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Frei Agostinho de Jesus1600-1661
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  Frei Agostinho de Jesus
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  24/10/2025 04:30:19º de 27
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1646
Atualizado em 31/10/2025 00:25:40
“A Matriz de Santana de Parnaíba, reconstruída em 1646 e finalizada por volta de 1650”
•  Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (3): André Fernandes (1578-1641), Balthazar Fernandes (69 anos), Fernão Dias Paes Leme (38 anos)
•  Temas (6): Capela de Santa Ana, Ermidas, capelas e igrejas, Mosteiro de São Bento SP, Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora do Rosário, Primeira Matriz
“Algumas notas genealógicas”
Data: 1886
Créditos: João Mendes de Almeida (1831-1898)
“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”. página 114
    1 fonte
  1 relacionada

1°. Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk
2013
Em contrapartida ao patrocínio de obras no mosteiro parnaibano, Frei Agostinho de Jesus vai retribuir generosamente ofertando imagens para uma nova igreja erguida pelos bandeirantes, a Matriz de Santana de Parnaíba, reconstruída em 1646 e finalizada por volta de 1650. Este espaço religioso tornou-se uma extensão do monastério e foi ornado com numerosas terracotas marianas, santos e ícones votivos: Santo Antônio do Suru (uma das obras mais realistas criadas pelo escultor), Nossa Senhora da Purificação (obra-prima do artista), Nossa Senhora dos Prazeres e um São Francisco de Paula. Além destes célebres trabalhos, a matriz parnaibana ostentava outros tesouros culturais, como o fragmento de Nossa Senhora com o Menino, N. Sra. da Piedade e as imagens de Nossa Senhora do Rosário, “a grande e a pequena”, algumas delas utilizadas em procissões. Um de seus últimos trabalhos nesta localidade é o grupo de Santana Mestra, orago de devoção particular do fundador da vila, André Fernandes; peças finalizadas por volta de 1650.  ver mais




  Frei Agostinho de Jesus
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  25/02/2025 04:40:07º de 27
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1635
Atualizado em 31/10/2025 00:25:35
Frei Agostinho de Jesus acompanhou a feitura da imagem de Nossa Senhora do Montesserrate
•  Cidades (1): Salvador/BA
•  Temas (2): Nossa Senhora de Montserrate, Mosteiro de São Bento SP
    1 fonte
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  Frei Agostinho de Jesus
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  30/10/2025 23:48:47º de 27
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1720
Atualizado em 29/10/2025 23:03:36
Os beneditinos substituem a antiga padroeira do Mosteiro de São Bento em São Paulo, Nossa Senhora do Montesserrate, autoria de Frei Agostinho da Piedade por um novo orago
•  Temas (5): Beneditinos, Nossa Senhora de Montserrate, Nossa Senhora do Pilar, Nossa Senhora da Assunção, Mosteiro de São Bento SP
    2 fontes
  1 relacionada

1°. Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk
2013
Em 1720 os beneditinos substituem a antiga padroeira do Mosteiro de São Bento em São Paulo, Nossa Senhora do Montesserrate, autoria de Frei Agostinho da Piedade por um novo orago:

Durante a primeira metade do século XVIII, seguindo as notícias da Crônica de 1766, o mosteiro contou com a ajuda de um segundo benfeitor, José Ramos da Silva, “um dos homens mais abastados de S. Paulo”. Ele patrocinou a reforma da capela mor, para a qual mandou fazer um retábulo de talha e um altar lateral que, inclusive, foram dourados por douradores vindos de Lisboa.

Foi nessa época, no ano de 1720, que, a seu pedido, mudou-se a invocação da igreja para a de N. Sra. da Assunção, que permanece até hoje. (DEL NEGRO, 2000, p. 79).

Mediante custeio de muitos devotos e patronos, fizeram-se novos retábulos para a nave desta igreja, acompanhando os três altares originais, tanto ao lado do evangelho quanto na parte da epístola. Alguns manuscritos de época destacam a capela de Nossa Senhora do Pilar que: “foy uma das melhores capellas, que teve esta Igreja, e a mayor devoção que havia nesta cidade pelos muytos milagres, que obrava a Sra. nos seus devotos”, (Crônica de 1766, In: DEL NEGRO, 2000, p. 79). Constituiu-se, inclusive, ao redor desta invocação uma confraria. O culto a Nossa Senhora do Pilar sempre foi muito disseminado pelos mineradores paulistas, tradição transportada posteriormente até Minas Gerais.

Só teremos notícias documentais da elevação do mosteiro a abadia no Capítulo Geral de 14/V/1635, sendo eleito primeiro abade Fr. Álvaro do Carvajal, sevilhano de origem, que, em 1627, fora enviado aio Brasil como Visitador da Província. Depois dele, o mosteiro conheceu um período de pujança, que levou à fundação de outras casas. A invocação do padroeiro do mosteiro mudou definitivamente em 1720 de Nossa Senhora de Monserrate para Nossa Senhora da Assunção. [Página 260]  ver mais




  Frei Agostinho de Jesus
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1723
Atualizado em 31/10/2025 06:54:09
“Santuário Mariano, e história das imagens milagrosas de Nossa Senhora”, Agostinho de Santa Maria
•  Cidades (5): Curitiba/PR, Itu/SP, Salto de Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (1): Agostinho de Santa Maria (81 anos)
•  Temas (12): Bairro Itavuvu, Cajurú, Caminho de Curitiba, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Gentios, N S do Desterro, Nossa Senhora da Ponte, Nossa Senhora de Montserrate, Pontes, Rio Anhemby / Tietê, Rio Sorocaba
Capela do bairro Itavuvu
Data: 1969
Créditos: Filme Quelé de Pageu
Avenida Itavuvu (horse) (ig)




  Frei Agostinho de Jesus
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  29/10/2025 22:19:31º de 27
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21 de dezembro de 1964, segunda-feira
Atualizado em 31/10/2025 06:54:11
“Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981)
•  Cidades (15): Iperó/SP, Itapeva/SP, Itararé/SP, Itu/SP, Madrid/ESP, Pirapora do Bom Jesus/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP, Tatuí/SP, Votorantim/SP
•  Pessoas (19): Diogo do Rego e Mendonça (1609-1668), Domingos Fernandes (1577-1652), Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), Francisco de Saavedra (n.1555), Francisco de Sousa (1540-1611), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Jean de Laet (1571-1649), José Rubens Incao, Luís Castanho de Almeida (60 anos), Luis de Céspedes García Xería (n.1588), Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919), Luiz Castanho de Almeida (1672-1735), Martim Correia de Sá (1575-1632), Pedro de Miranda, Pedro Gonçalves Varejão (1585-1654), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Suzana Dias (1540-1632)
•  Temas (35): Bartholomeu Simões de Abreu, Diogo de Escobar Ortiz, Estevão Raposo Bocarro, Maria de Abreu Pedroso Leme, Mateus de Siqueira e Mendonça, Escravizados, Fazenda Ipanema, Geografia e Mapas, Guayrá, Inhayba, Itapeva (Serra de São Francisco), Léguas, Maçons, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Nheengatu, Nossa Senhora da Apresentação, Nossa Senhora da Escada, Nossa Senhora da Ponte, Nossa Senhora da Visitação, Ouro, Pela primeira vez, Pelourinhos, Peru, Pirapitinguí, Pontes, Ribeirão das Furnas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Sarapuy, Rio Sorocaba, Rio Ypanema, Rua XV de Novembro, Sabarabuçu, São Filipe, Serra de Paranapiacaba, Ytutinga
    Registros relacionados
1350. Atualizado em 28/10/2025 11:00:39
1°. Os “Atumuruna”, em 1350, teriam sido os construtores do Peabiru
Da passagem de nativos dos grupos tupi por Sorocaba, em seu nomadismo, a certeza é completa. Deles restaram os topônimos: Sorocaba, terra de vossorocas; (...) Itapeva, pedra chata, primeiro nome da serra de São Francisco; Itavuvú, de Itapevuçú, pedra chata grande. (...) (Página 336)

Na página 336 da obra “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”, publicada em 21 de dezembro de 1964 por Aluísio de Almeida encontramos:

De passagem de índios dos grupos tupi por Sorocaba, em seu nomadismo, a certeza é completa. Dêles restaram os topônimos como “Nhonhom” e “Nhu-nhu”, campo ou campina. Ipanema, "água ruim ou tal", em comparação com o rio Grande. O morro do Araçoiaba com minérios de ferro em formação granítica, compreendendo talvez cinco léguas em sua extensão, a julgar pelo significado, foi denominado do litoral para o sertão ou, o que é provável, pelos que tiveram a sua maloca na margem do Ipanema, na aba oriental. Esconderijo do dia, lugar onde se esconde o sol.
22 de abril de 1500, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:04
2°. O “Descobrimento” do Brasil
Da passagem de índios dos grupos tupi por Sorocaba, em seu nomadismo, a certeza é completa. No século da descoberta havia indígenas transitando por Sorocaba, por um caminho terrestre-fluvial que ligava o litoral Atlântico, onde seria São Vicente, ao Paraguai.

Os limites dos vários grupos tupí-guaranís, embora mais diluídos que as fronteiras estaduais, existiam. Sorocaba era, já então, uma encruzilhada aonde convergiam, por onde viajavam e se limitavam, os tupís do Tietê, os tupiniquins e guaianazes de Piratininga, os carijós dos campos de Curitiba, os guaranís do Paranapanema e outros guaianazes, talvez, das nascentes dêsse rio. Não foram encontradas, que se saiba, setas, machados de pedra e outras peças pré-históricas. Parece mesmo que não houve tabas no perímetro urbano.
Julho de 1550. Atualizado em 28/10/2025 16:16:26
3°. Carta escrita por Felipe de Guillen, provedor da fazenda da Capitania de Porto Seguro, ao Rei D. João III*
1553. Atualizado em 29/10/2025 20:35:03
4°. O fundador de Ciudad Real e Villa Rica, Ruy Dias de Melgarejo, acabou passando por São Vicente
A terceira hipótese (quanto ao título Nossa Senhora da Ponte) é que se deveu à própria ponte de Sorocaba, existente no lugar. Tem contra sí que a capela foi ficar a um quilômetro da ponte e em 1660 o topônimo era somente “paragem de Sorocaba”: em 1654, quando esse nome sonoro surge escrito no primeiro documento existente, era fazenda, sítio de Sorocaba. Teriam escrito “da ponte de Sorocaba”.
24 de dezembro de 1576, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:27
5°. “Há de se desconfiar quando ele alegava não comparecer a uma sessão da Câmara, como vereador que era, em pleno natal, pois não tinha botas”
O primeiro branco era o português Afonso Sardinha, que depois de residir em Santos passou para São Paulo, erguendo o seu solar no Butantã (hoje Casa do Bandeirante), onde tinha o seu trapiche, isto é, engenho de açúcar.

