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Garcia Rodrigues Paes
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  Garcia Rodrigues Paes
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2013
Atualizado em 30/10/2025 08:02:29
Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk
•  Cidades (10): Castro/PR, Ivaiporã/PR, Londrina/PR, Osasco/SP, Salvador/BA, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP, Telêmaco Borba/PR
•  Pessoas (17): Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), André Fernandes (1578-1641), Balthazar Fernandes (1577-1670), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Cacique Tayaobá (1546-1629), Domingos Fernandes (1577-1652), Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Frei Agostinho de Jesus (1600-1661), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), João Missel Gigante (n.1560), Juan del Campo y Medina, Justo Mancilla Van Surck, Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Manuel Preto (1559-1630), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Mauro Teixeira, Suzana Dias (1540-1632)
•  Temas (30): Aldeia de Los angeles, Bituruna, vuturuna, Cachoeira do Inferno, Capela de Santa Ana, Cordilheira dos Andes, Ermidas, capelas e igrejas, Gualachos/Guañanas, Itatins, Japão/Japoneses, Mambucaba, Metalurgia e siderurgia, Missões/Reduções jesuíticas, Nossa Senhora de Montserrate, Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba, Nuatinguy, Ouro, Quitaúna, Redução de S Xavier e S Inácio (Itamaracá), Redução Inmaculada Concepción, Rio Anhemby / Tietê, Rio das Velhas, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Paraguay, Serra dos Itatins, Sobrados, Taiati (São Francisco Xavier), Tamboladeiras, Tamoios, Tordesilhas, Ybitiruzú ou Ybiangui
Frei Agostinho de Jesus: Um artista beneditino na fronteira entre dois mundos - A américa portuguesa e espanhola
Data: 2013
Créditos: Rafael Schunk
Página 4
    Registros relacionados
31 de janeiro de 1531, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:32:20
1°. A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa avista a costa do Brasil na altura do cabo Percaauri
O português Manuel Fernandes Ramos era natural da região de Moura,Portugal, e casado com Suzana Dias, filha de Lopo Dias, um pioneiro que emigrou com a frota de Martim Afonso de Sousa e se amasiou com uma das filhas de Tibiriçá. João Ramalho também foi casado com outra filha do cacique Tibiriçá e,por conseguinte, Suzana Dias era, por afinidade, sobrinha de Ramalho e neta de Tibiriçá, linhagem respeitada no meio social do planalto.
Dezembro de 1561. Atualizado em 25/02/2025 04:42:53
2°. Expedição de Mem de Sá / O português Manuel Fernandes Ramos, primeiro marido de Suzana Dias construiu a capela de Santo Antônio*
Em 1561, Mem de Sá, terceiro governador-geral do Brasil decide realizar uma expedição exploratória pelo Vale do Anhembi (rio dos inhambus ou perdizes), mais tarde conhecido como Tietê, com o intuito de procurar ouro e pedras preciosas. Deste grupo participou Manuel Fernandes Ramos que, em determinado trecho da viagem, explora as matas e corredeiras de uma região conhecida pelos índios com o nome de Parnaíba. [p.186]
1575. Atualizado em 21/10/2025 00:39:36
3°. A história da Freguesia do Ó, bairro da região norte de São Paulo começa com a vinda do português Antônio Preto de São Vicente para São Paulo onde assumiria as funções de juiz Ordinário da Câmara
A história da Freguesia do Ó, bairro da região norte de São Paulo começa com a vinda do português Antônio Preto de São Vicente para São Paulo onde assumiria as funções de juiz Ordinário da Câmara em 1575. [p. 241]
1578. Atualizado em 23/10/2025 15:38:05
4°. Nascimento de André Fernandes, filho de Manuel Fernandes Ramos e Suzana Dias
Nesta época, Belchior Dias Carneiro (um provável meio-irmão de Suzana Dias) recebe outra sesmaria em Parnaíba, passando a residir juntamente com Suzana e André Fernandes na região. Conforme as leis portuguesas e Ordenações Filipinas, se André nasceu provavelmente em 1578, em 1603 ocorre sua maioridade, pois, todo indivíduo tornava-se maior de idade aos 25 anos ou no momento de seu casamento, recebendo os usos e frutos da herança de seu pai Manuel Fernandes Ramos.49 André Fernandes casa-se com Dona Antônia de Oliveira em data imprecisa, vinculando-se as famílias de Jerônimo Leitão e dos Mendes, todas de cristãos-novos. Ângela, uma das irmãs de André Fernandes também se vincula a este clã. [p. 183, 184]
1580. Atualizado em 30/10/2025 03:29:55
5°. Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias
Além das inusitadas relações de habitantes convivendo com as mais variadas etnias e credos, devemos aos aventureiros de Santana de Parnaíba a ideia de expansão territorial do Brasil. Desafiando o Tratado de Tordesilhas e invadindo o imenso território devoluto no centro do continente, os sertanistas dessa localidade foram fundando povoados ao longo de suas expedições. Em bandeiras de reconhecimento por imensos territórios, garantiram as futuras fronteiras do país. Mitificados como heróis por antigos historiadores, a exemplo de Affonso de Taunay, Varnhagen ou Belmonte, hoje são recolocados como bandidos ferozes, reforçando as visões que os jesuítas desenvolveram a respeito dos mamelucos do planalto, no século XVII.

(...)Em 1580, o então vereador da Câmara de São Paulo, Manuel Fernandes Ramos recebe uma sesmaria nesta área, famosa devido um grande acidente geográfico no Rio Tietê chamado de Cachoeira do Inferno, construindo uma capela em louvor a Santo Antônio e iniciando os preparativos para instalação de uma fazenda. O português Manuel Fernandes Ramos era natural da região de Moura,Portugal e casado com Suzana Dias, filha de Lopo Dias, um pioneiro que emigrou com a frota de Martim Afonso de Souza e que por sua vez amasiou-se com uma das filhas de Tibiriçá. João Ramalho também foi casado com outra filha do Cacique Tibiriçá e, por conseguinte, Suzana Dias era, por afinidade, sobrinha de Ramalho e neta de Tibiriçá, linhagem respeitada no meio social do planalto. [p.181]

Nessas incursões, a família dos Fernandes, povoadores instalados em Santana de Parnaíba, engajou-se em diversas expedições contra as reduções do Guairá (aldeamentos que transpuseram o rio Paraná), Tape (instaladas para além do rio Uruguai) e Itatim (fixadas na parte oriental do rio Paraguai). André Fernandes foi capitão de grandes bandeiras e participou de quase todas as expedições contra as missões jesuíticas na região Sul do país. Era sócio de Raposo Tavares,44 outro grande mestre de campo, chamado de O Conquistador dos Andes e dono de uma fazenda em Quitaúna, situada nos arrabaldes de Parnaíba, hoje município de Osasco (SP).

A grande sesmaria que outrora formava o território parnaibano abrangia terras nos atuais municípios de Araçariguama, Itu, São Roque e Sorocaba. Pertenciam a Suzana Dias e foram desmembrados aos seus familiares, descendentes e agregados. Um dos seus maiores desejos era que seu corpo fosse enterrado na “ermida da gloriosa Santana”, da qual seu filho André Fernandes foi patrono benfeitor. A grande matrona paulista, em testamento realizado no ano de 1628, dividia seus bens com filhos, enteados, netos, escravos forros incorporados à família e com confrarias de irmandades religiosas do seu povoado, manifestando uma preocupação em distribuir os pertences com afeto e a maior equidade possível (Camargo, 1971, p.39-40): “a residência de Suzana Dias era uma casa à margem do rio Tietê. Ficava em frente à antiga Santa Casa, propriedade posterior da família Aquilino de Morais. A tradição fantasiara que seus filhos lhe ofereceram riquíssimo sofá engastado de ouro, prata e pedras preciosíssimas, para repousar sobre os frutos das canseiras de seus descendentes ilustres os bandeirantes parnaibanos notáveis e respeitados. Lá residiu Suzana” (idem, p.32). [p.202 e 203]
1580. Atualizado em 02/10/2025 12:06:20
6°. O pai de Manuel Preto partindo de Piratininga acompanha o Rio Tietê aportando na margem direita em um areal, uma légua e meia (cerca de 9 km) da antiga vila
A história da Freguesia do Ó, bairro da região norte de São Paulo começa com a vinda doportuguês Antônio Preto de São Vicente para São Paulo onde assumiria as funções de juizOrdinário da Câmara em 1575. O pai de Manuel Preto partindo de Piratininga acompanha o RioTietê aportando na margem direita em um areal, uma légua e meia (cerca de 9 km) da antiga vila.Escolhe uma colina vizinha à várzea, com vista estratégica do planalto paulistano para construirsua moradia, olaria, moinho e engenho (c.1580). Manuel Preto, herdeiro das terras, solicita junto aCâmara uma provisão para erguer em sua fazenda uma capela dedicada a N. Sra. da Esperança,pois naquele lugar, longe da vila e isolado pelo rio Tietê, tornava-se difícil cumprir as obrigaçõesreligiosas: Pede autorização para “[...] se levantar altar nela, pagando chancela ordinária, e possaenterrar seus defuntos, batizar e casar [...]” (Livro de Tombo da Sé de São Paulo, 2-2-19). Obtevedespacho favorável em 29 de setembro de 1615 pagando dois marcos de prata à chancelaria. Aescritura lavrada impunha como dote hipotecar sua fazenda vinculando-a a conservação da [p. 241]
Junho de 1581. Atualizado em 25/02/2025 04:40:07
7°. Oficializou-se a entrega da capela através de uma carta de doação e assinada, inclusive, pelo autor do Tratado Descritivo do Brasil, Gabriel Soares de Sousa*
Dessa forma, os membros do Capítulo Geral enviaram ao nosso país um brasileiro professo na ordem em Portugal, Fr. Pedro de S. Bento Ferraz.63 Ele traz uma carta do abade geral da congregação portuguesa apresentando-a ao Senado da Câmara da Cidade do Salvador com uma proposta para implantação de um mosteiro no Brasil e que se tornaria pioneiro em todo continente americano:

Dirigiu-se, então, à presença do Governador Geral, Diogo Lourenço da Veiga. Obtida a sua confirmação, apresentou-se novamente aos oficiais da câmara, “os quais, a vista das licenças concedidas e assinadas pelas autoridades civis e eclesiásticas, não puseram dúvida alguma em entregar, por sua vez, a Ermida de S. Sebastião à Ordem de S. Bento [...]. Oficializou-se a entrega da capela através de uma carta de doação datada de junho de 1581 e assinada, inclusive, pelo autor do Tratado Descritivo do Brasil, Gabriel Soares de Sousa.

