jesusPedro Collaço Vilela ( registros) Wildcard SSL Certificates
Pedro Collaço Vilela

AtualizadosAntigosMaisImagens

completaResumida
Somente básico

Selecionar ano


  Pedro Collaço Vilela
  Mais relevantes
  20 fontes
abrir registro
   
3 de dezembro de 1530, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 22:15:48
A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa partiu de Lisboa
•  Cidades (1): Lisboa/POR
•  Pessoas (37): Aleixo Garcia (f.1526), Ambrogio Campanaro Adorno (30 anos), Antônio de Oliveira (20 anos), Bacharel de Cananéa, Baltazar Borges, Bartholomeu Fernandes Cabral (12 anos), Bartolomeu Carrasco (f.1571), Brás Cubas (23 anos), Braz Teves, Domingos Gonçalves, Domingos Gonçalves, velho, Domingos Luís Grou (30 anos), Francisco Pinto da Fonseca (60 anos), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Gonçalo Camacho (5 anos), Gonçalo Nunes Cubas (n.1505), Henrique Montes, Jerônimo Leitão, João de Prado, João III, "O Colonizador" (28 anos), João Paes (1580-1664), João Pires Cubas (n.1460), João Pires, o gago (30 anos), João Ramalho (44 anos), Jorge Ferreira (37 anos), Luis de Góes, Martim Afonso de Sousa (30 anos), Mestre Bartholomeu Fernandes, Mestre Bartolomeu Gonçalves (30 anos), Mestre Domingos Gonçalves Fernandes (30 anos), Pedro Annes, Pero (Pedro) de Góes, Pero Capico, Pero Lopes de Sousa (33 anos), Rodrigo Alvares (f.1598), Ruy Pinto (f.1549), Suzana Rodrigues (n.1559)
•  Temas (8): Assunguy, Ilha de Barnabé, Lagoa Dourada, Metalurgia e siderurgia, Ordem de Cristo, Ouro, Rio da Prata, Vinho
História da Capitania de São Vicente
Data: 1755
Créditos: Pedro Taques de Almeida Pais Leme
Página 70
    20 fontes
  2 relacionadas

1°. Memória Paulistana: Os antropônimos quinhentistas na vila de São Paulo do Campo
1992

2°. Memória Paulistana
1992
Fontes:
[1] História da Capitania de São Vicente. Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), 01/01/1755
[2] “Memória Histórica da Capitania de São Paulo e todos os seus memoráveis sucessos desde o ano de 1531 até o presente de 1796”, Manuel Cardoso de Abreu (1750-1804), 01/01/1796
[3] Jornal Correio Paulistano, 13/10/1854
[4] Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira*, 01/12/1896
[5] “São Paulo no século XVI”, Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Correio Paulistano. Página 1, 06/12/1917
[6] “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos, 01/01/1937
[7] A Fundação De São Paulo - Jaime Cortesão, 01/01/1955
[8] “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior, 01/01/1969
[9] Memória Paulistana: Os antropônimos quinhentistas na vila de São Paulo do Campo, 01/01/1992
[10] Memória Paulistana, 01/01/1992
[11] Descobrindo o Brasil, por Manoel Rodrigues Ferreira. Jornal da Tarde, Caderno de Sábado. Página 4, 04/12/1993
[12] Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, 01/01/1998
[13] Araçoiaba da Serra. Esconderijo do Sol: Conto, canto e encontro com os 150 anos da minha história... 2007, 01/01/2007
[14] “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga, 01/01/2010
[15] “Um Caso de Apropriação de Fontes Textuais: Memória Histórica da Capitania de São Paulo, de Manuel Cardoso de Abreu, 1796”. Versão Corrigida, 01/01/2012
[16] “A fábrica de ferro no morro da Barra da barra de Santo Antônio - Século XVII - Uma indagação”, 18/02/2012
[17] Genealogia das famílias formadoras da Paulistânia- 7, Felipe de Oliveira, 27/02/2023
[18] Domingos Gonçalves, Mestre Bartolomeu, consultada em geni.com, 11/03/2023
[19] A História do Vinho no Brasil. Consulta em enologia.org.br, 09/09/2024
[20] Consulta em Wikipedia: Irmãos Adorno, 07/04/2025



  Pedro Collaço Vilela
  Mais relevantes
  2 fontes
abrir registro
   
14 de março de 1564, sábado
Atualizado em 30/10/2025 22:16:00
Carta de Sesmaria: Mestre Bartholomeu e Bartholomeu Carrasco
•  Cidades (4): Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (7): Domingos Luís Grou (64 anos), Manuel da Nóbrega (47 anos), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Martim Afonso de Sousa (64 anos), Bartolomeu Carrasco (f.1571), Mestre Bartolomeu Gonçalves (64 anos), Serafim Soares Leite (1890-1969)
•  Temas (9): Aldeia de Pinheiros, Caminho do Mar, Estradas antigas, Jurubatuba, Geraibatiba, Rio Anhemby / Tietê, Rio Geribatiba, São Paulo de Piratininga, Léguas, Caminho de Piratininga
Monumenta Brasiliae
Data: 1956
Página 42
    2 fontes
  1 relacionada

1°. Monumenta Brasiliae, 1956. Serafim Soares Leite (1890-1969)
1956
São Vicente 14 de março de 1564. Permuta de terras, confirmação e registro da sesmaria de Geraibatiba (Piratininga)

Pedro Colaço, Capitão em esta Capitania de São Vicente pelo Senhor Martim Afonso de Souza, Senhor da Vila d´Alcantara e de Rio Maior, Capitão e Governador desta Capitania por El-Rey nosso Senhor, e do seu Conselho, etc.

Faço saber a quantos esta minha carta de dada de terra de Sesmaria virem como por o Reverendo Padre Manoel da Nóbrega da Companhia de Jesus, residente nas casas do colégio que esta em esta Capitania estão, me foi feita uma petição por escrito, em a qual dizia em como o Governador Martim Afonso de Souza deu à Companhia e Colégio desta Capitania duas léguas de terra em quadra junto de Piratininga; e por quanto isto era em muito dano dos moradores da Vila de São Paulo, e não lhe ficaram terras para fazerem suas roças ali perto da Vila, o Padre Luiz da Grã, Provincial, e os mais Padres foram contentes, por razão do bem comum e por fazerem boa obra aos ditos moradores, de alargarem ali, com lhes demarcarem em outra parte; e foram demarcadas por mandado do Capitão Francisco de Moraes, e dado posse delas, começando na borda do mato, no caminho, que vem de Piratininga para este mar, o novo, que este ano passado se abriu, caminho do Rio de Jerobatiba, e de largura lhe demarcarão uma légua, que poderá haver, entre mestre Bartholomeu e seus herdeiros da banda do leste, e entre Bartholomeu Carrasco da parte leste, que está para a tapera de Jerebatiba vindo da Borda do Campo, vila que foi de Santo Andre, para a Aldeia de Tabaratipi.

2. E, porquanto na dita légua, que assim foi demarcada, e nela agora ter ali Gabriel Martins meia légua dada por Francisco de Moraes primeiro que se desse e demarcasse à dita Casa, assim mesmo a terra dos herdeiros de Mestre Bartholomeu tem a maior parte do que fica, pelo que me pedia havendo respeito a serem já dadas as ditas duas léguas de terras à Companhia pelo dito Senhor Martim Afonso de Souza, Capitão e Governador desta Capitania, e serem para os Colégios da dita Capitania para nelas fabricarem seus mantimentos e criações, de que resulta o bem comum e tanto proveito público, que houvesse por bem de lhes dar para a dita Companhia para seus Colégios uma légua de terras partindo d´Aldeia que se chamam dos Pinheiros pelo Rio de Jerebatiba abaixo, caminho de (...), chegando até Jerabatiaçaba, que assim se chama pela língua dos nativos, até d´onde chegar a dita légua direita e de largura outro tanto, do rio, pelo mato, que vai para Piratininga, em o que "receberão" muita claridade; [Páginas 42 e 43]  ver mais



  Pedro Collaço Vilela
  Mais relevantes
  1 fontes
abrir registro
   
1896
Atualizado em 30/10/2025 23:40:58
Historia do Brazil Antigo P. Raphael M. Galanti
•  Cidades (8): Araçoiaba da Serra/SP, Cabo Frio/RJ, Iguape/SP, Lisboa/POR, Santos/SP, São Vicente/SP, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (20): Bacharel de Cananéa, Brás Cubas (1507-1592), Diogo Garcia de Moguér, Duarte Peres, Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Gonçalo Monteiro, Joanna Ramalho (n.1520), João Eannes, João Ramalho (1486-1580), Jorge Moreira (n.1525), Luiz Martins, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Mem de Sá (1500-1572), Pero (Pedro) de Góes, Pierre-François-Xavier de Charlevoix (1682-1761), Rui Garcia de Moschera, Ruy Pinto (f.1549), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Simão de Vasconcelos (1597-1671)
•  Temas (8): Caciques, Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Cariós, Fazenda Ipanema, Lagoa Dourada, Rio Geribatiba, Vila de Santo André da Borda
    1 fonte
  0 relacionadas
    Registros relacionados
1537. Atualizado em 30/10/2025 22:33:06
1°. Não se sabe sobre seu fim, após a Guerra o Bacharel de Cananeia voltou a Cananéia expandindo seu poder na região, em outra versão acredita que pode ter sido assassinado pelos Carijós em 1537
Decadência da vila de São Vicente - A vila de São Vicente, todavia, estava destinada a uma decadência prematura, produzida pelos desastres seguintes. Consistiu o primeiro numa invasão de castelhanos, que, vindo da banda do sul, e capitaneados por um tal Ruy Mosquera, se haviam estabelecidos em Iguape.

Reuniu-se-lhes um cavaleiro, chamado Duarte Peres, que fôra degradado naquela vizinhança. Intimou Gonçalo Monteiro, como logar-tenente do donatário, a este que se recolhesse para o lugar do seu degredo, e aos castelhanos que se retirassem daquela paragem pertencente a Portugal.

Obedeceu o degradado; resistiram Mosquera e os seus. Indo, portanto, os nossos a ataca-los, caíram em uma cilada em que perderam até os barcos e as canoas. Aproveitaram os espanhóis o ensejo para agredir de improviso a vila de São Vicente, saqueá-la, e retirarem-se.

Alguns vicentistas, ao mando de Pero de Góes e de Ruy Pinto, saíram então ao encalço dos fugitivos, mas sem resultado, porque os castelhanos haviam desaparecido. O Sr. Simão de Vasconcelos (1597-1671) coloca este fato no meado de 1537.

O segundo revés ocorreu, no ver do Sr. Vasconcellos, em 1542. Houve na costa da capitania grandes temporais, e o mar se tornou tão furioso, que chegou a destruir muitas casas da vila de São Vicente, entre as quais a do concelho, a igreja matriz e o pelourinho. Mudaram, portanto, a vila para o lugar onde hoje se acha, sendo mar o sítio em qu estava antes.

(1) Varnhagen, na página 166, diz: "Se havemos de dar crédito a Pierre-François-Xavier de Charlevoix (1682-1761), escritor que em outros assuntos não nos merece muito, viera das bandas do sul, com vários castelhanos, até Iguape, um Ruy Mosquera, e ai se estabelecera com o degradado bacharel português, cujo nome nos diz que era Duarte Peres".

Charlevoix, porém, não diz que Mosquera se estabelecera em Iguape, nem que Duarte Peres fosse bacharel. Consta, é verdade, de outros documentos que o lugar era Iguape; mas dai não se segue que o tenha dito Charlevoix. Mais justo foi Fr. Gaspar da Madre de Deus (1715-1800) que verteu fielmente Charlevoix. Honra seja feita á verdade. [Compendio de Historia do Brasil, 1896. P. Rapahel M. Galantis S. J., professor no colégio São Luiz de Ytú. Páginas 144 e 145]
9 de agosto de 1549, sexta-feira. Atualizado em 27/10/2025 23:16:01
2°. “procissão com grande música, a que os respondiam os trombetas. Ficaram os índios espantados de tal maneira, que depois pediam ao Pe. Navarro que lhes cantasse assim como na procissão fazia” (2000:41).
Cartas de Nóbrega - Desde o mês de agosto de 1549 dizia Nóbrega a seu superior de Portugal o seguinte: (...)