Foi entrando para o sertão, à procura de ouro e prata, pelo Tietê abaixo, tendo principiado no Jaraguá. Do Ibituruna (junto a Pirapora) obliquou para a serra do Piragibú tomando como referência um morrete isolado o Aputribú.

Daí avistou a linda montanha ao poente. Descendo pelo vale do Pirajibú ao campo de Pirapitinguí deixou, à direita o depois chamado bairro do Varejão (nome de família de um sitiante do século XVIII) no atual município de Itú, atravessou o rio Sorocaba, ou na atual rua 15 ou na barra de Pirajibú, e semente três.
1 de março de 1587, domingo. Atualizado em 30/10/2025 23:47:57
6°. Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil
Francisco de Souza, por alcunha D. Francisco das Manhas, encontrara-se em Madri com Gabriel Soares de Souza, negociante na Bahia, autor do Tratado Descritivo da Terra do Brasil, irmão de Pero Coelho de Souza que procurava prata e outro na lendária Sabarabuçú, tendo falecido na volta cem léguas da capital. De posse to roteiro do irmão, Gabriel conseguira favores de homens e título para governá-los, vindo a naufragar em Pernambuco, em 1591. D. Francisco, tomara posse de Governador nesse mesmo ano e em 1592 auxiliou Gabriel Soares a reconstituir a expedição, na qual Soares também morreu. Todos iam morrendo no sonho da Sabarabuçú, como repete em ritornello Paulo Setúbal.
1589. Atualizado em 09/10/2025 03:23:27
7°. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas
O primeiro branco era o português Afonso Sardinha, que depois de residir em Santos passou para São Paulo, erguendo •o seu solar no Butantã (hoje Casa do Bandeirante), onde tinha o seu trapiche, isto é, engenho de açúcar.

Foi entrando para o sertão, à procura de ouro e prata, pelo Tietê abaixo, tendo principiado no Jaraguá. Do Ibituruna (junto a Pirapora) obliquou para a serra do Piragibú tomando como referência um morrete isolado o Aputribú (Bairro de Aparecidinha).

Daí avistou a linda :montanha ao poente. Descendo pelo vale do Pirajibú ao campo de Pirapitinguí deixou, à direita o depois chamado bairro do Varejão (nome de família de um sitiante do século XVIII) no atual município de Itú, atravessou o rio Sorocaba, ou na atual rua 15 ou na barra de Pirajibú, e semente três léguas de campo o separavam do cobiçado morro coberto de, espêssa mataria.

Segundo Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), em 1589, Afonso Sardinha, fazendo roçar uma clareira no ribeiro, das Furnas que subiu até as fontes, deu a primeira martelada.

Em minério de ferro no. Brasil. Pelo costume; seus guias e companheiros índios conheciam os lugares e os nomes. O "mineiro" ou técnico de minas, que o acompanhava, era Clemente Álvares. Enfim, estava junto com êle o. filho natural, quase que certamente, Afonso Sardinha-o-Moço,. mesmo porque êle já estava sexagenário.

Ambos se dedicavam ao bandeirismo de mineração e de caça ao índio; sendo assinalada sua presença por êsses anos nesse imenso sertão que vai do Tietê a Paranaguá e ao Rio Paraná. Tendo "limpado" de índios as proximidades do Araçoiaba, e localizado as minas de ouro, prata e ferro, não fundaram propriamente um engenho ou forninho catalão ou "biscacinho", nem naquela data, nem depois, conforme repetiram os cronistas e historiadores duzentos anos por um equivoco de Pedro Taques.

Porém, nada mais çerto do que ser o Araçoiaba o marco n.° 1 da siderurgia nacional, pois o minério foi reconhecido antes do de Morro do Pilar (Minas Gerais) e, para isso era necessário, ao menos, uma pequena bigorna, fole e, talvez, um dos escravos africanos que o velho Sardinha foi o primeiro a introduzir em São Paulo. Na África o minério era trabalhado em instalações muito rudimentares. Aliás, ferro para comércio não foi produzido.
9 de junho de 1591, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:07:19
8°. Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil
1592. Atualizado em 24/10/2025 02:38:33
9°. Registros de construção de fortificações, como a de Emboaçava
D. Francisco de Souza, por alcunha D. Francisco das Manhas, encontrara-se em Madri com Gabriel Soares de Souza, negociante na Bahia, autor do Tratado Descritivo da Terra do Brasil, irmão de Pero Coelho de Souza que procurava prata e outro na lendária Sabarabuçú, tendo falecido na volta cem léguas da capital. De posse to roteiro do irmão, Gabriel conseguira favores de homens e título para governá-los, vindo a naufragar em Pernambuco, em 1591. D. Francisco, tomara posse de Governador nesse mesmo ano e em 1592 auxiliou Gabriel Soares a reconstituir a expedição, na qual Soares também morreu. Todos iam morrendo no sonho da Sabarabuçú, como repete em ritornello Paulo Setúbal.
2 de agosto de 1592, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:21:27
10°. Afonso Sardinha começou a escavar em Araçoyaba
D. Francisco, tomara posse de Governador nesse mesmo ano e em 1592 auxiliou Gabriel Soares a reconstituir a expedição, na qual Soares também morreu. Todos iam morrendo no sonho da Sabarabuçú, como repete em ritornello Paulo Setúbal. [p. 339]
1596. Atualizado em 25/02/2025 04:40:05
11°. Jean de Laet esteve no Brasil
Jean de Laet (1571-1649) esteve no Brasil em 1596, segundo Varnhagen, Visconde de Porto Seguro (1816-1878), e certamente antes de 1625, quando imprimiu "O Novo Mundo: Descrigão das Indias Ocidentais", do qual dois livros pertencem coisas do Brasil e, nestes, dois capítulos à capitania de São Vicente.

Dando uma notícia condensada de todos esses descobrimentos, temos o escritor holandes, João de Laet; na sua obra “O Novo Mundo ou Descrição das Índias Ocidentais”, cuja edição é de 1625 e que colheu os necessários informaes de Anthony Knivet e de Wilhem Jostten Glimmer.

Assim, escreveu ele: “As minas de ouro que se descobriram nestes anos precedentes, na capitania de São Vicente, são: Santiago e Santa Cruz, nas montanhas de Paranapiacaba, a quatro ou cindo léguas do mar; Jaraguá, cerca de cinco léguas de São Paulo para o norte, e a dezessete ou dezoito léguas do mar; Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, seis ou sete léguas de São Paulo, ao nordeste e a vinto ou pouco mais do mar; Nossa Senhora do Monserrate, dez ou doze léguas de São Paulo para o noroeste, onde se encontram pepitas que pesam ás vezes duas e três onças; Buturunda ou Ibituruna, a duas léguas da precedente, para o oeste; Ponta da Cahativa, a trinta léguas de São Paulo para o sudoeste. Quase trinta léguas da mesma vila de São Paulo para o sudoeste, ficam as montanhas de Berusucaba ou Ibiraçoiaba, abundantes em veios de ferro, não lhes faltando também veios de ouro, que os selvagens cananéas tem por costume extrair".

Diz ele que havia ferro e tambem ouro, em Biraçoiaba montanha onde "os portugueses construíram presentemente uma vila denominada São Felipe, mas que não tem muita importância", a sudoeste de São Paulo. A 30 léguas (144,8km) da capital e quase às margens do rio Tietê.

Põe o autor esta vila, e chama Nossa Senhora de Monte Serrate outras minas, a 12 léguas (57,9km) da capital! A cinco léguas, no caminho desta a Bessucaba, havia uma fazenda de açucar e marmelos, com ambos se faziam marmeladas. Conclusão: no Ipanema ou no Itavuvú existiu deveras a vila de São Filipe, e já havia estrada de Piratininga para Sorocaba.
14 de outubro de 1597, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 07:53:34
12°. D. Francisco enviou Martim de Sá no rastro de Gabriel Soares e Diogo Gonçalves Laço como administrador das minas
D. Francisco enviou Martim de Sá em 1597 no rastro de Diogo Soares. Em outubro de 1598, sonhando em atingir Sabarabuçú como pela retaguarda, e avantajando em demasia a pequena mineração dos Sardinha, crendo fazer da capitania de São Vicente um novo Perú, embarcou para o sul, com uma comitiva de soldados portugueses e nativos mansos para o transporte de pessoas e cargas e os primeiros trabalhos, não sem enviar antes, como administrador das minas, Diogo Gonçalves Laço, que chegou à vila de São Paulo em 13 de maio daquele ano. [Página 339]
13 de maio de 1598, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:21:29
13°. Diogo Gonçalves Laço chega á São Paulo
Dom Francisco enviou Martim dé •Sá em 1597 no rastro de.Diogo Soares. Em outubro de 1598, Sonhando atingir Sabarabuçú como que pela retaguarda, e . aVantajando em demasia pequena mineração dos Sardinha; crendo fazer da capitania de• São Vicente um nôvo Perk • embarCóu.para o sul, com uma comitiva de soldados portuguêses e índios mansos para o transporte de pessoas e cargas e os primeiros trabalhos, não sem enviar antes, como administrador das minas, Diogo Gonçalves Laço, que chegou à vila dé São Paulo em 13 de maio daquele ano.
27 de novembro de 1598, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:43
14°. Diogo Arias de Aguirre foi nomeado Capitão-Mór da Capitania de São Vicente
D. Francisco enviou Martim de Sá em 1597 no rastro de Diogo Soares. Em outubro de 1598, sonhando em atingir Sabarabuçú como pela retaguarda, e avantajando em demasia a pequena mineração dos Sardinha, crendo fazer da capitania de São Vicente um novo Perú, embarcou para o sul, com uma comitiva de soldados portugueses e nativos mansos para o transporte de pessoas e cargas e os primeiros trabalhos, não sem enviar antes, como administrador das minas, Diogo Gonçalves Laço, que chegou à vila de São Paulo em 13 de maio daquele ano.

