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Atualizado em 31/10/2025 01:53:47 João Missel Gigante escreveu seu testamento
• 1°. Consulta em projetocompartilhar.org 30 de julho de 2024, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 23:36:46 Testamento da esposa de André Fernandes Antônia de Oliveira ![]() Data: 1954 Créditos: Museu Histórico Sorocabano Bairro da Árvore Grande(colorida d(.255.((emm)(praça
• 1°. geni.com Primeiro burro castiço
Atualizado em 31/10/2025 01:53:48 Inventários e Testamentos, 1920. Volume VIII
Atualizado em 01/11/2025 07:11:50 História das missões orientais do Uruguai. Aurélio Pôrto. ![]() Data: 1954 Créditos: Aurélio Pôrto Página 159
• 1°. Martim Afonso concede sesmarias • 2°. Concessão a Bras Cubas / Pascoal Fernandes e Domingos Pires já tinham estabelecido, a leste do ribeiro de São Jerônimo, depois chamado de “Montserrate” • 3°. Cabeza de Vaca foi deposto em 24 de abril e recambiado á Hespanha. Em seu lugar elegeram os rebeldes Irala que a contra gosto aceitou a investidura Em substituição a Álvar Núnez Cabeza de Vaca, governador do Prata, que fora preso e deportado de Assunção, escolhe el-rei, em competição com outro candidato a esse cargo, a João de Sanábria, homem nobre e rico, que apresta logo uma expedição para se transportar à sua governança. Aparelhada já estava a frota que a devia transportar quando faleceu "o capitão João de Sanábria, que nesses preparativos empregara todos os bens que possuía. Substituiu-o seu filho Diogo de Sanábria. Compunha-se a expedição de uma nau e duas caravelas, e nela vinham a viúva de João de Sanábria, D. Mencia Calderon e duas filhas, D. Maria e D. Mencia. Partiu a frota de Sanlúcar, no ano de 1552. Como cabo da gente dela regressava ao Paraguai o capitão João de Salazar de Espinosa, que fora deportado de Assunção e seguira para a Espanha na mesma caravela que conduzira o governador Cabeza de Vaca. Vinham, na mesma expedição, vários fidalgos e povoadores, entre os quais se destacavam Cristóvão de Saavedra, filho do correio-mor Hernando de Trejo e o capitão Becerra que trazia mulher e filhos, em nau de sua propriedade. Depois de longa viagem, aportou a esquadra ao Brasil e na Laguna, à entrada da barra, perdeu-se o navio de Becerra com tudo quanto trazia, salvando-se unicamente a gente que pôde chegar à terra. Desavieram-se aí o piloto-mor e o capitão Salazar, e sendo eleito Hernando de Trejo chefe da expedição, retiraram-se para São Vicente vários componentes da armada. Trejo, compreendendo a necessidade que se fazia sentir de uma povoação que fosse escala, na costa do Brasil, para atingir Assunção, indo ao porto de São Francisco ali lançou, em 1553, os fundamentos de uma cidade. Estabelecendo-se aí, casou com D. Maria de Sanábria, viúva de João de Sanábria, nascendo em, território brasileiro, desse matrimónio, Dom Frei Hernando de Trejo, que foi bispo de Tucumã e fundador da sua Universidade. Não faltaram trabalhos e misérias naquela incipiente fundação e Trejo, atendendo a rogos insistentes de sua mulher, resolveu abandonar a povoação, seguindo por terra para o Paraguai. Depois de trabalhos sem conto e duros meses de largas provações, em que morreram de fome 32 soldados que se perderam, chegou Hernando de Trejo a Assunção, onde o general Domingos de Irala, nomeado governador do Rio da Prata, o conservou preso por largo tempo, por ter abandonado o porto de São Francisco, que fundara, e que tão necessário se tornava para as entradas, por terra, no Paraguai. O capitão João de Salazar, que fora para São Vicente, havia casado com D. Elvira de Contreras, filha do capitão Becerra, e aí se encontrou com o capitão João Diaz de Melgarejo, com quem concertou voltar a Assunção. Fizera Salazar, na vila de Martim Afonso, boas relações de amizade com os moradores, insinuando a muitos deles as vantagens que teriam passando com famílias e bens à cidade de Assunção. E tal foi a propaganda e a retirada de povoadores para o Paraguai que o P. Manuel de Nóbrega, temendo o despovoamento da capitania de São Vicente, «pela pouca conta e cuidado que el-rei e Martim Afonso de Sousa têm, e se vão lá passando ao Paraguai pouco a
, diz que «seria bom ter a Companhia lá um ninho onde se recolhesse quando de todo São Vicente se
. Além disto, «estando lá os da Companhia se apagariam alguns escândalos que os castelhanos têm dos portugueses, e a meu parecer com muita razão, porque usaram mui mal com uns que vieram a São Vicente, que se perderam de uma armada do Rio da Prata. 2:: ) Entre as pessoas que se ligam a Salazar contam-se os irmãos Cipião 24 ) e Vicente de Góis, oriundos de troncos ilustres de povoadores vicentinos, filhos de Luís de Góis* fidalgo da Casa Real, irmão de Pedro de Góis, que foi donatário da capitania de São Tomé e capitão-mor de uma armada que, em Fevereiro de 1553, estava surta no porto de Santos. Segundo refere Frei Gaspar da Madre de Deus residiu Luís de Góis alguns anos em São Vicente, dali saindo com sua mulher D. Catarina de Andrade e Aguilar, quando seu irmão, Pedro de Góis, os transportou para a capitania que ia fundar, no ano acima referido. Anteriormente Pedro de Góis doara-lhe o engenho da Madre de Deus, que ficava em terras fronteiras ao de Engagaçu. - ) • 4°. Mencia Caldéron partiu* • 5°. Conflito entre o Padre Leonardo Nunes e «um homem que havia quarenta annos estava na terra já tinha bisnetos e sempre viveu em peccado mortal e andava excommungado" Em 1550 João Ramalho funda Santo André da Borda do Campo de Piratininga, por sugestão do Padre Leonardo Nunes, a primeira povoação européia na América Portuguesa a se distanciar do litoral: Mas, é no planalto, onde João Ramalho funda Santo André da Borda do Campo, e os jesuítas, mais tarde, Piratininga, que se desenvolve a criação de gados pela excelência dos campos que ali se encontram. Fundado o Colégio, que dá origem a São Paulo, quando o Padre Nóbrega aí vem compreende que ele não poderá manter-se e sustentar-se sem terras e gados que suprem às necessidades de alimentação e indústria dos Irmãos; e, "se não foram as terras e vacas que o Padre Nóbrega com tanta caridade foi granjeando e que é a melhor sustentação que agora tem com que se criou tantos Irmãos", informa Anchieta, não poderia subsistir o Colégio. [História das missões orientais do Uruguai, 1954. Aurélio Pôrto. Página 248] • 6°. Caminho Em substituição a Álvar Núnez Cabeza de Vaca, governador do Prata, que fora preso e deportado de Assunção, escolhe el-rei, em competição com outro candidato a esse cargo, a João de Sanábria, homem nobre e rico, que apresta logo uma expedição para se transportar à sua governança. Aparelhada já estava a frota que a devia transportar quando faleceu "o capitão João de Sanábria, que nesses preparativos empregara todos os bens que possuía. Substituiu-o seu filho Diogo de Sanábria. Compunha-se a expedição de uma nau e duas caravelas, e nela vinham a viúva de João de Sanábria, D. Mencia Calderon e duas filhas, D. Maria e D. Mencia. Partiu a frota de Sanlúcar, no ano de 1552. Como cabo da gente dela regressava ao Paraguai o capitão João de Salazar de Espinosa, que fora deportado de Assunção e seguira para a Espanha na mesma caravela que conduzira o governador Cabeza de Vaca. Vinham, na mesma expedição, vários fidalgos e povoadores, entre os quais se destacavam Cristóvão de Saavedra, filho do correio-mor Hernando de Trejo e o capitão Becerra que trazia mulher e filhos, em nau de sua propriedade. Depois de longa viagem, aportou a esquadra ao Brasil e na Laguna, à entrada da barra, perdeu-se o navio de Becerra com tudo quanto trazia, salvando-se unicamente a gente que pôde chegar à terra. Desavieram-se aí o piloto-mor e o capitão Salazar, e sendo eleito Hernando de Trejo chefe da expedição, retiraram-se para São Vicente vários componentes da armada. Trejo, compreendendo a necessidade que se fazia sentir de uma povoação que fosse escala, na costa do Brasil, para atingir Assunção, indo ao porto de São Francisco ali lançou, em 1553, os fundamentos de uma cidade. Estabelecendo-se aí, casou com D. Maria de Sanábria, viúva de João de Sanábria, nascendo em, território brasileiro, desse matrimónio, Dom Frei Hernando de Trejo, que foi bispo de Tucumã e fundador da sua Universidade. Não faltaram trabalhos e misérias naquela incipiente fundação e Trejo, atendendo a rogos insistentes de sua mulher, resolveu abandonar a povoação, seguindo por terra para o Paraguai. Depois de trabalhos sem conto e duros meses de largas provações, em que morreram de fome 32 soldados que se perderam, chegou Hernando de Trejo a Assunção, onde o general Domingos de Irala, nomeado governador do Rio da Prata, o conservou preso por largo tempo, por ter abandonado o porto de São Francisco, que fundara, e que tão necessário se tornava para as entradas, por terra, no Paraguai. O capitão João de Salazar, que fora para São Vicente, havia casado com D. Elvira de Contreras, filha do capitão Becerra, e aí se encontrou com o capitão João Diaz de Melgarejo, com quem concertou voltar a Assunção. Fizera Salazar, na vila de Martim Afonso, boas relações de amizade com os moradores, insinuando a muitos deles as vantagens que teriam passando com famílias e bens à cidade de Assunção. E tal foi a propaganda e a retirada de povoadores para o Paraguai que o P. Manuel de Nóbrega, temendo o despovoamento da capitania de São Vicente, «pela pouca conta e cuidado que el-rei e Martim Afonso de Sousa têm, e se vão lá passando ao Paraguai pouco a
, diz que «seria bom ter a Companhia lá um ninho onde se recolhesse quando de todo São Vicente se
. Além disto, «estando lá os da Companhia se apagariam alguns escândalos que os castelhanos têm dos portugueses, e a meu parecer com muita razão, porque usaram mui mal com uns que vieram a São Vicente, que se perderam de uma armada do Rio da Prata. 2:: ) Entre as pessoas que se ligam a Salazar contam-se os irmãos Cipião 24 ) e Vicente de Góis, oriundos de troncos ilustres de povoadores vicentinos, filhos de Luís de Góis* fidalgo da Casa Real, irmão de Pedro de Góis, que foi donatário da capitania de São Tomé e capitão-mor de uma armada que, em Fevereiro de 1553, estava surta no porto de Santos. Segundo refere Frei Gaspar da Madre de Deus residiu Luís de Góis alguns anos em São Vicente, dali saindo com sua mulher D. Catarina de Andrade e Aguilar, quando seu irmão, Pedro de Góis, os transportou para a capitania que ia fundar, no ano acima referido. Anteriormente Pedro de Góis doara-lhe o engenho da Madre de Deus, que ficava em terras fronteiras ao de Engagaçu. - ) • 7°. Sesmarias e gados de Pero Correa são doados aos jesuítas • 8°. O fundador de Ciudad Real e Villa Rica, Ruy Dias de Melgarejo, acabou passando por São Vicente Muito teriam influído sobre a resolução dos irmãos Góis, se- gundo parece, as insinuações e promessas que lhes teria feito João Diaz Melgarejo, capitão paraguaio, partidário de Cabeza de Vaca, e foragido nessa capitania, aonde chegara, procedente do Guairá. Há, sobre sua actuação em São Vicente, entre as acusa- ções que lhe são feitas por Gregório de Acosta, referência ao caso dos irmãos Góis, que «enganara com palavras e
e maltratara, tirando-lhés «
quando chegou ao povo de Piquiri, em Guairá. Acosta acusa Melgarejo de ter «tirado a mulher a um