Entre outros saltos que nesta costa são feitos, um se fez a dois anos muito cruel, que foi ire uns navios a um gentio que chamam os carijós, que estão além de São Vicente, o qual todos dizem que é o melhor gentio desta costa, e mais aparelhado para se fazer fruto: ele somente tem duzentas léguas de terra: entre eles estavam convertidos e batizados muitos: morreu um destes clérigos.

(...)Os carijós dos portugueses, os carioes e carios dos espanhóis são os guaranis

Um outro trecho da carta do mesmo ano explica muito bem que acabamos de copiar. É o seguinte:

"Este (carijós) é um gentio melhor que nenhum desta costa. Os quais (talvez aos) foram, não há muitos anos, dois frades castelhanos ensinar, e tomaram tão bem sua doutrina que tem já casas de recolhimento para mulheres, como de freiras, e outras de homens como de frades. E isto durou muito tempo até que o diabo levou lá uma nau de salteadores e cativaram muitos deles. Trabalhamos por recolher os tomados e alguns temos já para os levar á sua terra com os quais irá um padre dos nossos". [Páginas 209 e 210]
20 de maio de 1561, sábado. Atualizado em 30/10/2025 04:53:35
3°. Carta à rainha D. Catarina, regente de Portugal durante a menoridade de D. Sebastião, assinada por Jorge Moreira e Joanes Annes
Men de Sá em São Vicente - Estando o governador nesta capitania, ajudou os jesuítas a mudar o colégio de São Paulo para a vila de São Vicente, bem como abrir uma estrada, menos incomoda do que a precedente, através da serra de Paranapiacaba; enviou pelo Tieté uma expedição, e mandou em busca de ouro Bráz Cubas e Luiz Martins. De dermos crédito a Braz Cubas, andaram estes umas trezentas léguas sem fruto, encontrando na volta esse precioso metal em lugar mais perto de São Paulo. Supõe-se ter sido no morro Jaraguá. Remeteu Mem de Sá amostras deste ouro em 1562 para a metrópole juntamente com algumas pedras verdes que pareciam esmeraldas e talvez fossem turmalinas.

Afirma o Padre Simão de Vasconcellos e repetem geralmente todos que a mudança da vila de Santo André para São Paulo, realizada nesta ocasião pelo governador, se efetuou a pedido dos jesuítas com o fim de por os moradores em lugar menos exposto aos assaltos dos bárbaros da serra. Lemos, entretanto, no tomo quarenta, parte II, página 349 da Rev., que tudo se fez a pedido da Câmara de Santo André. Pois Jorge Moreira e Joannes Alves, oficiais da Câmara de São Paulo, e outrora habitantes da vila de Santo André, em uma carta á Rainha Regente, em data de 20 de maio de 1561, dizem o seguinte:

"E assim mandou (Mem de Sá) que a vila de Santo André, onde antes estávamos, se passasse para junto da casa de São Paulo que é dos padres de Jesus, porque nós todos lhes pedimos por uma petição, assim por ser lugar mais forte e mais defensável, e mais seguro assim dos contrários (tamoyos) como dos nossos nativos, como por outras muitas coisas que a ele e a nós moveram (...) [Páginas 266 e 267]
20 de maio de 1561, sábado. Atualizado em 30/10/2025 04:53:36
4°. “E assim mandou (Mem de Sá) que a vila de Santo André, onde antes estávamos, se passasse para junto da casa de São Paulo que é dos padres de Jesus, porque nós todos lhes pedimos por uma petição, assim por ser lugar mais forte e mais defensável, e mais seguro assim dos contrários (tamoyos) como dos nossos nativos, como por outras muitas coisas que a ele e a nós moveram (...)”
Men de Sá em São Vicente - Estando o governador nesta capitania, ajudou os jesuítas a mudar o colégio de São Paulo para a vila de São Vicente, bem como abrir uma estrada, menos incomoda do que a precedente, através da serra de Paranapiacaba; enviou pelo Tieté uma expedição, e mandou em busca de ouro Bráz Cubas e Luiz Martins. De dermos crédito a Braz Cubas, andaram estes umas trezentas léguas sem fruto, encontrando na volta esse precioso metal em lugar mais perto de São Paulo. Supõe-se ter sido no morro Jaraguá. Remeteu Mem de Sá amostras deste ouro em 1562 para a metrópole juntamente com algumas pedras verdes que pareciam esmeraldas e talvez fossem turmalinas.

Afirma o Padre Simão de Vasconcellos e repetem geralmente todos que a mudança da vila de Santo André para São Paulo, realizada nesta ocasião pelo governador, se efetuou a pedido dos jesuítas com o fim de por os moradores em lugar menos exposto aos assaltos dos bárbaros da serra. Lemos, entretanto, no tomo quarenta, parte II, página 349 da Rev., que tudo se fez a pedido da Câmara de Santo André. Pois Jorge Moreira e Joannes Alves, oficiais da Câmara de São Paulo, e outrora habitantes da vila de Santo André, em uma carta á Rainha Regente, em data de 20 de maio de 1561, dizem o seguinte:

"E assim mandou (Mem de Sá) que a vila de Santo André, onde antes estávamos, se passasse para junto da casa de São Paulo que é dos padres de Jesus, porque nós todos lhes pedimos por uma petição, assim por ser lugar mais forte e mais defensável, e mais seguro assim dos contrários (tamoyos) como dos nossos nativos, como por outras muitas coisas que a ele e a nós moveram (...) [Compendio de Historia do Brasil, 1896. P. Rapahel M. Galantis S. J., professor no colégio São Luiz de Ytú. Páginas 266 e 267]



  Pedro Collaço Vilela
  Mais relevantes
  \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\cristiano\registros\27634f.txt fontes
abrir registro
   
1559
Atualizado em 30/10/2025 22:15:53
Pedro Collaço Villela, foi quem concluiu a segunda Igreja matriz de São Vicente e mandou gravar a inscrição, na pedra da frontaria, que agora se acha no Museu Paulista, que diz: "Pedro Collaço Villela, me mandou fazer na era de 1559.". Foi este governador que, em nome de Martim Afonso, concedeu as terras do rocio á vila de São Paulo de Piratininga
•  Cidades (1): São Vicente/SP
•  Temas (1): Ermidas, capelas e igrejas



  Pedro Collaço Vilela
  Mais relevantes
  0 fontes
abrir registro
   
2022
Atualizado em 31/10/2025 08:58:06
De São Vicente a Jacarepaguá: uma genealogia de mulheres tupiniquim e a itinerância da cerâmica paulista, 2022. Sílvia Peixoto, Francisco Noelli e Marianne Sallum
•  Cidades (6): Buenos Aires/ARG, Guiné/AFR, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (11): Atanásio da Mota, Brigida Machado (n.1520), Calixto da Motta (n.1591), Esperança da Costa, Francisco Machado, Gonçalo Correia de Sá (n.1540), Luis de Céspedes García Xería (n.1588), Luisa Machado, Martim Correia de Sá (1575-1632), Vasco da Mota, Vitória Corrêa de Sá (f.1667)
•  Temas (4): Engenho(s) de Ferro, Metalurgia e siderurgia, Pirapitinguí, Tupiniquim
De São Vicente a Jacarepaguá: uma genealogia de mulheres tupiniquim e a itinerância da cerâmica paulista
Data: 2022
Créditos: Sílvia Peixoto, Francisco Noelli e Marianne Sallum
Página 341
    Registros relacionados
4 de fevereiro de 1628, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:31
1°. Luis de Céspedes chega ao Rio de Janeiro
Ainda não temos dados seriados sobre a demografia de pessoas livres e escravizadas indígenas e africanas, mas encontramos duas informações pontuais no período 1594-1667. A primeira é de 1628, no documento de transferência da posse do Camorim para Victória, que relata 40 “pessoas entre de Guiné e da terra” escravizadas no engenho (RUDGE, 1983, p. 36).

A mesma fonte referiu que “haviam de entrar dois negros do gentio da Guiné, um ferreiro e outro oleiro e assim mais entrarão na dita conta três moços, um carpinteiro e dois serradores do gentio da terra”, pessoas que o documento não define se eram escravizadas ou livres (RUDGE, op. cit. loc. cit.), mas o oleiro certamente era especialista na produção de cerâmica do açúcar, treinado com técnicas portuguesas.

O documento foi elaborado no casamento de Victória com Luis de Céspedes y Xéria, governador do Paraguai (1628-1633), união estratégica para futuros investimentos no patrimônio dos Sá e mais um reforço na relação com os paulistas. Céspedes foi exercer a sua governança no Paraguai, mas terminou acusado com um processo que o afastou do cargo em 1633, por enviar escravos para o seu engenho e permitir o trânsito dos “de São Paulo” em territórios que os colonos espanhóis consideravam do seu rei.

O resultado das relações parentais com São Paulo continuava firme em 1631, referidas no processo contra Luis Céspedes, relatando que ele despachou por Buenos Aires com “unos parientes de su mujer, que havian entrado por San Pablo, cantidad de plata labrada” (URQUIZA, 1951, p. 414). Um desses parentes era Calisto da Mota, irmão de Vasco da Mota referido acima, ambos primos de Victória em primeiro grau, filhos da irmã de Esperança, Luísa Machado, com Atanásio da Mota (FRANCO, 1954, p. 261-262), citado como “Calisto de la Mota… el qual es pariente de la muger del dicho gobernador y vino al Paraguay con la dicha governadora” (op. cit., p. 413). Eles foram citados no processo em que Luis de Céspedes é acusado de “trato y conçierto con los Portugueses de q le pusiesen 600 yndios en su ingenio” (op. cit., p. 414).

Apesar disso, ainda não encontramos provas da chegada dessas centenas de pessoas no engenho, mas ao encontrar relações parentais de Victória com os Mota, pelo lado paterno, abrimos um caminho para futuramente rastrear a mobilidade de escravizados pelos “bandeirantes” desde o Guairá até São Paulo e o Rio de Janeiro. [Páginas 342 e 343]



  Pedro Collaço Vilela
  Mais relevantes
  0 fontes
abrir registro
   
1953
Atualizado em 30/10/2025 23:41:02
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953
•  Cidades (11): Cananéia/SP, Carapicuiba/SP, Cubatão/SP, Iguape/SP, Itu/SP, Santos/SP, São Bernardo do Campo/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Tatuapé/SP
•  Pessoas (44): Alvaro Afonso, Ana Camacho (f.0), Antônia Quaresma (1505-1613), Antonio Camacho (n.1556), Antônio Pinto (n.1558), Antônio Pinto, filho (f.1617), Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Balthazar Fernandes (1577-1670), Brás Cubas (1507-1592), Caethana/Catharina Ramalho, Cristovão Diniz (f.0), Domingos Afonso, Domingos Luis Carvoeiro (1540-1615), Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Pinto, filho, Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Gaspar Dias (1569-1590), Gonçalo Camacho (1525-1600), Henrique da Cunha (1506-1580), Jerônima Dias, João Ramalho (1486-1580), João Tourinho Maciel (n.1535), Jorge Ferreira (1493-1591), José Arouche de Toledo Rendon (1756-1834), José de Anchieta (1534-1597), Lopo Dias Machado (1515-1609), Luís Alvarez, Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919), Maria Castanho de Almeida (n.1534), Marina de Chaves (f.1599), Marta Teixeira (1477-1530), Mestre Bartolomeu Camacho (n.1500), Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Mestre Domingos Gonçalves Fernandes (1500-1589), Padre Guilherme Pompeu de Almeida (1656-1713), Paula Camacho, Paula Camacho (Ferreira), Pedro Cubas (1538-1628), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Rodrigo Alvares (f.1598), Ruy Pinto (f.1549), Tapuía (1500-1560), Vitória Pinto
•  Temas (14): “o Rio Grande”, Almotacel, Capitania de Santo Amaro, Cemitérios, Ermidas, capelas e igrejas, Ipiranga, Metalurgia e siderurgia, Nossa Senhora da Expectação do Ó / Carmo, Piqueri, Rio Tamanduatei, Santa Ana das Cruzes, São Paulo de Piratininga, Tamoios, Vila de Santo André da Borda
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953
Data: 1953
Página 119(ar fernandes
    Registros relacionados
1515. Atualizado em 10/10/2025 23:26:43
1°. Nascimento de Lopo Dias Machado (1515-1609) em Portugal, viria ao Brasil e se casaria com Beatriz, uma das filhas do cacique Tibiriça Foi pai de três filhos Belchior Dias Carneiro, Isaac Dias Carneiro e Gaspar Dias. E três filhas, Isabel, Suzanna, Jerônima e Antônia Dias
Lopo Dias. Nascido em Portugal. Foi um dos povoadores de Santo André, onde consta das atas a sua existência nos anos de 1555 e 1558, e onde foi casado, em primeiras núpcias, com Beatriz Dias, que, com discrepância nas tradições e nas opiniões dos linhagistas, se supõe filha de João Ramalho ou de Tibiriçá.

