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Domingos Luis Carvoeiro

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  Domingos Luis Carvoeiro
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1953
Atualizado em 31/10/2025 08:00:15
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953
•  Cidades (11): Cananéia/SP, Carapicuiba/SP, Cubatão/SP, Iguape/SP, Itu/SP, Santos/SP, São Bernardo do Campo/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Tatuapé/SP
•  Pessoas (44): Alvaro Afonso, Ana Camacho (f.0), Antônia Quaresma (1505-1613), Antonio Camacho (n.1556), Antônio Pinto (n.1558), Antônio Pinto, filho (f.1617), Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Balthazar Fernandes (1577-1670), Brás Cubas (1507-1592), Caethana/Catharina Ramalho, Cristovão Diniz (f.0), Domingos Afonso, Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Pinto, filho, Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Gaspar Dias (1569-1590), Gonçalo Camacho (1525-1600), Henrique da Cunha (1506-1580), Jerônima Dias, João Ramalho (1486-1580), João Tourinho Maciel (n.1535), Jorge Ferreira (1493-1591), José Arouche de Toledo Rendon (1756-1834), José de Anchieta (1534-1597), Lopo Dias Machado (1515-1609), Luís Alvarez, Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919), Maria Castanho de Almeida (n.1534), Marina de Chaves (f.1599), Marta Teixeira (1477-1530), Mestre Bartolomeu Camacho (n.1500), Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Mestre Domingos Gonçalves Fernandes (1500-1589), Padre Guilherme Pompeu de Almeida (1656-1713), Paula Camacho, Paula Camacho (Ferreira), Pedro Collaço Vilela, Pedro Cubas (1538-1628), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Rodrigo Alvares (f.1598), Ruy Pinto (f.1549), Tapuía (1500-1560), Vitória Pinto
•  Temas (14): “o Rio Grande”, Almotacel, Capitania de Santo Amaro, Cemitérios, Ermidas, capelas e igrejas, Ipiranga, Metalurgia e siderurgia, Nossa Senhora da Expectação do Ó / Carmo, Piqueri, Rio Tamanduatei, Santa Ana das Cruzes, São Paulo de Piratininga, Tamoios, Vila de Santo André da Borda
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953
Data: 1953
Página 119(ar fernandes
    Registros relacionados
1515. Atualizado em 10/10/2025 23:26:43
1°. Nascimento de Lopo Dias Machado (1515-1609) em Portugal, viria ao Brasil e se casaria com Beatriz, uma das filhas do cacique Tibiriça Foi pai de três filhos Belchior Dias Carneiro, Isaac Dias Carneiro e Gaspar Dias. E três filhas, Isabel, Suzanna, Jerônima e Antônia Dias
Lopo Dias. Nascido em Portugal. Foi um dos povoadores de Santo André, onde consta das atas a sua existência nos anos de 1555 e 1558, e onde foi casado, em primeiras núpcias, com Beatriz Dias, que, com discrepância nas tradições e nas opiniões dos linhagistas, se supõe filha de João Ramalho ou de Tibiriçá.

Passou para São Paulo, onde morava na praça, e foi almotacel em 1562, 1563, e 1583; vereador em 1564. sucedendo a João Ramalho, e em 1576. Aqui, não se sabe quando nem com quem, casou segunda vez, esteve ainda muitos anos em grande atividade até 1600; mas em 1608 alegou ser muito velho, para se escusar à curadoria dos seus netos, no inventário do capitão Belchior Dias Carneiro.

Em 1609 já era segunda vez viúvo e, reiterando por escrito a escusa, alegou "ter-se entregue aos padres do Carmo". Aos carmelitas de São Paulo legou ao menos a fazenda do Mogi, em que pouco tempo depois se erigiu a vila de Santa Ana das Cruzes.

Além dos filhos descritos por S. Leme, I, 34, creio que teve, entre outros:

AB) Isaque e Gaspar Dias. Mortos pelos nativos no sertão, respectivamente em 1590 e 1593, na ida e na volta da expedição de Macedo e Grou.

C) Jerônima Dias. Teria sido mulher de Gonçalo Camacho, segundo tradições colhidas por Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777). [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953. Páginas 346 e 347]
1534. Atualizado em 08/07/2025 02:27:18
2°. Possível nascimento de Gonçalo Camacho, filho de Bartolomeu Camacho e sua segunda esposa
Gonçalo Camacho. Em 1588 morava em São Paulo (I, 345) e de 1590 a 1593 esteve no sertão na bandeira de Macedo e Grou (1, 476). Segundo a tradição alcançada pelo general Arouche, foi casado com Jerônima Dias, filha de Lopo Dias. Pedro Taques, no começo de seus estudos, admitiu essa tradição. Mais tarde, porém, passou a considerar Gonçalo Camacho como natural de Viana, irmão de Paula Camacho e casado em Santos com filha de Jorge Ferreira.

As hipóteses dos dois casamentos em rigor não se excluem, pois eles poderiam ser subsequentes. Admitirei, portanto, ambas. Também admito a de que fosse ele irmão de Paula Camacho. Mas, para admitir a de naturalidade no reino, seria preciso verificar se Bartolomeu, casado ou viúvo, trouxe do reino filha, casada ou viúva, e os dois netos. Gonçalo Camacho deixou geração em Santos, como diz Pedro Taques. [Páginas 317, 318 e 319]
1540. Atualizado em 23/10/2025 15:32:23
3°. Casamento de Rodrigo Alvares e Catarina Ramalho
Rodrigo Álvares, qualificado às vezes como piloto e uma como mestre de navios, era ferreiro. Estabeleceu-se em Santos cerca de 1540 e casou com Catarina Ramalho, filha de Bartolomeu Gonçalves. Participou de guerras contra os tamoios e os franceses. Teve muitas terras em Santos, por herança e por compra, vindo a ser sua quase todas as que tinham sido do sogro e outras. [Páginas 302 e

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Créditos/Fonte: Reprodução / Internet
1. Bartolomeu Camacho. Se fosse casado com filha de Jerônima Dias e neta materna de João Ramalho, como quer uma das tradições colhidas pelo general José Arouche de Toledo Rendon (1756-1834), deveria ter existido no terceiro quartel do século XVI e estender-se em ramos apreciáveis somente nas proximidades de 1600. Melhor, invertendo as gerações, genro de João Ramalho e sogro de Jerônima Dias, como informa o padre Guilherme Pompeu, que se considerava seu quinto e não quarto neto; e, consequentemente, de existência presumível no segundo quartel do século XVI. Só por si, a opinião do Creso parnaibano é de muito maior valor no caso de que as tradições que chegaram até já muito deformadas ao tempo do general José Arouche de Toledo Rendon (1756-1834). A circunstância de não se achar na documentação da época nenhuma referência ao nome de Bartolomeu Camacho, longe de infirmá-la, vem dar-lhe maior força. E o que é decisivo é o fato de se terem registrado nas atas da câmara de São Paulo, nada menos de três vezes, informações genealógicas referentes a diversos dos seus netos, as quais, embora não lhe mencionem o nome, convergem todas nele, pelo apelido Camacho dos diferentes ramos (II, 192, III, 18 e 127). Bartolomeu Camacho foi, portanto, um dos genros de João Ramalho, embora Silva Leme, depois de admiti-la, haja repudiado essa afirmação. E a pre-paulistana com quem casou, se não foi de outro leito de João Ramalho, pode ter sido Antonio Quaresma, referida no testamento do pai, da qual Silva Leme não descobriu o estado.

Antes ou depois desta teve outra mulher, conforme as citadas informações, - Talvez se possa identificar Bartolomeu Camacho com algum dos que na mesma época, tendo esse prenome, foram conhecidos outros apelidos, de que temos notícia. (V. Antunes, Carrasco e Gonçalves). Apesar da nebulosidade em que fica o seu nome, nele entroncam as mais antigas famílias paulistas, e é por uma de suas mulheres que quase todas elas se prendem a João Ramalho e aos tupiniquins de Piratininga. Embora talvez nascido no litoral, os seus filhos e netos, principalmente as filhas e netas, muito contribiram para o povoamento das primeiras vilas do campo. Foram suas filhas:

A) Fulana Camacho. Creio que casou com Baltazar Nunes. Esta foi mãe de Paula Camacho e creio que de Gaspar Nunes e de Isabel Nunes, e sogra de João Maciel e Pedro Martins. Ao contrário do que dizem Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) e S. Leme, segundo os quais Paula Camacho veio casada de Portugal com João Maciel, este declarou que era casado na capitania com filha de povoador ("Reg.", I, 14 e 183).

B) Fulana Camacho. Casou com Jerônimo Dias. Era meia irmã da precedente, conforme informação de Matias de Oliveira. Foi mãe de Ana Camacho e sogra de Domingos Luis Carvoeiro.

C) Ana Camacho. Casou com Domingos Afonso. Irmã inteira da precedente.

D) Maria Camacho. Casou depois de 1560 com Cristóvão Diniz.

E) Beatriz Camacho. Casou cerca de 1573 com Francisco Farel.

F) Fulana Camacho. Casou com Fernão Álvares. Foi a mãe de Antonio Camacho, Esperança Camacho, José Álvares e Apolonia Domingues.

G?) Fulana Camacho (F?). Casou primeira vez com Fernão Abreu ou Álvares, e segunda vez com Francisco Maldonado.

H) Gonçalo Camacho. Em 1588 morava em São Paulo (I, 345) e de 1590 a 1593 esteve no sertão na bandeira de Macedo e Grou (1, 476). Segundo a tradição alcançada pelo general José Arouche de Toledo Rendon (1756-1834), foi casado com Jerônima Dias, filha de Lopo Dias. Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), no começo de seus estudos, admitiu essa tradição. Mais tarde, porém, passou a considerar Gonçalo Camacho como natural de Viana, irmão de Paula Camacho e casado em Santos com filha de Jorge Ferreira. As hipóteses dos dois casamentos em rigor não se excluem, pois eles poderiam ser subsequentes. Admitirei, portanto, ambas. Também admito a de que fosse ele irmão de Paula Camacho. Mas, para admitir a de naturalidade no reino, seria preciso verificar se Bartolomeu, casado ou viúvo, trouxe do reino filha, casada ou viúva, e os dois netos. Gonçalo Camacho deixou geração em Santos, como diz Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777). [Páginas 317, 318 e 319]