(Cipião), não obstante ser ela sua comadre. Diz Gregório de Acosta que Melgarejo «quando esteve em São Vicente, onde se casou com sua mulher, despojou um engenho de açúcar e deitou a perder um cavaleiro português, que se chamava Luís de Góis, e enganou a seus dois filhos que eram mancebos, com palavras e prometimentos, de maneira que Luís de Góis, pai dos moços e sua mulher morreram de pesar, e os moços que levou consigo, depois que chegaram ao Povo de Piquiri, os tratou muito mal e lhes tirou as fazendas e a um deles sua mulher e infamou-o com ela sendo sua comadre. • 9°. Fundó un pueblo que llamó de San Francisco Desavieram-se aí o piloto-mor e o capitão Salazar, e sendo eleito Hernando de Trejo chefe da expedição, retiraram-se para São Vicente vários componentes da armada. Trejo, compreendendo a necessidade que se fazia sentir de uma povoação que fosse escala, na costa do Brasil, para atingir Assunção, indo ao porto de São Francisco ali lançou, em 1553, os fundamentos de uma cidade. Estabelecendo-se aí, casou com D. Maria de Sanábria, viúva de João de Sanábria, nascendo em, território brasileiro, desse matrimónio, Dom Frei Hernando de Trejo, que foi bispo de Tucumã e fundador da sua Universidade. Não faltaram trabalhos e misérias naquela incipiente fundação e Trejo, atendendo a rogos insistentes de sua mulher, resolveu abandonar a povoação, seguindo por terra para o Paraguai. Depois de trabalhos sem conto e duros meses de largas provações, em que morreram de fome 32 soldados que se perderam, chegou Hernando de Trejo a Assunção, onde o general Domingos de Irala, nomeado governador do Rio da Prata, o conservou preso por largo tempo, por ter abandonado o porto de São Francisco, que fundara, e que tão necessário se tornava para as entradas, por terra, no Paraguai. O capitão João de Salazar, que fora para São Vicente, havia casado com D. Elvira de Contreras, filha do capitão Becerra, e aí se encontrou com o capitão João Diaz de Melgarejo, com quem concertou voltar a Assunção. Fizera Salazar, na vila de Martim Afonso, boas relações de amizade com os moradores, insinuando a muitos deles as vantagens que teriam passando com famílias e bens à cidade de Assunção. E tal foi a propaganda e a retirada de povoadores para o Paraguai que o P. Manuel de Nóbrega, temendo o despovoamento da capitania de São Vicente, "pela pouca conta e cuidado que el-rei e Martim Afonso de Sousa têm, e se vão lá passando ao Paraguai pouco a pouco", diz que "seria bom ter a Companhia lá um ninho onde se recolhesse quando de todo São Vicente se despovoasse". Além disto, estando lá os da Companhia se apagariam alguns escândalos que os castelhanos têm dos portugueses, e a meu parecer com muita razão, porque usaram mui mal com uns que vieram a São Vicente, que se perderam de uma armada do Rio da Prata. Entre as pessoas que se ligam a Salazar contam-se os irmãos Cipião e Vicente de Góis, oriundos de troncos ilustres de povoadores vicentinos, filhos de Luís de Góis fidalgo da Casa Real, irmão de Pedro de Góis, que foi donatário da capitania de São Tomé e capitão-mor de uma armada que, em Fevereiro de 1553, estava surta no porto de Santos. • 10°. Chegada a São Vivente* Em substituição a Álvar Núnez Cabeza de Vaca, governador do Prata, que fora preso e deportado de Assunção, escolhe el-rei, em competição com outro candidato a esse cargo, a João de Sanábria, homem nobre e rico, que apresta logo uma expedição para se transportar à sua governança. Aparelhada já estava a frota que a devia transportar quando faleceu "o capitão João de Sanábria, que nesses preparativos empregara todos os bens que possuía. Substituiu-o seu filho Diogo de Sanábria. Compunha-se a expedição de uma nau e duas caravelas, e nela vinham a viúva de João de Sanábria, D. Mencia Calderon e duas filhas, D. Maria e D. Mencia. Partiu a frota de Sanlúcar, no ano de 1552. Como cabo da gente dela regressava ao Paraguai o capitão João de Salazar de Espinosa, que fora deportado de Assunção e seguira para a Espanha na mesma caravela que conduzira o governador Cabeza de Vaca. Vinham, na mesma expedição, vários fidalgos e povoadores, entre os quais se destacavam Cristóvão de Saavedra, filho do correio-mor Hernando de Trejo e o capitão Becerra que trazia mulher e filhos, em nau de sua propriedade. Depois de longa viagem, aportou a esquadra ao Brasil e na Laguna, à entrada da barra, perdeu-se o navio de Becerra com tudo quanto trazia, salvando-se unicamente a gente que pôde chegar à terra. Desavieram-se aí o piloto-mor e o capitão Salazar, e sendo eleito Hernando de Trejo chefe da expedição, retiraram-se para São Vicente vários componentes da armada. Trejo, compreendendo a necessidade que se fazia sentir de uma povoação que fosse escala, na costa do Brasil, para atingir Assunção, indo ao porto de São Francisco ali lançou, em 1553, os fundamentos de uma cidade. Estabelecendo-se aí, casou com D. Maria de Sanábria, viúva de João de Sanábria, nascendo em, território brasileiro, desse matrimónio, Dom Frei Hernando de Trejo, que foi bispo de Tucumã e fundador da sua Universidade. Não faltaram trabalhos e misérias naquela incipiente fundação e Trejo, atendendo a rogos insistentes de sua mulher, resolveu abandonar a povoação, seguindo por terra para o Paraguai. Depois de trabalhos sem conto e duros meses de largas provações, em que morreram de fome 32 soldados que se perderam, chegou Hernando de Trejo a Assunção, onde o general Domingos de Irala, nomeado governador do Rio da Prata, o conservou preso por largo tempo, por ter abandonado o porto de São Francisco, que fundara, e que tão necessário se tornava para as entradas, por terra, no Paraguai. O capitão João de Salazar, que fora para São Vicente, havia casado com D. Elvira de Contreras, filha do capitão Becerra, e aí se encontrou com o capitão João Diaz de Melgarejo, com quem concertou voltar a Assunção. Fizera Salazar, na vila de Martim Afonso, boas relações de amizade com os moradores, insinuando a muitos deles as vantagens que teriam passando com famílias e bens à cidade de Assunção. E tal foi a propaganda e a retirada de povoadores para o Paraguai que o P. Manuel de Nóbrega, temendo o despovoamento da capitania de São Vicente, «pela pouca conta e cuidado que el-rei e Martim Afonso de Sousa têm, e se vão lá passando ao Paraguai pouco a
, diz que «seria bom ter a Companhia lá um ninho onde se recolhesse quando de todo São Vicente se
. Além disto, «estando lá os da Companhia se apagariam alguns escândalos que os castelhanos têm dos portugueses, e a meu parecer com muita razão, porque usaram mui mal com uns que vieram a São Vicente, que se perderam de uma armada do Rio da Prata. 2:: ) Entre as pessoas que se ligam a Salazar contam-se os irmãos Cipião 24 ) e Vicente de Góis, oriundos de troncos ilustres de povoadores vicentinos, filhos de Luís de Góis* fidalgo da Casa Real, irmão de Pedro de Góis, que foi donatário da capitania de São Tomé e capitão-mor de uma armada que, em Fevereiro de 1553, estava surta no porto de Santos. Segundo refere Frei Gaspar da Madre de Deus residiu Luís de Góis alguns anos em São Vicente, dali saindo com sua mulher D. Catarina de Andrade e Aguilar, quando seu irmão, Pedro de Góis, os transportou para a capitania que ia fundar, no ano acima referido. Anteriormente Pedro de Góis doara-lhe o engenho da Madre de Deus, que ficava em terras fronteiras ao de Engagaçu. - ) • 11°. Quatro aldeias • 12°. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi Em 1554, quando da fundação de São Paulo pelos Padres, já se contavam quatro aldeias vicentinas: São Vicente, Santos, Santo André, Itanhaém. Com excepção de Piratininga e de Santo André, "todas estas três vilas são pobres, de poucos mantimentos e gado, porém abundantes em açúcar". Mas Piratininga «é terra de grandes campos, fertilíssima em muitos pastos e gados de bois, porcos, cavalos, etc. e abastece de muitos
; "os nossos comem de ordinário vaca, que é tenra e sadia, ainda que não muito gorda" informa Anchieta. • 13°. Fuga para o Paraguai* Urgindo, porém, o regresso ao Paraguai, conseguiu Salazar, com a participação de Góis e outros portugueses, aprestar os preparativos para a fuga, que teve lugar, provavelmente, em Maio de 1555. Grande era a comitiva, que se compunha de dez soldados espanhóis, seis portugueses, além de Cipião de Góis e sua mulher, João Diaz Melgarejo, Vicente de Góis, capitão João de Salazar e D. Isabel de Contreras, «com quem me casei, e duas filhas suas, e outras três mulheres
, diz Salazar em sua carta citada. Tendo conhecimento da fuga dos espanhóis procuraram as autoridades de São Vicente impedir levassem-na a efeito, empre- gando para isto, se necessário, meios violentos. Passariam os fugitivos por uma aldeia de tupis, que ficava 12 léguas adiante do povoado português, aos quais foi ordenado obstassem a passagem da expedição, prendendo os fugitivos que, se resistissem, deveriam ser sacrificados. Teve o P. Manuel da Nóbrega, que estava em São Vicente, notícia certa dessa determinação e se deu pressa de ir até a aldeia convencer os tupis de que praticariam um acto reprovável, mal visto por Deus e pelo próprio rei. E assim pôde a comitiva passar incólume, embrenhando-se logo no sertão, rumando para Oeste. Cinco meses levou a expedição para atingir Guairá, e daí Assunção, aonde, depois de penosos trabalhos, chegou em Outubro de 1555. • 14°. Após cinco meses meses a expedição chegou a Assunção* Cinco meses levou a expedição para atingir Guairá, e daí Assunção, aonde, depois de penosos trabalhos, chegou em Outubro de 1555. 28 )
É nessa ocasião que os irmãos Góis introduzem no Paraguai o primeiro gado vacum que vai fundar a pecuária assuncenha e que procede do engenho de Madre de Deus, de que estavam encarregados. São as célebres «sete vacas de
, de que Rui Diaz de Guzmán nos transmite a tradição. «Estes foram os primeiros que trouxeram vacas a esta província, fazendo-as caminhar muitas léguas por terra, e depois pelo rio em balsas; eram sete vacas e um touro a cargo de um fulano Gaete, que chegou com elas a Assunção com grande trabalho e dificuldade somente pelo interesse de uma vaca que se lhe indicou como salário, donde ficou naquela terra um provérbio que diz: «são mais caras do que as vacas de Gaete.» - >!l ) É interessante notar que só existe deste facto, que é transcendental para a história da pecuária no Rio da Prata, essa simples citação do autor da Argentina que a recebeu, naturalmente, por tradição oral. As cartas de João de Salazar, que descrevem a viagem e os acidentes dela; as dos Jesuítas, que a isto fazem referência, absolutamente não dizem uma palavra sobre o transporte desse gado que deveria constituir um acontecimento notável na época. A própria quantidade, «sete vacas e um
, pelo seu simbolismo, incorpora-se à legenda das coisas miraculosas. • 15°. Um documento sobre a demarcação das terras de Brás Cubas, de 1567, confirma esta localização na foz do Tamanduateí: “[a propriedade] começará a partir pela banda oeste que vae daí [ao] caminho de Piratininga (...) sempre pelo dito caminho assim como vae passando o rio Tamanduateí e daí corta direito sempre pelo dito caminho que vae a Piratininga que está na borda do rio Grande [Tietê] que vem do Piquiri [no atual Tatuapé] e ai vae correndo direito para o sertão” figura o fidalgo Brás Cubas, que veio na armada de Martim Afonso, e que mais tarde é o fundador de Santos. Data a
concessão de 10 de Outubro de 1532 a que, em 1536, agrega as terras de Jerebatiba. Sua fazenda, demarcada em 1567, ficava junto à aldeia do Paqueri e nela tinha uma capela dedicada a Santo António, coberta de telha, e casas fortes, além de muito gado, assim vacum,
como suíno. É um dos primeiros que iniciam a criação de gados, cujo casco foi grandemente aumentado com a vinda de seu
pai, que chegou a São Vicente em 1537, trazendo «muita fazen-
. 17 ) [2] • 16°. Determinação da Câmara Apesar de sacrifícios impostos aos criadores pela guerra contra os índios e fornecimento às armadas reais, os gados se multiplicavam assombrosamente nos campos piratininganos para onde também acorriam vicentistas e paulistas que, no planalto, tinham também as suas criações. E para evitar pleitos constantes, determinou a Câmara o registro dos primeiros sinais, marcas ou ferros de gado. A ata de 27-V-1576 traz os nomes desses fundadores de pecuária nacional: Afonso Sardinha, cujo sinal era "orelha espontada, e depois de espontada é fendida e aa resguarda da orelha somente; Brás Cubas, que já registra marca de fogo: "um C fero da marje hatraz q he hua B e a rez tem a orelha fendida"; Joane Anes, I; Carina Gonçalves, S; Francisco Pires, F; Gaspar Rodrigues, M; António Preto, R; Baltasar Gonçalves, B e Lourenço Vaz, L. • 17°. Documento • 18°. André Fernandes chegou a Santa Tereza do Ibituruna Foi no dia 23 de Dezembro de 1637, segundo Azara, ou véspera do Natal, como quer Teschauer, que o capitão André Fernandes, à frente de sua tropa chegou à vista de Santa Teresa, magnífica povoação que tinha mais de 4.000 índios aldeados. Eram
curas da redução o P. Francisco Jiménez e P. João de Salas, cujos trabalhos apostólicos tinham granjeado resultados dignos de nota.