Passou para São Paulo, onde morava na praça, e foi almotacel em 1562, 1563, e 1583; vereador em 1564. sucedendo a João Ramalho, e em 1576. Aqui, não se sabe quando nem com quem, casou segunda vez, esteve ainda muitos anos em grande atividade até 1600; mas em 1608 alegou ser muito velho, para se escusar à curadoria dos seus netos, no inventário do capitão Belchior Dias Carneiro.

Em 1609 já era segunda vez viúvo e, reiterando por escrito a escusa, alegou "ter-se entregue aos padres do Carmo". Aos carmelitas de São Paulo legou ao menos a fazenda do Mogi, em que pouco tempo depois se erigiu a vila de Santa Ana das Cruzes.

Além dos filhos descritos por S. Leme, I, 34, creio que teve, entre outros:

AB) Isaque e Gaspar Dias. Mortos pelos nativos no sertão, respectivamente em 1590 e 1593, na ida e na volta da expedição de Macedo e Grou.

C) Jerônima Dias. Teria sido mulher de Gonçalo Camacho, segundo tradições colhidas por Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777). [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953. Páginas 346 e 347]
1534. Atualizado em 08/07/2025 02:27:18
2°. Possível nascimento de Gonçalo Camacho, filho de Bartolomeu Camacho e sua segunda esposa
Gonçalo Camacho. Em 1588 morava em São Paulo (I, 345) e de 1590 a 1593 esteve no sertão na bandeira de Macedo e Grou (1, 476). Segundo a tradição alcançada pelo general Arouche, foi casado com Jerônima Dias, filha de Lopo Dias. Pedro Taques, no começo de seus estudos, admitiu essa tradição. Mais tarde, porém, passou a considerar Gonçalo Camacho como natural de Viana, irmão de Paula Camacho e casado em Santos com filha de Jorge Ferreira.

As hipóteses dos dois casamentos em rigor não se excluem, pois eles poderiam ser subsequentes. Admitirei, portanto, ambas. Também admito a de que fosse ele irmão de Paula Camacho. Mas, para admitir a de naturalidade no reino, seria preciso verificar se Bartolomeu, casado ou viúvo, trouxe do reino filha, casada ou viúva, e os dois netos. Gonçalo Camacho deixou geração em Santos, como diz Pedro Taques. [Páginas 317, 318 e 319]
1540. Atualizado em 23/10/2025 15:32:23
3°. Casamento de Rodrigo Alvares e Catarina Ramalho
Rodrigo Álvares, qualificado às vezes como piloto e uma como mestre de navios, era ferreiro. Estabeleceu-se em Santos cerca de 1540 e casou com Catarina Ramalho, filha de Bartolomeu Gonçalves. Participou de guerras contra os tamoios e os franceses. Teve muitas terras em Santos, por herança e por compra, vindo a ser sua quase todas as que tinham sido do sogro e outras. [Páginas 302 e


.jpg width='100%'>
\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\imgsc\303]

titulo.txt
\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\imgsc\303]

data.txt
Créditos/Fonte: Reprodução / Internet


1. Bartolomeu Camacho. Se fosse casado com filha de Jerônima Dias e neta materna de João Ramalho, como quer uma das tradições colhidas pelo general José Arouche de Toledo Rendon (1756-1834), deveria ter existido no terceiro quartel do século XVI e estender-se em ramos apreciáveis somente nas proximidades de 1600. Melhor, invertendo as gerações, genro de João Ramalho e sogro de Jerônima Dias, como informa o padre Guilherme Pompeu, que se considerava seu quinto e não quarto neto; e, consequentemente, de existência presumível no segundo quartel do século XVI. Só por si, a opinião do Creso parnaibano é de muito maior valor no caso de que as tradições que chegaram até já muito deformadas ao tempo do general José Arouche de Toledo Rendon (1756-1834). A circunstância de não se achar na documentação da época nenhuma referência ao nome de Bartolomeu Camacho, longe de infirmá-la, vem dar-lhe maior força. E o que é decisivo é o fato de se terem registrado nas atas da câmara de São Paulo, nada menos de três vezes, informações genealógicas referentes a diversos dos seus netos, as quais, embora não lhe mencionem o nome, convergem todas nele, pelo apelido Camacho dos diferentes ramos (II, 192, III, 18 e 127). Bartolomeu Camacho foi, portanto, um dos genros de João Ramalho, embora Silva Leme, depois de admiti-la, haja repudiado essa afirmação. E a pre-paulistana com quem casou, se não foi de outro leito de João Ramalho, pode ter sido Antonio Quaresma, referida no testamento do pai, da qual Silva Leme não descobriu o estado.

Antes ou depois desta teve outra mulher, conforme as citadas informações, - Talvez se possa identificar Bartolomeu Camacho com algum dos que na mesma época, tendo esse prenome, foram conhecidos outros apelidos, de que temos notícia. (V. Antunes, Carrasco e Gonçalves). Apesar da nebulosidade em que fica o seu nome, nele entroncam as mais antigas famílias paulistas, e é por uma de suas mulheres que quase todas elas se prendem a João Ramalho e aos tupiniquins de Piratininga. Embora talvez nascido no litoral, os seus filhos e netos, principalmente as filhas e netas, muito contribiram para o povoamento das primeiras vilas do campo. Foram suas filhas:

A) Fulana Camacho. Creio que casou com Baltazar Nunes. Esta foi mãe de Paula Camacho e creio que de Gaspar Nunes e de Isabel Nunes, e sogra de João Maciel e Pedro Martins. Ao contrário do que dizem Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) e S. Leme, segundo os quais Paula Camacho veio casada de Portugal com João Maciel, este declarou que era casado na capitania com filha de povoador ("Reg.", I, 14 e 183).

B) Fulana Camacho. Casou com Jerônimo Dias. Era meia irmã da precedente, conforme informação de Matias de Oliveira. Foi mãe de Ana Camacho e sogra de Domingos Luis Carvoeiro.

C) Ana Camacho. Casou com Domingos Afonso. Irmã inteira da precedente.

D) Maria Camacho. Casou depois de 1560 com Cristóvão Diniz.

E) Beatriz Camacho. Casou cerca de 1573 com Francisco Farel.

F) Fulana Camacho. Casou com Fernão Álvares. Foi a mãe de Antonio Camacho, Esperança Camacho, José Álvares e Apolonia Domingues.

G?) Fulana Camacho (F?). Casou primeira vez com Fernão Abreu ou Álvares, e segunda vez com Francisco Maldonado.

H) Gonçalo Camacho. Em 1588 morava em São Paulo (I, 345) e de 1590 a 1593 esteve no sertão na bandeira de Macedo e Grou (1, 476). Segundo a tradição alcançada pelo general José Arouche de Toledo Rendon (1756-1834), foi casado com Jerônima Dias, filha de Lopo Dias. Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), no começo de seus estudos, admitiu essa tradição. Mais tarde, porém, passou a considerar Gonçalo Camacho como natural de Viana, irmão de Paula Camacho e casado em Santos com filha de Jorge Ferreira. As hipóteses dos dois casamentos em rigor não se excluem, pois eles poderiam ser subsequentes. Admitirei, portanto, ambas. Também admito a de que fosse ele irmão de Paula Camacho. Mas, para admitir a de naturalidade no reino, seria preciso verificar se Bartolomeu, casado ou viúvo, trouxe do reino filha, casada ou viúva, e os dois netos. Gonçalo Camacho deixou geração em Santos, como diz Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777). [Páginas 317, 318 e 319]

Bartolomeu Gonçalves. "Como se lê em Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), em nota à descrição da fundação de Santos, veio com Martim Afonso, e durante mais de vinte anos foi o único ferreiro da capitania, um mestre Bartolomeu, que primeiro se chamava Domingos Gonçalves, o qual, em 1555, tendo mulher e filhas, obteve de Braz Cubas grande sesmaria em Santos. Assumiu mestre Bartolomeu considerável importância, depois de morto, em quase todas as questões de Santos. Tem-se também na história e na genealogia, até do planalto. Foi ele o mestre dos primeiros ferreiros que transpuseram a serra, e não teria sido exclusivamente magistral o seu parentesco com esses e outros povoadores do planalto. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953. Página 375 e 376]
25 de janeiro de 1555, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:04
4°. Bras Cubas concede sesmaria ao ferreiro "Mestre Bartolomeu", chamado Domingos, que havia chegando com Martim Afonso em 1531, quando "enganados" pelo "Bacharel" em Cananéia
1. Bartolomeu Gonçalves. "Como se lê em Frei Gaspar, em nota à descrição da fundação de Santos, veio com Martim Afonso, e durante mais de vinte anos foi o único ferreiro da capitania, um mestre Bartolomeu, que primeiro se chamava Domingos Gonçalves, o qual, em 1555, tendo mulher e filhas, obteve de Braz Cubas grande sesmaria em Santos. Assumiu mestre Bartolomeu considerável importância, depois de morto, em quase todas as questões de Santos. Tem-se também na história e na genealogia, até do planalto. Foi ele o mestre dos primeiros ferreiros que transpuseram a serra, e não teria sido exclusivamente magistral o seu parentesco com esses e outros povoadores do planalto. [p. 375 e 376]
1559. Atualizado em 23/10/2025 15:34:08
5°. Possível casamento
Gonçalo Camacho. Em 1588 morava em São Paulo (I, 345) e de 1590 a 1593 esteve no sertão na bandeira de Macedo e Grou (1, 476). Segundo a tradição alcançada pelo general José Arouche de Toledo Rendon (1756-1834), foi casado com Jerônima Dias, filha de Lopo Dias. Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), no começo de seus estudos, admitiu essa tradição. Mais tarde, porém, passou a considerar Gonçalo Camacho como natural de Viana, irmão de Paula Camacho e casado em Santos com filha de Jorge Ferreira. As hipóteses dos dois casamentos em rigor não se excluem, pois eles poderiam ser subsequentes. Admitirei, portanto, ambas. Também admito a de que fosse ele irmão de Paula Camacho. Mas, para admitir a de naturalidade no reino, seria preciso verificar se Bartolomeu, casado ou viúvo, trouxe do reino filha, casada ou viúva, e os dois netos. Gonçalo Camacho deixou geração em Santos, como diz Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777). [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953. Páginas 317, 318 e 319]
16 de janeiro de 1562, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:10
6°. Reuniu-se em sua casa a câmara, na falta de espaço do concelho, tendo requerido ao capitão mor que ordenasse o recolhimento à vila dos moradores de seu termo, porquanto estava a caminho de uma guerra
Em 1562 Domingos Grou hospedou o capitão, que era, ou João Ramalho ou Pero Colaço, e não Pero Fernandes como por erro se lê no texto impresso de uma das atas, e que estava prestes a partir para a guerra. Então a câmara, reunida em sua casa, pediu ao capitão que mandasse recolher à vila todos os moradores do seu termo. No fim desse ano estava em São Paulo.
1569. Atualizado em 23/10/2025 15:36:42
7°. Falecimento de Beatriz Dias
1 de janeiro de 1570, sexta-feira. Atualizado em 20/07/2025 06:32:05
8°. Rodrigo Alvares obteve do capitão-mór Jorge Ferreira sesmaria dessas terras (Fazenda do Jatan)
Rodrigo Álvares. Qualificado às vezes como piloto e uma como mestre de navios. Era ferreiro. Estabeleceu-se em Santos cerca de 1540 e casou com Catarina Ramalho, filha de Bartolomeu Gonçalves. Participou de guerras contra os tamoios e os franceses. Teve muitas terras em Santos, por herança e por compra, vindo a ser sua quase todas as que tinham sido do sogro e outras. Passou a residir em São Paulo, onde já tinha roças no Tatuapé.

