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Rio dos patos / Terras dos patos
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  Rio dos patos / Terras dos patos
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  31/10/2025 10:07:20º de
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Ainda Anchieta, em suas Informações, mencionava: os “índios carijós que são das Índias de Castela...”
1584. Atualizado em 31/10/2025 10:07:20
Relacionamentos
 Cidades (1): São Paulo/SP
 Pessoas (3) Apóstolo Tomé Judas Dídimo, José de Anchieta (50 anos), Ulrico Schmidl (1510-1579)
 Temas (22): Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Cariós, Cavalos, Estradas antigas, Gados, Gentios, Jesuítas, Léguas, Peru, Tapuias, Trópico de Capricórnio, Tupis, Escravizados, Nheengatu, Sertão dos Patos, Porto dos Patos, Canibalismo, Algodão, Graus, Tupi-Guarani

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  Rio dos patos / Terras dos patos
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  01/07/2025 01:51:17º de
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O Caminho do Peabiru - Eduardo Bueno
2 de agosto de 2018, quinta-feira. Atualizado em 01/07/2025 01:51:17
Relacionamentos
 Cidades (4): Assunção/PAR, Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Potosí/BOL
 Pessoas (6) Christovam Jacques (1480-1531), Eduardo Bueno, Francisco Pizarro González (1476-1541), Henrique Montes, Juan Diaz de Solís, Martim Afonso de Sousa (1500-1564)
 Temas (14): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Estreito de Magalhães, Ouro, Payaguás, Peru, Porto dos Patos, Prata, Rei Branco, Rio Amazonas, Rio da Prata, Rio Maruhi, Titanic, Tordesilhas
Registros mencionados (2)
1514 - Portugueses recolheram no Rio da Prata um machado de prata, que estava nas mãos dos charruas [23050]
01/01/1516 - Cristóvão Jacques, no comando de duas caravelas, foi encarregado do patrulhamento da costa brasileira, a fim de desestimular incursões de corsários franceses [22407]





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  30/10/2025 06:32:01º de
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A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza
novembro de 1599. Atualizado em 30/10/2025 06:32:01
Relacionamentos
 Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Ibiúna/SP, Itu/SP, Salto de Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (7) Afonso Sardinha, o Velho (68 anos), Anthony Knivet (39 anos), Francisco de Sousa (59 anos), Gaspar Gomes Moalho, Martim Correia de Sá (24 anos), Pedro Sarmiento de Gamboa (1532-1592), Salvador Correia de Sá e Benevides (5 anos)
 Temas (21): Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho de Piratininga, Caucaya de Itupararanga, Comando de Policiamento do Interior-7, Ermidas, capelas e igrejas, Grunstein (pedra verde), Guaianase de Piratininga, Japão/Japoneses, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio Itapocú, Rio Sapucaí, Rio Sarapuy, Rio Verde, Rio Waivaicari, Vaivary, Verde, Sabarabuçu, Sarapuy / Sapucay
Registros mencionados (1)
1625 - “As incríveis aventuras e estranhos s incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet infortúnios de Anthony Knivet” [23864]





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  30/10/2025 23:47:57º de
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1 de março de 1587, domingo
Atualizado em 28/10/2025 05:53:52
Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil
Cidades (2): Madrid/ESP, Sorocaba/SP
Pessoas (6): Cristóvão de Moura e Távora, Duarte Coelho, Filipe II, “O Prudente”, Gabriel Soares de Sousa, Pero Lopes de Sousa, Sebastião Fernandes Tourinho
Temas (38): “o Rio Grande”, Açúcar, Apiassava das canoas, Belgas/Flamengos, Cachoeiras, Caetés, Capitania de Pernambuco, Descobrimento do Brazil, Ermidas, capelas e igrejas, Gentios, Habitantes, Ilha de Santo Amaro, Jurupará, Lagoa Dourada, Lagoas, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Música, Nossa Senhora D´ajuda, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Escada, Nossa Senhora da Expectação do Ó / Carmo, Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora do Rosário, O Sol, Ouro, Prata, Rio dos Dragos, Rio dos Negros, Rio Grande, Rio Itapocú, Rio São Francisco, Rio Una, Santa Ana, Tapuias, Tupinaés, Tupinambás, Tupiniquim
Tratado Descritivo do Brasil
Data: 1587
Créditos: Gabriel Soares de SouzaPágina 361
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    Registros relacionados
25 de abril de 1500, sexta-feira. Atualizado em 25/08/2025 07:55:45
1°. Os navios menores da esquadra de Cabral, reconhecendo a costa, da foz do Caí para o norte
Esta terra se descobriu aos 25 dias do mês de abril de 1500 anos por Pedro Álvares Cabral, que neste tempo ia por capitão-mor para a Índia por mandado de el-rei D. Manuel, em cujo nome tomou posse desta província, onde agora é a capitania de Porto Seguro, no lugar onde já esteve a vila de Santa Cruz, que assim se chamou por se aqui arvorar uma muito grande, por mando de Pedro Álvares Cabral, ao pé da qual mandou dizer, em seu dia, a 3 de maio, uma solene missa, com muita festa, pelo qual respeito se chama a vila do mesmo nome, e a província muitos anos foi nomeada por de Santa Cruz e de muitos Nova Lusitânia; e para solenidade desta posse plantou este capitão no mesmo lugar um padrão com as armas de Portugal, dos que trazia para o descobrimento da Índia para onde levava sua derrota.
3 de maio de 1500, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:16
2°. Uma solene missa, com muita festa, pelo qual respeito se chama a vila do mesmo nome, e a província muitos anos foi nomeada por de Santa Cruz e de muitos Nova Lusitânia
A carta de Pero Vaz de Caminha só foi "descoberta" após os anos 1800. Gabriel Soares de Sousa em "Notícia do Brasil" (1587) diz:

"Esta terra se descobriu aos 25 dias do mês de abril de 1500 anos por Pedro Álvares Cabral, que neste tempo ia por capitão-mor para a Índia por mandado de el-rei D. Manuel, em cujo nome tomou posse desta província, onde agora é a capitania de Porto Seguro, no lugar onde já esteve a vila de Santa Cruz, que assim se chamou por se aqui arvorar uma muito grande, por mando de Pedro Álvares Cabral, ao pé da qual mandou dizer, em seu dia, a 3 de maio, uma solene missa, com muita festa, pelo qual respeito se chama a vila do mesmo nome, e a província muitos anos foi nomeada por de Santa Cruz e de muitos Nova Lusitânia (...)"
1519. Atualizado em 25/02/2025 04:47:00
3°. Atlas Miller é evidência da "ilha Brasil", segundo Jaime Cortesão
Do rio de São Francisco ao dos Dragos são cinco léguas, pelo qual entram caravelões, e tem na boca três ilhéus. Do rio dos Dragos à baía das Seis Ilhas são cinco léguas; e dessa baía ao rio Itapucuru são quatro léguas, o qual está em vinte e oito graus escassos; e corre-se a costa do Itapucuru até o rio de São Francisco norte-sul. Este rio acima dito, a que outros chamam Jumirim, tem a boca grande e ao mar dele três ilhetas, pela qual entram caravelões; e corre-se por êle acima leste-oeste, pelo qual entra a maré muito, onde há boas pescarias e muito marisco. A terra deste rio é alta e fragosa, e tem mais arvoredos que a terra atrás, especialmente águas vertentes ao mar. A terra do sertão é de campinas, como a da Espanha, e uma e outra é muito fértil e abastada de caça e muito acomodada para se poder povoar, porque se navega muito espaço por ela acima. [p. 117]
10 de março de 1534, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:41:10
4°. Carta de doação da capitania de Pernambuco a Duarte Coelho pelo rei João III "o Piedoso"
9 de março de 1535, sábado. Atualizado em 24/10/2025 19:31:21
5°. Chega a Pernambuco seu primeiro donatário, Duarte Coelho / Fundação da Vila de Igaraçú
Depois que êste Estado se descobriu por ordem dos reis passados, se trabalhou muito por se acabar de descobrir êste rio (São Francisco) por todo o gentio que nele viveu, e por êle andou afirmar que pelo seu sertão havia serras de ouro e prata, à conta da qual informação se fizeram muitas entradas de todas as capitanias sem poder ninguém chegar ao cabo; com êste desengano e sobre esta pretensão veio Duarte Coelho a Portugal da sua capitania de Pernambuco a primeira vez, e da segunda também teve desenho; mas desconcertou-se com S. A. pelo não fartar das honras que pedia.

E sendo governador deste Estado Luís de Brito de Almeida, mandou entrar por este rio acima a um Bastião Álvares, que se dizia do Porto Seguro, o qual trabalhou por descobrir quanto pôde, no que gastou quatro anos e um grande pedaço da Fazenda d’el Rei, sem poder chegar ao sumidouro, e por derradeiro veio acabar com quinze ou vinte homens entre o gentio tupinambá, a cujas mãos foram mortos, o que lhe aconteceu por não ter cabedal da gente para se fazer temer, e por querer fazer esta jornada contra água, o que não aconteceu a João Coelho de Sousa, por que chegou acima do sumidouro mais de cem léguas, como se verá do roteiro que se fêz da sua jornada.

À boca da barra deste rio corta o salgado a terra da banda do sudoeste, e faz ficar aquela ponta de areia e mato em ilha, que será de três léguas de comprido. E quando este rio enche com água do monte… não entra o salgado com a maré por êle acima, mas até à barri é água doce, e traz neste tempo grande correnteza. [fim]
29 de março de 1541, sábado. Atualizado em 28/03/2025 23:16:34
6°. Cabeza de Vaca desembarca em Santa Catarina
Do rio de São Francisco ao dos Dragos são cinco léguas, pelo qual entram caravelões, e tem na boca três ilhéus. Do rio dos Dragos à baía das Seis Ilhas são cinco léguas; e dessa baía ao rio Itapucuru são quatro léguas, o qual está em vinte e oito graus escassos; e corre-se a costa do Itapucuru até o rio de São Francisco norte-sul. Este rio acima dito, a que outros chamam Jumirim, tem a boca grande e ao mar dele três ilhetas, pela qual entram caravelões; e corre-se por êle acima leste-oeste, pelo qual entra a maré muito, onde há boas pescarias e muito marisco. A terra deste rio é alta e fragosa, e tem mais arvoredos que a terra atrás, especialmente águas vertentes ao mar. A terra do sertão é de campinas, como a da Espanha, e uma e outra é muito fértil e abastada de caça e muito acomodada para se poder povoar, porque se navega muito espaço por ela acima. [Página 117]
1552. Atualizado em 09/10/2025 04:05:54
7°. Expedição
Sebastião Fernandes Tourinho, morador em Porto Seguro, com certos companheiros entrou pelo sertão, onde andou alguns meses à ventura, sem saber por onde caminhava, e meteu-se tanto pela terra adentro, que se achou em direito do Rio de Janeiro, o que souberam pela altura do sol, que este Sebastião Fernandes sabia muito bem tomar, e por conhecerem a serra dos Órgãos, que cai sobre o Rio de Janeiro; e chegando ao campo grande acharam alagoas e riachos que se metiam neste Rio Grande; e indo com rosto ao noroeste, deram em algumas serras de pedras, por onde caminharam obra de trinta léguas, e tornando a leste alguns dias deram em uma aldeia de tupiniquins, junto de um rio, que se chama Raso-Aguípe; e foram por ele abaixo com o rosto ao norte vinte e oito dias em canoas, nas quais andaram oitenta léguas.

Este rio tem grande correnteza, e entram nele dois rios, um da banda do leste, e outro da banda do loeste, com os quais se vem meter este rio RasoAguípe no rio Grande. E depois que entraram nele navegaram nas suas canoas por ele abaixo vinte e quatro dias, nos quais chegaram ao mar, vindo sempre com a proa ao loeste. E fazendo esta gente sua viagem, achou no sertão deste rio no mais largo dele, que será em meio caminho do mar, vinte ilhas afastadas umas das outras uma légua, duas e três e mais; e acharam quarenta léguas de barra, pouco mais ou menos um sumidouro, que vai por baixo da terra mais de uma légua, quando é no verão, que no inverno traz tanta água que alaga tudo. Do sumidouro para cima tem este rio grande fundo, e a partes tem poços, que têm seis e sete braças, por onde se pode navegar em grandes embarcações; quase toda a terra de longo dele é muito boa.
1573. Atualizado em 25/02/2025 04:40:02
8°. Sebastião Fernandes Tourinho chefiou uma expedição que "subiu pelo Rio Doce, e atravessando imensos sertões desceu pelo Jequitinhonha para a província da Bahia conduzindo escravos, algumas amostras de esmeraldas ou safiras"
Sebastião Fernandes Tourinho, morador em Porto Seguro, com certos companheiros entrou pelo sertão, onde andou alguns meses à ventura, sem saber por onde caminhava, e meteu-se tanto pela terra adentro, que se achou em direito do Rio de Janeiro, o que souberam pela altura do sol, que este Sebastião Fernandes sabia muito bem tomar, e por conhecerem a serra dos Órgãos, que cai sobre o Rio de Janeiro; e chegando ao campo grande acharam alagoas e riachos que se metiamneste Rio Grande; e indo com rosto ao noroeste, deram em algumas serras de pedras, por onde caminharam obra de trinta léguas, e tornando a leste alguns dias deram em uma aldeia de tupiniquins, junto de um rio, que se chama Raso-Aguípe; e foram por ele abaixo com o rosto ao norte vinte e oito dias em canoas, nas quais andaram oitenta léguas.

Este rio tem grande correnteza, e entram nele dois rios, um da banda do leste, e outro da banda do loeste, com os quais se vem meter este rio RasoAguípe no rio Grande. E depois que entraram nele navegaram nas suas canoas por ele abaixo vinte e quatro dias, nos quais chegaram ao mar, vindo sempre com a proa ao loeste. E fazendo esta gente sua viagem, achou no sertão deste rio no mais largo dele, que será em meio caminho do mar, vinte ilhas afastadas umas das outras uma légua, duas e três e mais; e acharam quarenta léguas de barra, pouco mais ou menos um sumidouro, que vai por baixo da terra mais de uma légua, quando é no verão, que no inverno traz tanta água que alaga tudo. Do sumidouro para cima tem este rio grande fundo, e a partes tem poços, que têm seis e sete braças, por onde se pode navegar em grandes embarcações; quase toda a terra de longo dele é muito boa.
17 de abril de 2024, sexta-feira. Atualizado em 02/09/2025 23:23:41
9°. Distância entre Sorocaba e Botucatu
Gabriel Soares de Sousa - 1540-1591:

Sebastião Fernandes Tourinho, morador em Porto Seguro, com certos companheiros entrou pelo sertão, onde andou alguns meses à ventura, sem saber por onde caminhava, e meteu-se tanto pela terra adentro, que se achou em direito do Rio de Janeiro, o que souberam pela altura do sol, que este Sebastião Fernandes sabia muito bem tomar, e por conhecerem a serra dos Órgãos, que cai sobre o Rio de Janeiro; e chegando ao campo grande acharam alagoas e riachos que se metiam neste Rio Grande; e indo com rosto ao noroeste, deram em algumas serras de pedras, por onde caminharam obra de trinta léguas, e tornando a leste alguns dias deram em uma aldeia de tupiniquins, junto de um rio, que se chama Raso-Aguípe; e foram por ele abaixo com o rosto ao norte vinte e oito dias em canoas, nas quais andaram oitenta léguas.

Este rio tem grande correnteza, e entram nele dois rios, um da banda do leste, e outro da banda do loeste, com os quais se vem meter este rio Raso Aguípe no rio Grande. E depois que entraram nele navegaram nas suas canoas por ele abaixo vinte e quatro dias, nos quais chegaram ao mar, vindo sempre com a proa ao loeste. E fazendo esta gente sua viagem, achou no sertão deste rio no mais largo dele, que será em meio caminho do mar, vinte ilhas afastadas umas das outras uma légua, duas e três e mais; e acharam quarenta léguas de barra, pouco mais ou menos um sumidouro, que vai por baixo da terra mais de uma légua, quando é no verão, que no inverno traz tanta água que alaga tudo. Do sumidouro para cima tem este rio grande fundo, e a partes tem poços, que têm seis e sete braças, por onde se pode navegar em grandes embarcações; quase toda a terra de longo dele é muito boa.




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1969
Atualizado em 28/10/2025 05:53:58
“Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda
Cidades (13): Araçoiaba da Serra/SP, Assunção/PAR, Cananéia/SP, Ilhas Molucas/INDO, Lisboa/POR, Malaca/MAL, Paraty/RJ, Potosí/BOL, São Paulo/SP, São Tomé de Meliapor/IND, São Vicente/SP, Sevilha/ESP, Sorocaba/SP
Pessoas (55): Aleixo Garcia, Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca, Anthony Knivet, Antônio de Sousa, Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Baccio Filicaya, Belchior Dias Carneiro, Brás Cubas, Carlos V, Christovam Jacques, Cristóvão de Colombo, Diogo de Meneses e Sequeira, Diogo Flores Valdez, Domingo Martinez de Irala, Duarte Barbosa, Duarte Lemos, Felippe Guilhem, Filipe III, o Piedoso, Francisco de Chaves, Francisco de Sousa, Francisco Pizarro González, Frei Vicente do Salvador, Gabriel Soares de Sousa, Gonçalo da Costa, Henrique Montes, Hernando Arias de Saavedra, Jaime Zuzarte Cortesão, Jean de Laet, João Capistrano Honório de Abreu, João III, "O Colonizador", João Pereira Botafogo, João Sanches "Bisacinho", Juan Diaz de Solís, Luis Sarmiento de Mendoça, Marcos de Azevedo, Martim Afonso de Sousa, Martim de Orue, Martim Rodrigues Tenório de Aguilar, Mência Calderon Ocampo, Nicolas del Techo, Nuno Manoel, Paschoal Fernandes, Pedro Dorantes, Pero de Magalhães Gândavo, Pero Domingues 2°, Pero Lobo, Ruy Diaz de Guzman, Sebastião Caboto, Sergio Buarque de Holanda, Teodoro Fernandes Sampaio, Thomas Griggs, Tomé de Sousa, Ulrico Schmidl, Walter Raleigh, Wilhelm Jostten Glimmer
Temas (35): Bacaetava / Cahativa, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminhos até São Vicente, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Colinas, Curiosidades, Descobrimento do Brazil, Diamantes e esmeraldas, El Dorado, Estradas antigas, Gentios, Geografia e Mapas, Grunstein (pedra verde), Guayrá, Ilha da Madeira, Incas, Lagoa Dourada, O Sol, Ouro, Paraúpava, Pela primeira vez, Peru, Porcos, Porto dos Patos, Prata, Rio Jaguari, Rio Paraguay, Serra de Paranapiacaba, Terra sem mal, Tordesilhas, Trópico de Capricórnio, Tupinambás, Tupis
Visão do paraíso
Data: 1959
Créditos: Sérgio Buarque de HolandaPáginas 70 e 71
    Registros relacionados
1436. Atualizado em 28/10/2025 00:39:03
1°. Mapa de Andrèa Bianco
1503. Atualizado em 28/10/2025 00:53:21
2°. Colombo
Ainda em 1436, o mapa de Andrèa Bianco, provavelmente conhecido de Colombo, mostra, ao lado do Paraíso, numa península projetada do oriente da Ásia, homens sem cabeça e com olhos e a boca no peito. A Índia verdadeira, Índia Maior, como lhe chamavam antigos geógrafos e que o Almirante presumia ter alcançado, tanto que escrevera, ainda em 1503, aos Reis Católicos que certa região por ele descoberta ficava a dez jornadas do Ganges, era, dada a notoriedade de seus tesouros e mistérios, um dos lugares favorecidos pela demanda do sítio do Éden. [Páginas 22 e 23]
1507. Atualizado em 25/10/2025 22:52:08
3°. Martin Waldseemüller chega a converter em “pagus S. Paulli ”, originando a hipótese de que se acharia ali o mais antigo povoado europeu no Brasil
onde ficara a impressão das pisadas, para consigo levarem as raspasem relicários. Foi, em parte, a êsse hábito que, segundo o autor daCrônica da Companhia, se deveu o desgaste das ditas rochas, até aopaulatino desaparecimento das pegadas que já nos meados do séculoXVII eram invisíveis, pôsto que a lembrança delas ainda a guardassemos antigos. Além disso era sua existência atestada em certas cartas dedoação, onde se lia por exemplo: "Concedo uma data de terra sita naspegadas de São Tomé, tanto para tal parte, tanto para outra[ .... ]"10•A relação dos milagres do apóstolo, aqui como na índia, nãofica, porém, nisso, e sua notícia não nos chegou unicamente atravésdos padres missionários. Ao próprio Anthony Knivet, tido por herege,que em certo lugar chamado Itaoca ouvira dos naturais ter sido alio lugar onde pregara São Tomé, mostraram perto do mesmo sítio umimenso rochedo, que em vez de se sustentar diretamente sôbre o solo,estava apoiado em quatro pedras, pouco maiores, cada uma, do queum dedo. Disseram-lhe os índios que aquilo fôra milagre e que arocha era, de fato, uma peça de madeira petrificada. Disseram mais,que o apóstolo falava aos peixes e dêstes era ouvido. Para a parte domar encontravam-se ainda lajedos, onde o inglês pudera distinguirpessoalmente grande número de marcas de pés humanos, todos de igualtamanho li.

Parece de qualquer modo evidente que muitos pormenores dessaespécie de hagiografia do São Tomé brasileiro se deveram sobretudoà colaboração dos missionários católicos, de modo que se incrustaram,afinal, tradições cristãs em crenças originárias dos primitivos moradores da terra. Que a presença das pegadas nas pedras se tivesseassociado, entre êstes, e já antes do advento do homem branco, àpassagem de algum herói civilizador, é admissível quando se tenha emconta a circunstância de semelhante associação se achar disseminadaentre inúmeras populações primitivas, em todos os lugares do mundo.E é de compreender-se, por outro lado, que entre missionários e catequistas essa tendência pudesse amparar o esfôrço de conversão dogentio à religião cristã.

Não admira, pois, se a legenda "alapego de sam paulo", que numadas mais antigas representações cartográficas do continente sul-americano, a de Caverio, aparentemente de 1502, se acha colocada emlugar aproximadamente correspondente à bôca do Rio Macaé, no atualEstado do Rio de Janeiro e que, em 1507, Waldseemüller chega aconverter em "pagus S. Paulli", originando a hipótese de que se achariaali o mais antigo povoado europeu no Brasil, levasse pelo menos umestudioso e historiador à idéia de que a outro apóstolo cristão, alémde São Tomé, se associassem as impressões de pés humanos encontradas em pedras através de várias partes do Brasil e ligadas pelosíndios à lembrança ancestral de algum personagem adventício que, ao lado de revelações sobrenaturais, lhes tivesse comunicado misteres maiscomezinhos, tais como o plantio, por exemplo, e a utilização da mandioca 12. Essas especulações foram reduzidas a seus verdadeiros limites,desde que Duarte Leite, aparentemente com bons motivos, explicoucomo a discutida palavra "alapego" não passaria de simples corrupçãode "arquipélago", alusivo à pequena Ilha de Sant´Ana, em frente à fozdo Macaé e a algumas ilhotas circunvizinhas.

Em realidade a identificação de rastros semelhantes no ExtremoOriente, que os budistas do Cambodge atribuíam a Gautama, o seu"preah put" como lhe chamam, e os cristãos a São Tomé, de onde odizerem vários cronistas que uns e outros os tinham por coisa sua,não deveria requerer excessiva imaginação de parte das almas naturalmente piedosas no século XVI.

A prova está em que, ainda em 1791, missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação. Em carta daquela data,escrita por Henri Langenois, um dêsses missionários, encontra-se, por exemplo, o seguinte trecho, bem ilustrativo : "Há alguns anos, nosso chefe Capo de Orta, tendo ido a Ongcor vat, perto do sítio onde estamos, mais para o norte, disse-lhe o grande bonzo: Cristão, vês essa estátua de um homem prosternado em frente ao nosso preah put(é o nome de seu falso deus)? Chama-se Chimé. Que significa aquela marca de uma planta de pé impressa em suas costas? Foi por não querer reconhecer e adorar a divindade de nosso preah put, que a tanto o forçou êsse pontapé. Ora, como se afirma que São Tomé Dídimo passou para a China através do Ongcor, não estaria aqui ahistória de suas dúvidas sôbre a Ressurreição e, depois, da adoração de Nosso Senhor Jesus Cristo?"14.

Sumé no Brasil; Chimé em Angcor, nomes que aparecem relacionados, um e outro, a impressões de pegadas humanas, que tanto noOriente, como aqui, se associavam, por sua vez, às notícias do aparecimento em remotas eras de algum mensageiro de verdades sobrenaturais, essas coincidências podem parecer deveras impressionantes.Não seria difícil, pelo menos na órbita da espiritualidade medieval equinhentista, sua assimilação à lembrança de um São Tomé apóstolo,que os autores mais reputados pretendiam ter ido levar às partes da1ndia, a luz do Evangelho cristão. Não só as pisadas atribuídas aosanto, mas tudo quanto parecesse assinalar sua visita e pregação aosíndios da terra. Em Itajuru, perto de Cabo Frio, existiu outrora umpenedo grande, amolgado de várias bordoadas, sete ou oito para cima,como se o mesmo bordão dera com fôrça em branda cêra, por seremiguais as marcas, e os naturais do lugar faziam crer que viriam do [p. 109, 110]
12 de outubro de 1514, segunda-feira. Atualizado em 25/10/2025 04:44:47
4°. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel
Pode dar-se idéia de celeridade com que se difundiu a lenda do \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\apostolado\apostolado.txtie São Tomé nas índias, e não apenas nas índias Orientais, lembrando como, em 1516, quando Barbosa acabou de escrever seu livro, já se falava em sua estada na costa do Brasil.

A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã , referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, à Ilha da Madeira.

Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais. “Eles têm recordação de São Tomé”, diz o texto. E adianta:

Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que têm cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior”. “No país chamam freqüentemente a seus filhos Tomé.