Retornando a Portugal, Fr. Pedro de S. Bento fez um relato do êxito de sua missão. No quarto Capítulo Geral, reunido em outubro daquele ano, o Abade elegeu Pe. Fr. Antonio Ventura para liderar os monges na fundação do mosteiro que se pretendia construir em Salvador, “[...] para q’ estes nesta quarta parte do Mundo se empregassem aos exercícios da virtude, e piede [...]”, que se tornaria o primeiro mosteiro beneditino construído na América.

(ENDRES, In: DEL NEGRO, 2000, p. 47 e 48).

Acolhidos com zelo pelos moradores locais: Frei Antônio Ventura, Pedro de S. Bento e mais sete religiosos brevemente tomariam posse de uma ermida dedicada a S. Sebastião, abrigando-se em casas contínuas destinadas à moradia e formando uma pequena comunidade. [Página 239]
1582. Atualizado em 23/10/2025 17:06:26
8°. Luís Eanes Grou (1554-1590) obteve, do Cap. Mor Jerônimo Leitão, sesmaria de uma légua de terras em Quitaúna
1588. Atualizado em 24/10/2025 04:28:50
9°. Apesar da saúde frágil, Manuel Fernandes Ramos continuava exercendo atividades como vereador na Câmara de São Paulo
1589. Atualizado em 09/10/2025 03:23:27
10°. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas
7 de dezembro de 1589, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:39:23
11°. “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275]
Provavelmente em 1578 nasce André Fernandes o filho primogênito de Manuel Fernandes e Suzana Dias. Ainda em 1588, apesar da saúde frágil, Manuel Fernandes Ramos continuava exercendo atividades como vereador na Câmara de São Paulo, falecendo em 1589. Após sua morte, as terras de Parnaíba são transferidas por herança ao primogênito André Fernandes, que por ser menor deidade, passam a ser administradas sob tutela da matriarca Suzana Dias.
1600. Atualizado em 23/10/2025 15:41:03
12°. As terras de Tibiriçá foram doadas em caráter perpétuo aos beneditinos
Em 1600, as terras de Tibiriçá foram doadas em caráter perpétuo aos beneditinos, iniciando as obras do claustro e ampliação da primitiva capela. O fundador, frei Mauro Teixeira, habitou esse local por alguns anos, levando uma vida solitária e eremítica. Ausentando-se da vila por volta de 1610, deixa como procurador e protetor da igreja nada menos que o temível bandeirante Manuel Preto,um dos sertanistas de maior prestígio, dono de uma grande fazenda, núcleo inicial do tradicional bairro da Freguesia do Ó. Ficou encarregado de cuidar da ermida de São Bento e demais bens do mosteiro até que novos religiosos viessem:

verdade é que também este procurador […] era um dos paulistanos de maior prestigio, nada menos do que o formidável sertanista Manuel Preto, terror das reducções jesuiticas, generalissimo do exercito paulista de 1628, arrazador do domínio ignacino no Guayrá e morto em 1630 em plena actividade de sua vida de “corsario y ladron de yndios” como delle dizia o Pe. Justo Mansilla. Opulento afazendado no Ó, com mais de mil escravos índios “conquistados por suas armas, alli fundara, em suas terras, a capella da Senhora da Expectação, dotando-a com um sitio de meia legua de terras do sertão e matos maninhos, doze escravos administrados e 36 vacas de ventre”. Era um homem de seu tempo, e da America da conquista este Manuel Preto e a sua mentalidade lhe permittia este bifrontismo de caçador de indios e procurador devotado de uma abbadia de S. Bento a quem prestou muitos relevantes serviços. (Taunay, 1927, p.45-6)
1610. Atualizado em 24/10/2025 02:36:09
13°. Frei Mauro Teixeira ausentando-se da vila deixa como procurador e protetor da pequena capela de São Bento nada menos que o temível bandeirante Manuel Preto
2 de fevereiro de 1610, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:33:27
14°. Domingos Fernandes (33 anos) funda a cidade de Itu
Por volta de 1610, outro filho de Manuel Fernandes Ramos e Suzana Dias, o Capitão Domingos Fernandes e seu genro Cristóvão Diniz erguem uma ermida em honra a Nossa Senhora da Candelária no lugar conhecido como Outu-Guassu (grande catadupa, ou salto), núcleo inicial da cidade de Itu. O Capitão Baltasar Fernandes, também filho da matriarca deixa Santana com seus genros e funda Sorocaba. A capela construída nessa região sob invocação de Nossa Senhora da Ponte foi posteriormente doada aos monges beneditinos de Parnaíba. [Página 188]
Junho de 1610. Atualizado em 24/10/2025 04:15:21
15°. Francisco de Souza chega em São Paulo*
Ausentando-se da vila por volta de 1610 deixa como procurador e protetor da igreja nada menos que o temível bandeirante Manuel Preto, um dos sertanistas de maior prestígio, dono de uma grande fazenda, núcleo inicial do tradicional bairro da Freguesia do Ó.64 Ficou encarregado de cuidar da ermida de São Bento e demais bens do mosteiro até que novos religiosos viessem:

Verdade é que também este procurador [...] era um dos paulistanos de maior prestigio, nada menos do que o formidavel sertanista Manuel Preto, terror das reducções jesuiticas, generalissimo do exercito paulista de 1628, arrazador do dominio ignacino no Guayrá e morto em 1630 em plena actividade de sua vida de “corsario y ladron de yndios” como delle dizia o Pe. Justo Mansilla.

Opulento afazendado no Ó, com mais de mil escravos indios “conquistados por suas armas, alli fundara, em suas terras, a capella da Senhora da Expectação, dotando-a com um sitio de meia legua de terras do sertão e matos maninhos, doze escravos administrados e 36 vacas de ventre.

Era um homem de seu tempo, e da America da conquista este Manuel Preto e a sua mentalidade lhe permittia este bifrontismo de caçador de indios e procurador devotado de uma abbadia de S. Bento a quem prestou muitos relevantes serviços. (TAUNAY, 1927, p. 45 e 46). Ainda em 1610 três monges vindos da Bahia: Fr. Antônio da Assunção, Fr. [Página 343]

Diante desta realidade o recolhimento é abandonado por longos anos, sendo visitado esporadicamente por religiosos:

“[...] os frades do convento do Rio de Janeiro, ao qual se subordinava a capela paulistana Senhora do Monte Serrate, julgavam desnecessário mandar visita-la, enquanto viveu Manuel Preto, para provimento das suas necessidades, pois tinham nele quem de tudo cuidasse [...].” (HOLANDA, In: DEL NEGRO, 2000, p. 76). [Página 245]

Em 1600, as terras de Tibiriçá foram doadas em caráter perpétuo aos beneditinos, iniciando as obras do claustro e ampliação da primitiva capela. O fundador, frei Mauro Teixeira, habitou esse local por alguns anos, levando uma vida solitária e eremítica. Ausentando-se da vila por volta de 1610, deixa como procurador e protetor da igreja nada menos que o temível bandeirante Manuel Preto,um dos sertanistas de maior prestígio, dono de uma grande fazenda, núcleo inicial do tradicional bairro da Freguesia do Ó.52 Ficou encarregado de cuidar da ermida de São Bento e demais bens do mosteiro até que novos religiosos viessem: [Página 246]
26 de julho de 1610, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:07
16°. Suzana Dias, a matrona bandeirante, representando a família dos Fernandes, doa um terreno na parte mais elevada do núcleo para a construção de uma capela em homenagem à Santana substituindo a anterior dedicada a Santo Antônio
Suzana Dias une-se em segundas núpcias com Belchior da Costa, do qual não teve filhos e que em 1610 também recebe uma sesmaria na região de Parnaíba. Nesta oportunidade, a matrona bandeirante representando a família dos Fernandes, doa um terreno na parte mais elevada do núcleo para a construção de uma capela em homenagem à Santana substituindo a anterior dedicada a Santo Antônio arruinada na várzea do Rio Tietê. Provavelmente consagrada em 26 de julho, data de comemoração da santa, a nova igreja marca o momento em que o arraial passa a ser conhecido como Santana de Parnaíba.
1622. Atualizado em 25/02/2025 04:47:08
17°. Fundação
São Francisco Xavier (Tayatí, provavelmente entre as atuais cidades de Santa Cecília do Pavão, Irerê e Londrina, 1622), Nossa Senhora da Encarnação (Nautingui, no posto conhecido como Itapuá, imediações da atual cidade de Telêmaco Borba, 1625), São José (Tucuti, possivelmente próximo a Bela Vista do Paraíso e Sertanópolis, 1625), São Miguel (Ibiangui, perto do município de Laranjeiras, a noroeste de Castro, 1627), São Paulo (Iñieay, em local não identificado, 1627), Santo Antônio (Biticoy, provável região de Ivaiporã, Grandes Rios e Manoel Ribas, 1627), São Pedro e Nossa Senhora da Conceição (Gualacos, 1627-1628), Sete Arcanjos (às margens do rio Ivaí e afluentes, 1627), São Tomé e redução de Jesus Maria (provavelmente próximos dos portos de Planaltina e São Carlos do Ivaí, às margens do rio Ivaí, 1628). [Página 174]
1625. Atualizado em 23/10/2025 15:41:55
18°. Falecimento de Belchior da Costa, filho de Manuel da Costa e Beatriz Diniz
Por vontade da matriarca Suzana Dias, no ano de 1625 foi entregue aos beneditinos um terreno na vila de Parnaíba, originando a construção de um mosteiro, doação formalizada em 1643 por seu filho André Fernandes.
14 de novembro de 1625, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:46
19°. Capela feita matriz / Criada a vila de Parnaíba por provisão do conde de Monsanto, donatário da capitania
1627. Atualizado em 25/02/2025 04:41:02
20°. Reduções
4 de agosto de 1627, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:43:07
21°. A terceira entrada e a fundação da Redução dos Arcanjos
1628. Atualizado em 24/10/2025 20:40:10
22°. “Do lado espanhol”
A ele (Montoya) devemos as instalações de numerosos povoados, posteriormente desaparecidos nas selvas do Paraná:

São Francisco Xavier (Tayatí, provavelmente entre as atuais cidades de Santa Cecília do Pavão, Irerê e Londrina, 1622), Nossa Senhora da Encarnação (Nautingui, no posto conhecido como Itapuá, imediações da atual cidade de Telêmaco Borba, 1625), São José (Tucuti, possivelmente próximo a Bela Vista do Paraíso e Sertanópolis, 1625), São Miguel (Ibiangui, perto do município de Laranjeiras, a noroeste de Castro, 1627), São Paulo (Iñieay, em local não identificado, 1627), Santo Antônio (Biticoy, provável região de Ivaiporã, Grandes Rios e Manoel Ribas, 1627), São Pedro e Nossa Senhora da Conceição (Gualacos, 1627-1628), Sete Arcanjos (às margens do rio Ivaí e afluentes, 1627), São Tomé e redução de Jesus Maria (provavelmente próximos dos portos de Planaltina e São Carlos do Ivaí, às margens do rio Ivaí, 1628).
18 de setembro de 1628, segunda-feira. Atualizado em 29/10/2025 23:35:54
23°. parte de São Paulo a grande bandeira comandada por Raposo Tavares tendo como imediato Manoel Preto que atacou as reduções jesuíticas e aldeias guaranis, com 69 portugueses, 900 mamelucos e 3 mil índios
22 de julho de 1630, segunda-feira. Atualizado em 03/03/2025 15:54:03
24°. Falecimento de Manoel Preto, filho de Antonio Gomes Preto e Antonia Gonçalves Lage Antunes
2 de setembro de 1634, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:51:01
25°. Falecimento de Suzana Dias
Suzana Dias faleceu em 2 de setembro de 1634. O vigário de Parnaíba, padre Joan de Ocampo y Medina, sacramentou o corpo da matriarca, acompanhou o enterro, cantou lições e celebrou missas em espanhol, pois ainda não dominava o português. Em 30 de julho de 1635, três herdeiros – capitão André Fernandes, Baltasar Fernandes e Domingos Fernandes – fizeram composição amigável, assinando perante o juiz ordinário João Missel Gigante. O escrivão era Manuel de Alvarenga e testemunhou João de Godói. O prior do Mosteiro de Nossa Senhora do Montesserrate da Vila de São Paulo, frei Álvaro de Caravajal, recebeu dez missas de Baltasar Fernandes pela alma da sua mãe em 21 de fevereiro de 1635.
21 de fevereiro de 1635, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:51:02
26°. Certifico eu Frei Alvaro de Caravajal pior (...) de Nossa Senhora de Monserrate da ordem do Patriarca SP (...) padre nesta vila de São Paulo, que recebi do Cap. Balthazar Fernandes de Parnaíba a esmola de dez missas que eu me obriguei a dizer e são em descargo do testamento de sua mãe defunta que ele como testamenteiro mandou fazer e por ser verdade lhe dei este por mim assinado hoje
O escrivão era Manuel de Alvarenga e testemunhou João de Godói. O prior do Mosteiro de Nossa Senhora do Montesserrate da Vila de São Paulo, frei Álvaro de Caravajal, recebeu dez missas de Baltasar Fernandes pela alma da sua mãe em 21 de fevereiro de 1635.
30 de julho de 1635, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:30:08
27°. Documento
Em 30 de julho de 1635, três herdeiros – capitão André Fernandes, Baltasar Fernandes e Domingos Fernandes – fizeram composição amigável, assinando perante o juiz ordinário João Missel Gigante.
1641. Atualizado em 25/02/2025 04:40:07
28°. Nossa Senhora do Rosário, uma das primeiras obras do escultor encontradas no Planalto Paulista
Frei Agostinho de Jesus (1600/10-1661): Nossa Senhora do Rosário, com data naface posterior da peanha (1641), 24 cm de altura, terracota policromada. Uma das primeiras obras do escultor encontradas no Planalto Paulista. Pertcenceu à antiga coleção de Roberto Lemos Monteiro, São Paulo-SP. In: ETZEL, Eduardo. Arte Sacra Berço da Arte brasileira. São Paulo: Melhoramentos, EDUSP, 1984. Figura 241. Detalhe da peanha de Nossa Senhora do Rosário (1641). [p.206]
14 de novembro de 1643, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:40:31
29°. Fundada a vila da Parnaiba, sendo o mosteiro Mosteiro de Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba doação do capitão André Fernandes
Os filhos foram crescendo e casando-se na vila da Parnaíba, onde Baltazar teve. além da lavoura. um engenho de ferro seqüestrado em 1643.[p.199]
1646. Atualizado em 24/10/2025 04:30:19
30°. “A Matriz de Santana de Parnaíba, reconstruída em 1646 e finalizada por volta de 1650”
Em contrapartida ao patrocínio de obras no mosteiro parnaibano, Frei Agostinho de Jesus vai retribuir generosamente ofertando imagens para uma nova igreja erguida pelos bandeirantes, a Matriz de Santana de Parnaíba, reconstruída em 1646 e finalizada por volta de 1650. Este espaço religioso tornou-se uma extensão do monastério e foi ornado com numerosas terracotas marianas, santos e ícones votivos: Santo Antônio do Suru (uma das obras mais realistas criadas pelo escultor), Nossa Senhora da Purificação (obra-prima do artista), Nossa Senhora dos Prazeres e um São Francisco de Paula. Além destes célebres trabalhos, a matriz parnaibana ostentava outros tesouros culturais, como o fragmento de Nossa Senhora com o Menino, N. Sra. da Piedade e as imagens de Nossa Senhora do Rosário, “a grande e a pequena”, algumas delas utilizadas em procissões. Um de seus últimos trabalhos nesta localidade é o grupo de Santana Mestra, orago de devoção particular do fundador da vila, André Fernandes; peças finalizadas por volta de 1650.
1654. Atualizado em 25/02/2025 04:40:07
31°. Frei Agostinho permanece no território paulista até aproximadamente 1654
Os últimos trabalhos de sua produção paulista foram provavelmente as esculturas idealizadas para a capela da fazenda Parateí em Mogi das Cruzes. Após o arruinamento desta chácara secular, sua antiga padroeira, Nossa Senhora do Rosário foi removida para o mosteiro paulistano.

Outras terracotas procedentes de Parateí dispersaram-se pelas igrejas mogianas algumas das quais foram reunidas no Museu das Igrejas do Carmo em Mogi das Cruzes: Nossa Senhora da Conceição e Assunção e um pequeno relicário de Santo Antônio, único deste gênero identificado na produção do mestre.

Estes caminhos outrora se interligavam por meio da Estrada Velha Rio - São Paulo. Na antiga igreja do Bom Jesus localizada no centro de Mogi o saudoso colecionador Francisco Roberto adquiriu uma escultura do Rosário de Frei Agostinho de Jesus. Identificamos nesta pesquisa uma monumental obra do artista: a imagem de Nossa Senhora da Ajuda e que pertenceu a uma capela seiscentista homônimo em Guararema. Apóso furto da imagem e sua devolução, a peça foi restaurada e hoje se encontra preservada na matriz da cidade. Na Capela da Ajuda foi colocada uma réplica.