Em 1570, alegando os serviços prestados e ter mulher e filhos, obteve do capitão-mór Jorge Ferreira sesmaria dessas terras (fazenda do Jatan), que, pela margem direita do ribeirão Tatuapé iam até o rio Grande, e, por este acima, até um outeiro, em que, dizia ele, dividiam com as de Braz Cubas (Piquerí?) - Foi nas vizinhanças dessas terras que mais tarde Jerônimo Leitão concedeu sesmarias aos nativos e a João Ramalho.

- Até o ano de 1588, Braz Cubas não perturbou o domínio e posse a Rodrigo Álvares no Jatan. Nesse ano, em que os seus negócios eram geridos pelo filho e procurador, Pedro Cubas, iniciou Braz Cubas, contra ele, uma ação que ficou no ano seguinte paralisada, com despacho que mandava autor e réu exibirem seus títulos, a fim de se proceder à demarcação, enchendo-se primeiro a carta mais antiga, depois a outra. Faleceu Rodrigo Alvares em 1598, deixando os filhos:
1570. Atualizado em 27/10/2025 21:17:22
9°. “um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros (carijós), que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania”
Então a câmara, reunida em sua casa, pediu ao capitão que mandasse recolher à vila todos os moradores do seu termo. No fim desse ano estava em São Paulo. Em 1563, na iminência de ataque a São Paulo, foi eleito capitão dos nativos, assinando o respectivo termo. Anos depois, com outro morador também casado e chefe de família, tendo praticado na vila um assasínio, levou todos os seus para o sertão do Anhembí, entre os nativos rebelados, indo em 1570 reconciliá-lo o padre José de Anchieta [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953. Página 383]
7 de fevereiro de 1588, domingo. Atualizado em 24/10/2025 15:48:11
10°. Aprovando a construção da Igreja Matriz
3° - Gonçalo Camacho. Em 1588 morava em São Paulo (I, 345) e de 1590 a 1593 esteve no sertão na bandeira de Macedo e Grou (1, 476). Segundo a tradição alcançada pelo general José Arouche de Toledo Rendon (1756-1834), foi casado com Jerônima Dias, filha de Lopo Dias. Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), no começo de seus estudos, admitiu essa tradição. Mais tarde, porém, passou a considerar Gonçalo Camacho como natural de Viana, irmão de Paula Camacho e casado em Santos com filha de Jorge Ferreira. As hipóteses dos dois casamentos em rigor não se excluem, pois eles poderiam ser subsequentes. Admitirei, portanto, ambas. Também admito a de que fosse ele irmão de Paula Camacho. Mas, para admitir a de naturalidade no reino, seria preciso verificar se Bartolomeu, casado ou viúvo, trouxe do reino filha, casada ou viúva, e os dois netos. Gonçalo Camacho deixou geração em Santos, como diz Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777). [Páginas 317, 318 e 319]
17 de agosto de 1588, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:40
11°. Sentença
Até o ano de 1588, Braz Cubas não perturbou o domínio e posse de Rodrigo Álvares no Jatan. Nesse ano, em que os seus negócios eram geridos pelo filho e procurador, Pedro Cubas, iniciou Braz Cubas, contra ele, uma ação que ficou no ano seguinte paralisada, com despacho que mandava autor e réu exibirem seus títulos, a fim de se proceder à demarcação, enchendo-se primeiro a carta mais antiga, depois a outra. Faleceu Rodrigo Alvares em 1598, deixando os filhos:

Luís Álvares (filho de Rodrigo Álvares). Natural de Santos. Casou com Antonia Gaga, que suponho filha de Henrique da Cunha. Era carpinteiro. Em sociedade com Domingos Luis Carvoeiro, contratou em 1598 a construção do corpo da igreja.

No ano seguinte, Pedro Cubas deu andamento à reivindicação das terras do Tatuapé, alegando que o pai não prosseguira no feito por ter resolvido que Rodrigo Alvares as fruísse em vida. Luís Álvares então vendeu a Jorge Neto Falcão as benfeitorias do Tatuapé e os seus direitos em litígio.

Clemente Álvares nasceu em Santos, onde foi inventariado o pai. Casou primeiro com Maria Gonçalves, falecida em 1599, filha de Baltasar Gonçalves; [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953. Páginas 302 e 303]
Julho de 1597. Atualizado em 23/10/2025 15:41:03
12°. Retorno*
3. Domingos Afonso. Em 1597 morava em São Paulo, e foi casado com Ana Camacho, filha, creio, de Bartolomeu Camacho e Antonia Quaresma e neta materna de João Ramalho. O casal teve aqui chãos que haviam sido de Alvaro Eanes e que vendeu a Antonio de Siqueira. O mesmo, se não foi algum filho homônimo, morava em 1585 em São Vicente ou Santos (I, 281), esteve em São Paulo em 1597, na volta da bandeira de João Pereira de Sousa ("Inv.", I, 105), e aqui morou de 1600 a 1602; em 1600 foi almotacel, em 1601, procurador do conselho, e em 1602, qualificado como carpinteiro, foi membro de comissão de orçamento de Igreja. Creio que algumas filhas suas casaram com povoadores de São Paulo. [Página 297]
30 de maio de 1598, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:08:19
13°. “auto de concerto que fizeram os oficiais da câmara com Domingos Luiz e Luiz Alvares” para fazerem "corpo de igreja" e capela matriz. Obrigaram-se esses empreiteiros a executar “obra de taipa de pilão a razão de quatro reais o taipal, com tal condição que os taipaes fossem de cutelo ou pedaço para serem também contados.”
Luís Álvares (filho de Rodrigo Álvares). Natural de Santos. Casou com Antonia Gaga, que suponho filha de Henrique da Cunha. Era carpinteiro. Em sociedade com Domingos Luis Carvoeiro, contratou em 1598 a construção do corpo da igreja.

No ano seguinte, Pedro Cubas deu andamento à reivindicação das terras do Tatuapé, alegando que o pai não prosseguira no feito por ter resolvido que Rodrigo Alvares as fruísse em vida. Luís Álvares então vendeu a Jorge Neto Falcão as benfeitorias do Tatuapé e os seus direitos em litígio.
1599. Atualizado em 24/10/2025 02:36:03
14°. Pedro Cubas
Luís Álvares (filho de Rodrigo Álvares). Natural de Santos. Casou com Antonia Gaga, que suponho filha de Henrique da Cunha. Era carpinteiro. Em sociedade com Domingos Luis Carvoeiro, contratou em 1598 a construção do corpo da igreja.

No ano seguinte, Pedro Cubas deu andamento à reivindicação das terras do Tatuapé, alegando que o pai não prosseguira no feito por ter resolvido que Rodrigo Alvares as fruísse em vida. Luís Álvares então vendeu a Jorge Neto Falcão as benfeitorias do Tatuapé e os seus direitos em litígio. [Páginas 302 e 303]



  Pedro Collaço Vilela
  Mais relevantes
  0 fontes
abrir registro
   
22 de agosto de 1942, sábado
Atualizado em 30/10/2025 23:41:01
Caminho do Anhembi, Américo de Moura, Correio Paulistano, 22.08.1942, página 4
•  Cidades (5): Capivari/SP, Carapicuiba/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (8): Afonso d´Escragnolle Taunay (66 anos), Américo de Moura (61 anos), Cairobaca, Domingos Luís Grou (1500-1590), Jerônimo Leitão, José de Anchieta (1534-1597), Nicolau Barreto, Serafim Soares Leite (52 anos)
•  Temas (7): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Guerra de Extermínio, Rio Anhemby / Tietê, Rio Paraná, Rio Parnaíba , Serra da Mantiqueira
Correio Paulistano/SP
Data: 1942
Página 4
    Registros relacionados
1570. Atualizado em 27/10/2025 21:17:22
1°. “um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros (carijós), que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania”
Como o pai, que em 1563 fora por Pedro Colaço investido nas funções de capitão dos índios, também ele se tornou delegado de confiança de Jerônimo Leitão, na fronteira entre os nativos cristãos de Piratininga e os tupiniquins levantados, que em 1570 entre o Salto de Itu e a embocadura do Capivari, haviam acolhido não somente o velho Grou e seus companheiros, fugitivos de São Paulo, como a expedição de paz do Padre Anchieta, assinalada por um dos milagres da vida do santo”.
1572. Atualizado em 24/10/2025 02:52:08
2°. Nas atas da câmara, de 1572 em diante, nenhum indício se encontra de hostilidades na região de Anhembi
1572. Atualizado em 24/10/2025 02:38:24
3°. Casamento e nascimento de Luis Grou, filho
Falei em nativos levantados, porém nas atas da câmara, de 1572 em diante, nenhum indício se encontra de hostilidades na região de Anhembi. A atuação de Anchieta, que durante alguns anos ainda residiu em São Paulo, a de Jerônimo Leitão, que não desprezava conselhos do canarinho, e a de Domingos Luís Grou, que, com outros mamelucos e nativos cristãos, facilmente podia manter contato com os seus parentes e amigos do sertão, evidentemente apaziguara os espíritos.
15 de novembro de 1579, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 23:27:09
4°. Vindo a São Paulo em 1579, escreveu Anchieta ao capitão-mór uma carta em que dá informação das poucas e reduzidas aldeias situadas nos arredores da vila e faz referência a Domingos Luiz Grou
Vindo a São Paulo em 1579, escreveu Anchieta ao capitão-mór uma carta em que dá informação das poucas e reduzidas aldeias situadas nos arredores da vila e faz referência a Domingos Luiz Grou. (p. 4)
10 de abril de 1585, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:21:26
5°. Representação das Câmaras de Santos e São Vicente ao capitão-mor Jerônimo Leitão, lugar-tenente do donatário, sobre a necessidade de fazer-se guerra aos índios Tupiniquim e Carijó
27 de julho de 1586, domingo. Atualizado em 30/10/2025 01:51:38
6°. Domingos Grou não retorna com a expedição de que saiu de Santos um ano antes
Como já tive a oportunidade de dizer, tenho como certo que a primeira guerra de Jerônimo Leitão, dirigida principalmente contra os carijós do litoral, e terminada em julho de 1586, deixou ainda em paz o rio. Mais tarde é que os tupiniquins do baixo Anhembi, hostilizados e perseguidos, teriam de emigrar para os sertões mineiros, goianos e mato-grossenses.
Setembro de 1587. Atualizado em 23/10/2025 17:07:05
7°. Leva de nativos era esperada*
Logo depois dela, vê-se nas atas que Domingos Luiz, em obediência a ordens do capitão-mór, expedidas provavelmente de acordo com os jesuítas, fez pelo rio uma expedição de paz ao remoto sertão dos tupiães, onde conseguiu convencer grande número desse nativos a virem aldear-se junto aos cristãos. Em setembro de 1587 era esperada essa leva de tupiães, mas ainda estava em caminho em novembro.

