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Consulta em institutoestradareal.com.br
27 de junho de 2025, sexta-feira. Atualizado em 28/06/2025 08:10:00
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 Cidades (4): Belo Horizonte/MG, Caeté/MG, Ouro Preto/MG, Sabará/MG
 Temas (5): Diamantes e esmeraldas, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Léguas, Rio das Velhas






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Os Campos Bicudos da “Casa” de Suzana Dias. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia n.º 22 (Consultado nesta data)
4 de Setembro de 2022, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:19:59
Relacionamentos
 Cidades (8): Araçoiaba da Serra/SP, Avaré/SP, Botucatu/SP, Curitiba/PR, Itapecirica da Serra/SP, Pitangui/MG, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (17) Antônio Bicudo (1580-1650), Antônio Bicudo Carneiro (1540-1628), Antônio Rodrigues "Dias" (f.1616), Balthazar Fernandes (1577-1670), Braz Teves, Catarina Dias (1558-1631), Custódia Dias (1581-1650), Felipe de Campos Banderborg (1618-1681), Filipe de Campos Bicudo (1706-1762), Francisco de Sousa (1540-1611), Gervásio de Campos Bicudo, Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), José de Campos Monteiro, Isabel Rodrigues "Bicudo" (1550-1615), Margarida Bicudo, Nicolau Barreto, Suzana Dias (1540-1632)
 Temas (8): Caminho do Peabiru, Gentios, Guaranis, Ibiticatu, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Rio Paranapanema, Rio Pardo
Registros mencionados (3)
1. Após a descoberta do ouro em terras brasileiras, Portugal instituiu várias medidas de caráter fiscalizador com o chamado “Primeiro regimento das terras minerais”
15 de agosto de 1603
2. Sorocaba (data estimada)
1610

Custódia Dias casou-se com Geraldo Beting, o mineralogista alemão de Geldres que vem a São Paulo na equipe solicitada por D. Francisco de Sousa. Mas foi assassinado pelos paulistas quando retornava de uma de suas pesquisas com muitos metais da região de Sabarabussu, entre 1610-1611. Isto mesmo! [Página 284]
3. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil
10 de junho de 1611

No tocante às filhas desta “família fundadora”, em que Metkalf (1990, 283-304) menciona que elas ficavam com a maior parte da riqueza como dote para os genros, Custódia Dias casou-se com Geraldo Beting, o mineralogista alemão de Geldres que vem a São Paulo na equipe solicitada por D. Francisco de Sousa. Mas foi assassinado pelos paulistas quando retornava de uma de suas pesquisas com muitos metais da região de Sabarabussu do Rio das Velhas, entre 1610-1611. Isto mesmo!

Desde 1602, com a jornada que fez Nicolau Barreto e atingiu as imediações de Pitangui, os sertanistas da Serra Acima já sabiam onde se encontrava o ouro do Sabarabussu. Um dos motivos da morte de D. Francisco de Sousa, registrado pela historiografia, desgostoso e depressivo, abandonado na sua casa na Vila de São Paulo, está ligado a este assassinato.
Registros mencionados (14)
1553 - Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira [19181]
14/07/1601 - Francisco Rodrigues recebeu de D. Francisco de Souza uma sesmaria de uma légua em quadra, rio Sarapui abaixo, além do morro do Araçoiaba, desde a tapera de “Ibapoara”, topônimo desconhecido [17560]
14/07/1601 - Dom Francisco mudou o pelourinho, enviou moradores mas somente os "Sardinha" tinha autorização de entrar nas minas de "Obiracoyava" [9119]
15/08/1603 - Após a descoberta do ouro em terras brasileiras, Portugal instituiu várias medidas de caráter fiscalizador com o chamado “Primeiro regimento das terras minerais” [21240]
01/06/1610 - Francisco de Souza chega em São Paulo* [26582]
1610 - Sorocaba (data estimada) [20093]
10/06/1611 - O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil [20084]
16/04/1616 - Inventário e Testamento e Antonio Rodrigues, genro de Suzana Dias e Manuel [21107]
1620 - Antonio Bicudo ganha destaque / início da colonização das Minas de Pitangui [20085]
02/09/1634 - Falecimento de Suzana Dias [20168]
1643 - Casamento de Margarida Bicudo e Felipe de Campos Bander Borth [1251]
01/12/1681 - Testamento de Felipe de Campos [31957]
1759 - Jesuítas são expulsos do Brasil [7216]
19/09/2024 - Quais são as 10 MAIORES TRIBOS INDÍGENAS brasileiras? Conhecendo o Brasil (Youtube.com) [3838]






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Forjando "Máquina Grande" nos sertões do Atlântico: Dimensões centro-africanas na história da exploração das minas de Ipanema e na instalação de uma Real Fábrica de Ferro no Morro do Araçoiaba - 1597-1810. Franciely das Luz Oliveira
2020. Atualizado em 24/10/2025 02:17:56
Relacionamentos
 Cidades (10): Araçoiaba da Serra/SP, Barueri/SP, Cananéia/SP, Guarulhos/SP, Iguape/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP
 Pessoas (7) Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Diogo de Quadros, Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Vidal, João Ramalho (1486-1580), Mem de Sá (1500-1572)
 Temas (21): Açúcar, Aldeia de Pinheiros, Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Bilreiros de Cuaracyberá, Caiapós, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Gentios, Geografia e Mapas, Guaianás, Guaramimis, Marumiminis, Nheengatu, Nossa Senhora da Escada, Pories, Rio Pinheiros, Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, Tupinambás, Tupiniquim, Vale do Paraíba, Vila de Santo André da Borda
Registro mencionado
1. André de Lião, fidalgo de Beringel, comunica Francisco de Sousa da "prata de Sabarabuçú"
1596

D. Francisco, imbuído por uma série de mitos, armou em 1596 algumas expedições com origem em São Paulo, Espírito Santo e Bahia, com destino ao Rio São Francisco. Todas elas contavam com um amplo número de nativos para acessar o território, além da participação dos agentes coloniais. Não houvera nenhum achado de algum metal precioso, principalmente ouro ou prata. No entanto, os que voltaram para São Paulo estavam sob posse de alguns Tupinambás, capturados no vale do Paraíba. [Forjando "Máquina Grande" nos sertões do Atlântico: Dimensões centro-africanas na história da exploração das minas de Ipanema e na instalação de uma Real Fábrica de Ferro no Morro do Araçoiaba, 1597-1810, 2020. Franciely das Luz Oliveira. Página 54]
Registros mencionados (8)
1350 - Os “Atumuruna”, em 1350, teriam sido os construtores do Peabiru [23444]
30/06/1553 - Mais um parente do capitão-mor Antônio de Oliveira, representante do "proprietário" das terras adquiriu em Assumpção trinta e dois índios guaranys, a troco de ferro, para vende-los nas capitanias do norte [19958]
20/05/1560 - A vila de Santo André da Borda do Campo é extinta e incorporada a “nova” São Paulo de Piratininga [29269]
11/11/1560 - Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri [15157]
1596 - André de Lião, fidalgo de Beringel, comunica Francisco de Sousa da "prata de Sabarabuçú" [20178]
14/11/1598 - Afonso Sardinha, o moço, encontrava-se em pleno sertão acompanhado de “alguns mancebos e mais de cem índios cristãos” em demanda de ouro e outros metais / Metalúrgicos se estabeleceram na região / Carijós fogem para Paranapanema [20600]
03/11/1609 - D. Francisco registra nos livros da Câmara quatorze provisões régias que lhe davam na Repartição do Sul poderes idênticos ao do Governador-Geral do Brasil [20270]
1954 - Vida e Morte do Índio: São Paulo Colonial. Por John Manuel Monteiro (1956-2013) [31356]






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knivet
2017. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Anthony Knivet (1560-1649), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)






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Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina
fevereiro de 2014. Atualizado em 23/10/2025 17:17:23
Relacionamentos
 Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Itapevi/SP, Itu/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (23) 1º visconde de Barbacena (1610-1675), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Anthony Knivet (1560-1649), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Balthazar Fernandes (1577-1670), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Clemente Álvares (1569-1641), Cosme da Silva, Domingos Luís Grou (1500-1590), Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Fernão Paes de Barros (n.1632), Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), Francisco de Sousa (1540-1611), Gregória da Silva, Hans Staden (1525-1576), João Moreira (1600-1691), José Custódio de Sá e Faria, Luiz Martins, Manuel de Borba Gato (1649-1718), Orville Derby (1851-1915), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Roque Soares de Medela, Suzana Dias (1540-1632)
 Temas (20): Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Bacaetava / Cahativa, Bituruna, vuturuna, Caminho até Cotia, Caminho do Peabiru, Caminho Itú-Sorocaba, Carijós/Guaranis, Cruzes, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Jesuítas, Nheengatu, Ouro, Pela primeira vez, Quitaúna, Rodovia Raposo Tavares, Tamoios, Tropeiros, Tupinambás, Tupiniquim
Registros mencionados (4)
1. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas
1589

Quando o marido de Suzana Dias falece em 1589 sua fazenda já estava bem desenvolvida e os laços de parentesco distribuídos em amplos territórios que devem ter contribuído muito para que a região aparecesse como produtora de trigo. À presença dos Fernandes de Santana do Parnaíba se estendem até Itu e Sorocaba. Itu é fundada em 1610 pelos bandeirantes Domingos Fernandes 10 e Cristóvão Diniz de onde os paulistas partiam em busca de ouro nas terras de Cuiabá. Sorocaba foi fundada pelo seu irmão Balthazar Fernandes em 1654.
2. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza
novembro de 1599

Poucos mezes depois retornava ao Araçoiaba e dalli enviava uma bandeira, mais para o interior, da qual fez parte Antonio Knivet. As empresas, porém, de maior vulto realizadas por esse governador geral, nessa sua primeira vinda a São Paulo e attinentes a devassa dos sertões brasileiros, foram as expedições chefiadas por André de Leão e Nicolau Barreto.
3. A palavra “paulista” é empregada pela primeira vez pelo Visconde de Barbacena
27 de julho de 1671

Em 1671 Fernão Dias Pais recebeu ordens do governador Afonso Furtado para penetrar no sertão em busca das esmeraldas da mítica serra do Sabarabuçu. Parte em 21 de julho de 1674, tendo já 66 anos, fazendo-se acompanhar por 600 homens mais (cerca de 40 brancos ou mamelucos, e o restante, índios), entre eles seu filho Garcia Rodrigues Pais, e seu genro, Manuel da Borba Gato, casado com Maria Leite, e numerosos outros sertanistas.
4. Partida de Fernão Dias
21 de julho de 1674

Em 1671 Fernão Dias Pais recebeu ordens do governador Afonso Furtado para penetrar no sertão em busca das esmeraldas da mítica serra do Sabarabuçu. Parte em 21 de julho de 1674, tendo já 66 anos, fazendo-se acompanhar por 600 homens mais (cerca de 40 brancos ou mamelucos, e o restante, índios), entre eles seu filho Garcia Rodrigues Pais, e seu genro, Manuel da Borba Gato, casado com Maria Leite, e numerosos outros sertanistas.
Registros mencionados (19)
25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi [8156]
01/06/1560 - Partida da expedição de Bras Cubas* [19975]
25/01/1562 - “Ouro que pesava três quartos de dobra e seis grãos” [24070]
12/10/1580 - Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro) [20121]
1589 - Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas [9075]
07/12/1589 - “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275] [26356]
12/12/1598 - Belchior Dias recebeu terras em Vuturuna (São Roque), caminho de Ibirapuera, onde teria descoberto as minas de Vuturuna [20077]
01/11/1599 - A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza* [20591]
1605 - Descobertas das minas paulistas datam em Araçariguama por Afonso Sardinha [21571]
02/01/1608 - D. Francisco de Sousa os privilégios que haviam sido concedidos a Gabriel Soares de Sousa, para a exploração das minas [9770]
03/11/1609 - D. Francisco registra nos livros da Câmara quatorze provisões régias que lhe davam na Repartição do Sul poderes idênticos ao do Governador-Geral do Brasil [20270]
1632 - Gregoria da Silva casou em São Paulo com João Moreira, daí natural, filho de Pedro Alvares Cabral e Suzana Moreira. Foram moradores em Cotia onde tinham seu sitio [21574]
01/12/1654 - Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados* [6604]
16/08/1657 - São Roque foi fundada em meados do século XVII, provavelmente no ano de 1657 [21580]
27/07/1671 - A palavra “paulista” é empregada pela primeira vez pelo Visconde de Barbacena [8545]
21/07/1674 - Partida de Fernão Dias [21578]
1700 - A história de Cotia tem início por volta de 1700, quando os viajantes que iam para o interior dos estados, paravam na vila para descansar e alimentar-se por ser um antigo pouso de tropeiros onde circulavam cargas e mantimentos [21563]
03/10/1774 - José Custódio de Sá e Faria parte da ponte Pinheiros [21590]
2008 - História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, volume 8 [23226]






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Arqueologia de uma Fábrica de Ferro: Morro de Araçoiaba Séculos XVI-XVII. Autora: Anicleide Zequini, Universidade de São Paulo, Museu de Arqueologia e Etnologia, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUEOLOGIA
dezembro de 2006. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (11): Araçoiaba da Serra/SP, Santo Amaro/SP, Sorocaba/SP, Capela do Alto/SP, Iperó/SP, São Vicente/SP, Curitiba/PR, Brasília/DF, Iguape/SP, Cananéia/SP, São Francisco do Sul/SC
 Pessoas (9) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Diogo Flores Valdez (1530-1595), José de Anchieta (1534-1597), Nuno Manoel (1469-1531), Juan Diaz de Solís, Pero Correia (f.1554), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Brás Cubas (1507-1592), Jerônimo Leitão
 Temas (11): Caminho do Mar, Peru, Léguas, Caminho de Curitiba, Arqueologia, Rio da Prata, Charruas, Carijós/Guaranis, Gentios, Bacaetava / Cahativa, Geografia e Mapas
Registros mencionados (2)
1. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel
12 de outubro de 1514

Em 1514, Portugal enviou uma outra expedição ao sul, desta vez, chefiada por João de Lisboa e Estevão Frois, financiada D. Nuno Manuel e Cristóvão de Haro, em cujo trajeto estava Cananéia e a Ilha de São Francisco do Sul (Santa Catarina). Esta expedição descobriu o estuário do rio que denominaram de Rio da Prata. Os resultados dessa expedição foram informações dadas pelos nativos(Charruas) sobre a existência de uma “Serra de Prata”, fato que deve ter impulsionado o envio da expedição espanhola para o sul de Cananéia, em 1515,chefiada por Juan Diaz de Sólis (VIANNA, 1972, p. 54).
2. De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada?
1 de setembro de 1531
Registros mencionados (10)
1391 - Artefato [124]
1411 - Artefato [134]
12/10/1514 - A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel [22695]
01/09/1531 - De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada? [1413]
1541 - Artefato [396]
1545 - Descoberta das minas de Potosí [20131]
01/09/1554 - Carta: Ir. José de Anchieta ao Padre Inácio de Loyola, São Paulo de Piratininga [24737]
01/12/1561 - Expedição de Mem de Sá / O português Manuel Fernandes Ramos, primeiro marido de Suzana Dias construiu a capela de Santo Antônio* [20014]
2006 - Hélio Vianna [2827]
2006 - Marcelino Pereira Cleto [1795]






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História Geral Da Civilização Brasileira V 11 Economia E Cultura ( 1930 1964) Topics História do Brasil
1997. Atualizado em 24/10/2025 02:37:24
Relacionamentos
 Cidades (10): Araçoiaba da Serra/SP, Cananéia/SP, Cubatão/SP, Curitiba/PR, Guarulhos/SP, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, São Roque/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (9) Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Aleixo Garcia (f.1526), Brás Cubas (1507-1592), Henrique Montes, Luiz Martins, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mem de Sá (1500-1572), Mem de Sá (1500-1572), Nicolau Barreto
 Temas (16): Assunguy, Bacaetava / Cahativa, Baía de Guanabara, Caminho do Peabiru, El Dorado, Ouro, Peru, Rei Branco, República, Rio São Francisco, Serra da Mantiqueira, Serra de Araçoiaba, Serra de Cubatão , Serra de Jaraguá, Tordesilhas, Vila de Santo André da Borda

Registros mencionados (2)
1. Aleixo Garcia organizou uma expedição com centenas de índios
1525

Um náufrago português da armada de Solis, Aleixo Garcia, realizou uma expedição por volta de 1524, confirmando a existência da serra lendária, demonstrando a possibilidade de chegar-se por terra até o Peru. Foi ele o iniciador do movimento sertanista nessa costa.Embora malograsse a sua jornada ao regressar, pôde ainda, enviar notícias ao litoral, com amostras do precioso metal. As notícias chegaram até Henrique Montes, outro naufrago da mesma expedição.As lendas da prata e a aventura de Garcia refletiram profundamente na Península Ibérica. Uma das consequências que provocaram foi a expedição de Martim Afonso de Sousa, e a colonização do litoral sul do Brasil. De onde partiam, então, caminhos que conduziam ao interior, à cobiçada Prata.Uma antiga picada de nativos comunicava as nações guaranis do Paraguai e as da costa atlântica. Partindo das margens do rio Paraná, seguia pelos campos ao norte do rio Iguaçu até as nascentes do Tibaji, onde se ramificava: um galho demandava o sul, atravessando os campos de Curitiba em direção ao litoral de Santa Catatina; outro penetrava nas matas de Açungui, dando em Cananéia; o terceiro, rumo ao nordeste... (“História Geral Da Civilização Brasileira”, volume 11 “Economia E Cultura de 1930 a 1954”, 1997. Página 316)
2. Sorocaba (data estimada)
1610

Data da segunda administração de d. Francisco de Sousa a expedição de Simão Álvares, "o velho", em 1610, partida de São Paulo, em direção ao sertão do rio Casca, em Minas Gerais. Nulos foram os seus esforços naquele sentido até 1611, ano em que faleceu no isolamento e na penúria. [Página 318]
Registros mencionados (12)
1525 - Aleixo Garcia organizou uma expedição com centenas de índios [20016]
30/04/1531 - Martim Afonso fundeou no Rio de Janeiro [22544]
22/01/1532 - Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos” [9728]
30/11/1532 - Hoje não resta dúvida de que o fundador do primeiro núcleo de povoação em Piratininga foi Martim Afonso de Souza [21818]
1554 - Portugueses romperam o acordo, subiram a Serra do Mar, e fundaram a vila de São Paulo [26207]
01/06/1560 - Partida da expedição de Bras Cubas* [19975]
25/01/1562 - “Ouro que pesava três quartos de dobra e seis grãos” [24070]
25/04/1562 - Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) [19976]
14/11/1598 - Afonso Sardinha, o moço, encontrava-se em pleno sertão acompanhado de “alguns mancebos e mais de cem índios cristãos” em demanda de ouro e outros metais / Metalúrgicos se estabeleceram na região / Carijós fogem para Paranapanema [20600]
01/06/1610 - Francisco de Souza chega em São Paulo* [26582]
1610 - Sorocaba (data estimada) [20093]
1756 - “New and Accurate History of South America”, de Richard Rolt, e “Histoire De Nicolas I Roy Du Paraguai, Et Empereur Des Mamelus” [26770]






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Anais do XVI Simpósio da Associação Nacional dos Professores de História
22 de julho de 1991, segunda-feira. Atualizado em 26/10/2025 00:01:56
Relacionamentos
 Pessoas (2) Rodrigo de Castelo Branco, Pedro II de Portugal (1648-1706)
Registros mencionados (3)
1. Reconhecida que fosse a pobreza das minas de ouro de Jaraguá, Apiahy e Paranapanema, prenderam as atenções as de ferro de Araçoiaba, e mais, porque se dizia haverem ali indícios de vieiros de prata; e para a pesquisa desta especialidade foi em 1681 manda pelo governo fr. Pedro de Souza inculcado como saber da matéria
1681

Em janeiro de 1681, D. Rodrigo de Castelo Branco, fidalgo espanhol, nomeado administrador-geral das minas pelo rei de Portugal em 1677, vai à Câmara da vila de São Paulo. Ali já estivera algumas vezes durante o segundo semestre de 1680, sempre com o mesmo objetivo: requisitar indígenas dos aldeamentos para acompanhá-lo à jornada de Sabarabuçu, onde se reuniria com a expedição de Fernão Dias Pais que alí já estava.

Neste dia, que a ata não especifica qual foi, D. Rodrigo queixa-se que, apesar do bando dos oficiais da Câmara do ano anterior, instituindo o pagamento de dois mil réis por dia por cada índio aldeado que os moradoresda vila tivessem em seu poder, ele sabia que vários habitantes estavam por sair para o sertão levando consigo esses indígenas. Pede à Câmara que eleve a taxa a seis mil réis por dia, de tal forma que seu custo se tomasse proibitivo, liberando assim um número considerável de aborígenes para acompanhá-lo em sua expedição.
2. D. Rodrigo volta à Câmara pedindo que esta providencie os 120 índios necessários à sua jornada. Mostrando o regimento que lhe fôra dado por Sua Alteza Real e as ordens do Governador Geral do Estado do Brasil, requereu que os oficiais da Câmara reunissem indígenas necessários valendo-se para tal dos aldeamentos reais
18 de fevereiro de 1681

Apesar da concordância da Câmara o problema não foi resolvido, pois em 18 de fevereiro, D. Rodrigo volta à Câmara pedindo que esta providencie os 120 índios necessários à sua jornada. Mostrando o regimento que lhe fôradado por Sua Alteza Real e as ordens do Governador Geral do Estado do Brasil, requereu que os oficiais da Câmara reunissem indígenas necessários valendo-se para tal dos aldeamentos reais. [Página 81]
3. Na sessão de 12 de março ficamos sabendo os resultados desta "tour de force" dos oficiais da Câmara: estes regressaram com 100 indígenas, dentre os quais D. Rodrigo selecionou 82 pois os restantes mostraram-se incapazes por serem velhos, coxos ou mancos
12 de março de 1681

Na sessão de 12 de março ficamos sabendo os resultados desta "tour de force" dos oficiais da Câmara: estes regressaram com 100 nativos, dentre os quais D. Rodrigo selecionou 82 pois os m restantes mostraram-se incapazes por serem velhos, coxos ou mancos. Os oficiais pedem que D. Rodrigo "Remedease com os oitenta e dois alistados com mais oitto ou nove que vierão da aldea de São João da praia" e afirmam que " ... ficavão na deligencia dos que vinhão chegando, para com elles se perfazer a. d. 1JI con tia o qual farão com toda a diligência ezelo do serviço de S. A .. ... " [Página 81]
Registros mencionados (3)
1681 - Reconhecida que fosse a pobreza das minas de ouro de Jaraguá, Apiahy e Paranapanema, prenderam as atenções as de ferro de Araçoiaba, e mais, porque se dizia haverem ali indícios de vieiros de prata; e para a pesquisa desta especialidade foi em 1681 manda pelo governo fr. Pedro de Souza inculcado como saber da matéria [25434]
18/02/1681 - D. Rodrigo volta à Câmara pedindo que esta providencie os 120 índios necessários à sua jornada. Mostrando o regimento que lhe fôra dado por Sua Alteza Real e as ordens do Governador Geral do Estado do Brasil, requereu que os oficiais da Câmara reunissem indígenas necessários valendo-se para tal dos aldeamentos reais [23795]
12/03/1681 - Na sessão de 12 de março ficamos sabendo os resultados desta "tour de force" dos oficiais da Câmara: estes regressaram com 100 indígenas, dentre os quais D. Rodrigo selecionou 82 pois os restantes mostraram-se incapazes por serem velhos, coxos ou mancos [23797]






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7 de novembro de 1965, domingo
Atualizado em 28/10/2025 05:33:01
Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História
Cidades (7): Araçoiaba da Serra/SP, Franca/SP, Itu/SP, Lisboa/POR, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (22): 2º conde do Prado, Afonso d´Escragnolle Taunay, Afonso Sardinha, o Velho, Antônio de Sousa, Bernardo José de Lorena, Clemente Álvares, Diogo de Quadros, Domingos Ferreira Pereira, Domingos Luís Grou, Francisco de Sousa, Francisco Lopes Pinto, Gaspar Gomes Moalho, Gaspar Gonçalves Conqueiro, Jacinto José de Abreu, João Fernandes Saavedra, João Rodrigues de Almeida, José Joaquim Machado de Oliveira, Luiz Furtado, Manuel Eufrásio de Azevedo Marques, Pandiá Calógeras, Pedro Taques de Almeida Pais Leme, Wilhelm Ludwig von Eschwege
Temas (25): Ambuaçava, Apiassava das canoas, Bacaetava / Cahativa, Bairro Itavuvu, Buraco de Prata, Butantã, Carijós/Guaranis, Dinheiro$, Engenho(s) de Ferro, Fazenda Ipanema, Gentios, Guerra de Extermínio, Jurubatuba, Geraibatiba, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora de Montserrate, Peru, Pirapitinguí, Pólvora, Pontes, Rio Geribatiba, Rio Iperó, Rio Sarapuy, Ybyrpuêra
8º Simpósio dos Professores Universitários de História
Data: 1965
Créditos: Página 181
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    Registros relacionados
16 de março de 1572, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:24
1°. Afonso Sardinha exerceu o cargo de vereador
Pelas Atas da Câmara de São Paulo, verifica-se que Afonso Sardinha, o Velho, em 1572 pela primeira vez partilhava com Cristóvão Diniz o cargo de vereador na humilde vila do planalto.
1575. Atualizado em 24/10/2025 02:38:26
2°. Afonso Sardinha aparece em Livros de Atas e de Registro da Câmara de São Paulo
Pelas Atas da Câmara de São Paulo, verifica-se que Afonso Sardinha, o Velho, em 1575 foi eleito almotacel, voltando novamente à vereança em 1576, não tendo exercido mais cargo até 1587, quando foi escolhido juiz, conservando-se nessas funções até fins de 1588.
1588. Atualizado em 23/10/2025 17:21:26
3°. Clemente Álvares (1569-1641) passou a explorar minérios nos entornos de São Paulo
Afonso Sardinha voltou conservou o cargo de juiz até fins de 1588.
1589. Atualizado em 09/10/2025 03:23:27
4°. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas
A data da descoberta

Outro problema que se propõe ao desafio da argúcia dos pesquisadores, é a época exata em que a expedição, chefiada por Afonso Sardinha deparou com as terras ferruginosas próximas a Sorocaba. Ainda se tateia no campo das suposições; contudo parece que se poderá delimitar uma data entre 1592 e 1597 e mais possivelmente este último ano.

No ano de 1590 vemo-lo novamente vereador, tendo sido o seu termo de juramento em 24 de janeiro. Nesse ano, Afonso Sardinha assinou sua presença em todas as sessões de São Paulo, o que vem contradizer a afirmação de alguns autores que atribuem essa data como a das descobertas das minas de ferro em Biraçoiaba. Entre outros, Calógeras refere-se a "... por volta de 1590 a 1597..." o encontro do metal. Eschewege em Pluto Brasiliensis escreve ... "a história não menciona o nome do descobridor dessa ocorrência, nem do construtor e proprietário da fábrica. Supõe que seja Afonso Sardinha, o qual em 1590 construiu a fábrica de minério de Araçoiaba...". O Senador Vergueiro , com base nas Notas Genealógicas de Pedro Taques, sublinha ... "Afonso Sardinha começou em 1590 uma fábrica de ferro... em Biracoiaba... ". O interessante é que o autor setecentista em Notícias das minas de São Paulo, se contradiz, afirmando que ... "Afonso Sardinha e seu filho do mesmo nome foram os que tiveram a glória de descobrir ouro, prata e ferro... na Biracoiva no sertão do Rio Sorocaba, pelos anos de 1597...". Machado de Oliveira e vários outros que os repetem, como Heitor Ferreira Lima, também são de opinião que as explorações das minas de Araçoiaba começaram em 1590. Carvalho Franco discorda dos historiadores anteriores e afirma: "... tais iniciativas ganharam relativo impulso a partir de 1589, quando Afonso Sardinha, o moço, com Clemente Alvares e uns companheiros descobriram ouro e ferro ... junto ao morro de Araçoiaba..."
24 de janeiro de 1590, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:30
5°. “(...) vindo Afonso Sardinha do mar (...)”
No ano de 1590 vemo-lo novamente vereador, tendo sido o seu termo de juramento em 24 de janeiro. Nesse ano, Afonso Sardinha assinou sua presença em todas as sessões de São Paulo, o que vem contradizer a afirmação de alguns autores que atribuem essa data como a das descobertas das minas de ferro em Biraçoiaba. Entre outros, Calógeras refere-se a "... por volta de 1590 a 1597..." o encontro do metal. Eschewege em Pluto Brasiliensis escreve ... "a história não menciona o nome do descobridor dessa ocorrência, nem do construtor e proprietário da fábrica. Supõe que seja Afonso Sardinha, o qual em 1590 construiu a fábrica de minério de Araçoiaba...".

O Senador Vergueiro , com base nas Notas Genealógicas de Pedro Taques, sublinha ... "Afonso Sardinha começou em 1590 uma fábrica de ferro... em Biracoiaba... ". O interessante é que o autor setecentista em Notícias das minas de São Paulo, se contradiz, afirmando que ... "Afonso Sardinha e seu filho do mesmo nome foram os que tiveram a glória de descobrir ouro, prata e ferro... na Biracoiva no sertão do Rio Sorocaba, pelos anos de 1597...". Machado de Oliveira e vários outros que os repetem, como Heitor Ferreira Lima, também são de opinião que as explorações das minas de Araçoiaba começaram em 1590. Carvalho Franco discorda dos historiadores anteriores e afirma: "... tais iniciativas ganharam relativo impulso a partir de 1589, quando Afonso Sardinha, o moço, com Clemente Alvares e uns companheiros descobriram ouro e ferro ... junto ao morro de Araçoiaba..." [Páginas 179 e 180]
2 de maio de 1592, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:39:26
6°. Por patente entre a 2 de maio de 1592, foi entregue a Afonso Sardinha, em substituição a Jorge Correa, o lugar de capitão-mór, pois que a vila estava ameaçada pelo nativo
Afonso Sardinha era portanto pessoa de estatura para organizar e chefiar as entradas para o sertão e, nas suas investidas contra os índios, descobrir em suas andanças, os veios do metal precioso e o cascalho ferruginoso. Foi também umas das principais figuras da capitania, homem de confiança dos governantes, que o incumbiram do cargo, ainda não exercido na vila, de capitão da gente e da guerra.

A 2 de maio de 1592, Afonso Sardinha apresentou e requereu registro aos oficiais da Câmara de uma provisão que o nomeava para tal função. Contudo os vereadores julgaram ser mais acertado esperar pelo capitão-mor, no momento em viagem, visto "nesta villa nunca ouvera capitão, senão capitão de terra". Consideravam entretanto, que a medida era justa pois "agora está a terra em guerra e hos contrários a hua jornada e meia daqui e que podia suçeder allgum salto donde por falta de capitão nos veria mto. mall e que hera necessario capitão pa. ho ben da terra". Além do mais, de acôrdo com o testemunho do procurador do concelho Alonso Peres, "... Affonso Sardinha era home pa. isso como o dizia a maior parte deste povo ... " (16).

No fim do mês em curso, essa provisão era registrada por ordem de Jorge Corrêa, capitão e lugar-tenente do senhor Lopo de Sousa governador da capitania de São Vicente, que assim procedia "havendo respeito aos muitos serviços que Affonso Sardinha tem feito a esta capitania e pela confiança que nelle tenho hei por bem de o encarregar de capitão da gente da villa de São Paulo e seus termos ... " (17).

Em outubro o velho bandeirante recebe nova provisão para ir ao sertão "porquanto na villa de São Paulo houve rebates de contrarios e os nossos estão temorizados de os indios virem sobre nós ... " (18).

Em 1594 os oficiais da Câmara, dirigindo-se ao sertanista, "lho requerião e pedião com protestação de que elle não querendo fazer a dita guerra né indo a ela, daria conta de todo o dano e maU g. sobcedesse a capita. e a esta villa principalmente ... " e o capitão, diante da insistência prometeu que [Página 175]
2 de agosto de 1592, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:21:27
7°. Afonso Sardinha começou a escavar em Araçoyaba
A data da descoberta

Outro problema que se propõe ao desafio da argúcia dos pesquisadores, é a época exata em que a expedição, chefiada por Afonso Sardinha deparou com as terras ferruginosas próximas a Sorocaba. Ainda se tateia no campo das suposições; contudo parece que se poderá delimitar uma data entre 1592 e 1597 e mais possivelmente este último ano.

No ano de 1590 vemo-lo novamente vereador, tendo sido o seu termo de juramento em 24 de janeiro. Nesse ano, Afonso Sardinha assinou sua presença em todas as sessões de São Paulo, o que vem contradizer a afirmação de alguns autores que atribuem essa data como a das descobertas das minas de ferro em Biraçoiaba. Entre outros, Calógeras refere-se a "... por volta de 1590 a 1597..." o encontro do metal. Eschewege em Pluto Brasiliensis escreve ... "a história não menciona o nome do descobridor dessa ocorrência, nem do construtor e proprietário da fábrica. Supõe que seja Afonso Sardinha, o qual em 1590 construiu a fábrica de minério de Araçoiaba...". O Senador Vergueiro , com base nas Notas Genealógicas de Pedro Taques, sublinha ... "Afonso Sardinha começou em 1590 uma fábrica de ferro... em Biracoiaba... ". O interessante é que o autor setecentista em Notícias das minas de São Paulo, se contradiz, afirmando que ... "Afonso Sardinha e seu filho do mesmo nome foram os que tiveram a glória de descobrir ouro, prata e ferro... na Biracoiva no sertão do Rio Sorocaba, pelos anos de 1597...". Machado de Oliveira e vários outros que os repetem, como Heitor Ferreira Lima, também são de opinião que as explorações das minas de Araçoiaba começaram em 1590. Carvalho Franco discorda dos historiadores anteriores e afirma: "... tais iniciativas ganharam relativo impulso a partir de 1589, quando Afonso Sardinha, o moço, com Clemente Alvares e uns companheiros descobriram ouro e ferro ... junto ao morro de Araçoiaba..."
10 de outubro de 1592, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:38:34
8°. Em outubro o velho bandeirante recebe nova provisão para ir ao sertão "porquanto na villa de São Paulo houve rebates de contrarios e os nossos estão temorizados de os indios virem sobre nós ... "
Em outubro o velho bandeirante recebe nova provisão para ir ao sertão "porquanto na villa de São Paulo houve rebates de contrarios e os nossos estão temorizados de os indios virem sobre nós ... "
27 de outubro de 1598, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:42
9°. Gaspar Gomes
A regulamentação e disposição dos cargos relativos à exploração das minas.Um dos grandes incentivadores do movimento das descobertas e explorações das minas na capitania de São Vicente fossem dúvida o governador geral, D. Francisco de Sousa. Mesmo antes de sua vinda de Salvador a São Paulo. em 27 de outubro de 1598 nomeava êle a Gaspar Gomes Muacho (ou Mualho) para o cargo de meirinho das minas da capitania de São Vicente e "bem assim sirva o dito cargo em todas as mais capitanias do sul onde chegar e estiver com o qual haverá de ordenado quarenta mil reis ... ".
Novembro de 1599. Atualizado em 24/10/2025 02:38:55
10°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza*
11 de fevereiro de 1601, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:38:57
11°. D. Francisco autorizava a tirar ouro em Monserrate, registrando o interessado cada semana o ouro tirado, pagando os quintos
De fato, não tendo ainda sido publicado o regimento das terras minerais, a fim de poder regulamentar a extração das riquezas de subsolo, em fevereiro de 1600 o governador geral expedia da vila de São Paulo, um mandado para que "todas as pessoas que quiserem ir ou mandar sua gente tirar ouro ás minas de Nossa Senhora de Monserrate para onde ele, dito senhor governador parte quarta-feira, com o favor de Deus possa tirar o dito ouro das ditas minas, pagando os quintos dele á sua magestade, registando em cada semana..."
14 de julho de 1601, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:38:58
12°. Dom Francisco mudou o pelourinho, enviou moradores mas somente os "Sardinha" tinha autorização de entrar nas minas de "Obiracoyava"
Quando ao estabelecimento de um arraial, que não vingou, na região das minas de Araçoiaba fundado para melhor desenvolver as explorações ferruginosas, também as informações são incompletas. Pedro Taques não fundamenta essa afirmação, como já foi salientado em tópicos anteriores.É em Azevedo Marques que encontramos dois documentos que comprovam a fundação do arraial nas vizinhanças das minas de ferro. O primeiro é a petição de João Rodrigues, antigo morador de São Paulo, que por estar a caminho "para o termo de Byraçoiaba, a povoar e lavrar mantimentos como outros moradores que lá vão", solicita do do governador geral uma data de terra na região. O despacho, de 14 de julho de 1601, é favorável. Aliás, Azevedo Marques engana·se no nome, pois atribuía petição a Francisco Rodrigues.
14 de julho de 1601, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:38:58
13°. Francisco Rodrigues recebeu de D. Francisco de Souza uma sesmaria de uma légua em quadra, rio Sarapui abaixo, além do morro do Araçoiaba, desde a tapera de “Ibapoara”, topônimo desconhecido
Quando ao estabelecimento de um arraial, que não vingou, na região das minas de Araçoiaba fundado para melhor desenvolver as explorações ferruginosas, também as informações são incompletas. Pedro Taques não fundamenta essa afirmação, como já foi salientado em tópicos anteriores.

É em Azevedo Marques que encontramos dois documentos que comprovam a fundação do arraial nas vizinhanças das minas de ferro. O primeiro é a petição de João Rodrigues, antigo morador de São Paulo, que por estar a caminho "para o termo de Byraçoiaba, a povoar e lavrar mantimentos como outros moradores que lá vão", solicita do do governador geral uma data de terra na região. O despacho, de 14 de julho de 1601, é favorável. Aliás, Azevedo Marques engana·se no nome, pois atribuía petição a Francisco Rodrigues.
14 de agosto de 1601, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:59
14°. Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, trazidos do Alto Peru
Além do mais, em fins do século XVI, segundo expressão de Azevedo Marques, foi tão abundante a extração do ouro nessa serra, que se chamou "Perú do Brasil" (76) e de fato, D. Francisco de Souza na provisão de 1600 refere-se específica e unicamente à exploração do metal precioso.
13 de janeiro de 1606, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:37
15°. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza
Em janeiro de 1606, na carta dos vereadores de São Paulo dirigida ao donatário da Capitania, há referências a um dêstes engenhos:

Diogo de Quadros é ainda provedor das minas, até agora tem procedido bem, anda fazendo um engenho de ferro a três léguas desta vila, e como se perdeu no Cabo Frio tem pouca posse e vai devagar, mas acabal-o-ha e será de muita importância por estar perto daqui como três léguas e haverá metal de ferro; mas há na serra de Byraçoiaba 25 léguas daqui para o sertão em terra mais larga e abastada, e perto dalo como três léguas está o Cahatyba, de onde se tirou o primeiro ouro e desde ali ao Norte haverá 59 léguas de Cordilheira de terra alta, que toda leva ouro principalmente a Serra de Jaraguá de Nossa Senhora do Monte-Serrate, a de Voturuna, e outras.

