rio de Gerybatyba, o qual rio e terras estão defronte (...) [25004]
30/11/1532 - Hoje não resta dúvida de que o fundador do primeiro núcleo de povoação em Piratininga foi Martim Afonso de Souza [21818]
10/02/1533 - Sesmaria a Ruy Pinto, cavaleiro da Ordem de Cristo [21990]
04/04/1538 - Concessão de sesmaria no Ypiranga [22004]
01/11/1549 - Leonardo Nunes, o único jesuíta ferreiro, com mais 10 ou 12 meninos e alguns Carijós (Guaranis) partiu para São Vicente [20814]
1553 - Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira [19181]
08/09/1553 - João Ramalho fundou uma povoação / vila de Santo André [20042]
1554 - Elevação de Santo André da Borda do Campo a vila é confirmada por Bras Cubas [22052]
25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi [8156]
22/09/1557 - Antonio Rodrigues de Almeida feito capitão-mór governador e ouvidor ela capitania ele Santo Amaro de Guaibe [21984]
22/01/1560 - Antonio Rodrigues de Almeida pede terras “(...) até se findar no rio da Tapera do Cacique e dali irá por ele abaixo até chegar ao dito regato, onde começou primeiro a partir, que será onde se vê o dito regato meter no rio Anhangavahy” [21983]
05/04/1560 - A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão [21938]
08/07/1562 - Anchieta: oitavo dia [23953]
10/07/1562 - Cerco de Piratininga ou A Guerra de Piratininga [8749]
16/04/1563 - “sendo coisa maravilhosa que se achavam ás flechadas irmãos com irmãos, primos com primos, sobrinhos com tios, e, o que mais é, dois filhos, que eram cristãos detestavam conosco contra seu pai, que era contra nós” [21989]
09/08/1567 - Sesmaria a João Ramalho [21982]
22/08/1567 - Cubatão [26274]
12/10/1580 - Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro) [20121]
17/03/1590 - A população de São Paulo recebia a notícia através de dois participantes de uma entrada [22292]
01/06/1592 - Após o falecimento do sogro solicitou terras para os pequenos cunhados* [20489]
04/07/1598 - Para a fundação do mosteiro foram concedidas pelo capitâo-mór Jorge Corrêa duas sesmarias, como vê-se no livro de registros na Thesouraria de Fazenda [21945]
15/04/1600 - Os oficiais da Câmara ratificaram, o que já havia sido feito por seus colegas, a Frei Mauro Teixeira [26681]
1609 - Obra do padre Fernão Guerreiro [21980]
1610 - Concedida sesmaria a João Pires, bisneto de Piqueroby [21988]
1625 - Falecimento de Mécia Fernandes [28370]
01/03/1638 - Bula papal à Companhia de Jesus a direção dos Índios* [21937]
18/05/1641 - Câmara de São Paulo cedeu [22001]
19/05/1641 - Fechamento do caminho do mar [23301]
07/06/1644 - Ordem do Rei D. João IV para a descoberta das "tais" minas de ouro e prata [21961]
03/06/1652 - Restituição dos padres jesuítas aos seis colégios [21985]
05/02/1654 - Tentativa de invasão da vila de São Paulo [22280]
09/02/1654 - Reunida a camará com o capitão-mór, e pessoas notáveis da vila, entre as quaes o visitador da Companhia de Jesus, o abade do mosteiro de S. Bento, o prior do convento do Carmo e o governador dòo convento de S. Francisco, ordens monásticas já existentes (*), é resolvido conservar a José Ortiz de Camargo no cargo de ouvidor, sem porém poder usar da provisão, até chegar o ouvidor sindicante. Este acordo, ao qual nâo se quiz sujeitar o referido Ortiz [22282]
15/11/1660 - Salvador Correia de Sá suspende do exercício de seus cargos o ouvidor Antonio Lopes de Medeiros e o juiz ordinário D. Simão de Toledo Piza [21956]
16/11/1660 - Lourenço Castanho Taques, um dos paulistas mais poderosos, escreve uma violenta carta aos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro [21957]
02/03/1661 - Após uma cavalgada de três dias, Balthazar solicita a Salvador Correia que Sorocaba seja elevada a categoria de "Vila" [6584]
28/04/1679 - Conde da Ilha do Príncipe reivindicou, perante a câmara de São Vicente, os seus direitos á antiga doação régia [25344]
05/05/1682 - Carta régia autorizando os paulistas Manuel Fernandes de Abreu, Jacinto Moreira Cabral e Martim Garcia Lombria a estabelecer fundições de ferro em Araçoiaba [10785]
23/03/1720 - Bartholomeu Paes de Abreu propos ao rei abrir um caminho pelo interior [22000]
23/05/1720 - Morro de Hybyticatú do termo da villa de Sorocaba [21026]
1797 - “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800) [22667]
1880 - Revista do Instituto Histórico, Geographico e Ethnographico do Brasil, XL [26244]





  Guaianase de Piratininga
  42º de 76
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1896
Atualizado em 28/10/2025 07:32:23
Publicação Oficial de Documentos Interessantes para a História e Costumes de São Paulo. Vol. IV
Cidades (5): Barueri/SP, Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (12): Afonso Sardinha, o Velho, Aleixo Garcia, Amador Bueno de Ribeira, Bartholomeu Bueno I, Gaspar da Madre de Deus, Luiz Lopes de Carvalho, Padre João de Almeida, Pedro Taques de Almeida Pais Leme, Piqueroby, Francisco I da Áustria, Rui Garcia de Moschera, Sebastião Caboto
Temas (11): Apiassava das canoas, Caciques, Carijós/Guaranis, Guaramimis, Ouro, Porto em Sorocaba, Portos, Prata, Fortes/Fortalezas, Buraco de Prata, Gentios
Publicação Oficial de Documentos Interessantes para a História e Costumes de São Paulo. Vol. IV
Data: 1896
Créditos: Página 14
    Registros relacionados
1480. Atualizado em 28/10/2025 01:26:10
1°. Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay
Carta de Pedro Taques de Almeida Pais Leme 1714- 1777) ao Frei Gaspar da Madre de Deus 1715- 1800): Piqueroby, cacique, chefe ou rei de uma das tribos Guaynases, que ocupavam a costa marítima de São Paulo no começo do século XVI. [Página 34]
22 de janeiro de 1531, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:20
2°. Bertioga
Piqueroby, cacique, chefe ou rei de uma das tribos Guaynases, que ocupavam a costa marítima de São Paulo no começo do século XVI. Parece que havia firme propósito da parte dos historiadores em ocultar a origem nativa de (um importante personagem da época).
25 de janeiro de 1532, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:21
3°. Ramalho aproxima-se á Jerybatuba três dias depois da chegada de Martim Afonso á Bertioga
1535. Atualizado em 24/10/2025 02:52:01
4°. Os espanhóis de Iguape, de que era chefe Ruiz García de Mosquera, ameaçados pelos portugueses de São Vicente (ver 22 de janeiro de 1532), fugiram para a ilha de Santa Catarina
Carta de Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) ao Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800):

(...) Entra o ano de 1530 até 1535, e narra o autor, que a Torre de Cabóto, que estava a entrada do Rio, que os espanhóis chamam Terceiro distante de Buenos Ayres 30 léguas, fora arruinada pelos nativos Timbues, e Ruy Moschera lhe havia feito algumas reparações, e não podendo nela conservar-se pelo furor dos nativos, embarcou-se com sua tropa, e saindo ao mar seguio a costa do Norte, e entrou em um porto cômodo, onde achou os naturais do país dispostos a fazerem com ele aliança, e fundou uma pequena fortaleza.

(Note V. Rev.ma., que este porto e Fortaleza que fundou Moschera foi em Cananéa, não dentro da Ilha, mas junto, ou defronte dela. Por este rio entravam os antigos sertanejos á conquista dos Carijós, Tupis, e Gentio chamado dos Patos; e por ele entrou o venerando padre João de Almeida, que recolheu com numeroso Gentio de nação Guarumines, que os aldeou em São Paulo em Maruery, como relata Vasconcelos na vida deste Santo Varão.) [Publicação Oficial de Documentos Interessantes para a História e Costumes de São Paulo. Vol. IV, 1896. Página 15]
1553. Atualizado em 23/10/2025 15:32:26
5°. Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira
25 de janeiro de 1554, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:28
6°. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi
Carta de Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) ao Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800):

Parece que havia firme propósito da parte dos historiadores em ocultar a origem indígena de Amador Bueno da Ribeira. pelo lado espanhol, o que é mais discutido e analisado por esses escritores coloniais, apenas conseguiram estes traçar a sua origem a duas gerações, sendo seu pai Batholomeu Bueno e seu avô D. Francisco Remires. [Carta de Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) ao Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800). Publicação Oficial de Documentos Interessantes para a História e Costumes de São Paulo. Vol. IV, 1896. Página 38]

Piqueroby, cacique, chefe ou rei de uma das tribos Guaynases, que ocupavam a costa marítima de São Paulo no começo do século XVI. [Carta de Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) ao Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800). Publicação Oficial de Documentos Interessantes para a História e Costumes de São Paulo. Vol. IV, 1896. Página 34]
1 de janeiro de 1679, domingo. Atualizado em 27/10/2025 01:19:17
7°. Luiz
Folhas 9 v.° sobre Luiz Lopes de Caró Descobridor de Minas de Prata em 1679; respondeu, que não parece isto a menor dúvida, assim, como não se opõem aquele antes dele, já Afonso Sardinha tenha descoberto Ouro em d.° Piraçoyaba, onde apareceram pedras das quais se extraíra prata. [Página 18]




  Guaianase de Piratininga
  43º de 76
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Dezembro de 1896
Atualizado em 28/10/2025 07:32:20
Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira*
Cidades (6): Bertioga/SP, Rio de Janeiro/RJ, São Bernardo do Campo/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (16): Amador Bueno de Ribeira, Antonio Rodrigues (Piqueroby), Belchior de Pontes , Caiubi, senhor de Geribatiba, Domingos Luís Grou, Gaspar da Madre de Deus, Jacques Le Balleur, Joanes de Bolés, João Ramalho, José de Anchieta, Martim Afonso de Melo Tibiriçá, Martim Afonso de Sousa, Mem de Sá, Pedro Leitão, Piqueroby, Simão de Vasconcelos
Temas (12): Confederação dos Tamoios, Conventos, Deus, Goayaó, Guaianás, Guaimbé, Ilha de Santo Amaro, Jeribatiba (Santo Amaro), Jurubatuba, Geraibatiba, Nossa Senhora da Expectação do Ó / Carmo, Tamoios, Vila de Santo André da Borda
Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira
Data: 1896
Créditos: Página 571
    Registros relacionados
3 de dezembro de 1530, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:20
1°. A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa partiu de Lisboa
22 de janeiro de 1532, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:21
2°. Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos”
22 de janeiro de 1532, junto á costa oriental da Ilha Indua-guassú - hoje São Vicente - ancorou Martim Afonso a sua armada que havia zarpado de Lisboa a 3 de Dezembro de 1530. Assombrados os nativos pescadores com a perspectiva das náos e temerosos da sua apropriação á costa, retraiam-se a seus alojamentos, pondo de sobre aviso a Cayubi que cauteloso foi logo dar fé desse acontecimento.

