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Rio Sorocaba 16 de julho de 2025, quarta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:40:59 Relacionamentos • Pessoas (2) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Sonia Nancy Paes • Temas (2): Nheengatu, Rio Sorocaba
Paula Fernandes, consulta em Geni.com 23 de abril de 2024, terça-feira. Atualizado em 23/10/2025 23:47:06 Relacionamentos • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (9) Ascenso Luiz Grou (1575-1653), Custódia Dias (1581-1650), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Manuel Fernandes Gigante (1575-1656), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Padre João Alvares, Paula Fernandes (1574-1614), Rafael de Oliveira, moço (n.1602), Rafael de Oliveira, velho (1571-1648) • Temas (2): Assassinatos, Sabarabuçu
A Vila de Santos: gênese e morfologia urbana entre os séculos XVI-XVIII 2024. Atualizado em 13/06/2025 22:52:59 Relacionamentos • Cidades (3): Cananéia/SP, Santos/SP, São Vicente/SP • Pessoas (5) Hans Staden (1525-1576), Henrique Montes, João Sanches "Bisacinho", Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Salvador do Valle • Temas (9): Caminho do Peabiru, Peru, Rio da Ribeira, o Isubay, Rio Huybay, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Paraná, Tordesilhas, Trópico de Capricórnio, Tupis
Terra das Monções, consultado em portofeliz.sp.gov.br/historia 23 de maio de 2023, terça-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (4): Iperó/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (2) José de Anchieta (1534-1597), Luis de Céspedes García Xería (n.1588) • Temas (10): Abayandava, Araritaguaba, Ermidas, capelas e igrejas, Escravizados, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Leis, decretos e emendas, Ouro, Portos, Rio Anhemby / Tietê
Atualizado em 28/10/2025 11:09:06 Consulta em Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cidades.ibge.gov.br
• 1°. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas Araçoiaba da Serra começou em uma região que, desde meados do século XVI, vinha sendo percorrida por bandeirantes em busca do ouro. Nesse contexto, Afonso Sardinha e um grupo de pessoas instalaram-se, por volta de 1589, nas margens do ribeirão Ipanema no sopé da serra Araçoiaba com o intuito de prosseguir com suas atividades exploratórias. Em lugar de ouro, Sardinha encontrou minério de ferro em grande quantidade. Alguns mineradores construíram, então, um forno na margem do ribeirão para melhor explorar as jazidas, formando as bases de uma das primeiras fábricas de beneficiamento de ferro do país, a futura Fábrica de Ferro Ipanema. No início do século XVII, a fábrica passou a ser de propriedade de D. Francisco de Souza, administrador das Minas do Brasil e governador das Capitanias do Sul, ganhando importância e promovendo o desenvolvimento da povoação ainda incipiente. Essa boa fase da fábrica, porém, não durou muito tempo e, como conseqüência do abandono da fábrica, o povoado entrou em decadência. A situação começou a dar sinais de mudança no final do século XVIII, quando por iniciativa de João Manso Pereira foram enviadas amostras dos produtos minerais extraídos do morro de Araçoiaba ao soberano português, que providenciou, então, a construção de nova fábrica.
“O semeador de horizontes”. Revista da Associação Paulista Medicina outubro de 2018. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (7): Alcácer-Quibir/MAR, Araçoiaba da Serra/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (9) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Diogo de Quadros, Dom Sebastião, o Adormecido (1554-1578), Fernão Cardim (1540-1625), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Lopes Pinto, Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Nicolau Barreto • Temas (7): Bituruna, vuturuna, Engenho(s) de Ferro, Lagoa Dourada, Medicina e médicos, Ouro, Sabarabuçu, Serra de Jaraguá
Exploração de ouro no Brasil começou em São Paulo — e a região pode conter pepitas até hoje, dizem especialistas 31 de julho de 2018, terça-feira. Atualizado em 28/10/2025 11:09:06 Relacionamentos • Cidades (1): São Paulo/SP • Pessoas (4) Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Brás Cubas (1507-1592), Padre Guilherme Pompeu de Almeida (1656-1713), Thomas Cavendish (1560-1592) • Temas (3): Casas de Fundição, Ouro, Peru
Revista da ASBRAP n.º 25 6 de maio de 2018, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:37:31 Relacionamentos • Pessoas (20) Baltazar de Abreu, Baltazar de Abreu Cardoso, Brás Cubas (1507-1592), Catarina da Silva Sandoval, Diogo de Mariz Loureiro, Diogo Dias Rangel, Francisco da Fonseca Diniz, Francisco Sodré Pereira, Isabel Rangel de Macedo, Isabel Rangel de Macedo, Isabel Sodré Pereira, João de Abreu Pereira Sodré, João de Abreu Sodré Pereira, João Gomes da Silva (1580-1640), José Soares de Abreu (1747-1821), Maria de Mariz, Maria Leite da Annunciação, Matias de Mendonça, Paula Rangel de Macedo, Violante Bernardes • Temas (1): Baía de Guanabara
Atualizado em 28/10/2025 11:09:05 Coisas do Caminho. Crédito, confiança e informação na economia do comércio de gato entre Viamão e Sorocaba (1780-1810), 2018. Tiago Luís Gil, UnB
• 1°. Francisco de Souza Faria construiu um caminho do Rio Grande (hoje, Iguaçú) a Curitiba O caminho estava sendo aberto desde 1727, por Francisco de Souza e Faria, sob ordem do governador de São Paulo, Antonio da Silva Caldeira Pimentel. O mesmo governador teria criado, em fevereiro de 1732, o Registro de Curitiba, instituição que controlaria a cobrança dos impostos de circulação de animais naquele novo caminho. • 2°. Sorocaba: Registro da primeira tropa de muar em Sorocaba* Em 1732, Cristóvão Pereira de Abreu chegava a Curitiba, vindo do Viamão, por onde se metera para abrir o caminho em 1731. Ele chegou com uma volumosa tropa, sendo, além de “fundador”, o primeiro negociante de gados a cruzar aquele percurso. Foi apenas o começo de uma rota que testemunharia, ao longo dos anos seguintes, uma enorme movimentação de animais.O caminho estava sendo aberto desde 1727, por Francisco de Souza e Faria, sob ordem do governador de São Paulo, Antonio da Silva Caldeira Pimentel. O mesmo governador teria criado, em fevereiro de 1732, o Registro de Curitiba, instituição que controlaria a cobrança dos impostos de circulação de animais naquele novo caminho. • 3°. Guarda Nesse contexto, também já operavam os Registros de Sorocaba e Viamão. Viamão já possuía uma “Guarda” que recolhia tributos desde antes de 1740. O Registro de Sorocaba foi instituído em 1750, já com uma importância capital. Era naquela cidade que se desenvolvia o maior comércio de animais da rota, com a redistribuição das bestas para diversas localidades. • 4°. Provisão Régia: Instituição encarregada de recolher a metade dos tributos pertencente à Casa do conselheiro ultramarino Tomé Joaquim da Costa Corte Real Já que falamos nele, convém logo apresentar: Antonio Manuel Fernandes da Silva é também um personagem importante. Ele não vai nos acompanhar em nossa jornada, ficará em São Paulo, onde atuava como tesoureiro da Casa Doada. Este era o nome que se dava à administração da metade dos impostos cobrados no Registro de Curitiba. O Registro era um posto de arrecadação fiscal localizado em Curitiba (havia outros em outras localidades), e metade dos impostos cabiam à Casa de Tomé Joaquim da Costa Corte Real, que havia recebido esta “doação” de Sua Majestade. Por isso, o nome Casa Doada. É estranho, mas é preciso que o leitor se prepare para coisas mais estranhas ainda. Era um mundo muito diferente do nosso. Mas, cuidado, é muito fácil perder-se em desvios que nos parecem conhecidos ouiguais aos caminhos que hoje trilhamos. (...)Trata-se da correspondência e documentação contábil da chamada Casa Doada, instituição encarregada de recolher a metade dos tributos pertencente à Casa do conselheiro ultramarino Tomé Joaquim da Costa Corte Real, que recebeu esta mercê logo após a morte de Cristóvão Pereira de Abreu, autorizada pela Provisão Régia de 9 de maio de 1760.No início, era feita a cobrança de metade do valor arrecadado pelos contratadores ou pela RealFazenda (nos anos em que não havia rematação). Em algum momento, que não pude apurar exatamente (antes da década de 1770), foram criados escritórios de representação da Casa Doada em Curitiba, Sorocaba e São Paulo.Ao considerar a média anual (próxima de cinquenta tropas), é possível sugerir os anos entre 1768 e 1770 para o estabelecimento dos escritórios da Casa Doada junto aos Registros, com o início da cobrança direta por aquela instituição. Esses estabelecimentos se encarregaram de cobrar a metade que lhes cabia, com seu próprio controle e meios. Parte dos documentos gerados por esses escritórios foi parar na Biblioteca Nacional. • 5°. Casa doada Ao considerar a média anual (próxima de cinquenta tropas), é possível sugerir os anos entre 1768 e 1770 para o estabelecimento dos escritórios da Casa Doada junto aos Registros, com o início da cobrança direta por aquela instituição. Esses estabelecimentos se encarregaram de cobrar a metade que lhes cabia, com seu próprio controle e meios. Parte dos documentos gerados por esses escritórios foi parar na Biblioteca Nacional. • 6°. “Miscelâneas e orgulhos” de Paulino Aires de Aguirre e seu sogro Salvador de Oliveira Leme Até a matriz tinha uma elite heterogênea. Em 1780, o capitão-mor era José de Almeida Leme, que falecera em dezembro daquele ano. Sua sucessão foi um pouco lenta. Em 30 de janeiro de 1782, após um ano de indefinição, a Câmara voltou à carga, exigindo a presença do corregedor da Comarca para presidir a nomeação de três homens, dentre os quais sairia o novo comandante. Justificavam, os vereadores, urgência, pois: [...] esta vila é a mais importante desta capitania; pois por ela passam as tropas que vêm [do Rio Grande] de São Pedro do Sul, os ouros que pagam os quintos a Vossa Majestade, vindos das minas de Apiaí e Paranapanema e as boiadas e potradas dos sertões de Curitiba [...] e por causa deste comércio há muitos ajuntamentos de homens da maior parte desta capitania, e fora dela, e por isso esta, mais que nenhuma outra, precisava de capitão-mor [...]64 Mas não era tudo. Aqueles mesmos vereadores temiam algo pior do que ajuntamentos e possíveis desordens de forasteiros. A preocupação tinha endereço certo: Se acha esta vila em contínua desordem por miscelâneas e orgulhos do Tenente Coronel Auxiliar da Cavalaria Ligeira Paulino Aires de Aguirre, e seu sogro Salvador de Oliveira Leme, pretendente e interessante ao dito posto, sendo este um sujeito totalmente insuficiente para o exercer tanto pela sua qualidade por ser de baixa esfera e ter exercido nesta vila por si, e seus antepassados, anos bastantes, ofício de taberneiro público, como pela sua capacidade por ser de gênio orgulhoso e intrigante, e ter saído por vezes criminoso de vários crimes [...]. Assinavam o documento o juiz João de Almeida Pedroso, os vereadores José Pires de Arruda, Felix Mendes da Silva, Joaquim José de Almeida e o escrivão da Câmara, Gonçalo Leite de Sampaio. Paulino não se tornou capitão-mor de Sorocaba. Salvador era capitão-mor de Itapetininga, vila vizinha, desde 1776. É certo que a Câmara de Sorocaba era mais prestigiosa, e certamente os vereadores tinham razão em argumentar pela importância daquela localidade. Na disputa entre grupos, venceu a parcialidade de Cláudio de Madureira Calheiros, que assumiu o posto em 1783. Não tenho como verificar as ligações entre os membros da Câmara e Calheiros, mas sei que este último, além de ser um dos mais ricos da comunidade, tinha parentesco com boas famílias da vizinha Itu (de onde muitos sorocabanos provinham), especialmente com o capitão-mor, Vicente da Costa Taques Goes e Aranha (BACELLAR, 2001), o que devia vinculá-lo à nobreza local, de algum modo. Além de possuírem terras em conjunto em Itapetininga (rota da passagem das tropas), em 1788, os dois capitães-mores, em conjunto, fizeram uma proposta para criar uma fábrica de ferro e aço a partir do minério extraído de um morro em Araçoiaba. • 7°. Cláudio de Madureira Calheiros assumiu o posto de Capitão-mor de Sorocaba até 1798 Salvador era capitão-mor de Itapetininga, vila vizinha, desde 1776. É certo que a Câmara de Sorocaba era mais prestigiosa, e certamente os vereadores tinham razão em argumentar pela importância daquela localidade. Na disputa entre grupos, venceu a parcialidade de Cláudio de Madureira Calheiros, que assumiu o posto em 1783. • 8°. Casa doada • 9°. Cláudio de Madureira Calheiros e Vicente da Costa Taques Goes propõem criar uma fábrica de ferro e aço em Ipanema Salvador era capitão-mor de Itapetininga, vila vizinha, desde 1776. É certo que a Câmara de Sorocaba era mais prestigiosa, e certamente os vereadores tinham razão em argumentar pela importância daquela localidade. Na disputa entre grupos, venceu a parcialidade de Cláudio de Madureira Calheiros, que assumiu o posto em 1783. Não tenho como verificar as ligações entre os membros da Câmara e Calheiros, mas sei que este último, além de ser um dos mais ricos da comunidade, tinha parentesco com boas famílias da vizinha Itu (de onde muitos sorocabanos provinham), especialmente com o capitão-mor, Vicente da Costa Taques Goes e Aranha (BACELLAR, 2001), o que devia vinculá-lo à nobreza local, de algum modo. Além de possuírem terras em conjunto em Itapetininga (rota da passagem das tropas), em 1788, os dois capitães-mores, em conjunto, fizeram uma proposta para criar uma fábrica de ferro e aço a partir do minério extraído de um morro em Araçoiaba. Um documento de 1797 talvez nos ajude a compreender as razões que separavam Calheiros de Oliveira Leme, para além das diferenças de qualidade que poderiam se borrar no fato de o primeiro também negociar fazenda seca (BACELLAR, 2001). Ambos eram interessados nas arrematações dos registros de passagem de rios e tropas, Paulino, em sua sociedade com José Vaz de Carvalho; Calheiros, juntamente com Francisco Marim Machado. Ambos os grupos arremataram diversos contratos entre 1780 e 1810. • 10°. Habitantes Por meio da lista nominativa de 1790, podemos verificar a distribuição espacial dos habitantes. Nesse censo, verificamos 6.864 habitantes, dos quais 1.208 (17,6%) eram escravos e 5.257 (76,6%) eram livres, além de um contingente de 399 (5,8%) agregados. Os bairros mais populosos eram os do Iperó, do Pirajibu e a parte central, mais urbana e mais próxima da matriz. Esses fragmentos eram habitados por 60% da população total, bem distribuída entre livres, escravos e agregados. Na matriz, ficava o maior número de escravos, quatrocentos, que representava um terço do total de cativos. Ali também estavam os maiores senhores: dos trinta maiores plantéis de toda a vila (que detinham a metade do total de cativos), 11 estavam na matriz. Os demais grandes senhores (os trinta que possuíam mais de nove cativos) estavam distribuídos entre os demais bairros ou zonas: havia seis no Pirajibu, três no “Rio Acima”, três em Bacaetava, dois no Iperó, dois no Campo Largo, um no Itapevu, um no Capotera e um em Bossoroca. Em Campo Largo, no Iperó, em Pirajibu e na matriz, os grandes senhores correspondiam àqueles homens com maior patente socio-militar, geralmente aqueles que encabeçavam as listas nominativas. Tal é o caso, na matriz, de Cláudio de Madureira Calheiros, dono do maior plantel e capitão-mor; no Bairro do Parajibu, do capitão Manuel Álvares de Castro; e, no Iperó, do capitão João Pires de Almeida Taques. Esses dados me remetem à ideia de que as elites de Sorocaba estavam geograficamente distribuídas no espaço da vila, de modo que cada bairro tinha uma liderança própria e sua hierarquia local, mesmo que inferior em comparação aos capitães da matriz. Mesmo a localidade de Itapetininga, próxima de Sorocaba, tinha como capitão-mor Salvador de Oliveira Leme, membro de um importante clã sorocabano, com propriedades na vila. [Aesp. Lista nominativa de Sorocaba, 1790] Em Sorocaba, não era diferente, ainda que houvesse uma maior disputa entre as elites locais. O tenente-coronel Paulino Aires de Aguirre era um sujeito com muita força, alianças locais e negócios. Investia no contrato dos dízimos, no contrato das passagens das bestas, em tropas e em negócios de fazenda seca e molhada.Em posição política oposta, estava o capitão-mor Cláudio de Madureira Calheiros que, igualmente, era negociante de animais e fazendas, além de ser aliado e parente do capitão-mor de Itu, Vicente da Costa Taques Goes e Aranha, como já vimos em capítulo antecedente.Da mesma forma, em Sorocaba, havia também uma certa divisão espacial da área de atuação de certos capitães, ainda que a maioria fosse apresentada nas listas nominativas como residentes na matriz. Mas encontramos os capitães Jacinto José de Abreu no Capotera, Manuel Álvares de Castro e Francisco Manuel Fiuza no Piraibu, um tanto distantes uns dos outros; Manuel Gomes de Carvalho e João Pires de Almeida Taques estavam no Iperó, mas em subdivisões diferentes deste bairro, que era bastante grande se comparado aos demais. • 11°. Antonio Francisco de Aguiar diz ser louvável cuidar das tropas aqui amontoadas As primeiras tropas de animais chegavam a Sorocaba em novembro e seguiam no mesmo ritmo até o mês de maio, quase sempre um mês, pouco mais, após sua passagem por Curitiba. Estimo que o número de tropas que chegavam por ano variou entre dez e oitenta, ao longo do período que vai de 1780 a 1810. A distribuição desse número de tropas, ao longo dos meses preferenciais para a chegada das tropas, de dezembro a março, dilui um pouco uma imagem corrente na historiografia da grandiosa feira de animais que se armava na pequena Sorocaba (BACELLAR, 2001; ALMEIDA, 1969; BRAUDEL, 1998). Tal imagem, me parece, talvez faça sentido para o alto século XIX, quando o volume de animais e de tropas parece ter aumentado consideravelmente (PETRONE, 1976; WESTPHALEN, 1995). Em dezembro de 1796, Antonio Francisco de Aguiar nos deixou alguma pista de como se faziam os negócios na “feira” de Sorocaba: será louvável facilitar com a segurança devida por ameaçar infalível prejuízo do nosso Doado pelas muitas tropas que aqui se amontoam sem pastos e sem compradores e parte delas pelo prejuízo que tiveram no sertão por ameaçados de não chegar para os direitos. [p. 78] • 12°. O inverno matou a maioria dos animais à caminho de Curitiba/PR • 13°. Antonio Francisco de Aguiar sendo “político” • 14°. Antonio Francisco de Aguiar cobra qualidade nos registros • 15°. Travels in the Interior of Brazil, particularly in the Gold and Diamond Districts of that Country, traduzido como Viagens pelo interior do Brasil, particularmente nos distritos de ouro e diamantes daquele país, publicado em 1812
“A História Ambiental de Sorocaba”. Fábio Navarro Manfredini, Manuel Enrique Gamero Guandique e André Henrique Rosa 2015. Atualizado em 24/10/2025 03:34:25 Relacionamentos • Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Casemiro de Abreu/RJ, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (6) Américo Antônio Ayres (1766-1840), Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), Balthazar Fernandes (1577-1670), Manoel Fabiano de Madureira, Nicolau Pereira de Campos Vergueiro (48 anos), Salvador de Oliveira Leme (1721-1802) • Temas (31): Apoteroby (Pirajibú), Apoteroby (Pirajibú), Avenida Nogueira Padilha, Avenida São Paulo, Bairro de Aparecidinha, Bairro Itavuvu, Caaguacu, Caminho de Curitiba, Colinas, Córrego Supiriri, Escravizados, Estradas antigas, Habitantes, Ipatinga, Itapeva (Serra de São Francisco), Jardim Santa Rosália, Laranja, Pontes, Porto em Sorocaba, Represa de Itupararanga, Rio Cubatão, Rio Pirajibú, Rio Sarapuy, Rio Sorocaba, Rua da Penha, Rua Monsenhor João Soares, São Filipe, Tropeiros, Vila Barão, Vila Hortência, Vinho • 1. O rio Itararé se tornou a divisa entre as vilas 1721
Atualizado em 28/10/2025 05:17:13 Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina* Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Itapevi/SP, Itu/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP Pessoas (23): 1º visconde de Barbacena, Afonso Sardinha, o Velho, Anthony Knivet, Antônio Raposo Tavares, Balthazar Fernandes, Belchior Dias Carneiro, Clemente Álvares, Cosme da Silva, Domingos Luís Grou, Fernão Dias Paes Leme, Fernão Paes de Barros, Francisco de Assis Carvalho Franco, Francisco de Sousa, Gregória da Silva, Hans Staden, João Moreira, José Custódio de Sá e Faria, Luiz Martins, Manuel de Borba Gato, Orville Derby, Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”), Roque Soares de Medela, Suzana Dias Temas (20): Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Bituruna, vuturuna, Caminho até Cotia, Caminho do Peabiru, Caminho Itú-Sorocaba, Carijós/Guaranis, Cruzes, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Jesuítas, Nheengatu, Ouro, Pela primeira vez, Quitaúna, Rodovia Raposo Tavares, Sabarabuçu, Tamoios, Tropeiros, Tupinambás, Tupiniquim ![]() Data: 1923 Créditos: Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina. Página 40