D. Francisco de Souza refere-se apenas ao ouro de Montesserrate e não ao ferro; isto porque essas minas localizavam se na serra de Jaraguá e não em Araçoiaba, conforme a carta que a Câmara de São Paulo dirige ao donatário da Capitania a 13 de janeiro de 1606.

Nesse documento os vereadores confirmàm que "muito tem a terra que dar, é grande, fertil de mantimentos e muitas aguas e lenhas grandes campos e pastos, tem ouro, muito ferro .. , mais ha na serra de Biraçoiaba, 25 léguas daqui para o sertão em terra mais larga e abastade e perto dali como três léguas está a Cahatiba de onde se tirou o primeiro ouro e desde ali ao norte haverá sessenta leguas de cordilheira de terras que todas levam ouro principalmente a serra de Jaraguá de Nossa Senhora do Monserrate ... ".Ora, Jaraguá distancia-se da capital de São Paulo, aproximadamente 3 léguas e meia e portando seria de estranhar que a denominação minas de Montesserrate abrangesse o sítio bem mais longínqüo das serras de Araçoiaba, mesmo que a ela se atribuíssem as regiões adjacentes de Jaraguá.

Aliás, em linha reta dista aproximadamente 90 quilômetros a Serra de Araçoiaba da Serra do Jaraguá. Além do mais, em fins do século XVI, segundo expressão de Azevedo Marques, foi tão abundante a extração do ouro nessa serra, que se chamou "Perú do Brasil" (76) e de fato, D. Francisco de Souza na provisão de 1600 refere-se específica e unicamente à exploração do metal precioso. [saber]

Para a atual pesquisa, a bibliografia fundamental, além da acima citado, resume-se principalmente nas publicações de Azevedo Marques: Apontamentos históricos; de Eschewege: Plutu Brasiliensis; de Afonso Taunay: História Seiscentista da Vila de São Paulo. Os outros autores consultados, e mesmos esses, limitam-se apenas a repetir os textos de Pedro Taques, referindo-se, sem nova consulta às mesmas fontes. Outro aspecto que dificulta a coleta de dados é a confusão existente entre "os metais achados em Byraçoiaba 25 léguas daqui para o sertão e... o engenho de ferro a três léguas desta vila", à margem do Geribatuba, no sítio Birapuera [Carta assinada pelos vereadores Luiz Fernandes e Pedro Nunes e datada de 13 de janeiro de 1606. Actas da Câmara da Vila de São Paulo. Vol. II. São Paulo. 1915, página 497.], ambas as descobertas atribuídas do bandeirante Afonso Sardinha, o Velho. [Página 172, 3 do pdf]
15 de agosto de 1607, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:21:34
16°. Construção de um engenho de ferro sob a invocação de Nossa Senhora de Agosto
Contudo no mesmo ano, novamente os vereadores de São Paulo reportam-se a dois engenhos que Diogo Quadros pretende abandonar, ausentando-se para o sertão; e como um dos engenhos estivesse "em bom estado de se acabar", os representantes do povo" requeriam mandar notificar "Diogo Quadros não largar o dito engenho..." (94).

E de fato, certamente o administrador das minas terminou a forja, pois o início dos trabalhos de fundição é fixado em 1607,como comprova o texto do Livro de Assentos, de Martim Rodrigues Tenório, morador em Ibirapuera: "... el enjl:!fio de hierro começo a moler quinta fera a 16 de agousto de mil y seiscientosy siete afios aI qual enjefio pusieron por nombre nuestra sefiora de aguosto quis la assuncion bendita y du dia a 15 deI dicho mes ... " (95).

Podemos extrair dessa documentação algumas informações claras:

1. - Diogo Quadros, para receber as ferramf:ntas e ajuda financeira de S. Magestade, compromete-se a erigir dois engenhos na capitania de São Vicente;

2. - de fato, o administrador das minas inicia a construção dos dois engenhos; contudo, somente um dêles parece chegar a seu término, começando os trabalhos de fundição a 15 de agosto de 1607 e recebendo por isso, em honra à fêsta litúrgica, a denominação de Nossa Senhora da Assunção;

3. - a localização dêsse engenho é próxima a São Paulo e, portanto, identifica-se com a forja de Santo Amaro, em Emboaçava, muito bem focalizada pelo Prof. Sérgio Buarque de Holanda em artigo sôbre o assunto;

4. - em tôda a documentação, o texto que fêz alusão à serra de Biraçoiaba é confuso, não esclarecendo se há engenho ou apenas metal de ferro em abundância. [Páginas 191 e 192]
23 de janeiro de 1609, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:39:03
17°. Afonso Sardinha acresce seu patrimônio com “uns alagadiços ao longo do rio Jerobatiba”
Posteriormente acresce seu patrimônio com "uns alagadiços ao longo do rio Jerobatiba", por petição feita a Gaspar Conqueiro, capitão e ouvidor da Capitania de São Vicente e que foi atendida, visto ser Afonso Sardinha "morador antigo da dita capitania e servir Sua Majestade em tudo que nela se oferecera e... oferecera em tudo o que a bem da terra se havia a fazer..." ["Registro de uma carta de data... Sardinha no campo...". 3 de novembro de 1607] Confirma a doação, o auto de propriedade da data concedida, onde consta que "sendo presente o dito Afonso Sardinha lhe pediu o metesse de posse dos alagadiços e campos..." ["Auto de posse que foi dada a Afonso Sardinha da terra e capão contendo nesta carta...". 23 de janeiro de 1609] [Página 174]
11 de agosto de 1609, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:09:59
18°. Firmada sociedade entre Diogo de Quadros, Francisco Lopes Pinto e D. Antônio de Souza, filho de D. Francisco de Souza, que se refere a um engenho de ferro "situado em o distrito e limite desta vila de São Paulo e donde chamam Ibirapuera, da outra banda do Rio Jeribatiba
Completa essa documentação a escritura da sociedade lavrada entre Diogo de Quadros, Francisco Lopes Pinto e D. Antônio de Souza, filho de D. Francisco de Souza, datada de 11 de agosto de 1609, que se refere a um engenho de ferro "situado em o distrito e limite desta vila de São Paulo e donde chamam Ibirapuera, da outra banda do Rio Jeribatiba".

Cológeras, fazendo alusão a essa forja, gratuitamente afirma: "a nova instalação devia ser uma cópia de Biraçoiaba, inspirada pelos mesmos operários construtores desta ... ".
31 de outubro de 1610, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:22:50
19°. Clemente Alvares está no sertão com sua tenda de ferreiro
Novamente a documentação não indica de onde provinha o ferro, mas certamente era da forja de Santo Amaro e de suas proximidades. Comprovando essa asserção, podemos citar o protesto do procurador do conselho, Fernão Dias, contra Belchior Rodrigues "que queria ir de Ibirapuera com forja de ferreiro para Apiasava das Canoas aonde desembarca os carijós o que era em prejuízo levar forja e ferro para perto dos nativos..."

Contudo, na mesma época os camaristas de São Paulo proibiram a Clemente Alvares, que estava em Pirapitinguí, planície onde se localiza Itú e próxima a Sorocaba, e "que indo ao sertão queria levar a tenda de ferro... Não se consentindo que levasse tal forja..."

É o único que menciona a instalação de alguma engenhoca no sertão para fundir ferro.
27 de abril de 1628, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:34:17
20°. Testamento de Francisco Lopes Pinto considerado como um dos primeiros co-proprietários e fundadores do engenho de Araçoiaba
Tal manuscrito está transladado na íntegra em Azevedo Marques (85). É datado de 27 de abril de 1628, um ano antes da morte do testante. O único texto que talvez pudesse se relacionar com a existência de alguma forja em Araçoiaba, é o seguinte:

"...Declaro que eu tenho um pouco de gente do gentio da terra, a qual é minha e de meu filho, que eu mandei buscar ao sertão com minha fazenda, pólvora, chumbo e ferramenta. E por meu filho ser nomeado no engenho na primeira vida, me passou por procuração para eu dispor e vender o dito engenho e fabrica delle, o qual eu vendi, e a gente deixei ficar comigo por não a poder vender ... ".

Dois aspectos se destacam nêsse trecho: Francisco Lopes Pinto mandou buscar o gentio ao sertão, onde provavelmente estava fixado no trabalho do engenho, pois também lá possuía a sua fazenda, pólvora, chumbo e ferramenta; e êsse engenho, pertencente ao filho, Diogo Pita de Quadros fôra vendido, assim como a fábrica, por procuração.

A localização de tal forja só é mencionada no testamento. com a denominação genérica de "sertão", sem a data da venda, e sem a indicação do comprador. Os outros dois textos do testamento que se referem a engenho também nada esclarecem:

" ... Mais declaro que D. Antonio de Sousa mandou por seu procurador a João Fernandes Saavedra, e na dita procuração mandou ao dito João Fernandes Saavedra que pagasse a Diogo Quadros 200 cruzados, que tantos lhe devia, e por outra procuração que fez e mandou ao governador seu primo D. Luis de Sousa, manda que dê a Diogo de Quadros 200 cruzados ou a seus herdeiros, as quaes procurações estão em meu poder e nunca quiz João Fernandes Saavedra pagar nem o governador D. Luis de Sousa, e assim mais declaro que eu e Diogo arrendamos por um anno a sua metade de engenho de ferro por 50 quintaes de ferro, do qual anno ficamos devendo 14 quintaes que lhe pagavamos dizendo que nos descontasse nos200 cruzados que. D. Antonio mandava pagar e o dito João Fernandes Saavedra não quiz descontar.

E assim mais eu e o capitão Diogo de Quadros corremos dois anos com a parte do engenho do dito D. Antonio de Sousa porordem da justiça, do que demos conta a João Saavedra, de que nos passou quitação, que tenho em meu poder.

Mais declaro que eu alcancei sentença contra a fazenda do dito capitão Diogo de Quadros e tenho nomeados os 200 cruzados que D. Antonio de Sousa lhe devia, e assimmais nomeei a parte que o dito D. Antonio de Sousa deve ao engenho e nomeei mais o que lhe deve ao dito capitão Diogo Quadros do ordenado de provedor e a tençaque tinha vencida, que S. Mag. lhe fez mercê com o hábito de 50 $ de que se poz verba nos seus assentos ... "
". .. Mais declaro que, quando eu e Diogo de Quadros vendemos a metade do engenho a D. Antonio de Souza foi por preço de 3.000 cruzados os quaes não acabou depagar e deve ainda muito dinheiro ... ".

Também dêsses excertos de testamento talvez possamos salientar alguns fatos: trata-se de um engenho, ao qual não é atribuido indício algum de localização; e as dívidas mencionadas e o arrendamento da metade da forja indicam que certamente houve uma sociedade realizada entre D. Antônio de Souza, Diogo de Quadros e Francisco Lopes Pinto, para a exploração dêsse engenho. [Página 188]
3 de março de 1661, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:38:37
21°. O processo retorna com parecer favorável do ouvidor da Capitania de São Vicente sr. Antônio Lopes de Medeiros e o povoado ao redor da capela de Sorocaba foi elevado à categoria de vila
7 de setembro de 1680, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:46:54
22°. D. Rodrigo enviou sete nativos para procurar a Serra do Jaraguá. Seria N.S. Monserrate do Itapevucu?
D. Francisco de Souza refere-se apenas ao ouro de Montesserrate e não ao ferro; isto porque essas minas localizavam se na serra de Jaraguá e não em Araçoiaba, conforme a carta que a Câmara de São Paulo dirige ao donatário da Capitania a 13 de janeiro de 1606.

Nesse documento os vereadores confirmàm que "muito tem a terra que dar, é grande, fertil de mantimentos e muitas aguas e lenhas grandes campos e pastos, tem ouro, muito ferro .. , mais ha na serra de Biraçoiaba, 25 léguas daqui para o sertão em terra mais larga e abastade e perto dali como três léguas está a Cahatiba de onde se tirou o primeiro ouro e desde ali ao norte haverá sessenta leguas de cordilheira de terras que todas levam ouro principalmente a serra de Jaraguá de Nossa Senhora do Monserrate ... ".Ora, Jaraguá distancia-se da capital de São Paulo, aproximadamente 3 léguas e meia e portando seria de estranhar que a denominação minas de Montesserrate abrangesse o sítio bem mais longínqüo das serras de Araçoiaba, mesmo que a ela se atribuíssem as regiões adjacentes de Jaraguá.

Aliás, em linha reta dista aproximadamente 90 quilômetros a Serra de Araçoiaba da Serra do Jaraguá. Além do mais, em fins do século XVI, segundo expressão de Azevedo Marques, foi tão abundante a extração do ouro nessa serra, que se chamou "Perú do Brasil" (76) e de fato, D. Francisco de Souza na provisão de 1600 refere-se específica e unicamente à exploração do metal precioso.
4 de junho de 1728, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:13
23°. Terras
28 de fevereiro de 1765, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:16
24°. Domingos Ferreira Pereira construiu uma fábrica de ferro no Araçoiaba, cerca de 3 km do engenho dos Sardinha
9 de dezembro de 1765, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:40
25°. Ofício do governador e capitão-general da capitania de São Paulo, D. Luís de Antônio de Sousa Botelho Mourão, Morgado de Matheus, para o ministro e secretário de estado dos negócios do reino, Sebastião José de Carvalho de Melo, Conde de Oeiras, dando-lhe conhecimento do envio da amostra do primeiro ferro extraído por Domingos Ferreira Pereira da mina junto à vila de Sorocaba e manifestando o desejo que o ferro seja o suficiente para o trabalho dos mineiros
1772. Atualizado em 24/10/2025 04:15:38
26°. Calógeras que se baseia quase exclusivamente no autor setecentista e "em documentos desconhecidos em 1772" apesar de não citar a origem de tal documentação, também não aborda êsse problema. Parece, de fato, haver engano dos historiadores, que se repetem, pois Itavuvú, corruptela de Itapevuçú, localiza-se aduas léguas a nordeste de Biraçoiava
Calógeras que se baseia quase exclusivamente no autor setecentista e "em documentos desconhecidos em 1772" apesar de não citar a origem de tal documentação, também não aborda êsse problema.Parece, de fato, haver engano dos historiadores, que se repetem, pois Itavuvú, corruptela de Itapevuçú, localiza-se aduas léguas a nordeste de Biraçoiava
1951. Atualizado em 25/10/2025 23:23:06
27°. “Pequeno Vocabulário Tupi-Português”, 1951. Padre A. Lemos Barbosa
Da planície brotam duas correntes de água que são as mais importantes, Ipanema a leste, e Sarapuí que verte para o ocidente, desaguando ambas no rio Sorocaba. Azevedo Marques (66) afirma que Byrassoyaba ou Araçoyaba significa "coberta do sol"; tal denominação foi dadapelos naturais pois, que, principalmente durante o inverno, é extensa a sombra que se projeta da montanha. Certamente a expressão deriva de Arassojaba, isto é, "rodela de penachos", utilizada pelos indigenas, para sombrear o rosto [Pe. A. LEMOS BARBOSA, Pequenos Voeabulârlo tupi-português. Livraria São José. Rio de Janeiro. 1935.]. Machado de Oliveira [Quadro Histórico da Província de 81.0 Paulo, op. cit., pâg. 215] filia a expressão Araçoiaba, grafia que já encontramos no século XVIII, a "Aracoeyambaê",que lhe deram os silvícolas e que significava, conforme a tradução dos portuguêses da época: "Morro do Ferro".





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30 de setembro de 1958, sexta-feira
Atualizado em 28/10/2025 05:33:02
“Os transportes em São Paulo no período colonial”, José Gonçalves Salvador
Cidades (10): Botucatu/SP, Cuiabá/MT, Itu/SP, Jundiaí/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (9): Afonso Sardinha, o Velho, Clemente Álvares, Fernão Cardim, Francisco de Sousa, Francisco Pedroso Xavier, Jerônimo Leitão, José de Anchieta, Luis de Céspedes García Xería, Rodrigo de Castelo Branco
Temas (22): Araritaguaba, Bois e Vacas, Caminho até Mogi, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho do Ibirapuera/Carro, Caminho do Mar, Caminho do Padre, Caminho São Paulo-Santos, Carijós/Guaranis, Cavalos, Dinheiro$, Estradas antigas, Ipiranga, Léguas, Portos, Rio Anhemby / Tietê, São Paulo de Piratininga, Serra de Paranapiacaba, Trilha dos Tupiniquins, Tupiniquim, Vila de Santo André da Borda, Ybyrpuêra
Os transportes em São Paulo no período colonial
Data: 1959
Créditos: José Gonçalves SalvadorPágina 87
    Registros relacionados
25 de janeiro de 1554, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:28
1°. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi
Estabelecidos os primeiros colonos no litoral, onde fundaram São Vicente e Santos, transpunham logo depois as costas abruptas da serra de Paranapiacaba, vindo localizar-se no Planalto. Ao lado de Santo André da Borda do Campo surgia a 25 de janeiro de 1554 São Paulo de Piratininga. Mas durante muitas décadas haveriam seus passos de ser morosos,tardios, e de permanecer mesmo isolada de suas vizinhas do litoral, e sobretudo da Metrópole. Enorme barreira se interpunha às suas relações com a marinha: a Serra do Mar, coberta pela mata densa, o indígena que nela se ocultava, alémdas escarpas inclementes. Só à custa de muita coragem e dispêndio de energias se conseguia vencê-la, aproveitando-se, assim mesmo, de velhas trilhas abertas pelo íncola em suas descidas ao mar para buscar peixe ou sal. Afinal, a dos tupiniquins, ou do padre José, como veio a chamar-se, acabou preddminando (1) .
14 de julho de 1579, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:47:13
2°. Ata da Câmara: Haviam animais mas não cavalgavam
1585. Atualizado em 25/02/2025 04:47:13
3°. Fernão Cardim sobre o caminho
Estabelecidos os primeiros colonos no litoral, onde fundaram São Vicente e Santos, transpunham logo depois as costas abruptas da serra de Paranapiacaba, vindo localizar-se no Planalto. Ao lado de Santo André da Borda do Campo surgia a 25 de janeiro de 1554 São Paulo de Piratininga. Mas durante muitas décadas haveriam seus passos de ser morosos,tardios, e de permanecer mesmo isolada de suas vizinhas do litoral, e sobretudo da Metrópole. Enorme barreira se interpunha às suas relações com a marinha: a Serra do Mar, coberta pela mata densa, o indígena que nela se ocultava, alémdas escarpas inclementes. Só à custa de muita coragem e dispêndio de energias se conseguia vencê-la, aproveitando-se, assim mesmo, de velhas trilhas abertas pelo íncola em suas descidas ao mar para buscar peixe ou sal. Afinal, a dos tupiniquins, ou do padre José, como veio a chamar-se, acabou preddminando (1) .

Melhorou-a Anchieta, auxiliado pelos naturais, sem a haver, contudo, modificado grandemente, pois só excepcionalmente e com indizível sacrifício podia transpô-la, agora, qualquer animal doméstico. O recurso então viável consistia no uso de pés e mãos, pelo menos na serra. Deixemos, a propósito, que fale o padre jesuíta em sua Informação de 1585.

"Vão lá por umas serras tão altas que dificultosamente podem subir nenhuns animais, e os homens sobem com trabalho e às vêzes de gatinhas por não despenharem-se, e por ser o caminho tão mau e ter ruim serventia padecem os moradores e os nossos grandes trabalhos".

Verdade que permaneceria com poucas atenuantes por mais uns duzentos anos. O padre Fernão Cardim, que em 1585 veio a São Paulo na companhia do visitador da Ordem dos Jesuítas, o padre Cristóvão de Gouveia, nos deixou uma descrição dessa viagem, e na qual gastaram quatro dias. Até à base da serra caminharam distância de duas léguas por água e uma por terra, pernoitando numa tejupaba (palhoça). No dia seguinte fizeram a ascenção até ao meio dia. Quando, por fim, chegaram ao cume, achavam-se "bem cansados", "sendo o caminho tão íngreme que às vêzes iam pegando com as mãos". De novo pernoitaram, e mais uma vez se puseram a caminho, "o pior que nunca haviam visto". (Página 81 e 82)

A última etapa da viagem dos padres Cardim e Cristóvão de Gouveia, em 1585, fizera-se a cavalo, como dissemos, linhasatrás, sinal de que os paulistas desde cêdo se utilizaram dêssemeio. Tão bem impressionado ficara o companheiro do Visitador da Ordem, que nos legou estas expressivas declarações: "quem tem sal é rico, porque as criações não faltam"
14 de abril de 1590, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:38:31
4°. “República”; "a quem tomasse cavalgadura alheia no campo e nela cavalgasse sem licença do dono"
E caso êsses não chegassem, lembraríamos uma decisão da Câmara, datada de 14 de abril de 1590, a qual, a fim de coibir abusos, ameaçava com a "multa de duzentos réis a quem tomasse cavalgadura alheia no campo e nela cavalgasse sem licença do dono". [Página 87]
Setembro de 1597. Atualizado em 24/10/2025 04:14:41
5°. D. Francisco solicitava à Câmara providenciar a melhora e arrumação do “caminho do mar”, terrível serpenteado de trilhas que partiam da base da serra do mar e subiam até o planalto*
O último, na direção norte, conduzia ao porto do Rio Tietê. Descer ao mar era ainda uma aventura das mais arriscadas, exigindo coragem e espírito de sacrifício. É verdade que o governador, D. Francisco de Souza, mandara melhorar o dito caminho em 1597 e 1598, mas nem assim podiam transitar por ele as cavalgaduras. Isto, entretanto, não impedia que uma vez ou outra surgissem na pacata vila de Piratininga mercadores forasteiros, acompanhados de seus cargueiros nativos, a trocar os artigos do comércio.
8 de março de 1598, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:38:53
6°. Acorria o povo a atender a provisão do Governador Geral, D. Francisco de Souza
O último, na direção norte, conduzia ao porto do Rio Tietê. Descer ao mar era ainda uma aventura das mais arriscadas, exigindo coragem e espírito de sacrifício. É verdade que o governador, D. Francisco de Souza, mandara melhorar o dito caminho em 1597 e 1598, mas nem assim podiam transitar por ele as cavalgaduras. Isto, entretanto, não impedia que uma vez ou outra surgissem na pacata vila de Piratininga mercadores forasteiros, acompanhados de seus cargueiros nativos, a trocar os artigos do comércio.
12 de outubro de 1599, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 17:14:45
7°. Inventário e Testamento de Maria Gonçalves, em Birapoera, casas de Clemente Álvares
(Ainda em 1607) Descer ao mar era ainda aventura das mais arriscadas, exigindo coragem e espírito de sacrifício. É verdade que o governador, D. Francisco de Souza, mandara melhorar o dito caminho em 1597 e 1598, mas nem assim podiam transitar por êle as cavalgaduras. Isto, entretanto, não impedia que uma vez ou outra surgissem na pacata vila de Piratininga mercadores forasteiros, acompanhados de seus cargueiros indígenas, a trocar os artigos de seu comércio. Dizemos trocar porque, realmente, não se dispunha de moedas para as transações. Nessas circunstâncias, valiam-se êles de tôdas as oportunidades para cometerem abusos, fatos contra os quais a edilidade precisou reagir.

Mas também é verdade que ela os procurou favorecer, tal como se deu em 1599, inquirindo quem lhes queria fornecer "casa e mesa" , pois convinha recebê-los de quando em quando, visto fornecerem aos moradores artigos úteis, além das noticias que traziam.

Os veículos de rodas constituíam então objeto raríssimo, se é que os havia. Referimo-nos aos carros de bois. É possível ter existido algum já no término do século, embora as evidências sejam vagas por demais. Sabemos que no inventário de Maria Gonçalves, mulher de Clemente Álvares, com roça em Ibirapuera, e datado de 1599, consta um ferro de arado, avaliado em 1$600, juntamente com o "carro velho", que o acompanha.

Este "carro velho", contudo, outra coisa não seria senão uma das peças do arado quadrangular de rodas, semelhante ao que se usava em Portugal, sobretudo no Minho, conforme sugestão do professor Jorge Dias a Sérgio Buarque de Holanda. Lembraríamos, porém, que o caminho do Ibirapuera (Virapoeira, Burapuera, etc.) ou de Santo Amaro, passaria a chamar-se alguns anos depois o "caminho de carro" nas cartas de datas de terra. Os inventários e as atas da Câmara, auxiliares indispensáveis a tal respeito, guardam o mais absoluto silêncio, fato que nos obriga a ficar nas meras conjecturas.

Não podemos deixar de nos reportar a uma prática existente em São Paulo por longo tempo: o transporte de água, especialmente para fins domésticos. As paredes de taipas, por exemplo, eram feitas de terra socada e amolecida com água que os escravos carregavam em potes e gamelas. A indústria da cerâmica estava associada de há muito às atividades do ameríndio. O precioso líquido apanhava-se nas minas, nas bicas e nos rios junto à vila. Para evitar imoralidades, determinara a Câmara em 1576 e ainda noutras ocasiões, que sômente às mulheres se permitia a freqüência aos referidos lugares.

Assim viveu São Paulo durante o quinhentismo. Quase isolado, por falta de bons caminhos, de transportes convenientes e de produtos que lhe permitissem concorrer com o Nordeste. Os recursos lhe viriam do apresamento do selvícola e da venda do mesmo naquelas regiões açucareiras. Desde fins do século XVI o escravo seria objeto de tráfico intenso, além de sua serventia nas roças do Planalto.
1607. Atualizado em 25/02/2025 04:46:45
8°. “se vendiam mui bons cavalos, cada qual por um chapéu ou meias-calças, e as vacas andavam em almoeda, sem haver quem as quisesse por três patacas, que era a dívida pela qual se rematavam”
E o padre Jácome Monteiro, que também por aquí estivera, por volta de 1607, pôde observar como

"se vendiam mui bons cavalos, cada qual por um chapéu ou meias-calças, e as vacas andavam em almoeda, sem haver quem as quisesse por três patacas, que era a dívida pela qual se rematavam".

Não se julgue, no entanto, que andar a cavalo ou servir-se dêle como cargueiro fôsse muito comezinho, porque não o exigiam as distâncias e nem os caminhos se prestavam para tanto.

As roças ficavam perto . Os trilhos predominavam em quase tôdas as direções. Apenas quatro dêles escapavam à regra geral, em fins do século: o do mar, que partindo do Páteo do Colégio, prosseguia pela atual rua do Carmo até à várzea e dali rumava para os lados do extinto Santo André da Borba do Campo, passando antes pela ribeira do Ipiranga. O outro, dirigia-se para a aldeia de Ibirapuera, a três léguas de distância, pelo espigão que separa o Anhangabaú e o Cambucí, velha trilha palmilhada pelos indígenas, e que se transformaria no caminho para Santo Amaro, no trajeto que hoje conhecemos como rua da Liberdade, rua do Vergueiro, Domingos de Morais e Avenida Jabaquara. O terceiro, seguia para os lados da aldeia de Pinheiros e demandava os sertões de Jundiaí, "nesse tempo apenas habitado por criminosos e homiziados". [Página 87]

Ainda neste século foram os rios de grande importância na vida do Planalto. Até 1610 quem quisesse ir de São Paulo para Mogí das Cruzes teria que meter-se numa canoa Tietê acima. De igual modo, quem quer que tivesse sítio ou fazenda próximo a curso navegáveis, recorria ao uso desse meio de transporte. Fabricavam os escravizados nativos à sua moda, mas com o auxílio de ferramentas introduzidas pelo europeu. [Página 92]
1 de agosto de 1608, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:36:07
9°. Desceu o Tietê expedição com Baltasar Gonçalves
E o padre Jácome Monteiro, que também por aquí estivera, por volta de 1607, pôde observar como

"se vendiam mui bons cavalos, cada qual por um chapéu ou meias-calças, e as vacas andavam em almoeda, sem haver quem as quisesse por três patacas, que era a dívida pela qual se rematavam".

Não se julgue, no entanto, que andar a cavalo ou servir-se dêle como cargueiro fôsse muito comezinho, porque não o exigiam as distâncias e nem os caminhos se prestavam para tanto.

As roças ficavam perto . Os trilhos predominavam em quase tôdas as direções. Apenas quatro dêles escapavam à regra geral, em fins do século: o do mar, que partindo do Páteo do Colégio, prosseguia pela atual rua do Carmo até à várzea e dali rumava para os lados do extinto Santo André da Borba do Campo, passando antes pela ribeira do Ipiranga. O outro, dirigia-se para a aldeia de Ibirapuera, a três léguas de distância, pelo espigão que separa o Anhangabaú e o Cambucí, velha trilha palmilhada pelos indígenas, e que se transformaria no caminho para Santo Amaro, no trajeto que hoje conhecemos como rua da Liberdade, rua do Vergueiro, Domingos de Morais e Avenida Jabaquara. O terceiro, seguia para os lados da aldeia de Pinheiros e demandava os sertões de Jundiaí, "nesse tempo apenas habitado por criminosos e homiziados". [Página 87]

Ainda neste século foram os rios de grande importância na vida do Planalto. Até 1610 quem quisesse ir de São Paulo para Mogí das Cruzes teria que meter-se numa canoa Tietê acima. De igual modo, quem quer que tivesse sítio ou fazenda próximo a curso navegáveis, recorria ao uso desse meio de transporte. Fabricavam os escravizados nativos à sua moda, mas com o auxílio de ferramentas introduzidas pelo europeu. [Página 92]
1610. Atualizado em 25/02/2025 04:47:10
10°. Até 1610 quem quisesse ir de São Paulo para Mogí das Cruzes teria que meter-se numa canoa Tietê acima
Ainda neste século foram os rios de grande importância na vida do Planalto. Até 1610 quem quisesse ir de São Paulo para Mogí das Cruzes teria que meter-se numa canoa Tietê acima. De igual modo, quem quer que tivesse sítio ou fazenda próximo a curso navegáveis, recorria ao uso desse meio de transporte. Fabricavam os escravizados nativos à sua moda, mas com o auxílio de ferramentas introduzidas pelo europeu. [Página 92]
17 de junho de 1614, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:31
11°. Registro de uma carta de dada de terras a Manuel João Branco
O documento fornece elementos seguros para avaliarmos das condições do Caminho do Mar nesta época, ou seja, no ano de 1717, as quais, embora péssimas, já permitia o tráfego de cavalos. Todavia, ainda durante muitas décadas o bom senso recomendava efetuar o transporte, pelo menos de cidadãos, em rêdes. É verdade que o Ouvidor Francisco da Cunha Lobo, em 1725, correspondendo-se de Santos com a Câmara paulista solicitava-lhe na carta mandasse apenas trinta índios e três cavalos a aguardá-lo no Cubatão, pois dispensava a rêde.
1653. Atualizado em 25/02/2025 04:47:13
12°. Em 1653, do Snr. Ouvidor Geral, determinando que todos os caminhos que saiam da vila e principalmente o do mar, se limpassem todos os anos infalivelmente
Em 1653, do Snr. Ouvidor Geral, determinando que todos os caminhos que saiam da vila e principalmente o do mar, se limpassem todos os anos infalivelmente (29) . É bom lembrar que, a êsse tempo, uma nova saída existia com direção ao Caminho do Mar, partindo do "caminho de carro, ou de Santo Amaro", na altura da Cruz das Almas, e daqui seguindo pelas imediações do sítio do padre Albernaz, capela do Acurí, rumo a São Bernardo.
1699. Atualizado em 25/02/2025 04:45:19
13°. Não havia cavalos em Santos
Não seria, difícil, então, a Matias Barbosa da Silva constatar êsse fato quando, em 1699, chegou a São Paulo, e fazer inserir em seu testamento, a favor do filho ilegítimo, que êle, Matias, não possuía à época da conceição qualquer cargo que o constituísse no grau de nobreza, isto é, não fôra cavaleiro ou escudeiro. Alega que "só vivia então de algum negócio com que andava de uma parte para outra, mas não a cavalo", que "nem o possuia, nem os havia a êsse tempo em Santos e São Paulo, de sorte que por falta dêles até os cabos de guerra e pessoas principais da terra todos andavam a pé". [Página 97]
1717. Atualizado em 27/05/2025 05:07:14
14°. Caminho do Mar: as quais, embora péssimas, já permitia o tráfego de cavalos
Demos, a propósito, a palavra ao redator do Diário da Jornada de D. Pedro de Almeida e Portugal para nos descrever a viagem de Sua Excia. do Cubatão ao alto da serra. Diz êle:

"...e partirão os vinte Indios, ou carijos com as cargas governados p.los seus oficiais, e por Pays Velozo", eprossegue:

" — Pela manhã marchamos, e por não ter ainda bastante cavalos para toda a familia, foi preciso que o secretario do Governo, e Paschoal da sylva fossem em rede. A marcha foi tirana, não somente pela aspereza de Fernampiacaba que assim se chama a Serra, que logo que saímos pela manhã começamos a subir quanto por estar chovendo todo o dia, e pelos grandes lameiros, que acabada a serra encontramos, e tão infames, que nenhum da comitiva deixou de cair neles, hua e duas vezes, e que quem repetisse treteira, os das redes forão mais bem livrados neste dia, porem também tiveram o dissabor de chegarem as onze horas da noite a pousada, que eram umas casas de palma...".

O documento fornece elementos seguros para avaliarmos das condições do Caminho do Mar nesta época, ou seja, no ano de 1717, as quais, embora péssimas, já permitia o tráfego de cavalos. Todavia, ainda durante muitas décadas o bom senso recomendava efetuar o transporte, pelo menos de cidadãos, em rêdes. É verdade que o Ouvidor Francisco da Cunha Lobo, em 1725, correspondendo-se de Santos com a Câmara paulista solicitava-lhe na carta mandasse apenas trinta índios e três cavalos a aguardá-lo no Cubatão, pois dispensava a rêde: [Os transportes em São Paulo no período colonial, 1958. José Gonçalves Salvador. Página 110]

Levando vantagem sôbre o muar na estatura, na ligeireza do passo e no garbo do porte, o cavalo tornou-se o meio de transporte, por excelência, do negociante abastado, do fazendeiro, dos bem aquinhoados, enfim, da elite do Planalto . Assim mesmo, andou pelo sertão, esteve nas Minas e desceu muitas vêzes o Caminho do Mar. [Os transportes em São Paulo no período colonial, 1958. José Gonçalves Salvador. Página 113]
14 de fevereiro de 2023, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:16:22
15°. Família Laço, consultado em geneall.net
D. Francisco de Souza mandara melhorar o dito caminho em 1597 e 1598, mas nem assim podiam transitar por ele as cavalgaduras.