A presunção, originária das velhas concepções colombinas, e que a cartografia contemporânea nem sempre se mostrara solícita em desfazer, de uma ligação por terra entre o Novo Continente e a Ásia, facilitava grandemente essa idéia de que à América e ao Brasil, particularmente, se estendera a pregação de São Tomé Apóstolo. Na própria Gazeta acha-se refletida essa idéia, onde se lê que o piloto da nau portadora das notícias, presumivelmente o célebre João de Lisboa, já afeito à carreira da índia, não acreditava achar-se o cabo e terra do Brasil a mais de seiscentas milhas de Malaca, e pensava até que em pouco tempo, e com grande vantagem para el-rei de Portugal, se poderia navegar do Reino até aquelas partes. “Achou também que a terra do Brasil continua, dobrando, até Malaca.” E presume o autor que esse fato favorece a crença na vinda do apóstolo a estas partes. “É bem crível”, diz, “que tenham lembrança de São Tomé, pois é sabido que está corporalmente por trás de Malaca: jaz na Costa de Siramath, no Golfo de Ceilão.” O crédito universal do motivo da impressão dos pés humanos, a que provavelmente não seriam alheios os nossos índios, a julgar pelos testemunhos de numerosos cronistas, dava ainda mais corpo à idéia. Aos europeus recém-vindos tratavam logo os naturais de mostrar essas impressões, encontradas em várias partes da costa. Simão de Vasconcelos, por exemplo, refere-nos como as viu em cinco lugares diferentes: para o norte de São Vicente; em Itapoã, fora da barra da Baía de Todos os Santos; na praia do Toqué Toqué, dentro da mesma barra; em Itajuru, perto de Cabo Frio, e na altura da cidade de Paraíba, a sete graus da parte do sul, para o sertão. Neste último lugar, com um penedo solitário, achavam-se duas pegadas de um homem maior e outras duas menores, de onde tirou o jesuíta que não andaria só o apóstolo e reporta-se, aqui, a São João Crisóstomo tanto quanto ao Doutor Angélico, segundo os quais se fazia ele acompanhar, em geral, de outro discípulo de Cristo: “as segundas pegadas menores”, escreve, “devem ser deste” 5.

Por sua vez, Frei Jaboatão, dos Frades Menores, diz que no lugar do Grojaú de Baixo, sete léguas distante do Recife de Pernambuco, vira gravada a estampa de um pé, e era o esquerdo, “tão admiravelmente impresso, que à maneira de sinete em líquida cera, entrando com violência pela pedra, faz avultar as fímbrias da pegada, arregoar a pedra e dividir os dedos, ficando todo o circuito do pé a modo que se levanta mais alto que a dita pedra sobre que está impressa a pegada” 6 . Admite que sem embargo de atribuir-lhe a fama do vulgo a São Tomé, seria antes de um menino que andasse em sua companhia, porventura seu anjo da guarda. E a causa da suspeita estava na pequenez da impressão, que mostrava ser de um menino de cinco anos, com pouca diferença.
1515. Atualizado em 24/10/2025 20:40:47
5°. Referências dos nativos a São Tomé aparecerem na “Nova Gazeta da Terra do Brasil”
Pode dar-se ideia de celeridade com que se difundiu a lenda do apostolado de São Tomé nas Índias, e não apenas nas Índias Orientais, lembrando, como, em 1516, quando Barbosa acabou de escrever seu livro já se falava em sua estada na costa do Brasil. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazetta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por D. Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, á Ilha da Madeira.

Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais.

"Eles tem recordação de São Tomé", diz o texto. E adianta: "Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que tem cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior". "No país chamam frequentemente seus filhos Tomé."

A presunção, originária das velhas concepções colombinas, e que a cartografia contemporânea nem sempre se mostrara solícita em desfazer, de uma ligação por terra entre o Novo Continente e a Ásia, facilitava grandemente essa idéia de que à América e ao Brasil, particularmente, se estendera a pregação de São Tomé Apóstolo.

Na própria Gazeta acha-se refletida essa idéia, onde se lê que o piloto da nau portadora das notícias, presumivelmente o célebre João de Lisboa, já afeito à carreira da índia, não acreditava achar-se o cabo e terra do Brasil a mais de seiscentas milhas de Malaca, e pensava até que em pouco tempo, e com grande vantagem para el-rei de Portugal, se poderia navegar do Reino até aquelas partes.

Achou também que a terra do Brasil continua, dobrando, até Malaca.”. E presume o autor que esse fato favorece a crença na vinda do apóstolo a estas partes. “É bem crível”, diz, “que tenham lembrança de São Tomé, pois é sabido que está corporalmente por trás de Malaca: jaz na Costa de Siramath, no Golfo de Ceilão.” [Páginas 135 e 136]

À fé comum dos índios Tupi poderia o cronista da Companhia juntar a de muitos descobridores e conquistadores brancos do Novo Mundo. O próprio Colombo não começara por ver no Pária, precisamente ao norte da Amazônia, em lugar que Schõner, no seu Globo de 1515, chega a identificar com o Brasil - Paria sive Brasília - a verdadeira porta do Éden? E não lhe parece tão bom como o do Fison o ouro que na mesma terra se criava?

Mais tarde, sob a forma de Eldorado, se deslocaria esse paraíso colombino para a Guiana e para o rio de Orellana. Nem faltariam argumentos ainda mais respeitáveis, apoiados estes em escritos de teólogos antigos e modernos, a favor da crença dos que situassem o sagrado horto no coração do Brasil, e de preferência na Amazônia. Observa Vasconcelos que muitos daqueles teólogos, entre eles o próprio São Tomás de Aquino, teriam colocado o Paraíso debaixo da linha equinocial, cuidando que era a parte do mundo mais temperada (...) [Página 173]

Confirmadas, bem ou mal, as notícias obtidas pela expedição lusitana de 1514 e documentadas na Nova Gazeta acerca das terras do ouro e prata, não tardariam muito em manifestar-se os ciúmes e divergências nacionais em torno de sua posse.

Entre as Coroas de Portugal e Castela, que eram as diretamente interessadas, conduziu-se a polêmica sem acrimônia visível, como convinha a casas reais tão intimamente aparentadas, e no entanto com obstinada firmeza. A esperança dos maravilhosos tesouros, alvo de todas as ambições, dissimulava-se naturalmente sob raciocínios mais confessáveis, de sorte que não vinham à tona senão argumentos como o da demarcação ou o da prioridade.

Não menos do que os castelhanos, presumiam-se os portugueses favorecidos, neste caso, pela linha de Tordesilhas, chegando mesmo a reivindicar todo o litoral que se estende até o estuário platino ou mais ao sul. E quem provaria a sem-razão dessas pretensões? Quanto ao problema das prioridades eram capazes de apresentar argumentos ainda mais impressionantes. [Página 91]
1516. Atualizado em 24/10/2025 20:40:48
6°. São Thomé
Pode dar-se ideia de celeridade com que se difundiu a lenda do apostolado de São Tomé nas Índias, e não apenas nas Índias Orientais, lembrando, como, em 1516, quando Barbosa acabou de escrever seu livro já se falava em sua estada na costa do Brasil.

A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazetta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por D. Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, á Ilha da Madeira.

Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais. "Eles tem recordação de São Tomé", diz o texto. E adianta:

"Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que tem cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior". "No país chamam frequentemente seus filhos Tomé." [Páginas 135 e 136]

22 de fevereiro de 1517, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:43:10
7°. Real Cédula de D. Joana
Julho de 1524. Atualizado em 25/02/2025 04:47:17
8°. Carta do embaixador Juan de Çúñiga a Carlos V*
3 de abril de 1526, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:40:17
9°. Partida
Dezembro de 1527. Atualizado em 25/10/2025 02:54:39
10°. Subiram o rio*
Dezembro de 1527. Atualizado em 25/10/2025 04:40:42
11°. Uma carta do embaixador João da Silveira a Dom João III era portadora de notícias alarmantes*
1529. Atualizado em 24/10/2025 03:11:07
12°. A denominação Santa Catarina aparece, pela primeira vez, no mapa-mundi de Diego Ribeiro
17 de agosto de 1531, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:21
13°. Diário de Pero Lopes
Francisco de Chaves, morador antigo de Cananéia e possivelmente um dos que ficaram em terra da nau San Gabriel de Dom Rodrigo de Acuna, se não mesmo um dos náufragos da armada de Solis, e neste caso, antigo companheiro de Henrique Montes e Aleixo Garcia, aparece no Diário da Navegação de Pero Lopes, a propósito da jornada que mandou Martim Afonso de Cananéia terra adentro em busca do metal precioso. Para tanto seguira Pero Lobo a 1 de setembro de 1531 com quarenta besteiros e quarenta espingardeiros, guiados pelo mesmo Chaves, que “se obrigava que em dez meses tornara ao dito porto com quatrocentos escravos carregados de prata e ouro”. Pode dizer-se que cronologicamente é essa a primeira grande entrada paulista de que existe documentação. [p. 98]
1 de setembro de 1531, sexta-feira. Atualizado em 11/10/2025 01:43:11
14°. De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada?
Dos Patos saíra Aleixo Garcia, e saíra, mais tarde, Cabeza de Vaca. Ambos tinham subido o Rio Itapucu, rumando para terras do atual Estado do Paraná, e sabe-se que o adelantado, valendo-se de guias indígenas, seguiu o itinerário de seu antecessor. Esse itinerário está descrito nos “Comentários” de Pero Hernandez e sobre ele discorre, com sua habitual segurança, o Barão do Rio Branco, além de reproduzi-lo em mapa 55.

Tudo faz admitir que em algum ponto dessa via devesse desembocar o caminho que tinham percorrido, saindo de Cananéia, os expedicionários de Pero Lobo. De outro modo explica-se mal o fato de a gente de Cabeza de Vaca transitar em sua entrada pelo mesmo lugar onde dez anos antes se verificara o trucidamento daqueles expedicionários encontrando, além disso, à altura do Tibaji, um índio recentemente convertido chamado Miguel, de volta à costa do Brasil, de onde era natural, após longa assistência entre os castelhanos do Paraguai. Desse Miguel dirá mais tarde Irala, em documento publicado por Machaín, que tinha seguido pelo caminho que percorreu Aleixo Garcia: “por el camino que Garcia vino”.
1533. Atualizado em 24/10/2025 02:42:21
15°. Adorno assassina Henrique Montes
1538. Atualizado em 24/10/2025 20:40:07
16°. Uma expedição capitaneada por Alonso Cabrera partiu da Espanha rumo ao Rio da Prata, em socorro à expedição de Pedro de Mendoza, o fundador de Buenos Aires
Na atividade que, já a partir de 1538, e até 1546, ano em que morreu, desenvolvera na Ilha de Santa Catarina, no continente vizinho, no Guairá e até em Assunção, o Frade Bernardo de Armenta, comissário da Ordem de São Francisco, estariam, muito possivelmente, os acontecimentos históricos que podem ter servido para avivar a lenda.

A alta reputação ganha por ele entre os indígenas teria sido partilhada e talvez herdada, até certo ponto, por outro franciscano que o acompanhou e lhe sobreviveu, Frei Alonso Lebron, o mesmo que Pascoal Fernandes iria aprisionar em 1548, levando para São Vicente 39 . A este podia corresponder, na história, o papel atribuído no mito indígena ao “companheiro” de Sumé.

Sabe-se que Frei Bernardo percorreu, pelo menos uma vez, em toda a sua extensão, o caminho chamado de São Tomé quando acompanhou, à frente de uma centena de índios, o Governador Gabeza de Vaca, e que o tinham em grande acatamento aqueles índios. Posto que o não estimasse o “adelantado ”, autor de sérias acusações ao seu comportamento, entre outras a de que, junto com Frei Alonso Lebron, guardaria encerradas em sua casa mais de trinta índias dos doze aos vinte anos de idade 40, a boa conta em que era geralmente havido entre catecúmenos e gentios Carijó espelha-se no nome que todos lhe atribuíam de Pay Zumé, como a identificá-lo com figura mítica.

Consta que, ao chegar a Santa Catarina, onde aceita a oferta do feitor real Pedro Dorantes, que se propõe ir descobrir o caminho “por donde garcia entró”, Cabeza de Vaca conseguiria realizar mais facilmente o intento de penetrar por terra até o Paraguai pelo fato de o julgarem os índios filho do comissário da Ordem de São Francisco, ou seja, de Bernardo de Armenta, “a quien ellos dizen Payçumé y tienen en mucha veneración”, segundo se expressaria em carta o próprio Dorantes 43 .

No que dirão mais tarde os guaiarenhos aos missionários jesuítas, não parece muito fácil separar o que pertenceria ao franciscano, predecessor daqueles na obra de catequese, dos atributos do personagem mitológico celebrado pelos seus avós e a eles comunicado de geração em geração. Mesmo no nome dado ao caminho que, da costa do Brasil, procurava as partes centrais do continente, não se prenderia, de alguma forma, a lendária tradição a uma verdade histórica ou, mais precisamente, ao fato de o ter trilhado Frei Bernardo, que na imaginação dos índios da terra deveria ser figura mais considerável do que o adelantado?

O certo, por este ou outro motivo, é que o mítico Sumé assume então no Paraguai, em particular no Guairá, que se achava para todos os efeitos dentro do Paraguai, proporções que desconhecera na América Lusitana, de precursor declarado e verdadeiro profeta da catequese jesuítica. Que dizer então do Pay Tumé peruano, em quem se acrisolam suas virtudes taumatúrgicas, dando ensejo à formação de toda uma brilhante hagiografia capaz de emparelhar-se com a do apóstolo cristão nas supostas andanças através do extremo oriente? [Páginas 152 e 153]
1538. Atualizado em 25/02/2025 04:45:53
17°. Documento
1538. Atualizado em 25/02/2025 04:43:06
18°. Expedição de Mercadillo à província de Maxifaro, perto das cabeceiras do Amazonas, e ao país dos Omágua
1540. Atualizado em 25/02/2025 04:47:16
19°. Tupinambás
Êsse fato surpreende tanto mais quanto a mestiçagem e o assíduo contato dos portuguêses com o gentio da costa, longe de amortecer, era de molde talvez a reanimar alguns dos motivos edênicos trazidos da Europa e que tanto vicejaram em outras partes do Nôvo Mundo. Sabe-se, por exemplo, graças aos textos meticulosamente recolhidos e examinados por Alfred Métraux, o papel considerável que para muitas daquelas tribos chegara a ter a sedução de uma terra misteriosa "onde não se morre".

Nem essa idéia, porém, que dera origem, por volta de 1540, a extensa migração tupinambá do litoral atlântico para o poente - causa, por sua vez, da malfadada aventura de Pedro de Orsúa na selva amazônica -, nem outras miragens paradisíacas dos mesmos índios, que se poderiam inocular nas chamadas "santidades" do gentio, parece ter colorido entre nossos colonos o fascínio, êste indiscutível, que exerceram sôbre êles as notícias da existência de minas preciosas.
Setembro de 1542. Atualizado em 25/02/2025 04:39:03
20°. Tem-se registro de uma ofensiva por parte dos Tupinambás à região*
Sabe-se, por exemplo, graças aos textos meticulosamente recolhidos eexaminados por Alfred Métraux, o papel considerável que para muitas daquelas tribos chegara a ter a sedução de uma terra misteriosa "onde não se morre". Nem essa idéia, porém, que dera origem, por volta de 1540, a extensa migração tupinambá do litoral atlântico para o poente - causa, por sua vez, da malfadada aventura de Pedro de Orsúa na selva amazônica -, nem outras miragens paradisíacas dos mesmos índios, que se poderiam inocular nas chamadas "santidades" do gentio, parece ter colorido entre nossos colonos o fascínio, êste indiscutível, que exerceram s"ôbre êles as notícias da existência de minas preciosas.

Num primeiro momento, é certo, tiveram essas notícias qualquer coisa de deslumbrante. Delas tratara, em carta a D. João III, certo Filipe Guillén, castelhano de nação, o qual, tendo sido boticário em sua terra, fizera-se passar em Portugal por grande astrônomo e astrólogo, até que, revelado um dia seu embuste, o mandou prender el-rei.Já à sua chegada ao Brasil, pelo ano de 1539, êsse mesmo homem,de quem Gil Vicente chegou a declarar, numas trovas maldizentes,que andou por céus e terras, olhou o solo e o abismo,de[ abismo vió el profundo,de[ profundo el paraisa,dei paraíso vió el mundo,dei mundo vió quanto quiso5,pretendera ter ouvido como de Pôrto Seguro entravam terra adentrouns homens e andavam lá cinco e seis meses. Empenhando-se eminquirir e saber das "estranhas coisas dêste Brasil", propusera-se sair,com o favor de Sua Alteza, a descobrir as minas que os índios diziamlá haver. [Páginas 34 e 35]
1545. Atualizado em 25/02/2025 04:43:12
21°. Carta de mestre Pedro de Medina
1545. Atualizado em 25/02/2025 04:41:35
22°. Descoberta das minas de Potosí
1548. Atualizado em 25/02/2025 04:39:28
23°. Pascoal Fernandes aprisiona o Frei Alonso Lebron
1549. Atualizado em 25/02/2025 04:43:13
24°. Entrada grande de Domingo Martinez de Irala
9 de outubro de 1549, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:34:43
25°. Depoimento de Brás Arias, em Sevilha
Brás Arias, português de São Vicente, dera causa a uma denúncia por onde os oficiais da Casa de Contratação puderam ter conhecimento dos processos usados em tais assaltos.

A denúncia partira do mesmo Martin de Orue que apare- cerá mais tarde em Lisboa a colher informações para o Conselho de Sua Majestade sobre as propostas de Diogo ou Domingos Nunes a el-rei Dom João III e sobre as pretensões territoriais lusitanas com respeito a terras da demarcação de Castela. Quatro ou cinco dias apenas depois da chegada de Arias, era este chamado a com- parecer perante o visitador de Sua Majestade na Casa, a fim de prestar depoimento acerca dos latrocínios e malícias atribuídos por Orue aos de São Vicente e outras partes do Brasil em prejuízo de vassalos e súditos do imperador.

Tomado seu juramento na devida forma de como diria a verdade do que sabia, confirmou Arias, acrescentando-lhes novos pormenores, as acusações do espião castelhano. Referiu como, cerca de um ano antes, dois navios, um de São Vicente, outro da capitania de Ilhéus, se tinham reunido em Cananéia, seguindo em conserva até a laguna do Viaça, junto à Ilha de Santa Catarina, onde estavam vários espanhóis, além de muitos índios e índias, que vinham sendo doutrinados por Frei Alonso Lebron, da Ordem de São Francisco. Achando-se a testemunha num dos navios, em que saíra a fazer os seus tratos, viu como Pasqual Fernandes, genovês, vizinho de São Vicente, e Martim Vaz, de Ilhéus, senhores e mestres dos navios, atraíram a bordo com enganos e fingida amizade aos espanhóis, entre estes Frei Alonso, além de parte dos catecúmenos que apresaram, e seriam cento e tantas peças, entre homens e mulheres. Feito isso partiram ambos os navios, com todos aqueles prisioneiros, seguindo um deles, o que era de Pascoal Fernandes, com destino a São Vicente, e neste iam o dito frade e os demais espanhóis, além de parte dos índios aprisionados, en- quanto o de Martim Vaz tomava o caminho de Ilhéus.

Vira mais a testemunha, e assim o disse, que chegado a São Vicente o navio de Pasqual Fernandes, o capitão daquele porto, que se chamava Brás Cubas, lhe tomou os espanhóis e índios cristãos, pondo aqueles em liberdade e entregando estes a Frei Alonso, que lhe mostrara os privilégios e faculdades recebidos da sua Ordem e de Sua Majestade. Em seguida, deixou o frade em poder de certos vizinhos e moradores portugueses de São Vicente os índios e índias convertidos, para que os guardassem provisoria- mente, enquanto ele próprio ia a Portugal e Castela a queixar-se do sucedido. E com efeito, partiu para esses reinos onde, todavia, não chegou, constando-lhe que fora aprisionado por algum corsário francês. Quanto aos índios ainda não convertidos, sabia ainda o depoente que Brás Cubas os deixou em poder de Pasqual Fernandes e dos companheiros deste que participavam do negócio com a condição de os devolverem se e quando fossem reclamados por quem de direito os pudesse haver.
1550. Atualizado em 10/10/2025 17:42:17
26°. Primeira notícia da descoberta de metais preciosos foi o biscainho João Sanches: “e na parte donde nós outros povoamos, os portuguezes encontraram muitas minas de prata muito ricas, e isto digo porque na minha presença fizeram muitas fundições, as quais todas enviam ao rei de Portugal para que logo mande povoar toda a costa”
1552. Atualizado em 25/02/2025 04:47:17
27°. Caminho
Também é provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos. Ao menos em certa informação que, depois de 1554, escreveu do Paraguai Dona Mencia Galderón, a viúva de Juan de Sanabria, diz-se que de São Vicente se podia ir até Assunção “por cierto camino nuevo que se habia descubierto”.
26 de dezembro de 1552, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:26
28°. Maniçoba / Ulrico Schrnidel partiu de Buenos Aires, que veio do Paraguai a São Vicente, passando por Santo André, a vila de João Ramalho
Também é provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos. Ao menos em certa informação que, depois de 1554, escreveu do Paraguai Dona Mencia Galderón, a viúva de Juan de Sanabria, diz-se que de São Vicente se podia ir até Assunção “por cierto camino imevo que se habia descubierto”.

Esse novo caminho, descrito no livro do célebre aventureiro alemão Ulrico Schmidl, que em 1553 o percorreu de regresso ao Velho Mundo, foi largamente trilhado naqueles tempos, em toda a sua extensão, pelos portugueses de São Vicente, em busca dos Carijó, e ainda mais pelos castelhanos do Paraguai, que vinham à costa do Brasil ou pretendiam ir por ela à Espanha, até que os mandou cegar Tomé de Sousa no mesmo ano de 1553. Com alguma possível variante, deve ser uma das trilhas que no século seguinte percorrerão numerosos bandeirantes de São Paulo para seus assaltos ao Guairá.
1 de janeiro de 1553, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:06
29°. Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei
Esse novo caminho, descrito no livro do célebre aventureiro alemão Ulrico Schmidl, que em 1553 o percorreu de regresso ao Velho Mundo, foi largamente trilhado naqueles tempos, em toda a sua extensão, pelos portugueses de São Vicente, em busca dos Carijó, e ainda mais pelos castelhanos do Paraguai, que vinham à costa do Brasil ou pretendiam ir por ela à Espanha, até que os mandou cegar Tomé de Sousa no mesmo ano de 1553. Com alguma possível variante, deve ser uma das trilhas que no século seguinte percorrerão numerosos bandeirantes de São Paulo para seus assaltos ao Guairá.
13 de junho de 1553, sábado. Atualizado em 13/06/2025 00:01:17
30°. Ulrico Schmidel chegou a São Vicente
Também é provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos. Ao menos em certa informação que, depois de 1554, escreveu do Paraguai Dona Mencia Galderón, a viúva de Juan de Sanabria, diz-se que de São Vicente se podia ir até Assunção “por cierto camino imevo que se habia descubierto”.

Esse novo caminho, descrito no livro do célebre aventureiro alemão Ulrico Schmidl, que em 1553 o percorreu de regresso ao Velho Mundo, foi largamente trilhado naqueles tempos, em toda a sua extensão, pelos portugueses de São Vicente, em busca dos Carijó, e ainda mais pelos castelhanos do Paraguai, que vinham à costa do Brasil ou pretendiam ir por ela à Espanha, até que os mandou cegar Tomé de Sousa no mesmo ano de 1553. Com alguma possível variante, deve ser uma das trilhas que no século seguinte percorrerão numerosos bandeirantes de São Paulo para seus assaltos ao Guairá.

Por esse tempo, o vivo interesse com que a “costa do ouro e da prata” fora disputada pelas duas Coroas ibéricas parecia em grande parte arrefecido. Tanto que, compreendida em um dos quinhões que a Pero Lopes coubera na distribuição de capitanias hereditárias, o qual quinhão devia estender-se de Cananéia até, aproximadamente, o porto dos Patos, não se preocupam em colonizá-la os portugueses. Quando muito continuam a impedir que nela se estabeleçam os seus rivais. Em vez do metal precioso que dali parecera reluzir aos antigos navegantes, o que iam a buscar na mesma costa eram os Carijó para a lavoura ou o serviço doméstico.
30 de junho de 1553, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:48
31°. Mais um parente do capitão-mor Antônio de Oliveira, representante do "proprietário" das terras adquiriu em Assumpção trinta e dois índios guaranys, a troco de ferro, para vende-los nas capitanias do norte
1554. Atualizado em 25/02/2025 04:43:12
32°. Documento
21 de abril de 1554, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:43:12
33°. Carta
Setembro de 1554. Atualizado em 24/10/2025 04:28:21
34°. Documento*
Junho de 1560. Atualizado em 23/10/2025 15:34:09
35°. Partida da expedição de Bras Cubas*
Outro tanto dissera em 1560 Vasco Rodrigues de Caldas, quando obteve de Mem de Sá autorização para rematar a jornada do espanhol. No mesmo ano e no anterior tinham-se realizado as expedições de Brás Cubas e Luís Martins, saídas do litoral vicentino. De uma delas há boas razões para presumir que teria alcançado a àrea do São Francisco, onde recolheu amostras de minerais preciosos. Marcava-se,assim, um trajeto que seria freqüentemente utilizado, no século seguinte,pelas bandeiras paulistas. É de crer, no entanto, que o govêrno, interessado, porventura, em centralizar os trabalhos de pesquisa mineral,tanto quanto possível, junto à sua sede no Brasil, não estimulasse as penetrações a partir de lugares que, dada a distância, escapavam mais fàcilmente à sua fiscalização. [p. 44 e 45]

Se em vida do Senhor de Beringel tiveram, não obstante, algum alento as pesquisas de minerais preciosos, não só nas proximi- dades da vila de São Paulo, mas também em sítios apartados, como aqueles - porventura na própria região do São Francisco - de onde Brás Cubas e Luís Martins tinham tirado ouro já nos anos de 1560 e 61, por sua morte vieram elas a fenecer ou, por longo espaço, a afrouxar-se. [p. 64]
1 de janeiro de 1574, sexta-feira. Atualizado em 30/06/2025 04:22:21
36°. CARTA de nomeação de Domingos Garrucho para mestre-de-campo-general da projectada jornada de descobrimento da lagoa do Ouro
1580. Atualizado em 25/02/2025 04:45:56
37°. Peru
3 de novembro de 1580, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:38
38°. O Minion of London zarpou de Harwich a três de novembro de 1580 com dois integrantes da tripulação de John Winter a bordo, homens que conheciam a rota e tinham no currículo uma estadia em São Vicente
1582. Atualizado em 25/02/2025 04:43:11
39°. Conversa com o então embaixador de Portugal em Londres, Antônio de Castilho
24 de março de 1582, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:11:11
40°. Chegada da armada de Valdez ao Rio de Janeiro
Sabe-se, com efeito, que um dos informantes de Hakluyt sobre as vantagens que podia oferecer a Ilha de São Vicente é o mesmo Thomas Griggs, que, tendo viajado anteriormente no Minion, aludira, segundo aqui mesmo já foi notado, à pouca distância, “doze dias apenas”, por terra ou água, entre a vila de Santos e certas partes do Peru. Que não deveria parecer muito extraordinária essa idéia indicam-no os receios surgidos na mesma época, isto é, em 1582, no Rio de Janeiro, de que se desgarrassem e fugissem para o Peru os oitenta soldados deixados em São Vicente parada defesa do porto pelo contador Andrés de Equino, da armada de Diego Florez Valdez.