Taunay longamente expôs e comentou os efeitos imediatos da simples notícia da vinda desses nativos no espírito dos moradores da vila, que abertamente se opunham ao seu planejado aldeamento em Itanhaém, apenas se conformariam com o aldeamento no campo, em São Paulo, mas preferiam a repartição pelos moradores...

Observa-se nos protestos da câmara a menção de violências praticadas no sertão, cuja alegada "destruição" constituía sério perigo, o levantamento dos selvagens. A nota sombria parece ter surgido da chamada "entrada da paz" de Domingos Luiz Grou. Mas este e outros mamalucos não perderam a confiança que tinham na amizade dos nativos do Anhembi, e depois empreenderam pelo mesmo caminho novas viagens.

É provável que essa expedição tivesse subido o Paraná e fosse a primeira em que gente de São Paulo atingiu terras mineiras e goianas. Oliveira Viana, descrevendo a talentosa expansão paulista no Nordeste e no Norte, nos sertões de Minas e no planalto de Goiás, depois de por em evidência a rota das expedições pelo curso do Paraíba e pela passagem da Mantiqueira, disse que não foi só esse o caminho dos sertanistas audazes, mas também o do Anhembi.

Dese conceito enfaticamente discordou Taunay, que disse: "As navegações Paraná e Paranaíba acima, se se fizeram, raras foram, raríssimas mesmo. A seu respeito silencia, por assim dizer, a histórias das expedições".

Que não teve razão na discordância o eminente historiador das expedições paulistas, "quandoque bonus...", já o demonstrou o brilhante e consciencioso investigador de nosso passado, Vitor de Azevedo, que trouxe para o estudo a expedição de Nicolau Barreto o subsídio dos roteiros seiscentistas de Pero Domingues, divulgados por Serafim Leite. [Correio Paulistano, 22.08.1942, página 4: Caminho do Anhembi, Américo de Moura]
20 de setembro de 1587, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:07:05
8°. Assinou, em sinal de cruz, pois era analfabeto, requerimento da Câmara sobre os índios tupiaes que procuravam a vila de livre e espontânea vontade
Logo depois dela, vê-se nas atas que Domingos Luiz, em obediência a ordens do capitão-mór, expedidas provavelmente de acordo com os jesuítas, fez pelo rio uma expedição de paz ao remoto sertão dos tupiães, onde conseguiu convencer grande número desse nativos a virem aldear-se junto aos cristãos. Em setembro de 1587 era esperada essa leva de tupiães, mas ainda estava em caminho em novembro.

Taunay longamente expôs e comentou os efeitos imediatos da simples notícia da vinda desses nativos no espírito dos moradores da vila, que abertamente se opunham ao seu planejado aldeamento em Itanhaém, apenas se conformariam com o aldeamento no campo, em São Paulo, mas preferiam a repartição pelos moradores...

Observa-se nos protestos da câmara a menção de violências praticadas no sertão, cuja alegada "destruição" constituía sério perigo, o levantamento dos selvagens. A nota sombria parece ter surgido da chamada "entrada da paz" de Domingos Luiz Grou. Mas este e outros mamalucos não perderam a confiança que tinham na amizade dos nativos do Anhembi, e depois empreenderam pelo mesmo caminho novas viagens.

É provável que essa expedição tivesse subido o Paraná e fosse a primeira em que gente de São Paulo atingiu terras mineiras e goianas. Oliveira Viana, descrevendo a talentosa expansão paulista no Nordeste e no Norte, nos sertões de Minas e no planalto de Goiás, depois de por em evidência a rota das expedições pelo curso do Paraíba e pela passagem da Mantiqueira, disse que não foi só esse o caminho dos sertanistas audazes, mas também o do Anhembi.

Dese conceito enfaticamente discordou Taunay, que disse: "As navegações Paraná e Paranaíba acima, se se fizeram, raras foram, raríssimas mesmo. A seu respeito silencia, por assim dizer, a histórias das expedições".

Que não teve razão na discordância o eminente historiador das expedições paulistas, "quandoque bonus...", já o demonstrou o brilhante e consciencioso investigador de nosso passado, Vitor de Azevedo, que trouxe para o estudo a expedição de Nicolau Barreto o subsídio dos roteiros seiscentistas de Pero Domingues, divulgados por Serafim Leite. [Correio Paulistano, 22.08.1942, página 4: Caminho do Anhembi, Américo de Moura]
1587. Atualizado em 29/10/2025 21:53:30
9°. Leva esperada de tupiães, desde setembro, ainda estava em caminho



  Pedro Collaço Vilela
  Mais relevantes
  1 fontes
abrir registro
   
1672
Atualizado em 30/10/2025 23:40:58
Vida do Venerável Padre José de Anchieta, 1672. Simão de Vasconcelos (1597-1671)
•  Cidades (5): Itanhaém/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (5): Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco Correa (f.1590), Gregório Ferreira (n.1542), José de Anchieta (1534-1597), Simão de Vasconcelos (1597-1671)
•  Temas (3): Léguas, São Paulo de Piratininga, Ybyrpuêra
    1 fonte
  0 relacionadas
    Registros relacionados
Dezembro de 1568. Atualizado em 30/10/2025 20:00:51
1°. Anchieta*
“um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família” tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros, que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania”.

Notório foi o caso de Francisco Correa, era este companheiro de Domingos Luis Grou, os quais com mulheres e famílias trouxera do sertão José de Anchieta com perdão de seus crimes.

Estava o dito Francisco Correa para partir do porto de Santos em um navio, pediu licença a Jorge Ferreira, que então era Capitão da terra, e sobre lhe negar tiveram palavras pesadas, das quais resultou que um filho do Capitão, Gregório Ferreira o matou as frechadas:

Foi caso fortuito, e incontinente um sobrinho do matador se acolheu com toda a pressa para dai a quatro léguas, onde então estava José, o qual em o vendo, e sem que tivesse outra notícia, disse, basta que é morto Francisco Correa? Respondeu que sim; tornou José, não o matou a ele vosso tio mataram-no seus pecados.

Duas coisas se tiveram aqui por profecias, uma foi da notícia da morte, porque constou, que ninguém viera diante ao sobrinho ao matador:

Segunda, a notícia do pecado do morto, porque contou, que em o navio em que estava para partir, e sobre que fora a contenda, tinha metido mulher e filhos, e determinava também a mulher e filhos do amigo Domingos Luis Grou, e ir-se segunda vez ao sertão a entrega-las aos nativos, a troco de mancebas que por la deixara.



  Pedro Collaço Vilela
  Mais relevantes
  1 fontes
abrir registro
   
5 de novembro de 1660, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 23:40:58
D. Simão não obedeceu esta ordem do Governador Geral Salvador Corrêa de Sá e Benevides, pelo menos como este esperava, de acordo com o bando que este senhor mandou publicar a 5 de novembro de 1660 em Santos, na qual vila vinha governando as capitanias do Sul, como segue
•  Cidades (3): Paranaguá/PR, Santos/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): Antonio Lopes de Medeiros, Salvador Correia de Sá e Benevides (66 anos), Simão de Toledo Piza (n.1612), Simão Dias de Moura
•  Temas (2): Ouro, Sabarabuçu
    1 fonte
  0 relacionadas



  Pedro Collaço Vilela
  Mais relevantes
  0 fontes
abrir registro
   
1924
Atualizado em 30/10/2025 23:40:59
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol XXI. 1916-1921, 1924
•  Cidades (6): Cotia/Vargem Grande/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (15): Álvaro Luís do Valle, Antonio de Proença (1540-1605), Domingos Rodrigues, Fernão Cardim (1540-1625), Francisco de Sousa (1540-1611), Gentil de Assis Moura (56 anos), Jerônimo Leitão, João III, "O Colonizador" (1502-1557), Luiz Furtado (1590-1636), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Pero Lopes de Sousa (1497-1539), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Teodoro Fernandes Sampaio (69 anos), Washington Luís Pereira de Sousa (55 anos)
•  Temas (5): Carijós/Guaranis, Ermidas, capelas e igrejas, Léguas, São Paulo de Piratininga, Tordesilhas
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol XXI. 1916-1921
Data: 1924
Página 21
    Registros relacionados
1580. Atualizado em 24/10/2025 02:38:27
1°. Cotia
No planalto da serra, próximo a vila de São Paulo, já floresciam também, em 1580, algumas povoações como Parnahyba e outras que tiveram predicamento de vila no começo do século XVII. Se nessa época a capitania de São Vicente não se expandia mais, como novos arraiais e núcleos, é porque, como dizem o dr. Theodoro Sampaio (1855-1937) e Dr. Gentil de Moura (1868-1929), "os domínios portugueses, nesse tempo, não iam além de Parnahyba e Cotia, cerca de 35 kilometros ao poente da vila de São Paulo."
9 de abril de 1590, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:39:24
2°. Ataque tem a intenção de tomar o caminho do mar
No planalto da serra, próximo a vila de São Paulo, já floresciam também, em 1580, algumas povoações como Parnahyba e outras que tiveram predicamento de vila no começo do século XVII. Se nessa época a capitania de São Vicente não se expandia mais, como novos arraiais e núcleos, é porque, como dizem o dr. Theodoro Sampaio (1855-1937) e Dr. Gentil de Moura (1868-1929), "os domínios portugueses, nesse tempo, não iam além de Parnahyba e Cotia, cerca de 35 kilometros ao poente da vila de São Paulo." [Página 107]
12 de fevereiro de 1601, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:57
3°. Expedição
No opúsculo publicado pelo Dr. Washington Luis, em 1918, como Prefeito de São Paulo, explicando a nova nomenclatura das ruas, largos, avenidas, praças, etc., das pela Câmara, em 1914, vê-se o nome deste governador (n° 18, página 17). "João Pereira de Souza - diz a nota - comandou uma bandeira que prelustou os mesmos sertões que a anterior."

- Essa bandeira "anterior" foi organizada e capitaneada por Domingos Rodrigues - diz a nota precedente. Esta entrada partiu de São Paulo de 1599-1600 e andou pelos sertões da Parahyba, onde se achava em 12 de fevereiro de 1601 e recolheu alguns soldados da bandeira de João Pereira de Sousa...

Aqui parece haver erro ou confusão de datas, pois a entrada de Domingos Rodrigues deveria ser posterior á entrada de João Pereira: As notas de Fr. Gaspar não combinam também com as demais, quanto ao ano em que João Pereira de Sousa foi nomeado governador de São Vicente.

A expedição de João Pereira, partiu, diz ainda a nota do Dr. Washington Luis, depois de 5 de outubro de 1576. Este homem já chegou a São Paulo no comando de uma expedição devassadora do sertão ignoto, mostra já a intervenção decidida de D. Francisco de Souza para descoberta de ouro, prata e pedras preciosas, supremo fim da atividade do tempo.

A expedição levou o móvel extensivo de fazer a guerra da Parnahyba. Esfacelou-se por lá, tendo sido encontrados rastos dela por outros que lhe seguiram as pegadas. Dessa expedição foi soldado João do Prado, que faleceu no sertão em 1597.

Pedro Vaz de Barros serviu de Capitão e Ouvidor da Capitania de São Vicente, por Provisão de Lopo de Sousa, desde 1603, e ainda serviu o cargo em 24 de fevereiro de 1605, como consta dos documentos da Câmara vicentina. [Página 289]
24 de fevereiro de 1605, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:38:59
4°. Pedro Vaz de Barros serviu de Capitão e Ouvidor da Capitania de São Vicente
Pedro Vaz de Barros serviu de Capitão e Ouvidor da Capitania de São Vicente, por Provisão de Lopo de Sousa, desde 1603, e ainda serviu o cargo em 24 de fevereiro de 1605, como consta dos documentos da Câmara vicentina. [Página 289]
24 de julho de 1645, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:06
5°. Tomou posse da capitania de Itanhaem D. Sancho de Faro, filho primogênito da donataria condessa de Vimieiro
16 de fevereiro de 2023, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:32:37
6°. Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?