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23 de janeiro de 1958, sexta-feira
Atualizado em 28/10/2025 05:33:03
Jornal do Brasil
Cidades (1): Sorocaba/SP
Pessoas (2): Pero de Magalhães Gândavo, Teodoro Fernandes Sampaio
Jornal do Brasil
Data: 1958
Créditos: Página 3





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1954
Atualizado em 28/10/2025 05:33:03
“Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII” de Francisco de Assis Carvalho Franco
Cidades (16): Araçoiaba da Serra/SP, Botucatu/SP, Curitiba/PR, Guarulhos/SP, Ibiúna/SP, Iguape/SP, Itanhaém/SP, Itu/SP, Paranaguá/PR, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (66): Afonso Sardinha "Moço", Afonso Sardinha, o Velho, André Fernandes, Antônio de Añasco Melgarejo, Antônio de Sousa, António Gomes Freire de Andrade, Antonio Paes Sande, Artur de Sá e Meneses, Balthazar Fernandes, Bartholomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, Bartolomeu Bueno da Silva, Bartolomeu Pais de Abreu, Belchior Dias Carneiro, Brás Cubas, Cap Antonio Pereira de Azevedo, Cláudio de Madureira Calheiros, Clemente Álvares, Cristovão Pereira de Abreu, Custódia Dias "André", Custódia Dias, Custódio de Aguiar Lobo, Diogo de Mendonça Corte Real, Diogo de Quadros, Diogo Gonçalves Lasso, Domingos Lopes de Cascais, Estevão Raposo Bocarro, Felippe Guilhem, Fernão Paes de Barros, Filipe de Campos Bicudo, Francisco de Assis Carvalho Franco, Francisco de Sousa, Francisco Pedroso Xavier, Francisco Teixeira Cid, Francisco Tosi Columbina, Frei Frutuoso, Frei Vicente do Salvador, Gabriel Antunes Maciel I, Henrique da Costa, Inácia Pais de Barros, Inês Camacho, Jaime Comas (Jayme Commere), Jean de Laet, Jerônimo Leitão, João Antunes Maciel I, João Fernandes Saavedra, João Fernandes Tavora, João Leme, João Martins Claro, José de Almeida Leme, Luís Castanho de Almeida, Luiz Fernandes Folgado, Manoel de Campos Bicudo, Manoel de Lemos Conde, Manoel Pinheiro Azurara, Manuel Correia, Manuel Peixoto da Mota, Marcos de Azevedo, Martim de Orue, Miguel de Barros, Nicolau Barreto, Padre João Alvares, Paschoal Affonso Gaya, Pedro Taques de Almeida Pais Leme, Rodrigo César de Meneses, Ruy Diaz de Guzman, Sebastião Marinho
Temas (40): Ambuaçava, Bairro Itavuvu, Caminho de Curitiba, Caminho de São Roque-Sorocaba, Capitania de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, Capitania de São Paulo e Minas do Ouro, Carijós/Guaranis, Colégios jesuítas, Curiosidades, Dinheiro$, Estrada Geral, Estrada São Roque-Ibiúna, Estradas antigas, Fazenda Ipanema, Guayrá, Ibiticatu, Jesuítas, Lagoa Dourada, Martírios, Metalurgia e siderurgia, Nossa Senhora da Penha, O Sol, Ordem de Cristo, Ouro, Paiaguás, Pirapitinguí, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio Jacuí, Rio Paraguay, Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Sorocaba, Rio Taquari, São Filipe, Serra da Mantiqueira, Serra de Jaraguá, Soroca-mirim, Temiminós, Tupinaés
“Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII”
Data: 1954
Créditos: Francisco de Assis Carvalho FrancoPágina 359
    Registros relacionados
30 de dezembro de 1557, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:41
1°. Depois de várias aventuras, regressou à Espanha, voltando pela quarta vez como pilôto na armada de Rasquim
Junho de 1560. Atualizado em 23/10/2025 15:34:09
2°. Partida da expedição de Bras Cubas*
Com seu filho Pedro Sardinha, também grande sertanista, desenvolveu os trabalhos de mineração no Jaraguá, que fora tentado sem grandes resultados por Brás Cubas, associado ao capitão-mór Jerônimo Leitão.
18 de maio de 1566, sexta-feira. Atualizado em 14/06/2025 05:18:10
3°. Leatherman: Os mistérios em torno do mendigo que intrigou os Estados Unidos. aventurasnahistoria.com.br
Paulista, mineiro prático e sertanista, que desde 1588 explorou minérios nos entornos de São Paulo e até 1606 havia registrado, na respectiva câmara, cerca de quatorze locais onde descobrira ouro, no Jaraguá, em Parnaiba, em São Roque - “e pelo próprio caminho geral do sertão antigo, na borda do campo, onde dizem teve Braz Cubas umas cruzes de pedras que até hoje estão e por riba delas passa uma bêta de metal preto".- Ao dar em manifesto essas minas, declarou Clemente Alvares que havia quatorze anos que andava descobrindo pelo que se deduz que seus primeiros achados foram em 1592. Teve ele como companheiros Afonso Sardinha, o moço e Sebastião Marinho.
1 de novembro de 1585, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:23:00
4°. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós
Francisco Teixeira - Sertanista de São Paulo que tomou parte nas expedições de Jerônimo Leitão em 1585 e 1590, em Paranaguá e nos vales do rio Tietê, combatendo carijós e tupiniquins e faleceu em 1594, estando casado com Inês Camacho.
1588. Atualizado em 23/10/2025 17:21:26
5°. Clemente Álvares (1569-1641) passou a explorar minérios nos entornos de São Paulo
Paulista, mineiro prático e sertanista, que desde 1588 explorou minérios nos entornos de São Paulo e até 1606 havia registrado, na respectiva câmara, cerca de quatorze locais onde descobrira ouro, no Jaraguá, em Parnaiba, em São Roque - “e pelo próprio caminho geral do sertão antigo, na borda do campo, onde dizem teve Braz Cubas umas cruzes de pedras que até hoje estão e por riba delas passa uma bêta de metal preto". Teve ele como companheiros Afonso Sardinha, o moço e Sebastião Marinho.
2 de agosto de 1592, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:21:27
6°. Afonso Sardinha começou a escavar em Araçoyaba
Paulista, mineiro prático e sertanista, que desde 1588 explorou minérios nos entornos de São Paulo e até 1606 havia registrado, na respectiva câmara, cerca de quatorze locais onde descobrira ouro, no Jaraguá, em Parnaiba, em São Roque - “e pelo próprio caminho geral do sertão antigo, na borda do campo, onde dizem teve Braz Cubas umas cruzes de pedras que até hoje estão e por riba delas passa uma bêta de metal preto".- Ao dar em manifesto essas minas, declarou Clemente Alvares que havia quatorze anos que andava descobrindo pelo que se deduz que seus primeiros achados foram em 1592. Teve ele como companheiros Afonso Sardinha, o moço e Sebastião Marinho.
2 de novembro de 1596, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:21:28
7°. Clemente Alvares foi nomeado almotacel (cargo mensal)
Exerceu em São Paulo o cargo de almocatel em 1596 e 1600.
1600. Atualizado em 23/10/2025 17:21:30
8°. Clemente Alvares obteve uma sesmaria de légua junto ao Araçoiaba
Teve ele como companheiros Afonso Sardinha o moço e Sebastião Marinho. Exerceu em São Paulo o cargo de almocatel em 1596 e 1600. Nesse ano obteve uma sesmaria de légua junto ao Araçoiaba tendo em 1609 igual concessão no porto de Parapitingui.
7 de janeiro de 1600, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:21:30
9°. Devido a desistência de Gaspar Cubas, os oficiais da Câmara, ordenaram que Clemente Alvares servisse também durante o mês de janeiro
Clemente Alvares exerceu em São Paulo o cargo de almocatel em 1596 e 1600.
16 de setembro de 1606, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:21:33
10°. Minas
Paulista, mineiro prático e sertanista, que desde 1588 explorou minérios nos entornos de São Paulo e até 1606 havia registrado, na respectiva câmara, cerca de quatorze locais onde descobrira ouro, no Jaraguá, em Parnaiba, em São Roque - “e pelo próprio caminho geral do sertão antigo, na borda do campo, onde dizem teve Braz Cubas umas cruzes de pedras que até hoje estão e por riba delas passa uma bêta de metal preto".- Ao dar em manifesto essas minas, declarou Clemente Alvares que havia quatorze anos que andava descubrindo pelo que se deduz que seus primeiros achados foram em 1592.
16 de dezembro de 1606, sábado. Atualizado em 28/10/2025 04:03:18
11°. Novo Regimento das Minas de São Paulo após o testemunho ocular de Clemente Alvares
Clemente Alvares, paulista, mineiro prático e sertanista, que desde 1588 explorou minérios nos entornos de São Paulo e até 1606 havia registrado, na respectiva câmara, cerca de quatorze locais onde descobrira ouro, no Jaraguá, em Parnaiba, em São Roque - "e pelo próprio caminho geral do sertão antigo, na borda do campo, onde dizem teve Braz Cubas umas cruzes de pedras que até hoje estão e por riba delas passa uma bêta de metal preto".

Ao dar em manifesto essas minas, declarou Clemente Alvares que havia quatorze anos que andava descobrindo pelo que se deduz que seus primeiros achados foram em 1592. Teve ele como companheiros Afonso Sardinha o moço e Sebastião Marinho. Exerceu em São Paulo o cargo de almotacel em 1596 e 1600.

Nesse ano obteve uma sesmaria de légua junto ao Araçoiaba tendo em 1609 igual concessão no porto de Parapitingui. Em 1619 obteve sesmaria de duas léguas na margem do Jataí e no sertão de Ibituruna. No ano de 1610 com Custodio de Aguiar Lobo, Braz Gonçalves o velho e outros organizou uma bandeira e, saído do porto de Pirapitingui, no Tietê, fez uma montaria aos índios Carijós.

Com seu sogro construiu no ano de 1606, em Santo Amaro, um engenho de ferro sob a invocação de Nossa Senhora de Agosto, engenho esse que, por herança, veio a pertencer a Luiz Fernandes Folgado.
9 de março de 1607, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:46
12°. Belchior Dias Carneiro comandou uma bandeira de cerca de 50 homens brancos e muitos nativos. Esta expedição partiu de Pirapitingui, no rio Tietê, rumo ao sertão dos nativos bilreiros e caiapós. O objetivo explícito era o descobrimento de ouro e prata e mais metais
15 de agosto de 1607, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:21:34
13°. Construção de um engenho de ferro sob a invocação de Nossa Senhora de Agosto
Com seu sogro construiu no ano de 1606, em Santo Amaro, um engenho de ferro sob a invocação de Nossa Senhora de Agosto, engenho esse que, por herança, veio a pertencer a Luiz Fernandes Folgado.
5 de fevereiro de 1609, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:21:34
14°. Clemente Alvares ganha concessão no porto de Parapitingui: “Martim Rodrigues e Clemente Álvares, seu genro, edem 2 léguas da barra do Yatuahi até a barra do dito ribeiro”
Obteve uma sesmaria de légua no porto de Parapitingui.
1610. Atualizado em 23/10/2025 15:41:07
15°. Sorocaba (data estimada)
(..) para encontrar metais nobres na Sabaráboçú e no morro do Araçoiaba, D. Francisco determinou, para o primeiro efeito uma expedição chefiada por Simão Álvares, o velho, conforme verifica do torno de "Concêrto que houve entre Simão Álvarez e a viúva Custódia Lourença", no inventário de Henrique da Costa, em 1616 e que partiu de São Paulo em 1610 e atingiu o sertão "denominado" "Cahaetee", o qual se no formos cingir exclusivamente à toponímia, era o sertão da Casca, em plena Minas Gerais.

Conseguiu, também, pelo Espírito Santo, visando a mesma Sabarábocú, uma expedição cujo cabo foi Marcos de Azevedo, o velho, que trouxe, em 1611, amostrar de esmeraldas.

Em São Paulo continuava na faina de buscar prata no Araçoiaba, que até então e sempre apenas revelou possuir ferro. Curiosa, sobre tal ponto, a notícia que dava em 1612 e portanto contemporaneamente, o escritor Rui Diás de Gusman, na sua "Argentina".
8 de janeiro de 1610, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:22:49
16°. Traslado feito em Santos do pedido de Martim Rodrigues e Clemente Álvares, seu genro, feito em 5/2/1609, por 2 léguas da barra do Yatuahi até a barra do dito ribeiro
No ano de 1610 com Custodio de Aguiar Lobo, Braz Gonçalves o velho e outros organizou uma bandeira e, saído do porto de Pirapitingui, no Tietê, fez uma montaria aos índios Carijós.
Junho de 1610. Atualizado em 24/10/2025 04:15:21
17°. Francisco de Souza chega em São Paulo*
(..) para encontrar metais novres na Sabaráboçú e no morro do Araçoiaba, D. Francisco determinou, para o primeiro efeitom uma expedição chefiada por Simão Álavares, o velho, conforme verifica do tormo de "Concêrto que houve entre Simão Álvarez e a viúva Custódia Lourença", no inventário de Henrique da Costa, em 1616 e que partiu de São Paulo em 1610 e atingiu o sertão "denominado" "Cahaetee", o qual se no formos cingir exclusivamente à tponimia, era o sertão da Casca, em plena Minas Gerais. [Página 396]
1611. Atualizado em 24/10/2025 04:15:22
18°. Azevedo, o velho, que trouxe, em 1611, amostrar de esmeraldas
1611. Atualizado em 24/10/2025 04:15:22
19°. Começou um povoamento na margem esquerda do rio Pirajibu, no Mato Adentro, perto da atual Aparecida
Não encontrara no entanto o fidalgo português nesse local os metais nobres que tanto ambicionava. E mergulhado no isolamento dessas paragens desde janeiro de 1611, desamparado de toda sua antiga comitiva e de todo seu antigo fausto, veio por fim a perecer, em meados de junho, com o mais humilde e desbaratado dos seus antigos caminheiros do desconhecido. Da melancolia e da singularidade deste fim do magnifico cortesão dos reis de Castela, nasceram, à maneira de legendas, versões várias.
10 de junho de 1611, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:07
20°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil
O Araçoiaba era para ele uma montanha que se denominava "serro de Nossa Senhora do Monte Serrate, que tem o círculo de cinco léguas, de cujas fraldas extraem os portugueses muito ouro de 23 quilates e em seu cume, encontram-se muitas betas de prata; perto desse serro, d. Francisco de Sousa, cavaleiro daquela nação, fundou um povoado que continua dedicando-se ao benefício dessas minas de ouro e prata". Não encontrara no entanto o fidalgo português nesse local os metais nobres que tanto ambicionava. E mergulhado no isolamento dessas paragens desde janeiro de 1611, desamparado de toda sua antiga comitiva e de todo seu antigo fausto, veio por fim a perecer, em meados de junho, com o mais humilde e desabaratado dos seus antigos caminheiros do desconhecido.

Da melancolia e da singularidade deste fim do magnifico cortesão dos reis de Castela, nasceram, à maneira de legendas, versões várias. Dom Antônio de Anasco contava que morrera de desgosto ao receber a falsa notícia da morte de seu filho Antonio, colhido por piratas argelinos, em alto mar, quando levava presentes de ouro a El-Rei. Frei Vicente do Salvador anotava, entristecidamente, que perecera duma epidemia em São Paulo e tão pobre que se não fôra a piedade dum teatino, nem uma vela teria na sua agonia. [p. 396]
Novembro de 1613. Atualizado em 23/10/2025 15:41:52
21°. Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiás*
"Informação da expedição que se pode fazer da vila de São Paulo ao Grande-Pará, que é o verdadeiro nome Maranhão... dada por Pero Domingues, um dos trinta portugueses que a dita vila foram descobrir no ano de 1613". - Pedro Domingues era o escrivão da expedição citada de André Fernandes, que diz se compunha de trinta brancos e de outras fontes sabemos que fora determinada pelo provedor das minas Diogo de Quadros e que estava partindo de São Paulo no derradeiro dia de novembro de 1613. Em setembro de 1615, abria-se na vila de São Paulo o inventário de Manuel Rodrigues Góis, que foi praça dessa expedição e no início do mesmo o escrivão faz referência - "no rio de Maranhão" - parecendo dizer que um arrolamento de bens aí tivera lugar. Esse trecho do inventário, no original, é ilegível, conforme pessoalmente verificamos. Pedro Taques afirmou que o sertão do Paraúpava ficava ao norte de Goiás e que o rio Paraúpava encaminhava o curso de suas águas para o rio de Maranhão. Pelos motivos que expusemos no nosso livro "Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo", entendemos que Pedro Taques tirara apenas ilação do toponímico Paraúpava, que existe tanto ao norte como no sul do Brasil. Agora nos certificamos que o grande Pedro Taques está certo, pois os documentos que aqui citamos assim o evidenciam e será então o Paraúpava de que deu notícia o sertanista João Leme do Prado e pelo qual se entava também pelo baixo Mato-Grosso. [Página 151]
Setembro de 1615. Atualizado em 24/10/2025 04:29:38
22°. Inventário*
23 de setembro de 1619, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:22:52
23°. André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas
Em 1619 obteve sesmaria de duas léguas na margem do Jataí e no sertão de Ibituruna.
1634. Atualizado em 23/10/2025 17:24:22
24°. Clemente Alvares descobriu ouro em So...
Em 1634 Clemente Alvares ainda continuava com seus descobrimentos mineralógicos, havendo revelado ouro em local que os antigos denominavam Serol....
23 de dezembro de 1637, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:30:10
25°. André Fernandes chegou a Santa Tereza do Ibituruna
Em 1637 tomou parte como um dos principais da bandeira de Francisco Bueno, o qual tinha como seu imediato o seu irmão Jerônimo Bueno. A bandeira, pela morte do cabo, se dividiu em duas grandes levas, uma sob o comando de Jerônimo Bueno foi atacar as reduções do Ijuí e a outra, sob as ordens de André Fernandes, foi para as reduções do Tape, todas em território do Rio Grande do Sul. Começou ele destruindo a redução de Santa Teresa e nessa campanha, sem que se conheça ao certo as minudências, se demorou perto de três anos, sofrendo vários reveses e afinal desandou doente e sendo abandonado de seus nativos, valendo-se apenas o seu filho Jorge Fernandes, que o veio servindo e carregando através dos sertões, até chegar à Parnaíba, como faz certo uma escritura de doação, lavrada nessa vila, a 24 de setembro de 1641, nas notas do tabelião Ascenso Luís Grou. [p. 151]
24 de setembro de 1641, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:30:17
26°. Casamento de Maria Fernandes, filha do capitão André Fernandes, com João Fernandes Edra e a escriptura de dote, feita em Parnahyba
(...) Em 1637 tomou parte como um dos principais da bandeira de Francisco Bueno, o o qual tinha como seu imediato o seu irmão Jerônimo Bueno. A bandeira, pela morte do cabo, se dividiu em duas grandes levas, uma sob o comando de Jerônimo Bueno foi atacar as reduções do Ijuí e a outra, sob as ordens de André Fernandes, foi para as reduções do Tape, todas em território do Rio Grande do Sul.

Começou ele destruindo a redução de Santa Teresa e nessa campanha, sem que se conheça ao certo as minudências, se demorou perto de três anos, sofrendo vários reveses e afinal desandou doente e sendo abandonado de seus nativos, valendo-se apenas o seu filho Jorge Fernandes, que o veio servindo e carregando através dos sertões, até chegar à Parnaíba, como faz certo uma escritura de doação, lavrada nessa vila, a 24 de setembro de 1641, nas notas do tabelião Ascenso Luís Grou. Devia o capitão André Fernandes ter regressado das reduções do Tape seriamente enfermo, pois a 29 de setembro de 1641, perante o tabelião citado e no mesmo livro de notas, fez lavrar o seu testamento, no qual mencionou que tinha 63 anos de idade e que seu único filho legítimo era o então padre Francisco Fernandes de Oliveira, tendo os filhos naturais Catarina Dias, Jorge Fernandes, Margarida Fernandes e Maria Fernandes. Silva Leme acrescenta mais três - Sebastiana Fernandes, Custódia Dias e Pedro Fernandes. Posteriormente a esse ato, já restabelecido, aparece o capitão André Fernandes numa procuração
29 de setembro de 1641, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:27:03
27°. Testamento/falecimento de André Fernandes: apenas um filho legítimo
1 de novembro de 1648, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:30:21
28°. Antônio Raposo ordenou decisivo ataque a destruição das reduções do Itatim, combatendo 200 paulistas e mil índios mansos
Em novembro de 1648 Antônio Raposo ordenou decisivo ataque a destruição das reduções do Itatim, combatendo 200 paulistas e mil índios mansos, e seu auxiliar ainda foi o velho, sexagenário, Capitão André Fernandes (que morreria no início da ação, em 1649, em local tão oposto ao sertão do Sabaraboçu onde sempre desejara e prometera ir). Ficaram destruídas as reduções jesuítas da serra de Maracaju e Terecañi, e depois Bolaños, Xerez e outras. O ataque produziu êxodo, mas partiu de Assunção um exército tão grande que os paulistas resolveram abandonar a província. A bandeira se dividiu em duas companhias. Na companhia comandada por Raposo, era alferes Manuel de Souza da Silva. A outra era chefiada pelo baiano Antônio Pereira de Azevedo. [p.151]

O ilustre historiador Afonso E. Taunay cita-o na bandeira desse heróico Antonio Raposo Tavares, em 1648, no baixo Mato-Grosso, para o ataque às reduções do Itatim, acrescentando que o capitão André Fernandes era o comandante duma da divisões dessa expedição. Ao princípio duvidamos dessa asserção, pois nesse ano devia André Fernandes contar setentas anos de idade. Mas o historiador das bandeiras paulistas provou recentemente, por meio de um documento datado de 1649, que de fato o capitão André Fernandes sob a capa de ir descobrir as sonhadas riquezas da serra de Sabaráboçú.
1649. Atualizado em 24/10/2025 04:30:21
29°. André
Afonso de E. Taunay cita-o na bandeira desse heroico Antônio Raposo Tavares, em 1648, no baixo Mato Grosso, para o ataque às reduções do Itatim, acrescentando que o capitão André Fernandes era o comandante duma das divisões dessa expedição. Ao princípio duvidamos desta asserção, como até chegamos a publicar, pois nesse ano devia André Fernandes contar 70 anos de idade. Mas o ilustrado historiador das bandeiras paulistas provou recentemente, por meio dum documento datado de 1649, que de fato o capitão André Fernandes sob a capa de ir descobrir as sonhadas riquezas da serra de Sabaráboçú, enveredou para um sertão muito diferente, nas fundas regiões do sudoeste brasileiro e lá pereceu, nesse mesmo ano de 1648, com toda sua tropa, escapando apenas duas praças, que conseguiram retornar a São Paulo. Desapareceu assim, ignoradamente, em meio da hostilidade daqueles ermos, o capitão André Fernandes, grande sertanejo (..) [Página 151]
Novembro de 1678. Atualizado em 25/02/2025 04:46:54
30°. Jorge Soares de Macedo chegou ao Rio de Janeiro*
João Martins Claro - Português, foi militar que alcançou o posto de sargento-mor, provido pelo governador Artur de Sá e Meneses, em 7 de fevereiro de 1698. Da sua folha de serviços, expedida a 10 de abril de 1709, ficamos sabendo que assentou praça em 1677, na Bahia e veio com o administrador-geral das minas, d. Rodrigo de Castelo Branco, para a região do sul brasileiro, em 1678, a fim e tomar diligências referentes a supostas minas de prata, tendo corrido toda a costa desde o Rio de Janeiro até Paranaguá, incorporado à companhia do capitão Manuel de Sousa Pereira, indo a todo sertão onde diziam haver minas, como foi Peruna, Itaimbé e Dom Jaime, sustentado com seus recursos a dois mineiros, um religioso da Ordem de Nossa Senhora das Mercês e outro o chamado João Álvares Coutinho e tendo tomado parte na célebre prisão do provedor dos quintos de Paranaguá Manuel de Lemos Conde.
13 de março de 1679, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:38
31°. Fuga
Janeiro de 1681. Atualizado em 26/10/2025 03:08:33
32°. D. Rodrigo de Castelo Branco, fidalgo espanhol, nomeado administrador-geral das minas pelo rei de Portugal em 1677, vai à Câmara da vila de São Paulo*
1690. Atualizado em 24/10/2025 03:39:54
33°. Expedição
1695. Atualizado em 25/02/2025 04:40:27
34°. João Martins Claro ganhou sesmaria no Piragibú; é a mesma que em parte passou a seu genro e netos, os Monteiro de Carvalho
Voltando a São Paulo, trouxe com escravizados seus toda a fábrica da administração-geral das minas, tendo feito jornada ao morro do Araçoiaba, ali plantando roças para um demorado exame do respectivo minério e se fixando em Sorocaba por tal motivo.. Em 1694 a 1695, mandou dez negros seus em companhia de Manuel de Aguiar Mendonça a fim de fazerem exploração nuns morros de Taubaté, para feito de saber se existia ouro de beta e nesse último ano citado, livrou o capitão-mór Manuel Peixoto da Mota dum motim que contra ele se levantou na vila de Sorocaba, por causa da execução da lei da baixa da moeda, apaziguando o povo. Renovada a idéia de se fabricar ferro extraído do Araçoiaba, para ali seguiu e fez novamente muitos gastos da sua fazenda.
1695. Atualizado em 25/02/2025 04:41:30
35°. Criou-se a Casa de Fundição de Taubaté, também chamada de Oficina Real dos Quintos
Em 1694 a 1695, mandou dez negros seus em companhia de Manuel de Aguiar Mendonça a fim de fazerem exploração nuns morros de Taubaté, para feito de saber se existia ouro de beta e nesse último ano citado, livrou o capitão-mór Manuel Peixoto da Mota dum motim que contra ele se levantou na vila de Sorocaba, por causa da execução da lei da baixa da moeda, apaziguando o povo. Renovada a idéia de se fabricar ferro extraído do Araçoiaba, para ali seguiu e fez novamente muitos gastos da sua fazenda.
7 de fevereiro de 1698, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:38:59
36°. Patente de sargento-mor da Capitania de N. S. da Conceição de Itanhaém a João Martins Claro, dada por Arthur de Sá e Menezes, governador e capitão general da Capitania do Rio de Janeiro
João Martins Claro - Português, foi militar que alcançou o posto de sargento-mor, provido pelo governador Artur de Sá e Meneses, em 7 de fevereiro de 1698. Da sua folha de serviços, expedida a 10 de abril de 1709, ficamos sabendo que assentou praça em 1677, na Bahia e veio com o administrador-geral das minas, d. Rodrigo de Castelo Branco, para a região do sul brasileiro, em 1678, a fim e tomar diligências referentes a supostas minas de prata, tendo corrido toda a costa desde o Rio de Janeiro até Paranaguá, incorporado à companhia do capitão Manuel de Sousa Pereira, indo a todo sertão onde diziam haver minas, como foi Peruna, Itaimbé e Dom Jaime, sustentado com seus recursos a dois mineiros, um religioso da Ordem de Nossa Senhora das Mercês e outro o chamado João Álvares Coutinho e tendo tomado parte na célebre prisão do provedor dos quintos de Paranaguá Manuel de Lemos Conde.
1701. Atualizado em 24/10/2025 04:08:12
37°. Casamento
Página 6
11 de abril de 1709, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:32
38°. Folha de Serviços de João Martins Claro
23 de dezembro de 1719, sábado. Atualizado em 24/10/2025 03:39:56
39°. Doação
14 de abril de 1721, segunda-feira. Atualizado em 26/10/2025 22:17:06
40°. Caminho
Em 14 de abril de 1721 o governador de São Paulo e Minas concedia-lhe licença para abrir um caminho de Sorocaba a Cuiabá, evitando os perigos do Tietê, indo pelos campos de Ibiticatu até o rio Paraná e da lagoa Sanguessuga, no alto do rio Pardo, até os rios Taquari, Piquiri e de São Lourenço, conferindo-lhe direitos de passagem nesses rios. [Página 228]
12 de setembro de 1721, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 23:38:47
41°. Governador pede que dois assassinos e estupradores sejam honrados com a mercê do Hábito de Cristo
João e Lourenço Leme da Silva, naturais de Itu e filhos de Pedro Leme da Silva, alcunhado o Torto e de Domingas Gonçalves. Criados na vida solta de sertanistas, eram autores de mais de um crime, o que não constituía naqueles tempos nenhuma exceção. No rol de seus delitos avultava o assassinato do bandeirante Antonio Fernandes de Abreu, em 1717 e o estupro de três filhas de João Cabral da Távora, ambos na vila de Itu. Não eram assim culpas de molde a merecer muita condescendência, mas no meio em que viviam, passava-se de largo sobre tais coisas.

E a prova é que d. Rodrigo César de Meneses, governador de São Paulo, em cartas de 12 de setembro de 1721, 10 de outubro de 1722 e 20 de dezembro do mesmo ano, insistia junto à Côrte para que fosse dado o perdão régio a Lourenço Leme da Silva, honrando-se-lhe com a mercê do hábito de Cristo, "porque não só ficaria contente, mas sujeito, e com este exemplo se animarão os demais a fazerem novos descobrimentos. João e Lourenço Leme foram os principais da expedição que descobriu ouro em Cuiabá, em 1718. Mas potentados soberbos, poderosos e ricos, eram odiados por muitos dos seus contemporâneos. [Página 375]
30 de junho de 1722, sexta-feira. Atualizado em 11/09/2025 03:30:45
42°. Parte de São Paulo para o descobrimento de minas de ouro em Goiás a bandeira do Anhanguera
19 de setembro de 1722, sábado. Atualizado em 10/09/2025 05:39:06
43°. Rodrigo Cesar de Meneses
31 de julho de 1734, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:45:35
44°. Expedição
Francisco Tosi Columbina - Sobre um personagem desse nome, encontrei o seguinte documento: - "Senhor Gomes Freire de Andrade - Pela carta de 22 de abril desse ano me avisa V. Exa. ter recebido a minha carta de 13 de outubro do ano passado em que lhe participava a resolução que Sua Majestade tinha tomado sobre a descoberta e expedição do Tibagi, em que ia encarregado Francisco Tosi Columbina. Pus na presença de Sua Majestade o inconveniente que V. Exa. pondera para se suspender na conjetura presente a execução desse descobrimento e a resolução que V. Exa. tomou de escrever ao dito Francisco Tosi para que fosse ao Viamão e V. Exa. o poder ouvir sobre esse mesmo projeto e a coluna paulista que ali se acha da conduta de Cristóvão Pereira. Foi o mesmo Senhor servido aprovar a resolução que V. Exa. tomou nesse particular para que se obre nele com todo o acerto. Deus guarde a V. Exa. Belém, 31 de julho de 1734 - Diogo de M. Costa Real". - Segue-se um relatório do dito Francisco Tosi Columbina, datado de Campo do Rio Jacuí, 5 de novembro de 1754, no qual expõe que essa expedição só podia ser feita com paulistas, principalmente de Itú e de Sorocaba, os quais eram grandes sertanistas e à imitação do corpo desses naturais que já havia sido organizado por Cristóvão Pereira de Abreu.
5 de novembro de 1754, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:35
45°. Sorocaba e Itu
Segue-se um relatório do dito Francisco Tosi Columbina, datado de Campo do Rio Jacuí, 5 de novembro de 1754, no qual expõe que essa expedição só podia ser feita com paulistas, principalmente de Itú e de Sorocaba, os quais eram grandes sertanistas e à imitação do corpo desses naturais que já havia sido organizado por Cristóvão Pereira de Abreu. [Página 115]





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Notícias das Minas de São Paulo e dos sertões da mesma Capitania
10 de novembro de 1953, terça-feira. Atualizado em 15/06/2025 05:50:39
Registro mencionado
1. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas
1589
Registros mencionados (1)
1589 - Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas [9075]






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Documentos Históricos. Consultas do Conselho Ultramarino Bahia 1673-1683
1950. Atualizado em 30/10/2025 16:38:42
Relacionamentos
 Cidades (6): Cananéia/SP, Iguape/SP, Itabaiana/PB, Paranaguá/PR, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (10) 2º conde do Prado (1577-1643), Francisco de Sousa (1540-1611), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), João da Rocha Pita, Jorge Soares de Macedo, Manoel de Lemos Conde, Pedro II de Portugal (1648-1706), Rodrigo de Castelo Branco, Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631)
 Temas (4): Ouro, Prata, Rio da Prata, Tamboladeiras
Registro mencionado
1. Depoimento de Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688) ao Conselho Ultramarino
3 de maio de 1677

Que no ano de 1606 tornou a renovar D. Francisco de Souza as notícias das minas de São Paulo, e morreu neste serviço, fabricando um engenho de ferro (de que há muito é bom). Morreu também um mineiro alemão que levava consigo que ouviu dizer a muitos moradores de São Paulo que o dito mineiro dissera a D. Francisco que do ouro se atrevia a fazer-lhe fundição tamanha como a cabeça de um cavalo, morrera um e outro.

Que El-Rei de Castela com estas notícias mandara seu avô Salvador Correa de Sá, no ano de 1614, suceder ao mesmo D. Francisco de Souza com as mesmas juridições e mercês
[Páginas 119 e 120]
Registros mencionados (3)
13/01/1606 - Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza [25778]
26/01/1618 - Carta régia nomeando Martim de Sá governador do Rio de Janeiro [9973]
03/05/1677 - Depoimento de Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688) ao Conselho Ultramarino [23168]






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1950
Atualizado em 28/10/2025 13:01:26
Consultas do Conselho Ultramarino Bahia 1673-1683. Página 121
•  Temas (1): Ouro
Documentos Históricos
Data: 1950
Consultas do Conselho Ultramarino Bahia 1673-1683. Página 122





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Setembro de 1948
Atualizado em 28/10/2025 13:01:26
Revista Marítima Brasileira*
•  Cidades (1): Paranaguá/PR
•  Pessoas (8): Antonio Paes Sande (1622-1695), Bartolomeu de Contreras y Torales (n.1610), Diogo de Unhate (1535-1617), Diogo de Unhate (1535-1617), Diogo Vaz de Escobar, Manoel Soeiro, Martim Correia de Sá (1575-1632), Pedro de Sousa Pereira (1643-1687)
•  Temas (3): Carijós/Guaranis, Ouro, União Ibérica
Revista Marítima
Data: 1948
Página 8
    Registros relacionados
20 de abril de 1617, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:06
1°. Carta de Martim de Sá, datada de Lisboa
1649. Atualizado em 24/10/2025 03:31:56
2°. Notícias bem documentadas informam que barretas de ouro eram fundidas em Paranaguá, cunhadas com o selo real. Nesse ano o Provedor das Minas pediu ajuda à Câmara de São Paulo para ir a Paranaguá impedir o funcionamento da Casa de Fundição lá instalada
31 de outubro de 1649, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:39:56
3°. Representação de Bartholomeu Fernandes





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18 de janeiro de 1948, domingo
Atualizado em 28/10/2025 13:01:25
Introdução à História das bandeiras - XXII. Jaime Zuzarte Cortesão (1884-1960), Jornal A Manhã
•  Cidades (5): Lisboa/POR, Porto Seguro/BA, Potosí/BOL, Santa Cruz de La Sierra/BOL, Sorocaba/SP
•  Pessoas (7): Anthony Knivet (1560-1649), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Felippe Guilhem (n.1487), Jaime Zuzarte Cortesão (64 anos), Martim Correia de Sá (1575-1632), Pedro Lozano (1697-1752), Ruy Diaz de Guzman (1559-1629)
•  Temas (18): Geografia e Mapas, Grunstein (pedra verde), Ilha Brasil, Curiosidades, Jesuítas, Lagoa Dourada, Montanhas, O Sol, Ouro, Peru, Rio Amazonas, Rio Araguaia, Rio da Prata, Rio Grande ou Guapaí, Rio Madeira, Rio Maranhão, Rio Paraguay, Rio Sapucaí
Jornal A Manhã
Data: 1948
Página 8
    Registros relacionados
1522. Atualizado em 28/10/2025 08:39:12
1°. Portugueses (com a expedição de Aleixo Garcia) e espanhóis passam a procurar a célebre Lagoa subindo o Rio da Prata e Paraguai, mas sem conseguir chegar à sua nascente
1526. Atualizado em 28/10/2025 08:39:13
2°. Segundo as noções geográficas de então, a região de São Vicente localizava-se nas vizinhanças das ricas terras do Peru e das minas de Potosi, e os sertões ainda inexplorados, uma terra incógnita situada entre o rio Paraná e a costa, já visitados por ingleses em 1526
Aliás, até à viagem memorável do grande bandeirante domina entre os portuguese a falsa opinião de que Potosí e as demais cidades do Peru estavam muito próximas do Brasil. Para isso contribuiu grave erro de Lisboa na cartografia da América do Sul. Desviando muito para o leste o curso do Prata-Paraguai, para abranger na soberania portuguesa todo ou quase todo o vale platino, resultava que o Tocantins-Araguaia ocupava nas cartas da primeira metade do século XVII o lugar que na realidade pertencia ao Tapajoz e ao Madeira-Guaporé.
20 de julho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 09/10/2025 02:00:10
3°. Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias
11 de fevereiro de 1584, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:46:36
4°. Pedro Sarmiento de Gamboa funda a Ciudad Real de Felipe
15 de maio de 1648, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 08:53:10
5°. Expedição liderada por Raposo Tavares partiu do porto de Pirapitingui
Aliás, até à viagem memorável do grande bandeirante domina entre os portuguese a falsa opinião de que Potosí e as demais cidades do Peru estavam muito próximas do Brasil. Para isso contribuiu grave erro de Lisboa na cartografia da América do Sul. Desviando muito para o leste o curso do Prata-Paraguai, para abranger na soberania portuguesa todo ou quase todo o vale platino, resultava que o Tocantins-Araguaia ocupava nas cartas da primeira metade do século XVII o lugar que na realidade pertencia ao Tapajoz e ao Madeira-Guaporé.
15 de fevereiro de 1929, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:08:26
6°. Estrada Real, Koboyama
16 de fevereiro de 2023, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:32:37
7°. Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?





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Meio Século de Bandeirismo, de Alfredo Ellis Jr.
1948. Atualizado em 23/10/2025 15:57:14
Relacionamentos
 Cidades (7): Araçoiaba da Serra/SP, Barueri/SP, Guarulhos/SP, Iguape/SP, Juquiá/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (33) Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Alfredo Ellis Júnior (3 anos), Anthony Knivet (1560-1649), Antonio da Cunha Gago, o Gambeta (1600-1671), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartyra/M´Bcy (Isabel Dias) (1493-1580), Beatriz Dias Teveriçá ou Ramalho (1502-1569), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Brás Cubas (1507-1592), Clemente Álvares (1569-1641), Cornélio de Arzão, Diogo de Quadros, Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Diogo Martins Cam, Francisco de Assis Carvalho Franco (13 anos), Francisco de Sousa (1540-1611), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gaspar Gomes Moalho, Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Jerônimo Leitão, Jerônimo Pedroso de Barros, Luís Eanes Grou (1573-1628), Luís Gonzaga da Silva Leme (47 anos), Manoel Pinheiro Azurara (n.1570), Manuel Teles Barreto (1520-1588), Martim Correia de Sá (1575-1632), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mateus Luís Grou (n.1577), Nicolau Barreto, Orville Derby (48 anos), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Sebastião Gonçalves
 Temas (18): Açúcar, Ambuaçava, Assunguy, Bacaetava / Cahativa, Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Dinheiro$, Guayrá, Lagoa Dourada, Metalurgia e siderurgia, Ouro, Peru, Rio Araguaia, Rio da Ribeira, o Isubay, Rio Tibagi, São Filipe, Serra da Mantiqueira, Serra de Jaraguá

Registros mencionados (13)
1554 - Nascimento de Belchior Dias Carneiro em São Vicente. Filho de Lopo Dias e Beatriz Dias, em São Vicente [19982]
08/09/1602 - Liderada pelo “mameluco” Belchior Dias Carneiro, bandeira de Nicolau Barreto partiu sabendo da existência de ouro em “Sabarabúçú” [19186]
1604 - Falecimento de Afonso Sardinha, "O Moço" [20263]
08/01/1606 - Dentre os pleitos de Quadros, requereu a venda, em fiado, de 2.000 escravos das Guiné aos moradores de São Paulo para a exploração e entabulamento das minas, e que lhe foram negados [20615]
13/01/1606 - Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza [25778]
01/08/1628 - Formada a maior bandeira até então organizada, com destino ao Guaíra [8550]
10/01/1629 - Bandeira comandada por Mateus Grou no Assungí [19940]
01/01/1630 - Testamento de Jerônima Fernandes, mulher de Baltasar Gonçalves Málio* [20399]
17/01/1639 - Assassinato de Diego de Alfaro, comissário da Inquisição [8963]
01/12/1640 - Jerônimo de Barros, parte de São Paulo* [1229]
11/03/1641 - Bandeirantes são derrotados pelos nativos, liderados pelos Jesuítas, e voltam para São Paulo [6923]
01/08/1641 - Bandeirantes retornam á São Paulo* [19942]
02/08/1641 - Curiosidade no testamento no testameto de Sebastião Gonçalves* [19941]






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Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, volume LXV, 1943
1943. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (2): Caeté/MG, Itacambira/MG
 Temas (1): Estradas antigas
Registros mencionados (2)
1. "Paragem a que chamam Sabarahussú haverá mina de prata"
15 de outubro de 1698

A situação assim se aclarava e os fados, até aqui tão ad-versos a Borba, ora conspiravam a seu favor: si o empenhodo rei era o descobrimento dessas minas, a que determinarafosse, em pessoa, o governador; si ninguém, mais do que.Borba, conhecia essa região ambicionada, onde permaneceratantos anos, e, si, finalmente, era Garcia Paes, o cunhado deBorba, quem ia abrir, a ele governador, uma estrada queporia as sonhadas regiões do ouro tão ao alcance das suasvistas e das suas mãos . . . Por todas essas razões, o Gover-nador que, a 3 de março de 1698, em S. Paulo, confiara, aGarpar Godoy Collaço, a missão de Vacaria, que puzera umapá de terra ao crime a este atribuído (Basilio de Magalhãesop. cit.), a 15 de outubro desse ano, ja no Rio de Janeiro,conferia a Borba Gatto esta patente, cujos termos são bemexpressivos e dispensam comentários:

"Faço saber aos que esta minha carta patente virem que havendo respeito ao muito que convém ao serviço de sua magestade que D. G. e ao bem comum desta Capitania e das da repartição do sul que se descobram minas a cujo negócio me mandou o dito senhor a estas partes, e pelas notícias que tenho que na paragem a que chamam Sabarahussú haverá mina de prata, a cujo descobrimento mando Manoel de Borba Gato para que com a sua atividade e zelo que mostra no serviço del-rei Nosso Senhor explore os morros e serras que houver naquelas partes, e por esperar dele que neste particular se haja muito cuidadoso, fazendo-se digno das honra se mercês que Sua Magestade-que D. G. liberalmente pela mi-nha mão concede aos que descubram minas, hei por bem deo nomear e eleger como por esta o faço, nomeio e elejo por tenente General desta jornada de Sabarabussú —e pode serque^ o capitão mor Garcia Roiz Paes faça jornada para a mesma parage ao seu descobrimento das esmeraldas, encontrando-se com o dito tenente G. se ajudarem um ao outro para mais prontamente se fazer o real serviço, o que tudo fio do zelo de ambos obrando com aquela paz e diligencia quese requer em empreza de tanta consideração." — ("Rev. doInst. Hist. e Geog. de S. Pio." ~ V. pg. 281).
2. Ribeirão de Nossa Sra. de Moncerratte / Faz referencia a vários documentos interessantes, in-clusive arrematação de terras mineraes, presidida porBorba Gatto, a 6 de março de 1701, e sitas no Ribeirãode N. S. de Mont Serrate
6 de março de 1701
Registros mencionados (3)
15/10/1698 - "Paragem a que chamam Sabarahussú haverá mina de prata" [20959]
06/03/1701 - Ribeirão de Nossa Sra. de Moncerratte / Faz referencia a vários documentos interessantes, in-clusive arrematação de terras mineraes, presidida porBorba Gatto, a 6 de março de 1701, e sitas no Ribeirãode N. S. de Mont Serrate [20966]
14/05/1701 - Dirigio D. João de Lancastro a Sá e Menezes [20970]






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1 de dezembro de 1940, domingo
Atualizado em 28/10/2025 13:01:22
Jornal Correio Paulistano
•  Cidades (3): Sete Barras/SP, Sorocaba/SP, Xiririca (Eldorado)/SP
•  Pessoas (1): Martim Afonso de Sousa (1500-1564)
•  Temas (3): El Dorado, Montanhas, Peru
Jornal Correio Paulistano
Data: 1940
Página 24
    Registros relacionados
1 de setembro de 1531, sexta-feira. Atualizado em 11/10/2025 01:43:11
1°. De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada?
Presumo que me escreveu de Sete Barras, pelo que pude decifrar do carimbo do correio, quase ilegivel. Zona da Ribeira, lugar, até a pouco tempo esquecido dos deuses e dos homens... Em pleno abandono, ha mais de quatrocentos anos, desde a época em que desapareceu misteriosasmente, sem deixar o mínimo vestígio, a malograda expedição enviada por Martim Afonso de Sousa, em busca do Eldorado, do Perú ou do país de Ophir...