No Espírito Santo deteve-se o Governador, enviando na direção da Sabarabuçú a Diogo Martim Cão. Parou pouco no Rio. De Santos a Cubatão, viajou em canoa. Subiu o péssimo caminho da Paranapiacaba em rêde. Nos arredores de São Paulo teria cavalgado.
1599. Atualizado em 24/10/2025 02:38:53
15°. sem data específica
Março de 1599. Atualizado em 24/10/2025 04:14:51
16°. D. Francisco chegou à vila de São Vicente*
De Santos a Cubatão, viajou em canoa. Subiu o péssimo caminho da Paranapiacaba em rêde. Nos arredores de São Paulo teria cavalgado.
23 de maio de 1599, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:38:54
17°. D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses
Chegou à vila do Planalto em maio de 1599. Foi um alvoroço inclusive nas modas masculinas. E sonhando sempre, partiu logo para as minas dos Sardinha, pelo caminho já descrito. Parte a cavalo, parte em canoa, parte em rêde, estava nas Furnas, triste sertão, entre campos, no fim do ano. Em data não sabida de 1599 fundou no local a vila de Nossa Senhora de Monte Serrate, erigindo o pelourinho, um esteio de madeira de lei com uma faca e um gancho de ferro, objetos esses, nos ricos pelourinhos de pedra, menos grosseiros e coroados com as armas reais.

Damos a hipótese arrojada de ser esta ponte já de 1599. Em todo caso, levaria mais de um ano para construir, e aquele testamento a menciona. Os escravizados sob direção do Fundador teriam, pelo menos, vindo construí-la antes da mudança. [Página 343]
1601. Atualizado em 24/10/2025 02:38:57
18°. Dom Francisco retornou a São Paulo
Em 1601 Dom Francisco retornou a São Paulo, donde embarcava (descendo a Santos) para a Espanha cêrca de 1605, sem retornar a Bahia como Governador, por haver sido substituído nesse interim. Como se sabe, foi êle quem animou os bandeirantes oficialmente em suas grandiosas emprêsas.
14 de julho de 1601, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:38:58
19°. Francisco Rodrigues recebeu de D. Francisco de Souza uma sesmaria de uma légua em quadra, rio Sarapui abaixo, além do morro do Araçoiaba, desde a tapera de “Ibapoara”, topônimo desconhecido
No ano de 1601 Dom Francisco enviou moradores a Araçoiaba, dando-lhes terras "para lavrar mantimentos". Segundo ele, não foi preciso lotear as terras auríferas, não as havia, mas o povoamento da vila era útil como, em linguagem moderna, nova bôca de sertão.

Francisco Rodrigues "está a caminho para Biraçoiaba (outra forma do topônimo)" com outros que para lá vão "a 14 de julho daquela ano recebe uma légua de terra em quadra além da montanha, Sarapuí abaixo, ao sul, hoje território de Tatuí, por onde passa a estrada de rodagem".

Não se sabem os nomes de outros moradores, mas havia-os. Em julho de 1601 ainda estavam nas Furnas os mineiros, e Dom Francisco tinha esperanças, proibindo os moradores de entrar nas minas, menos os dois Afonso Sardinha. Nunca se corporificou na vila o símbolo do pelourinho.
7 de março de 1608, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 12:10:44
20°. Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi
1611. Atualizado em 24/10/2025 04:15:22
21°. Começou um povoamento na margem esquerda do rio Pirajibu, no Mato Adentro, perto da atual Aparecida
Outra curiosidade é que a margem esquerda do Piragibú, no Mato Dentro e perto da atual Aparecida, começa ser povoada nesse mesmo ano, aparecendo por limite o caminho, parte do que já delineamos. Mas nem Parnaíba era vila. Era uma fazenda de Suzana Dias, viúva de Manuel Fernandes Mourão, os pais de três homens notáveis: André, Baltazar e Domingos, respectivamente fundadores de Parnaíba, Sorocaba e Itú. Ela casou-se pela segunda vez. Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar. Em 1625 Parnaíba torna-se município e êsses moradores prestam-lhe obediência.
21 de abril de 1611, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:23
22°. D. Francisco elevou o novo local com o nome de vila de São Filipe: “Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar”
Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar. Em 1625 Parnaíba torna-se município e êsses moradores prestam-lhe obediência. No ano de 1646, segundo informaram em 1747 ao vigário Pedro Domingues Pais, já havia moradores em Sorocaba.

O ano de 1611 é não só conveniente, mas muito plausível, por estar sob o nome São Filipe, no mais antigo mapa em que aparece a região de Sorocaba, do holandês João de Laet. O que a tradição oral guardou é a localização da segunda Sorocaba no Itavuvú. Lá estão hoje, com casas mais modernas, como que duas ruas em ângulo reto e num dos lados a capela, sucessora de outra que também não era a primeira.Deve ter havido um rancho para uma cruz, pelo menos. Outra curiosidade é que a margem esquerda do Piragibú, no Mato Dentro e perto da atual Aparecida, começo& â- ser povoada nesse mesmo ano, aparecendo por limite o caminho, parte do que já delineamos. Mas nem Parnaíba era vila. Era uma fazenda de Suzana Dias, viúva de Manuel Fernandes Mourão, os pais de três homens notáveis: André, Baltazar e Domingos, respectivamente fundadores de Parnaíba, Sorocaba e Itú. Ela casou-se pela segunda vez.

Sabe-se que o pelourinho foi mudado concretamente (ou se erigiu outro, sendo simbólica a mudança), para o Itavuvú e por ordem de Dom Francisco de Souza, com certeza histórica indireta. Isto é, em 1661 Baltazar Fernandes requereu a mudança do pelourinho erigido por Dom Francisco de Souza a légua e meia da atual Sorocaba. Desaparecido o documento original, várias cópias existentes falam em "meia légua", mas é êrro de cópia.
10 de junho de 1611, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 05:30:20
23°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil
Sabe-se que o pelourinho foi mudado concretamente (ou se erigiu outro, sendo simbólica a mudança), para o Itavuvú e por ordem de Dom Francisco de Souza, com certeza histórica indireta. Isto é, em 1661 Baltazar Fernandes requereu a mudança do pelourinho erigido por Dom Francisco de Souza a légua e meia da atual Sorocaba.

Desaparecido o documento original, várias cópias existentes falam em "meia légua", mas é êrro de cópia. Quanto a êsse local ser o Itavuvú é verdade que a distância de légua e meia podia recair em outros sítios, mas não naquele que os cronistas acertaram chamando Itapebuçú e só erraram confundindo-o com o Ipanema, que está a três léguas.

Se Dom Francisco veio pessoalmente a erigir o pelourinho, foi pouco antes de 11 de junho de 1611, dia de sua morte em São Paulo. E depois de 1609, quando chegou pela segunda vez a Piratininga, feito governador das capitanias do sul e administrador das minas. Vinha com a promessa do título de Marquês de Minas, que seus descendentes lograram, isto é, receberam, tão relacionado com a nossa história local.

O ano de 1611 é não só conveniente, mas muito plausível, por estar sob o nome São Filipe, no mais antigo mapa em que aparece a região de Sorocaba, do holandês João de Laet. O que a tradição oral guardou é a localização da segunda Sorocaba no Itavuvú. Lá estão hoje, com casas mais modernas, como que duas ruas em ângulo reto e num dos lados a capela, sucessora de outra que também não era a primeira.

Deve ter havido um rancho para uma cruz, pelo menos. Outra curiosidade é que a margem esquerda do Piragibú, no Mato Dentro e perto da atual Aparecida, começo& â- ser povoada nesse mesmo ano, aparecendo por limite o caminho, parte do que já delineamos. Mas nem Parnaíba era vila. Era uma fazenda de Suzana Dias, viúva de Manuel Fernandes Mourão, os pais de três homens notáveis: André, Baltazar e Domingos, respectivamente fundadores de Parnaíba, Sorocaba e Itú. Ela casou-se pela segunda vez.

Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar. Em 1625 Parnaíba torna-se município e êsses moradores prestam-lhe obediência. No ano de 1646, segundo informaram em 1747 ao vigário Pedro Domingues Pais, já havia moradores em Sorocaba. Nesse interim, André Fernandes tornava-se um dos maiores bandeirantes da caça ao índio. Baltazar o acompanhara em mais de uma expedição. Na destruição do Guiará, terminada em 1629-1630, os paulistas e parnaibanos passaram por Sorocaba na ida e na volta, no atual rumo da estrada de ferro a Itararé e daí ao alto Tibagí, onde estavam as últimas povoações... [Páginas 340 e 341]
1617. Atualizado em 24/10/2025 04:29:39
24°. Outro irmão de Baltazar Fernandes, Domingos Fernandes, perpetuava-se como povoador, fundando naquele ano e vindo com a família e escravatura de Santana do Parnaíba, na sesmaria que lhe pertencia, o povoado de Itu
Em 1617, Domingos, que era menos sertanista, estabeleceu-se em Itú. Em 1634 estavam os três irmãos reunidos junto ao leito de morte da matrona Suzana Dias assistida por um vigário castelhano, que o fôra da desbaratada Vila do Guiará, povoação de castelhanos à esquerda do rio Paraná e junto a um ribeiro, perto das Sete Quedas. No ribeiro havia uma ponte que se atravessava para chegar a uma devota ermida de Nossa Senhora. Como aquêles brancos viviam do trabalho dos índios na coleta do mate nativo, com a escravização e destruição dêles, pagãos e cristãos, pelos paulistas, abandonaram a sua pobre cidade, matriz e ermida, muitos dêles, com o vigário, fixando-se em Parnaíba, com os teres e os penates, isto é, as imagens, com é curial supor.
1625. Atualizado em 09/10/2025 04:01:50
25°. “O Novo Mundo: Descrição das Índias Ocidentais” ("Nieuvve wereldt, ofte, Beschrijvinghe van West-Indien"), 1625. Jean de Laet (1571-1649)
O ano de 1611 é não só conveniente, mas muito plausível, por estar sob o nome São Filipe, no mais antigo mapa em que aparece a região de Sorocaba, do holandês João de Laet. O que a tradição oral guardou é a localização da segunda Sorocaba no Itavuvú. Lá estão hoje, com casas mais modernas, como que duas ruas em ângulo reto e num dos lados a capela, sucessora de outra que também não era a primeira.