  Pedro Collaço Vilela
  Mais relevantes
  2 fontes
abrir registro
   
10 de junho de 1585, segunda-feira
Atualizado em 30/10/2025 23:40:55
Reunião em São Vicente
•  Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (8): Antonio de Proença (45 anos), Francisco Cubas (n.1594), Jerônimo Leitão, Jorge Ferreira (92 anos), Lopo de Souza (f.1610), Pedro Alvares, Pedro Sardinha (5 anos), Tristão de Oliveira
•  Temas (4): Carijós/Guaranis, Ermidas, capelas e igrejas, Gentios, Guerra de Extermínio
Correio Paulistano/SP
Data: 1942
Página 5
    2 fontes
  0 relacionadas



  Pedro Collaço Vilela
  Mais relevantes
  \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\cristiano\registros\21438f.txt fontes
abrir registro
   
29 de junho de 1566, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 22:16:01
Estevão pediu confirmação de suas terras
•  Cidades (3): Leiria/POR, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (9): Amaro Domingues (1579-1636), Antonio Rodrigues (Piqueroby) (71 anos), Brigida Machado (n.1520), Brigida Machado Rodrigues (f.0), Dionisio da Costa, Estevão Gomes da Costa, Gonçalo Monteiro, João Soares, Rui Dias Machado
•  Temas (1): Guaimbé



  Pedro Collaço Vilela
  Mais relevantes
  7 fontes
abrir registro
   
3 de abril de 1609, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 23:40:56
“muita gente que se vinha para cá, por outro caminho (...) paragem chamada Atuahy (Itú), perto de Piassaba, e perto donde vivia Baltezar”: O relato de André da Aldeia do Forte
•  Cidades (4): Itu/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (11): Alfredo Romário Martins (1874-1948), Baltazar Gonçalves, velho (65 anos), Balthazar de Godoy (n.1561), Balthazar Fernandes (32 anos), Clemente Álvares (40 anos), Henrique da Costa (36 anos), Lopo de Souza (f.1610), Juan Sebastián Elcano (1476-1526), Francisco I da Áustria (1768-1835), Domingos Rodrigues, Maximilien François Marie Isidore de Robespierre (1758-1794)
•  Temas (18): Aldeia de Tabaobi, Apiassava das canoas, Atuahy, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho de São Roque-Sorocaba, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Fortes/Fortalezas, Gentios, Ituguasu, Pirapitinguí, Porto em Sorocaba, Portos, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Nheengatu, Caciques, Habitantes, Bairro Itavuvu
Estrada existente
Data: 1650
Créditos: Anais do Museu Paulista - Tomo XXIII - Dados para a história dos índios
Página 112
    7 fontes
  0 relacionadas



  Pedro Collaço Vilela
  Mais relevantes
  4 fontes
abrir registro
   
16 de janeiro de 1562, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 22:15:55
Reuniu-se em sua casa a câmara, na falta de espaço do concelho, tendo requerido ao capitão mor que ordenasse o recolhimento à vila dos moradores de seu termo, porquanto estava a caminho de uma guerra
•  Cidades (3): Carapicuiba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): Cacique de Carapicuíba, Domingos Luís Grou (62 anos), Jerônimo Leitão, João Ramalho (76 anos)
•  Temas (3): Confederação dos Tamoios, Tamoios, Tupinambás
Correio Paulistano/SP
Data: 1942
Página 4
    4 fontes
  2 relacionadas

1°. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953
1953
Em 1562 Domingos Grou hospedou o capitão, que era, ou João Ramalho ou Pero Colaço, e não Pero Fernandes como por erro se lê no texto impresso de uma das atas, e que estava prestes a partir para a guerra. Então a câmara, reunida em sua casa, pediu ao capitão que mandasse recolher à vila todos os moradores do seu termo. No fim desse ano estava em São Paulo.  ver mais

2°. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia Nº 8: Povoadores de São Paulo - Domingos Luís Grou (Adendas às primeiras gerações), consultado em 08.10.2022
8 de outubro de 2022, sábado
Em S. Paulo foi membro da governança e um dos principais sertanistas dos primeiros anos. A 16 de janeiro de 1562, reuniu-se em sua casa a câmara, na falta de paço do concelho, tendo requerido ao capitão mor que ordenasse o recolhimento à vila dos moradores de seu termo, porquanto estava a caminho de uma guerra (contra o gentio ameaçador).  ver mais



  Pedro Collaço Vilela
  Mais relevantes
  6 fontes
abrir registro
   
30 de junho de 1553, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 22:15:52
Mais um parente do capitão-mor Antônio de Oliveira, representante do "proprietário" das terras adquiriu em Assumpção trinta e dois índios guaranys, a troco de ferro, para vende-los nas capitanias do norte
•  Cidades (6): Assunção/PAR, Guaíra/PR, Ivaiporã/PR, Santos/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (11): Afonso Sardinha, o Velho (22 anos), Antônio de Oliveira (43 anos), Gaspar Fernandes Preto (13 anos), João Pires, o gago (53 anos), Juan de Salazar y Espinosa (45 anos), Manuel Fernandes Ramos (28 anos), Marcos Fernandes, velho (23 anos), Pero Correia (f.1554), Scipião de Góes, Vicente de Goes (f.1580), Francisco Vidal
•  Temas (4): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Metalurgia e siderurgia, Guayrá
“Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”
Data: 1940
Créditos: Francisco de Assis Carvalho Franco
Página 24
    6 fontes
  1 relacionada

1°. Biblioteca Genealógica Brasileira VI. Os Camargos de São Paulo. Francisco de Assis Carvalho Franco
1943
Por esse tempo também referia em carta Antonio da Trindade, que em Assunção aparecera uma caravana chefiada pelo português Affonso Farinha, morador de São Vicente "que levara dezenas de escravizados a serem vendidos nas terras do domínio português e outro chefe de bandeira, da mesma procedência, por nome Diogo Dias, também transportara nativos orocotoquis e de outras nações a mercadejar em São Vicente."

Por último, sabe-se por um documento contemporâneo, que os principais chefes das entradas vicentinas no Guayrá, além dos dois acima citados, eram: Scipião de Góes, Vicente de Góes, Manuel Fernandes, Marcos Fernandes, Matheus Fernandes, Pedro Collaço, Domingos Vaz, piloto, João Pires Gago e Gaspar Fernandes.

As cartas dos jesuítas vicentinos dessa época também vêm cheias de pormenores sobre a extensão desse comércio e a inutilidade das medidas legais visando extingui-lo. Interessados diretos na questão, poderão ser acoimados de suspeitos - mas, para que se tenha real ideia do fato, transcrevemos aqui trecho duma carta de Pedro Sarmento de Gambôa, publicada por Pastells e datada do Rio de Janeiro, a 5 de outubro de 1585:

"Um irmão do governador Salvador Corrêa de Sá, fez uma jornada terra dentro a castigar certos nativos delinquentes e a trazer outros de paz, fôrros, para os doutrinar; esteve lá quinze meses e voltou por este setembro, trazendo novecentos nativos que viéram por sua vontade e pela palavra que lhes deu de que seriam fôrros.

Os soldados da entrada, em caminho, se descomediram contra o capitão e em meio de grande alvoroço, repartiram entre si os nativos fôrros, tomando um o marido, outro a esposa, outro os filhos, causando lastima ver a desumanidade com que agiram e as recriminações que os nativos lhes fazem.

É um péssimo exemplo para os nativos que aqui já estão e os do sertão, que não crerão mais em cristãos. Dão uma razão, os repartidores, em seu favor, como se a divisão fosse coisa inevitável e não se pudesse fazer melhor, é que podiam mata-los ou fazer deles o que quisessem; incrível exorbitância da consciência, não considerando o agravo feito á justiça e á autoridade do governador.

E cada qual se foi, para seu lado, levando os nativos que tomou. Asseguro a V. M., portanto, o que de outras vezes já afirmei: que isto de escravidão nesta terra é coisa desenfreada e de má fé, com muitos danos e abominações e que desse modo em breve ficará a terra sem naturais, como aconteceu em São Domingos, Cuba, Jamaica e Porto Rico e o mesmo será do Viaçá." [Biblioteca Genealógica Brasileira VI. Os Camargos de São Paulo, 1943. Francisco de Assis Carvalho Franco. Páginas 19 e 20]  ver mais



  Pedro Collaço Vilela
  Mais relevantes
  0 fontes
abrir registro
   
12 de agosto de 1560, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 22:15:53
Registro de terras
•  Cidades (3): Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (8): Caiubi, senhor de Geribatiba, Domingos Luís Grou (60 anos), João Paes (1580-1664), Luís da Grã (n.1523), Bartolomeu Carrasco (f.1571), Suzana Rodrigues (n.1559), Mestre Bartholomeu Fernandes, Bartholomeu Fernandes Cabral (42 anos)
•  Temas (20): Caminho do gado, Caminho do Ibirapuera/Carro, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Guaianase de Piratininga, Jeribatiba (Santo Amaro), Jesuítas, Jurubatuba, Geraibatiba, Léguas, Nossa Senhora da Assunção, Pela primeira vez, Rio Geribatiba, Rio Pinheiros, Santo Mauro, São Paulo de Piratininga, Ybyrpuêra, “o Rio Grande”, Estradas antigas, Vila de Santo André da Borda, Piratininga
Monumenta Brasiliae
Data: 1956
Créditos: Serafim Leite
Página 270



  Pedro Collaço Vilela
  Mais relevantes
  4 fontes
abrir registro
   
1571
Atualizado em 30/10/2025 22:16:02
Salvador Pires obteve, de parceria com Amador de Medeiros, umas terras de cultura, com matos e capoeiras, na região do Ipiranga
•  Cidades (2): São Paulo/SP, Santos/SP
•  Pessoas (9): Amador de Medeiros, Salvador Pires (f.0), Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Bartolomeu Carrasco (f.1571), Rodrigo Alvares (f.1598), Jorge Moreira (n.1525), Antônio Pinto (n.1558), João Ramalho (85 anos), Antonio Rodrigues (Piqueroby) (76 anos)
•  Temas (9): Caminho do Mar, Estradas antigas, Ipiranga, Vila de Santo André da Borda, Inhayba, Cruzes, Caminho de Piratininga, Jurubatuba, Geraibatiba, “o Rio Grande”
    4 fontes
  1 relacionada

1°. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XIV
1909
Para isso, nos serviremos primeiramente, da cópia, que tiramos no mosteiro de São Bento, desta cidade, da sesmaria concedida a Amador de Medeiros, e onde se determina o ponto ocupado pelas terras de Bartholomeu Carrasco, também chamado Bartholomeu Rodrigo ou, mais propriamente, Mestre Bartholomeu e que é o ponto iniciado da sesmaria concedida ao padre Luiz de Gram para o colégio de São Paulo.

Pelos termos da concessão feita ao geral dos jesuítas, vê-se que a vila de Santo André ficava de Piratininga para o mar, tendo seu ponto iniciado em uns pinheiros que estavam próximos á casa de Mestre Bartholomeu.

Com o auxílio desses documentos, reconstituímos o caminho velho ou caminho dos índios desde Piratininga até o Ponto Alto, a meia légua do Rio Grande ou Jurubatuba, oferecendo assim a primeira prova de nossa opção sobre o ponto em que devia ter assento aquela vila.

A segunda prova, que também servirá para verificar o ponto determinado pela primeira, será dada pelo delineamento da sesmaria de Pedro de Góes, controlada pela sesmaria de Braz Cubas, e que tem como as sesmarias do mestre Bartholomeu e padre Luiz da Gram, um ponto divisório comum a todas e que é um capão de pinheiros.