Bartolomeu Gonçalves. "Como se lê em Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), em nota à descrição da fundação de Santos, veio com Martim Afonso, e durante mais de vinte anos foi o único ferreiro da capitania, um mestre Bartolomeu, que primeiro se chamava Domingos Gonçalves, o qual, em 1555, tendo mulher e filhas, obteve de Braz Cubas grande sesmaria em Santos. Assumiu mestre Bartolomeu considerável importância, depois de morto, em quase todas as questões de Santos. Tem-se também na história e na genealogia, até do planalto. Foi ele o mestre dos primeiros ferreiros que transpuseram a serra, e não teria sido exclusivamente magistral o seu parentesco com esses e outros povoadores do planalto. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953. Página 375 e 376]
25 de janeiro de 1555, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:04
4°. Bras Cubas concede sesmaria ao ferreiro "Mestre Bartolomeu", chamado Domingos, que havia chegando com Martim Afonso em 1531, quando "enganados" pelo "Bacharel" em Cananéia
1. Bartolomeu Gonçalves. "Como se lê em Frei Gaspar, em nota à descrição da fundação de Santos, veio com Martim Afonso, e durante mais de vinte anos foi o único ferreiro da capitania, um mestre Bartolomeu, que primeiro se chamava Domingos Gonçalves, o qual, em 1555, tendo mulher e filhas, obteve de Braz Cubas grande sesmaria em Santos. Assumiu mestre Bartolomeu considerável importância, depois de morto, em quase todas as questões de Santos. Tem-se também na história e na genealogia, até do planalto. Foi ele o mestre dos primeiros ferreiros que transpuseram a serra, e não teria sido exclusivamente magistral o seu parentesco com esses e outros povoadores do planalto. [p. 375 e 376]
1559. Atualizado em 23/10/2025 15:34:08
5°. Possível casamento
Gonçalo Camacho. Em 1588 morava em São Paulo (I, 345) e de 1590 a 1593 esteve no sertão na bandeira de Macedo e Grou (1, 476). Segundo a tradição alcançada pelo general José Arouche de Toledo Rendon (1756-1834), foi casado com Jerônima Dias, filha de Lopo Dias. Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), no começo de seus estudos, admitiu essa tradição. Mais tarde, porém, passou a considerar Gonçalo Camacho como natural de Viana, irmão de Paula Camacho e casado em Santos com filha de Jorge Ferreira. As hipóteses dos dois casamentos em rigor não se excluem, pois eles poderiam ser subsequentes. Admitirei, portanto, ambas. Também admito a de que fosse ele irmão de Paula Camacho. Mas, para admitir a de naturalidade no reino, seria preciso verificar se Bartolomeu, casado ou viúvo, trouxe do reino filha, casada ou viúva, e os dois netos. Gonçalo Camacho deixou geração em Santos, como diz Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777). [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953. Páginas 317, 318 e 319]
16 de janeiro de 1562, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:10
6°. Reuniu-se em sua casa a câmara, na falta de espaço do concelho, tendo requerido ao capitão mor que ordenasse o recolhimento à vila dos moradores de seu termo, porquanto estava a caminho de uma guerra
Em 1562 Domingos Grou hospedou o capitão, que era, ou João Ramalho ou Pero Colaço, e não Pero Fernandes como por erro se lê no texto impresso de uma das atas, e que estava prestes a partir para a guerra. Então a câmara, reunida em sua casa, pediu ao capitão que mandasse recolher à vila todos os moradores do seu termo. No fim desse ano estava em São Paulo.
1569. Atualizado em 23/10/2025 15:36:42
7°. Falecimento de Beatriz Dias
1 de janeiro de 1570, sexta-feira. Atualizado em 20/07/2025 06:32:05
8°. Rodrigo Alvares obteve do capitão-mór Jorge Ferreira sesmaria dessas terras (Fazenda do Jatan)
Rodrigo Álvares. Qualificado às vezes como piloto e uma como mestre de navios. Era ferreiro. Estabeleceu-se em Santos cerca de 1540 e casou com Catarina Ramalho, filha de Bartolomeu Gonçalves. Participou de guerras contra os tamoios e os franceses. Teve muitas terras em Santos, por herança e por compra, vindo a ser sua quase todas as que tinham sido do sogro e outras. Passou a residir em São Paulo, onde já tinha roças no Tatuapé.

Em 1570, alegando os serviços prestados e ter mulher e filhos, obteve do capitão-mór Jorge Ferreira sesmaria dessas terras (fazenda do Jatan), que, pela margem direita do ribeirão Tatuapé iam até o rio Grande, e, por este acima, até um outeiro, em que, dizia ele, dividiam com as de Braz Cubas (Piquerí?) - Foi nas vizinhanças dessas terras que mais tarde Jerônimo Leitão concedeu sesmarias aos nativos e a João Ramalho.

- Até o ano de 1588, Braz Cubas não perturbou o domínio e posse a Rodrigo Álvares no Jatan. Nesse ano, em que os seus negócios eram geridos pelo filho e procurador, Pedro Cubas, iniciou Braz Cubas, contra ele, uma ação que ficou no ano seguinte paralisada, com despacho que mandava autor e réu exibirem seus títulos, a fim de se proceder à demarcação, enchendo-se primeiro a carta mais antiga, depois a outra. Faleceu Rodrigo Alvares em 1598, deixando os filhos:
1570. Atualizado em 27/10/2025 21:17:22
9°. “um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros (carijós), que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania”
Então a câmara, reunida em sua casa, pediu ao capitão que mandasse recolher à vila todos os moradores do seu termo. No fim desse ano estava em São Paulo. Em 1563, na iminência de ataque a São Paulo, foi eleito capitão dos nativos, assinando o respectivo termo. Anos depois, com outro morador também casado e chefe de família, tendo praticado na vila um assasínio, levou todos os seus para o sertão do Anhembí, entre os nativos rebelados, indo em 1570 reconciliá-lo o padre José de Anchieta [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953. Página 383]
7 de fevereiro de 1588, domingo. Atualizado em 24/10/2025 15:48:11
10°. Aprovando a construção da Igreja Matriz
3° - Gonçalo Camacho. Em 1588 morava em São Paulo (I, 345) e de 1590 a 1593 esteve no sertão na bandeira de Macedo e Grou (1, 476). Segundo a tradição alcançada pelo general José Arouche de Toledo Rendon (1756-1834), foi casado com Jerônima Dias, filha de Lopo Dias. Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), no começo de seus estudos, admitiu essa tradição. Mais tarde, porém, passou a considerar Gonçalo Camacho como natural de Viana, irmão de Paula Camacho e casado em Santos com filha de Jorge Ferreira. As hipóteses dos dois casamentos em rigor não se excluem, pois eles poderiam ser subsequentes. Admitirei, portanto, ambas. Também admito a de que fosse ele irmão de Paula Camacho. Mas, para admitir a de naturalidade no reino, seria preciso verificar se Bartolomeu, casado ou viúvo, trouxe do reino filha, casada ou viúva, e os dois netos. Gonçalo Camacho deixou geração em Santos, como diz Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777). [Páginas 317, 318 e 319]
17 de agosto de 1588, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:40
11°. Sentença
Até o ano de 1588, Braz Cubas não perturbou o domínio e posse de Rodrigo Álvares no Jatan. Nesse ano, em que os seus negócios eram geridos pelo filho e procurador, Pedro Cubas, iniciou Braz Cubas, contra ele, uma ação que ficou no ano seguinte paralisada, com despacho que mandava autor e réu exibirem seus títulos, a fim de se proceder à demarcação, enchendo-se primeiro a carta mais antiga, depois a outra. Faleceu Rodrigo Alvares em 1598, deixando os filhos:

Luís Álvares (filho de Rodrigo Álvares). Natural de Santos. Casou com Antonia Gaga, que suponho filha de Henrique da Cunha. Era carpinteiro. Em sociedade com Domingos Luis Carvoeiro, contratou em 1598 a construção do corpo da igreja.

No ano seguinte, Pedro Cubas deu andamento à reivindicação das terras do Tatuapé, alegando que o pai não prosseguira no feito por ter resolvido que Rodrigo Alvares as fruísse em vida. Luís Álvares então vendeu a Jorge Neto Falcão as benfeitorias do Tatuapé e os seus direitos em litígio.

Clemente Álvares nasceu em Santos, onde foi inventariado o pai. Casou primeiro com Maria Gonçalves, falecida em 1599, filha de Baltasar Gonçalves; [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953. Páginas 302 e 303]
Julho de 1597. Atualizado em 23/10/2025 15:41:03
12°. Retorno*
3. Domingos Afonso. Em 1597 morava em São Paulo, e foi casado com Ana Camacho, filha, creio, de Bartolomeu Camacho e Antonia Quaresma e neta materna de João Ramalho. O casal teve aqui chãos que haviam sido de Alvaro Eanes e que vendeu a Antonio de Siqueira. O mesmo, se não foi algum filho homônimo, morava em 1585 em São Vicente ou Santos (I, 281), esteve em São Paulo em 1597, na volta da bandeira de João Pereira de Sousa ("Inv.", I, 105), e aqui morou de 1600 a 1602; em 1600 foi almotacel, em 1601, procurador do conselho, e em 1602, qualificado como carpinteiro, foi membro de comissão de orçamento de Igreja. Creio que algumas filhas suas casaram com povoadores de São Paulo. [Página 297]
30 de maio de 1598, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:08:19
13°. “auto de concerto que fizeram os oficiais da câmara com Domingos Luiz e Luiz Alvares” para fazerem "corpo de igreja" e capela matriz. Obrigaram-se esses empreiteiros a executar “obra de taipa de pilão a razão de quatro reais o taipal, com tal condição que os taipaes fossem de cutelo ou pedaço para serem também contados.”
Luís Álvares (filho de Rodrigo Álvares). Natural de Santos. Casou com Antonia Gaga, que suponho filha de Henrique da Cunha. Era carpinteiro. Em sociedade com Domingos Luis Carvoeiro, contratou em 1598 a construção do corpo da igreja.

No ano seguinte, Pedro Cubas deu andamento à reivindicação das terras do Tatuapé, alegando que o pai não prosseguira no feito por ter resolvido que Rodrigo Alvares as fruísse em vida. Luís Álvares então vendeu a Jorge Neto Falcão as benfeitorias do Tatuapé e os seus direitos em litígio.
1599. Atualizado em 24/10/2025 02:36:03
14°. Pedro Cubas
Luís Álvares (filho de Rodrigo Álvares). Natural de Santos. Casou com Antonia Gaga, que suponho filha de Henrique da Cunha. Era carpinteiro. Em sociedade com Domingos Luis Carvoeiro, contratou em 1598 a construção do corpo da igreja.

