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Atualizado em 28/10/2025 04:37:07 Relação atual do Mosteiro de São Bento da cidade de São Paulo Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP Pessoas (4): Duarte Machado, Fernão Dias Paes Leme, Jorge Moreira, Miguel Ayres Maldonado Temas (3): Ipiranga, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Rio Tamanduatei
Atualizado em 02/11/2025 07:42:07 “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos ![]() Data: 1937 Créditos: Francisco Martins dos Santos Página 271
• 1°. Primeiro registro da palavra “Brasile” • 2°. Mapa existente na biblioteca do Duque de Weimar exibe as Antilhas Essas Antilhas, partes integrantes da America, e que a Colombo pareciam ser a própria índia, por influencia das cartas de Toscanelli, já constavam de um mappa anonymo de 1424 existente na bibliotheca do Duque de Weimar, das cartas de Beeário de 1426, de Andréa Blanco ou Branco de 1436, de Pareto de 1455, de Fra Mauro de 1457, da carta de Toscanelli, escripta a Fernão Martins, em 25 de Junho de 1474, revelada pelo próprio filho de Colombo e por elle authenticada, e finalmente, na carta de Benincasa, de 1476, todas, como se vê, muito anteriores á primeira viagem de Christovam Colombo. • 3°. Relato de João de Barros Está provado porem, que muito antes de 1492 não só as terras da futura America do Norte como as terras do Brasil já eram do conhecimento de navegantes portuguezes, tendo se conservado inexplicavelmente, um profundo mitério sobre a existência de ambas. João de Barros conta em sua primeira "Década 1 — pag. 148), que, quando em 1525 uma armada hespanhóla se dirigia ás Molucas, sob o comando do comendador Loyaisa, tendo por imediato o famoso Delcano, companheiro futuramente de Fernão de Magalhães, descobridor do Estreito do seu nome, cruzara com uma náu portugueza carregada de escravos, cuja náu costeando as zonas brasileiras encontrára a dois graus ao sul do Equador, uma ilha despovoada, com boas aguadas, de que ninguém até então déra noticia. Desembarcando, ficaram os seus tripulantes surpresos por encontrarem nos troncos das árvores, escrito o ano em que fora a mesma descoberta pelos portugueses, 87 anos antes daquele em que estavam, isto é, no de 1438; e, em sinal de que realmente ela fora roteada e tivera estabelecidos em suas terras aqueles primeiros descobridores, havia pelo emaranhado de suas matas, muitas frutas europeias, especialmente laranjas doces e galinhas como as de Hespanha, em tanta abundância que os espanhóis fizeram provimento delas, mortas á besta nos arvoredos onde pousavam. Esta ilha, a que João de Barros chama de São Matheus, parece ser a de S. João, situada próximo do Maranhão, a este da Bahia de Tury-Assiú e em frente á foz do rio Turinanga, e, a sua parte mais saliente, está em I o , 17´ de latitude sul. Óra, quem esteve estabelecido tão próximo da terra firme, e naturalmente como medida de prevenção contra os indios da cósta, não é possível que a não tivesse visitado e percorrido; e. por conseguinte, bem cabida é a supposição de que se guardasse profundo silencio sobre semelhantes descobrimentos, e, que, muito antes das épocas officialisadas, já as terras da futura América do Sul, tivessem sua existência conhecida. Aliás, isso mesmo é o que affirma ao Rei D. Manuel, Duarte Pacheco Pereira em sua famosa carta de 1498, de que trataremos adiante. A Década de João de Barros, em que elle conta o facto ácima, váe devidamente transcripta em appendice, junto a outros documentos, no final desta óbra. • 4°. Colombo • 5°. Carta de Toscanelli a Fernão Martins • 6°. Mapa de Henry Martelli Os mappas de Behaim, Strabão e Marco Polo, com o de Henry Martelli de 1489 (quasi uma copia do Mundo antigo de Strabão e que ainda não considerava a terra redonda e e as cartas geographicas de Pedro d´Ailli e Toscanelli foram os documentos cosmographicos predecessores da éra americana. O confronto deste globo com o mappa dos littoraes americanos da 4.a viagem de Colombo, atráz reproduzido, acaba de revelar a profunda ignorância cosmográphica daquelle "descobridor". • 7°. Tratado de Tordesilhas Essa Convenção foi de facto coroada de êxito, celebrada e assignada em Tordesilhas a 7 de Junho de 1494, e ratifiçada depois em Aeévalo a 2 de Julho e em Setúbal a õ de Setembro do mesmo anno. Por aquelle Tratado ,a linha demarcatória passaria não a cem léguas como ficara pela rectificação de Clemente VI, mas a 370 léguas a partir do ponto mais Occidental das ilhas de Cabo Verde para o Oéste. O apparato da força produzira como se viu e como se havia de ver depois, bastante fructo, mas não tanto quanto poderia produzir. Portugal por ambas as Bulias papaes não encontraria sinão agua dentro de sua zona de direitos, em- quanto que a Hespanha ficaria com toda a America do Sul actual; o que acaba de nos convencer, de que o rei de Portugal não discutia uma hypóthese, e sim a posse de uma re- gião, o mais dilatada possivel, numa terra cujas latitudes e longitudes já lhe eram em parte conhecidas. Com os resul- tados da Convenção, ainda assim cahira D. João numa des- proporção geográphica quanto ás futuras terras do Brasil, desproporção essa desfeita somente duzentos annos depois, primeiro arbitrariamente — pela conquista e penetração bandeirante, e depois, legalmente — por effeito do Tratado efe 1750. • 8°. Ratificado o Tratado de Tordesilhas em Setúbal Essa Convenção foi de facto coroada de êxito, celebrada e assignada em Tordesilhas a 7 de Junho de 1494, e ratifiçada depois em Aeévalo a 2 de Julho e em Setúbal a õ de Setembro do mesmo anno. Por aquelle Tratado ,a linha demarcatória passaria não a cem léguas como ficara pela rectificação de Clemente VI, mas a 370 léguas a partir do ponto mais Occidental das ilhas de Cabo Verde para o Oéste. O apparato da força produzira como se viu e como se havia de ver depois, bastante fructo, mas não tanto quanto poderia produzir. Portugal por ambas as Bulias papaes não encontraria sinão agua dentro de sua zona de direitos, em- quanto que a Hespanha ficaria com toda a America do Sul actual; o que acaba de nos convencer, de que o rei de Portugal não discutia uma hypóthese, e sim a posse de uma re- gião, o mais dilatada possivel, numa terra cujas latitudes e longitudes já lhe eram em parte conhecidas. Com os resul- tados da Convenção, ainda assim cahira D. João numa des- proporção geográphica quanto ás futuras terras do Brasil, desproporção essa desfeita somente duzentos annos depois, primeiro arbitrariamente — pela conquista e penetração bandeirante, e depois, legalmente — por effeito do Tratado efe 1750. • 9°. A esquadra, composta por quatro caravelas, zarpou de Palos de la Frontera • 10°. Desembarcára com o piloto do Capitão Mór e com o de Sancho de Tovar, na terra que acabavam de descobrir, fazendo nella a prova do descobrimento anterior Como se sabe, Méstre João, éra o cirurgião e physico da expedição Cabralina, e, em carta de 1.° de Maio de 1500, escreveu elle ao Rei, contando que, na segunda-feira, 27 de Abril, desembarcára com o piloto do Capitão Mór e com o de Sancho de Tovar, na terra que acabavam de descobrir,
fazendo nella a prova do descobrimento anterior:
"Quanto, Senoi% al sytyo desta tierra, mande Vosa Alteza traer un napamundj que tjne PERO VAAZ BISAGUDO, e por ay podrra ver Vosa Alteza el sytyo desta tierra; en pero, aquel napamundj non certyfica esta tierra ser habytada, ò no. Es na- pamundy antiguo; e ally f aliara Vosa Alteza escripta tanbyen, etc Fecha en Vera Cruz, a primeiro de Majo de 500." (1) Comprehendemos por este trecho da carta de Méstre João, que em mappa-mundi antigo já constava o perfil da terra brasileira, mas sem a declaração de ser ou não habitada, conforme poderia o próprio Rei verificar chamando a Pedro Vaz Bisagudo, o portuguez que a possuía. Quem seria o autor de tal carta geographica? De que data e de que expedição proviria ella? Não seria esse mappa, o mesmo de André Blanco que se encontra na Bibliotheca de São Marcos em Veneza? Esse é um dos segredos da Historia, que nunca se desvendará talvez, mas que próva a qualidade do descobrimento de Cabral. • 11°. Cartas de Caminha e do Mestre João Emenelau Farás Como se sabe, Méstre João, éra o cirurgião e physico da expedição Cabralina, e, em carta de 1.° de Maio de 1500, escreveu elle ao Rei, contando que, na segunda-feira, 27 de Abril, desembarcára com o piloto do Capitão Mór e com o de Sancho de Tovar, na terra que acabavam de descobrir, fazendo nella a prova do descobrimento anterior: • 12°. Carta do rei dom Manuel, datada de Sintra, anunciando aos príncipes católicos o descobrimento da terra de Santa Cruz, por Pedro Álvares Cabral Comunicava o Rei D. Manoel a seus sogros, Fernando e Izabel de Espanha o sucesso da segunda viagem á índia, por seu almirante Pedro Alvares Cabral, dizendo no que se referia ao Brasil, o seguinte: “...O dito meu capitão partiu com 13 naus, de Lisboa, a 9 de março do ano passado, e nas oitavas da Pascoa seguinte chegou a uma terra que novamente descobriu, á qual colocou nome de Santa Cruz, na qual encontrou gente nua como na primitiva inocência, mansa e pacifica; a qual terra parece que Nosso Senhor quis que se achasse, porque é muito conveniente e necessária para a navegação da índia, porque ali reparou seus navios e tomou água; e pela grande extensão do caminho que tinha de percorrer, não se deteve afim de se informar das cousas da dita terra, somente me enviou de lá um navio para me noticiar como a achou.” • 13°. Chegou a Armada de Vespucio á costa brasileira • 14°. A esquadra portuguesa de André Gonçalves e Américo Vespúcio, vinda de Lisboa, avista o cabo a que se deu o nome de São Roque Surgiram assim: O cabo São Roque, baptisado a 16-8-1501, o cabo de Santo Agostinho a 28 do mesmo mez, o Rio de São Francisco a 4 de Outubro, a Bahia de Todos os Santos a L° de Novembro (?), o Cabo de São Thomé a 21 de Dezembro, e o Rio de Janeiro a 1.° de Janeiro de 1502; a Angra dos Reis a 6 de Janeiro desse anno. São Sebastião a 20 do mesmo, São Vicente a 22 (actual estuário de Santos) e por fim Cananôr. que é a mesma Cananéa, ultimo ponto da cósta bem estabelecido e descripto por Vespucio, (1) e (2), apezar de saber-se pela primeira carta do florentino, que a Armada desceu até á altura de 32 gráus, visinhanças do Rio da Prata, correndo como se vê, territórios collocados fóra dos direitos de Portugal pelo Tratado de Tordesilhas. • 15°. A esquadrilha de André Gonçalves entra no Rio de São Francisco Surgiram assim: O cabo São Roque, baptisado a 16-8-1501, o cabo de Santo Agostinho a 28 do mesmo mez, o Rio de São Francisco a 4 de Outubro, a Bahia de Todos os Santos a L° de Novembro (?), o Cabo de São Thomé a 21 de Dezembro, e o Rio de Janeiro a 1.° de Janeiro de 1502; a Angra dos Reis a 6 de Janeiro desse anno. São Sebastião a 20 do mesmo, São Vicente a 22 (actual estuário de Santos) e por fim Cananôr. que é a mesma Cananéa, ultimo ponto da cósta bem estabelecido e descripto por Vespucio, (1) e (2), apezar de saber-se pela primeira carta do florentino, que a Armada desceu até á altura de 32 gráus, visinhanças do Rio da Prata, correndo como se vê, territórios collocados fóra dos direitos de Portugal pelo Tratado de Tordesilhas.
O eminente Dr. Sophus Ruge, Cathedratiço do Instituto Polytechnico Real de Dresde, em sua preciosa u HISTORIA DA ÉPOCA DOS DESCOBRIMENTOS", prefaciada e annotada pelo Lente de Historia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Manoel de O1iveira Ramos — á pagina 298, apresenta a mesma relação de baptismos vespucianos, citando também o Rio de São Miguel, o de Santa Lúcia (hoje Rio Doce) conforme o mappa de Vaz Dourado, de 1571. • 16°. Carta de Pietro Pascuáligo A carta de Pietro Pascuáligo, escripta de Lisboa aos 18 de Outubro de 1501 ao Senado Veneziano narrando a
chegada de um dos navios que partiram com Gaspar Corte Real, (M. Sanuto — Diário — Códice Marciano — VII - Pag. 228) mostra como o continente americano éra profundamente conhecido por Corte Real, em contraste com a ignorância de Colombo demonstrada ainda depois dessa
data por seu filho e biógrapho, e liga-se com o encontro do marco de pedra encontrado há pouco tempo pelos americanos na praia de Daytona, accusqjido a chegada desse
Corte Real, ao continente americano, pela primeira vez, em 1490.