Além dos catecúmenos antigos haviam afluído para Santa Teresa, localizada nas pontas do Jacuí, proximidades da actual cidade de Passo Fundo, inúmeras tribos que demoravam pela província de Ibiaça, regiões de Caamo e litoral atlântico. Parece, também, que à aproximação dos invasores muitas famílias, que ainda estanciavam pelas proximidades de São Joaquim, houvessem ido procurar refúgio naquela redução. Sem opor resistência, entregaram-se os habitantes, que foram logo mandados recolher às paliçadas construídas ali pela força de André Fernandes. E aos Padres Jiménez e João de Salas deu o chefe autorização de se retirarem, o que fizeram em seguida. Ao chegarem os paulistas ao povoado, o P. Jiménez tinha escrito um bilhete ao P. Palermo, que estava na redução dos Mártires de Caró, dizendo «que os portugueses haviam dado sobre a redução de Santa Teresa, haviam-na destruído e que se acercavam da de Caaçapá-guaçu (Apóstolos), com o mesmo
. Foi o P. Palermo a Apóstolos, e «encontrou já muito reduzida a gente que ali estava, e todos mui alvorotados, porque os portugueses já vinham perto, o que ocasionou a fuga de quase todos os índios dessa redução e de outras. Perderam-se assim muitas alfaias, bens, além de gados maiores e menores. Depois disto, o P. Paulo Palermo, por ordem superior, juntamente com o P. Gaspar de Siqueira e Irmão António Bernal, foi à redução de Santa Teresa para auxiliar os Padres que ali estavam a trazer as suas coisas e, no caminho, lhes saíram à frente seis ou sete portugueses com alguns tupis, todos armados com alfanjes, rodelas, escupis e escopetas, com as quais apontaram aos Padres e seus companheiros, no intuito de arcabu- zá-los. Em seguida, tomaram-lhes os índios que os acompanha- vam, maltrando-os com palavras, ferindo-os com os alfanjes e que- rendo apossar-se das coisas que levavam para a viagem. A muito custo, conseguiram livrar-se dos portugueses e, tendo caminhado mais algum tempo, encontraram adiante os Padres Jiménez e João de Salas, que vinham se retirando de Santa Teresa. E por eles souberam que os mamalucos haviam destruído aquela redução e cativado grande número de índios, obrigando-os a abandonar ali mais de 500 cabeças de gado vacum, que havia na redução e outras coisas de muito preço.» s; ) O Irmão Bernal confirma a declaração do P. Palermo, feita em 4 de Fevereiro de 1638. E ambos informam que andavam com os portugueses que ataca- ram as reduções, "desde Santa Teresa até Piratini", entre outros, André Fernandes, Baltasar Fernandes, 85 ) fulano Paiva, 86 ) fulano Pedroso, S7 ) Domingos Álvares, 8S ) e fulano Prie- to. 8t) ). Segundo Charlevoix, Techo e outros autores jesuítas, no dia do Natal entraram na igreja os bandeirantes que, com velas na mão, assistiram às três missas ditas pelo P. Francisco Jiménez, o qual, subindo ao púlpito, exprobrou á injustiça e crueldade com que eles tratavam os índios. Ouviram-no eles com calma e, finda a prática, restituíram dois ajudantes de missa que haviam cati- vado. Mas, apesar dos rogos dos Jesuítas, não consentiram em libertar outros índios da redução. Santa Teresa de los Pinales, ou Curiti, como a denomina o P. Alfáro, estava em situação vantajosa para se tornar um interposto de aprovisionamento de futuras bandeiras que demandas sem as doutrinas jesuíticas. Já então, aberto pelos índios, um caminho a ligava a São Carlos do Caapi e outras aldeias cristãs da bacia do Ijuí. Assinalada no mapa de Carafa, essa via de pe- outra citação. E António Pedroso de Barros, notável sertanista, que fa- leceu em 1652 com testamento, e foi potentado pelo número de 600 índios que tinha em suas fazendas (Geneal. 3", 444). Era filho do capitão-mor governador Pedro Vaz de Barros e de sua mulher Luzia Leme, e neto ma- terno de Fernão Dias Pais e de Lucrécia Leme. Compreendeu o capitão André Fernandes a importância estratégica da povoação. Não a destruiu, como dizem os Jesuítas, mas organizou aí os seus quartéis de inverno, plantou roças, ergueu paliçadas e a ocupou definitivamente. Dois índios ali cativados em pequenos, 30 anos depois, ao fugirem de São Paulo, em 1669, informam perante o corregedor da São Francisco Xa- vier, que «nos Pinhais, junto ao povo que foi de Santa Tesesa, destruído por André Fernandes, e que não está muito distante daqui, se havia fundado um povo de índios cujo cura era o filho do dito André Fernandes, onde se juntavam os portugueses que saíam de São Paulo para as malocas: ali se aviam de comida e de todo o necessário para ida e volta.» 91 ) O P. Francisco Fernandes de Oliveira, filho do cabo bandeirante, que ficou administrando Santa Teresa, havia sido pelo pai confiado ao governador do Paraguai, D. Francisco de Céspedes, cuja esposa, D. Vitória de Sá, fora para ali levada por André Fernandes. Francisco havia-se ordenado naquela província. Terminada a ocupação de Santa Teresa, mandou o caudilho André Fernandes que um destacamento de 30 a 40 paulistas, apoia- do por mais de 1.000 tupis e índios amigos, fosse assolar as reduções do Ijuí, cativando os cristãos ou infiéis que ali encontrasse. Esse grupo parece teria por comandantes os sertanistas capitães Francisco de Paiva e António Pedroso, se bem que outros paulistas de prol dele fizessem parte. • 19°. Declaração do P. Palermo, feita em 4 de Fevereiro de 1638. E ambos informam que andavam com os portugueses que atacaram as reduções • 20°. Padre Alfaro adverte Balthazar
Em 19 de Fevereiro, em Caaçapá-mini, a primeira pessoa referida na excomunhão notificada pelo P. Alfáro aos paulistas é o capitão André Fernandes. s ") E o mesmo se diz na declaração de Ventura Diaz, feita perante as autoridades de
São Tomé, em 21 de Outubro de 1669. B1 ) Mas, a notificação pessoal da excomunhão, levada à paliçada bandeirante, foi recebi-
da pelos capitães Francisco de Paiva, António Pedroso e João Raposo, pois parece que o caudilho principal da bandeira, André Fernandes, estaria ainda em Santa Teresa. • 21°. Falecimento de Antonio Pedroso de Barros (1610-1652) Santa Teresa de los Pinales, ou Curiti, como a denomina o P. Alfáro, estava em situação vantajosa para se tornar um interposto de aprovisionamento de futuras bandeiras que demandas sem as doutrinas jesuíticas. Já então, aberto pelos índios, um caminho a ligava a São Carlos do Caapi e outras aldeias cristãs da bacia do Ijuí. Assinalada no mapa de Carafa, essa via de pe- outra citação. E António Pedroso de Barros, notável sertanista, que fa- leceu em 1652 com testamento, e foi potentado pelo número de 600 índios que tinha em suas fazendas (Geneal. 3", 444). Era filho do capitão-mor governador Pedro Vaz de Barros e de sua mulher Luzia Leme, e neto ma- terno de Fernão Dias Pais e de Lucrécia Leme. • 22°. Balthazar Fernandes faleceu após este dia (“História das Missões do Uruguai” de Aurélio Porto)* Baltazar Fernandes, irmão de André Fernandes, foi o fundador da cidade de Sorocaba, cuja primeira capela edificou à sua custa. Foi homem de avultadas posses, em que se contavam 12 sesmarias, plantações de algodão e trigo e mais de 400 índios a seu serviço. Foi casado com D. Izabel de Proença, filha de Antonio Castanho da Silva e de D. Felipa Gago, das principais familias da terra e teve desse consórcio 12 filhos, dos quais trés varões que foram os capitães Manuel e Luiz Fernandes de Abreu e Antonio Fernandes de Abreu. Morreu o capitão Baltazar Fernandes em 1660, em Sorocaba. (Azev. Marques. Apont. cit . I , 43/44 ). [p. 109] • 23°. Declaração de Ventura Diaz Em carta de 4 de Janeiro de 1638, o P. Simão Maceta, que está em Corrientes, pede socorros ao governador de Buenos Aires dizendo «que o padre comissário (Diogo de Alfáro), por duas ou três cartas suas, datadas das reduções do Tape e Caró, me mandou viesse a esta cidade e pedisse, suplicasse e requeresse a V. M., dando-lhe relação como os portugueses haviam entrado pelas ditas reduções do Tape, e por seu caudilho André Fernandes, com ânimo de assolar todas aquelas reduções da província do Uruguai, jurisdição deste governo e de facto destruíram a redução de Santa Teresa etc. 7!l ) Em 19 de Fevereiro, em Caaçapá-mini, a primeira pessoa referida na excomunhão notificada pelo P. Alfáro aos paulistas é o capitão André Fernandes.