No ano seguinte, Pedro Cubas deu andamento à reivindicação das terras do Tatuapé, alegando que o pai não prosseguira no feito por ter resolvido que Rodrigo Alvares as fruísse em vida. Luís Álvares então vendeu a Jorge Neto Falcão as benfeitorias do Tatuapé e os seus direitos em litígio. [Páginas 302 e 303]




  Domingos Luis Carvoeiro
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1949
Atualizado em 31/10/2025 08:00:20
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte, 1949
•  Cidades (12): Araçoiaba da Serra/SP, Carapicuiba/SP, Embu das Artes/SP, Itaquaquecetuba/SP, Itu/SP, Jundiaí/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (47): Afonso d´Escragnolle Taunay (73 anos), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Aleixo Jorge (1580-1642), Alvaro Rodrigues, Antônio Bicudo Carneiro (1540-1628), António José da Franca e Horta (1753-1823), Atanásio da Mota, Bartolomeu Carrasco (f.1571), Beatriz Gonçalves (n.1543), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Belchior Rodrigues (n.1561), Bento Gonçalves da Silva (1788-1847), Brás Cubas (1507-1592), Caethana/Catharina Ramalho, Calixto da Motta (n.1591), Carlos da Silveira Lichtenfels, Cristóvão de Barros, Cristovão Diniz (f.0), Diogo Álvares (1500-1549), Erasmo Esquert, Fernão d’Álvares (n.1500), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Pinto da Fonseca (1470-1550), Frutuoso da Costa, Henrique da Cunha (1506-1580), Henrique da Cunha, velho (1560-1624), Henrique Montes, Hilaria Luis Grou, Jaques Felix, o velho (n.1570), João Eannes, João Pires, o ruivo, João Ramalho (1486-1580), João Vieira, Jorge Correa, Luís Alvarez, Manuel Veloso, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Leitão, Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Mestre Domingos Gonçalves Fernandes (1500-1589), Paschoal Fernandes, Pedro Cubas (1538-1628), Rodrigo Alvares (f.1598), Salvador Moreira, Sebastião Fernandes Freire, Simão Borges Cerqueira (1554-1632), Tomé de Sousa (1503-1579)
•  Temas (20): “o Rio Grande”, Caminho de Piratininga, Canguera, Capitania de São Vicente, Cruzes, Dinheiro$, Engenho São Jorge dos Erasmos, Estradas antigas, Fortes/Fortalezas, Jeribatiba (Santo Amaro), Jurubatuba, Geraibatiba, Morro do São Jerônimo, Pela primeira vez, Rio Geribatiba, Rio Tamanduatei, Santa Casa da Misericórdia, São Paulo de Piratininga, Senhor Bom Jesus, Taperovira, Vila de Santo André da Borda
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte
Data: 1949
Página 24
    Registros relacionados
15 de outubro de 1532, sábado. Atualizado em 30/10/2025 17:25:57
1°. (...) quinze dias do mês de outubro, e em a ilha de São Vicente, dentro da fortaleza, por Pedro de Góes, fidalgo da casa de El-Rei Nosso Senhor, foi apresentada a mim escrivão ao diante nomeado uma carta de doação de certas terras que o muito magnífico Senhor Martim Afonso de Souza, do conselho de El Rei. Nosso Senhor, governador em todas estas terras do Brasil, deu ao dito Pedro de Góis, por virtude de um poder paa isso lhe deu Sua Alteza, as quais terras se chama Tecoapara (*) e a serra de Tapurihetera que está da banda donde nasce o sol, águas vertentes com o rio de Gerybatyba, o qual rio e terras estão defronte (...)
Flz 17 vem o Auto de posse desta terra, o qual diz assim. Saibam quantos este instrumento de posse virem, como ano de 1532, dia 15 de outubro em a Ilha de São Vicente dentro da Fortaleza por Pedro de Góes Fidalgo da Casa del Rel nosso Senhor fora apresentada a mim Escrivão ao diante nomeado uma Carta de Doação de certas terras, que o mui magnífico o Senhor Martim Afonso de Souza do Concelho del Rei nosso Senhor e Governador em todas estas terras do Brasil ao dito Pedro de Góes por virtude de um poder, que para isso lhe deu Sua Alteza, as quais terras se chamam TIQUAPARA, e a serra de Tabuybytera, que está da banda, donde nasce o sol, águas vertentes no Rio de Geribatiba. [Páginas 232 e 233]
1543. Atualizado em 24/10/2025 02:34:41
2°. Bras Cubas funda aí uma casa de misericórdia, primeiro estabelecimento do gênero criado no Brasil
7 de junho de 1545, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 10:06:20
3°. Documento
Sentença que proferiu Bras Cubaz, e abaixo dela, Auto de demarcação de terras, e tudo diz assim:

Braz Cubas Capitão, e Ouvidor com Alçada pelo Snr. Martim Afonso de Souza, Governador desta Capitania de São Vicente, terra do Brasil etc. Por esta minha carta de Sentença faço saber a todas as Justiças desta Capitania e a todas quaisquer outras, a que o caso com direito pertencer que perante mim em meu Juízo foram trazidos uns Autor sobre uma demarcação sobre umas terras entre partes Bartholomeu Gonçalves, e João Anes e Geraldo Aviz, todos moradores nesta Povoação de Santos em os quais Autor se agrava João Anes que por direito lhe pertencia um pedaço de terra nos oiteiros estão em vista desta Povoação que é junto do derradeiro Ribeiro que esta quando vão desta Povoação para São Vicente em aparelhando com a terra do dito João Anes, as quais terras estão já demarcadas, os marcos metidos por autoridade de Justiça, sendo-me assim trazidos os tais autos por ver que as partes estavam diferentes mandei acostas as cartas das dadas que todos três tinham por mã de Antonio do Valle, Escrivão da Câmara e assinadas por Antonio de Oliveira. Capm. que as tais dadas deu pelos poderes que do Snr. Governador tinha para dar, e com ter as tais cartas juntas aos autos mandei chamar o dito Capm. Antonio de Oliveira e o escrivão Antonio do Valle que as ditas cartas fez, e os marcos fez por com Ambrosio Luis, Juiz Ordinário, e o Meirinho, - mandei aos sobreditos Antonio de Oliveira, e Antonio do Valle que ambos declarassem pelos juramento dos Santos Evangelhos em que puseram a mão que bem e verdadeiramente declarassem por onde deram as ditas demarcações, e isto sem verem as ditas cartas que passadas tinham aos sobreditos, os quais foram em uma canoa com o Escrivão dos Autos, e tomar a demarcação do que ambos disseram pelo que receberam e assinaram ambos o ql. auto sendo feito e assinado por eles mandei ajuntar aos autos e os mandei vir para mim com vista que por mim em pessoa foi feita em que fui ver a dita demarcação e sendo assim tudo vem visto por mim o dito feito com o m.s. que pelos autos achei julguei por sentença como se ao diante segue visto este feito e o que para eles se mostra as cartas etc. as cartas aqui acostadas, e os mais autos, e razões de todalas partes com o mais que pelos autos achei, e as mesmas diligências que mandei fazer com Antonio de Oliveira que foi Capm. que deu as terras com Antonio do Valle que as ditas cartas fez, e visto como as ditas terras da contenda estão já demarcadas, e a posse delas dada ao dito Bartholomeu Gonçalves possua sua terra assim como está demarcada p.r. sua carta de dada e seja sem custas. A qual sentença sendo assim publicada em minha audiência o dito Bartholomeu Gonçalves a pediu para sua guarda pela qual notifico a todos os juízes, e Justiças que em tudo etc.

João Vieira Escrivão diante do Sr. Ouvidor a fez, e tirou do próprio feito, que fica em seu poder, e esta sentença deu a parte hoje 7 de junho de 1545 anos. Não faça dúvida ir sem selo por estar na Câmara da Vila de São Vicente. Braz Cubas. [Páginas 242 e 243]
18 de maio de 1546, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:46:43
4°. Documento
Abaixo da sentença vem o seguinte

Depois disto aos 18 de maio de 1546 foi o Snr. Capm. com Francisco Vieira, Meirinho, e comigo Tabelião a meter marcos entre Joanne Anes, e Mestre Bartholomeu a requerimento do dito Mestre Bartholomeu os quais se pôs em cima de um marco que já estava talado por mão de Antonio de Oliveira que foi Capm., o qual marco está em o derradeiro regato que está indo deste Porto de Santos para São Vicente e foi posto outro por cima do Outeiro em quadra direito do outro, o qual é uma pedra grande que está deitada de seu nascimento, a qual foi feita por João Vieira uma cruz e logo pelo Oitr.° acima outro marco de pedra e talado que ali talou o dito João Vieira,e fez outra cruz em cima, e logo mais acima na roça que está cortada de novo ao pé de uma árvore grande que está em pé, foi posta pelo dito João Vieira outro marco com outra cruz, e pelo mato dentro ao pé de uma Maçaranduba grande sobre uma pedra que ai está deitada, uma cruz foi posta pelo dito João Vieira, e saindo do mato em uma roça nova do dito Mestre Bartholomeu está uma pedra grande com umas pancadas de uma enxada, que também foram dadas por marco do ... de demarcação ... onde demarcou Antonio Luis sendo o Juiz e ai sobre um marco grande de pedra ao pé de umas árvores secas e por verdade assinou aqui o Snr. Capm. e eu Diogo Alvares Tabelião que isto escrevi, digo onde está uma ... umas pancadas de enxadas foi posta uma cruz por mão do Snr. Capm. Braz Cubas. Notta: Braz Cubas assinou e o termo acaba em Capm. onde deixei claro,supus pontinhos não entendi ou estava roto o papel, o nome do Tabelião está em breve quje me parece dizer Diogo e é assim, D.°. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte, 1949. Página 243]

Maria Fernandes, nasceu por volta de 1526, casou em Portugal ou na Capitania com Diogo Álvares, nascido por 1500 (que poderia ser viúvo em Portugal) falecido antes de 1550 e inventariado em São Vicente (Ordem do Carmo - ANRJ). Chamava-se Diogo Álvares (creio a mesma pessoa) um dos tabeliães dessa vila a 18 de maio de 1546 (RIHGSP, XLIV, 243). [Revista da ASBRAP nº 8. Povoadores de São Paulo: Antonio da Peña. H. V. Castro Coelho, consultado em 09.10.2022. Páginas 6 e 7 do pdf]
31 de agosto de 1569, domingo. Atualizado em 28/10/2025 03:47:51
5°. Documento
Saibam quantos ... que no anjo do nascimento de N. S. J. Christo de 1569 aos 31 dias do mês de agosto nesta vila do Porto de Santos Capitania de São Vicente que é Capitão e Governador por el Rei N. S. Martim Afonso de Souza nas pousadas de Rodrigo Alvares ferreiro ... apareceram partes de Bastião Freire e sua mulher Beatriz Gonçalves e André Ribeiro e sua mulher Victoria Gomes Alves e Braz Gomes Alves, sapateiro e sua mulher Margarida Fernandes e João Pires, o Ruivo, todos moradores em esta vila de Santos, filhos e irmãos do Mestre do Bartholomeu que santa glória haja, e logo perante mim dito tabelião e das testemunhas disseram todos juntos e cada um por si que por falecimento de seu pai e sogro ficaram por seu falecimento no termo desta vila um oiteiro pequeno de terra que partia nas confrontações seguintes:

De uma banda com terras que foram de André Botelho, e de outra banda com terras que foram de Manoel Chaves, que hora é Padre da Companhia de Jesus, e da outra banda com as terras que são da fazenda e dos Erasmos Esquetes, na qual terra e oiteiro eles sobreditos tinham cada um seu quintão que lhe cabia herdar por parte do dito seu Pai, e Sogro, e disseram que cada um deles vendiam, como de feito venderam desde dia para todo sempre a Rodrigo Alvares ferreiro, cunhado deles sobreditos, cada um o seu quinhão, por preço e quantia logo nomeado de quatro mil réis que cabia a cada um mil réis, os quais quinhões lhe vendiam assim e da maneira que o dito seu sogro e pai os tinha e possuía em sua vida e conforme a carta que dela tinha ... E eu Antonio Bicudo [Páginas 263 e 264]
3 de setembro de 1571, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:43
6°. Documento
Saibão quantos ... que no ano do nascimento de N. S. Jesus Christo de 1571 aos 3 dias do mês de setembro nesta vila do Porto de Santos Capitania de São Vicente de que é Capitão e Governador Martim Afonso de Souza ... nas pousadas de Bastião Freire que estão nesta dita vila, estando ele dito Bastião Freire e sua mulher Beatriz Gonçalves perante mim Tabelião e das testemunhas, logo por eles ambos marido e mulher foi dito que eles tinham e possuíam um pedaço de terras nestes Oiteiros que houveram por título de compra de Estevão Ribeiro morador em a Villa de São Vicente os quais houve de seu pai João Vaqueiro a qual terra ele dito Bastião Fernandes Freire ora vendia como de feito vendeu a Rodrigo Alvares seu cunhado ferreiro por preço e quantia de 12$000 a qual parte de uma banda com terras de André Botelho e de Manoel de Chaves, e da outra com terras dos órfãos filhos do Mestre Bartholomeu, e da outra parte com os tojucos, ou alagadiços, e da outra com o dito Rodrigo Alvares que tem e é meiro na dita terra que assim lhe vende, a qual lhe vende por virtude do título que tem da dita terra, assim e da maneira que se pela dita carta contém, que logo lhe entregou ... testemunhas que a tudo foram presente André Pires e André Mendes e Nicolau Gil ... disse a dita Beatriz Gonçalves que ela era muito contente e satisfeita de lhe dar o dito seu marido a dita terra e a outorgou ... a qual escritura eu Francisco Lopes tabelião (...) [Página 265]
4 de fevereiro de 1572, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:38:03
7°. “confirmando a mudança do nome de Domingos para Bartolomeu”
Saibam quantos ... da sobre dita era nesta vila de São Paulo de Piratininga Costa do Brasil de que é Capitão Governador por El Rey N. S. o Sr. Pedro Lopes de Souza etc. nas pousadas de Fernão D´Alves apareceram partes, Balthazar Gonçalves e Maria Alves e por ele foi dito a mim Tabelião que eles tinham, e possuíam um pedaço de terra que são junto da Vila de Santos que ficaram por morte e falecimento do pai dele dito Balthazar Gonçalves, ai a ele e suas irmãs e irmãos e que ele tinha ora vendido a sua parte que lhe coubera das ditas terras por direito e partilha a Rodrigo Alvares, seu cunhado por preço e quantia de vinte arrobas de assucar (...) o qual quinhão lhe vende com todas as entradas e saídas que lhe direitamente couber por partilha quando se partirem com os mais herdeiros a qual parte lhe vende toda assim e da maneira que se contém de dentro das confrontações que se contem na carta de data das ditas terras e quinhão que assim vende (...) e eu Tabelião ajudante e aceitante, que aceitei esta escritura de venda dos ditos vendedores em nome do dito comprador, por não estar presente (...) por a dita Maria Alvares ser mulher e não saber escrever rogou a Paulo Rodrigues que por ela assinasse, o que assinou por ela e como testemunha, e as mais testemunhas foram presentes - Salvador Pires, Diogo Vaz Riscado Avariannes, todos moradores na dita vila ... eu Pedro Dias tabelião na dita vila que o escrevi etc. [Páginas 264 e 265]
4 de agosto de 1584, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:38:08
8°. Documento
Nesta vila de São Paulo nas pousadas de Gonçalo Fernandes, o velho... apareceram Belchior Rodrigues Ferreiro, e assim também sua mulher Maria Rodrigues, e por ele foi dito a mim Tabelião que João Ramalho, que santa glória haja morador que era neste campo deu em casamento por uma escritura pública que esta nas notas de Cristovão Diniz, tabelião que foi da Vila de Santos um pedaço de terras a Braz Rodrigues Carpinteiro da Ribeira com Brisida Ramalho, neta do dito João Ramalho, sogro e sogra do dito Belchior Rodrigues na ilha de Santo Amaro (...) [Página 261]
17 de agosto de 1588, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:40
9°. Sentença
20 de março de 1589, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:40
10°. Documento
13 de fevereiro de 1590, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 07:21:52
11°. Escritura segunda que fez Braz Cubas ao Convento do Carmo, 13.03.1590, Porto de Santos
Escritura segunda que fez Braz Cubas ao Convento do Carmo, 13.03.1590, Porto de Santos (...) Testemunhas que a todo foram presentes Antonio de Proença, Alvaro Rodrigues Piloto, e Domingos Afonso Carpinteiro, e Alcaide desta vila (...) [Páginas 254 e 255]
22 de dezembro de 1597, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:36:02
12°. Título de Escritura
1599. Atualizado em 25/02/2025 04:46:48
13°. Itu
12 de dezembro de 1603, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:36:06
14°. Pedro Cubas
Depois de ser publicada esta sentença e estar Pedro Cubas entregue dos bens que se lançaram a terça e Capella, requereu aos 12 de dezembro de 1603 que porquanto ele tinha feito algumas benfeitorias nas terras que nomeara a dita Capella defronte desta Villa, assim de canaviais como bananais, e outras coisas de roças, pelo que requeria a sua mercê que a conta de 20$000, que a terça lhe ficara devendo que lhe houvesse por entregue, e dado as ditas terras que são três ilhas pequenas, e parte de terra firme - saber - Jerabati-Trindade e Aniquibe (...)
3 de dezembro de 1633, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:36:29
15°. Terras
(...) que o dito caminho que vinha de Santo André para Piratininga vinha do currau que foi de Aleixo Jorge pelo mesmo caminho que vem pela ponte grande que está em Tobatingoara, e dai entrava pela vila, e vinha pela rua direita até onde está o Mosteiro dos Padres da Companhia e dai vinhah pela porta que foi de Afonso Sardinha, e daí pela rua que foi de Rodrigo Alvares e Martim Afonso, e dai, vinha sair agora do Ribeiro atravessando o Ribeiro de Anhangabai pelo mesmo caminho que hoje por ele se serve os moradores que moram daquela banda de Piratininga até defronte da barra de Piratininga aonde dava o Rio Grande. [Página 258]




  Domingos Luis Carvoeiro
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1944
Atualizado em 31/10/2025 12:39:20
Gênese Social da Gente Bandeirante, 1944. Tito Lívio Ferreira do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo
•  Cidades (4): Lisboa/POR, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (13): Amador Bueno de Ribeira (1584-1649), Andreza Dias (1607-1681), Ascenso Luiz Grou (1575-1653), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Caethana/Catharina Ramalho, Domingos Luís Grou (1500-1590), Gonçalo Camacho (1525-1600), Guiomar Rodrigues (f.1625), Helenas Dias, Hilaria Luis Grou, Iria Camacho (f.1653), João Ramalho (1486-1580), Margarida Fernandes (n.1505)
•  Temas (4): Bituruna, vuturuna, Nossa Senhora da Luz, Ordem de Cristo, Ouro
Correio Paulistano
Data: 1941
Página 7




  Domingos Luis Carvoeiro
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15 de agosto de 1942, sábado
Atualizado em 30/10/2025 08:59:01
“Domingos Luiz Grou”. Américo de Moura (1881-1953), Jornal Correio Paulistano, página 4
•  Cidades (5): Carapicuiba/SP, Porto Feliz/SP, Santo André/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (19): Afonso d´Escragnolle Taunay (66 anos), Álvaro Rodrigues do Prado (1593-1683), Américo de Moura (61 anos), Antonio Luis Grou (n.1560), Braz de Piña (1565-1643), Cacique de Carapicuíba, Domingos Luís Grou (1500-1590), Estácio de Sá (1520-1567), Fernão d’Álvares (n.1500), Guiomar Rodrigues (f.1625), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Luís Eanes Grou (velho) (1554-1590), Luís Eanes Grou (1573-1628), Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919), Manuel Veloso, Mateus Luís Grou (n.1577), Mécia da Peña (1552-1635), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777)
•  Temas (5): República, Rio Anhemby / Tietê, Tamoios, Tupiniquim, Vila de Santo André da Borda
Correio Paulistano/SP
Data: 1942
Página 4
    Registros relacionados
1500. Atualizado em 25/02/2025 04:40:32
1°. Nascimento de Domingos Gonçalves Fernandes e Fernão Alvares em Portugal
Tendo Anchieta voltado para São Paulo em 1569, os seus biógrafos nos dão notícia de alguns acontecimentos, que foram bem apurados por Antonio de Alcantara Machado na "Vida" que escreveu como posfacio das "Cartas".
26 de agosto de 1522, sábado. Atualizado em 28/10/2025 21:45:37
2°. Domingos Luis Grou “adquiriu” terras vizinhas as concedidas nativos de Piratininga, junto ao rio Carapicuíba
Nome de relevo nos fatos quinhentistas de São Paulo, o de Domingos Luiz figura entre os dos portugueses que foram casados com "princesas" nativas, da capitania vicentina, constantes de um manuscrito seiscentistas divulgado pelo dr. Ricardo Gumbleton Daunt e aproveitado por Silva Leme no estudo das origens euro-americanas da raça bandeirante que vem na introdução da "Genealogia Paulista".

Ele frequentemente aparece na documentação da época, embora suscite sérios problemas de identificação. Parece que Pedro Taques o desconheceu, pois e possível conexão com ele, entre os títulos de que o linhagista cogitou, que se chegarem a ser escritos, estão perdidos, pacientemente coligidos por Taunay, de referências esparsas, encontro somente o dos "Eanes", apelido que foi o de um dos seus filhos e que Silva Leme atribui no tronco em Portugal, sob a forma "Anes Grou".

Não há indicio de que esse português tivesse morado em Santo André. Os seus filhos Antonio e Matheus, notáveis sertanistas, somente estão registrados em atos conhecidos da vida no planalto em datas que permitem considera-los nascidos muito depois da extinção daquela vila, provavelmente no fim do terceiro quarto do século XVI.
16 de janeiro de 1562, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:10
3°. Reuniu-se em sua casa a câmara, na falta de espaço do concelho, tendo requerido ao capitão mor que ordenasse o recolhimento à vila dos moradores de seu termo, porquanto estava a caminho de uma guerra
A mais antiga referência a Domingos Luiz que encontrei é de 1562, e nessa era já tinha tinham nascido alguns dos primeiros grous mamalucos, netos do cacique de Carapicuíba. Em 1562 era ele um dos mais prestigiosos moradores da vila, pois foi el sua casa que em janeiro se hospedou o capitão-mór loco-tenente de Martim Afonso, prestes a empreender guerra contra os tamoios.
12 de maio de 1564, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 21:22:39
4°. Representação a Estácio de Sá (Atas da Câmara de São Paulo (1914-I: 42)
20 de março de 1569, sexta-feira. Atualizado em 27/10/2025 18:18:59
5°. Nascimento de Clemente Alvares em São Paulo, filho de Álvaro Rodrigues e de Catarina Gonçalves; foi batizado pelo Padre Anchieta
Tendo Anchieta voltado para São Paulo em 1569, os seus biógrafos nos dão notícia de alguns acontecimentos, que foram bem apurados por Antonio de Alcantara Machado na "Vida" que escreveu como posfacio das "Cartas".
1570. Atualizado em 27/10/2025 21:17:22
6°. “um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros (carijós), que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania”
Segundo a referência a que me reporto, em 1570, dois moradores de São Paulo, um dos quais "nobre e conhecido", Domingos Luiz Grou, ambos casados e com filhos, foram implicados em um crime de morte. Fugindo à justiça, abandonaram com suas famílias a vila, desceram o rio e foram homiziar-se entre os nativos levantados, que os acolheram como parentes e amigos.