Faz crer também, essa carta de Pascuáligo, que Vespucio andava ligado a essa viagem de Corte Real, visto que a primeira descripção do continente americano feita ao mundo com detalhes e pormenores, foi a desse cosmógrapho florentino, assim como o mappa de Cantino foi o primeiro que ligou os dois continentes americanos num mesmo desenho e numa mesma idéa, mappa esse, como já dissemos, attribuido sem discrepância, ás informações de Vespucio. Deante desta série de circumstancias históricas, e sabendo-se que em 1492 ou pouco antes, João Fernandes Lavrador e Pero de Barccllos descobriram o ponto do continente americano que até hoje consérva o nome do primeiro (Terra do Lavrador), pouco se pôde reservar a Colombo, a não ser a rutilancia da lenda que o envolveu e o próprio mérito da viagem feita, que trasmittiram o seu nóme á posteridade. • 17°. Descobrimento de Angra dos Reis por André Gonçalves e Américo Vespúcio • 18°. André Gonçalves e Américo Vespúcio chegam a Lisboa depois de terem feito a primeira exploração do litoral brasileiro, do cabo de São Roque a Cananéia. • 19°. "Historia De Santos" Francisco Martions dos Santos Um problema que se resolve. Revelação geonomica e ethnographica do primitivo nóme
tupy da ilha de S. Vicente. A possivel pátria dos Guayanazes. Identificação permittida
pelas affirmativas cartographicas de Kunst-
mann e Reinei, de 1503 e 1516. Só algum tempo depois da chegada do Donatário, em 1532, é que aquelles primitivos habitantes de GOHAYÓ, e portanto os famosos GAYONOS dos Reinei, GUANÁS de Kunstmann, e GUAYANAZES dos portuguezes, começaram a approximar-se em maior numero, integrando muitos o bloco brasílico de Tibiriçá que permaneceu ao lado dos novos dominadores. Cremos nós, aliás, que — gente de GOHAYó, ainda hoje em portuguez corrente, só poderia ser: GOHAYONOS — GOHAYOENSES ou GOHAYONAZES. Dalii, o nóme que ficou na História — GUAYANAZES, que tantos historiadores e ethnógraphos procuram explicar em vão, palpando e tateando a treva de outras raizes ou etymologias. • 20°. Resolveu El-Rei D. Manoel nova expedição, sob o comando de Gonçalo Coelho, com o titulo de capitão-mór As expedições officiaes e não officiaes se revesáram. João da Nóva sáe em 1501, vem até á altura de S. Vicente e dahi ruma para a Africa; é o primeiro viajante depois de Cabral; lógo em seguida, sáe André Gonçalves trazendo Vespueio para o baptismo da cósta brasileira; Gonçalo Coelho sáe de Lisbôa a 10 de Maio de 1503, vindo ainda Vespucio como commandante de uma das seis náus de que se compunha a esquadra; D. Nuno Manoel, Vasco Gallego de Carvalho e João de Lisbôa saem do Téjo em 1506 e descem á exploração de toda a cósta do Brasil; Christovam Pires deixa Portugal a 22 de Marca de 1511, trazendo como piloto a João Lopes de Carvalho e como escrivão da Armada a Duarte... • 21°. Expedição de Nuno Manoel Fique cérto, todavia, que, Acreditamos que o commandante dessa expedição tenha sido mesmo André Gonçalves, porquanto D. Nuno linha por occasião da partida da Armada, acabado de perder o irmão, grande válido do Rei D. Manoel, que por isso mesmo havia de lhe respeitar a dor, e mais, porquê em Outubro de 1502, poucos dias portanto, apóz o retorno da mesma expedição, seguia D. Nuno Ma- noel no séquito do rei de Portugal acompanhando-o a São Thiago de Compostella, na Galliza, como seu Almotacé-Mór, o que não seria natural se elle ainda estivésse sob as canseiras de semelhante viagem ao Brasil. se D. Nuno não veio desta vez ao Brasil, veio pelo menos em 1514 com Ghristovam do Haro, trazendo como piloto a João de Lisboa; e, Capistrano de Abreu diz ainda ser provável que tenha sido elle o capitão-mór da fróta de 1506 (2), e, nesse caso, trazendo como pilotos a Vasco Gallego de Carvalho e João de Lisboa. Quanto a Antonio Rodrigues, ao que já se acha divulgado a seu respeito, accrescentaremos que a sua vinda déve prender-se á Armada de D. Nuno Manoel, Christovam do Haro e João de Lisboa, de 1514, viagem citada por Capistrano de Abreu, á pag. 60 da sua importante óbra "O descobrimento do Brasil", a não ser que se pretenda, que também Rodrigues, tenha sido um dos elementos da expedição de Sólis, o infortunado descobridor do "rio da prata", o que é tão acceitavel quanto a primeira hypóthese. • 22°. Fundação do primeiro povoado de São Vicente Gonçalo da Cósta veio para São Vicente em 1510, segundo affirmam alguns autores, onde, pelas alturas de 1520 se uniu a uma das filhas do "bacharel", personagem que já encontrou em terra por occasião da sua chegada, tornando-se desde então o seu braço direito nas lidas a que ambos se applicaram. Esse Gonçalo da Costa, depois de passar uns vinte annos em São Vicente, durante os quaes percorreu toda a cósta sul do Brasil tornando-se um dos maiores conhecedores do "rio da prata" (2), resolveu tornar a Portugal, obtendo para isso, passagem a bordo da "Nossa Senhora do Rosario", nau capitanea da Armada de Diogo Garcia, no anno de 1530. • 23°. Parte do porto de Lisboa a nau Bretoa, de que era capitão Cristóvão Pires, escrivão Duarte Fernandes e piloto João Lopes de Carvalho, quem depois acompanhou a Fernando de Magalhães na primeira viagem de circunavegação do globo As expedições officiaes e não officiaes se revesáram. João da Nóva sáe em 1501, vem até á altura de S. Vicente e dahi ruma para a Africa; é o primeiro viajante depois de Cabral; lógo em seguida, sáe André Gonçalves trazendo Vespueio para o baptismo da cósta brasileira; Gonçalo Coelho sáe de Lisbôa a 10 de Maio de 1503, vindo ainda Vespucio como commandante de uma das seis náus de que se compunha a esquadra; D. Nuno Manoel, Vasco Gallego de Carvalho e João de Lisbôa saem do Téjo em 1506 e descem á exploração de toda a cósta do Brasil; Christovam Pires deixa Portugal a 22 de Marca de 1511, trazendo como piloto a João Lopes de Carvalho e como escrivão da Armada a Duarte... • 24°. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel Fique cérto, todavia, que, Acreditamos que o commandante dessa expedição tenha sido mesmo André Gonçalves, porquanto D. Nuno linha por occasião da partida da Armada, acabado de perder o irmão, grande válido do Rei D. Manoel, que por isso mesmo havia de lhe respeitar a dor, e mais, porquê em Outubro de 1502, poucos dias portanto, apóz o retorno da mesma expedição, seguia D. Nuno Ma- noel no séquito do rei de Portugal acompanhando-o a São Thiago de Compostella, na Galliza, como seu Almotacé-Mór, o que não seria natural se elle ainda estivésse sob as canseiras de semelhante viagem ao Brasil. se D. Nuno não veio desta vez ao Brasil, veio pelo menos em 1514 com Ghristovam do Haro, trazendo como piloto a João de Lisboa; e, Capistrano de Abreu diz ainda ser provável que tenha sido elle o capitão-mór da fróta de 1506 (2), e, nesse caso, trazendo como pilotos a Vasco Gallego de Carvalho e João de Lisboa. Quanto a Antonio Rodrigues, ao que já se acha divulgado a seu respeito, accrescentaremos que a sua vinda déve prender-se á Armada de D. Nuno Manoel, Christovam do Haro e João de Lisboa, de 1514, viagem citada por Capistrano de Abreu, á pag. 60 da sua importante óbra "O descobrimento do Brasil", a não ser que se pretenda, que também Rodrigues, tenha sido um dos elementos da expedição de Sólis, o infortunado descobridor do "rio da prata", o que é tão acceitavel quanto a primeira hypóthese. • 25°. Cristóvão Jacques, no comando de duas caravelas, foi encarregado do patrulhamento da costa brasileira, a fim de desestimular incursões de corsários franceses Christovam Jacques embarca em Portugal em 1516, trazendo Pero Capico como Capitão da Cósta em S. Vicente; o mesmo Christovam Jacques, tórna a sahir de Lisbôa a 21 de Junho de 1526, passa por São Vicente e ségue até o "rio da prata"; nesta viagem vêm com elle e como pilotos: Diogo Leite, mais tarde commandante da nau "Princeza" da Armada de Martim Affonso, seu irmão Gonçalo Leite e Gaspar Corrêa; Christovam Jacques viéra então, investido das funcções de Guarda da Cósta, Capitão-Mór, como o cita D. Rodrigo de Acuna em sua carta ao Rei de Portugal, ou Governador das Terras do Brasil, como o declara o próprio Rei em documento de 1526, com estabelecimento na feitoria de Itamaracá, em Pernambuco. • 26°. Caminho do Peabiru Fallámos em geral sobre os primeiros povoadores europeus de São Vicente, fallemos agóra em particular, historiando o que se sabe a respeito de cada um. Começaremos pelo genro do "bacharel", Gonçalo da Cósta, para melhor explicar certos factos que vão esclarecer os actos de Martim Affonso, praticados em 1532, dando inicio á colonisação regular de São Vicente. Gonçalo da Cósta veio para São Vicente em 1510, segundo affirmam alguns autores, onde, pelas alturas de 1520 se uniu a uma das filhas do "bacharel", personagem que já encontrou em terra por occasião da sua chegada, tornando-se desde então o seu braço direito nas lidas a que ambos se applicaram. Esse Gonçalo da Costa, depois de passar uns vinte annos em São Vicente, durante os quaes percorreu toda a cósta sul do Brasil tornando-se um dos maiores conhecedores do "rio da prata" (2), resolveu tornar a Portugal, obtendo para isso, passagem a bordo da "Nossa Senhora do Rosario", nau capitanea da Armada de Diogo Garcia, no anno de 1530. • 27°. Relato de João de Barros Está provado porem, que muito antes de 1492 não só as terras da futura America do Norte como as terras do Brasil já eram do conhecimento de navegantes portuguezes, tendo se conservado inexplicavelmente, um profundo mitério sobre a existência de ambas. João de Barros conta em sua primeira "Década 1 — pag. 148), que, quando em 1525 uma armada hespanhóla se dirigia ás Molucas, sob o comando do comendador Loyaisa, tendo por imediato o famoso Delcano, companheiro futuramente de Fernão de Magalhães, descobridor do Estreito do seu nome, cruzara com uma náu portugueza carregada de escravos, cuja náu costeando as zonas brasileiras encontrára a dois graus ao sul do Equador, uma ilha despovoada, com boas aguadas, de que ninguém até então déra noticia. Desembarcando, ficaram os seus tripulantes surpresos por encontrarem nos troncos das árvores, escrito o ano em que fora a mesma descoberta pelos portugueses, 87 anos antes daquele em que estavam, isto é, no de 1438; e, em sinal de que realmente ela fora roteada e tivera estabelecidos em suas terras aqueles primeiros descobridores, havia pelo emaranhado de suas matas, muitas frutas europeias, especialmente laranjas doces e galinhas como as de Hespanha, em tanta abundância que os espanhóis fizeram provimento delas, mortas á besta nos arvoredos onde pousavam. Esta ilha, a que João de Barros chama de São Matheus, parece ser a de S. João, situada próximo do Maranhão, a este da Bahia de Tury-Assiú e em frente á foz do rio Turinanga, e, a sua parte mais saliente, está em I o , 17´ de latitude sul. Óra, quem esteve estabelecido tão próximo da terra firme, e naturalmente como medida de prevenção contra os indios da cósta, não é possível que a não tivesse visitado e percorrido; e. por conseguinte, bem cabida é a supposição de que se guardasse profundo silencio sobre semelhantes descobrimentos, e, que, muito antes das épocas officialisadas, já as terras da futura América do Sul, tivessem sua existência conhecida. Aliás, isso mesmo é o que affirma ao Rei D. Manuel, Duarte Pacheco Pereira em sua famosa carta de 1498, de que trataremos adiante. A Década de João de Barros, em que elle conta o facto ácima, váe devidamente transcripta em appendice, junto a outros documentos, no final desta óbra. • 28°. De 1525 a 1541 haviam quatro portos Cousa extraordinária! Pelas conclusões do Snr. Commandante Castro, expostas no recinto do Instituto Histórico e Geographico de São Paulo, São Vicente, dentro de quinze annos, do 1526 a 1541, teria tido nada menos de quatro portos: o primeiro, alli na enseada do Gonzaga e José Menino actuaes; o segundo junto a Tumyarú — o novo Porto de São Vicente, como elle diz, — o terceiro na ponta da Praia (porquê é indiscutível que alli houve um Porto) e o quarto na enseada de Enguaguassú, para onde o da Ponta da Praia foi transferido em 1541, e onde ficou sempre, até hoje. E isto, como se vê, é puramente phantasioso. Essa palavra Enguaguassú, como designativa da parte mais larga do actual estuário santista (começando do rio da Bertióga até o lagamar do Caneú), sempre significou em tupy — como corruptéla de Y-GOÁ-GUASSÚ — "seio grande de mar", "enseada maiór do rio", "seio de agua grande" ou simplesmente "lagamar", e sempre existiu imemorialmente, antes de existir Martim Affonso ou Braz Cubasi em São Vicente. Sobre ella, o erudito Dr. Theodoro Sampaio, assim como o notável Dr. João Mendes de Almeida, possuem estudos decisivos, o primeiro, nos commentários da ultima edição da "Viagem ao Brasil" do famoso Hans Staden, e em sua grande obra "O Tupy na Geographia Nacional"; e o segundo em seu "Diccionario Geographico da Província de São Paulo". Bocha Pombo também esclarece. • 29°. Pero Capico volta a Portugal
Varnhagem ainda, publica a respeito deste Pero Capico,
o seguinte importante documento:
"ÁLVARA DE 15 DE JULHO DE 1526"
"Eu El-Rei faço saber a vós, Christovam Jacques,
que óra envio por Governador ás partes do Brasil, que
Pero Capico, capitão de uma das capitanias do dito
Brasil, me enviou dizer que lhe era acabado o tempo
de sua capitania e que queria vir para este Reino, e
trazer comsigo todas as peças de escravos e mais fa-
zendas que tivesse, — hei por bem e me apraz que na
primeira caravella ou navio que vier das ditas partes, o
deixeis vir, com todas as suas peças de escravos e mais
fazendas; comtanto que virão direitamente á Casa da
índia, para nella pagarem os direitos de quarto e vin-
tena, e o mais a que forem obrigados, na forma qu|e
costumam pagar todas as fazendas que veem das so-
breditas partes".