E o mesmo se diz na declaração de Ventura Diaz, feita perante as autoridades de São Tomé, em 21 de Outubro de 1669. B1 ) Mas, a notificação pessoal da excomunhão, levada à paliçada bandeirante, foi recebida pelos capitães Francisco de Paiva, António Pedroso e João Raposo, pois parece que o caudilho principal da bandeira, André Fernandes, estaria ainda em Santa Teresa. Compreendeu o capitão André Fernandes a importância estratégica da povoação. Não a destruiu, como dizem os Jesuítas, mas organizou aí os seus quartéis de inverno, plantou roças, ergueu paliçadas e a ocupou definitivamente. Dois nativos ali cativados em pequenos, 30 anos depois, ao fugirem de São Paulo, em 1669, informam perante o corregedor da São Francisco Xavier, que "nos Pinhais, junto ao povo que foi de Santa Tesesa, destruído por André Fernandes, e que não está muito distante daqui, se havia fundado um povo de índios cujo cura era o filho do dito André Fernandes, onde se juntavam os portugueses que saíam de São Paulo para as malocas: ali se aviam de comida e de todo o necessário para ida e volta." • 24°. Em carta de 4 de Janeiro de 1638, o P. Simão Maceta, que está em Corrientes, pede socorros ao governador de Buenos Aires Em carta de 4 de Janeiro de 1638, o P. Simão Maceta, que está em Corrientes, pede socorros ao governador de Buenos Aires dizendo «que o padre comissário (Diogo de Alfáro), por duas ou três cartas suas, datadas das reduções do Tape e Caró, me man- dou viesse a esta cidade e pedisse, suplicasse e requeresse a V. M., dando-lhe relação como os portugueses haviam entrado pelas di- tas reduções do Tape, e por seu caudilho André Fernandes, com ânimo de assolar todas aquelas reduções da província do Uruguai, jurisdição deste governo e de facto destruíram a redução de Santa
etc. 7!l ) Em 19 de Fevereiro, em Caaçapá-mini, a primeira pessoa referida na excomunhão notificada pelo P. Alfáro aos paulistas é o capitão André Fernandes. E o mesmo se diz na declaração de Ventura Diaz, feita perante as autoridades de São Tomé, em 21 de Outubro de 1669. B1 ) Mas, a notificação pessoal da excomunhão, levada à paliçada bandeirante, foi recebi- da pelos capitães Francisco de Paiva, António Pedroso e João Ra- poso, pois parece que o caudilho principal da bandeira, André Fer- nandes, estaria ainda em Santa Teresa.
Atualizado em 31/10/2025 01:53:48 “O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, Alfredo Ellis Júnior (1896-1974) ![]() Data: 1924 Créditos: Alfredo Ellis Junior Página 150
• 1°. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós Muito espaçados eram, porém, os assomos da gente piratiningana na luta agressiva ao selvagem, pelo menos não era eles vultuosos, a ponto de deixarem sulco na História, pois só onze anos mais tarde se assinala outra expedição ao sertão, que foi chefiada por Jerônimo Leitão, capitão-mór da Capitania de São Vicente, em 1585,da qual fizeram parte Diogo de Onhatte, escrivão da Câmara de São Paulo, Diogo Teixeira de Carvalho, Affonso Sardinha, Antonio de Proença, o moço fidalgo da Câmara do Infante Dom Luiz, Sebastião Leme, Manuel Ribeiro, Paulo Rodrigues, Manuel Fernandes Ramos, Domingos Dias, o velho, padre Sebastião de Paiva, Salvador Pires, o moço, e Affonso Dias. ("Archivo Municipal de São Paulo", "Livro do Tombo"). • 2°. O capitão Sebastião Marinho, á frente de uma pequena expedição, atingiu as nascentes do Tocantins, em Goyaz, descobrindo, segundo consta, metais preciosos Cinco anos mais tarde o capitão Sebastião Marinho, á frente de uma pequena expedição, atingiu as nascentes do Tocantins, em Goyaz, descobrindo, segundo consta, metais preciosos. Foi esta expedição registrada, em um mapa castelhano da segunda metade do século XVIII, mapa este constante da brilhantíssima coletânea, organizada pelo erudito mestre Dr. Taunay, diretor do Museu Paulista. • 3°. Onde Amiudando-se as entradas dos paulistas, que intensificavam a sua ofensiva, encontramos logo no ano seguinte de 1595 o capitão Manuel Soeiro, capitaneando outra léva de bandeirantes contra os carijós. Nela tomou parte Sebastião de Freitas, o antigo soldado de Gabriel Soares, que em 1596 de novo se achava em São Paulo. Foi neste de 1596, que saiu de São Paulo a mais importante das bandeiras, até então registradas. Parece-nos ter ela tomado rumo norte, pelo vale do rio Parahyba, indo capitaneada pelo Capitão Mór João Pereira de Sousa Botafogo, a fazer "guerra da Parnahyba, conforme rezam os documentos. Saiu ela de São Paulo no mês de outubro de 1596, na mesma ocasião em que do Rio partia a gente de Martim de Sá, que ia contra os Tamoyos, orientado conforme o roteiro, que Knivet nos legou. Por esse itinerário de Knivet, a arrancada de Martim de Sá deveria ter arribato em Paraty, subido a serra do Mar, atravessados os campos de Cunha, e em seguida transposto os rios Parahytinga e Parahyba, justamente na ocasião em que julgo estar trilhando essas regiões a bandeira de Botafogo, que por São Miguel deveria ter chegado ao vale do Parahyba. É possível terem sido Botafogo á gente de armas de Martim, indo com eles perlustrar os sertões do rios Verde e Sapucahy, na faina da destruição dos restos da tribo tamoya. É preciso ficar em memória que é apenas um hipótese a aventada. É possível e quiçá provável mesmo que seja a de João Pereira de Sousa Botafogo, um empreendimento diverso do de Martim de Sá, cujo itinerário Knivet descreve. Basílio de Magalhães, no seu já citado "Expansão geográfica", diz que a expedição de Martim de Sá, composta de 700 portugueses e 2000 nativos, teria partido não em 1596, como supúnhamos, mas em 14 de outubro de 1597, isto é, um ano após. Sendo assim, vê-se que nada teria de comum uma expedição com outra, a não ser a região do Parahyba percorrida por ambas. O que parece não restar dúvidas é quanto a participação dos paulistas na expedição de Martim de Sá. Esta teria sido uma reedição da de Salema, vinte e três anos antes. [O Bandeirismo Paulista e o recuo do meridiano, 1924. Alfredo Ellis Junior. Página 39. Páginas 55 e 56] • 4°. Retorno* Os paulistas que acompanharam João Pereira de Sousa Botafogo, elevam-se a mais de uma centena, além do corpo de nativos. Dentre eles, porém, só consegui assinalar os seguintes: Capitão João Pereira de Sousa Botafogo (cabo da tropa), capitão Francisco Pereira, João do Prado, o velho, e seu genro Miguel de Almeida de Miranda, Sebastião de Freitas, Gaspar Collaço Villela, Estevam Martins, Simão Borges de Cerqueira, João Bernal, Francisco Farel, Vasco da Motta, Antonio Castilho, Antonio Pinto, João de Santa Anna, Miguel Gonçalves. Diogo Ramires, Ascenço Ribeiro, Francisco da Gama, Braz Gonçalves, o velho, Tristão de Oliveira, Antonio Zouro, Antonio de Andrade... de Barros, Pero Velho, Mathias Gomes, Antonio Pereira e Capitão Domingos Rodrigues (velho). Deveriam ter ocorrido importantes fatos durante a "guerra da Parnahyba", pois, em julho de 1597, o chefe da entrada, Botafogo foi preso, sendo obrigado a passar o comando a Francisco Pereira, que trouxe a bandeira a São Paulo, onde chegou nos últimos meses do ano, tendo-se demorado no sertão pelo espaço de ano e maio. • 5°. Retorno Longos anos permaneceu internada no sertão a expedição de Domingos Rodrigues, pois tendo partido de São Paulo como parte integrante da expedição de João Pereira de Sousa Botafogo, como dissemos acima, em outubro de 1596, somente chegou a São Paulo em 23 de dezembro de 1600, isto é, mais de quatro anos depois. É o que nos demonstra o inventário de Francisco da Gama, um dos expedicionários, que faleceu em fevereiro de 1600, ainda no sertão, onde o capitão Domingos Rodrigues procedeu ao arrolamento dos bens, que o falecido trazia consigo ("Inventários e testamentos", v. I.o., 339). Só foi iniciado judicialmente em São Paulo esse inventário a 23 de dezembro do mesmo 1600, pela volta da expedição. ("Inventários e testamentos", I.o., 335). • 6°. O procurador do Conselho, João de Sant´Ana, um dos signatários da carta Além deste preciosíssimo documento, existe um outro também municipal, publicado em "Actas", vol. II,130, mais eloquente ainda em elucidar a verdadeira região, caminhada pela expedição sob exame. Este documento confirma o supra citado completando-o. Trata-se de uma carta escrita ao Governador Geral Diogo Botelho, pelos oficiais da Câmara Paulistana, sobre a terça parte dos nativos apresados pela expedição de Nicolau Barreto, que segundo corria, seria tomada para o governo. Tem essa carta a data de 18 de julho de 1603, "... a cometer entada tam perigosa e de tão pouco proveito que para se aviarem qualquer pobre fez mais gasto do que se espera trazer de proveito e ainda já tão rota a fama e esta provisão posto que nos a não temos vto. que areseamos se mãde ao sertão recado do conteúdo na provisão e eles sabendo corre mto. risco vir nhu de la se não vense caminho do piquiri que é província do rio da Prata de que resultaria muito mal a esta capitania...". Prova este documento, que Nicolau Barreto estava para atravessar, na volta a São Paulo, um chamado caminho do Pequiry, que é certamente o afluente do rio Paraná, situado na então província do Rio da Prata, que por força de Tordesilhas, abrangia o Guayrá, hoje Estado do Paraná. Queremos crer que o chamado caminho do Pequiry seja o passo do rio Paraná, na foz do rio Pequiry, onde justamente o grande caudal se estreita sobremaneira, para se precipitar do alto da serra de Maracajú, nas Sete Quedas. Por ai, talvez, Barreto tenha passado para o Paraguay penetrando, assim, no vice reinado do Perú, que então abrangia, também, a enorme área boliviana, em cordilheira andina. [Páginas 23, 24 e 25] • 7°. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza Quanto ao roteiro seguido pela expedição, engaram-se profundamente o dr. Derby e os que produziram a opinião deste notável sábio, afirmando que Nicolau Barreto, com sua expedição, rumou o norte, penetrou nas gerais e atravessando o rio das Velhas, pelo vale, do São Francisco, chegou ao Paracatú, nas proximidades do território goyano, pelo extremo, segundo o saudoso historiador americano, atingido pela leva em questão. Tivesse sido esta a região percorrida, pela expedição, não se justificaria ser ela a detentora, até aquela data do "record" de penetração do nosso hinterland conforme faz certo a estafadíssima carta de 13 de janeiro de 1606; Marinho e Domingos Rodrigues foram muito além. Documentos existem, porém, que prova, ex abundantia, ter Barreto tomado rumo sudoeste e nunca trilhado as regiões, que a miragem do nome de Paracatú levou o dr. Derby a se desviar do bom caminho, no pesquisa histórica. • 8°. Expedição* • 9°. Diversos homens poderosos, cujos nomes por essa razão não são talvez mencionados, revéis e desobedientes aos mandos das justiças, se aprontavam para ir aos carijós • 10°. Ebirapoeira, na qual se fabricavam coisas para resgate: Testamento de “Belchior casado com Hilária Luís Grou, tio de Domingos Fernandes” • 11°. Falecimento de Belchior Dias, Raposo Tavares assume o comando O falecimento de Belchior se deu em junho de 1608, tendo assumido o comando da expedição, Antonio Raposo, o velho, que em fins de dezembro de 1608 deu entrada em São Paulo com parte de sua gente, sendo que o restante da bandeira, como se vê do texto supra citado, permaneceu no sertão até 15 de fevereiro de 1609, data em que aportou ao povoado. Após este arranco, no mês de agosto de 1608, Martim Rodrigues Tenório de Aguiar, registrado por Silva Leme, como Martim Fernandes ("Genealogia Paulistana", tit. Tenorios), iniciou, pelo Anhemby abaixo, uma expedição, para a qual tinha aviado várias dezenas de expedicionários, dentre os quais(...) • 12°. Desceu o Tietê expedição com Baltasar Gonçalves Depois dessa empreitada, temos a assinalar a que chefiou Martim Rodrigues Tenório, que, em agôsto de 1608, desceu o Tietê com os seguintes companheiros, dentre os muitos, que compunham a expedição: Antônio Nunes, Baltasar Gonçalves, Braz Gonçalves, Diogo Martins, João de Santana, João Pais, Manuel de Oliveira e Lourenço Gomes de Ruxaque. ("Inventários e Testamentos", vol. II, pág. 357; vol. III, pág. 255; e vol. IX, pág. 23). O falecimento de Belchior se deu em junho de 1608, tendo assumido o comando da expedição, Antonio Raposo, o velho, que em fins de dezembro de 1608 deu entrada em São Paulo com parte de sua gente, sendo que o restante da bandeira, como se vê do texto supra citado, permaneceu no sertão até 15 de fevereiro de 1609, data em que aportou ao povoado. Após este arranco, no mês de agosto de 1608, Martim Rodrigues Tenório de Aguiar, registrado por Silva Leme, como Martim Fernandes ("Genealogia Paulistana", tit. Tenorios), iniciou, pelo Anhemby abaixo, uma expedição, para a qual tinha aviado várias dezenas de expedicionários, dentre os quais(...) • 13°. Raposo* • 14°. Clemente Alvares está no sertão com sua tenda de ferreiro Em seguida ás bandeiras de Martim Rodrigues e de Belchior Dias Carneiro, durante todo o ano de 1609, não conseguimos encontrar referência alguma a qualquer expedição ao sertão. No ano seguinte, porém, de 1610, em outubro, encontramos Clemente Alvares e Cristovam de Aguiar, e muito provavelmente Braz Gonçalves (o mesmo que acompanhou a bandeira aniquilada de Martim Rodrigues aos "bilreiros"), a ponto de penetrar no sertão dos "carijós", pelo porto de Pirapitinguy (Tietê), conforme se vê de um protesto, aparentemente enérgico, dos oficiais da Câmara Paulistana. • 15°. Carta de Bartholomeu de Toralea • 16°. Bartolomeu de Torales escreve ao Governador Diogo Marin Negron que Sebastian Preto, português de S. Paulo levou cinco caciques com muitos índios para a dita vila de S. Paulo* De fato, não era só com o uso da violência que os índios, em especial os carijós, foram descidos e levados a São Paulo. Os métodos persuasórios eram amplamente utilizados: faziam-se promessas de variados tipos, promovia-se a reunião de parentes e formavam-se redes de alianças. Sobre estes métodos, ver: MONTEIRO, John. “Os Guarani e a História do Brasil Meridional” In: CUNHA, M. História dos índios no Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1982. p. 475-498. Neste sentido, é famosa a carta do vilariquenho Bartolomeu de Torales, em 1612, comentando como Sebastião Preto, de São Paulo, havia utilizado com os caciques de “puras dádivas” para atraí-los, com suas aldeias, para a vila vicentina. “Carta de Bartolomeu de Torales a Diego Marin Negron”. Anais do Museu Paulista, Tomo I, 2a Parte, p.158. • 17°. “desde 1611 os portugueses de São Paulo entravam “de roldon” sacando e levando os índios. Dizia que, com isso, já tinham ido embora mais de três mil índios, e que, não fossem as ações de Torales e de Añasco, que mantinha alguns caciques presos, a região já teria se despovoado” • 18°. Bandeirantes • 19°. Bandeira comandada por Mateus Grou no Assungí De São Paulo, as nascentes do Assuguy medem, em linha reta, cerca de 400 quilômetros, o que quer dizer, que a expedição teve a vencer pelo menos 600 quilômetros, através de obstáculos naturais de todo o gênero, devendo levar para chegar ao seu alvo pelo menos três meses, de onde se conclui que, em janeiro de 1629, devia a expedição estar trilhando as proximidades de Ibiaguira, ou num raio de 50 quilômetros, justamente, onde o falecimento de Luiz Eanes, nessa ocasião, denúncia a presença da expedição de Matheus (inicio do inventário de Luiz Eanes, 10 de janeiro de 1629). Há ainda a coincidência extrema de que expedicionários, como Antonio Grou, figuram simultaneamente na lista dos companheiros de Manuel Preto, da "Relacion de los agrabios", e na expedição de Matheus Grou. Existe outro argumento ainda mais notável e interessante. É que Balthazar Gonçalves Malio, fazendo parte da expedição de Matheus Grou, sendo assinalado diversas vezes no inventário sertanejo de Luiz Eanes, saiu de São Paulo com a expedição de Manuel Preto, a 18 de outubro de 1628, conforme prova o testamento de sua mulher Jeronima Fernandes, feito em 5 de janeiro de 1630, onde diz: "... e porque o dito meu marido de presente está ao sertão na companhia de Manuel Preto..." Sendo que Balthazar só aparece no inventário em setembro de 1631. Não ha, pois, que duvidar terem havido estreitas ligações de organização entre as duas expedições mencionadas; e a ser assim como se evidencia, a lista dos integrantes, conhecidos de Guayrá, pode ser aumentada de vinte e três nomes identificados: [Páginas 55, 56 e 57] • 20°. Estão no Alto do Tibagy • 21°. Documento • 22°. Inventário de Jerônima Fernandes* • 23°. Partida Ficando, exuberantemente, provado ter esta expedição de 1635 tomado o caminho marítimo, para o sertão rio-grandense, onde eram os Patos, passemos a acompanha-la no seu roteiro. Vinte dias, mais ou menos, deveriam os barcos ter levado, na rota de Santos ao Rio Grande do Sul, pois que eram meio de transporte infinitamente mais rápidos do que as longas caminhadas, pelos sertões agrestes, da via terrestre. Deveria a expedição, em questão, ter desembarcado, ou na Laguna, em Santa Catarina, justamente onde passava o meridiano de Tordesilhas, e que dessa época, em diante, foi muito frequentada pelos expedicionários paulistas, como faz certo o inventário do paulista Custódio Gomes, 1638. Teriam já, nessa longínqua época a "advocacia administrativa" e a "negociata", implantado o seu terrível domínio nas nossas plagas? • 24°. Pero da Motta Leite deu licença a uma bandeira tendo por cabeças Ascenço de Quadros, Pero de Oliveira e João Missel Gigante • 25°. Ordem • 26°. D. João IV foi reconhecido soberano em São Paulo No volume VII, Suplemento do "Registro Geral", página 251, vem impresso esse auto de aclamação, com a respectiva certidão, com a data de três de abril, provando que o fato, em absoluto, não teve lugar em maio, nem em outra data qualquer. Assim dizem os documentos: "... o vereador mais velho Paulo do Amaral arvorou o dito pendão por três vezes dizendo em cada uma Real Real Real por El Rei dom João IV de Portugal respondendo a cada uma destas vezes todos os circunstantes com mil vivas e júbilos em o dito altar que estava preparado em o qual assistia o reverendo padre vigário revestido com o sobre peliz e estola em um livro dos Santos Evangelhos ou missal jurou nele o dito capitão mór João Luiz Mafra de conhecer e manter por estes reinos de Portugal o senhor dom João o IV rei de Portugal prometendo-lhe a menagem desta capitania e que a não entregaria senão a sua real majestade ou a seu certo recado e acabado tornou o dito vereador a tremular o dito pendão três vezes dizendo Real Real por El Rei dom João IV de Portugal a quem seguiam os vivas e júbilos dos mais circunstantes e saindo da dita procissão a casa do conselho donde havia de ficar o dito pendão por remate de tudo antes de se recolher o dito vereador fez as ditas cerimônias arvorando três vezes o dito pendão ao que seguiu a acostumada e aprazível voz de todos com mil vivas e júbilos por aqui se deu fim a esta tão festejada como alegre cerimônia de que mandaram fazer este auto de juramento e obediência e eterna na vassalagem e sujeição ao dito senhor rei dom João IV de Portugal em que assinara e eu Manoel Coelho escrevi. João Luiz Mafra, Antonio Raposo Tavares, Francisco Pinheiro Raposo, João Fernandes de Saavedra, Paulo do Amaral, João Martins de Heredia, ... Miguel Garcia Carrasco ..., frei João da Graça, dom abade de São Bento frei Manuel de Santa Maria ... Custódio, frei Francisco dos Santos guardião ambos de São, Fernão Dias Paes, Antonio Pompeu de Almeida, Francisco Rodrigues da Guerra, O licenciado Francisco de Chaves, o vigário Manuel Nunes, Francisco Velho de Moraes, João Ferreira Coutinho, Lourenço Castanho Taques, Victor Antonio e Castro Novo, padre Manuel Madureira Bernardo de Quadros, dom Francisco de Lemos, Manuel Lourenço de Andrade, Luiz Rodrigues Cavalheiro, Balthazar de Godoy, Claudio Furquim, Manuel Mourato Coelho, Domingos da Rocha, frei Vicente de Brito, frei Antonio de Santo Estevam, frei Domingos da Luz, frei Domingos da Encarnação, Antonio Pedroso de Alvarenga, Antonio Ribeiro de Moraes, Ascenso Ribeiro, João Raposo Bocarro, Francisco da Fonseca Prado Falcão, Gregório Fernandes, Francisco Martins. [Páginas 121, 122 e 123] Veio, pois, como se vê, a descoberta destes dois documentos de publicação oficial desfazer uma dúvida e um erro que se acentuavam na nossa história: pois a já mencionada obra de Ermelino de Leão, recentissimamente saída a lume, muito convictamente afirma: não haver documentos que provem as aclamações tido lugar nos primórdios de abril. É que o escritor paranaense não teve a necessária argucia de proceder á devassa da documentação impressa, deixando de compulsar os volumes do "Registro Municipal". A causa, porém, desse erro que ameaçava se enraizar nas páginas história, está no pouco cuidado dos que a tem estudado se limitando a copiar o já impresso, abstendo-se das pesquisas originais, pois que chegam muitos historiadores a ignorar o nome do próprio governador da capitania nesse ano de 1641!!! Parece incrível que se tenha afirmado ter sido o