Explorado o litoral destas ilhas, e escolhido o da barra da Bertioga como o mais adequado para o desembarque de Martim Afonso e seu séquito, e depois de alijada a gente em terra com promptião, edificou-se na ilha de Santo Amaro em proximidades da barra, uma casa forte tanto para proteger o desembarque, como para alojar a gente que fosse posta em terra, e defende-la assim dos acometimentos das tribos selvagens, cuja existência era ali revelada pelos nativos que foram vistos á aproximação da armada.Concluída a obra e depois de se lhe assestar a artilharia que podia comportar, foi guarnecida de força armada, tomando-se necessário atitude em prevenção a qualquer eventualidade.

E porque toda essa lida fosse ás ocultas espreitada pelos nativos do litoral, chegou isso aos conhecimento de Tebyreçá nos campos de Piratininga, que sem demora fez reunir toda a gente de guerra que lhe sera sujeita, dispondo a partir para a marinha com o fim de repelir o ingresso dos invasores. [Página 574]
25 de janeiro de 1532, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:21
3°. Ramalho aproxima-se á Jerybatuba três dias depois da chegada de Martim Afonso á Bertioga
João Ramalho aproximou-se á Martim Afonso em 25 de janeiro de 1532, três dias depois de sua chegada á Bertioga, e quase ao ponto em Cayubi, coadjuvado pelos Tupys e Itanhaens, ia investir o forte que ali se fizera de improviso; detém a este cacique em seu rompimento, anunciando-lhe que era essa a vontade do régulo, e caminha afouto e abertamente para o forte á frente dos trezentos sagitários de Piratininga, e das tribos que a esse tempo estavam reunidas na ilha do Guaymbê.
8 de abril de 1553, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:26
4°. Santo André da Borda do Campo foi aclamada em vila em nome do donatário Martim Afonso de Sousa, e provisão do seu capitão-mor governador e ouvidor Antônio de Oliveira
Em 1553, Thomé de Souza, depois de visitar São Vicente, veio até Santo André da Borda do Campo, povoação mandada criar por Martim Afonso em terras de João Ramalho, constituídas ao depois como apanagio do Convento do Carmo. A povoação foi elevada á vila como nome que tinha, em 8 de abril desse mesmo ano, sendo conferido a Ramalho título de "alcaide-mór" (Aquele que governava um castelo, província e/ou comarca com poder civil ou militar; antigo governador), em substituição ao de "guarda-mór" do campo. [Página 577]

"Thomé de Souza conferindo este posto, ordenou a Ramalho que fizesse centralizar no povoado os colonos que de São Vicente haviam transposto a serra e se localizado em diversos pontos do campo; os quais junto a numeroso gentio ao serviço de Ramalho, em breve engrandeceram a povoação de Santo André com aumento de população, para segurança do qual, e a fim de impedir os acometimentos das hordas indígenas, acoitadas nas matas da serra, de inimigos dos Guayanos que formavam o séquito de Ramalho, foi a vila circunvalada com contra forte de madeira."

Acompanhou a Thomé de Souza o jesuíta Manoel da Nóbrega. Cumpre observar ao leitor que os nativos Tupiniquins e Carijós, de São Vicente; e os Guaynas, de Piratininga eram de índole a mais pacifica que podia desejar-se.

Em 1554, principio do mês de janeiro, por deferência a João Ramalho, enviou Manoel da Nóbrega 13 colegiais de São Vicente em companhia do coadjutor professo José de Anchieta, sob a direção do Padre Paiva, para estabelecerem um colégio nos campos de Piratininga.

Qual, porém, não foi a decepção de João Ramalho quando, esperando que esses jesuítas viessem fundar o colégio em sua pitoresca vila de Santo André, soube que eles tinham escolhido, a pouca distância, outro local; tratavam de edificar em suas terras uma outra povoação; promoviam a discórdia em sua respeitável família; desprestigiavam a sua autoridade como "alcaide-mór", título conferido por Thomé de Souza; e, além de tudo isso, já o intrigavam com os seus nativos amigos - e declararam-se em guerra contra ele, cognominando-o de opressor dos brasileiros?!

A razão de tão atroz e infame ingratidão, naturalmente o leitor já terá percebido: João Ramalho era estimado dos nativos, honrado com a estima e consideração de Tebyreçá e Cayubi, e , mais, ouvido e considerado pelos governadores: era o verdadeiro soberano nos campos de Piratininga! Ora, isso é que absolutamente não convinha aos interesses dos jesuítas, e, especialmente do Sancto Anchieta. Só a companhia devia ser soberana, não só nos campos de Piratininga, mas em todo o mundo!...

Imediatamente, depois da chegada dos santos jesuítas as intrigas principiaram a ser fomentadas!

O primeiro triunfo que obtiveram foi aliciar o grande e destemido Tebyreçá, o sogro de João Ramalho! Imagine-se o sofrimento de João Ramalho desprestigiado pelo seu amigo e sogro Tebyriçá. Além desse venerado e valente paulista, passou-se para os jesuítas, o destemido Cayubi! Lavrava, pois, a discórdia na família de Ramalho - Bartira a filha do valente de Piratininga - Tebyreçá - chorava inconsolável, vendo que aqueles que se diziam embaixadores do evangelho da paz, ministro do manso e divino Jesus, semeavam a discórdia; inflamavam os pacíficos Guayanazes com a intriga e além de tudo isso procuravam o extermínio dos seus irmãos, fomentando a guerra entre paulistas e emboabas!

Não satisfeitos com os clamores consequentes da guerra, os jesuítas procuravam intrigar o magnânimo Ramalho, com o governador, porque, como assevera Frei Gaspar da Madre de Deus:

"os incrementos de qualquer das vilas, de Santo André ou de São Paulo, atrazavam os progressos da sua competidora, nem os jesuítas podiam tolerar a subsistência de Santo André, nem os Ramalhos sofrer a de São Paulo."

O governador Duarte da Costa, porém, não os atendeu, e o bispo, da Bahia, indignado, dirigiu-se para Portugal, afim de fazer sentir a El-rei a falta de apoio do governador, quando em caminho naufragou. [p. 578 e 579]
25 de janeiro de 1554, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:28
5°. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi
Em 1554, principio do mês de janeiro, por deferência a João Ramalho, enviou Manoel da Nóbrega 13 colegiais de São Vicente em companhia do coadjutor professo José de Anchieta, sob a direção do Padre Paiva, para estabelecerem um colégio nos campos de Piratininga.
Novembro de 1566. Atualizado em 13/10/2025 20:36:38
6°. Embarcam para o Sul o Padre Visitador Ignacio de Azevedo e mais os Padres Provincial Luis da Grã, Antônio Rodrigues, Antônio da Rocha, Balthazar Fernandes e Joseph de Anchieta, de novo ordenado*
Logo que chegaram ao Rio de Janeiro, romperam as hostilidades, e, apesar da heroica tenacidade do chefe português, a coragem dos soldados começava a fraquear e os nativos davam indícios de querem regressar ás suas tabas. Critica era por certo a posição de Estácio de Sá. Nesta conjuntura é, porém, chamado para Bahia o irmão Anchieta, afim de receber as ordens sacras. Chegando á Bahia relata ao Governador a critica situação de Estácio de Sá, e o convence de vir auxiliar a seu sobrinho. De fato, em Novembro desse mesmo ano, partiu a nova expedição acompanhando-a Mem de Sá, o BISPO PEDRO LEITÃO, O NOVO PROVINCIAL IGNACIO DE AZEVEDO E ANCHIETA, chegando no Rio de Janeiro á 18 de janeiro de 1567.
18 de janeiro de 1567, sexta-feira. Atualizado em 03/09/2025 01:55:52
7°. O governador-geral do Brasil Mem de Sá entra na baía do Rio de Janeiro com uma esquadrilha
Logo que chegaram ao Rio de Janeiro, romperam as hostilidades, e, apesar da heroica tenacidade do chefe português, a coragem dos soldados começava a fraquear e os nativos davam indícios de querem regressar ás suas tabas. Critica era por certo a posição de Estácio de Sá. Nesta conjuntura é, porém, chamado para Bahia o irmão Anchieta, afim de receber as ordens sacras. Chegando á Bahia relata ao Governador a critica situação de Estácio de Sá, e o convence de vir auxiliar a seu sobrinho. De fato, em Novembro desse mesmo ano, partiu a nova expedição acompanhando-a Mem de Sá, o BISPO PEDRO LEITÃO, O NOVO PROVINCIAL IGNACIO DE AZEVEDO E ANCHIETA, chegando no Rio de Janeiro á 18 de janeiro de 1567. [Página 584]
20 de janeiro de 1567, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:12
8°. Mem de Sá, governador do Brasil, ataca e toma a paliçada de Uruçu-mirim e a de Paranapucu, na baía do Rio de Janeiro
Depois do descanço de um dia, no dia de São Sebastião, travou-se a terrível peleja que havia de decidir da sorte dos altivos tamoyos.

O clangor das trombetas e o rufar dos tambores anunciaram, logo ao despontar da aurora, dia de peleja; mas nessa era, O SOLDADO CATÓLICO não batia-se com denodo se não contasse com o auxílio do céu, se genuflexo ante os altares, onde se celebrava o eucarístico mistério, não oferecesse a vida em holocausto ao seu Deus, que descia ao santuário da alma purificada pelo sacramento da penitência.

Assim, DEPOIS DE OUVIREM A MISSA, COMUNGARAM E RECEBERAM A BENÇÃO APOSTÓLICA, DADA PELO BISPO LEITÃO, acometeram os portugueses e seus aliados a aldeia d´Uruçumirim, principal acampamento do inimigo.

Dirigiu o Capitão-Mór enérgica fala aos seus soldados, lembrado-lhes a vitória em nome do Santo Padroeiro. Encarniçada foi a luta; os tamoios e franceses opuseram obstinada resistência aos esforços dos guerreiros de Estácio de Sá; o pelouro cruzava-se nos ares com a hervada seta e a espada encontrava-se com o tacapé. Era uma cena de horror e confusão; uma guerra de canibais.

Os tupiminós cevavam o seu implacável ódio no sangue dos tamoios; vendo VENDO IGUALMENTE OS PORTUGUESES NOS FILHOS DA BELA FALICIA OUTROS TANTOS CUJAS VIDAS NÃO LHES ERA PERMITIDO POUPAR. Assim as crueldades inerentes ás guerras, juntava-se ainda esta, O IMPLACÁVEL FUROS DAS CONTENDAS RELIGIOSAS. O delírio do combate os tinha cegado; sua alma se fecharia a todos os sentimentos nobres e generosos; uma só ideia sobre eles predominava, o de abrasar as aldeias contrárias, exterminando os seus defensores.

O cronista da Companhia de Jesus, Padre Simão de Vasconcelos, nos diz com plácida indiferença que NEM UM SÓ TAMOIO ESCAPOU COM VIDA, e dos franceses cinco que caíram nas mãos dos portugueses, FORAM PENDURADOS EM UM PAU PARA ESCARMENTO DOS OUTROS! O que respeitou o arcabuz e a bombarda, completou o incêndio, que devorou em poucas horas as pobres cabanas dos filhos das palmeiras!...

"Era conveniente aproveitas o belicoso ardor dos soldados: resolveu-se, portanto atacar a ilha do Governador, chamada então Paranápucuhy, onde o inimigo possuía um fortíssimo reduto, rodeado de cercas duplicadas que o tornavam quase inexpugnável. Para ai foi pois transportada a artilharia, cujo horríssono estampido repercutido pelos ecos da baia misturava-se coma confusa grita dos selvagens e os roucos sons dos borés.