Dando uma notícia condensada de todos esses descobrimentos, temos o escritor holandes, João de Laet; na sua obra “O Novo Mundo ou Descrição das Índias Ocidentais”, cuja edição é de 1625 e que colheu os necessários informaes de Anthony Knivet e de Wilhem Jostten Glimmer. Assim, escreveu ele: “As minas de ouro que se descobriram nestes anos precedentes, na capitania de São Vicente, são: Santiago e Santa Cruz, nas montanhas de Paranapiacaba, a quatro ou cindo léguas do mar; Jaraguá, cerca de cinco léguas de São Paulo para o norte, e a dezessete ou dezoito léguas do mar; Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, seis ou sete léguas de São Paulo, ao nordeste e a vinto ou pouco mais do mar; Nossa Senhora do Monserrate, dez ou doze léguas de São Paulo para o noroeste, onde se encontram pepitas que pesam ás vezes duas e três onças; Buturunda ou Ibituruna, a duas léguas da precedente, para o oeste; Ponta da Cahativa, a trinta léguas de São Paulo para o sudoeste. Quase trinta léguas da mesma vila de São Paulo para o sudoeste, ficam as montanhas de Berusucaba ou Ibiraçoiaba, abundantes em veios de ferro, não lhes faltando também veios de ouro, que os selvagens cananéas tem por costume extrair”

Diz ele que havia ferro e também ouro, em Biraçoiaba montanha onde "os portugueses construíram presentemente uma vila denominada São Felipe, mas que não tem muita importância", a sudoeste de São Paulo. A 30 léguas (144,8km) da capital e quase às margens do rio Tietê.

Põe o autor esta vila, e chama Nossa Senhora de Monte Serrate outras minas, a 12 léguas (57,9km) da capital! A cinco léguas, no caminho desta a Bessucaba, havia uma fazenda de açucar e marmelos, com ambos se faziam marmeladas. Conclusão: no Ipanema ou no Itavuvú existiu deveras a vila de São Filipe, e já havia estrada de Piratininga para Sorocaba.
21 de julho de 1628, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 14:47:18
26°. Conduzido por André Fernandes, Luis Céspedes e sua comitiva chegam no “Porto misterioso": Nossa Senhora de Atocha
Havia moradores dispersos, desde que nada se encontrou. O mapa da navegação do Tietê por Dom Luiz de Céspedes Y Xeria em 1628 denomina Sarapuí ao rio Sorocaba, e diz que rio acima há povoadores. Eram os remanescentes de Araçoiaba e Itavuvú.
1636. Atualizado em 24/10/2025 04:30:09
27°. Balthazar Fernandes está com André nas reduções orientais do Uruguai, território do Rio Grande do Sul, onde se proveu dos últimos escravizados chegando ao seu número, em Parnaíba, a quase quatrocentos, incluídas as crianças
Em 1636 Balthazar Fernandes está com André nas reduções orientais do Uruguai, território do Rio Grande do Sul, onde se proveu dos últimos escravizados chegando ao seu número, em Parnaíba, a quase quatrocentos, incluídas as crianças. Para esses sertões os paulistas preferiam fazer a viagem de canoa, de Santos a Laguna, onde agiam os seus "cunhados", nativos como espiões e auxiliares.
Janeiro de 1636. Atualizado em 24/10/2025 04:30:09
28°. Balthazar Fernandes deixa o Uruguai com cerca de 400 escravizados*
Após saírem de “ ”canoas de Santos“ ”, Baltazar Fernandes e André chegam nas reduções orientais do Uruguai, território do Rio Grande do Sul, onde se proveu dos últimos escravos chegando o seu número, em Parnaíba, a quase quatrocentos, incluídas as crianças.

Nessa ocasião, o capelão da bandeira, que parou uns meses na redução de Santa Tereza,onde os bandeirantes foram excomungados pelo bispo de Buenos Aires, era o padre Francisco de Oliveira, filho de André, ordenado em Assunção.

Em 1636 Baltazar Fernandes está com André nas reduções orientais do Uruguai, território do Rio Grande do Sul, onde se proveu dos últimos escravos chegando o seu número, em Parnaíba, a quase quatrocentos, incluídas as crianças.

Para êsses sertões os paulistas preferiam fazer a viagem de canoa, de Santos a Laguna, onde agiam os seus "cunhados" índios como espiões e auxiliares. Nessa ocasião, o capelão da bandeira, que parou uns meses na redução de Santa Tereza, onde os bandeirantes foram excomungados pelo bispo de Buenos Aires, era o padre Francisco de Oliveira, filho de André, ordenado em Assunção.
Março de 1639. Atualizado em 24/10/2025 04:30:14
29°. André Fernandes chega a Vila de São Paulo*
Com os de Parnaíba, Baltazar que chegara em 1639 do sul, forçosamente se incluiu na campanha de tôdas as vilas para a expulsão dos jesuítas de São Paulo e Santos, por causa do famoso breve de Urbano VIII, de 1639, sôbre a liberdade dos índios. Em 14 de maio de 1653 assinou como procurador de Parnaíba na câmara de São Vicente, cabeça da capitania juntamente com os representantes de tôdas as vilas, a composição amigável para a volta dos Padres.
16 de setembro de 1639, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 03:29:50
30°. O rei espanhol Felipe IV exigiu que Raposo Tavares fosse caçado a qualquer preço e colocado à disposição do Tribunal da Inquisição
Pedro de Miranda, viúvo de Isabel, filha do fundador, com dois menores: João e Pedro. Este casou com Maria Diniz. Manuel Bicudo, casado com Potência de Abreu ficou com o seu sítio no Aputribú, às vêzes considerado dentro dos limites de Sorocaba, as vêzes de Itú, enfim tornando a Parnaíba. Em 1650 êle estava no sertão. Diogo do Rêgo e Mendonça casou com Mariana de Proença, 10a. filha de Baltazar, antes de 1661. [Página 346]
1645. Atualizado em 24/10/2025 03:12:43
31°. Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba
A capela de Nossa Senhora ou igreja é a mesma dedicada a Santa Ana e popularmente chamada de São Bento, e a doação dela aos padres de São Bento, postulava a construção de celas junto à mesma. Até agora o convento nunca foi reconstruído e a linha da sua fachada é a mesma da igreja. Esta andou em obras muito tempo, mas as paredes, a madeira, a estrutura, tudo leva a crer que o arcabouço se conservou.
1646. Atualizado em 25/02/2025 04:42:47
32°. Já haviam moradores em Sorocaba
21 de abril de 1648, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:27:05
33°. Translado do Testamento de Izabel de Proensa, já defunta
Como em 1654 já o testamento de sua mulher menciona a sesmaria do Aputribú e em 1660 aí residia um de seus genros, Manuel Bicudo Bejarano, é de crer que já tivesse colocado a escravaria na lavoura nesse local e enviado alguns para o curral de gado na paragem de Sorocaba, pois não imigraria com tanta gente sem preparar ao menos uns ranchos. Estava se despegando de Paranaíba, onde em 1648 falecera a filha Isabel, mulher de Diogo do Rêgo e Mendonça, e sentia-se, posto que septuagenário, com ânimo de fundar uma cidade em suas terras. Espicaçara-o a elevação à vila, no ano de 1653, da paróquia de Itú, fundação de Domingos e desejava imitar a André, atraindo os monges de São Bento. [Página 343]
1 de novembro de 1648, domingo. Atualizado em 29/10/2025 06:21:51
34°. Antônio Raposo ordenou decisivo ataque a destruição das reduções do Itatim, combatendo 200 paulistas e mil índios mansos
Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar (..) André fêz testamento em Parnaíba em 1641 e foi morrer no oeste longínquo em 1648. [Páginas 341 e 342]
21 de novembro de 1654, sábado. Atualizado em 24/10/2025 04:34:37
35°. Francisco de Oliveira teria celebrado a primeira missa em Sorocaba, data que foi escolhida para a celebração da nova padroeira da Visitação, mas documentalmente, ele estava em Parnaíba
Um documento especial não diz que o padre Francisco de Oliveira celebrou a primeira missa de Sorocaba nessa capela, mas documentadamente se prova que ele era vigário de Parnaíba em 1654, sobrinho do Fundador e em novembro sua tia estava à morte e fêz testamento.

Naquela época o vigário é que ungia os seus paroquianos, mesmo que houvesse outros padres, como havia na sede os dois beneditinos. É claro que podiam vir todos os três. Mas não abandonariam a vila assim pelo menos por cinco dias, bastando um.

É portanto, extremamente provável que o sobrinho do Fundador, mesmo por uma questão , de amor ao sangue, tivesse dito a primeira missa na capela de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba, "da paragem de Sorocaba".

Ano exato, 1654. Cremos ter sido a 21 de novembro, dia de Nossa Senhora da Apresentação, que foi o dia da festa da Padroeira até 1925. Coincidia a doença e testamento da tia em 28 do mesmo mês.
28 de novembro de 1654, sábado. Atualizado em 24/10/2025 04:30:39
36°. Testamento de Isabel de Proença é assinado em Santana de Parnaíba
Coincidia a doença e testamento da tia em 28 do mesmo mês. Em fins de março de 1655 ela jaz na igreja de São Bento, na capela-mor. Na igreja, por não haver outra para ser o jazigo dos fundadores, e na capela-mor, por ser quem era. Eis aí como se obtém certeza moral, a única possível, raciocinando. Em ciências experimentais, o método é diverso.