Relacionamos esta escultura à Frei Agostinho de Jesus, pois além de apresentaros estilemas típicos, localiza-se geograficamente próxima a antiga Fazenda deParateí, área de atuação do artista. Provavelmente o escultor elaborou a imagempara os moradores de Guararema na época em que passou pela região, uma desuas últimas obras-primas. O artista não assinava suas esculturas e apenas algumas peças foramdatadas ao longo da carreira. Permanece no território paulista atéaproximadamente 1654, realizando obras no Mosteiro de São Bento em SãoPaulo, Santos e na fazenda beneditina de Parateí em Mogi das Cruzes. Transitavanesta época entre os recolhimentos de São Paulo e o Rio de Janeiro. Retornando ao litoral fluminense, dedica-se a confecção de algumasterracotas para fazendas beneditinas no entorno da Baía de Guanabara, entre osatuais municípios de Duque de Caxias e o Rio de Janeiro, inclusive fornecendoimagens para igrejas ao sul do Estado. Podemos destacar, nesta época, a Virgemda Aldeia de Mambucaba, obra pertencente à Angra dos Reis e o Santo Antônioda irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Negros de Paraty, uma das maisantigas obras religiosas paratienses, acervo do Museu de Arte Sacra da Igreja deSanta Rita – IPHAN. [Página 223]
14 de julho de 1659, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:30:41
32°. O mosteiro de São Bento da Parnaíba foi elevado à categoria de Presidência ou Priorado
1660. Atualizado em 25/02/2025 04:40:06
33°. Frei Anselmo Batista passou a residir em Sorocaba
Segundo Monsenhor Florêncio Camargo, os monges beneditinos, Fr. Jerônimo do Rosário e Fr. Baltazar do Rosário, residiam na vila de Parnaíba em 1653; período posterior à passagem de Frei Agostinho de Jesus. Este pesquisador localizou alguns religiosos que habitaram este mosteiro:

Encontrei alguns nomes de monges que residiram neste convento: Fr. Jerônimo do Rosário e Fr. Baltasar do Rosário, 1653; Fr. Tomé Batista, presidente, e Fr. Anselmo da Anunciação, pregador, 1660; Fr. Bernardo de Santa Maria, presidente, 1671; Fr. Matias de S. Bento, 1682; Fr. Antônio de São Bento, 1687; Fr. Antônio de Nazarath, 1687; Fr. José de Jesus, prior, 1700. Em 1825 era o Fr. Felisberto de Nossa Senhora, o presidente e o único religioso que havia muitos anos, residia sozinho no convento. Servia depois, até 1880 ou 1881, de habitação do pároco [da igreja matriz]. Em 1887 ameaçava desabar e hoje só resta notícia do convento. (CAMARGO, 1971, p. 355).
10 de janeiro de 1681, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:30:45
34°. A Câmara de Parnaíba decide demarcar o rocio da vila: “um ribeiro que fica por cima do moinho da vila e subindo por a capoeira deu em um têso que fica por baixo da casa de sobrado que foi de Balthazar Fernandes”
No ano de 1681 a Câmara de Parnaíba decide demarcar o rocio da vila para cobrança de foro devido aos moradores, regularizando os terrenos por meio de marcos e cruzes. Este itinerário foi detalhadamente descrito no “Auto de medição” e faz referências ao mosteiro e igreja dos beneditinos ali existentes. Trata-se de uma rara menção do complexo conventual no século XVII. Neste itinerário proposto, ao atravessar:

[...] um ribeiro que fica por cima do moinho da vila e subindo por a capoeira deu em um têso que fica por baixo da casa de sobrado que foi de Baltasar Fernandes e indo corrente o dito rumo atravessou uma “milharada” de mim Tabelião e descendo por um “mandiocal” foi a dar no ribeiro que serve de aguada aos Padres Bentos e subindo pelo Convento de Nossa Senhora do Destêrro passou um rumo por o pé de uma paineira a vista do Convento e atravessou o caminho que vem para o convento distância de dez braças da Igreja e tornou a entrar no capão e indo o dito rumo por o capão a dentro foi atravessar o ribeiro que está por traz da casa de Gaspar Favacho [...]. (AUTO DE MEDIÇÃO DO ROCIO DESTA VILA, 1681, In: CAMARGO, 1971, p. 338). [p. 275]
26 de junho de 1681, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:40:40
35°. Primeira notícia do falecimento
Graças às doações generosas do bandeirante Fernão Dias Paes Leme, conhecido como “governador das esmeraldas”, foi possível viabilizar a construção de um novo Mosteiro de São Bento em São Paulo finalizado em 1650. Em contrapartida, os padres ofertam a capela-mor para sua família e descendentes serem sepultados. Sérgio Buarque de Holanda nos lembra deste acordo ao afirmar:

[...] tão à risca foi cumprida a cláusula que, morrendo Fernão Dias Paes no sertão do rio das Velhas [1681], [...] cuidou logo o filho primogênito, Garcia Rodrigues Paes, de fazer embalsamar seu corpo e [...] trazê-lo do lugar do sumidouro, onde se encontrava, para vir sepultá-lo no jazido que lhe foi designado na capela-mor de São Bento. [Ao seu lado repousa sua esposa Maria Garcia Betim, falecida em 1691. Os restos mortais dos benfeitores da abadia foram transladados para a nova basílica em 1922]. (SOUZA, 2004, p. 54 e 55).
4 de novembro de 1681, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:40:41
36°. Falecimento de Fernão Dias Paes Leme (data estimada)
Graças às doações generosas do bandeirante Fernão Dias Paes Leme, conhecido como “governador das esmeraldas”, foi possível viabilizar a construção de um novo Mosteiro de São Bento em São Paulo finalizado em 1650. Em contrapartida, os padres ofertam a capela-mor para sua família e descendentes serem sepultados. Sérgio Buarque de Holanda nos lembra deste acordo ao afirmar:

[...] tão à risca foi cumprida a cláusula que, morrendo Fernão Dias Paes no sertão do rio das Velhas [1681], [...] cuidou logo o filho primogênito, Garcia Rodrigues Paes, de fazer embalsamar seu corpo e [...] trazê-lo do lugar do sumidouro, onde se encontrava, para vir sepultá-lo no jazido que lhe foi designado na capela-mor de São Bento. [Ao seu lado repousa sua esposa Maria Garcia Betim, falecida em 1691. Os restos mortais dos benfeitores da abadia foram transladados para a nova basílica em 1922]. (SOUZA, 2004, p. 54 e 55).
1720. Atualizado em 29/10/2025 23:03:37
37°. Os beneditinos substituem a antiga padroeira do Mosteiro de São Bento em São Paulo, Nossa Senhora do Montesserrate, autoria de Frei Agostinho da Piedade por um novo orago
Em 1720 os beneditinos substituem a antiga padroeira do Mosteiro de São Bento em São Paulo, Nossa Senhora do Montesserrate, autoria de Frei Agostinho da Piedade por um novo orago:

Durante a primeira metade do século XVIII, seguindo as notícias da Crônica de 1766, o mosteiro contou com a ajuda de um segundo benfeitor, José Ramos da Silva, “um dos homens mais abastados de S. Paulo”. Ele patrocinou a reforma da capela mor, para a qual mandou fazer um retábulo de talha e um altar lateral que, inclusive, foram dourados por douradores vindos de Lisboa.

Foi nessa época, no ano de 1720, que, a seu pedido, mudou-se a invocação da igreja para a de N. Sra. da Assunção, que permanece até hoje. (DEL NEGRO, 2000, p. 79).

Mediante custeio de muitos devotos e patronos, fizeram-se novos retábulos para a nave desta igreja, acompanhando os três altares originais, tanto ao lado do evangelho quanto na parte da epístola. Alguns manuscritos de época destacam a capela de Nossa Senhora do Pilar que: “foy uma das melhores capellas, que teve esta Igreja, e a mayor devoção que havia nesta cidade pelos muytos milagres, que obrava a Sra. nos seus devotos”, (Crônica de 1766, In: DEL NEGRO, 2000, p. 79). Constituiu-se, inclusive, ao redor desta invocação uma confraria. O culto a Nossa Senhora do Pilar sempre foi muito disseminado pelos mineradores paulistas, tradição transportada posteriormente até Minas Gerais.

Só teremos notícias documentais da elevação do mosteiro a abadia no Capítulo Geral de 14/V/1635, sendo eleito primeiro abade Fr. Álvaro do Carvajal, sevilhano de origem, que, em 1627, fora enviado aio Brasil como Visitador da Província. Depois dele, o mosteiro conheceu um período de pujança, que levou à fundação de outras casas. A invocação do padroeiro do mosteiro mudou definitivamente em 1720 de Nossa Senhora de Monserrate para Nossa Senhora da Assunção. [Página 260]
2012. Atualizado em 21/04/2025 19:38:21
38°. TEMPLOS, CASAMENTOS E CEMITÉRIOS DE UM GRUPO OUTSIDER. Luiz Cândido Martins, Luciana Fernandes Volpato




  Garcia Rodrigues Paes
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1970
Atualizado em 30/10/2025 10:34:25
Livro dos Transportes Seleção de Textos Organizada
•  Cidades (4): Jacobina/BA, Paraty/RJ, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP
•  Pessoas (10): Artur de Sá e Meneses (f.1709), Bernardo José de Lorena (1756-1818), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Mem de Sá (1500-1572), Pero Correia (f.1554), Quirino Caxa (1538-1599), Sebastião Fernandes Tourinho, Simão de Vasconcelos (1597-1671), Tomé de Sousa (1503-1579), Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855)
•  Temas (5): Caminho do Mar, Estradas antigas, Ouro, Pela primeira vez, Tropeiros
Livro dos Transportes Seleção de Textos Organizada
Data: 1970
Créditos: Dinah Silveira de Queiroz
Página 25
    Registros relacionados
2 de outubro de 1699, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:40:52
1°. Provisão de Artur de Sá relativa ao Caminho Novo
O primeiro empreiteiro de estradas no Brasil - Estrada de Minas - O ouro provindo das minas descobertas pelos paulistas transportado para São Paulo e daí para o Rio de Janeiro por via marítima, sendo embarcado em Santos ou em Parati. Esta circunstância excitava a cobiça dos piratas que operavam nos mares das costas e se apoderaram de muitos carregamentos. Neste ano foi assinalada a passagem em frente à barra do Rio de Janeiro, rumo ao Sul, de vários navios franceses que despertaram grandes suspeitas, tendo o governador mandado aviso a todas as povoações do Sul para que se acautelassem.