Esse dia devera ser fatal aos adoradores de Tupan: tiveram de ceder a fortuna de seus contrários, e, abandonando suas aldeias, que o fogo consumia, foram buscar nas regiões ainda desconhecidas temporária asilo, donde também devera expeli-los a desenfreada cobiça dos colonizadores.

Os epenicios da vitória, e os cânticos de jubilo foram interrompidos para dar lugar ao luto e ás lágrimas: o heroico Estácio de Sá, acabava de expirar vítima de oculto veneno de seta de dextro tamoio".

Agora caro leitor, é justo oque pergunteis, qual a causa de uma guerra tão cruel e desumana? Seria porque os tamoios, cônscios de sua liberdade, repeliam a escravidão? [Páginas 584 e 585]
1567. Atualizado em 25/02/2025 04:40:01
9°. O padre Balthazar Fernandes dá novas sobre o Rio de Janeiro, logo após a expulsão definitiva da pequena colônia francesa
O Carrasco de Bolés

Neste trabalho que apresento ao público paulista, tão cioso de suas glórias, que galhardamente se ostentam nas páginas mais gloriosas da História Pátria, desejo, até onde me for possível, salientar o caráter de Anchieta como missionário paulista.

No panfleto já publicado, e tão benevolamente acolhido pela imprensa livre e republicana, pela imprensa que não se suborna a um cego interesse partidário absurdo e até imoral, que sabe dar valor e prestígio aos depoimentos da história sejam contra quem quer que for - demonstrei que Anchieta não era merecedor de uma estátua, levantada pelo Estado:

1° - Porque não fora o fundador nem de São Paulo, nem de colégio ai inaugurado a 25 de janeiro de 1554

2° - Porque não promoveu absolutamente nada, em São Paulo, por sua iniciativa, a benefício dos paulistas

3° - Porque a pacificação dos Tamoios que tentou realizar, não foi não foi por iniciativa de Anchieta, como também não se realizou

4° - Porque considerado pelo lado cientifico, é uma personalidade mais que medíocre, não foi homem ilustrado

5° - Porque os seus trabalhos literários não tem valor real, nem mesmo fins literários teve em vista o seu autor

6° - Porque o valor da catequese por ele realizada e por seus colegas, além de excessivamente material, não foi com a brandura própria de um ministro de Cristo

7° - Porque as artes mecânicas que ensinou, nem merecem o nome de arte

8° - Porque foi um missionário intolerante e fanático, a ponto de servir de carrasco para um herege, que ele mesmo converteu e batizou, tornado-se, pois, carrasco de seu próprio filho na fé, tornando-se um parricida moral!

Este último fato bastaria para patentear que o caráter de Anchieta nunca foi o de ministro de Jesus, que disse: "amai aos vossos inimigos! Mas não se deve encarar o caráter de Anchieta só pelo lado religioso, que lhe seria completamente fatal: basta Anchieta ser um jesuíta que obedece cegamente, que anula a sua individualidade, tornando-se passivo, moralmente morto, nas mãos do seu superior, como um cadáver nas mãos do anatomista. Quem assim procede não tem caráter está na concepção convicta de sua liberdade e, portanto, de sua responsabilidade.

“Aqui não considero Anchieta como um ser passivo - como um jesuíta: considero como um homem. Aqui não faço especulações filosóficas para patentear os predicados do seu caráter individual - mas, a posteriori, a luz dos fatos registrados na História Pátria, procuro tornar evidente o caráter jesuíta que querem imortalizar, já que pôde imortalizar-se pelas suas obras!

Aqui não se argumenta, não se discute pró ou contra José de Anchieta - aqui se invoca a verdade dos fatos, o testemunho insuspeito dos depoimentos da História! Aqui não se inventa, não se fantasia, aqui apela-se para os fatos - porque contra fatos não há argumentos!

O autor destas linhas não é jesuítas, não é carola, não é fanático, não é intolerante, mas tem consciência de tratar desta momentosa questão com o maior escrúpulo, afastando-se sistematicamente, do terreno apaixonado, da linguagem inconveniente, que ás vezes os próprios fatos como que forçam o escritor a ler. Este trabalho não visa lucros pecuniários, é feito exclusivamente pelo amor á verdade”. [Páginas 571 e 572]
Abril de 1567. Atualizado em 25/02/2025 04:42:54
10°. Execução de Le Balleur em Salvador: Le Balleur teria sido queimado e José de Anchieta teria auxiliado o carrasco em seu ofício*




  Guaianase de Piratininga
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4 de julho de 1903, sábado
Atualizado em 28/10/2025 07:32:24
No planalto não habitava essa nação indígena
Cidades (1): Rosana/SP
Pessoas (1): Francisco de Saavedra




  Guaianase de Piratininga
  45º de 76
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1905
Atualizado em 28/10/2025 07:32:21
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume X, 1905
Cidades (19): Apiaí/SP, Iguape/SP, Itanhaém/SP, Itapecirica da Serra/SP, Itapeva/SP, Itaporanga/SP, Itararé/SP, Itu/SP, Juquiá/SP, Ouro Preto/MG, Paranapanema/SP, Peruíbe/SP, Piedade/SP, Pilar do Sul/SP, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Xiririca (Eldorado)/SP
Pessoas (25): Antonio da Assunção, Antonio de Barcellos, Bacharel de Cananéa, Bartholomeu Francisco, Bartholomeu Gonçalves "Francisco", Bernardo da Cunha de Carvalho, Bernardo Rodrigues Chaves, Catharina Alvares de Lemos, Fernando de Anhaya, Francisco de Chaves, Francisco Gonçalves, Gonçalo Correia de Sá, Ildefonso Tinoco, João de Anhaya, João de Anhaya Lemos, João Dias Paes Leme, Luiz Lopes de Carvalho, Manoel da Costa, Manoel Pereira Tinoco, Manuel de Melo Godinho Manso, Maria Pereira, Nuno Chaves, Pedro de Unhão Castelo Branco, Simão Tinoco, Ernesto Guilherme Young
Temas (18): Cahaetee, Caminho do Mar (Santo Amaro), Caminho Piedade-São Lourenço, Caminhos até Piedade, Ermidas, capelas e igrejas, Casas de Fundição, Estradas antigas, Guaianás, Ouro, Rio Conceição, Rio de São Lourenço, Rio Itariry, Rio Juquiá, Rio de Una de Iguape, Rio Paraupava, Vale do Ribeira, Caminho do Peabiru, Estrada Geral
    Registros relacionados
22 de janeiro de 1502, sexta-feira. Atualizado em 15/07/2025 05:10:06
1°. André Gonçalves e Américo Vespúcio descobrem o porto, a que deram o nome de Rio de São Vicente / Cruz de Pedra
Todo esse sertão, quase inculto e desabitado, que se estende desde o imenso vale da Ribeira de Iguape e grande parte do município de Itanhaém, até as margens do Rio Verde e Itararé, abrangendo os municípios de Faxina, Apiahy, Piedade, Una, Itapecerica, etc., é ainda hoje constantemente percorrido por essa tribo de Guainá nas suas idas e vindas para o litoral. Essa zona pouco povoada do nosso próspero Estado, incontestavelmente uma das mais incultas, foi sempre a mais preferida pelos nativos. Ai se encontram ainda verdadeiros sertões, nos quais o elementos civilizados é por enquanto muito escasso.

No litoral, a parte justamente a mais agreste a inculta, entre a Ribeira de Iguape e a bacia fluvial do rio Conceição, foi a zona por eles preferida. Ai estão eles verdadeiramente "em sua casa"; toda essa região é inteiramente despovoada, ninguém os incomoda, a não ser algum caçador que uma ou outra vez penetra nessas florestas.

Dai também lhes são fáceis as suas viagens para os centros povoados, pois estão apenas a três e quatro dias de Santos e São Paulo, e a dia e meia de Itanhaém, aonde vem vender o produto de suas industrias e fazer pequenos provimentos.

Os antigos habitantes da aldeia Irariry, faziam as suas sortidas para o interior, subindo o curso do rio Guanhanbá, que desaguá no rio Itariry; dai seguiam até São Lourenço; subiam a serra e tomando o rumo de oeste, transpunham os sertões que medeiam os municípios de Piedade, Pilar, Lavrinhas e Apiahy, atravessando nesse ponto o vale do Taquary que confina com o Rio Verde, onde existe o principal núcleo de aldeamento como já referimos.

Hoje, esse trajeto está quase abandonado e suas viagens para o Rio Verde, são feitas por outro itinerário: ou seguem pelo rio Branco de Itanhaém, subindo a serra até Santa Cruz dos Parelheiros e dai a Santo Amaro, onde tomam a estrada geral até Sorocaba e Faxina; ou descendo pela rio Juquiá, seguem até Xiririca e dali a Itapeva da Faxina, que distas apenas doze léguas de São João Batista e do Rio Verde. [Páginas 501 e 502]
24 de janeiro de 1502, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:56:26
2°. A armada de André Gonçalves chegou a Cananéia
Todo esse sertão, quase inculto e desabitado, que se estende desde o imenso vale da Ribeira de Iguape e grande parte do município de Itanhaém, até as margens do Rio Verde e Itararé, abrangendo os municípios de Faxina, Apiahy, Piedade, Una, Itapecerica, etc., é ainda hoje constantemente percorrido por essa tribo de Guainá nas suas idas e vindas para o litoral. Essa zona pouco povoada do nosso próspero Estado, incontestavelmente uma das mais incultas, foi sempre a mais preferida pelos nativos. Ai se encontram ainda verdadeiros sertões, nos quais o elementos civilizados é por enquanto muito escasso.

No litoral, a parte justamente a mais agreste a inculta, entre a Ribeira de Iguape e a bacia fluvial do rio Conceição, foi a zona por eles preferida. Ai estão eles verdadeiramente "em sua casa"; toda essa região é inteiramente despovoada, ninguém os incomoda, a não ser algum caçador que uma ou outra vez penetra nessas florestas.

Dai também lhes são fáceis as suas viagens para os centros povoados, pois estão apenas a três e quatro dias de Santos e São Paulo, e a dia e meia de Itanhaém, aonde vem vender o produto de suas industrias e fazer pequenos provimentos.

Os antigos habitantes da aldeia Irariry, faziam as suas sortidas para o interior, subindo o curso do rio Guanhanbá, que desaguá no rio Itariry; dai seguiam até São Lourenço; subiam a serra e tomando o rumo de oeste, transpunham os sertões que medeiam os municípios de Piedade, Pilar, Lavrinhas e Apiahy, atravessando nesse ponto o vale do Taquary que confina com o Rio Verde, onde existe o principal núcleo de aldeamento como já referimos.

Hoje, esse trajeto está quase abandonado e suas viagens para o Rio Verde, são feitas por outro itinerário: ou seguem pelo rio Branco de Itanhaém, subindo a serra até Santa Cruz dos Parelheiros e dai a Santo Amaro, onde tomam a estrada geral até Sorocaba e Faxina; ou descendo pela rio Juquiá, seguem até Xiririca e dali a Itapeva da Faxina, que distas apenas doze léguas de São João Batista e do Rio Verde. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume X, 1905. Páginas 501 e 502]
1600. Atualizado em 24/10/2025 02:36:03
3°. A primeira povoação dizem que foi estabelecida em 1.600 por habitantes da parte inferior da Ribeira
Além das famílias que eram descendentes de Francisco de Chaves, existiam aqui, do meado para o fim do século XVI, outras que rivalizavam com aquelas. Há muitas petições nos livros da Câmara e nos autos velhos em que peticionários requeriam certidões de como seus pais e avôs foram homens de consideração, ocupando cargos públicos, etc., e como diziam: "homens sem mancha nem mácula."