• 1°. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi Os aldeamentos jesuítas foram uma tentativa de garantir mão de obra barata e abundante para que os colonos contratassem os serviços dos índios ali aldeados (MONTEIRO, 1994), servindo como alternativa logística no sistema colonial após a Guerra dos Tamoios. “A revolta dos Tamoios entre as décadas de 1540 e 1560 tornou a escravização dos Tupinambás um negócio arriscado e caro. Diante disto, os portugueses voltaram sua atenção a outro inimigo dos aliados tupiniquim, os carijós, que em muito sentido forneciam o motivo principal para a presença tanto dos jesuítas quanto de colonos no Brasil meridional. Cabe ressaltar que existia, antes mesmo da fundação de São Paulo, um modesto tráfico de escravos no litoral sul, encontrando-se, no meio do século, muitos escravos carijós nos engenhos de Santos e São Vicente. De fato, a consolidação da ocupação europeia na região de São Paulo a partir de 1553 estabeleceu uma espécie de porta de entrada para o vasto sertão, o qual proporcionava uma atraente fonte de riquezas, sobretudo na forma de índios (MONTEIRO, 1994, p. 37)” Neste ambiente de insegurança que os portugueses no ano de 1554 fundam o Colégio de São Paulo de Piratininga em local que permitisse acesso ao interior oeste da capitania. “O colégio além de abrigar os padres que trabalhariam junto à população local, também serviria de base a partir da qual os jesuítas poderiam projetar a fé para os sertões. Porém, ao orientarem suas energias para os Carijós do interior, acabaram entrando em conflito direto com os colonos, que procuravam nestes mesmos Carijós a base de seu sistema de trabalho (MONTEIRO, 2005, p. 38)”. O conflito de interesses, no entanto, foi se configurando aos poucos e momentaneamente a paz gerada pelo término da revolta dos Tamoios criou uma perspectiva de desenvolvimento econômico com a força da mão de obra indígena que envolvia delicadas questões éticas em torno da liberdade dos índios. O fato é que a partir da fundação da vila de São Paulo foram fundados aldeamentos, sobretudo no planalto. • 2°. Partida da expedição de Bras Cubas* "O pequeno cyclo das minas também alli vinha se desdobrando desde as achadas de Luiz Martins, accrescidas pelas do mameluco Affonso Sardinha, o moço, com o mineiro pratico Clemente Alvares, que, além do ouro encontrado em vários sítios ao entorno da Villa de São Paulo, haviam constatado ferro no Araçoiaba, i que lhes valera a construção alli de dois fornos catalães para o seu preparo. Assim, D. Francisco de Souza, resolvida a sua viagem, enviou para a Capitania de São Vicente, como administrador das minas e capitão da Villa de S. Paulo a Diogo Gonçalves Laço, o velho, que trouxe consigo dois mineiros e um fundidor. Para capitão-mor da donataria; nomeou a Diogo Arias de Aguirre, que, com trezentos índios e tendo o transporte custeado pelo, porém, de maior vulto realizadas por esse governador geral, nessa sua primeira vinda a São Paulo e attinentes a devassa dos sertões brasileiros, foram as expedições chefiadas (...) [ p. 46] • 3°. “Ouro que pesava três quartos de dobra e seis grãos” Durante sua vida, o governador D. Francisco de Souza visitou S. Paulo. Sobre isto comenta o Dr. Francisco de Assis Carvalho Franco: "O pequeno cyclo das minas também alli vinha se desdobrando desde as achadas de Luiz Martins, accrescidas pelas do mameluco Affonso Sardinha, o moço, com o mineiro pratico Clemente Alvares, que, além do ouro encontrado em vários sítios ao entorno da Villa de São Paulo, haviam constatado ferro no Araçoiaba, i que lhes valera a construcçao alli de dois fornos catalães para o seu preparo." • 4°. Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro) Um dos primeiros aldeamentos (MONTEIRO, 1994) foram São Miguel e Pinheiros, no ano de 1580, “ocasião na qual o capitão-mor em São Vicente, concedeu seis léguas em quadra – aproximadamente 1.100km2”. Segundo John Manoel Monteiro o aldeamento de Carapicuíba na realidade não era bem um aldeamento, era uma fazenda. [Página 44] • 5°. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas Quando o marido de Suzana Dias falece em 1589 sua fazenda já estava bem desenvolvida e os laços de parentesco distribuídos em amplos territórios que devem ter contribuído muito para que a região aparecesse como produtora de trigo. À presença dos Fernandes de Santana do Parnaíba se estendem até Itu e Sorocaba. Itu é fundada em 1610 pelos bandeirantes Domingos Fernandes 10 e Cristóvão Diniz de onde os paulistas partiam em busca de ouro nas terras de Cuiabá. Sorocaba foi fundada pelo seu irmão Balthazar Fernandes em 1654. • 6°. “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275] • 7°. Belchior Dias recebeu terras em Vuturuna (São Roque), caminho de Ibirapuera, onde teria descoberto as minas de Vuturuna Suzana Dias após a morte de seu primeiro marido casa-se com Belchior da Costa, este traz para a sua vizinhança os filhos de sua primeira mulher e o irmão de Suzana Dias, Belchior Carneiro. Recebe desta, quinhentas braças de terra e fixa residência na região. Belchior Carneiro foi o descobridor das minas de ouro do Vuturuna, perto de Parnahiba. Falleceu em 1607 no sertão em descobrimento de metaes. [Páginas 48, 49 e 50] • 8°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza* Poucos mezes depois retornava ao Araçoiaba e dalli enviava uma bandeira, mais para o interior, da qual fez parte Antonio Knivet. As empresas, porém, de maior vulto realizadas por esse governador geral, nessa sua primeira vinda a São Paulo e attinentes a devassa dos sertões brasileiros, foram as expedições chefiadas por André de Leão e Nicolau Barreto. • 9°. Descobertas das minas paulistas datam em Araçariguama por Afonso Sardinha Um dos primeiros aldeamentos (MONTEIRO, 1994) foram São Miguel e Pinheiros, no ano de 1580, “ocasião na qual o capitão-mor em São Vicente, concedeu seis léguas em quadra – aproximadamente 1.100km2”. As primeiras descobertas das minas paulistas datam de 1590 no Jaraguá e 1605 em Araçariguama por Afonso Sardinha, momento que deve ter coincidido com o aumento de derrubadas e intensificado a formação de capoeiras. [Página 44] • 10°. D. Francisco de Sousa os privilégios que haviam sido concedidos a Gabriel Soares de Sousa, para a exploração das minas • 11°. D. Francisco registra nos livros da Câmara quatorze provisões régias que lhe davam na Repartição do Sul poderes idênticos ao do Governador-Geral do Brasil Barueri: Mas um dado para incrementar a tese do desenvolvimento articulado foi a criação do aldeamento de Barueri (Marueri), fundado pelo próprio Francisco de Souza e que seria de nativos aldeados sob controle direto do governador, em nome da Coroa, para servir nas minas. Foi com este intuito que D. Francisco de Souza patrocina o aldeamento de Barueri, relativamente próximo das recém-descobertas minas de Jaraguá e Vuturuna. Quando D. Francisco morre em 1611 as bases da economia agrária eram bem presentes, e a presença deste aldeamento estimulou a produção e ocupação de novas terras além do rio Tietê e a oeste da Vila de São Paulo. [Página 47] • 12°. Gregoria da Silva casou em São Paulo com João Moreira, daí natural, filho de Pedro Alvares Cabral e Suzana Moreira. Foram moradores em Cotia onde tinham seu sitio • 13°. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados* • 14°. São Roque foi fundada em meados do século XVII, provavelmente no ano de 1657 O capitão Guilherme Pompeu de Almeida que após o assassinato do pai (PedroTaques) em São Paulo (durante luta entre as famílias paulistanas Pires e Camargo) fixa-se emterras herdadas do mesmo, formando nestas a fazenda Ibituruna.Detalhe mostrando que as terras com maiores influência da Espanha iniciavam logo após o rioPinheiros: “Juntamente com Guilherme Pompeu de Almeida, mudaram-se para afazenda um grande número de amigos, escravos (índios) e parentes deste,fazendo com que houvesse um adensamento populacional na área ondeinicialmente só encontrávamos referências ao garimpo de “ouro de lavagem”.Personagens como Rodrigues Penteado, Fernão Paes de Barros e outroshomens detentores de grandes posses que buscavam se estabelecer emterritório de Santana de Parnaíba. Tal referência se faz necessária porquedentre estes homens encontravam-se o fundador de São Roque (Pedro Vazde Barros) e Francisco Rodrigues Penteado. Entre 1648 e 1650, o capitãoGuilherme Pompeu de Almeida adquirindo novas terras nas proximidades dolocal onde vivia, constituiu outra fazenda denominando-a Araçariguama”.“São Roque foi fundada em meados do século XVII, provavelmente no anode 1657, embora não haja documentação precisa sobre esta data. Sua históriacomeçou na fazenda do bandeirante, Cap. Pedro Vaz de Barros, ou VazGuaçu - “O Grande” - como era chamado pelos índios. Em uma das suas expedições, o Bandeirante alcançou o Alto da Serra doIbaté, de onde avistou toda a natureza do Vale do Carambeí, e ali decidiuplantar um núcleo de civilização. Estabeleceu fazenda ao centro do vale etrouxe famílias, agregados e escravos. Além da pecuária e agricultura, ocapitão cultivava trigo e uva, e pôde ser considerado o primeiro vinhateiro deSão Roque. Toda a família do Capitão teve importante papel para odesenvolvimento da cidade. “No ano de 1681, Fernão Paes de Barros, seu irmão, construiu nas proximidades da Serra Taxaquara a Casa Grande e a Capela de Santo Antônio”. [Páginas 60 e 61] • 15°. A palavra “paulista” é empregada pela primeira vez pelo Visconde de Barbacena Em 1671 Fernão Dias Pais recebeu ordens do governador Afonso Furtado para penetrar no sertão em busca das esmeraldas da mítica serra do Sabarabuçu. Parte em 21 de julho de 1674, tendo já 66 anos, fazendo-se acompanhar por 600 homens mais (cerca de 40 brancos ou mamelucos, e o restante, índios), entre eles seu filho Garcia Rodrigues Pais, e seu genro, Manuel da Borba Gato, casado com Maria Leite, e numerosos outros sertanistas. • 16°. Partida de Fernão Dias Em 1671 Fernão Dias Pais recebeu ordens do governador Afonso Furtado para penetrar no sertão em busca das esmeraldas da mítica serra do Sabarabuçu. Parte em 21 de julho de 1674, tendo já 66 anos, fazendo-se acompanhar por 600 homens mais (cerca de 40 brancos ou mamelucos, e o restante, índios), entre eles seu filho Garcia Rodrigues Pais, e seu genro, Manuel da Borba Gato, casado com Maria Leite, e numerosos outros sertanistas. • 17°. A história de Cotia tem início por volta de 1700, quando os viajantes que iam para o interior dos estados, paravam na vila para descansar e alimentar-se por ser um antigo pouso de tropeiros onde circulavam cargas e mantimentos A história de Cotia tem início por volta de 1700, quando os viajantes que iam para o interior dos estados, paravam na vila para descansar e alimentar-se por ser um antigo pouso de tropeiros onde circulavam cargas e mantimentos. Provavelmente esses tropeiros vinham pelo antigo caminho de Itu, um dos principais caminhos de penetração para o interior nos tempos coloniais (SILVA e ACHEL, 2010). O local onde se insere a cidade de Cotia hoje apresentava uma rede de caminhos exploratórios constituídos no pretérito período colonial, perpassando a fase inicial de assentamento por indígenas, de agricultura rudimentar (roçado), expansão com a descoberta do ouro, fornecimento de insumos a capital e, por fim, urbanização/industrialização. Nessa época a região era repleta de caminhos e trilhas utilizadas pelos índios e posteriormente pelos tropeiros que por ali passavam e permaneciam o tempo necessário para descansar, reabastecer ou trocar mercadorias, seguindo viagem para outras paragens do território paulista ou até mesmo para outras províncias como Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul. A origem do nome da cidade é indígena e se deve ao fato de seus caminhos seremsinuosos como o trajeto feito pelos animais do mesmo nome (Cutia). Sendo apenas um ponto de passagem, Cotia ganhou alguns nomes como Acoty (assim chamada pelos indígenas da época), Cuty, depois Acutia e por fim Cotia. Apesar das várias denominações que lhe foram dadas pelos jesuítas e pelosprimeiros habitantes do local, como Capela do Monte Serrat de Cotia e o caminho de São Tomé, os indígenas continuavam a chamá-la de Acoty. O primeiro registro em que a localidade é referida como Acutia foi feito pelo marujo alemão Hans Staden, no século XVI, quando publicou um livro sobre o Brasil. [Página 30] Nesta dinâmica, a casa como observa Antônio Candido na sua obra Parceiros doRio Bonito, não passa de um abrigo provisório de pau a pique coberto de palha, e as divisões de trabalho agrícola ficavam exclusivamente no interior da família, os homens faziam o trabalho mais pesado de derrubada da mata e queimada, deixando para as mulheres e crianças o serviço de semeadura e colheita. “O trabalho era descontínuo e ocupava o trabalhador poucos meses durante oano todo, e poucas horas durante o dia. Os meses de derrubada eram os de junho e julho e os poucos meses dedicados à queima dos troncos derrubados e secos – agosto e setembro” (MARCÍLIO, 1974, p. 259). Podemos imaginar que a ajuda mútua entre os “vizinhos” devia se concentrar naépoca do trabalho mais pesado, o da derrubada da mata, que coincidentemente marcou a época de festejos religiosos da sociedade até 1700. A agricultura do pousio florestal necessitava de contínuas terras para o cultivo de parcelas mínimas, com longos descansos das terras já cultivadas para a reposição da fertilidade do solo. Este sistema produtivo encontrou problemas com o aumento da população, dificuldades que foram estimuladas com as primeiras descobertas das primeiras minas no território paulista.[Página 45] • 18°. José Custódio de Sá e Faria parte da ponte Pinheiros Por fim, se o viajante estivesse na Estrada do Pau Furado2 (figura 7), vindo da região da Represa da Graça no Morro Grande, onde se localiza o sítio do Padre Inácio e desejasse ir ao Sítio de Fernão Paes de Barros ou para as minas de ouro em Araçariguama, só precisaria seguir em frente. As Quatro Encruzilhadas é mais que um lugar de assombração, é o último vestígio do que eram os bairros rurais da época da colônia no entorno de São Paulo. A denominação aparece oficialmente pela primeira vez no mapa da Comissão Geográfica e Cartográfica de 1914, antes desta data a região aparecia como São João no mapa de Oliver Derby (figura 8). A procura de respostas do topônimo curioso pode ser penetrada por mapas de José Custódio de Sá e Faria de 1774, que corresponde ao traçado da Antiga Estrada de Itu. Outras fontes cartográficas revelam que a região das Quatro Encruzilhadas fica entre dois caminhos importantes de penetração da época colonial: o antigo Caminho de Itu e a antiga Estrada de Cotia. Sendo que o antigo caminho de Itu se constitui num dos principais e mais persistentes caminhos de penetração para o oeste em toda cartografia colonial (Marília, 2007; Calangos da Mata, 2007); (SILVA e ACHEL, 2010); (SILVA, 2013).O Sítio Santo Antônio em São Roque - Fernão Paes de Barros – (figura 9),Caminho por onde passaram índios, homens brancos, escravos da terra, escravos negros elibertos é o Caminho que conta a história dos bandeirantes antes das descobertas do ouro naúltima década do século XVII, nos sertões dos Cataguases.É certo que os bandeirantes nas suas andanças pelo interior do continente embandeiras de apresamento de índios na direção oeste puderam contar com a criação do sistemade aldeamento que oferecia uma reserva de trabalhadores, disponíveis para a economiacolonial.2. Lembrando que a Rodovia Raposo Tavares foi construída na década de 60 no século XX.3. Sítio Santo Antônio – patrimônio tombado pelo IPHAN. [Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina, 2014. Página 39] É neste período que o Engenheiro Militar José Custódio de Sá e Faria faz seulevantamento da cidade de São Paulo até o Presídio de Nossa Senhora dos Prazeres no RioIguatemi, e da mesma cidade até a vila de Paranaguá, nos anos de 1774. Um mapa de rumo, com referências geográficas como: subidas, descidas, rios,córregos calcados no chão e do sentido a seguir. Assim o Engenheiro Militar parte de SãoPaulo às 10 horas em companhia de 10 pessoas, chega às 11 horas e 25 minutos à Ponte dosPinheiros, antes faz uma oração na aldeia de Pinheiros que diz serem de índios.José Custódio de Sá e Faria vai até a casa de pouso (provavelmente no municípiode Itapevi) descansa e segue viagem à Fazenda de Sua Majestade na Freguesia eAraçariguama, perfazendo 7 léguas, isto é do pouso até a Fazenda são mais 2 léguas dali; aFazenda de Sua Majestade é a casa de Fernão Paes de Barros, hoje Capela de Santo Antôniono Município de São Roque (patrimônio histórico tombado pelo IPHAN).A Importância da região se deve à manutenção de determinadas característicasque possibilitou o entendimento da dinâmica Colonial, do bairro RURAL, dos caipiras quemais tarde são desprezados com a proximidade da república.Detalhes a considerar: A região por estar na periferia carece de pesquisa evalorização histórica, importante fator de valorização local e melhoria da autoestima de seusmoradores. A memória local cria laços de referência que o MERCADO precisa aprender aincorporar como qualificador. [Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina, 2014. Páginas 61 e 63] 3/10 Ponte do Pinheiros Ponte do Cotia Rancho do Cotia • 19°. História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, volume 8 Quando o marido de Suzana Dias falece em 1589 sua fazenda já estava bem desenvolvida e os laços de parentesco distribuídos em amplos territórios que devem ter contribuído muito para que a região aparecesse como produtora de trigo. À presença dos Fernandes de Santana do Parnaíba se estendem até Itu e Sorocaba. Itu é fundada em 1610 pelos bandeirantes Domingos Fernandes 10 e Cristóvão Diniz de onde os paulistas partiam em busca de ouro nas terras de Cuiabá. Sorocaba foifundada pelo seu irmão Balthazar Fernandes em 1654. Em 1661, Baltazar Fernandes foi para São Paulo falar com o governador geral Côrrea de Sá e Benevides, para que Sorocaba deixasse de ser um povoado e virasse uma vila (denominação dada às cidades naquela época). O governador atende ao pedido de Baltazar e no dia 3 de março de 1661, Sorocaba foi elevada à categoria de Vila. Tornou-se então, a Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba11. Suzana Dias após a morte de seu primeiro marido casa-se com Belchior da Costa, este traz para a sua vizinhança os filhos de sua primeira mulher e o irmão de Suzana Dias, Belchior Carneiro. [Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina, 2014. Páginas 48 e 49]
O III Acordo Ortográfico da língua portuguesa, 2014. Frei Herminio Bezerra de Oliveira 1 de janeiro de 2014, quarta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP
Diagnóstico Arqueológico Interventivo na área de influência da duplicação da rodovia Bunjiro Nakaro (SP-250), 2014. Municípios de Vargem Grande Paulista, Cotia e Ibiúna, estado de São Paulo, 2014. Osvaldo Paulino da Silva 2014. Atualizado em 24/10/2025 02:40:31 Relacionamentos • Cidades (12): Araçariguama/SP, Assunção/PAR, Barueri/SP, Buenos Aires/ARG, Carapicuiba/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Ibiúna/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Vargem Grande do Sul/SP • Pessoas (7) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Cristovão Pereira de Abreu (1678-1755), Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Hans Staden (1525-1576), Manuel da Nóbrega (1517-1570), João Barcellos • Temas (12): Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho do Peabiru, Caminho Itú-Sorocaba, Caminho Sorocaba-Porto Feliz, Estradas antigas, Goayaó, Maniçoba, Portos, Rio Anhemby / Tietê, Rodovia Raposo Tavares, Serra de Jaraguá, Tropeiros • 1. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) 25 de abril de 1562 A fundação de Ibiúna remonta os diversos caminhos do Piabyiu e nas trilhas que buscam ouro e prata no Pico do Jaraguá e na Serra da Cahatyba (Segundo os Anais do Museu Histórico Nacional, foi da Serra de Cahatyba onde se retirou ouro pela primeira vez nas terras brasileiras) (Serra de São Francisco, ao sul das cidades paulistas de Votorantim e Sorocaba), esta na Bacia do Una. A abertura de uma mina e fundição de ferro na serra de Ybiraçoiaba (campos de Sorocaba) faz com que a região florestal das bacias da Cahatyba e do Una forneçam à mesma a matéria prima necessária. O “complexo hidro-serrano do Una” sob a competência administrativa de São Roque ganha evidência ao longo do século XVII58 e XVIII, tornando-se vila no século XIX.