Em busca, talvez, da fabulosa "montanha resplandecente", lenda que, por séculos encandeceu a imaginação dos colonos... Região que, afinal, desperta do seu letargo multi secular, com o inicio da exploração de suas riquezas minerais, transformando em realidade a lenda da "motanha resplandecente"...





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Discurso de Adhemar Pereira de Barros (1901-1969)
27 de maio de 1939, sábado. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (3): \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\c1090.txt, Sorocaba/SP, Xiririca (Eldorado)/SP
 Pessoas (2) Adhemar Pereira de Barros (38 anos), Robério Dias (n.1600)
 Temas (4): Estradas antigas, Lagoa Dourada, Peru, Peabiru: Iguape
Registros mencionados (2)
1. De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada?
1 de setembro de 1531

Presumo que me escreveu de Sete Barras, pelo que pude decifrar do carimbo do correio, quase ilegivel. Zona da Ribeira, lugar, até a pouco tempo esquecido dos deuses e dos homens... Em pleno abandono, ha mais de quatrocentos anos, desde a época em que desapareceu misteriosamente, sem deixar o mínimo vestígio, a malograda expedição enviada por Martim Afonso de Sousa, em busca do Eldorado, do Perú ou do país de Ophir... Em busca, talvez, da fabulosa "montanha resplandecente", lenda que, por séculos encandeceu a imaginação dos colonos... Região que, afinal, desperta do seu letargo multi secular, com o inicio da exploração de suas riquezas minerais, transformando em realidade a lenda da "motanha resplandecente"... [Jornal Correio Paulistano, 01.12.1940. Página 24]
2. D. Francisco foi nomeado substituto de Giraldes, tornando-se o sétimo governador- geral do Brasil, o terceiro escolhido já no contexto da União das Coroas
1 de dezembro de 1590
Registros mencionados (3)
01/09/1531 - De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada? [1413]
01/12/1590 - D. Francisco foi nomeado substituto de Giraldes, tornando-se o sétimo governador- geral do Brasil, o terceiro escolhido já no contexto da União das Coroas [20513]
1869 - Onfroy de Thoron (Gênova, 1869) [28076]






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Correio da Manhã
17 de junho de 1938, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:54:11
Relacionamentos
 Cidades (8): Bertioga/SP, Cabo Frio/RJ, Iguape/SP, Paranaguá/PR, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (12) Antonio Paes Sande (1622-1695), Bacharel de Cananéa, Diogo Garcia de Moguér, Estácio de Sá (1520-1567), Estevão Ribeiro Bayão Parente, Jerônimo Leitão, João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Juan Diaz de Solís, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Rui Garcia de Moschera, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562)
 Temas (24): Açúcar, Bugres, Caminho do Mar, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Colégios jesuítas, Escravizados, Estatísticas, Fortes/Fortalezas, Gentios, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Guerra de Extermínio, Guerra de Iguape, Habitantes, Jesuítas, Ouro, Pau-Brasil, Pela primeira vez, São Paulo de Piratininga, Tamoios, Tupinaés, Tupiniquim, Vila de Santo André da Borda
Registro mencionado
1. Nomeado Antonio Paes de Sande, com “amplíssima jurisdição” em tudo que tocasse ás “minas de ouro e prata de Paranaguá, Itabaiana e serra de Sabarabussú”
14 de janeiro de 1693

A eles aconselha Antonio Paes de Sande, em 1693, que se apele para o descobrimentos das minas de Sabarábuçú, Paranaguá e outras das capitanias do Sul. O único meio para se conseguir esse descobrimento - escrevia o governador ao Conselho Ultramarino - é "servir-se S. M. de encarregar aos moradores de São Paulo este negócio, pois a confiança que faz daqueles vassalos os empenha ao efeito das obrigações dela". E num trecho que bem frisa a independência e suscetibilidade dos habitantes de São Paulo nessa época longínqua, "a pessoa que S. M. nomear para ir a São Paulo será um sujeito cuja autoridade e prudência se possa fiar negócio de tanto peso e não levará consigo mais que seus criados e as ordens e poderes reais...".
Registros mencionados (15)
01/06/1511 - Pedro Agnez, companheiro de "Carvalhinho" é exilado no Brasil* [20184]
01/01/1527 - Chegada de Diogo Garcia de Moguer [21461]
03/03/1533 - Registro de entrada dos primeiros africanos no Brasil, quando Pero de Gois, solicita 17 escravos para a fundação de um engenho de açúcar [22343]
1534 - A sua morte, ocorrida em 1534, quando do ataque das forças de Iguape a São Vicente é apresentada como prova final da sua traição ao Bacharel, [22406]
12/05/1548 - Carta [28369]
04/04/1561 - Ataque aos índios tamoios [19960]
28/05/1562 - João Ramalho assume o cargo de capitão para guerra na Vila de São Paulo [18322]
16/04/1563 - “sendo coisa maravilhosa que se achavam ás flechadas irmãos com irmãos, primos com primos, sobrinhos com tios, e, o que mais é, dois filhos, que eram cristãos detestavam conosco contra seu pai, que era contra nós” [21989]
1565 - Carta a Estácio [26665]
20/03/1570 - Coroa Portuguesa proibiu a caça aos índios. Apesar de não proibir a escravidão, a carta régia impunha que os índios só poderiam ser apreendidos e escravizados nas chamadas Guerras Justas, que só podiam ser decretadas pelo Rei [8862]
20/04/1585 - Reunião em Santos: Expedição marítima [25962]
01/07/1623 - O procurador da Câmara informa que a vila estava despejada de moradores por terem ido quase todos ao sertão [20287]
08/04/1624 - Minas [26367]
01/05/1671 - Socorro* [27618]
14/01/1693 - Nomeado Antonio Paes de Sande, com “amplíssima jurisdição” em tudo que tocasse ás “minas de ouro e prata de Paranaguá, Itabaiana e serra de Sabarabussú” [23198]






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1936
Atualizado em 28/10/2025 13:01:20
Documentos Históricos: 1692-1712
•  Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, Sorocaba/SP
•  Pessoas (1): Antonio Paes Sande (1622-1695)
Documentos Históricos: 1692-1712
Data: 1936
Página 126





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20 de novembro de 1935, sexta-feira
Atualizado em 28/10/2025 13:01:19
Jornal O Gury
•  Cidades (3): Paranaguá/PR, Sorocaba/SP, São Paulo/SP
•  Pessoas (3): Rodrigo de Castelo Branco, Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Mathias Cardoso de Almeida (n.1605)
•  Temas (2): Diamantes e esmeraldas, Rio São Francisco
Jornal O Gury
Data: 1935
Página 7
    Registros relacionados
13 de março de 1673, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:29
1°. O velho paulista não era sonhador de riquezas fabulosas, o “caçador de esmeraldas”, que a lenda criou; vemô-lo, ao contrário, frio organizador de uma empresa difícil, a que o animavam a lealdade e devoção ao seu rei. Cuidava não só das pedras preciosas do Sabarábuçu, mas também da prata de Paranaguá e de Iguape, e partia consolado com a idéia “que lá e cá ha prata”
9 de abril de 1681, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:44
2°. D. Rodrigo estava já a jornadear não ha duvida alguma
Natural de São Paulo, filho de Mathias Cardoso de Almeida e de d. Izabel Furtado. Este paulista fez-se notável quando foi eleito pela Câmara e pelo povo da vila de São Paulo para Capitão-Mór adjunto do governador Fernão Dias Paes, na conquista dos bárbaros nativos "Mapuxós" e descobrimento das esmeraldas, e de que se lhe passou provisão datada de 13 de março de 1673. Em 1681, promovido ao posto de tenente de Mestre de Campo General e Administrador Geral das Minas de Paranaguá e Sabarábossú, para ali seguiu fazendo todas as despesas á sua custa.





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1935
Atualizado em 28/10/2025 13:01:18
“Expansão Geográfica do Brasil Colonial”. Basílio de Magalhães
•  Cidades (13): Araçoiaba da Serra/SP, Assunção/PAR, Botucatu/SP, Cananéia/SP, Iguape/SP, Itu/SP, Paranapanema/SP, Rio de Janeiro/RJ, Sabará/MG, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Vacaria/RS
•  Pessoas (29): 1° marquês de Pombal (1699-1782), André Fernandes (1578-1641), Antônio de Añasco Melgarejo (n.1559), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Artur de Sá e Meneses (f.1709), Balthazar Fernandes (1577-1670), Basílio de Magalhães (61 anos), Belchior Dias Moréia (1540-1619), Cacique Tayaobá (1546-1629), Domingos Fernandes (1577-1652), Fernão Paes de Barros, Francisco de Sousa (1540-1611), Gonçalo Correia de Sá (n.1540), Hernando Arias de Saavedra (1561-1634), José Maria da Silva Paranhos Jr (1845-1912), Luis de Céspedes García Xería (n.1588), Luiz Lopes de Carvalho (1623-1711), Manuel de Borba Gato (1649-1718), Manuel Preto (1559-1630), Martim Correia de Sá (1575-1632), Padre Francisco Fernandes de Oliveira (1600-1672), Pedro de Sousa Pereira (1643-1687), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Pierre-François-Xavier de Charlevoix (1682-1761), Sebastião Fernandes Preto (1586-1650), Simão Macetta (n.1582), Taubici, Vitória Corrêa de Sá (f.1667), Washington Luís Pereira de Sousa (66 anos)
•  Temas (26): Aldeia de Los angeles, Buraco de Prata, Caminho do Peabiru, Caminho Sorocaba-Botucatu, Caminho Sorocaba-Itapetininga, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Ciudad Real, Diamantes e esmeraldas, El Dorado, Encarnação, Engenho(s) de Ferro, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Guayrá, Jesuítas, Missões/Reduções jesuíticas, Nossa Senhora de Loreto del Pirapó, Peru, Prata, Redução de Loreto, Redução Santo Thomé, Rio Anhemby / Tietê, Rio Itararé, Rio Ivinhema, Rio Paranapanema, Tordesilhas
Expansão Geográfica do Brasil Colonial
Data: 1935
Página 143
    Registros relacionados
Abril de 1580. Atualizado em 24/10/2025 02:35:34
1°. Chegada*
10 de junho de 1611, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 05:30:20
2°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil
Ao tempo em que d. Francisco de Sousa administrou a Repartição do Sul, não consta a existência de expedições de "resgate", o que se explica por ser a elas contrário aquele governador. Mas, na interinidade de seu filho d. Luiz de Sousa, este mandou á sua custa diversos tuxáuas de Guayrá, então em São Paulo, a buscar os parentes que tivessem por lá, afim de lhe virem lavras as minas de Araçoyaba, que ele herdara do pai. Combinando-se os relatos de Gay e de Pastells, verifica-se que a expedição, da qual era Fernão Paes de Barros, um dos cabos, atingiu ao Paranapanema em fins de outubro de 1611, saqueando o povo do morubixaba Taubiú, e dele e de outra maloca arrebanhando mais de 80 indivíduos ou 800 famílias; mas, perseguida a tropa do governador de Guayrá, que ali acabava de chegar, o general d. Antonio de Añasco, foi quase completamente destroçada. Isso não impediu que Sebastião Preto, em agosto de 1612, andando a prear escravizados nativos naquela zona, reunisse cerca de 900 deles, com os quais marchava para São Paulo, quando o governador de Ciudad Real saiu com as forças superiores no encalço do paulista, conseguindo retomar-lhe mais de 500 guaranys apresados, dos quais, todavia, a metade ainda fugiu, para de novo juntar-se ao comboio do paulista. [Página 115]
1612. Atualizado em 25/02/2025 04:46:42
3°. bandeira destroçada
Ao tempo em que d. Francisco de Sousa administrou a Repartição do Sul, não consta a existência de expedições de "resgate", o que se explica por ser a elas contrário aquele governador. Mas, na interinidade de seu filho d. Luiz de Sousa, este mandou á sua custa diversos tuxáuas de Guayrá, então em São Paulo, a buscar os parentes que tivessem por lá, afim de lhe virem lavras as minas de Araçoyaba, que ele herdara do pai. Combinando-se os relatos de Gay e de Pastells, verifica-se que a expedição, da qual era Fernão Paes de Barros, um dos cabos, atingiu ao Paranapanema em fins de outubro de 1611, saqueando o povo do morubixaba Taubiú, e dele e de outra maloca arrebanhando mais de 80 indivíduos ou 800 famílias; mas, perseguida a tropa do governador de Guayrá, que ali acabava de chegar, o general d. Antonio de Añasco, foi quase completamente destroçada. Isso não impediu que Sebastião Preto, em agosto de 1612, andando a prear escravizados nativos naquela zona, reunisse cerca de 900 deles, com os quais marchava para São Paulo, quando o governador de Ciudad Real saiu com as forças superiores no encalço do paulista, conseguindo retomar-lhe mais de 500 guaranys apresados, dos quais, todavia, a metade ainda fugiu, para de novo juntar-se ao comboio do paulista. [Página 115]
Agosto de 1612. Atualizado em 24/10/2025 04:34:17
4°. Bartolomeu de Torales escreve ao Governador Diogo Marin Negron que Sebastian Preto, português de S. Paulo levou cinco caciques com muitos índios para a dita vila de S. Paulo*
Ao tempo em que d. Francisco de Sousa administrou a Repartição do Sul, não consta a existência de expedições de "resgate", o que se explica por ser a elas contrário aquele governador. Mas, na interinidade de seu filho d. Luiz de Sousa, este mandou á sua custa diversos tuxáuas de Guayrá, então em São Paulo, a buscar os parentes que tivessem por lá, afim de lhe virem lavras as minas de Araçoyaba, que ele herdara do pai. Combinando-se os relatos de Gay e de Pastells, verifica-se que a expedição, da qual era Fernão Paes de Barros, um dos cabos, atingiu ao Paranapanema em fins de outubro de 1611, saqueando o povo do morubixaba Taubiú, e dele e de outra maloca arrebanhando mais de 80 indivíduos ou 800 famílias; mas, perseguida a tropa do governador de Guayrá, que ali acabava de chegar, o general d. Antonio de Añasco, foi quase completamente destroçada. Isso não impediu que Sebastião Preto, em agosto de 1612, andando a prear escravizados nativos naquela zona, reunisse cerca de 900 deles, com os quais marchava para São Paulo, quando o governador de Ciudad Real saiu com as forças superiores no encalço do paulista, conseguindo retomar-lhe mais de 500 guaranys apresados, dos quais, todavia, a metade ainda fugiu, para de novo juntar-se ao comboio do paulista.
5 de junho de 1619, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:08
5°. Alvará
Deviam ser constantes as arremetidas dos caçadores de escravizados no rumo do sul, por toda a segunda década do século XVII, porquanto a 5 de junho de 1619 era expedido um alvará régio mandando tirar devassa "aos culpados em fazer expedições ao sertão de Patos a resgatar gentios".

Um dos mais destemidos e perseverantes pioneiros dos sertões meridionais foi Manuel Preto. Este sertanista realizou contra as reduções hispano-jesuíticas diversas investidas, que lhe valeram, talvez na tradição popular do seu tempo, a denominação de "herói de Guayrá".

Combinando-se as informações dos nossos cronistas com as do padre Pastells, conclui-se que Manuel Preto em 1619 tirou grandes contingentes de nativos das aldeias de Jesus-Maria e Santo Inácio; que pelos anos de 1623 e 1624, apresou na mesma região mais de 1000 nativos com os quais lavrava as suas terras da Expectação (hoje Nossa Senhora do Ó), nos subúrbios de São Paulo, onde desde 1580 montara fazendas de canas e criação.

O Barão do Rio Branco assegura que - "em 1627, os paulistas foram atacados pelo cacique Tayaobá, aliado dos espanhóis. No ano seguinte, para se vingarem dessa agressão, os paulistas assolaram as fronteiras da província de Guayrá".
1627. Atualizado em 25/02/2025 04:47:08
6°. Ataque
Um dos mais destemidos e perseverantes pioneiros dos sertões meridionais foi Manuel Preto. Este sertanista realizou contra as reduções hispano-jesuíticas diversas investidas, que lhe valeram, talvez na tradição popular do seu tempo, a denominação de "herói de Guayrá". Combinando-se as informações dos nossos cronistas com as do padre Pastells, conclui-se que Manuel Preto em 1619 tirou grandes contingentes de nativos das aldeias de Jesus-Maria e Santo Inácio; que pelos anos de 1623 e 1624, apresou na mesma região mais de 1000 nativos com os quais lavrava as suas terras da Expectação (hoje Nossa Senhora do Ó), nos subúrbios de São Paulo, onde desde 1580 montara fazendas de canas e criação. O Barão do Rio Branco assegura que - "em 1627, os paulistas foram atacados pelo cacique Tayaobá, aliado dos espanhóis. No ano seguinte, para se vingarem dessa agressão, os paulistas assolaram as fronteiras da província de Guayrá".
16 de julho de 1628, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:29:43
7°. Luis de Céspedes García Xería Parte em direção ao Guayrá, via Tietê e Paraná
O engenho, a que se refere Capistrano, era sito em Jacarepaguá. Graças aos documentos recentemente aproveitados pelo Padre Pastells, sabe-se que Céspedes, depois de ter estado cerca de um mês em São Paulo, embarcou-se no Tieté a 16 de julho de 1628, indo, pelo alveo do Paraná, até a província de Guayrá, donde se passou para Assunción.
18 de outubro de 1628, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:11:07
8°. Bandeirantes
1645. Atualizado em 24/10/2025 03:12:43
9°. Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba
André, Balthazar e Domingos Fernandes. Ao primeiro deve-se a fundação de Parnahyba, elevada a vila em 1625; lançou o segundo, em 1645, os alicerces da capela de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba,em torno da qual repontou a arraial de Sorocaba, que foi feito em vila em 1661; e o terceiro, finalmente, com seu genro Cristovam Dinís, deu origem á igreja de Nossa Senhora da Candelária de Utú-guassú, junto á qual surgiu o núcleo de população em 1657 se erigiu á categoria de vila, com o nome de Ytú. [Páginas 117, 118 e 119]
15 de maio de 1648, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 08:53:10
10°. Expedição liderada por Raposo Tavares partiu do porto de Pirapitingui
Ao nosso ver, aquela atrevida façanha ressente-se de exageros, de excessiva fantasia, que lhe deturpou os fatos essenciais. Houve, além disso, e por muito tempo, sérias dúvidas sobre si o autor da longa e portentosa expedição teria sido o destruidor da "Província de Guayrá".

Washington Luís, porém, tendo estudado, mercê dos valiosos documentos que se lhe depararam, a personalidade de Antonio Raposo Tavares, não só demonstrou que foi este o comandante do auxílio levado ao norte, em 1639, contra os invasores neerlandezes, como ainda que o herói da conquista das reduções hispano-jesuíticas meridionais foi quem realizou a pasmosa jornada de varar o Brasil de leste a oeste, indo sair quase na foz do nosso rio-mar.

Washington Luís chega a reconstituir o roteiro da derradeira expedição do intrépido sertanista, o qual, segundo o sobredito escritor, saindo de São Paulo, passando por Sorocaba, pela fazenda de Botucatú, que foi dos padres jesuítas, dirigiu-se a São Miguel, junto ao Paranapanema, tocou em Encarnación, San Xavier e Santo Ignacio, entrou no Paraná, subiu o Ivinhema até quase ás suas nascentes [Página 127]
8 de fevereiro de 1687, sábado. Atualizado em 27/10/2025 01:19:18
11°. As minas de Biraçoiaba são referidas em uma carta régia como minas de prata e ferro
Antes disso, já se havia tentado explorar a prata em Biraçoiaba, por 1687, graças a uma expedição chefiada por Luiz Lopes de Carvalho e auxiliada por Frei Pedro de Sousa, mineralogista reinol. Mas, na região de Sorocaba, viu-se que rendia o ferro mais que o alvo argento, e aquela outras expedições foram todas de resultados nulos, exceto a de Borba Gato, que em 1700-1701 revelou as magníficas jazidas de ouro de Sabará. Das duas expedições de 1698, de capital importância para a história paulista, tratarei mais detidamente na terceira palestra.
1 de outubro de 1697, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:08
12°. Artur
3 de março de 1698, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:52
13°. Missão dada a Gaspar Godoy





  Sabarabuçu
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1934
Atualizado em 28/10/2025 13:01:15
“O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, Alfredo Ellis Júnior (1896-1974)
•  Cidades (10): Cuiabá/MT, Itanhaém/SP, Itu/SP, Laguna/SC, Porto Feliz/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (61): Alfredo Ellis Júnior (38 anos), Álvaro Rodrigues do Prado (1593-1683), Amador Bueno de Ribeira (1584-1649), Ana Luís Grou (1579-1644), Anthony Knivet (1560-1649), Antonio Bicudo de Brito (1615-1662), Antônio Gomes Borba, Antônio Pedroso de Alvarenga (f.1643), Antonio Pedroso de Barros (1610-1652), Antônio Salema, António Teles da Silva (1590-1650), Ascenso Ribeiro, Baltasar Gonçalves Malio (1573-1667), Belchior da Costa da Veiga, Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Bernardo Bicudo (1580-1650), Cacique Tayaobá (1546-1629), Cláudio Furquim "Francês" (1590-1665), Clemente Álvares (1569-1641), Cristovão de Aguiar Girão, Diogo de Unhate (1535-1617), Domingos Rodrigues, Fernando de Camargo, o Tigre (1595-1679), Fernão Paes de Barros (n.1632), Francisco da Gama (1570-1612), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Rendon de Quevedo, Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gaspar Colaço, Jerônima Fernandes (1578-1630), Jerônimo Bueno, Jerônimo Leitão, João Bicudo de Brito (1607-1653), João de Sant´Ana (f.1612), João IV, o Restaurador (1604-1656), João Luiz Mafra, João Mendes Geraldo, João Paes (1580-1664), João Pereira Botafogo (1540-1627), Jorge Correa, Luís Eanes Grou (1573-1628), Luiz Castanho de Almeida (n.1614), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Manuel Preto (1559-1630), Martim Correia de Sá (1575-1632), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mateus Luís Grou (n.1577), Nicolau Barreto, Paulo do Amaral (f.0), Pedro da Motta Leite, Pedro de Souza Pereira "o velho" (1610-1673), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Sebastião de Freitas (1565-1644), Sebastião Fernandes Camacho, Sebastião Fernandes Preto (1586-1650), Sebastião Marinho, Simão Borges Cerqueira (1554-1632), Teodoro Fernandes Sampaio (79 anos), Tristão de Oliveira, Vasco da Mota
•  Temas (32): Assunguy, Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho do Mar, Caminho do Piquiri, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Caucaya de Itupararanga, Guaianase de Piratininga, Guayrá, Guerra de Extermínio, Habitantes, Léguas, Maracayú, Metalurgia e siderurgia, Paraúpava, Peru, Piqueri, Pirapitinguí, Rio Araguaia, Rio da Prata, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Mbororé, Rio Paraná, Rio Uruguai, Rio Verde, Rio Waivaicari, Vaivary, Verde, Sertão dos Patos, Tamoios, Temiminós, Tordesilhas, Vila Rica “Castelhana”, Villa Rica del Espírito Santo
O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano
Data: 1924
Créditos: Alfredo Ellis Junior
Página 150
    Registros relacionados
1 de novembro de 1585, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:23:00
1°. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós
Muito espaçados eram, porém, os assomos da gente piratiningana na luta agressiva ao selvagem, pelo menos não era eles vultuosos, a ponto de deixarem sulco na História, pois só onze anos mais tarde se assinala outra expedição ao sertão, que foi chefiada por Jerônimo Leitão, capitão-mór da Capitania de São Vicente, em 1585,da qual fizeram parte Diogo de Onhatte, escrivão da Câmara de São Paulo, Diogo Teixeira de Carvalho, Affonso Sardinha, Antonio de Proença, o moço fidalgo da Câmara do Infante Dom Luiz, Sebastião Leme, Manuel Ribeiro, Paulo Rodrigues, Manuel Fernandes Ramos, Domingos Dias, o velho, padre Sebastião de Paiva, Salvador Pires, o moço, e Affonso Dias. ("Archivo Municipal de São Paulo", "Livro do Tombo").
1590. Atualizado em 23/10/2025 17:21:27
2°. O capitão Sebastião Marinho, á frente de uma pequena expedição, atingiu as nascentes do Tocantins, em Goyaz, descobrindo, segundo consta, metais preciosos
Cinco anos mais tarde o capitão Sebastião Marinho, á frente de uma pequena expedição, atingiu as nascentes do Tocantins, em Goyaz, descobrindo, segundo consta, metais preciosos. Foi esta expedição registrada, em um mapa castelhano da segunda metade do século XVIII, mapa este constante da brilhantíssima coletânea, organizada pelo erudito mestre Dr. Taunay, diretor do Museu Paulista.
5 de outubro de 1596, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:21:28
3°. Onde
Amiudando-se as entradas dos paulistas, que intensificavam a sua ofensiva, encontramos logo no ano seguinte de 1595 o capitão Manuel Soeiro, capitaneando outra léva de bandeirantes contra os carijós. Nela tomou parte Sebastião de Freitas, o antigo soldado de Gabriel Soares, que em 1596 de novo se achava em São Paulo.

Foi neste de 1596, que saiu de São Paulo a mais importante das bandeiras, até então registradas. Parece-nos ter ela tomado rumo norte, pelo vale do rio Parahyba, indo capitaneada pelo Capitão Mór João Pereira de Sousa Botafogo, a fazer "guerra da Parnahyba, conforme rezam os documentos.

Saiu ela de São Paulo no mês de outubro de 1596, na mesma ocasião em que do Rio partia a gente de Martim de Sá, que ia contra os Tamoyos, orientado conforme o roteiro, que Knivet nos legou.

Por esse itinerário de Knivet, a arrancada de Martim de Sá deveria ter arribato em Paraty, subido a serra do Mar, atravessados os campos de Cunha, e em seguida transposto os rios Parahytinga e Parahyba, justamente na ocasião em que julgo estar trilhando essas regiões a bandeira de Botafogo, que por São Miguel deveria ter chegado ao vale do Parahyba.

É possível terem sido Botafogo á gente de armas de Martim, indo com eles perlustrar os sertões do rios Verde e Sapucahy, na faina da destruição dos restos da tribo tamoya.

É preciso ficar em memória que é apenas um hipótese a aventada. É possível e quiçá provável mesmo que seja a de João Pereira de Sousa Botafogo, um empreendimento diverso do de Martim de Sá, cujo itinerário Knivet descreve.

Basílio de Magalhães, no seu já citado "Expansão geográfica", diz que a expedição de Martim de Sá, composta de 700 portugueses e 2000 nativos, teria partido não em 1596, como supúnhamos, mas em 14 de outubro de 1597, isto é, um ano após.

Sendo assim, vê-se que nada teria de comum uma expedição com outra, a não ser a região do Parahyba percorrida por ambas. O que parece não restar dúvidas é quanto a participação dos paulistas na expedição de Martim de Sá. Esta teria sido uma reedição da de Salema, vinte e três anos antes. [O Bandeirismo Paulista e o recuo do meridiano, 1924. Alfredo Ellis Junior. Página 39. Páginas 55 e 56]
Julho de 1597. Atualizado em 23/10/2025 15:41:03
4°. Retorno*
Os paulistas que acompanharam João Pereira de Sousa Botafogo, elevam-se a mais de uma centena, além do corpo de nativos. Dentre eles, porém, só consegui assinalar os seguintes:

Capitão João Pereira de Sousa Botafogo (cabo da tropa), capitão Francisco Pereira, João do Prado, o velho, e seu genro Miguel de Almeida de Miranda, Sebastião de Freitas, Gaspar Collaço Villela, Estevam Martins, Simão Borges de Cerqueira, João Bernal, Francisco Farel, Vasco da Motta, Antonio Castilho, Antonio Pinto, João de Santa Anna, Miguel Gonçalves. Diogo Ramires, Ascenço Ribeiro, Francisco da Gama, Braz Gonçalves, o velho, Tristão de Oliveira, Antonio Zouro, Antonio de Andrade... de Barros, Pero Velho, Mathias Gomes, Antonio Pereira e Capitão Domingos Rodrigues (velho).

Deveriam ter ocorrido importantes fatos durante a "guerra da Parnahyba", pois, em julho de 1597, o chefe da entrada, Botafogo foi preso, sendo obrigado a passar o comando a Francisco Pereira, que trouxe a bandeira a São Paulo, onde chegou nos últimos meses do ano, tendo-se demorado no sertão pelo espaço de ano e maio.
23 de dezembro de 1600, sábado. Atualizado em 24/10/2025 21:21:44
5°. Retorno
Longos anos permaneceu internada no sertão a expedição de Domingos Rodrigues, pois tendo partido de São Paulo como parte integrante da expedição de João Pereira de Sousa Botafogo, como dissemos acima, em outubro de 1596, somente chegou a São Paulo em 23 de dezembro de 1600, isto é, mais de quatro anos depois. É o que nos demonstra o inventário de Francisco da Gama, um dos expedicionários, que faleceu em fevereiro de 1600, ainda no sertão, onde o capitão Domingos Rodrigues procedeu ao arrolamento dos bens, que o falecido trazia consigo ("Inventários e testamentos", v. I.o., 339). Só foi iniciado judicialmente em São Paulo esse inventário a 23 de dezembro do mesmo 1600, pela volta da expedição. ("Inventários e testamentos", I.o., 335).
18 de julho de 1603, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:31
6°. O procurador do Conselho, João de Sant´Ana, um dos signatários da carta
Além deste preciosíssimo documento, existe um outro também municipal, publicado em "Actas", vol. II,130, mais eloquente ainda em elucidar a verdadeira região, caminhada pela expedição sob exame. Este documento confirma o supra citado completando-o. Trata-se de uma carta escrita ao Governador Geral Diogo Botelho, pelos oficiais da Câmara Paulistana, sobre a terça parte dos nativos apresados pela expedição de Nicolau Barreto, que segundo corria, seria tomada para o governo.

Tem essa carta a data de 18 de julho de 1603,

"... a cometer entada tam perigosa e de tão pouco proveito que para se aviarem qualquer pobre fez mais gasto do que se espera trazer de proveito e ainda já tão rota a fama e esta provisão posto que nos a não temos vto. que areseamos se mãde ao sertão recado do conteúdo na provisão e eles sabendo corre mto. risco vir nhu de la se não vense caminho do piquiri que é província do rio da Prata de que resultaria muito mal a esta capitania...".

Prova este documento, que Nicolau Barreto estava para atravessar, na volta a São Paulo, um chamado caminho do Pequiry, que é certamente o afluente do rio Paraná, situado na então província do Rio da Prata, que por força de Tordesilhas, abrangia o Guayrá, hoje Estado do Paraná. Queremos crer que o chamado caminho do Pequiry seja o passo do rio Paraná, na foz do rio Pequiry, onde justamente o grande caudal se estreita sobremaneira, para se precipitar do alto da serra de Maracajú, nas Sete Quedas. Por ai, talvez, Barreto tenha passado para o Paraguay penetrando, assim, no vice reinado do Perú, que então abrangia, também, a enorme área boliviana, em cordilheira andina. [Páginas 23, 24 e 25]
13 de janeiro de 1606, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:37
7°. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza
Quanto ao roteiro seguido pela expedição, engaram-se profundamente o dr. Derby e os que produziram a opinião deste notável sábio, afirmando que Nicolau Barreto, com sua expedição, rumou o norte, penetrou nas gerais e atravessando o rio das Velhas, pelo vale, do São Francisco, chegou ao Paracatú, nas proximidades do território goyano, pelo extremo, segundo o saudoso historiador americano, atingido pela leva em questão.

Tivesse sido esta a região percorrida, pela expedição, não se justificaria ser ela a detentora, até aquela data do "record" de penetração do nosso hinterland conforme faz certo a estafadíssima carta de 13 de janeiro de 1606; Marinho e Domingos Rodrigues foram muito além. Documentos existem, porém, que prova, ex abundantia, ter Barreto tomado rumo sudoeste e nunca trilhado as regiões, que a miragem do nome de Paracatú levou o dr. Derby a se desviar do bom caminho, no pesquisa histórica.
Agosto de 1606. Atualizado em 25/02/2025 04:45:50
8°. Expedição*
18 de fevereiro de 1607, domingo. Atualizado em 23/10/2025 15:41:04
9°. Diversos homens poderosos, cujos nomes por essa razão não são talvez mencionados, revéis e desobedientes aos mandos das justiças, se aprontavam para ir aos carijós
8 de março de 1607, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:04
10°. Ebirapoeira, na qual se fabricavam coisas para resgate: Testamento de “Belchior casado com Hilária Luís Grou, tio de Domingos Fernandes”
26 de junho de 1608, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:05
11°. Falecimento de Belchior Dias, Raposo Tavares assume o comando
O falecimento de Belchior se deu em junho de 1608, tendo assumido o comando da expedição, Antonio Raposo, o velho, que em fins de dezembro de 1608 deu entrada em São Paulo com parte de sua gente, sendo que o restante da bandeira, como se vê do texto supra citado, permaneceu no sertão até 15 de fevereiro de 1609, data em que aportou ao povoado.

Após este arranco, no mês de agosto de 1608, Martim Rodrigues Tenório de Aguiar, registrado por Silva Leme, como Martim Fernandes ("Genealogia Paulistana", tit. Tenorios), iniciou, pelo Anhemby abaixo, uma expedição, para a qual tinha aviado várias dezenas de expedicionários, dentre os quais(...)
1 de agosto de 1608, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:36:07
12°. Desceu o Tietê expedição com Baltasar Gonçalves
Depois dessa empreitada, temos a assinalar a que chefiou Martim Rodrigues Tenório, que, em agôsto de 1608, desceu o Tietê com os seguintes companheiros, dentre os muitos, que compunham a expedição: Antônio Nunes, Baltasar Gonçalves, Braz Gonçalves, Diogo Martins, João de Santana, João Pais, Manuel de Oliveira e Lourenço Gomes de Ruxaque. ("Inventários e Testamentos", vol. II, pág. 357; vol. III, pág. 255; e vol. IX, pág. 23).

O falecimento de Belchior se deu em junho de 1608, tendo assumido o comando da expedição, Antonio Raposo, o velho, que em fins de dezembro de 1608 deu entrada em São Paulo com parte de sua gente, sendo que o restante da bandeira, como se vê do texto supra citado, permaneceu no sertão até 15 de fevereiro de 1609, data em que aportou ao povoado.

Após este arranco, no mês de agosto de 1608, Martim Rodrigues Tenório de Aguiar, registrado por Silva Leme, como Martim Fernandes ("Genealogia Paulistana", tit. Tenorios), iniciou, pelo Anhemby abaixo, uma expedição, para a qual tinha aviado várias dezenas de expedicionários, dentre os quais(...)
Dezembro de 1608. Atualizado em 25/02/2025 04:45:36
13°. Raposo*
31 de outubro de 1610, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:22:50
14°. Clemente Alvares está no sertão com sua tenda de ferreiro
Em seguida ás bandeiras de Martim Rodrigues e de Belchior Dias Carneiro, durante todo o ano de 1609, não conseguimos encontrar referência alguma a qualquer expedição ao sertão. No ano seguinte, porém, de 1610, em outubro, encontramos Clemente Alvares e Cristovam de Aguiar, e muito provavelmente Braz Gonçalves (o mesmo que acompanhou a bandeira aniquilada de Martim Rodrigues aos "bilreiros"), a ponto de penetrar no sertão dos "carijós", pelo porto de Pirapitinguy (Tietê), conforme se vê de um protesto, aparentemente enérgico, dos oficiais da Câmara Paulistana.
1 de janeiro de 1612, domingo. Atualizado em 06/07/2025 18:48:39
15°. Carta de Bartholomeu de Toralea
Agosto de 1612. Atualizado em 24/10/2025 04:34:17
16°. Bartolomeu de Torales escreve ao Governador Diogo Marin Negron que Sebastian Preto, português de S. Paulo levou cinco caciques com muitos índios para a dita vila de S. Paulo*
De fato, não era só com o uso da violência que os índios, em especial os carijós, foram descidos e levados a São Paulo. Os métodos persuasórios eram amplamente utilizados: faziam-se promessas de variados tipos, promovia-se a reunião de parentes e formavam-se redes de alianças. Sobre estes métodos, ver: MONTEIRO, John. “Os Guarani e a História do Brasil Meridional” In: CUNHA, M. História dos índios no Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1982. p. 475-498. Neste sentido, é famosa a carta do vilariquenho Bartolomeu de Torales, em 1612, comentando como Sebastião Preto, de São Paulo, havia utilizado com os caciques de “puras dádivas” para atraí-los, com suas aldeias, para a vila vicentina. “Carta de Bartolomeu de Torales a Diego Marin Negron”. Anais do Museu Paulista, Tomo I, 2a Parte, p.158.
20 de dezembro de 1612, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:53
17°. “desde 1611 os portugueses de São Paulo entravam “de roldon” sacando e levando os índios. Dizia que, com isso, já tinham ido embora mais de três mil índios, e que, não fossem as ações de Torales e de Añasco, que mantinha alguns caciques presos, a região já teria se despovoado”
18 de outubro de 1628, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:11:07
18°. Bandeirantes
10 de janeiro de 1629, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:11:07
19°. Bandeira comandada por Mateus Grou no Assungí
De São Paulo, as nascentes do Assuguy medem, em linha reta, cerca de 400 quilômetros, o que quer dizer, que a expedição teve a vencer pelo menos 600 quilômetros, através de obstáculos naturais de todo o gênero, devendo levar para chegar ao seu alvo pelo menos três meses, de onde se conclui que, em janeiro de 1629, devia a expedição estar trilhando as proximidades de Ibiaguira, ou num raio de 50 quilômetros, justamente, onde o falecimento de Luiz Eanes, nessa ocasião, denúncia a presença da expedição de Matheus (inicio do inventário de Luiz Eanes, 10 de janeiro de 1629).