Entre estas famílias podemos citar as de Anhaya, Ozedo, Garcia, Cunha, Dias e Tinoco. As famílias de Ferdinando de Anhaya e Francisco de Ozedo se achavam estabelecidas nos terrenos entre a barra do rio Ribeira e o morro de Jurêa.

Agapito Garcia, casado com Maria Dias, e seu cunhado Domingos Dias, pai de Vicente Dias, e Ildefonso Tinoco se achavam situados nas terras marginais do rio Ribeira, em ambos os lados, entre as que mais tarde foram requerida por Manoel Rodrigues e a barra do rio Peroupaba.

Em relação a Domingos Rodrigues Cunha, pai de Bernardo da Cunha de Carvalho, não podemos ainda saber aonde era seu sítio; porém no ano de 1602 o dito Bernardo da Cunha de Carvalho era juiz ordinário e presidente do conselho da câmara da vila de Iguape.

Do ano 1600 a 1620 aumentou-se bastante o número de família aqui, tendo além das já mencionadas, outras de nome: Peixoto, Franco, Palhano, Ribeiro, Serrano, Góes, Guedes, Costa, Cubas, etc.; algumas das quais foram entrando nas terras marginais dos rios Ribeira, Una e Peroupaba, e outras situando-se em terras já possuídas pelas famílias com que contraíam laços de parentesco pelo matrimônio. [Página 13, 18 do pdf]
1682. Atualizado em 25/02/2025 04:46:52
4°. Falecimento de João Dias Paes Leme, filho de Antonio Dias Paes Leme e de Maria Pereira Pestana
João Dias Paes Leme, filho de Antonio Dias Paes Leme e de Maria Pereira Pestana, casado com Maria Madalena, faleceu em Iguape no ano de 1682 e no seu testamento declarou que:

"Manoel Pereira Tinoco deu três oitavas e meia de ouro em pó do tempo da viagem das minas do Ribeiro comprido com Antonio Dias o velho".

Em outros documentos estas minas são designadas pelo nome de "Minas do Ribeiro comprido do Caheté". Esta notícia de viagem é muito vaga; porém, não devemos despreza-la em vista de outras referências ao mesmo assunto. No dia 1 de outubro do mesmo ano Ildefonso Tinoco foi nomeado tutor dos filhos menores de João Dias Paes Leme e, mais tarde, casou com a viúva Maria Madalena, filha de João Guedes. [Páginas 19 e 20, 24 e 25 do pdf]
1 de outubro de 1682, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:53
5°. No dia 1 de outubro do mesmo ano Ildefonso Tinoco foi nomeado tutor dos filhos menores de João Dias Paes Leme e, mais tarde, casou com a viúva Maria Madalena, filha de João Guedes
João Dias Paes Leme, filho de Antonio Dias Paes Leme e de Maria Pereira Pestana, casado com Maria Madalena, faleceu em Iguape no ano de 1682 e no seu testamento declarou que:

"Manoel Pereira Tinoco deu três oitavas e meia de ouro em pó do tempo da viagem das minas do Ribeiro comprido com Antonio Dias o velho".

Em outros documentos estas minas são designadas pelo nome de "Minas do Ribeiro comprido do Caheté". Esta notícia de viagem é muito vaga; porém, não devemos despreza-la em vista de outras referências ao mesmo assunto. No dia 1 de outubro do mesmo ano Ildefonso Tinoco foi nomeado tutor dos filhos menores de João Dias Paes Leme e, mais tarde, casou com a viúva Maria Madalena, filha de João Guedes.

Ildefonso Tinoco e Manoel Pereira Tinoco eram irmãos, filhos de Simão Tinoco e de sua mulher Maria Pereira, todos naturais de Iguape. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume X, 1905. Páginas 19 e 20, 24 e 25 do pdf]
1768. Atualizado em 25/02/2025 04:46:53
6°. Documentos
1805. Atualizado em 25/02/2025 04:46:34
7°. A estrada de Sorocaba a Juquiá foi assunto repetitivo na província de São Paulo, durante o século XIX. Martim Francisco escreveu sobre essa possibilidade em 1805
Todo esse sertão, quase inculto e desabitado, que se estende desde o imenso vale da Ribeira de Iguape e grande parte do município de Itanhaém, até as margens do Rio Verde e Itararé, abrangendo os municípios de Faxina, Apiahy, Piedade, Una, Itapecerica, etc., é ainda hoje constantemente percorrido por essa tribo de Guaianá nas suas idas e vindas para o litoral. Essa zona pouco povoada do nosso próspero Estado, incontestavelmente uma das mais incultas, foi sempre a mais preferida pelos nativos. Ai se encontram ainda verdadeiros sertões, nos quais o elementos civilizados é por enquanto muito escasso.

No litoral, a parte justamente a mais agreste a inculta, entre a Ribeira de Iguape e a bacia fluvial do rio Conceição, foi a zona por eles preferida. Ai estão eles verdadeiramente "em sua casa"; toda essa região é inteiramente despovoada, ninguém os incomoda, a não ser algum caçador que uma ou outra vez penetra nessas florestas.

Dai também lhes são fáceis as suas viagens para os centros povoados, pois estão apenas a três e quatro dias de Santos e São Paulo, e a dia e meia de Itanhaém, aonde vem vender o produto de suas industrias e fazer pequenos provimentos.

Os antigos habitantes da aldeia Irariry, faziam as suas sortidas para o interior, subindo o curso do rio Guanhanbá, que desaguá no rio Itariry; dai seguiam até São Lourenço; subiam a serra e tomando o rumo de oeste, transpunham os sertões que medeiam os municípios de Piedade, Pilar, Lavrinhas e Apiahy, atravessando nesse ponto o vale do Taquary que confina com o Rio Verde, onde existe o principal núcleo de aldeamento como já referimos.

Hoje, esse trajeto está quase abandonado e suas viagens para o Rio Verde, são feitas por outro itinerário: ou seguem pelo rio Branco de Itanhaém, subindo a serra até Santa Cruz dos Parelheiros e dai a Santo Amaro, onde tomam a estrada geral até Sorocaba e Faxina; ou descendo pela rio Juquiá, seguem até Xiririca e dali a Itapeva da Faxina, que distas apenas doze léguas de São João Batista e do Rio Verde. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume X, 1905. Páginas 501 e 502]
13 de março de 2023, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:25:11
8°. Bacharel de Cananeia, consultado em Wikipedia




  Guaianase de Piratininga
  46º de 76
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1914
Atualizado em 28/10/2025 07:32:24
História do Brasil, 1914. João Ribeiro
Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, Jundiaí/SP, Rio de Janeiro/RJ, Sorocaba/SP
Pessoas (4): Anthony Knivet, João Capistrano Honório de Abreu, Martim Correia de Sá, Salvador Correia de Sá, O Velho
Temas (14): Bairro Itavuvu, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Grunstein (pedra verde), Lepos, Pories, Rio Jaguari, Serra de Paranapiacaba, Tamoios, Tomenos, Nheengatu, Peru, Colinas
    Registros relacionados
11 de fevereiro de 1584, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:46:36
1°. Pedro Sarmiento de Gamboa funda a Ciudad Real de Felipe
Novembro de 1599. Atualizado em 24/10/2025 02:38:55
2°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza*
1625. Atualizado em 25/02/2025 04:46:33
3°. “As incríveis aventuras e estranhos s incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet infortúnios de Anthony Knivet”
4 de outubro de 2022, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:32:35
4°. Biografia de Maria de Zunega, consultada em pt.rodovid.org/wk/Pessoa:1123476




  Guaianase de Piratininga
  47º de 76
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25 de janeiro de 1933, sexta-feira
Atualizado em 28/10/2025 07:47:25
Jornal Correio Paulistano, Página 6
Cidades (3): Araçoiaba da Serra/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (1): Martim Afonso de Melo Tibiriçá
Temas (7): Guaianás, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, São Paulo de Piratininga, Serra da Mantiqueira, Serra de Jaraguá, Tapuias
    Registros relacionados
25 de dezembro de 1562, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:36:38
1°. Falecimento do líder indígena Tibiriçá, cacique dos Guaianase de Piratininga significa o “principal da terra”




  Guaianase de Piratininga
  48º de 76
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1934
Atualizado em 28/10/2025 07:16:39
“O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, Alfredo Ellis Júnior (1896-1974)
Cidades (10): Cuiabá/MT, Itanhaém/SP, Itu/SP, Laguna/SC, Porto Feliz/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (61): Alfredo Ellis Júnior, Álvaro Rodrigues do Prado, Amador Bueno de Ribeira, Ana Luís Grou, Anthony Knivet, Antonio Bicudo de Brito, Antônio Gomes Borba, Antônio Pedroso de Alvarenga, Antonio Pedroso de Barros, Antônio Salema, António Teles da Silva, Ascenso Ribeiro, Baltasar Gonçalves Malio, Belchior da Costa da Veiga, Belchior Dias Carneiro, Bernardo Bicudo, Cacique Tayaobá, Cláudio Furquim "Francês", Clemente Álvares, Cristovão de Aguiar Girão, Diogo de Unhate, Domingos Rodrigues, Fernando de Camargo, o Tigre, Fernão Paes de Barros, Francisco da Gama, Francisco de Sousa, Francisco Rendon de Quevedo, Gabriel Soares de Sousa, Gaspar Colaço, Jerônima Fernandes, Jerônimo Bueno, Jerônimo Leitão, João Bicudo de Brito, João de Sant´Ana, João IV, o Restaurador, João Luiz Mafra, João Mendes Geraldo, João Paes, João Pereira Botafogo, Jorge Correa, Luís Eanes Grou, Luiz Castanho de Almeida, Manuel Fernandes Ramos, Manuel Preto, Martim Correia de Sá, Martim Rodrigues Tenório de Aguilar, Mateus Luís Grou, Nicolau Barreto, Paulo do Amaral, Pedro da Motta Leite, Pedro de Souza Pereira "o velho", Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”), Salvador Correia de Sá e Benevides, Sebastião de Freitas, Sebastião Fernandes Camacho, Sebastião Fernandes Preto, Sebastião Marinho, Simão Borges Cerqueira, Teodoro Fernandes Sampaio, Tristão de Oliveira, Vasco da Mota
Temas (32): Assunguy, Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho do Mar, Caminho do Piquiri, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Caucaya de Itupararanga, Guayrá, Guerra de Extermínio, Habitantes, Léguas, Maracayú, Metalurgia e siderurgia, Paraúpava, Peru, Piqueri, Pirapitinguí, Rio Araguaia, Rio da Prata, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Mbororé, Rio Paraná, Rio Uruguai, Rio Verde, Rio Waivaicari, Vaivary, Verde, Sabarabuçu, Sertão dos Patos, Tamoios, Temiminós, Tordesilhas, Vila Rica “Castelhana”, Villa Rica del Espírito Santo
O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano
Data: 1924
Créditos: Alfredo Ellis JuniorPágina 150
    Registros relacionados
1 de novembro de 1585, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:23:00
1°. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós
Muito espaçados eram, porém, os assomos da gente piratiningana na luta agressiva ao selvagem, pelo menos não era eles vultuosos, a ponto de deixarem sulco na História, pois só onze anos mais tarde se assinala outra expedição ao sertão, que foi chefiada por Jerônimo Leitão, capitão-mór da Capitania de São Vicente, em 1585,da qual fizeram parte Diogo de Onhatte, escrivão da Câmara de São Paulo, Diogo Teixeira de Carvalho, Affonso Sardinha, Antonio de Proença, o moço fidalgo da Câmara do Infante Dom Luiz, Sebastião Leme, Manuel Ribeiro, Paulo Rodrigues, Manuel Fernandes Ramos, Domingos Dias, o velho, padre Sebastião de Paiva, Salvador Pires, o moço, e Affonso Dias. ("Archivo Municipal de São Paulo", "Livro do Tombo").
1590. Atualizado em 23/10/2025 17:21:27
2°. O capitão Sebastião Marinho, á frente de uma pequena expedição, atingiu as nascentes do Tocantins, em Goyaz, descobrindo, segundo consta, metais preciosos
Cinco anos mais tarde o capitão Sebastião Marinho, á frente de uma pequena expedição, atingiu as nascentes do Tocantins, em Goyaz, descobrindo, segundo consta, metais preciosos. Foi esta expedição registrada, em um mapa castelhano da segunda metade do século XVIII, mapa este constante da brilhantíssima coletânea, organizada pelo erudito mestre Dr. Taunay, diretor do Museu Paulista.
5 de outubro de 1596, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:21:28
3°. Onde
Amiudando-se as entradas dos paulistas, que intensificavam a sua ofensiva, encontramos logo no ano seguinte de 1595 o capitão Manuel Soeiro, capitaneando outra léva de bandeirantes contra os carijós. Nela tomou parte Sebastião de Freitas, o antigo soldado de Gabriel Soares, que em 1596 de novo se achava em São Paulo.