Atualizado em 28/10/2025 11:09:04 João Barcellos - “Mairinque: Entre o Sertão e a Ferrovia”
• 1°. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) A Primeira Garimpada... Luiz Martins, perito em montanística, a representar Brás Cubas, faz "entrada" de 300 léguas pelo sertão carijó, i.e., pelo Piabiyu guarani, e retorna à Villa de Santos onde, na Câmara local, a 25 de janeiro de 1562, apresenta "ouro que pesava três quartos de dobra e seis grãos", garimpando na Cahatyba na banda das sorocas. • 2°. “Historia argentina del descubrimiento, población y conquista de las provincias del Río de la Plata”. Ruy Diaz de Guzman (1559-1629) • 3°. “descobrira no termo da Vila de Sorocaba as minas das Serra de Birasojaba, que dista 3 léguas da dilta vila, e as minas da serra da Caatiba, que fica 2 légua” Na maioria dos fogos e fazenda assentadas, o exercício colonial ocupa e destrói culturas nativas e, em muitos casos, os santuários do culto aos mortos dos povos nativos. Algumas fazendas agropecuárias tomam tais santuários, ou canguera (do tupi-guarani, q.s. ossário / ossos, ou cemitério) porque estão em terrenos "beijados" por rios e riachos, e principalmente os que cercam olhos d´água (nascentes). Na região da Koty, o sargento-mor Medella constrói casa-grande e moinho, e senzala na floresta de Morro Grande em pleno sertão itapecericano, e mais para o sul, entre a Koty e a Serra da Cahatyba (ou, cachoeira Boturantim, como dizem os nativos da região), os cresos Pero Vaz de Barros e Guilherme Pompeo de almeida (este, padre jesuítas, fazendeiro e banqueiro) aprisionam milhares de nativos e transformam as suas aldeias e cangueras em unidades de produção agropecuária e fruteira, com incidência maior na produção de marmelada e vinho, para o abastecimento das minas do centro-oeste da Capitania de São Vicente que, no momento, tem Santa Anna de Parnaíba como centro financeiro e produtos e não a Villa de São Paulo dos Campos de Piratinin. [Páginas 9 e 10] O velho Piabiyu dos guaranis, que tantos sonhos realizou a aventureiros portugueses e castelhanos, italianos e alemães, é agora a planta naturalíssima em que assentam as novas vias da comunicação portuguesa em solo tropical, seja pelas bandas da Cahatyba e do Ybiraçoiaba, seja pelas bandas do Wotucatu a adentrar o caminho dos Goyazes, enquanto lá ao sul continua dura a batalha pela posse da "rabeira" da tal linha de Tordesilhas à sombra da Colônia de Sacramento e sob a cristalina saudação do Rio da Prata. [Página 11] BOTURANTIM - Do tupi-guarani botu-ra-ti, q.s. Grande Espuma Branca, ou, Cascata Branca, de onde o aportuguesamento Votorantim. CAHATYBA - Também chamada Serra de São Lourenço. Uma parada serrana chamada Votoran, pelos nativos, hoje, municipalidade de Votorantim. [A Primeira Garimpada... Luiz Martins, perito em montanística, a representar Brás Cubas, faz "entrada" de 300 léguas pelo sertão carijó, i.e., pelo Piabiyu guarani, e retorna à Villa de Santos onde, na Câmara local, a 25 de janeiro de 1562, apresenta "ouro que pesava três quartos de dobra e seis grãos", garimpando na Cahatyba na banda das sorocas. // do livro Do Fabuloso Araçoiaba Ao Brasil Industrial, de João Barcellos.] [Página 29]
45 anos de emancipação de Iperó e um ano de ALI. Blog da Academia de Letras de Iperó 16 de março de 2010, terça-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:37:27 Relacionamentos • Cidades (6): Iperó/SP, Sorocaba/SP, Votorantim/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, São Paulo/SP • Pessoas (3) Brás Cubas (1507-1592), Mem de Sá (1500-1572), Brás Esteves Leme (1590-1636) • Temas (14): Ermidas, capelas e igrejas, Rio Sorocaba, Represa de Itupararanga, Rio Anhemby / Tietê, Estradas antigas, Estrada Sorocaba-Tatuí, Grunstein (pedra verde), Guayrá, Rio Paranapanema, Carijós/Guaranis, Cemitérios, Ouro, Serra de Jaraguá, Araritaguaba
As Minas Imaginárias O maravilhoso geográfico nas representações sobre o sertão da América Portuguesa – séculos XVI a XIX, 2009. Marcelo Motta Delvaux 2009. Atualizado em 22/08/2025 06:42:14 Relacionamentos • Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Paranaguá/PR, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (8) Afonso VI (1643-1683), Agostinho Barbalho Bezerra, Bartolomeu de Torales, João Correia de Sá, Marcos de Azevedo, Pedro de Sousa Pereira (1643-1687), Pedro de Souza Pereira "o velho" (1610-1673), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688) • Temas (5): Buraco de Prata, Capitania do Espirito Santo, El Dorado, Lagoa Dourada, Sabarabuçu • 1. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza 13 de janeiro de 1606 Minas de prata e esmeraldas nas capitanias do sul: Paranaguá, Sabarabuçu e aSerra das Esmeraldas A crença na existência de minas abundantes em esmeraldas e prata, muitas vezes, se confundia com locais onde outros metais, como o ouro e o ferro, eram encontrados ou minerados em pequena escala. Estas minas imaginárias ocuparam um espaço significativo no cotidiano das autoridades e dos homens que percorriam o sertão, aparecendo nas fontes, inclusive em documentos oficiais, como locais de existência concreta, para os quais eram nomeados capitães e governadores para seu descobrimento, ou provedores e administradores para a organização da exploração. Assim aconteceu com as minas de Biraçoiaba e da Caatiba, localizadas na região de Sorocaba. Nos primeiros anos do século XVII, uma carta, datada em 13 de janeiro de 1606, dos membros da Câmara de São Paulo ao donatário da capitania informava sobre a mineração de ferro e ouro praticada nestes locais: “Diogo de Quadros é ainda provedor das minas, até agora tem procedido bem, anda fazendo um engenho de ferro a tres leguas d’esta villa e como se perdeu no Cabo-frio tem pouca posse e vai de vagar, mas acabal-o-ha e será de muita importancia por estar perto d’aqui como tres leguas, e haverá metal de ferro; mas ha na serra de Byraçoiaba 25 leguas d’aqui para o sertão em terra mais larga e abastada, e perto d’alli como tres leguas está a Cahatyba d’onde se tirou o primeiro ouro (...)”.
• 2. “descobrira no termo da Vila de Sorocaba as minas das Serra de Birasojaba, que dista 3 léguas da dilta vila, e as minas da serra da Caatiba, que fica 2 légua” 16 de março de 1682 Um parecer do Conselho Ultramarino especifica que minas eram estas: “Luiz Lopes de Carvalho fes prezente neste Conselho, que servindo de capitão da Capitania de Tinhaem, descobrira no termo da villa de Sorocaba as minas da Serra de Birasojaba, que dista 3 legoas da ditta villa, e as minas da serra de Caatiba, que fica 2 legoas da mesma villa [CONSULTA do Conselho Ultramarino, acerca das informações que remettera Luiz Lopes de Carvalho sobre as minas da repartição sul. Lisboa, 16 de março de 1682, Anais da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, vol. 39, 1917, p. 158.].
• 3. “vila de Sorocaba as minas da Serra de Birasojaba, distante 3 léguas (14,48km) da dita villa, e as minas da serra de Caatiba, que fica 2 léguas (9,65km) da mesma villa 18 de março de 1682 Um parecer do Conselho Ultramarino, datado de 18 de março de 1682, especifica que minas eram estas: “Luiz Lopes de Carvalho fes prezente neste Conselho, que servindo de capitão da Capitania de Itanhaem, descobrira no termo da villa de Sorocaba as minas da Serra de Birasojaba, que dista 3 léguas da dita villa, e as minas da serra de Caatiba, que fica 2 legoas da mesma villa.” [Página 151]
• 4. As minas de Biraçoiaba são referidas em uma carta régia como minas de prata e ferro 8 de fevereiro de 1687 O ferro de Biraçoiaba e o ouro da Caatiba mesclavam-se, deste modo, com as lendárias minas de prata amplamente apregoadas durante o seiscentos. O curioso é que, alguns anos depois, as minas de Biraçoiaba são referidas em uma carta régia como minas de prata e ferro [CARTA régia mandando dar índios para a diligencia das minas de prata e ferro de Sorocaba, realizada por Luis Lopes de Carvalho e Fr. Pedro de Souza. Lisboa, 8 de fevereiro de 1687, Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, São Paulo, vol. XVIII, 1913, p. 279-280.]
Atualizado em 28/10/2025 11:09:04 Atrativos, riscos e vulnerabilidade ambiental na Floresta Nacional de Ipanema, São Paulo ![]() Data: 2007 Página 9 do pdf
Atualizado em 28/10/2025 11:09:03 Arqueologia de uma Fábrica de Ferro: Morro de Araçoiaba Séculos XVI-XVII. Autora: Anicleide Zequini, Universidade de São Paulo, Museu de Arqueologia e Etnologia, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUEOLOGIA* ![]() Data: 1985 Créditos: CENEA- Centro Nacional de Engenharia Agrícola Floresta Nacional de Ipanema, Escala: 1:250 000
• 1°. Artefato O outro vasilhame cerâmico encontrado na área B, identificada como de procedência local ou regional (neo-brasileira), apresenta características semelhantes e, também a mesma datação do vasilhame de cerâmica anteriormente descrito. (Figura 57, 58). Este artefato foi encontrado a 0,30 cm da superfície e foi em parte, reconstituído e levado para o exame de datação pelo processo de termoluminscência ao Laboratório de Vidros e Datação da Faculdade de Tecnologia de São Paulo - FATEC. O resultado do ensaio apontou a idade de 540 +/- 75 anos, correspondendo a possíveis datas de fabricação daquele artefato entre 1391 e 1541, sendo esta última data a mais provável.(Relatório de Ensaio, Anexo 1). • 2°. Artefato • 3°. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel Em 1514, Portugal enviou uma outra expedição ao sul, desta vez, chefiada por João de Lisboa e Estevão Frois, financiada D. Nuno Manuel e Cristóvão de Haro, em cujo trajeto estava Cananéia e a Ilha de São Francisco do Sul (Santa Catarina). Esta expedição descobriu o estuário do rio que denominaram de Rio da Prata. Os resultados dessa expedição foram informações dadas pelos nativos(Charruas) sobre a existência de uma “Serra de Prata”, fato que deve ter impulsionado o envio da expedição espanhola para o sul de Cananéia, em 1515,chefiada por Juan Diaz de Sólis (VIANNA, 1972, p. 54). • 4°. De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada? • 5°. Artefato O outro vasilhame cerâmico encontrado na área B, identificada como deprocedência local ou regional (neo-brasileira), apresenta característicassemelhantes e, também a mesma datação do vasilhame de cerâmica anteriormente descrito. (Figura 57, 58). Este artefato foi encontrado a 0,30 cm da superfície e foi em parte, reconstituído e levado para o exame de datação pelo processo de termoluminscência ao Laboratório de Vidros e Datação da Faculdade de Tecnologia de São Paulo - FATEC. O resultado do ensaio apontou a idade de540 +/- 75 anos, correspondendo a possíveis datas de fabricação daquele artefato entre 1391 e 1541, sendo esta última data a mais provável.(Relatório de Ensaio, Anexo 1). [Página 147] • 6°. Descoberta das minas de Potosí • 7°. Carta: Ir. José de Anchieta ao Padre Inácio de Loyola, São Paulo de Piratininga • 8°. Expedição de Mem de Sá / O português Manuel Fernandes Ramos, primeiro marido de Suzana Dias construiu a capela de Santo Antônio* • 9°. Hélio Vianna • 10°. Marcelino Pereira Cleto
Sorocaba, o Tempo e o Espaço. Séculos XVIII-XX. Por Lucinda Ferreira Prestes outubro de 2001. Atualizado em 30/10/2025 05:34:42 Relacionamentos • Cidades (12): Araçoiaba da Serra/SP, Colônia do Sacramento/URU, Curitiba/PR, Itu/SP, Paranaguá/PR, Pindamonhangaba/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP, Tucumán/ARG • Pessoas (15) André Fernandes (1578-1641), Anna Fausta Maria de Jesus de Aguiar (1795-1852), Ascenso Ribeiro, Balthazar Fernandes (1577-1670), Condessa de Vimieiro (1570-1646), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Lopes de Oliveira (1803-1857), Isabel de Proença Varella II (1588-1655), Jean de Laet (1571-1649), Luiz Matheus Maylasky (1838-1906), Manoel Lopes de Oliveira (1818-1867), Pedro de Godói da Silva, Pedro de Miranda, Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688) • Temas (24): Algodão, Apoteroby (Pirajibú), Bairro Itavuvu, Caminho do Peabiru, Capitania de São Vicente, Cavalos, Córrego Supiriri, Dinheiro$, Ermidas, capelas e igrejas, Escravizados, Estrada de Ferro Sorocabana, Guayrá, Habitantes, Jesuítas, Léguas, Mulas, Pelourinhos, Peru, Rio Anhemby / Tietê, Rio Iniambis, Rio Paraná, São Filipe, Tordesilhas, Tropeiros • 1. Inventário do Padre Pedro de Godoi da Silva 1693
História Geral Da Civilização Brasileira V 11 Economia E Cultura ( 1930 1964) Topics História do Brasil 1997. Atualizado em 30/10/2025 08:51:10 Relacionamentos • Cidades (10): Araçoiaba da Serra/SP, Cananéia/SP, Cubatão/SP, Curitiba/PR, Guarulhos/SP, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, São Roque/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (9) Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Aleixo Garcia (f.1526), Brás Cubas (1507-1592), Henrique Montes, Luiz Martins, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mem de Sá (1500-1572), Mem de Sá (1500-1572), Nicolau Barreto • Temas (16): Assunguy, Baía de Guanabara, Caminho do Peabiru, El Dorado, Ouro, Peru, Rei Branco, República, Rio São Francisco, Sabarabuçu, Serra da Mantiqueira, Serra de Araçoiaba, Serra de Cubatão , Serra de Jaraguá, Tordesilhas, Vila de Santo André da Borda ![]() • 1. Partida da expedição de Bras Cubas junho de 1560 Apesar disso alguns anos depois, foram promovidos, na Capitania de São Vicente, algumas modestas tentativas para a localização de minerais preciosos, entre as quais as sondagens efetuadas na baixada litorânea vicentina e nos rios que descem da serra do Cubatão. Algum ouro aluvional foi aí localizado, concorrendo para que Mem de Sá enviasse ao interior Brás Cubas, provedor da Capitania de São Vicente, e Luís Martins, prático em mineração e indicado pela Coroa portuguesa para examinar as minas de metais existentes no Brasil. Duas expedições realizaram-se. Uma, em 1560, chefiada por Martins, em fins de 1561 e início de 1562, a poucas léguas de Santos, à região do Jaraguá ou à Caatiba, atual Bacaetava. Ouro e pedras verdes teriam sido encontrados.