A Capitania a que se refére o Rei neste alvará é a de
S. Vicente, onde permanecera Pero Capico por déz annos,
havendo naquella época, alem dessa Capitania apenas mais
uma — a de Pernambuco ou Itamaracá — cujo primeiro
capitão, nomeado ao mesmo tempo de Capico (1516) fôra o
seu próprio fundador Christovam Jacques. Por isso é que
diz o Rei: "CAPITÃO DE UMA DAS CAPITANIAS DO
BRASIL".
Este documento, de inilludivel importância, diz Var-
nhagem, que foi, aliás, um dos maiores pesquizadores dos
archivos portuguezes, ter sido passado em Almeirim a 15
de Julho de 1526, por Jorge Rodrigues, e achar-se á Fl. 25
do Livro de Reformações (anteriormente chamado de Re-
portações) da Casa da índia, e por elle vemos confirmado
tudo quanto expendemos sobre a S. Vicente que existiu
antes da vinda de Martim Affonso, apenas sem o caracter
de villa, mas como Capitania. • 30°. Chegada de Diogo Garcia de Moguer
Segundo os depoimentos de Diogo Garcia, de 1527, e de Alonso de Santa Cruz, de 1527/1530, "habitavam a Ilha de São Vicente numerosos tupys de boa indole, amigos muito dos portuguezes". Esses indígenas, como se viu no capitulo III desta óbra, por occasião do estremecimento havido entre o rei de Portugal e o famoso "bacharel", fundador do primeiro povoado de S. Vicente, onde por quasi trinta annos foi o dominador europeu, desappareceram dalli, a ponto de fazel-a parecer despovoada por occasião da chegada de Martini Affonso, retirando-se segundo a melhor hypóthese, uma parte para Iguápe acompanhando o "bacharel" desgostoso, e outra parte para as serras, a reunir-se ao grosso da gente de Caiuby, senhor de Jurubatuba, antigo alliado e amigo do "Bacharel". [Página 115] • 31°. Pero Capico deixa o Brasil Não lhe teria sido preferível fazer entrar a expedição de Martim Affonso no tradicional fundeadouro de São Vicente indicado por Alonso de Santa Cruz, cujo Mappa XIV esteve em suas mãos, a fazel-a entrar num porto hipotético, jamais descripto por alguém ou localizado em algum mapa em se tratando de navegação de calado?
Tendo voltado para Portugal em 1527; quando Martim Affonso embarcou-se para o Brasil com a Armada de 3 de Dezembro de 1530, Pero Capico veio novamente para S. Vicente, na qualidade de conhecedor da região e Escrivão da mesma Armada, ahi lavrando todas as primeiras escripturas de terras e cartas de doação até princípios de 1533. Melchior Ramirez éra um dos sobreviventes da expedição Solis, e, durante o tempo de sua permanência no Brasil, desenvolveu sua vida entre S. Vicente, Iguapé, Cananéa e a região do Prata, fazendo parte mais tarde, do núcleo hespanhól de Mosquera, não se sabendo ao cérto o destino que tomou apóz os factos de 1534/35. É possível também, que esta versão não se conforme com a verdade, e que elle tenha voltado para a Hespanha na Armada de Caboto, em companhia de Henrique Montes, visto que tudo a seu respeito, com excepção da sua existência no Brasil, é hipotético. Um dos grandes factores de desorientação geral brasileira sobre este ponto da Historia paulista, foi exactamente a ignorância de certas particularidades esclarecedoras da vinda de Martim Affonso. Sempre se ignorou que na Armada daquelle fidalgo, viessem vários homens que já haviam residido por longo tempo no povoado de São Vicente e em suas proximidades, como Pero Capico, Pedro Annes, Henrique Montes e
sendo que este ultimo, na qualidade de pratico da região, como vimos no capitulo anterior, e o primeiro na qualidade de Escrivão da Armada, circunstancia essa que tirava á expedição affonsina, a necessidade dos tacteamentos a ella attribuidos, no contacto com a nossa cósta. [Página 97] • 32°. Posse de Antonio Ribeiro • 33°. Resolve voltar a Portugal e para isso obtém passagem a bordo da “Nossa Senhora do Rosário”, nau capitânia de Diogo Garcia de Moguér • 34°. Armada de Sebastião Caboto passa pela ilha de Santo Amaro Como dissemos de passagem, quando tratámos de Gonçalo da Cósta, Henrique Montes seguiu para a Europa num dos navios de Caboto, em princípios de 1530, desembarcando no Guadalquivir, permanecendo algum tempo na Hes- panha, de onde observou o resultado das conversas de Gonçalo com o Rei de Portugal.
Ahi, após o rompimento do genro do "bacharel", seguiu elle, imediatamente para sua terra onde foi festivamente recebido, promptificando-se a fazer aquilo a que Gonçalo da Cósta se furtára. Assim, antes mesmo que o antigo companheiro de solidão voltasse ao Brasil a serviço da Hespanha, embarcou elle na Armada de Martim Affonso, como Provedor dos mantimentos, mas em verdade, como prático da região austral da América, sahindo do Tejo no dia 3 de Dezembro de 1530, três mezes completos após sua chegada. [Página 67] • 35°. “Estas ilhas (São Vicente e Santo Amaro), os portugueses crêem ficar no continente que lhes pertence, dentro da sua linha de partilha; eles porém se enganam O ponto de interferência entre o meridiano de Tordesilhas e a cósta brasileira, nunca foi bem determinado no Sul, surgindo dessa incerteza as constantes questões verificadas, com penetrações portuguezas sobre território hespanhol e hespanhólas sobre território portuguez.
Para muitos o ponto de interferência em apreço, ficava sendo a baia da atual Laguna/SC; porem, em 1530, em seu "YSLARIO", Alonso de Santa Cruz, dirigindo-se ao Rei da Hespanha, dizia que o mesmo ponto ficava situado, conforme verificações feitas antes por geógraphos e cartógraphos caste- lhanos, nas "Sierras de San Sebastian", pouco aquém da atual ilha do mesmo nóme. Que ele, entretanto, nunca foi bem determinado e reconhecido, quér por uma quer por outra das partes, ahi estão para o provar essa declaração do oficial de Caboto, e a ordem de D. João III, do mesmo ano de 1530, a Martim Affonso de Souza, para que partisse a explorar m regiões austrais do Brasil "e o Rio da Prata!!" • 36°. Gonçalo da Costa chega a San Lucas de Barrameda em fins de agosto* • 37°. Verificada a recusa não declarada de Gonçalo da Costa às propostas do rei, e a sua retirada para a Espanha, o rei de Portugal se apressou em escrever a Martim Afonso de Sousa • 38°. Segundo alguns historiadores, a prova da traição de Henrique Montes seria a “pressa” com que o rei D. João o nomeou Provedor dos Mantimentos da armada A ambição parece, foi o que provocou a sua desgraça, levando-o a pôr-se em desacordo com os seus amigos e protetores, por desejar umas terras que estavam em poder do mesmo "bacharel" ou de um dos seus genros. Essas terras éram as de Jurubatuba e principalmente as da atual ilha Barnabé, onde podiam-se fazer todas as criações imagináveis sem necessidade de cercas e sem o perigo dos animais do mato que naquele tempo infestavam todos os lugares. [Página 62]
Com relação a estas terras de Henrique Montes, fronteiras ao local da futura Santos, ocorre uma circunstância interessante, que não deve passar despercebida. No tempo do "bacharel" e de Gonçalo da Costa, os portuguezes, como se depreende do depoimento de Alonso de Santa Cruz, retro-citado e mais do depoimento constante da carta de Diogo Garcia ao Rei já reproduzido também, viviam não só em Jurubatuba como na Ilha Pequena (atual Barnabé) e na própria ilha de São Vicente, em perfeita harmonia com os indios de Cayubi, Piqueroby, Tibiriçá e outros chéfes, que dominavam toda a região; no entretanto, este é um dos raciocínios, que, reunido aos argumentos atrás expendidos sobre o scenario vicentino, leva á definitiva convicção, de que, realmente o chamado PORTO DE SÃO VICENTE ficava onde Alonso de Santa Cruz o localizou em 1530; onde tantos historiadores antigos localisáram-no, desde Rocha Pitta e Simão de Vasconcellos até Frei Gaspar, Varnhagem e Machado de Oliveira, ou seja, junto á actual Ponta da Praia, na região onde existiu até princípios deste século, o fortim da Estacada ou fórte Augusto. • 39°. A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa partiu de Lisboa Em 1650 verifica-se a fundação do Mosteiro de São Bento, efetuada na própria capela de Nossa Senhora do Desterro, capela referida anteriormente e que existia ao que parece desde os anos 1620, em terras que haviam pertencido a Mestre Bartholomeu Fernandes ou Gonçalves, o famoso ferreiro, vindo na Armada de Martim Afonso, e cujo filho Bartholomeu Fernandes Mourão doou-a á Ordem Beneditina. Em 1656, a 27 de abril, a Igreja do Monte Serrate, edificada em 1602 por D. Francisco Souza, era doada aos beneditinos. (Página 268) • 40°. Mestre retira-se para Iguape* Deante do que já ficou relatado em nosso histórico sobre Gonçalo da Cósta, retirou-se Mestre Cósme, no ano de 1531 para a região de Iguapé, levando consigo toda a sua vasta parentéla, todos os seus amigos europeus e grande numero de aborígenes, primitivos dominadores de S. Vicente. Só ficaram Antonio Rodrigues e João Ramalho, este, quase sempre sobre as serras, não se sabendo o fim que teria levado o Capitão Antonio Ribeiro, embora suponhamos que ele tenha embarcado com Henrique Montes, em 1530, na Armada de Caboto, de volta a Portugal. O "bacharel" Méstre Cosme, recebeu em seu retiro de Iguapé, no mesmo ano de sua retirada, em 1531, a visita de Martim Affonso, feita em Agosto, ocasião em que, Francisco de Chaves acompanhando Pero Lobo, partiu chefiando a infortunada bandeira de Cananéa, e ali aguardou apenas o tempo suficiente para amadurecer a desforra projectada ás injustiças e iniqüidades que sofrera. Ao meio do ano de 1534 começaram as manifestações de hostilidade entre a gente do çeducto de Iguapé e os moradores da Villa de São Vicente. Solidarizados os hespanhóes de Mosquera, que ha- viam descido do sul para aquelle logar, com as forças nu- merosas do " bacharel", começaram todos a affrontar os vi- centinos. Pelo que falava elle com mais desembaraço do que devia, e disso resultou que o capitão daquella cósta mandou notificar-lhe que fosse cumprir o seu desterro no logar designado por el-Rei . . .já estavam os hespanhóes ali em Iguapé dois annos vivendo em paz, quando um fidalgo portuguez, chamado o Bacharel Duarte Peres se lhes veiu metter com toda sua