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Conheça comércios que resistem ao tempo e que você visitaria se morasse na Sorocaba de 1944 - g1.globo.com 13 de agosto de 2025, quarta-feira. Atualizado em 17/08/2025 03:05:15 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (1) Celso “Marvadão” Ribeiro • Temas (3): Bondes, Igreja Santa Rita de Cássia, Vila Santana / Além Linha ![]() • 1. Primeira missa ocorrida na Capela Santa Rita de Cássia 1 de maio de 1923
Consulta em Wikipédia 17 de junho de 2025, terça-feira. Atualizado em 13/09/2025 04:09:32 Relacionamentos • Pessoas (1) William Sinclair, 1º Conde de Caithness, 3º Conde de Orkney (1410-1484) • Temas (2): Maçonaria no Brasil, Ordem dos Templários ![]() • 1. William Sinclair inicia a construção da Capela de Rosslyn 20 de setembro de 1446 A Capela de Rosslyn ou Catedral de Rosslyn foi construída em 1446, em Roslin, na Escócia. Foi fundada, por William Sinclair, 1.° Conde de Caithness, com o nome de Collegiate Chapel of St. Matthew. É atravessada pelo meridiano de Paris. Diz a lenda que ela foi construída pelos Cavaleiros Templários para proteger o Santo Graal, que, como se diz, está embaixo da rosa. Rosslyn é a linha rosa original, por isso a tal lenda. Foi popularizada no romance O Código Da Vinci pelo autor americano Dan Brown. Naturalmente o Santo Graal só pode ser Maria Santíssima, mas Santa Maria de Magdala que, com santo Lázaro e santa Marta teriam atingido o sul da França, bem teria chegado lá com as suas relíquias. Sendo também exposta em "O Símbolo Perdido" do mesmo autor, como a Casa do Templo, onde é, devido a sua arquitetura, comparada a sede do Supremo Conselho da Maçonaria. Imagem do Theatrum Scotiae, de John Slezer, 1693. O desenho de Slezer da Capela de Rosslyn (para usar a grafia moderna) foi feito a partir do sudeste. Cães brincam e visitantes vagam pelo que hoje é um cemitério. A capela fica perto da vila de Roslin. Foi fundada por Sir William St Clair em 1446. Em 1650, foi usada como estábulo pelo exército de Oliver Cromwell. Após a ascensão de Guilherme e Maria ao trono em 1689, algumas das capelas foram danificadas por apoiadores de seu reinado protestante.
Site da Catedral Metropolitana de Sorocaba 16 de março de 2022, quarta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (2): Bairro Itavuvu, Catedral / Igreja Matriz ![]()
História dos bairros paulistanos - SANTO AMARO Por Renato Roschel do Banco de Dados Santo Amaro, consultado em almanaque.folha.uol.com.br 24 de janeiro de 2021, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:55:23 Relacionamentos • Cidades (2): Santo Amaro/SP, São Paulo/SP • Pessoas (2) Luís da Grã (n.1523), Suzana Rodrigues (n.1559) • Temas (5): Jesuítas, Léguas, Nossa Senhora da Assunção, Santo Mauro, Ybyrpuêra ![]()
Atualizado em 28/10/2025 06:23:18 Relatórios da ordem monástica de S. Bento no Brasil. Archivio Segreto Vaticano atual Archivio Apostolico Vaticano (2020) p.252 Cidades (1): Sorocaba/SP Pessoas (2): Jorge Correa, Salvador Correia de Sá, O Velho Temas (1): Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP ![]() Data: 2020 Créditos: Decio Ferraz da Silva Junior01/01/2020
• 1°. No Governo daquele Abade obteve este as terras do Iguassú, ao 4o. Abade Frei Manoel de Moura lhe foram doadas 2 léguas de terras na Ilha Grande por Jorge Corrêa em 26 de junho de 1598
“José Custódio de Sá e Faria e o mapa de sua viagem ao Iguatemi”, Jorge Pimentel Cintra e Rafael Henrique de Oliveira 2020. Atualizado em 24/10/2025 04:32:10 Relacionamentos • Cidades (5): Araçariguama/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (3) Balthazar Fernandes (1577-1670), José Custódio de Sá e Faria, Manuel Bicudo Bejarano • Temas (12): Apoteroby (Pirajibú), Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho Itú-Sorocaba, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Nossa Senhora da Conceição, Pão d´alho, Pirapitinguí, Putribrú de baixo, Rio Anhemby / Tietê, Tordesilhas, Yguatemi ![]() • 1. Registro do segundo testamento de Balthazar Fernandes na fazenda de Miguel Bicudo Bejarano na paragem Aputeroby 21 de abril de 1660 Cruzaram também o riacho Putribu, pouco distante da sede da fazenda de mesmo nome. Em 21 de abril de 1660, nessa fazenda de Manuel Bicudo Bejarano, compareceram o tabelião de Santana de Parnaíba para registrar que Baltazar Fernandes doava aos beneditinos de Parnaíba a capela de Nossa Senhora da Ponte. Esse ato, presentes as partes interessadas, deu origem à cidade de Sorocaba.
• 2. José Custódio de Sá e Faria parte da ponte de Cotia 4 de outubro de 1774
Atualizado em 28/10/2025 06:23:19 “O Barro cinzento paulista”. Edileine Carvalho Vieira Cidades (3): Araçoiaba da Serra/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP Pessoas (5): Balthazar Fernandes, Francisco de Sousa, Jorge Moreira, Mauro Teixeira, Miguel Ayres Maldonado Temas (3): Gentios, Ipiranga, Rio Tamanduatei ![]() Data: 2016 Créditos: EDILEINE CARVALHO VIEIRAPágina 86
• 1°. Extensas seriam estas terras, esparramadas pelos campos e colinas que partiam do Tamanduateí “rumo direito a procurar hum morro alto chamado picicacudo” Tem mais dous Foreiroz, q estão pramor de Ds. Temos mais huma porção de terras na parage chamada Ipiranga, grane parte com terras do falecido Antonio de Almeida e com terras de Jorge Moreira e Gabriel Roiz seo sogro já defuntos, que doou a este Mostro, o mesmo Miguel Ayres Maldonado debaixo do mesmo legado. • 2°. “semear muito trigo”, pois a compra do vinho de fora causava prejuízo à vila; “muito bom trigo quase sem nenhuma indústria” e sentia a falta de moinhos Os documentos das Atas da Câmara indicaram que o contato entre os colonizadores e os silvícolas não se deu de forma amigável desde o início, muito pelo contrário. Vários registros de 1610 do volume 1 falam sobre os diversos conflitos entre os gentios e os brancos, inclusive citando a atitude dos padres da Companhia de Jesus e as proibições da retirada dos gentios foros da Vila, por receio do prejuízo que isso traria tanto para o serviço geral, quanto para os serviços domésticos. Os mestres oleiros vindos da Corte provavelmente trouxeram consigo técnicas próprias de manejo do barro que foram apreendidas dentro de suas supostas corporações de origem. Ao chegar à colônia e assumirem seus ofícios junto a Câmara, é provável que tenham introduzido técnicas supostamente diferentes das aqui empregadas, incluindo o uso de distintas tipologias de fornos e, consequentemente, obtiveram objetos cerâmicos onde o manejo, a manufatura e acabamento plástico possuíam suas próprias especificidades. [p.33] • 3°. Acordo entre a Câmara e Fernando Álvares para a construção do Pelourinho Em 23 de maio de 1610, há o registro de uma ata que trata de um acordo entre a Câmara e Fernando Álvares para a construção do Pelourinho, com uma descrição bastante minuciosa sobre o material que deveria ser empregado, sobre os dados “arquitetônicos” como altura, largura, prazos de entrega e os valores que deveriam ser pagos pelo trabalho, incluindo as multas pelo não cumprimento do acordo. E mais uma vez surge a informação da possível existência de fornos na Vila: que fizese o pelourinho desta vila na forma e manrª seguinte de tijolo cozido e baro e baro de doze peis em quadra e de tres degraos de alto com degraos de palmo e meo e de fazer o que for necesario pª que fique bem feito e composto e proporsionado e de altura de vimte e dous palmos do degrao pª sima e de grousura de quatro palmos por cada fase o que tudo se obriga a fazer por preso e cõtia de seis mil rs. • 4°. Francisco de Souza chega em São Paulo* Na era de 1598 chegou chegou a esta terra Fr. Mauro Teixeira, mandado pelo Padre Provincial a missionar estes povos, que o receberão com agazalho, e lhe destinarão o lugar presente para a sua habitação, onde fundou uma pequena Capela com a invocação de S. Bento. Passados alguns anos (...) em 1610, vindo D. Francisco de Souza, Marques das Minas, conduzio do Mosteiro da cidade da Bahia três monges, aos quais a Câmara desta cidade lhes conferiu a antiga capela de São Bento (...) [Página 86]
Terras, ouro e cativeiro: a ocupação do aldeamento dos Guarulhos nos séculos XVI e XVII, 2-16. José Carlos Vilardaga 2016. Atualizado em 20/08/2025 02:55:51 Relacionamentos • Cidades (5): Assunção/PAR, Guarulhos/SP, Itanhaém/SP, Santo Amaro/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (6) Cláudio Furquim "Francês" (1590-1665), Jerônimo da Veiga (n.1581), João Carlos de Villagran Cabrita (1820-1866), Lourenço de Siqueira de Mendonça (1570-1633), Luiz Furtado (1590-1636), Manoel Pinheiro Azurara (n.1570) • Temas (8): Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Caucaya de Itupararanga, Engenho(s) de Ferro, Escravizados, Estradas antigas, Marumiminis, Ouro ![]() • 1. Vindo a São Paulo em 1579, escreveu Anchieta ao capitão-mór uma carta em que dá informação das poucas e reduzidas aldeias situadas nos arredores da vila e faz referência a Domingos Luiz Grou 15 de novembro de 1579 “Carta de Anchieta, de Piratininga, ao cap. Jerônimo Leitão”. 15/11/1579. Cartas, Informações, Fragmentos históricos e sermões do Padre Anchieta. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1933. Outro personagem de proa na pequena vila, peça chave na sua defesa, ao lado de Salvador Pires, foi Domingos Luis, o Carvoeiro, eleito “capitão do gentio” em 1563. Domingos Luis teria recebido tal epíteto por ter nascido em Marinhota, freguesia de Santa Maria da Carvoeira. Foi casado com Ana Camacho, bisneta de João Ramalho, e, muito provavelmente, era oficial mecânico, uma vez que havia participado da construção da igreja dos jesuítas e, mais tarde, da igreja do Guaré, origem de Nossa Senhora da Luz. Deveria ser um sujeito um tanto irascível, visto que Anchieta chegou a avisar ao capitão-mor Jerônimo Leitão que Domingos Luis estava acabando a Igreja, mas que os índios se achavam meio amotinados, pois tinham “medo do carvoeiro”.
Bom Jesus da Cana Verde 16 de março de 2015, segunda-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (2): Sorocaba/SP, Porto Feliz/SP • Pessoas (1) Benedito Maciel de Oliveira Filho • Temas (1): Avecuia, “terra que cai” ![]()
“A dúvida dos pelourinhos Pródromos da Fundação e os Beneditinos”. Otto Wey Netto é professor, advogado e ex-redator deste jornal. Membro da Academia Sorocabana de Letras e Instituto Histórico Sorocabano (Jornal Cruzeiro do Sul) 20 de fevereiro de 2014, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:40:31 Relacionamentos • Cidades (2): Araçoiaba da Serra/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (9) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), André de Zuñiga y de Ponce de León (1628-1687), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartolomeu de Contreras y Torales (n.1610), Domingos Fernandes (1577-1652), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Luís Carneiro de Sousa (1640-1708), Gabriel Ponce de Leon y Contreras (1605-1655), Pedro de Sousa Pereira (1643-1687) • Temas (12): Apoteroby (Pirajibú), Bairro de Aparecidinha, Bairro Itavuvu, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Capela de Santa Ana de Sorocaba, Jardim Santa Rosália, Pela primeira vez, Pelourinhos, Pirapitinguí, Pontes, Prata, Rio Sorocaba ![]() • 1. Francisco Rodrigues recebeu de D. Francisco de Souza uma sesmaria de uma légua em quadra, rio Sarapui abaixo, além do morro do Araçoiaba, desde a tapera de “Ibapoara”, topônimo desconhecido 14 de julho de 1601 (...) Todavia, essa discrepância não vingou, pois as terras dos dois povoados já haviam sido redistribuídas, juntamente com as vilas de Sarapui, Iperó, Piragibu, Pirapitingui e Itu. Tal ocupação de terras ocorreu, principalmente de 1601 a 1646. Entre os beneficiados estavam Domingos Fernandes Mourão e seus irmãos André e Balthazar, que já trabalhavam com currais de gados, em campos de Sorocaba hoje bairros de Santa Rosália e Vila Barão) bem como, Diogo do Rego Mendonça, Braz Teves e seu genro Paschoal Moreira Cabral, além de Jacinto Moreira Cabral.