Mesmo a quem não partilhasse de ilusões semelhantes sobre a pretensa facilidade de acesso ao Peru entrando pelo caminho de São Vicente, pareceria claro, ainda nos primeiros anos do século seguinte, e mais tarde, que, de todas as do Brasil, era aquela a capitania de melhor passagem para as míticas serras, de onde, segundo numerosos testemunhos, continuamente se despejavam riquezas fabulosas no lago que ia alimentar o São Francisco e outros rios. E se o mau sucesso de tantas buscas sucessivas parecia sugerir que, ao menos na América Portuguesa, se não verificava a antiga crença de que os tesouros naturais sempre se avolumam à medida que se vai de oeste para leste, impunha-se a suspeita de que essas minas estariam, ao contrário, nas vizinhanças dos lugares onde fora largamente comprovada sua existência: em outras palavras, para as bandas do poente e junto às raias do Peru.

Idéia simplista, sem dúvida; por isso mais apta a logo fazer prosélitos. A prova de que não se apartaria muito da realidade está em que, passado mais de um século, se descobrirão, justamente naquele rumo, as grandes aluviões auríferas de Cuiabá e Mato Grosso, das mais avultadas que registra a história das minas do Brasil. [p. 118]
1584. Atualizado em 25/02/2025 04:43:11
41°. Discourse of Western Planting
1 de abril de 1591, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:35
42°. Alvará de Felipe II concediendo privilegios a Gabriel Soares de Sousa
1596. Atualizado em 24/10/2025 04:14:38
43°. Expedição de Martim Correia de Sá
1599. Atualizado em 25/02/2025 04:43:11
44°. Richard Hakluyt
1600. Atualizado em 30/06/2025 06:09:44
45°. Relato do padre Andrea Lopez
Julho de 1601. Atualizado em 24/10/2025 04:14:58
46°. D. Francisco partiu de São Paulo, com destino incerto*
13 de janeiro de 1606, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:37
47°. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza
E se a imagem serrana das vizinhanças de São Paulo ainda não falasse bastante à sua imaginação, outros motivos, em particular a suspeita de que estando ali se acharia mais perto do Peru, por conseguinte das sonhadas minas de prata e ouro, poderiam militar em favor da escolha que fêz dessa vila para lugar de residência.Justamente pela época em que andaria na côrte da Espanha a pleitear junto ao Duque de Lerma e Filipe III sua nomeação para a conquista, benefício e administração das minas das três capitanias do Sul, devera ter chegado às mãos do donatário de São Vicente, aparentado seu, uma carta dos camaristas de São Paulo com data de janeiro de 1600, que era de natureza a suportar tais ambições e ainda mais corroborar suas ilusões acêrca da distância entre aquela vila e o Peru.

A carta é, antes de tudo, um cerrado libelo contra os capitães, ouvidores e até governadores-gerais que segundo diz, não entendiam e nem estudavam senão como haviam de "esfolar, destruir e afrontar" o povo de São Paulo.

Para dar remédio a tais malefícios, pede-se ao donatário que, por sua pessoa, ou "coisa muito sua", trate de acudir com brevidade à terra que o Senhor Martim Afonso de Sousa ganhou e Sua Majestade lhe deu com tão avantajadas mercês e favores.

E para mostrar a bondade da mesma terra, referem-se os oficiais da Câmara entre outras coisas, às minas, exploradas ou não, que nela se acham, a de Caatiba, de onde se tirou o primeiro ouro, e ainda a serra que vai dali para o norte - "haverá sessenta léguas de cordilheira de terra alta, que tôda leva ouro" -, além do ferro de Santo Amaro, já em exploração, e o de Biraçoiaba, que é região mais larga e abastada, e também do muito algodão, da muita madeira, de outros muitos achegos, tudo, enfim, quanto é preciso para nela fazer-se "um grande reino a Sua Majestade".

Ao lado disso, fala-se também no grande meneio e trato com o Peru e na presença de "mais de 300 homens portuguêses, fora seus índios escravos, que serão mais de 1500, gente usada ao trabalho do sertão, que com bom caudilho passam ao Peru por terra, e isto não é fábula" [M. E. de AZEVEDO MARQUES, Apontamentos Históricos, Geográficos, Biográficos, Estatísticos e Noticiosos da Província de São Paulo, 11, págs. 224 e segs. Cf. também ACSP, li, págs. 497 e segs., onde vem reproduzida a carta dos camaristas de São Paulo, de acôrdo com o texto anteriormente impresso por Azevedo Marques.].

Sôbre a distância entre o litoral atlântico e os Andes são muitas vêzes imprecisas e discordes as notícias da época, e já se sabe como a idéia de que os famosos tesouros peruanos eram vulneráveis do lado do Brasil, chegara a preocupar a própria Coroa de Castela nos dias. [Páginas 94 e 95]
9 de março de 1607, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:46
48°. Belchior Dias Carneiro comandou uma bandeira de cerca de 50 homens brancos e muitos nativos. Esta expedição partiu de Pirapitingui, no rio Tietê, rumo ao sertão dos nativos bilreiros e caiapós. O objetivo explícito era o descobrimento de ouro e prata e mais metais
19 de fevereiro de 1609, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 19:31:20
49°. Aporta a Pernambuco dom Francisco de Sousa, nomeado capitão-general e governador da Repartição do Sul (ver 11 de junho de 1611)
22 de abril de 1609, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:19
50°. BN. Biblioteca Nacional do Brasil. 22/04/1609 Carta de Dom Diogo de Menezes, governador do Brasil, escrita da Bahia ao rei D. Felipe II em que se lhe queixou de prover Dom Francisco de Souza as Fortalezas do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Vicente desobrigando-o da homenagem que delas tinha e lhe apontou alguns inconvenientes pertencentes ao governador daquela província e a sua fazenda como dela se podem ver]
15 de junho de 1609, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:19
51°. D. Francisco chegou em São Paulo
Com todo o desvairado otimismo de seus planos grandiosos, não é impossível que, no íntimo, Dom Francisco se deixas-se impressionar por aquela idéia, partilhada com outros portugueses da época, de que, em matéria de ouro e prata, Deus se mostrara mais liberal aos castelhanos, dando-lhes a fabulosa riqueza de suas minas. Assim se explica a miragem do Potosi, o sonho, que já tinha sido o de Tomé de Sousa, de fazer do Brasil um “outro Peru” e que está presente em todos os atos de sua administração.

Essa idéia obsessiva há de levá-lo, em dado momento, ao ponto de querer até introduzir lhamas andinas em São Paulo. Com esse fito chegaria a obter provisão real, lavrada em 1609, determinando que se metessem aqui duzentas lhamas ou, em sua linguagem, “duzentos carneiros de carga, daqueles que costumam trazer e carregar a prata de Potosi, para acarrear o ouro e a prata” das minas encontradas nas terras de sua jurisdição. E recomenda-se no mesmo documento que das ditas lhamas se fizesse casta e nunca faltassem 77 . Já seria essa, à falta de outras, uma das maneiras de ver transfiguradas as montanhas de Paranapiacaba numa réplica oriental dos Andes.

E se a imagem serrana das vizinhanças de São Paulo ainda não falasse bastante à sua imaginação, outros motivos, em particular a suspeita de que estando ali se acharia mais perto do Peru, por conseguinte das sonhadas minas de prata e ouro, poderiam militar em favor da escolha que fez dessa vila para lugar de residência. Justamente pela época em que andaria na Corte da Espanha a pleitear junto ao Duque de Lerma e Filipe III sua nomeação para a conquista, benefício e administração das minas das três capitanias do sul, devera ter chegado às mãos do donatário de São Vicente, aparentado seu, uma carta dos camaristas de São Paulo com data de janeiro de 1600, que era de natureza a suportar tais ambições e ainda mais corroborar suas ilusões acerca da distância entre aquela vila e o Peru.
Janeiro de 1610. Atualizado em 24/10/2025 04:15:21
52°. D. Francisco enviou a Madri um de seus filhos, Antônio de Sousa, com dois regalos para d. Filipe II: uma espada e uma cruz forjadas com o pouco ouro das minas de São Paulo*
Em maio de 1610, enquanto seu filho se preparava para ir à Espanha levando a incumbência, entre outras, de fazer vir bacelos de vinha e sementes de trigo a fim de se introduzirem dessas granjearias, assentou-se em câmara que, na procuração dada a Dom Antonio em nome do povo para ir tratar de coisas relacionadas com o bem comum fosse excluída qualquer solicitação para a vinda daquelas plantas, de modo a que ninguém ficasse depois com a obrigação de as cultivar 4 *.

Semelhante exemplo esclarece bem os receios que deveria causar entre a mesma gente o descobrimento ou conquista das minas, tão apetecidas de Dom Francisco. Tal há de ser sua constância nesses temores que, para fins do século, um governa- dor do Rio de Janeiro assinala o escasso interesse que demonstravam os paulistas por aquelas minas. Julgavam, e abertamente o diziam, observa ele, que, descobertos os tesouros, lhes haveriam de enviar governador e vice-rei, meter presídios na capitania para sua maior segurança, multiplicar ali os tributos, com o que ficariam expostos ao descrédito, perderiam o governo quase livre que tinham de sua república, seriam mandados onde antes mandavam, e nem lhes deixariam ir ao sertão, ou, se lá fossem, lhes tirariam as peças apresadas para as empregar no serviço das minas.
10 de junho de 1611, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:07
53°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil
18 de junho de 1612, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:22:50
54°. Inventário de Martim Tenório, registrado em ebirapoeira, termo da Vila de São Paulo
Novembro de 1613. Atualizado em 23/10/2025 15:41:52
55°. Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiás*
1628. Atualizado em 24/10/2025 20:40:10
56°. “Do lado espanhol”
1636. Atualizado em 07/10/2025 18:06:28
57°. Carta de Manuel Juan Morales ao rei Filipe IV (1605- 1665), “O Grande”
1636. Atualizado em 25/02/2025 04:43:11
58°. Quevedo, escrito por volta de 1636
8 de agosto de 1672, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:57
59°. Carta do secretário do Conselho Ultramarino, solicitando informações sobre as minas de prata de Sabarabuçu e outras minas de esmeraldas e ouro de fundição de que se tinha notícia e que haviam motivado a preparação da jornada de Fernão Dias
1687. Atualizado em 24/10/2025 20:40:11
60°. Ruiz Montoya en Indias (1608-1652). Francisco Jarque (1609-1691)
Francisco Jarque, por sua vez, na biografia que escreveu de Montoya, além de reproduzir o que diz este das origens e fama do mesmo caminho chamado de São Tomé, refere como, por ele, “el Peabiyu, que es el camino que llaman de San Tomé”, tratara o Padre Antônio Ruiz de recolher os catecúmenos que se tinham escapado, em 1628, às garras dos “portugueses dei Brasil”, assim como à servidão a que os queriam sujeitar os espanhóis da Vila Rica iniciando, à beira dele, a fundação de um povoado que teria, afinal, destino idêntico ao dos outros, destruído que foi pelos mamelucos de São Paulo.
1699. Atualizado em 24/10/2025 20:40:11
61°. Já em fins do século XVII, como os viajantes que saíssem do Brasil para o Guairá ainda podiam avistar a senda de São Tomé, onde andara o apóstolo
Também Nicolas dei Techo, recorrendo ao testemunho de Nóbrega, apoiado pelas razões de Orlandini, o historiador da Companhia, refere, já em fins do século XVII, como os viajantes que saíssem do Brasil para o Guairá ainda podiam avistar a senda de São Tomé, onde andara o apóstolo. Conserva-se, adianta,

igual todo el ano, sin mas que las hierbas crecen algo y difieren bastante de las que hay en el campo, ofreciendo el aspecto de una via hecha con artificio; jamás la miran los misioneros dei Guairá que no experimenten grande asombro”.

Além disso, perto da capital do Guairá existiriam elevados penhascos coroados de pequenas planícies onde se viam, como em várias partes do Brasil, gravadas sobre o rochedo, pisadas humanas. Contavam os indígenas como, daquele lugar, costumava o apóstolo, freqüentemente, pregar ao povo que acudia de toda parte a ouvi-lo.
1702. Atualizado em 25/02/2025 04:43:11
62°. Livro de Frei Antônio do Rosário, aponta entre os tesouros do Brasil o diamante, que seria então mandado “não em bisalhos, mas em caixas, que todo ano vem a este Reyno”
1727. Atualizado em 25/02/2025 04:43:10
63°. Descoberta dos diamantes no Brasil, no Cerro Frio
1791. Atualizado em 24/10/2025 20:40:12
64°. Missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação com S. Tomé
Em realidade a identificação de rastros semelhantes no Extremo Oriente, que os budistas do Cambodge atribuíam a Gautama, o seu "preah put" como lhe chamam, e os cristãos a São Tomé, de onde o dizerem vários cronistas que uns e outros os tinham por coisa sua, não deveria requerer excessiva imaginação de parte das almas naturalmente piedosas no século XVI.

A prova está em que, ainda em 1791, missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação. Em carta daquela data,escrita por Henri Langenois, um dêsses missionários, encontra-se, por exemplo, o seguinte trecho, bem ilustrativo:

"Há alguns anos, nosso chefe Capo de Orta, tendo ido a Ongcor vat, perto do sítio onde estamos, mais para o norte, disse-lhe o grande bonzo: Cristão, vês essa estátua de um homem prosternado em frente ao nosso preah put (é o nome de seu falso deus)? Chama-se Chimé. Que significa aquela marca de uma planta de pé impressa em suas costas? Foi por não querer reconhecer e adorar a divindade de nosso preah put, que a tanto o forçou êsse pontapé. Ora, como se afirma que São Tomé Dídimo passou para a China através do Ongcor, não estaria aqui a história de suas dúvidas sôbre a Ressurreição e, depois, da adoração de Nosso Senhor Jesus Cristo?" 14.

Sumé no Brasil; Chimé em Angcor, nomes que aparecem relacionados, um e outro, a impressões de pegadas humanas, que tanto no Oriente, como aqui, se associavam, por sua vez, às notícias do aparecimento em remotas eras de algum mensageiro de verdades sobrenaturais, essas coincidências podem parecer deveras impressionantes.

Não seria difícil, pelo menos na órbita da espiritualidade medieval e quinhentista, sua assimilação à lembrança de um São Tomé apóstolo, que os autores mais reputados pretendiam ter ido levar às partes da 1ndia, a luz do Evangelho cristão. Não só as pisadas atribuídas ao santo, mas tudo quanto parecesse assinalar sua visita e pregação aos índios da terra.

Em Itajuru, perto de Cabo Frio, existiu outrora um penedo grande, amolgado de várias bordoadas, sete ou oito para cima, como se o mesmo bordão dera com fôrça em branda cêra, por serem iguais as marcas, e os naturais do lugar faziam crer que viriam do [p. 109, 110]
28 de junho de 2013, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:04
65°. “Terra sem mal”




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  30/10/2025 06:06:19º de
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1530
Atualizado em 28/10/2025 06:19:57
“Estas ilhas (São Vicente e Santo Amaro), os portugueses crêem ficar no continente que lhes pertence, dentro da sua linha de partilha; eles porém se enganam
Cidades (6): Cananéia/SP, Guarujá/SP, Iguape/SP, Laguna/SC, São Sebastião/SP, São Vicente/SP
Pessoas (10): Giovanni Caboto, Alonso de Santa Cruz, Bacharel de Cananéa, Caiubi, senhor de Geribatiba, Diogo Garcia de Moguér, Francisco I da Áustria, Gonçalo da Costa, Martim Afonso de Melo Tibiriçá, Piqueroby, Sebastião Caboto
Temas (14): Baia e río do Repayro, Galinhas e semelhantes, Geografia e Mapas, Ilha de Barnabé, Ilha de Santo Amaro, Jurubatuba, Geraibatiba, O Sol, Pela primeira vez, Porcos, Porto dos Patos, Portos, Rio da Prata, Rio São Francisco, Tordesilhas
Yslario
Data: 1530
Créditos: (mapa
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  23/10/2025 15:51:05º de
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Cidade perdida teria sido descoberta segundo o "Manuscrito 512"
1753. Atualizado em 23/10/2025 15:51:05
Relacionamentos
 Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ
 Pessoas (2) Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591)
 Temas (13): Cachoeiras, Carijós/Guaranis, Galinhas e semelhantes, Manuscrito 512, Mistérios, Ouro, Prata, Ribeirão das Furnas, Rio Una, Santa Ana das Cruzes, Cemitérios, Cruzes, Pirâmides





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  30/10/2025 20:32:27º de
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Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues"
29 de agosto de 1553, sábado. Atualizado em 25/10/2025 01:54:02
Relacionamentos
 Cidades (13): Araçariguama/SP, Barueri/SP, Cananéia/SP, Carapicuiba/SP, Iperó/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santo André/SP, São Miguel Arcanjo/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (14) André Ramalho, Antonio Rodrigues "Sevilhano" (1516-1568), Caiubi, senhor de Geribatiba, Francisco de Saavedra (n.1555), Francisco I da Áustria (1768-1835), João Ramalho (1486-1580), Leonardo Nunes, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Matheus Nogueira, Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Pero Correia (f.1554), Quirino Caxa (1538-1599), Sergio Buarque de Holanda (1902-1982)
 Temas (36): “o Rio Grande”, Apoteroby (Pirajibú), Araritaguaba, Bairro Éden, Sorocaba, Biesaie, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho do Paraguay, Caminho Itú-Sorocaba, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Carijós/Guaranis, Colégios jesuítas, Colinas, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Inhapambuçu, Inhayba, Jesuítas, Lagoas, Léguas, Maniçoba, Música, Nheengatu, Paranaitú, Pela primeira vez, Piratininga, Portos, Rio Piratininga, São Paulo de Piratininga, Tamoios, Tordesilhas, Tribo Arari, Tupinambás, Vale do Anhangabaú, Vila de Santo André da Borda






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  31/10/2025 11:58:36º de
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8 de setembro de 1940, domingo
Atualizado em 28/10/2025 06:19:59
Maniçoba, porta do Paraguai, Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Correio Paulistano, 08.09.1940
Cidades (8): Botucatu/SP, Cananéia/SP, Itu/SP, Laguna/SC, Paranapanema/SP, Salto de Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (9): Afonso d´Escragnolle Taunay, Leonardo Nunes, Luís Castanho de Almeida, Manuel da Nóbrega, Quirino Caxa, Ruy Diaz de Guzman, Serafim Soares Leite, Simão de Vasconcelos, Ulrico Schmidl
Temas (20): Apiassava das canoas, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Guaranis, Guayrá, Léguas, Maniçoba, Rio Anhemby / Tietê, Rio Sorocaba, Serra de Paranapiacaba, Tordesilhas, Abarê, Nheengatu, Caminho do Paraguay, Caminho Sorocaba-Botucatu, Serra de Ibotucatu, Rio Paranapanema, Caminho Sorocaba-Paranapanema, Cristãos
Diário de Notícias
Data: 1940
Créditos: Página 13
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400. Atualizado em 28/10/2025 01:20:13
1°. Havia indígenas transitando
Maniçoba, "junto de um rio donde embarcam para os carijós". A expressão "carijós" designação os nativos que habitavam o sertão imediato a Piratininga e anterior ao Paraguai, tendo por limites, mais ou menos, no litoral de Cananéia até Laguna, onde começavam os Patos, e no interior as bacias do Tietê e Paranapanema até o Uruguai, porém com os guaranis à margem esquerda do segundo destes rios, no Guaíra.
Fevereiro de 1553. Atualizado em 25/02/2025 04:45:36
2°. Chegada a São Vivente*
20 de julho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 09/10/2025 02:00:10
3°. Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias
18 de julho de 1554, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:47:05
4°. “Fundada pelos jesuítas provavelmente em 18 de julho de 1554, a aldeia de Bohi, hoje Estância Turística de Embu das Artes”
Eis porque, antes de 25 de janeiro de 1554 e depois de 30 de agosto de 1553, Manuel da Nóbrega, após o novo ajuntamento de nativos de Piratininga deixando aí dois irmãos para catequese até a chegada - digamos oficial - de Anchieta, partiu com o irmão Antonio Rodrigues, quatro meninos e alguns nativos para a aldeia de Maniçoba, onde os precedera o irmão Pero Correia.

Maniçoba, "junto de um rio donde embarcam para os carijós". A expressão "carijós" designação os nativos que habitavam o sertão imediato a Piratininga e anterior ao Paraguai, tendo por limites, mais ou menos, no litoral de Cananéia até Laguna, onde começavam os Patos, e no interior as bacias do Tietê e Paranapanema até o Uruguai, porém com os guaranis à margem esquerda do segundo destes rios, no Guaíra.

Os autores são concordes em colocar Maniçoba, que Simão de Vasconcelos chamada Japiassú, nas cercanias da atual cidade de Itú. Servem-se para isso, de várias fontes, até mesmo do relato de um viajante da poca, Ulrico Schmidel, e da cartografia antiga, porém, a base da argumentação ficam sendo as cartas jesuíticas, que determinavam para Maniçoba 35 léguas e até 50 contando de São Vicente, sertão adentro, e porto de embarque.

Ora, para ir ao interior, o primeiro rio que se podia utilizar adiante de Piratininga era o Tietê, abaixo do Salto de Itú. "A fama deste grão zelo de Nóbrea, diz Simão de Vasconcelos, muito conhecido pelos sertões do Paraguai (nos quais era chamado Barcaelué, que vale o mesmo que homem santo) se abalaram grandes levas de Carijós em busca dele, para serem doutrinadores na aldeia já dita, que ficava mais perto; pois não foram tão ditosos que tivessem efeitos os desejos que o padre tivera de ir às suas terras, donde fora chamado por eles tantas vezes".

"Os nativos Tupis - continua Serafim Leite - que tinham com eles contas antigas a ajustar, ou porque fossem prevenidos pelos Portugueses para cortar o passo a tais adventícios, saíram-lhes ao caminho, e destroçaram-nos, sem lhes valerem os Padres. Outros nativos vieram depois, com três espanhóis, que foram igualmente mortos, exceto um destes, que pode fugir e acolher-se á proteção dos Jesuítas".Ainda em julho de 1554 estacam em Maniçoba "dois padres e irmãos e irmão Gregório Serrão com escola de gramática". Este irmão Gregório andava doente e não era fácil arranjar-lhe a galinha para o caldo. Com a mudança, que logo se seguiu, dos padres e catecúmenos para São Paulo do Campo, sarou o doente e Maniçoba perdeu até o nome.O nome aparece ainda que desfigurado, no mapa atribuído a Rui Diaz de Gusman, autor da célebre "Argentina", e o qual, segundo Paul Groussac, é de 1606 a 1608. Lá está, à margem esquerda do Anhembi o "puerto de Mandiçoba", pode ver-se essa velha carta sul-americana no volume IX dos "Anales de lla Biblioteca" de Buenos Aires (1914). Foi em 1894 encontrada por Zeballos no Arquivo de las Índias em Sevilha, quando estudava a questão das Missões, completada a sua publicação em 1903, por Felix Outes, quanto à região do Atlântico.São estas as informações que nos envia Sergio Buarque de Holanda, na identificação de Maniçoba, é importantíssima na confirmação dos pontos de vista de outros historiadores paulistas desde Gentil de Moura e Teodoro Sampaio até Afonso de Taunay e Serafim Leite.Gostamos, porém, de sua hipótese, que fez descer um pouco mais a aldeia, entre as atuais cidades de Itú e Porto Feliz. Vê-se, por aí, ainda, uma vez a persistência da tradição nativa nos costumes dos bandeirantes, os primeiros dos quais eram meio guaranis de sangue e de língua. Pois o porto de Araritaguabam, donde partiram as monções e que o pincel de Almeida Junior celebrizou, dista máximo cinco léguas do "puerto de Maniçoba", "Por onde se vai aos Carijós".