Não havendo o atestado de óbito, resta lugar para a chicana, pois não era possível que levassem o corpo em dois ou três dias, com mau cheiro, a Parnaíba, contra a vontade da testadora, que desejava sepultura onde morresse, como era impossível que a levassem a falecer em Parnaíba...
1655. Atualizado em 24/10/2025 04:30:39
37°. Inventário de Balthazar Fernandes foi feito em Sorocaba
A capela de Nossa Senhora ou igreja é a mesma dedicada a Santa Ana e popularmente chamada de São Bento, e a doação dela aos padres de São Bento, postulava a construção de celas junto à mesma. Até agora o convento nunca foi reconstruído e a linha da sua fachada é a mesma da igreja. Esta andou em obras muito tempo, mas as paredes, a madeira, a estrutura, tudo leva a crer que o arcabouço se conservou. "Nesta paragem de Sorocaba, onde tem sua fazenda e igreja", diz o inventário de 1655.

Um documento especial não diz que o padre Francisco, de Oliveira celebrou a primeira missa de Sorocaba nessa capela, mas documentadamente se prova que êle era vigário de Parnaíba em 1654, sobrinho do Fundador e em novembro sua tia estava à morte e fêz testamento. [p. 344]

O inventário dêle, o primeiro que se fêz em Sorocaba, foi lido por Silva Leme cêrca de 1900 e então, com todos os papéis dos cartórios até 1800, foi recolhido ao Arquivo Público de São Paulo, onde não são catalogados e expostos à consulta, senão alguns. De muitos a humidade fêz uma pasta a. ser aberta por técnicos. Dos limites do patrimônio em terras existentes até hoje, resulta que o terreno doado por conta da terça, em vida, era quase todo. A conta é um terço de duas léguas quadradas, sendo a sesmaria total duas léguas. Possivelmente, havendo outras sesmarias e bens móveis, a partilha reservou para os Padres o que faltava para a terça total em escravos. [p. 349]
1655. Atualizado em 24/10/2025 04:30:39
38°. Nascimento de Pascoal Moreira Cabral, era neto materno de André Fernandes em Sorocaba (por não haver certidão de batismo)
Pascoal Moreira Cabral era neto materno de André Fernandes. Sua sesmaria, limitando-se com a de Baltazar, teria sido uma das muitas do avô. Não há certidão de batismo do 2.°Pascoal, o fundador de Cuiabá; as crônicas o marcaram para sempre como sorocabano, o que também significava morador antigo. Pela crônica, nasceu em 1655, em Sorocaba.
Março de 1655. Atualizado em 24/10/2025 04:30:39
39°. Isabel de Proença jazia na igreja de São Bento, na capela-mor*
Em fins de março de 1655 ela jaz na igreja de São Bento, na capela-mor. Na igreja, por não haver outra para ser o jazigo dos fundadores, e na capela-mor, por ser quem era. Eis aí como se obtém certeza moral, a única possível, raciocinando. Em ciências experimentais, o método é diverso. Não havendo o atestado de óbito, resta lugar para a chicana, pois não era possível que levassem o corpo em dois ou três dias, com mau cheiro, a Parnaíba, contra a vontade da testadora, que desejava sepultura onde morresse, como era impossível que a levassem a falecer em Parnaíba.
12 de abril de 1655, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:30:40
40°. Inventário a avaliação dos bens da família de Isabel Proença
A capela de Nossa Senhora ou igreja é a mesma dedicada a Santa Ana e popularmente chamada de São Bento, e a doação dela aos padres de São Bento, postulava a construção de celas junto à mesma. Até agora o convento nunca foi reconstruído e a linha da sua fachada é a mesma da igreja. Esta andou em obras muito tempo, mas as paredes, a madeira, a estrutura, tudo leva a crer que o arcabouço se conservou. "Nesta paragem de Sorocaba, onde tem sua fazenda e igreja", diz o inventário de 1655.
1656. Atualizado em 25/02/2025 04:40:06
41°. Mapa “Le Bresil” de Nicolas Sanson (1600-1667)
Continuam os escritores, uns aos outros se copiando, a dizer que este povoado se chamava Itapevuçú, quando é ressabido em Sorocaba que Itavuvú, corruptela de Itapevuçú, é duas léguas a nordeste. Alguns meses ficou no Araçoiaba, que também se chama Ipanema por causa do ribeirão, no meio de tanta penúria, aquele grande teimoso, enviando os mineiros para os arredores, por exemplo Bacaetava e ao Sarapuí.

Em 1654 já havia uma ponte no rio Sorocaba,no lugar da atual. Somente um Governador tinha gente e dinheiro para construir uma, neste sertão. Ainda que estreitinha. É que o passo do rio, desde talvez os nativos, só podia ser abaixo das cachoeiras em local meio raso,antes de espraiarem-se as várzeas. Nas Furnas haviam ranchos de pau-a-pique, palmeiras e sapé. Nenhuma rua. Nem vereadores. Nem paróquia. Uma Santa Cruz coberta, sim. A história não conta nem sequer se o Governador trazia algum padre consigo.

Sabe-se que o pelourinho foi mudado concretamente (ou se erigiu outro, sendo simbólica a mudança), para o Itavuvú e por ordem de Dom Francisco de Souza, com certeza histórica indireta. Isto é, em 1661 Baltazar Fernandes requereu a mudança do pelourinho erigido por Dom Francisco de Souza a légua e meia da atual Sorocaba.

Desaparecido o documento original, várias cópias existentes falam em "meia légua", mas é êrro de cópia. Quanto a êsse local ser o Itavuvú é verdade que a distância de légua e meia podia recair em outros sítios, mas não naquele que os cronistas acertaram chamando Itapebuçú e só erraram confundindo-o com o Ipanema, que está a três léguas. [Página 340]
20 de abril de 1660, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:30:41
42°. “E em 20 de abril de 1660 havia garantido a estabilidade do povoado, fundando um mosteiro beneditino”
Eis a delimitação do patrimônio, em terras, em 1660, da ponte do Sorocaba até o ribeirão do Itapeva, rio acima. Daí pelo campo até mais mi menos a Vossoroca, fazendo ângulo econtinuando até Diogo do Rêgo, além do Supirirí e, de novo em ângulo, procurando a ponte. Entre esta e a casa, ficou em uso-fruto para o doador a vinha, situada nesse trecho, havendo mata perto da atual rua Santa Cruz, como a havia, e comprida, atrás da capela. Os Padres aceitaram o compromisso de edificar o convento, o que não os impedia de extender para isso a mão aos moradores. O Visitador do Brasil, em nome do abade geral, que residia em Tibães, Portugal, deve ter aceitado a doação, mas não ha documento. [p. 349]
21 de abril de 1660, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 11:06:26
43°. Registro do segundo testamento de Balthazar Fernandes na fazenda de Miguel Bicudo Bejarano na paragem Aputeroby
(...) assinatura da escritura, e que aconteceu no sítio do genro Bejarano em Apotribú, a 21 de abril de 1660, sendo aceitantes frei Tomé Batista e frei Anselma da Anunciação.
21 de dezembro de 1660, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 03:41:55
44°. Doação aos beneditinos assinada na Fazenda de Miguel Bicudo Berejano, no bairro Aparecidinha
Em 21 de dezembro de 1660 Balthazar Fernandes garantiu a fundação doando aos Padres de São Bento, de sua Parnaíba, a capela, terras, um touro, doze vacas, moço nativo para a sacristia e moça para a cozinha, doze nativos para a lavoura e criação, uma roça de mandioca para começo, a propriedade da vinha e do moinho, reservando-se o uso-fruto, tudo isso desde a assinatura da escritura, e que aconteceu no sítio do genro Bejarano em Apotribú, a 21 de abril de 1660, sendo aceitantes frei Tomé Batista e frei Anselma da Anunciação.

Comprometia-se a testar toda a sua terça em bens móveis e de raiz a favor dos Padres, evidentemente fazendo a conta para completar os bens já doados em vida. O conjugue só podia dispor da têrça sendo os dois terços dos herdeiros necessários.

O inventário dele, o primeiro que se fez em Sorocaba, foi lido por Silva Leme cerca de 1900 e então, com todos os papéis dos cartórios até 1800, foi recolhido ao Arquivo Público de São Paulo, onde não são catalogados e expostos à consulta, senão alguns. De muitos a umidade fez uma pasta a ser aberta por técnicos.

Dos limites do patrimônio em terras existentes até hoje, resulta que o terreno doado por conta da terça, em vida, era quase todo. A conta é um terço de duas léguas quadradas, sendo a sesmaria total de duas léguas. Possivelmente, havendo outras sesmarias e bens móveis, a partilha reservou para os Padres o que faltava para a terça total em escravizados.

Eis a delimitação do patrimônio em terras, em 1660, da ponte do Sorocaba até o ribeirão do Itapeva, rio acima. Dai pelo campo até mais ou menos a Vossoroca, fazendo ângulo e continuando até Diogo do Rêgo além do Supiriri e, de novo em ângulo, procurando a ponte.

Entre esta e a casa, ficou em uso-fruto para o doador a vinha, situada nesse trecho, havendo mata perto da atual rua Santa Cruz, como a havia, atrás da capela.

Os Padres aceitaram o compromisso de edificar o convento, o que não os impedia de estender para isso a mão aos moradores. O Visitador do Brasil, em nome do abade geral, que residia em Tibães, Portugal, deve ter aceitado a doação, mas não há documento.

Um mosteiro beneditino pelos seus benefícios espirituais, atrairia os moradores ao mesmo tempo que, tendo patrimônio em terras, servia de engodo a moradores pobres sem sesmaria, por meio de foro razoável. [Páginas 348 e 349]
28 de fevereiro de 1661, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:54
45°. Tayaobi
Coincidia a doença e testamento da tia em 28 do mesmo mês. Em fins de março de 1655 ela jaz na igreja de São Bento, na capela-mor. Na igreja, por não haver outra para ser o jazigo dos fundadores, e na capela-mor, por ser quem era. Eis aí como se obtém certeza moral, a única possível, raciocinando. Em ciências experimentais, o método é diverso.