• 2. Balthazar funda uma capela sob a invocação de “Nossa Senhora da Ponte” / vinda da imagem / transporte do pelourinho (1645/1654) 1646 Todavia, essa discrepância não vingou, pois as terras dos dois povoados já haviam sido redistribuídas, juntamente com as vilas de Sarapui, Iperó, Piragibu, Pirapitingui e Itu. Tal ocupação de terras ocorreu, principalmente de 1601 a 1646. Entre os beneficiados estavam Domingos Fernandes Mourão e seus irmãos André e Balthazar, que já trabalhavam com currais de gados, em campos de Sorocaba (hoje bairros de Santa Rosália e Vila Barão), bem como, Diogo do Rego Mendonça, Braz Teves e seu genro Paschoal Moreira Cabral, além de Jacinto Moreira Cabral.
• 3. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados dezembro de 1654 A Vila dispunha de todos os recursos para progredir. Com auxílio de mais de 400 nativos, construiu a primeira grande ponte da Província, sobre o Rio Sorocaba. Em 1654, Balthazar Fernandes Mourão, com auxilio de dois genros, castelhanos do Paraguai, André e Bartholomeu de Zunega, e Gabriel Ponce de Leon, marcaram seus nomes como fundadores de Sorocaba.
“Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador 2014. Atualizado em 23/10/2025 17:17:23 Relacionamentos • Cidades (19): Araçoiaba da Serra/SP, Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Foz do Iguaçu/PR, Guaratinguetá/SP, Iguape/SP, Itu/SP, Lisboa/POR, Mogi das Cruzes/SP, Passo Fundo/RS, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP, Ubatuba/SP • Pessoas (44) Adolfo Frioli (n.1943), Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), André Fernandes (1578-1641), Antonio Gomes Preto (1521-1608), Antonio Lopes de Medeiros, Antonio Pedroso de Barros (1610-1652), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartyra/M´Bcy (Isabel Dias) (1493-1580), Beatriz Dias Teveriçá ou Ramalho (1502-1569), Belchior da Costa (1567-1625), Benta Dias de Proença (1614-1733), Benta Dias Fernandes (n.1590), Catarina Dias II (1601-1667), Cecília de Abreu (1638-1698), Diogo de Alfaro (f.1639), Diogo de Quadros, Diogo do Rego e Mendonça (1609-1668), Francisco de Paiva, Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Luís Carneiro de Sousa (1640-1708), Gaspar de Guzmán (1587-1645), Hélio Abranches Viotti, João IV, o Restaurador (1604-1656), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Lopo Dias Machado (1515-1609), Luís Castanho de Almeida (1904-1981), Luís da Grã (n.1523), Manoel Fernandes de Abreu “Cayacanga” (1620-1721), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Maria de Torales y Zunega (n.1585), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Paschoal Leite Paes (1610-1661), Paulo de Oliveira Leite Setúbal (6 anos), Paulo de Proença e Abreu, Paulo do Amaral, Pedro Dias Correa de Alvarenga (1620-1698), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Suzana Dias (1540-1632) • Temas (55): Algodão, Apiassava das canoas, Apoteroby (Pirajibú), Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Botocudos, Bugres, Caaçapa, Cachoeiras, Caciques, Caminho de Curitiba, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Capela de Santa Ana de Sorocaba, Capela de São Bento, Carijós/Guaranis, Catedral / Igreja Matriz, Cavalos, Colinas, Cristãos, Curiosidades, Deus, Escolas, Escravizados, Farinha e mandioca, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Guayrá, Ijuí, Inquisição, Jardim Sandra, Jesuítas, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Mulas, Música, Papas e o Vaticano, Pela primeira vez, Pelourinhos, Pontes, Porcos, Redução de Santa Tereza do Ibituruna, Rio Anhemby / Tietê, Rio Araguaia, Rio Sorocaba, Rua XV de Novembro, São Bento, São Paulo de Piratininga, Tapuias, Tordesilhas, Tupis, União Ibérica, Villa Rica del Espírito Santo, Vinho ![]() • 1. Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias 1580 Baltazar Fernandes nasceu por volta de 1580, em São Paulo, nas proximidades do atual Ibirapuera, onde seu pai tinha fazenda. Ou pode ter nascido em Santa Ana de Parnaíba, onde viveu a família dos Fernandes por muitos anos. (...) Outra suposição: era setuagenário, cerca de 74 anos, quando se transferiu para a paragem de Sorocaba, em 1654.
• 2. D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses 23 de maio de 1599 Nas suas idas e vindas ao Paraguai, conheceu a Paragem de Sorocaba, onde os bandeirantes costumavam fazer um pouso, antes de chegarem em casa - Parnaíba ou São Paulo. E foi aí "nessas datas de terras de sesmaria de uma légua de terra em quadra; outra légua de terra nessa mesma paragem de Sorocaba, da outra banda do rio correndo da ponte para cima até a cachoeira", parte doada por sua mãe e por seu irmão André, parte conquistada por ele mesmo, que decidiu se estabelecer com uma fazenda de criação de gado e plantação, o embrião da futura Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba. [Página 65] Essa ponte a que se refere o documento não foi construída por Balthazar, mas já existia desde o final do século XVI, mandada construir por D. Francisco de Souza, governador geral do Brasil, quando em visita às minas do Morro Araçoiaba. Era uma ponte pequena, estreita, porém no mesmo local da atual, na rua XV de novembro. [Página 66] Balthazar não foi o primeiro a se interessar pela região. Antes dele, a história registra duas tentativas de formação de povoado. A primeira foi em 1589, quando os Afonso Sardinha, pai e filho, descobriram minério de ferro no Morro Araçoiaba, instalando nesse local, dois anos depois (1591), uma fundição de ferro. A descoberta atraiu a atenção do Governador Geral do Brasil, Francisco de Souza, que, em 23 de maio de 1599, conforme narrativa do historiador Jesuíno Felicíssimo Júnior: "Acompanhado de grande e imponente séquito, constituído de fidalgos coloridamente trajados, técnicos, infantes e nativos, sob o som de música marcial, partiu para Araçoiaba". Permaneceu entre nós durante sete meses, ocasião em que fundou, oficialmente, no local, a povoação de Nossa Senhora do Monte Serrate. [Páginas 82 e 83]
• 3. Casamento de Balthazar Fernandes e Maria de Zunega 1600 • 4. André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas 23 de setembro de 1619 Nestes limites, à margem esquerda do rio Anhembi, André Fernandes ergueu mais tarde a capela de Santana, e tendo devassado os sertões vizinhos, pesquisando ouro, obteve para si uma sesmaria limítrofe em 23 de setembro de 1619.Antes de ser o homem público ativo e dedicado, Balthazar Fernandes foi, além de lavrador, ferreiro. Essa reveleção é feita por Jeuíno Felicíssimo Junior, autor da "História da Siderurgia de São Paulo - seus personagens, seus feitos".Informa o autor que, em 1619, Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas e levantou, em Parnaíba, um forno para fundição de ferro, que funcionou até 1645, quando foi interditado e desmontado, em consequência de denúncia feita ao juiz ordinário, Paulo do Amaral.Pelas leis de Portugal para o Brasil, na época, as tendas de ferreiros eram proibias, a fim de evitar que as técnicas de preparação e aproveitamento do ferro fossem parar nas mãos dos índios, tornando suas flechas mais perigosas e mortais.Detalha ainda o mesmo autor que a sesmaria de Balthazar era vizinha da de André, no lugar chamado Ibitiruma.
• 5. Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba 1645 A história de Sorocaba é cheia de encontros e desencontros, que chega a ser folclórico. O Morro do Ipanema, não é de Ipanema, e sim de Araçoiaba; A igreja de São Bento não é de São Bento, é de Santa Ana; a casa da Marquesa de Santos (Quinzinho de Barros) não é da Marquesa; Brigadeiro Tobias, marido traído, nunca foi traído; o animal do tropeiro era mula, mas no monumento está o cavalo; a casa do Balthazar parece que não é... e assim por diante.
• 6. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados dezembro de 1654 E, para finalizar, os historiadores divergem quanto à data da chegada de Balthazar Fernandes a Sorocaba, se em 1646 ou se em 1654. Existem documentos historiando esses dois momentos. Existem documentos historiando, além desses dois momentos, uma fundação em 1670 E tem mais: a tal casa do Balthazar... será que era mesmo? [Página 12] Outra suposição: era setuagenário, cerca de 74 anos, quando se transferiu para a paragem de Sorocaba, em 1654. Até o nome do ilustre sertanista é discutível. Tão diversas são as formas que aparecem nos documentos do século XVII: Balthazar, Balthezar, Baltasar e Baltazar. [Página 19] O testamento de Izabel de Proença, esposa de Balthazar, fez quando ainda viva, em 28 de novembro de 1654, e os dois inventários dos bens da família que se seguem, após a sua morte, em abril de 1555 - o primeiro em Santa Ana de Parnaíba e o outro em Sorocaba - contém importantes revelações sobre a vida dos Fernandes. São, portanto, três documentos já citados por Luis Castanho de Almeida, de onde extraímos alguns fatos interessantes. No primeiro documento, de novembro de 1654, Izabel de Proença revela que... "... estando eu, Izabel de Proença, em meu perfeito juízo e entendimento, Nosso Senhor Jesus Cristo me deixou doente de cama temendo a morte... e por não saber o que Deus Nosso Senhor quererá fazer de mim, e quando será servido me levar para si, ordenei fazer este meu testamento." Esse documento segue com uma profissão de fé na Santíssima Trindade, obediência à Santa Madre Igreja e um pedido de proteção a Deus, Jesus Cristo, Nossa Senhora e a todos os santos e anjos da corte celestial, em especial à santa do seu nome. Seguindo costume da época, pede que seu corpo seja sepultado na igreja do lugar onde falecer. Em seguida, dirige-se a sua família e recomenda: "E peço por serviço de Deus Nosso Senhor ao padre vigário meu sobrinho, Francisco Fernandes de Oliveira, faça a minha cédula de testamento e peço ao meu marido, Balthazar Fernandes e a meu irmão Paulo de Proença Abreu, sejam meus testamenteiros". Declara-se casa com Balthazar Fernandes, com quem teve vários filhos e filhas, nomeando seus herdeiros. Nem todos... "... quanto a, minha filha Benta, que se casou com Pedro Correa não dotamos e nem demos nada por se casar contra as nossas vontades, minha e de seu pai, no que nos tem dado muitos desgostos". [Páginas 28 e 29] Em um outro documento, produzido em 1732, e existente na Biblioteca da História Real Portuguesa, na cidade do Porto, a história da origem de Sorocaba é assim contada: "Esta igreja e mosteiro fundou no alto desta Villa de Sorocaba o capitão-mór Balthazar Fernandes, fundador que foi também da dita Villa, no ano de 1654. Está esta villa situada junto ao rio do Sorocaba, nome que lhe deu o gentio... Este não é muito grande, mas é navegável porque por ele abaixo navegavam os homens antigamente a buscar gentio e hoje o navegam também para ir as minas novamente descobertas do Cuyabá e Cochiponen..." [Página 69] (...) Nativos pioneiros Além desses primeiros moradores, procedentes de Santa Ana do Parnaíba, São Paulo e Paraguai, temos o grande contingente de nativos, cuja relação nominal estamos publicando, conforme o testamento de Izabel de Proença. É curioso observar que , quando se trata de bebês e crianças, são identificados como "crias" e não tem nomes, talvez porque ainda não tivessem sido batizados ou registrados. A