capitão-mór nessa época um tal de Luiz Leme (talvez atribuindo a Luiz Dias Paes Leme, o sertanista, já nosso conhecido), quando é certo não figurar nos documentos esse nome como exercendo o mencionado cargo da governança! Ermelino de Leão, corrigindo esta asserção, diz que o capitão mór na ocasião foi Francisco Pinheiro Raposo e, naturalmente, o mesmo signatário do auto de aclamação de dom João IV, como vimos acima. A emenda nos parece tão errada quanto o soneto, pois o capitão mór era João Luiz Mafra, como se vê dos documentos impressos, estando de acordo com a verdade do saudosíssimo João Mendes, que isso afirmava. Reintegrada, pois, a verdade histórica e banida qualquer dúvida existente sobre a verdadeira data das aclamações, com elementos irrefutáveis, como os que estampamos acima, estão elas definitivamente perpetuadas na nossa história, marcando os episódios, que tanto enobreceram o caráter paulista. [Páginas 125 e 126] • 27°. Paulistas estariam no "sertão"* • 28°. Na sessão da Camara de São Paulo, de 28 de setembro de 1641, declarava o procurador do conselho Miguel Carrasco, aos seus pares, que "a sua notícia era vindo que se aviaram desta vila mais de setenta moradores dele para irem ao sertão contra as leis provisões e proibições de Sua Majestade" • 29°. Bandeira que em setembro do ano passado estava no sertão deveria ter voltado a São Paulo, data em que foi iniciado o inventário de Sebastião Gonçalves* • 30°. Expedição de Jerônimo da Veiga • 31°. Expedição de Sebastião Machado Fernandes Camacho • 32°. Chegada a São Paulo da bandeira de João Mendes Geraldo • 33°. Partiu de São Paulo, para o sertão, uma formidável bandeira* • 34°. Carta do governador geral Antonio Telles da Silva, capitão mór da Bahia, aos officiaes da Camara paulista* • 35°. Parte de S. Paulo uma leva anonyma que após tres mezes de viagem aspera, chegou a Sabarabussú Notícias bem documentadas informam que, em 1649, barretas de ouro eram fundidas em Paranaguá, cunhadas com o selo real. Nesse ano o Provedor das Minas pediu ajuda à Câmara de São Paulo para ir a Paranaguá impedir o funcionamento da Casa de Fundição lá instalada. E há uma carta de Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, datada de 20 de maio de 1653, comunicando ao Rei que transferira a “Casa”. • 36°. Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, comunicando ao Rei que transferira a "Casa dos Quintos" de Paranaguá para Iguape Notícias bem documentadas informam que, em 1649, barretas de ouro eram fundidas em Paranaguá, cunhadas com o selo real. Nesse ano o Provedor das Minas pediu ajuda à Câmara de São Paulo para ir a Paranaguá impedir o funcionamento da Casa de Fundição lá instalada. E há uma carta de Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, datada de 20 de maio de 1653, comunicando ao Rei que transferira a “Casa”. • 37°. Expedição deveria estar de retorno ao povoado paulistano* • 38°. Porto notável esforço dedicado, não apenas, mas principalmente por Alfredo Ellis Júnior (1896-1974) em desprezar Sorocaba. Dentre as 262 páginas do “O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, somente na 249, ao tratar o Bandeirismo em declínio escreve: Quando o nascer de século dos setecentos presenciava as múltiplas descobertas auríferas, por entre as fragas das serranias centro-minerais, coroando os esforços tenazes da gente paulista, lavrou o cruento destino o decreto irremovível do declínio do bandeirismo. E, então, foi Ararytaguaba (Porto Feliz) a dolorosa sangria, dilatadamente aberta nas veias paulistas, de onde jorrara, para as bandas de além, o sangue aos borbotões das forças sertanistas, despovoando o berço piratiningano, para povoar os extensos territórios goyano e cuyabano, com a imensa aluvião de exploradores do ouro. Eis os últimos degraus que descemos, no ingrato setecentismo, onde nos demoramos, por longissimas décadas, até que a cruzada nobilitante do trabalho inicia a sem dúvida pela gente campineira sorocabana, ituana e paulistana em que germinaria finalmente, a semente hereditária do bandeirismo, veio a nos trazer a segunda e definitiva fase da grandeza da nossa pátria paulista que tem como pedestal o maior monumento agrícola, jamais existido na superfície do planeta (...) • 39°. Demonstraçam topographica do curso do rio Tieté desde a cidade de S. Paulo, thé a confluencia que forma com o rio Paraná, e desta the a barra do rio Yguatemi & a direção deste, thé as suas origens, bdlb.bn.gov.br/ acervo/handle/ 20.500.12156.3/15628 • 40°. Fernando VI da Espanha e Dom João V de Portugal assinam Tratado de Madrid Como dissemos, os cursos do grande rio e de seus numerosíssimos afluentes não foram por Castella aproveitados, para a penetração de suas vastíssimas colonias, ficando a bacia amazônica ao abandono. Por isso não foi difícil aos missionários religiosos, portugueses, no século XVIII, aí penetrar, fundando núcleos, que foram marcos possessórios, que valeram perante o tratado de 1750, que mais ou menos contornou o Brasil de hoje. • 41°. Bandeira* • 42°. Apenas três vereadores* • 43°. O ITINERÁRIO DAS APARIÇÕES. AYVU RAPYTA E A PALAVRA DE LEÓN CADOGAN.
Atualizado em 30/10/2025 07:49:20 Inventários e Testamentos. Vol. XXXII ![]() Data: 1942
Atualizado em 31/10/2025 01:53:52 Revista da ASBRAP nº 8 (data da consulta)
• 1°. GONÇALO AFONSO obteve, do Cap. Mor Gonçalo Monteiro (1º governador) confirmação de sesmaria que lhe fora dada por Martim Afonso de Sousa GONÇALO AFONSO, n. em Portugal, veio em 1533 como bombardeiro e obteve a 26 de agosto de 1537, do Cap. Mor Gonçalo Monteiro (1º governador) confirmação de sesmaria que lhe fora dada por Martim Afonso de Sousa. Prestou muitos serviços na viagem e pretendia morar em S. Vicente. Situavam-se suas terras na barra da Bertioga em direção a “Caragua......” e as recebeu em conjunto com Jerônimo Rodrigues. Havia perdido a primeira carta de sesmaria durante uma invasão de amotinados em S. Vicente (RIHGSP, XLIV, 260). Depois de 1537, ano em que se iniciou a vinda de famílias portuguesas e de mulheres européias para a Capitania, teria trazido ou mandado vir sua família. • 2°. Nascimento de Maria Afonso • 3°. Falecimento de Gaspar Afonso • 4°. Residia Fernão Pais na vila de Itanhaém • 5°. Afonso Dias vendeu a Antônio Pereira as referidas terras de Urubuapira 1ºI- GASPAR AFONSO, n. em Portugal, segundo os autores, veio para Capitania de S. Vicente e passou a residir na vila de S. Paulo onde exerceu os cargos de alcaide em 1572, procurador do concelho em 1578, almotacel em 1579, etc. (ACCSP, I, 55, 115 e 131). Nesse ano, figurou nas atas da câmara como cunhado de Marcos Fernandes, o velho (id., 134).Havia casado pouco antes com MADALENA AFONSO, a qual era chamada “órfã” quando casou 2ª vez com Afonso Dias, pessoa da governança de S. Paulo. Faleceu Gaspar Afonso e foi inventariado em 1583 (v. INV. E TEST., II, 124). Deixou terras em “Urubuapira”, além do rio “Anhãbi”, as quais herdaram seus filhos, com o padrasto, por morte de Madalena Afonso ocorrida antes de 1590. Casou o viúvo com FRANCISCA CUBAS e vendeu a Antônio Pereira as referidas terras de Urubuapira, resguardando os direitos dos órfãos, conforme escritura lavrada em S. Paulo, a 1º de julho de 1602, pelo escrivão Antônio Rodrigues (INV. E TEST., X, 173). Pais de, ao menos: • 6°. Morte ALONSO PERES CANÃMARES, castelhano, pessoa da governança que exerceu em S. Paulo os cargos de procurador do concelho em 1592, almotacel em 1599 e 1611, juiz ordinário em 1608, vereador em 1619, etc. Como responsável por alguns pombeiros, esteve envolvido em 1623, com seu filho Pedro Vidal e outros sete brancos, na devassa instaurada em S. Paulo pelo superintendente de guerra, Cap. Mor Martim de Sá, sobre o assassínio do cacique Timacaúna e o apresamento de sua tribo (RIHGSP, XLIV, 294). Havido sido morto Timacaúna por um negro de Simão Alves (2). A 6 de julho de 1627, foi testemunha, com Geraldo Correia e Ambrósio Pereira, da abertura do interrogatório no “Processo Informativo de S. Paulo” para a beatificação do Padre José de Anchieta (Revista da ASBRAP, nº 3, p. 28). Faleceu Maria Afonso em 1662, com testamento, e seu marido em 1628, sendo inventariados em S. Paulo. [p. 155] • 7°. Antes deste dia vendeu a Henrique da Cunha Gago uma sesmaria em S. Paulo, situada além do rio Anhembi, aonde chamam Urubuapira • 8°. Foi testemunha, com Geraldo Correia e Ambrósio Pereira • 9°. Cristão velho, depôs como testemunha no processo de genere do Padre Sebastião de Freitas (ACMSP)
Atualizado em 31/10/2025 01:53:47 Actas da Câmara da Villa de São Paulo 1629-1639. Publicação Oficial do Arquivo Municipal de São Paulo, vol. IV
• 1°. A Câmara de São Paulo registrava que “os espanhóis de Vila Rica e mais povoações vinham dentro nas terras da Coroa de Portugal e cada vez se vinham apossando mais delas e descendo todo o gentio que está nesta coroa para seus repartimentos e serviços de que resultava a esta capitania grande dano pelo que disto se avisasse ao dito capitão-mor e ao geral deste estado” Enquanto isso, por sua vez, os castelhanos cada vez mais avançavam em território sob atuação dos paulistas, preocupando a governança da capitania. Em uma sessão de 2 de outubro de 1627, a Câmara de São Paulo registrava que “os espanhóis de Vila Rica e mais povoações vinham dentro nas terras da Coroa de Portugal e cada vez se vinham apossando mais delas e descendo todo o gentio que está nesta coroa para seus repartimentos e serviços de que resultava a esta capitania grande dano pelo que disto se avisasse ao dito capitão-mor […] e ao geral deste estado”. Os vereadores, nesse momento, não enviavam mais recados políticos ou cuidavam da questão apenas do ponto de vista econômico, tratava-seda reivindicação de um território de atividades de jesuítas e espanhóis que os paulistas julgavam ser de soberania portuguesa (Actas da Camara da Villa de São Paulo, 1915b, p.282-3). • 2°. Vereação • 3°. Auto da partilha que o provedor-mór o doutor Miguel Cisne de Faria Mandou Fazer • 4°. Terras • 5°. Vereação
Atualizado em 31/10/2025 01:53:51 “Raposo Tavares: A vingança de um judeu”, Aventuras na História