casa, filhos e criados, despeitado e queixoso dos de sua própria nação, o qual havia sido desterrado por el rei D. Manoel para aquela cósta, na qual havia padecido inumeráveis trabalhos". • 41°. Diário de Pero Lopes O "bacharel" Méstre Cosme, recebeu em seu retiro de Iguapé, no mesmo ano de sua retirada, em 1531, a visita de Martim Affonso, feita em Agosto, ocasião em que, Francisco de Chaves acompanhando Pero Lobo, partiu chefiando a infortunada bandeira de Cananéa, e ali aguardou apenas o tempo suficiente para amadurecer a desforra projectada ás injustiças e iniqüidades que sofrera. • 42°. Martim Afonso concede sesmarias Pero Capico, na Carta de Sesmaria e Auto de posse das terras de Pero de Góes, em 1532, diz o seguinte: "... fui eu escrivão ás ditas terras com o dito Pedro de Góes e lhas divisei e demarquei, puz todos os nómes das mais terras e confrontações, E LEVEI COMMIGO A JOÃO RAMALHO E ANTONIO RODRIGUES, LÍNGUAS DESTA TERRA, Já DE QUINZE E VINTE ANNOS ESTANTES NESTA TERRA, e conforme o que elles juraram assim fiz o assento." • 43°. Adorno assassina Henrique Montes A morte de Henrique Montes, em nossa opinião, ou foi promovida por Paulo Adorno em 1533, o qual sabe-se ter cometido um crime naquela altura, motivo porquê fugiu para a Bahia, logo em seguida, onde ficou e constituiu família casando com uma filha de Diogo Alvares, o Caramuru, ou o foi pelas forças de Iguapé, sob o commando do "bacharel" Mestre Cosme e do hespanhól Mosquera, por ocasião da invasão de São Vicente, o que é ainda mais provável e lógico. • 44°. Armada parte para fundar Buenos Aires • 45°. Fundação de Buenos Aires* • 46°. Concessão a Bras Cubas / Pascoal Fernandes e Domingos Pires já tinham estabelecido, a leste do ribeiro de São Jerônimo, depois chamado de “Montserrate”
PALAVRAS NECESSÁRIAS
existem obras mais officiaes no momento, como todos sabem, do que as Corographias do Brasil do Snr. Mário da Veiga Cabral e a Geographia de J. M. Lacerda, adoptadas como são em todos os collégios do Brasil, em todas as escolas militares e superiores e no Gymnasio Pedro II do Rio de Janeiro. Pois bem, nessas obras, tratando do Estado de S. Paulo, dizem os seus autores, que a cidade de Santos foi fundada por Braz Cubas a 25 de Setembro de 1536! Quantos milhares de alunos, contados pelos milhares de exemplares já vendidos das referidas óbras (mais de 200.000 ou 300.000) aprenderam assim nas escolas apontadas? E no entanto, a 25 de Setembro de 1536, estava Braz Cubas, pacatamente, na cidade de Lisboa, diante do Tabelião da cidade, do Escrivão, de Da. Anna Pimentel, mulher e procuradora de Martim Affonso, e das testemunhas legais, recebendo em doação as terras de Jurubatuba e Ilha Pequena (actual Barnabé), fronteiras á futura Santos, de onde só voltaria ao Brasil, para tomar posse delas, quatro anos depois, no ano de 1540, como se lê no respectivo Auto de Posse daquele anno! "... logo fez ao dito Braz Cubas livre e pura irre- vogável doação entre vivos valedoira deste dia para todo o sempre para elle e para todos os seus herdeiros e successores que depois delle viérem, DE TODA A TERRA QUE TINHA E POSSUÍA NO BRAZIL UM HENRIQUE MONTES, QUE MATARÃO NO BRAZIL, a qual terra está na Povoação de São Vicente do dito senhor Martini Affonso e a ditta terra poderá ser de grandura de duas legoas e meia pouco mais ou menos... e que está onde chamão JARABATYBA, assim que pelo braço de mar dentro E MAIS LHE FAZ DOAÇÃO DE HUA ILHA PEQUENA QUE LHE ESTA" JUNTA DA DITTA TERRA QUE OUTRO SIM ERA DO DITTO HENRIQUE MONTES... POSTO QUE 0 DITO HEN- RIQUE MONTES TINHA DO DITTO SENHOR MAR- TIM AFFONSO SEM TER DELLE ESCRIPTURA, etc..." Neste importantíssimo documento, tão pouco debatido pelos nossos historiadores, vemos confirmado o assassi- nato de Henrique Montes, algum tempo antes daquelle anno de 1536 e o seu domínio sobre as mesmas terras da ilha, onde, no depoimento de Alonso de Santa Cruz, OS PORTU- GUESES CRIAVAM PORCOS alguns annos antes da vinda de Martim Affonso. Cayubi e Piqueroby, os dois grandes chéfes guaianazes, não approváram as felonias praticadas contra seu amigo comraum "o bacharel", e não collaboráram na obra inicial da colonisação affonsina. Cayubi retirou-se temporariamente para o fundo das serras evitando contacto com os portuguezes e hostilisando os primeiros agricultores, como vemos na escriptura de 25 de Setembro, acima transcripta, e Piqueroby acompanhou com uma parte da sua gente, o " bacharel" Mestre Cósme em sua retirada para a região de Iguapé. [Página 67] PUBLICA FORMA OFFBRECIDA AO INSTITUTO HISTOUICO DE S. PAULO PELO SÓCIO 3Í. PEREIRA GUIMARÃES XXIV Quanto á ilha Barnabé (antiga ilha Pequena, depois ilha de Braz Cubas, depois ainda ilha dos Padres e por fim ilha Barnabé) esta sim, podemos garantir, sempre foi tradicionalmente habitada, povoada e plantada, desde antes de 1532 Pela gente do "bacharel"; de 1532 a 1534 por Henrique Montes, de 1537 a 1540, com intervallos, por João Pires Cubas, de 1540 em diante por Braz Cubas (como se vê pela es- criptura de 25 de Setembro de 1536, transcripta ao final desta óbra), depois pelos padres do Carmo, e assim pelo tempo a dentro até que Barnabé Vaz de Carvalháes, que no século passado foi Presidente da Camara de Santos e vereador algumas vezes, nella residiu e teve fazenda, deixando-lhe o nóme. [Página 98] • 47°. Terras para Bras Cubas "... Requeria elle Braz Cubas a elle Antonio de Oliveira Capitão lhe demarcasse a ditta terra e metter posse delia por quanto ora vinha para aproveitar com gente e fazenda sem embargo de passar já de tres annos que gastara só sua fazenda para a aproveitar o que não se pudera fazer POR A TERRA QUE LHE ASSI É DADA SER POVOADA DE GENTIOS E PARA OS LANÇAR FÓRA E SE POVOAR A DITA TERRA HA MISTÉR MUITO CUSTO, O QUE AGóRA TRAZIA PARA ISSO e por elle ditto Braz Cubas foi também pedido a elle Capitão mandasse a mim Tabellião que desse aqui minha fé em como haviam tres annos que João Pires Cubas, seu pae viéra a esta terra com fazenda e gasto para aproveitar as ditas terras e tomado posse delias e aproveital-as O QUE TODA DEIXOU DE FAZER POR A DITA TERRA SER HABITADA POR GENTIOS NOSSOS CONTRÁRIOS E POR ESSE RESPEITO AS NÃO PUDÉRA NEM PODIA APROVEITAR e sei que a dita terra HÉ MUI PERIGOSA POR PARTE DO GENTIO QUE NELLA HABITA QUE SÃO NOSSOS CONTRÁRIOS POR ESSE RESPEITO ELLE JOÃO PIRES NÃO OUSOU NEM PODE FAZER OBRA EM A DITA TERRA " • 48°. Regimento (instruções) dado por dom João III a Tomé de Sousa, primeiro governador-geral nomeado para o Brasil: “Primeira Constituição do Brasil” • 49°. Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei Verificando até que ponto ia a verdade do que afirmaram alguns chronistas e autorizava a tradição sobre esse novo caminho, encontramos um documento que paréce contrariar e desfazer a quasi lenda do "padre José". É o seguinte: "Vindo o ouvidor geral de Sam Vicente me disse que na dita Capitania avia hum caminho de cinco ou seis léguas, ho qual era laa mao e áspero por causa dos lameiros e grande ladeiras que se não podia caminhar por ele, o que era grande perda da dita capitania pela necessidade que ha do campo e das fazendas dos moradores que nele tem pera onde he o dito caminho poios muitos mantimentos que ha do campo de que se sustenta a dita capitania o qual caminho se nam podia fazer sem muito dinheiro E QUE HUM JOAM PEREZ O GAGO DALCUNHA MORADOR DA DITA CAPITANIA sendo acusado pela justiça perante o dito ouvidor geral por se dizer que matara hum seu escravo do gentio desta terra com açoutes cometeu o dito ouvidor que queria fazer o dito caminho á sua custa e por logar por onde se bem pudesse caminhar e a contentamento dos moradores contanto que se nam procedesse contra ele polo dito caso, pareceo bem ao dito ouvidor por razão da obra ser tam necessária e tam custosa dise me que o escrevesse a Vosa Alteza o que Vosa Alteza deve de haver por bem polo grande proveito que á terra diso vem e peio muito que custa. ..." Por este trecho da carta de D. Duarte da Costa, vê-se que o ouvidor geral de São Vicente (deve tratar-se do Capitão-mór Braz Cubas, que governou pela segunda vez, de 1552 a 1554) acceitou o offerecimento de João Perez ou Pires adiantando-se ao "referendum" do Rei, como cousa cérta. Assim, como a época coincide exactamente com a atribuída pelos chronistas e pela tradição, á feitura do referido caminho (1553), é de suppôr, que, em verdade, quem abriu o segundo caminho do mar, o celebrado "caminho do Padre José", foi esse João Perez ou Pires, sujeito rico como se deprehende da informação do Governador, utilisando-se dos seus indios, cm tróca da impunidade pela morte do escravo, motivo, como se vê, bastante, para que elle se empenhasse na realisação daquella óbra, siabido que um degredo na Bertióga naquella época, pena muito usada então, valia por uma condemnação á mórte, infestado como estava aquele logar pelas hordas tamoyas, açuladissimas contra os portugueses. O nome de "Caminho do Padre José" ou a ligação desse caminho com o Padre Anchieta, pôde ser devido a outro qualquer motivo; uma homenagem, por exemplo, do autor do caminho ao apóstolo de Piratininga; uma recommendação do jesuíta em favor da nóva communicação, feita ao* habitantes das duas regiões; o seu uso immediato por elle, em suas peregrinações de catechése; emfim, qualquér acto De onde pudésse gerar-se a denominação popular e a opinião dos chronistas. Era o que nos cumpria dizer, de passagem, em beneficio da verdade histórica. • 50°. Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei escrita de São Salvador da Bahia Verificando até que ponto ia a verdade do que afirmaram alguns chronistas e autorizava a tradição sobre esse novo caminho, encontramos um documento que paréce contrariar e desfazer a quasi lenda do "padre José". É o seguinte: "Vindo o ouvidor geral de Sam Vicente me disse que na dita Capitania avia hum caminho de cinco ou seis léguas, ho qual era laa mao e áspero por causa dos lameiros e grande ladeiras que se não podia caminhar por ele, o que era grande perda da dita capitania pela necessidade que ha do campo e das fazendas dos moradores que nele tem pera onde he o dito caminho poios muitos mantimentos que ha do campo de que se sustenta a dita capitania o qual caminho se nam podia fazer sem muito dinheiro E QUE HUM JOAM PEREZ O GAGO DALCUNHA MORADOR DA DITA CAPITANIA sendo acusado pela justiça perante o dito ouvidor geral por se dizer que matara hum seu escravo do gentio desta terra com açoutes cometeu o dito ouvidor que queria fazer o dito caminho á sua custa e por logar por onde se bem pudesse caminhar e a contentamento dos moradores contanto que se nam procedesse contra ele polo dito caso, pareceo bem ao dito ouvidor por razão da obra ser tam necessária e tam custosa dise me que o escrevesse a Vosa Alteza o que Vosa Alteza deve de haver por bem polo grande proveito que á terra diso vem e peio muito que custa. ..." Por este trecho da carta de D. Duarte da Costa, vê-se que o ouvidor geral de São Vicente (deve tratar-se do Capitão-mór Braz Cubas, que governou pela segunda vez, de 1552 a 1554) acceitou o offerecimento de João Perez ou Pires adiantando-se ao "referendum" do Rei, como cousa cérta. Assim, como a época coincide exactamente com a atribuída pelos chronistas e pela tradição, á feitura do referido caminho (1553), é de suppôr, que, em verdade, quem abriu o segundo caminho do mar, o celebrado "caminho do Padre José", foi esse João Perez ou Pires, sujeito rico como se deprehende da informação do Governador, utilisando-se dos seus indios, cm tróca da impunidade pela morte do escravo, motivo, como se vê, bastante, para que elle se empenhasse na realisação daquella óbra, siabido que um degredo na Bertióga naquella época, pena muito usada então, valia por uma condemnação á mórte, infestado como estava aquele logar pelas hordas tamoyas, açuladissimas contra os portugueses. O nome de "Caminho do Padre José" ou a ligação desse caminho com o Padre Anchieta, pôde ser devido a outro qualquer motivo; uma homenagem, por exemplo, do autor do caminho ao apóstolo de Piratininga; uma recommendação do jesuíta em favor da nóva communicação, feita ao* habitantes das duas regiões; o seu uso immediato por elle, em suas peregrinações de catechése; emfim, qualquér acto De onde pudésse gerar-se a denominação popular e a opinião dos chronistas. Era o que nos cumpria dizer, de passagem, em beneficio da verdade histórica. • 51°. História Geral das Índias Ocidentais, Frei Antonio de São Romão Assim, lemos — em Frei Antonio de São Romão, na "HISTORIA GERAL DAS ÍNDIAS O CCIDENTAES escripta em 1557, que Colombo foi á América servindo-se dos papéis de cérto marinheiro famoso que lhe morrera nos braços (Affonso Sanches). • 52°. Rio de Janeiro, São Vicente ou Santos: Onde estava Mem de Sá? Em março de 1560 verifica-se a chegada de Mem de Sá á vila de Santos. Dois fatos importantes se registram: é extinta a vila de Santo André da Borda do Campo, onde Ramalho entravava o desenvolvimento da colonização de serra-acima com a sua extranha adesão aos trabalhos portugueses e dificultava a obra da catequese com os seus exemplos de desenfreada poligamia, erigindo-se em vila o povoado de 1554, São Paulo de Piratininga, fruto dos trabalhos de Nóbrega e da dedicação dos seus companheiros; e, junto á vila de Santos, próximo ao ribeirão de Itotoró, é construído o Forte da Vila, para sossego dos moradores. Nessa ocasião, partindo Mem de Sá, levou do Porto de Santos e da vizinha vila de São Vicente, algumas forças e embarcações ligeiras para combate aos francese de Villegaignon que infestavam o Rio de Janeiro. [Páginas 258 e 259] • 53°. Diálogos da Varia História Garcilaso de La Vega, autôr da mesma época, nos "Commentarios Reales" affirma que Affonso Sanches foi o primeiro descobridor da América. Pedro de Mariz, nos "DIÁLOGOS DA VARIA HISTORIA" de 1594, faz a mesma afirmação. • 54°. “Estando em Biraçoyaba, passou ordem ao provedor Braz Cubas, para fazer cobrar 200$000 do fiador dos flamengos João Guimarães e Nicolau Guimarães, para as despezas que estavam fazendo com a gente do trabalho, com que se achava naquelas minas e com os soldados de infantaria que o acompanhavam” A 23 de maio de 1599 saiu de São Paulo a examinar as minas do sertão de Sorocaba e serra de Biraçoyaba (...) e mais: “Estando em Biraçoyaba, passou ordem, datada de 2 de agosto, ao provesor Braz Cubas, para fazer cobrar 200$000 do fiador dos flamengos João Guimarães e Nicolau Guimarães, para as despezas que estavam fazendo com a gente do trabalho, com que se achava naquelas minas e com os soldados de infantaria que o acompanhavam.” (História do Brasil, História de São Paulo, História de Santos, 1937. Francisco Martins dos Santos. Página 280) • 55°. Tordesilhas Dois séculos e meio depois, o famoso Tratado de 1750, veio desfazer as deficiências do de Tordesilhas. A acção di- plomática do grande santista Alexandre de Gusmão e a ca- pacidade politica de Pombal levaram-no á conclusão entre Portugal e Hespanha, consagrando e mantendo as conquis- tas realizadas pelos paulistas sobre território hespanhól por todos aquelles annos anteriores e desde a época de 1600. Os artigos 13 e 14 do novo Tratado de 1750 estabelece- ram as concessões mutuas feitas entre ambos os paizes e fixaram os novos limites entre os seus territórios, ficando para sempre desfeito o mal concebido Tratado de 1494, cujos erros de apreciação geographica, muito naturáes, em que se baseára, reduziam o Brasil, ou seja a parte portu- gueza naquella época, á pequena proporção indicada. Éra o Tratado de Madrid, celebrado a 13 de Janeiro de 1750 entre D. João V de Portugal e D. Fernando VI de Hespanha, e ractificado por ambas as côrtes em 26 do mesmo mez e em 7 de Fevereiro seguinte. • 56°. a Igreja do Monte Serrate, edificada em 1602 por D. Francisco Souza Em 1650 verifica-se a fundação do Mosteiro de São Bento, efetuada na própria capela de Nossa Senhora do Desterro, capela referida anteriormente e que existia ao que parece desde os anos 1620, em terras que haviam pertencido a Mestre Bartholomeu Fernandes ou Gonçalves, o famoso ferreiro, vindo na Armada de Martim Afonso, e cujo filho Bartholomeu Fernandes Mourão doou-a á Ordem Beneditina.Em 1656, a 27 de abril, a Igreja do Monte Serrate, edificada em 1602 por D. Francisco Souza, era doada aos beneditinos. [Página 268] • 57°. Desde os anos 1620, em terras que haviam pertencido a Mestre Bartholomeu Fernandes ou Gonçalves, o famoso ferreiro, vindo na Armada de Martim Afonso, e cujo filho Bartholomeu Fernandes Mourão doou-a á Ordem Beneditina Em 1650 verifica-se a fundação do Mosteiro de São Bento, efetuada na própria capela de Nossa Senhora do Desterro, capela referida anteriormente e que existia ao que parece desde os anos 1620, em terras que haviam pertencido a Mestre Bartholomeu Fernandes ou Gonçalves, o famoso ferreiro, vindo na Armada de Martim Afonso, e cujo filho Bartholomeu Fernandes Mourão doou-a á Ordem Beneditina. Em 1656, a 27 de abril, a Igreja do Monte Serrate, edificada em 1602 por D. Francisco Souza, era doada aos beneditinos. (Página 268) • 58°. Em 1656, a 27 de Abril, a Igreja do Monte Serrate, edificada em 1602 por D. Francisco de Souza, éra doada aos benedictinos • 59°. História da Nova Luzitânia, Brito Freire • 60°. Em 1681, governando a Capitania o Capitão-Mór Diogo Pinto do Rego, o famoso paulista Lourenço Castanho Taques com Luiz P. Penedo e João Francisco Veigas assignaram um contracto • 61°. Évora Gloriosa O Padre Manoel Fialho, em "ÉVORA GLORIOSA", de 1728, diz que Affonso Sanches adoeceu na casa de Christovam Colombo, genovês que morava no Funchal, onde tinha casa de pasto, vivendo disso e de ilustrar cartas geográficas para o que tinha muita habilidade, onde sentindo-se morrer, como gratidão por quanto lhe proporcionára Colombo, a elle fizéra entréga "in articulo mortis", como presente de grande valor e que lhe pagaria de tudo, das suas cartas de marear e do roteiro que tinha feito desde a Terra-Nóva até á Ilha da Madeira onde morava. Explica também aquele autôr, que Affonso Sanches vivia de viagens em barco próprio, de Lisboa para os Açores, commerciando entre as ilhas e o continente, e que, numa dessas viagens em 1486, apanhado por violentos temporais se afastára tanto da róta costumeira, que acabára por descobrir uma nova terra, que certamente por isso denominára de Terra Nova. • 62°. Fernando VI da Espanha e Dom João V de Portugal assinam Tratado de Madrid Dois séculos e meio depois, o famoso Tratado de 1750, veio desfazer as deficiências do de Tordesilhas. A acção di- plomática do grande santista Alexandre de Gusmão e a ca- pacidade politica de Pombal levaram-no á conclusão entre Portugal e Hespanha, consagrando e mantendo as conquis- tas realizadas pelos paulistas sobre território hespanhól por todos aquelles annos anteriores e desde a época de 1600. Os artigos 13 e 14 do novo Tratado de 1750 estabelece- ram as concessões mutuas feitas entre ambos os paizes e fixaram os novos limites entre os seus territórios, ficando para sempre desfeito o mal concebido Tratado de 1494, cujos erros de apreciação geographica, muito naturáes, em que se baseára, reduziam o Brasil, ou seja a parte portu- gueza naquella época, á pequena proporção indicada. Éra o Tratado de Madrid, celebrado a 13 de Janeiro de 1750 entre D. João V de Portugal e D. Fernando VI de Hespanha, e ractificado por ambas as côrtes em 26 do mesmo mez e em 7 de Fevereiro seguinte. • 63°. O Capitão-General Martim Lopes Lobo Saldanha, foi quem mandou, depois de 1775, construir o primeiro aterrado que houve entre os rios Grande e Pequeno O Capitão-General Martim Lopes Lobo Saldanha, foi quem mandou, depois de 1775, construir o primeiro aterrado que houve entre os rios Grande e Pequeno, devendo-se ao Governador interino José Raymundo Chichorro da Gama Lobo a feitura do caminho que vae do sopé da serra até o rio Cubatão, e ao Capitão-General Bernardo José de Lorena, a construcção da serra chamada: VELHA CALÇADA EM ZIG-ZAG, OU DO LORENA, cuja gravura estampamos.