Não havendo o atestado de óbito, resta lugar para a chicana, pois não era possível que levassem o corpo em dois ou três dias, com mau cheiro, a Parnaíba, contra a vontade da testadora, que desejava sepultura onde morresse, como era impossível que a levassem a falecer em Parnaíba...
3 de março de 1661, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:38:37
46°. O processo retorna com parecer favorável do ouvidor da Capitania de São Vicente sr. Antônio Lopes de Medeiros e o povoado ao redor da capela de Sorocaba foi elevado à categoria de vila
"Pro forma"- e agradando ao Ouvidor do Donatário, Salvador fê-lo verificar a verdade do requerimento e. autorizou a mudança real ou simbólica (podia-se fazer outro nôvo) a 3 de março de 1661, nomeando, os oficiais da Câmara.A primeira Câmara foi nomeada. [Página 350]

A Câmara Municipal de Sorocaba foi instalada. Eis os nomes dos primeiros vereadores: Baltazar Fernandes (juiz presidente). Pascoal Leite Pais. André de Zúnega. Cláudio Furquim e Domingos Garcia (vereador e procurador), o qual deve ter sido Diogo Domingues Garcia. Trata-se de possível engano de quem publicou o manuscrito. O escrivão era Francisco Sanches de Aguiar. professor de gramática.

No mesmo dia 3 de março de 1661 Salvador Correia de Sá e Benevides, amicíssimo dos Fernandes, nomeou juízes Balthazar e seu genro André de Zunega, vereadores Claúdio Furquim e Pascoal Leite Pais e procurador Domingos Garcia. [Página 351]

Não se conhecem atas dêsse tempo. Sabe-se que o Fundador construiu a casa da Câmara e Cadeia, em frente da qual pôs o pelourinho, na esquina das atuais ruas de São Bento e Barão do Rio Branco, e pelo menos localizou e deixou bem adiantada a matriz. Nessa qualidade e como juiz presidente, sómente êle podia fazer armar a sua querida vila. Tanto a face da Câmara para a atual rua Barão do Rio Branco, como a fachada da matriz formam perpendiculares com a de São Bento, olhando para leste nordeste, não inteiramente a leste ou nascente para seguirem a-direção longitudinal da lombada. São de 1661 a rua São Bento obtida com uma reta desde a igreja até a Câmara, então localizada, e a rua Barão do Rio Branco e a praça da matriz com a rua Dr. Braguinha até a primeira esquina. [Página 352]

"Salvador Correia, a quem se deve a oficialização dos esforços anteriores, tem retrato verdadeiro, mas não se pode reduzir a um esquema único o motivo da fundação de Sorocaba.
1. Não nasceu a atual cidade da mineração, que tinha acabado em nada.
2. Não nasceu da pecuária e lavoura de mantimentos em si, que eram pequenas e nunca foram grandes.
3. Não nasceu da feira, mas deu origem à feira de animais ou pecuária transportada.
4. Não nasceu da ponte, por uma parada obrigatória de viajantes ao transpor o rio, porque morava pouca gente além do mesmo.
5. Não veio do rio como caminho andante, navegação fluvial, inexistente antes de 1654.
6. Nem procedeu do desejo dos sertanistas de abandonarem as terras velhas para abrirem fazenda de lavoura na mata virgem.

Todos esses motivos influíram, alguns com sugestões para o futuro, como o caminho, a ponte e a pecuária."
[Página 353]
21 de abril de 1661, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:30:42
47°. O Capitão Balthazar Fernandes doou a Igreja de Nossa Senhora da Ponte, hoje Mosteiro de São Bento, aos frades beneditinos existentes na Vila de Parnaiba.
Eis a delimitação do patrimônio em terras, em 1660, da ponte do Sorocaba até o ribeirão do Itapeva, rio acima. Dai pelo campo até mais ou menos a Vossoroca, fazendo ângulo e continuando até Diogo do Rêgo além do Supiriri e, de novo em ângulo, procurando a ponte.

Entre esta e a casa, ficou em uso-fruto para o doador a vinha, situada nesse trecho, havendo mata perto da atual rua Santa Cruz, como a havia, atrás da capela. Os Padres aceitaram o compromisso de edificar o convento, o que não os impedia de estender para isso a mão aos moradores.

O Visitador do Brasil, em nome do abade geral, que residia em Tibães, Portugal, deve ter aceitado a doação, mas não há documento. Um mosteiro beneditino pelos seus benefícios espirituais, atrairia os moradores ao mesmo tempo que, tendo patrimônio em terras, servia de engodo a moradores pobres sem sesmaria, por meio de foro razoável. [Página 348]
Maio de 1662. Atualizado em 24/10/2025 04:30:43
48°. Falecimento mais provável de Balthazar Fernandes / começaram as Câmaras eleitas*
4 de junho de 1667, sábado. Atualizado em 24/10/2025 04:30:44
49°. Documento-petição elaborado pelo filho de Balthazar Fernandes, Manoel Fernandes de Abreu, e dirigido à Câmara Municipal
Balthazar Fernandes já era falecido em 1667, éis tudo o que restou em documento por mão de seu filho Manuel Fernandes de Abreu. Como o seu inventário foi o primeiro aqui feito, seguindo- viu Silva Leme, a morte se deu mais perto de 1661 do quede 1667 e entre o jazigo, já, pronto, na igreja de São Bento, e a matriz em obras, a escolha da sepultura é tanto mais evidente quanto em São Bento os monges rezavam uma missa por mês por sua alma e, pelo costume, aspergiam (ou deviam fazê-lo) o túmulo real e não o simbólico do pano preto.
1670. Atualizado em 24/10/2025 04:30:44
50°. Segunda fundação de Sorocaba
Balthazar Fernandes já era falecido em 1667, éis tudo o que restou em documento por mão de seu filho Manuel Fernandes de Abreu. Como o seu inventário foi o primeiro aqui feito, seguindo- viu Silva Leme, a morte se deu mais perto de 1661 do quede 1667 e entre o jazigo, já, pronto, na igreja de São Bento, e a matriz em obras, a escolha da sepultura é tanto mais evidente quanto em São Bento os monges rezavam uma missa por mês por sua alma e, pelo costume, aspergiam (ou deviam fazê-lo) o túmulo real e não o simbólico do pano preto.
21 de novembro de 1709, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:46
51°. Interpretação do frei Agostinho de Jesus sobre "Nossa Senhora da Ponte"
1 de janeiro de 1732, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:30:47
52°. Documento existente na Biblioteca da História Real Portuguesa, na cidade do Porto
19 de dezembro de 1875, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:40:00
53°. O Relato de Anthony Knivet, Jornal Correio Paulistano
Podemos supor, pois, que a mudança não se fêz num dia ou dois ou três de viagem, por uma extensa caravana composta do chefe, da matrona, filhas solteiras, casadas e genros, os 370 e poucos índios, os trastes. São seis léguas daqui ao Aputribú, uma longa jornada. Os índios viajavam a pé e também carregavam fardos. Já havia cavalos para os brancos, muito poucos embora. Os mesmos podiam servir de cargueiros em várias viagens, na falta de burros, então inexistentes. Nem é hipótese absurda o carro de boi, num caminho mau, de mais de meio século, com a ponte no rio grande, ao chegar. Damos a hipótese arrojada de ser esta ponte já de 1599.

Somente um Governador tinha gente e dinheiro para construir uma, neste sertão. Ainda que estreitinha. É que o passo do rio, desde talvez os nativos, só podia ser abaixo das cachoeiras em local meio raso,antes de espraiarem-se as várzeas. Nas Furnas haviam ranchos de pau-a-pique, palmeiras e sapé. Nenhuma rua. Nem vereadores. Nem paróquia. Uma Santa Cruz coberta, sim. A história não conta nem sequer se o Governador trazia algum padre consigo.
1 de janeiro de 1886, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 12:11:46
54°. Revista de Engenharia N° 147
Janeiro de 1898. Atualizado em 25/02/2025 04:40:13
55°. Balsa no Rio Sorocaba*
21 de novembro de 1925, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:42:47
56°. Último dia de Nossa Senhora da Apresentação
1960. Atualizado em 24/10/2025 04:31:37
57°. Encontrado o testamento de Isabel de Proença
27 de fevereiro de 2023, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:37:55
58°. Genealogia das famílias formadoras da Paulistânia- 7, Felipe de Oliveira
14 de abril de 2023, sexta-feira. Atualizado em 17/04/2025 23:24:20
59°. Rua Hermelino Matarazzo e o Caminho de São Tomé
19 de setembro de 2024, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:39
60°. Quais são as 10 MAIORES TRIBOS INDÍGENAS brasileiras? Conhecendo o Brasil (Youtube.com)




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1638
Atualizado em 31/10/2025 00:25:35
Os monges adquirem uma sesmaria na região do rio “Paratiy”; terras pertencentes à antiga vila de Santa Anna das Cruzes de Mogi
•  Cidades (2): Mogi das Cruzes/SP, Mogi Mirim/SP
•  Pessoas (1): Sebastião Bicudo de Siqueira (31 anos)
•  Temas (10): “Parateí”, Beneditinos, Carmelitas, Ermidas, capelas e igrejas, Fazendas, Mosteiro de São Bento SP, Nossa Senhora da Assunção, Nossa Senhora do Rosário, Rio Jaguari, Santa Ana das Cruzes




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  13/02/2025 06:42:31º de 27
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1643
Atualizado em 31/10/2025 00:25:39
Frei Agostinho de Jesus é enviado ao sertão paulista para o recém fundado Mosteiro dos Beneditinos
•  Cidades (3): Santana de Parnaíba/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP
•  Temas (8): Bituruna, vuturuna, Fazenda Santa Quitéria, Fazenda Santo Inácio, Mosteiro de São Bento SP, Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba, Nossa Senhora do Rosário, Primeira Matriz, Vila de Nossa Senhora da Conceição
Frei Agostinho de Jesus: Um artista beneditino na fronteira entre dois mundos - A américa portuguesa e espanhola
Data: 2013
Créditos: Rafael Schunk