Atendendo também a que transporte do produto das minas via São Paulo era muito demorado, Artur de Sá e Meneses contratou com o bandeirantes Garcia Rodrigues Pais, primogênito de Fernão Dias Pais, o Caçador de Esmeraldas, a construção dum caminho que, através das terras e dos campos gerais, ligasse diretamente o Rio de Janeiro aos distritos de Cataguases e de Sabarabuçu. Deste contrato deu o governador informações ao rei pela carta de 24 de maio. Pode assim Garcia Rodrigues Pais ser considerado como o primeiro dos empreiteiros de estradas a exercer atividade no Brasil.

Garcia Pais, entretanto, consumiu longo tempo em reunir gente e fazer os preparativos para a obra a que só deu início em 1702, construindo então a estrada que serviu durante quase um século e foi conhecida com o nome de Caminho Novo. [Página 84]
24 de maio de 1701, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:40:53
2°. Caminho Novo
Atendendo também a que transporte do produto das minas via São Paulo era muito demorado, Artur de Sá e Meneses contratou com o bandeirantes Garcia Rodrigues Pais, primogênito de Fernão Dias Pais, o Caçador de Esmeraldas, a construção dum caminho que, através das terras e dos campos gerais, ligasse diretamente o Rio de Janeiro aos distritos de Cataguases e de Sabarabuçu. Deste contrato deu o governador informações ao rei pela carta de 24 de maio. Pode assim Garcia Rodrigues Pais ser considerado como o primeiro dos empreiteiros de estradas a exercer atividade no Brasil.




  Garcia Rodrigues Paes
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1934
Atualizado em 30/10/2025 10:34:24
"O Romance do Prata" de Paulo Setúbal (Sabarabuçu, serra Sabarabussú)
•  Cidades (7): Jacobina/BA, Paranaguá/PR, Potosí/BOL, Sabará/MG, Salvador/BA, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (39): 1º Conde de Sabugosa (1673-1741), 1º visconde de Barbacena (1610-1675), 2º conde do Prado (1577-1643), Afonso Furtado de Mendonça (1561-1630), André de Leão, Antonio de Lemos Conde, Artur de Sá e Meneses (f.1709), Basílio de Magalhães (60 anos), Belchior Dias Moréia (1540-1619), Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557), Diogo da Silva e Mendonça, Marques de Alenquer, Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Filipa Dias (ou Álvares) (1521-1610), Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Gonçalo Coelho, Jacques Oalte, João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), Lopo de Albuquerque Maranhão da "Câmara“, Manoel de Lemos Conde, Manuel de Borba Gato (1649-1718), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Nicolau Barreto, Pandiá Calógeras (64 anos), Paulo de Oliveira Leite Setúbal (41 anos), Paulo Dias Adorno, Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Pedro Barbosa Leal, Pedro II de Portugal (1648-1706), Plínio Marques da Silva Ayrosa (39 anos), Rodrigo de Castelo Branco, Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Teodoro Fernandes Sampaio (79 anos), Tomé de Sousa (1503-1579), Walter Raleigh (1552-1618), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
•  Temas (14): Assassinatos, Buraco de Prata, Descobrimento do Brazil, Grunstein (pedra verde), Léguas, Ouro, Peru, Prata, Ribeirão das Furnas, Rio da Prata, Rio São Francisco, Sabarabuçu, Serra da Mantiqueira, Tamboladeiras
Paulo Setúbal
Data: 1937
01/01/1937
    Registros relacionados
22 de abril de 1500, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:04
1°. O “Descobrimento” do Brasil
1506. Atualizado em 28/10/2025 08:39:10
2°. Gonçalo Coelho e a prata
E quantas outras notícias sobre essa apetecida prata, quantas, corriam então a cândida terra dos papagaios! E que fabulosas! Os companheiros de Gonçalo Coelho, por entre narrativas embasbacantes, contavam, ao voltar, que —

"na embocadura dum rio que fica a duzentas léguas aquem do Cabo, tiveram informes de que pelo sertão havia muita prata. Diziam que um Capitam de outro navio trouxera ao Rei de Portugal um machado de prata". E que rio era esse que ficava a duzentas léguas aquém do Cabo? Era o Rio da Prata. Rio imenso, de águas claras, assim chamado exatamente porque os indígenas, que lhe povoavam as margens, traziam enfeites de prata e usavam objetos de prata. Oh, as minas desse confuso Rio da Prata, tão longínquo e extraordinário!"
1514. Atualizado em 28/10/2025 08:39:11
3°. Portugueses recolheram no Rio da Prata um machado de prata, que estava nas mãos dos charruas
1534. Atualizado em 25/02/2025 04:41:00
4°. Casamento
1552. Atualizado em 25/02/2025 04:46:56
5°. “...esta terra e o Peru, Senhor, é toda uma”
8 de novembro de 1553, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:54:50
6°. Carta de Luís Sarmiento de Mendoza, embaixador espanhol em Lisboa
1590. Atualizado em 25/02/2025 04:41:00
7°. Historia Natural e Moral das Índias
9 de junho de 1591, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:07:19
8°. Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil
1592. Atualizado em 24/10/2025 02:38:33
9°. Registros de construção de fortificações, como a de Emboaçava
Maio de 1592. Atualizado em 30/06/2025 04:04:42
10°. Em maio de 1592 partiram da Bahia e, chegando à serra do Gariru (ou Quareru, atual Serra Branca), levantaram um forte, em cumprimento à determinação régia de que pelo menos a cada 50 léguas assim se procedesse*
Gabriel Soares voltou de Madri com abundantes poderes e dilatadíssimas ajudas. E aprestou a sua entrada sem tardança. Botou nela, como mineiro, Marcos Ferreira, homem prático de metais. Como guia, um bugre amigo, Guarací, que sabiaonde ficava a Serra da Prata. E com o mineiro, e com o guia, e com duzentos índios tapuios, bons flecheiros, o escritor atacou de rijo o sertão.

Largos e penosos dias, sob soalheiras urentíssimas, o sonhador da prata arremeteu-se impávido por aqueles negrejantes matos tragadores de vidas. Atingiu a serra do Quareru. Aí acampou7. Foi então, no Quareru, em pleno ermo, dentro do coração hirsuto do Brasil bárbaro, que, pela primeira vez, a mão do homem alevantou atrevidamente uma casa de taipa.

"Gabriel Soares mandou erguer no Quarerú huma casa-forte..." Não era, portanto, apenas o desbravamento da terra virgem que realizava o intrépido rasgador de selvas: com aquela casa-forte, plantada em tão selvático despovoado, lançava também Gabriel Soares a pedra básica, o alicerce primeiro, do povoamento do hinterland brasílico.

E enquanto os bugres erguiam aquela curiosa mole, fez o escritor sondar com acirramento todos os recantos da serrania. Vai senão quando, em uma daquelas lombas belo augúrio inicial! — Marcos Ferreira dá inopinadamente com osprimeiros, alvoroçantíssimos vestígios da tão apetecida prata. Grandes bulhas!

Grande e ruidosa festa entre os achadores! "... aqui fizeram os mineiros fundição de pedra de huma betta que se achou na serra; e se tirou prata..." Mas a beta era de certo minguada e fraca. Não satisfez a cobiça de GabrielSoares. Pois, segundo o relato da velha crônica — "o general a mandou serrar, e, deixando alli doze soldados, se foi com os mais outros cincoenta léguas, para o lado donde nasce o Rio Paraguassú".

Rude e bravia jornada! Os ares eram por aí pestíferos. As águas ruins. Nuvens de mosquitos azucrinantes ferretoavam sem tréguas os viageiros. Morcegos, às chusmas, chupavam de noite o sangue dos animais. Os animais, ao outro dia,amanheciam mortos no pouso. Não se topava caça por aqueles chãos estonados. Os mantimentos foram escasseando nos cargueiros. Num dado instante, em pleno deserto, faltaram por completo. Os homens, para não morrerem à míngua, tiveramque comer carne de cobra. Alastrou-se a maleita pela tropa. Maleita e doenças de frialdade. Não houve, daí por diante, como tolher o desencadear das misérias. Eram, todos os dias, desgraças sobre desgraças. O índio Guarací, tão precioso, que conhecia o sítio onde ficava a serra da prata, cai de repente morto à beira de um brejo.

Mas não havia empeço que quebrantasse o ânimo de Gabriel Soares. E o escritor lá continuou a sua rota, Por outras cinqüenta léguas, bem compridas e bem terríveis, o buscador da prata enfrentou de novo, com desassombro, aquelastragédias e reveses. Estacionou afinal. E botou-se, o corajento, naquelas solidões ainda mais lôbregas, a levantar outra casa-forte. A tropa atirou-se duramente à lida.E a paragem selvática, encravada entre morros penhascosos, encheu-se improvisadamente da faina criadora desses homens chucros. Mas o povo tinha bem razão: a prata do Brasil era traiçoeira! Todos os que tentavam desvendá-la, morriam.