Que raízes profundas na terra e no homem americano tema nossa História! Morador de Sorocaba, o autor destas linhas vê todos os dias o rio do mesmo nome a correr para o oeste, como ao cair da tarde pode sonhar com as regiões imensas de campos e matas que se estendem além do Ipanema, rumo do Guairá antigo. Nascido à margem de um afluente do Paranapanema, contemplando ao norte a serra de Botucatu e palmilhando em crença aquele mesmo caminho selvagem, pre-colonial, o chamado "peabiru" que ligava o Guairá a São Paulo, passando por Sorocaba, e o que é mais, trazendo no sangue o atavismo de tataravó uruguaia e mestiça, julga o autor deste artigo, se não de todo compreender, ao menos sentir estas coisas tão belas no fundo de sua alma, o tanto para ousar transmitir ao papel essas queridas impressões. Se pecado for, é pecado de muito amor".
1575. Atualizado em 24/10/2025 02:52:10
5°. “Historia de la fundación del Colegio del Rio de Enero”, Quirino Caxa (1538-1599)
Maniçoba, "junto de um rio donde embarcam para os carijós". A expressão "carijós" designação os nativos que habitavam o sertão imediato a Piratininga e anterior ao Paraguai, tendo por limites, mais ou menos, no litoral de Cananéia até Laguna, onde começavam os Patos, e no interior as bacias do Tietê e Paranapanema até o Uruguai, porém com os guaranis à margem esquerda do segundo destes rios, no Guaíra.
1589. Atualizado em 25/02/2025 04:46:53
6°. A região limítrofe das colonias portuguesas vicentinas era então chamada Guayrá, do nome de um famoso cacique, e correspondia a este vasto território ocidental do nosso Estado do Paraná, a que servem de limites o Paranapanema, o Paraná e o Iguassú
Que raízes profundas na terra e no homem americano tema nossa História! Morador de Sorocaba, o autor destas linhas vê todos os dias o rio do mesmo nome a correr para o oeste, como ao cair da tarde pode sonhar com as regiões imensas de campos e matas que se estendem além do Ipanema, rumo do Guairá antigo. Nascido à margem de um afluente do Paranapanema, contemplando ao norte a serra de Botucatu e palmilhando em crença aquele mesmo caminho selvagem, pre-colonial, o chamado "peabiru" que ligava o Guairá a São Paulo, passando por Sorocaba, e o que é mais, trazendo no sangue o atavismo de tataravó uruguaia e mestiça, julga o autor deste artigo, se não de todo compreender, ao menos sentir estas coisas tão belas no fundo de sua alma, o tanto para ousar transmitir ao papel essas queridas impressões. Se pecado for, é pecado de muito amor".
23 de setembro de 1619, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:22:52
7°. André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas
Maniçoba, "junto de um rio donde embarcam para os carijós". A expressão "carijós" designação os nativos que habitavam o sertão imediato a Piratininga e anterior ao Paraguai, tendo por limites, mais ou menos, no litoral de Cananéia até Laguna, onde começavam os Patos, e no interior as bacias do Tietê e Paranapanema até o Uruguai, porém com os guaranis à margem esquerda do segundo destes rios, no Guaíra.
6 de maio de 1758, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:39:18
8°. Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre
17 de abril de 2023, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:10
9°. Inventário e Testamento de Cristóvão Diniz, consultado em rojetocompartilhar.org
Que raízes profundas na terra e no homem americano tema nossa História! Morador de Sorocaba, o autor destas linhas vê todos os dias o rio do mesmo nome a correr para o oeste, como ao cair da tarde pode sonhar com as regiões imensas de campos e matas que se estendem além do Ipanema, rumo do Guairá antigo. Nascido à margem de um afluente do Paranapanema, contemplando ao norte a serra de Botucatu e palmilhando em crença aquele mesmo caminho selvagem, pre-colonial, o chamado "peabiru" que ligava o Guairá a São Paulo, passando por Sorocaba, e o que é mais, trazendo no sangue o atavismo de tataravó uruguaia e mestiça, julga o autor deste artigo, se não de todo compreender, ao menos sentir estas coisas tão belas no fundo de sua alma, o tanto para ousar transmitir ao papel essas queridas impressões. Se pecado for, é pecado de muito amor".




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Chegada de Diogo Garcia de Moguer
15 de janeiro de 1527, sábado. Atualizado em 25/10/2025 23:19:23
Relacionamentos
 Cidades (3): Cananéia/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (7) Bacharel de Cananéa, Cacique Ariró, Caiubi, senhor de Geribatiba, Diogo Garcia de Moguér, Gonçalo da Costa, Jesus Cristo (f.33), Sebastião Caboto (51 anos)
 Temas (11): Caminho até Cananéa, Caminho do Peabiru, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Escravizados, Estradas antigas, Ilha de Barnabé, Porto dos Patos, Tribo Arari, Tupinaés, Tupis





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23 de novembro de 1603, domingo
Atualizado em 28/10/2025 08:32:11
Pero Vaz de Barros, de São Paulo, acertou com o então ex-governador geral do Brasil, D. Francisco de Souza, a decisão de enviar de 12 a 15 homens pelo caminho
Cidades (3): Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (2): Francisco de Sousa (1540-1611), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644)
Temas (3): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Estradas antigas
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1938
Atualizado em 28/10/2025 05:53:54
Efemérides Brasileiras, José Maria da Silva Paranhos Jr. (1845-1912)
Cidades (5): Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (12): Bartolomeu Bueno da Silva, Paschoal Fernandes, Pedro Fernandes Sardinha, Pedro II de Portugal, Pedro II de Portugal, Pero Lopes de Sousa, Piqueroby, Sebastião Caboto, Thomas Griggs, Tomé de Sousa, Vasco Fernandes Coutinho, Vicente Yáñez Pinzón
Temas (16): Porto de Santa Luzia, República, Rio Amazonas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Cubatão, Rio da Prata, Rio Itapocú, Rio Maruhi, Rio Paraguay, Rio Paranapanema, Rio São Francisco, São Paulo de Piratininga, Tamoios, Temiminós, Tordesilhas, Vila de Santo André da Borda
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26 de janeiro de 1500, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:27
1°. Vicente Yáñez Pinzón atinge o Cabo de Santo Agostinho no litoral de Pernambuco
1500 — Vicente Yañez Pinzón descobre um cabo, a que chamou de Santa Maria de la Consolación, e que parece ser o mesmo a que um ano depois (28 de agosto) André Gonçalves e Américo Vespúcio deram o nome de cabo de Santo Agostinho. O visconde de Porto Seguro, porém, supõe que o cabo descoberto por Pinzón seja a ponta de Mucuripe, na costa do Ceará. Pinzón foi seguindo para o norte, ao longo da costa, e assim descobriu a foz do Amazonas, que denominou Mar Dulce, e o cabo de São Vicente, depois cabo de Orange.
28 de agosto de 1501, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:06
2°. A esquadrilha de André Gonçalves entra no Rio de São Francisco
A esquadrilha de André Gonçalves e Américo Vespúcio chega ao cabo a que deram o nome de Santo Agostinho. Gonçalves e Vespúcio faziam a exploração da costa brasileira do cabo de São Roque para o Sul. Cumpre notar que o cabo de Santo Agostinho parece ser o de Santa Maria de la Consolación, descoberto no dia 26 de janeiro de 1500 por Vicente Pinzón.
13 de dezembro de 1501, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:36
3°. André Gonçalves e Américo Vespúcio descobrem a baía a que deram o nome de Santa Luzia e onde, em 1535, Vasco Fernandes Coutinho fundou a vila do Espírito Santo.
Em 1535 Vasco Fernandes Coutinho toma posse da capitania que lhe fora doada, desembarcando com pequena expedição de imigrantes no lado meridional da baía de Santa Luzia, descoberta em 1501 por André Gonçalves e Américo Vespúcio, e aí levanta um forte e as primeiras habitações da vila, que denominou do Espírito Santo. A capitania ficou tendo este nome.
15 de fevereiro de 1502, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:43:03
4°. Os navios de André Gonçalves e de Américo Vespúcio, quem, por ordem do rei dom Manuel, exploravam pela primeira vez o litoral brasileiro, do cabo de São Roque para o sul, depois de terem descoberto o Rio de Janeiro
1502 — Os navios de André Gonçalves e de Américo Vespúcio, quem, por ordem do rei dom Manuel, exploravam pela primeira vez o litoral brasileiro, do cabo de São Roque para o sul, depois de terem descoberto o Rio de Janeiro (a 1o de janeiro), o porto de São Vicente (a 22 de janeiro) e outros lugares da costa, foram até o porto de Cananéia e aí deixaram o degredado bacharel Duarte Peres “[...] um fidalgo português, chamado o bacharel Duarte Peres [...]”, diz Ruy Diaz de Gusmán, em Argentina. liv. I. cap. VIII).

De Cananéia, foram seguindo para o sul e detiveram-se em um porto, de onde saíram nesta data (15 de fevereiro). Segundo a carta de Vespúcio a Soderini, ficava este porto na altura de 32º (seria então o Rio Grande do sul); no entanto, o barão de Humboldt, no seu magistral Examen critique, entende, pelas indicações astronômicas, que houve erro de impressão, e que Vespúcio estaria então aos 38º 10’ de latitude, isto é, um pouco ao sul do Cabo Corrientes, província de Buenos Aires. O visconde de Porto Seguro (Am. Vesp., son caractère. p. 110; e Nouvelles recherches. p. 8) supõe que, em vez de 32º, devia ser 37º (neste caso, a ponta Medano, província de Buenos Aires). É impossível averiguar com exatidão este ponto; contudo, o que não sofre dúvida é que o douto Cândido Mendes (Rev. do Inst. XI. p. 2, pp. 195 e segs) se enganou, afirmando que esses navios portugueses não passaram de Cananéia. No planisfério de Cantino (1502), está marcado e escrito o “cabbo de scta. Maria” e, portanto, fica perfeitamente justificada a suposição contida nas seguintes linhas de Porto Seguro (Hist. Ger. p. 83. v. I): “De Cananéia seguiu a flotilha para o Sul até o Cabo de Santa Maria, ao qual deu então talvez este nome, que pouco tempo depois encontramos dado também ao rio que hoje denominamos da Prata: porventura por haverem a ele chegado a 2 de fevereiro, dia da Purificação da Virgem [...]” O planisfério, a que nos referimos, foi feito em Lisboa antes de 19 de novembro de 1502, porque essa é a data em que Alberto Cantino escreveu a Ercole d’Este, duque de Ferrara, anunciando a remessa. Na parte relativa ao nosso litoral, só poderia ter sido traçado segundo indicações de algum dos companheiros de viagem de Gonçalves e Vespúcio, chegados a Lisboa no dia 7 de setembro desse ano. No planisfério de Cantino há um belo fac-símile, anexo à obra de Harrisse, Les Corte-Real; nele, já aparece, com o nome de Quaresma, a ilha depois chamada de Fernando de Noronha, e que Porto Seguroacreditava ter sido descoberta por São João no ano seguinte.
24 de janeiro de 1504, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:40:26
5°. Carta do dom Manuel doando a Fernando de Noronha a "ilha de San Johan"
1504 — Carta do dom Manuel, fazendo doação a Fernando de Noronha da “ilha de San Johan que ele hora novamente achou e descubryo cincoenta leguas alla mar da nossa terra de Sancta Cruz”. Dessas palavras concluiu o visconde de Porto Seguro que a ilha, depois chamada de Fernando de Noronha, fora descoberta por este fidalgo e provavelmente a 24 de junho de 1503 (dia de São João).

Este seria o segundo descobrimento da ilha (novamente achada, diz a carta régia), e houve mesmo um terceiro, por Gonçalo Coelho e Américo Vespúcio, que ali estiveram em agosto de 1503; contudo, em 1502 já havia sido Ilha de São João que ele ora achou e descobriu a 50 léguas (cerca de 330km) distante no marda nossa terra de Santa Cruz. (N.E.)descoberta, pois figura com o nome de Quaresma no planisfério que Alberto Cantino fez construir em Lisboa e a que se refere a sua carta de 19 de novembro do mesmo ano, dirigida ao duque de Ferrara. Um belo fac-símile desse planisfério acompanha a obra de Harrisse, Les Corte Real.
18 de junho de 1504, sábado. Atualizado em 18/06/2025 02:40:29
6°. Américo Vespúcio chega a Lisboa, com 77 dias de viagem (ver sua carta a Soderini) desde Cabo Frio
1504 — Américo Vespúcio chega a Lisboa, com 77 dias de viagem (ver sua carta a Soderini) desde Cabo Frio. Partira, portanto, a 2 de abril. Esta foi a segunda e última expedição de Vespúcio ao Brasil. Na primeira, saiu de Lisboa a 10 de maio de 1501, na esquadrilhacomandada por André Gonçalves, e entrou de volta no mesmo porto a 7 de setembro do ano seguinte. A 10 de maio de 1503, partiu de Lisboa, comandando um dos navios da esquadrilha de Gonçalo Coelho, e, desde 10 de agosto, na ilha de Fernando de Noronha, seu navio e outro se separaram do chefe de expedição. Com eles regressou Vespúcio, depoisde ter estacionado cinco meses em Cabo Frio. O célebre cosmógrafo florentino foi o primeiro explorador da costa brasileira, do cabode São Roque a Cananéia, o chefe da primeira entrada de europeuspelo interior do Brasil, o primeiro escritor que falou à Europa dasmaravilhas da nossa natureza (carta a Lourenço de Medicis, publicadaem 1504) e o fundador do primeiro estabelecimento europeu no Brasil,a feitoria de Cabo Frio, onde deixou 24 homens e 12 peças. GonçaloCoelho, que seguira para o sul, construiu também um forte na baía doRio de Janeiro. Ambas as fortificações foram destruídas poucos anosdepois pelos Tamoio. Thevet, que esteve entre os selvagens do Rio deJaneiro em 1550 e em 1555, fala da destruição do forte de Cabo Frio(Singularitez..., fls. 42 da 1a ed.) e Crespin (Histoire des Martyrs, ed.de 1597, fls. 401) dá notícia da queda do outro forte (“uma torre depedra no Rio de Janeiro”): “Depois de alguns anos [diz ele] eles (osportugueses), comportaram-se tão mal relativamente aos naturais queforam, na maior parte exterminados, destruídos e mortos por eles. Osoutros fugiram para o alto mar num navio. Desde então, os mencionados(portugueses) não ousaram habitar ali, porque seu nome tornou-se tãoodiado ali que até hoje os (naturais) têm por delícia e voluptuosidadecomer a cabeça de um português.”
4 de setembro de 1504, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:41:06
7°. Carta de Américo Vespúcio a Soderini, em que descrevia as suas viagens e, entre elas, as duas que fizera ao Brasil
Carta de Américo Vespúcio a Soderini, em que descrevia as suas viagens e, entre elas, as duas que fizera ao Brasil. Foi publicada em abril de 1507. Antes desta, houve outra, dirigida a Lourenço de Medicis e publicada sem data no ano de 1504.
20 de setembro de 1519, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:47:05
8°. Partida, da qual só 18 dos 250 tripulantes sobreviveram
João Lopes de Carvalho, piloto-mor da expedição deMagalhães, já conhecedor de Cabo Frio e do Rio de Janeiro (fora piloto da nau Bretoa), levou consigo um filho que tivera de uma índia do Rio de Janeiro (Gaspar Correia, Lendas da Índia, II, 621). Foi, portanto, este jovem mameluco o primeiro brasileiro que fez uma viagem à roda do mundo.
13 de dezembro de 1519, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:32:19
9°. Fernando de Magalhães chega à baía do Rio de Janeiro
1519 — Fernando de Magalhães chega à baía do Rio de Janeiro e prossegue, no dia 27, a famosa viagem para as Índias, descobrindo a passagem do estreito que ficou tendo o seu nome. Pigafetta, que escreveu a relação dessa primeira circunavegação do globo, refere que no Rio de Janeiro encontraram-se aves domésticas (galinhas, gansos) e canas-de-açúcar.

Foram, sem dúvida, introduzidas pelos portugueses da expedição de Gonçalo Coelho, pois é sabido que este construiu na nossa baía um forte (1504), destruído pouco depois pelos Tamoio (ver 18 de junho de 1504). João Lopes de Carvalho, piloto-mor da expedição de Magalhães, já conhecedor de Cabo Frio e do Rio de Janeiro (fora piloto da nau Bretoa), levou consigo um filho que tivera de uma índia do Rio de Janeiro (Gaspar Correia, Lendas da Índia, II, 621). Foi, portanto, este jovem mameluco o primeiro brasileiro que fez uma viagem à roda do mundo.
27 de dezembro de 1519, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:51:58
10°. Fernando de Magalhães deixa a baía do Rio de Janeiro (ver 13 de dezembro) e prossegue em sua viagem de circunavegação do globo
1519 — Fernando de Magalhães chega à baía do Rio de Janeiro e prossegue, no dia 27, a famosa viagem para as Índias, descobrindo a passagem do estreito que ficou tendo o seu nome. Pigafetta, que escreveu a relação dessa primeira circunavegação do globo, refere que no Rio de Janeiro encontraram-se aves domésticas (galinhas, gansos) e canas-de-açúcar.
10 de janeiro de 1520, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:45:18
11°. A armada espanhola chegou ao vasto estuário do Rio da Prata
3 de junho de 1526, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:04
12°. Chegada dos navios do capitão-general Sebastião Caboto, em viagem para o sul
Já existia em 1526, pois aí estiveram arribados, de 3 de junho a 29 de setembro desse ano, os navios do capitão-general Sebastião Caboto, em viagem para o sul, e também desde novembro, dom Rodrigo de Acuña, abandonado em terra, perto do rio de São Francisco, pela nau espanhola S. Gabriel, do seu comando.
29 de setembro de 1526, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:04
13°. Partida dos navios do capitão-general Sebastião Caboto, em viagem para o sul
29 de setembro desse ano, os navios do capitão-general Sebastião Caboto, em viagem para o sul, e também desde novembro, dom Rodrigo de Acuña, abandonado em terra, perto do rio de São Francisco, pela nau espanhola S. Gabriel, do seu comando.
Novembro de 1526. Atualizado em 25/02/2025 04:39:04
14°. “(...) desde novembro, dom Rodrigo de Acuña, abandonado em terra, perto do rio de São Francisco, pela nau espanhola S. Gabriel, do seu comando”*
Já existia em 1526, pois aí estiveram arribados, de 3 de junho a 29 de setembro desse ano, os navios do capitão-general Sebastião Caboto, em viagem para o sul, e também desde novembro, dom Rodrigo de Acuña, abandonado em terra, perto do rio de São Francisco, pela nau espanhola S. Gabriel, do seu comando.
22 de abril de 1529, segunda-feira. Atualizado em 26/08/2025 03:08:09
15°. Tratado de Zaragoza discute a posse das Ilhas Molucas entre Portugal e Espanha
Instrumento de escritura foi celebrada em Saragoça pela qual dom Carlos V, imperador da Alemanha e rei de Espanha, vendia a dom João III, rei de Portugal, mediante o pagamento de 350 mil ducados ouro, a propriedade e a posse, ou quase posse, e direito de navegação e comércio das ilhas Molucas, também chamadas da Especiaria.

Por esse acordo, o limite no oriente ficou passando pelas ilhas de Velas, hoje Marianas ou Ladrones, na Polinésia. Posteriormente, a Espanha violou o ajustado em Saragoça e Tordesilhas, ocupando as ilhas Filipinas, que estavam, como as Molucas, dentro da demarcação portuguesa. [p. 270]
1 de fevereiro de 1531, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:42:20
16°. Envio de Diogo Leite
O capitão-mor Martim Afonso de Sousa só entrou no porto dois dias depois, e daí enviou Diogo Leite, antes do 1°. de março, com duas caravelas, para explorar a costa do Maranhão, despachando ao mesmo tempo para Lisboa um dos três navios franceses capturados. O porto de Pernambuco, de que fala o Diário da navegação de Pero Lopes de Sousa, não era o do Recife, mas sim o da barra sul do canal de Itamaracá.José Maria da Silva Paranhos Jr. (1845-1912):

O capitão-mor Martim Afonso de Sousa só entrou no porto dois dias depois (19 de fevereiro), e daí enviou Diogo Leite, antes do 1o de março, com duas caravelas, para explorar a costa do Maranhão, despachando ao mesmo tempo para Lisboa um dos três navios franceses capturados (ver 31 de janeiro e 2 de fevereiro). O porto de Pernambuco, de que fala o Diário da navegação de Pero Lopes de Sousa, não era o do Recife, mas sim o da barra sul do canal de Itamaracá.

Outros que: "(...) partiu do Rio de Janeiro em junho de 1531, por ocasião da permanência da armada de Martim Afonso naquele ponto. Compunha-se a mesma de quatro ousados expedicionários portugueses, cujos nomes são ignorados." [16]
4 de julho de 1532, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:05
17°. O capitão Pero Lopes de Sousa parte do Rio de Janeiro para Lisboa com a nau Santa Maria das Candeias e o galeão São Vicente
1532 — O capitão Pero Lopes de Sousa parte do Rio de Janeiro para Lisboa com a nau Santa Maria das Candeias e o galeão São Vicente e, nessa viagem, toma em Pernambuco mais dois navios franceses e um forte no canal de Itamaracá (ver 4 e 27 de agosto).
11 de setembro de 1534, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:50
18°. Terras do continente e a ilha de Santa Catarina foram doadas, com as de Santo Amaro e de Itamaracá, a Pero Lopes de Sousa
Portugal sustentava então o seu direito sobre todo este litoral, inclusive sobre a margem setentrional do rio da Prata, e, antes da ocupação transitória de Mosquera, as terras do continente e a ilha de Santa Catarina haviam sido doadas, com as de Santo Amaro e de Itamaracá, a Pero Lopes de Sousa (carta de doação, assinada em Évora a 11 de setembro de 1534).
1535. Atualizado em 24/10/2025 02:52:01
19°. Os espanhóis de Iguape, de que era chefe Ruiz García de Mosquera, ameaçados pelos portugueses de São Vicente (ver 22 de janeiro de 1532), fugiram para a ilha de Santa Catarina
Em 1535, os espanhóis de Iguape, de que era chefe Ruiz García de Mosquera, ameaçados pelos portugueses de São Vicente (ver 22 de janeiro de 1532), fugiram para a ilha de Santa Catarina, “cuja propriedade diz, sem razão, o senhor Luís Dominguez, ninguém contestava à Espanha”.

Portugal sustentava então o seu direito sobre todo este litoral, inclusive sobre a margem setentrional do rio da Prata, e, antes da ocupação transitória de Mosquera, as terras do continente e a ilha de Santa Catarina haviam sido doadas, com as de Santo Amaro e de Itamaracá, a Pero Lopes de Sousa (carta de doação, assinada em Évora a 11 de setembro de 1534).

Mosquera apenas esteve na ilha de Santa Catarina “alguns dias” (R. D. de Guzmán, Argentina, liv. I, 8), e com os seus companheiros foi logo transportado para Buenos Aires por Gonzalo de Mendoza.

Em 1541, a expedição espanhola do adiantado Cabeça de Vaca deteve-se na ilha durante alguns meses, seguindo depois por terra para o Paraguai. Acompanharam-na dois franciscanos náufragos, Bernardo de Armenta e Alonso Lorón, que aí viviam desde 1538 (Comentários de Cabeça de Vaca, cf. Jaboatão, liv. Antepr. cap. 8).

Em dezembro de 1549, quando Hans Staden chegou a Santa Catarina, encontrou alguns espanhóis vivendo com os Carijó. Pela sua narração, sabemos que ele e os castelhanos da malograda expedição de Diego de Sanábria estiveram dois anos na ilha, até que em 1551 a abandonaram, marchando a maior parte para o Paraguai e saindo outros na pequena embarcação que naufragou em Itanhaém.

Em 1550, o padre Leonardo Nunes, da Companhia de Jesus, pregou o evangelho aos índios de porto dos Patos; o mesmo fizeram em 1618 os jesuítas João de Almeida e João Fernandes Gato, e, a partir de 1622, os padres Antônio de Araújo e João de Almeida. Em 1620, Martim de Sá, acompanhado de índios e de Francisco de Morais, depois jesuíta, visitou a ilha (certidão em Azevedo Marques, I, 204).

Na ânua de 1624, o padre Antonio Vieira trata da “missão do rio dos Patos”, onde andavam dois jesuítas, que também foram à terra firme, e aí conheceram o principal Tubarão, cujo nome ficou perpetuado em rio daquelas partes. No seu Papel Forte, de 1648, diz o padre Antonio Vieira que a ilha de Santa Catarina contava 10 ou 12 moradores portugueses.

É pois, fora de dúvida, que Francisco Dias Velho Monteiro, tendo partido de São Paulo para Santa Catarina no dia 18 de abril de 1672 (Azevedo Marques, I, 158), não foi o fundador do primeiro núcleo colonial na ilha. No ano de 1680 é que deve ter ocorrido o ataque da povoação do Desterro por um pirata, ataque no qual Velho Monteiro foi morto, pois o seu inventário fez-se no juízo de órfãos de São Paulo no ano seguinte, segundo Azevedo Marques. Em 1712, a população do distrito da ilha contava apenas 147 habitantes brancos, além de alguns índios e negros, todos livres (Frézier). A povoação da Laguna é a segunda de Santa Catarina, por ordem de antiguidade. Foi fundada em 1684 por Domingos de Brito Peixoto. [Página 703]
23 de maio de 1535, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:07
20°. Vasco Fernandes Coutinho toma posse da capitania que lhe fora doada, desembarcando com pequena expedição de imigrantes no lado meridional da baía de Santa Luzia
1535 — Vasco Fernandes Coutinho toma posse da capitania que lhe fora doada, desembarcando com pequena expedição de imigrantes no lado meridional da baía de Santa Luzia, descoberta em 1501 por André Gonçalves e Américo Vespúcio, e aí levanta um forte e as primeiras habitações da vila, que denominou do Espírito Santo. A capitania ficou tendo este nome.
3 de dezembro de 1535, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:30
21°. Dom Pedro de Mendoza, que na véspera de chegar à baía do Rio de Janeiro lavrou a sentença de morte do mestre de campo de infantaria de sua expedição, Juan Osório
1535 — Dom Pedro de Mendoza, que na véspera de chegar à baía do Rio de Janeiro lavrou a sentença de morte do mestre de campo de infantaria de sua expedição, Juan Osório, por um sumário feito em segredo e à revelia do réu, segundo o qual deveria ser morto a punhaladas ou a estocadas – ou de qualquer outro modo que pudesse ser –, que lhe fossem dadas “até que a alma lhe saísse das carnes”, faz executar tal sentença por seus capitães Juan de Ayolas e Galaz de Medrano, na manhã do mesmo dia, em uma das praias da baía.
25 de setembro de 1536, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:23
22°. Concessão a Bras Cubas / Pascoal Fernandes e Domingos Pires já tinham estabelecido, a leste do ribeiro de São Jerônimo, depois chamado de “Montserrate”
Dona Ana Pimentel, procuradora de seu marido Martim Afonso de Sousa, concede nesta data ao fidalgo cavaleiro Brás Cubas as terras de Geribatiba (hoje Jurubatuba), entre a serra do Cubatão e o mar.