seguir a lista dos nativos: José e sua mulher Sabina e uma cria; Gabriela solto, com um irmão rapazinho e duas raparigas; Pedro solto e seu irmão Bastião; Antonia rapariga e sua irmã; Pedro e Izabel com um filhinho e sua filhinha; Salvador rapaz solto; Miguel, solto; João e sua mulher Cecília, uma rapariga e três rapadinhos seus filhos; Ipólita, solta com dois filhinhos; Tomas solto; Bras e sua mulher Maria com uma criança; Bartholomeu e sua mulher, Andreaza com uma cria; Alberto solto; Pedro e sua mulher (?) com uma cria; Grimaneza solta; Baltezar solto; Aleixo, solto; Cecília solta com duas crias; Marinho rapaz solto; Felipe rapaz solto; Domingos e sua mulher Custódia e sua mulher Mônica; Joseph, sua mulher Christina, sua filha Barbosa e uma cria; Felipa solta e seu filho André; Paula solta; América moça, sua filha e 4 filhos pequenos; José e sua mulher Maria com três filhos pequenos; Manoel solto; Pedro e sua mulher Sabina com quatro filhos pequenos; José e sua mulher Sabina com quatro filhos; Antônia solta com dois filhos e uma filha pequena; Pascoal e sua mulher Constança com duas filhas e um filho pequeno; Miguel e sua mulher Clemência, com um filho e uma filha pequenos; Roque e sua mulher Helena com duas filhas, Catarina e Asença e mais quatro filhos pequenos; Gaspar e sua mulher Marqueza e mais quatro filhos pequenos; Lourenço e sua mulher Lucrécia; Ignocêncio e sua mulher Augustinha, com dois filhos pequenos; Luiz solto; João e sua mulher "Índia"; Gregório solto e seu filho João; Antonio solto; Gabriel e sua mulher Pelonia com quatro filhos pequenos; Vicente solto e sua irmã moça por nome Maria e sua mãe também por nome Maria; José solto; Gabriel e sua filha Anastácia e três filhos pequenos; Paulo e sua mulher Joana e seu filho João, moço, e dois filhos pequenos; Alonço e sua mulher Paula Angela, seu marido velho com um filho moço por nome Fernando e uma filha pequena; Henrique e sua mulher Mônica e uma filha moça por nome Leonor; Joana solta com cinco filhos e filhas pequenos e um moço, também seu filho, por nome Francisco; Izabel, solta; Maria, solta com uma cria; José e sua mulher Izabel; Fernando e sua mulher (?) com seus filhos pequenos, Pedro e Sebastião; Pedro e sua mulher Ana, João, seu filho moço e dois filhos pequenos; Alexandre e sua mulher Inácia e uma filha pequena; Domingos e sua mulher Cecília com cinco filhos pequenos; Pedro e sua mulher; Paula e sua filha moça por nome de Catarina e um filho pequeno; Luzia e seu marido velho, com dois filhos pequenos; Gabriel e sua mulher; Francisca e uma filha moça por nome Izabel e três filhos pequenos; Bastião e sua mulher Marina; Afonso e sua mulher Marqueza com um rapaz seu filho e outro filho moço por nome José e sua mulher Tiodora; Marcos e sua mulher Ambrosia com duas filhas moças por nome Bastiana e Juliana e três filhos pequenos; Salvador e sua mulher velha Inocencia; Paulo e sua mulher Maria, seu filho moço por nome Miguel e quatro filhos pequenos; Camila solta com duas filhas pequenas; Domingos e sua mulher Cecília e dois filhos pequenos; Henrique e sua mulher Apolonia com um filhinho; Garcia e sua mulher Cristina e um filho moço por nome João; Antonio e sua mulher Sabina; Tomé e sua mulher velha Cecília; Felipe solto com seu filho pequeno; Felipa solta com filho; Branca solta; Angela solta; Estacia solta; Maria solta; Constança, solta; Antonio solto e sua irmã Serafina, as crias e três irmãos pequenos; Andreza solta; Ana, solta; Merencia solta; Cecília solta; Marqueza solta; Lourença solta; Uma raparigona solta por nome de Domingas; Tiodozia solta; Matia e sua mulher velha; Lourenço e sua mulher Andreza com duas crias; Bastião e sua mulher Luzia com duas crias; Barnabé, solto, rapagão; Gonçalo e sua mulher Antonia com duas filhas pequenas; Branca solta com seu filhos moço por nome de Amaro e sua filha pequena; Asenço e sua mulher Maria e seu irmão por nome Tomé, moço solto e um irmão pequeno e seus pais velhos; Potencia solta e um pequeno filho; Clemencia solta; Catarina solta e uma irmã pequena e seu pai velho; Fernando e sua mulher Izabel, Manoel e seu filho moço e Verônica moça também sua filha; Roque solto; Luiz e sua mulher Maria, com três filhos pequenos; Alonço e sua mulher Mônica e três filhos e uma irmã por nome Paula, solta; Luiz e sua mulher Sabina e um filho moço por nome Dionisio e três filhos pequenos; Paulo e sua mulher Ignacia e um rapaz por nome Bartolomeu, seu filho e quatro crias; Francisco e sua mulher Ursula e seu irmão Belchior; Henrique solto; Manoel solto e mudo; Cristina solta com uma filha; Domingas, solta; Antonio e sua mulher Andreza; Alonço e sua irmã Francisca; Bárbara solta e sua irmã Maria e seu filho Custódio, moço solto com dois filhos e a mãe velha; Guiomar solta; Sabina solta; Tomazia solta; Bartolomeu e sua mulher Fabiana, seu filho moço por nome Bartolomeu e dois filhos pequenos; Cecília solta; Generoza solta; Marina solta; Sabina solta; Francisco, rapagão solto; Tomé e sua mulher Luzia com dois filhos pequenos e um moço solto, seu irmão por nome João; João e sua mulher Ana com dois filhos pequenos. A relação acima, de 377 nativos, leva-nos a sua conclusões interessantes. A primeira é que uma pessoa para ter essa quantidade de nativos, seja para serviços em suas terras, seja para comércio, teria de ser muito rica, muito abastada, como de fato o era Balthazar Fernandes. Na verdade, ele precisava de mão de obra para plantar e colher, para fazer vinho e farinha de trigo e, finalmente, transportar a sua produção no lombo dos nativos. E ele tinha duas fazendas. O historiador Sérgio Buarque de Holanda observa no seu livro História Geral da Civilização Brasileira: "Possuir escravizados nativos constitutía índice de abastança e de poder que seriam proporcionais ao número das ´peças´ possuídas". A segunda sugere que os nativos, que concorreram para a formação do povo sorocabano, não eram, obrigatoriamente, os tupis, que habitavam esta região paulista. A maioria fazia parte das levas de outras tribos de nativas, como os guaranis do Paraguai; os tapes e gês, do Rio Grande do Sul, apreendidos pelas expedições de apresamento. Para encerrar este capítulo, é importante observar o que escreveu Luiz Castanho de Almeida, sobre este assunto, em sua "História de Sorocaba": "Provavelmente, passava por estar imediações o habitat da grande tribo dos carijós, que se estendia desde o Itanhaen até o Guairá e Rio Grande do Sul. Pobres criaturas, foram os primeiros escravos e em povoação tão grande que, até o século XVIII, se chamavam carijós os escravizados da raça vermelha de um modo geral. Esses escravizados é que foram os fundadores humildes de Sorocaba, ficando nas fazendas e sesmarias da redondeza, socando as primeiras taipas, aumentando a população entre si e, aqui também, servindo a sensualidade de brancos e mamelucos." [Páginas 76, 77, 78 e 79]
• 7. Isabel de Procença faleceu em Santana de Parnaíba 21 de março de 1655 • 8. Inventário a avaliação dos bens da família de Isabel Proença 12 de abril de 1655 No segundo documento, elaborado em 12 de abril de 1655, em que Isabel de Proença é tratada como "defunta" e Balthazar Fernandes como viúvo, está o inventário e a avaliação dos bens da família, em Santa Ana de Parnaíba. Revela, por exemplo, que em 1655, um ano após a data da fundação de Sorocaba, Balthazar ainda tinha a sua fazenda em Parnaíba. Após citar o dia ano do inventário, detalha: "nesta vila de Santa Ana da Parnaíba... nas casas de morada do capitão Balthazar Fernandes...". Outros detalhes que o inventário apresenta: uma casa de taipa de pilão, com corredor e quintal de taipa de pilão, com suas portas e fechaduras. Tem um moinho novo, a fazenda tinha uma roça de mandioca, uma moenda aparelhada, uma casa de palha e outra casa de palha de trigo e tudo isso relacionado e avaliado. Observem: ter uma porta com fechadura era um progresso digno de nota, naqueles tempos, em que as casas eram fechadas com trancas e tramelas.
• 9. Registro dos bens e propriedades de Isabel de Proença no sítio e paragem chamada Sorocava 22 de abril de 1655 Aparece o nome Sorocaba Concluídos o levantamento e as avaliações dos bens da família, em Parnaíba, o juiz, o escrivão e os avaliadores se deslocaram até Sorocaba para registrar os bens e propriedades aqui existentes. "Aos 22 de abril de 1655, neste sítio e paragem chamada Sorocava, termo e limite da vila de Santa Ana da Parnaíba, fazenda do capitão Balthazar Fernandes..." Mais informações sobre os bens do casal Izabel e Balthazar: casas de taipa de mão de três lanços, cobertas de telhas com portas. Esta é, sem dúvida, a descrição da primeira casa construída em Sorocaba. Tem mais benfeitorias: uma tenda (oficina) de ferreiro, com foles e outros equipamentos relacionados: torno, bigorna, malho, tenazes, mó, etc. Tinha 24 foices para roçar e 24 machados para lavrar. Segue o relatório do fazendeiro Balthazar: 40 porcos, muitos nativos escravizados e muitas escrituras de terras em Sorocaba. O inventário é extenso, aborda pertences pessoais e até dívidas; porém, o que nos parece fundamental é citar este trecho da partilha: "... lhe deram ao viúvo, em Sorocaba, adonde tem o seu sítio e igreja, três mil braças...". Essa pequena frase é de suma importância pelo tanto que ela informa: cita mais uma vez o nome Sorocaba e informa que já existia, em 1655, a igreja de Nossa Senhora da Ponte, a mesma que está, hoje, ao lado do Mosteiro de São Bento, como existia também a sede da fazenda. [Páginas 30 e 31]
• 10. Registro do segundo testamento de Balthazar Fernandes na fazenda de Miguel Bicudo Bejarano na paragem Aputeroby 21 de abril de 1660 A paragem de Sorocaba começa ter vida. O número de casas, moradores e sítios cresce todos os dias, desenhando os primeiros contornos do sonho do povoador. Em 1660, cinco anos após ter deixado Santa Ana do Parnaíba, Balthazar sente a necessidade de dar uma melhor condição de vida aos moradores, que começavam a ocupar as terras em sua volta. Lembrou-se de sua mãe, Suzana Dias e do seu irmão André Fernandes que, para consolidar o povoado de Santa Ana de Parnaíba, atraíram para o local os monges beneditinos, doando-lhes terras e bens. Os padres representavam assistência religiosa para os moradores, educação e escola. Decidiu seguir o exemplo da família. Nessa época, 1660, Sorocaba ainda pertencia à Vila de Santa Ana de Parnaíba e, por isso, Balthazar precisou se dirigir até aquela povoação, com o propósito de doar terras e bens aos padres de São Bento de Santa Ana do Parnaíba, a fim de que eles se instalassem em Sorocaba. [Páginas 82 e 83]
• 11. O processo retorna com parecer favorável do ouvidor da Capitania de São Vicente sr. Antônio Lopes de Medeiros e o povoado ao redor da capela de Sorocaba foi elevado à categoria de vila 3 de março de 1661 O processo retorna à mãos do governador, que dá o despacho final em 3 de março de 1661: "Vista a justificação feita pelo Ouvidor desta Capitania com alçada, Antonio Lopes de Medeiros, e a bem do dito Foral dos Donatários, e haver o meu antecessor D. Francisco de Sousa levantado pelourinho no dito distrito e ao presente a querem mudar dentro do mesmo termo. Mando se lhes faça provisão na forma que se pede. São Paulo, 3 de março de 1661".