Não escapara um só... Certa noite, no acampamento, rompe tumultuosa pendência entre os bugres.Para contá-la "Gabriel Soares saiu da sua barraca com uma catana na mão, e, pelos apartar, maltratou a muitos de húa e de outra banda". Os selvagens, irados contra o capitão que assim os agride tão carniceiramente a golpes de ferro, resolvem abandoná-lo no longínquo pouso. Na mesma noite, muito furtivamente, "fugiram todos e o desampararam; deixando-o só naquele deserto..." Os padecimentos tocaram então ao auge. Doente, quebrantado de forças, desbaratado, sozinho naquele despovoado, Gabriel Soares não logrou vencer tão dilatadas provações. E morreu na jornada. Morreu, o sacrílego, por querer atingir a serra da prata. Aquela enigmática, tão fascinadora serra branca e resplandecente... E quem, já agora, haveria de atingi-la? Quem haveria de descobrir a prata que o mato escondia? Quem?
10 de julho de 1592, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:38:57
11°. Abertura do testamento de Gabriel Soares de Sousa, capitão-mor e governador da conquista e do descobrimento do Rio de São Francisco
1594. Atualizado em 25/02/2025 04:39:58
12°. Walter Raleigh publicou o livro "The Discoverie of Guiana"
Dezembro de 1600. Atualizado em 24/10/2025 04:14:57
13°. Bandeira liderada por André Leão parte de SP com autorização de D. Francisco*
15 de junho de 1608, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:15:16
14°. Nomeação de D. Francisco
10 de junho de 1611, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 05:30:20
15°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil
— Cuidado, D. Francisco de Sousa, cuidado! Todos os que, até hoje, tentaram desvendar a prata que o mato esconde, morreram... Não escapou um só!

... Não pôde o Administrador do Sul realizar aquelas acicalantes miras que o empolgavam: D. Francisco de Souza, ao chegar, é subitamente atacado de doença grave. E morre.

Assim, com tão inesperado desfecho, desapareceu do cenàrio das minas o càlido perseguidor da esquiva serra misteriosa. E tão desvalido desapareceu o homem que mais cuidara no Brasil da serra branca, dessa Sabarabuçu mal agourada, que — sarcàstico pormenor — "segundo me affirmou hum padre da Companhia, que se achava com elle à sua morte (conta-o frei Vicente), morreo Dom Francisco de Souza tam pobre, tam pobre, que nem sequer huma vela tinha para lhe metterem na mão". [p. 27]

Anda muito escrito por ai que foi D. Francisco de Sousa quem acompanhou Melchior Dias às minas. Outros dizem que D. Francisco de Sousa apenas se ajuntou a D. Luiz de Sousa para a famosa entrada. A respeito de tais fatos, eis o que esclarece Basílio Magalhães:

"Ha ahi alguns enganos que teem gerado erronias deploraveis por parte de historiadores modernos. Ao tempo em que esteve D. Luiz de Souza em Pernambuco, isto é, de 1612 a 1616, nem só Melchior Dias estava ainda cuidando directamente de receber da Metropole as desejadas mercês (do que é prova a sua carta de 9 de Julho de 1614 depois da qual, parece, foi que mandou à corte o seu sobrinho Domingos de Araujo) como tambem não era governador da Bahia nenhum D. Francisco de Souza, pois este, nomeado a 15 de Junho de 1608 administrador Geral da Repartição do Sul fallecera em São Paulo a 10 de Junho de 1611. Quem, ao tempo das negociações entre D. Luiz e Melchior podia estar no governo da Bahia era Gaspar de Souza que, segundo a Historia Militar do Brasil, de D. José de Mirales, exerceu aquellas funcções desde 1614 até 1617. Mas quando se deu a entrada do neto de Caramurú à Itabaiana jà era governador da Bahia o proprio D. Luiz de Souza, que succedendo a Gaspar de Souza, tomou posse do cargo em 1617 e nelle permaneceu até 12 de Outubro de 1621. Não foi, pois, nenhum Francisco de Souza, nem mesmo Gaspar de Souza, quem o acompanhou ao sertão sergipense. Foi, de facto, um seu collega de governo, isto é, o representante da Metropole na Repartição do Sul. A prova disto é fornecida por uma testemunha presencial do acontecimento: Salvador Correia de Sà e Benevides". Segue-se aí a transcrição do depoimento de Salvador Correia. [p. 47]
1614. Atualizado em 25/02/2025 04:39:58
16°. "Minas encontradas"
Lopo de Albuquerque, estando a varar as cabeceiras do S. Francisco,mandou erguer uma cruz de madeira no alto de certa lomba. Aconteceu que, aogalgarem a serra, os escravos deram inopinadamente — "com hum grande ealevantado padrão de pedra; derrubaram este padrão e se vio que debaicho dellehavia huma lage de pedra com esta inscripçào: Minas de prata que se descobrioneste Logar no anno de 1614, que a seo tempo saberà S. Magestade dellas".Minas de prata! As encantadas minas de Melchior Dias! Lopo deAlbuquerque, mais os negros, botou-se a romper alvoroçadamente aqueles chãos. Eeis que topa, aos primeiros golpes, com uma caixa de tijolos chapeada de ferro.Arromba a tampa da caixa. Dentro, com o maior espanto, depara o sertanista umvelho papel embolorado. Nesse papel se declarava que, não longe dali, ficava umagrande serra alterosa, coberta de matos copadissimos, onde estavam as minas. Aserra onde estavam as minas! Até que enfim, por obra daquele estonteante acaso,iam surgir à luz do sol as escondidas riquezas do Caramuru. Lopo de Albuquerqueparte com ânsia em busca à serra alterosa. Alcança-a. Descobre o sítio indicado nopapel. Escava-o. E — deslumbrante realidade! — acha na entranha do morro osprimeiros veios da tão sonhada prata..."Lopo de Albuquerque tirou então as amostras da prata; deu conta dellas aS. Magestade; e S. Magestade lhe respondeo, pello seo secretàrio, Mendo deForjaz, que rompesse as minas". E acrescenta o cronista, textualmente, estaafirmativa categórica: "D. João de Alencastro vyu essa prata; e eu a vy tambem..."Lopo de Albuquerque, com alguns escravos de confiança, saiu a romper asminas como determinara o Rei. Mas...— Cuidado, Lopo Albuquerque, cuidado! Todos os que, até hoje, tentaramdesvendar a prata que o mato esconde, morreram. Não escapou um só!... mas o feliz achador das minas, ao atravessar um cerradão de aroeiras, ésubitamente picado por estranho bicho. Picada funesta! De nada valeram sangrias,nem mezinhas, nem ervas de bugre. "... dous dias antes de chegar, Lopo deAlbuquerque falleceu da mordedura daquelle bicho pessonhento".Outra morte! Outra desgraça! Outra vítima da malfadada prata! E quempoderia, jà agora, topar de novo, na serra alterosa, com os escondidos veios?Um filho de Lopo, Francisco de Albuquerque, rapazola verdolengo, aindanas primícias da adolescência, tomou corajosamente a peito o levar avante odesvendamento das minas. Decisão inútil! O destino, aquele destino implacàvel queperseguia com tamanha fereza os profanadores da prata, cortou-lhe cerce o ímpetoanimoso: Francisco, num assomo de cólera, assassinou desastradamente o escravoque lhe servia de guia. Era este escravo, por fatalidade, o único vivente que sabia do sitio onde ficavam as minas. "... tinha Francisco um crioulo seo escravo, que havia acompanhado o Pay e sabia a Serra e o buraco da prata. Pretendeo Francisco que o crioulo lhe foce mostrar; mas duvidou o negro fazello sem que o senhor primeiro lhe desse a promessa de libertar. Apaixonou-se tanto Francisco Albuquerque que, inconsideradamente, lhe atirou a espingarda e o mattou; ficou assim sem aquelle escravo, e, o que é o mais, sem guia para aquella empreza..." [p.19]
9 de julho de 1614, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:00
17°. Documento
1619. Atualizado em 10/10/2025 17:37:37
18°. Falecimento do "Caçador de Eldorado"
12 de outubro de 1621, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:48
19°. Luís de Sousa, conde do Prado, deixa o cargo de Capitão-General do Brasil
1633. Atualizado em 25/02/2025 04:45:50
20°. Glymmer
1653. Atualizado em 24/10/2025 02:55:16
21°. Parte de S. Paulo uma leva anonyma que após tres mezes de viagem aspera, chegou a Sabarabussú
Diante de tais informes, as bandeiras piratininganas, a ambição acesa, com a miragem da serra encantada flamejando-lhe diante dos olhos, principiaram a partir acirradas atràs da riqueza alva.""... algo antes de 1653, parte de S. Paulo uma leva anonyma que após tres mezes de viagem aspera, chegou a Sabarabussú ".

Foi quando surgiu em São Paulo o procurador da fazenda real, Pedro de Sousa Pereira. E o procurador dà com a vilota a esfervilhar de quentíssimos rumores. "... vim eu a estas capitanias do sul tratar do beneficio e entabolamento das minas; e, achando-me nesta de S. Paulo, tive muytas informações e grandes noticias de que algumas pessoas antigas haviam ido à serra de Saborabossú..."
19 de fevereiro de 1671, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:56
22°. Fernão Dias faz algumas referências geográficas que identificavam o sítio onde a Serra do Sabarabuçu, onde se encontrava, na Bahia: “E porque aqui se me disse que do pé das Serras do Sabarabussú, ha um Rio navegavel que se vae meter no de São Francisco e que por ele abaixo se poderá conduzir mais brevemente a prata até junto a estas Serras que ficam no distrito da Bahia”
28 de novembro de 1674, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:46
23°. Visconde de Barbacena rejubilava, agradecendo, por escrito, a Agostinho de Figueiredo a boa nova de que as minas de Paranaguá eram ferteis "e duas barretas de prata revelaram a sua fineza."
1674. Atualizado em 25/10/2025 23:56:57
24°. A Oficina dos Reais Quintos existia, chefiada por Manuel de Lemos Conde, Provedor das Minas de Paranaguá
Abril de 1679. Atualizado em 10/10/2025 19:07:09
25°. Rodrigo Castelo Branco chega as minas de Paranaguá*
4 de novembro de 1681, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:40:41
26°. Falecimento de Fernão Dias Paes Leme (data estimada)
28 de agosto de 1682, sexta-feira. Atualizado em 26/10/2025 03:08:34
27°. Borba Gato "empurra" Rodrigo de Castelo Branco num "sumidouro" (buraco de mina)
Dia 28 de julho de 1682 Manuel de Borba Gato num impeto, em pleno sertão, assassina tresloucadamente, diante dos dois séquitos pasmados, o enviado de confiança do Príncipe! Não podia acontecer, na jornada à Sabarabuçu, acontecimento mais arrepiador. Tinha ali um epílogo de sangue, e, mais do que epílogo de sangue, finalizava-se em crime de lesa-majestade, a retumbante entrada do caçador de esmeraldas junto aos índios, contacta-o a fim obter informações pertinentes à localização de novas minas. Borba Gato, “tomado de violento ardor, defere-lhe um violento empuxão”. O bandeirante precipita Castelo Branco num sumidouro, num buraco de mina.