Há ainda a coincidência extrema de que expedicionários, como Antonio Grou, figuram simultaneamente na lista dos companheiros de Manuel Preto, da "Relacion de los agrabios", e na expedição de Matheus Grou. Existe outro argumento ainda mais notável e interessante. É que Balthazar Gonçalves Malio, fazendo parte da expedição de Matheus Grou, sendo assinalado diversas vezes no inventário sertanejo de Luiz Eanes, saiu de São Paulo com a expedição de Manuel Preto, a 18 de outubro de 1628, conforme prova o testamento de sua mulher Jeronima Fernandes, feito em 5 de janeiro de 1630, onde diz:

"... e porque o dito meu marido de presente está ao sertão na companhia de Manuel Preto..."

Sendo que Balthazar só aparece no inventário em setembro de 1631. Não ha, pois, que duvidar terem havido estreitas ligações de organização entre as duas expedições mencionadas; e a ser assim como se evidencia, a lista dos integrantes, conhecidos de Guayrá, pode ser aumentada de vinte e três nomes identificados: [Páginas 55, 56 e 57]
10 de janeiro de 1629, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:11:07
20°. Estão no Alto do Tibagy
5 de janeiro de 1630, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:18:30
21°. Documento
Setembro de 1631. Atualizado em 24/10/2025 02:18:30
22°. Inventário de Jerônima Fernandes*
17 de março de 1635, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:47:03
23°. Partida
Ficando, exuberantemente, provado ter esta expedição de 1635 tomado o caminho marítimo, para o sertão rio-grandense, onde eram os Patos, passemos a acompanha-la no seu roteiro.

Vinte dias, mais ou menos, deveriam os barcos ter levado, na rota de Santos ao Rio Grande do Sul, pois que eram meio de transporte infinitamente mais rápidos do que as longas caminhadas, pelos sertões agrestes, da via terrestre.

Deveria a expedição, em questão, ter desembarcado, ou na Laguna, em Santa Catarina, justamente onde passava o meridiano de Tordesilhas, e que dessa época, em diante, foi muito frequentada pelos expedicionários paulistas, como faz certo o inventário do paulista Custódio Gomes, 1638. Teriam já, nessa longínqua época a "advocacia administrativa" e a "negociata", implantado o seu terrível domínio nas nossas plagas?
12 de maio de 1635, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:24:22
24°. Pero da Motta Leite deu licença a uma bandeira tendo por cabeças Ascenço de Quadros, Pero de Oliveira e João Missel Gigante
3 de fevereiro de 1639, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:03
25°. Ordem
3 de abril de 1641, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:39:52
26°. D. João IV foi reconhecido soberano em São Paulo
No volume VII, Suplemento do "Registro Geral", página 251, vem impresso esse auto de aclamação, com a respectiva certidão, com a data de três de abril, provando que o fato, em absoluto, não teve lugar em maio, nem em outra data qualquer. Assim dizem os documentos:

"... o vereador mais velho Paulo do Amaral arvorou o dito pendão por três vezes dizendo em cada uma Real Real Real por El Rei dom João IV de Portugal respondendo a cada uma destas vezes todos os circunstantes com mil vivas e júbilos em o dito altar que estava preparado em o qual assistia o reverendo padre vigário revestido com o sobre peliz e estola em um livro dos Santos Evangelhos ou missal jurou nele o dito capitão mór João Luiz Mafra de conhecer e manter por estes reinos de Portugal o senhor dom João o IV rei de Portugal prometendo-lhe a menagem desta capitania e que a não entregaria senão a sua real majestade ou a seu certo recado e acabado tornou o dito vereador a tremular o dito pendão três vezes dizendo Real Real por El Rei dom João IV de Portugal a quem seguiam os vivas e júbilos dos mais circunstantes e saindo da dita procissão a casa do conselho donde havia de ficar o dito pendão por remate de tudo antes de se recolher o dito vereador fez as ditas cerimônias arvorando três vezes o dito pendão ao que seguiu a acostumada e aprazível voz de todos com mil vivas e júbilos por aqui se deu fim a esta tão festejada como alegre cerimônia de que mandaram fazer este auto de juramento e obediência e eterna na vassalagem e sujeição ao dito senhor rei dom João IV de Portugal em que assinara e eu Manoel Coelho escrevi. João Luiz Mafra, Antonio Raposo Tavares, Francisco Pinheiro Raposo, João Fernandes de Saavedra, Paulo do Amaral, João Martins de Heredia, ... Miguel Garcia Carrasco ..., frei João da Graça, dom abade de São Bento frei Manuel de Santa Maria ... Custódio, frei Francisco dos Santos guardião ambos de São, Fernão Dias Paes, Antonio Pompeu de Almeida, Francisco Rodrigues da Guerra, O licenciado Francisco de Chaves, o vigário Manuel Nunes, Francisco Velho de Moraes, João Ferreira Coutinho, Lourenço Castanho Taques, Victor Antonio e Castro Novo, padre Manuel Madureira Bernardo de Quadros, dom Francisco de Lemos, Manuel Lourenço de Andrade, Luiz Rodrigues Cavalheiro, Balthazar de Godoy, Claudio Furquim, Manuel Mourato Coelho, Domingos da Rocha, frei Vicente de Brito, frei Antonio de Santo Estevam, frei Domingos da Luz, frei Domingos da Encarnação, Antonio Pedroso de Alvarenga, Antonio Ribeiro de Moraes, Ascenso Ribeiro, João Raposo Bocarro, Francisco da Fonseca Prado Falcão, Gregório Fernandes, Francisco Martins. [Páginas 121, 122 e 123]

Veio, pois, como se vê, a descoberta destes dois documentos de publicação oficial desfazer uma dúvida e um erro que se acentuavam na nossa história: pois a já mencionada obra de Ermelino de Leão, recentissimamente saída a lume, muito convictamente afirma: não haver documentos que provem as aclamações tido lugar nos primórdios de abril. É que o escritor paranaense não teve a necessária argucia de proceder á devassa da documentação impressa, deixando de compulsar os volumes do "Registro Municipal".

A causa, porém, desse erro que ameaçava se enraizar nas páginas história, está no pouco cuidado dos que a tem estudado se limitando a copiar o já impresso, abstendo-se das pesquisas originais, pois que chegam muitos historiadores a ignorar o nome do próprio governador da capitania nesse ano de 1641!!! Parece incrível que se tenha afirmado ter sido o capitão-mór nessa época um tal de Luiz Leme (talvez atribuindo a Luiz Dias Paes Leme, o sertanista, já nosso conhecido), quando é certo não figurar nos documentos esse nome como exercendo o mencionado cargo da governança! Ermelino de Leão, corrigindo esta asserção, diz que o capitão mór na ocasião foi Francisco Pinheiro Raposo e, naturalmente, o mesmo signatário do auto de aclamação de dom João IV, como vimos acima.

A emenda nos parece tão errada quanto o soneto, pois o capitão mór era João Luiz Mafra, como se vê dos documentos impressos, estando de acordo com a verdade do saudosíssimo João Mendes, que isso afirmava.

Reintegrada, pois, a verdade histórica e banida qualquer dúvida existente sobre a verdadeira data das aclamações, com elementos irrefutáveis, como os que estampamos acima, estão elas definitivamente perpetuadas na nossa história, marcando os episódios, que tanto enobreceram o caráter paulista. [Páginas 125 e 126]
Setembro de 1641. Atualizado em 23/10/2025 17:27:03
27°. Paulistas estariam no "sertão"*
18 de setembro de 1641, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:12:43
28°. Na sessão da Camara de São Paulo, de 28 de setembro de 1641, declarava o procurador do conselho Miguel Carrasco, aos seus pares, que "a sua notícia era vindo que se aviaram desta vila mais de setenta moradores dele para irem ao sertão contra as leis provisões e proibições de Sua Majestade"
Agosto de 1642. Atualizado em 24/10/2025 03:39:05
29°. Bandeira que em setembro do ano passado estava no sertão deveria ter voltado a São Paulo, data em que foi iniciado o inventário de Sebastião Gonçalves*
1643. Atualizado em 01/09/2025 01:52:37
30°. Expedição de Jerônimo da Veiga
1645. Atualizado em 01/09/2025 02:42:20
31°. Expedição de Sebastião Machado Fernandes Camacho
1646. Atualizado em 23/10/2025 17:12:23
32°. Chegada a São Paulo da bandeira de João Mendes Geraldo
Fevereiro de 1646. Atualizado em 01/09/2025 02:51:00
33°. Partiu de São Paulo, para o sertão, uma formidável bandeira*
Outubro de 1646. Atualizado em 01/09/2025 02:47:07
34°. Carta do governador geral Antonio Telles da Silva, capitão mór da Bahia, aos officiaes da Camara paulista*
1653. Atualizado em 24/10/2025 02:55:16
35°. Parte de S. Paulo uma leva anonyma que após tres mezes de viagem aspera, chegou a Sabarabussú
Notícias bem documentadas informam que, em 1649, barretas de ouro eram fundidas em Paranaguá, cunhadas com o selo real. Nesse ano o Provedor das Minas pediu ajuda à Câmara de São Paulo para ir a Paranaguá impedir o funcionamento da Casa de Fundição lá instalada. E há uma carta de Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, datada de 20 de maio de 1653, comunicando ao Rei que transferira a “Casa”.
20 de maio de 1653, sexta-feira. Atualizado em 27/10/2025 05:01:37
36°. Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, comunicando ao Rei que transferira a "Casa dos Quintos" de Paranaguá para Iguape
Notícias bem documentadas informam que, em 1649, barretas de ouro eram fundidas em Paranaguá, cunhadas com o selo real. Nesse ano o Provedor das Minas pediu ajuda à Câmara de São Paulo para ir a Paranaguá impedir o funcionamento da Casa de Fundição lá instalada. E há uma carta de Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, datada de 20 de maio de 1653, comunicando ao Rei que transferira a “Casa”.
Janeiro de 1661. Atualizado em 01/09/2025 01:31:51
37°. Expedição deveria estar de retorno ao povoado paulistano*
1718. Atualizado em 25/02/2025 04:46:33
38°. Porto
notável esforço dedicado, não apenas, mas principalmente por Alfredo Ellis Júnior (1896-1974) em desprezar Sorocaba. Dentre as 262 páginas do “O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, somente na 249, ao tratar o Bandeirismo em declínio escreve:

Quando o nascer de século dos setecentos presenciava as múltiplas descobertas auríferas, por entre as fragas das serranias centro-minerais, coroando os esforços tenazes da gente paulista, lavrou o cruento destino o decreto irremovível do declínio do bandeirismo.

E, então, foi Ararytaguaba (Porto Feliz) a dolorosa sangria, dilatadamente aberta nas veias paulistas, de onde jorrara, para as bandas de além, o sangue aos borbotões das forças sertanistas, despovoando o berço piratiningano, para povoar os extensos territórios goyano e cuyabano, com a imensa aluvião de exploradores do ouro.

Eis os últimos degraus que descemos, no ingrato setecentismo, onde nos demoramos, por longissimas décadas, até que a cruzada nobilitante do trabalho inicia a sem dúvida pela gente campineira sorocabana, ituana e paulistana em que germinaria finalmente, a semente hereditária do bandeirismo, veio a nos trazer a segunda e definitiva fase da grandeza da nossa pátria paulista que tem como pedestal o maior monumento agrícola, jamais existido na superfície do planeta (...)
1720. Atualizado em 25/02/2025 04:45:15
39°. Demonstraçam topographica do curso do rio Tieté desde a cidade de S. Paulo, thé a confluencia que forma com o rio Paraná, e desta the a barra do rio Yguatemi & a direção deste, thé as suas origens, bdlb.bn.gov.br/ acervo/handle/ 20.500.12156.3/15628
13 de janeiro de 1750, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:40:10
40°. Fernando VI da Espanha e Dom João V de Portugal assinam Tratado de Madrid
Como dissemos, os cursos do grande rio e de seus numerosíssimos afluentes não foram por Castella aproveitados, para a penetração de suas vastíssimas colonias, ficando a bacia amazônica ao abandono. Por isso não foi difícil aos missionários religiosos, portugueses, no século XVIII, aí penetrar, fundando núcleos, que foram marcos possessórios, que valeram perante o tratado de 1750, que mais ou menos contornou o Brasil de hoje.
Janeiro de 1934. Atualizado em 25/02/2025 04:47:03
41°. Bandeira*
Janeiro de 1934. Atualizado em 25/02/2025 04:41:05
42°. Apenas três vereadores*
2014. Atualizado em 29/09/2025 23:04:25
43°. O ITINERÁRIO DAS APARIÇÕES. AYVU RAPYTA E A PALAVRA DE LEÓN CADOGAN.





  Sabarabuçu
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1934
Atualizado em 28/10/2025 13:01:13
"O Romance do Prata" de Paulo Setúbal (Sabarabuçu, serra Sabarabussú)
•  Cidades (7): Jacobina/BA, Paranaguá/PR, Potosí/BOL, Sabará/MG, Salvador/BA, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (40): 1º Conde de Sabugosa (1673-1741), 1º visconde de Barbacena (1610-1675), 2º conde do Prado (1577-1643), Afonso Furtado de Mendonça (1561-1630), André de Leão, Antonio de Lemos Conde, Artur de Sá e Meneses (f.1709), Basílio de Magalhães (60 anos), Belchior Dias Moréia (1540-1619), Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557), Diogo da Silva e Mendonça, Marques de Alenquer, Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Filipa Dias (ou Álvares) (1521-1610), Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Garcia Rodrigues Paes (1659-1738), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Gonçalo Coelho, Jacques Oalte, João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), Lopo de Albuquerque Maranhão da "Câmara“, Manoel de Lemos Conde, Manuel de Borba Gato (1649-1718), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Nicolau Barreto, Pandiá Calógeras (64 anos), Paulo de Oliveira Leite Setúbal (41 anos), Paulo Dias Adorno, Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Pedro Barbosa Leal, Pedro II de Portugal (1648-1706), Plínio Marques da Silva Ayrosa (39 anos), Rodrigo de Castelo Branco, Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Teodoro Fernandes Sampaio (79 anos), Tomé de Sousa (1503-1579), Walter Raleigh (1552-1618), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
•  Temas (13): Assassinatos, Buraco de Prata, Descobrimento do Brazil, Grunstein (pedra verde), Léguas, Ouro, Peru, Prata, Ribeirão das Furnas, Rio da Prata, Rio São Francisco, Serra da Mantiqueira, Tamboladeiras
Paulo Setúbal
Data: 1937
01/01/1937
    Registros relacionados
22 de abril de 1500, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:04
1°. O “Descobrimento” do Brasil
1506. Atualizado em 28/10/2025 08:39:10
2°. Gonçalo Coelho e a prata
E quantas outras notícias sobre essa apetecida prata, quantas, corriam então a cândida terra dos papagaios! E que fabulosas! Os companheiros de Gonçalo Coelho, por entre narrativas embasbacantes, contavam, ao voltar, que —

"na embocadura dum rio que fica a duzentas léguas aquem do Cabo, tiveram informes de que pelo sertão havia muita prata. Diziam que um Capitam de outro navio trouxera ao Rei de Portugal um machado de prata". E que rio era esse que ficava a duzentas léguas aquém do Cabo? Era o Rio da Prata. Rio imenso, de águas claras, assim chamado exatamente porque os indígenas, que lhe povoavam as margens, traziam enfeites de prata e usavam objetos de prata. Oh, as minas desse confuso Rio da Prata, tão longínquo e extraordinário!"
1514. Atualizado em 28/10/2025 08:39:11
3°. Portugueses recolheram no Rio da Prata um machado de prata, que estava nas mãos dos charruas
1534. Atualizado em 25/02/2025 04:41:00
4°. Casamento
1552. Atualizado em 25/02/2025 04:46:56
5°. “...esta terra e o Peru, Senhor, é toda uma”
8 de novembro de 1553, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:54:50
6°. Carta de Luís Sarmiento de Mendoza, embaixador espanhol em Lisboa
1590. Atualizado em 25/02/2025 04:41:00
7°. Historia Natural e Moral das Índias
9 de junho de 1591, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:07:19
8°. Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil
1592. Atualizado em 24/10/2025 02:38:33
9°. Registros de construção de fortificações, como a de Emboaçava
Maio de 1592. Atualizado em 30/06/2025 04:04:42
10°. Em maio de 1592 partiram da Bahia e, chegando à serra do Gariru (ou Quareru, atual Serra Branca), levantaram um forte, em cumprimento à determinação régia de que pelo menos a cada 50 léguas assim se procedesse*
Gabriel Soares voltou de Madri com abundantes poderes e dilatadíssimas ajudas. E aprestou a sua entrada sem tardança. Botou nela, como mineiro, Marcos Ferreira, homem prático de metais. Como guia, um bugre amigo, Guarací, que sabiaonde ficava a Serra da Prata. E com o mineiro, e com o guia, e com duzentos índios tapuios, bons flecheiros, o escritor atacou de rijo o sertão.

Largos e penosos dias, sob soalheiras urentíssimas, o sonhador da prata arremeteu-se impávido por aqueles negrejantes matos tragadores de vidas. Atingiu a serra do Quareru. Aí acampou7. Foi então, no Quareru, em pleno ermo, dentro do coração hirsuto do Brasil bárbaro, que, pela primeira vez, a mão do homem alevantou atrevidamente uma casa de taipa.

"Gabriel Soares mandou erguer no Quarerú huma casa-forte..." Não era, portanto, apenas o desbravamento da terra virgem que realizava o intrépido rasgador de selvas: com aquela casa-forte, plantada em tão selvático despovoado, lançava também Gabriel Soares a pedra básica, o alicerce primeiro, do povoamento do hinterland brasílico.

E enquanto os bugres erguiam aquela curiosa mole, fez o escritor sondar com acirramento todos os recantos da serrania. Vai senão quando, em uma daquelas lombas belo augúrio inicial! — Marcos Ferreira dá inopinadamente com osprimeiros, alvoroçantíssimos vestígios da tão apetecida prata. Grandes bulhas!

Grande e ruidosa festa entre os achadores! "... aqui fizeram os mineiros fundição de pedra de huma betta que se achou na serra; e se tirou prata..." Mas a beta era de certo minguada e fraca. Não satisfez a cobiça de GabrielSoares. Pois, segundo o relato da velha crônica — "o general a mandou serrar, e, deixando alli doze soldados, se foi com os mais outros cincoenta léguas, para o lado donde nasce o Rio Paraguassú".

Rude e bravia jornada! Os ares eram por aí pestíferos. As águas ruins. Nuvens de mosquitos azucrinantes ferretoavam sem tréguas os viageiros. Morcegos, às chusmas, chupavam de noite o sangue dos animais. Os animais, ao outro dia,amanheciam mortos no pouso. Não se topava caça por aqueles chãos estonados. Os mantimentos foram escasseando nos cargueiros. Num dado instante, em pleno deserto, faltaram por completo. Os homens, para não morrerem à míngua, tiveramque comer carne de cobra. Alastrou-se a maleita pela tropa. Maleita e doenças de frialdade. Não houve, daí por diante, como tolher o desencadear das misérias. Eram, todos os dias, desgraças sobre desgraças. O índio Guarací, tão precioso, que conhecia o sítio onde ficava a serra da prata, cai de repente morto à beira de um brejo.

Mas não havia empeço que quebrantasse o ânimo de Gabriel Soares. E o escritor lá continuou a sua rota, Por outras cinqüenta léguas, bem compridas e bem terríveis, o buscador da prata enfrentou de novo, com desassombro, aquelastragédias e reveses. Estacionou afinal. E botou-se, o corajento, naquelas solidões ainda mais lôbregas, a levantar outra casa-forte. A tropa atirou-se duramente à lida.E a paragem selvática, encravada entre morros penhascosos, encheu-se improvisadamente da faina criadora desses homens chucros. Mas o povo tinha bem razão: a prata do Brasil era traiçoeira! Todos os que tentavam desvendá-la, morriam.

Não escapara um só... Certa noite, no acampamento, rompe tumultuosa pendência entre os bugres.Para contá-la "Gabriel Soares saiu da sua barraca com uma catana na mão, e, pelos apartar, maltratou a muitos de húa e de outra banda". Os selvagens, irados contra o capitão que assim os agride tão carniceiramente a golpes de ferro, resolvem abandoná-lo no longínquo pouso. Na mesma noite, muito furtivamente, "fugiram todos e o desampararam; deixando-o só naquele deserto..." Os padecimentos tocaram então ao auge. Doente, quebrantado de forças, desbaratado, sozinho naquele despovoado, Gabriel Soares não logrou vencer tão dilatadas provações. E morreu na jornada. Morreu, o sacrílego, por querer atingir a serra da prata. Aquela enigmática, tão fascinadora serra branca e resplandecente... E quem, já agora, haveria de atingi-la? Quem haveria de descobrir a prata que o mato escondia? Quem?
10 de julho de 1592, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:38:57
11°. Abertura do testamento de Gabriel Soares de Sousa, capitão-mor e governador da conquista e do descobrimento do Rio de São Francisco
1594. Atualizado em 25/02/2025 04:39:58
12°. Walter Raleigh publicou o livro "The Discoverie of Guiana"
Dezembro de 1600. Atualizado em 24/10/2025 04:14:57
13°. Bandeira liderada por André Leão parte de SP com autorização de D. Francisco*
15 de junho de 1608, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:15:16
14°. Nomeação de D. Francisco
10 de junho de 1611, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 05:30:20
15°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil
— Cuidado, D. Francisco de Sousa, cuidado! Todos os que, até hoje, tentaram desvendar a prata que o mato esconde, morreram... Não escapou um só!

... Não pôde o Administrador do Sul realizar aquelas acicalantes miras que o empolgavam: D. Francisco de Souza, ao chegar, é subitamente atacado de doença grave. E morre.

Assim, com tão inesperado desfecho, desapareceu do cenàrio das minas o càlido perseguidor da esquiva serra misteriosa. E tão desvalido desapareceu o homem que mais cuidara no Brasil da serra branca, dessa Sabarabuçu mal agourada, que — sarcàstico pormenor — "segundo me affirmou hum padre da Companhia, que se achava com elle à sua morte (conta-o frei Vicente), morreo Dom Francisco de Souza tam pobre, tam pobre, que nem sequer huma vela tinha para lhe metterem na mão". [p. 27]

Anda muito escrito por ai que foi D. Francisco de Sousa quem acompanhou Melchior Dias às minas. Outros dizem que D. Francisco de Sousa apenas se ajuntou a D. Luiz de Sousa para a famosa entrada. A respeito de tais fatos, eis o que esclarece Basílio Magalhães:

"Ha ahi alguns enganos que teem gerado erronias deploraveis por parte de historiadores modernos. Ao tempo em que esteve D. Luiz de Souza em Pernambuco, isto é, de 1612 a 1616, nem só Melchior Dias estava ainda cuidando directamente de receber da Metropole as desejadas mercês (do que é prova a sua carta de 9 de Julho de 1614 depois da qual, parece, foi que mandou à corte o seu sobrinho Domingos de Araujo) como tambem não era governador da Bahia nenhum D. Francisco de Souza, pois este, nomeado a 15 de Junho de 1608 administrador Geral da Repartição do Sul fallecera em São Paulo a 10 de Junho de 1611. Quem, ao tempo das negociações entre D. Luiz e Melchior podia estar no governo da Bahia era Gaspar de Souza que, segundo a Historia Militar do Brasil, de D. José de Mirales, exerceu aquellas funcções desde 1614 até 1617. Mas quando se deu a entrada do neto de Caramurú à Itabaiana jà era governador da Bahia o proprio D. Luiz de Souza, que succedendo a Gaspar de Souza, tomou posse do cargo em 1617 e nelle permaneceu até 12 de Outubro de 1621. Não foi, pois, nenhum Francisco de Souza, nem mesmo Gaspar de Souza, quem o acompanhou ao sertão sergipense. Foi, de facto, um seu collega de governo, isto é, o representante da Metropole na Repartição do Sul. A prova disto é fornecida por uma testemunha presencial do acontecimento: Salvador Correia de Sà e Benevides". Segue-se aí a transcrição do depoimento de Salvador Correia. [p. 47]
1614. Atualizado em 25/02/2025 04:39:58
16°. "Minas encontradas"
Lopo de Albuquerque, estando a varar as cabeceiras do S. Francisco,mandou erguer uma cruz de madeira no alto de certa lomba. Aconteceu que, aogalgarem a serra, os escravos deram inopinadamente — "com hum grande ealevantado padrão de pedra; derrubaram este padrão e se vio que debaicho dellehavia huma lage de pedra com esta inscripçào: Minas de prata que se descobrioneste Logar no anno de 1614, que a seo tempo saberà S. Magestade dellas".Minas de prata! As encantadas minas de Melchior Dias! Lopo deAlbuquerque, mais os negros, botou-se a romper alvoroçadamente aqueles chãos. Eeis que topa, aos primeiros golpes, com uma caixa de tijolos chapeada de ferro.Arromba a tampa da caixa. Dentro, com o maior espanto, depara o sertanista umvelho papel embolorado. Nesse papel se declarava que, não longe dali, ficava umagrande serra alterosa, coberta de matos copadissimos, onde estavam as minas. Aserra onde estavam as minas! Até que enfim, por obra daquele estonteante acaso,iam surgir à luz do sol as escondidas riquezas do Caramuru. Lopo de Albuquerqueparte com ânsia em busca à serra alterosa. Alcança-a. Descobre o sítio indicado nopapel. Escava-o. E — deslumbrante realidade! — acha na entranha do morro osprimeiros veios da tão sonhada prata..."Lopo de Albuquerque tirou então as amostras da prata; deu conta dellas aS. Magestade; e S. Magestade lhe respondeo, pello seo secretàrio, Mendo deForjaz, que rompesse as minas". E acrescenta o cronista, textualmente, estaafirmativa categórica: "D. João de Alencastro vyu essa prata; e eu a vy tambem..."Lopo de Albuquerque, com alguns escravos de confiança, saiu a romper asminas como determinara o Rei. Mas...— Cuidado, Lopo Albuquerque, cuidado! Todos os que, até hoje, tentaramdesvendar a prata que o mato esconde, morreram. Não escapou um só!... mas o feliz achador das minas, ao atravessar um cerradão de aroeiras, ésubitamente picado por estranho bicho. Picada funesta! De nada valeram sangrias,nem mezinhas, nem ervas de bugre. "... dous dias antes de chegar, Lopo deAlbuquerque falleceu da mordedura daquelle bicho pessonhento".Outra morte! Outra desgraça! Outra vítima da malfadada prata! E quempoderia, jà agora, topar de novo, na serra alterosa, com os escondidos veios?Um filho de Lopo, Francisco de Albuquerque, rapazola verdolengo, aindanas primícias da adolescência, tomou corajosamente a peito o levar avante odesvendamento das minas. Decisão inútil! O destino, aquele destino implacàvel queperseguia com tamanha fereza os profanadores da prata, cortou-lhe cerce o ímpetoanimoso: Francisco, num assomo de cólera, assassinou desastradamente o escravoque lhe servia de guia. Era este escravo, por fatalidade, o único vivente que sabia do sitio onde ficavam as minas. "... tinha Francisco um crioulo seo escravo, que havia acompanhado o Pay e sabia a Serra e o buraco da prata. Pretendeo Francisco que o crioulo lhe foce mostrar; mas duvidou o negro fazello sem que o senhor primeiro lhe desse a promessa de libertar. Apaixonou-se tanto Francisco Albuquerque que, inconsideradamente, lhe atirou a espingarda e o mattou; ficou assim sem aquelle escravo, e, o que é o mais, sem guia para aquella empreza..." [p.19]
9 de julho de 1614, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:00
17°. Documento
1619. Atualizado em 10/10/2025 17:37:37
18°. Falecimento do "Caçador de Eldorado"
12 de outubro de 1621, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:48
19°. Luís de Sousa, conde do Prado, deixa o cargo de Capitão-General do Brasil
1633. Atualizado em 25/02/2025 04:45:50
20°. Glymmer
1653. Atualizado em 24/10/2025 02:55:16
21°. Parte de S. Paulo uma leva anonyma que após tres mezes de viagem aspera, chegou a Sabarabussú
Diante de tais informes, as bandeiras piratininganas, a ambição acesa, com a miragem da serra encantada flamejando-lhe diante dos olhos, principiaram a partir acirradas atràs da riqueza alva.""... algo antes de 1653, parte de S. Paulo uma leva anonyma que após tres mezes de viagem aspera, chegou a Sabarabussú ".

Foi quando surgiu em São Paulo o procurador da fazenda real, Pedro de Sousa Pereira. E o procurador dà com a vilota a esfervilhar de quentíssimos rumores. "... vim eu a estas capitanias do sul tratar do beneficio e entabolamento das minas; e, achando-me nesta de S. Paulo, tive muytas informações e grandes noticias de que algumas pessoas antigas haviam ido à serra de Saborabossú..."
19 de fevereiro de 1671, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:56
22°. Fernão Dias faz algumas referências geográficas que identificavam o sítio onde a Serra do Sabarabuçu, onde se encontrava, na Bahia: “E porque aqui se me disse que do pé das Serras do Sabarabussú, ha um Rio navegavel que se vae meter no de São Francisco e que por ele abaixo se poderá conduzir mais brevemente a prata até junto a estas Serras que ficam no distrito da Bahia”
28 de novembro de 1674, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:46
23°. Visconde de Barbacena rejubilava, agradecendo, por escrito, a Agostinho de Figueiredo a boa nova de que as minas de Paranaguá eram ferteis "e duas barretas de prata revelaram a sua fineza."
1674. Atualizado em 25/10/2025 23:56:57
24°. A Oficina dos Reais Quintos existia, chefiada por Manuel de Lemos Conde, Provedor das Minas de Paranaguá
Abril de 1679. Atualizado em 10/10/2025 19:07:09
25°. Rodrigo Castelo Branco chega as minas de Paranaguá*
4 de novembro de 1681, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:40:41
26°. Falecimento de Fernão Dias Paes Leme (data estimada)
28 de agosto de 1682, sexta-feira. Atualizado em 26/10/2025 03:08:34
27°. Borba Gato "empurra" Rodrigo de Castelo Branco num "sumidouro" (buraco de mina)
Dia 28 de julho de 1682 Manuel de Borba Gato num impeto, em pleno sertão, assassina tresloucadamente, diante dos dois séquitos pasmados, o enviado de confiança do Príncipe! Não podia acontecer, na jornada à Sabarabuçu, acontecimento mais arrepiador. Tinha ali um epílogo de sangue, e, mais do que epílogo de sangue, finalizava-se em crime de lesa-majestade, a retumbante entrada do caçador de esmeraldas junto aos índios, contacta-o a fim obter informações pertinentes à localização de novas minas. Borba Gato, “tomado de violento ardor, defere-lhe um violento empuxão”. O bandeirante precipita Castelo Branco num sumidouro, num buraco de mina.

Em julho de 1682, Rodrigo de Castelo Branco, desembarcara no Brasil. Ele era Superintendente-Geral das Minas e, ciente da experiência do bandeirante paulista Manuel de Borba Gato junto aos índios, contacta-o a fim obter informações pertinentes à localização de novas minas. Borba Gato, “tomado de violento ardor, defere-lhe um violento empuxão”. O bandeirante precipita Castelo Branco num sumidouro, num buraco de mina. [Wikipedia]

D. Rodrigo de Castel Blanco està em São Paulo e lá só tinha uma meta: Sabarabuçu! Para tal, fazendo vir das vilas convizinhas os homens de melhor conselho e de maior experiência, homens anciões e de respeito, bota-se D. Rodrigo com eles a "discernir e rumiar as condições, e tempo mais conveniente, para se pôr em execução a jornada ao cerro da Sabarabussú, no descobrimento da prata" (e do ouro).

E isso, là dizem pitorescamente as atas da Câmara para que de nenhuma maneira haja de aver falta nem estrovo em se conseguir a jornada de Sabarabussú". E a fim de não aver falta nem estrovo, a Câmara de Taubaté, muito generosamente, apressa-se em oferecer índios seus, a fim de irem plantando roças pelo caminho — "para com fasseledade se conseguir o descubrimento da prata".

Mas houve em São Paulo absurda animosidade contra o pràtico de Itabaiana (...). Alardeava aos quatro ventos, com muito e jactancioso palavriado, os seus merecimentos e as suas sabenças. Os de S. Paulo, gente rústica, de pouca fala, enlurados naquele burgo de além-serra, ouviam desconfiados a mentira presunçosa.

Detestavam-no. Demais (e aqui, doía-lhes aos paulistas este ponto) eles, os de S. Paulo, ao se "espernearem" por essas serranias afora, à frente de suas bandeiras, là iam à custa do seu bolso, arruinando as próprias fazendas, sem pesarem de uma só placa ao tesouro de el-Rei.

D. Rodrigo estava determinado a encontrar Sabarabuçu, ali estava, vivendo como um senhor dom fidalgo, com os custos da jornada largamente pagos, e, por cima, a abocanhar do eràrio reinol a enormidade de seiscentos mil réis. Além de tais larguezas, agora, para se ir à Sabarabuçu, mandalhe ainda o Príncipe abonar, como ajuda, mais a gorda tença de quarenta mil réis! Aquilo assombrava e irava os de São Paulo.

Ao mesmo tempo, num contraste gritante, là, pelas tredas matarias dos Cataguazes, hà sete anos jà, padecendo misérias sobre misérias, suportando desgraças e ruínas inenarràveis, dizimado, abandonado, estropeado, desbaratado, mandando vender, para se sustentar, as últimas jóias das filhas, Fernão Dias Paes Leme andava a romper com heroísmos tràgicos, desesperadamente, aquelas serranias bàrbaras onde se acoutavam as esmeraldas e a prata.

D. Rodrigo, que era indiferente às esmeraldas e as buscas de bandeirantes, vai com os seus seiscentos e quarenta mil réis, aprestando sossegadamente a sua bandeira. Apresta-a. E ei-lo afinal pronto. Um dia, com muito negro e muito bugre, cargueiros e cargueiros atopetados de mantimentos, o velho mineiro Álvares Coutinho numa rede, carregado a ombro,D. Rodrigo de Castel Blanco lança grandiosamente os seus homens na trilha do caçador de esmeraldas.

Vai, tal como o potentado paulista, por aquelas negrejantes rechàs de além-Mantiqueira buscar a nebulosa, a terrível mas sempre fascinante serra branca da prata. Sabarabuçu! Sabarabuçu! E a bandeira abalou.

Subitamente chega a notícia, na vilota de São Paulo, estrondeja: Fernão Dias Paes Leme topara com as esmeraldas! Não topara o destemeroso cabo com a tão buscada Sabarabuçu, e nem com a tão buscada prata, é bem verdade.

Mas topara com as esmeraldas. Sim, là por aqueles cerradões ermos dos Cataguazes, o velho rompedor-de-mato descobrira enfim as pedras verdes! Descobrira-as à beira da lagoa Vapabuçu. Descobrira-as, apanhara a terçã, e, por fatalidade, morrera subitamente da febre ruim.

O filho do bandeirante, Garcia Paes, ao receber do pai moribundo as esmeraldas, botara-as num saquinho de chamalote, e mandara-o com muito lamento a D. Rodrigo. Quê? A D. Rodrigo de Castel Blanco? Os de S. Paulo ouviram, de punhos cerrados, indignadamente, a notícia destemperada.

Como teve Garcia Paes coragem de entregar ao patarata a descoberta de Fernão Dias? Pois não via Garcia Paes que D. Rodrigo iria agora, com as esmeraldas nas garras, apregoar perante a corte que fora ele, D. Rodrigo, e não Fernão Dias, o achador das pedras? Aquilo atiçou na vilota iras assanhadas. O padre João Leite, irmão de Fernão Dias, correu à Câmara com o seu protesto:

"Eu, o Padre João Leite da Silva, por mim e como irmão do defuncto, o Capitãm Fernão Dias Paes, descobridor das esmeraldas, e em nome da viuva, sua mulher, Maria Garcia, requeiro a suas mercês, huma e muytas vezes, da parte de S. Alteza, q. Deus guarde, que atalhem pelos meios convenientes, a D. Rodrigo Castell Branquo os intentos que tem de apoderar-se das minas de esmeraldas q. o dito meu irmão descobrio..."

A "terrinha" piratiningana alvoroçou-se toda. Andavam pelo ar boatos azedados. Propalava-se até que... Súbito, no esfervilhar daquelas zangas, rompe por S. Paulo adentro, estupidificando-o, esta mensagem aterradora: — Borba Gato, o genro de Fernão Dias, assassinara a D. Rodrigo de Castel Blanco! Borba Gato? Ninguém queria acreditar!

Apesar de sua cólera, as gentes de S. Paulo não haviam chegado a ponto de cogitar em tão sanhuda ousadia. Sofrear, com protestos e com embargos, diante das justiças, as possíveis raposias de D. Rodrigo, và! Mas assassinà-lo? Assassinar o enviado do Príncipe? Era demasia a que vassalos, por mais alevantados, não se atreviam com ligeireza.

No entanto, por desgraça, aquela sacolejante notícia era a verdade nua: Borba Gato, genro de Fernão Dias, assassinara a D. Rodrigo de Castel Blanco! Como? Os dois homens, depois da morte do bandeirante paulista, tiveram, no sertão do Paraopeba, um encontro desafortunado.

Borba Gato fora sempre de ânimo perigosamente assomado. D. Rodrigo de ânimo perigosa mente desabrido. Um estava, como todos os paulistas, assanhado contra o espanhol fanfarrão que recebera as esmeraldas. O outro, como todos os renóis, prevenidíssimo contra os paulistas altaneiros que os tratavam de igual para igual. O encontro deles, por isso mesmo, foi àspero.

Áspero e breve. Apenas duas ou três frases cortantes: e Borba Gato, num arranco, ali, em pleno sertão, assassina tresloucadamente, diante dos dois séquitos pasmados, o enviado de confiança do Príncipe! Não podia suceder, como remate à jornada das pedras verdes, acontecimento mais arrepiador. Tinha ali um epílogo de sangue, e, mais do que epílogo de sangue, finalizava-se em crime de lesa-majestade, a retumbante entrada do caçador de esmeraldas.