A seguir, ao Capitão-General Antonio Manoel de Mello, coube a construcção de alguns ranchos na Estrada, para abrigo seguro dos tropeiros e cargas em transito; cabendo por fim, ao primeiro presidente da Província de São Paulo, Lucas Antonio Monteiro de Barros, a gloria da conclusão do caminho de terra entre o Cubatão e Santos, entregue á alta competência technica do Engenheiro, mais tarde Marechal Daniel Pedro Muller, de tanto nóme nos factos paulistas da Independência, como membro do Governo Provisório de 1821, realisando o difficilimo aterrado de toda a vasta região de mangues, gamboas e lamarões, com uma ponte de madeira sobre o Rio São Jorge ou Casqueiro (...) • 64°. NOTICIAS DOS ANNOS EM QUE SE DESCOBRIU O BRASIL
De Santos, Salvador concede "perdão" aos que cometeram as hostilidades ao seu governo 1 de janeiro de 1661, sábado. Atualizado em 24/10/2025 04:07:41 Relacionamentos • Cidades (3): Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (2) Lourenço Castanho Taques (o capitão; velho) (52 anos), Salvador Correia de Sá e Benevides (67 anos) • Temas (2): Habitantes, Mosteiro de São Bento SP ![]()
“Curiosidades Brasileiras”, F. L. d´Abreu Medeiros. Diário de São Paulo 6 de outubro de 1865, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 09:42:51 Relacionamentos • Cidades (3): Araçoiaba da Serra/SP, Sorocaba/SP, Votorantim/SP • Pessoas (7) Balthazar Fernandes (1577-1670), Elias Ayres Do Amaral (n.1800), Francisco Adolfo de Varnhagen (49 anos), Francisco Luiz d´Abreu Medeiros (1820-1864), Joaquim Pedro Villaça (48 anos), José Maria de Souza, Manoel Lopes de Oliveira (47 anos) • Temas (11): Apoteroby (Pirajibú), Bairro Itavuvu, Caixa Econômica, Catedral / Igreja Matriz, Ermidas, capelas e igrejas, Itapeva (Serra de São Francisco), Nossa Senhora do Rosário, Represa de Itupararanga, Santo Antônio (Sorocaba), São Filipe, Senhor Bom Jesus ![]()
Chega para tomar posse da igreja doada o Fr. Francisco da Visitação: “Orago da N.S. da Ponte transfere-se para a nova matriz, e a igreja beneditina, daí em diante muda a sua invocação para N.S. da Visitação” 4 de julho de 1667, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:30:44 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (4) Balthazar Fernandes (90 anos), Fr Anselmo da Anunciação (52 anos), Francisco da Visitação, Mauro da Trindade • Temas (7): Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Ermidas, capelas e igrejas, Catedral / Igreja Matriz, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Mosteiro de São Bento SP, Nossa Senhora da Visitação, Santa Ana ![]()
Atualizado em 28/10/2025 04:14:42 Araçoiaba da Serra. Esconderijo do Sol: Conto, canto e encontro com os 150 anos da minha história... 2007 Cidades (11): Araçoiaba da Serra/SP, Curitiba/PR, Diamantina/MG, Ouro Preto/MG, Pilar do Sul/SP, Salto de Pirapora/SP, Santo Amaro/SP, São João del-Rei/MG, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP, Tatuí/SP Pessoas (12): 1° marquês de Pombal, Afonso Sardinha, o Velho, Bartholomeu Fernandes Cabral, Bartolomeu Carrasco, Domingos Jorge Velho, Francisco de Sousa, João Antunes Maciel, José Luiz Antunes Vieira, Martim Afonso de Sousa, Martinho Dias Baptista Pires, Mestre Bartholomeu Fernandes, Mestre Bartolomeu Gonçalves Temas (19): Caminho de Curitiba, Carijós/Guaranis, Colinas, Ermidas, capelas e igrejas, Estrada Geral, Estrada Sorocaba-Tatuí, Estradas antigas, Jesuítas, Jurubatuba, Geraibatiba, Metalurgia e siderurgia, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, O Sol, Rio Pinheiros, Rio Sarapuy, Rio Verde, Rio Waivaicari, Vaivary, Verde, Rodovia Raposo Tavares, Tropeiros, Tupiniquim
• 1°. A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa partiu de Lisboa Em 1532, Martim Afonso de Souza trouxe, em sua expedição, o mestre Bartolomeu Fernandes, também conhecido como Bartolomeu Gonçalves ou Bartolomeu Carrasco, que era ferreiro contratado por um período de dois anos, para abastecer a expedição e a colônia das necessidades de ferro. Com o fim do contrato, o mestre Bartolomeu instalou-se em solo paulista, como proprietário do sítio dos Jeribás, às margens do Jurubatuba, afluente do Rio Pinheiros, em Santo Amaro, SP. Além de Bartolomeu Carrasco, outro ferreiro foi trazido para a terra: o noviço Mateus Nogueira, acompanhando o padre Leonardo Nunes na aldeia do Colégio dos Jesuítas, na Vila de São Paulo, em 1559. O ofício ia sendo passado aos povoadores, mesmo que em pequena escala, o que preocupava as autoridades, visto que os indígenas, em contato com os brancos, poderiam aprender o manejo do ferro para a fabricação de armas, em substituição às rústicas que usavam, feitas de pedra, madeira ou osso. 1591. Atualizado em 23/10/2025 15:39:25 • 2°. Fundição de Afonso Sardinha começa a funcionar Ipanema foi, sem dúvida, a “célula mater” que deu origem aos municípios de Sorocaba, Araçoiaba da Serra e Tatuí, pois teve sua exploração iniciada em 1591, quando os Afonso Sardinha, pai e filho, à procura de ouro na região, encontraram ferro. Eles eram peritos em mineração e passaram a vida à procura de metais. 1690. Atualizado em 25/10/2025 20:38:13 • 3°. João Antunes Maciel ganha concessão ao longo do Rio Sarapui Alguns pesquisadores destacam que, entre 1690 e 1740, uma organização religiosa pertencente à Igreja São Bento de Sorocaba foi possuidora de grande porção de terras e, com o objetivo de promover o povoamento na região das terras próximas ao Rio Sarapuí (região hoje compreendida entre Pilar do Sul e Salto de Pirapora), doou várias sesmarias para famílias de migrantes de Minas Gerais, predominantemente das cidades de São João Del Rey, Ouro Preto, Diamantina e outras do Sul daquele Estado. Existia na região a sesmaria de João Antunes Maciel, que ia do Pirapora ao Sarapuí acima, e a dos monges de São Bento, em 1693, que se estendia para além do município de Sarapuí, em direção ao caminho de Curitiba. O rio era transposto bem acima do local onde hoje a Rodovia Raposo Tavares o atravessa.Em 1815, sitiantes já se aglomeravam como pioneiros pelas matas, hoje derrubadas, local pertencente ao atual município de Capela do Alto. Parte desses pioneiros passou para Itapetininga, mas o Ribeirão Iperó e o bairro do mesmo nome foram intensamente povoados ainda no século XVIII, apesar de grandes sesmarias avançarem para os lados de Tatuí. [Araçoiaba da Serra. Esconderijo do Sol: Conto, canto e encontro com os 150 anos da minha história... 2007. Página 14] 29 de março de 1693, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:38:57 • 4°. Fundação oficial de Curitiba Existia na região a sesmaria de João Antunes Maciel, que ia do Pirapora ao Sarapuí acima, e a dos monges de São Bento, em 1693, que se estendia para além do município de Sarapuí, em direção ao caminho de Curitiba. O rio era transposto bem acima do local onde hoje a Rodovia Raposo Tavares o atravessa. Em 1815, sitiantes já se aglomeravam como pioneiros pelas matas, hoje derrubadas, local pertencente ao atual município de Capela do Alto. Parte desses pioneiros passou para Itapetininga, mas o Ribeirão Iperó e o bairro do mesmo nome foram intensamente povoados ainda no século XVIII, apesar de grandes sesmarias avançarem para os lados de Tatuí. 21 de julho de 1759, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:41:04 • 5°. Carta régia ordenando a expulsão dos jesuítas do Brasil CAPELA DE SANTA CRUZ A atual capela está situada na Chácara Santa Cruz, de propriedade da Ordem das Irmãs Beneditinas, em Araçoiaba da Serra. Nesta capela, em uma parede lateral, encontra-se a centenária e histórica Cruz Missionária, toda restaurada e colocada em lugar de honra. Esta foi a quinta capela a abrigar tão preciosa relíquia, inaugurada em 19 de outubro de 1945, ano da demolição da antiga capela da família Vieira, antigos e influentes moradores de Campo Largo. A respeito desta grande Cruz, preciosa relíquia histórica, diz a tradição, que os jesuítas da Companhia de Jesus, antes da perseguição cruel e injusta que lhes moveu o marquês de Pombal, erigiram uma singela capela, no antigo bairro denominado Sítio da Chinha, à beira da estrada de Tatuí, próximo às margens do Rio Sarapuí. Os jesuítas foram expulsos e exilados do Brasil e a capela ficou ruindo ao abandono. Alguns alemães piedosos, moradores em Campo Largo, levantaram uma nova capela num lugar denominado Anhangüera, para as bandas do Rio Verde, não longe do sítio de Bento Alves de Oliveira. A capela foi executada em taipa de mão, tendo esteios de madeira de lei, lavrados a machado, barrotes e ripas preenchidos com barro, batidos à mão. A capela foi ampliada e reedificada com tijolos pelo sr. Manoel Vieira Rodrigues, cidadão de dotes e benemérito para as obras cristãs em Campo Largo. Foi benzida no dia 20 de dezembro de 1924, pelo reverendo padre Aníbal de Mello, reitor do Seminário Diocesano de Taubaté, com a autorização do vigário da paróquia da Vila de Nossa Senhora das Dores de Campo Largo, padre Carlos Regattieri, e no dia 21 de dezembro foi celebrada uma Santa Missa inaugural da mencionada capela, em louvor e honra a Santa Cruz, símbolo do Cristianismo e dos martírios de Jesus Cristo para a redenção da humanidade. Passado um tempo,daí foi trazida para uma terceira capela, na entrada da Vila de Campo Largo, demolida em 1945. As atuais proprietárias do velho solar da família Vieira, as irmãs Beneditinas, demoliram-na. Em seu lugar construíram uma capela semipública, pontificantemente benzida e inaugurada pelo bispo diocesano de Sorocaba, em 19 de outubro de 1945, na festa litúrgica de São Pedro de Alcântara, celestial patrono do Brasil. Assim, essa Cruz histórica, não mais continuará sua odisséia de peregrinação, encontrando um posto definitivo de honra, onde recebe, diariamente, carinhoso culto de quantos freqüentarem a inexcedível Opus Dei, das Filhas de São Bento. O bispo diocesano dá e concede cem dias de indulgências a todos os fiéis, que, ajoelhadosdiante dessa Cruz, rezam um Padre Nosso e uma Ave-Maria pelo triunfo da Fé. Reverendo Carlos Regattieri – pároco de Campo Largo. 11 de novembro de 1891, sexta-feira. Atualizado em 30/08/2025 23:36:43 • 6°. Sessão realizada na Câmara Municipal de Sarapuí CONSELHO DA VILA DE CAMPO LARGO - Em sessão realizada na Câmara Municipal de Sarapuí, em 11 de novembro de 1891, o presidente deu posse aos cidadãos: tenente José da Rosa Gomes, capitão Martinho Dias Batista Pires e Lino Barbosa Machado, sendo o primeiro intendente e os demais membros da Câmara da Vila de Campo Largo. O ato de posse foi determinado pelo presidente do Estado de São Paulo, por ofício de 28 de outubro de 1891, sendo a ata lavrada pelo então secretário Francisco Honorato de Godoy, constando as assinaturas do intendente Francisco de Magalhães, Zeferino Ayres de Proença e Gregório Batista. (livro de atas fl. 26.) Fonte: Hélio Holtz. Sarapuí – Sua história e seus Antepassados.