Ficassem as coisas nesses termos, teríamos talvez, como resultado dessa expedição, com antecipação de mais de um século, o surto de um povoado no sertão, a dezenas de léguas de São Paulo. Refúgio de criminosos a princípio, esse povoado poderia ir a ter grandiosos destinos.

Mas Anchieta previu do fato perigosíssimas consequências para os cristãos de Piratininga, e pôs-se imediatamente em ação. Intercedeu pelos fugitivos perantes os poderes do município, obteve para eles do juiz ordinário e dos vereadores carta de perdão e salvo-condulto, e, afim de recolher ao aprisco as ovelhas tresmalhadas, empreendeu a mesma jornada, embarcando para o sertão em companhia de outro padre, o secular Manuel Veloso e de alguns nativos cristãos.

No fim da viagem, nas proximidades do lugar em que estavam os seus nativos e mamelucos os dois fugitivos, numa cachoeira do Anhembi rodou a canoa, que ficou em pedaços, e por milagre não pereceram os missionários.

De acordo com a tradição, Machado de Oliveira pôde identificar a cachoeira em que ocorreu o naufrágio. É na terceira que se encontra abaixo de Porto Feliz, pouco acima do ribeirão dos Moinhos, e ainda conserva o nome que relembra o episódio "Avaremanduava", a cachoeira do padre.
1572. Atualizado em 24/10/2025 02:38:24
7°. Casamento e nascimento de Luis Grou, filho
Mas um dos arrolados por Silva Leme, Luiz Eanes, já era cidadão de São Paulo em 1572, ano em que, de seu casamento com Guiomar Rodrigues, de quem foi primeiro e não segundo marido, teve um filho homônimo.
4 de fevereiro de 1572, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:38:03
8°. “confirmando a mudança do nome de Domingos para Bartolomeu”
Em verbete, Américo de Moura (1881-1953) descreve um Fernando Alvares, que comparece aqui e ali nas Atas da Camara de São Paulo em ajuntamentos, condenado ao degredo em 1572, revogado a pedidos já que era o único telheiro da vila.

Mas um dos arrolados por Silva Leme, Luiz Eanes, já era cidadão de São Paulo em 1572, ano em que, de seu casamento com Guiomar Rodrigues, de quem foi primeiro e não segundo marido, teve um filho homônimo.
4 de agosto de 1585, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:07:04
9°. Ata
Em meu trabalho sobre os povoadores do campo de Piratininga, atribui ao Carvoeiro e não a ele alguns atos, com relutância expressa. Maios reflexão trouxe-me relutância maior e, felizmente, melhor resultado, com a correção de erros em que naquele trabalho incidi.

De fato, o termo de 9 de março de 1563 traz a sua assinatura por extenso. Termos subsequentes, de 1575, 1576, 1579 e 1580, foram assinados de cruz, sem indicação precisa de Domingos Luiz a que se referem. Em noutros, de 1580 e 1582, reaparece a assinatura por extenso de Domingos Luiz Grou.

Seriam do Carvoeiro as assinaturas de cruz? Ao menos as duas primeiras não o foram, porque, como referi, o Domingos Luiz que as fez foi oficial da câmara em 1575, e em 4 de agosto de 1585 foi declarado em câmara que o Carvoeiro não havia até essa data exercido nenhum dos cargos da república.

Tem-se de procurar outra solução. Seria conveniente o confronto nos manuscritos originais das assinaturas de 1563, 1580 e 1582. Não empreendi esta perícia técnica. Sem ela, tenho de cingir-me a confrontar duas hipóteses: a de uma pessoa alfabetizada e robusta, perder a capacidade de assinar o nome, e a de um analfabeto, no decurso de alguns anos de vida publica, adquirir ao menos essa capacidade. Evidentemente, maior grau de probabilidade tem a última.
1882. Atualizado em 23/10/2025 15:51:07
10°. “Quadro Historico da Provincia de São Paulo até o anno de 1882” de Machado de Oliveira
De acordo com a tradição, Machado de Oliveira pôde identificar a cachoeira em que ocorreu o naufrágio. É na terceira que se encontra abaixo de Porto Feliz, pouco acima do ribeirão dos Moinhos, e ainda conserva o nome que relembra o episódio "Avaremanduava", a cachoeira do padre.




  Domingos Luis Carvoeiro
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30 de março de 1941, domingo
Atualizado em 31/10/2025 06:51:14
Jornal Correio Paulistano
•  Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (17): Amador Bueno de Ribeira (1584-1649), André de Zuñiga y de Ponce de León (1628-1687), Bartolomeu Bueno, o Moço (1601-1637), Bartolomeu de Contreras y Torales (n.1610), Bartolomeu de Torales, Bernarda Luiz Camacho, Francisco Rendon de Quevedo, Francisco Bueno (1585-1638), Gabriel Ponce de Leon y Contreras (1605-1655), Gonçalo Camacho (1525-1600), Jerônimo Bueno, Joanna Ramalho (n.1520), João IV, o Restaurador (1604-1656), João Ramalho (1486-1580), Jorge Ferreira (1493-1591), Piqueroby (1480-1552), Salvador Pires (f.0)
•  Temas (2): Capitania de São Vicente, Inhapambuçu
Jornal Correio Paulistano
Data: 1941
Página 7




  Domingos Luis Carvoeiro
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1932
Atualizado em 31/10/2025 00:36:54
Revista da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro. Tomo XXXV
•  Cidades (3): Rio de Janeiro/RJ, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP
•  Pessoas (7): Mestre Bartolomeu Camacho (n.1500), Caiubi, senhor de Geribatiba, Gonçalo Camacho (1525-1600), Padre Guilherme Pompeu de Almeida (1656-1713), Joanna Ramalho (n.1520), José de Anchieta (1534-1597), Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919)
•  Temas (17): “o Rio Grande”, Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Cachoeiras, Carijós/Guaranis, Goayaó, Guaianás, Guaianás, Habitantes, Itapeva (Serra de São Francisco), Jurubatuba, Geraibatiba, Juru-Mirim, Nossa Senhora dos Pinheiros, Rio Anhemby / Tietê, Rio Geribatiba, Rio Tamanduatei, Serra de Paranapiacaba, Ybyrpuêra
Revista da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro
Data: 1932
Página 18
    Registros relacionados
1532. Atualizado em 28/10/2025 11:35:36
1°. Quando Martin Afonso de Souza subiu ao planalto, Domingos Luiz Grou estava casado com a filha do cacique de Carapicuíba
15 de janeiro de 1560, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:09
2°. Santo Amaro
A aldeia de Geribatuba ou Gerivatiba, nome do rio a cuja margem direita se ostenta, numa elevada campina verdejante, e quilômetros a S.O. de Piratininga, foi onde Caá-ubi estabeleceu a sua nova vivenda e de sua gente. Por volta de 1560 o padre José de Anchieta foi procurá-lo no seu retiro, combinando lá instalar uma obra de catequeses. [Página 28]
11 de novembro de 1560, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:10
3°. Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri
A concorrência dos portugueses e nativos á nascente Piratininga, levando os guayanãs e outros aborígenes que aí moravam a abandonar suas terras, eles foram fundar duas novas aldeias, que edificaram com os títulos de Geribatuba e de São Miguel.

A aldeia de Geribatuba ou Gerivatiba, nome do rio a cuja margem direita se ostenta, numa elevada campina verdejante, e quilometros a S.O. de Piratininga, foi onde Caá-ubi estabeleceu a sua nova vivenda e de sua gente. Por volta de 1560 o padre José de Anchieta foi procurá-lo no seu retiro, combinando lá instalar uma obra de catequeses.

O aldeamento prosperou sob o nome de Ibirapoêra, que foi mudado no século passado pelo de Nossa Senhora dos Pinheiros, até quando uma colônia de alemães aí estabeleceu, dando um novo impulso á localidade, a ponto de ser elevada a Distrito de Paz por provisão de 14 de janeiro de 1681 e a Município por decreto de 10 de julho de 1832 com o nome atual de Santo Amaro.




  Domingos Luis Carvoeiro
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6 de dezembro de 1917, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 08:00:19
“São Paulo no século XVI”, Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Correio Paulistano. Página 1
•  Cidades (2): Carapicuiba/SP, Cotia/Vargem Grande/SP
•  Pessoas (14): Afonso d´Escragnolle Taunay (41 anos), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), André Fernandes (1578-1641), Antônio Bicudo Carneiro (1540-1628), Antônio Cubas, Antonio Cubas de Macedo, Antônio de Macedo (ou Saavedra) (1531-1590), Antonio de Proença (1540-1605), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartholomeu de Quadros (1610-1649), Brás Cubas (1507-1592), Clemente Álvares (1569-1641), Diogo Flores Valdez (1530-1595), Estevão Ribeiro Bayão, o Moço
•  Temas (19): Agostinha Fernandes, Ambuaçava, Ana Camacho, Ana de Cerqueira, Anna da Costa Diniz, Antonio Camacho Lourenço, Apoteroby (Pirajibú), Butantã, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho do Mar, Catharina Diniz, Clara Dinis, Cristovão Diniz, Custódio Bicudo, Custódio de Paiva, Domingos Dias, o Velho, Domingos Diniz Dias, Engenho São Jorge dos Erasmos, Francisco de Paiva
Correio Paulistano
Data: 1917
Página 1
    Registros relacionados
3 de dezembro de 1530, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 00:52:20
1°. A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa partiu de Lisboa
1556. Atualizado em 24/10/2025 04:33:07
2°. Garcia Rodrigues
1561. Atualizado em 24/10/2025 02:18:22
3°. Garcia rodrigues
Mudando-se para o planalto vemos Garcia Rodrigues, em 1556, juiz ordinário em Santo André e em 1561 vereador em São Paulo. Figura entre os seus genros Jorge Moreira, Antonio Bicudo, Simão Jorge, todos eles origens de enormes descendências.