Por esse tempo, já Pascoal Fernandes e Domingos Pires, associados, se tinham estabelecido, sem cartas de sesmaria, na costa fronteira, isto é, na ilha de São Vicente, a leste do ribeiro de São Jerônimo, depois chamado de Montserrate.

Em 1o de setembro de 1539, por carta passada em São Vicente, Antônio de Oliveira, representante do donatário, regularizouessa posse. Brás Cubas comprou a Pascoal Fernandes o seu quinhão, e pelo ano de 1543 começou a fundação de Santos. A 19 de junho de 1545, sendo capitão-mor da capitania de São Vicente, concedeu ao porto de Santos o predicamento de vila (ver 8 de junho de 1545).
11 de março de 1542, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:10
23°. Chega a Assunção do Paraguai a expedição de Alvar Nuñez Cabeça de Vaca
1542 — Chega a Assunção do Paraguai a expedição de Alvar Nuñez Cabeça de Vaca. Partiu do rio Itabucu, hoje Itapucu, no litoral de Santa Catarina, subiu a serra do Mar e penetrou nos campos de Curitiba; passando da margem esquerda para a oposta do rio Iguaçu, atravessou o Tibagi e continuou pela margem esquerda desse afluente do Paranapanema no rumo nordeste; atravessou outros rios, entre os quais o Pequiri, afluente do Paraná, e, seguindo rumo sul, paralelamente ao curso desse último, alcançou a margem direita do Iguaçu, logo acima de seu salto grande; desceu, então, o Iguaçu, prosseguiu pelo Paraguai e chegou a Assunção na data assinalada, um sábado, pela manhã.

Em uma paragem do rio Iguaçu, teve notícia Cabeça de Vaca dos portugueses que Martim Afonso de Sousa, 10 anos antes, enviara para descobrir metais preciosos, guiados por Francisco de Chaves, que foram mortos pelos índios do rio Pequiri.
17 de dezembro de 1548, sexta-feira. Atualizado em 13/10/2025 21:14:00
24°. Regimento (instruções) dado por dom João III a Tomé de Sousa, primeiro governador-geral nomeado para o Brasil: “Primeira Constituição do Brasil”
Regimento (instruções) dado por dom João III a Tomé de Sousa, primeiro governador-geral nomeado para o Brasil. “É um modelo de tino governativo, [diz Porto Seguro], e mostra o conhecimento que já seu redator, o conde da Castanheira, tinha do Brasil.” Na mesma data, foram dados os regimentos para provedor-mor da Fazenda e para os provedores e oficiais das capitanias. Esses documentos foram assinados em Almeirim, sendo provavelmente expedido na mesma ocasião o regimento para o ouvidor-geral.
7 de janeiro de 1549, sexta-feira. Atualizado em 04/10/2025 17:31:42
25°. Carta régia de dom João III, criando no Brasil um governo com jurisdição sobre todas as capitanias e mandando fundar uma fortaleza e uma povoação na Bahia de Todos os Santos
549 — Carta régia de dom João III, criando no Brasil um governo com jurisdição sobre todas as capitanias e mandando fundar uma fortaleza e uma povoação na Bahia de Todos os Santos, “para daí se dar favor e ajuda às outras povoações”. Tomé de Sousa, primeiro governador-geral, partiu de Lisboa no dia 1o de fevereiro e chegou à Bahia a 29 de março, fundando então a “cidade do Salvador”, depois São Salvador da Bahia, capital do Brasil até 1762.
1550. Atualizado em 23/10/2025 15:32:25
26°. Cunhambebe ou Quoniambec (abutre), cacique da tribo Arirah ou Ariró, teria devorado mais de 60 colonos
1550. Atualizado em 24/10/2025 02:34:59
27°. Hans Staden naufraga em Itanhaém
Hans Staden e seus companheiros viveram naquela ilha por espaço de dois anos. Em 1551, ele partiu em uma pequena embarcação, que naufragou na costa de Itanhaém. Foi bem acolhido em São Vicente, e Brás Cubas confiou-lhe a defesa de um fortim levantado então na barra de Bertioga, sobre a ilha de Santo Amaro, em frente ao forte de Santiago, que ficava na terra firme. O governador-geral Tomé de Sousa, visitando a capitania (1553), fez construir nesse mesmo lugar(ponta da Armação) o forte de São Filipe, do qual Staden ficou sendo comandante. Em dezembro, tendo-se este aventurado a sair só em busca de caça foi assaltado pelos Tamoio e levado prisioneiro. Em muitos capítulos do seu livro, refere ele os transes por que passou durante..
1551. Atualizado em 24/10/2025 02:35:00
28°. Encontro com Bras Cubas
Hans Staden e seus companheiros viveram naquela ilha por espaço de dois anos. Em 1551, ele partiu em uma pequena embarcação, que naufragou na costa de Itanhaém. Foi bem acolhido em São Vicente, e Brás Cubas confiou-lhe a defesa de um fortim levantado então na barra de Bertioga, sobre a ilha de Santo Amaro, em frente ao forte de Santiago, que ficava na terra firme. O governador-geral Tomé de Sousa, visitando a capitania (1553), fez construir nesse mesmo lugar(ponta da Armação) o forte de São Filipe, do qual Staden ficou sendo comandante. Em dezembro, tendo-se este aventurado a sair só em busca de caça foi assaltado pelos Tamoio e levado prisioneiro. Em muitos capítulos do seu livro, refere ele os transes por que passou durante..
8 de fevereiro de 1552, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:01
29°. Tomé de Sousa concede a aprovação a Bras Cubas para "povoar"
1545 — Brás Cubas toma posse do cargo de capitão-mor da capitania de São Vicente (Madre de Deus, Memórias, p. 103) e concede, no dia 19, o predicamento de vila ao porto de Santos (foral aprovado por Tomé de Sousa em 8 de fevereiro de 1552), que ele começara a povoar pelo ano de 1543, em que, segundo a inscrição em sua campa, fundara aí uma casa de misericórdia, primeiro estabelecimento desse gênero criado no Brasil (ver 25 de setembro de 1536).
24 de março de 1552, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:11
30°. Parte de Belém (Lisboa) para a Bahia dom Pedro Fernandes Sardinha, primeiro bispo do Brasil (ver 22 de junho de 1552)
1552 — Parte de Belém (Lisboa) para a Bahia dom Pedro Fernandes Sardinha, primeiro bispo do Brasil (ver 22 de junho de 1552). [p.226]
22 de junho de 1552, domingo. Atualizado em 21/06/2025 02:02:49
31°. Pedro Sardinha chega na Bahia
1552 — Chega à Bahia o primeiro bispo do Brasil, dom Pedro Fernandes Sardinha, supliciado quatro anos depois pelos selvagens (ver 16 de junho de 1556). [p. 366]
11 de agosto de 1552, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:07
32°. Capitulação assinada em Monzón concedendo a Jerônimo de Aguayo os poderes necessários para explorar e povoar em nome do rei
1552 — Capitulação assinada em Monzón concedendo a Jerônimo de Aguayo os poderes necessários para explorar e povoar em nome do rei “as províncias dos Aruaca (Aruacs) e das Amazonas, que se acham desde a embocadura do rio de Orellana, outrora chamado das Amazonas, o longo da costa do mar até o rio Aviaparia, por outro nome chamado Orenoco, e a terra a dentro norte-sul até 16º da outra parte da linha equinocial”.
7 de agosto de 1553, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:06
33°. Falecimento do primeiro donatário e povoador da capitania de Pernambuco, Duarte Coelho
1553 — Falecimento do primeiro donatário e povoador da capitania de Pernambuco, Duarte Coelho. Faleceu em Olinda, segundo Jaboatão, no ano de 1554; no entanto, Porto Seguro observa que já a 10 de maio desse ano era passada a carta de confirmação em favor de seu filho (História Ger., I, 271).
1554. Atualizado em 25/02/2025 04:47:04
34°. Temiminós, aliados dos portugueses, que, em 1554, depois de muitas guerras, emigraram para o Espírito Santo
(...) dada pelos tamoios aos temiminós, aliados dos portugueses, que, em 1554, depois de muitas guerras, emigraram para o Espírito Santo, em embarcações de lá enviadas a pedido do jesuíta Brás Lourenço.
16 de junho de 1556, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:38:22
35°. Bispo Sardinha foi "comido" por índios Caetés
1556 — Naufrágio da nau Nossa Senhora da Ajuda, nos baixos de dom Rodrigo. Esse navio, saído da Bahia no dia 2, conduzia para Lisboa o primeiro bispo do Brasil, dom Pedro Fernandes Sardinha, o deão, dois cônegos e alguns homens e senhoras principais da Bahia. Os náufragos foram todos mortos e devorados pelos selvagens, junto à margem esquerda do rio São Miguel.
20 de maio de 1560, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:54
36°. A vila de Santo André da Borda do Campo é extinta e incorporada a “nova” São Paulo de Piratininga
Martim Afonso reforçou com colonos a aldeia de Piratininga, dirigida por João Ramalho, no lugar denominado Borda do Campo. Esta aldeia foi elevada à vila em 8 de setembro de 1553, e extinta e incorporada em 1560 (carta de 20 de maio, de Mem de Sá) a São Paulo de Piratininga, fundada pelos jesuítas em 1554 (ver 25 de janeiro), e elevada à vila em 5 de abril de 1557. [p.73;74]
10 de julho de 1562, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:12
37°. Cerco de Piratininga ou A Guerra de Piratininga
Os Guaianá, Tupi e Carijó, dirigidos por Araraí, atacam neste dia e no seguinte a vila de São Paulo, e são repelidos por Tibiriçá. Este principal, sogro de João Ramalho, era irmão de Araraí (ver 25 de dezembro). [Página 394]

25 de dezembro1562 — Morre em São Paulo o célebre Martim Afonso Tibiriçá (este nome significa o “principal da terra”, segundo Batista Caetano), cacique dos Guaianase de Piratininga, convertido à fé Católica por Anchieta e Leonardo Nunes. Meses antes, defendera vitoriosamente a nova vila de São Paulo, quando atacada por Arari, de quem era irmão (10 e 11 de julho de 1562). “Morreu o nosso principal, grande amigo, e protetor Martim Afonso”, dizia Anchieta em carta de 10 de abril do ano seguinte. Tibiriçá era sogro de João Ramalho. [p. 732]
14 de setembro de 1563, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:36:39
38°. Um tratado de paz, que não duraria muito, foi firmado e o padre Anchieta deixa a aldeia dos Tamoios, parte da aldeia do chefe Cunhambebe para Bertioga
18 de janeiro de 1567, sexta-feira. Atualizado em 03/09/2025 01:55:52
39°. O governador-geral do Brasil Mem de Sá entra na baía do Rio de Janeiro com uma esquadrilha
O governador-geral do Brasil Mem de Sá entra na baía do Rio de Janeiro com uma esquadrilha, composta de três galeões chegados de Lisboa, sob o comando de Cristóvão de Barros, dois outros navios de guerra, que cruzavam nas costas do Brasil, e seis caravelões. Com o governador estava o segundo bispo do Brasil dom Pedro Leitão. Mem de Sá vinha reforçar seu sobrinho, capitão-mor Estácio de Sá, que desde 1565 guerreava contra os Tamoio e franceses, tendo estabelecido, no lugar chamado depois Praia Vermelha, um campo entrincheirado, a que dera o nome de Cidade de São Sebastião (ver 20 de janeiro).
20 de janeiro de 1567, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:12
40°. Mem de Sá, governador do Brasil, ataca e toma a paliçada de Uruçu-mirim e a de Paranapucu, na baía do Rio de Janeiro
1567 — Mem de Sá, governador do Brasil, ataca e toma a paliçada de Uruçu-mirim e a de Paranapucu, na baía do Rio de Janeiro, defendidas pelos Tamoio e por alguns franceses.

O forte de Uruçu-mirim (Ibira-guaçu-mirim, escreve frei Vicente do Salvador) ficava na praia, depois chamada do Flamengo, junto à foz do ribeiro Carioca, hoje Catete; o outro, na ilha de Paranapucu, a que Thevet e Léry chamavam ilha dos “Margajeast”, isto é, dos Maracajás ou Mbaracajás (gatos), denominação dada pelos tamoios aos temiminós, aliados dos portugueses, que, em 1554, depois de muitas guerras, emigraram para o Espírito Santo, em embarcações de lá enviadas a pedido do jesuíta Brás Lourenço. A ilha de Paranapucu ficou depois conhecida com o nome de Ilha do Governador.

O bispo do Brasil, dom Pedro Leitão, abençoou as tropas, quando seguiram para o ataque. Compunham-se elas principalmente de voluntários da Bahia, de Porto Seguro, do Espírito Santo e de São Vicente (São Paulo), dos índios do principal Martim Afonso Araribóia, e da gente que viera de Lisboa nas esquadrilhas de Estácio de Sá e Cristóvão de Barros.

No ataque de Uruçu-mirim (sem falar na perda dos índios aliados) tivemos “11 ou 12 mortos, entre os quais o de mais conta foi um Gaspar Barbosa, capitão de mar e guerra e também da jurisdição de Porto Seguro, homem de grandes partes, de muito esforço e virtude [...]” (Vasc., “Chron.”, III, 102), e foi ferido mortalmente o capitão-mor Estácio de Sá (ibid, 101), vindo a falecer um mês depois (ver 20 de fevereiro).

Em Paranapucu, a resistência foi menor. Mem de Sá transferiu então para o morro, depois chamado do Castelo, o assento da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, que Estácio de Sá estabelecera na Praia Vermelha, desembarcando ali no dia 28 de fevereiro ou no dia lo de março de 1565. A chamada cidade não passava até então de um entrincheiramento, dentro do qual foram levantadas palhoças e construída uma capela. Por armas, dera-lhe Estácio de Sá um molho de setas.
8 de junho de 1567, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 18:40:14
41°. Segundo Azevedo Marques, Heliodoro Euban foi morto neste dia, em 1569, combatendo contra os franceses em Cabo Frio
1568 — Segundo Azevedo Marques, Heliodoro Euban foi morto neste dia, em 1569, combatendo contra os franceses em Cabo Frio. Quanto ao ano, há evidente erro, pois o combate, descrito por Simão de Vasconcelos, em que Salvador Correia de Sá tomou por abordagem um navio francês, no porto de Cabo Frio, se deu em 1568. Também é certo que este Heliodoro Euban não era nascido em Portugal, como pretende o autor da Nobiliarquia paulistana: era alemão e filho do poeta e historiador Helius Eubanus Hessus (ver Hans Staden, que foi seu hóspede em São Vicente, cap. XVIII; e Porto Seguro, História geral, p. 274, v. I).Heliodoro Euban era administrador do engenho de açúcar de Giuseppe Adorno, abastado colono de São Vicente, membro de uma família que dera vários doges à República de Gênova. A artilharia do navio tomado em Cabo Frio foi assentada no forte de Nossa Senhora da Guia, mandado construir por Salvador Correia de Sá na ponta oriental da barra do Rio de Janeiro, forte que depois se chamou de Santa Cruz.O chefe índio Martim Afonso Araribóia foi recompensado com o hábito da Ordem de Cristo pela parte que teve neste feito de armas e pela vitória que alcançara pouco antes, no mesmo ano, repelindo em sua aldeia um ataque dos franceses e dos Tamoio, que, com alguns navios, lanchas e canoas, haviam entrado no porto do Rio de Janeiro, ainda então sem defesa alguma na barra (Vicente do Salvador, III, 14; Simão deVasconcelos, Crônica, III, 136).Uma planta do nosso porto, desenhada naquele tempo por Jacques de Vaudeclaye, mostra que a aldeia atacadapelos franceses ficava em São Cristóvão, e não do lado oriental da baía.Na planta em questão, a aldeia tem o nome de Araroue.
4 de março de 1568, segunda-feira. Atualizado em 13/10/2025 20:48:27
42°. Nomeação de Salvador Correia de Sá para capitão-mor e governador da capitania do Rio de Janeiro
1568 — Registro da provisão nomeando Salvador Correia de Sá para capitão-mor e governador da capitania do Rio de Janeiro, passada por seu tio Mem de Sá, governador-geral do Brasil.
4 de agosto de 1578, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:32
43°. Batalha de Kasr-el-Kebir (Alcacer-Kibir)
1578 — Batalha de Kasr-el-Kebir (Alcacer-Kibir), na qual é morto o rei dom Sebastião de Portugal. Nessa batalha, muito se distinguiram os dois irmãos Duarte e Jorge de Albuquerque Coelho, nascidos em Olinda. Ficaram ambos feridos e prisioneiros, e resgataram-se dois anos depois, morrendo então o primeiro, que era senhor da capitania de Pernambuco. Jorge de Albuquerque Coelho sucedeu a Duarte, vindo a ser o terceiro donatário dessa capitania. Deixou alguns escritos e foi pai de dois filhos ilustres: Duarte de Albuquerque Coelho, marquês de Basto, primeiro conde e quarto senhor dePernambuco, autor das Memórias diárias de la guerra del Brasil, e Matias de Albuquerque, conde de Alegrete, general na Guerra de Pernambuco contra os holandeses e na da independência de Portugal contra os espanhóis.
18 de fevereiro de 1580, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:35
44°. Nesta data soube-se em Santos que quatro navios de guerra franceses tinham sido repelidos pelos fortes do Rio de Janeiro
1580 — Nesta data soube-se em Santos que quatro navios de guerra franceses tinham sido repelidos pelos fortes do Rio de Janeiro: “No dia [18 de fevereiro] o capitão de Santos veio a bordo do nosso navio, e por ele soubemos que quatro grandes navios de guerra franceses tinham estado no Rio de Janeiro e haviam tomado três canoas, sendo, porém, repelidos pelos seus castelos e fortes...

No dia 22, duas das canoas que os franceses tomaram no Rio de Janeiro chegaram a Santos e referiram que os quatro navios franceses tinham passado para o sul, dirigindo-se, segundo supunham, para o estreito de Magalhães” (Griggs, in Hackluyt, III, 705; Porto Seguro, História geral, 337, onde se enganou na data, escrevendo 18 de maio).

Um ano depois, três outros navios franceses, portadores de cartas do Prior do Crato, foram recebidos como inimigos pela artilharia das fortalezas e não puderam se comunicar com a terra.

Salvador Correia de Sá era capitão-mor governador do Rio de Janeiro(1578-1598). Nesse tempo, o único forte que havia na barra era o deNossa Senhora da Guia (depois Santa Cruz). Dentro do porto havia, àbeira-mar, o de Santa Cruz, no lugar onde hoje está a igreja da Cruz dosMilitares, e no morro da cidade, o castelo de São Sebastião. Em 1601,começou-se a fortificar a ponta ocidental da barra. Em 1618, além dostrês fortes citados, havia o de São João, na Barra, e o de Santiago, naponta em que está hoje o Arsenal de Guerra.
1 de setembro de 1585, domingo. Atualizado em 25/10/2025 18:40:18
45°. A Câmara da vila de São Paulo dirige uma representação ao capitão-mor Jerônimo Leitão
Em 1 de de setembro de 1585 a Câmara da vila de São Paulo dirige uma representação ao capitão-mór Jeronymo Leitão, mostrando a necessidade da guerra contra os Tupiniquins e os Carijós, por estar a terra pobre e sem escravaria e hostilizada pelos selvagens. Em 10 de abril, as Câmaras de Santos e São Vicente haviam feito igual representação. O capitão-mór, atendendo a esses requerimentos, marchou á frente dos expedicionários. Os Tupiniquins, segundo Techo (Hist. Provinciae Paraquariae), tinham na região do Anheby 300 aldeias e 30.000 sagitários. Em seis anos de guerra, ficaram destruídas todas as aldeias. De 1592 a 1599, dirigidos por Afonso Sardinha e depois por Jorge Correia e João do Prado, fizeram os paulistas outra grande guerra de extermínio contra os selvagens do rio Jeticay. Nos primeiros anos do século XVII (1601-1602), como se vê no "Roteiro" de Glimmer, os paulistas já chegavam a Sabará. Uma terceira expedição, que parece ter sido por chefes Nicolau Barreto e Manuel Preto, foi mais para o norte (1602) e devastou, durante cinco anos, as aldeias do Paraupaba, nome que se dava então ao Alto Araguaya. [Página 486]
1 de março de 1591, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:35
46°. Carta de Filipe III nomeando Pedro de Oliveira sargento-mor do Estado do Brasil, devendo acompanhar o governador dom Francisco de Sousa
Carta de Filipe III nomeando Pedro de Oliveira sargento-mor do Estado do Brasil, devendo acompanhar o governador dom Francisco de Sousa.
20 de abril de 1592, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:33
47°. Belchior da Costa, por provisão de 20 de abril desse ano, nomeou para uma entrada Afonso Sardinha
10 de julho de 1592, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:38:57
48°. Abertura do testamento de Gabriel Soares de Sousa, capitão-mor e governador da conquista e do descobrimento do Rio de São Francisco
Abertura do testamento de Gabriel Soares de Sousa,capitão-mor e governador da conquista e do descobrimento do Rio de São Francisco, vereador da Câmara da Bahia e autor do precioso descritivo do Brasil em 1557. Gabriel Soares faleceu pouco antes, ao chegar com a sua expedição às nascentes do Paraguaçu.
1599. Atualizado em 24/10/2025 02:38:53
49°. sem data específica
Os Tupiniquins, segundo Techo (Hist. Provinciae Paraquariae), tinham na região do Anheby 300 aldeias e 30.000 sagitários. Em seis anos de guerra, ficaram destruídas todas as aldeias. De 1592 a 1599, dirigidos por Afonso Sardinha e depois por Jorge Correia e João do Prado, fizeram os paulistas outra grande guerra de extermínio contra os selvagens do rio Jeticay.
10 de setembro de 1611, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:42:29
50°. Lei de dom Filipe III reconhecendo, em princípio, a liberdade dos índios, mas declarando legítimo o cativeiro dos que fossem aprisionados em justa guerra ou dos que fossem resgatados quando cativos de antropófagos
Lei de dom Filipe III reconhecendo, em princípio, a liberdade dos índios, mas declarando legítimo o cativeiro dos que fossem aprisionados em justa guerra ou dos que fossem resgatados quando cativos de antropófagos.

Muitas e contraditórias foram as decisões sobre a questão da liberdade dos indígenas. A lei de 6 de junho de 1755 acabou com o cativeiro dos índios no Brasil, mas as cartas régias de 13 de maio, de 5 de novembro e de 2 de dezembro de 1808, autorizando a guerra contra os de São Paulo e de Minas, determinaram que os prisioneiros ficassem em servidão por 15 anos. Finalmente, a lei de 27 de outubro de 1831 revogou estas cartas régias, libertou todos os índios que deviam ainda prestar serviços e colocou-os sob a proteção dos juízes de órfãos.
22 de março de 1619, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:43:08
51°. A Capitania de São Tomé, também conhecida como Campo dos Goitacazesou Paraíba do Sul, foi vendida
Em 1627 o governador do Rio de Janeiro, Martim de Sá, concede, nesta data, sesmarias, nos Campos dos Goitacás, aos três irmãos capitães Gonçalo, Manuel e Duarte Correia de Sá, e aos capitães Miguel Aires Maldonado, Antônio Pinto, João de Castilhos e Miguel Riscado. Essas concessões estendiam-se do rio dos Bagres, ou Macaé, até o Paraíba do Sul, em terras que pertenciam à antiga capitania de São Tomé, cedidas à coroa em 1619 por Gil de Góis da Silveira, herdeiro do donatário (escritura de 22 de março, cit. pelo visconde de Porto Seguro, Hist. ger., I, 460). Os sete capitães afugentaram, depois de muitos combates, o mesmo gentio que no século anterior havia destruído a Vila da Rainha, fundada no Paraíba do Sul por Pero de Góis, e formaram os primeiros estabelecimentos de criação nos distritos de Macaé e Campos.
30 de abril de 1625, sexta-feira. Atualizado em 27/08/2025 05:09:57
52°. Assinatura da capitulação dos holandeses em Salvador
1625 — Assinatura da capitulação dos holandeses em Salvador. À noite, o general dom Fadrique de Toledo, segundo o ajustado, fez ocupara porta do Carmo. Os troféus desta vitória, recebidos no dia seguinte,consistiram em 215 canhões, 35 pedreiros, 18 bandeiras e estandartes e seis navios únicos que os rendidos conservavam, tendo sido destruída a maior parte da sua esquadra durante o assédio, que durou um mês.
24 de maio de 1625, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:41:07
53°. Após a vitória do dia anterior, Pedro Teixeira desembarca na ilha de Tucujus (Amazonas)
1625 — Após a vitória do dia anterior, Pedro Teixeira desembarca nailha de Tucujus (Amazonas), onde os ingleses, comandados por Philipp Pursell, tinham três fortins. Os dois primeiros foram tomados quase sem resistência, fugindo os defensores. Adiantando-se, então, teve o capitão Favela de sustentar viva peleja com ingleses e holandeses, que lhe vinham de encontro. Os dois chefes inimigos, Pursell e Oudaen, ficaramno campo entre os mortos. O outro fortim rendeu-se a Pedro Teixeira.
19 de agosto de 1627, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:06
54°. O governador do Rio de Janeiro, Martim de Sá, concede, nesta data, sesmarias, nos Campos dos Goitacás, aos três irmãos capitães Gonçalo, Manuel e Duarte Correia de Sá
1627 — O governador do Rio de Janeiro, Martim de Sá, concede, nesta data, sesmarias, nos Campos dos Goitacás, aos três irmãos capitães Gonçalo, Manuel e Duarte Correia de Sá, e aos capitães Miguel Aires Maldonado, Antônio Pinto, João de Castilhos e Miguel Riscado.

Essas concessões estendiam-se do rio dos Bagres, ou Macaé, até o Paraíba do Sul, em terras que pertenciam à antiga capitania de São Tomé, cedidas à coroa em 1619 por Gil de Góis da Silveira, herdeiro do donatário (escritura de 22 de março, cit. pelo visconde de Porto Seguro, Hist. ger., I, 460). Os sete capitães afugentaram, depois de muitos combates, o mesmo gentio que no século anterior havia destruído a Vila da Rainha, fundada no Paraíba do Sul por Pero de Góis, e formaram os primeiros estabelecimentos de criação nos distritos de Macaé e Campos.