• 12. Documento-petição elaborado pelo filho de Balthazar Fernandes, Manoel Fernandes de Abreu, e dirigido à Câmara Municipal 4 de junho de 1667 As obras de construção do mosteiro tiveram início em 1667 e foram concluídas ano ano seguinte. Ainda a respeito do documento de doação, o padre José Carlos Camorim Gatti, atual prior do mosteiro, comenta que alguns historiadores tem publicado que Balthazar Fernandes deixou como obrigação aos padres a celebração de uma missa todos os meses pela sua alma. "No documento original não existe nada a respeito" - afirma taxativo o padre. "Ao pedir a celebração da missa mensal, na capela de Nossa Senhora da Ponte, Balthazar queria garantir a presença constante do sacerdote na povoação". [Página 84] Um documento-petição, elaborado pelo filho de Balthazar Fernandes, Manoel Fernandes de Abreu, e dirigido à Câmara em 4 de junho de 1667, requerendo a doação de 20 braças de chão para casas e quintais de seus filhos e filhas, contém informações valiosíssimas. Vejam o que diz o filho do fundador: "Diz Manoel Fernandes de Abreu, morador nesta dita vila de Nossa Senhora da Ponte, que ele haverá doze anos, pouco mais ou menos em companhia de seu pai (QUE DEUS O TENHA EM SUA GLÓRIA), o capitão-mór Balthazar Fernandes começaram a fundar e povoar esta vila com suas pessoas e fazendas e fizeram as suas custas duas igrejas e casas do Conselho nesta vila..." Na verdade Manoel estava fazendo uso do prestígio e dos empreendimentos do pai para conseguir o benefício de terras para a sua família, terras que já haviam sido doadas aos padres beneditinos. Manoel não se conformava com a decisão do seu pai de doar sua parte em terras aos padres. Ao assumir essa povoação, deixou para a posteridade importantes informações sobre os primeiros anos da história de Sorocaba, dos primeiros prédios - as duas igrejas, de São Bento e a matriz - e as casas do Conselho - Câmara e Cadeia. Esse documento também é o primeiro e, até agora, o único que faz referência à morte de Balthazar Fernandes (Que Deus o tenha...). Resta saber em que ano se deu a morte, se foi em 1667 ou no ano anterior. Para alguns historiadores, intérpretes da documentação histórica sorocabana, Balthazar morreu em 1666 ou 1667, pois o seu filho Manoel Fernandes de Abreu não esperaria tanto tempo para reivindicar as terras que tanto queria para a criação dos seus filhos. [Página 93]
• 13. Chega para tomar posse da igreja doada o Fr. Francisco da Visitação: “Orago da N.S. da Ponte transfere-se para a nova matriz, e a igreja beneditina, daí em diante muda a sua invocação para N.S. da Visitação” 4 de julho de 1667 • 14. Documento existente na Biblioteca da História Real Portuguesa, na cidade do Porto 1 de janeiro de 1732 • 15. Sorocaba: Registro da primeira tropa de muar em Sorocaba fevereiro de 1732 Um dos documentos mais importantes para preencher as lacunas existentes na história de Sorocaba parece passar despercebido pelos historiadores e pesquisadores. No ano de 2014 pelo frei José Carlos Camorim Gatti, prior do Mosteiro de Sorocaba, encontrou entre os guardados do convento um documento que teria sido recebido por D. Tadeu. Se trata de um relato histórico do Mosteiro, produzido em 1732, abrangendo o período de 1660 e 1772, pertecente à Biblioteca Real da História Portuguesa, Porto, em Portugal. Ele começa assim: Notícias que pertencem a este Mosteiro de Nossa Senhora da Visitação da Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba da Ordem do Patriarca de São Bento, as quais ordena o rei, nosso Senhor, se mande a Academia Real da História Portuguesa. O documento de 14 páginas, encontramos na penúltima delas uma informação definitiva: "(...) não há capela alguma, nem este mosteiro a tem nesta vila, mais em parte alguma."
Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk 2013. Atualizado em 23/10/2025 17:17:22 Relacionamentos • Cidades (10): Castro/PR, Ivaiporã/PR, Londrina/PR, Osasco/SP, Salvador/BA, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP, Telêmaco Borba/PR • Pessoas (18) Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), André Fernandes (1578-1641), Balthazar Fernandes (1577-1670), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Cacique Tayaobá (1546-1629), Domingos Fernandes (1577-1652), Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Frei Agostinho de Jesus (1600-1661), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Garcia Rodrigues Paes (1659-1738), João Missel Gigante (n.1560), Juan del Campo y Medina, Justo Mancilla Van Surck, Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Manuel Preto (1559-1630), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Mauro Teixeira, Suzana Dias (1540-1632) • Temas (29): Aldeia de Los angeles, Bituruna, vuturuna, Cachoeira do Inferno, Capela de Santa Ana, Cordilheira dos Andes, Gualachos/Guañanas, Itatins, Japão/Japoneses, Mambucaba, Metalurgia e siderurgia, Missões/Reduções jesuíticas, Nossa Senhora de Montserrate, Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba, Nuatinguy, Ouro, Quitaúna, Redução de S Xavier e S Inácio (Itamaracá), Redução Inmaculada Concepción, Rio Anhemby / Tietê, Rio das Velhas, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Paraguay, Serra dos Itatins, Sobrados, Taiati (São Francisco Xavier), Tamboladeiras, Tamoios, Tordesilhas, Ybitiruzú ou Ybiangui ![]() • 1. Expedição de Mem de Sá / O português Manuel Fernandes Ramos, primeiro marido de Suzana Dias construiu a capela de Santo Antônio dezembro de 1561 Em 1561, Mem de Sá, terceiro governador-geral do Brasil decide realizar uma expedição exploratória pelo Vale do Anhembi (rio dos inhambus ou perdizes), mais tarde conhecido como Tietê, com o intuito de procurar ouro e pedras preciosas. Deste grupo participou Manuel Fernandes Ramos que, em determinado trecho da viagem, explora as matas e corredeiras de uma região conhecida pelos índios com o nome de Parnaíba. [p.186]
• 2. Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias 1580 Além das inusitadas relações de habitantes convivendo com as mais variadas etnias e credos, devemos aos aventureiros de Santana de Parnaíba a ideia de expansão territorial do Brasil. Desafiando o Tratado de Tordesilhas e invadindo o imenso território devoluto no centro do continente, os sertanistas dessa localidade foram fundando povoados ao longo de suas expedições. Em bandeiras de reconhecimento por imensos territórios, garantiram as futuras fronteiras do país. Mitificados como heróis por antigos historiadores, a exemplo de Affonso de Taunay, Varnhagen ou Belmonte, hoje são recolocados como bandidos ferozes, reforçando as visões que os jesuítas desenvolveram a respeito dos mamelucos do planalto, no século XVII. (...)Em 1580, o então vereador da Câmara de São Paulo, Manuel Fernandes Ramos recebe uma sesmaria nesta área, famosa devido um grande acidente geográfico no Rio Tietê chamado de Cachoeira do Inferno, construindo uma capela em louvor a Santo Antônio e iniciando os preparativos para instalação de uma fazenda. O português Manuel Fernandes Ramos era natural da região de Moura,Portugal e casado com Suzana Dias, filha de Lopo Dias, um pioneiro que emigrou com a frota de Martim Afonso de Souza e que por sua vez amasiou-se com uma das filhas de Tibiriçá. João Ramalho também foi casado com outra filha do Cacique Tibiriçá e, por conseguinte, Suzana Dias era, por afinidade, sobrinha de Ramalho e neta de Tibiriçá, linhagem respeitada no meio social do planalto. [p.181] Nessas incursões, a família dos Fernandes, povoadores instalados em Santana de Parnaíba, engajou-se em diversas expedições contra as reduções do Guairá (aldeamentos que transpuseram o rio Paraná), Tape (instaladas para além do rio Uruguai) e Itatim (fixadas na parte oriental do rio Paraguai). André Fernandes foi capitão de grandes bandeiras e participou de quase todas as expedições contra as missões jesuíticas na região Sul do país. Era sócio de Raposo Tavares,44 outro grande mestre de campo, chamado de O Conquistador dos Andes e dono de uma fazenda em Quitaúna, situada nos arrabaldes de Parnaíba, hoje município de Osasco (SP). A grande sesmaria que outrora formava o território parnaibano abrangia terras nos atuais municípios de Araçariguama, Itu, São Roque e Sorocaba. Pertenciam a Suzana Dias e foram desmembrados aos seus familiares, descendentes e agregados. Um dos seus maiores desejos era que seu corpo fosse enterrado na “ermida da gloriosa Santana”, da qual seu filho André Fernandes foi patrono benfeitor. A grande matrona paulista, em testamento realizado no ano de 1628, dividia seus bens com filhos, enteados, netos, escravos forros incorporados à família e com confrarias de irmandades religiosas do seu povoado, manifestando uma preocupação em distribuir os pertences com afeto e a maior equidade possível (Camargo, 1971, p.39-40): “a residência de Suzana Dias era uma casa à margem do rio Tietê. Ficava em frente à antiga Santa Casa, propriedade posterior da família Aquilino de Morais. A tradição fantasiara que seus filhos lhe ofereceram riquíssimo sofá engastado de ouro, prata e pedras preciosíssimas, para repousar sobre os frutos das canseiras de seus descendentes ilustres os bandeirantes parnaibanos notáveis e respeitados. Lá residiu Suzana” (idem, p.32). [p.202 e 203]
• 3. Oficializou-se a entrega da capela através de uma carta de doação e assinada, inclusive, pelo autor do Tratado Descritivo do Brasil, Gabriel Soares de Sousa junho de 1581 Dessa forma, os membros do Capítulo Geral enviaram ao nosso país um brasileiro professo na ordem em Portugal, Fr. Pedro de S. Bento Ferraz.63 Ele traz uma carta do abade geral da congregação portuguesa apresentando-a ao Senado da Câmara da Cidade do Salvador com uma proposta para implantação de um mosteiro no Brasil e que se tornaria pioneiro em todo continente americano: Dirigiu-se, então, à presença do Governador Geral, Diogo Lourenço da Veiga. Obtida a sua confirmação, apresentou-se novamente aos oficiais da câmara, “os quais, a vista das licenças concedidas e assinadas pelas autoridades civis e eclesiásticas, não puseram dúvida alguma em entregar, por sua vez, a Ermida de S. Sebastião à Ordem de S. Bento [...]. Oficializou-se a entrega da capela através de uma carta de doação datada de junho de 1581 e assinada, inclusive, pelo autor do Tratado Descritivo do Brasil, Gabriel Soares de Sousa. Retornando a Portugal, Fr. Pedro de S. Bento fez um relato do êxito de sua missão. No quarto Capítulo Geral, reunido em outubro daquele ano, o Abade elegeu Pe. Fr. Antonio Ventura para liderar os monges na fundação do mosteiro que se pretendia construir em Salvador, “[...] para q’ estes nesta quarta parte do Mundo se empregassem aos exercícios da virtude, e piede [...]”, que se tornaria o primeiro mosteiro beneditino construído na América. (ENDRES, In: DEL NEGRO, 2000, p. 47 e 48). Acolhidos com zelo pelos moradores locais: Frei Antônio Ventura, Pedro de S. Bento e mais sete religiosos brevemente tomariam posse de uma ermida dedicada a S. Sebastião, abrigando-se em casas contínuas destinadas à moradia e formando uma pequena comunidade. [Página 239]
• 4. As terras de Tibiriçá foram doadas em caráter perpétuo aos beneditinos 1600 Em 1600, as terras de Tibiriçá foram doadas em caráter perpétuo aos beneditinos, iniciando as obras do claustro e ampliação da primitiva capela. O fundador, frei Mauro Teixeira, habitou esse local por alguns anos, levando uma vida solitária e eremítica. Ausentando-se da vila por volta de 1610, deixa como procurador e protetor da igreja nada menos que o temível bandeirante Manuel Preto,um dos sertanistas de maior prestígio, dono de uma grande fazenda, núcleo inicial do tradicional bairro da Freguesia do Ó. Ficou encarregado de cuidar da ermida de São Bento e demais bens do mosteiro até que novos religiosos viessem: verdade é que também este procurador […] era um dos paulistanos de maior prestigio, nada menos do que o formidável sertanista Manuel Preto, terror das reducções jesuiticas, generalissimo do exercito paulista de 1628, arrazador do domínio ignacino no Guayrá e morto em 1630 em plena actividade de sua vida de “corsario y ladron de yndios” como delle dizia o Pe. Justo Mansilla. Opulento afazendado no Ó, com mais de mil escravos índios “conquistados por suas armas, alli fundara, em suas terras, a capella da Senhora da Expectação, dotando-a com um sitio de meia legua de terras do sertão e matos maninhos, doze escravos administrados e 36 vacas de ventre”. Era um homem de seu tempo, e da America da conquista este Manuel Preto e a sua mentalidade lhe permittia este bifrontismo de caçador de indios e procurador devotado de uma abbadia de S. Bento a quem prestou muitos relevantes serviços. (Taunay, 1927, p.45-6)
• 5. Frei Mauro Teixeira ausentando-se da vila deixa como procurador e protetor da pequena capela de São Bento nada menos que o temível bandeirante Manuel Preto 1610 • 6. Domingos Fernandes (33 anos) funda a cidade de Itu 2 de fevereiro de 1610 Por volta de 1610, outro filho de Manuel Fernandes Ramos e Suzana Dias, o Capitão Domingos Fernandes e seu genro Cristóvão Diniz erguem uma ermida em honra a Nossa Senhora da Candelária no lugar conhecido como Outu-Guassu (grande catadupa, ou salto), núcleo inicial da cidade de Itu. O Capitão Baltasar Fernandes, também filho da matriarca deixa Santana com seus genros e funda Sorocaba. A capela construída nessa região sob invocação de Nossa Senhora da Ponte foi posteriormente doada aos monges beneditinos de Parnaíba. [Página 188]
• 7. Suzana Dias, a matrona bandeirante, representando a família dos Fernandes, doa um terreno na parte mais elevada do núcleo para a construção de uma capela em homenagem à Santana substituindo a anterior dedicada a Santo Antônio 26 de julho de 1610 Suzana Dias une-se em segundas núpcias com Belchior da Costa, do qual não teve filhos e que em 1610 também recebe uma sesmaria na região de Parnaíba. Nesta oportunidade, a matrona bandeirante representando a família dos Fernandes, doa um terreno na parte mais elevada do núcleo para a construção de uma capela em homenagem à Santana substituindo a anterior dedicada a Santo Antônio arruinada na várzea do Rio Tietê. Provavelmente consagrada em 26 de julho, data de comemoração da santa, a nova igreja marca o momento em que o arraial passa a ser conhecido como Santana de Parnaíba.