Em julho de 1682, Rodrigo de Castelo Branco, desembarcara no Brasil. Ele era Superintendente-Geral das Minas e, ciente da experiência do bandeirante paulista Manuel de Borba Gato junto aos índios, contacta-o a fim obter informações pertinentes à localização de novas minas. Borba Gato, “tomado de violento ardor, defere-lhe um violento empuxão”. O bandeirante precipita Castelo Branco num sumidouro, num buraco de mina. [Wikipedia]

D. Rodrigo de Castel Blanco està em São Paulo e lá só tinha uma meta: Sabarabuçu! Para tal, fazendo vir das vilas convizinhas os homens de melhor conselho e de maior experiência, homens anciões e de respeito, bota-se D. Rodrigo com eles a "discernir e rumiar as condições, e tempo mais conveniente, para se pôr em execução a jornada ao cerro da Sabarabussú, no descobrimento da prata" (e do ouro).

E isso, là dizem pitorescamente as atas da Câmara para que de nenhuma maneira haja de aver falta nem estrovo em se conseguir a jornada de Sabarabussú". E a fim de não aver falta nem estrovo, a Câmara de Taubaté, muito generosamente, apressa-se em oferecer índios seus, a fim de irem plantando roças pelo caminho — "para com fasseledade se conseguir o descubrimento da prata".

Mas houve em São Paulo absurda animosidade contra o pràtico de Itabaiana (...). Alardeava aos quatro ventos, com muito e jactancioso palavriado, os seus merecimentos e as suas sabenças. Os de S. Paulo, gente rústica, de pouca fala, enlurados naquele burgo de além-serra, ouviam desconfiados a mentira presunçosa.

Detestavam-no. Demais (e aqui, doía-lhes aos paulistas este ponto) eles, os de S. Paulo, ao se "espernearem" por essas serranias afora, à frente de suas bandeiras, là iam à custa do seu bolso, arruinando as próprias fazendas, sem pesarem de uma só placa ao tesouro de el-Rei.

D. Rodrigo estava determinado a encontrar Sabarabuçu, ali estava, vivendo como um senhor dom fidalgo, com os custos da jornada largamente pagos, e, por cima, a abocanhar do eràrio reinol a enormidade de seiscentos mil réis. Além de tais larguezas, agora, para se ir à Sabarabuçu, mandalhe ainda o Príncipe abonar, como ajuda, mais a gorda tença de quarenta mil réis! Aquilo assombrava e irava os de São Paulo.

Ao mesmo tempo, num contraste gritante, là, pelas tredas matarias dos Cataguazes, hà sete anos jà, padecendo misérias sobre misérias, suportando desgraças e ruínas inenarràveis, dizimado, abandonado, estropeado, desbaratado, mandando vender, para se sustentar, as últimas jóias das filhas, Fernão Dias Paes Leme andava a romper com heroísmos tràgicos, desesperadamente, aquelas serranias bàrbaras onde se acoutavam as esmeraldas e a prata.

D. Rodrigo, que era indiferente às esmeraldas e as buscas de bandeirantes, vai com os seus seiscentos e quarenta mil réis, aprestando sossegadamente a sua bandeira. Apresta-a. E ei-lo afinal pronto. Um dia, com muito negro e muito bugre, cargueiros e cargueiros atopetados de mantimentos, o velho mineiro Álvares Coutinho numa rede, carregado a ombro,D. Rodrigo de Castel Blanco lança grandiosamente os seus homens na trilha do caçador de esmeraldas.

Vai, tal como o potentado paulista, por aquelas negrejantes rechàs de além-Mantiqueira buscar a nebulosa, a terrível mas sempre fascinante serra branca da prata. Sabarabuçu! Sabarabuçu! E a bandeira abalou.

Subitamente chega a notícia, na vilota de São Paulo, estrondeja: Fernão Dias Paes Leme topara com as esmeraldas! Não topara o destemeroso cabo com a tão buscada Sabarabuçu, e nem com a tão buscada prata, é bem verdade.

Mas topara com as esmeraldas. Sim, là por aqueles cerradões ermos dos Cataguazes, o velho rompedor-de-mato descobrira enfim as pedras verdes! Descobrira-as à beira da lagoa Vapabuçu. Descobrira-as, apanhara a terçã, e, por fatalidade, morrera subitamente da febre ruim.

O filho do bandeirante, Garcia Paes, ao receber do pai moribundo as esmeraldas, botara-as num saquinho de chamalote, e mandara-o com muito lamento a D. Rodrigo. Quê? A D. Rodrigo de Castel Blanco? Os de S. Paulo ouviram, de punhos cerrados, indignadamente, a notícia destemperada.

Como teve Garcia Paes coragem de entregar ao patarata a descoberta de Fernão Dias? Pois não via Garcia Paes que D. Rodrigo iria agora, com as esmeraldas nas garras, apregoar perante a corte que fora ele, D. Rodrigo, e não Fernão Dias, o achador das pedras? Aquilo atiçou na vilota iras assanhadas. O padre João Leite, irmão de Fernão Dias, correu à Câmara com o seu protesto:

"Eu, o Padre João Leite da Silva, por mim e como irmão do defuncto, o Capitãm Fernão Dias Paes, descobridor das esmeraldas, e em nome da viuva, sua mulher, Maria Garcia, requeiro a suas mercês, huma e muytas vezes, da parte de S. Alteza, q. Deus guarde, que atalhem pelos meios convenientes, a D. Rodrigo Castell Branquo os intentos que tem de apoderar-se das minas de esmeraldas q. o dito meu irmão descobrio..."

A "terrinha" piratiningana alvoroçou-se toda. Andavam pelo ar boatos azedados. Propalava-se até que... Súbito, no esfervilhar daquelas zangas, rompe por S. Paulo adentro, estupidificando-o, esta mensagem aterradora: — Borba Gato, o genro de Fernão Dias, assassinara a D. Rodrigo de Castel Blanco! Borba Gato? Ninguém queria acreditar!

Apesar de sua cólera, as gentes de S. Paulo não haviam chegado a ponto de cogitar em tão sanhuda ousadia. Sofrear, com protestos e com embargos, diante das justiças, as possíveis raposias de D. Rodrigo, và! Mas assassinà-lo? Assassinar o enviado do Príncipe? Era demasia a que vassalos, por mais alevantados, não se atreviam com ligeireza.

No entanto, por desgraça, aquela sacolejante notícia era a verdade nua: Borba Gato, genro de Fernão Dias, assassinara a D. Rodrigo de Castel Blanco! Como? Os dois homens, depois da morte do bandeirante paulista, tiveram, no sertão do Paraopeba, um encontro desafortunado.

Borba Gato fora sempre de ânimo perigosamente assomado. D. Rodrigo de ânimo perigosa mente desabrido. Um estava, como todos os paulistas, assanhado contra o espanhol fanfarrão que recebera as esmeraldas. O outro, como todos os renóis, prevenidíssimo contra os paulistas altaneiros que os tratavam de igual para igual. O encontro deles, por isso mesmo, foi àspero.

Áspero e breve. Apenas duas ou três frases cortantes: e Borba Gato, num arranco, ali, em pleno sertão, assassina tresloucadamente, diante dos dois séquitos pasmados, o enviado de confiança do Príncipe! Não podia suceder, como remate à jornada das pedras verdes, acontecimento mais arrepiador. Tinha ali um epílogo de sangue, e, mais do que epílogo de sangue, finalizava-se em crime de lesa-majestade, a retumbante entrada do caçador de esmeraldas.

Bem sabia Borba Gato, diante daquela fatalidade, do destino cru que o aguardava. Bem sabia das vinganças que iriam desabar sobre a sua cabeça! Por isso não esperou que estalasse contra ele a sanha régia: naquele mesmo dia, fugindo às justiças, o paulista embrenhou-se às correrias por aqueles bosques asselvajados de além-Mantiqueira. Foi viver, segregado dos homens, como hirsuto bicho de mato, dentro do sertão terrificante daquelas paragens brutas.
1691. Atualizado em 25/02/2025 04:46:57
28°. Lemos
3 de janeiro de 1702, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:40:55
29°. Provisão datada do ribeirão de "Sabarabaassú"
— Aqui estou, Borba Gato! Vim ver a serra do Sabarabuçu de Vosmecê descobriu...
— A serra do Sabarabuçu senhor governador, é aquela que ali esta curvejando no céu... — diz o sertanejo apontando com simpleza uns morros que se alteavam à distância.

Nada de extraordinário na serrania ao longe! Não era branca, nem resplandecente, nem de prata. Uma serrania como todas as serranias...
— Aquela? Pois é aquela, Borba Gato, a Sabarabuçu?
— Venha, senhor governador, venha daí comigo...