Bem sabia Borba Gato, diante daquela fatalidade, do destino cru que o aguardava. Bem sabia das vinganças que iriam desabar sobre a sua cabeça! Por isso não esperou que estalasse contra ele a sanha régia: naquele mesmo dia, fugindo às justiças, o paulista embrenhou-se às correrias por aqueles bosques asselvajados de além-Mantiqueira. Foi viver, segregado dos homens, como hirsuto bicho de mato, dentro do sertão terrificante daquelas paragens brutas.
1691. Atualizado em 25/02/2025 04:46:57
28°. Lemos
3 de janeiro de 1702, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:40:55
29°. Provisão datada do ribeirão de "Sabarabaassú"
— Aqui estou, Borba Gato! Vim ver a serra do Sabarabuçu de Vosmecê descobriu...
— A serra do Sabarabuçu senhor governador, é aquela que ali esta curvejando no céu... — diz o sertanejo apontando com simpleza uns morros que se alteavam à distância.

Nada de extraordinário na serrania ao longe! Não era branca, nem resplandecente, nem de prata. Uma serrania como todas as serranias...
— Aquela? Pois é aquela, Borba Gato, a Sabarabuçu?
— Venha, senhor governador, venha daí comigo...

Artur de Sà, guiado pelo paulista, envereda-se por estreita picada aberta no mato. Ao fim do jornadeio, mal saído do arvoredo, o governador estaca: nas barrancas dum ribeiro que serpenteia perto, magotes de índios mansos, a bateia na mão, estão a lavar areias e cascalhos.

— Ouro, Borba Gato?
— Ouro, senhor governador; ouro!
E diante da surpresa de Artur de Sà:

— Os índios destas paragens, a uma boca só, chamam àquela serra, que està ali tapando o horizonte, de Serra do Sabarabuçu. E Sabarabuçu, como Vosmecê vê, não é nenhuma serra branca e resplandecente. A Sabarabuçu é uma serra de ouro! Veja, senhor, veja o ouro sem conta que brota dessas areias...





  Sabarabuçu
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8 de fevereiro de 1930, sábado
Atualizado em 31/10/2025 06:09:03
Jornal do Brasil
•  Cidades (7): Ilhéus/BA, Jacobina/BA, Lisboa/POR, Porto Seguro/BA, São Francisco de Chagas/BA, São Paulo/SP, Vitória/ES
•  Pessoas (9): André de Leão, Anthony Knivet (1560-1649), Barbosa Lima Sobrinho (33 anos), Belchior Dias Moréia (1540-1619), Francisco de Sousa (1540-1611), Pedro Calmon Moniz de Bittencourt (28 anos), Pierre Desceliers, Teodoro Fernandes Sampaio (75 anos), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
•  Temas (7): Capitania da Bahia, Capitania de Pernambuco, Gentios, Geografia e Mapas, Habitantes, Ouro, Rio São Francisco
Jornal do Brasil
Data: 1930
Página 6
    Registros relacionados
1561. Atualizado em 25/02/2025 04:47:00
1°. Mapa de Bartholomeu Velho
1570. Atualizado em 25/02/2025 04:40:13
2°. Mapa "Theatrum Orbis Terrarum" de Abraham Ortelius
1596. Atualizado em 25/02/2025 04:46:37
3°. Mapa
1650. Atualizado em 14/04/2025 03:29:18
4°. Mapa “Amerique Meridionale”, de Nicolas & Guillaume Sanson
23 de agosto de 1753, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:44:50
5°. Foi erigida a vila de São Francisco das Chagas da Barra do Rio Grande





  Sabarabuçu
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Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros".
1930. Atualizado em 24/10/2025 02:40:21
Relacionamentos
 Cidades (6): Caeté/MG, Itu/SP, Paranaguá/PR, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP
 Pessoas (23) 1º visconde de Barbacena (1610-1675), Afonso d´Escragnolle Taunay (54 anos), Afonso VI (1643-1683), André Fernandes (1578-1641), Balthazar Fernandes (1577-1670), Custódia Dias (1581-1650), Domingos Fernandes (1577-1652), Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Francisco Pedroso Xavier (1635-1680), Garcia Rodrigues Velho (1600-1671), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Jerônimo Ferraz de Araújo (f.1737), João da Rocha Pita, João de Mongelos, Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919), Manuel de Borba Gato (1649-1718), Maria Betting (1618-1691), Maria Garcia Rodrigues Betting (1642-1676), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mathias Cardoso de Almeida (n.1605), Orville Derby (1851-1915), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Rodrigo de Castelo Branco
 Temas (9): Bituruna, vuturuna, Caminho do Mar, Gentios, Grunstein (pedra verde), Léguas, Redução de Santa Tereza do Ibituruna, Rio Amambahy, Serra de Ibituruna, Serra de Jaraguá
Registros mencionados (13)
1. Surge o apelo de D Afonso VI para que Fernão Dias partisse em busca do Sabarabussu
13 de dezembro de 1665

O velho paulista não era sonhador de riquezas fabulosas, o “caçador de esmeraldas”, que a lenda criou; vemô-lo, ao contrário, frio organizador de uma empresa difícil, a que o animavam a lealdade e devoção ao seu rei. Cuidava não só das pedras preciosas do Sabarábuçu, mas também da prata de Paranaguá e de Iguape, e partia consolado com a idéia “que lá e cá ha prata”.
2. Escrevia a Camara de S. Paulo ás de Parnahyba, Mogy e Taubaté pedindo-lhes mandassem representantes, homens de bom -conselho e experiencia “para com acerto assentarem o mais util e conveniente para a função (sic) de Soberabussú”
20 de junho de 1680
3. Rodrigo de Castelo Branco encarregou o padre frei João ("Julião", segundo Silva Lisboa) Rangel do descobrimento de umas minas de prata, que lhe constara haver em Itú
13 de janeiro de 1681

Informa Basílio de Magalhães que o encarregado destas pesquisas em Ytú foi um padre. Frei João Rangel, a quem Balthazar da Silva Lisboa chama Julíão) e cuja comissão data de 13 de janeiro de 1681. Entende o autor mineiro que estas pesquisas foram a causa da longa demora de Dom Rodrigo em São Paulo. [Página 186]
4. Apresentou o hespanhol a lista dos seus servos
27 de janeiro de 1681

A 27 de janeiro apresentou o hespanhol a lista dos seus servos, organizada de accordo com Mathias Cardoso “conforme a experiencia que tinha do dito e mais sertoins e por ser pessoa que tomava a sua conta dar calor a este Real Serviço.” Queria que S. Mercês viessem e examinassem si o numero dos indios hera superfluamente ou necessariamente pedidos.” Concordaram os camaristas que tudo fora feito criteriosamente. Deviam partir cento e vinte indios. Foram ouvidos neste particular os officiaes de administração: escrivão João da Maya, contador Manuel Castanho e o mineiro João Alvares Coutinho. Inesperada surpresa trouxe a attitude deste ultimo expressa no seguinte e pavoroso aranzel:

Foi dito pelo dito mineiro que estava pronto para todo o serviço Real porem que pa. a ditta diligência de Sabarabuçú erão os obstáculos patentes por ser homem de sessenta e oito anos e pela esterilidade do dito sertão se não poder ha- ver o sustento que lhe he necessário, por serem os de aquele Gentilico e dependerem de homens robustos que só estes se podem valer delles, e por conheser a que a fragozidade, conhesidam.te lhe oucazionara a morte p.la fraqueza que a sobredita hidade lhe ocaziona não podia acompanhar ao ditto administrador.” [Página 188]
5. Np dia seguinte requeria D. Rodrigo que Suas Mercês não sahissem da villa antes de sua partida “estivesen os srs. officiaes da Camera autoalmente na villa para o que se offeresece aliás não assistindo não poderia conseguir sua viagen.”
28 de janeiro de 1681

No dia seguinte requeria D. Rodrigo que Suas Mercês não saissem da villa antes de sua partida “estivesen os srs. officiaes da Camera autoalmente na villa para o que se offeresece aliás não assistindo não poderia conseguir sua viagem.” Continuavam as difficuldades com ou sem a presença de Suas Mercês[Página 188]
6. D. Rodrigo volta à Câmara pedindo que esta providencie os 120 índios necessários à sua jornada. Mostrando o regimento que lhe fôra dado por Sua Alteza Real e as ordens do Governador Geral do Estado do Brasil, requereu que os oficiais da Câmara reunissem indígenas necessários valendo-se para tal dos aldeamentos reais
18 de fevereiro de 1681

A 18 de fevereiro novas lamúrias do administrador: Antonio da Cunha Gago lhe promettera cento e cincoenta indios seus, que se compromettera a apresentar até Natal passado e entretanto a nenhum trouxera! Dera-lhe a Camara um rol de 120, capazes de o acompanharem (...) [Página 188]
7. Expediram os Oficiaes as ordens exigidas pelo administrador geral
2 de março de 1681

Obedientes, no dia seguinte, expediram os Oficiaes as ordens exigidas pelo administrador geral. Infelizmente não se declara a quem foram, o que seria curioso nem quantas intimações se fizeram e que também se mostraria muito elucidativo. Depois de patenteado Mathias Cardoso foram escolhidos outros Officiaes. Escreve Pedro Taques (Inf. 142) :

Para sargento Mór foi eleito Paulista Estevão Sanches de Pontes, de que teve patente de D. Rodrigo datada em 2 de Março de 1681, declarando nella a nomeação da Camara porter pratica da disciplina militar das conquistas do certão (Quad. do Ponto pag. 52 Cam. tt.° 1675 pag. 103). Foram eleitos para Capitaens de Infantaria desta Leva os paulistas João Dias Mendes, e André Furtado por terem grandes experiencias dos certões e provado nelles com valor contra os barbaros Gentios; a cada hum dos quaes passou carta patente o Administrador Geral D. Rodrigo (Quad. do Ponto pag. 50 V. e 54 Cam. Liv. cit. 1675 Pag- 68).”

Manuel Cardoso de Almeida, irmão de Mathias e de Salvador, foi dos capitães de infantaria escolhidos para a leva de Sabarabussú. Muito embora declare Pedro Taques que gozou de “igual respeito e veneração com seus irmãos” inclusive o Mestre de Campo, temol-o como personagem secundário. “Recolhido do sertão do reino de Mapaxós passou a servir no terço do irmão em suas lutas contra os barbaros do nordeste e parece que ficou nos Curraes da Bahia. Declarou a Camara paulistana que André Furtado ia a sua custa e sem interesses nenhuns da fazenda real. Sempre a mesma cousa. [Página 190]
8. Na sessão de 12 de março ficamos sabendo os resultados desta "tour de force" dos oficiais da Câmara: estes regressaram com 100 indígenas, dentre os quais D. Rodrigo selecionou 82 pois os restantes mostraram-se incapazes por serem velhos, coxos ou mancos
12 de março de 1681

A questão da recruta deu motivo a scenas violentas. Na sessão de doze de março se conta que os officiaes haviam - regressado de sua visita ás aldeias e fazendas a busca dos es- condidos “valendo-se do infantaria do Administrador”, Dom Rodrigo de Castel Blanco. Voltavam os camaristas com cem indios Mais fora impossivel encontrar. De les excluiu o fidalgo dezoito por “encapazes de comboy” notificando á Camara que agora ficava com 130 homens. Fizeram os camaristas notar-lhe quanto haviam obrado de notável a bem do serviço de Sua Magestade, deixando até a villa sem seus magistrados. Faziam o possivel para continuar a promover o bom exito de sua jornada. Sómeníe se encontrariam agora nas aldeias os mancos e os aleijados. [1]
9. Primeira notícia do falecimento
26 de junho de 1681

Apezar de tudo, .depois do achado das suas pedras verdes, dava agora Fernão Dias Paes por bem empregado todo aquelle terrível esforço, aquella somma prodigiosa de sacrifícios! Estava de posse da golconda sul americana! Pouco lhe devia durar o sonho ; logo depois morria em dia que se não conhece, depois de 27 de março e antes de 26 junho de 1681. Daquella data, como vimos, procede o curioso documento que Feu de Carvalho trouxe a lume na “Revista do Archivo Publico Mineiro”, communicado que lhe foi por Capistrano e a que nos reportámos. Soubera Fernão Dias Paes da próxima chegada, á região onde operava, da expedição official de don Rodrigo de Castel Blanco. Julgava próximo o encontro com o comissario regio das minas e esperava avistai-o com certo receio, quiçá, pois já estavam os brasileiros habituados á pouca lealdade dos delegados da corôa para com elles. [p. 113]

A primeira nova da morte de Fernão Dias Paes nos dá um documento de 26 de junho de 1681 em que vemos perante Dom Rodrigo Castelo Branco comparecer Garcia Rodrigues Paes no "arraial de São Pedro em os matos de Paraíbipeva" e nas pousadas do Administrador Geral.

Exibiu a Dom Rodrigo, ao seu lugar-tenente Mathias de Cardoso e ao escrivão da Administração João da Maia, umas pedras verdes as quais disse serem esmeraldas que o Governador Fernão Dias Paes, seu pai, que Deus houve, havia mandado "tirar de uns cerros que antigamente tinham tirado os Azeredos em reinos dos patachós as quais ditas esmeraldas as fizesse presentes á Sua Alteza por duas vias para que no reino se viesse se tinham dureza e fineza e que entretanto vinha em resposta do dito senhor administrador mandasse tomar posse em nome de Sua Alteza dos ditos cerros adonde se tiraram as ditas plantas digo pedras para que nenhum pessoa pudesse ter direito nelas visto que ele dito have-las manifestado nesta administração para que o dito administrador desse conta a Sua Alteza de como ele dito as manifestava." (cf. Reg. Geral da Câmara de São Paulo, 3, 308). [p. 128]

Seguiu também um ról de indios fugidos para ser entregue ao thesoureiro Manuel Vieira e outro de indios requisitados. “Não se podem estar sem elles lá.” O ajudante só tinha licença para se demorar em S. Paulo 20 dias. Em carta, posterior a esta, de tres dias, pedia D. Rodrigo aos officiaes que mandassem as mulheres, de seus indios ao arraial. “Creio que assim estarão mais seguros.

Solicitava também milho e datava a missiva das “Plantas de Parahibipava”, ao passo que na primeira escrevera Parabipeva.

A 26 de junho de 1681, “nos mattos de Paraibipeva, e arraial de S. Pedro” fazia Garcia Rodrigues Paes nas pousadas do administrador geral publico manifesto relativo ás descobertas de seu recem fallecido pae (R. G. III, 307) Presente estava, a tão importante acto, Mathias Cardoso. Salvaguardando direitos sobre direitos obteve publico manifesto do Administrador Geral de que lhe confiara umas tantas pedras verdes “que o Governador seu Pae, que Deus houvesse, mandara tirar de uns cerros que antigamente tinham tirado os Azeredos em reinos dos Patachós as quaes ditas esmeraldas se manifestava em esta administração para que o dito administrador as fizesse presentes a Sua Alteza por duas vias para que no reino se visse e tinham a dureza e fineza e que entretanto que vinha resposta do dito senhor administrador mandasse tomar posse em nome de Sua Alteza os ditos cerros adonde se tiraram as ditas pedras para, que nenhuma pessoa descobrindo-as poudesse ter direito nellas visto elle dito havei-as manifestado nesta administração para que o dito administrador desse conta a Sua Alteza de como elle dito as manifestara e de como se manifestaram ditas pedras.” E mais (cf. P. Taques, Inform., 144) : “D. Rodrigo tomasse posse em nome de S. Alteza dos ditos Serros, prohibindo que pessoa a^ua fosse a elles; e ao mesmo tempo D. Rodrigo fez entrega da Feitoria do Arrayal [p. 197]
10. Parece-nos que Fernão Dias Paes não entrou em territó- rio hoje de Minas Geraes pela garganta do Embahú, como se deduzirá da approximação tentada por Derby
21 de outubro de 1681
11. Falecimento de Fernão Dias Paes Leme (data estimada)
4 de novembro de 1681
12. O espolio mineralógico de Fernão Dias, cuidadosamente "cosido" e lacrado em um saquinho, foi solenemente aberto pela câmara de S. Paulo
11 de dezembro de 1681

O espolio mineralógico de Fernão Dias, cuidadosamente "cosido" e lacrado em um saquinho, foi solenemente aberto pela câmara de S. Paulo em n de dezembro de 1681, e do auto que se lavrou nada constia além das suppostas esmeraldas. A expedição transitou por muitas léguas por terrenos que depois foram reconhecidos como ricamente auríferos, mas, com a preoccupação de prata e pedras preciosas, parece que não foi lembrado o expediente de levar na comitiva alguns faiscadores de ouro de lavagem, que nesta epoca não faltavam em S. Paulo. [131]

Viera este executar uma comissão especial com a qual nada tinha. Assim o deixasse a Camara em paz que não iria de modo algum. E não foi! “non segiu viaje”, que era mais amigo da integridade de sua rica pele do que do serviço real. A intimação relativa ás esmeraldas sonegadas surtiu efeito. Compareceram perante a Camara vários indivíduos “para manifestarem” as que possuíam. Exibiu Luiz Porrate Penedo três pedras pesando menos de 5 grammas; Diogo Bueno uma deste peso, Domingos Cardoso duas que declarou pertencerem ao thesoureiro Vieira, tão pequenas que mal pesavam gramma e meia. Supomos que a ausência do thesoureiro denuncia algumapressão sobre elle exercida pelos officiaes. Teria partido pa- ra a selva a cumprir com a sua obrigação? Provavelmente, mais que provavelmente, não! Com certe- za se retirara para o littoral. Mandou a Camara que os dfec’a- rantes conservassem as pedras até chegar ordem especial de Sua Alteza a tal respeito. Depois destes factos silenciam as Actas e o Registo Geralsobre as passadas de Dom Rodrigo de Castel Blanco em São Paulo. A onze de dezembro de 1681 se deu um acontecimento do maior vulto na vida paulistana. Exhibia Garcia Rodrigues Paes, á Camara, quarenta e sete pedras verdes, grandes e equenas, algumas delias transparentes pesando uma arratel e cinco oitavas (47Ógrs.930) ; um sacco de agulhas finas pesando 552grs.23Ó; outro de pedras meudas, e mais nove grandes imperfeitas com quasi kilo e meio, outro das meudas com quasi um kilo. Uma das peças principaes da colecção, vinha a ser certa “pedra seistavada, comprida, branca, de seis oitavas.” Explicava o moço bandeirante : Aceitassem Suas Mercês as esmeraldas que “apresentava e manifestava descubertas por seu pay, o governador Fernão Dias Pais, as quais lhe restarão das que tinha oferecido ao administrador geral dom Rodrigo [206]
13. D. Rodrigo procurou achando em seu lugar, no sumidouro, a tétrica figura da morte
dezembro de 1681
Registros mencionados (38)
01/02/1531 - Envio de Diogo Leite [22014]
03/03/1531 - Concedidas terras a Bras Cubas “que for da conquista de El-Rey nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba” [25971]
1580 - Cotia [26446]
1580 - Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias [6760]
01/12/1654 - Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados* [6604]
13/12/1665 - Surge o apelo de D Afonso VI para que Fernão Dias partisse em busca do Sabarabussu [20846]
28/11/1674 - Visconde de Barbacena rejubilava, agradecendo, por escrito, a Agostinho de Figueiredo a boa nova de que as minas de Paranaguá eram ferteis "e duas barretas de prata revelaram a sua fineza." [24199]
20/06/1680 - Escrevia a Camara de S. Paulo ás de Parnahyba, Mogy e Taubaté pedindo-lhes mandassem representantes, homens de bom -conselho e experiencia “para com acerto assentarem o mais util e conveniente para a função (sic) de Soberabussú” [24196]
07/09/1680 - D. Rodrigo enviou sete nativos para procurar a Serra do Jaraguá. Seria N.S. Monserrate do Itapevucu? [23191]
13/01/1681 - Rodrigo de Castelo Branco encarregou o padre frei João ("Julião", segundo Silva Lisboa) Rangel do descobrimento de umas minas de prata, que lhe constara haver em Itú [23192]
20/01/1681 - Queixava-se D. Rodrigo, amargamente, das dificuldades de sua recruta. Não obstante a pe- na formidável de dous mil reis, diários, por cabeça de indio sonegado, muitas expedições sertanistas se tinham organizado contemporaneamente e se organizavam empregando numerosos bugres. Assim requeria que a pena fosse elevada a seis mil reis [24177]
21/01/1681 - Nova queixa [24178]
27/01/1681 - Apresentou o hespanhol a lista dos seus servos [24179]
28/01/1681 - Np dia seguinte requeria D. Rodrigo que Suas Mercês não sahissem da villa antes de sua partida “estivesen os srs. officiaes da Camera autoalmente na villa para o que se offeresece aliás não assistindo não poderia conseguir sua viagen.” [24180]
05/02/1681 - Na sessão de 5 de fevereiro, lastimava-se D. Rodrigo que os jesuítas escondessem em suas aldeias diversos indios de Baruery [24181]
18/02/1681 - D. Rodrigo volta à Câmara pedindo que esta providencie os 120 índios necessários à sua jornada. Mostrando o regimento que lhe fôra dado por Sua Alteza Real e as ordens do Governador Geral do Estado do Brasil, requereu que os oficiais da Câmara reunissem indígenas necessários valendo-se para tal dos aldeamentos reais [23795]
28/02/1681 - O procurador o Conselho reconhece a necessidade da Câmara de agir de maneira mais eficaz, pois já se expedira várias ordens para as aldeias e vilas circunvizinhas reconduzirem os índios que estavam nas casas dos moradores, porém sem resultados práticos. Requer que os oficiais da Câmara saiam, com a maior presteza possível, percorrendo as aldeias e casas da vila e "levando Alsadas para que toda sorte tenha effeito a ditta deligencia" [23796]
01/03/1681 - A primeiro de março de 1681 reclamava D. Rodrigo novamente [24182]
02/03/1681 - Expediram os Oficiaes as ordens exigidas pelo administrador geral [24183]
12/03/1681 - Na sessão de 12 de março ficamos sabendo os resultados desta "tour de force" dos oficiais da Câmara: estes regressaram com 100 indígenas, dentre os quais D. Rodrigo selecionou 82 pois os restantes mostraram-se incapazes por serem velhos, coxos ou mancos [23797]
24/03/1681 - Sempre em hespanhol, passava D. Rodrigo um recibo ao capitão João Paes Rodrigues de um mulato por nome João Pinto Ferreira, de quem era depositário, por ordem do desembargador Rocha Pitta [24186]
27/03/1681 - Carta de Fernão Dias em que dá diversas informações a respeito da sua viagem, na exploração das minas [23560]
20/04/1681 - Fuga de 27 indios da expedição que lhe roubaram muito material e armamento.” [24187]
04/06/1681 - Carta de D. Rodrigo felicitando Fernão Dias pelos seus serviços no descobrimento das esmeraldas [23559]
05/06/1681 - A Camara de S. Paulo, numa precatória tratou do caso, abrindo então uma carta do fidalgo castelhano [24188]
10/06/1681 - Ordem expedida do Arraial de São Pedro, sertão de Parahibipeva [24189]
26/06/1681 - Primeira notícia do falecimento [23194]
01/09/1681 - Já defunto [24190]
03/09/1681 - Expedia Diogo Pinto do Rego, capitão maior e governador das Capitanias de São Vicente e São Paulo um bando a propósito da descoberta atribuída a Fernão Dias Paes [28438]
08/09/1681 - Já defunto [24172]
27/09/1681 - Registravam os officiaes um mandado do desembargador syndicante da Repartição do Sul dr. João da Rocha Pitta [24176]
17/10/1681 - Revelou este grave acontecimento: fugira-lhe o companheiro! fugira o Soldado Ambrosio de Araújo! [24192]
21/10/1681 - Parece-nos que Fernão Dias Paes não entrou em territó- rio hoje de Minas Geraes pela garganta do Embahú, como se deduzirá da approximação tentada por Derby [24168]
04/11/1681 - Falecimento de Fernão Dias Paes Leme (data estimada) [20848]
11/12/1681 - O espolio mineralógico de Fernão Dias, cuidadosamente "cosido" e lacrado em um saquinho, foi solenemente aberto pela câmara de S. Paulo [24174]
30/12/1681 - D. Rodrigo procurou achando em seu lugar, no sumidouro, a tétrica figura da morte* [20179]
1900 - Al Brasile / Dott. Alfonso Lomonaco [2237]
16/02/2023 - Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente? [28322]






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1929
Atualizado em 31/10/2025 14:00:14
Anais revista
•  Pessoas (1): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616)
•  Temas (1): Ouro
Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro Volume LI
Data: 1929
Revista da Semana. Página 39





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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXVII
1929. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (8): Araçoiaba da Serra/SP, Barueri/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (12) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Clemente Álvares (1569-1641), Francisco de Sousa (1540-1611), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Luiz Martins, Martim Lopes Lobo de Saldanha, Mem de Sá (1500-1572), Pedro Sardinha (1580-1615), Robério Dias (n.1600), Tomé de Sousa (1503-1579)
 Temas (13): Grunstein (pedra verde), Guerra de Extermínio, Jesuítas, Lagoa Dourada, Léguas, Ouro, Papagaios (vutu), Pelourinhos, Rio Anhemby / Tietê, São Filipe, Serra de Jaraguá, Vila de Santo André da Borda, Vutucavarú
Registros mencionados (2)
1. Expedição
24 de dezembro de 1560
2. Provisão de Francisco
1 de dezembro de 1598

Achando-se D. Francisco de Sousa no Rio de Janeiro, dirigiu-se para o planalto de Piratininga em fins de 1598. Foi a Araçoyaba acompanhado por Antonio Raposo Tavares, onde examinou as minas de pedras, e, em seguida fundou uma povoação no vale das furnas, a que deu o nome de São Felippe, em homenagem ao monarca que o nomeara. Ali fez levantar pelourinho, simbolizando o predicamento de Vila.

E para que não deixasse de ser satisfeita a cobiça do valido do magnata castelhano, dava-lhe Sardinha um dos dois fornos catalães com que explorara as riquezas avaramente guardadas no seio da terra.

De nada, entretanto, valera a avidez do senhor D. Francisco para o progresso dos trabalhos, e, já em 1629, estava extinta a exploração das minas, cujos preciosos minérios eram guardados, segundo a crendice nativa, por fabulosos duendes que povoavam a "lagoa dourada", assente no cume do Araçoyaba.
Registros mencionados (8)
07/09/1559 - Rainha regente D. Catarina comunicava ao governador Mem de Sá que enviara o mineiro para averiguar as notícias das minas de ouro. [20506]
24/12/1560 - Expedição [25894]
19/09/1591 - Guerra [27902]
01/12/1598 - Provisão de Francisco [26127]
16/12/1606 - Novo Regimento das Minas de São Paulo após o testemunho ocular de Clemente Alvares [20607]
01/10/1633 - Vereação [1175]
1711 - Ouro [25468]
21/01/1782 - João Baptista Victoriano escreveu uma Representação ao Governador Martim Lopes Lobo de Saldanha reclamando de um alferes que lhe estorvava a empresa do novo descoberto do Morro Ivutucavarú, na capitania de São Paulo [25415]






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“Os companheiros de D. Francisco de Souza”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
1929. Atualizado em 29/09/2025 23:46:26
Relacionamentos
 Cidades (8): Araçoiaba da Serra/SP, Cabo Frio/RJ, Paranaguá/PR, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, São Sebastião/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (33) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Agostinho de Sotomaior, Anthony Knivet (1560-1649), Antonio de Proença (1540-1605), Antonio Dias Adorno (1535-1583), Antonio Paes Sande (1622-1695), Cornélio de Arzão, Diogo "Arias" de Aguirre (1575-1639), Diogo de Quadros, Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Diogo Martins Cam, Felippe Guilhem (n.1487), Fernando de Camargo, o Tigre (1595-1679), Francisco Barreto (1520-1573), Francisco de Assis Carvalho Franco (13 anos), Francisco de Sá Proença (1572-1638), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gaspar de Souza, Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Jerônimo Leitão, João Coelho de Souza (f.1574), João de Matos da Silveira (1540-1597), João Pereira Botafogo (1540-1627), Jorge Correa, Manoel Soeiro, Marcos de Azevedo, Maria Castanho de Almeida (n.1534), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631), Sebastião de Freitas (1565-1644), Sebastião Fernandes Tourinho
 Temas (10): Capitania do Espirito Santo, Diamantes e esmeraldas, Dinheiro$, Engenho(s) de Ferro, Ipiranga, Monomotapa, Ouro, Prata, Rio São Francisco, Tamoios

Registros mencionados (6)
1. Gabriel
1574

Diogo Martins Cam era um sesmeiro do Irajá, que havia anteriormente penetrado no recesso baiano, a mando de d. Francisco de Sousa, na demanda inútil da Serra Resplandescente. Ora, sua incumbência se restringia a seguir a mesma rota de Antonio Dias de Adorno.

É sabido que esse sertanista, buscando a serra legendária, atalhara para a serra dos Aimorés, seguindo a diretriz do rio Caravelhas - e penetrara assim no denominado sertão das esmeraldas. Desse ponto, alongando-se pelo sertão a varando o território de Minas atual e parte do da Bahia, foi chegar doente junto a Jequiriçá, no próprio engenho de Gabriel Soares de Souza em 1574. [Os companheiros de D. Francisco de Souza, 1929. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953). Páginas 10 e 11]
2. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós
1 de novembro de 1585

Em 1585 Antonio de Proença fez parte da expedição chefiada por Jeronimo Leitão, a qual se dirigiu por via marítima á Paranaguá, donde regressou no ano seguinte com numerosa presa.
3. Manuel Juan de Morales foi enviado pelo governador à Capitania de São Vicente onde, juntamente com outros dois mineiros (um deles alemão, Wilhelm Glymmer), diz ter descoberto a serra de “Sirasoyaba
1595

Sebastião de Freitas veio com d. Francisco da Metrópole, tendo tomado parte na expedição de Gabriel Soares de Sousa (1591). Natural de Alagôa, da cidade de Silves, no Algarve, filho de Manuel Pires, passou, logo após o fracasso do senhor de engenho bahiano, para a Capitania de São Vicente, tendo se casado com d. Maria Pedroso, filha de Antonio Rodrigues de Alvarenga, tronco dos Alvarengas de São Vicente.

Exerceu os cargos de almotacel (1596-1598), juiz da Câmara (1600), vereador (1604-1609) e capitão da vila de São Paulo: a primeira vez por provisão de 22 de junho de 1606 e a segunda vez pela provisão datada de 12 de janeiro de 1609. Obteve várias dadas de chão, e uma sesmaria concedida pelo capitão-mór Pedro Vaz de Barros. Por alvará de 6 de junho de 1600, foi armado cavaleiro por d. Francisco de Sousa e nesse documento se faz referência aos serviços que prestara.

Assim, no ano de 1594, acompanhou ao capitão-mór Jorge Corrêa ao sertão - "desta Capitania a dar guerra ao inimigo, tendo vindo a esta vila de São Paulo a dar-lhe guerra e pô-la em cêrco. E no ano de 1595 acompanhou o capitão Manuel Soeiro ao sertão todo o tempo que lá andou e, no ano de 1596, acompanhou ao capitão João Pereira de Sousa ao sertão com sua pessoa e escravizados a uma guerra que para bem da dita Capitania foi dar; e, no ano de 1599 acompanhou ao capitão Diogo Gonçalves Laço, indo de socorro desta vila de São Paulo para o porto e vila de Santos a um rebate que houve de quatro velas inimigas que ali andavam e alí assistiu todo o tempo que o dito capitão esteve até se tornar para esta vila. E, outrossim, me acompanhou com suas armas e escravizados ao descobrimento das minas de ouro e prata e mais metais á serra de Biraçoiaba e ás mais partes por onde andei e, depois disto, me acompanhou até o porto e vila de Santos, indo eu de socorro por ter novas andarem na ilha de São Sebastião quatro velas inimigas..."

Sebastião de Freitas parece ter falecido depois da expedição de ataque ao Guairá (1628).
4. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza
novembro de 1599

Após a expedição de Itapucú, a que já nos referimos, Antonio Knivet regressou para a Europa em companhia de Salvador Corrêa de Sá, em agosto de 1601. De seu compatriota, Henrique Barraway, que o acompanhou em quase todas suas peregrinações, sabe-se que ficou em São Paulo, onde se casou com Francisca Alvares, filha de Marcos Fernandes, e dele procede o apelido de Baruel. Faleceu anos após, na vila de São Paulo.
5. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil
10 de junho de 1611

Das atas seguintes se verifica que a 12 de maio do mesmo ano d. Francisco ainda permanecia no sertão, em companhia de moradores de São Paulo e dos juízes Salvador Pires e Manuel Francisco e que a 5 de junho seguinte esses juízes já haviam regressado, não se falando de d. Francisco. A 12 de junho foi lavrado um termo em como d. Luis de Sousa se havia apresentado, com um codicilo e nomeação, que fizera d. Francisco de Sousa, e para o fim de assumir o governo das Capitanias do Sul.

Vê-se, pois, que, entre 5 e 12 de junho de 1611, d. Francisco de Sousa faleceu, afirmando Pedro Taques que foi a 11. Mas seu falecimento ter-se-ia dado na vila de São Paulo ou no sertão?
6. Carta de el-rei Filipe III, o Piedoso (1578-1621) ao governador geral do Brasil, Gaspar de Sousa
22 de fevereiro de 1613

De uns raros documentos, sabemos ainda que d. Francisco de Sousa não havia abandonado a sua miragem da Sabarabossú. Comprova-se com o que abaixo transcrevemos de essencial da carta de el-rei ao governador geral do Brasil, Gaspar de Sousa, datada de Lisboa, a 22 de fevereiro de 1613:

"Eu, el-rei, vos envio muito saudar. Marcos d´Azevedo me fez relação do descobrimento que fez das Esmeraldas, sendo disso encarregado por d. Francisco de Sousa, governador que foi das Capitanias do Rio de Janeiro, São Vicente e Espírito Santo, oferecendo quatro pedras que disse ter tirado das minas dela, nas quais mandei fazer e se achou serem esmeraldas finas... E me representou o dito Marcos d´Azevedo que para as ditas minas se poderem cultivar como convém fazendo-se a jornada á custa da minha fazenda, sendo para ela as esmeraldas, serão necessários mais de dez mil cruzados de despesa. E para a fazer algum particular com a minha ajuda e fazendo-lhe mercês para obrigar aos que quiserem ir em sua companhia e dando-lhe licença para que possam trazer as esmeraldas, pagando os quintos - não faltaria quem se obrigasse a faze-la com quatro mil cruzados para despesas e pela boa informação que tenho do dito Marcos de Azevedo e experiência que ele já tem da matéria, Hey por bem, etc." [p. 40]
Registros mencionados (20)
1567 - Francisco Barreto, que havia sido governador da Índia e ia á conquista de Monomotapa (1567) [573]
1569 - Partida para Monomotapa [23875]
1574 - Gabriel [26507]
10/08/1584 - Testamento [20381]
01/11/1585 - Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós [19962]
13/12/1590 - Pelo alvará de 13 de dezembro de 1590, tivera permissão para "prosseguir nos seus descobrimentos além do Rio de São Francisco, atendendo ao trabalho e despesas que tinha tido nesse negócio". Requeria concessões e privilégios afim de revelar á Coroa uns fabulosos tesouros de prata nos sertões bahianos [26485]
26/03/1591 - Alvará nomeando Agostinho de Sotomaior, castelhano, provedor das minas do Brasil, devendo acompanhar o governador dom Francisco de Sousa [10426]
27/03/1591 - Carta régia ordenando que as duas urcas em que deveriam vir para o Brasil o governador nomeado dom Francisco de Sousa e Gabriel Soares de Sousa regressassem carregadas de açúcares [10443]
05/11/1591 - Alvará de nomeação, para feitor das minas de ferro, João Corrêa [26484]
1595 - Manuel Juan de Morales foi enviado pelo governador à Capitania de São Vicente onde, juntamente com outros dois mineiros (um deles alemão, Wilhelm Glymmer), diz ter descoberto a serra de “Sirasoyaba [20377]
01/11/1599 - A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza* [20591]
06/06/1600 - Sebastião de Freitas, por alvará de 6 de junho de 1600, foi armado cavaleiro por d. Francisco de Sousa e nesse documento se faz referência aos serviços que prestara [20671]
14/08/1601 - Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, trazidos do Alto Peru [23816]
29/01/1611 - Petição que fez Clemente Alvarez [26487]
12/05/1611 - Epidemia que atingia a vila de São Paulo / D. Francisco está no Sertão [20645]
05/06/1611 - Retornam a São Paulo [950]
10/06/1611 - O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil [20084]
1613 - Cornélio Arzão teria introduzido o plantio de trigo em São Paulo com um moinho no Anhangabaú [21059]
22/02/1613 - Carta de el-rei Filipe III, o Piedoso (1578-1621) ao governador geral do Brasil, Gaspar de Sousa [981]
20/12/1627 - História do Brasil. Autor: Frei Vicente do Salvador (1564-1639) [12857]






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Efemerides Barão
•  Cidades (2): Santos/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Jerônimo Leitão, Nicolau Barreto, Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
•  Temas (2): Carijós/Guaranis, Ouro
Efemérides Brasileiras
Data: 1938
Créditos: José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco
Página 486





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1924
Atualizado em 31/10/2025 06:09:21
“História Geral das Bandeiras Paulistas, escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhois e portugueses”, Tomo I. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958)
•  Cidades (6): Apiaí/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Itanhaém/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (35): Afonso d´Escragnolle Taunay (48 anos), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Aleixo Leme (1564-1629), André de Escudeiro, André de Leão, Antônio de Añasco Melgarejo (n.1559), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Balthazar Fernandes (1577-1670), Belchior da Costa (1567-1625), Cacique Tayaobá (1546-1629), Clemente Álvares (1569-1641), Diogo de Quadros, Dom Sebastião, o Adormecido (1554-1578), Domingos Fernandes (1577-1652), Fernão Dias Paes Leme (1º) (1550-1605), Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Filipe II, “O Prudente” (1527-1598), Francisco de Sousa (1540-1611), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Jacques Oalte, João Bernal, João Fernandes Saavedra (f.1667), João Pedro Gay (1815-1891), Manuel João Branco (f.1641), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Nicolau Barreto, Orville Derby (1851-1915), Pandiá Calógeras (54 anos), Paschoal Leite da Silva Furtado (1570-1614), Rafael de Proença, Roque Barreto, Ruy Díaz Ortiz Melgarejo (1519-1602), Simão Leitão, Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
•  Temas (29): Aldeia de Los angeles, Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Apiassava das canoas, Bacaetava / Cahativa, Bituruna, vuturuna, Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Ciudad Real, Gentios, Gentios, Grunstein (pedra verde), Gualachos/Guañanas, Guayrá, Jesuítas, Lagoas, Léguas, Minas de Tambó, Missões/Reduções jesuíticas, Ouro, Pirapitinguí, Rio Huybay, Rio Iguassú, Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Pequeno, Rio São Francisco, Tordesilhas, Ybyrpuêra, Ytutinga
História geral das bandeiras paulistas
Data: 1924
Créditos: Afonso de E. Taunay
Página 40
    Registros relacionados
24 de abril de 1542, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:15
1°. Cabeza de Vaca foi deposto em 24 de abril e recambiado á Hespanha. Em seu lugar elegeram os rebeldes Irala que a contra gosto aceitou a investidura
Cabeza de Vaca foi deposto em 24 de abril e recambiado á Hespanha. Em seu lugar elegeram os rebeldes Irala que a contra gosto aceitou a investidura. [Página 40]
12 de julho de 1552, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:47:14
2°. Uma das primeiras notícias sobre a existência destas riquezas se deu através de uma carta do bispo Pedro Fernandes Sardinha ao rei
7 de setembro de 1559, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:08
3°. Rainha regente D. Catarina comunicava ao governador Mem de Sá que enviara o mineiro para averiguar as notícias das minas de ouro.
Alvorotou-se a metrópole. Mandou Mem de Sá a Braz Cubas, o fundador de Santos, e então provedor da Capitania de São Vicente, que sindicasse seriamente acerca destes achados, dando-lhe por companheiro, um mineiro prático, Luiz Martins, nomeado por alvará de 7 de setembro de 1559.
25 de abril de 1562, sexta-feira. Atualizado em 20/08/2025 06:12:13
4°. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578)
Em 1560 partia Braz Cubas levando Martins consigo e grande séquito, tudo a sua custa. Caminharam 300 léguas, voltando com amostra de minerais. Como tornasse "muito doente do campo" não pôde acompanhar Luiz Martins que, a 30 léguas de Santos, achou ouro excelente, tão bom como o da Costa Mina. Entende Basílio de Magalhães que a viagem deve ter ocorrido de fins de 1561 a princípios de 1562. Julga Calogeras que esta expedição tomou o rumo do sul, demandando terras provavelmente do vale da Ribeira pois se refere a Cahatyba que um documento de 1606 dizia estar a 25 léguas do Araçoyaba.