• 2. “Ouro que pesava três quartos de dobra e seis grãos” 25 de janeiro de 1562 • 3. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) 25 de abril de 1562 Se a conquista do Peru influiu no desinteresse de Martim Afonso pela sua capitania e no desvanecimento dos planos portugueses de atingir a lendária serra da Prata no sertão longínquo, além da demarcação de Tordesilhas, contribuiu também, sem dúvida, para que os povoadores do litoral vicentino se dedicassem principalmente à experiência agrícola da cana-de-açucar, ao tráfico e ao apresamento do nativo. Apesar disso alguns anos depois, foram promovidos, na Capitania de São Vicente, algumas modestas tentativas para a localização de minerais preciosos, entre as quais as sondagens efetuadas na baixada litorânea vicentina e nos rios que descem da serra do Cubatão. Algum ouro aluvional foi aí localizado, concorrendo para que Mem de Sá enviasse ao interior Brás Cubas, provedor da Capitania de São Vicente, e Luís Martins, prático em mineração e indicado pela Coroa portuguesa para examinar as minas de metais existentes no Brasil. Duas expedições realizaram-se. Uma, em 1560, chefiada por Martins, em fins de 1561 e início de 1562, a poucas léguas de Santos, à região do Jaraguá ou à Caatiba, atual Bacaetava. Ouro e pedras verdes teriam sido encontrados. [p. 317 e 318]
• 4. Afonso Sardinha, o moço, encontrava-se em pleno sertão acompanhado de “alguns mancebos e mais de cem índios cristãos” em demanda de ouro e outros metais / Metalúrgicos se estabeleceram na região / Carijós fogem para Paranapanema 14 de novembro de 1598 Continuando essas primeiras sondagens de ouro na Capitania de São Vicente, o mameluco Afonso Sardinha, cognominado "o moço”, localizou ouro de aluvião na serra da Mantiqueira, em Guarulhos, no Jaraguá e em São Roque. Em 1598, promoveu uma entrada que chegou às proximidades das nascentes do rio São Francisco. [p. 318]
Ibiúna: no rio da terra negra a certeza do verde futuro. João Barcellos 1993. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Cananéia/SP, Ibiúna/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (6) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Bacharel de Cananéa, Brás Cubas (1507-1592), João Barcellos, Pedro de Sousa Pereira (1643-1687), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) • Temas (16): Angola, Bituruna, vuturuna, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Escravizados, Goayaó, Itapeva (Serra de São Francisco), Léguas, Metalurgia e siderurgia, Nossa Senhora do Pópulo, Ouro, Pela primeira vez, Piratininga, Portos, Prata, São Paulo de Piratininga, Serra de Jaraguá
Atualizado em 28/10/2025 11:09:02 Caracterização estratigráfica e estrutural da sequência vulcano. Sedimentar do grupo São Roque - Na região de Pirapora do Bom Jesus, estado de São Paulo. Dissertação de Mestrado, 1988. Magda Bergmann. Orientador: Prof. Dr. Georg R. Sadowski, Universidade de São Paulo, Instituto de Geociências
• 1°. Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri • 2°. Primeiro mapa geológico do Estado de São Paulo O primeiro mapa geológico do Estado de São Paulo, realizado por esta comissão em 1930, cartografada indiferenciadamente as rochas metamórficas. Não obstante, isto, grande parte da área hoje conhecida como de ocorrência do Grupo São Roque, foi sítio de produção aurífera intermitente, a partir do 1° terço do século XVI. [Página 11] • 3°. Pandiá Calógeras (1938) cita, com base na pesquisa de documentos históricos, entre as várias lavras de ouro em atividade no início do período colonial, as de "Voturuna", na "Vila de Parnahyba", Lagoas Velhas do Geraldo, em Guarulhos, "Byraçoiaba" em Araçoiaba da Serra e Cahatiba, em Sorocaba
Atualizado em 28/10/2025 11:09:02 Dicionário Tupi (antigo) - Português, 1987. Moacyr Ribeiro de Carvalho
• 1°. Francisco Rodrigues recebeu de D. Francisco de Souza uma sesmaria de uma légua em quadra, rio Sarapui abaixo, além do morro do Araçoiaba, desde a tapera de “Ibapoara”, topônimo desconhecido YBÁ-PAAR-A. Substantivo: lavoura, roça. = kó-piçaba. Verbo intransitivo: roçar.YBY-AÇÓI-ABA (T-). Substantivo: campa, sepultura. [Página 301] • 2°. Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi NHA-RYBO-BÕ. Substantivo: ponte.NHA-UUMA. Substantivo irregular: barro. = yby-uuma • 3°. Sesmaria concedida a Domingos Rodrigues da Fonseca Leme em Mariboboni • 4°. Balneário Piçarras* ÇOROKA. Ictiologia: sarda, da família dos tunídeos. Botânica: soroca, árvore da família das moráceas, gênero Soroca. ÇOROK-A. Verbo transitivo: rasgar, romper-se. O gerúndio é çoró-g. ÇOROK´ABA. Substantivo: o rasgão, a ruptura. ÇORO-ROKA. Ictiologia: sororoca, da família dos tunídios, gênero Scomberomorus. ÇORÓ-ROK-A. Verbo intransitivo: romper-se ou rasgar-se em vários pedaços. A triplicação é de muita insidade no fato. = çoró-rok-a. • 5°. São Vicente, junto com Itamaracá, foi declarada capitania
Roteiros e notícias de São Paulo colonial (1751-1804) 1977. Atualizado em 27/10/2025 01:19:23 Relacionamentos • Cidades (9): Araçoiaba da Serra/SP, Barueri/SP, Itapetininga/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Salto de Itu/SP, Salto de Pirapora/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Martim Francisco Ribeiro de Andrada (1775-1844) • Temas (23): Açúcar, Algodão, Bairro de Aparecidinha, Buraco de Prata, Café, Caminho Itú-Sorocaba, Caminho Sorocaba-Itapetininga, Caminhos até Ypanema, Ermidas, capelas e igrejas, Catedral / Igreja Matriz, Estradas antigas, Fazenda Ipanema, Habitantes, Caixa Econômica, Lagoa Dourada, Lagoas, Medicina e médicos, Milho, Nossa Senhora do Rosário, Paiol Velho, Peru, Prata, Colinas • 1. Viagem e estada no dito morro 16 de fevereiro de 1803 16, 17, 18, 19 de fevereiro - Viagem e estada no dito morro Desde a vila até perto do morro, o terreno é todo argiloso silicoso, produto da decomposição dos bancos de grés, que aparecem à superfície da terra; advertindo, que este externamente é algum tanto ferruginoso, esboroadiço, mas interiormente é esbranquiçado, grão fino, textura unida, e serve mui bem para amolar ferramentas; os paisanos do país chamam- lhe pedras de desbastar. Junto a um córrego, que vai ter ao Ipanema, rio, que corre pelas faldas deste monte, aparecem bancos de chisto novacular; é pena que o não aproveitemos, porque as boas pedras de afiar, de que usamos, vem de levante muito caras. Os bancos deste chisto estão em direção quase lesnordeste oessudoeste, paralelos ao horizonte; são de cor grizea, e grizea amarelada, sobre eles pousam os bancos de grés. Este monte, indo da vila para ele, apresenta uma face muito alongada na direção quase norte sul ; e conta na maior extensão duas léguas pouco mais ou menos; todo ele é coberto de matas, exceto no lugar das furnas; grande vale central domina por todos os jugos, que formam este monte. Ele se divide em três grandes cabeços, denominados pelos do país Morro do ferro, Morro vermelho, e Morro de Araraçoiaba propriamente dito, além de outros menores, os quais todos são cortados por diferentes vales. Todo o terreno deste morro é um barro vermelho escuro com muito talco amarelo de ouro; ele está cheio de mineral de ferro magnético, e algum já imã perfeito, em pedras soltas e desarrumadas de diferente grandeza, e possança; o qual umas vezes entranha- se por terra dentro, como eu observei em alguns socavões feitos de propósito, outras vezes prolonga- se em grandes cintas, ou manchas ao longo dos córregos, das quebradas, e vales. Em um dos socavões, que mandei fazer, apareceu uma camada de barro azul fixo e mais claro com muito talco amarelo, que julgo ser argila misturada com azul da Prússia nativo; igualmente não devo esquecer, de que no Morro-vermelho achei uma pedra quartsoze cristalizada com ocre de ferro de permeio, tapizada nas fendas, e por fora de cristais de quartzo piramidal brilhante, branco e arrôxado; descoberta esta comum a outro jugo pertencente ao mesmo morro. Não me demoro em descrever extensamente o mineral de ferro, sua riqueza, e abundância, em marcar o lugar, em que se devem levantar as ferrarias, caso de querer Sua Alteza aproveitar esta mina, em fazer ver os erros, e por conseqüência os prejuízos, que tiveram os que empreenderam trabalhá- la no tempo do Morgado de Mateus, finalmente em dar uma noção sobre a abundância de águas, matas, fundente, e todos os demais misteres necessários a um tal estabelecimento, pelo ter feito em uma memória separada, que a este respeito envio ao ministério. Asseveraram - me, que em Bacaetava, fazenda duas léguas distante do morro, apareceram bancos de pedra calcárea nas margens de um córrego; examinando este lugar, achei somente bancos de um grés ferruginoso. O terreno, sobre que pousavam, caiu ou desmoronou-se, deixando como uma cavidade, ou gruta, debaixo da qual se viam estalactites ao dito banco, opacos e cor branca suja. Creio, que as águas do córrego, passando por terrenos calcáreos, e mesmo acarretando alguma porção calcárea que o grés contivesse (bem que esta não faça efervescência com ácido nítrico), vieram fazer este depósito; não posso porém afiançar, que se não venham a descobrir bancos calcáreos nas vizinhanças deste lugar, quando for possível examiná-las. As árvores examinadas em todos estes dias são as mesmas, que as referidas nas excursões antecedentes; devo unicamente acrescentar, que estes campos abundam de jupecanga (espécie do gênero smilax), e de caiapia (an species althae).
Um neerlandês em São Paulo, Jacyntho José Lins Brandão 1975. Atualizado em 23/10/2025 15:57:18 Relacionamentos • Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Bituruna/PR, São Paulo/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (13) Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), Balthazar Fernandes (1577-1670), Braz Teves, Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), Francisco de Sousa (1540-1611), Gaspar Gonçalves Conqueiro, Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Jacques Oalte, Jerônimo Leitão, João Ramalho (1486-1580), Lopo Dias Machado (1515-1609), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Suzana Dias (1540-1632) • Temas (5): Dinheiro$, Medicina e médicos, Metalurgia e siderurgia, Serra de Jaraguá, Ybyrpuêra • 1. Balthazar Gonçalves declara que pretende ir às minas de Caativa com “o mineiro alemão Oalte ou Bettimk”. Ainda em 1611 Gerrit Bettinck autorizou a venda da herança de seus pais em Doesburg 11 de dezembro de 1611
Atualizado em 28/10/2025 11:09:01 Hélio Vianna
• 1°. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) “(...) mandou o governo português, em 1559 um mineiro prático Luis Martins. Por ordem do Governador Men de Sá, no ano seguinte em São Vicente, partiu ele para indeterminados pontos do interior em uma leva organizada e dirigida por Brás Cubas. Regressando este a Santos, em 1562, com algumas amostras de metais e pedras que enviou ao Reino, fez com que no mesmo ano o mineiro voltasse as suas pesquisas. Não muito longe, ainda em terras vicentinas, em Jaraguá, talvez em Caatiba, hoje Bacaetava, encontrou, afinal, o desejado ouro. Explorou-o, inicialmente, o próprio Braz Cubas, depois associado ao Capitão Mor Jerônimo Leitão” (VIANNA, 1972, p. 215)
Aluisio 1972. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (2): Sorocaba/SP, Araçoiaba da Serra/SP • Pessoas (1) Luís Castanho de Almeida (68 anos) • Temas (14): Habitantes, Rio Cubatão, Itapeva (Serra de São Francisco), Córrego Supiriri, Vila Carvalho (Sorocaba), Apoteroby (Pirajibú), Laranja, Estradas antigas, Ferrovias, Rio Sorocaba, Bairro de Aparecidinha, Caminho Fundo, Caminho do Peabiru, Marginal Dom Aguirre • 1. Entre Bacaetava e Ipanema o viajante no trem da Sorocabana ainda via o rio Sorocaba através de um capoeirão, sucessor da antiga mata marginal. Foi queimado nas locomotivas. 1918
Atualizado em 28/10/2025 11:09:00 Manual do Tio Patinhas ![]() Data: 1972 Página 178
• 1°. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) O ouro apareceu pela primeira vez no Brasil em Caatiba (atualmente Bacaetava) ou Jaraguá, conforme carta de Brás Cubas data de 1562.
História Geral da Civilização Brasileira. Tomo 1, Volume 1 1972. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (1) Sergio Buarque de Holanda (70 anos) • Temas (1): Grunstein (pedra verde)
“Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda 1969. Atualizado em 23/10/2025 15:57:18 Relacionamentos • Cidades (13): Araçoiaba da Serra/SP, Assunção/PAR, Cananéia/SP, Ilhas Molucas/INDO, Lisboa/POR, Malaca/MAL, Paraty/RJ, Potosí/BOL, São Paulo/SP, São Tomé de Meliapor/IND, São Vicente/SP, Sevilha/ESP, Sorocaba/SP • Pessoas (55) Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Anthony Knivet (1560-1649), Antônio de Sousa (1584-1631), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Baccio Filicaya, Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Brás Cubas (1507-1592), Carlos V (1500-1558), Christovam Jacques (1480-1531), Cristóvão de Colombo (1451-1506), Diogo de Meneses e Sequeira (1553-1635), Diogo Flores Valdez (1530-1595), Domingo Martinez de Irala (1506-1556), Duarte Barbosa, Duarte Lemos, Felippe Guilhem (n.1487), Filipe III, o Piedoso (1578-1621), Francisco de Chaves (1500-1600), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Pizarro González (1476-1541), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gonçalo da Costa, Henrique Montes, Hernando Arias de Saavedra (1561-1634), Jaime Zuzarte Cortesão (15 anos), Jean de Laet (1571-1649), João Capistrano Honório de Abreu (46 anos), João III, "O Colonizador" (1502-1557), João Pereira Botafogo (1540-1627), João Sanches "Bisacinho", Juan Diaz de Solís, Luis Sarmiento de Mendoça, Marcos de Azevedo, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim de Orue, Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mência Calderon Ocampo (1514-1593), Nicolas del Techo (1611-1680), Nuno Manoel (1469-1531), Paschoal Fernandes, Pedro Dorantes, Pero de Magalhães Gândavo (1540-1580), Pero Domingues 2° (n.1578), Pero Lobo, Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), Sebastião Caboto (1476-1557), Sergio Buarque de Holanda (1902-1982), Teodoro Fernandes Sampaio (44 anos), Thomas Griggs, Tomé de Sousa (1503-1579), Ulrico Schmidl (1510-1579), Walter Raleigh (1552-1618), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626) • Temas (35): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminhos até São Vicente, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Colinas, Curiosidades, Descobrimento do Brazil, Diamantes e esmeraldas, El Dorado, Estradas antigas, Gentios, Geografia e Mapas, Grunstein (pedra verde), Guayrá, Ilha da Madeira, Incas, Lagoa Dourada, O Sol, Ouro, Paraúpava, Pela primeira vez, Peru, Porcos, Porto dos Patos, Prata, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Jaguari, Rio Paraguay, Serra de Paranapiacaba, Terra sem mal, Tordesilhas, Trópico de Capricórnio, Tupinambás, Tupis ![]() • 1. Diário de Pero Lopes 17 de agosto de 1531 Francisco de Chaves, morador antigo de Cananéia e possivelmente um dos que ficaram em terra da nau San Gabriel de Dom Rodrigo de Acuna, se não mesmo um dos náufragos da armada de Solis, e neste caso, antigo companheiro de Henrique Montes e Aleixo Garcia, aparece no Diário da Navegação de Pero Lopes, a propósito da jornada que mandou Martim Afonso de Cananéia terra adentro em busca do metal precioso. Para tanto seguira Pero Lobo a 1 de setembro de 1531 com quarenta besteiros e quarenta espingardeiros, guiados pelo mesmo Chaves, que “se obrigava que em dez meses tornara ao dito porto com quatrocentos escravos carregados de prata e ouro”. Pode dizer-se que cronologicamente é essa a primeira grande entrada paulista de que existe documentação. [p. 98]
• 2. Partida da expedição de Bras Cubas junho de 1560 Outro tanto dissera em 1560 Vasco Rodrigues de Caldas, quando obteve de Mem de Sá autorização para rematar a jornada do espanhol. No mesmo ano e no anterior tinham-se realizado as expedições de Brás Cubas e Luís Martins, saídas do litoral vicentino. De uma delas há boas razões para presumir que teria alcançado a àrea do São Francisco, onde recolheu amostras de minerais preciosos. Marcava-se,assim, um trajeto que seria freqüentemente utilizado, no século seguinte,pelas bandeiras paulistas. É de crer, no entanto, que o govêrno, interessado, porventura, em centralizar os trabalhos de pesquisa mineral,tanto quanto possível, junto à sua sede no Brasil, não estimulasse as penetrações a partir de lugares que, dada a distância, escapavam mais fàcilmente à sua fiscalização. [p. 44 e 45] Se em vida do Senhor de Beringel tiveram, não obstante, algum alento as pesquisas de minerais preciosos, não só nas proximi- dades da vila de São Paulo, mas também em sítios apartados, como aqueles - porventura na própria região do São Francisco - de onde Brás Cubas e Luís Martins tinham tirado ouro já nos anos de 1560 e 61, por sua morte vieram elas a fenecer ou, por longo espaço, a afrouxar-se. [p. 64]
• 3. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza 13 de janeiro de 1606 E se a imagem serrana das vizinhanças de São Paulo ainda não falasse bastante à sua imaginação, outros motivos, em particular a suspeita de que estando ali se acharia mais perto do Peru, por conseguinte das sonhadas minas de prata e ouro, poderiam militar em favor da escolha que fêz dessa vila para lugar de residência. Justamente pela época em que andaria na côrte da Espanha a pleitear junto ao Duque de Lerma e Filipe III sua nomeação para a conquista, benefício e administração das minas das três capitanias do Sul, devera ter chegado às mãos do donatário de São Vicente, aparentado seu, uma carta dos camaristas de São Paulo com data de janeiro de 1600, que era de natureza a suportar tais ambições e ainda mais corroborar suas ilusões acêrca da distância entre aquela vila e o Peru. A carta é, antes de tudo, um cerrado libelo contra os capitães, ouvidores e até governadores-gerais que segundo diz, não entendiam e nem estudavam senão como haviam de "esfolar, destruir e afrontar" o povo de São Paulo. Para dar remédio a tais malefícios, pede-se ao donatário que, por sua pessoa, ou "coisa muito sua", trate de acudir com brevidade à terra que o Senhor Martim Afonso de Sousa ganhou e Sua Majestade lhe deu com tão avantajadas mercês e favores. E para mostrar a bondade da mesma terra, referem-se os oficiais da Câmara entre outras coisas, às minas, exploradas ou não, que nela se acham, a de Caatiba, de onde se tirou o primeiro ouro, e ainda a serra que vai dali para o norte - "haverá sessenta léguas de cordilheira de terra alta, que tôda leva ouro" -, além do ferro de Santo Amaro, já em exploração, e o de Biraçoiaba, que é região mais larga e abastada, e também do muito algodão, da muita madeira, de outros muitos achegos, tudo, enfim, quanto é preciso para nela fazer-se "um grande reino a Sua Majestade". Ao lado disso, fala-se também no grande meneio e trato com o Peru e na presença de "mais de 300 homens portuguêses, fora seus índios escravos, que serão mais de 1500, gente usada ao trabalho do sertão, que com bom caudilho passam ao Peru por terra, e isto não é fábula" [M. E. de AZEVEDO MARQUES, Apontamentos Históricos, Geográficos, Biográficos, Estatísticos e Noticiosos da Província de São Paulo, 11, págs. 224 e segs. Cf. também ACSP, li, págs. 497 e segs., onde vem reproduzida a carta dos camaristas de São Paulo, de acôrdo com o texto anteriormente impresso por Azevedo Marques.]. Sôbre a distância entre o litoral atlântico e os Andes são muitas vêzes imprecisas e discordes as notícias da época, e já se sabe como a idéia de que os famosos tesouros peruanos eram vulneráveis do lado do Brasil, chegara a preocupar a própria Coroa de Castela nos dias. [Páginas 94 e 95]
• 4. D. Francisco chegou em São Paulo 15 de junho de 1609 Com todo o desvairado otimismo de seus planos grandiosos, não é impossível que, no íntimo, Dom Francisco se deixas-se impressionar por aquela idéia, partilhada com outros portugueses da época, de que, em matéria de ouro e prata, Deus se mostrara mais liberal aos castelhanos, dando-lhes a fabulosa riqueza de suas minas. Assim se explica a miragem do Potosi, o sonho, que já tinha sido o de Tomé de Sousa, de fazer do Brasil um “outro Peru” e que está presente em todos os atos de sua administração. Essa idéia obsessiva há de levá-lo, em dado momento, ao ponto de querer até introduzir lhamas andinas em São Paulo. Com esse fito chegaria a obter provisão real, lavrada em 1609, determinando que se metessem aqui duzentas lhamas ou, em sua linguagem, “duzentos carneiros de carga, daqueles que costumam trazer e carregar a prata de Potosi, para acarrear o ouro e a prata” das minas encontradas nas terras de sua jurisdição. E recomenda-se no mesmo documento que das ditas lhamas se fizesse casta e nunca faltassem 77 . Já seria essa, à falta de outras, uma das maneiras de ver transfiguradas as montanhas de Paranapiacaba numa réplica oriental dos Andes. E se a imagem serrana das vizinhanças de São Paulo ainda não falasse bastante à sua imaginação, outros motivos, em particular a suspeita de que estando ali se acharia mais perto do Peru, por conseguinte das sonhadas minas de prata e ouro, poderiam militar em favor da escolha que fez dessa vila para lugar de residência. Justamente pela época em que andaria na Corte da Espanha a pleitear junto ao Duque de Lerma e Filipe III sua nomeação para a conquista, benefício e administração das minas das três capitanias do sul, devera ter chegado às mãos do donatário de São Vicente, aparentado seu, uma carta dos camaristas de São Paulo com data de janeiro de 1600, que era de natureza a suportar tais ambições e ainda mais corroborar suas ilusões acerca da distância entre aquela vila e o Peru.
Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História 7 de novembro de 1965, domingo. Atualizado em 31/10/2025 00:47:37 Relacionamentos • Cidades (7): Araçoiaba da Serra/SP, Franca/SP, Itu/SP, Lisboa/POR, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (22) 2º conde do Prado (1577-1643), Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antônio de Sousa (1584-1631), Bernardo José de Lorena (1756-1818), Clemente Álvares (1569-1641), Diogo de Quadros, Domingos Ferreira Pereira, Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Lopes Pinto, Gaspar Gomes Moalho, Gaspar Gonçalves Conqueiro, Jacinto José de Abreu, João Fernandes Saavedra (f.1667), João Rodrigues de Almeida, José Joaquim Machado de Oliveira (1790-1867), Luiz Furtado (1590-1636), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Pandiá Calógeras (1870-1934), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855) • Temas (25): Ambuaçava, Apiassava das canoas, Bairro Itavuvu, Buraco de Prata, Butantã, Carijós/Guaranis, Dinheiro$, Engenho(s) de Ferro, Fazenda Ipanema, Gentios, Guerra de Extermínio, Jurubatuba, Geraibatiba, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora de Montserrate, Peru, Pirapitinguí, Pólvora, Pontes, Rio Geribatiba, Rio Iperó, Rio Sarapuy, Sabarabuçu, Ybyrpuêra ![]() • 1. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza 13 de janeiro de 1606 Em janeiro de 1606, na carta dos vereadores de São Paulo dirigida ao donatário da Capitania, há referências a um dêstes engenhos: “Diogo de Quadros é ainda provedor das minas, até agora tem procedido bem, anda fazendo um engenho de ferro a três léguas desta vila, e como se perdeu no Cabo Frio tem pouca posse e vai devagar, mas acabal-o-ha e será de muita importância por estar perto daqui como três léguas e haverá metal de ferro; mas há na serra de Byraçoiaba 25 léguas daqui para o sertão em terra mais larga e abastada, e perto dalo como três léguas está o Cahatyba, de onde se tirou o primeiro ouro e desde ali ao Norte haverá 59 léguas de Cordilheira de terra alta, que toda leva ouro principalmente a Serra de Jaraguá de Nossa Senhora do Monte-Serrate, a de Voturuna, e outras.” D. Francisco de Souza refere-se apenas ao ouro de Montesserrate e não ao ferro; isto porque essas minas localizavam se na serra de Jaraguá e não em Araçoiaba, conforme a carta que a Câmara de São Paulo dirige ao donatário da Capitania a 13 de janeiro de 1606. Nesse documento os vereadores confirmàm que "muito tem a terra que dar, é grande, fertil de mantimentos e muitas aguas e lenhas grandes campos e pastos, tem ouro, muito ferro .. , mais ha na serra de Biraçoiaba, 25 léguas daqui para o sertão em terra mais larga e abastade e perto dali como três léguas está a Cahatiba de onde se tirou o primeiro ouro e desde ali ao norte haverá sessenta leguas de cordilheira de terras que todas levam ouro principalmente a serra de Jaraguá de Nossa Senhora do Monserrate ... ".Ora, Jaraguá distancia-se da capital de São Paulo, aproximadamente 3 léguas e meia e portando seria de estranhar que a denominação minas de Montesserrate abrangesse o sítio bem mais longínqüo das serras de Araçoiaba, mesmo que a ela se atribuíssem as regiões adjacentes de Jaraguá. Aliás, em linha reta dista aproximadamente 90 quilômetros a Serra de Araçoiaba da Serra do Jaraguá. Além do mais, em fins do século XVI, segundo expressão de Azevedo Marques, foi tão abundante a extração do ouro nessa serra, que se chamou "Perú do Brasil" (76) e de fato, D. Francisco de Souza na provisão de 1600 refere-se específica e unicamente à exploração do metal precioso. [saber] Para a atual pesquisa, a bibliografia fundamental, além da acima citado, resume-se principalmente nas publicações de Azevedo Marques: Apontamentos históricos; de Eschewege: Plutu Brasiliensis; de Afonso Taunay: História Seiscentista da Vila de São Paulo. Os outros autores consultados, e mesmos esses, limitam-se apenas a repetir os textos de Pedro Taques, referindo-se, sem nova consulta às mesmas fontes. Outro aspecto que dificulta a coleta de dados é a confusão existente entre "os metais achados em Byraçoiaba 25 léguas daqui para o sertão e... o engenho de ferro a três léguas desta vila", à margem do Geribatuba, no sítio Birapuera [Carta assinada pelos vereadores Luiz Fernandes e Pedro Nunes e datada de 13 de janeiro de 1606. Actas da Câmara da Vila de São Paulo. Vol. II. São Paulo. 1915, página 497.], ambas as descobertas atribuídas do bandeirante Afonso Sardinha, o Velho. [Página 172, 3 do pdf]
• 2. D. Rodrigo enviou sete nativos para procurar a Serra do Jaraguá. Seria N.S. Monserrate do Itapevucu? 7 de setembro de 1680 D. Francisco de Souza refere-se apenas ao ouro de Montesserrate e não ao ferro; isto porque essas minas localizavam se na serra de Jaraguá e não em Araçoiaba, conforme a carta que a Câmara de São Paulo dirige ao donatário da Capitania a 13 de janeiro de 1606. Nesse documento os vereadores confirmàm que "muito tem a terra que dar, é grande, fertil de mantimentos e muitas aguas e lenhas grandes campos e pastos, tem ouro, muito ferro .. , mais ha na serra de Biraçoiaba, 25 léguas daqui para o sertão em terra mais larga e abastade e perto dali como três léguas está a Cahatiba de onde se tirou o primeiro ouro e desde ali ao norte haverá sessenta leguas de cordilheira de terras que todas levam ouro principalmente a serra de Jaraguá de Nossa Senhora do Monserrate ... ".Ora, Jaraguá distancia-se da capital de São Paulo, aproximadamente 3 léguas e meia e portando seria de estranhar que a denominação minas de Montesserrate abrangesse o sítio bem mais longínqüo das serras de Araçoiaba, mesmo que a ela se atribuíssem as regiões adjacentes de Jaraguá. Aliás, em linha reta dista aproximadamente 90 quilômetros a Serra de Araçoiaba da Serra do Jaraguá. Além do mais, em fins do século XVI, segundo expressão de Azevedo Marques, foi tão abundante a extração do ouro nessa serra, que se chamou "Perú do Brasil" (76) e de fato, D. Francisco de Souza na provisão de 1600 refere-se específica e unicamente à exploração do metal precioso.
“Memória Histórica de Sorocaba” II. Luís Castanho de Almeida (1904-1981) 25 de março de 1965, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:34:19 Relacionamentos • Cidades (16): Araçoiaba da Serra/SP, Botucatu/SP, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Guapiara/SP, Guareí/SP, Guareí/SP, Ibiúna/SP, Itanhaém/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP, Tatuí/SP • Pessoas (15) Antônio Álvares Lanhas Peixoto, Antônio Antunes Maciel (1685-1745), Antonio da Silva Caldeira Pimentel, Artur de Sá e Meneses (f.1709), Balthazar Fernandes (1577-1670), Fernando de Almeida Leme, Fernando Dias Falcão (1669-1738), Frei Frutuoso, Gabriel Antunes Maciel I (1600-1648), Gaspar Colaço, João Antonio Cabral Camello, João Antunes Maciel (n.1674), João Martins Claro (1655-1725), Luís Castanho de Almeida (1904-1981), Miguel Sutil (1667-1755) • Temas (37): Apereatuba, Apoteroby (Pirajibú), Avecuia, “terra que cai”, Avenida Afonso Vergueiro, Bairro de Aparecidinha, Beneditinos, Cachoeira Jequitaia, Cachoeiras, Caminho de Curitiba, Caminho do Itanguá, Caminho Itú-Sorocaba, Caminho Sorocaba-Botucatu, Caminho Sorocaba-Paranapanema, Caminhos até Ypanema, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Catedral / Igreja Matriz, Cavalos, Cochipone, Córrego Supiriri, Escravizados, Estradas antigas, Fazenda dos Madureira, Itapeva (Serra de São Francisco), Jardim Itanguá / Manchester, Jurupará, Música, Nossa Senhora da Penha, Ouro, Represa de Itupararanga, Rio Pirajibú, Rio Sarapuy, Rio Sorocaba, Rua da Penha, Rua Hermelino Matarazzo (Estrada de Ipanema), Serra de Paranapiacaba, Vila Santana / Além Linha, Vila Trujillo ![]() • 1. O rio Itararé se tornou a divisa entre as vilas 1721 Em 1721, o ouvidor José Pires Pardinho fixou a divisa entre Sorocaba e Curitiba pelo Itararé. Parece que por acôrdo tácito e sem resultado prático as cumiadas da Paranapiacaba eram divisa com o litoral, isto é, Itanhaém e Iguape, mas por êsse lado o caminho acabava na fazenda dos Madureira, quase à vista da vila e Apereatuba (hoje reprêsa da Light). O alto Sorocaba e seus formadores, Sorocabuçú e Sorocamirim, hoje município de Ibiúna, foi povoado mais tarde, via Cotia e São Roque.
Memória Histórica Sobre Sorocaba, parte V (continuação), 1965. Luís Castanho de Almeida (1904-1981) 1965. Atualizado em 24/10/2025 03:34:19 Relacionamentos • Cidades (4): Guarapuava/PR, Itu/SP, Sorocaba/SP, Curitiba/PR • Pessoas (4) Cristovão Pereira de Abreu (1678-1755), Luís Castanho de Almeida (61 anos), Paulino Aires de Aguirre (1735-1798), Pedro Nolasco • Temas (2): Inhayba, Tropeiros • 1. Paulino Aires de Aguirre doa Bacaetava à capela de Santo Antônio 1787 A sesmaria de Bacaetava doada à capela de Santo Antônio antes de 1787, por Paulino Aires de Aguirre de uma légua em quadra, e onde êle invernava um gadinho, talvez pertencesse à de Boituva, que é de 1766, concedida a João Fernandes Maciel, primeiro povoador daquele bairro, vizinhando com João de Araújo e Silva e Filipe Neri Barbosa, no interminável Sorocaba — abaixo. Aí, porém, já se entrava no município de Itú, do qual Pôrto Feliz se desmembrou. Mais abaixo eram os Campos Bicudos, que chegavam até Tietê (Sete Fogões, hoje) e que também eram donos de Tatuí (Paiol), fazenda que venderam aos Carmelitas.
Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953) 1964. Atualizado em 24/10/2025 02:40:25 Relacionamentos • Cidades (3): Guarulhos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (3) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), Francisco de Sousa (1540-1611) • Temas (2): Ouro, Serra de Jaraguá
Genealogia Guaratinguetaense, 1952. Adalberto Ortmann 1952. Atualizado em 24/10/2025 04:15:56 Relacionamentos • Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, Guaratinguetá/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (3) Afonso d´Escragnolle Taunay (76 anos), Francisco de Sousa (1540-1611), Washington Luís Pereira de Sousa (83 anos) • Temas (4): Bituruna, vuturuna, Ouro, Prata, Serra de Jaraguá
Meio Século de Bandeirismo, de Alfredo Ellis Jr. 1948. Atualizado em 26/10/2025 00:39:45 Relacionamentos • Cidades (7): Araçoiaba da Serra/SP, Barueri/SP, Guarulhos/SP, Iguape/SP, Juquiá/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (33) Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Alfredo Ellis Júnior (52 anos), Anthony Knivet (1560-1649), Antonio da Cunha Gago, o Gambeta (1600-1671), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartyra/M´Bcy (Isabel Dias) (1493-1580), Beatriz Dias Teveriçá ou Ramalho (1502-1569), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Brás Cubas (1507-1592), Clemente Álvares (1569-1641), Cornélio de Arzão (f.1638), Diogo de Quadros, Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Diogo Martins Cam, Francisco de Assis Carvalho Franco (62 anos), Francisco de Sousa (1540-1611), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gaspar Gomes Moalho, Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Jerônimo Leitão, Jerônimo Pedroso de Barros, Luís Eanes Grou (1573-1628), Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919), Manoel Pinheiro Azurara (n.1570), Manuel Teles Barreto (1520-1588), Martim Correia de Sá (1575-1632), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mateus Luís Grou (n.1577), Nicolau Barreto, Orville Derby (1851-1915), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Sebastião Gonçalves • Temas (18): Açúcar, Ambuaçava, Assunguy, Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Dinheiro$, Guayrá, Lagoa Dourada, Metalurgia e siderurgia, Ouro, Peru, Rio Araguaia, Rio da Ribeira, o Isubay, Rio Tibagi, Sabarabuçu, São Filipe, Serra da Mantiqueira, Serra de Jaraguá ![]() • 1. Dentre os pleitos de Quadros, requereu a venda, em fiado, de 2.000 escravos das Guiné aos moradores de São Paulo para a exploração e entabulamento das minas, e que lhe foram negados 8 de janeiro de 1606 Eis como se poderiam interpretar aquelas palavrasda carta, que a Câmara Municipal paulista dirigiu aLopo de Sousa (Registro, vol. VII), na qual se diz que,7 a bandeira de Barreto chegara ao Perú por terra (*).Assim, pois, não aproveita à tese de Derby o pri-meiro dos argumentos supra.GG7-A) À documentação De Angelis. analisada pelo emerito histo-riador português Jayme Cortesão, mostra que o Planalto paulista tevecontacto assíduo com Potosi, de modo que a minha hipotese, de Bar-reto ter chegado até lá, se reveste de muitos indícios e probabiildades,Talvez ela venha a ser provada!138) A carta é a seguinte: Com o Capitão João Pereira de Sousa, que Deus levou, recebemosnesta Camara uma carla de Vmc. o annô passado na qual nos mandaque lhe escrevamos mludamente tudo que apparecer. Alguns trasladosde cartas se acham aqui dos que escreveram a Vmc. mas parece quenão lhe foram dadas. O que de presente se poderá avisar muito papele tempo era necessario, porque são tão varias e de tanta altura ascousas que cada dia succedem que não falta materia de escrever e avisare se poderá dizer de chorar. Só faremos lembrança a Vmc. que se suapessoa ou cousa muito sua d´esta Capitanta não acudir com brevidadepode entender que não terá cá nada, pois que estão as cousas d´estaterra com a candêéa na mão e cedo se despovoard, porque assim oscapitães e ouvidores que Vmc. manda, como os que cada quinze dias nosmettem os governadores eos em outra cousa não entendem, nem estudam senão como hão de esfolar, destruir e afírontar, e n´lsto gastamo seu tempo, elles não vem nos governar e reger, nem aqugmentar a terraque o Sr. Matim Affonso de Sousa ganhou e S. M. deu com avan-tajadas mercês e favores. Val isto em tal maneira é razão, que peloecclestastico e pelo secular não ha outra cousa senão pedir e apanhar,eum nos pedem e outro que nos tomam tudo e seu e ainda lhes iacamos devendo. E se fallamos prendem-nos e excommungam-nos, e fa-zem de nós o que querem, que como somos pobres e temos o remediotão longe não ha outro recurso senão abaixar o cerviz e soffrer o malque nos poem.“Assim Senhor, acuda, veja, ordene e mande o que lhe parecer,que muito lem a terra que dar: é grande fertil de mantimentos, mui-tas aguas c lenhas, grandes campos e pastos, tem ouro, muito ferro eassucar, e esperamos que haja prata pelos muitos indícios que ha masfaltam ´mineiros e fundidores destros. E o bom governo é o que nosfaita de pessoas que tenham consclencia e temor de Deus e valia, quenos mandem o que for justo, e nos favoreçam no bem, e castíguem oma! quando o merecemos, que fudo é necessario. “Diogo de Quadros é ainda provedor das minas, até agora temprocedido bem, anda fazendo um engenho de ferro a tres leguas d´estavilla ,e como se perdeu no Cabo Frio tem pouca posse é val devagar,mas acabal-o-ha e será de muita importancia por estar perto d´aquicomo tres leguas e haverá metal de ferro; mas ha na serra de Byra-rofaba 25 leguas d´aqui para o sertão em terra mais larga e abastada,€ perto daill como tres leguas está o Cahatyba d´onde se tirou o prt”meiro ouro e desde alli qo Norte haverá 50 leguas de Cordilheira de* terra alta, que toda leva ouro principalmente a serra de Jaraguá deN. Senhora do Monte-Serrate, a de Voturuna, e outras. Pode Vmc, fazeraqui um grande reina a S. M., ha grande menelo e trato para Angola.Perú e outras partes, Tg fazer muitos navios, que só o bem sepode trazer de lá, pois ha muito algodão, muitas madeiras e outrosachegos. Quanto àá conservação do gentio que não convem termos aavexarem-nos, assim como nos fazem a nós e faremos a elles e os chris-tãos visinhos são quasi acabados mas no sertão ha uma infinidaded´elles e de muitas nações, que vivem a lel de brutos animaes, co-mendo-se uns aos outros, que se os descermos com ordem para seremchristãos, será causa de grande proveito, principalmente o gentio Carijó, que está a 80 leguas daqui por mar e por terra q se affirma quepodem ser 200.000 homens de arco.“Esta é uma grande empreza e a Vmc. ou cousa muito sua lhe es-tava bem que S, M. ihe concedesse, e ihe importaria mais de 100.000cruzados afóra e de seus vassaíilos, o que pelo tempo em diante poderedundar a esta Capitania, além do particutar do mesmo gentio vindoao gremio da Santa Madtfe Igreja. Tornamos a tembrar, acuda Vmc.porque de Pernambuco e da Bahia, por mar e por lerra lhe levam ogentio do seu sertão e districto, e muito cedo ficará tudo ermo. comas arvores e hervas do campo sómenie; porque os portuguezes, bemsabe Vmc. que são homens de pouco trabalho, principatmente fóra doseu natural. Não tem Vmc. cá tão pouca posse, que das cinco villas queca tem com a Cananéa pode por em campo para os Cariliós meis de300 homens portuguezes fóra os seus indios escravos, que serão mais de1.500. gente usada ao trabalho do sertão, QUE COM BOM CAUDILHOPASSAM AO PERU´ POR TERRA E ISTO NÃO E´ FABULA; JA´ VMC.SERA´ SABEDOR COMO ROQUE BARRETO SENDO CAPITÃO. MAN-DOU AQ SERTÃO 300 HOMENS BRANCOS A DESCER GENTIO EGASTOU DOIS ANNOS NA VIAGEM COM MUITOS GASTOS E MOR-TES, e por ser contra umalei de El Rei que os padres da Companhiatrouxeram, o governador geral Diogo Botelho mandou provisão para to.marem o terço para elle e depois veio ordem para o quinto; sóbre istohouve aqui grandes devassas e flcaram multos homens encravados, quetalvez ha nesta villa hoje mais de 65 homislados, não tendo elta maisde 190 moradores; se Id for alguma informação de que a gente d´estaterra é indomita, creia Vmc. o que lhe parecer com o resguardo quedeve aos seus que não ha quem soffra tantos desafforos. Nosso Senhor guarde a pessoa e a familia de Vme., etc.” (Asalnados os vereadores e juizes ordinários da época. Seguem-se ns assl-naturas dos vereadores. — Arquivo da Câmara de São Paulo, livro devereança, tit. 1606)”. — (Apud Azevedo Marques, loc. cit).