Dos land-lords quinhentistas de em torno de São Paulo sabemos pelas Atas, as indicações das sesmarias e os depoimentos de Pedro Taques, que Domingos Luiz, o Carvoeiro, e Antonio de Proença, por exemplo, tinham terras "da banda do Hipirangua" que era "caminho do mar";
25 de abril de 1562, sexta-feira. Atualizado em 20/08/2025 06:12:13
4°. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578)
Percorrendo a lista dos oficiais da Câmara piratiningana alguns nomes se nos deparam ainda a quem não reveste um mero interesse genealógico; entre eles citemos Luiz Martins, procurador em 1562, companheiro de Braz Cubas na sua grande expedição pelo sertão em busca de metais preciosos, a Clemente Alves, sócio dos Sardinhas na mineração.
1571. Atualizado em 23/10/2025 15:38:02
5°. Salvador Pires obteve, de parceria com Amador de Medeiros, umas terras de cultura, com matos e capoeiras, na região do Ipiranga
Dos land-lords quinhentistas de em torno de São Paulo sabemos pelas Atas, as indicações das sesmarias e os depoimentos de Pedro Taques, que Domingos Luiz, o Carvoeiro, e Antonio de Proença, por exemplo, tinham terras "da banda do Hipirangua" que era "caminho do mar"; Salvador Pires, Antonio Preto, Pero Dias afazendavam-se no bairro da "Ponte Grande"; Jorge Moreia e Antonio de Saavedra, seu genro, na "Virapoheira"; Afonso Sardinha, Antonio Bicudo, Fernão Dias, João Paes Leme, que se estendia ao Caaguassú, o mato grande, hoje avenida Paulista. Adiante de Pinheiros no Butantan localizavam-se as de Afonso Sardinha.
1580. Atualizado em 24/10/2025 02:38:27
6°. Cotia
Entrava-se em terras de Parnahyba, onde André Fernandes, desde 1580, desbravava a mata. Adiante de Parnahyba era o sertão bruto cheio de misteriosos perigos, e da insidia dos selvícolas. Um ganho dessa via, hoje a acompanhar terrenos do Hospital de Isolamento e do Cemitério do Araçá, servia de separação das terras do Pacaembu e do Mandihy, propriedades dos jesuítas, das da Emboaçava, pertencentes ao velho Afonso Sardinha.
1580. Atualizado em 24/10/2025 02:38:27
7°. Afonso Sardinha (45 anos) adquiriu uma grande fazenda em São Paulo (o nas serras de Iguamimbaba, que agora se chama Mantaguyra, na de Jaraguá, termo de S. Paulo, na de Vuturuna (São Roque), na de “Hybiraçoyaba (Sorocaba)”
Entrava-se em terras de Parnahyba, onde André Fernandes, desde 1580, desbravava a mata. Adiante de Parnahyba era o sertão bruto cheio de misteriosos perigos, e da insidia dos selvícolas. Um ganho dessa via, hoje a acompanhar terrenos do Hospital de Isolamento e do Cemitério do Araçá, servia de separação das terras do Pacaembu e do Mandihy, propriedades dos jesuítas, das da Emboaçava, pertencentes ao velho Afonso Sardinha.
Julho de 1597. Atualizado em 23/10/2025 15:41:03
8°. Retorno*
Outro grande patriarca foi João do Prado, português, natural de Olivença, emigrado em 1531 em companhia do donatário. Durante largos anos viveu na marinha, onde possuiu grandes lavouras de cana e parte do célebre engenho de São Jorge dos Erasmos. Muitas expedições realizou no sertão, á busca de nativos, para as suas fazendas. Mudando-se para São Paulo ai foi juiz ordinário em 1585 e 1592. Muito idoso já, faleceu no sertão em 1597, a acompanhar as operações da expedição do loco-tenente da capitania João Pereira de Sousa.
29 de setembro de 1615, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:39:23
9°. Manuel Preto consegue terras
1917. Atualizado em 24/10/2025 02:36:57
10°. Pedro Taques e seu tempo
1940. Atualizado em 31/10/2025 03:09:50
11°. “Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)




  Domingos Luis Carvoeiro
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28 de novembro de 1917, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 08:00:33
São Paulo no século XVI, Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), Correio Paulistano
•  Cidades (3): Carapicuiba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (27): Afonso d´Escragnolle Taunay (41 anos), Alfredo Romário Martins (43 anos), Amador Bueno de Ribeira (1584-1649), Antônio Bicudo Carneiro (1540-1628), Bernardo de Quadros (1565-1642), Branca Cabral, Cacique de Carapicuíba, Cornélio de Arzão (f.1638), Domingos Luís Grou (1500-1590), Fernando de Camargo, o Tigre (1595-1679), Filha do Cacique de Carapicuíba, Maria de Arruda, Garcia Rodrigues Velho (1600-1671), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Joanna Fernandes, João Pires, o gago (1500-1567), Jorge Moreira (n.1525), Jusepe Ortiz de Camargo (1566-1619), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mecla-Açu (Mécia Fernandes) (1557-1625), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Piqueroby (1480-1552), Salvador Pires (f.0), Simão Álvares Martins (Jorge) (1573-1636), Simão Jorge Velho (1526-1585), Simão Lopes
•  Temas (3): Carijós/Guaranis, Rio Anhemby / Tietê, Ururay
Correio Paulistano
Data: 1917
28/11/1917
    Registros relacionados
1580. Atualizado em 24/10/2025 02:38:27
1°. Afonso Sardinha (45 anos) adquiriu uma grande fazenda em São Paulo (o nas serras de Iguamimbaba, que agora se chama Mantaguyra, na de Jaraguá, termo de S. Paulo, na de Vuturuna (São Roque), na de “Hybiraçoyaba (Sorocaba)”




  Domingos Luis Carvoeiro
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1886
Atualizado em 30/10/2025 09:26:54
João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
•  Cidades (9): Bertioga/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Curitiba/PR, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Miguel Paulista/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (43): Amador Bueno de Ribeira (1584-1649), Américo Vespúcio (1454-1512), Ana Camacho (f.0), Antonio de Aguiar Barriga (1600-1655), Antonio Pedroso de Barros (1610-1652), Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartholomeu Bueno I (1555-1620), Bernarda Luiz Camacho, Brás Cubas (1507-1592), Caiubi, senhor de Geribatiba, Diogo Garcia de Moguér, Domingos Luís Grou (1500-1590), Fernão d’Álvares (n.1500), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Dias Velho (f.1689), Francisco Dias, Mais velho (1578-1645), Francisco Luís Carneiro de Sousa (1640-1708), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Inês Monteiro de Alvarenga, João Mendes de Almeida (55 anos), João Pires de Medeiros (f.0), João Pires, o gago (1500-1567), João Ramalho (1486-1580), Jorge Ferreira (1493-1591), José de Anchieta (1534-1597), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Maria Pires de Medeiros (f.0), Maria Pires Fernandes, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Matheus da Ascenção, Mauro Teixeira, Mécia Rodrigues (1602-1665), Mecla-Açu (Mécia Fernandes) (1557-1625), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Pero (Pedro) de Góes, Pero Capico, Piqueroby (1480-1552), Ruy Pinto (f.1549), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Salvador Pires de Medeiros (1580-1654), Salvador Pires, moço (1570-1616)
•  Temas (58): “o Rio Grande”, Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Apiassava das canoas, Bacaetava / Cahativa, Biscainhos, Caciques, Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Descobrimento do Brazil, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Fortes/Fortalezas, Gentios, Goayaó, Graus, Grunstein (pedra verde), Guaianás, Guaianase de Piratininga, Ibiapaba, Ipiranga, Itacoatiara - Ilha do Cardoso, Léguas, Mequeriby, Morpion, Mosteiro de São Bento SP, Nheengatu, Nossa Senhora da Luz, Nossa Senhora da Visitação, Nossa Senhora de Montserrate, O Sol, Ordem de Cristo, Patuahy, Porto das Almadias, Rio Amazonas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Cubatão, Rio Cubatão (Nhundiaquara), Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Geribatiba, Rio Juquiri, Rio Pinheiros, Rio Piratininga, Rio Tamanduatei, São Paulo de Piratininga, Serra de Paranapiacaba, Tabajaras, Taperovira, Tapuias, Tumiaru, Tupinambás, Tupiniquim, Ururay, Vale do Anhangabaú, Vila de Santo André da Borda, Ytá-pé-bae, Ytutinga
João Mendes de Almeida
Data: 1898
01/01/1898
    Registros relacionados
1480. Atualizado em 28/10/2025 04:27:31
1°. Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay
Há na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby, eis que Martim Afonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininga e começou a distribuir sesmarias.

Um cronista moderno (Machado de Oliveira, Quadro Histórico da Província de São Paulo), narrando quais eram as nações nativa que habitavam o território da capitania de São Vicente, nos limites da atual província de São Paulo, guayanás, tupis, carijós, além das do sertão, e expondo que os guayanás tinham por principais chefes em serra acima, o cacique Tebyreçá, com aldeias nos campos de Pirá-tininga, e no litoral o cacique Cayubi, ou, melhor, Cahá-uby, com aldeias á margem do rio Gerybatiba e em outros pontos da costa, de sorte que a serra de Paranapiacaba servia de linha de separação a essas duas confederações, acrescentou:

"A História ainda faz menção a tribo Ururay, pertencente á confederação guayaná, ocupando um dos recantos dos campos de Pirá-tininga, e tendo por chefe o cacique Piqueroby, que déra sua filha por mulher a Antonio Rodrigues, companheiro de João Ramalho, e talvez sócio com este em seu desterro. Desta tribo fundou-se a opulenta aldeia de São Miguel, que, como as outras, não escapou á comum destruição por que todas elas passaram."

Após essa narração, o mesmo cronista não deixa de mencionar o chefe das tribo Ururay, por ocasião da descida de Tebyreçá e de João Ramalho, com trezentos sagitários, ao encontro de Martim Afonso de Souza: mas, apenas, para assinalar que foi precisa a sua anuência ao plano de bem receber os portugueses da armada.

Assim escreveu ele que João Ramalho "tivera por companheiro nessa empresa a Antonio Rodrigues, que aliara-se á filha de Piqueroby, chefe da tribo Ururay, depois de conseguir deste, á imitação do régulo de Pirá-tininga, sua anuência a favor do desembarque de Martim Afonso".

De então em diante, cronista algum dá notícia de Piqueroby. Ignora-se se recebeu o batismo; se viveu ainda muito tempo; se recusou-se á comunhão social com os portugueses. Apenas a História registra que Antonio Rodrigues, seu genro, obtivera uma sesmaria em terras fronteiras ao porto do Tumiarú, em São Vicente, e aí residia; e que na sesmarias de Pedro de Góes, segundo o respectivo título, fôra encravado o território pertencente á tribo Ururay, figurando de língua ou interprete, e testemunha, na designação das divisas, conjuntamente com João Ramalho, o mesmo já referido Antonio Rodrigues. [p332 a p336]

Seja, porém, Piquiroby o mesmo Ururay, de que trata Machado de Oliveira, ou o Araray de que trata Azevedo Marques, ou seja este chefe de 1562 outro individuo, diverso de Piquiroby não é licito acusa-lo de deslealdade para com os brancos, pois que entendia defender a pátria e sua raça, ameaçadas de servidão. Talvez o chefe de 1562, vendo Tebýriça instalado na nascente vila de S. Paulo, tivesse o mesmo pensamento do bárbaro germano Arminio, quando Júlio César, conseguindo a submissão de Segestes, outro chefe naquela antiga nação barbara da Europa, assegurou-lhe um asilo permanente na mesma sua província conquistada.