A sesmaria de Amador de Medeiros, conforme se vê transcrita no Livro do Tombo do Mosteiro de São Bento, ás fls. 38 e 39, foi concedido nos seguintes termos:

Pedro Colaço cappm. em esta Capitania de São Vicente pelo senhor Martim Afonso de Sousa, capitão e governador dela por El-Rey Nosso Senhor, e do seu Conselho, etc., etc. Faço saber a quantos esta minha carta de sesmaria virem, em como por Amador de Medeiros, ouvidor que ora é em esta Capitania pelo dito senhor e morador em esta vila de Santos, me foi feita uma petição em que dizia que havia dezoito anos que nela era morador aonde sempre ajudou a sustentar com a sua pessoa e fazenda, assim dos inimigos como das mais coisas necessárias e sendo sempre pronto a sustentar muitos, trabalhos sem nunca haver dos capitães passados, nem uma terra de sesmaria, e como ele ora determina com ajuda de Nosso Senhor fazer fazendas, rossas e criações no campo, me pedia que pelas confrontações seguintes lhe desse de sesmaria para fazer a sua fazenda.

Que pedia um pedaço de terra que parte pelo rio de Tamandatiiba, perto de uma roça que João Roiz tem junto a Inhoaiva e dai correrá direto a um pico alto e redonto, que se mostra do campo estar cumiada alta como tudo se mostra de uma cruz que está no caminho que vai de Santo André para São Paulo que uma pedra de corisco quebrou, que se diz que João Ramalho o pôs alí; e di dito pico alto irá pela dita cumiada sempre até ir dar no caminho que vai para Jrobatiba; e partir com os herdeiros do mestre Bartholomeu que Deus tem e daí partindo sempre com eles até vir ter com terras de Pero da Silva e tornar a dar no dito rio de Tamandatiiba e por ele acima até donde começou a partir; e assim outro pedaço de terra que parte no Ipiranga com terras de Antonio Pinto e com os capões que vão para a banda de Jrabatiba e com terras de Antonio Rodrigues de Almeida e de Jorge Moreira para a banda de Piratininga e das outras bandas com campos e com quem de direito deva partir, porquanto essas terras estão devolutas e ele suplicante as quer possuir e fazer que rendam para El-Rey N. Senhor e para o senhor Martim Afonso de Sousa, do que lhe mandaria fazer carta do que receberia mercê.

O que visto por mim seu dizer e pedir ser justo e em saber ser assim tudo o que o dito suplicante em a dita petição relatava, lhe dou as terras conteudas em sua petição pelas demarcações em ela alegadas e declaradas, em nome do senhor Martim Afonso de Sousa ... E eu Antonio Rodrigues de Almeida, escrivão das datas as fiz por seu mandado, ano de 1571. Pedro Colaço.
[Páginas 7 e 8]  ver mais



  Pedro Collaço Vilela
  Mais relevantes
  \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\cristiano\registros\30037f.txt fontes
abrir registro
   
29 de maio de 2025, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 08:58:09
Consulta em Geni.com
•  Pessoas (22): Ana Rodrigues (n.1540), Antonia de Oliveira (1610-1661), Antonia Gonçalves (Bonilha), Antônio Fernandes Soares, Athanasia Sardinha, Brigida Machado (n.1520), Catarina Dias (1558-1631), Cecília Rodrigues, Estácia da Veiga, Geraldo Correa Sardinha (1575-1668), Geraldo Corrêa Sardinha Filho (1610-1667), Isabel de Amorim, Jerônimo da Veiga (n.1581), Joana de Castilho (f.0), João Soares, Juliana de Oliveira Lobo, Manuel Fernandes Zouro, Maria Antunes da Veiga, Maria Soares, Mathias de Oliveira, Mécia Rodrigues Cabral (f.0), Pedro Rodrigues Cabral (1580-1621)
    Registros relacionados
1600. Atualizado em 31/10/2025 02:55:14
1°. Nascimento de Geraldo Corrêa Sardinha Filho, Santo Amaro/SP, filho de Geraldo Corrêa Sardinha e Maria Soares
1610. Atualizado em 24/10/2025 04:33:27
2°. Nascimento de Antonia de Oliveira (Rodrigues), em São Paulo/SP, fFilha de Antonio Rodrigues Velho, "o Araá" e Joanna de Castilhos
1631. Atualizado em 24/10/2025 04:33:31
3°. Falecimento de Catarina Dias
20 de outubro de 1667, sexta-feira. Atualizado em 29/05/2025 23:20:27
4°. Falecimento de Geraldo Corrêa Sardinha Filho



  Pedro Collaço Vilela
  Mais relevantes
  0 fontes
abrir registro
   
17 de fevereiro de 2024, sábado
Atualizado em 31/10/2025 08:58:12
Consulta em geni.com
•  Cidades (1): Itu/SP
•  Pessoas (14): Filipa Gago da Costa, Ana da Costa, a Moça (1615-1676), Baltazar da Costa, Brigida Machado (n.1520), Domingos Fernandes (1577-1652), Gomes Freire de Oliveira (n.1610), Isabel Castanho (n.1646), Luis XVI da França (1754-1793), Maria Collaço, Maria de Oliveira, Martim Gomes da Costa, Paschoal Delgado Lobo, moço (f.0), Pascoal Delgado, o Velho, Pedro Colaço



  Pedro Collaço Vilela
  Mais relevantes
  0 fontes
abrir registro
   
2009
Atualizado em 31/10/2025 08:58:01
A Vila de São Paulo em seus primórdios – ensaio de reconstituição do núcleo urbano quinhentista
•  Cidades (6): Campinas/SP, Jundiaí/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP
•  Pessoas (12): Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Brás Cubas (1507-1592), Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Fernão Cardim (1540-1625), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), João IV, o Restaurador (1604-1656), Manuel João Branco (f.1641), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Salim Farah Maluf
•  Temas (47): “o Rio Grande”, Algodão, Ambuaçava, Banana, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminho do Piquiri, Caminho São Paulo-Santos, Canôas, Capitania do Espirito Santo, Carmelitas, Cavalos, Colégio Santo Ignácio, Colégios jesuítas, Conventos, Curiosidades, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Gados, Galinhas e semelhantes, Geografia e Mapas, Guaré ou Cruz das Almas, Jeribatiba (Santo Amaro), Jesuítas, Léguas, Nheengatu, Nossa Senhora da Expectação do Ó / Carmo, Nossa Senhora do Rosário, O Sol, Ouro, Pela primeira vez, Pontes, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio Pequeno, Rio Pinheiros, Rio Tamanduatei, São Paulo de Piratininga, Serra de Paranapiacaba, Tabatinguera, Vale do Anhangabaú, Vale do Paraíba, Vila de Santo André da Borda, Vinho, Ybyrpuêra
Mapa
Data: 1616
(documento por nós datado do ano de 1616 ou 1617), conservada na Real Academia de la Historia em Madri, republicada pelo Professor Nestor Goulart Reis, e cuja autoria é atribuída ao engenheiro militar italiano Alessandro Massaii.
    Registros relacionados
1585. Atualizado em 25/02/2025 04:47:13
1°. Fernão Cardim sobre o caminho
13 de novembro de 1592, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:21:27
2°. Em seu Testamento descreve seus bens, especialmente uma grande Fazenda em Amboaçava, onde Braz Cubas teria “umas cruzes de pedras”
10 de fevereiro de 1598, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 04:54:09
3°. Terras
18 de dezembro de 1598, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:29:16
4°. Pedro Nunes, Manoel Fernandes e Fernão Marques pedem terras no caminho de Burapoera a começar com João Fernandes, genro de André Mendes
Da primeira medição, datada de 1598, só se conservam os autos relativos à implantação de dois marcos, um no caminho de Virapoeira, ao sul, e outro no caminho de Pinheiros, a oeste. Os outros dois autos, relativos aos marcos posicionados ao norte e a leste, sem dúvida se perderam (R. G.,v.2, p.110).
1616. Atualizado em 25/02/2025 04:41:21
5°. Planta atribuída a Alexandre Massaii
A mencionada planta atribuída a Massaii pelo Professor Nestor Goulart Reis Filho merece minuciosa análise e interpretação, por constituir, sem dúvida nenhuma, a mais remota representação iconográfica do primitivo assentamento paulistano (fig.22). Embora se trate de documento sumário e esquemático, com notações por vezes confusas e incorretas, temos de reconhecer que a interrelação de distâncias existente entre seus elementos constitutivos não foi estabelecida de modo completamente aleatório.

Há decerto erros bastante grosseiros de orientação o convento de São Bento, por exemplo, que até hoje se mantém no mesmo lugar, aparece no mapa situado a poucos passos adiante do colégio jesuítico, imediatamente à direita da Igreja da Misericórdia, edifício que, por sua vez, deveria ter sido locado mais a nordeste.

Assim, observamos que, depois de galgar a “serra de parana piacaba” [sic], e atingir talvez o ponto mais alto onde, ficamos sabendo, havia um pequeno cruzeiro, o caminho procedente do litoral atravessava sucessivamente três cursos d’água, o Rio Pequeno, ou “Garaiba ti miri” [sic, por Jeribatiba-mirim], o Grande, ou “Garaiba ti guoasu” [sic, por Jeribatiba-guaçu], e o “Rio Tamandoatibi” [sic], cujo nome é curiosamente traduzido no mapa (e provavelmente de maneira errônea) por “aguoa de rapoza”. Este último curso d’água aparece transposto duas vezes; a segunda ultrapassagem sendo feita por meio de uma ponte que só pode ser a da Tabatinguera. [Página 73]

À mão esquerda da encosta que conduzia a São Paulo de Piratininga, reparamos a seguir num cruzeiro, que, julgamos, devia ficar em frente do local onde fora erguida a forca em 1587 (ATAS, v.1, p.315), à direita do viandante que chegava à Piratininga, no alto do Outeiro da Tabatinguera, mais tarde conhecido como Morro do Saibro. O odiado instrumento de execução de pena capital, seguidas vezes derrubado pela população piratiningana, seria depois, como veremos, transferido para o futuro Largo da Liberdade.

Em seguida, identificamos uma série de distorções de orientação na reprodução do percurso que o Caminho do Mar fazia nas imediações da vila. Depois de subir a Ladeira da Tabatinguera, o recém-chegado deveria virar para o norte, no intuito de entrar na futura Rua do Carmo (essa mudança de orientação quase não é perceptível no mapa que estamos observando). Passaria então pelo convento dessa denominação, à margem direita da via, atingindo logo a seguir o Mosteiro da Companhia (simplesmente identificado em planta com o nome de Iesus).

No documento gráfico aqui analisado aparecem corretamente representados na parte traseira do mosteiro da Companhia os muros da cerca jesuítica que, sabemos, atingiam a margem esquerda do Tamanduateí. Em contrapartida, a matriz, naquela altura ainda não totalmente concluída, mostra-se erradamente posicionada, pois, deduz-se, sua posição original era muito próxima à da antiga Sé paulistana demolida em 1912. Nesse caso, a matriz deveria ter sido mantida a oeste, sim, porém em ponto abaixo do colégio de Jesus e não imediatamente à sua frente, à esquerda, como aparece no desenho. Um pouco acima da matriz, vemos a Igreja da Misericórdia, e, mais além, temos a ermida de Santo Antônio, sequência de construções que estaria correta se estivesse sido orientada para oeste e não para o norte, como se observa.

Na região correspondente ao atual bairro do Brás, estendiam-se os famosos campos piratininganos. Por eles se espalhavam várias “fazendas”, a respeito das quais o autor da planta faz a seguinte observação: “Serquas de taipa de Pilão e seo vallo asi tem todas ellas co suas arvores e vinhas dentro”, lembrando-nos o que relatou o Padre Fernão Cardim, em 1585, sobre a fartura dos pomares paulistanos, onde marmeleiros, figueiras, laranjeiras e muitas vinhas produziam abundantemente, fazendo o planalto piratiningano parecer “um verdadeiro Portugal” (apud PREZIA, p.311).