• 8. Fundação 1622 São Francisco Xavier (Tayatí, provavelmente entre as atuais cidades de Santa Cecília do Pavão, Irerê e Londrina, 1622), Nossa Senhora da Encarnação (Nautingui, no posto conhecido como Itapuá, imediações da atual cidade de Telêmaco Borba, 1625), São José (Tucuti, possivelmente próximo a Bela Vista do Paraíso e Sertanópolis, 1625), São Miguel (Ibiangui, perto do município de Laranjeiras, a noroeste de Castro, 1627), São Paulo (Iñieay, em local não identificado, 1627), Santo Antônio (Biticoy, provável região de Ivaiporã, Grandes Rios e Manoel Ribas, 1627), São Pedro e Nossa Senhora da Conceição (Gualacos, 1627-1628), Sete Arcanjos (às margens do rio Ivaí e afluentes, 1627), São Tomé e redução de Jesus Maria (provavelmente próximos dos portos de Planaltina e São Carlos do Ivaí, às margens do rio Ivaí, 1628). [Página 174]
• 9. Capela feita matriz / Criada a vila de Parnaíba por provisão do conde de Monsanto, donatário da capitania 14 de novembro de 1625 • 10. Fundada a vila da Parnaiba, sendo o mosteiro Mosteiro de Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba doação do capitão André Fernandes 14 de novembro de 1643 • 11. “A Matriz de Santana de Parnaíba, reconstruída em 1646 e finalizada por volta de 1650” 1646 Em contrapartida ao patrocínio de obras no mosteiro parnaibano, Frei Agostinho de Jesus vai retribuir generosamente ofertando imagens para uma nova igreja erguida pelos bandeirantes, a Matriz de Santana de Parnaíba, reconstruída em 1646 e finalizada por volta de 1650. Este espaço religioso tornou-se uma extensão do monastério e foi ornado com numerosas terracotas marianas, santos e ícones votivos: Santo Antônio do Suru (uma das obras mais realistas criadas pelo escultor), Nossa Senhora da Purificação (obra-prima do artista), Nossa Senhora dos Prazeres e um São Francisco de Paula. Além destes célebres trabalhos, a matriz parnaibana ostentava outros tesouros culturais, como o fragmento de Nossa Senhora com o Menino, N. Sra. da Piedade e as imagens de Nossa Senhora do Rosário, “a grande e a pequena”, algumas delas utilizadas em procissões. Um de seus últimos trabalhos nesta localidade é o grupo de Santana Mestra, orago de devoção particular do fundador da vila, André Fernandes; peças finalizadas por volta de 1650.
• 12. Frei Agostinho permanece no território paulista até aproximadamente 1654 1654 Os últimos trabalhos de sua produção paulista foram provavelmente as esculturas idealizadas para a capela da fazenda Parateí em Mogi das Cruzes. Após o arruinamento desta chácara secular, sua antiga padroeira, Nossa Senhora do Rosário foi removida para o mosteiro paulistano. Outras terracotas procedentes de Parateí dispersaram-se pelas igrejas mogianas algumas das quais foram reunidas no Museu das Igrejas do Carmo em Mogi das Cruzes: Nossa Senhora da Conceição e Assunção e um pequeno relicário de Santo Antônio, único deste gênero identificado na produção do mestre. Estes caminhos outrora se interligavam por meio da Estrada Velha Rio - São Paulo. Na antiga igreja do Bom Jesus localizada no centro de Mogi o saudoso colecionador Francisco Roberto adquiriu uma escultura do Rosário de Frei Agostinho de Jesus. Identificamos nesta pesquisa uma monumental obra do artista: a imagem de Nossa Senhora da Ajuda e que pertenceu a uma capela seiscentista homônimo em Guararema. Apóso furto da imagem e sua devolução, a peça foi restaurada e hoje se encontra preservada na matriz da cidade. Na Capela da Ajuda foi colocada uma réplica. Relacionamos esta escultura à Frei Agostinho de Jesus, pois além de apresentaros estilemas típicos, localiza-se geograficamente próxima a antiga Fazenda deParateí, área de atuação do artista. Provavelmente o escultor elaborou a imagempara os moradores de Guararema na época em que passou pela região, uma desuas últimas obras-primas. O artista não assinava suas esculturas e apenas algumas peças foramdatadas ao longo da carreira. Permanece no território paulista atéaproximadamente 1654, realizando obras no Mosteiro de São Bento em SãoPaulo, Santos e na fazenda beneditina de Parateí em Mogi das Cruzes. Transitavanesta época entre os recolhimentos de São Paulo e o Rio de Janeiro. Retornando ao litoral fluminense, dedica-se a confecção de algumasterracotas para fazendas beneditinas no entorno da Baía de Guanabara, entre osatuais municípios de Duque de Caxias e o Rio de Janeiro, inclusive fornecendoimagens para igrejas ao sul do Estado. Podemos destacar, nesta época, a Virgemda Aldeia de Mambucaba, obra pertencente à Angra dos Reis e o Santo Antônioda irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Negros de Paraty, uma das maisantigas obras religiosas paratienses, acervo do Museu de Arte Sacra da Igreja deSanta Rita – IPHAN. [Página 223]
• 13. Frei Anselmo Batista passou a residir em Sorocaba 1660 Segundo Monsenhor Florêncio Camargo, os monges beneditinos, Fr. Jerônimo do Rosário e Fr. Baltazar do Rosário, residiam na vila de Parnaíba em 1653; período posterior à passagem de Frei Agostinho de Jesus. Este pesquisador localizou alguns religiosos que habitaram este mosteiro: Encontrei alguns nomes de monges que residiram neste convento: Fr. Jerônimo do Rosário e Fr. Baltasar do Rosário, 1653; Fr. Tomé Batista, presidente, e Fr. Anselmo da Anunciação, pregador, 1660; Fr. Bernardo de Santa Maria, presidente, 1671; Fr. Matias de S. Bento, 1682; Fr. Antônio de São Bento, 1687; Fr. Antônio de Nazarath, 1687; Fr. José de Jesus, prior, 1700. Em 1825 era o Fr. Felisberto de Nossa Senhora, o presidente e o único religioso que havia muitos anos, residia sozinho no convento. Servia depois, até 1880 ou 1881, de habitação do pároco [da igreja matriz]. Em 1887 ameaçava desabar e hoje só resta notícia do convento. (CAMARGO, 1971, p. 355).
A Vila de São Paulo em seus primórdios – ensaio de reconstituição do núcleo urbano quinhentista 2009. Atualizado em 24/10/2025 02:37:27 Relacionamentos • Cidades (6): Campinas/SP, Jundiaí/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP • Pessoas (13) Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Brás Cubas (1507-1592), Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Fernão Cardim (1540-1625), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), João IV, o Restaurador (1604-1656), Manuel João Branco (f.1641), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pedro Collaço Vilela, Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Salim Farah Maluf • Temas (46): “o Rio Grande”, Algodão, Ambuaçava, Banana, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminho do Piquiri, Caminho São Paulo-Santos, Canôas, Capitania do Espirito Santo, Carmelitas, Cavalos, Colégio Santo Ignácio, Colégios jesuítas, Conventos, Curiosidades, Estradas antigas, Gados, Galinhas e semelhantes, Geografia e Mapas, Guaré ou Cruz das Almas, Jeribatiba (Santo Amaro), Jesuítas, Léguas, Nheengatu, Nossa Senhora da Expectação do Ó / Carmo, Nossa Senhora do Rosário, O Sol, Ouro, Pela primeira vez, Pontes, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio Pequeno, Rio Pinheiros, Rio Tamanduatei, São Paulo de Piratininga, Serra de Paranapiacaba, Tabatinguera, Vale do Anhangabaú, Vale do Paraíba, Vila de Santo André da Borda, Vinho, Ybyrpuêra ![]() • 1. Fernão Cardim sobre o caminho 1585
“Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP 2008. Atualizado em 23/10/2025 17:17:19 Relacionamentos • Cidades (11): Cananéia/SP, Capivari/SP, Carapicuiba/SP, Itararé/SP, Paranaguá/PR, Paranapanema/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (21) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antônio de Macedo (ou Saavedra) (1531-1590), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Brás Cubas (1507-1592), Domingos Luís Grou (1500-1590), Fernão Cardim (1540-1625), Francisco Ramalho Tamarutaca (1569-1618), Gregório Ramalho, Hans Staden (1525-1576), Isac Dias Carneiro (1558-1590), Jerônimo Leitão, João III, "O Colonizador" (1502-1557), José de Anchieta (1534-1597), Leonardo Nunes, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Pero Correia (f.1554), Pero Lobo, Piqueroby (1480-1552), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Ulrico Schmidl (1510-1579) • Temas (51): “o Rio Grande”, Ambuaçava, Bilreiros de Cuaracyberá, Cachoeiras, Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Caminho do Padre, Caminho do Paraguay, Caminho do Paraguay, Caminho do Peabiru, Caminho do Piquiri, Caminhos até Cuiabá, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Cayacangas, Colinas, Descobrimento do Brazil, Deus, Estradas antigas, Fortes/Fortalezas, Gentios, Guerra de Extermínio, Itacolomy, Jurubatuba, Geraibatiba, Léguas, Maniçoba, Ouro, Peru, Piqueri, Pirapitinguí, Piratininga, Prata, Rei Branco, Rio Anhemby / Tietê, Rio Geribatiba, Rio Jaguari, Rio Latipagiha, Rio Paranapanema, Rio Pardo, Rio Pinheiros, Rio São Francisco, Rio Sorocaba, Rio Tibagi, Santa Catarina, São Miguel dos Ururay, São Paulo de Piratininga, Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, Tamoios, Tordesilhas, Trilha dos Tupiniquins, Ururay ![]() • 1. Bras Cubas funda aí uma casa de misericórdia, primeiro estabelecimento do gênero criado no Brasil 1543 Pelas dificuldades de escoamento da produção local, Brás Cubas comprou terras no outro extremo da ilha, chamada pelos indígenas de Yguaguaçu-pe. De posse desta nova área, construiu, em 1543, junto ao outeiro de Santa Catarina – atual colina de Montserrat –, uma igreja dedicada à Nossa Senhora da Misericórdia e um hospital denominado Todos os Santos. Segundo Fr. Gaspar, daí veio o nome da futura vila de Santos.