O general Salvador Correia de Sá e Benevides adquiriu, depois, algumas terras ao sul da Paraíba, e os jesuítas, beneditinos e carmelitas também se estabeleceram ali. A capela de São Salvador, mandada levantar por Sá e Benevides, ficava 10 léguas distante da margem meridional do Paraíba. Baltasar Lisboa dá para a fundação dessa capela o ano de 1652.

É possível que, estando ausente do Brasil, o general a houvesse mandado construir então, mas a sua fazenda de açúcar deve ter sido fundada antes de 1643. Nas vizinhanças dessa capela, formou-se uma povoação, que em 1678 foi transferida para o lugar em que ora se acha a cidade de Campos. Em 1662, os moradores da primitiva povoação formaram uma República, nome que, mesmo em documentos oficiais portugueses, se dava por esse tempo ao governo municipal, e, 11 anos depois, por ordem do ouvidor-geral em correição, doutor João Velho de Azevedo, instalaram solenemente a vila, participando do fato o ouvidor da comarca do Rio de Janeiro em 2 de setembro de 1673.

Outras povoações do Brasil criaram, ilegalmente, como Campos em 1662, o governo municipal. Nesse caso está Pindamonhangaba, que em uma só noite, em 1704, levantou o pelourinho e elegeu os oficiais da Câmara, separando-se do município de Taubaté. O resultado da queixa, levada ao rei pela Câmara de Taubaté, foi a carta régia de 10 de julho de 1705, confirmando o voto popular que criara o novo município.

Muitos documentos dos séculos XVI, XVII e XVIII mostram a independência e a altivez com que as Câmaras e os procuradores do povo falavam aos governadores e mesmo ao rei, defendendo os privilégios municipais ou queixando-se dos delegados da coroa. Assim, o procurador da Câmara do Pará, Manuel Guedes Aranha, apresentou em Lisboa, no ano de 1653, um Papel político, no qual dizia que “se os governadores representavam as pessoas reais, as Repúblicas (Câmaras e Senados) representavam os primeiros governos do mundo”.

A carta régia de 17 de julho de 1674 criou, nas margens do Paraíba do Sul, duas capitanias em favor do visconde de Asseca e de seu irmão João Correia de Sá. Com o correr dos tempos, ficaram as duas reunidas com o nome de capitania do Paraíba do Sul ou de Campos dos Goitacás.

Mudada a vila de Campos para o lugar onde hoje se acha a cidade, revoltaram-se por vezes os habitantes contra os procuradores do donatário ou contra as autoridades civis e a própria Câmara. As revoltas mais importantes foram as de 1720 e de 1748. Em ambas lutaram, enfurecidos, os partidos locais, ensanguentando as ruas da vila.

A revolta de 1720, dirigida por Bartolomeu Bueno, foi reprimida a custo por tropas mandadas do Rio de Janeiro. Na de 1748, contra a posse do procurador do donatário, dizem que até as mulheres combateram, distinguindo-se uma heroína popular, Benta Pereira, pelo furor com que, a cavalo, perseguia os defensores do donatário. As autoridades foram depostas, elegendo-se novos oficiais da Câmara; no entanto, pouco depois, em julho, chegou com 300 homens de tropa o mestre de campo João de Almeida, enviado pelo governador Gomes Freire de Andrada, e a revolta ficou dominada.

Entretanto, como procurador do povo de Campos, tinha ido a Lisboa, antes ou depois destes acontecimentos, Sebastião da Cunha Coutinho Rangel (pai do bispo Azeredo Coutinho), e essa missão concorreu provavelmente para que o próprio donatário desistisse da posse da capitania, entrando em acordo com o governo (provisão do Conselho Ultramarino de 1o de junho de 1753 e carta de padrão, de 14 do mesmo mês e ano). Desde 28 de março de 1835 Campos ficou tendo o título de cidade.
24 de maio de 1630, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:05
55°. Antônio Ribeiro de Lacerda, cumprindo as instruções do general Matias de Albuquerque, assalta e toma pela madrugada o forte Ernestus
1630 — Antônio Ribeiro de Lacerda, cumprindo as instruções do general Matias de Albuquerque, assalta e toma pela madrugada o forte Ernestus, que os holandeses levantaram na ilha de Santo Antônio (Recife). As duas divisões, que formavam a coluna de ataque, eram comandadas por Luís Barbalho e Antônio Ribeiro da Franca. Quase todos os oficiais que guardavam a posição foram mortos ou feridos, entre estes o tenente-coronel van der Elst e o engenheiro Commersteyn. As peças foram descavalgadas e atiradas do alto das trincheiras, retirando-se emseguida os nossos. Ribeiro de Lacerda, ferido no ataque, morreu dois dias depois. Este feito de armas levou o chefe inimigo Waerdenburch a declarar em ofício que combatia contra um povo valoroso e ágil.
10 de agosto de 1632, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:07
56°. Falecimento de Martim de Sá, tenente-general dos reais exércitos, vice-almirante das costas do mar do sul
1 de fevereiro de 1635, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:21
57°. Os capitães Martin Soares Moreno e Francisco Rebelo, à frente de 200 homens, na mata do engenho Muçurepe, destroçam 80 holandeses comandados pelo tenente Merling
1635 — Os capitães Martin Soares Moreno e Francisco Rebelo, à frente de 200 homens, na mata do engenho Muçurepe, destroçam 80 holandeses comandados pelo tenente Merling. Atacados depois por Von Schkoppe e Arciszewsky, retiram-se. Rebelo é ferido nessa ocasião.
9 de janeiro de 1639, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:30:13
58°. Bandeirantes paulistas travam combate com espanhóis e guaranis
Bandeirantes paulistas dirigidos por Antônio Bicudo travam combate, em Caápá-Miní, entre o Ijuí e o Paratini, com espanhóis e guaranis, comandados pelo governador do Paraguai, doutor Pedro Lugo. O padre Alfaro, que acompanhava os últimos, foi morto na jornada. Ambos os lados se declararam vencedores. [p. 45]
16 de agosto de 1639, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:22
59°. Pedro Teixeira toma posse da região de Paianino
1639 — O capitão-mor Pedro Teixeira, de voltava de Quito, chega à foz do Aguarico no Napo, e toma posse da margem esquerda deste último rio, em nome de Filipe IV, para servir de divisa entre os domíniosde Portugal e de Castela.
13 de fevereiro de 1641, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:03
60°. Os Estados-Gerais da Holanda ordenam que dessa data por diante fossem os portugueses tratados como amigos
1641 — Os Estados-Gerais da Holanda ordenam que dessa data por diante fossem os portugueses tratados como amigos. Um embaixador de dom João IV, aclamado rei de Portugal, acabava de ser recebido naHaia para negociar um armistício de 10 anos e uma aliança ofensiva e defensiva contra a Espanha (ver 12 de junho de 1641).
16 de janeiro de 1648, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:26
61°. Salvador Correia de Sá e Benevides, chegando de Lisboa, toma pela segunda vez posse do governo do Rio de Janeiro
Em 16 de janeiro de 1648, Salvador Correia de Sá e Benevides, chegando de Lisboa, toma pela segunda vez posse do governo do Rio de Janeiro. Ocupou-se desde logo em organizar as forças de terra e mar, com a qual partiu a 12 de maio para a reconquista de Angola (ver 12 de maio, 15 e 17 de agosto). Na mesma ocasião, chegou ao Rio de Janeiro o poeta e viajante inglês Richard Fleckno (ou Flecknoe), a quem devemos uma pequena descrição desta cidade.
12 de maio de 1648, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:09
62°. Salvador Correia de Sá e Benevides parte com a expedição destinada à reconquista de Angola
Salvador Correia de Sá e Benevides parte do Rio de Janeiro com a expedição destinada à reconquista de Angola. Chega a Quicombo no dia 12 de julho e desembarca em Luanda a 15 de agosto. A expedição foi organizada com seis navios fretados no nosso porto, quatro comprados a sua custa por Correia de Sá e cinco enviados da Bahia pelo conde de Vila Pouca de Aguiar. As tropas de desembarque eram formadas por 900 homens, alistados no Rio de Janeiro. [Página 61]
12 de julho de 1648, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:41:04
63°. Chega a Quicombo a expedição comandada por Salvador Correia de Sá e Benevides
A frota chegou a Quicombo a 12 de julho de 1648, sem encontrar nenhuma guarnição holandesa ou resistência nativa. Dias depois, uma tempestade tirou a vida de 300 homens entre eles o almirante, Baltasar da Costa de Abreu. Comentam autores portugueses que nunca empresa tão importante fora intentada com tão pequenas forças.

A construção de um fortim na enseada de Quicombo (o Fortim do Quicombo) permitiu estabelecer comunicações com os portugueses na região que, desde a perda de Angola, se tinham refugiado no Forte de Massangano. Percebendo-se da tomada do Quicombo, os holandeses abandonaram as feitorias de Benguela-a-Velha (actual Porto Amboim), de Leango e da Pinda, de forma que, em apenas dois meses, Angola e São Tomé retornaram ao domínio português. [Página 61]
17 de agosto de 1648, segunda-feira. Atualizado em 22/08/2025 06:18:41
64°. Salvador Correia de Sá e Benevides assalta a fortaleza do morro de São Miguel, em São Paulo de Luanda
1648 — Salvador Correia de Sá e Benevides assalta a fortaleza do morro de São Miguel, em São Paulo de Luanda (ver 15 de agosto), e é repelido. As tropas brasileiras que ele comandava constavam de 900 homens; 323 ficaram fora de combate (163 mortos e 160 feridos); no entanto, apesar desse revés, conservaram os nossos as suas posições diante da fortaleza e dispunham-se a segundo assalto, quando o inimigo, no dia seguinte, propôs capitulação.
21 de outubro de 1660, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:07:41
65°. Salvador Correia de Sá e Benevides partiu para São Paulo, foi em pessoa a Paranaguá e concluiu que as minas eram fantasia
1660 — Insurreição na cidade do Rio de Janeiro. O general Salvador Correia de Sá e Benevides, governador da capitania do Rio de Janeiro e da Repartição do Sul, partira para São Paulo no dia 21 de outubro, deixando Tomé Correia de Alvarenga no governo interino do Rio de Janeiro. Neste dia, o capitão Jerônimo Barbalho Bezerra, à frente do povo, depôs Alvarenga e aclamou governador a Agostinho Barbalho Bezerra. [p.631]
1662. Atualizado em 25/02/2025 04:46:50
66°. Os moradores da primitiva povoação formaram uma República
É possível que, estando ausente do Brasil, o general a houvesse mandado construir então, mas a sua fazenda de açúcar deve ter sido fundada antes de 1643. Nas vizinhanças dessa capela, formou-se uma povoação, que em 1678 foi transferida para o lugar em que ora se acha a cidade de Campos. Em 1662, os moradores da primitiva povoação formaram uma República, nome que, mesmo em documentos oficiais portugueses, se dava por esse tempo ao governo municipal, e, 11 anos depois, por ordem do ouvidor-geral em correição, doutor João Velho de Azevedo, instalaram solenemente a vila, participando do fato o ouvidor da comarca do Rio de Janeiro em 2 de setembro de 1673.
13 de fevereiro de 1669, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 23:56:56
67°. Tratado de paz entre Portugal e Espanha, pondo termo à guerra começada pela revolução de 1o de dezembro de 1640
1668 — Tratado de paz entre Portugal e Espanha, pondo termo à guerra começada pela revolução de 1o de dezembro de 1640. A Espanha reconheceu então a independência de Portugal. Era regente deste último Reino o príncipe dom Pedro, depois rei, com o nome de Pedro II.
17 de julho de 1674, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:50
68°. A carta régia de 17 de julho de 1674 criou, nas margens do Paraíba do Sul, duas capitanias em favor do visconde de Asseca e de seu irmão João Correia de Sá. Com o correr dos tempos, ficaram as duas reunidas com o nome de capitania do Paraíba do Sul ou de Campos dos Goitacás
A carta régia de 17 de julho de 1674 criou, nas margens do Paraíba do Sul, duas capitanias em favor do visconde de Asseca e de seu irmão João Correia de Sá. Com o correr dos tempos, ficaram as duas reunidas com o nome de capitania do Paraíba do Sul ou de Campos dos Goitacás.
22 de janeiro de 1680, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:26
69°. Dom Manuel Lobo, governador da capitania do Rio de Janeiro, dá fundo na enseada fronteira às ilhas de São Gabriel
1680 — Dom Manuel Lobo, governador da capitania do Rio de Janeiro, dá fundo na enseada fronteira às ilhas de São Gabriel (margem setentrional do rio da Prata), com cinco sumacas, uma das quais armada, que conduziam 200 homens do Rio de Janeiro e de São Paulo. Começando a fortificar-se em uma ponta da costa, deu ao forte o nome de Sacramento, e à cidade, que esperava fundar, o de Lusitânia. O lugar ficou conhecido depois com o nome de Colônia do Sacramento (ver 7 de agosto de 1680).
5 de fevereiro de 1682, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:34:40
70°. Os irmãos Cabral, Manoel Fernandes de Abreu e Martins Garcia Lumbria, foram autorizados por Carta Régia a explorar os minerais existentes no morro de Ipanema
Os irmãos Cabral, Manoel Fernandes de Abreu e Martins Garcia Lumbria, autorizados por Carta Régia de 05 de fevereiro de 1682.
5 de maio de 1682, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:34:40
71°. Carta régia autorizando os paulistas Manuel Fernandes de Abreu, Jacinto Moreira Cabral e Martim Garcia Lombria a estabelecer fundições de ferro em Araçoiaba
Carta régia do regente dom Pedro (depois rei dom Pedro II)autorizando os paulistas Manuel Fernandes de Abreu, Jacinto MoreiraCabral e Martim Garcia Lombria a estabelecer fundições de ferro emAraçoiaba. Tais minas foram descobertas em 1589 pelo paulista AfonsoSardinha, o primeiro brasileiro que fundiu, posto que em pequena escala,algum ferro.
24 de fevereiro de 1684, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:43:03
72°. Revolta de Beckman no Maranhão
1684 — Revolta de Beckman no Maranhão. Manuel Beckman e seu irmão Tomás amotinam os habitantes de São Luís contra os privilégios da Companhia do Comércio e os jesuítas. Prendem o capitão-mor Baltazar Fernandes e obrigam a este e ao governador Francisco de Sá e Meneses a resignar os cargos. Sá e Meneses estava então no Pará. Constituem uma junta de governo, e três dias depois do levante fazem embarcar em dois navios os jesuítas assistentes no Maranhão.
20 de junho de 1699, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:41:06
73°. Desde 1671 tinha o eremita Antônio de Caminha construído, dentro de um bosque, no outeiro até então chamado da Ponta da Carioca, uma pequena e frágil capela
1699 — Desde 1671 tinha o eremita Antônio de Caminha construído, dentro de um bosque, no outeiro até então chamado da Ponta da Carioca, uma pequena e frágil capela, dedicada a Nossa Senhora da Glória.

Os romeiros dessa ermida formaram pouco depois uma irmandade, e o doutor Cláudio Gurgel do Amaral, que havia comprado ao capitão Gabriel da Rocha Freire as terras do outeiro, doou-as por escrituradesta data aos irmãos de Nossa Senhora da Glória, com a condição delevantarem naquele lugar outra ermida permanente, onde ele doador e seusdescendentes deveriam ser sepultados. O novo templo, que é a atual igrejade Nossa Senhora da Glória do Outeiro, começou a ser construído em 1714.
8 de agosto de 1709, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 23:57:07
74°. Uma nota manuscrita de Francisco Leitão Ferreira dá conta da experiência de um aeróstato
Uma nota manuscrita de Francisco Leitão Ferreira dá conta da experiência de um aeróstato, feita neste dia pelo padre Bartolomeu de Gusmão, natural de Santos:

“Fez a experiência em 8 de agosto desteano de 1709, no pátio da Casa da Índia, diante de sua majestade e de muita fidalguia, com um globo que subiu suavemente à altura da sala das embaixadas, e do mesmo modo desceu, elevado de certo material que ardia, e a que aplica o fogo o mesmo inventor. Esta experiência se fez dentro da sala das audiências.”

Devia ser, portanto, uma máquina muito pequena. Outros documentos, citados por Freire de Carvalho (Rev. do Inst., t. XII), tornam incontestável que o ensaio foi feito nesta data, muito antes das experiências dos irmãos Montgolfier (1783); no entanto, o segredo de Gusmão não ficou conhecido e, assim, o nosso compatriota só pode ser classificado entre os precursores da invenção. Antes dela, outros espíritos investigadores procuraram resolver o problema da navegação aérea. Basta citar o projeto de 1670 do jesuíta Lana e as experiências de aviação feitas antes e depois, sobretudo, as de Giovanni Battista Dante, no século XV.
7 de julho de 1710, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:04
75°. Carta régia ao governador e capitão-general do estado do Maranhão
1710 — Carta régia ao governador e capitão-general do estado do Maranhão, significando-lhe que os prelados das missões não podem recusar os índios que lhes fossem solicitados para o serviço real, como o fez um religioso da província da Piedade e missionário da aldeia de Gurupatuba, que se negou a socorrer com alguns índios o alferes dacasa forte do rio Negro, na ocasião em que se receou alguma invasão dos castelhanos de Quito.
11 de abril de 1713, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 23:57:16
76°. Tratado de Utrecht entre Portugal e França
Tratado particular de Utrecht entre Portugal e a França. Pelo artigo 8°, a França renunciou as suas pretensões “sobre as terras chamadas do cabo do Norte e situadas entre o rio das Amazonas e o Japoque ou Vicente Pinzón” (ver 9 de junho de 1815).
3 de dezembro de 1735, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:42:30
77°. Desde 28 de novembro, o governador de Buenos Aires, Salcedo, bombardeava a praça da Colônia do Sacramento e batia as suas muralhas com 20 canhões e dois morteiros
1735 — Desde 28 de novembro, o governador de Buenos Aires, Salcedo, bombardeava a praça da Colônia do Sacramento e batia as suas muralhas com 20 canhões e dois morteiros, tendo conseguido abrir umabrecha de 200 palmos. O governador da praça, general Antônio Pedro de Vasconcelos, respondia com vigor ao fogo do inimigo. Neste dia, foi morto por bala de fuzil o jesuíta bávaro Tomás Werle, que dirigia os guaranis das Missões, no exército de Salcedo.
27 de julho de 1736, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:07
78°. Combate no rio da Prata entre um patacho espanhol vindo da Corunha e o bergantim português Palomita Real
1736 — Combate no rio da Prata entre um patacho espanhol vindo da Corunha e o bergantim português Palomita Real, do comandante Guilherme Kelly. No meio da ação, chega outro bergantim da Colônia do Sacramento, comandado pelo alferes João Batista Ferreira, do Rio de Janeiro, e toma por abordagem o navio espanhol. O comandante deste, capitão de fragata Juan Antonio de la Colina, ficou prisioneiro.

Um incêndio produzido no patacho espanhol não pôde ser extinto. Colina era um valente oficial e conquistou grande nome na Marinha espanhola depois deste revés.
19 de setembro de 1740, segunda-feira. Atualizado em 11/09/2025 04:25:13
79°. Morre em Goiás, na maior pobreza, o capitão Bartolomeu Bueno da Silva, chamado o Anhanguera, segundo desse nome (ver 30 de junho de 1722). Era natural de Parnaíba, em São Paulo.
1740 — Morre em Goiás, na maior pobreza, o capitão Bartolomeu Bueno da Silva, chamado o Anhanguera, segundo desse nome (ver 30 de junho de 1722). Era natural de Parnaíba, em São Paulo.
13 de março de 1748, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:10
80°. Falece em Lisboa Bernardo Pereira de Berredo, governador e capitão-general do Maranhão
Falece em Lisboa Bernardo Pereira de Berredo, governador e capitão-general do Maranhão de 18 de junho de 1718 a 30 de maio de 1722. Escreveu os Anais históricos do estado do Maranhão, publicado em Lisboa, em 1749, ano seguinte ao de sua morte.
17 de janeiro de 1751, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:45:06
81°. Tratado pelo qual se regularam as instruções dos comissários encarregados da execução do Tratado de 13 de janeiro de 1750
1751 — Tratado pelo qual se regularam as instruções dos comissários encarregados da execução do Tratado de 13 de janeiro de 1750 e que deveriam passar à América do Sul. Essas instruções foram dadas em Madri, assinadas pelos plenipotenciários visconde Tomás da Silva Teles, de Portugal, e dom Josef de Carvajal y Lancaster, da Espanha.
8 de setembro de 1770, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:41:33
82°. O tenente Cândido Xavier de Oliveira e Sousa (depois general) começa a exploração dos campos de Guarapuava
1770 — O tenente Cândido Xavier de Oliveira e Sousa (depois general) começa a exploração dos campos de Guarapuava, já percorridos no século XVII pelos bandeirantes paulistas. No ano seguinte, são esses campos ocupados por outra expedição, sob o comando de Afonso Botelho de Sampaio.
1 de outubro de 1777, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 23:57:37
83°. Tratado de Santo Ildefonso
Os espanhóis, que bloqueavam a Colônia do Sacramento desde 6 de julho, começaram a investi-la neste dia. Dirigiu este assédio (o quarto que sofria a praça) o general Ceballos. Era governador da Colônia o brigadeiro Vicente da Silva da Fonseca (ver 30 de outubro).

O processo belicoso iniciado em 1763, inserido na Guerra dos Sete anos, findou somente em 1777, quando a Espanha respondeu à derrota no Rio Grande de São Pedro com nova expedição em que conquistou a Ilha de Santa Catarina e a Colônia do Sacramento. Treze anos de guerra encontrou a paz temporária entre as Cortes no Tratado de Santo Ildefonso, de 1777, quando ajustou-se as indenizações e definiu-se nova fronteira, assegurando o Rio Grande para Lisboa.
14 de outubro de 1801, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:51
84°. 2° Marquês de Aguiar substitui o 2º Conde de Resende como Vice-rei do Brasil Colonial
1801 — Dom Fernando José de Portugal e Castro (depois conde e marquês de Aguiar) toma posse, no Rio de Janeiro, do cargo de vicerei do Estado do Brasil e exerce-o até 21 de agosto de 1806. Depois dachegada da família real em 1808, foi ministro dos Negócios do reinoaté 24 de janeiro de 1817, dia do seu falecimento no Rio de Janeiro.

Na Impressão Régia da nossa capital, fez imprimir, em 1810 e 1812, a sua tradução da Crítica e dos Ensaios Morais, de Alexandre Pope. O marquês de Aguiar morreu na maior pobreza. Nasceu em Lisboa a 4 dedezembro de 1752.
29 de novembro de 1807, domingo. Atualizado em 25/10/2025 19:14:00
85°. Parte do Tejo a frota que conduzia ao Brasil a família real portuguesa
1807 — Parte do Tejo a frota que conduzia ao Brasil a família real portuguesa, a corte, os membros do governo e os principais funcionários (ver 27 de novembro de 1807, 22 de janeiro e 7 de março de 1808).

Era comandante em chefe dessa poderosa esquadra o vice-almirante Manuel da Cunha Souto Maior, tendo por ajudante-general o chefe de divisão Joaquim José Monteiro Torres. Uma divisão da esquadra inglesanas costas de Portugal acompanhou até o Rio de Janeiro a família de Bragança.
18 de fevereiro de 1808, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 23:57:48
86°. Aviso do príncipe regente dom João, mandando organizar na Bahia a Escola Médica Cirúrgica, proposta pelo doutor José Correia Picanço (primeiro barão de Goiana)
Aviso do príncipe regente dom João, mandando organizar na Bahia a Escola Médica Cirúrgica, proposta pelo doutor José Correia Picanço (primeiro barão de Goiana), cirurgião-mor do Reino e primeiro cirurgião da casa real, que acompanhava a família real ao Brasil.
7 de março de 1808, segunda-feira. Atualizado em 27/10/2025 05:00:47
87°. Chegam ao Rio de Janeiro a rainha dona Maria I e o príncipe regente dom João. A cidade ficou sendo, até 26 de abril de 1821, a capital da monarquia portuguesa
20 de fevereiro de 1819, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:42:31
88°. É preso em Buenos Aires o agente confidencial do general Lecór, Luís Barroso Pereira
1819 — É preso em Buenos Aires o agente confidencial do general Lecór, Luís Barroso Pereira, por ordem do diretor Pueyrredón e do ministro Tagle. O pretexto da prisão foi o de ter introduzido cartas de Alvear e Carrera; no entanto, o verdadeiro motivo foi não ter Lecór querido prender e expulsar o espanhol Benito Vidal, casado com uma mulher bonita.
20 de maio de 1821, domingo. Atualizado em 24/10/2025 03:33:46
89°. Eleição primária em São Paulo para a escolha dos deputados às Cortes
1821 – Eleição na paróquia da Capital de São paulo de 31 compromissários para nomearem eleitores, que teriam de eleger deputados para as Côrtes Gerais e Constituintes do Brasil (Cronica-A.Marques)
15 de novembro de 1825, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 19:14:48
90°. Carta de lei de dom João VI anunciando a transmissão de direitos
1825 — Carta de lei de dom João VI anunciando que transmitira os seus direitos sobre o Brasil a dom Pedro e que reconhecera a Independência do novo Império, reservando-se o título de imperador.Este é o trecho essencial:

Houve por bem ceder e transmitir em meu sobre todos muito amado e prezado filho dom Pedro de Alcântara, herdeiro e sucessor destes reinos, meus direitos sobre aquele país, criando e reconhecendo sua Independência com o título de Império, reservando-me, todavia, o título de imperador do Brasil. Meus desígnios sobre este tão importante objeto se acham ajustados da maneira que consta do Tratado de Amizade e Aliança, assinado no Rio de Janeiro no dia 29 de agosto do presente ano, ratificado por mim no dia de hoje.
8 de julho de 1827, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:41:04
91°. Antônio de Almeida repele e derrota um destacamento argentino
1827 — O primeiro-tenente de artilharia Antônio de Almeida repele e derrota um destacamento argentino na ilha de São Sebastião.A força inimiga, que pertencia à guarnição de um corsário, embarca em desordem, deixando 10 mortos, quase todos ingleses ou norte americanos. Para vingar o pequeno revés, o comandante do corsário manda queimar em outro ponto da ilha a casa de uma fazenda.
11 de agosto de 1827, sábado. Atualizado em 25/10/2025 19:15:02
92°. Carta de lei criando os dois cursos jurídicos de São Paulo e Olinda
1827 — Carta de lei criando os dois cursos jurídicos de São Paulo e Olinda, este último transferido anos depois para o Recife. Era então ministro do Império o visconde de São Leopoldo. “Ao tempo deste meu ministério [disse o ilustre brasileiro, nas suas Memórias] pertence o ato que reputo o mais glorioso da minha carreira política, e que me penetrou do mais intimo júbilo que pode sentir o homem público no exercício de suas funções. Refiro-me à instalação dos dois cursos jurídicos de São Paulo e Olinda, consagração definitiva da ideia que eu aventara na Assembleia Constituinte, em sessão de 14 de junho.” A Faculdade de Direito (então curso jurídico) de São Paulo foi instalada no dia 1o de maio de 1828; a de Olinda, a 15 de maio do mesmo ano.