Artur de Sà, guiado pelo paulista, envereda-se por estreita picada aberta no mato. Ao fim do jornadeio, mal saído do arvoredo, o governador estaca: nas barrancas dum ribeiro que serpenteia perto, magotes de índios mansos, a bateia na mão, estão a lavar areias e cascalhos.

— Ouro, Borba Gato?
— Ouro, senhor governador; ouro!
E diante da surpresa de Artur de Sà:

— Os índios destas paragens, a uma boca só, chamam àquela serra, que està ali tapando o horizonte, de Serra do Sabarabuçu. E Sabarabuçu, como Vosmecê vê, não é nenhuma serra branca e resplandecente. A Sabarabuçu é uma serra de ouro! Veja, senhor, veja o ouro sem conta que brota dessas areias...




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7 de fevereiro de 1714, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 10:34:23
Garcia Paes
•  Temas (2): Caminho Novo, Estradas antigas
Livro dos Transportes Seleção de Textos Organizada
Data: 1970
Créditos: Dinah Silveira de Queiroz
Página 78




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1702
Atualizado em 30/10/2025 08:37:30
Caminho Novo
•  Pessoas (1): Artur de Sá e Meneses (f.1709)
•  Temas (2): Caminho Novo, Estradas antigas
Livro dos Transportes Seleção de Textos Organizada
Data: 1970
Créditos: Dinah Silveira de Queiroz
Página 84




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24 de maio de 1701, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 08:37:28
Caminho Novo
•  Pessoas (1): Artur de Sá e Meneses (f.1709)
•  Temas (2): Caminho Novo, Estradas antigas
Livro dos Transportes Seleção de Textos Organizada
Data: 1970
Créditos: Dinah Silveira de Queiroz
Página 84
    2 fontes
  1 relacionada

1°. Livro dos Transportes Seleção de Textos Organizada
1970
Atendendo também a que transporte do produto das minas via São Paulo era muito demorado, Artur de Sá e Meneses contratou com o bandeirantes Garcia Rodrigues Pais, primogênito de Fernão Dias Pais, o Caçador de Esmeraldas, a construção dum caminho que, através das terras e dos campos gerais, ligasse diretamente o Rio de Janeiro aos distritos de Cataguases e de Sabarabuçu. Deste contrato deu o governador informações ao rei pela carta de 24 de maio. Pode assim Garcia Rodrigues Pais ser considerado como o primeiro dos empreiteiros de estradas a exercer atividade no Brasil.  ver mais




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6 de março de 1701, domingo
Atualizado em 30/10/2025 08:37:27
Ribeirão de Nossa Sra. de Moncerratte / Faz referencia a vários documentos interessantes, in-clusive arrematação de terras mineraes, presidida porBorba Gatto, a 6 de março de 1701, e sitas no Ribeirãode N. S. de Mont Serrate
•  Cidades (1): Sorocaba/SP
•  Pessoas (2): Domingos Rodrigues da Fonseca Leme (51 anos), Manuel de Borba Gato (52 anos)
•  Temas (3): Nossa Senhora de Montserrate, Ouro, Sabarabuçu
Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro - Cap. XVI, Vol. LXV
Data: 1943
Página 64
    2 fontes
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15 de outubro de 1698, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 05:39:23
Borba Gato recebe a patente de “tenente-general na jornada do descobrimento da prata de Sabarabussu”
•  Cidades (1): São Paulo/SP
•  Pessoas (2): Artur de Sá e Meneses (f.1709), Manuel de Borba Gato (49 anos)
•  Temas (4): Comarcas, Ouro, Prata, Sabarabuçu
Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas
Data: 1915
página 130




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19 de novembro de 1697, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 05:39:23
Garcia Paes é nomeado
•  Temas (2): Ouro, Sabarabuçu
Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas
Data: 1915
página 124




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23 de dezembro de 1683, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 05:39:22
Garcia Paes é promovido
•  Temas (2): Ouro, Nossa Senhora de Montserrate
Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas
Data: 1915
página 124




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11 de dezembro de 1681, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 05:39:21
O espolio mineralógico de Fernão Dias, cuidadosamente "cosido" e lacrado em um saquinho, foi solenemente aberto pela câmara de S. Paulo
•  Cidades (2): São Paulo/SP, Sabará/MG
•  Pessoas (2): Fernão Dias Paes Leme (73 anos), Rodrigo de Castelo Branco
•  Temas (2): Ouro, Sabarabuçu
Historia geral das bandeiras paulistas: escripta á vista de avultada documentação inédita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes
Data: 1930
Créditos: Afonso de E. Taunay (1876-1958)
Página 131
    1 fonte
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2 de dezembro de 1681, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 05:16:17
Inquirição de testemunhas a que se procedeu para averiguação da ascendência e linhagem de Garcia Rodrigues Paes
Inventario dos documentos relativos ao Brasil existentes no Archivo de Marinha e Ultramar de Lisboa
Data: 1913
Créditos: Eduardo de Castro Almeida e Biblioteca Nacional de Lisboa
Página 266




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4 de novembro de 1681, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 05:16:17
Falecimento de Fernão Dias Paes Leme (data estimada)
•  Cidades (6): Caeté/MG, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (3): Fernão Dias Paes Leme (73 anos), Maria Garcia Rodrigues Betting (1642-1676), Rodrigo de Castelo Branco
•  Temas (7): Beneditinos, Cachoeiras, Diamantes e esmeraldas, Grunstein (pedra verde), Ouro, Rio Anhemby / Tietê, Sabarabuçu
Inventario dos documentos relativos ao Brasil existentes no Archivo de Marinha e Ultramar de Lisboa
Data: 1913
Créditos: Eduardo de Castro Almeida e Biblioteca Nacional de Lisboa
Página 265
    6 fontes
  2 relacionadas

1°. "O Romance do Prata" de Paulo Setúbal (Sabarabuçu, serra Sabarabussú)
1934

2°. Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk
2013
Graças às doações generosas do bandeirante Fernão Dias Paes Leme, conhecido como “governador das esmeraldas”, foi possível viabilizar a construção de um novo Mosteiro de São Bento em São Paulo finalizado em 1650. Em contrapartida, os padres ofertam a capela-mor para sua família e descendentes serem sepultados. Sérgio Buarque de Holanda nos lembra deste acordo ao afirmar:

[...] tão à risca foi cumprida a cláusula que, morrendo Fernão Dias Paes no sertão do rio das Velhas [1681], [...] cuidou logo o filho primogênito, Garcia Rodrigues Paes, de fazer embalsamar seu corpo e [...] trazê-lo do lugar do sumidouro, onde se encontrava, para vir sepultá-lo no jazido que lhe foi designado na capela-mor de São Bento. [Ao seu lado repousa sua esposa Maria Garcia Betim, falecida em 1691. Os restos mortais dos benfeitores da abadia foram transladados para a nova basílica em 1922]. (SOUZA, 2004, p. 54 e 55).  ver mais




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26 de junho de 1681, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 05:16:16
Primeira notícia do falecimento
•  Cidades (3): Caeté/MG, Itu/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (3): Fernão Dias Paes Leme (73 anos), Mathias Cardoso de Almeida (n.1605), Rodrigo de Castelo Branco
•  Temas (8): Cachoeiras, Diamantes e esmeraldas, Grunstein (pedra verde), Léguas, Ouro, Pataxós, Rio Anhemby / Tietê, Sabarabuçu
Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas
Data: 1915
página 91
    6 fontes
  1 relacionada

1°. Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk
2013
Graças às doações generosas do bandeirante Fernão Dias Paes Leme, conhecido como “governador das esmeraldas”, foi possível viabilizar a construção de um novo Mosteiro de São Bento em São Paulo finalizado em 1650. Em contrapartida, os padres ofertam a capela-mor para sua família e descendentes serem sepultados. Sérgio Buarque de Holanda nos lembra deste acordo ao afirmar:

[...] tão à risca foi cumprida a cláusula que, morrendo Fernão Dias Paes no sertão do rio das Velhas [1681], [...] cuidou logo o filho primogênito, Garcia Rodrigues Paes, de fazer embalsamar seu corpo e [...] trazê-lo do lugar do sumidouro, onde se encontrava, para vir sepultá-lo no jazido que lhe foi designado na capela-mor de São Bento. [Ao seu lado repousa sua esposa Maria Garcia Betim, falecida em 1691. Os restos mortais dos benfeitores da abadia foram transladados para a nova basílica em 1922]. (SOUZA, 2004, p. 54 e 55).  ver mais




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13 de novembro de 1679, segunda-feira
Atualizado em 30/10/2025 05:16:16
D. Rodrigo dá ordens a Diogo Domingues de Faria, Capitão Garcia Rodrigues, Cap. João Antunes e Salvador Jorge Velho
•  Cidades (1): Paranaguá/PR
•  Pessoas (3): Diogo Domingues de Faria (61 anos), Rodrigo de Castelo Branco, Salvador Jorge Velho (36 anos)
•  Temas (4): Assunguy, Minas de Itaimbé, Ouro, Ribeirão das Furnas
Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas
Data: 1915
página 90




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12 de novembro de 1678, sábado
Atualizado em 30/10/2025 05:16:15
Elogiado pelos seus grandes serviços
•  Cidades (3): Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (1): Fernão Dias Paes Leme (70 anos)
•  Temas (2): Mosteiro de NS Mont Serrat, Nossa Senhora de Montserrate
Inventario dos documentos relativos ao Brasil existentes no Archivo de Marinha e Ultramar de Lisboa
Data: 1913
Créditos: Eduardo de Castro de Almeida e Biblioteca Nacional de Lisboa
Página 267

  


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