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  31/10/2025 18:39:26º de 27
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1958
Atualizado em 31/10/2025 04:55:47
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP, vol. LVIII, 1958. Comissão de redação: Dácio Pires Correia, Nicolau Duarte Silva e Vinicio Stein de Campos
•  Cidades (8): Cotia/Vargem Grande/SP, Ibiúna/SP, Itu/SP, Lisboa/POR, Porto Feliz/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (11): Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartolomeu de Contreras y Torales (n.1610), Diogo de Faro e Souza, Diogo de Mendonça Furtado, Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Miguel de São Francisco, José de Anchieta (1534-1597), Pascoal Moreira Cabral II (1655-1690), Simão Dias de Moura
•  Temas (17): Aldeia de Pinheiros, Bairro Itavuvu, Cachoeiras, Cajurú, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Capela de São Bento, Ermidas, capelas e igrejas, Catedral / Igreja Matriz, Guaianás, N S do Desterro, Nossa Senhora da Escada, Nossa Senhora de Montserrate, Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba, Nossa Senhora do Pópulo, Represa de Itupararanga, Rio Sorocaba, Colinas
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP, vol. LVIII
Data: 1958
Créditos: Comissão de redação: Dácio Pires Correia, Nicolau Duarte Silva e Vinicio Stein de Campos
Página 251
    Registros relacionados
11 de novembro de 1560, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:10
1°. Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri
Nossa Senhora do Monte Serrate ou Monserrate - É devoção local espanhola, do célebre santuário junto a Barcelona, e se espalhou entre os povos da Panínsula. No Brasil, o propagandista foi D. Francisco de Sousa, Governador-Geral na Bahia e Governador do Sul, séculos XVI e XVII. No século da imagem original, era cmum os artistas representarem Nossa Senhora sentada com o Menino, como as Virgens de magestade, o morro ou serra sob os pés de acordo com o nome do título, tal como se usa uma escada para Nossa Senhora da Escada.

A primitiva capela de Pinheiros tinha por orago "Nossa Senhora" apenas. Coma passagem da capelania para os Beneditinos, no século XVII, estes adotaram a invocação Monte Serrate. Teve origem numa aldeia de nativos da nação Guaianás, criada pelo Padre José de Anchieta.
Dezembro de 1599. Atualizado em 25/02/2025 04:46:52
2°. Francisco*
Sorocaba, Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba - O primeiro homem branco que construiu sua primeira casa na região de Sorocaba foi o paulista Afonso Sardinha que, em 1589, fundou um engenho de ferro no Vale das Furnas, morro do Araçoiaba e tirou algum ouro de lavagem nas adjacências. Trabalhavam com ele escravizados nativos, ou quase todos nativos. Há quem diga ter estado no Araçoiaba também Afonso Sardinha, o pai. No mesmo local, o Governador-Geral do Brasil, Dom Francisco de Souza, fundou a vila de Nossa Senhora do Monte Serrate, em dezembro de 1599, com alguns mineradores brancos e nativos trazidos do Espirito Santo.
21 de abril de 1611, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:23
3°. D. Francisco elevou o novo local com o nome de vila de São Filipe: “Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar”
Em 1611, estando em São Paulo, como Governador das capitanias e das minas do Sul, Dom Francisco de Souza autorizou a mudança do povoado para o campo, à beira do Rio Sorocaba, no Itavuvu, tendo a vila de efêmera duração, o nome de São Felipe em honra do Rei da Espanha.
1640. Atualizado em 25/02/2025 04:45:35
4°. Capela
1646. Atualizado em 24/10/2025 03:31:55
5°. Balthazar funda uma capela sob a invocação de “Nossa Senhora da Ponte” / vinda da imagem / transporte do pelourinho (1645/1654)
Pelos anos de 1646, diz o Livro do Tombo, estabeleceram-se os primeiros moradores na atual Sorocaba: Baltasar Fernandes e seus genros, André de Zunega, Gabriel "Dona de Leon", Dom Diogo do Rego e Mendonça, Bartholomeu de Zunega e Leon, mais alguns netos casados e filhos, bem como o filho Manuel Fernandes de Abreu; Baltasar Fernandes, quando transmigrou de Parnaíba para Sorocaba com sua parentela, já era septuagenário e avô.

A sua casa ainda hoje, embora no perímetro urbano, é considerada chácara. Está à beira do rio. Construiu na colina a capela à Nossa Senhora da Ponte, invocação única no Brasil, e que já assim se chamava de algum outro lugar da Ponte, em Portugal ou Espanha. A casa e a capela existiam em 1951, sem alteração substancial.
1670. Atualizado em 25/10/2025 18:41:20
6°. Pascoal
Pascoal Moreira Cabral, paulista notável que, por volta de 1670, avançou pelo planalto até o rio Sorocaba, no ponto em que este se despenha no Itupararanga. O bairro chamava-se Itapeva. Aí fundou aquele sertanista a Capela do Populo, fazendo-lhe patrimônio com nativos, com a condição, porém, de os não levarem do sertão, pelos muitos pecados que isso acarretava. Faleceu ele em 1690 e jaz na Igreja de São Bento, em Sorocaba. [Página 263]
11 de fevereiro de 1783, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:35
7°. Matriz
A matriz fundada por Balthazar Fernandes em 1767 estava em ruínas. Reconstruída, sob a direção do capitão José Ferraz de Arruda, em 1778, já recomeçou o sepultamento "na matriz nova", que devia estar emadeirada e coberta. Em 9 de fevereiro de 1783, o Vigário Domingos José Coelho benzeu a nova matriz. A 10, fez-se a transladação do S.S. e das imagens. A 11 rezou-se a primeira missa. Em 20 de janeiro de 1797, a paróquia passou a categoria de colada. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP, vol. LVIII, 1958. Páginas 261 e 262]




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  23/10/2025 17:17:22º de 27
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Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk
2013. Atualizado em 23/10/2025 17:17:22
Relacionamentos
 Cidades (10): Castro/PR, Ivaiporã/PR, Londrina/PR, Osasco/SP, Salvador/BA, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP, Telêmaco Borba/PR
 Pessoas (17) Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), André Fernandes (1578-1641), Balthazar Fernandes (1577-1670), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Cacique Tayaobá (1546-1629), Domingos Fernandes (1577-1652), Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Garcia Rodrigues Paes (1659-1738), João Missel Gigante (n.1560), Juan del Campo y Medina, Justo Mancilla Van Surck, Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Manuel Preto (1559-1630), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Mauro Teixeira, Suzana Dias (1540-1632)
 Temas (30): Aldeia de Los angeles, Bituruna, vuturuna, Cachoeira do Inferno, Capela de Santa Ana, Cordilheira dos Andes, Ermidas, capelas e igrejas, Gualachos/Guañanas, Itatins, Japão/Japoneses, Mambucaba, Metalurgia e siderurgia, Missões/Reduções jesuíticas, Nossa Senhora de Montserrate, Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba, Nuatinguy, Ouro, Quitaúna, Redução de S Xavier e S Inácio (Itamaracá), Redução Inmaculada Concepción, Rio Anhemby / Tietê, Rio das Velhas, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Paraguay, Serra dos Itatins, Sobrados, Taiati (São Francisco Xavier), Tamboladeiras, Tamoios, Tordesilhas, Ybitiruzú ou Ybiangui

Registros mencionados (5)
1. Nossa Senhora do Rosário, uma das primeiras obras do escultor encontradas no Planalto Paulista
1641

Frei Agostinho de Jesus (1600/10-1661): Nossa Senhora do Rosário, com data naface posterior da peanha (1641), 24 cm de altura, terracota policromada. Uma das primeiras obras do escultor encontradas no Planalto Paulista. Pertcenceu à antiga coleção de Roberto Lemos Monteiro, São Paulo-SP. In: ETZEL, Eduardo. Arte Sacra Berço da Arte brasileira. São Paulo: Melhoramentos, EDUSP, 1984. Figura 241. Detalhe da peanha de Nossa Senhora do Rosário (1641). [p.206]
2. Fundada a vila da Parnaiba, sendo o mosteiro Mosteiro de Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba doação do capitão André Fernandes
14 de novembro de 1643

Os filhos foram crescendo e casando-se na vila da Parnaíba, onde Baltazar teve. além da lavoura. um engenho de ferro seqüestrado em 1643.[p.199]
3. “A Matriz de Santana de Parnaíba, reconstruída em 1646 e finalizada por volta de 1650”
1646

Em contrapartida ao patrocínio de obras no mosteiro parnaibano, Frei Agostinho de Jesus vai retribuir generosamente ofertando imagens para uma nova igreja erguida pelos bandeirantes, a Matriz de Santana de Parnaíba, reconstruída em 1646 e finalizada por volta de 1650. Este espaço religioso tornou-se uma extensão do monastério e foi ornado com numerosas terracotas marianas, santos e ícones votivos: Santo Antônio do Suru (uma das obras mais realistas criadas pelo escultor), Nossa Senhora da Purificação (obra-prima do artista), Nossa Senhora dos Prazeres e um São Francisco de Paula. Além destes célebres trabalhos, a matriz parnaibana ostentava outros tesouros culturais, como o fragmento de Nossa Senhora com o Menino, N. Sra. da Piedade e as imagens de Nossa Senhora do Rosário, “a grande e a pequena”, algumas delas utilizadas em procissões. Um de seus últimos trabalhos nesta localidade é o grupo de Santana Mestra, orago de devoção particular do fundador da vila, André Fernandes; peças finalizadas por volta de 1650.
4. Frei Agostinho permanece no território paulista até aproximadamente 1654
1654

Os últimos trabalhos de sua produção paulista foram provavelmente as esculturas idealizadas para a capela da fazenda Parateí em Mogi das Cruzes. Após o arruinamento desta chácara secular, sua antiga padroeira, Nossa Senhora do Rosário foi removida para o mosteiro paulistano.

Outras terracotas procedentes de Parateí dispersaram-se pelas igrejas mogianas algumas das quais foram reunidas no Museu das Igrejas do Carmo em Mogi das Cruzes: Nossa Senhora da Conceição e Assunção e um pequeno relicário de Santo Antônio, único deste gênero identificado na produção do mestre.