Foi neste de 1596, que saiu de São Paulo a mais importante das bandeiras, até então registradas. Parece-nos ter ela tomado rumo norte, pelo vale do rio Parahyba, indo capitaneada pelo Capitão Mór João Pereira de Sousa Botafogo, a fazer "guerra da Parnahyba, conforme rezam os documentos.

Saiu ela de São Paulo no mês de outubro de 1596, na mesma ocasião em que do Rio partia a gente de Martim de Sá, que ia contra os Tamoyos, orientado conforme o roteiro, que Knivet nos legou.

Por esse itinerário de Knivet, a arrancada de Martim de Sá deveria ter arribato em Paraty, subido a serra do Mar, atravessados os campos de Cunha, e em seguida transposto os rios Parahytinga e Parahyba, justamente na ocasião em que julgo estar trilhando essas regiões a bandeira de Botafogo, que por São Miguel deveria ter chegado ao vale do Parahyba.

É possível terem sido Botafogo á gente de armas de Martim, indo com eles perlustrar os sertões do rios Verde e Sapucahy, na faina da destruição dos restos da tribo tamoya.

É preciso ficar em memória que é apenas um hipótese a aventada. É possível e quiçá provável mesmo que seja a de João Pereira de Sousa Botafogo, um empreendimento diverso do de Martim de Sá, cujo itinerário Knivet descreve.

Basílio de Magalhães, no seu já citado "Expansão geográfica", diz que a expedição de Martim de Sá, composta de 700 portugueses e 2000 nativos, teria partido não em 1596, como supúnhamos, mas em 14 de outubro de 1597, isto é, um ano após.

Sendo assim, vê-se que nada teria de comum uma expedição com outra, a não ser a região do Parahyba percorrida por ambas. O que parece não restar dúvidas é quanto a participação dos paulistas na expedição de Martim de Sá. Esta teria sido uma reedição da de Salema, vinte e três anos antes. [O Bandeirismo Paulista e o recuo do meridiano, 1924. Alfredo Ellis Junior. Página 39. Páginas 55 e 56]
Julho de 1597. Atualizado em 23/10/2025 15:41:03
4°. Retorno*
Os paulistas que acompanharam João Pereira de Sousa Botafogo, elevam-se a mais de uma centena, além do corpo de nativos. Dentre eles, porém, só consegui assinalar os seguintes:

Capitão João Pereira de Sousa Botafogo (cabo da tropa), capitão Francisco Pereira, João do Prado, o velho, e seu genro Miguel de Almeida de Miranda, Sebastião de Freitas, Gaspar Collaço Villela, Estevam Martins, Simão Borges de Cerqueira, João Bernal, Francisco Farel, Vasco da Motta, Antonio Castilho, Antonio Pinto, João de Santa Anna, Miguel Gonçalves. Diogo Ramires, Ascenço Ribeiro, Francisco da Gama, Braz Gonçalves, o velho, Tristão de Oliveira, Antonio Zouro, Antonio de Andrade... de Barros, Pero Velho, Mathias Gomes, Antonio Pereira e Capitão Domingos Rodrigues (velho).

Deveriam ter ocorrido importantes fatos durante a "guerra da Parnahyba", pois, em julho de 1597, o chefe da entrada, Botafogo foi preso, sendo obrigado a passar o comando a Francisco Pereira, que trouxe a bandeira a São Paulo, onde chegou nos últimos meses do ano, tendo-se demorado no sertão pelo espaço de ano e maio.
23 de dezembro de 1600, sábado. Atualizado em 24/10/2025 21:21:44
5°. Retorno
Longos anos permaneceu internada no sertão a expedição de Domingos Rodrigues, pois tendo partido de São Paulo como parte integrante da expedição de João Pereira de Sousa Botafogo, como dissemos acima, em outubro de 1596, somente chegou a São Paulo em 23 de dezembro de 1600, isto é, mais de quatro anos depois. É o que nos demonstra o inventário de Francisco da Gama, um dos expedicionários, que faleceu em fevereiro de 1600, ainda no sertão, onde o capitão Domingos Rodrigues procedeu ao arrolamento dos bens, que o falecido trazia consigo ("Inventários e testamentos", v. I.o., 339). Só foi iniciado judicialmente em São Paulo esse inventário a 23 de dezembro do mesmo 1600, pela volta da expedição. ("Inventários e testamentos", I.o., 335).
18 de julho de 1603, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:31
6°. O procurador do Conselho, João de Sant´Ana, um dos signatários da carta
Além deste preciosíssimo documento, existe um outro também municipal, publicado em "Actas", vol. II,130, mais eloquente ainda em elucidar a verdadeira região, caminhada pela expedição sob exame. Este documento confirma o supra citado completando-o. Trata-se de uma carta escrita ao Governador Geral Diogo Botelho, pelos oficiais da Câmara Paulistana, sobre a terça parte dos nativos apresados pela expedição de Nicolau Barreto, que segundo corria, seria tomada para o governo.

Tem essa carta a data de 18 de julho de 1603,

"... a cometer entada tam perigosa e de tão pouco proveito que para se aviarem qualquer pobre fez mais gasto do que se espera trazer de proveito e ainda já tão rota a fama e esta provisão posto que nos a não temos vto. que areseamos se mãde ao sertão recado do conteúdo na provisão e eles sabendo corre mto. risco vir nhu de la se não vense caminho do piquiri que é província do rio da Prata de que resultaria muito mal a esta capitania...".

Prova este documento, que Nicolau Barreto estava para atravessar, na volta a São Paulo, um chamado caminho do Pequiry, que é certamente o afluente do rio Paraná, situado na então província do Rio da Prata, que por força de Tordesilhas, abrangia o Guayrá, hoje Estado do Paraná. Queremos crer que o chamado caminho do Pequiry seja o passo do rio Paraná, na foz do rio Pequiry, onde justamente o grande caudal se estreita sobremaneira, para se precipitar do alto da serra de Maracajú, nas Sete Quedas. Por ai, talvez, Barreto tenha passado para o Paraguay penetrando, assim, no vice reinado do Perú, que então abrangia, também, a enorme área boliviana, em cordilheira andina. [Páginas 23, 24 e 25]
13 de janeiro de 1606, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:37
7°. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza
Quanto ao roteiro seguido pela expedição, engaram-se profundamente o dr. Derby e os que produziram a opinião deste notável sábio, afirmando que Nicolau Barreto, com sua expedição, rumou o norte, penetrou nas gerais e atravessando o rio das Velhas, pelo vale, do São Francisco, chegou ao Paracatú, nas proximidades do território goyano, pelo extremo, segundo o saudoso historiador americano, atingido pela leva em questão.

Tivesse sido esta a região percorrida, pela expedição, não se justificaria ser ela a detentora, até aquela data do "record" de penetração do nosso hinterland conforme faz certo a estafadíssima carta de 13 de janeiro de 1606; Marinho e Domingos Rodrigues foram muito além. Documentos existem, porém, que prova, ex abundantia, ter Barreto tomado rumo sudoeste e nunca trilhado as regiões, que a miragem do nome de Paracatú levou o dr. Derby a se desviar do bom caminho, no pesquisa histórica.
Agosto de 1606. Atualizado em 25/02/2025 04:45:50
8°. Expedição*
18 de fevereiro de 1607, domingo. Atualizado em 23/10/2025 15:41:04
9°. Diversos homens poderosos, cujos nomes por essa razão não são talvez mencionados, revéis e desobedientes aos mandos das justiças, se aprontavam para ir aos carijós
8 de março de 1607, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:04
10°. Ebirapoeira, na qual se fabricavam coisas para resgate: Testamento de “Belchior casado com Hilária Luís Grou, tio de Domingos Fernandes”
26 de junho de 1608, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:05
11°. Falecimento de Belchior Dias, Raposo Tavares assume o comando
O falecimento de Belchior se deu em junho de 1608, tendo assumido o comando da expedição, Antonio Raposo, o velho, que em fins de dezembro de 1608 deu entrada em São Paulo com parte de sua gente, sendo que o restante da bandeira, como se vê do texto supra citado, permaneceu no sertão até 15 de fevereiro de 1609, data em que aportou ao povoado.

Após este arranco, no mês de agosto de 1608, Martim Rodrigues Tenório de Aguiar, registrado por Silva Leme, como Martim Fernandes ("Genealogia Paulistana", tit. Tenorios), iniciou, pelo Anhemby abaixo, uma expedição, para a qual tinha aviado várias dezenas de expedicionários, dentre os quais(...)
1 de agosto de 1608, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:36:07
12°. Desceu o Tietê expedição com Baltasar Gonçalves
Depois dessa empreitada, temos a assinalar a que chefiou Martim Rodrigues Tenório, que, em agôsto de 1608, desceu o Tietê com os seguintes companheiros, dentre os muitos, que compunham a expedição: Antônio Nunes, Baltasar Gonçalves, Braz Gonçalves, Diogo Martins, João de Santana, João Pais, Manuel de Oliveira e Lourenço Gomes de Ruxaque. ("Inventários e Testamentos", vol. II, pág. 357; vol. III, pág. 255; e vol. IX, pág. 23).

O falecimento de Belchior se deu em junho de 1608, tendo assumido o comando da expedição, Antonio Raposo, o velho, que em fins de dezembro de 1608 deu entrada em São Paulo com parte de sua gente, sendo que o restante da bandeira, como se vê do texto supra citado, permaneceu no sertão até 15 de fevereiro de 1609, data em que aportou ao povoado.