Que percurso terá feito Braz Cubas? Entendem os autores que se internou em terras hoje mineiras observando Calogeras que, se tal foi o seu rumo, quando muito chegou ao curso médio do rio das Velhas, contrariando pois uma hipótese de Francisco Lobo L. Pereira. Assim também pensa que as amostras minerais enviadas ao Rei tirou-as da região de Apiahy.

Segundo ele próprio declara enviou ao soberano "pedras verdes parecendo esmeraldas". Continua ser o roteiro de Braz Cubas até agora o mais hipotético. [p. 169 e 170]
20 de novembro de 1575, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:48
5°. D. Sebastião
A 20 de novembro de 1575, dignava-se D. Sebastião ocupar-se novamente com a sorte dos seus vassalos os nossos aborígenes. Condenava a abusiva prática universalmente seguida no Brasil e em virtude da qual não se pagava jornal por inteiro aos nativos que se empregavam por mais de um mês em serviços da lavoura, fóra do seu termo. Dai decorriam "muitos prejuizos de suas consciências e fazendas, porque sendo sua ausência grande se descasavam de suas mulheres, e embaraçaram-se com outras, perdendo a cristandade e fazendo e despovoando suas aldeias e povoações". Página 76]
20 de setembro de 1587, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:07:05
6°. Assinou, em sinal de cruz, pois era analfabeto, requerimento da Câmara sobre os índios tupiaes que procuravam a vila de livre e espontânea vontade
Ocorria ás vezes que espontaneamente vissem tribos inteiras procurar o contato dos brancos, quiçá levadas do espírito de curiosidade ou da simples e prodigiosa ingenuidade dos homens primitivos ante falazes promessas e perspectivas enganosas, quiçá convictas da impotência em resistir aos seus perseguidores e deles esperando melhor tratamento com o se sujeitarem dócil e pacificamente.

É o que se deduz do pitoresco incidente relatado pela ata de 20 de setembro de 1587. Narrou o procurador Afonso Dias aos seus colegas que os "nativos tupiães vinham chegando do sertão da capitania pelo caminho da paz e por sua vontade para povoar a terra". Como se soubesse que os outros os acompanhariam, decidiu-se que Antonio de Proença, então meirinho do sertão e ao mesmo tempo juiz ordinário da vila, os devia levar a Itanhaém, onde a mandado do capitão-mór seriam localizados.
10 de junho de 1588, sexta-feira. Atualizado em 27/10/2025 21:26:16
7°. Luis Grou velho seguiu na bandeira de cinquenta brancos, movida por seu pai e Antônio de Macedo contra o gentio revoltoso de Mogí
No conselho de guerra, realizado a 10 de junho de 1588 na capela de "São Jorge dos Esquetes" entre os procuradores das câmaras e o capitão mór da Capitania, para se tratar do magno assunto, decidiu-se a efetivação da expedição escravista pelo sertão, contanto que "o gentio ali adquirido por via lícita fosse repartido pelas vilas da capitania equitativamente".

Os nativos, complacentes ou resignados, que se deixassem intimidar e aos brancos acompanhassem seriam "postos com os moradores para eles os doutrinarem e lhes darem bom tratamento como o gentio e de ajudarem deles em seu serviço no que fosse lícito".

Quanto aos que não quisessem vir de paz "no que se assentasse em campanha, se faria", acrescentava num laconismo expressivo, "guardando sempre o serviço do Nosso Senhor e o bem e prol desta terra". Sempre as fórmulas resguardadores da compostura oficial, do respeito ás ordenações de S. Majestade...
1589. Atualizado em 25/02/2025 04:46:53
8°. A região limítrofe das colonias portuguesas vicentinas era então chamada Guayrá, do nome de um famoso cacique, e correspondia a este vasto território ocidental do nosso Estado do Paraná, a que servem de limites o Paranapanema, o Paraná e o Iguassú
A região limítrofe das colonias portuguesas vicentinas era então chamada Guayrá, do nome de um famoso cacique, e correspondia a este vasto território ocidental do nosso Estado do Paraná, a que servem de limites o Paranapanema, o Paraná e o Iguassú. Quando em 1589 sairam de Assunção os Padres Salone, Ortega e Filds, seguiram o vale do Iguatemy dirigindo-se a uma povoação de espanhóis situada á esquerda do Rio Paraná já com trinta anos de existência a que por vezes temos referido. Era ela Ciudad Real ou Ciudad de Guayrá, fundada em 1557 por R. Diaz Melgarejo.
24 de junho de 1589, sábado. Atualizado em 27/10/2025 14:46:41
9°. Chegaram a Ciudad Real de onde partiram para Vila Rica onde numerosos tinham pingues "encomiendas"
A região limítrofe das colonias portuguesas vicentinas era então chamada Guayrá, do nome de um famoso cacique, e correspondia a este vasto território ocidental do nosso Estado do Paraná, a que servem de limites o Paranapanema, o Paraná e o Iguassú. Quando em 1589 sairam de Assunção os Padres Salone, Ortega e Filds, seguiram o vale do Iguatemy dirigindo-se a uma povoação de espanhóis situada á esquerda do Rio Paraná já com trinta anos de existência a que por vezes temos referido. Era ela Ciudad Real ou Ciudad de Guayrá, fundada em 1557 por R. Diaz Melgarejo.

Para leste, a 60 léguas sobre o Ivahy, existia a segunda Vila Rica del Spiritu Santo também fundação de Ruy Dias Melgarego, em 1557, com o fim de conter os nativos. A 24 de junho de 1589, chegaram a Ciudad Real de onde partiram para Vila Rica onde numerosos tinham pingues "encomiendas".

Densa era então a população nativa do Paraguay, afirmam os autores jesuíticos. Mais de 200.000 nativos, metade dos quais talves habitava ás margens do Tibagy. Entre eles só havia 15.000 cristianizados.

A 8 de setembro de 1590, estavam de novo em Ciudad Real. O cabildo de Vila Rica pediu que até ali chegassem. Angariaram milhares e milhares de neófitos, pregavam entre os ferozes ibirayaras e afinal atingiram Vila Rica onde a pedido do cabildo, edificaram a igreja paroquial.

Alí também construíram igreja própria e colégio obtendo valiosas dádivas de patrimônio, dos principais colonos, comodo General Ruy Diaz de Gusman, do Mestre de Campo, D. Antonio de Añasco, da nativa principal D. Maria Boypitan, filha do maior cacique do rio Ivahy, etc. Em dois anos acabaram o colégio e uma igreja de três naves. Em Vila Rica mantiveram alguns anos esta residência com grande aplauso dos governadores, entre eles, Hernandarias de Saavedra.

Eram porém escassíssimas as forças da missão que operava no Paraguay e Tucuman, mau grado os extraordinários esforços dos missionários. Saloni, Ortega e Filds, dentro em breve, eram senhores da língua Guarany dedicando-se ainda Ortega ao estudo do ibirayara "idioma de una nacion muy numerosa y valiente", dizia o Padre Barzana ao seu Provincial, em carta de 8 de setembro de 1594.

O Cônego João Pedro Gay autor de uma "História da República jesuítica do Paraguay" prolixa serzidura das obras de diversos autores ignacinos e em que diz também aproveitado um velho manuscrito guarany, datado de São Borja, e de 1737 assinado por Jayme Bonenti, Gay dizíamos, que compendiou Charlevoix, Techo, Montoya, Lozano, traz muitos pormenores sobre esses primeiros tempos do Guayrá (p. 245 et pass de sua obra).

Assim nos conta que Guayrá, o tal cacique mór tinha tuxauas amigos que governavam doze grandes povos ao longo do Paranapanema e do Paraná, cujos nomes cita. A parte oriental do Guayrá ele a dá como populosíssima especialmente no Hubay ou Ivahy onde aponta sete grande povos.

Refere-se aos habitantes da província de Tayaoba, guerreiros e indomáveis, vizinhos dos Cabelludos, também belicosa gente do vale do Iguassú. Ao sul estavam os ibirayáras. [p. 323, 324 e 325]
8 de setembro de 1590, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:46:58
10°. Estavam de novo em Ciudad Real
A 8 de setembro de 1590, estavam de novo em Ciudad Real. O cabildo de Vila Rica pediu que até ali chegassem. Angariaram milhares e milhares de neófitos, pregavam entre os ferozes ibirayaras e afinal atingiram Vila Rica onde a pedido do cabildo, edificaram a igreja paroquial.

Alí também construíram igreja própria e colégio obtendo valiosas dádivas de patrimônio, dos principais colonos, como do General Ruy Diaz de Gusman, do Mestre de Campo, D. Antonio de Añasco, da nativa principal D. Maria Boypitan, filha do maior cacique do rio Ivahy, etc. Em dois anos acabaram o colégio e uma igreja de três naves. Em Vila Rica mantiveram alguns anos esta residência com grande aplauso dos governadores, entre eles, Hernandarias de Saavedra.

Eram porém escassíssimas as forças da missão que operava no Paraguay e Tucuman, mau grado os extraordinários esforços dos missionários. Saloni, Ortega e Filds, dentro em breve, eram senhores da língua Guarany dedicando-se ainda Ortega ao estudo do ibirayara "idioma de una nacion muy numerosa y valiente", dizia o Padre Barzana ao seu Provincial, em carta de 8 de setembro de 1594.
8 de setembro de 1594, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:58
11°. Padre Barzana ao seu Provincial
Eram porém escassíssimas as forças da missão que operava no Paraguay e Tucuman, mau grado os extraordinários esforços dos missionários. Saloni, Ortega e Filds, dentro em breve, eram senhores da língua Guarany dedicando-se ainda Ortega ao estudo do ibirayara "idioma de una nacion muy numerosa y valiente", dizia o Padre Barzana ao seu Provincial, em carta de 8 de setembro de 1594.

O Cônego João Pedro Gay autor de uma "História da República jesuítica do Paraguay" prolixa serzidura das obras de diversos autores ignacinos e em que diz também aproveitado um velho manuscrito guarany, datado de São Borja, e de 1737 assinado por Jayme Bonenti, Gay dizíamos, que compendiou Charlevoix, Techo, Montoya, Lozano, traz muitos pormenores sobre esses primeiros tempos do Guayrá (p. 245 et pass de sua obra).

Assim nos conta que Guayrá, o tal cacique mór tinha tuxauas amigos que governavam doze grandes povos ao longo do Paranapanema e do Paraná, cujos nomes cita. A parte oriental do Guayrá ele a dá como populosíssima especialmente no Hubay ou Ivahy onde aponta sete grande povos. Refere-se aos habitantes da província de Tayaoba, guerreiros e indomáveis, vizinhos dos Cabelludos, também belicosa gente do vale do Iguassú. Ao sul estavam os ibirayára
26 de julho de 1596, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:48
12°. Rei Prudente
A 26 de julho de 1596 promulgava o rei Prudente um alvará e regimento sobre a liberdade dos selvagens, interpretativo da carta régia. Visava sobretudo fazer com que o gentio descesse do sertão para as partes vizinhas da povoação dos europeus afim de com eles comunicarem havendo entre uns e outros boa correspondência para viverem em quietação e conformidade.

Do descimento dos nativos foram os jesuítas encarregados, assim como do mister de os domesticar, ensinar e encaminhar, no que lhes convinha nas coisas de sua salvação e vida em comum com os moradores.

Assim por todos os bons meios procurariam ensinar-lhes a conveniência de morarem e comerciar com os moradores. Tentassem convence-los de que eram livres, por ordem d´El Rei; vivendo em povoado tão livres como em sua terra e senhores de sua fazenda.

E nenhum branco fosse ás aldeias sem licença dos religiosos nem tivesse gentios de modo a assustar aos nativos fazendo-lhes crer que todas as promessas de garantia eram falsas. Ninguém pudesse ainda por mais de dois meses servir-se do trabalho dos nativos sendo defeso dar-lhes paga adiantada.

Exigir-se-ia imediata retribuição quando findasse o serviço indo então os nativos "em sua liberdade". Nenhum religioso "desse" gentio a particulares nem se servisse dele por mais tempo que o prazo regimental. Seria nomeado um juiz particular português para conhecer das cousas do gentio com os moradores e vice-versa, com alçada até dez cruzados, e trinta dias de prisão e açoites. Elegessem os religiosos procuradores do gentio, pelo espaço de três anos, podendo ser reconduzidos. Seriam os lugares lavradios apontados pelos governadores. Devia o Ouvidor Geral, uma vez por ano, devassar dos que cativavam gentios contra sua vontade.
16 de outubro de 1599, sábado. Atualizado em 24/10/2025 04:14:53
13°. Provavelmente para se prestigiarem aos olhos de uma população hostil á sua ação, e mesmo á sua presença, fizeram os ignacianos solene e contemporaneamente, a 16 de outubro de 1599, averbar no registro geral da câmara piratiningana, a carta régia de D. Sebastião que definia privilégios e regalias dos padres da Companhia nos reinos e senhorios de Portugal, especialmente ao Brasil e escrita em Evora a 5 de março de 1570.
Provavelmente para se prestigiarem aos olhos de uma população hostil á sua ação, e mesmo á sua presença, fizeram os ignacianos solene e contemporaneamente, a 16 de outubro de 1599, averbar no registro geral da câmara piratiningana, a carta régia de D. Sebastião que definia privilégios e regalias dos padres da Companhia nos reinos e senhorios de Portugal, especialmente ao Brasil e escrita em Evora a 5 de março de 1570. [Página 77]
13 de julho de 1601, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:58
14°. Domingos Affonso, procurador do conselho, quem aos collegas transmittia as queixas do "povo todo" furioso por causa da renovação de posturas antigas pelo facto de irem a Mogy, a um aldeiamento de indios, "homens conhecidos que desobedeciam as leis"
Abril de 1602. Atualizado em 25/02/2025 04:42:45
15°. Em fins de abril de 1602 estava André de Leão de novo em São Paulo*
3 de setembro de 1602, sexta-feira. Atualizado em 30/08/2025 23:55:10
16°. Partida
8 de setembro de 1602, domingo. Atualizado em 23/10/2025 15:41:03
17°. Liderada pelo “mameluco” Belchior Dias Carneiro, bandeira de Nicolau Barreto partiu sabendo da existência de ouro em “Sabarabúçú”
13 de janeiro de 1606, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 12:00:28
18°. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza
1 de dezembro de 1607, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:40:00
19°. Os oficiais da Câmara Municipal da vila de São Paulo dizem ter recebido a notícia de que "Belchior Rodrigues, de Birapoeira, com forja de ferreiro, queria ir para "Piassava das Conoas", onde desembacarvam carijós e que era um prejuízo para esta vila"
A 1 de dezembro de 1607, verberava-se em Câmara a atitude de Belchior Rodrigues, ferreiro instalado em Ibirapuera, com forja. Anunciava querer estabelecer-se na piassava das canoas, onde desembarcavam os carijós vindo a São Paulo em busca de terra, porquanto poderiam levar ferro.
31 de outubro de 1610, domingo. Atualizado em 28/10/2025 13:27:33
20°. Clemente Alvares está no sertão com sua tenda de ferreiro
Nas "Actas" e "Registro Geral da Camra de São Paulo" diversas entradas se mencionam de 1610 em diante sem que contudo seja possível localiza-las tal a deficiência de indicações a elas referentes.

É o que em 1610 se dá com Clemente Alvares e Christovam de Aguiar, que penetram no sertão dos Carijós pelo porto de Pirapitinguy, João Pereira que visita a região dos misteriosos biobebas os quais Ellis aventa serem os mesmos "pés largos" de tantos inventários.

Assinala Ellis os enganos referentes á entrada de Pedro Vaz de Barros agora retificados com a documentação espanhola que revelamos em artigos do "Correio Paulistano", preparatório da presente obra e a que generosamente alude ajuntando ali que na documentação arquival paulista nada encontrou sobre esta memorável expedição.
25 de agosto de 1611, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:38:59
21°. Caciques aliciando índios
Antonio Ruiz de Montoya relata em sua Conquista Espiritual uma série de cenas de superstição idolatra e de casos em que vê a mais flagrante intervenção diabólica, outros em que historia cenas comuns da catequese, no primeiro contato dos padres com os selvagens. Narra o martírio de neófitos, explica as razões que o levaram a afirmar a presença de Santo Thomé Apóstolo no Guayrá, e a luta que tiveram os loyolistas com os pagés, a quem sempre chama feiticeiros.

Já possuíam os jesuítas cinco reduções quando Montoya se aventurou a penetrar nas terras de Tayaoba, poderoso e prestigiosíssimo cacique, inimigo mortal dos espanhóis. Estes o haviam atraído a Vila Rica, posto a ferros e a mais três companheiros, declarando que só lhes restituiriam a liberdade se viessem muitos nativos de sua tribo entregar-se como escravizados. Preferiram os quatro nativos deixar-se morrer no cárcere onde sofreram pavorosos tratos. Três vieram a acabar de fome enquanto Tayaoba conseguia fugir. Tomado do mais justo rancor, convertera-se num inimigo furibundo dos espanhóis, distinguindo-se contra eles em diversas ações de guerra, a ponto de lhe valerem estas façanhas o apelido de Guassú, entre os nativos do Guayrá.
28 de outubro de 1611, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 21:06:25
22°. Provisão datada do Rio de Janeiro
11 de dezembro de 1611, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:36:24
23°. Balthazar Gonçalves declara que pretende ir às minas de Caativa com “o mineiro alemão Oalte ou Bettimk”. Ainda em 1611 Gerrit Bettinck autorizou a venda da herança de seus pais em Doesburg
A 11 de dezembro de 1611, declarava-se a Câmara impotente para impedir o movimento entradista. Muito gente de São Paulo, "vizinhos e moradores, brancos e negros iam ao sertão". Assim, para diminuir as responsabilidades pedia ao capitão-mór loco-tenente Gaspar Conqueiro que lhe viesse dar força. Compareceu o capitão-mór á sessão, combinando-se convidar a explicações Balthazar Gonçalves, o inveterado escravista que passava por ser um dos "leaders" das entradas. Respondeu este á intimação e negou que preparasse jornada ao sertão. Pretendia, apenas, ir á minas de Caativa, com o mineiro alemão Oalte ou Bettimk por ordem do provedor Quadros. E assim se desculpou. Esta ocasião aproveitou-a a Câmara para fazer saber a Conqueiro que atras dos índios carijós que o governador d. Luiz de Sousa mandara ao sertão iam muitos brancos e escravos. A tanto puzesse Sua Mercê cobro. Respondeu-lhe o capitão "assim o faria". Assim o faria, não duvidou afirmal-o para que dos livros constasse tão petulante resposta.
Agosto de 1612. Atualizado em 24/10/2025 04:34:17
24°. Bartolomeu de Torales escreve ao Governador Diogo Marin Negron que Sebastian Preto, português de S. Paulo levou cinco caciques com muitos índios para a dita vila de S. Paulo*
Tayaoba, poderoso e prestigiosíssimo cacique, inimigo mortal dos espanhóis. Estes o haviam atraído a Vila Rica, posto a ferros e a mais três companheiros, declarando que só lhes restituiriam a liberdade se viessem muitos nativos de sua tribo entregar-se como escravizados. Preferiram os quatro nativos deixar-se morrer no cárcere onde sofreram pavorosos tratos. Três vieram a acabar de fome enquanto Tayaoba conseguia fugir. Tomado do mais justo rancor, convertera-se num inimigo furibundo dos espanhóis, distinguindo-se contra eles em diversas ações de guerra, a ponto de lhe valerem estas façanhas o apelido de Guassú, entre os nativos do Guayrá.
23 de setembro de 1619, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:22:52
25°. André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas
1 de dezembro de 1607, verberava-se em Câmara a atitude de Belchior Rodrigues, ferreiro instalado em Ibirapuera, com forja. Anunciava querer estabelecer-se na piassava das canoas, onde desembarcavam os carijós vindo a São Paulo em busca de terra, porquanto poderiam levar ferro. [Página 255]
1 de abril de 1641, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:39:52
26°. Aclamação de Amador Bueno
Tornou-se personagem importante do Brasil Colonial ao ser aclamado rei de São Paulo em 1641 pela população pró-castelhana como reação ao fim da união dinástica entre Portugal e Espanha. Amador Bueno prontamente recusou a aclamação dando vivas ao rei D. João IV de Portugal.
19 de maio de 1641, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:34:36
27°. Fechamento do caminho do mar
No dia seguinte se deu o comício. Estavam oficiais reunidos na casa do juiz João Fernandes de Saavedra, quando a eles vieram, em atitude violenta, os homens bons da terra.

"Veio a ela todo o povo e com grandes clamores, e requerimentos disseram uma e muitas vezes, em voz alta, que com os Reverendos padres da companhia não queriam consertos alguns e todos os que a dita câmara e homens atrás tinham tratado e assentado de fazer reclamavam e por nenhum via queria estar por eles porque confiam na clemência de sua real majestade e em sua santidade e no senhor marques vizo Rey que os havia de ouvir de sua justiça e admitidos a sua razões pois as tinham bastantes e causas muito legítimas para não aceitarem nem receberem os ditos padres pelo que requeriam ao dito juiz e mais oficiais da Câmara viessem a casa do conselho logo e desfizessem os termos que estavam feitos sobre a matéria dos consertos e quando o que não quisesse fazer lhes tirariam a vara pois ele era feito pelo dito povo o qual pegando no dito juiz e mais oficiais da câmara os trouxeram em sua companhia a esta dita casa do conselho aonde mandaram se riscasse o termo atraz e rompessem os mais papéis que sobre a matéria estivesse feito e visto os clamores e requerimentos dos dito povo prometeram os ditos oficiais de se não proceder em coisa alguma nem darem a enxecuçam nada sem se lhe dar vista o que os ditos oficiais assim fizeram por verem a deliberação de todo este povo se fez este auto em que todos assinaram Manoel Coelho escrivão da Câmara o escrevi".

Era o furor do povo extremo. Assumia ele toda a responsabilidade do ato desculpando os seus edis. Assim proibiu a remessa de mantimentos ao Rio de Janeiro, mandou trancar o caminho do mar, nele por guardas no Rio Pequeno, intimou aos moageiros que não moessem para Santos, instituiu passaportes para quem quisesse ir ao litoral e determinou que se pedissem providências idênticas ás câmaras de Parnayba e Mogy das Cruzes. Parece-nos que estas medidas visavam sobretudo a pessoa de Salvador Correia de Sá, pois o governador fluminense tomara partido, decisivamente, em pról dos ignacinos.
1690. Atualizado em 28/10/2025 08:48:36
28°. “South America America Meridionale”, Vincenzo Maria Coronelli
“E quanta coisa mais fantasiosa neste mapa de Vicenzo Coronelli! No centro do Estado do Paraná coloca um grande lago de onde sae o rio Laribagiha (...)” (“História Geral das Bandeiras Paulistas”, 1924. Afonso Taunay. Página 241)
1692. Atualizado em 30/10/2025 16:01:37
29°. Mapa “America Meridionale”, Vincenzo Maria Coronelli





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Registro Geral da Câmara Municipal de São Paulo, 1583-1636
1917. Atualizado em 24/10/2025 02:36:56
Relacionamentos
 Cidades (7): Araçoiaba da Serra/SP, Guarulhos/SP, Itu/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (11) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), André de Leão, Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Maria de Madureira, Estevão Ribeiro Bayão Parente, Francisco Barreto de Meneses (1616-1688), Francisco de Sousa (1540-1611), Nicolau Barreto, Pedro Cubas (1538-1628), Rodrigo de Castelo Branco, Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688)
 Temas (1): Prata
Registros mencionados (2)
1. A 10 de agosto escrevia novamente a Câmara de São Paulo ás de Parnahyba, Ytú, Sorocaba e Jundiahy, pedindo-lhes instantemente que fizessem a apreensão de todos os nativos existentes em seus respectivos termos e fugidos das aldeias paulistanas
10 de agosto de 1680

Registro de uma das cartas precatórias que os oficiais da Câmara desta vila de São Paulo escreveram á vila de Pernaíba, Utú, Sorocaba e Jundiaí, todas deste teor

Nós os oficiais da Câmara que servimos este presente ano por Sua Alteza que Deus guarde os abaixo assinado, por nos ser requerido pelo administrador geral Dom Rodrigo de Castello Branco que determinava por em execução a ordem de Sua Alteza no conseguimento da jornada para Sabarabuçú para o que era necessário conduzir os nativos que estavam espalhados fora de suas aldeias para haver os que necessário forem para cumprimento das ordens do dito senhor porque nós assentamos ir tomar posse das aldeias desta vila no primeiro dia de setembro por termos notícia certa que os moradores dessa vila muitos deles tem nativos em suas casas pedimos a vossas mercês em nome de Sua Alteza os tirem de onde quer que estiverem com as penas que a vossas mercês parecer para que no sobredito dia assinalado, nos sejam entregues e por ordem de vossas mercês dadas por rol e assim o requeremos a vossas mercês por serviço de Sua Alteza que Deus guarde que sem isso se não poderá conseguir o descobrimento da prata e desta diligencia e das mais tocantes a este descobrimento da prata determinada dar conta a Sua Alteza para que assim lhe seja notório o zelo com que havemos e portanto esperamos obrem vossas mercês no ajuntar dos nativos com particular cuidado por que melhor se dê inteiro cumprimento ao sobredito que o mesmo faremos nós no que vossas mercês nos requerem e deprecarem dado em Câmara.
2. Busca
19 de agosto de 1680
Registros mencionados (5)
10/09/1601 - Afonso Sardinha e seu filho Pedro fazem parte do regimento dado ao administrados das minas para que descobrisse as minas [20196]
02/02/1661 - Documento [1358]
05/02/1661 - Registro da provisão que o general Salvador Corrêa de Sá passou ao capitão Antonio Lopes de Medeiros de capitão da aldeia de Nossa Senhora da Conceição dos Goarulhos [25638]
10/08/1680 - A 10 de agosto escrevia novamente a Câmara de São Paulo ás de Parnahyba, Ytú, Sorocaba e Jundiahy, pedindo-lhes instantemente que fizessem a apreensão de todos os nativos existentes em seus respectivos termos e fugidos das aldeias paulistanas [25209]
19/08/1680 - Busca [27878]






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Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas
1915. Atualizado em 30/10/2025 23:17:51
Relacionamentos
 Cidades (16): Araçoiaba da Serra/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Ibiúna/SP, Iguape/SP, Itanhaém/SP, Itu/SP, Juquiá/SP, Mogi das Cruzes/SP, Paracatu/MG, Paranaguá/PR, Porto Feliz/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP
 Pessoas (43) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Agostinho Barbalho Bezerra, Anthony Knivet (1560-1649), Antonio de Lemos Conde, Brás Cubas (1507-1592), Clemente Álvares (1569-1641), Cristóvão de Barros, Diogo de Unhate (1535-1617), Diogo Domingues de Faria (1618-1690), Diogo Pereira Lima, Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Fernão Paes de Barros (n.1632), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel de Lara (f.1694), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Heliodoro Eobanos Pereira (n.1588), Inácio de Siqueira, Jaime Comas (Jayme Commere), Jerônimo Leitão, João Capistrano Honório de Abreu (62 anos), João Coelho de Souza (f.1574), João de Barros de Abreu (n.1560), João IV, o Restaurador (1604-1656), John Whithal (João Leitão), José da Silva Ferrão, José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753-1830), Leonardo Nunes, Luís Gonzaga da Silva Leme (63 anos), Martim Correia de Sá (1575-1632), Mem de Sá (1500-1572), Orville Derby (64 anos), Pandiá Calógeras (45 anos), Pedro de Sousa Pereira (1643-1687), Pedro de Souza Pereira "o velho" (1610-1673), Pedro Sarmiento de Gamboa (1532-1592), Rodrigo de Castelo Branco, Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631), Salvador Jorge Velho (1643-1705), Teodoro Fernandes Sampaio (60 anos), Thomas Cavendish (1560-1592), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
 Temas (39): “o Rio Grande”, Caminho de Piratininga, Caminho de São Roque-Sorocaba, Caminho do Peabiru, Curiosidades, Ermidas, capelas e igrejas, Geografia e Mapas, Grunstein (pedra verde), Guerra de Extermínio, Itapeva (Serra de São Francisco), Leis, decretos e emendas, M. Itapucú, Minas de Itaimbé, Minas do Geraldo, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Nheengatu, Ouro, Paranaitú, Peru, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio das Velhas, Rio Itapocú, Rio Jaguari, Rio Jequitinhonha, Rio Mogy, Rio São Francisco, Rio Sapucaí, Rio Sorocaba, Rio Verde, Rio Waivaicari, Vaivary, Verde, Sarapuy / Sapucay, Serra da Mantiqueira, Serra de Araçoiaba, Serra de Jaraguá, Tamoios, Temiminós, União Ibérica, Ytutinga
Registros mencionados (13)
1. Carta escrita por Felipe de Guillen, provedor da fazenda da Capitania de Porto Seguro, ao Rei D. João III
julho de 1550

De uma carta de Felippe Guilhem, vê-se que a serra resplandescente, suposta serra do ouro ficava a oeste de Porto Seguro, ao lado ocidental de um grande rio, junto dele. Esse veio de água era o rio Grande (Jequitinhonha), o qual, no regimento dado a Thomé de Sousa, foi designado sob o nome de Peraçú.
2. A Câmara da vila de São Paulo dirige uma representação ao capitão-mor Jerônimo Leitão
1 de setembro de 1585

É incontestável que este bandeirante (Jerônimo Leitão), na leva para aquele fim aparelhada a 1o. de setembro de 1585, chegou até Paranaguá.
3. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós
1 de novembro de 1585

É incontestável que este bandeirante (Jerônimo Leitão), na leva para aquele fim aparelhada a 1°. de setembro de 1585, chegou até Paranaguá. Azevedo Marques e Romário Martins, quase acordemente, afirmam que foram indivíduos da mencionada bandeira de Jerônimo Leitão os primeiros que ali obtiveram sesmarias a partir de 1609 ou 1610. De fato, constam de documentos as concedidas a moradores de São Paulo, João de Abreu e Diogo de Unhate, datado de 1 de junho de 1614 a que este obteve.
4. Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil
9 de junho de 1591

A nova destes descobrimentos compeliu a metrópole a ordenar a d. Francisco de Sousa, que desde 9 de junho de 1591 era governador geral do Brasil, viesse pessoalmente examinar o que havia de certo em tais achados, cuja notícia fora levada a côrte. [Páginas 75 e 76]
5. Francisco de Proença acompanhou Diogo Martins Cão numa entrada para a descoberta de Sabaraboçu
1596

“Dessas expedições são mais conhecidas as dirigidas por Martins Cão, do apelido "O Magnata" ou "Mata-Neros", e a do malogrado escritor Gabriel Soares de Souza”.
6. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza
novembro de 1599

Pelas narrativas de Knivet se confirma que d. Francisco de Sousa pouco se demorou em S. Vicente. quando veio ao sul, em 1599, a promover a exploração das minas. Em novembro desse ano, quando Salvador Correira chega a Santos, a chamado do governador geral, levando-lhe auxilio de gente e munições para as entradas ao sertão, já o ativo governador estava a muita léguas no interior, distante de S. Paulo, na serra de Araçoiaba, cuja fama, como vimos, a fazia conhecida como montanha de todos os metais.

D. Francisco não se demorou em fazer seguir uma expedição á serra da Mantiqueira, que Anthony Knivet designa como "um sítio chamado Itapusik" e que evidentemente é como uma erronia de Itapucú, que ele, em outra parte da narrativa, assinala como Itapuca, querendo dizer monte de pedras compridas, trecho da Mantiqueira que é hoje o Pucú ou Pedra do Pecú, por onde, dois anos antes, passara a malograda expedição de Martim de Sá, em perseguição dos tamoyos. Anthony Knivet, que já estivera no lugar, teve ordem de seguir na expedição, a qual mui provavelmente se meteu a caminho de novembro e dezembro de 1599.

Knivet não a descreve com as minúcias com que trata de tantas outras em que antes tomara parte; resume-lhe os fatos e muito pouca coisa; diz que se acharam em Itapucú minas não vulgares, e, por prova, trouxeram de lá uma porção de terra aurífera e algumas pepitas de ouro, encontradas em terreno de aluvião, com o que muito se alegrou o governador comunicando o fato para o reino e pedindo permissão para examinar si essas minas eram ou não lavráveis.