• 2. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza 13 de janeiro de 1606
Atualizado em 28/10/2025 11:09:21 Jornal das Moças, 26.08.1943
“Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953) 1940. Atualizado em 30/10/2025 20:01:15 Relacionamentos • Cidades (12): Apiaí/SP, Boituva/SP, Caeté/MG, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Mogi das Cruzes/SP, Ouro Preto/MG, Paranaguá/PR, Santos/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (50) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), André Fernandes (1578-1641), Anthony Knivet (1560-1649), Antônio de Macedo (ou Saavedra) (1531-1590), Ascenso Luiz Grou (1575-1653), Bacharel de Cananéa, Baltazar Carrasco dos Reis (1617-1697), Balthazar Fernandes (1577-1670), Basílio de Magalhães (66 anos), Belchior Dias Moréia (1540-1619), Bento Maciel Parente, Brás Cubas (1507-1592), Cacique de Carapicuíba, Clemente Álvares (1569-1641), Custódia Lourença, Diogo de Unhate (1535-1617), Diogo Martins Cam, Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco de Assis Carvalho Franco (54 anos), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Lopes Pinto, Gabriel de Lara (f.1694), Gonçalo Monteiro, Heliodoro Eobanos Pereira (n.1588), Henrique da Costa (1573-1616), Jean de Laet (1571-1649), Jerônimo Leitão, João de Anhaya, João de Anhaya Lemos (f.1723), João de Piña (n.1585), João Fernandes Saavedra (f.1667), João Pereira Botafogo (1540-1627), João Pires, o gago (1500-1567), John Whithal (João Leitão), Juan de Salazar y Espinosa (1508-1560), Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919), Luis Sarmiento de Mendoça, Luiz Martins, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Marcos Fernandes, velho (1530-1582), Martim Correia de Sá (1575-1632), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Pero (Pedro) de Góes, Pero Correia (f.1554), Rodrigo de Castelo Branco, Salvador Jorge Velho (1643-1705), Simão Álvares Martins (Jorge) (1573-1636), Simão Jorge Velho (1526-1585), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626) • Temas (27): Assunguy, Bahia?, Cahaetee, Caminho do Peabiru, Caminho São Paulo-Santos, Cananéas, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Cruzes, Guaimbé, Guerra de Extermínio, Jaguaporecuba, Lagoa Dourada, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Minas de Itaimbé, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Peru, Pirapitinguí, Rio Anhemby / Tietê, Rio Itapocú, Rio Jaguari, Rio Paranapanema, Tamoios, Tupiniquim, Vila de Santo André da Borda ![]() • 1. Rainha regente D. Catarina comunicava ao governador Mem de Sá que enviara o mineiro para averiguar as notícias das minas de ouro. 7 de setembro de 1559 • 2. Partida da expedição de Bras Cubas junho de 1560 Esse governador-geral havia terminado a luta com os francezes do Rio de Janeiro e dalli viéra a São Vicente, escolhendo então para cabo da entrada nesse sentido ao fidalgo Braz Cubas. Este arregimentou uma léva a sua custa e conjuntamente com Luiz Martins, saiu para o sertão em junho de 1560. Dizem alguns que alcançou o Pará-Mirim, querendo outros que tivesse atravessado o vale do Arassuahy e fosse alcançar o rio das Rãs, no interior bahiano. Limitando em absoluto esse circulo, Calogeras é de opinião que Braz Cubas não transpoz as fronteiras do nosso atual Estado, indo apenas até o município de Apiahy ou Paranapanema. Deve-se destacar o minerador Luis Martins. Segundo Mario Neme, ele teria vindo parao Brasil em 1559 por ordem de D. João III, com o intuito de examinar metais. Primeiramente, teria chegado à Bahia para receber autorização para sua atividade. Segundo Francisco de Carvalho Franco, teria acompanhado a entrada de Brás Cubas nas nascentes do Rio São Francisco em 1560. [p. 35]
• 3. Carta a rainha Catarina e nova solicitação ao "mineiro da Rainha" que adentrasse novamente ao sertão 10 de maio de 1561 Ordenou por isso Men de Sá uma acção contra esses indígenas que assediavam a villa sertaneja e que baixavam do valle do rio Parahyba varando as gargantas serranas. Como principal dessa expedição foi Jorge Moreira, natural do Porto e que veio para a capitania em 1545, tendo aqui se casado com Izabel Velho. Exerceu cargos. na camara de Santo André, em 1557, tendo sido um dos promotores da mudança do fôro dessa villa para -casa dos padres de Piratininga, em 1560. Pormenores da sua expedição se encontram numa extensa carta que dirigiu á rainha d. Catharina e datada de 10 de maio de 1561. Nesse documento expõe que, após haverem reunido todos indios amigos os colonos da marinha não acudiram, enviando apenas alguns mamelucos. Os nativos ameaçaram então tomar ás .suas aldeias, caso os brancos tambem não fossem á guerra. Determinaram assim os de Piratininga ir todos, somniando tão sómente trinta. Com elles, seguiriam outros tantos de seus mamelucos. A expedição ganhou o Tietê até certa altura e depois, varando por terra as -canôas, attingiu o campo dos inimigos. Estes, cientes da arremettida "se haviam feito tão fortes que era cousa de espanto. Haviam ajuntado na fronteira a mais escolhida gente que havia, porque tinham muitas casas fortes com quatro cercas muito fortes ao redor, a maneira de inuros, como se fossem brancos. E junto com isto, muitos arcabuzes e polvora e espadas que lhes dão os francezes. Mas Nosso Senhor por sua misericordia nos deu victoria e as cercas foram entradas e elles todos mortos e presos sem escapar mais que um só que poude fugir, mas custou-nos matarem-nos dous moradores e um dos mancebos da terra. E quasi todos viémos feridos e frechados e dos nossos índios alguns mortos, do qual feito assim contrários como nossos índios ficaram muito espantados. Esperamos em Nosso Senhor que seja isto principio para esta terra segurar e o gentio se sujeitar." [Páginas 25 e 26]
• 4. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) 25 de abril de 1562 Esse governador-geral havia terminado a luta com os franceses do Rio de Janeiro e dali viéra a São Vicente, escolgndo então para cabo da expediçãi nesse sentido o fidalgo Braz Cubas. Este arregimentou uma léva a sua custa e conjunctamente com Luiz Martins, saiu para o sertão em junho de 1560. Dizem alguns que alcançou o Pará-Mirim, querendo outros que tivesse atravessado o vale do Arassuahy e fosse alcançar o rio das Rãs, no interior bahiano. Limitando em absoluto esse círculo, Calogeras é de opinião que Braz Cubas não transpoz as fronteiras do nosso atual estado de São Paulo, indo apenas até o munícipio de Apyahy ou Paranapanema. O certo é que o fidalgo assegurava numa carta a El-Rei, escrita de Santos em 25 de abril de 1562, que andára de jornada trezentas léguas e por respeito das águas que se vinham, retrocedera, colhendo mesmo assim algumas amostras de metais e pedrarias, que enviava á Corte. Regressára dessa jornada bastante doente, mas desejando insistir na procura do ouro, fez com que Luiz Martins nesse mesmo ano, tornasse o sertão e esse encontrou o precioso metal a poucas léguas de Santos. Alguns escrevem que esse descobrimento foi no Jaraguá e outros, na Cahatiba ou atual Bacaetava (Sorocaba). Dando em manifesto esse descoberto, foi Braz Cubas o primeiro minerador oficial do ouro em São Vicente, tendo ai feito tentativas dessa natureza, associado ao capitão-mÓr Jeronimo Leitão e, de uma carta escrita de Santos, em 1578, pelo inglez John Whithal, genro de José Adorno, vê-se que aguardava para isso mineiros do reino. ["Bandeiras e Bandeirantes de SP" de Carvalho Franco (1940) p.35;36] As diligências posteriores ao falecimento de Bartholomeu Bueno de Siqueira foram feitas por Miguel Garcia de Almeida e Cunha que entrou no Itatiaia, descobrindo ouro no Gualacho do Sul; por Manuel Garcia Velho, que entrou no Tripuhy, fazendo idênticas descobertas e Belchior da Cunha Barregão, que com Bento Leite da Silva, entrou no Itacolomy, extraindo também o precioso metal (1696). Dois anos após, Antonio Dias de Oliveira descobria o celebrado Ouro Preto. Grande foi então a afluência de forasteiros para esse território todo, provindos de outras capitanias e mesmo da Metrópole. Assim, Rebello Perdição refere que de 1698 em diante, foram descobertos outros álveos auríferos: no Outro Preto, pelo padre João de Faria Fialho, Francisco e Antonio da Silva Bueno, Thomas e João Lopes de Camargo e Felix de Gusmão Mendonça e Bueno; no Ribeirão do Carmo, por João Lopes de Lima e seu irmão, o padre Manuel Lopes; no Gualacho do Norte, por Antonio Pereira; no centro desse mesmo ribeirão, por Sebastião Rodrigues da Guerra; no ribeiro de Bento Rodrigues, pelo bandeirante desse nome; na barra do Gualacho do Norte, no Brumado e no Sumidouro, por João Pedroso; no ribeiro do Bom Sucesso, afluente do Ribeirão do Carmo, por Salvador Fernandes Furtado de Mendonça; nesse último ribeirão, dez léguas de Ouro Preto, até o arraial do Furquim, por Antonio Rodovalho a Fonseca, Francisco Alvares Corrêa e Sebastião de Freitas Moreira; nesse mesmo ribeirão, abaixo desses últimos, descobertos por João de Lima Bomfante e por último na barra desse ribeirão com o Guarapiranga, por Francisco Bueno de Camargo. [Páginas 174 e 175] O descobrimento do sertão do Rio Pardo, foi feito por Antonio Luiz dos Passos, mais tarde um dos descobridores das Minas Novas e o distrito de Itacambira foi explorado por uma expedição paulista de que era cabo Miguel Domingues, o qual teve que se retirar desse sertão devido ao encontro dos mestiços denominados "papudos". Segundo Basílio de Magalhães, Domingos Rodrigues da Fonseca Leme, descobriu o ribeiro do Campo; Leonardo Nardy Sisão de Sousa, revelou as minas do Caethé, onde com os dois irmãos Antonio e João Leme da Guerra, moradores em Santos, fundaram depois um arraial. [Página 175] Nada porém conseguindo, o capitão-mór em 1690, reduzido á miséria, interrompida tentativas e se recolhia ao Rio de Janeiro, obtendo o cargo de tabelião público, provido por Luiz César de Menezes. A seguir, andaram sondando essas minas, o capitão-mór Martim Garcia Lumbria, tendo como sócios Manuel Fernandes de Abreu e o alcaide-mór Jacinto Moreira Cabral e já no começo do século XVIII, Damião de Sousa Pereira, genro do capitão-mór Lumbria e por último os irmãos Antonio Trindade e João de Anhaya, com um filho deste último, João de Anhaya de Lemos. [Página 265] As minas do Itambé ou Itaimbé, ficavam na região do Assunguy e foram objeto de investigações oficiais entre 1645 e 1647, por parte de Eleodoro Ébano Pereira; em 1670, por parte de Agostinho de Figueiredo e em 1679, por parte de D. Rodrigo de Castel-Blanco. Ficavam ainda no Assunguy as minas de Nossa Senhora da Conceição, da Cachoeira e do Ribeirão, exploradas principalmente por Salvador Jorge Velho e seu genro Antonio PIres de Campos, o velho, desde 1678 e posteriormente a 1599, por Simão Jorge Velho. Balthazar Carrasco dos Reis e o seu grupo exploraram as minas do Arraial Grande, poucos anos antes de 1661, as quais ainda em 1741 eram satisfatóriamente exploradas pelos descobridores (...) [p. 272]
• 5. D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses 23 de maio de 1599 • 6. D. Francisco chegou em São Paulo 15 de junho de 1609 Cercado novamente de grande comitiva, em meados de 1609 já se encontrava em São Paulo, tendo firmado contrato duma sociedade com Diogo de Quadros e Francisco Lopes Pinto para a exploração do que então denominavam engenho de ferro. Dessa sua segunda administração em São Paulo, pouco se sabe, pois escasseiam os documentos. Persistia no entanto, obstinadamente, em encontrar metais nobres na Sabarábossú e no morro do Araçoyaba. Determinou para o primeiro efeito, uma entrada chefiada por Simão Alvares, o velho, conforme se verifica do termo de "Concerto que houve entre Simão Alvares e a viúva Custodia Lourença, no inventário de Henrique da Costa, em 1616 e partiu de São Paulo em 1610 e atingiu o sertão denominado "Cahaetee", o qual se formos cingir-nos exclusivamente á toponímia, era o sertão da Casca, em plena Minas Gerais.
• 7. “O Novo Mundo: Descrição das Índias Ocidentais” ("Nieuvve wereldt, ofte, Beschrijvinghe van West-Indien"), 1625. Jean de Laet (1571-1649) 1625 Dando uma notícia condensada de todos esses descobrimentos, temos o escritor holandês, Jean de Laet; na sua obra "O Novo Mundo ou Descrição das Indias Ocidentais", cuja princeps é de 1625 e que colheu os necessários informes de Anthony Knivet e de Wilhelm Jostten Glimmer. Assim, escreveu ele: "As minas de ouro que se descobriram nestes annos precedentes, na capitania de São Vicente, são: Santiago e Santa Cruz, nas montanhas de Paranapiacaba, a quatro ou cinco leguas do mar; Jaraguá, cerca de cinco leguas de São Paulo para o norte, e a dezesete ou dezoito leguas do mar; Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, seis ou sete leguas de São Paulo, ao nordeste e a vinte ou pouco mais do mar; Nossa Senhora do Monserrate, dez ou doze leguas de São Paulo para o noroeste, onde se encontram pepitas que pezam ás vezes duas e tres onças; Buturunda ou lbitiruna, a duas leguas da precedente, para o oeste; Ponta da Cahativa, a trinta leguas de São Paulo para o sudoeste. Quase trinta leguas da. mesma villa de São Paulo para o sudoeste, ficam as montanhas de Berusucaba ou Ibiraçoiaba, abundantes em veios de ferro, não lhes faltando também veios de ouro, que os selvagens cananéas tem por costume extrahir".
Ouro no Estado de São Paulo, por Theodoro Knecht - Boletim No. 6 do Instituto Geográfico e Geológico da Secretaria da Agricultura, Industria e Comércio do Estado de São Paulo - Secretário José Levy Sobrinho 1939. Atualizado em 31/10/2025 03:42:06 Relacionamentos • Cidades (3): Apiaí/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Itu/SP • Pessoas (4) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Luiz Martins, Pandiá Calógeras (1870-1934), Theodoro Knecht • Temas (2): Lagoa Dourada, Ouro ![]() • 1. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) 25 de abril de 1562 MINERAL: OuroLOCALIDADE: Lagoa Dourada (no môrro Araçoiaba) MUNICIPIO: Campo LargoFORMAÇÃO GEOLOGICAFilitos endurecidos de côr cinzenta-verde da série de S. Roque.MODO DE OCORRENCIA E COMPOSIÇÃO MINERALOGICANo barranco de uma excavação antiga, observa-se um vieiro de quartzo aurifero de pequena espessura. A continuação do afloramento acha-se coberto por terra argilósa-vermelha. O delgado do vieiro consiste de um quartzo sacaroide muito friavel, com manchas de limonita. MODO DAS EXPLORAÇÕES E BENEFICIAMENTO Existe uma excavação com uma profundidade de cerca de 5 metros no lugar chamado Lagoa Dourada. Essa excavação que foi feita algumas centenas de anos atrás, encontra-se na fazenda Luiz Pereira, na fralda meridional do morro de Araçoiaba distante 6 kms. de Campo Largo. DADOS HISTORICOS Os trabalhos historicos sôbre Ipanema, que mencionam frequen- temente a descoberta de uma jazida de ouro, referem-se provavelmente á essa jazida. A mesma teria sido descoberta por volta de 1562, por Luiz Martins, segundo Calogeras e será identica ás minas de Coatiba ou Bacaetava.
Atualizado em 28/10/2025 11:08:58 Pandiá Calógeras (1938) cita, com base na pesquisa de documentos históricos, entre as várias lavras de ouro em atividade no início do período colonial, as de "Voturuna", na "Vila de Parnahyba", Lagoas Velhas do Geraldo, em Guarulhos, "Byraçoiaba" em Araçoiaba da Serra e Cahatiba, em Sorocaba
• 1°. Caracterização estratigráfica e estrutural da sequência vulcano. Sedimentar do grupo São Roque - Na região de Pirapora do Bom Jesus, estado de São Paulo. Dissertação de Mestrado, 1988. Magda Bergmann. Orientador: Prof. Dr. Georg R. Sadowski, Universidade de São Paulo, Instituto de Geociências 1988
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXXIV 1938. Atualizado em 24/10/2025 02:40:22 Relacionamentos • Cidades (12): Alambari/SP, Apiaí/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Araraquara/SP, Guareí/SP, Iperó/SP, Itapeva/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (10) Alfredo Romário Martins (25 anos), Christovam Monteiro de Carvalho, Cristóvão Diniz de Anhaya de Almeida, Domingos Rodrigues da Fonseca Leme (1650-1738), Gertrudes Palmeiro de Andrade Pilar (1817-1886), João Machado Castanho, João Machado de Lima, Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Salvador Pires, moço (1570-1616), Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853) • Temas (33): Jatuabi, Araritaguaba, Atuahy, Bairro Éden, Sorocaba, Bairro Itavuvu, Cajurú, Caminho Itú-Sorocaba, Caminho Sorocaba-Porto Feliz, Campo Verde, Ermidas, capelas e igrejas, Caucaya de Itupararanga, Escama, Estradas antigas, Fortes/Fortalezas, Guarapiranga, Inhaúma, Inhayba, Itahim, Jesuítas, Jurupará, Morungaba, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora do Pópulo, Olhos D´água, Rancho de Braga, Ribeirão das Furnas, Rio Cubatão, Rio Iperó, Rio Jaguari, Rio Paranapitanga, Rio Sarapuy, Rio Sorocaba • 1. O rio Itararé se tornou a divisa entre as vilas 1721 A abertura da estrada de rodagem para o Rio Grande do Sul, em 1721 (Documentos Interessantes, vol. 35, páginas 56), assinala os seguintes pousos: Olho d´Água, Sorocaba, Pero, Saperú, Lambary, Itapetininga (Capivary), Pescaria, Parnapitanga, Esmaramuça, Rio Taquary, Pirituba, Rio Verde, Morungaba cuja sesmarias, concedidas em 1728, são todas datadas da mesa de Apiahy; e Augusto de Saint-Hilaire, em 1819, observou os poucos Paranapitanga, Fazendinha, Capão do Inferno, Itapeva, Fazendinha (outra), Pirituba e Itararé e, na estrada São Paulo a Ytu (18 léguas 1/4): Potribu, Rancho Braga.