Após este arranco, no mês de agosto de 1608, Martim Rodrigues Tenório de Aguiar, registrado por Silva Leme, como Martim Fernandes ("Genealogia Paulistana", tit. Tenorios), iniciou, pelo Anhemby abaixo, uma expedição, para a qual tinha aviado várias dezenas de expedicionários, dentre os quais(...)
Dezembro de 1608. Atualizado em 25/02/2025 04:45:36
13°. Raposo*
31 de outubro de 1610, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:22:50
14°. Clemente Alvares está no sertão com sua tenda de ferreiro
Em seguida ás bandeiras de Martim Rodrigues e de Belchior Dias Carneiro, durante todo o ano de 1609, não conseguimos encontrar referência alguma a qualquer expedição ao sertão. No ano seguinte, porém, de 1610, em outubro, encontramos Clemente Alvares e Cristovam de Aguiar, e muito provavelmente Braz Gonçalves (o mesmo que acompanhou a bandeira aniquilada de Martim Rodrigues aos "bilreiros"), a ponto de penetrar no sertão dos "carijós", pelo porto de Pirapitinguy (Tietê), conforme se vê de um protesto, aparentemente enérgico, dos oficiais da Câmara Paulistana.
1 de janeiro de 1612, domingo. Atualizado em 06/07/2025 18:48:39
15°. Carta de Bartholomeu de Toralea
Agosto de 1612. Atualizado em 24/10/2025 04:34:17
16°. Bartolomeu de Torales escreve ao Governador Diogo Marin Negron que Sebastian Preto, português de S. Paulo levou cinco caciques com muitos índios para a dita vila de S. Paulo*
De fato, não era só com o uso da violência que os índios, em especial os carijós, foram descidos e levados a São Paulo. Os métodos persuasórios eram amplamente utilizados: faziam-se promessas de variados tipos, promovia-se a reunião de parentes e formavam-se redes de alianças. Sobre estes métodos, ver: MONTEIRO, John. “Os Guarani e a História do Brasil Meridional” In: CUNHA, M. História dos índios no Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1982. p. 475-498. Neste sentido, é famosa a carta do vilariquenho Bartolomeu de Torales, em 1612, comentando como Sebastião Preto, de São Paulo, havia utilizado com os caciques de “puras dádivas” para atraí-los, com suas aldeias, para a vila vicentina. “Carta de Bartolomeu de Torales a Diego Marin Negron”. Anais do Museu Paulista, Tomo I, 2a Parte, p.158.
20 de dezembro de 1612, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:53
17°. “desde 1611 os portugueses de São Paulo entravam “de roldon” sacando e levando os índios. Dizia que, com isso, já tinham ido embora mais de três mil índios, e que, não fossem as ações de Torales e de Añasco, que mantinha alguns caciques presos, a região já teria se despovoado”
18 de outubro de 1628, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:11:07
18°. Bandeirantes
10 de janeiro de 1629, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:11:07
19°. Bandeira comandada por Mateus Grou no Assungí
De São Paulo, as nascentes do Assuguy medem, em linha reta, cerca de 400 quilômetros, o que quer dizer, que a expedição teve a vencer pelo menos 600 quilômetros, através de obstáculos naturais de todo o gênero, devendo levar para chegar ao seu alvo pelo menos três meses, de onde se conclui que, em janeiro de 1629, devia a expedição estar trilhando as proximidades de Ibiaguira, ou num raio de 50 quilômetros, justamente, onde o falecimento de Luiz Eanes, nessa ocasião, denúncia a presença da expedição de Matheus (inicio do inventário de Luiz Eanes, 10 de janeiro de 1629).

Há ainda a coincidência extrema de que expedicionários, como Antonio Grou, figuram simultaneamente na lista dos companheiros de Manuel Preto, da "Relacion de los agrabios", e na expedição de Matheus Grou. Existe outro argumento ainda mais notável e interessante. É que Balthazar Gonçalves Malio, fazendo parte da expedição de Matheus Grou, sendo assinalado diversas vezes no inventário sertanejo de Luiz Eanes, saiu de São Paulo com a expedição de Manuel Preto, a 18 de outubro de 1628, conforme prova o testamento de sua mulher Jeronima Fernandes, feito em 5 de janeiro de 1630, onde diz:

"... e porque o dito meu marido de presente está ao sertão na companhia de Manuel Preto..."

Sendo que Balthazar só aparece no inventário em setembro de 1631. Não ha, pois, que duvidar terem havido estreitas ligações de organização entre as duas expedições mencionadas; e a ser assim como se evidencia, a lista dos integrantes, conhecidos de Guayrá, pode ser aumentada de vinte e três nomes identificados: [Páginas 55, 56 e 57]
10 de janeiro de 1629, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:11:07
20°. Estão no Alto do Tibagy
5 de janeiro de 1630, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:18:30
21°. Documento
Setembro de 1631. Atualizado em 24/10/2025 02:18:30
22°. Inventário de Jerônima Fernandes*
17 de março de 1635, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:47:03
23°. Partida
Ficando, exuberantemente, provado ter esta expedição de 1635 tomado o caminho marítimo, para o sertão rio-grandense, onde eram os Patos, passemos a acompanha-la no seu roteiro.

Vinte dias, mais ou menos, deveriam os barcos ter levado, na rota de Santos ao Rio Grande do Sul, pois que eram meio de transporte infinitamente mais rápidos do que as longas caminhadas, pelos sertões agrestes, da via terrestre.

Deveria a expedição, em questão, ter desembarcado, ou na Laguna, em Santa Catarina, justamente onde passava o meridiano de Tordesilhas, e que dessa época, em diante, foi muito frequentada pelos expedicionários paulistas, como faz certo o inventário do paulista Custódio Gomes, 1638. Teriam já, nessa longínqua época a "advocacia administrativa" e a "negociata", implantado o seu terrível domínio nas nossas plagas?
12 de maio de 1635, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:24:22
24°. Pero da Motta Leite deu licença a uma bandeira tendo por cabeças Ascenço de Quadros, Pero de Oliveira e João Missel Gigante
3 de fevereiro de 1639, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:03
25°. Ordem
3 de abril de 1641, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:39:52
26°. D. João IV foi reconhecido soberano em São Paulo
No volume VII, Suplemento do "Registro Geral", página 251, vem impresso esse auto de aclamação, com a respectiva certidão, com a data de três de abril, provando que o fato, em absoluto, não teve lugar em maio, nem em outra data qualquer. Assim dizem os documentos:

"... o vereador mais velho Paulo do Amaral arvorou o dito pendão por três vezes dizendo em cada uma Real Real Real por El Rei dom João IV de Portugal respondendo a cada uma destas vezes todos os circunstantes com mil vivas e júbilos em o dito altar que estava preparado em o qual assistia o reverendo padre vigário revestido com o sobre peliz e estola em um livro dos Santos Evangelhos ou missal jurou nele o dito capitão mór João Luiz Mafra de conhecer e manter por estes reinos de Portugal o senhor dom João o IV rei de Portugal prometendo-lhe a menagem desta capitania e que a não entregaria senão a sua real majestade ou a seu certo recado e acabado tornou o dito vereador a tremular o dito pendão três vezes dizendo Real Real por El Rei dom João IV de Portugal a quem seguiam os vivas e júbilos dos mais circunstantes e saindo da dita procissão a casa do conselho donde havia de ficar o dito pendão por remate de tudo antes de se recolher o dito vereador fez as ditas cerimônias arvorando três vezes o dito pendão ao que seguiu a acostumada e aprazível voz de todos com mil vivas e júbilos por aqui se deu fim a esta tão festejada como alegre cerimônia de que mandaram fazer este auto de juramento e obediência e eterna na vassalagem e sujeição ao dito senhor rei dom João IV de Portugal em que assinara e eu Manoel Coelho escrevi. João Luiz Mafra, Antonio Raposo Tavares, Francisco Pinheiro Raposo, João Fernandes de Saavedra, Paulo do Amaral, João Martins de Heredia, ... Miguel Garcia Carrasco ..., frei João da Graça, dom abade de São Bento frei Manuel de Santa Maria ... Custódio, frei Francisco dos Santos guardião ambos de São, Fernão Dias Paes, Antonio Pompeu de Almeida, Francisco Rodrigues da Guerra, O licenciado Francisco de Chaves, o vigário Manuel Nunes, Francisco Velho de Moraes, João Ferreira Coutinho, Lourenço Castanho Taques, Victor Antonio e Castro Novo, padre Manuel Madureira Bernardo de Quadros, dom Francisco de Lemos, Manuel Lourenço de Andrade, Luiz Rodrigues Cavalheiro, Balthazar de Godoy, Claudio Furquim, Manuel Mourato Coelho, Domingos da Rocha, frei Vicente de Brito, frei Antonio de Santo Estevam, frei Domingos da Luz, frei Domingos da Encarnação, Antonio Pedroso de Alvarenga, Antonio Ribeiro de Moraes, Ascenso Ribeiro, João Raposo Bocarro, Francisco da Fonseca Prado Falcão, Gregório Fernandes, Francisco Martins. [Páginas 121, 122 e 123]

Veio, pois, como se vê, a descoberta destes dois documentos de publicação oficial desfazer uma dúvida e um erro que se acentuavam na nossa história: pois a já mencionada obra de Ermelino de Leão, recentissimamente saída a lume, muito convictamente afirma: não haver documentos que provem as aclamações tido lugar nos primórdios de abril. É que o escritor paranaense não teve a necessária argucia de proceder á devassa da documentação impressa, deixando de compulsar os volumes do "Registro Municipal".

A causa, porém, desse erro que ameaçava se enraizar nas páginas história, está no pouco cuidado dos que a tem estudado se limitando a copiar o já impresso, abstendo-se das pesquisas originais, pois que chegam muitos historiadores a ignorar o nome do próprio governador da capitania nesse ano de 1641!!! Parece incrível que se tenha afirmado ter sido o capitão-mór nessa época um tal de Luiz Leme (talvez atribuindo a Luiz Dias Paes Leme, o sertanista, já nosso conhecido), quando é certo não figurar nos documentos esse nome como exercendo o mencionado cargo da governança! Ermelino de Leão, corrigindo esta asserção, diz que o capitão mór na ocasião foi Francisco Pinheiro Raposo e, naturalmente, o mesmo signatário do auto de aclamação de dom João IV, como vimos acima.

A emenda nos parece tão errada quanto o soneto, pois o capitão mór era João Luiz Mafra, como se vê dos documentos impressos, estando de acordo com a verdade do saudosíssimo João Mendes, que isso afirmava.