A celebração do Dia do Advogado remete à criação dos primeiros cursos jurídicos do Brasil, nas cidades de São Paulo e Olinda, por meio de uma lei sancionada por Dom Pedro I no dia 11 de agosto de 1827. Alguns parlamentares fizeram uso da palavra para parabenizar os advogados pela data e para referendar as palavras do presidente da OAB Sorocaba, que também foi homenageado durante a sessão com votos de congratulações.
4 de fevereiro de 1838, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:41:09
93°. A barca dinamarquesa Zebra, procedente de Hamburgo, dá fundo sob a proteção do forte de Santo Antônio, da barra da Bahia, ocupado pelos revolucionários
29 de julho de 1839, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:06
94°. Naufrágio do cúter de guerra Marui na lagoa dos Patos
1839 — Naufrágio do cúter de guerra Marui na lagoa dos Patos. Entre outros passageiros, pereceu o coronel José Rodrigues Barbosa, um dos mais intrépidos comandantes de cavalaria que temos tido.
2 de fevereiro de 1844, sexta-feira. Atualizado em 27/05/2025 03:45:14
95°. Formação do quarto gabinete ministerial
1844 — Formação do quarto gabinete ministerial, composto de José Carlos Pereira de Almeida Torres (visconde de Macaé), Império; Manuel Alves Branco (visconde de Caravelas), interino, substituído a 23 de maio por Manuel Antônio Galvão, Justiça; Ernesto Ferreira França, Estrangeiros; Manuel Alves Branco (visconde de Caravelas),Fazenda; Jerônimo Francisco Coelho, interino, substituído a 23 de maio por Antônio Francisco de Paula Holanda Cavalcanti de Albuquerque (visconde de Albuquerque), Marinha; Jerônimo Francisco Coelho,interino em 2 de fevereiro, efetivo em 23 de maio, Guerra. [p. 99]
29 de dezembro de 1864, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:26
96°. Reúne-se às forças brasileiras e orientais, que sitiavam Paissandu, o exército brasileiro do general João Propício Mena Barreto (depois barão de São Gabriel)
1864 — Reúne-se às forças brasileiras e orientais, que sitiavam Paissandu, o exército brasileiro do general João Propício Mena Barreto (depois barão de São Gabriel). Marchou de Piraí, no dia 1o de dezembro,e compunha-se apenas de seis mil homens (infantaria, 1.900; artilharia, 200; cavalaria, quase toda da Guarda Nacional, 3.900). No assédio de Paissandu, já tínhamos uns 500 homens de infantaria, do Exército e da Armada, e uma brigada de voluntários de cavalaria, com 1.200 homens. O general Flores, chefe da revolução oriental e nosso aliado, comandava 600 homens de infantaria e 2.400 de cavalaria. A esquadra brasileira estava sob o comando do almirante Tamandaré.

— Neste mesmo dia, o capitão Martín Urbieta, à frente de 220 paraguaios, ataca a colônia de Dourados, na fronteira de Mato Grosso. O tenente Antônio João Ribeiro, que comandava apenas umdestacamento de 15 praças, recusa render-se e morre combatendo. “O tenente de infantaria, cidadão Manuel Martínez [disse Urbieta, em sua parte oficial], intimou-o a que se rendesse, mas o comandantebrasileiro respondeu que se lhe apresentássemos ordem do governoimperial, se renderia, mas sem ela não o faria de modo algum.”
7 de dezembro de 1866, sexta-feira. Atualizado em 26/10/2025 00:01:08
97°. Decreto imperial
3 de agosto de 1867, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:41:05
98°. Combate de arroio Hondo
1867 — Combate de arroio Hondo, em que o brigadeiro Andrade Neves derrota uma coluna paraguaia, dirigida pelo comandante Rojas. A primeira carga da nossa cavalaria da Guarda Nacional deu-se em Penimbu, uma légua (cerca de 6,6 km) ao sul de arroio Hondo. Andrade Neves perseguiu os fugitivos até Posta Chuchu, além do arroio.
7 de setembro de 1867, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:41:06
99°. Ficam abertas à navegação estrangeira, o rio Amazonas até a fronteira peruana, o Tocantins até Cametá, o Tapajós até Santarém, o rio Negro até Manaus, o Madeira até Borba, e o São Francisco até Penedo
Ficam abertas, desde este dia, à navegação estrangeira, o rio Amazonas até a fronteira peruana, o Tocantins até Cametá, o Tapajós até Santarém, o rio Negro até Manaus, o Madeira até Borba, e o São Francisco até Penedo. O decreto imperial de 7 de dezembro de 1866, que adotou esta sábia providência, foi referendado pelo conselheiro Manuel Pinto de Sousa Dantas, ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas no gabinete de 3 de agosto de 1866, presidido por Zacarias de Góis e Vasconcelos (ver 7 de dezembro de 1866).
19 de agosto de 1868, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:06
100°. Caxias marcha para atacar as posições de Solano López
28 de setembro de 1871, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:52
101°. Promulgada a Lei do Ventre Livre
É aprovada, em última discussão, no Senado, e no mesmo dia sancionada pela princesa imperial regente, dona Isabel, a lei que declarou livres os filhos de mãe escrava e que criou um fundo aplicável à libertação dos escravos.
7 de setembro de 1889, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:41:06
102°. Tratado de Arbitramento, assinado em Buenos Aires
Tratado de Arbitramento, assinado em Buenos Aires, para a pronta solução das controvérsias de fronteiras entre o Brasil e a República Argentina, por decisão do presidente dos Estados Unidos da América do Norte.
25 de janeiro de 1890, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:40:22
103°. Quintino Bocaiuva, Ministro de Relações Exteriores, negociou e assinou o Tratado de Montevidéu
1890 — Tratado assinado em Montevidéu pelos representantes do governo provisório do Brasil e pelos da República Argentina, para a divisão do território contestado entre os dois países. A Câmara dos Deputados, em sessão de 10 de agosto de 1891, negou aprovação desse tratado por 142 votos, contra 5.




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O caminho do Peabiru
22 de agosto de 2018, quarta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos

 Temas (3): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Ouro





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1 de novembro de 1585, sexta-feira
Atualizado em 28/10/2025 05:53:49
Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós
Cidades (7): Boituva/SP, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Paracatu/MG, Paranaguá/PR, Santos/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (13): Afonso Dias, Afonso Sardinha, o Velho, Antonio de Proença, Balthazar Fernandes, Clemente Álvares, Diogo de Unhate, Domingos Luis Carvoeiro, Domingos Luís Grou, Francisco de Saavedra, Francisco Teixeira Cid, Jerônimo Leitão, Manuel Fernandes Ramos, Sebastião Leme "Ghost"
Temas (21): Aldeias, Bairro Itavuvu, Boigy, Cachoeiras, Caminho do Paraguay, Caminho São Paulo-Santos, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Carijós/Guaranis, Ermidas, capelas e igrejas, Gentios, Guerra de Extermínio, Lagoa Dourada, Ouro, Pirapitinguí, Rio Anhemby / Tietê, Rio Iguassú, Rio Paraguay, Rio Paranapanema, Sabarabuçu, Tupinambás, Tupiniquim
SP na órbitas dos Filipes
Data: 2010
Créditos: Páginas 177 e 178
    26 fontes
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1719
Atualizado em 28/10/2025 08:32:10
Mapa “Nouvelles Carte de Geographie de la Partie Meridionale de L´Amerique Suivant les Plus Nouvelles Observations”, de Henri Chatelain
Cidades (5): Cananéia/SP, Itanhaém/SP, Paranaguá/PR, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Temas (12): Abangobi, Geografia e Mapas, Guaranis, Guayrá, Lagoa Dourada, Pernaguá, Rio Anhemby / Tietê, Rio Paraná, Rio Paranapanema, Schebetueba, Trópico de Capricórnio, Tupiniquim
Nouvelles Carte de Geographie de la Partie Meridionale de L´Amerique Suivant les Plus Nouvelles Observations
Data: 1719
Créditos: Henri Chatelain(mapa




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1525
Atualizado em 28/10/2025 05:53:51
Aleixo Garcia organizou uma expedição com centenas de índios
Cidades (4): Cananéia/SP, Miranda/MS, Piedade/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (3): Aleixo Garcia, Francisco de Chaves, Martim Afonso de Sousa
Temas (10): Assunguy, Caminho até Cananéa, Caminho do Peabiru, Lagoa Dourada, Ouro, Pela primeira vez, Peru, Porto dos Patos, Sabarabuçu, Sertão dos Patos
Publicação Oficial de Documentos Interessantes para a História e Costumes de São Paulo. Vol. IV
Data: 1896
Créditos: Página 14
    6 fontes
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Manoel da Nóbrega escreve de São Vicente: “Ainda que com tanta contradição dos brancos não se pode fazer nada mais que desacreditar cada vez o nosso ministério”
10 de março de 1553, terça-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:38:55
Relacionamentos
 Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Leonardo Nunes, Manuel da Nóbrega (36 anos), Tomé de Sousa (50 anos)
 Temas (2): Biesaie, Carijós/Guaranis





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João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
1886. Atualizado em 23/10/2025 15:51:07
Relacionamentos
 Cidades (9): Bertioga/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Curitiba/PR, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Miguel Paulista/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (44) Amador Bueno de Ribeira (1584-1649), Américo Vespúcio (1454-1512), Ana Camacho, Antonio de Aguiar Barriga (1600-1655), Antonio Pedroso de Barros (1610-1652), Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartholomeu Bueno I (1555-1620), Bernarda Luiz Camacho, Brás Cubas (1507-1592), Caiubi, senhor de Geribatiba, Diogo Garcia de Moguér, Domingos Luis Carvoeiro (1540-1615), Domingos Luís Grou (1500-1590), Fernão d’Álvares (n.1500), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Dias Velho (f.1689), Francisco Dias, Mais velho (1578-1645), Francisco Luís Carneiro de Sousa (1640-1708), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Inês Monteiro de Alvarenga, João Mendes de Almeida (1831-1898), João Pires de Medeiros, João Pires, o gago (1500-1567), João Ramalho (1486-1580), Jorge Ferreira (1493-1591), José de Anchieta (1534-1597), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Maria Pires de Medeiros, Maria Pires Fernandes, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Matheus da Ascenção, Mauro Teixeira, Mécia Rodrigues (1602-1665), Mecla-Açu (Mécia Fernandes) (1557-1625), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Pero (Pedro) de Góes, Pero Capico, Piqueroby (1480-1552), Ruy Pinto (f.1549), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Salvador Pires de Medeiros (1580-1654), Salvador Pires, moço (1570-1616)
 Temas (57): “o Rio Grande”, Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Apiassava das canoas, Bacaetava / Cahativa, Biscainhos, Caciques, Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Descobrimento do Brazil, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Fortes/Fortalezas, Gentios, Goayaó, Graus, Grunstein (pedra verde), Guaianás, Guaianase de Piratininga, Ibiapaba, Ipiranga, Itacoatiara - Ilha do Cardoso, Léguas, Mequeriby, Morpion, Mosteiro de São Bento SP, Nheengatu, Nossa Senhora da Luz, Nossa Senhora da Visitação, Nossa Senhora de Montserrate, O Sol, Ordem de Cristo, Patuahy, Porto das Almadias, Rio Amazonas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Cubatão, Rio Cubatão (Nhundiaquara), Rio Geribatiba, Rio Juquiri, Rio Pinheiros, Rio Piratininga, Rio Tamanduatei, São Paulo de Piratininga, Serra de Paranapiacaba, Tabajaras, Taperovira, Tapuias, Tumiaru, Tupinambás, Tupiniquim, Ururay, Vale do Anhangabaú, Vila de Santo André da Borda, Ytá-pé-bae, Ytutinga

Registro mencionado
1. Chegada de Diogo Garcia de Moguer
1 de janeiro de 1527

Diogo Garcia, Memoria de la navegacion... en el año de 1526 e 1527 escreveu, com referência a 1527: Daqui saímos em meados de janeiro daquele ano,... e andando pela estrada chegamos a um rio chamado Rio de los Patos, que está a 27 graus, que há uma boa geração, que eles fazem muito boa obra para os cristãos, e eles são chamados de Carrioces..." Patos
era nome de uma tribo.

É nessa Memoria que DioGO Garcia escreveu : en S. Vicente, questá en 24 grados, vive un bachiller e unos yernos suyos, mucho tiempo ha, que ha bien 30 anos; e ah estuvimos hasta 15 de Enero dei ano seguiente de 27 ; .... y está una gente ali con el bachiller que comen carne umana, y es mui buena gente, amigos mucho de los cristianos, que se llaman Topies,

Esta carta teria sido escripta depois de 1531, quando já era conhecido o nome do porto de S. Vicente? Ou, como parece muito provável, esse porto de Diogo Garcia era, mais ou menos, em Cananéa? Nesse lugar, mais ou menos, Martim Affonso de Souza encontrou também em 1531 o tal bacharel, [Página 294]
Registros mencionados (54)
1480 - Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay [22414]
27/06/1499 - O navegador espanhol Alonso de Hojeda avista uma terra alagada. O visconde de Porto Seguro supõe que essa terra fosse a das bocas do Açu ou do Apodi, no Rio Grande do Norte. [11225]
22/04/1500 - O “Descobrimento” do Brasil [20175]
01/05/1500 - Cartas de Caminha e do Mestre João Emenelau Farás [7461]
07/09/1502 - André Gonçalves e Américo Vespúcio chegam a Lisboa depois de terem feito a primeira exploração do litoral brasileiro, do cabo de São Roque a Cananéia. [11875]
10/05/1503 - Resolveu El-Rei D. Manoel nova expedição, sob o comando de Gonçalo Coelho, com o titulo de capitão-mór [21936]
01/01/1527 - Chegada de Diogo Garcia de Moguer [21461]
22/01/1531 - Bertioga [26243]
03/03/1531 - Concedidas terras a Bras Cubas “que for da conquista de El-Rey nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba” [25971]
22/01/1532 - Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos” [9728]
25/01/1532 - Ramalho aproxima-se á Jerybatuba três dias depois da chegada de Martim Afonso á Bertioga [27125]
10/02/1532 - Sesmaria a Ruy Pinto [24364]
10/10/1532 - Martim Afonso concede sesmarias [21966]
15/10/1532 - (...) quinze dias do mês de outubro, e em a ilha de São Vicente, dentro da fortaleza, por Pedro de Góes, fidalgo da casa de El-Rei Nosso Senhor, foi apresentada a mim escrivão ao diante nomeado uma carta de doação de certas terras que o muito magnífico Senhor Martim Afonso de Souza, do conselho de El Rei. Nosso Senhor, governador em todas estas terras do Brasil, deu ao dito Pedro de Góis, por virtude de um poder paa isso lhe deu Sua Alteza, as quais terras se chama Tecoapara (*) e a serra de Tapurihetera que está da banda donde nasce o sol, águas vertentes com o rio de Gerybatyba, o qual rio e terras estão defronte (...) [25004]
30/11/1532 - Hoje não resta dúvida de que o fundador do primeiro núcleo de povoação em Piratininga foi Martim Afonso de Souza [21818]
10/02/1533 - Sesmaria a Ruy Pinto, cavaleiro da Ordem de Cristo [21990]
04/04/1538 - Concessão de sesmaria no Ypiranga [22004]
01/11/1549 - Leonardo Nunes, o único jesuíta ferreiro, com mais 10 ou 12 meninos e alguns Carijós (Guaranis) partiu para São Vicente [20814]
1553 - Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira [19181]
08/09/1553 - João Ramalho fundou uma povoação / vila de Santo André [20042]
1554 - Elevação de Santo André da Borda do Campo a vila é confirmada por Bras Cubas [22052]
25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi [8156]
22/09/1557 - Antonio Rodrigues de Almeida feito capitão-mór governador e ouvidor ela capitania ele Santo Amaro de Guaibe [21984]
22/01/1560 - Antonio Rodrigues de Almeida pede terras “(...) até se findar no rio da Tapera do Cacique e dali irá por ele abaixo até chegar ao dito regato, onde começou primeiro a partir, que será onde se vê o dito regato meter no rio Anhangavahy” [21983]
05/04/1560 - A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão [21938]
08/07/1562 - Anchieta: oitavo dia [23953]
10/07/1562 - Cerco de Piratininga ou A Guerra de Piratininga [8749]
16/04/1563 - “sendo coisa maravilhosa que se achavam ás flechadas irmãos com irmãos, primos com primos, sobrinhos com tios, e, o que mais é, dois filhos, que eram cristãos detestavam conosco contra seu pai, que era contra nós” [21989]
09/08/1567 - Sesmaria a João Ramalho [21982]
22/08/1567 - Cubatão [26274]
12/10/1580 - Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro) [20121]
17/03/1590 - A população de São Paulo recebia a notícia através de dois participantes de uma entrada [22292]
01/06/1592 - Após o falecimento do sogro solicitou terras para os pequenos cunhados* [20489]
04/07/1598 - Para a fundação do mosteiro foram concedidas pelo capitâo-mór Jorge Corrêa duas sesmarias, como vê-se no livro de registros na Thesouraria de Fazenda [21945]
15/04/1600 - Os oficiais da Câmara ratificaram, o que já havia sido feito por seus colegas, a Frei Mauro Teixeira [26681]
1609 - Obra do padre Fernão Guerreiro [21980]
1610 - Concedida sesmaria a João Pires, bisneto de Piqueroby [21988]
1625 - Falecimento de Mécia Fernandes [28370]
01/03/1638 - Bula papal à Companhia de Jesus a direção dos Índios* [21937]
18/05/1641 - Câmara de São Paulo cedeu [22001]
19/05/1641 - Fechamento do caminho do mar [23301]
07/06/1644 - Ordem do Rei D. João IV para a descoberta das "tais" minas de ouro e prata [21961]
03/06/1652 - Restituição dos padres jesuítas aos seis colégios [21985]
05/02/1654 - Tentativa de invasão da vila de São Paulo [22280]
09/02/1654 - Reunida a camará com o capitão-mór, e pessoas notáveis da vila, entre as quaes o visitador da Companhia de Jesus, o abade do mosteiro de S. Bento, o prior do convento do Carmo e o governador dòo convento de S. Francisco, ordens monásticas já existentes (*), é resolvido conservar a José Ortiz de Camargo no cargo de ouvidor, sem porém poder usar da provisão, até chegar o ouvidor sindicante. Este acordo, ao qual nâo se quiz sujeitar o referido Ortiz [22282]
15/11/1660 - Salvador Correia de Sá suspende do exercício de seus cargos o ouvidor Antonio Lopes de Medeiros e o juiz ordinário D. Simão de Toledo Piza [21956]
16/11/1660 - Lourenço Castanho Taques, um dos paulistas mais poderosos, escreve uma violenta carta aos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro [21957]
02/03/1661 - Após uma cavalgada de três dias, Balthazar solicita a Salvador Correia que Sorocaba seja elevada a categoria de "Vila" [6584]
28/04/1679 - Conde da Ilha do Príncipe reivindicou, perante a câmara de São Vicente, os seus direitos á antiga doação régia [25344]
05/05/1682 - Carta régia autorizando os paulistas Manuel Fernandes de Abreu, Jacinto Moreira Cabral e Martim Garcia Lombria a estabelecer fundições de ferro em Araçoiaba [10785]
23/03/1720 - Bartholomeu Paes de Abreu propos ao rei abrir um caminho pelo interior [22000]
23/05/1720 - Morro de Hybyticatú do termo da villa de Sorocaba [21026]
1797 - “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800) [22667]
1880 - Revista do Instituto Histórico, Geographico e Ethnographico do Brasil, XL [26244]





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Mapa “Americae Pars Magis Cognita”, de Theodore De Bry
1592. Atualizado em 25/02/2025 04:45:42
Relacionamentos
 Cidades (6): Assunção/PAR, Cabo Frio/RJ, Cananéia/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Rio de Janeiro/RJ, São Vicente/SP
 Temas (7): Geografia e Mapas, Ilha de Santa Catarina, Morpion, O rio de Janeiro, Rio Paraná, Santa Ana, Trópico de Capricórnio





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Mapa das Capitanias Hereditárias proposto por Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878)
1854. Atualizado em 25/02/2025 04:41:22
Relacionamentos
 Cidades (10): Belém/PA, Laguna/SC, Santos/SP, Iguape/SP, Cananéia/SP, Sorocaba/SP, Curitiba/PR, São Paulo/SP, Ouro Preto/MG, Porto Alegre/RS
 Pessoas (2) Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), João Capistrano Honório de Abreu (46 anos)
 Temas (10): Geografia e Mapas, Rio Paranapanema, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Anhemby / Tietê, Serra do Mar, Serra da Mantiqueira, Rio Iguassú, Missões/Reduções jesuíticas, Rio Paraná, Rio Pardo






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“Itaquaquecetuba em tempos coloniais: a função social do aldeamento de Nossa Senhora da Ajuda na ocupação do planalto da Capitania de São Vicente (1560-1640)”. Diana Magna da Costa
2021. Atualizado em 23/10/2025 17:19:58
Relacionamentos
 Cidades (9): Carapicuiba/SP, Curitiba/PR, Guarulhos/SP, Itanhaém/SP, Itaquaquecetuba/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (20) Alfredo Ellis Júnior (1896-1974), Amador Bueno de Ribeira (1584-1649), Antonio de Aguiar Barriga (1600-1655), Belchior da Costa (1567-1625), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Custódio de Paiva, Diogo Ordonhez de Lara (1550-1602), Domingos Afonso, Gaspar Gonçalves Conqueiro, Gaspar Vaz Guedes (n.1560), Gregório Ramalho, Jerônimo Leitão, João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Lopo Dias Machado (1515-1609), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Nicolau Barreto, Padre João Alvares, Catarina de Faria, Sergio Buarque de Holanda (1902-1982)
 Temas (23): “o Rio Grande”, Aldeias, Boigy, Caminho até Mogi, Caminho de Curitiba, Carijós/Guaranis, Embiacica, Epidemias e pandemias, Goayaó, Guaianase de Piratininga, Nossa Senhora D´ajuda, Nossa Senhora da Escada, NS do Carmo de Santos, Pela primeira vez, Rio Anhemby / Tietê, Rio Goyaó, Rio Jaguari, Rio Ururay, Sabaúma, Santa Ana de Mogi das Cruzes, Santa Ana de Mogi-Mirim, Ururay, Ytacurubitiba
Registros mencionados (16)
12/06/1561 - “De maneira que quase todo o dia se gasta em confissões, e se mais intérpretes houvera, muito mais se confessavam, e não é pequena desconsolação vê-los estar todo o dia esperando na Igreja” [21908]
01/06/1590 - Jerômilo Leitão ordenou um reconhecimento prévio do local* [19964]
03/12/1593 - As primeiras notícias que temos sobre a região de Mogi pelas atas da câmara [25173]
05/12/1593 - Depoimento sobre o ataque a Antonio de Macedo e Domingos Luis Grou no rio Jaguari: Manoel Fernandes uma das vítimas [20496]
05/02/1595 - Diogo de Lara assinou na Câmara [21472]
13/06/1601 - Requerimento apresentado aos oficiais da câmara [32091]
1610 - Antonio Camacho solicitou terras no Coabussú [23535]
07/01/1610 - Traslado de uma carta de dadas de terra de Domingos de Góes morador na Villa de São Paulo [23534]
22/03/1610 - Belchior da Costa alega ter as filhas Beatriz Diniz e Vicência da Costa para casar. Pede terras em frente às de Suzana Dias, defronte à capela de Santana do “Pernaiba”, na banda do além Anhembi, rio acima [24074]
23/03/1610 - Aos 23 de março do referido ano, padre João Alvares teve sua primeira carta de sesmaria concedida. Este documento está com a maior parte das linhas ilegíveis e por este motivo não foi transcrito na íntegra [25174]
1611 - Pedido de Sesmaria [20479]
17/08/1611 - Elevação à Vila de Santa Ana de Mogi Morim / Fundação de Mogi das Cruzes [21295]
10/09/1611 - Lei de dom Filipe III reconhecendo, em princípio, a liberdade dos índios, mas declarando legítimo o cativeiro dos que fossem aprisionados em justa guerra ou dos que fossem resgatados quando cativos de antropófagos [11902]
1627 - Concessões [24716]
1639 - Traslado do registo da carta de data de terras de Pantaleão Fernandes dada pelo capitão-mor e ouvidor Antonio de Aguiar Barriga [32088]
04/05/2023 - Leis, consultado em camarapirapozinho.sp.gov.br [28192]





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  31/10/2025 10:55:54º de
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Atlas Miller é evidência da "ilha Brasil", segundo Jaime Cortesão
1519. Atualizado em 31/10/2025 10:55:54
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 Cidades (2): Paranapanema/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Jaime Zuzarte Cortesão (1884-1960)
 Temas (15): Bairro Itavuvu, Botocudos, Cayacangas, Geografia e Mapas, Goayaó, Ilha Brasil, Ilha de Barnabé, Juru-Mirim, Metalurgia e siderurgia, Pela primeira vez, Rio dos Dragos, Rio Itapocú, Rio Paranapanema, Rio Palmital, Caminho do Peabiru