Primeiras Noções de Tupi, 1933. Plínio Marques da Silva Ayrosa (1895-1961) 1933. Atualizado em 31/10/2025 02:17:43 Relacionamentos • Cidades (3): Araçoiaba da Serra/SP, Itu/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (2) Coaracy, Plínio Marques da Silva Ayrosa (38 anos) • Temas (7): Ambuaçava, Apereatuba, Apoteroby (Pirajibú), Nheengatu, Pirapitinguí, Pontes, Putribú
Atualizado em 28/10/2025 10:46:00 Jornal Correio Paulistano: “As minas de ouro do Jaraguá”, tema da conferência realizada em 21 de junho de 1929, no Instituto Histórico e Geográfico, pelo coronel Pedro Dias de Campos ![]() Data: 1929 Página 5
• 1°. O sítio Jaraguá, desde a primeira concessão de sesmaria, feita em 12 de outubro de 1580 a Antonio Preto, passou por sucessivas transmissões • 2°. Tem minas de ouro de lavagem nas chamadas de Vuturuna, em cuja terra as descobrio no anno de 1597 o Paulista Afonso Sardinha, como fica referido Corria o ano de 1597, cheio de dificuldades financeiras para a península ibérica e de aperturas para a brilhante e fútil côrte de Felippe III, rei de Castella, quando as descobertas de minas de ouro se amiudavam, na Capitania de São Paulo. Só a uma esperança se apegavam os cortezãos e o próprio monarca espanhol, eram as famosas minas de ouro assinaladas no Jaraguá e no Araçoiaba e a lendária mina de prata, que Robério Dias dissera, ao próprio rei, ter descoberto a Bahia. Nomeado a Dom Francisco de Sousa para o governo do Brasil, incumbira-lhe o monarca de averiguar e descobrir o roteiro da mina de Robério e de impulsionar a exploração do ouro do Jaraguá e do Araçoiaba, prometendo a D. Francisco o marquesado que Robério Dias exigira, para entregar o roteiro. Não tardou o governador em dar inicio a tarefa que lhe havia sido imposta e que lhe sorria, por estar no seu propósito vindo ao Brasil, providenciar bandos para o descobrimento do ouro. Achando-se D. Francisco de Sousa no Rio de Janeiro, dirigiu-se para o planalto de Piratininga em fins de 1598. Foi a Araçoiaba acompanhado por Antonio Raposo Tavares, onde examinou as minas de pedras, e, em seguida, fundou uma povoação no vale das furnas, a que deu o nome de São Felippe, em homenagem ao monarca que o nomeara. Ali fez levantar pelourinho, simbolizando o predicamento de Villa. Essa povoação foi pouco depois transferida para a margem esquerda do Rio Sorocaba, onde está edificada a cidade desse nome. • 3°. Provisão de Francisco Não tardou o governador em dar inicio a tarefa que lhe havia sido imposta e que lhe sorria, por estar no seu propósito vindo ao Brasil, providenciar bandos para o descobrimento do ouro.Achando-se D. Francisco de Sousa no Rio de Janeiro, dirigiu-se para o planalto de Piratininga em fins de 1598. Foi a Araçoiaba acompanhado por Antonio Raposo Tavares, onde examinou as minas de pedras, e, em seguida, fundou uma povoação no vale das furnas, a que deu o nome de São Felippe, em homenagem ao monarca que o nomeara. Ali fez levantar pelourinho, simbolizando o predicamento de Villa. Essa povoação foi pouco depois transferida para a margem esquerda do Rio Sorocaba, onde está edificada a cidade desse nome. • 4°. Pedro Sardinha Enfim, com o esburacar da encosta do famoso pico, novas minas surgiram, cada qual mais rica e abundante. Tão abundantes era, que Pedro Sardinha afirmava em 1604, possuir oitenta mil cruzados de ouro em pó, retirado da mina do Itay. • 5°. Minas Em carta que dirigiram ao donatário, em 6 de janeiro de 1620, afirmavam os mineradores, aos juízes e vereadores, "que havia na serra de Araçoyaba, 25 léguas daqui para o sertão, em terra mais larga e abastada, e perto dali com três léguas está a Cahatyba de onde se tirou o primeiro ouro e desde ali ao Norte haverá 60 léguas das cordilheiras de terra alta, que toda leva ouro principalmente a serra do Jaraguá, Nossa Senhora do Monserrata, a de Voturuna e outras". • 6°. Jaraguá O sítio Jaraguá, desde a primeira concessão de sesmaria, feita em 12 de outubro de 1580 a Antonio Preto, passou por sucessivas transmissões. Em 1615, encontrava-se dono do sítio, Manuel Preto, filho do primeiro possuidor, o qual erigiu a igreja Nossa Senha da Espectação do Ó. Em 1617, eram proprietários de parte dessa gléba, por troca que fizeram de terras com os nativos de Pinheiros, o casal Manuel Pires. Em 5 de junho de 1648, foi o sítio do Jaraguá, com sua casa de dois lances, de taipa de mão, atribuído em partilha, avaliado tudo, pomar e roça, em 55$000, no inventário dos bens deixados pelo paulista Raphael de Oliveira. • 7°. Jaraguá A partir de 1670 começaram a escassez nas minas do Jaraguá, operários práticos na mineração, pelo êxodo verificado de grande parte do elemento que minerava nesse ponto, para as longínquas paragens onde faiscavam ouro e se garimpavam pedras, em maior escala e com maior abundância. Os escravizados africanos e descendentes, foram levados pelos respectivos senhores, para as novas minas. Os mamelucos acompanhavam os bandeirantes nas expedições pelo sertão e os paulistas, faziam descobertas valiosas em todos os setores do país. Os administradores das minas de Jaraguá e imediações, atormentavam-se por verem despovoadas as minas, onde até então era população adventícia, numerosa, ativa e ruidosa. Para remediar essa diminuição nos trabalhos das minas, lançavam mão de todos os recursos, principalmente dos nativos aldeados, com autorização da Câmara paulistana. Desse modo conseguiu, em 18 de agosto de 1680, o administrador geral d. Rodrigo Castelbranco, autorização para retirar das diferentes aldeias de Piratininga, vinte selvícolas para acompanhar ás minas do Jaraguá, em serviço de mineração, afim de suprir, em parte, a deficiência de braços. Sem isso, todos os trabalhos ficariam paralisados. • 8°. Jaraguá A partir de 1670 começaram a escassez nas minas do Jaraguá, operários práticos na mineração, pelo êxodo verificado de grande parte do elemento que minerava nesse ponto, para as longínquas paragens onde faiscavam ouro e se garimpavam pedras, em maior escala e com maior abundância. Os escravizados africanos e descendentes, foram levados pelos respectivos senhores, para as novas minas. Os mamelucos acompanhavam os bandeirantes nas expedições pelo sertão e os paulistas, faziam descobertas valiosas em todos os setores do país. Os administradores das minas de Jaraguá e imediações, atormentavam-se por verem despovoadas as minas, onde até então era população adventícia, numerosa, ativa e ruidosa. Para remediar essa diminuição nos trabalhos das minas, lançavam mão de todos os recursos, principalmente dos nativos aldeados, com autorização da Câmara paulistana. Desse modo conseguiu, em 18 de agosto de 1680, o administrador geral d. Rodrigo Castelbranco, autorização para retirar das diferentes aldeias de Piratininga, vinte selvícolas para acompanhar ás minas do Jaraguá, em serviço de mineração, afim de suprir, em parte, a deficiência de braços. Sem isso, todos os trabalhos ficariam paralisados. • 9°. Ouro • 10°. Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853) parte de Paulo rumo ao Rio Grande • 11°. As controvertidas minas de São Paulo: 1550-1650. José Carlos Vilardaga. Departamento de História. Universidade Estadual de Londrina. Londrina (PR). Brasil. Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo. Professor na Universidade Estadual de Londrina Não tardou o governador em dar inicio a tarefa que lhe havia sido imposta e que lhe sorria, por estar no seu propósito vindo ao Brasil, providenciar bandos para o descobrimento do ouro.Achando-se D. Francisco de Sousa no Rio de Janeiro, dirigiu-se para o planalto de Piratininga em fins de 1598. Foi a Araçoiaba acompanhado por Antonio Raposo Tavares, onde examinou as minas de pedras, e, em seguida, fundou uma povoação no vale das furnas, a que deu o nome de São Felippe, em homenagem ao monarca que o nomeara. Ali fez levantar pelourinho, simbolizando o predicamento de Villa. Essa povoação foi pouco depois transferida para a margem esquerda do Rio Sorocaba, onde está edificada a cidade desse nome.
Atualizado em 28/10/2025 10:46:00 Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escripta á vista de avultada documentação inedita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Quinto - Jornadas nos sertões bahianos - Os inventarios da selva - Primordios da mineração - O cyclo do ouro de lavagem - As esmeraldas e a prata, 1929. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) ![]() Data: 1929 Créditos: Afonso de E. Taunay (1876-1958) Página 141
• 1°. Afonso Sardinha (45 anos) adquiriu uma grande fazenda em São Paulo (o nas serras de Iguamimbaba, que agora se chama Mantaguyra, na de Jaraguá, termo de S. Paulo, na de Vuturuna (São Roque), na de “Hybiraçoyaba (Sorocaba)” Alvaro Rodrigues do Padro, filho de Clemente Alvarez (...) Ele e os dois Afonso Sardinha, já dissemos, são os patriarcas da mineração do ouro no Brasil. Vemol-o numa expedição em 1610 ao sertão dos carijós e fazendo base de operações em Pirapitinguy; em 1615 associado á grande bandeira trouxe imenso número de nativos carijós a São Paulo, etc. • 2°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza* Em novembro de 1599, fazia sacar do Almoxarifado da Fazenda de Santos mais de seis contos de réis, soma no tempo avultadíssima, para o pagamento da tropa que o seguia "em meio das minas". Depois de "ocularmente as ter examinado e adiantado o estabelecimento delas, que denominou de Nossa Senhora de Monserrate, onde mandou levantar o pelourinho, voltou a São Paulo. • 3°. Constata um termo que "alguns moradores desta vila foram ás minas de Nossa Senhora de Monserrate com os mineiros para lhes mostrarem por parecer que nisto serviam a Sua Magestade e ao Sr. Governador Geral Diogo Botelho" Constata um termo que "alguns moradores desta vila foram ás minas de Nossa Senhora de Monserrate com os mineiros para lhes mostrarem por parecer que nisto serviam a Sua Magestade e ao Sr. Governador Geral Diogo Botelho conforme a ordem que os ditos mineiros traziam". [p. 157] • 4°. Provisão Bem pouco animadora devia ter sido esta visita ás jazidas escassas do Ypanema. Que valiam minas de ferro e "aço"? Ouro e ouro era o que se queria, o que queria Sua Majestade! Sabedor de que Diogo de Quadros, a pretexto de ajuntar homens para a mineração do ferro, andava a cativa gentio, ordenava o Governador-Geral, por provisão de 20 de agosto de 1606, que a Câmara reprimisse os excessos deste minerador escravista. • 5°. Minas A dezesseis de setembro de 1606 vinha Clemente Alvares perante a Câmara registrar achados de jazidas "um descuberto de betas e uma manta de ouro", primeiramente a de manta em Jaraguá ao sopé da primeira serra quando se ia de São Paulo para Jaraguamirim. E assim localizou diversos outros filões "de outra banda de Jaraguamirim, outra no limite de Parnahyba, no caminho do Ybituruna do nosso rio de Angemim, etc.". Estas declarações eles as fazia para em tempo ressalvar direitos. Interessante seria saber como, com aquele documento ultra sibilino, se poderia localizar os achados dos tais veios. Ao voltar D. Francisco de Souza era natural de recrudescesse a faina mineradora. Já na Europa preparava ele elementos para recomeçar logo a campanha com intensidade. [Página 157] • 6°. Firmada sociedade entre Diogo de Quadros, Francisco Lopes Pinto e D. Antônio de Souza, filho de D. Francisco de Souza, que se refere a um engenho de ferro "situado em o distrito e limite desta vila de São Paulo e donde chamam Ibirapuera, da outra banda do Rio Jeribatiba Francisco s São Paulo, em novembro de 1609 "porque neste dias, mês e ano, estão registrados os Alvarás, Provisões, e Ordens Régias, que lhe foram dadas e as mercês, que foram conferidas a sua alta jurisdição posto que seu filho D. Antonio de Souza já em agosto desse ano se achava em São Paulo". [Página 162] • 7°. Traslado feito em Santos do pedido de Martim Rodrigues e Clemente Álvares, seu genro, feito em 5/2/1609, por 2 léguas da barra do Yatuahi até a barra do dito ribeiro Alvaro Rodrigues do Padro, filho de Clemente Alvarez (...) Ele e os dois Afonso Sardinha, já dissemos, são os patriarcas da mineração do ouro no Brasil. Vemol-o numa expedição em 1610 ao sertão dos carijós e fazendo base de operações em Pirapitinguy; em 1615 associado á grande bandeira trouxe imenso número de nativos carijós a São Paulo, etc. • 8°. Petição que fez Clemente Alvarez Também conhecido como Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting. Natural de Doesburg, Geldrie, Holanda. Engenheiro, veio para o Brasil, na companhia do governador D. Francisco de Souza, posteriormente a 1591, para trabalhar em pesquisas minerais, vivendo na Bahia até o ano de 1600 e passando para São Paulo após essa data. Acompanhou o governador em suas incursões à costa, aos rios Araçoiaba, Jaraguá e Ibituruna, acontecidas até julho de 1601. Em 1611, Balthazar Gonçalves declara que pretende ir às minas de Caativa com “o mineiro alemão Oalte ou Bettimk”. • 9°. Baltazar Gonçalves avisa que vai ao sertão, às minas de Caativa, com “o alemão mineiro” • 10°. Alvaro Rodrigues do Padro, filho de Clemente Alvarez, associado á grande bandeira trouxe imenso número de nativos carijós a São Paulo Alvaro Rodrigues do Padro, filho de Clemente Alvarez (...) Ele e os dois Afonso Sardinha, já dissemos, são os patriarcas da mineração do ouro no Brasil. Vemol-o numa expedição em 1610 ao sertão dos carijós e fazendo base de operações em Pirapitinguy; em 1615 associado á grande bandeira trouxe imenso número de nativos carijós a São Paulo, etc. (Historia Geral das Bandeiras Paulistas, 1929. Affonso de E. Taunay. Páginas 257 e 258)
Atualizado em 28/10/2025 10:45:59 “Aspectos de Nossa Terra - Tatuhy”, F. Oscar Bergami. Revista Eu Sei de Tudo*
• 1°. Os irmãos Moreira Cabral reativaram a produção de ferro no morro Ipanema • 2°. Carta régia autorizando os paulistas Manuel Fernandes de Abreu, Jacinto Moreira Cabral e Martim Garcia Lombria a estabelecer fundições de ferro em Araçoiaba Os irmãos Cabral e mais Manoel Fernandes de Abreu e Martim Garcia Lumbria, autorizados por carta Régia de 5 de Maio de de 1682, levantaram a Fábrica de Ferro do Ipanema em Araçoyaba e Cabral fundou também a povoação de Nossa Senhora del Popolo, que existiu no distrito de Sorocaba e, segundo a tradição, deu origem á atual cidade de Tatuhy, que segundo Azevedo Marques (Chronologia Paulista), chamava-se Tatuhú, freguesia da província de São Paulo, no distrito da cidade de Sorocaba; um sítio agreste, ermo de gente e de casas, no princípio do século em que estamos. • 3°. Criação da Companhia Montanística das Minas Gerais de Sorocaba, empresa responsável pela fundição de Ipanema, como uma sociedade de capital misto, com treze ações pertencentes à Coroa Portuguesa e 47 a acionistas particulares de São Paulo, do Rio de Janeiro e da Bahia • 4°. Ipanema Foram certamente os bandeirantes, em sua fama de exploradores dos sertões e no interesse de descobrir tesouros, os primeiros, que, em passagem pelo sul, aqui estiveram, afugentando os nativos que formavam suas tabas no Cangú-assú e no angulo formado pelos rios Sorocaba e Tatuuvu ou Tatuguassú (hoje bairro da Barreira) sítios onde encontraram um cemitério dos naturais daquela época. Os historiadores estão cientes, pelas informações do venerado ancião de saudosa memória, Francisco Pinto de Campos, de que, em derredor da Cruz Ligmen,que se conserva em seus campos no planalto de Tatuhy-Mirim e a margem do Vai-e-Vem, existiu uma povoação e que aquela Cruz era o seu marco de cemitério, que se encontrava atrás de uma capela. Investigando com máximo interesse soubemos que Paschoal Moreira Cabral, com seu irmão, o alcaide Jacinto Moreira Cabral, acompanhou frei Pedro de Souza nas explorações do morro Araçoyaba, em busca de metais. Os irmãos Cabral e mais Manoel Fernandes de Abreu e Martim Garcia Lumbria, autorizados por carta Régia de 5 de Maio de de 1682, levantaram a Fábrica de Ferro do Ipanema em Araçoyaba e Cabral fundou também a povoação de Nossa Senhora del Popolo, que existiu no distrito de Sorocaba e, segundo a tradição, deu origem á atual cidade de Tatuhy, que segundo Azevedo Marques (Chronologia Paulista), chamava-se Tatuhú, freguesia da província de São Paulo, no distrito da cidade de Sorocaba; um sítio agreste, ermo de gente e de casas, no princípio do século em que estamos. Tendo-se fundado a Fábrica de Ferro de São João de Ipanema, alguns indivíduos determinaram residir naquele lugar, resolvidos a abraçarem a agricultura. Passados sete anos, uma ordem régia proibiu toda a espécie de agricultura nas regiões doadas á Fábrica de Ferro e pelo mesmo teor todo o gênero de negócios e cortes de lenha, por serem destinadas exclusivamente para alimentar as fornalhas da fabrica. Todos aqueles que não eram empregados nela foram obrigados a abandonar aquele lugar e a maior parte de agregou aos primitivos povoados de Tatuhú. Informado o bispo de tal disposição régia, assertou que deveria despojar do título de paróquia a igreja de um estabelecimento particular e transferi-la a uma capela, que o povo havia erigido a própria custa, na povoação de Tatuhú. Em consequência desta determinação, foi essa igreja condecorada em 1818 com o título de paróquia com o nome de São João do Bemfica. Não resta dúvida, portanto, que São João do Bemfica, de 1818, é a mesma capela fundada por Paschoal Moreira Cabral, que ele denominou de Nossa Senhora del Popolo. Esta verdade é atestada pela imagem existente ainda hoje em nossa matriz, marcada com a data de 1680. Não pode pois ser outra senão aquela que Cabral colocou em sua capela de Nossa Senhora del Pópolu e ex-São João do Bemfica. Foi assim que se averiguou a origem remota de Tatuhy. Tatuhy foi criado distrito de paz, por alvará de 5 de março de 1822. Qual Tatuhy? A primitiva São João do Bemfica ou Tatuhy atual? Diante dos documentos irrefutáveis não é possível aceitar que Tatuhy atual fosse distrito em 1822. No cartório respectivo, o livro mais antigo ali arquivado, traz na sua primeira página o termo de audiência de 3 de dezembro de 1821. Ora, se Tatuhy em 1826 pedia terreno para se edificar, porque os frades do convento do Carmo de Itú só deram necessário estritamente para erigir a capela, como poderia ser distrito em 5 de março de 1822? Há nesse ponto algum engano, que ainda está por ser verificado nos livros de registros daquela época. Em 1829 o padre José Norberto de Oliveira foi nomeado vigário em substituição ao padre Almeida .Homem entusiasta pelos melhoramentos locais, impulsionou deveras ao ânimo de então e deu início á campanha pela liberdade de Tatuhy e criação de município. Reformou a igreja em 1829. • 5°. Alvará faz Tatuhy distrito de paz Foi assim que se averiguou a origem remota de Tatuhy. Tatuhy foi criado distrito de paz, por alvará de 5 de março de 1822. Qual Tatuhy? A primitiva São João do Bemfica ou Tatuhy atual? Diante dos documentos irrefutáveis não é possível aceitar que Tatuhy atual fosse distrito em 1822. No cartório respectivo, o livro mais antigo ali arquivado, traz na sua primeira página o termo de audiência de 3 de dezembro de 1821. Ora, se Tatuhy em 1826 pedia terreno para se edificar, porque os frades do convento do Carmo de Itú só deram necessário estritamente para erigir a capela, como poderia ser distrito em 5 de março de 1822? Há nesse ponto algum engano, que ainda está por ser verificado nos livros de registros daquela época. Em 1829 o padre José Norberto de Oliveira foi nomeado vigário em substituição ao padre Almeida .Homem entusiasta pelos melhoramentos locais, impulsionou deveras ao ânimo de então e deu início á campanha pela liberdade de Tatuhy e criação de município. Reformou a igreja em 1829. • 6°. Tatuí • 7°. “Diccionario geographico, historico e descriptivo do Imperio do Brazil”, Tomo II. Milliet de Saint Adolphe, Paris, França Foram certamente os bandeirantes, em sua fama de exploradores dos sertões e no interesse de descobrir tesouros, os primeiros, que, em passagem pelo sul, aqui estiveram, afugentando os nativos que formavam suas tabas no Cangú-assú e no angulo formado pelos rios Sorocaba e Tatuuvu ou Tatuguassú (hoje bairro da Barreira) sítios onde encontraram um cemitério dos naturais daquela época. Os historiadores estão cientes, pelas informações do venerado ancião de saudosa memória, Francisco Pinto de Campos, de que, em derredor da Cruz Ligmen,que se conserva em seus campos no planalto de Tatuhy-Mirim e a margem do Vai-e-Vem, existiu uma povoação e que aquela Cruz era o seu marco de cemitério, que se encontrava atrás de uma capela. Investigando com máximo interesse soubemos que Paschoal Moreira Cabral, com seu irmão, o alcaide Jacinto Moreira Cabral, acompanhou frei Pedro de Souza nas explorações do morro Araçoyaba, em busca de metais. Os irmãos Cabral e mais Manoel Fernandes de Abreu e Martim Garcia Lumbria, autorizados por carta Régia de 5 de Maio de de 1682, levantaram a Fábrica de Ferro do Ipanema em Araçoyaba e Cabral fundou também a povoação de Nossa Senhora del Popolo, que existiu no distrito de Sorocaba e, segundo a tradição, deu origem á atual cidade de Tatuhy, que segundo Azevedo Marques (Chronologia Paulista), chamava-se Tatuhú, freguesia da província de São Paulo, no distrito da cidade de Sorocaba; um sítio agreste, ermo de gente e de casas, no princípio do século em que estamos. Tendo-se fundado a Fábrica de Ferro de São João de Ipanema, alguns indivíduos determinaram residir naquele lugar, resolvidos a abraçarem a agricultura. Passados sete anos, uma ordem régia proibiu toda a espécie de agricultura nas regiões doadas á Fábrica de Ferro e pelo mesmo teor todo o gênero de negócios e cortes de lenha, por serem destinadas exclusivamente para alimentar as fornalhas da fabrica. Todos aqueles que não eram empregados nela foram obrigados a abandonar aquele lugar e a maior parte de agregou aos primitivos povoados de Tatuhú. Informado o bispo de tal disposição régia, assertou que deveria despojar do título de paróquia a igreja de um estabelecimento particular e transferi-la a uma capela, que o povo havia erigido a própria custa, na povoação de Tatuhú. Em consequência desta determinação, foi essa igreja condecorada em 1818 com o título de paróquia com o nome de São João do Bemfica. Não resta dúvida, portanto, que São João do Bemfica, de 1818, é a mesma capela fundada por Paschoal Moreira Cabral, que ele denominou de Nossa Senhora del Popolo. Esta verdade é atestada pela imagem existente ainda hoje em nossa matriz, marcada com a data de 1680. Não pode pois ser outra senão aquela que Cabral colocou em sua capela de Nossa Senhora del Pópolu e ex-São João do Bemfica. Foi assim que se averiguou a origem remota de Tatuhy. Tatuhy foi criado distrito de paz, por alvará de 5 de março de 1822. Qual Tatuhy? A primitiva São João do Bemfica ou Tatuhy atual? Diante dos documentos irrefutáveis não é possível aceitar que Tatuhy atual fosse distrito em 1822. No cartório respectivo, o livro mais antigo ali arquivado, traz na sua primeira página o termo de audiência de 3 de dezembro de 1821. Ora, se Tatuhy em 1826 pedia terreno para se edificar, porque os frades do convento do Carmo de Itú só deram necessário estritamente para erigir a capela, como poderia ser distrito em 5 de março de 1822? Há nesse ponto algum engano, que ainda está por ser verificado nos livros de registros daquela época. Em 1829 o padre José Norberto de Oliveira foi nomeado vigário em substituição ao padre Almeida .Homem entusiasta pelos melhoramentos locais, impulsionou deveras ao ânimo de então e deu início á campanha pela liberdade de Tatuhy e criação de município. Reformou a igreja em 1829.