• 1°. Espanha expulsa os judeus Os judeus eram perseguidos na Península Ibérica desde o final do século 15. Em 1492, a Espanha expulsou os seus. Muitos se deslocaram para Portugal, onde a perseguição começou logo depois, em 1497. A Inquisição lusitana instalou três tribunais dentro do país, em Évora, Lisboa e Coimbra, além de uma filial em Goa, na Índia. Via de regra, os perseguidos pelo Santo Ofício no Brasil eram enviados a Lisboa, já que aqui não havia as instalações próprias. Isso mudaria entre 1580 e 1640, quando uma confusão na sucessão real em Lisboa transformou Portugal em parte da Espanha. [28299] • 2°. Nascimento de Fernão Dias Pais Leme • 3°. Raposo Tavares teria sido questionado sobre suas ações e respondido que agia “pelo título que Deus lhes dava nos livros de Moisés” • 4°. Assalto a aldeia jesuíta Em 25 de julho de 1633, um grupo de bandeirantes tomou de assalto a igreja e o colégio dos jesuítas em Barueri, perto de São Paulo. Imagens foram quebradas, objetos de prata, roubados, e as portas, pregadas. Eram seis homens, ricos, poderosos... e excomungados. Antônio Raposo Tavares, Pedro Leme, Paulo do Amaral, Manuel Pires, Lucas Fernandes Pinto e Sebastião de Ramos tinham acabado de receber, do padre Antônio de Medina, a notícia de que estavam expulsos do convívio da Santa Mãe Igreja. Os bandeirantes rasgaram o ofício e botaram para correr os missionários de Barueri. Não era o primeiro enfrentamento direto contra os enviados do Vaticano. Nem seria o último. (...) Esse tipo de denúncia contra o bandeirante se acumulou ao longo da década de 1630, principalmente depois do episódio de Barueri, em 1633, que deixou claro que nem a excomunhão fazia os paulistas mudarem de atitude. • 5°. O bispo da cidade argentina enviou uma carta ao papa lamentando as ações dos portugueses • 6°. “Informe e justificação jurídica do uso de armas de fogo pelos índios, apresentados pelos jesuítas do Paraguai, ano 1639” Os bandeirantes rasgaram o ofício e botaram para correr os missionários de Barueri. Não era o primeiro enfrentamento direto contra os enviados do Vaticano. Nem seria o último. Em 18 de abril de 1639, uma das maiores autoridades da Igreja nas Américas, o comissário da Inquisição e reitor do Colégio de Assunção, Diogo de Alfaro, foi assassinado com um tiro no rosto quando tentava punir outro grupo de bandeirantes, que incluía André Fernandes, fundador de Santana de Parnaíba, e seu irmão, Baltazar Fernandes, fundador da vila de Sorocaba — foi Baltazar, aliás, quem disparou a arma. Antes desses incidentes, entre 1628 e 1629, uma expedição que partiu de São Paulo varreu todo o esforço missionário na região que atualmente compreende Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. • 7°. Raposo Tavares recebeu a patente de capitão; foi convocado para participar do esforço de retomada do Nordeste • 8°. Expedição liderada por Raposo Tavares partiu do porto de Pirapitingui O bandeirante impressionou as autoridades ao reunir 150 homens e bancar a viagem de todos. Em troca, acabou convocado para realizar a bandeira mais arriscada que se poderia imaginar: uma incursão até os arredores do Peru. Chegou a viajar até Portugal, em meados da década de 1640, para receber instruções para a missão. A viagem começou em 1648 e alcançou, num primeiro estágio, os arredores de Potosí, na Bolívia. O grupo de Raposo chegou a destruir, como de costume, várias aldeias indígenas, dessa vez localizadas em Itatim, Maracaju e Terecañi, entre outras. Caçado pelo exército sediado em Assunção, Raposo Tavares subiu o Rio Paraguai. Foi quando conseguiu cumprir uma das solicitações mais importantes da corte portuguesa: ao descer o Rio Madeira até a altura do Rio Amazonas, o bandeirante localizou uma rota de acesso capaz de cruzar parte considerável do interior do continente, ligando o sul ao norte de forma relativamente rápida e segura. Ao voltar para casa — uma fazenda em Quitaúna, atual bairro da cidade de Osasco —, depois de mais de 10 mil quilômetros de percurso, ele estava irreconhecível, de tão magro e doente. • 9°. Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?
“Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador 2014. Atualizado em 25/10/2025 10:10:03 Relacionamentos • Cidades (19): Araçoiaba da Serra/SP, Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Foz do Iguaçu/PR, Guaratinguetá/SP, Iguape/SP, Itu/SP, Lisboa/POR, Mogi das Cruzes/SP, Passo Fundo/RS, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP, Ubatuba/SP • Pessoas (43) Adolfo Frioli (n.1943), Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), André Fernandes (1578-1641), Antonio Gomes Preto (1521-1608), Antonio Lopes de Medeiros, Antonio Pedroso de Barros (1610-1652), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartyra/M´Bcy (Isabel Dias) (1493-1580), Beatriz Dias Teveriçá ou Ramalho (1502-1569), Belchior da Costa (1567-1625), Benta Dias de Proença (1614-1733), Benta Dias Fernandes (n.1590), Catarina Dias II (1601-1667), Cecília de Abreu (1638-1698), Diogo de Alfaro (f.1639), Diogo de Quadros, Diogo do Rego e Mendonça (1609-1668), Francisco de Paiva, Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Luís Carneiro de Sousa (1640-1708), Gaspar de Guzmán (1587-1645), Hélio Abranches Viotti, João IV, o Restaurador (1604-1656), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Lopo Dias Machado (1515-1609), Luís Castanho de Almeida (1904-1981), Luís da Grã (n.1523), Manoel Fernandes de Abreu “Cayacanga” (1620-1721), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Maria de Torales y Zunega (n.1585), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Paschoal Leite Paes (1610-1661), Paulo de Oliveira Leite Setúbal (6 anos), Paulo de Proença e Abreu, Pedro Dias Correa de Alvarenga (1620-1698), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Suzana Dias (1540-1632) • Temas (56): Algodão, Apiassava das canoas, Apoteroby (Pirajibú), Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Botocudos, Bugres, Caaçapa, Cachoeiras, Caciques, Caminho de Curitiba, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Capela de Santa Ana de Sorocaba, Capela de São Bento, Carijós/Guaranis, Catedral / Igreja Matriz, Cavalos, Colinas, Cristãos, Curiosidades, Deus, Ermidas, capelas e igrejas, Escolas, Escravizados, Farinha e mandioca, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Guayrá, Ijuí, Inquisição, Jardim Sandra, Jesuítas, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Mulas, Música, Papas e o Vaticano, Pela primeira vez, Pelourinhos, Pontes, Porcos, Redução de Santa Tereza do Ibituruna, Rio Anhemby / Tietê, Rio Araguaia, Rio Sorocaba, Rua XV de Novembro, São Bento, São Paulo de Piratininga, Tapuias, Tordesilhas, Tupis, União Ibérica, Villa Rica del Espírito Santo, Vinho ![]() • 1. Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba 1645 A história de Sorocaba é cheia de encontros e desencontros, que chega a ser folclórico. O Morro do Ipanema, não é de Ipanema, e sim de Araçoiaba; A igreja de São Bento não é de São Bento, é de Santa Ana; a casa da Marquesa de Santos (Quinzinho de Barros) não é da Marquesa; Brigadeiro Tobias, marido traído, nunca foi traído; o animal do tropeiro era mula, mas no monumento está o cavalo; a casa do Balthazar parece que não é... e assim por diante.
Atualizado em 30/10/2025 23:36:46 Assalto a aldeia jesuíta
• 1°. “Raposo Tavares: A vingança de um judeu”, Aventuras na História 22 de agosto de 2019, sexta-feira Em 25 de julho de 1633, um grupo de bandeirantes tomou de assalto a igreja e o colégio dos jesuítas em Barueri, perto de São Paulo. Imagens foram quebradas, objetos de prata, roubados, e as portas, pregadas. Eram seis homens, ricos, poderosos... e excomungados. Antônio Raposo Tavares, Pedro Leme, Paulo do Amaral, Manuel Pires, Lucas Fernandes Pinto e Sebastião de Ramos tinham acabado de receber, do padre Antônio de Medina, a notícia de que estavam expulsos do convívio da Santa Mãe Igreja. Os bandeirantes rasgaram o ofício e botaram para correr os missionários de Barueri. Não era o primeiro enfrentamento direto contra os enviados do Vaticano. Nem seria o último. (...) Esse tipo de denúncia contra o bandeirante se acumulou ao longo da década de 1630, principalmente depois do episódio de Barueri, em 1633, que deixou claro que nem a excomunhão fazia os paulistas mudarem de atitude. ver mais
Atualizado em 31/10/2025 01:53:48 Inventários e Testamentos, volume VII, 1920
• 1°. Inventário que o juiz ordinário Pedro Alvares Machado Inventário que o juiz ordinário Pedro Alvares Machado mandou fazer por morte e falecimento de Antonio Furtado Vasconcelos em 23 de maio de 1628 [Inventários e Testamentos, volume VII, 1920. Página 5, 11 do pdf] Achou- se mais uma carta de data de sesmaria que estão no distrito da Serra de Birachoiaba dada pelo capitão Alvaro Luiz do Valle com uma casa de palha com um pouco de milho que se não sabe o que é e algum gênero de criação. [Inventários e Testamentos, volume VII, 1920. Página 21, 27 do pdf] • 2°. E logo em 9 de junho de 1628 declarou a dita viúva Benta Dias um alambique velho de chumbo, e declarou mais um manto velho de sarja, e declarou mais uma prensa de (...) massa de farinha, e declarou um cabaço de pólvora que pode ter um arrátel e meio de pólvora e mais dois pedaços de chumbo Declarou mais a dita viúva que se deve a João Pimenta de Carvalho vinte alqueires de trigo que o defunto tomou do dito João Pimenta de Carvalho do que semeou nesta Parnaíba o qual se tomou com intenção de lhe o pagar. Achou-se mais um conhecimento que o dito defunto deve a Claudio Forquim de vinte cruzados e declarou a dita viúva que Claudio Forquim tinha já recebido parte do dito conhecimento em farinhas o que o dito Claudio Forquim declarasse por seu juramento e com estas declarações (...) ordinário desta vila Pedro Alvares Moreira e o assinou eu Luiz Ianes tabelião o escrevi. • 3°. Benta • 4°. Benta Em 11 de junho de 1629 nesta vila de Santa Anna da Pernaíba apareceu Balthazar Fernandes procurador de Benta Dias dona viúva sua irmã requerendo que fosse a casa digo ao juiz Manuel da Costa de Pino fosse á casa da dita viúva comigo tabelião porque era necessário assim para efeito de se botar no inventário que se fez falecimento de seu marido algumas coisas que (...) da fazenda que eles tinham em Birachoiassava e o dito juiz comigo tabelião fomos á casa da dita viúva onde ela logo em presença do dito juiz disse que da fazenda que em Birachoiava tinha, tinha posto um casal de peças de guarda da dita fazenda o qual casal ou o negro sem ordem sua dela desmanchara e desbaratara a dita fazenda vendendo o milho e mantimentos e criação que lá tinha aos homens que foram e vieram do sertão que mandando ela dita viúva (...) gente digo peças ver como estava a dita fazenda e acharam tudo desbaratado e se vieram com este alvitre trazendo uma pouca de ferramenta e umas espadas velhas, e um facão grande e uns calções usados dizendo que era aquilo o procedido de toda a fazenda de Biraxoiava pelo que requeria a sua mercê o mandasse botar tudo em inventário o que visto pelo dito juiz mandou a mim tabelião o fizesse de que fiz este termo e o assinou o dito juiz com o procurador da dita viúva em o dia atrás declarado e eu Manuel Dias tabelião o escrevi. Manuel Dias, Manuel da Costa de Pino e Balthazar Fernandes. [Inventários e Testamentos, volume VII, 1920. Páginas 26 e 27]