Correia de Sá reuniu em sua residência na cidade do Rio de Janeiro os capitães de mar e guerra e os pilotos práticos dos galeões e navios da Armada 9 de maio de 1648, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:40:35 Relacionamentos • Cidades (2): Luanda/ANG, Rio de Janeiro/RJ • Pessoas (1) Salvador Correia de Sá e Benevides (54 anos)
Tibiriçá garantiu a segurança dos padres Manuel da Nóbrega e Anchieta quando voltaram à colina de Piratininga 24 de janeiro de 1554, domingo. Atualizado em 23/10/2025 15:32:28 Relacionamentos • Cidades (4): Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (5) Afonso Sardinha, o Velho (23 anos), José de Anchieta (20 anos), Manuel da Nóbrega (37 anos), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (84 anos), Piqueroby (1480-1552) • Temas (9): Caminho do Peabiru, Caminho São Paulo-Santos, Colinas, Guaianase de Piratininga, Jesuítas, Mosteiro de São Bento SP, São Paulo de Piratininga, Ururay, Vila de Santo André da Borda ![]()
Consulta do Conselho Ultramarino, sobre a penhora que se mandara fazer em mais de 100.000 cruzados que dois Padres Biscainhos haviam dado a guardar-aos religiosos da Companhia do Rio de Janeiro, para serem enviados para a Biscaia 23 de novembro de 1662, quinta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ • Temas (1): Biscainhos
O mistério da Casa dos Padres, que assombrou gerações em Sorocaba e Votorantim 30 de março de 2020, segunda-feira. Atualizado em 29/10/2025 02:07:09 Relacionamentos • Cidades (2): Sorocaba/SP, Votorantim/SP • Pessoas (3) Balthazar Fernandes (1577-1670), Baronesa de Sorocaba (1792-1857), José Joaquim de Camargo • Temas (8): Cemitérios, Cachoeiras, Casa dos Padres, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Família Saker, Conventos, Escravizados, Rio Sorocaba
A Câmara de Parnaíba decide demarcar o rocio da vila: “um ribeiro que fica por cima do moinho da vila e subindo por a capoeira deu em um têso que fica por baixo da casa de sobrado que foi de Balthazar Fernandes” 10 de janeiro de 1681, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:30:45 Relacionamentos • Cidades (1): Santana de Parnaíba/SP • Pessoas (1) Balthazar Fernandes (1577-1670) • Temas (8): Conventos, Curiosidades, Mosteiro de São Bento SP, Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba, Santa Ana das Cruzes, Sobrados, Vila da Parnaíba, Milho ![]()
Primeira menção da estrada que se tornaria a Rodovia Anhanguera 1720. Atualizado em 30/10/2025 20:34:04 Relacionamentos • Cidades (2): Campinas/SP, São Paulo/SP • Pessoas (3) Bartholomeu Bueno da Silva, o Anhanguera (48 anos), Bartholomeu Bueno da Silva, o Anhanguera (48 anos), José Peixoto da Silva Braga • Temas (3): Cavalos, Estradas antigas, Pela primeira vez
Desde os anos 1620, em terras que haviam pertencido a Mestre Bartholomeu Fernandes ou Gonçalves, o famoso ferreiro, vindo na Armada de Martim Afonso, e cujo filho Bartholomeu Fernandes Mourão doou-a á Ordem Beneditina 1620. Atualizado em 23/10/2025 15:41:54 Relacionamentos • Cidades (3): Santana de Parnaíba/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (4) Bartholomeu Fernandes Mourão (f.1650), Domingos Luís Grou (1500-1590), Mestre Bartholomeu Fernandes, Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566) • Temas (1): Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba ![]()
Retornando a Portugal, Fr. Pedro de S. Bento fez um relato do êxito de sua missão. No quarto Capítulo Geral, o Abade elegeu Pe. Fr. Antonio Ventura para liderar os monges na fundação do mosteiro que se pretendia construir em Salvador outubro de 1581. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Salvador/BA • Temas (1): Mosteiro de São Bento SP
Sorocaba (data estimada) 1610. Atualizado em 23/10/2025 15:41:07 Relacionamentos • Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Caeté/MG, Carapicuiba/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (13) Afonso Sardinha, o Velho (79 anos), Brás Gonçalves, o velho (1524-1606), Clemente Álvares (41 anos), Cristovão Diniz, Custódia Dias (29 anos), Domingos Fernandes (33 anos), Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), Francisco de Sousa (70 anos), Gaspar Gonçalves Conqueiro, Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (35 anos), Henrique da Costa (37 anos), Simão Álvares Martins (Jorge) (37 anos), Suzana Dias (70 anos) • Temas (16): Alemães, Bairro Itavuvu, Carijós/Guaranis, Fortes/Fortalezas, Léguas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Pelourinhos, Pirapitinguí, Pontes, Portos, Rio Anhemby / Tietê, Rio Sorocaba, Rio Ypané, Sabarabuçu, São Filipe ![]()
Atualizado em 28/10/2025 04:14:43 “Ninguém lhe foi” Cidades (2): Santos/SP, Sorocaba/SP Pessoas (1): João Saraiva de Carvalho Temas (5): Avenida Afonso Vergueiro, Córrego Supiriri, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Praça da Bandeira (Sorocaba), Vila Trujillo ![]() Data: 1970 Créditos: Aluísio de AlmeidaPágina 90
• 1°. “Memória Histórica de Sorocaba” II. Luís Castanho de Almeida (1904-1981) 25 de março de 1965, sexta-feira Mas isto era repetição de um ato da Câmara de 1687 e a de 1688 repusera os Padres na posse. Já agora, o presidente (prior) frei Antônio de Santa Maria, vai à alçada superior, e obtém do desembargador João Saraiva de Carvalho, em Santos, a 1.° de março de 1709 a anulação do ato da Câmara que, pelo costume do tempo, foi ao Supirirí (praça da Bandeira, hoje) dar a posse ao nosso monge, que jogou terra ao ar, quebrou um ramo e gritou: "Tomo posse das terras da Religião (Ordem) de São Bento haja quem me venha ao contrário!" Ninguém lhe foi. Era a 13 de julho de 1709. O povo é que glozava. Fôro aos Padres convinha-lhe mais. Era o capão de mato e o campo contíguo, todo o vale esquerdo do Supirirí até a atual avenida Ademar de Barros. Mas a Câmara continuou a desconhecer os direitos do mosteiro, recebendo as reclamações dos presidentes frei Pedro de Jesus Maria em 1713. ver mais
Os beneditinos substituem a antiga padroeira do Mosteiro de São Bento em São Paulo, Nossa Senhora do Montesserrate, autoria de Frei Agostinho da Piedade por um novo orago 1720. Atualizado em 30/10/2025 23:48:47 Relacionamentos • Pessoas (1) Frei Agostinho de Jesus (1600-1661) • Temas (4): Nossa Senhora de Montserrate, Nossa Senhora do Pilar, Nossa Senhora da Assunção, Mosteiro de São Bento SP
Atualizado em 28/10/2025 04:19:02 Doação aos beneditinos assinada na Fazenda de Miguel Bicudo Berejano, no bairro Aparecidinha Cidades (3): Curitiba/PR, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP Pessoas (3): Balthazar Fernandes, Fr Anselmo da Anunciação, Miguel Bicudo Berejano Temas (6): Apoteroby (Pirajibú), Bairro de Aparecidinha, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Ermidas, capelas e igrejas, Fazendas, Pontes ![]() Data: 1969 Créditos: Aluísio de AlmeidaPágina 349
A antiga Capela de Nossa Senhora da Conceição dos Pinheiros já era dedicada à Nossa Senhora de Montserrat, o que mostra que seria administrado pelos beneditinos 1650. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): São Paulo/SP • Temas (2): Nossa Senhora de Montserrate, Ermidas, capelas e igrejas
Atualizado em 28/10/2025 12:06:34 Frei Antônio de Santa Maria, vai à alçada superior, e obtém do desembargador João Saraiva de Carvalho, em Santos, a 1.° de março de 1709 a anulação do ato da Câmara que, pelo costume do tempo, foi ao Supirirí (praça da Bandeira, hoje) dar a posse ao nosso monge, que jogou terra ao ar, quebrou um ramo e gritou: "Tomo posse das terras da Religião (Ordem) de São Bento haja quem me venha ao contrário!" ![]() Data: 1970 Créditos: Aluísio de Almeida Página 90
Atualizado em 28/10/2025 04:14:42 Conflito sobre a posse da terra Cidades (1): Sorocaba/SP Pessoas (1): Balthazar Fernandes Temas (3): Câmara Municipal de Sorocaba, Córrego Supiriri, Rio Sorocaba ![]() Data: 1970 Créditos: Aluísio de AlmeidaPágina 90
Entre os anos de 1717 e 1720, a construção de uma capela em louvor a São Caetano, nas terras de tal fazenda. Daí o nome Fazenda de São Caetano 1717. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): São Caetano do Sul/SP
“Uma experiência pernambucana em Angola: o governo de João Fernandes Vieira, 1658 a 1661”. Leandro Nascimento de Souza, Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em História. Mestrado em História 2013. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (6): Lisboa/POR, Luanda/ANG, Recife/PE, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688) • Temas (3): Angola, Cavalos, Pólvora • 1. Correia de Sá reuniu em sua residência na cidade do Rio de Janeiro os capitães de mar e guerra e os pilotos práticos dos galeões e navios da Armada 9 de maio de 1648 Em 9 de Maio de 1648, Correia de Sá reuniu em sua residência na cidade do Rio de Janeiro os capitães de mar e guerra e os pilotos práticos dos galeões e navios da Armada. Após a reunião, Correia de Sá escreveu para o soberano português relatando as providências tomadas: a armada, seria composta por 15 embarcações, quatro adquiridas às suas próprias expensas, com 1400 homens, dos quais 900 de desembarque. Levavam mantimentos para seis meses. Para fazer face à despesa, Correia de Sá apelou, na capitania, ao patriotismo e aos interesses dos homens mais abastados, aos quais a perda de Angola prejudicava diretamente. Para o financiamento, o povo do Rio de Janeiro contribuiu com 60000 mil cruzados. Para a despesa contribuíram ainda as ordens religiosas, sobretudo a Ordem de São Bento.
Testamento 10 de agosto de 1584, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 00:11:55 Relacionamentos • Cidades (2): Ivaiporã/PR, Sorocaba/SP • Pessoas (5) Francisco de Sousa (44 anos), Gabriel Soares de Sousa (44 anos), Pedro Sarmiento de Gamboa (52 anos), Anna de Argollo (52 anos), Ana de Argollo II (n.1580) • Temas (4): Dinheiro$, Lagoa Dourada, Ouro, Rio São Francisco ![]()
Frei Mauro Teixeira ausentando-se da vila deixa como procurador e protetor da pequena capela de São Bento nada menos que o temível bandeirante Manuel Preto 1610. Atualizado em 24/10/2025 02:36:09 Relacionamentos • Cidades (4): Mogi das Cruzes/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (3) Brás Cubas (1507-1592), Manuel Preto (51 anos), Mauro Teixeira • Temas (7): Capela de São Bento, Convento do RJ, Ermidas, capelas e igrejas, Fazendas, Mosteiro de São Bento SP, Nossa Senhora de Montserrate, Ouro
A antiga Igreja dos Índios de Pinheiros, outrora dedicada a Nossa Senhora da Conceição foi entregue aos padres bentos, abençoando-a com um novo orago: Nossa Senhora do Montesserrate 1640. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (2): Jundiaí/SP, São Paulo/SP • Temas (6): Aldeia de Pinheiros, Ermidas, capelas e igrejas, Mosteiro de São Bento SP, Nossa Senhora de Montserrate, Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba, Vila de Nossa Senhora da Conceição
Atualizado em 28/10/2025 04:44:51 Os monges adquirem uma sesmaria na região do rio “Paratiy”; terras pertencentes à antiga vila de Santa Anna das Cruzes de Mogi Cidades (2): Mogi das Cruzes/SP, Mogi Mirim/SP Pessoas (2): Frei Agostinho de Jesus, Sebastião Bicudo de Siqueira Temas (9): “Parateí”, Carmelitas, Ermidas, capelas e igrejas, Fazendas, Mosteiro de São Bento SP, Nossa Senhora da Assunção, Nossa Senhora do Rosário, Rio Jaguari, Santa Ana das Cruzes
O último recolhimento paulista fundado pelos beneditinos: Mosteiro de Santana de Jundiaí 1668. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Jundiaí/SP • Temas (3): Mosteiro de São Bento SP, Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba, Santa Ana ![]()
Oficializou-se a entrega da capela através de uma carta de doação e assinada, inclusive, pelo autor do Tratado Descritivo do Brasil, Gabriel Soares de Sousa junho de 1581. Atualizado em 25/02/2025 04:40:07 Relacionamentos • Cidades (3): Salvador/BA, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Gabriel Soares de Sousa (41 anos) • Temas (4): Ermidas, capelas e igrejas, Ilha Brasil, Mosteiro de São Bento SP, Nossa Senhora do Rosário
Atualizado em 28/10/2025 09:50:23 João Antunes Maciel ganha concessão ao longo do Rio Sarapui
• 1°. Araçoiaba da Serra. Esconderijo do Sol: Conto, canto e encontro com os 150 anos da minha história... 2007 2007 Alguns pesquisadores destacam que, entre 1690 e 1740, uma organização religiosa pertencente à Igreja São Bento de Sorocaba foi possuidora de grande porção de terras e, com o objetivo de promover o povoamento na região das terras próximas ao Rio Sarapuí (região hoje compreendida entre Pilar do Sul e Salto de Pirapora), doou várias sesmarias para famílias de migrantes de Minas Gerais, predominantemente das cidades de São João Del Rey, Ouro Preto, Diamantina e outras do Sul daquele Estado. Existia na região a sesmaria de João Antunes Maciel, que ia do Pirapora ao Sarapuí acima, e a dos monges de São Bento, em 1693, que se estendia para além do município de Sarapuí, em direção ao caminho de Curitiba. O rio era transposto bem acima do local onde hoje a Rodovia Raposo Tavares o atravessa.Em 1815, sitiantes já se aglomeravam como pioneiros pelas matas, hoje derrubadas, local pertencente ao atual município de Capela do Alto. Parte desses pioneiros passou para Itapetininga, mas o Ribeirão Iperó e o bairro do mesmo nome foram intensamente povoados ainda no século XVIII, apesar de grandes sesmarias avançarem para os lados de Tatuí. [Araçoiaba da Serra. Esconderijo do Sol: Conto, canto e encontro com os 150 anos da minha história... 2007. Página 14] ver mais
Alguns cronistas acrescentam que pertencia a um oleiro, João Gutierres, e que foi arrematada em praça pública de ausentes pelo mosteiro de São Bento 11 de Setembro de 1589, segunda-feira. Atualizado em 28/10/2025 21:01:02 Relacionamentos • Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ • Pessoas (1) Gabriel Soares de Sousa (49 anos) • Temas (2): Mosteiro de São Bento SP, Nossa Senhora da Expectação do Ó / Carmo
Carta dos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro, dirigida ao Rei, em que relatam minuciosamente o levantamento armado do povo daquela cidade e os fatos que o provocaram 31 de dezembro de 1660, sexta-feira. Atualizado em 29/10/2025 02:50:17 Relacionamentos • Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, Sorocaba/SP • Pessoas (2) João IV, o Restaurador (1604-1656), Salvador Correia de Sá e Benevides (66 anos) ![]()
Margarida Fernandes lhes doou meia légua de terra no Rio Iguassú 7 de outubro de 1565, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:28 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (2) Domingos Luís Grou (65 anos), Margarida Fernandes (n.1505) • Temas (1): Rio Iguassú ![]()
Monges beneditinos assumiram em Santos uma capela data de 1644 e iniciaram a construção do Mosteiro N.S. do Desterro 1650. Atualizado em 23/10/2025 17:12:23 Relacionamentos • Cidades (1): Santos/SP • Pessoas (4) Balthazar Fernandes (73 anos), Bartholomeu Fernandes Mourão (f.1650), Domingos Luís Grou (1500-1590), Izabel Barbosa • Temas (5): Ermidas, capelas e igrejas, Mosteiro de São Bento SP, Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba, Gentios, Bois e Vacas ![]()
Colégio Diocesano é adquirido por missionárias beneditinas 1906. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (1): Escolas
TRATADO DESCRITIVO DO BRASIL, DE GABRIEL SOARES (VIDA E OBRA DE GABRIEL SOARES DE SOUSA). Canal Blog Vera Cruz 2023. Atualizado em 24/10/2025 04:16:21 Relacionamentos • Cidades (2): Madrid/ESP, Salvador/BA • Pessoas (4) Anna de Argollo (1532-1615), Coaracy, Francisco de Sousa (1540-1611), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591) • Temas (4): Dinheiro$, Nheengatu, O Sol, Porcos • 1. Testamento 10 de agosto de 1584 Como não possuía descendentes, Gabriel Soares de Souza, que foi um homem de muitas posses, atribuiu o grosso de sua herança ao Mosteiro de São Bento, em Salvador, por meio de Testamento lavrado em 1584, antes de sua viagem a Madrid. Como uma das condições da vultuosa doação, o desbravador solicita a garantia do depósito de seus restos mortais e de sua esposa num Mosteiro de sua predileção. Para concluir essa breve exposição sobre a vida desse desbravador português, a título de ilustração, leio para vocês um trecho do seu Testamento, lavrado em 1584, antes de sua última viagem ao continente natal. D´onde quer que eu falecer, me enterrarão no hábito de São Bento, havendo mosteiro de sua ordem, onde me enterrarão; e não havendo maneira d´este hábito, e havendo mosteiro de São Francisco, me enterrarão no seu hábito, e os religiosos de ambas estas ordens me acompanharão, e a cada um darão de esmola cinco mil réis e e pelo hábito dez cruzados. Se Deus for servido, que eu faleça n´esta cidade e capitania, meu corpo será enterrado em São Bento da dita cidade, na capela mór, onde se me porá uma campa com letreiro que diga aqui jaz um pecador, o qual estará no meio de um escudo que se lavrará na dita campa; e sendo Deus servido de me levar no mar ou em Hespanha, todavia se porá na dita capela mór a dita campa com o dito letreiro em a qual sepultura se enterrará minha mulher Anna de Argollo. Acompanhará o meu corpo, se eu falecer em esta cidade, o cabido, a quem se dará a esmola costumada, e os padres de São Bento levarão de oferta um porco e seis almudes de vinho e cinco cruzados. Acompanhar-me-hão dois pobres cada um com sua tocha ou círios nas mãos, e darão de aluguel à confraria d´onde forem, um cruzado de cada uma, e, a cada um dos pobres que me acompanhar, dois tostões.