O chefe brazilico de 1562 teria dito aos nativos de Pirá-tininga:

"Que pai magnifico! Que valente general! Muito embora Tebir-içá vá viver em um terreno conquistado, os filhos da guerra nunca poderão perdoar a um homem que, entre os rios Yryri-piranga e Anhemby, não sente pejo de haver concorrido para se verem todas as insignias do poder lusitano. Assim, se entre vós ainda existem ânimos bizarros, que a novos senhores e a novas colônias prefiram a pátria, os parentes, os costumes antigos, segui-me pelo caminho da gloria e da liberdade, e abominae Tebiriçá, que vos prepara os ferros de uma torpe escravidão" [Página 337]
27 de junho de 1499, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:04
2°. O navegador espanhol Alonso de Hojeda avista uma terra alagada. O visconde de Porto Seguro supõe que essa terra fosse a das bocas do Açu ou do Apodi, no Rio Grande do Norte.
É necessário, porém, lembrar que, já anteriormente, em junho de 1499, Alonso de Hojeda, acompanhado de Américo Vespucio e do piloto biscainho Juan de la Cosa, e depois, em principies de 1500, Vicente Yanes Pinzon e Diogo de Lepe, haviam percorrido, por conta dos Reis de Castella, a costa septentrional desde o cabo de Santo Agostinho (?) até a foz do rio Amazonas, e mais tarde até a do rio Oyapock.
22 de abril de 1500, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:04
3°. O “Descobrimento” do Brasil
De seu lado, a família dos tupis, considerando-se a nação privilegiada, disputava a todas as outras e hegemonia; e, pois, eil-a dividida em tupi-nà-abá e em tupi-nà-ki, procurando expansões, desde a foz do rio Xingú, no Amazonas, até a serra Ibiapaba, depois de terem atravessado os rios Araguaya e Tocantins, a serra dos Crixás e as chapadas das Mangabeiras. Da serra ibiapaba expulsaram os taba-jaras; e, após anos, dai espalharam-se em tribos para a conquista da costa meridional, até Cananéa, fazendo estações mais ou menos demoradas em lugares abundantes de peixe e de caça.

Foi por isso, que no tempo da descoberta, impelidos para o sertão os taba-jaras e os teremembés, os tupis foram encontrados senhores do litoral, desde Ibiapaba até a foz do rio de São Francisco; e, daí, os tupi-nà-kì haviam continuado a migração até Cananéa. Os carib-óca, seus inimigos, que bem os conheciam, nomeavam por tupi-nà-kì também os goiá-nà (*); sem embargo de alguns cronistas considerarem tapuya os mesmos goiá-nà, alegando para isso falsas razões tiradas da desinência comum á denominação de outras tribos da mesma nação. E tupi-nà-kì foram os que receberam em 1500 o descobridor Pedro Alvares Cabral, segundo o afirma os cronistas em geral.

O padre Fernão Guerreiro, na sua obra supra-citada, correspondente aos anos de 1606 e 1607, edição de Lisboa - 1609, referindo-se a uma carta do padre missionário Jeronymo Rodrigues, menciona a denominação tupinachins como dada pelos carijós aos goiá-nà. Essa denominação é a mesma tupi-n-ikis, que, segundo alguns, significa "tupi vizinho"; e em tal sentido teria sido empregada. Mas, não é aquele significado; sim, o de "tupi parente ruim", porque goiá-nà é produto cruzado com tupi, assim como tupi-nà-kì, "espinho".

De fato,depois de chegarem ao Cabo-Frio, esses tupis, acompanhando o litoral, são encontrados entre Itanhaen e Cananéa, e em Pirá-tininga, como escreveu frei Gaspar da Madre de Deus, Memórias para a história da capitania de S. Vicenete, I, 136.

Alguns cronistas só iam confundir essas denominações e até as tribos indígenas, como vê-se na mesma obra de frei Gaspar da Madre de Deus, I, 137 e 138; mas, neste ponto, coincidem todas as narrações para afirmarem a existência de tupis, no litoral, desde o rio Iriri-piranga até a lagoa dos Patos. A carta-memória de Diogo Garcia, 1527, referindo o encontro de um Bachiller (bacharel) em um lugar aos 24 graus sul, acrescentava:

... "y esta una gente ali con el Bachiller que comen carne umana y es mui buena gente, amigos mucho de los cristianos, que se llman Topies."

E com referência aos carib-óca, escreveu adiante: "... un rio que se llama el rio de los Patos que está a 27 grados, que ay una buena generacion que hacen mui buena obra á los cristianos, e llamanse los Carrioces..." [Páginas 298 e 299]
1 de maio de 1500, sexta-feira. Atualizado em 25/08/2025 07:47:08
4°. Cartas de Caminha e do Mestre João Emenelau Farás
(...) soccorro a coincidência com a constellação meridional do Cruzeiro, que os descobridores viram sobre suas cabeças na mesma occasião, segundo a descreveu e desenhou em sua carta de 1.° de Maio de 1500 o physico da armada, João Emenelau; carta esta publicada por Varnhagen, em nota à sua Historia geral do Brazil.
7 de setembro de 1502, domingo. Atualizado em 14/07/2025 23:31:15
5°. André Gonçalves e Américo Vespúcio chegam a Lisboa depois de terem feito a primeira exploração do litoral brasileiro, do cabo de São Roque a Cananéia.
A primeira expedição, em consequência das noticias mandadas por Pedro Alvares Cabral, e levadas em uma das náos pelo capitão Gaspar de Lemos, foi de três caravélas; e sahio de Lisboa em 10 de Maio de 1501, ignorando-se ainda hoje o nome do commandante. Fez descobrimentos até aos 54 gráos sul; e recolheu-se a Portugal em 7 de Setembro de 1502, depois de dezeseis mezes de viagem, com a perda de duas embarcações.
10 de maio de 1503, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:38:55
6°. Resolveu El-Rei D. Manoel nova expedição, sob o comando de Gonçalo Coelho, com o titulo de capitão-mór
1 de janeiro de 1527, sábado. Atualizado em 25/10/2025 23:19:23
7°. Chegada de Diogo Garcia de Moguer
Diogo Garcia, Memoria de la navegacion... en el año de 1526 e 1527 escreveu, com referência a 1527: Daqui saímos em meados de janeiro daquele ano,... e andando pela estrada chegamos a um rio chamado Rio de los Patos, que está a 27 graus, que há uma boa geração, que eles fazem muito boa obra para os cristãos, e eles são chamados de Carrioces..." Patos era nome de uma tribo.

É nessa Memoria que DioGO Garcia escreveu : en S. Vicente, questá en 24 grados, vive un bachiller e unos yernos suyos, mucho tiempo ha, que ha bien 30 anos; e ah estuvimos hasta 15 de Enero dei ano seguiente de 27 ; .... y está una gente ali con el bachiller que comen carne umana, y es mui buena gente, amigos mucho de los cristianos, que se llaman Topies,

Esta carta teria sido escripta depois de 1531, quando já era conhecido o nome do porto de S. Vicente? Ou, como parece muito provável, esse porto de Diogo Garcia era, mais ou menos, em Cananéa? Nesse lugar, mais ou menos, Martim Affonso de Souza encontrou também em 1531 o tal bacharel, [Página 294]
22 de janeiro de 1531, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:20
8°. Bertioga
Ha na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby. visto que a cronica não refere senão três, Tebir-içá, Piquiroby e Cayubi, quando Martim Afonso de Souza aportou á Buriqui-óca, ou, por corrupção, Bertioga. Aliás, foi o chefe que "não preservou em lealdade para com os brancos".

Eis que Martim Afonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininga e começou a distribuir sesmarias. Um cronista moderno (Machado de Oliveira, Quadro Histórico da Província de São Paulo), narrando quais eram as nações nativa que habitavam o território da capitania de São Vicente, nos limites da atual província de São Paulo, guayanás, tupis, carijós, além das do sertão, e expondo que os guayanás tinham por principais chefes em serra acima, o cacique Tebyreçá, com aldeias nos campos de Pirá-tininga, e no litoral o cacique Cayubi, ou, melhor, Cahá-uby, com aldeias á margem do rio Gerybatiba e em outros pontos da costa, de sorte que a serra de Paranapiacaba servia de linha de separação a essas duas confederações, acrescentou: "A História ainda faz menção a tribo Ururay, pertencente á confederação guayaná, ocupando um dos recantos dos campos de Pirá-tininga, e tendo por chefe o cacique Piqueroby, que déra sua filha por mulher a Antonio Rodrigues, companheiro de João Ramalho, e talvez sócio com este em seu desterro. Desta tribo fundou-se a opulenta aldeia de São Miguel, que, como as outras, não escapou á comum destruição por que todas elas passaram."

Após essa narração, o mesmo cronista não deixa de mencionar o chefe das tribo Ururay, por ocasião da descida de Tebyreçá e de João Ramalho, com trezentos sagitários, ao encontro de Martim Afonso de Souza: mas, apenas, para assinalar que foi precisa a sua anuência ao plano de bem receber os portugueses da armada.

Assim escreveu ele que João Ramalho "tivera por companheiro nessa empresa a Antonio Rodrigues, que aliara-se á filha de Piqueroby, chefe da tribo Ururay, depois de conseguir deste, á imitação do régulo de Pirá-tininga, sua anuência a favor do desembarque de Martim Afonso".

De então em diante, cronista algum dá notícia de Piqueroby. Ignora-se se recebeu o batismo; se viveu ainda muito tempo; se recusou-se á comunhão social com os portugueses. Apenas a História registra que Antonio Rodrigues, seu genro, obtivera uma sesmaria em terras fronteiras ao porto do Tumiarú, em São Vicente, e aí residia; e que na sesmarias de Pedro de Góes, segundo o respectivo título, fôra encravado o território pertencente á tribo Ururay, figurando de língua ou interprete, e testemunha, na designação das divisas, conjuntamente com João Ramalho, o mesmo já referido Antonio Rodrigues.
3 de março de 1531, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:42:20
9°. Concedidas terras a Bras Cubas “que for da conquista de El-Rey nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba”
Parece que a antiga aldeia de Ururay, de 1531, fôra fracionada em duas, logo que João Ramalho edificou a vila de Santo André e que os padres da Companhia de Jesus, fazendo demolir esta, fundaram a de São Paulo, 1554-1560; pois o título da sesmaria de 12 de outubro de 1580 os pressupõe já estabelecidos nos dois lugares, Pinheiros e São Miguel. E tanto mais provável é isso, quanto é sabido o costume dos nativos de não manterem suas aldeias muitos anos no mesmo lugar. [Página 330]
22 de janeiro de 1532, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 05:59:45
10°. Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos”
Ha na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby, eis que Martim Afonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininga e começou a distribuir sesmarias.

Um cronista moderno (Machado de Oliveira, Quadro Histórico da Província de São Paulo), narrando quais eram as nações nativa que habitavam o território da capitania de São Vicente, nos limites da atual província de São Paulo, guayanás, tupis, carijós, além das do sertão, e expondo que os guayanás tinham por principais chefes em serra acima, o cacique Tebyreçá, com aldeias nos campos de Pirá-tininga, e no litoral o cacique Cayubi, ou, melhor, Coká-uby, com aldeias á margem do rio Gerybatiba e em outros pontos da costa, de sorte que a serra de Paranapiacaba servia de linha de separação a essas duas confederações, acrescentou:

"A História ainda faz menção a tribo Ururay, pertencente á confederação guayaná, ocupando um dos recantos dos campos de Pirá-tininga, e tendo por chefe o cacique Piqueroby, que déra sua filha por mulher a Antonio Rodrigues, companheiro de João Ramalho, e talvez sócio com este em seu desterro. Desta tribo fundou-se a opulenta aldeia de São Miguel, que, como as outras, não escapou á comum destruição por que todas elas passaram."