Reintegrada, pois, a verdade histórica e banida qualquer dúvida existente sobre a verdadeira data das aclamações, com elementos irrefutáveis, como os que estampamos acima, estão elas definitivamente perpetuadas na nossa história, marcando os episódios, que tanto enobreceram o caráter paulista. [Páginas 125 e 126]
Setembro de 1641. Atualizado em 23/10/2025 17:27:03
27°. Paulistas estariam no "sertão"*
18 de setembro de 1641, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:12:43
28°. Na sessão da Camara de São Paulo, de 28 de setembro de 1641, declarava o procurador do conselho Miguel Carrasco, aos seus pares, que "a sua notícia era vindo que se aviaram desta vila mais de setenta moradores dele para irem ao sertão contra as leis provisões e proibições de Sua Majestade"
Agosto de 1642. Atualizado em 24/10/2025 03:39:05
29°. Bandeira que em setembro do ano passado estava no sertão deveria ter voltado a São Paulo, data em que foi iniciado o inventário de Sebastião Gonçalves*
1643. Atualizado em 01/09/2025 01:52:37
30°. Expedição de Jerônimo da Veiga
1645. Atualizado em 01/09/2025 02:42:20
31°. Expedição de Sebastião Machado Fernandes Camacho
1646. Atualizado em 23/10/2025 17:12:23
32°. Chegada a São Paulo da bandeira de João Mendes Geraldo
Fevereiro de 1646. Atualizado em 01/09/2025 02:51:00
33°. Partiu de São Paulo, para o sertão, uma formidável bandeira*
Outubro de 1646. Atualizado em 01/09/2025 02:47:07
34°. Carta do governador geral Antonio Telles da Silva, capitão mór da Bahia, aos officiaes da Camara paulista*
1653. Atualizado em 24/10/2025 02:55:16
35°. Parte de S. Paulo uma leva anonyma que após tres mezes de viagem aspera, chegou a Sabarabussú
Notícias bem documentadas informam que, em 1649, barretas de ouro eram fundidas em Paranaguá, cunhadas com o selo real. Nesse ano o Provedor das Minas pediu ajuda à Câmara de São Paulo para ir a Paranaguá impedir o funcionamento da Casa de Fundição lá instalada. E há uma carta de Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, datada de 20 de maio de 1653, comunicando ao Rei que transferira a “Casa”.
20 de maio de 1653, sexta-feira. Atualizado em 27/10/2025 05:01:37
36°. Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, comunicando ao Rei que transferira a "Casa dos Quintos" de Paranaguá para Iguape
Notícias bem documentadas informam que, em 1649, barretas de ouro eram fundidas em Paranaguá, cunhadas com o selo real. Nesse ano o Provedor das Minas pediu ajuda à Câmara de São Paulo para ir a Paranaguá impedir o funcionamento da Casa de Fundição lá instalada. E há uma carta de Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, datada de 20 de maio de 1653, comunicando ao Rei que transferira a “Casa”.
Janeiro de 1661. Atualizado em 01/09/2025 01:31:51
37°. Expedição deveria estar de retorno ao povoado paulistano*
1718. Atualizado em 25/02/2025 04:46:33
38°. Porto
notável esforço dedicado, não apenas, mas principalmente por Alfredo Ellis Júnior (1896-1974) em desprezar Sorocaba. Dentre as 262 páginas do “O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, somente na 249, ao tratar o Bandeirismo em declínio escreve:

Quando o nascer de século dos setecentos presenciava as múltiplas descobertas auríferas, por entre as fragas das serranias centro-minerais, coroando os esforços tenazes da gente paulista, lavrou o cruento destino o decreto irremovível do declínio do bandeirismo.

E, então, foi Ararytaguaba (Porto Feliz) a dolorosa sangria, dilatadamente aberta nas veias paulistas, de onde jorrara, para as bandas de além, o sangue aos borbotões das forças sertanistas, despovoando o berço piratiningano, para povoar os extensos territórios goyano e cuyabano, com a imensa aluvião de exploradores do ouro.

Eis os últimos degraus que descemos, no ingrato setecentismo, onde nos demoramos, por longissimas décadas, até que a cruzada nobilitante do trabalho inicia a sem dúvida pela gente campineira sorocabana, ituana e paulistana em que germinaria finalmente, a semente hereditária do bandeirismo, veio a nos trazer a segunda e definitiva fase da grandeza da nossa pátria paulista que tem como pedestal o maior monumento agrícola, jamais existido na superfície do planeta (...)
1720. Atualizado em 25/02/2025 04:45:15
39°. Demonstraçam topographica do curso do rio Tieté desde a cidade de S. Paulo, thé a confluencia que forma com o rio Paraná, e desta the a barra do rio Yguatemi & a direção deste, thé as suas origens, bdlb.bn.gov.br/ acervo/handle/ 20.500.12156.3/15628
13 de janeiro de 1750, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:40:10
40°. Fernando VI da Espanha e Dom João V de Portugal assinam Tratado de Madrid
Como dissemos, os cursos do grande rio e de seus numerosíssimos afluentes não foram por Castella aproveitados, para a penetração de suas vastíssimas colonias, ficando a bacia amazônica ao abandono. Por isso não foi difícil aos missionários religiosos, portugueses, no século XVIII, aí penetrar, fundando núcleos, que foram marcos possessórios, que valeram perante o tratado de 1750, que mais ou menos contornou o Brasil de hoje.
Janeiro de 1934. Atualizado em 25/02/2025 04:47:03
41°. Bandeira*
Janeiro de 1934. Atualizado em 25/02/2025 04:41:05
42°. Apenas três vereadores*
2014. Atualizado em 29/09/2025 23:04:25
43°. O ITINERÁRIO DAS APARIÇÕES. AYVU RAPYTA E A PALAVRA DE LEÓN CADOGAN.




  Guaianase de Piratininga
  49º de 76
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“História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
1937. Atualizado em 23/10/2025 15:54:11
Relacionamentos
 Cidades (9): Araçoiaba da Serra/SP, Iguape/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (39) Afonso Sanches, Américo Vespúcio (1454-1512), André Gonçalves, Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Bacharel de Cananéa, Bartholomeu Fernandes Mourão (f.1650), Brás Cubas (1507-1592), Caiubi, senhor de Geribatiba, Christovam Jacques (1480-1531), Christovão Pires, Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557), Diogo Garcia de Moguér, Domingos Luís Grou (1500-1590), Fernando Colombo (1488-1539), Francisco de Chaves (1500-1600), Francisco de Sousa (1540-1611), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Gonçalo da Costa, Henrique Montes, Jean de Laet (1571-1649), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753-1830), Manuel Aires de Casal (1754-1821), Manuel I, o Afortunado (1469-1521), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Lopes Lobo de Saldanha, Mestre Bartholomeu Fernandes, Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Mestre Domingos Gonçalves Fernandes (1500-1589), Nuno Manoel (1469-1531), Pedro de Mendoza, Pero (Pedro) de Góes, Pero Capico, Pero Correia (f.1554), Piqueroby (1480-1552), Sebastião Caboto (1476-1557), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Vicente Yáñez Pinzón (1462-1514)
 Temas (28): Assassinatos, Beneditinos, Calçada de Lorena, Caminho do Mar, Cristãos, Curiosidades, Descobrimento do Brazil, Estradas antigas, Gentios, Geografia e Mapas, Graus, Guaianás, Guerra de Iguape, Ilha de Barnabé, Jurubatuba, Geraibatiba, Morpion, Morro do São Jerônimo, N S do Desterro, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora de Montserrate, Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba, Ouro, Pela primeira vez, Porcos, Rio da Prata, São Paulo de Piratininga, Tordesilhas, Vila de Santo André da Borda

Registros mencionados (2)
1. "Historia De Santos" Francisco Martions dos Santos
1 de janeiro de 1503

Um problema que se resolve. Revelação geonomica e ethnographica do primitivo nóme tupy da ilha de S. Vicente. A possivel pátria dos Guayanazes. Identificação permittida pelas affirmativas cartographicas de Kunst- mann e Reinei, de 1503 e 1516.

Só algum tempo depois da chegada do Donatário, em 1532, é que aquelles primitivos habitantes de GOHAYÓ, e portanto os famosos GAYONOS dos Reinei, GUANÁS de Kunstmann, e GUAYANAZES dos portuguezes, começaram a approximar-se em maior numero, integrando muitos o bloco brasílico de Tibiriçá que permaneceu ao lado dos novos dominadores. Cremos nós, aliás, que — gente de GOHAYó, ainda hoje em portuguez corrente, só poderia ser: GOHAYONOS — GOHAYOENSES ou GOHAYONAZES. Dalii, o nóme que ficou na História — GUAYANAZES, que tantos historiadores e ethnógraphos procuram explicar em vão, palpando e tateando a treva de outras raizes ou etymologias.
2. Rio de Janeiro, São Vicente ou Santos: Onde estava Mem de Sá?
31 de março de 1560