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  13/02/2025 06:42:31º de
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PAIS QUI SONT AUX ENVIRONS DE LA RIVIERE DE LA PLATA ET DU PAIS DES PATAGONS
1683. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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 Cidades (2): Assunção/PAR, Corrientes/ARG
 Temas (11): Anniriri, Charruas, Geografia e Mapas, Guayrá, Lagoas, Rio da Prata, Rio Paraná, Rio Paranapanema, Santa Ana, Serra de Paranapiacaba, Trópico de Capricórnio





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  13/02/2025 06:42:31º de
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Mapa de Jodocus Hondius
1600. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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 Cidades (7): Assunção/PAR, Cabo Frio/RJ, Itanhaém/SP, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, São Sebastião/SP, São Vicente/SP
 Pessoas (2) Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Jodocus Hondius (37 anos)
 Temas (12): Abangobi, Ermidas, capelas e igrejas, Carijós/Guaranis, Cariós, Geografia e Mapas, Itapeva (Serra de São Francisco), Piqueri, Rio Iguassú, Rio Paraná, Rio Tibagi, Santo Antônio do Piqueri, Trópico de Capricórnio





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  25/02/2025 04:46:28º de
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Buenos
1535. Atualizado em 25/02/2025 04:46:28
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 Cidades (4): Barueri/SP, Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Rui Garcia de Moschera, Sebastião Caboto (59 anos)
 Temas (7): Apiassava das canoas, Carijós/Guaranis, Marumiminis, Porto dos Patos, Porto em Sorocaba, Portos, Serra dos Guaramumis ou Marumiminis





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  24/10/2025 02:52:01º de
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Os espanhóis de Iguape, de que era chefe Ruiz García de Mosquera, ameaçados pelos portugueses de São Vicente (ver 22 de janeiro de 1532), fugiram para a ilha de Santa Catarina
1535. Atualizado em 24/10/2025 02:52:01
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 Cidades (4): Cananéia/SP, Iguape/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Bacharel de Cananéa, Domingos Luís Grou (35 anos), Rui Garcia de Moschera
 Temas (10): Espanhóis/Espanha, Guerra de Iguape, Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba, Ouro, Porto dos Patos, Santa Catarina, Tordesilhas, Fortes/Fortalezas, Caminho até Cananéa, Caminho do Mar





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  30/10/2025 03:06:34º de
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“O principal motivo de todos os impedimentos foi o fechamento da estrada por causa dos castelhanos, que estão a pouco mais de cem léguas desta capitania. E eles têm terras, e tanto que dizem que há montanhas deles, e muitas notícias de ouro pelo qual fecharam e bloquearam a estrada
15 de junho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 30/10/2025 03:06:34
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 Cidades (1): São Vicente/SP
 Pessoas (5) Brás Cubas (46 anos), Jácome Lopes, João Ramalho (67 anos), Manuel da Nóbrega (36 anos), Paulo Dias Adorno
 Temas (8): Assassinatos, Bois e Vacas, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Léguas, Música, Ouro, Vila de Santo André da Borda





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  25/02/2025 04:45:14º de
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1730
Atualizado em 28/10/2025 06:20:00
Mapa geral do Brasil, atribuído a Domingos Capacci
Cidades (4): Cananéia/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (1): Jaime Zuzarte Cortesão
Temas (10): Descobrimento do Brazil, “o Rio Grande”, Geografia e Mapas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Paranapanema, Rio São Francisco, Rio Sorocaba, Tordesilhas, Trópico de Capricórnio, União Ibérica
Mapa geral do Brasil*
Data: 1700
Créditos: objdigital.bn.br/acervo_digital/div_cartografia/cart525808/cart525808.htmlDesenho a tinta ferrogálica e aquarelado
    1 fonte
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    Registros relacionados
3 de maio de 1493, sexta-feira. Atualizado em 24/04/2025 17:14:34
1°. Bula Inter coetera de concessão, aos reis católicos, das terras descobertas e que por seu mandado se descobrirem




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  13/02/2025 06:42:31º de
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1938
Atualizado em 28/10/2025 05:53:57
Historia da Companhia de Jesus no Brasil. Serafim Soares Leite (1890-1969)
Cidades (8): Cananéia/SP, Itanhaém/SP, Lisboa/POR, Peruíbe/SP, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP
Pessoas (20): Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca, Benedito Calixto de Jesus, Maximilien François Marie Isidore de Robespierre, Fabiano de Lucena, Fernão Cardim, Francisco Adolfo de Varnhagen, Jerônimo Leitão, José de Anchieta, Juan de Salazar y Espinosa, Konyan-bébe, Leonardo Nunes, Luís da Grã, Manuel da Nóbrega, Martim Afonso de Sousa, Mência Calderon Ocampo, Pero Correia, Serafim Soares Leite, Simão de Vasconcelos, Teodoro Fernandes Sampaio, Tomé de Sousa
Temas (19): Cristãos, Bilreiros de Cuaracyberá, Ermidas, capelas e igrejas, Capitania de São Vicente, Colégios jesuítas, Franciscanos, Gados, Guerra de Extermínio, Habitantes, Jesuítas, Léguas, Nossa Senhora da Conceição, Ouro, Peru, Rio da Ribeira, o Isubay, Rio Iguassú, Carijós/Guaranis, Rio Iguape, Caminhos a Iguape
Historia da Companhia de Jesus no Brasil (Séc. XVI - O Estabelecimento)
Data: 1938
Créditos: Serafim Soares LeitePágina 320
    Registros relacionados
1548. Atualizado em 25/02/2025 04:46:42
1°. Nativo enviado é Lisboa
10 de março de 1553, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:38:55
2°. Manoel da Nóbrega escreve de São Vicente: “Ainda que com tanta contradição dos brancos não se pode fazer nada mais que desacreditar cada vez o nosso ministério”
Ainda em vida do P. Leonardo Nunes se avançou na direção do sul. Iniciou ele próprio viagens, indo recolher umas senhoras naufragadas no Rio dos Patos. Fora a pedido de Tomé de Sousa, estava para lá no dia 10 de março de 1553, e já tinha voltado a 15 de junho. Neste dia, escreve Nóbrega que estão todos de saúde, "salvo Leonardo Nunes, que veio muito doente do Rio dos Patos, aonde foi buscar umas senhoras Castelhanas, a pedido do Governador".
15 de junho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 15/06/2025 02:03:51
3°. Peabiru
Ainda em vida do P. Leonardo Nunes se avançou na direção do sul. Iniciou ele próprio viagens, indo recolher umas senhoras naufragadas no Rio dos Patos. Fora a pedido de Tomé de Sousa, estava para lá no dia 10 de março de 1553, e já tinha voltado a 15 de junho. Neste dia, escreve Nóbrega que estão todos de saúde, "salvo Leonardo Nunes, que veio muito doente do Rio dos Patos, aonde foi buscar umas senhoras Castelhanas, a pedido do Governador".
15 de junho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:27
4°. “O principal motivo de todos os impedimentos foi o fechamento da estrada por causa dos castelhanos, que estão a pouco mais de cem léguas desta capitania. E eles têm terras, e tanto que dizem que há montanhas deles, e muitas notícias de ouro pelo qual fecharam e bloquearam a estrada
Ainda em vida do P. Leonardo Nunes se avançou na direção do sul. Iniciou ele próprio viagens, indo recolher umas senhoras naufragadas no Rio dos Patos. Fora a pedido de Tomé de Sousa, estava para lá no dia 10 de março de 1553, e já tinha voltado a 15 de junho. Neste dia, escreve Nóbrega que estão todos de saúde, "salvo Leonardo Nunes, que veio muito doente do Rio dos Patos, aonde foi buscar umas senhoras Castelhanas, a pedido do Governador".
1559. Atualizado em 25/02/2025 04:41:00
5°. Peruíbe
Benedito Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.

2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.

Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:

"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.

Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:

que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere.

E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado"
. [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319]
1561. Atualizado em 25/02/2025 04:46:41
6°. Itanhaém
O documento explícito mais antigo, que se refere aos trabalhos dos Jesuítas em Itanháem, é com data de 1561; e diz Anchieta que eles não residiam na povoação, mas acudiam lá, com fruto. O próprio Anchieta passou em Itanháem a quaresma de 1563, antes de ir a Iperoig com Manuel da Nóbrega. Foi nessa estada, que sucedeu a conversão e morte do velho, que se dizia ter 130 anos, narrada por Simão de Vasconcelos. O qual conta igualmente o seguinte episódio, referido ao tempo em que Anchieta foi Superior da Capitania de São Vicente (1569-1576):

Achava-se Joseh na Igreja da Conceição de Itanháem, cujo devotíssimo era. Queixavam-se-lhe os mordomos da confraria que não havia azeite. Diziam que a botija estava vazia; Anchieta mandou a que a tornassem a ver e encontraram-a cheia.

Já antes de Vasconcelos, contas Pero Rodrigues "outros casos que na praia de Itanhaém aconteceram", sendo este o próprio título do capítulo 12 da Vida de Anchieta. Também, naquele mesmo ano de 1563, Nóbrega, depois da volta de Iperoig, fêz em Itanháem as pazes entre os Tamoios de Cunhambeba e os nativos Tupis, discípulos dos Jesuítas. "O P. Nóbrega os fêz ajuntar a todos na igreja, onde se falaram e abraçaram e ficaram grandes amigos".

As visitas dos Padres de São Vicente não cessaram nunca à vila de Itanhaém e às Aldeias próximas, que eram pelo menos duas, em 1584: "da outra banda do rio, como uma légua tem duas aldeias pequenas de nativos cristãos" (São João de Peruíbe?).

Nesse tempo a vila não possuía vigária e teria 50 moradores: "Os Padres os visitam, consolam e ajudam no que podem, ministrando-lhes os sacramentos por sua caridade", diz Fernão Cardim.

Não só os Jesuítas, mas todos os Portugueses da Capitania eram sumamente devotos de Nossa Senhora da Conceição, de Itanhaém. Concorriam para a sua confraria com esmolas, incorporavam-se nela, faziam-lhe visitas, não a esqueciam nos seus testamentos. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga". Tiveram um desgosto. Porque, dizem eles, "foi o mordomo de tal condição que, por mais que lhe pedimos pusesse aquele rosário ao pescoço da Senhora, pera nossa consolação e pera testemunho de lhe ser oferecido, nunca o pudemos acabar com ele; e mais trazendo o Padre Provincial Fernão Cardim esta esmola a seu cárrego, que por nós virmos por ali, e este estar de pressa, a não trouxe".

Nesta data, já Itanhaém possuía vigário, o P. António Fernandes, que fôra da Companhia. Os ministérios dos Jesuítas em Itanhaém e arredores, durante o século XVI, consistiam em missões mais ou menos prolongadas, feitas pelos Padres de São Vicente e de Santos.

Tais missões produziam fruto, que a tradição avultou com o tempo, sobretudo no que se refere a Anchieta. E com perfeito fundamento, neste caso, porque foi ele, não há dúvida, o seu principal apóstolo da praia de Itanhaém a que chamava "o seu Peru, pelo rico minério de almas que nele achava para salvar entre nativos e portugueses".

Benedito Calixto escreve: "Logo que chegaram os primeiros Jesuítas em 1549, foram ali residir (em Itanhaém) entre os nativos e os colonos, antes de fundarem o Colégio de Piratininga; e deram imediatamente começo às obras da Igreja e estabelecimento do Colégio, florescendo a povoação até o ano de 1561".

Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.

2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.

Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:

"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.

Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:

que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere.

E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado"
. [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319]
2 de março de 1563, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:42:54
7°. Anchieta e Manoel da Nóbrega estão em Itanhaém na quaresma que antecedeu a sua ida à aldeia de Iperoig
O documento explícito mais antigo, que se refere aos trabalhos dos Jesuítas em Itanháem, é com data de 1561; e diz Anchieta que eles não residiam na povoação, mas acudiam lá, com fruto. O próprio Anchieta passou em Itanháem a quaresma de 1563, antes de ir a Iperoig com Manuel da Nóbrega. Foi nessa estada, que sucedeu a conversão e morte do velho, que se dizia ter 130 anos, narrada por Simão de Vasconcelos. O qual conta igualmente o seguinte episódio, referido ao tempo em que Anchieta foi Superior da Capitania de São Vicente (1569-1576):

Achava-se Joseh na Igreja da Conceição de Itanháem, cujo devotíssimo era. Queixavam-se-lhe os mordomos da confraria que não havia azeite. Diziam que a botija estava vazia; Anchieta mandou a que a tornassem a ver e encontraram-a cheia.

Já antes de Vasconcelos, contas Pero Rodrigues "outros casos que na praia de Itanhaém aconteceram", sendo este o próprio título do capítulo 12 da Vida de Anchieta. Também, naquele mesmo ano de 1563, Nóbrega, depois da volta de Iperoig, fêz em Itanháem as pazes entre os Tamoios de Cunhambeba e os nativos Tupis, discípulos dos Jesuítas. "O P. Nóbrega os fêz ajuntar a todos na igreja, onde se falaram e abraçaram e ficaram grandes amigos".

As visitas dos Padres de São Vicente não cessaram nunca à vila de Itanhaém e às Aldeias próximas, que eram pelo menos duas, em 1584: "da outra banda do rio, como uma légua tem duas aldeias pequenas de nativos cristãos" (São João de Peruíbe?).

Nesse tempo a vila não possuía vigária e teria 50 moradores: "Os Padres os visitam, consolam e ajudam no que podem, ministrando-lhes os sacramentos por sua caridade", diz Fernão Cardim.

Não só os Jesuítas, mas todos os Portugueses da Capitania eram sumamente devotos de Nossa Senhora da Conceição, de Itanhaém. Concorriam para a sua confraria com esmolas, incorporavam-se nela, faziam-lhe visitas, não a esqueciam nos seus testamentos. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga". Tiveram um desgosto. Porque, dizem eles, "foi o mordomo de tal condição que, por mais que lhe pedimos pusesse aquele rosário ao pescoço da Senhora, pera nossa consolação e pera testemunho de lhe ser oferecido, nunca o pudemos acabar com ele; e mais trazendo o Padre Provincial Fernão Cardim esta esmola a seu cárrego, que por nós virmos por ali, e este estar de pressa, a não trouxe".

Nesta data, já Itanhaém possuía vigário, o P. António Fernandes, que fôra da Companhia. Os ministérios dos Jesuítas em Itanhaém e arredores, durante o século XVI, consistiam em missões mais ou menos prolongadas, feitas pelos Padres de São Vicente e de Santos.

Tais missões produziam fruto, que a tradição avultou com o tempo, sobretudo no que se refere a Anchieta. E com perfeito fundamento, neste caso, porque foi ele, não há dúvida, o seu principal apóstolo da praia de Itanhaém a que chamava "o seu Peru, pelo rico minério de almas que nele achava para salvar entre nativos e portugueses".

Benedito Calixto escreve: "Logo que chegaram os primeiros Jesuítas em 1549, foram ali residir (em Itanhaém) entre os nativos e os colonos, antes de fundarem o Colégio de Piratininga; e deram imediatamente começo às obras da Igreja e estabelecimento do Colégio, florescendo a povoação até o ano de 1561".

Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.

2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.

Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:

"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.

Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:

que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere. E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado". [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319]
1574. Atualizado em 24/10/2025 20:40:09
8°. Cacique Martinho
Veremos depois outras tentativas de Manuel da Nóbrega e Luiz da Grã para a penetração do interior; mas convém conhecer antes, o esforço realizado ao longo da costa. Ainda em vida do P. Leonardo Nunes se avançou na direção do sul. Iniciou ele próprio viagens, indo recolher umas senhoras naufragadas no Rio dos Patos. Fora a pedido de Tomé de Sousa, estava para lá no dia 10 de março de 1553, e já tinha voltado a 15 de junho.

Neste dia, escreve Nóbrega que estão todos de saúde, "salvo Leonardo Nunes, que veio muito doente do Rio dos Patos, aonde foi buscar umas senhoras Castelhanas, a pedido do Governador".

Nóbrega temia que os Espanhóis, indo por terra, o levassem consigo até o Paraguai. Tinham vindo aquelas senhora como capitão João de Salazar, fundador da cidade de Assunção.Leonardo Nunes achou entre os Carijós alguns cristão, como os que tinham sido salteados e restituídos á liberdade algum tempo antes. Catequizaram-nos todos Frei Bernardo de Armenta e Fr. Alonso Lebrón, religiosos franciscanos, que acompanharam o Governador de Paraguai, Alvar Nuñez Cabeça de Vaca.

Daqueles nativos cristão ficaram vestígios por muito tempo. É possível, também, que outros de São Vicente ou de São Paulo se vissem estabelecer por alí. Carijós em São Vicente estiveram, com certeza, além daqueles primeiros do tempo de Leonardo Nunes.

Veio o irmão dum certo Martim, nativo principal. E êsse ou outro esteve em São Paulo e, vendo batizar, fazia o mesmo na sua terra. Daquele Martinho falava-se em São Vicente, em 1574. Tinha uma cruz na sua Aldeia. Quando via que alguns portugueses, que iam a contratar com ele, faziam reverência à Cruz, dizia que aquele era bom homem e dava-lhe quanto queria de sua casa. [p. 322, 323 e 324]
1584. Atualizado em 25/02/2025 04:40:58
9°. Itanhaém
As visitas dos Padres de São Vicente não cessaram nunca à vila de Itanhaém e às Aldeias próximas, que eram pelo menos duas, em 1584: "da outra banda do rio, como uma légua tem duas aldeias pequenas de nativos cristãos" (São João de Peruíbe?). Nesse tempo a vila não possuía vigária e teria 50 moradores: "Os Padres os visitam, consolam e ajudam no que podem, ministrando-lhes os sacramentos por sua caridade", diz Fernão Cardim.

Não só os Jesuítas, mas todos os Portugueses da Capitania eram sumamente devotos de Nossa Senhora da Conceição, de Itanhaém. Concorriam para a sua confraria com esmolas, incorporavam-se nela, faziam-lhe visitas, não a esqueciam nos seus testamentos. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga". Tiveram um desgosto. Porque, dizem eles, "foi o mordomo de tal condição que, por mais que lhe pedimos pusesse aquele rosário ao pescoço da Senhora, pera nossa consolação e pera testemunho de lhe ser oferecido, nunca o pudemos acabar com ele; e mais trazendo o Padre Provincial Fernão Cardim esta esmola a seu cárrego, que por nós virmos por ali, e este estar de pressa, a não trouxe".

Nesta data, já Itanhaém possuía vigário, o P. António Fernandes, que fôra da Companhia. Os ministérios dos Jesuítas em Itanhaém e arredores, durante o século XVI, consistiam em missões mais ou menos prolongadas, feitas pelos Padres de São Vicente e de Santos.

Tais missões produziam fruto, que a tradição avultou com o tempo, sobretudo no que se refere a Anchieta. E com perfeito fundamento, neste caso, porque foi ele, não há dúvida, o seu principal apóstolo da praia de Itanhaém a que chamava "o seu Peru, pelo rico minério de almas que nele achava para salvar entre nativos e portugueses".

Benedito Calixto escreve: "Logo que chegaram os primeiros Jesuítas em 1549, foram ali residir (em Itanhaém) entre os nativos e os colonos, antes de fundarem o Colégio de Piratininga; e deram imediatamente começo às obras da Igreja e estabelecimento do Colégio, florescendo a povoação até o ano de 1561".

Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.

2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.

Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:

"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.

Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:

que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere. E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado". [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319]
17 de maio de 1590, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:18:26
10°. “Antonio Arenso chegou quinta-feira a sua fazendo fugindo do sertão”
Já antes de Vasconcelos, contas Pero Rodrigues "outros casos que na praia de Itanhaém aconteceram", sendo este o próprio título do capítulo 12 da Vida de Anchieta.Também, naquele mesmo ano de 1563, Nóbrega, depois da volta de Iperoig, fêz em Itanháem as pazes entre os Tamoios de Cunhambeba e os nativos Tupis, discípulos dos Jesuítas. "O P. Nóbrega os fêz ajuntar a todos na igreja, onde se falaram e abraçaram e ficaram grandes amigos".
27 de novembro de 1596, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:42
11°. Partida
1605. Atualizado em 25/02/2025 04:46:41
12°. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga"
Não só os Jesuítas, mas todos os Portugueses da Capitania eram sumamente devotos de Nossa Senhora da Conceição, de Itanhaém. Concorriam para a sua confraria com esmolas, incorporavam-se nela, faziam-lhe visitas, não a esqueciam nos seus testamentos. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga". Tiveram um desgosto. Porque, dizem eles, "foi o mordomo de tal condição que, por mais que lhe pedimos pusesse aquele rosário ao pescoço da Senhora, pera nossa consolação e pera testemunho de lhe ser oferecido, nunca o pudemos acabar com ele; e mais trazendo o Padre Provincial Fernão Cardim esta esmola a seu cárrego, que por nós virmos por ali, e este estar de pressa, a não trouxe".

Nesta data, já Itanhaém possuía vigário, o P. António Fernandes, que fôra da Companhia. Os ministérios dos Jesuítas em Itanhaém e arredores, durante o século XVI, consistiam em missões mais ou menos prolongadas, feitas pelos Padres de São Vicente e de Santos.

Tais missões produziam fruto, que a tradição avultou com o tempo, sobretudo no que se refere a Anchieta. E com perfeito fundamento, neste caso, porque foi ele, não há dúvida, o seu principal apóstolo da praia de Itanhaém a que chamava "o seu Peru, pelo rico minério de almas que nele achava para salvar entre nativos e portugueses".

Benedito Calixto escreve: "Logo que chegaram os primeiros Jesuítas em 1549, foram ali residir (em Itanhaém) entre os nativos e os colonos, antes de fundarem o Colégio de Piratininga; e deram imediatamente começo às obras da Igreja e estabelecimento do Colégio, florescendo a povoação até o ano de 1561".

Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.

2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.

Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:

"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.

Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:

que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere. E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado". [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319]




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Balthazar Fernandes está com André nas reduções orientais do Uruguai, território do Rio Grande do Sul, onde se proveu dos últimos escravizados chegando ao seu número, em Parnaíba, a quase quatrocentos, incluídas as crianças
1636. Atualizado em 24/10/2025 04:30:09
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 Cidades (4): Laguna/SC, Santos/SP, Sorocaba/SP, São Paulo/SP
 Pessoas (2) Balthazar Fernandes (59 anos), Benta Dias de Proença (22 anos)
 Temas (3): Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Escravizados





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Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594)
1933. Atualizado em 29/10/2025 20:55:13
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 Cidades (8): Bertioga/SP, Cananéia/SP, Lisboa/POR, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (14) Cacique Pindoviiú, Carlos V (1500-1558), Duarte da Costa (1505-1560), Estácio de Sá (1520-1567), Joanes de Bolés (f.1567), José de Anchieta (1534-1597), Leonardo Nunes, Luís da Grã (n.1523), Manoel de Chaves, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Maximilien François Marie Isidore de Robespierre (1758-1794), Mem de Sá (1500-1572), Pero Correia (f.1554), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631)
 Temas (18): Algodão, Bilreiros de Cuaracyberá, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Cemitérios, Cristãos, Graus, Inquisição, Nheengatu, Peru, Porto dos Patos, Rio Cubatão, São Paulo de Piratininga, Sertão dos Patos, Tamoios, Tapuias, Trópico de Capricórnio, Vila de Santo André da Borda
Registros mencionados (23)
25/05/1542 - Confirmação de terras a “mestre Cosme, bacharel” [19956]
1549 - “grande língua da terra e dos principais moradores de São Vicente, foi aí recebido por Leonardo Nunes, em 1549, juntamente com Pero Correa” [21891]
08/05/1553 - Partida de Duarte da Costa [28701]
20/07/1553 - Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias [22499]
25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi [8156]
24/08/1554 - Os jesuítas Pedro Correia e João de Sousa, acompanhados de um leigo, partem de São Vicente para a catequização dos índios de Cananéia, e ali acabam mártires no mês seguinte [11767]
01/09/1554 - Carta: Ir. José de Anchieta ao Padre Inácio de Loyola, São Paulo de Piratininga [24737]
01/09/1554 - Quadrimestre de Maio a Setembro de 1554, de Piratininga* [26942]
25/12/1554 - Segundo Anchieta demonstra que a morte de Pero Correa e João de Sousa ocorreu depois do Natal de 1554* [26940]
15/03/1555 - Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola [26939]
1555 - “Um índio principal que veio aqui de mais de cem léguas, a converter-se à nossa santa fé, morreu com sinais de bom cristão” [21815]
15/05/1555 - Chegada [26867]
20/05/1560 - A vila de Santo André da Borda do Campo é extinta e incorporada a “nova” São Paulo de Piratininga [29269]
25/06/1560 - Partida [28688]
29/08/1560 - O Padre Luis da Grã, nomeado Provincial [20811]
28/12/1560 - Prisão de Bolés [28690]
21/01/1561 - Luis da Grã, achando na aldeia de São Paulo, depôs no auto de culpas instaurado contra João de Bolés [28689]
19/03/1563 - Manoel da Nóbrega [552]
23/05/1563 - Anchieta [553]
28/10/1563 - ao alcaide do cárcere da Inquisição de Lisboa, respondeu a processo, durante o qual requereu uma justificação dos serviços prestados no Rio de Janeiro [555]
01/01/1565 - Carta de José de Anchieta, escrita em São Vicente* [21855]
15/11/1579 - Vindo a São Paulo em 1579, escreveu Anchieta ao capitão-mór uma carta em que dá informação das poucas e reduzidas aldeias situadas nos arredores da vila e faz referência a Domingos Luiz Grou [24300]
27/08/2025 - Estrada Real - Brasil - Facebook [3738]





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Patos
1737. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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 Cidades (4): Curitiba/PR, Itapetininga/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Temas (5): Caminho de Curitiba, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Missões/Reduções jesuíticas, Rio Uruguai





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Auto do processo contra o Capitão de S. Vicente, do Brasil. Levante dos índios da Lagoa dos Patos
13 de março de 1599, sábado. Atualizado em 06/07/2025 18:30:14
Relacionamentos
 Cidades (1): São Vicente/SP
 Temas (1): Carijós/Guaranis



  


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