• 2. Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam” 1 de junho de 1553 A vinda do governador foi um marco importante para os portugueses de São Vicente, pois, nesta ocasião transformou Santo André da Borda do Campo em vila, determinando a construção de um baluarte e estabelecendo João Ramalho como capitãomor, como escreveu ao rei: hordeney outra villa no começo do campo desta villa de São Vicente de moradores que estavaão espalhados por elle e os fiz cerquar e ayuntar pera se poderem aproveitar todas as povoações deste campo e se chama a villa de Santo André porque honde a cituey estava hûa ermida deste apostollo e fiz capitão della a Iohão Ramalho, naturall do termo de Coimbra, que Martim Afonso ya achou nesta terra quoando ca veyo
• 3. A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão 5 de abril de 1560 O outro ramal saía de São Vicente, passando pela serra de Paranapicaba, subindopela Piaçaguera de cima, até alcançar o planalto de Piratininga, num trajeto proposto pelo engenheiro Bierrembach de Lima (Fig. 5, no último capítulo). Este caminho é apenas citado no Diário de Pero Lopes, quando relata sobre um grupo de portugueses que Martim Afonso deixara no planalto, em vista da instalação de uma povoação. Chamado de Trilha dos Tupiniquins tal rota apresentava muitos riscos, pois, como escreveu Vasconcelos, “os Tamoios contrários, que habitavam sobre o rio Paraíba, neste lugar vinham esperar os caminhantes de uma e outra parte, e os roubavam e cativavam e comiam”229. Com o tempo foi abandonado, quando se abriu o Caminho Novo ou o Caminho do Pe. José, que se tornou a comunicação mais utilizada para o planalto. A partir de Piratininga, o caminho alcançaria a rota-tronco na divisa do Paraná,provavelmente na altura da atual Itararé. Foi por esta rota que o Pe. Nóbrega deve ter alcançado Maniçoba, na divisa entre Paraná e São Paulo, onde realizou trabalhos missionários, como se verá mais à frente. Este trajeto deve ter sido usado pelos Carijó, quando alcançaram Piratininga, aotentar atacar os moradores de São Vicente, pois fala-se que haviam se confrontado com as aldeias do rio Grande [Tietê] [NOBREGA, Carta a Tomé de Sousa, 1559 (CN, p. 217).]. Foi também por esta rota que atingiram os paulistas asreduções jesuíticas do Guairá, no século XVII, levando-as à destruição231. Havia mais dois ramais que corriam paralelos aos rios Tietê e Paranapanema,encontrando-se com a rota-tronco na altura da antiga povoação paraguaia de Vila Rica, naregião central do Paraná, como sugerem Chmyz & Maack232.O ramal do Paranapanema levava à região do Itatim, no atual Mato Grosso do Sul,costeando a direita do rio, caminho feito pela tropa de Antônio Pereira de Azevedo, que fezparte da grande expedição de Raposo Tavares, em 1647, e não pelo ramal do Tietê, comosugere Cortesão233. Isto pela simples razão de que os caminhos indígenas costumavam serem linha reta. Parece ser a mesma rota que foi localizada numa documentação dogovernador Morgado de Mateus e que apresenta um itinerário mais detalhado: Eu tenho um mappa antigo, em q’ se ve o rot.o[roteiro] de humcam.o [caminho] q’ seguião os antigos Paulistas, o qual saindo deS. Paulo p.a Sorocaba, vay dahy a Fazenda de Wutucatú q’ foydos P.es desta S. Miguel [Missão de S. Miguel] junto doParanapanema, q’ hoje se achão destruido, dahy costiando o R.o[rio] p.la esquerda, se hia a Encarnação [redução jesuítica àbeira do Tibagi], a St.o X.er [redução S.Francisco Xavier, nomédio Tibagi] e a St.o Ignácio [redução no Paranapanema] edesde o salto das Canoas, emté a barra deste rio gastavão 20dias, dahy entrando no [rio] Paraná, navegavão o R.o Avinhema,ou das três barras, e subindo por elle emté perto das suasvertentes, tornavão a largar as canoas, e atravessavão por terraas vargens de Vacaria [no atual Mato Grosso do Sul]234. [Páginas 60, 62 e 63]
• 4. Um documento sobre a demarcação das terras de Brás Cubas, de 1567, confirma esta localização na foz do Tamanduateí: “[a propriedade] começará a partir pela banda oeste que vae daí [ao] caminho de Piratininga (...) sempre pelo dito caminho assim como vae passando o rio Tamanduateí e daí corta direito sempre pelo dito caminho que vae a Piratininga que está na borda do rio Grande [Tietê] que vem do Piquiri [no atual Tatuapé] e ai vae correndo direito para o sertão” 1567 Um documento sobre a demarcação das terras de Brás Cubas, de 1567, confirma esta localização na foz do Tamanduateí: “[a propriedade] começará a partir pela banda oeste que vae daí [ao] caminho de Piratininga (...) sempre pelo dito caminho assim como vae passando o rio Tamanduateí e daí corta direito sempre pelo dito caminho que vae a Piratininga que está na borda do rio Grande [Tietê] que vem do Piquiri [no atual Tatuapé] e ai vae correndo direito para o sertão” (Livro de Sesmarias, v. 1, p. 54).
• 5. Jesuítas, estiveram no aldeamento de “Nossa Senhora dos Pinheiros da Conceição”, a uma légua de Piratininga 1583 Em 1583, por ocasião da passagem do visitador dos jesuítas, o Pe. Cardim escrevia que estiveram no aldeamento de “Nossa Senhora dos Pinheiros da Conceição”, a uma légua de Piratininga, onde “os índios os receberam com muita festa como o costumam, mandando de sua pobreza”. Como o aldeamento estava apenas se iniciando, a vida ali era mais simples e sem a estrutura que se formou em outros aldeamentos cristãos. Embora não haja relatos desta época, é possível que os indígenas vivessem como no aldeamento da capitania do Espírito Santo, descrito pelo Pe. Rodrigues: Todos os dias, em amanhecendo, se tange as Ave Marias de pela manhã e daí a pouco à missa, que acabada se lhes ensina adoutrina na sua língua. E depois vai cada um a seu serviço. (...) à cinco horas da tarde se torna a tanger o sino à doutrina a que acode a gente que se acha pela aldeia, e se lhe ensina a doutrina com a outra parte do Diálogo, que contém a declaração dos sacramentos. Finalmente à boca da noite saem os meninos em procissão, da porta da igreja até à cruz, cantando algumas orações e encomendando as almas do fogo do purgatório. Como os padres não viviam nesses aldeamentos, a catequese devia ser feita de forma itinerante ou por um catequista devidamente preparado. As casas, que agora abrigavam famílias nucleares, eram construídas em volta de um pátio, onde havia a igreja e a cruz, como se vê ainda hoje na aldeia de Carapicuíba, uma das poucas que manteve a estrutura original. Quanto ao vestir, os indígenas seguiam os padrões ocidentais, como escrevia este mesmo missionário: As mulheres quando hão de ir à igreja, ou hão de aparecer diante de gente, vestem-se mui decentemente, convém a saber, com uma camisa ou hábito bem feito, cerrado, largo e comprido até o chão; os cabelos são compridos enastrados [trançados] com suas fitas, e nas mãos suas contas de rezar. Os homens andam com o vestido que podem, mas na igreja e pelas festas muitos deles se tratam à portuguesa. Embora vivessem de “sua lavoura de mantimentos que plantam e semeiam, de caça, de pescaria e criações” prestavam também serviço aos colonos. “Servem [além do] mais aos moradores em suas fazendas; e para isso se põem com eles por soldada [salário], por certos meses, por seu estipêndio [trabalho], conforme os regimento de S. M. [Sua Majestade]” .
• 6. Por terem matado Domingos Grou 7 de julho de 1590 O ataque temido ocorreu em junho desse ano de 90, desfechado pelo grupo do Vale do Paraíba. Segundo o relato dos camaristas, numa grande investida, matarão três homeis brãquos e ferirão outros muitos e matarão muitos escravos e escravas e índios e índias xpãos [cristãos] e destruirão muitas fazendas asin de brãquos como de índios. 1399 (7.07.1590). Nesta ofensiva, ocorreu um fato surpreendente: o ataque contra a igreja do aldeamento de Pinheiros, onde “quebrarão a imagem de nossa sr a do rozairo dos pinheiros”1400. Vê-se que estes Tupi já haviam morado em Piratininga, pois a ata afirma que herão nossos vezinhos e estavão amiguos connosquo e herão nossos compadres e se comoniquavão connosquo guozãdo de nossos resguates e amizades e isto de muitos annos a esta parte 1401. Nesta ocasião, estavam em Piratininga os padres Pedro Soares, Leonardo do Vale, um grande tupinista, e Manuel Viegas, que ficou conhecido depois como “pai do Maromomi”, além dos Irmãos Antônio Ribeiro e António de Miranda1402. Serafim Leite afirma que este ataque somente ocorreu porque o Pe. Manuel Chaves, que grande ascendência tinha sobre os indígenas, havia morrido em janeiro daquele ano, não tendo tempo para impedir o conflito1403. O fato de serem indígenas “compadres” dos portugueses e terem quebrado a imagem de Nosso Senhora, parece indicar, novamente, um conflito com indígenas que conviveram com a missão, trazendo um lado de revanche religiosa. Esta hipótese é provável, embora a documentação seja escassa, pois para o indígena, não há separação entre o religioso e o político.