Atualizado em 28/10/2025 10:45:59 Mapa ![]() Data: 1928 Créditos: Serviço Geographico Militar ACIMA: Os limites do mapa abaixo são os limites da Fazenda Ipanema no ano de 1928 (CLIQUE SOBRE O MAPA PARA VÊ-LO EM TAMANHO MAIOR). Nesse mesmo ano, desativou-se a estação velha e inaugurou-se a nova. Aparentemente, elas eram muito proximas, de forma que a estação está colocada após a junção das linhas nova (a atual) e velha (desativada na época) (Serviço Geographico Militar, 1928)
Mapa 1927. Atualizado em 19/08/2025 18:36:54 Relacionamentos • Cidades (9): Araçoiaba da Serra/SP, Buri/SP, Capão Bonito/SP, Guapiara/SP, Ibiúna/SP, Iperó/SP, Piedade/SP, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP • Temas (10): Bairro de Aparecidinha, Caminho Sorocaba-Itapetininga, Caminho Sorocaba-Piedade, Caminhos até Piedade, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Inhayba, Piragibu, Rodovia Raposo Tavares ![]()
“História Geral das Bandeiras Paulistas, escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhois e portugueses”, Tomo I. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) 1924. Atualizado em 23/10/2025 17:29:21 Relacionamentos • Cidades (6): Apiaí/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Itanhaém/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (35) Afonso d´Escragnolle Taunay (48 anos), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Aleixo Leme (1564-1629), André de Escudeiro, André de Leão, Antônio de Añasco Melgarejo (n.1559), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Balthazar Fernandes (1577-1670), Belchior da Costa (1567-1625), Cacique Tayaobá (1546-1629), Clemente Álvares (1569-1641), Diogo de Quadros, Dom Sebastião, o Adormecido (1554-1578), Domingos Fernandes (1577-1652), Fernão Dias Paes Leme (1º) (1550-1605), Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Filipe II, “O Prudente” (1527-1598), Francisco de Sousa (1540-1611), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Jacques Oalte, João Bernal, João Fernandes Saavedra (f.1667), João Pedro Gay (1815-1891), Manuel João Branco (f.1641), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Nicolau Barreto, Orville Derby (1851-1915), Pandiá Calógeras (54 anos), Paschoal Leite da Silva Furtado (1570-1614), Rafael de Proença, Roque Barreto, Ruy Díaz Ortiz Melgarejo (1519-1602), Simão Leitão, Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626) • Temas (29): Aldeia de Los angeles, Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Apiassava das canoas, Bituruna, vuturuna, Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Ciudad Real, Gentios, Gentios, Grunstein (pedra verde), Gualachos/Guañanas, Guayrá, Jesuítas, Lagoas, Léguas, Minas de Tambó, Missões/Reduções jesuíticas, Ouro, Pirapitinguí, Rio Huybay, Rio Iguassú, Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Pequeno, Rio São Francisco, Sabarabuçu, Tordesilhas, Ybyrpuêra, Ytutinga ![]() • 1. Rainha regente D. Catarina comunicava ao governador Mem de Sá que enviara o mineiro para averiguar as notícias das minas de ouro. 7 de setembro de 1559 • 2. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) 25 de abril de 1562 Em 1560 partia Braz Cubas levando Martins consigo e grande séquito, tudo a sua custa. Caminharam 300 léguas, voltando com amostra de minerais. Como tornasse "muito doente do campo" não pôde acompanhar Luiz Martins que, a 30 léguas de Santos, achou ouro excelente, tão bom como o da Costa Mina. Entende Basílio de Magalhães que a viagem deve ter ocorrido de fins de 1561 a princípios de 1562. Julga Calogeras que esta expedição tomou o rumo do sul, demandando terras provavelmente do vale da Ribeira pois se refere a Cahatyba que um documento de 1606 dizia estar a 25 léguas do Araçoyaba. Que percurso terá feito Braz Cubas? Entendem os autores que se internou em terras hoje mineiras observando Calogeras que, se tal foi o seu rumo, quando muito chegou ao curso médio do rio das Velhas, contrariando pois uma hipótese de Francisco Lobo L. Pereira. Assim também pensa que as amostras minerais enviadas ao Rei tirou-as da região de Apiahy. Segundo ele próprio declara enviou ao soberano "pedras verdes parecendo esmeraldas". Continua ser o roteiro de Braz Cubas até agora o mais hipotético. [p. 169 e 170]
• 3. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza 13 de janeiro de 1606 • 4. Balthazar Gonçalves declara que pretende ir às minas de Caativa com “o mineiro alemão Oalte ou Bettimk”. Ainda em 1611 Gerrit Bettinck autorizou a venda da herança de seus pais em Doesburg 11 de dezembro de 1611 A 11 de dezembro de 1611, declarava-se a Câmara impotente para impedir o movimento entradista. Muito gente de São Paulo, "vizinhos e moradores, brancos e negros iam ao sertão". Assim, para diminuir as responsabilidades pedia ao capitão-mór loco-tenente Gaspar Conqueiro que lhe viesse dar força. Compareceu o capitão-mór á sessão, combinando-se convidar a explicações Balthazar Gonçalves, o inveterado escravista que passava por ser um dos "leaders" das entradas. Respondeu este á intimação e negou que preparasse jornada ao sertão. Pretendia, apenas, ir á minas de Caativa, com o mineiro alemão Oalte ou Bettimk por ordem do provedor Quadros. E assim se desculpou. Esta ocasião aproveitou-a a Câmara para fazer saber a Conqueiro que atras dos índios carijós que o governador d. Luiz de Sousa mandara ao sertão iam muitos brancos e escravos. A tanto puzesse Sua Mercê cobro. Respondeu-lhe o capitão "assim o faria". Assim o faria, não duvidou afirmal-o para que dos livros constasse tão petulante resposta.
Registro Geral da Câmara Municipal de São Paulo, vol. VII, 1919 1919. Atualizado em 24/10/2025 04:31:11 Relacionamentos • Cidades (3): Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Belchior da Costa (1567-1625) • Temas (4): Bituruna, vuturuna, Ouro, Pela primeira vez, Serra de Jaraguá • 1. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza 13 de janeiro de 1606 (...) da vila e haver muito metal de ferro mais ha na serra de Biraçoiaba 25 léguas daqui para o sertão em terra mais larga e abastada e perto dali como três léguas está a Cahatiba de onde se tirou o primeiro ouro e desde ali ao norte haverá sessenta léguas de cordilheira de terras que todas levam ouro principalmente a serra de Jaraguá de Nossa Senhora do Monserrate e a de Voturuna e outras. Pode vossa mercê fazer aqui um grande reino a Sua Majestade / há grande meneio (ato ou efeito de menear(-se); balanço, oscilação. 2. movimento do corpo ou de uma de suas partes.) e trato para Angola, Perú e outras partes (...) [Página 112] Nosso Senhor guarde a vossa mercê e sua família e casa da sua Câmara da vila de São Paulo capitania ide São Vicente 13 de janeiro, Belchior da Costa escrivão o fez no ano 1606. E não há mais humilde e obediente que nós neste estado conforme ao que sofremos. [Pgina 114]
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volumes 20-21 1918. Atualizado em 24/10/2025 02:40:04 Relacionamentos • Cidades (18): Xiririca (Eldorado)/SP, Angra dos Reis/RJ, Araçoiaba da Serra/SP, Bananal/SP, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Guaratinguetá/SP, Iguape/SP, Paranaguá/PR, Paraty/RJ, Peruíbe/SP, Pindamonhangaba/SP, Porto Feliz/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP • Pessoas (21) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Bacharel de Cananéa, Balthazar Fernandes (1577-1670), Calixto da Motta (n.1591), Diogo de Quadros, Diogo Vaz de Escobar, Dionisio da Costa, Duarte Correia Vasqueanes, Fr Anselmo da Anunciação (1615-1705), Francisco de Chaves (1500-1600), Francisco de Sousa (1540-1611), João Pereira de Souza (f.1605), José Ortiz de Camargo, Luís Carneiro de Sousa (1610-1653), Luiz Lopes de Carvalho (1623-1711), Manoel Fernandes de Abreu “Cayacanga” (1620-1721), Nicolau Barreto, Pedro Nolasco, Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Simão de Vasconcelos (1597-1671) • Temas (26): Açúcar, Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Buraco de Prata, Caminho do Mar, Caminhos até Itanhaém, Capitania de Itamaracá, Capitania de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, Capitania de Santo Amaro, Carijós/Guaranis, Córrego Supiriri, Estradas antigas, Fazenda Ipanema, Habitantes, Jesuítas, Lagoa Dourada, Léguas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Nheengatu, Nossa Senhora das Neves, Ouro, Papagaios (vutu), Peru, Pontes, Serra de Jaraguá, Vutucavarú ![]() • 1. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza 13 de janeiro de 1606 CARTA AO DONATÁRIO DA CAPITANIA Com o capitão João Pereira de Souza, que Deus levou, recebemos nesta câmara uma carta de V.mercê o ano passado, na qual nos manda que lhe escrevamos miudamente tudo o que parecer. Alguns treslados de cartas se acham aqui das que escrevemos a Vme; nos parece que não lhe foram dadas. O que de presente se poderá avisar, muito papel e tempo seria necessário, porque são tão várias e de tanta altura as coisas que diariamente sucedem, que não falta matéria de escrever e avisar e se, poderá dizer, de chorar. Só fazemos lembrança a Vme. que se sua pessoa, ou coisa muito sua, desta Capitania, não acudir com brevidade pode entender que não terá cá nada, pois estão as coisas desta terra com a "candeia na mão" e cedo se despovoará, porque assim os Capitães e Ouvidores que Vme. manda, como os que cada quinze dias nos "mettem" os governadores gerais, em outra coisa não entendem, nem estudam, senão como nos hão de esfolar, destruir e afrontar, e nisto gastam o seu tempo. Eles não vêm nos governar e reger, nem aumentar a terra que o sr. Martim Afonso de Souza ganhou, e S. Magestade deu com tão avantajadas mercês e favores. Vai isto com tal maneira e razão, que pelo eclesiastico e pelo secular, não ha outra coisa senão pedir e apanhar; e um que nos pedem e outro que nos tomam, tudo é seu e, ainda lhes fiamos devedor. E, se falamos, prendem e excomunam-nos, e fazem de nós o que querem, que como somos pobres e temos remédio tão longe, não há outro rccurso senão baixar e servir e sofrer o mal que nos põem. Assim, Senhor, acuda, veja, ordene e mande o que lhe parecer, que muito tem a terra que dar: é grande, fértil de mantimentos, muitas águas e lenhos, grandes campos e pastos, tem ouro, muito ferro e açuar e esperamos que haja prata pelos muitos indicios que há, mas faltas mineiros e fundidores destros. E o bom governo é o que nos falta, de pessoa que tenha consciência e temor de Deus, e valia; que nos mandem o que for justo e nos favoreçam no bem e castiguem o mal quando o merecermos, que tudo é necessário. Diogo de Quadros é ainda provedor das minas; até agora tem progredido bem: anda fazendo um engenho de ferro a três léguas desta vila, e como se perdeu no Cabo Frio, tem pouca posse e vai devagar, mas acabado, será de muita grande importância por estar perto daqui com três léguas, e haverá metal de ferro; mas há na serra de Byraçoiaba 25 léguas daqui para o sertão, em terra mais larga, e abasta, e perto dali com três léguas está a Cahatyba de onde se tirou o primeiro ouro, e desde ali ao Norte gaverá 60 léguas de cordilheira de terra alta, que toda leva ouro, principalmente a serra de Jaraguá, de Nossa Senhora do Monte Serrate, a de Voturuna, e outros. Pode Vmc. fazer aqui um grande reino a S.M,; há grande menero e trato para Angola, Perú e outras partes, podem-se fazer muitos navios que só o bem se pode trazer de lá, pois ha muito algodão, muitas madeiras e outros achegos. Quanto a conservação dos nativos que não convém termos a vexar-nos, assim como nos fazem a nós o faremos a ele, e os cristãos vizinhos são quase acabados, mas no sertão ha infinidade deles e muitas nações, que vivem a lei de brutos animais, comendo-se uns aos outros, que se os descermos, com ordem para serem cristãos será coisa de grande proveito; principalmente os nativos Carijós, que estão a oitenta léguas daqui por mar e por terra e se afirma que são 200.000 homens de arco. Esta é uma grande empresa e Vmc. ou coisa muito sua lhe está bem que S.M. lh concedesse, e lhe importaria de 100.000 cruzados, afora os de seus vaçalos, o que pelo tempo adiante pode abundar nesta Capitania, além do particular do mesmo nativo vindo ao gremio da Santa Madre Igreja. Tornamos a lembrar, acuda Vmc. porque de Pernambuco e da Bahia, por mar e por terra, lhe levam os nativos do sertão e distrito, e muito cedo ficará tudo ermo com as árvores e as ervas do campo somente; porque os portugueses, bem sabe Vmc. que são homens de pouco trabalho, principalmente fora do seu natural. Não tem Vmc. cá tão pouca posse, que das cinco vilas que cá tem, com a Cananéa, pode por em campo para os Carijós mais de 300 homens portugueses, foram os seus nativos escravizados, que são mais de 1.500, gente usada ao trabalho do sertão, que com bom caudilho passam ao Perú por terra, e isto não é fábula. Já Vmc. será sabedor como Roque Barreto, sendo capitão, mandou ao sertão 300 homens brancos a descer os nativos e gastou dois anos na viagem, com muitos gastos e mortes, e por ser contra uma lei de El-Rey que os padres da Companhia trouxeram, o governador Diogo Botelho mandou provisão para tomarem o terço para ele, e depois veio a ordem para o quinto. Sobre isso houve aqui muito trabalho e grandes devassas e ficaram muitos homens encravados, que talvez ha nesta vila hoje mais de 65 homiziados, não tendo ela mais de 190 moradores. Se lá for alguma informação de que a gente desta terra é indômita, creia Vmc. o que lhe parecer, com o resguardo que deve aos seus, que há quem sofra tantos desaforos. [Páginas 731 e 732]
• 2. D. Francisco chegou em São Paulo 15 de junho de 1609 Sobre o Brasilbook.com.br |