Estes caminhos outrora se interligavam por meio da Estrada Velha Rio - São Paulo. Na antiga igreja do Bom Jesus localizada no centro de Mogi o saudoso colecionador Francisco Roberto adquiriu uma escultura do Rosário de Frei Agostinho de Jesus. Identificamos nesta pesquisa uma monumental obra do artista: a imagem de Nossa Senhora da Ajuda e que pertenceu a uma capela seiscentista homônimo em Guararema. Apóso furto da imagem e sua devolução, a peça foi restaurada e hoje se encontra preservada na matriz da cidade. Na Capela da Ajuda foi colocada uma réplica.

Relacionamos esta escultura à Frei Agostinho de Jesus, pois além de apresentaros estilemas típicos, localiza-se geograficamente próxima a antiga Fazenda deParateí, área de atuação do artista. Provavelmente o escultor elaborou a imagempara os moradores de Guararema na época em que passou pela região, uma desuas últimas obras-primas. O artista não assinava suas esculturas e apenas algumas peças foramdatadas ao longo da carreira. Permanece no território paulista atéaproximadamente 1654, realizando obras no Mosteiro de São Bento em SãoPaulo, Santos e na fazenda beneditina de Parateí em Mogi das Cruzes. Transitavanesta época entre os recolhimentos de São Paulo e o Rio de Janeiro. Retornando ao litoral fluminense, dedica-se a confecção de algumasterracotas para fazendas beneditinas no entorno da Baía de Guanabara, entre osatuais municípios de Duque de Caxias e o Rio de Janeiro, inclusive fornecendoimagens para igrejas ao sul do Estado. Podemos destacar, nesta época, a Virgemda Aldeia de Mambucaba, obra pertencente à Angra dos Reis e o Santo Antônioda irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Negros de Paraty, uma das maisantigas obras religiosas paratienses, acervo do Museu de Arte Sacra da Igreja deSanta Rita – IPHAN. [Página 223]
5. Os beneditinos substituem a antiga padroeira do Mosteiro de São Bento em São Paulo, Nossa Senhora do Montesserrate, autoria de Frei Agostinho da Piedade por um novo orago
1720

Em 1720 os beneditinos substituem a antiga padroeira do Mosteiro de São Bento em São Paulo, Nossa Senhora do Montesserrate, autoria de Frei Agostinho da Piedade por um novo orago:

Durante a primeira metade do século XVIII, seguindo as notícias da Crônica de 1766, o mosteiro contou com a ajuda de um segundo benfeitor, José Ramos da Silva, “um dos homens mais abastados de S. Paulo”. Ele patrocinou a reforma da capela mor, para a qual mandou fazer um retábulo de talha e um altar lateral que, inclusive, foram dourados por douradores vindos de Lisboa.

Foi nessa época, no ano de 1720, que, a seu pedido, mudou-se a invocação da igreja para a de N. Sra. da Assunção, que permanece até hoje. (DEL NEGRO, 2000, p. 79).

Mediante custeio de muitos devotos e patronos, fizeram-se novos retábulos para a nave desta igreja, acompanhando os três altares originais, tanto ao lado do evangelho quanto na parte da epístola. Alguns manuscritos de época destacam a capela de Nossa Senhora do Pilar que: “foy uma das melhores capellas, que teve esta Igreja, e a mayor devoção que havia nesta cidade pelos muytos milagres, que obrava a Sra. nos seus devotos”, (Crônica de 1766, In: DEL NEGRO, 2000, p. 79). Constituiu-se, inclusive, ao redor desta invocação uma confraria. O culto a Nossa Senhora do Pilar sempre foi muito disseminado pelos mineradores paulistas, tradição transportada posteriormente até Minas Gerais.

Só teremos notícias documentais da elevação do mosteiro a abadia no Capítulo Geral de 14/V/1635, sendo eleito primeiro abade Fr. Álvaro do Carvajal, sevilhano de origem, que, em 1627, fora enviado aio Brasil como Visitador da Província. Depois dele, o mosteiro conheceu um período de pujança, que levou à fundação de outras casas. A invocação do padroeiro do mosteiro mudou definitivamente em 1720 de Nossa Senhora de Monserrate para Nossa Senhora da Assunção. [Página 260]
Registros mencionados (37)
31/01/1531 - A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa avista a costa do Brasil na altura do cabo Percaauri [10014]
01/12/1561 - Expedição de Mem de Sá / O português Manuel Fernandes Ramos, primeiro marido de Suzana Dias construiu a capela de Santo Antônio* [20014]
1575 - A história da Freguesia do Ó, bairro da região norte de São Paulo começa com a vinda do português Antônio Preto de São Vicente para São Paulo onde assumiria as funções de juiz Ordinário da Câmara [21784]
1578 - Nascimento de André Fernandes, filho de Manuel Fernandes Ramos e Suzana Dias [657]
1580 - Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias [6760]
01/06/1581 - Oficializou-se a entrega da capela através de uma carta de doação e assinada, inclusive, pelo autor do Tratado Descritivo do Brasil, Gabriel Soares de Sousa* [21316]
1582 - Luís Eanes Grou (1554-1590) obteve, do Cap. Mor Jerônimo Leitão, sesmaria de uma légua de terras em Quitaúna [27482]
1588 - Apesar da saúde frágil, Manuel Fernandes Ramos continuava exercendo atividades como vereador na Câmara de São Paulo [740]
1589 - Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas [9075]
07/12/1589 - “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275] [26356]
1600 - As terras de Tibiriçá foram doadas em caráter perpétuo aos beneditinos [21319]
1610 - Frei Mauro Teixeira ausentando-se da vila deixa como procurador e protetor da pequena capela de São Bento nada menos que o temível bandeirante Manuel Preto [21320]
02/02/1610 - Domingos Fernandes (33 anos) funda a cidade de Itu [6551]
01/06/1610 - Francisco de Souza chega em São Paulo* [26582]
26/07/1610 - Suzana Dias, a matrona bandeirante, representando a família dos Fernandes, doa um terreno na parte mais elevada do núcleo para a construção de uma capela em homenagem à Santana substituindo a anterior dedicada a Santo Antônio [21299]
1622 - Fundação [28215]
1625 - Falecimento de Belchior da Costa, filho de Manuel da Costa e Beatriz Diniz [19999]
14/11/1625 - Capela feita matriz / Criada a vila de Parnaíba por provisão do conde de Monsanto, donatário da capitania [19191]
1627 - Reduções [1111]
04/08/1627 - A terceira entrada e a fundação da Redução dos Arcanjos [1113]
1628 - “Do lado espanhol” [27597]
18/09/1628 - parte de São Paulo a grande bandeira comandada por Raposo Tavares tendo como imediato Manoel Preto que atacou as reduções jesuíticas e aldeias guaranis, com 69 portugueses, 900 mamelucos e 3 mil índios [17700]
22/07/1630 - Falecimento de Manoel Preto, filho de Antonio Gomes Preto e Antonia Gonçalves Lage Antunes [1148]
02/09/1634 - Falecimento de Suzana Dias [20168]
21/02/1635 - Certifico eu Frei Alvaro de Caravajal pior (...) de Nossa Senhora de Monserrate da ordem do Patriarca SP (...) padre nesta vila de São Paulo, que recebi do Cap. Balthazar Fernandes de Parnaíba a esmola de dez missas que eu me obriguei a dizer e são em descargo do testamento de sua mãe defunta que ele como testamenteiro mandou fazer e por ser verdade lhe dei este por mim assinado hoje [22549]
30/07/1635 - Documento [26358]
1641 - Nossa Senhora do Rosário, uma das primeiras obras do escultor encontradas no Planalto Paulista [21307]
14/11/1643 - Fundada a vila da Parnaiba, sendo o mosteiro Mosteiro de Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba doação do capitão André Fernandes [17565]
1646 - “A Matriz de Santana de Parnaíba, reconstruída em 1646 e finalizada por volta de 1650” [21333]
1654 - Frei Agostinho permanece no território paulista até aproximadamente 1654 [21313]
14/07/1659 - O mosteiro de São Bento da Parnaíba foi elevado à categoria de Presidência ou Priorado [21293]
1660 - Frei Anselmo Batista passou a residir em Sorocaba [21334]
10/01/1681 - A Câmara de Parnaíba decide demarcar o rocio da vila: “um ribeiro que fica por cima do moinho da vila e subindo por a capoeira deu em um têso que fica por baixo da casa de sobrado que foi de Balthazar Fernandes” [21292]
26/06/1681 - Primeira notícia do falecimento [23194]
04/11/1681 - Falecimento de Fernão Dias Paes Leme (data estimada) [20848]
1720 - Os beneditinos substituem a antiga padroeira do Mosteiro de São Bento em São Paulo, Nossa Senhora do Montesserrate, autoria de Frei Agostinho da Piedade por um novo orago [21327]
2012 - TEMPLOS, CASAMENTOS E CEMITÉRIOS DE UM GRUPO OUTSIDER. Luiz Cândido Martins, Luciana Fernandes Volpato [28482]





  Frei Agostinho de Jesus
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14 de novembro de 1643, sábado
Atualizado em 31/10/2025 00:25:39
Fundada a vila da Parnaiba, sendo o mosteiro Mosteiro de Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba doação do capitão André Fernandes
•  Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (2): André Fernandes (1578-1641), Balthazar Fernandes (66 anos)
•  Temas (5): Ermidas, capelas e igrejas, Metalurgia e siderurgia, Mosteiro de São Bento SP, Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba, Vila da Parnaíba
    3 fontes
  1 relacionada

1°. Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk
2013
Os filhos foram crescendo e casando-se na vila da Parnaíba, onde Baltazar teve. além da lavoura. um engenho de ferro seqüestrado em 1643.[p.199]  ver mais




  Frei Agostinho de Jesus
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1650
Atualizado em 31/10/2025 06:54:16
Graças às doações generosas do bandeirante Fernão Dias Paes Leme, conhecido como “governador das esmeraldas”, foi possível viabilizar a construção de um novo Mosteiro de São Bento em São Paulo
•  Cidades (1): Cotia/Vargem Grande/SP
•  Pessoas (1): Fernão Dias Paes Leme (42 anos)
•  Temas (4): Beneditinos, Nossa Senhora de Montserrate, Mosteiro de São Bento SP, Catedral / Igreja Matriz
“Algumas notas genealógicas”
Data: 1886
Créditos: João Mendes de Almeida (1831-1898)
“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”. página 114

  


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