• 7. O ataque temido ocorreu em junho desse ano de 90, desfechado pelo grupo do Vale do Paraíba 7 de julho de 1590 O ataque temido ocorreu em junho desse ano de 90, desfechado pelo grupo do Vale do Paraíba. Segundo o relato dos camaristas, numa grande investida, matarão três homens brancos e ferirão outros muitos e matarão muitos escravos e escravas e índios e índias xpãos [cristãos] e destruirão muitas fazendas asin de brãquos como de índios. Nesta ofensiva, ocorreu um fato surpreendente: o ataque contra a igreja do aldeamento de Pinheiros, onde “quebrarão a imagem de Nossa Senhora do Rosário dos Pinheiros”. Vê-se que estes Tupi já haviam morado em Piratininga, pois a ata afirma que herão nossos vezinhos e estavão amiguos connosquo e herão nossos compadres e se comoniquavão connosquo guozãdo de nossos resguates e amizades e isto de muitos annos a esta parte. Nesta ocasião, estavam em Piratininga os padres Pedro Soares, Leonardo do Vale, um grande tupinista, e Manuel Viegas, que ficou conhecido depois como “pai do Maromomi”, além dos Irmãos Antônio Ribeiro e António de Miranda. Serafim Leite afirma que este ataque somente ocorreu porque o Pe. Manuel Chaves, que grande ascendência tinha sobre os indígenas, havia morrido em janeiro daquele ano, não tendo tempo para impedir o conflito. O fato de serem indígenas “compadres” dos portugueses e terem quebrado a imagem de Nosso Senhora, parece indicar, novamente, um conflito com indígenas que conviveram com a missão, trazendo um lado de revanche religiosa. Esta hipótese é provável, embora a documentação seja escassa, pois para o indígena, não há separação entre o religioso e o político. [Páginas 352 e 353]
Santa chegando ao bairro de Aparecidinha 2002. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP ![]()
Avenida Ipanema. Créditos da foto: Jornal Cruzeiro do Sul 1998. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (1): Bairro de Aparecidinha ![]()
Wanderson Esquerdo Bernardo, arqueólogo sorocabano 1998. Atualizado em 24/10/2025 04:31:43 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (1) Balthazar Fernandes (1577-1670) • Temas (9): Arqueologia, Carijós/Guaranis, Rio Anhemby / Tietê, Trópico de Capricórnio, Tupinambás, Tupiniquim, Tupis, Geografia e Mapas, Jardim Sandra ![]() • 1. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados dezembro de 1654 Para o arqueólogo sorocabano Wanderson Esquerdo Bernardo, Historicamente, los Tupínikin fueron los primeros del grupo Tupí a entrar em contacto com los portugueses. [...] En un mapa de 1640 de Jansenius Blaeu, vemos el sudeste de Brasil, a la altura de Trópico de Capricornio que pasa por la región de Sorocaba, habitada por los Tupinikin, al norte, margen derecha del rio Tietê poblada por los tupinambás y sur por los carijós (guaraníes). Finalmente, en 1654, cuando el conquistador portugués Balthazar Fernandes, funda Sorocaba construyendo su casa grande y una capilla, las aldeas indígenas de la región ya no existían debido a la sistemática esclavitud de sus antiguos habitantes (ESQUERDO, 1998, p. 3). O mapa de Jansenius Blaeu também pode ser encontrado na série de fascículos do jornal Cruzeiro do Sul (Figura 4), escritos por Bonadio e Frioli (2004, p. 31), para os quais O povoado do Itavuvu, elevado a vila com o nome de São Felipe, aparece neste mapa de 1640, de Guilherme Jansênio Blaeu com o nome de Philippa villa. O trabalho cartográfico a localiza corretamente num ponto próximo ao rio Sorocaba e registra a vizinhança dos Tupiniquim. A região, no entanto, é mostrada como se estivesse muito mais próxima do Paraguai do que na realidade (minhas ênfases). [p. 295]
Santo Antônio da Minas de Apiahy. Rubens Calazans Luz Setembro de 1993. Atualizado em 31/10/2025 10:35:50 Relacionamentos • Cidades (6): Apiaí/SP, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Iguape/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (5) Brás Cubas (1507-1592), Maria Leme da Silva (1622-1705), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pandiá Calógeras (1870-1934), Pedro Fernandes Sardinha (1496-1556) • Temas (13): Caminho de Curitiba, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Ouro, Pela primeira vez, Rio da Ribeira, o Isubay, Rio Iguape, Vale do Ribeira, Metalurgia e siderurgia, Casas de Fundição, Caminhos a Iguape, Rio Paraguay ![]() • 1. Assim formou-se a denominada Vila Velha 1760 arruinaram o teto da capela inteiro, e quase o de todas as casas. Junho (princípio) 5 noites para geada, as manhãs 2 a 3 graus abaixo da geada, com neve em algumas partes. A primeira povoação dizem que foi estabelecida em 1600 por habitantes da parte inferior da Ribeira; e isto por causa do ouro que eles acharam em todos os rios acima. Vêem-se ainda as pedreiras estéreis das antigas lavagens de ouro, e o lugar onde estavam as casas ou para melhor dizer os ranchos. Quando estes procuradores de ouro descobriram que havia ouro nessa massa de ruínas do vale, na parte meridional do Morro de Ouro, então eles todos foram se mudando sucessivamente para lá e aí construíram suas casas, sem plano e onde mais lhes agradava. Assim formou-se a denominada Vila Velha, isto foi pelo ano de 1760 a 1770. Eles obtiveram permissão de construir uma Igreja Paroquial, que era consagrada a Santo Antonio de Lisboa; eles eram muito zelosos em seus negócios de lavar ouro e descobriram o conteúdo de ouro do Morro.” [Página 26]
• 2. Rebatizado em 1770 como Santo Antônio das Minas de Apiaí 1770
Demolição da casa paroquial anexa a igreja matriz 1985. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (1): Catedral / Igreja Matriz ![]()
Igreja Santo Antônio da Árvore Grande novembro de 1979. Atualizado em 30/10/2025 08:17:29 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (4): Automóveis, Avenida São Paulo, Bairro da “Árvore Grande”, Caixa Econômica ![]()
Anais do VII Simpósio Nacional dos Professores Universitários de História 1974. Atualizado em 24/10/2025 02:40:26 Relacionamentos • Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Botucatu/SP, Guareí/SP, São Paulo/SP, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (14) Francisco de Saavedra (n.1555), Adolfo Frioli (n.1943), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antônio Francisco Gaspar (1891-1972), Balthazar Fernandes (1577-1670), Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Francisco de Sousa (1540-1611), Getúlio Dornelles Vargas (1882-1954), José Carlos de Aguirre (1880-1973), Luís Alves de Lima e Silva (1803-1880), Luís António de Sousa Botelho Mourão (1722-1792), Luís Castanho de Almeida (70 anos), Pascoal Moreira Cabral II (1655-1690), Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857) • Temas (25): Bairro Itavuvu, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Catedral / Igreja Matriz, Convento/Galeria Santa Clara, Epidemias e pandemias, Fazenda Sarapohy, Gados, Habitantes, Inhayba, Itapeva (Serra de São Francisco), Jurupará, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Pelourinhos, Prefeitura de Sorocaba, Revolução Constitucionalista, Rio Pirajibú, Rio Sorocaba, Rio Ypanema, Rodovia Castelo Branco, Rodovia Raposo Tavares, São Filipe, Rio Ypané ![]() • 1. O Capitão Balthazar Fernandes doou a Igreja de Nossa Senhora da Ponte, hoje Mosteiro de São Bento, aos frades beneditinos existentes na Vila de Parnaiba. 21 de abril de 1661 Em 1661, Balthazar Fernandes, o fundador de Sorocaba, manda construir a Igreja de Nossa Senhora no local onde é hoje o mosteiro de São Bento, legando-a aos padres Beneditinos do Parnaíba, pois ele era bandeirante que com toda sua família e escravizados veio do Parnaíba para Sorocaba. A nova matriz, teve o início de sua construção em 1770 e em 1773 foi solenemente inaugurada.
• 2. mudança 1770 Em 1661, Balthazar Fernandes, o fundador de Sorocaba, manda construir a Igreja de Nossa Senhora no local onde hoje é o mosteiro de São Bento, legando-a aos padres Beneditinos do parnaíba, pois ele era bandeirante que com toda sua fazenda e escravizados veio de Parnaíba para Sorocaba. A nova matriz teve o início de sua construção em 1770 e em 1773 foi solenemente inaugurada.
• 3. “Acha-se a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Ponte da Vila de Sorocaba destituída de toda a qualidade de ornamentos precisos para a celebração dos Officios Divinos” 9 de março de 1773 Em 1661, Balthazar Fernandes, o fundador de Sorocaba, manda construir a Igreja de Nossa Senhora no local onde hoje é o mosteiro de São Bento, legando-a aos padres Beneditinos do parnaíba, pois ele era bandeirante que com toda sua fazenda e escravizados veio de Parnaíba para Sorocaba. A nova matriz teve o início de sua construção em 1770 e em 1773 foi solenemente inaugurada. (Anais do VII Simpósio Nacional dos Professores Universitários de História, 1974. Página 1490
Avenida Ipanema. Soldado Silas da Silva (data estimada) 1972. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (3): Vila Angélica, Polícia Militar, Avenida Ipanema ![]()
Atualizado em 28/10/2025 13:25:42 Darcy ![]() Data: 1970 Créditos: Darcy Freitas
Avenida Eugênio Salerno. Acervo: Comendador Gilberto Tenor (data estimada) 1970. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (2): Automóveis, Avenida Eugênio Salerno ![]()
Igreja Santa Rita, vila Santana. Acervo/fonte: José Carlos Assaf / Grupo Além Linha (Sorocaba) 14 de abril de 1969, segunda-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (2): Igreja Santa Rita de Cássia, Vila Santana / Além Linha ![]()
Capela do bairro Itavuvu 1969. Atualizado em 20/03/2025 22:14:12 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (4): Avenida Itavuvu, Bairro Itavuvu, Cavalos, Cinema ![]()
Bairro atualmente chamado Aparecidinha. Rua Joaquim Machado, a direita a antiga capelinha 1969. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (3): Bairro de Aparecidinha, Cinema, Cavalos ![]()
Bairro Itavuvu 1969. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (4): Avenida Itavuvu, Bairro Itavuvu, Cavalos, Cinema ![]()
Bairro Itavuvu 1969. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (3): Avenida Itavuvu, Bairro Itavuvu, Cavalos ![]()
Bairro Aparecidinha 1969. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (2): Bairro de Aparecidinha, Cavalos ![]()
Revista do Arquivo Municipal de São Paulo CLXXVI. Prefeitura do Município de SP 1969. Atualizado em 31/10/2025 20:16:45 Relacionamentos • Cidades (17): Pirapora do Bom Jesus/SP, Cuiabá/MT, Guareí/SP, Itanhaém/SP, Itu/SP, Mogi das Cruzes/SP, Osasco/SP, Paranapanema/SP, Porto Feliz/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São José dos Pinhais/PR, São Paulo/SP, São Roque/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (38) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Américo Antônio Ayres (1766-1840), Angela Fernandes (1586-1650), Antônio de Sant´Anna Galvão (f.1822), Antônio Rodrigues Velho ´o Araá´ (f.1616), Balthazar Fernandes (1577-1670), Belchior da Costa (1567-1625), Catarina Dias (1558-1631), Cláudio Furquim "Francês" (1590-1665), Clemente Álvares (1569-1641), Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Elias Ayres Do Amaral (n.1800), Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), Francisco de Sousa (1540-1611), Gaspar Gonçalves Conqueiro, Gregório Francisco, Inácio Ferraz Leite Penteado, Jerônimo Leitão, João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), Jorge Correa, Jorge Tibiriçá Piratininga (1855-1928), Luís António de Sousa Botelho Mourão (1722-1792), Luis de Céspedes García Xería (n.1588), Luzia Sardinha (1580-1620), Manuel Dias Machado, Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Nicolau Barreto, Pedro Cubas (1538-1628), Pedro da Silva (1600-1654), Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857), Rodrigo César de Meneses, Salvador Pires, Sebastião de Freitas (1565-1644), Suzana Dias (1540-1632), Thomas Cavendish (1560-1592) • Temas (37): Açúcar, África, Ambuaçava, Angola, Araritaguaba, Avecuia, “terra que cai”, Bairro Itavuvu, Boigy, Bois e Vacas, Cabusú, Cachoeiras, Caminho do Mar, Caminho São Paulo-Santos, Canôas, Carijós/Guaranis, Convento/Galeria Santa Clara, Cristãos, Dinheiro$, Edifício Perseverança III, Engenho(s) de Ferro, Fazenda Ipanema, Guerra de Extermínio, Jurubatuba, Geraibatiba, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Música, Ouro, Pão d´alho, Pela primeira vez, Pirapitinguí, Porcos, Rio Anhemby / Tietê, Rio Geribatiba, Rio Itaí, Rio Juquiri, Rio Sorocaba, Rio Tamanduatei, Sabaúma ![]() • 1. Doação da Aldeia de Carapicuíba feita por Afonso Sardinha e sua mulher Maria Gonçalves 9 de julho de 1615 • 2. Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba 1645 Tornando-se extremamente rico, de acordo com seu inventário, foi proprietário de doze sesmarias em terras do então município de Parnaíba, ao qual pertenciam as terras que formariam posteriormente os municípios de Itu e Sorocaba. Com grandes plantações de algodão e trigo, tinha a seu serviço, mais de quatrocentos nativos. Em Parnaíba também se dedicou à fundição de ferro, onde tinha um engenho que foi sequestrado em 1645.
• 3. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados dezembro de 1654 Balthazar Fernandes foi companheiro de seu irmão André em 1613 na expedição para o sertão goiano, e, como ele também foi para o Rio Grande do Sul de 1637 a 1639, trazendo de suas expedições, centenas de nativos. Tornando-se extremamente rico, de acordo com seu inventário, foi proprietário de doze sesmarias em terras do então município de Parnaíba, ao qual pertenciam as terras que formariam posteriormente os municípios de Itu e Sorocaba.Com grandes plantações de algodão e trigo, tinha a seu serviço, mais de quatrocentos nativos. Em Parnaíba também se dedicou à fundição de ferro, onde tinha um engenho que foi sequestrado em 1645.
Santuário de Aparecidinha 1968. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (1): Bairro de Aparecidinha ![]()
Bairro Aparecidinha. Rua Joaquim Machado. Fonte: IBGE (data estimada) 1968. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (1): Bairro de Aparecidinha ![]()
Inauguração da 4° Igreja Presbiteriana De Sorocaba, na rua Júlio Ribeiro, vila Santana. Fonte: Pedaço da Vila Santana 1968. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (2): Igreja Presbiteriana do Brasil, Vila Santana / Além Linha ![]()
“A Árvore Grande”. Avenida São Paulo 1968. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (2): Avenida São Paulo, Caixa Econômica ![]()
5º Igreja Presbiteriana 1968. Atualizado em 05/10/2025 15:42:42 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (2): Igreja Presbiteriana do Brasil, Jardim Brasilândia / Vila Fiori ![]()
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo: “Nossos Bandeirantes - Baltazar Fernandes” (1967) Luiz Castanho de Almeida 1967. Atualizado em 29/10/2025 20:30:08 Relacionamentos • Cidades (4): Curitiba/PR, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (8) Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartolomeu de Contreras y Torales (n.1610), Domingos Fernandes (1577-1652), Luís Castanho de Almeida (63 anos), Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919), Luiz Castanho de Almeida (1672-1735), Maria de Proença, Maria de Torales y Zunega (n.1585) • Temas (13): Bairro Itavuvu, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Carijós/Guaranis, Jesuítas, Nossa Senhora da Candelária, Nossa Senhora da Ponte, Nossa Senhora de Montserrate, Pela primeira vez, Pelourinhos, Peru, Pontes, Ribeirão de Taquarivaí, Vinho ![]() • 1. Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias 1580 Sob o título “Nossos Bandeirantes - Baltazar Fernandes”, na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo: "Nascido em 1579 ou no máximo 1580, Baltazar Fernandes estava pois com 65 anos de idade em 1654. Era ainda um homem forte, por sem dúvida. Fundador na idade em que merecia o descanso."