Atualizado em 28/10/2025 04:14:44 Tem minas de ouro de lavagem nas chamadas de Vuturuna, em cuja terra as descobrio no anno de 1597 o Paulista Afonso Sardinha, como fica referido Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP Pessoas (9): Afonso Sardinha, o Velho, André Fernandes, Clemente Álvares, Francisco de Sá Proença, Francisco de Sousa, Luís Gonzaga da Silva Leme, Pandiá Calógeras, Pedro Taques de Almeida Pais Leme, Robério Dias Temas (13): Apoteroby (Pirajibú), Bairro de Aparecidinha, Bituruna, vuturuna, Buraco de Prata, Engenho(s) de Ferro, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Mosteiro de São Bento SP, Ouro, Pirapitinguí, Prata, Primeira Matriz, Sabarabuçu ![]() Data: 1895 Créditos: Página 23
Após a decisão de implementação da ordem nesta quarta parte do mundo, o frei Pedro de São Bento chegou de Lisboa com a incumbência de apresentar ao Senado da Câmara de Salvador, em 1580, uma carta manifestando o desejo da fundação de um mosteiro naquela cidade 1580. Atualizado em 25/02/2025 04:44:26 Relacionamentos • Cidades (2): Salvador/BA, Lisboa/POR • Pessoas (1) Gabriel Soares de Sousa (40 anos)
Atualizado em 28/10/2025 04:14:43 Curiosamente em 1757 os carmelitas vendem terras na região de Parateí aos beneditinos Cidades (1): Rosana/SP Temas (3): Carmelitas, “Parateí”, Rio Jaguari
Graças às doações generosas do bandeirante Fernão Dias Paes Leme, conhecido como “governador das esmeraldas”, foi possível viabilizar a construção de um novo Mosteiro de São Bento em São Paulo 1650. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Cotia/Vargem Grande/SP • Pessoas (2) Fernão Dias Paes Leme (42 anos), Frei Agostinho de Jesus (50 anos) • Temas (3): Nossa Senhora de Montserrate, Mosteiro de São Bento SP, Catedral / Igreja Matriz ![]()
“Memória Histórica de Sorocaba” II. Luís Castanho de Almeida (1904-1981) 25 de março de 1965, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:34:19 Relacionamentos • Cidades (16): Araçoiaba da Serra/SP, Botucatu/SP, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Guapiara/SP, Guareí/SP, Guareí/SP, Ibiúna/SP, Itanhaém/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP, Tatuí/SP • Pessoas (15) Antônio Álvares Lanhas Peixoto, Antônio Antunes Maciel (1685-1745), Antonio da Silva Caldeira Pimentel, Artur de Sá e Meneses (f.1709), Balthazar Fernandes (1577-1670), Fernando de Almeida Leme, Fernando Dias Falcão (1669-1738), Frei Frutuoso, Gabriel Antunes Maciel I (1600-1648), Gaspar Colaço, João Antonio Cabral Camello, João Antunes Maciel (n.1674), João Martins Claro (1655-1725), Luís Castanho de Almeida (1904-1981), Miguel Sutil (1667-1755) • Temas (37): Apereatuba, Apoteroby (Pirajibú), Avecuia, “terra que cai”, Avenida Afonso Vergueiro, Bacaetava / Cahativa, Bairro de Aparecidinha, Cachoeira Jequitaia, Cachoeiras, Caminho de Curitiba, Caminho do Itanguá, Caminho Itú-Sorocaba, Caminho Sorocaba-Botucatu, Caminho Sorocaba-Paranapanema, Caminhos até Ypanema, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Catedral / Igreja Matriz, Cavalos, Cochipone, Córrego Supiriri, Escravizados, Estradas antigas, Fazenda dos Madureira, Itapeva (Serra de São Francisco), Jardim Itanguá / Manchester, Jurupará, Música, Nossa Senhora da Penha, Ouro, Represa de Itupararanga, Rio Pirajibú, Rio Sarapuy, Rio Sorocaba, Rua da Penha, Rua Hermelino Matarazzo (Estrada de Ipanema), Serra de Paranapiacaba, Vila Santana / Além Linha, Vila Trujillo ![]() • 1. Chega para tomar posse da igreja doada o Fr. Francisco da Visitação: “Orago da N.S. da Ponte transfere-se para a nova matriz, e a igreja beneditina, daí em diante muda a sua invocação para N.S. da Visitação” 4 de julho de 1667 Em 1667 os Padres, que eram dois, às vezes três, moravam numa casa perto da sacristia, requerem à Câmara contra as datas de terra que ela fazia no patrimônio deles. O Provincial em visita, frei Francisco da Visitação, e frei Anselmo Batista, aqui residente desde 1660, vindo de Parnaíba, receberam como doação da Câmara uns pastos a começar na cruz de Nossa Senhora da Ponte, igreja que lhes pertencia e um capão de mato na outra banda do Supirirí. Em compensação o Provincial prometeu, se construíssem o mosteiro ou se o abandonassem, entregar as esmolas colhidas entre o povo para a sacristia e fábrica (despêsas) da igreja e construção do convento e, acabado êste, com quatro ou cinco celas prontas, enviar um monge para ensinar o cantochão e outro, o latim, a todos os filhos dos moradores que quisessem.“ ”Era uma espécie de seminário menor porque só existia a carreira do sacerdócio, mas obrigatôriamente ensinavam ou melhoravam as primeiras letras. [Página 88]
• 2. “Ninguém lhe foi” 13 de julho de 1709 Mas isto era repetição de um ato da Câmara de 1687 e a de 1688 repusera os Padres na posse. Já agora, o presidente (prior) frei Antônio de Santa Maria, vai à alçada superior, e obtém do desembargador João Saraiva de Carvalho, em Santos, a 1.° de março de 1709 a anulação do ato da Câmara que, pelo costume do tempo, foi ao Supirirí (praça da Bandeira, hoje) dar a posse ao nosso monge, que jogou terra ao ar, quebrou um ramo e gritou: "Tomo posse das terras da Religião (Ordem) de São Bento haja quem me venha ao contrário!" Ninguém lhe foi. Era a 13 de julho de 1709. O povo é que glozava. Fôro aos Padres convinha-lhe mais. Era o capão de mato e o campo contíguo, todo o vale esquerdo do Supirirí até a atual avenida Ademar de Barros. Mas a Câmara continuou a desconhecer os direitos do mosteiro, recebendo as reclamações dos presidentes frei Pedro de Jesus Maria em 1713.
Reunida a camará com o capitão-mór, e pessoas notáveis da vila, entre as quaes o visitador da Companhia de Jesus, o abade do mosteiro de S. Bento, o prior do convento do Carmo e o governador dòo convento de S. Francisco, ordens monásticas já existentes (*), é resolvido conservar a José Ortiz de Camargo no cargo de ouvidor, sem porém poder usar da provisão, até chegar o ouvidor sindicante. Este acordo, ao qual nâo se quiz sujeitar o referido Ortiz 9 de fevereiro de 1654, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:11:42 Relacionamentos • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (3) Fernando de Camargo, o Tigre (59 anos), José Ortiz de Camargo, Simão de Vasconcelos (57 anos) • Temas (2): Carijós/Guaranis, Jesuítas
Atualizado em 28/10/2025 04:19:03 Falecimento de Fernão Dias Paes Leme (data estimada) Cidades (6): Caeté/MG, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP Pessoas (4): Fernão Dias Paes Leme, Garcia Rodrigues Paes, Maria Garcia Rodrigues Betting, Rodrigo de Castelo Branco Temas (6): Cachoeiras, Diamantes e esmeraldas, Grunstein (pedra verde), Ouro, Rio Anhemby / Tietê, Sabarabuçu ![]() Data: 1913 Créditos: Eduardo de Castro Almeida e Biblioteca Nacional de LisboaPágina 265
Em 1656, a 27 de Abril, a Igreja do Monte Serrate, edificada em 1602 por D. Francisco de Souza, éra doada aos benedictinos 27 de abril de 1656, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:35 Relacionamentos • Cidades (1): Santos/SP • Pessoas (1) Francisco de Sousa (1540-1611) • Temas (1): Nossa Senhora de Montserrate ![]()
Atualizado em 28/10/2025 04:44:50 Inuguração do convento ao lado do Mosteiro Cidades (1): São Paulo/SP Temas (3): Mosteiro de São Bento SP, Colégio Santo Ignácio, Colinas
Atualizado em 28/10/2025 12:06:35 Carta Régia declarando nula as doações de terras feitas á ordens religiosas porque os títulos das terras são as cartas de sesmaria e nestas é estipulada a condição de não irem as terras parar em mãos de religiosos ![]() Data: 1729 Créditos: Jean Ranc (1674–1735) 02/01/1729
A capela estava na “fazenda dos padres alemães”, no dizer dos antigos moradores do lugar. Presumimos que esta fazenda era a seiscentista fazenda Paratiy, comprada pelos padres beneditinos 1670. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (2): Mogi das Cruzes/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Isabel de Aragão ou Santa Isabel (1271-1336) • Temas (6): Nossa Senhora do Rosário, Santa Ana das Cruzes, Ermidas, capelas e igrejas, Alemães, Fazendas, Estradas antigas ![]()
Atualizado em 28/10/2025 05:59:01 O mosteiro seria elevado à categoria de abadia e Frei Ventura eleito primeiro abade Temas (2): Mosteiro de São Bento SP, Ermidas, capelas e igrejas
“Lista de Bens de Raiz” dos beneditinos 1798. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (8): Curitiba/PR, Jundiaí/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Bernardo do Campo/SP, São Roque/SP, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP • Temas (3): Cavalos, Fazenda Santa Quitéria, Fazenda Sarapohy
Extinção das Ordens Religiosas pelo Liberalismo 30 de maio de 1834, sexta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Temas (1): Mosteiro de São Bento SP
A partir de 1566-67, a “Congregação dos Monges Negros de S. Bento dos Reinos de Portugal”, pouco depois estendida até à Província do Brasil, congregação essa que havia de durar até à extinção das Ordens Religiosas pelo Liberalismo, em 28-30/V/1834 1566. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Temas (1): Nossa Senhora do Rosário ANDREA! Sobre o Brasilbook.com.br |