Atualizado em 31/10/2025 01:53:47 Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba ![]() Data: 2024 20/04/2024
• 1°. “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador 2014 A história de Sorocaba é cheia de encontros e desencontros, que chega a ser folclórico. O Morro do Ipanema, não é de Ipanema, e sim de Araçoiaba; A igreja de São Bento não é de São Bento, é de Santa Ana; a casa da Marquesa de Santos (Quinzinho de Barros) não é da Marquesa; Brigadeiro Tobias, marido traído, nunca foi traído; o animal do tropeiro era mula, mas no monumento está o cavalo; a casa do Balthazar parece que não é... e assim por diante. ver mais
Atualizado em 31/10/2025 01:53:47 Cristão velho, depôs como testemunha no processo de genere do Padre Sebastião de Freitas (ACMSP)
• 1°. Revista da ASBRAP nº 8 (data da consulta) 25 de abril de 2025, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 01:53:47 Na sessão da Camara de São Paulo, de 28 de setembro de 1641, declarava o procurador do conselho Miguel Carrasco, aos seus pares, que "a sua notícia era vindo que se aviaram desta vila mais de setenta moradores dele para irem ao sertão contra as leis provisões e proibições de Sua Majestade"
• 1°. “O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, Alfredo Ellis Júnior (1896-1974) 1934
D. João IV foi reconhecido soberano em São Paulo 3 de abril de 1641, quarta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:39:52 Relacionamentos • Cidades (1): São Paulo/SP • Pessoas (6) Amador Bueno de Ribeira (1584-1649), Cláudio Furquim "Francês" (1590-1665), Francisco Corrêa de Lemos, João IV, o Restaurador (1604-1656), João Luiz Mafra, Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688) • Temas (2): Governadores de Estado, Mosteiro de São Bento SP • “O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, Alfredo Ellis Júnior (1896-1974) 1 de janeiro de 1934, segunda-feira "... o vereador mais velho Paulo do Amaral arvorou o dito pendão por três vezes dizendo em cada uma Real Real Real por El Rei dom João IV de Portugal respondendo a cada uma destas vezes todos os circunstantes com mil vivas e júbilos em o dito altar que estava preparado em o qual assistia o reverendo padre vigário revestido com o sobre peliz e estola em um livro dos Santos Evangelhos ou missal jurou nele o dito capitão mór João Luiz Mafra de conhecer e manter por estes reinos de Portugal o senhor dom João o IV rei de Portugal prometendo-lhe a menagem desta capitania e que a não entregaria senão a sua real majestade ou a seu certo recado e acabado tornou o dito vereador a tremular o dito pendão três vezes dizendo Real Real por El Rei dom João IV de Portugal a quem seguiam os vivas e júbilos dos mais circunstantes e saindo da dita procissão a casa do conselho donde havia de ficar o dito pendão por remate de tudo antes de se recolher o dito vereador fez as ditas cerimônias arvorando três vezes o dito pendão ao que seguiu a acostumada e aprazível voz de todos com mil vivas e júbilos por aqui se deu fim a esta tão festejada como alegre cerimônia de que mandaram fazer este auto de juramento e obediência e eterna na vassalagem e sujeição ao dito senhor rei dom João IV de Portugal em que assinara e eu Manoel Coelho escrevi. João Luiz Mafra, Antonio Raposo Tavares, Francisco Pinheiro Raposo, João Fernandes de Saavedra, Paulo do Amaral, João Martins de Heredia, ... Miguel Garcia Carrasco ..., frei João da Graça, dom abade de São Bento frei Manuel de Santa Maria ... Custódio, frei Francisco dos Santos guardião ambos de São, Fernão Dias Paes, Antonio Pompeu de Almeida, Francisco Rodrigues da Guerra, O licenciado Francisco de Chaves, o vigário Manuel Nunes, Francisco Velho de Moraes, João Ferreira Coutinho, Lourenço Castanho Taques, Victor Antonio e Castro Novo, padre Manuel Madureira Bernardo de Quadros, dom Francisco de Lemos, Manuel Lourenço de Andrade, Luiz Rodrigues Cavalheiro, Balthazar de Godoy, Claudio Furquim, Manuel Mourato Coelho, Domingos da Rocha, frei Vicente de Brito, frei Antonio de Santo Estevam, frei Domingos da Luz, frei Domingos da Encarnação, Antonio Pedroso de Alvarenga, Antonio Ribeiro de Moraes, Ascenso Ribeiro, João Raposo Bocarro, Francisco da Fonseca Prado Falcão, Gregório Fernandes, Francisco Martins. [Páginas 121, 122 e 123] Veio, pois, como se vê, a descoberta destes dois documentos de publicação oficial desfazer uma dúvida e um erro que se acentuavam na nossa história: pois a já mencionada obra de Ermelino de Leão, recentissimamente saída a lume, muito convictamente afirma: não haver documentos que provem as aclamações tido lugar nos primórdios de abril. É que o escritor paranaense não teve a necessária argucia de proceder á devassa da documentação impressa, deixando de compulsar os volumes do "Registro Municipal". A causa, porém, desse erro que ameaçava se enraizar nas páginas história, está no pouco cuidado dos que a tem estudado se limitando a copiar o já impresso, abstendo-se das pesquisas originais, pois que chegam muitos historiadores a ignorar o nome do próprio governador da capitania nesse ano de 1641!!! Parece incrível que se tenha afirmado ter sido o capitão-mór nessa época um tal de Luiz Leme (talvez atribuindo a Luiz Dias Paes Leme, o sertanista, já nosso conhecido), quando é certo não figurar nos documentos esse nome como exercendo o mencionado cargo da governança! Ermelino de Leão, corrigindo esta asserção, diz que o capitão mór na ocasião foi Francisco Pinheiro Raposo e, naturalmente, o mesmo signatário do auto de aclamação de dom João IV, como vimos acima. A emenda nos parece tão errada quanto o soneto, pois o capitão mór era João Luiz Mafra, como se vê dos documentos impressos, estando de acordo com a verdade do saudosíssimo João Mendes, que isso afirmava. Reintegrada, pois, a verdade histórica e banida qualquer dúvida existente sobre a verdadeira data das aclamações, com elementos irrefutáveis, como os que estampamos acima, estão elas definitivamente perpetuadas na nossa história, marcando os episódios, que tanto enobreceram o caráter paulista. [Páginas 125 e 126]
Consulta em projetocompartilhar.org 30 de julho de 2024, terça-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:12:50 Relacionamentos • Cidades (1): São Paulo/SP • Pessoas (2) João Missel Gigante II (1595-1645), Constança de Oliveira • 1. João Missel Gigante escreveu seu testamento 30 de julho de 2024
Atualizado em 30/10/2025 23:36:46 Bandeirantes concordam que a posse da aldeia jesuíta em Barueri tinha mesmo que ser à força
Inventário e testamento de Gaspar Barreto 18 de maio de 1629, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:24:21 Relacionamentos • Cidades (4): Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (21) Antonio Pacheco Calheiros (1569-1634), Ascenso Luiz Grou (1575-1653), Calixto da Motta (n.1591), Clemente Álvares (1569-1641), Cornélio de Arzão, Cristovão Diniz, Domingos Fernandes (1577-1652), Duarte Machado, Francisco Rodrigues Velho (1573-1644), Gaspar Barreto (1581-1629), Gonçalo Ferreira, Henrique da Cunha, velho (1560-1624), João Barreto, João Tenório, Jorge de Edra, Lucrécia Leme (1545-1645), Lucrécia Leme Borges de Cerqueira (n.1585), Luiz Furtado (1590-1636), Sebastião Fernandes Camacho, Sebastião Fernandes Preto (1586-1650), Simão Borges, moço • Temas (2): Fortes/Fortalezas, Ybyrpuêra
Atualizado em 30/10/2025 23:36:45 Morte
• 1°. Revista da ASBRAP nº 8 (data da consulta) 25 de abril de 2025, sexta-feira ALONSO PERES CANÃMARES, castelhano, pessoa da governança que exerceu em S. Paulo os cargos de procurador do concelho em 1592, almotacel em 1599 e 1611, juiz ordinário em 1608, vereador em 1619, etc. Como responsável por alguns pombeiros, esteve envolvido em 1623, com seu filho Pedro Vidal e outros sete brancos, na devassa instaurada em S. Paulo pelo superintendente de guerra, Cap. Mor Martim de Sá, sobre o assassínio do cacique Timacaúna e o apresamento de sua tribo (RIHGSP, XLIV, 294). Havido sido morto Timacaúna por um negro de Simão Alves (2). A 6 de julho de 1627, foi testemunha, com Geraldo Correia e Ambrósio Pereira, da abertura do interrogatório no “Processo Informativo de S. Paulo” para a beatificação do Padre José de Anchieta (Revista da ASBRAP, nº 3, p. 28). Faleceu Maria Afonso em 1662, com testamento, e seu marido em 1628, sendo inventariados em S. Paulo. [p. 155] ver mais
Atualizado em 30/10/2025 23:36:47 Em sessão da Câmara os oficiais juntos com as pessoas da governança da terra com o mais povo, resolveram pôr em execução o que em S. Vicente, cabeça da capitania, havia sido resolvido
Atualizado em 30/10/2025 23:36:47 Á sessão de 18 de maio compareceu o ouvidor da Capitania Francisco Pinheiro Raposo trazendo uma mensagem da Câmara de São Vicente determinada "pela incomodidades da capitania na impossibilidade que se opunham aos negócios dela, moléstia e prisões que se padeciam os moradores". Era um meio rudimentar de dizer que havia grave e geral crise política
Atualizado em 30/10/2025 23:36:47 Terceira notificação, em nome das duas capitanias de S. Vicente e da Vila de Conceição, dando mais dois dias peremptórios
Atualizado em 30/10/2025 23:36:45 Câmara de S. Paulo, na vereança manda prender a Antônio Raposo Tavares e a Paulo do Amaral como os principais amotinadores do povo para levantar capitão de entradas ao sertão ![]() Data: 1924 Créditos: Afonso de E. Taunay Página 303
Atualizado em 30/10/2025 23:36:46 Oficiais da Câmara de São Paulo, daquele ano, fizeram um termo e o levaram até a aldeia de Barueri para expulsar os padres que ali estavam
Atualizado em 30/10/2025 23:36:45 Fiança que deu Inosensio Preto curador deste inventário: apresentou por fiador a Paulo do Amaral e a Gaspar Gomes, ambos aqui moradores. O juiz aceito ao dito Paulo do Amaral somente por fiador por ele somente ser pessoa abonada
Atualizado em 30/10/2025 23:36:45 Antonio Raposo Tavares e Paulo Amaral, duas figuras proeminentes na vila, foram presos por entradas no sertão, aumentando os queixumes em meio às notícias das invasões flamengas na Bahia Sobre o Brasilbook.com.br |