• 2. D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses 23 de maio de 1599 É um título notável e único no Brasil e em Portugal. Por ser de cor evidentemente local, trata-se uma ponte do rio Sorocaba, onde se fez a igreja a que trouxeram uma imagem de Nossa Senhora. Esta imagem podia ser a Nossa Senhora de Montesserrate, orago do Ipanema, ou outra do próprio Balthazar e é provável que já se chamasse Nossa Senhora da Ponte antes da mudança do pelourinho para o atual lugar, pois o Itavuvu é à beira-rio e tinha provavelmente a primeira ponte.
• 3. Casamento de Balthazar Fernandes e Maria de Zunega 1600 Cerca do ano de 1600 casou-se Baltazar Fernandes com Maria de Zúnega, nascida na Vila Rica de Guairá, filha de Bartolomeu de Torales e de Violante se Zúnega. O casamento de Baltazar precedeu de 30 anos a transmigração das famílias do Guairá para São Paulo. É um verdadeiro romance de aventuras este namoro a tantas léguas, de um bandeirante com uma, digamos, sul-americana. Vê-se com nitidez a união simbólica das duas raças ibéricas no coração da América. Raças que o caldeamento com os guaranís renovou em proporções gigantescas. Desse matrimônio nasceu em Vila Rica Maria de Torales, que se casou com outro vilarriquenho: Gabriel Ponce de Leon e com ele e outros parentes se transplantou para São Paulo antes de 1634 e depois de 1630.
• 4. Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba 1645 Domingos fundava a capela de Nossa Senhora da Candelária de Itú, cerca de 1645 (...) Em, 1645, ele, os genros e os filhos se transportaram para o lugar chamado Sorocaba, a légua e meia do Itavovú ou São Felipe, para onde em 1611 D. Francisco de Sousa permitira se transportasse o pelourinho que em 1600 erguera no Araçoiaba. Balthazar Fernandes, o fundador de Sorocaba, passou por ai antes de mudar-se de Parnaíba e recebeu em sesmaria. O Livro do Tombo de Sorocaba assinala a era de 1646, para a chegada dos primeiros povoadores parnaibanos. É exato, posto que Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919) preferisse a data de 1645.
• 5. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados dezembro de 1654 É um título notável e único no Brasil e em Portugal. Por ser de cor evidentemente local, trata-se uma ponte do rio Sorocaba, onde se fez a igreja a que trouxeram uma imagem de Nossa Senhora. Esta imagem podia ser a Nossa Senhora de Montesserrate, orago do Ipanema, ou outra do próprio Balthazar e é provável que já se chamasse Nossa Senhora da Ponte antes da mudança do pelourinho para o atual lugar, pois o Itavuvu é à beira-rio e tinha provavelmente a primeira ponte. Enumerando os serviços de Baltazar a Sorocaba, seu filho Manuel não se refere a construção da ponte. Em 1652 havia morrido a segunda mulher de Baltazar, Isabel de Proença. Ele morreu mais, que octogenário de 1667 e depois de 1662. Em 1645, ele, os genros e os filhos se transportaram para o lugar chamado Sorocaba, a légua e meia do Itavuvu ou São Felipe, para onde em 1611 D. Francisco de Sousa permitira se transportasse o pelourinho que em 1600 erguera na Araçoiaba.
Avenida Barão de Tatuí. Capela Senhor do Bonfim 1966. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (3): Jardim Paulistano, Parque Campolim, Senhor do Bonfim ![]()
“Memória Histórica de Sorocaba, parte III”, 1965. Luís Castanho de Almeida (1904-1981) Setembro de 1965. Atualizado em 24/10/2025 03:34:19 Relacionamentos • Cidades (9): Ibiúna/SP, Itu/SP, Paranapanema/SP, Porto Feliz/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP, Santos/SP, Cubatão/SP • Pessoas (5) Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), Jerônimo Côrte-Real, Luís Castanho de Almeida (61 anos), Salvador de Oliveira Leme (1721-1802), Cristovão Pereira de Abreu (1678-1755) • Temas (35): “o Rio Grande”, Avenida Nogueira Padilha, Avenida São Paulo, Boulevard Braguinha, Caminho de São Roque-Sorocaba, Caminho Fundo, Caminho Itú-Sorocaba, Catedral / Igreja Matriz, Convento/Galeria Santa Clara, Córrego Supiriri, Estradas antigas, Inhayba, Itapeva (Serra de São Francisco), Lageado, Pelourinhos, Piragibu, Pontes, Praça Fernando Prestes, Ribeirão de Taquarivaí, Rua da Boa Vista, Rua da Penha, Rua Hermelino Matarazzo (Estrada de Ipanema), Rua Monsenhor João Soares, Rua Padre Luiz, Rua Santa Clara, Vila Hortência, Vila Santana / Além Linha, Nossa Senhora Aparecida, Bairro de Aparecidinha, Estrada do Ipatinga, Casa Doada, Caminho de Cubatão, Caminho do Mar, Rio Pinheiros, Terremotos ![]() • 1. Construção da capela Nossa Senhora Aparecida de Piragibú 1785
Celebrada a última missa na Igreja do Rosário, que seria demolida em breve 8 de agosto de 1965, domingo. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (3): Escolas, Nossa Senhora do Rosário, Rua Souza Pereira ![]()
“Memoria historica de Sorocaba”, Parte II. Aluísio de Almeida março de 1965. Atualizado em 24/10/2025 04:31:38 Relacionamentos • Cidades (7): Araçoiaba da Serra/SP, Curitiba/PR, Guapiara/SP, Iperó/SP, Paranapanema/SP, Sorocaba/SP, Votorantim/SP • Pessoas (5) Antonio da Silva Caldeira Pimentel, Balthazar Fernandes (1577-1670), Gabriel Antunes Maciel I (1600-1648), José de Barros Lima, Luiz Castanho de Almeida (1672-1735) • Temas (11): Cachoeira Jequitaia, Caminho de Curitiba, Estradas antigas, Nossa Senhora do Rosário, Peru, Pontes, Portos, Rio Paranapanema, Rio Sarapuy, Rio Sorocaba, Rio Paraguay ![]() • 1. A capela da Conceição do Rio Abaixo (outro lado do Araçoiaba) teve provisão em 7 de janeiro de 1721. Construída pelo fazendeiro Francisco Pais de Almeida. Havia os altares laterais a Nossa Senhora do Rosário e São Sebastião 7 de janeiro de 1721
Demolição do Convento Santa Clara, na esquina da rua Padre Luís c/ a rua São Bento 1965. Atualizado em 23/10/2025 15:57:17 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (1) Suzana Dias (1540-1632) • Temas (4): Cemitérios, Convento/Galeria Santa Clara, Rua Padre Luiz, Rua São Bento ![]()
Rua Padre Guerrazi, vila Santana, Sorocaba/SP 1964. Atualizado em 20/03/2025 23:15:14 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (2): Vila Santana / Além Linha, Igreja Santa Rita de Cássia ![]()
Jornal Correio Paulistano/SP 20 de abril de 1962, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:40:25 Relacionamentos • Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Iperó/SP, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP, Tatuí/SP • Pessoas (5) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Balthazar Fernandes (1577-1670), Brás Esteves Leme (1590-1636), Francisco de Sousa (1540-1611), João Antunes Maciel I (1642-1728) • Temas (13): Apiassava das canoas, Bairro Itavuvu, Catedral / Igreja Matriz, Estrada Porto Feliz-Tatuí, Estrada Sorocaba-Tatuí, Fazenda Ipanema, Fortes/Fortalezas, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Nossa Senhora da Conceição, Pela primeira vez, Portos, Rio Sarapuy, Rio Sorocaba ![]() • 1. Enquanto Baltazar fundava Sorocaba, a Coroa portuguesa voltou a se interessar pelas jazidas de ferro do morro Araçoiaba. Por isso, em 1660 ela proibiu a exploração do local por particulares, sob pena de morte, mas não realizou nenhum empreendimento 1660 O povoamento foi contemporâneo. Quando Baltazar Fernandes deu terras ao Mosteiro de São Bento em Sorocaba mencionou os limites com Braz Esteves. A fazenda deste era tão grande que estava na sede já nos limites atuais com Tatuí, na barra do Tatuí no Sorocaba. Nesse local existiu, pois, a primeira casa e Capela de Araçoiaba da Serra enquanto território, cerca de 1660 a 1700. Então desaprovou-se de novo, vindo a imagem para a matriz de Sorocaba (Era Nossa Senhora da Conceição). A cruz foi erguida ha poucos anos no alto fronteiro à cidade.
• 2. Em São Bento, o lindo grupo de Santa Ana e Nossa Senhora veio depois de 1700, pois o primeiro titular após a saída de Nossa Senhora da Ponte para a matriz, era a Nossa Senhora da Visitação 1700
Atualizado em 01/11/2025 04:07:49 Jornal Correio Paulistano, página 10 ![]() Data: 1962 Página 10
• 1°. Já haviam moradores em Sorocaba O Bairro Itavuvu, se estacionário ficou o povoado, em 1654 decaiu completamente. É que, nesse ano, Balthazar Fernandes fundou um povoado numa colina ma margem esquerda do mesmo Sorocaba. “Pelo Livro Tombo sabe-se, e exatamente, que, desde 1646 se concentraram moradores onde hoje está Sorocaba. Eram eles, a citar os mais destacados, Balthazar Fernandes (...) Foi em 1654, conforme se depreende de documentos dos padres beneditinos de Sorocaba, que Balthazar fez erguer a Igreja de Santa Ana (padroeira de Parnaíba), mais tarde doada aos monges de São Bento, de Parnaíba. A ereção desse templo é que marca, inequivocada mente, a fundação da cidade”. • 2°. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados* O Bairro Itavuvu, se estacionário ficou o povoado, em 1654 decaiu completamente. É que, nesse ano, Balthazar Fernandes fundou um povoado numa colina ma margem esquerda do mesmo Sorocaba. “Pelo Livro Tombo sabe-se, e exatamente, que, desde 1646 se concentraram moradores onde hoje está Sorocaba. Eram eles, a citar os mais destacados, Balthazar Fernandes (...) Foi em 1654, conforme se depreende de documentos dos padres beneditinos de Sorocaba, que Balthazar fez erguer a Igreja de Santa Ana (padroeira de Parnaíba), mais tarde doada aos monges de São Bento, de Parnaíba. A ereção desse templo é que marca, equivocadamente, a fundação da cidade”.
Atualizado em 31/10/2025 06:08:13 Atual Avenida Independência, 1961. Jornal Cruzeiro do Sul ![]() Data: 1961 Créditos: Jornal Cruzeiro do Sul Bairro Éden. Eugênio Leite da Cruz, a esq. Paróquia Nossa Senhora da Piedade (rf) Foto colorida digitalmente (ig)
Igreja Santa Rita de Cássia (data estimada) 1960. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (3): Igreja Santa Rita de Cássia, Ônibus, Vila Santana / Além Linha ![]()
Igreja Santa Rita de Cássia, vila Santana, Sorocaba/SP 1960. Atualizado em 20/03/2025 23:26:07 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (2): Vila Santana / Além Linha, Igreja Santa Rita de Cássia ![]()
Atualizado em 01/11/2025 04:07:50 Quadra da A. A. Santa Rita ![]() Data: 1960 Créditos: Dorinha em Esportes Igreja Santa Rita de Cássia. Treino da equipe, primeiro campeão do Cruzeirão em 1960 (colorida digitalmente (futebol) (ig) (mf) vila santana
Início das obras da "Aranha do Vergueiro, marcava entre outras data importantes, os 10 anos da fundação da Faculdade de Medicina 18 de outubro de 1959, domingo. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Temas (3): Faculdades e universidades, Estátuas, marcos e monumentos, Jardim Vergueiro ![]() Sobre o Brasilbook.com.br |