Restituído a Salvador Correia, que tornara ao Rio sem aguardar os resultados da expedição de Itapucú, voltou o prisioneiro inglês aos seus misteres antigos, na lavoura da cana. Perece, porém, que pouco tempo se demorou no engenho de açúcar de seu amo, porque foi por este mandado para as bandas da serra dos Órgãos, que o narrador chama Orgelen, talvez acompanhando a Martim de Sá na sua expedição contra os tomiminós do baixo Parahyba. [Páginas 387 e 388] [1]
7. Em uma carta régia fica explícito que estas minas eram as míticas jazidas de prata
16 de dezembro de 1667
8. Jorge Soares de Macedo chegou ao Rio de Janeiro
novembro de 1678

As novas referentes a descobrimentos de ouro em Paranaguá e ás esmeraldas de Sabarabuçú, e, mais do que tudo isso , as diversas bandeiras paulistas realizadas de 1672 a 1675, compeliram o soberano a transferir do norte para igual posto na Repartição do Sul ao fidalgo espanhol, que, com o seu imediato e cunhado Jorge Soares de Macedo, com o mineiro Coutinho e mais pessoal da administração, chegou ao Rio de Janeiro em Novembro de 1678.
9. Tendo o paulista Diogo Pereira Lima dado a manifesto, por essa época, um ribeiro de ouro de lavagem em Paranaguá, d. Rodrigo proibiu a idade de qualquer pessoa ao dito córrego, enviando o descobrir a outras explorações
3 de outubro de 1679
10. D. Rodrigo publica regimento de instruções para os provedores das minas de Iguape e Cananéa, São Paulo, Paranaguá e Curitiba
27 de abril de 1680
11. D. Rodrigo chega na vila de São Paulo
2 de julho de 1680
12. Rodrigo de Castelo Branco encarregou o padre frei João ("Julião", segundo Silva Lisboa) Rangel do descobrimento de umas minas de prata, que lhe constara haver em Itú
13 de janeiro de 1681

Ainda administrador geral, a 13 de janeiro de 1681, encarregou ao padre frei João ("Julião", segundo Silva Lisboa) Rangel do descobrimento de umas minas de prata, que lhe constava haver em Itú/SP, prometendo ao revelador de tais riquezas, além de mercês honorificas, o alto prêmio de 2.000 cruzados, que o fidalgo daria do seu próprio bolso. Se esta expedição se realizou, foi igualmente inútil. [Página 91]
13. “Memórias históricas do Rio de Janeiro e das provincias annexas à jurisdição do Vice-Rei do Estado do Brasil”. José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753-1830)
1820

Como Pizarro, em suas "Memórias Históricas do Rio de Janeiro", assevera que já antes de 1578 se exploravam as jazidas auríferas de Paranaguá, e Veira dos Santos assegura, em suas "Memórias históricas de Paranaguá", que já em 1578 ou 1580 era enviado ao rei de Portugal o produto daquelas lavras, isso nos induz a crer que semelhante descobrimento tenha sido feito pela jornada de Heliodoro Eobanos, o qual penetrasse ali seguindo em parte o "caminho de São Thomé" (Peabirú ou Piabiyú dos carijós), já percorrido antes pelo padre Lourenço Nunes (Abaré-bebê, o "padre voador") e pelo mártir Pedro Correia, vitimado por aqueles selvícolas em 1554.
Registros mencionados (41)
20/07/1550 - Carta escrita por Felipe de Guillen, provedor da fazenda da Capitania de Porto Seguro, ao Rei D. João III* [24146]
01/06/1560 - Partida da expedição de Bras Cubas* [19975]
1567 - Francisco Barreto, que havia sido governador da Índia e ia á conquista de Monomotapa (1567) [573]
11/02/1584 - Pedro Sarmiento de Gamboa funda a Ciudad Real de Felipe [26980]
01/09/1585 - A Câmara da vila de São Paulo dirige uma representação ao capitão-mor Jerônimo Leitão [11822]
01/11/1585 - Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós [19962]
09/06/1591 - Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil [13717]
25/12/1591 - A vila de Santos é assaltada e “nela encontrou ouro que os Índios trouxeram de um lugar chamado por eles Mutinga” [22524]
1596 - Francisco de Proença acompanhou Diogo Martins Cão numa entrada para a descoberta de Sabaraboçu [20757]
13/05/1598 - Diogo Gonçalves Laço chega á São Paulo [20091]
01/11/1599 - A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza* [20591]
14/07/1601 - Dom Francisco mudou o pelourinho, enviou moradores mas somente os "Sardinha" tinha autorização de entrar nas minas de "Obiracoyava" [9119]
14/07/1601 - Francisco Rodrigues recebeu de D. Francisco de Souza uma sesmaria de uma légua em quadra, rio Sarapui abaixo, além do morro do Araçoiaba, desde a tapera de “Ibapoara”, topônimo desconhecido [17560]
1606 - D. Francisco voltou a Portugal, e, depois, a Valladolid, para onde havia se transferido a corte de Felipe III [20514]
07/03/1608 - Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi [24117]
1609 - Segundo os documentos históricos, o seu primeiro povoador foi Diogo de Unhate, morador em Santos, que obteve de Pedro Cubas, delegado de Salvador Correia de Sá, então capitão-mór de Santo Amaro, uma carta de sesmaria compreendendo o terreno entre Ararapira e Superaguy "na parte que se chama Parnaguá" [27113]
01/06/1614 - Sesmarias concedidas a moradores de São Paulo, João de Abreu e Diogo de Unhate [24294]
15/08/1618 - Colar feito em ouro produziu o primeiro regimento das minas [23202]
01/06/1635 - É do Padre Inácio de Siqueira SJ, em junho de 1635, a primeira descrição literária da Ilha de Santa Catarina* [27146]
14/09/1639 - Antão Lopes da Horta substitui Manoel João Branco na administração das Minas de São Paulo [6762]
06/08/1641 - Balthazar Fernandes está em São Vicente como representante de Parnaíba na reunião que trata a representação paulista na coroação de D. João IV [19943]
01/06/1644 - Documento [27942]
07/06/1644 - Ordem do Rei D. João IV para a descoberta das "tais" minas de ouro e prata [21961]
11/11/1644 - Documento [27941]
18/04/1648 - Bartholomeu Fernandes de Faria se torna administrador das Minas de São Paulo [23207]
28/11/1651 - Rei escreve a Pedro de Souza [24463]
30/04/1653 - Pedro de Souza, Administrador das minas, recebeu ordem do Rei Dom João IV para fazer indagações a respeito das minas [21197]
16/12/1667 - Em uma carta régia fica explícito que estas minas eram as míticas jazidas de prata [20919]
01/11/1678 - Jorge Soares de Macedo chegou ao Rio de Janeiro* [23178]
01/04/1679 - Rodrigo Castelo Branco chega as minas de Paranaguá* [22533]
03/10/1679 - Tendo o paulista Diogo Pereira Lima dado a manifesto, por essa época, um ribeiro de ouro de lavagem em Paranaguá, d. Rodrigo proibiu a idade de qualquer pessoa ao dito córrego, enviando o descobrir a outras explorações [23187]
27/04/1680 - D. Rodrigo publica regimento de instruções para os provedores das minas de Iguape e Cananéa, São Paulo, Paranaguá e Curitiba [23176]
02/07/1680 - D. Rodrigo chega na vila de São Paulo [23190]
13/01/1681 - Rodrigo de Castelo Branco encarregou o padre frei João ("Julião", segundo Silva Lisboa) Rangel do descobrimento de umas minas de prata, que lhe constara haver em Itú [23192]
19/03/1681 - Partida de Fernão Dias em busca das minas [23193]
16/07/1683 - Pedro de Souza é nomeado provedor da Fazenda [24440]
15/03/1689 - Segundo o rei Pedro II “os moradores da vila de Sorocaba queriam realizar uma expedição bandeirante em vila Rica e na cidade de Xerez, para comercializarem com os castelhanos daquelas partes, para se melhorarem da pobreza em que viviam de que lhes poderiam resultar conveniências, também e Fazenda Real” [23200]
1720 - Demonstraçam topographica do curso do rio Tieté desde a cidade de S. Paulo, thé a confluencia que forma com o rio Paraná, e desta the a barra do rio Yguatemi & a direção deste, thé as suas origens, bdlb.bn.gov.br/ acervo/handle/ 20.500.12156.3/15628 [25322]
06/05/1758 - Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre [6197]
1820 - “Memórias históricas do Rio de Janeiro e das provincias annexas à jurisdição do Vice-Rei do Estado do Brasil”. José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753-1830) [24533]
12/01/2023 - "Desaparecimento" de Eliza Silva Samudio* [28132]






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Inventario dos documentos relativos ao Brasil existentes no Archivo de Marinha e Ultramar de Lisboa
1913. Atualizado em 30/10/2025 02:30:22
Relacionamentos
 Cidades (4): Paranaguá/PR, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (8) Antonio Paes Sande (1622-1695), Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Francisco de Sousa (1540-1611), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Jacinto Moreira Cabral, José de Anchieta (1534-1597), Miguel Lopes, Rodrigo de Castelo Branco
 Temas (19): Açúcar, Assassinatos, Caminho do Mar, Caminho São Paulo-Santos, Curiosidades, Engenho(s) de Ferro, Escolas, Estradas antigas, Gentios, Itapeva (Serra de São Francisco), Medicina e médicos, Metalurgia e siderurgia, Ouro, Pernaguá, Portos, Prata, República, Serra de Paranapiacaba, Vinho
Registros mencionados (3)
1. Sorocaba (data estimada)
1610

(...) o sucesso que teve D. Francisco de Souza, quando foi aquela Capitania, pois acompanhando os Paulistas ao mineiro que mandou á serra de Sabarabussú, para saberem a parte donde ela ocultava as minas, depois de achadas, de que se fez aviso ao dito D. Francisco, e tiradas muitas cargas de pedra, que o mineiro trazia com grande contentamento, ponderando eles a mesma escravidão, que agora temem seus netos, mataram no caminho ao mineiro, e esconderam a pedra, disseram a D. Francisco que morrera no caminho, e se enganava no que havia escrito a S. Senhoria, de que resultou morrer o dito D. Francisco em breves dias e se perpetuar a suspensão daquelas minas, a tradição de haver muito ricas (...)” [Páginas 198 e 199]
2. “O Novo Mundo: Descrição das Índias Ocidentais” ("Nieuvve wereldt, ofte, Beschrijvinghe van West-Indien"), 1625. Jean de Laet (1571-1649)
1625

Luiz Lopes de Carvalho fez presente neste Conselho, que servindo de capitão da Capitania de Tinhaem, descobrira no termo da Vila de Sorocaba as minas das Serra de Birasojaba, que dista 3 léguas da dilta vila, e as minas da serra da Caatiba, que fica 2 léguas da mesma vila, indo em sua companhia Jacinto Moreira Cabral, Alcaide-mor dela pelo donatário o Conde da Ilha do Príncipe e o cel. Pascoal Moreira Cabral, moradores no termo da mesma vila, aos quais devia V. A. mandar escrever para irem mostrar as ditas minas, e ajudarem com suas pessoas e escravizados ao Padre Frei Pedro; como também a Miguel Lopes de Carvalho, capitão da Capitania de Tinhaem; o Capitão Domingos de Brito Peixoto; o capitão Pedro da Guerra, moradores todos 3 na vila de Santos; o capitão Guilherme Pompeo de Almeida; o capitão Antonio de Godoy Moreira, e o capitão Pedro de Paes de Barros, estes moradores na vila de São Paulo, porque todos tinham posses, muitos negros, e grande desejo de servirem a V. A. [Página 158]
3. Relatório de Antonio Paes Sande (1622-1695)
1698

Relatório do Governador Antonio Paes de Sande, em que se indica as causas do malogro das pesquisas das minas do Sul e propõe o alvitre para se obter de uma maneira segura o seu descobrimento

"A fama das minas de ouro e prata de Pernaguá, Itabanhana e Serra de Sabarabussú, despertou o cuidado e aplicação para se descobrirem anda no tempo do domínio de Castela. Ultimamente S.M., que Deus guarde, com despezas consideráveis de sua Real Fazenda procurou o descobrimento e entabolamento destas minas, mandando para este efeito a Dom Rodrigo de Castelbranco, que as não pode ou não soube descobrir.

A minha curiosidade (quando lhe não queiram chamar zelo) procurou em diversos tempos e ocasiões investigar a causa de não conseguir-se este descobrimento das minas, que prometia tão grandes interesses a esta Coroa, valendo-me nas vezes que estive na Baya e no Reyno da notícia de algumas pessoas práticas, que m`a podiam dar dar descobrimentos antigos e modernos. Afirmaram todos que havia as minas que se procuravam descobrir e entabolar, mas que se não achavam, nem se haviam de descobrir pelos meios que se haviam até agora aplicado, por não serem proporcionados para se conseguir o fim que se desejava, Posso depor, que achando-me na Baya ao tempo que Dom Rodrigo de Castelbranco havia entrado a fazer o seu descobrimento (antes do sucesso) afirmaram algumas pessoas práticas, que era impossível conseguir o intento (com a experiência que mostrou) pelas manifestas contradições, de meios, desordens e disposições.

A primeira contradição era, que mal pode descobrir a entabolar minas, que não sabe o que ela são, que os sujeitos que até agora se haviam escolhido para estes descobrimentos não tinham ciência algumas delas. A prata das Índias se beneficia por diversas faculdades, desde que em um certo cerro se acha a mina, até que a prata que nela há, o venha a ser, porque uns nativos (ou brancos que os imitam) não tem mais ofício que buscá-las; outros depois de achadas, seguir as betas e penetrar os estados que mais ou menos profundamente seguram serem reais; outros metem o cabedal naquela mina que se lhe achou ou comprou ou pediu ao administrador geral; outros tem os engenhos donde se mói a pedra a outros finalmente temperam a mesma pedra depois de moída e lhe aplicam os ingredientes com que (conforme espécie e qualidade que ela é) tem mostrado a experiência se une menos vagarosamente o açougue, funde com mais facilidade o metal, no que é necessário delicadíssimo tanto, porque por qualquer falta, se perdem muitas vezes grandes cabedais no erro do temperamento.

Dom Rodrigo de Castelbranco nunca nas Índias foi escrutador ou bruxula (como os Indios) das minas pelos cerros; nunca foi mineiro, nem seguiu bestas ou profundou estados; nunca foi senhor de minas, nem teve ofício de temperar a pedra moída, se falava em alguns termos, era pelos ouvir e não pelos praticar, e assim como no Brazil há tantos senhores de engenhos e nenhum dele sabe como se tempera o açúcar das canas que nele moem, e se o quisessem fazer se perderam, e todavia falam como se entendessem da arte, assim Dom Francisco ainda que tivera engenho nas Índias, nem por isso era descobridor de minas, penetrador de betas, nem temperador de prata; não é pequena contradição do intento encarregar o efeito a quem não se sabe ser causa eficiente, nem ainda instrumental dele.

A segunda contradição era a Infantaria que levava esse homem, porque ou fosse para se introduzir e obedecer, se os Paulistas o não quisessem admitir, ou para autoridade de sua pessoa, execução de suas ordens, ou para o acompanharem no sertão. Se para se introduzir e fazer obedecer, no caso que os Paulistas o repugnem, nem 100 vezes 50 soldados que levava, o poderiam meter na Vila de São Paulo, porque os serros a defendem por todas as partes, seus moradores de grande valor e constância em causa pública, e todos na última desesperaçam são inconquistáveis; e como o nome de infantaria para eles é abominável, e introduzida esta primeira, poderem ter entre si a disposição de toda a mais, seria muito para temer que a não deixem subir á serra, e ir á Vila; e se para autoridade de sua pessoa e execução de suas ordens, com a mesma Infantaria se impossibilita o intento, porque quanto é maior a autoridade que se funda em levar soldados, é maior o escrúpulo daqueles por cuja causa os levam, e deste lhe pode nascer desconfiança de se considerarem dominados, quando todo o estudo dos Paulistas é a conservação de sua liberdade.

Se para o acompanharem ao sertão até á serra de Sabarabussú, não tem para isso préstimo infantaria alguma do Brazil, não sendo Paulistas, como a experiência tem mostrado, e supondo-se que não ouve repugnância com os nativos a Sabarabussú, e é impossível conseguir-se a jornada, ou hão de ir são menos 40 Paulistas com eles para os conduzir a aquela serra, o que se não poderá conseguir sem temor grande, que o receio de se considerarem escravos dessa mesma Infantaria, e dos estragos que ao futuro poderão fazer em suas famílias e crédito, os cabos, oficiais e soldados, que necessariamente hão de presidiar aquela praça, se se descobrirem as minas, disponhão secretamente os meios de se não acharem. Muitas outras razões ouvi praticar, mostrando com elas ser quase impossível descobrirem-se estas minas pelos meios que se até agora para este efeito se haviam aplicado, que deixo de referir, por chegar ao meio, que este discurso oferece pelo mais eficaz e o único para se poderem descobrir e entabolar as minas desejadas, mostrando primeiro as razões em que se funda.

Está a Vila de São Paulo (cuja área é capaz de se fundar nela uma populosíssima cidade) na eminência de um plano pouco desigual do campo que em circunferência domina, por uma parte a todo o alcance de vista, e por outra a multidão de vários serros, que ao longe lhe formão horizonte. Duvida-de se os grãos de ouro, que em todo ele se acham são abalados dos mesmos serros pelas águas nativas, que deles se despenhão, se descobertos pelas chuvas, donde separadamente se criam. É o campo ameníssimo, retalhado de diversas ribeiras, e principalmente de um rio, de cujas margens se tira o ouro, que chamam de "lavagem". Dista esta vila da de Santos (que é o porto mais frequente daquela costa) 12 léguas, a maior parte delas por caminhos a que dão lugar algumas serras menores até se chegar ao pé da que chamam Paranapiaçaba, a qual é altíssima, e quase inacessível por uma breve estreiteza que os rochedos deixam escassamente ao trânsito de uma só pessoa atrás de outra. Do cume dela se estende aquele campo até á Vila de São Paulo, que por esta causa é naturavelmente inconquistável. A excelência do clima, dos ares e do temperamento se infere bem de não haver até hoje ali médico algum. Tem todas as flores, frutas, legumes e pão, que há em Portugal, e no Brazil em grande abundância, por a terra ser fecundíssima, só o vinho não chega a ser perfeito, mas são perfeitíssimas as carnes de todas as espécies; de maneira que produz aquela região tudo o que a natureza humana pode apetecer para o sustento e para o regalo; assim como as influências dela geram ouro nos serros, e nas áreas de que se tira, parece geram também nos homens os espíritos generosos que neles há, porque todos são briosos, valentes, impacientes de menor injúria, ambiciosos de honra, amantíssimos da sua prátia, benéficos aos forasteiros, e adversíssimos a todo o ato servil, pois até aqueles, cuja muita pobreza, lhe não permite ter quem o sirva, se sujeita antes a andar muitos anos pelo sertão em busca de quem o sirva, do que a servir a outrem um só dia.

Há muitos de grossos cabedais para aquelas partes, e não poucas famílias bastantemente nobres, e ainda que entre si tragam inimizades particulares, todos se unem para a conservação da sua república. As mulheres são formosas e varonis, e é costume ali deixarem seus maridos á sua disposição o governo das casas e das fazendas, para que são industriosas, e inclinadas a casar antes suas filhas com estranhos que as autorizem, que com naturais que as igualem.

Os filhos primeiro sabem a língua do gentio, do que aprendem a materna, são de gentil índole e gênio para as campanhas, e para as escolas, engenhosos para tudo, e todos saem do berço com a doutrina de conservação da sua liberdade, cujos ciúmes dão a seus pais as minas de ouro e prata que ocultam, e as quais de quantas diligências se tem mandado fazer por descobri-las. E finalmente a vila de São Paulo digníssima de se verificar nela o célebre vaticínio do grande padre José de Anchieta, que ha ela de ser metrópole do Brazil, e parece que não tem para isso mais adequadas disposições, que as do meio que logo se apontará, pois é certo que não pode subir aquele auge com a ruína, se não com o aumento de seus habitadores.

Sendo pois esta a natureza e o estudo destes homens, considerando eles (como se ha ouvido praticar a muitos deles) que se as minas reais da prata e ouro se descobrirem, necessariamente se ha de mandar (Governador ou Vice-Rey para aquelas Capitanias, meter nelas presídios para a sua segurança, multiplicar-lhe tributos, que hão de ficar as suas casas expostas ao descrédito, que tem padecido muitas nos estragos que costumam fazer os cabos e os soldados, que o governo quase livre que tinham da sua republica ha de ser sujeito; que donde mandavam, hão de ser mandados, que os não deixarão ir ao sertão, ou se forem lhe hão de tirar os nativos para as minas, que toda a sua utilidade destas ha de ser ruína de suas pessoas, casas, e famílias; e que aquelas terras que seus antepassados povoaram, e seus descendentes foram descobrindo, e multiplicando tão numerosas vilas com tanto trabalho seu, aumento da fazenda real do Estado, hão de ser agora prêmio dos estranhos sem merecimento, e terem seu netos por remuneração do que tinham merecido seus progenitores, ficarem quase escravos dos que hão de ir dominar; bem se infere que para se conservarem no estado presente, e evitarem aquele dano futuro, hão de dispor as industrias de se não descobrir a preciosidade daquelas minas. Evidente prova é deste receio o sucesso que teve D. Francisco de Souza, quando foi aquela Capitania, pois acompanhando os Paulistas ao mineiro que mandou á serra de Sabarabussú, para saberem a parte donde ela ocultava as minas, depois de achadas, de que se fez aviso ao dito D. Francisco, e tiradas muitas cargas de pedra, que o mineiro trazia com grande contentamento, ponderando eles a mesma escravidão, que agora temem seus netos, mataram no caminho ao mineiro, e esconderam a pedra, disseram a D. Francisco que morrera no caminho, e se enganava no que havia escrito a S. Senhoria, de que resultou morrer o dito D. Francisco em breves dias e se perpetuar a suspensão daquelas minas, a tradição de haver muito ricas, e ainda há poucos anos algumas pessoas que existiam na Villa de S. Paulo davam notícia da prata que se fundio das cargas de pedra (...)" [Páginas 197, 198 e 199]
Registros mencionados (7)
1610 - Sorocaba (data estimada) [20093]
1625 - “O Novo Mundo: Descrição das Índias Ocidentais” ("Nieuvve wereldt, ofte, Beschrijvinghe van West-Indien"), 1625. Jean de Laet (1571-1649) [22897]
27/03/1681 - Carta de Fernão Dias em que dá diversas informações a respeito da sua viagem, na exploração das minas [23560]
16/03/1682 - “descobrira no termo da Vila de Sorocaba as minas das Serra de Birasojaba, que dista 3 léguas da dilta vila, e as minas da serra da Caatiba, que fica 2 légua” [23563]
12/06/1682 - Consulta do Conselho Ultramarino sobre o abono que o Provedor da Fazenda do Rio de Janeiro fizera ao Padre Frei Pedro de Sousa que fôra à exploração das minas de D. Francisco de Sousa [23564]
10/12/1682 - Consulta do Conselho Ultramarino sobre o pedido feito por Luís Lopes de Carvalho para levantar uma fábrica de ferro [23565]
1698 - Relatório de Antonio Paes Sande (1622-1695) [26478]






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10 de outubro de 1904, segunda-feira
Atualizado em 31/10/2025 14:00:15
“D. Francisco de Souza”. Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957), Jornal Correio Paulistano
•  Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (10): Anthony Knivet (1560-1649), Diogo Martins Cam, Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), José Maria da Silva Paranhos Jr (59 anos), Martim Francisco Ribeiro de Andrada (1775-1844), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Sebastião de Freitas (1565-1644), Washington Luís Pereira de Sousa (35 anos)
•  Temas (18): Bacaetava / Cahativa, Bituruna, vuturuna, Dinheiro$, Escravizados, Estreito de Magalhães, Grupiara, Leis, decretos e emendas, Música, Nossa Senhora de Montserrate, Pelourinhos, Peru, Pólvora, Portos, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio São Francisco, São Filipe, São Paulo de Piratininga
Jornal Correio Paulistano
Data: 1904
10/10/1904
    Registros relacionados
20 de julho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 28/10/2025 16:13:44
1°. Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias
11 de novembro de 1595, sábado. Atualizado em 24/10/2025 04:14:38
2°. Alvará proibiu terminantemente a escravização do indígena e que revigorou o de 20 de março de 1570, que permitia a cativação dos que fossem tomados em guerra justa
Novembro de 1599. Atualizado em 30/10/2025 06:32:01
3°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza*
As minas de Piraçoyaba pouco ouro tinham; não eram mais que uma montanha de ferro, o nosso Ypanema de hoje, e foram, portanto, uma decepção para d. Francisco de Souza. Apesar disso não esmoreceu; nessas proximidades levantou pelourinho e erigiu uma vila que denominou São Phelippe; do mesmo modo, depois indo examinar as minas de Bituruna, que não corresponderam á sua expectativa, também levantou pelourinho e erigiu outra vila, a vila de Monserrat.*

Com a primeira cortejava o rei e com a segunda a santa de sua especial devoção; e não se esquecia dos moradores de São Paulo, porque prometia procurar-lhes com sua majestade muitos privilégios e mercês e elevar-lhes a vila á cidade, "por ter sido a primeira e principal parte onde, mediante o favor divino, descobriu minas".

Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) equivocou-se dizendo ficar a vila Monserrat próxima ás minas de Biraçoyaba; confundiu Monserrat com São Phelippe supondo ter existido uma có vila. Na coleção de mapas apresentados ao árbitro pelo Barão do Rio Branco, na questão chamada das Missões, ha os mapas n°. 5-A e n°. 6-A, que localizam Monserrat a N.O. de São Paulo, além do Anhamby, e São Phelippe a oeste de São Paulo, na margem de um afluente do Anhamby.

Quando Salvador Correia elevou Sorocaba a vila, diz que d. Francisco de Sousa já lá tinha mandado levantar pelourinho. - Vide em "Azevedo Marques. Apontamentos sobre Sorocaba. Martim Francisco Ribeiro de Andrada (1775-1844) (Jornal de Viagem, por diferentes vilas até Sorocaba - R.I.H.G.R., vol. 45) em 1803 esteve em Parnahyba, e nas proximidades desta vila, examinou as lavras de Bituruna, "Monserrat", Taboão e Santa Fé. O mapa da Comissão Geográfica e Geológica do Estado, situa o município de Parnahyba sua fazenda "Monserrat" e porto "Grupiara", vocabulo usado pelos mineiros daquele tempo.
6 de junho de 1600, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:37
4°. Sebastião de Freitas, por alvará de 6 de junho de 1600, foi armado cavaleiro por d. Francisco de Sousa e nesse documento se faz referência aos serviços que prestara
1656. Atualizado em 25/02/2025 04:40:06
5°. Mapa “Le Bresil” de Nicolas Sanson (1600-1667)





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Genealogia paulistana, 1903. Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919)
1903. Atualizado em 31/10/2025 09:24:42
Relacionamentos
 Cidades (2): Itu/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (5) Salvador Gurgel do Amaral (n.1766), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Luzia Sardinha (1580-1620), Manuel Bicudo Bejarano, Potência de Abreu (1621-1705)
 Temas (3): Cananéas, Lavras Velhas, Ouro
Registro mencionado
1. Tem minas de ouro de lavagem nas chamadas de Vuturuna, em cuja terra as descobrio no anno de 1597 o Paulista Afonso Sardinha, como fica referido
1597

Foram os paulistas os que fizeram descobrimentos de minas de ouro e ferro em São Paulo e 1597 e os mais descobrimentos de minas também de ouro em Paranaguá e Curitiba.
Registros mencionados (2)
1597 - Tem minas de ouro de lavagem nas chamadas de Vuturuna, em cuja terra as descobrio no anno de 1597 o Paulista Afonso Sardinha, como fica referido [20861]
05/11/1667 - Nascimento de Miguel Sutil de Oliveira, filho de Sebastião Sutil e Margarida Fernandes Carrasco II [14165]






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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume V (1899-1900), 1901
1901. Atualizado em 23/10/2025 17:29:19
Relacionamentos
 Cidades (3): Mogi Guaçu/SP, Sabará/MG, Sorocaba/SP
 Pessoas (8) André Fernandes (1578-1641), André João Antonil (1649-1716), Artur de Sá e Meneses (f.1709), Balthazar Fernandes (1577-1670), Clemente Álvares (1569-1641), Domingos Rodrigues da Fonseca Leme (1650-1738), Manoel Peixoto, Manuel de Borba Gato (1649-1718)
 Temas (8): Bituruna, vuturuna, Morro do Lopo, Ouro, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio Itapocú, Rio Sorocaba, Rio Sorocabuçú
Registros mencionados (5)
1. Arraial de Sto. Antônio do Bom Retiro, do Rio das Velhas, como sendo morada do Borba Gato
18 de abril de 1701

No ano seguinte Arthur de Sá esteve no distrito da guarda-moria de Borba Gato, onde concedeu a este uma sesmaria em carta datada do "Sítio do Rio das Velhas", a 18 de abril de 1701, e que descreveu "uma sorte de terras que corre entre o rio Parahypeba e o rio das Velhas, chapadas de serrania de Itatiahy mixta e continuada a de Itapucu, começando da parte do Norte e correndo a rumo do sul entre um e outro serro acima declarado até ir a entestar com a cachoeira de Itapeveramirim".
2. Provisão datada do ribeirão de "Sabarabaassú"
3 de janeiro de 1702

Dois dias depois, a 8 de março, Arthur de Sá nomeou Garcia Rodrigues Paes, o moço, escrivão das datas das minas do rio das Velhas.

No ano seguinte Arthur de Sá esteve no distrito da guarda-moria de Borba Gato, onde concedeu a este uma sesmaria em carta datada do "Sítio do Rio das Velhas", a 18 de abril de 1701, e que descreveu "uma sorte de terras que corre entre o rio Parahypeba e o rio das Velhas, chapadas de serrania de Itatiahy mixta e continuada a de Itapucu, começando da parte do Norte e correndo a rumo do sul entre um e outro serro acima declarado até ir a entestar com a cachoeira de Itapeveramirim".

O nome Sabarábussú, ou antes uma variante que faz desconfiar que ainda não se tinha feito a identificação com a serra da lenda, aparece numa provisão de Arthur de Sá, datada do ribeiro de Sabarávaassú a 3 de janeiro de 1702, em que se lê:

"... minas de prata, em cuja diligência mandei andar com o mineiro ao tenente general Manoel de Borba Gato, guarda mór desta repartição do rio das Velhas, e por não poder atualmente assistir na dita ocupação de guarda-mór... enquanto o dito tenente-general andar ocupado nas diligências de que o tenho encarregado... nomeio guarda-mór o capitão Garcia Rodrigues Paes Moço".

Uma outra provisão datado de "Santo Antonio do Bom Retiro do rio das Velhas em 9 de junho de 1702", diz entre outras coisas: "tenente-general Manoel de Borba Gato serve S. Majestade andando pelos sertões para haver de descobrir prata", dando a entender que a célebre serra da prata era considerada como bastante distante do arraial que depois tomou o nome de Sabará. A forma da palavra "Sabarávaassú", parece favorecer a hipótese do dr. Teodoro Sampaio, que o nome Sabarábussú é corruptela de Itaverava-assú, nome nativo aplicável a pedra reluzente da lenda.

E possível que a forma Sabaravaassú seja lapso de pena de quem escreveu a provisão de 3 de janeiro, mas isto parece pouco provável visto que em outros documentos de Arthur de Sá a serra lendária vem designada com o seu nome proposto de Sabarábussú. O nome Itaverava - serra resplandescente - estava muito em moda entre os exploradores paulistas deste tempo, que empregavam correntemente a Língua Geral e a nenhuma feição topográfica pode ser aplicado com mais propriedade do que ao grande massivo de minério de ferro que domina todo o horizonte desta parte do vale do rio das Velhas e que é atualmente conhecido pelo nome de "Serra da Piedade". O mais provável é que o nome fosse dado na forma de Itaverava-assú e sem referência á serra da legenda e que depois por uma natural associação de idéias passasse para Sabarábussú.

Até aí não temos nenhuma referência ao nome de Sabará como designação do arraial ou do distrito, que parece ter sido introduzido depois. A obra de Antonil, intitulada "Cultura e Opulência do Brasil", publicada em Lisboa em 1711, faz diversas referências as minas do rio das Velhas e ao "arraial do Borba", mas uma só á serra de Sabarábussú, na seguinte nota sobre as referidas minas:

"Além das minas gerais de cataguás, descobriram-se outras por outros paulistas no rio que chama das Velhas; e ficam, como dizem, na altura de Porto Seguro e de Santa Cruz. E estas são as do Ribeiro do Campo, descoberta pelo sargento-mór Domingos Rodrigues da Fonseca; e a do Ribeirão da Roça dos Penteados; a de N. S. do Cabo, da qual foi descobridor o mesmo sargento mór Domingos Rodrigues da Fonseca; a de N. S. de Monte-Serrate; a do ribeirão do Ajudante; e a principal do rio das Velhas e a do serro de Seborabuçú, descoberta pelo tenente Manuel Borba Gato, paulista, que foi o primeiro que se apoderou dela e do seu território".

Os nomes mencionados nesta nota e na carta de sesmaria só podem ser identificados por quem tem conhecimentos mais minuciosos da geografia da região do que os que se obtém pelo estudo dos mapas existentes. É certo, porém, que poucos anos depois da volta de Borba Gato para a região, o nome de Sabarábussú tinha sido introduzido, mas que tão pouca significação se ligava e ele que logo ficou abreviado em "Sabará", que assim mesmo só se conservou para o rio em cuja foz foi situado o arraial.

No termo de 17 de julho de 1711, elevando o arraial a vila com o nome oficial de Vila Real de N. S. da Conceição, o sítio é descrito como sendo "neste Arraial a Barra de Sabará". Por seu lado a serra ficou, em data que não se pode o momento determinar, recrismada com o de "Piedade", que ainda conserva. Numa descrição de um mapa da Capitania de Minas, que apresentei há tempos a este Instituto e que saiu publicada no segundo volume de sua Revista e que parece ter sido escrito entre 1717 e 1721, o nome Sabará só aparece com aplicação ao rio, sendo, porém, mencionado um Riacho da Prata, que talvez recorde a suposta descoberta de Borba Gato com a sua prata dourada. [Páginas 287, 288 e 289]
3. Provisão de Sá e Menezes, datada de "S. Antônio do Bom Retiro do rio das Velhas"
9 de junho de 1702
4. Fundação
17 de julho de 1711

E possível que a forma Sabaravaassú seja lapso de pena de quem escreveu a provisão de 3 de janeiro, mas isto parece pouco provável visto que em outros documentos de Arthur de Sá a serra lendária vem designada com o seu nome proposto de Sabarábussú. O nome Itaverava - serra resplandescente - estava muito em moda entre os exploradores paulistas deste tempo, que empregavam correntemente a Língua Geral e a nenhuma feição topográfica pode ser aplicado com mais propriedade do que ao grande massivo de minério de ferro que domina todo o horizonte desta parte do vale do rio das Velhas e que é atualmente conhecido pelo nome de "Serra da Piedade". O mais provável é que o nome fosse dado na forma de Itaverava-assú e sem referência á serra da legenda e que depois por uma natural associação de idéias passasse para Sabarábussú.

Até aí não temos nenhuma referência ao nome de Sabará como designação do arraial ou do distrito, que parece ter sido introduzido depois. A obra de Antonil, intitulada "Cultura e Opulência do Brasil", publicada em Lisboa em 1711, faz diversas referências as minas do rio das Velhas e ao "arraial do Borba", mas uma só á serra de Sabarábussú, na seguinte nota sobre as referidas minas:

"Além das minas gerais de cataguás, descobriram-se outras por outros paulistas no rio que chama das Velhas; e ficam, como dizem, na altura de Porto Seguro e de Santa Cruz. E estas são as do Ribeiro do Campo, descoberta pelo sargento-mór Domingos Rodrigues da Fonseca; e a do Ribeirão da Roça dos Penteados; a de N. S. do Cabo, da qual foi descobridor o mesmo sargento mór Domingos Rodrigues da Fonseca; a de N. S. de Monte-Serrate; a do ribeirão do Ajudante; e a principal do rio das Velhas e a do serro de Seborabuçú, descoberta pelo tenente Manuel Borba Gato, paulista, que foi o primeiro que se apoderou dela e do seu território".

Os nomes mencionados nesta nota e na carta de sesmaria só podem ser identificados por quem tem conhecimentos mais minuciosos da geografia da região do que os que se obtém pelo estudo dos mapas existentes. É certo, porém, que poucos anos depois da volta de Borba Gato para a região, o nome de Sabarábussú tinha sido introduzido, mas que tão pouca significação se ligava e ele que logo ficou abreviado em "Sabará", que assim mesmo só se conservou para o rio em cuja foz foi situado o arraial.

No termo de 17 de julho de 1711, elevando o arraial a vila com o nome oficial de Vila Real de N. S. da Conceição, o sítio é descrito como sendo "neste Arraial a Barra de Sabará". Por seu lado a serra ficou, em data que não se pode o momento determinar, recrismada com o de "Piedade", que ainda conserva. Numa descrição de um mapa da Capitania de Minas, que apresentei há tempos a este Instituto e que saiu publicada no segundo volume de sua Revista e que parece ter sido escrito entre 1717 e 1721, o nome Sabará só aparece com aplicação ao rio, sendo, porém, mencionado um Riacho da Prata, que talvez recorde a suposta descoberta de Borba Gato com a sua prata dourada.
5. “Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas”: confiscada e destruída a edição
8 de novembro de 1711

E possível que a forma Sabaravaassú seja lapso de pena de quem escreveu a provisão de 3 de janeiro, mas isto parece pouco provável visto que em outros documentos de Arthur de Sá a serra lendária vem designada com o seu nome proposto de Sabarábussú. O nome Itaverava - serra resplandescente - estava muito em moda entre os exploradores paulistas deste tempo, que empregavam correntemente a Língua Geral e a nenhuma feição topográfica pode ser aplicado com mais propriedade do que ao grande massivo de minério de ferro que domina todo o horizonte desta parte do vale do rio das Velhas e que é atualmente conhecido pelo nome de "Serra da Piedade". O mais provável é que o nome fosse dado na forma de Itaverava-assú e sem referência á serra da legenda e que depois por uma natural associação de idéias passasse para Sabarábussú.

Até aí não temos nenhuma referência ao nome de Sabará como designação do arraial ou do distrito, que parece ter sido introduzido depois. A obra de Antonil, intitulada "Cultura e Opulência do Brasil", publicada em Lisboa em 1711, faz diversas referências as minas do rio das Velhas e ao "arraial do Borba", mas uma só á serra de Sabarábussú, na seguinte nota sobre as referidas minas:

"Além das minas gerais de cataguás, descobriram-se outras por outros paulistas no rio que chama das Velhas; e ficam, como dizem, na altura de Porto Seguro e de Santa Cruz. E estas são as do Ribeiro do Campo, descoberta pelo sargento-mór Domingos Rodrigues da Fonseca; e a do Ribeirão da Roça dos Penteados; a de N. S. do Cabo, da qual foi descobridor o mesmo sargento mór Domingos Rodrigues da Fonseca; a de N. S. de Monte-Serrate; a do ribeirão do Ajudante; e a principal do rio das Velhas e a do serro de Seborabuçú, descoberta pelo tenente Manuel Borba Gato, paulista, que foi o primeiro que se apoderou dela e do seu território".

Os nomes mencionados nesta nota e na carta de sesmaria só podem ser identificados por quem tem conhecimentos mais minuciosos da geografia da região do que os que se obtém pelo estudo dos mapas existentes. É certo, porém, que poucos anos depois da volta de Borba Gato para a região, o nome de Sabarábussú tinha sido introduzido, mas que tão pouca significação se ligava e ele que logo ficou abreviado em "Sabará", que assim mesmo só se conservou para o rio em cuja foz foi situado o arraial.

No termo de 17 de julho de 1711, elevando o arraial a vila com o nome oficial de Vila Real de N. S. da Conceição, o sítio é descrito como sendo "neste Arraial a Barra de Sabará". Por seu lado a serra ficou, em data que não se pode o momento determinar, recrismada com o de "Piedade", que ainda conserva. Numa descrição de um mapa da Capitania de Minas, que apresentei há tempos a este Instituto e que saiu publicada no segundo volume de sua Revista e que parece ter sido escrito entre 1717 e 1721, o nome Sabará só aparece com aplicação ao rio, sendo, porém, mencionado um Riacho da Prata, que talvez recorde a suposta descoberta de Borba Gato com a sua prata dourada.
Registros mencionados (5)
18/04/1701 - Arraial de Sto. Antônio do Bom Retiro, do Rio das Velhas, como sendo morada do Borba Gato [20963]
03/01/1702 - Provisão datada do ribeirão de "Sabarabaassú" [20960]
09/06/1702 - Provisão de Sá e Menezes, datada de "S. Antônio do Bom Retiro do rio das Velhas" [20961]
17/07/1711 - Fundação [27877]
08/11/1711 - “Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas”: confiscada e destruída a edição [20359]






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1901
Atualizado em 31/10/2025 06:10:10
Revista trimestral do Insituto Histórico e Geografico
•  Cidades (2): Ibiúna/SP, Potosí/BOL
•  Pessoas (8): Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), Francisco de Sousa (1540-1611), Jorge Soares de Macedo, Martim Correia de Sá (1575-1632), Pedro de Souza Pereira "o velho" (1610-1673), Rodrigo de Castelo Branco, Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631)
•  Temas (7): Angola, Assunguy, Engenho(s) de Ferro, Jatuabi, Ouro, Peru, Rio da Prata
Revista trimestral do Instituto Histórico
Data: 1901
Página 5
    Registros relacionados
16 de novembro de 1660, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 05:14:17
1°. Lourenço Castanho Taques, um dos paulistas mais poderosos, escreve uma violenta carta aos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro
1 de janeiro de 1661, sábado. Atualizado em 24/10/2025 04:07:41
2°. De Santos, Salvador concede "perdão" aos que cometeram as hostilidades ao seu governo
O Governador e Administrador Geral Salvador Correira de Sá e Benevides mandou publicar a som de caixas no dia 1 de janeiro de 1661 o bando do teor seguinte: Salvador Correa de Sá e Benevides, &. Porquanto sou informado, que nos primeiros dias do mes de dezembro próximo passado, os moradores de São Gonçalo no Rio de Janeiro excedendo os limites da desobediência azidos de mão armada; obrigando com alvoroço aos Ministros Superiores a recolherem-se ao Mosteiro de São Bento, e continuando o seu alvoroto, baterem as portas e obrigar a todo o genero de pessoas seguissem sua voz tocando o sino da Camara, e nomeado nela por Capitão-Mór a Agostinho Barbalho Bezerra, negando a obediencia a Thome Correa de Alvarenga, que conforme a ordenação tinha deixado naquella praça, prendendo-o, e ao Provedor da Fazenda, e descompondo ao Ouvidor Geral, e chegando apertar-lhe as mãos, obrigando-o afazer papeis emais deligencias, que intentarao; elegendo oito moradores, quatro da nobreza, Jeronimo Barbalho, Jorge Ferreira Bulhão, Pedro Pinheiro, e Matheos Pacheco, e outros quatro officiaes, Mathias Gonçalves, Manoel Borges, Ambrosio Dias, e Antonio Fernandes Valongo, em modo de Parlamento ; fazendo assento de novas Leys e Governo; elegendo Ministros Reaes, e fazendo outros excessos contra a jurisdiçad Real: E porque sou informado, que se occazionou esta acção por alguâs [p. 21]


ANDREA!

  


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