Em março de 1560 verifica-se a chegada de Mem de Sá á vila de Santos. Dois fatos importantes se registram: é extinta a vila de Santo André da Borda do Campo, onde Ramalho entravava o desenvolvimento da colonização de serra-acima com a sua extranha adesão aos trabalhos portugueses e dificultava a obra da catequese com os seus exemplos de desenfreada poligamia, erigindo-se em vila o povoado de 1554, São Paulo de Piratininga, fruto dos trabalhos de Nóbrega e da dedicação dos seus companheiros; e, junto á vila de Santos, próximo ao ribeirão de Itotoró, é construído o Forte da Vila, para sossego dos moradores. Nessa ocasião, partindo Mem de Sá, levou do Porto de Santos e da vizinha vila de São Vicente, algumas forças e embarcações ligeiras para combate aos francese de Villegaignon que infestavam o Rio de Janeiro. [Páginas 258 e 259]
Registros mencionados (64)
1198 - Primeiro registro da palavra “Brasile” [22627]
22/08/1424 - Mapa existente na biblioteca do Duque de Weimar exibe as Antilhas [22616]
1438 - Relato de João de Barros [22611]
1473 - Colombo [28279]
25/06/1474 - Carta de Toscanelli a Fernão Martins [29338]
1489 - Mapa de Henry Martelli [22622]
07/06/1494 - Tratado de Tordesilhas [8421]
02/07/1494 - Ratificado o Tratado de Tordesilhas em Setúbal [22619]
13/11/1499 - A esquadra, composta por quatro caravelas, zarpou de Palos de la Frontera [29131]
27/04/1500 - Desembarcára com o piloto do Capitão Mór e com o de Sancho de Tovar, na terra que acabavam de descobrir, fazendo nella a prova do descobrimento anterior [22623]
01/05/1500 - Cartas de Caminha e do Mestre João Emenelau Farás [7461]
09/07/1501 - Carta do rei dom Manuel, datada de Sintra, anunciando aos príncipes católicos o descobrimento da terra de Santa Cruz, por Pedro Álvares Cabral [11318]
07/08/1501 - Chegou a Armada de Vespucio á costa brasileira [22632]
16/08/1501 - A esquadra portuguesa de André Gonçalves e Américo Vespúcio, vinda de Lisboa, avista o cabo a que se deu o nome de São Roque [11670]
28/08/1501 - A esquadrilha de André Gonçalves entra no Rio de São Francisco [11792]
18/10/1501 - Carta de Pietro Pascuáligo [22617]
06/01/1502 - Descobrimento de Angra dos Reis por André Gonçalves e Américo Vespúcio [9805]
07/09/1502 - André Gonçalves e Américo Vespúcio chegam a Lisboa depois de terem feito a primeira exploração do litoral brasileiro, do cabo de São Roque a Cananéia. [11875]
01/01/1503 - "Historia De Santos" Francisco Martions dos Santos [22607]
10/05/1503 - Resolveu El-Rei D. Manoel nova expedição, sob o comando de Gonçalo Coelho, com o titulo de capitão-mór [21936]
1506 - Expedição de Nuno Manoel [22641]
1510 - Fundação do primeiro povoado de São Vicente [22639]
22/03/1511 - Parte do porto de Lisboa a nau Bretoa, de que era capitão Cristóvão Pires, escrivão Duarte Fernandes e piloto João Lopes de Carvalho, quem depois acompanhou a Fernando de Magalhães na primeira viagem de circunavegação do globo [12933]
12/10/1514 - A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel [22695]
01/01/1516 - Cristóvão Jacques, no comando de duas caravelas, foi encarregado do patrulhamento da costa brasileira, a fim de desestimular incursões de corsários franceses [22407]
1520 - Caminho do Peabiru [22398]
1525 - Relato de João de Barros [22610]
1526 - De 1525 a 1541 haviam quatro portos [22599]
16/07/1526 - Pero Capico volta a Portugal [22413]
01/01/1527 - Chegada de Diogo Garcia de Moguer [21461]
1527 - Pero Capico deixa o Brasil [22648]
26/10/1528 - Posse de Antonio Ribeiro [22644]
1530 - Resolve voltar a Portugal e para isso obtém passagem a bordo da “Nossa Senhora do Rosário”, nau capitânia de Diogo Garcia de Moguér [22399]
1530 - Armada de Sebastião Caboto passa pela ilha de Santo Amaro [22065]
1530 - “Estas ilhas (São Vicente e Santo Amaro), os portugueses crêem ficar no continente que lhes pertence, dentro da sua linha de partilha; eles porém se enganam [22403]
01/08/1530 - Gonçalo da Costa chega a San Lucas de Barrameda em fins de agosto* [22400]
20/09/1530 - Verificada a recusa não declarada de Gonçalo da Costa às propostas do rei, e a sua retirada para a Espanha, o rei de Portugal se apressou em escrever a Martim Afonso de Sousa [22404]
16/11/1530 - Segundo alguns historiadores, a prova da traição de Henrique Montes seria a “pressa” com que o rei D. João o nomeou Provedor dos Mantimentos da armada [22405]
03/12/1530 - A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa partiu de Lisboa [12955]
01/07/1531 - Mestre retira-se para Iguape* [22646]
17/08/1531 - Diário de Pero Lopes [11623]
10/10/1532 - Martim Afonso concede sesmarias [21966]
1533 - Adorno assassina Henrique Montes [22649]
01/09/1534 - Armada parte para fundar Buenos Aires [22401]
01/03/1536 - Fundação de Buenos Aires* [21887]
25/09/1536 - Concessão a Bras Cubas / Pascoal Fernandes e Domingos Pires já tinham estabelecido, a leste do ribeiro de São Jerônimo, depois chamado de “Montserrate” [12063]
10/08/1540 - Terras para Bras Cubas [22539]
17/12/1548 - Regimento (instruções) dado por dom João III a Tomé de Sousa, primeiro governador-geral nomeado para o Brasil: “Primeira Constituição do Brasil” [12815]
01/01/1553 - Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei [25214]
03/04/1555 - Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei escrita de São Salvador da Bahia [22690]
1557 - História Geral das Índias Ocidentais, Frei Antonio de São Romão [28057]
31/03/1560 - Rio de Janeiro, São Vicente ou Santos: Onde estava Mem de Sá? [10473]
1594 - Diálogos da Varia História [27158]
02/08/1599 - “Estando em Biraçoyaba, passou ordem ao provedor Braz Cubas, para fazer cobrar 200$000 do fiador dos flamengos João Guimarães e Nicolau Guimarães, para as despezas que estavam fazendo com a gente do trabalho, com que se achava naquelas minas e com os soldados de infantaria que o acompanhavam” [22452]
1600 - Tordesilhas [27854]
1602 - a Igreja do Monte Serrate, edificada em 1602 por D. Francisco Souza [24911]
1620 - Desde os anos 1620, em terras que haviam pertencido a Mestre Bartholomeu Fernandes ou Gonçalves, o famoso ferreiro, vindo na Armada de Martim Afonso, e cujo filho Bartholomeu Fernandes Mourão doou-a á Ordem Beneditina [21463]
27/04/1656 - Em 1656, a 27 de Abril, a Igreja do Monte Serrate, edificada em 1602 por D. Francisco de Souza, éra doada aos benedictinos [23809]
1675 - História da Nova Luzitânia, Brito Freire [27858]
1681 - Em 1681, governando a Capitania o Capitão-Mór Diogo Pinto do Rego, o famoso paulista Lourenço Castanho Taques com Luiz P. Penedo e João Francisco Veigas assignaram um contracto [22691]
1728 - Évora Gloriosa [27352]
13/01/1750 - Fernando VI da Espanha e Dom João V de Portugal assinam Tratado de Madrid [8186]
1775 - O Capitão-General Martim Lopes Lobo Saldanha, foi quem mandou, depois de 1775, construir o primeiro aterrado que houve entre os rios Grande e Pequeno [22692]
1798 - NOTICIAS DOS ANNOS EM QUE SE DESCOBRIU O BRASIL [28004]





  Guaianase de Piratininga
  50º de 76
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25 de janeiro de 1938, sexta-feira
Atualizado em 28/10/2025 07:16:38
“A profecia de Anchieta”, Dalmo Belfort Matos. Correio Paulistano/SP. Página 4
Cidades (3): São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Guarulhos/SP
Pessoas (8): Domingos Luís Grou, José de Anchieta, Luís da Grã, Paulo de Proença Varella, Martim Afonso de Melo Tibiriçá, Caiubi, senhor de Geribatiba, Pedro Dias, Terebê (Maria da Grã)
Temas (13): Bilreiros de Cuaracyberá, Ermidas, capelas e igrejas, Carijós/Guaranis, Habitantes, Pories, Rio Cubatão, Tamoios, Tupiniquim, Guaianás, Tabatinguera, Portos, Rio Tamanduatei, Prata
Jornal Correio Paulistano
Data: 1938
Créditos: Página 2
    Registros relacionados
10 de julho de 1562, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:12
1°. Cerco de Piratininga ou A Guerra de Piratininga
São Paulo de Piratininga, 1562. Entardecer de inverno. Um sol esmaecido lava as taipas do Colégio. E desenha a fila de paliçadas, que dizem para o Anhangabaú. Nuvens fuscas esbatem, ao longe, e Morro da Tabatinguéra e esfumam as várzeas do Tamanduatehy. A sombra cresce no grotão da Boa Vista e se avoluma para as bandas do Porto Geral.

E em torno, para além das malocas guaynazes, divisam-se os primeiros caapões, que precedem a mata. A mata, donde semanas atrás haviam surgido, uivantes, os milhares de bugres - tamoyos e tupiniquins, puris e carijós, ibirajaras e guarulhos, apavorando com o alarido das pocemas guerreiras e agitando as tangapemas de pau ferro...

Paira, no ar, uma tristeza indefinida. Que brota das nuvens cinzentas. Que se irradias das rechás. E vem deprimir, mais ainda, o moral abatido dos guerreiros de Tibiriça e das gentes de Cai-uby. E aumentar a nostalgia dos que vieram de longe, nos caravelões manuelinos, trazendo á capitania a audácia de cruzados e a ambição quinhentista, - sentimentos que parecem lhes tufar os gibões de couro crú.

Tudo é hostil. O bugre e a terra. Os rios, onde dormem carapanás e yaras. A floresta, onde urram corinqueans e guayazies... E, depois de cem léguas, a pobreza da vila, encravada á beira do campo. E o pavor difuso do Desconhecido. E o mistério surdindo das grotas, das praias: - pedras gemedoras do Cubatão, pedrarias a dormirem nas furnas encantadas... E o desconforto. A fadiga. E o amor, que fala do outro lado do mar...

As palestras descaem. O Padre Manuel de Paiva cochicha com Luis da Grã. Pedro Dias quéda silencioso, aconchegado a Terebé - filha do cacique que, a selvagem airosa, que ele desposara, dias atrás, no egreijó de taipa de pilão. Domingos Luis Grou desabafa temores, com Braz Gonçalves. E Tibiriça cisma, olhando a trilha "que vai para a várzea do Yacuba". - Tudo periga, diz Luis Grou. Ramalho bandeado com os do Parahyba. Os franceses açulando ódios na Guanabara. E o governador-geral, em vez de enviar-nos socorros, só pede centenas de arcos, para tomar Uruçú-mirim...São Paulo de Piratininga, 1562. Entardecer de inverno. Um sol esmaecido lava as taipas do Colégio. E desenha a fila de paliçadas, que dizem para o Anhangabaú. Nuvens fuscas esbatem, ao longe, e Morro da Tabatinguéra e esfumam as várzeas do Tamanduatehy. A sombra cresce no grotão da Boa Vista e se avoluma para as bandas do Porto Geral.

E em torno, para além das malocas guaynazes, divisam-se os primeiros caapões, que precedem a mata. A mata, donde semanas atrás haviam surgido, uivantes, os milhares de bugres - tamoyos e tupiniquins, puris e carijós, ibirajaras e guarulhos, apavorando com o alarido das pocemas guerreiras e agitando as tangapemas de pau ferro...

Paira, no ar, uma tristeza indefinida. Que brota das nuvens cinzentas. Que se irradias das rechás. E vem deprimir, mais ainda, o moral abatido dos guerreiros de Tibiriça e das gentes de Cai-uby. E aumentar a nostalgia dos que vieram de longe, nos caravelões manuelinos, trazendo á capitania a audácia de cruzados e a ambição quinhentista, - sentimentos que parecem lhes tufar os gibões de couro crú.

Tudo é hostil. O bugre e a terra. Os rios, onde dormem carapanás e yaras. A floresta, onde urram corinqueans e guayazies... E, depois de cem léguas, a pobreza da vila, encravada á beira do campo. E o pavor difuso do Desconhecido. E o mistério surdindo das grotas, das praias: - pedras gemedoras do Cubatão, pedrarias a dormirem nas furnas encantadas... E o desconforto. A fadiga. E o amor, que fala do outro lado do mar...

As palestras descaem. O Padre Manuel de Paiva cochicha com Luis da Grã. Pedro Dias quéda silencioso, aconchegado a Terebé - filha do cacique que, a selvagem airosa, que ele desposara, dias atrás, no egreijó de taipa de pilão. Domingos Luis Grou desabafa temores, com Braz Gonçalves. E Tibiriça cisma, olhando a trilha "que vai para a várzea do Yacuba".

- Tudo periga, diz Luis Grou. Ramalho bandeado com os do Parahyba. Os franceses açulando ódios na Guanabara. E o governador-geral, em vez de enviar-nos socorros, só pede centenas de arcos, para tomar Uruçú-mirim...

- Tendes razão, opinam outros. Que será de nós se a vugrada renovar o assalto ás tranqueiras de Piratininga?...

- Só um nos pode valer e guiar assevera Paulo de Proença. O padre Anchieta. Ele tem grande saber. E os nativos narram vários prodígios a que assistiram... E se fossemos consulta-lo?

- Tendes razão, opinam outros. Que será de nós se a vugrada renovar o assalto ás tranqueiras de Piratininga?...

- Só um nos pode valer e guiar assevera Paulo de Proença. O padre Anchieta. Ele tem grande saber. E os nativos narram vários prodígios a que assistiram... E se fossemos consulta-lo?
11 de julho de 1562, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:12
2°. Vitória de Tibiriça, cacique dos Guaianase de Piratininga
1600. Atualizado em 25/02/2025 04:41:41
3°. São Paulo contava com um pouco mais de 170 moradores, portanto um acréscimo de 80% numa década

  


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