A crer no que a planta nos mostra, os muros protetores dessas quintas seriam desprovidos de entradas, sendo feito o acesso por meio de precárias escadas de mão, facilmente eu removíveis, solução engenhosa que procurava garantir a proteção contra os ataques dos indígenas provenientes de Mogi e do Vale do Paraíba, ainda frequentes nos últimos anos do século XVI. Neste caso, o documento talvez pretendesse retratar não propriamente a região leste imediatamente contígua à vila, como se vê, mas uma zona mais recuada, constituída talvez pelo Tatuapé e Piqueri.

Ainda na margem direita do Tamanduateí, observamos um intrigante grupo de caçadores de perdizes nativas (enapupês, Rhynchotus rufescens), aves características dos campos e cerrados, habitualmente caçadas com cães (tiro ao voo), e, um pouco acima, mais ou menos onde deveria iniciar a região do Guarepe, vemos bois vagueando livres pelo pasto, coisa que de fato ocorria nas campinas paulistanas, pois conforme o Padre Cardim estavam elas “cheias de vaccas”, às quais se juntava por vezes gado bravio, que deveria ser imediatamente retirado do local por ordem dos vereadores (ATAS, v.1, p.385) . [Páginas 74 e 75]

Do outro lado da vila, na parte do curso superior do Anhangabaú (Anhagavabahi), uma inscrição nos dá o significado em português do nome desse ribeiro, “aguoa do Rosto do diabo”, numa referência à crença nativa de ocorrerem nesse local aparições do espírito malfazejo Anhangá (PREZIA, p.82). E, em suas margens, na altura, mais ou menos, da atual intercessão das Avenidas Nove de Julho e 23 de Maio, descobrimos instalados dois moinhos d’água, um em cada margem, pertencentes a “Mel Joam” (Manuel João), destinados sem dúvida a moer trigo, produto agrícola muito abundante na São Paulo daquele tempo, segundo o depoimento do mesmo Padre Cardim.

Este detalhe configura-se da máxima importância, pois, é por meio dele que podemos datar com bastante precisão a planta ora sob análise. Em 2 de fevereiro de 1616, os vereadores atenderam a solicitação de um certo Manuel João (certamente o mesmo Manuel João Branco, rico morador de São Paulo que no final da vida decidiu ir a Portugal beijar a mão do Rei D. João IV e presenteá-lo com um pequeno cacho de bananas feito de ouro, a que se refere o historiador Pedro Taques de Almeida Pais Leme, 1714-1777, em sua Nobiliarquia Paulistana). O peticionário solicitava datas de terra para construir dois moinhos, numa paragem que hoje seria impossível de identificar se só pudéssemos contar com a transcrição confusa feita pelo escrivão da Câmara:

“queria fazer dous moinhos em hua agoa saindolhe do caboulo a outra parte fazer houtro da banda dalem de bartolameu glz as quais Agoas nacem na tera diguo tapera de Diogo glz lasso da banda dos pinheiros hu da banda dalem houtro da banda de bartalomeu glz e terras pera hu quintal” (ATAS, v.2, p.375-377).

Como a carta de data de terra concedida vem datada do dia 2 de fevereiro de 1616, deduzimos que a confecção do documento gráfico aqui analisado, registrando os moinhos já construídos, só pode ser posterior de vários meses a essa época. Se supusermos que esses engenhos demoraram cerca de um ano para ficar prontos, teremos de admitir que a planta em questão só poderia ter sido executada a partir de fins de 1616.

Como o Professor Nestor (p. 231) afirma que no ano seguinte Massaii já se encontrava de volta à Europa trabalhando em Portugal, mais precisamente no Algarve, somos induzido a concluir que a planta em exame tenha sido executada ou em fins de 1616 ou logo nos primeiros meses do ano seguinte, levando-se em consideração o largo tempo necessário para que o autor do mapa se trasladasse de navio a Portugal e voltasse a exercer suas atividades profissionais nesse país ainda em 1617.

Retomando a análise do registro iconográfico objeto de nossa atenção, reparamos ainda que, abaixo do largo da matriz, havia um curral. Este abrigo para gado, conjecturamos, deveria estar situado perto da saída para a Vila de Santos, à esquerda do observador que olha a Rua Tabatinguera a partir da várzea, talvez na região conhecida hoje como Baixada do Glicério. A localização de redis era então regulada pela Câmara. Deviam-se distanciar uns dos outros em 60 braças (132 m), segundo postura de 1580, e das demais construções da vila em 300 braças (660 m), de acordo com as posturas de 1583, diminuídas para 200 (440 m) pelas posturas de 1590 (ATAS, v.1, p. 163, 201 e 397). Decerto eram em cercados como esse que se abatiam e retalhavam para o consumo humano as reses criadas soltas nas capoeiras ou campos do Guarepe (ATAS, v.1, p.123).

Quando a caminho do litoral, para servir de aprovisionamento aos navios ancorados no porto ou para alimentar o povo estabelecido à beira-mar, o gado do Guarepe, por culpa dos “pastores”, tinha o mau costume de passar por dentro da vila murada, causando estragos nas construções de taipa e sérios aborrecimentos aos moradores piratininganos (ATAS, v.1, p.98-99 e 387).

Nem tudo, porém, parece verossimilhante no documento cartográfico que estamos apreciando. O autor deve ter-se deixado levar às vezes ou pela imaginação, ou pela desatenção, ou apenas pelo hábito.

Com relação aos caçadores de perdizes, por exemplo, surpreendidos em plena atividade venatória nos campos próximos do Tamanduateí, apresentavam-se muito bem trajados, com longos calções bufantes e chapéus de copa alta e abas estreitas, sobre montarias que se erguiam com garbo sobre as patas traseiras, como nos retratos da orgulhosa e rica nobreza espanhola. Esses caçadores tinham porte aristocrático, em grande contraste com a aparência modesta e descuidada dos quase semidespidos mamelucos paulistanos, enquanto seus cavalos trazem à mente os espécimes apreciados por Fernão Cardim, que os qualificou de ginetes dada a sua boa raça.

Quanto aos elegantes caçadores, seriam porventura membros remanescentes do distinto séquito do requintado e esbanjador D. Francisco de Sousa), sétimo Governador Geral do Brasil (1592-1602) e, depois, entre 1609 e 1611, nomeado Governador da Repartição do Sul do Estado do Brasil (resultante da reunião das capitanias do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Vicente) (R.G.,v.1, p.188-190).

Francisco de Sousa, por volta desses mesmos anos, fixara residência na Vila de São Paulo, à cata de notícias sobre minas de ouro e prata e outros metais existentes na região. A esse respeito, Frei Vicente do Salvador conta que os paulistanos muito se impressionaram com a luxuosa comitiva do fidalgo, pois antes da chegada de D. Francisco, só se vestiam com algodão tinto, não contando com peças de vestuário adequadas nem ao menos para se apresentarem em cerimônias de casamento. No que foi corroborado pelo jesuíta Fernão Cardim, que viu os piratininganos singelamente vestidos com roupas antiquadas e feitas de pano grosseiro:

Vestem-se de burel, e pellotes pardos e azues, de pertinas compridas como antigamente se vestiam. Vão aos domingos à igreja com roupões ou berneos de cacheira sem capa. (p. 173)

Depois da chegada do vaidoso governador tudo teria mudado na vila, segundo o historiador baiano:

Depois que chegou d. Francisco de Souza, e viram suas galas, e de seus criados e criadas houve logo tantas librés, tantos periquitos [altos topetes usados pelos homens da aristocracia de então] e mantos de soprilhos [tecido de seda muito leve e ralo, segundo Bluteau] que já parecia outra coisa. (apud TAUNAY, 1920, p. 163) (informações adicionadas entre colchetes pelo Autor)

Mais um pormenor nos intriga nessa planta. É a aparência da igreja da Companhia de Jesus, representada com seu flanco esquerdo à mostra. Segundo o desenho, a construção possuía nave única, capela-mor e, acima do telhado, assomava algo que parece ser uma alta parede terminada em empena, com duas sineiras (elemento arquitetônico conhecido em espanhol pelo nome de espadaña), em posição perpendicular à fachada principal e recuada em relação a ela, compondo uma tipologia arquitetônica pouco comum entre as igrejas jesuíticas portuguesas (veja-se, por exemplo, o Santuário de Nossa Senhora da Lapa, na freguesia de Quintela, Sernancelhe, erguida pelos jesuítas no século XVII em Portugal).

Além desse, há outro detalhe singular na representação do templo jesuítico: nele não se vê o alpendre que a igreja apresentava desde 1556, e que ainda era mencionado nas Atas paulistanas de 1624 (fig. 23). A alusão feita em documento camarário datado deste último ano pode, porém, ter sido o resultado de um equivoco cometido pelo escrivão da Câmara.

Na Ata do dia 22 de novembro de 1624 são citados os nomes de determinados personagens que deixavam o gado de sua propriedade sujar os adros da vila (da Matriz, do Carmo, da Misericórdia e do Colégio); dias depois, o escrivão transcreve novamente a acusação de que os mesmos personagens deixavam suas cabeças de gado sujar os alpendres dos citados templos (ATAS, v.3, p.144 e 147).

Na vereação do dia 13 de dezembro de 1631. Volta-se a falar na necessidade de se afastar o gado que danificava os adros da vila (ATAS, v.4 , p. 102). Não estaria o escrivão cometendo um lapso, usando uma palavra pela outra, já que a planta atribuída a Massaii, datada dos anos 1616/1617, não traz nenhuma igreja alpendrada dentro da vila paulistana – nem a Matriz, nem o Carmo, nem a Misericórdia, nem o Colégio?

Num aspecto, porém, temos plena certeza de que o desenhista se descuidou.

Foi quando assinalou bosques de pinheiros nativos ao nascente da povoação. Os exemplares representados têm a copa com a conformação cônica típica dos espécimes europeus e em nada sugerem as belas araucárias brasileiras, com sua característica silhueta em forma de taça de champanhe.
2 de fevereiro de 1616, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:24
6°. Escritura
13 de março de 1642, sexta-feira. Atualizado em 23/05/2025 18:08:22
7°. Pedro Fernandes presta contas da curadoria. Declara entre outras contas, que Manoel João está de partida para Portugal, pelo que requeria precatório contra o dito, porque havia um depósito em juízo. Nesta causa, Manoel João Branco foi fiado por seu irmão Francisco João (em 1640).
Em 2 de fevereiro de 1616, os vereadores atenderam a solicitação de um certo Manuel João (certamente o mesmo Manuel João Branco, rico morador de São Paulo que no final da vida decidiu ir a Portugal beijar a mão do Rei D. João IV e presenteá-lo com um pequeno cacho de bananas feito de ouro, a que se refere o historiador Pedro Taques de Almeida Pais Leme, 1714-1777, em sua Nobiliarquia Paulistana).
1 de janeiro de 1741, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:41:21
8°. Caminho
Se em meados do século XVIII a paragem de Piratininga já havia perdido seu topônimo original, a senda que ia até ela, ou, antes, que por ela passava, continuou, como visto, sobrevivendo sob outra denominação. Tornou-se o caminho de Nossa Senhora do Ó (CARTAS DE DATAS, v.6, p. 54), devendo, após atingir a margem esquerda do Tietê, virar à esquerda e acompanhar o rio a jusante, até o ponto em que o atravessava por meio de uma ponte, de acordo com uma menção documental de 1741. A etapa desse caminho até a ponte, ao que parece, já estava com pouco uso na segunda metade do século XVIII, havendo sido preterida pelo caminho de Jundiaí, que saía do Piques e se bifurcava para os lados de Nossa Senhora do Ó na região da Água Branca.


ANDREA!
  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.