Após essa narração, o mesmo cronista não deixa de mencionar o chefe das tribo Ururay, por ocasião da descida de Tebyreçá e de João Ramalho, com trezentos Sagitários, ao encontro de Martim Afonso de Souza; mas, apenas, para assignalar que foi precisa a sua anuência ao desembarque dos europeus e ao plano de bem receber os portugueses da armada.

Assim, escreveu ele que João Ramalho « tivera por companheiro nessa empreza a António Rodrigues, que aliara-se á filha de Piqueroby, chefe da tribu Uriíray^ depois de conseguir deste, à imitação do régulo de Pirá-tininga, sua anuência a favor do desembarque de Martim Affonso.

De então em diante, cronista algum dá notícia de Piqueroby. Ignora-se se recebeu o batismo; se viveu ainda muito tempo; se recusou-se á comunhão social com os portugueses. Apenas a História registra que Antonio Rodrigues, seu genro, obtivera uma sesmaria em terras fronteiras ao porto do Tumiarú, em São Vicente, e aí residia; e que na sesmarias de Pedro de Góes, segundo o respectivo título, fôra encravado o território pertencente á tribo Ururay, figurando de língua ou interprete, e testemunha, na designação das divisas, conjuntamente com João Ramalho, o mesmo já referido Antonio Rodrigues.Seja, porém, Piqueroby o mesmo Ururay, de que trata Machado de Oliveira, ou o Araray de que trata Azevedo Marques, ou seja este chefe de 1562 outro individuo, diverso dele, não é licito acusa-lo de deslealdade para com os brancos, pois que entendia defender a pátria e sua raça, ameaçadas de servidão.

Talvez o chefe de 1562, vendo Tebýriça instalado na nascente vila de S. Paulo, tivesse o mesmo pensamento do bárbaro germano Arminio, quando Júlio César, conseguindo a submissão de Segestes, outro chefe naquela antiga nação barbara da Europa, assegurou-lhe um asilo permanente na mesma sua província conquistada. O chefe brazilico de 1562 teria dito aos nativos de Pirá-tininga:

"Que pai magnifico! Que valente general! Muito embora Tebir-içá vá viver em um terreno conquistado, os filhos da guerra nunca poderão perdoar a um homem que, entre os rios Yryri-piranga e Anhemby, não sente pejo de haver concorrido para se verem todas as insignias do poder lusitano. Assim, se entre vós ainda existem ânimos bizarros, que a novos senhores e a novas colônias prefiram a pátria, os parentes, os costumes antigos, segui-me pelo caminho da gloria e da liberdade, e abominae Tebiriçá, que vos prepara os ferros de uma torpe escravidão".
25 de janeiro de 1532, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:21
11°. Ramalho aproxima-se á Jerybatuba três dias depois da chegada de Martim Afonso á Bertioga
Um cronista "moderno", José Joaquim Machado de Oliveira (1790-1867), narrando quais eram as nações nativa que habitavam o território da capitania de São Vicente, nos limites da atual província de São Paulo, guayanás, tupis, carijós, além das do sertão, e expondo que os guayanás tinham por principais chefes em serra acima, o cacique Tebyreçá, com aldeias nos campos de Pirá-tininga, e no litoral o cacique Cayubi, ou, melhor, Cahá-uby, com aldeias á margem do rio Gerybatiba e em outros pontos da costa, de sorte que a serra de Paranapiacaba servia de linha de separação a essas duas confederações, acrescentou:

"A História ainda faz menção a tribo Ururay, pertencente á confederação guayaná, ocupando um dos recantos dos campos de Pirá-tininga, e tendo por chefe o cacique Piqueroby, que déra sua filha por mulher a Antonio Rodrigues, companheiro de João Ramalho, e talvez sócio com este em seu desterro. Desta tribo fundou-se a opulenta aldeia de São Miguel, que, como as outras, não escapou á comum destruição por que todas elas passaram."

Após essa narração, o mesmo cronista não deixa de mencionar o chefe das tribo Ururay, por ocasião da descida de Tebyreçá e de João Ramalho, com trezentos sagitários, ao encontro de Martim Afonso de Souza: mas, apenas, para assinalar que foi precisa a sua anuência ao plano de bem receber os portugueses da armada.

Assim escreveu ele que João Ramalho "tivera por companheiro nessa empresa a Antonio Rodrigues, que aliara-se á filha de Piqueroby, chefe da tribo Ururay, depois de conseguir deste, á imitação do régulo de Pirá-tininga, sua anuência a favor do desembarque de Martim Afonso".

então em diante, cronista algum dá notícia de Piqueroby. Ignora-se se recebeu o batismo; se viveu ainda muito tempo; se recusou-se á comunhão social com os portugueses. Apenas a História registra que Antonio Rodrigues, seu genro, obtivera uma sesmaria em terras fronteiras ao porto do Tumiarú, em São Vicente, e aí residia; e que na sesmarias de Pedro de Góes, segundo o respectivo título, fôra encravado o território pertencente á tribo Ururay, figurando de língua ou interprete, e testemunha, na designação das divisas, conjuntamente com João Ramalho, o mesmo já referido Antonio Rodrigues.Seja, porém, Piqueroby o mesmo Ururay, de que trata Machado de Oliveira, ou o Araray de que trata Azevedo Marques, ou seja este chefe de 1562 outro individuo, diverso dele, não é licito acusa-lo de deslealdade para com os brancos, pois que entendia defender a pátria e sua raça, ameaçadas de servidão.

Talvez o chefe de 1562, vendo Tebýriça instalado na nascente vila de S. Paulo, tivesse o mesmo pensamento do bárbaro germano Arminio, quando Júlio César, conseguindo a submissão de Segestes, outro chefe naquela antiga nação barbara da Europa, assegurou-lhe um asilo permanente na mesma sua província conquistada. O chefe brazilico de 1562 teria dito aos nativos de Pirá-tininga:

"Que pai magnifico! Que valente general! Muito embora Tebir-içá vá viver em um terreno conquistado, os filhos da guerra nunca poderão perdoar a um homem que, entre os rios Yryri-piranga e Anhemby, não sente pejo de haver concorrido para se verem todas as insignias do poder lusitano. Assim, se entre vós ainda existem ânimos bizarros, que a novos senhores e a novas colônias prefiram a pátria, os parentes, os costumes antigos, segui-me pelo caminho da gloria e da liberdade, e abominae Tebiriçá, que vos prepara os ferros de uma torpe escravidão".
10 de fevereiro de 1532, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 05:09:26
12°. Sesmaria a Ruy Pinto
E daí subirá direito para a serra por um lombo que faz, por um vale que está entre este lombo e uma água branca que caí do alto, que chama "Ytutinga" e, para melhor se saber este lombo, entre a dita água branca, por as ditas terras não se mete mais de um só vale e assim irá pelo dito, lombo acima, como dito é até o cume do serro alto que vai sobre o mar e pelo dito cume irá pelos outeiros escalvados que estão no caminho que vem de Piratinim.

E atravessando o dito caminho irá pela mesma serra até sobre o vale Ururay que é da banda do Norte das ditas terras, onde a serra faz uma fenda por uma selada, que parece que fornece por ali, a qual serra é mais alta que outra por ali ajunta e dela que vem por riba do vale de ururay, da qual aberta caí uma água branca. [p.228]
10 de outubro de 1532, segunda-feira. Atualizado em 09/10/2025 02:21:09
13°. Martim Afonso concede sesmarias
Sesmaria de Pedro de Góes

Martim Afonso de Souza, do conselho de El-Rei Nosso Senhor, governador destas terras do Brasil, etc. Faço saber aos que esta minha carta virem, que havendo respeito em como Pedro Góes, fidalgo da casa de El-Rei Nosso Senhor, serviu muito bem Sua Alteza nestas partes e assim ficar nesta terra para povoador, que com ajuda de Nosso Senhor ficará povoando.

Eu hei por bem de lhe dar e doar as terras de Taquararira com a serra de Taperovira que está da banda d´onde nasce o sol com águas vertentes com o rio Jarabatyba, o qual rio e terras estão defronte da ilha de São Vicente donde chamam Gohayó, a qual terra subirá para serra acima té o cume e dai a buscar o Capetevar, e dai virá entestar com o rio adiante que está da banda norte e por ele abaixo até Ygoar por terra em outro rio que tem ali outeiro e dai tornará a um pinhal que está na banda do campo Gioapê e dai virá pelo caminho que vem de Piratininga a entestar com a serra que está sobre o mar e dai por uma ribeira que vem pelo pé da serra que chamam Mamoré e dai dentro ao pé da serra de Ururay e virá dentro por este rio a entestar com a ilha de Caramacoara e então pelo rio São Vicente tornará a entestar com a dita serra de Taperovira donde começou a partir, e assim os outeiros e cabeças d´águas e todas as entradas e saídas das ditas terras, por virtude de uma doação que para isso tem de El-Rei Nosso Senhor.....

E por virtude da qual doação lhe dou as ditas terras, as quais serão para ele dito Pedro de Góes e para todos os seus descendentes, com declaração que ele as aproveite nesses dois anos primeiro seguintes e, não o fazendo, as suas ditas terras ficarão devolutas para delas fazer aquilo que me bem parecer; e as ditas terras serão forras e isentas sem pagarem nem uns direitos, somente dizimo a Deus: e por este mando que logo seja metido de posse das ditas terras, e esta será registrada no livro do tombo que para isso mandei fazer. Dada em Piratininga a 10 de outubro de 1532. Pedro Capico, escrivão de El-Rei Nosso Senhor e das sobreditas terras o fez. E porquanto aqui não faz declaração onde vão entestar sobre a serra que vem sobre o mar, entender-se-a desde a ponta da serra é uma quebrada, que assim faz por onde Francisco Pinto parte e todo ele com esta.

Saibam quanto este publico instrumento de posse virem, em como, no ano de 1532, dia 15 de outubro, e em a ilha de São Vicente, dentro da fortaleza, por Pedro de Góes, fidalgo da casa de El-Rei Nosso Senhor, foi apresentada a mim escrivão ao diante nomeado uma carta de doação de certas terras que mui magnifico Senhor Martim Afonso de Souza, do conselho de El-Rei Nosso Senhor, governador em todas estas terras do Brazil, e levei comigo a João Ramalho e Antonio Rodrigues, línguas destas terras, já de quinze e vinte anos estantes nesta terra, e conforme o que eles juraram assim fiz o assento, como mais largamento se verá pelo livro do tombo que o dito governador para isso mandou fazer, e com meu poder o meti de posse delas ao dito Pedro de Góes de todas as terras que na carta faz menção, e lhe meti nas suas mãos terra, pedra, paus e ramos de árvores que das ditas terras tomei e pela qual o dei por empossado e dou deste dia para todo o sempre tão solenemente como o direito se pode fazer, e lhe publiquei e notifiquei a doação de El-Rei Nosso Senhor e assim as condições dela para que em nem um tempo possa alegar ignorância, e ele dito Pedro de Góes aceitou a dita posse e se deu por empossado e ficou de cumprir as ditas condições que as hei por declaradas como se claramente as especificasse. Testemunhas que a tudo foram presentes o sobredito João Ramalho, Antonio Rodrigues e Pedro Gonçalves que veio por homem de armas nesta armada, que veio por capitão-mór o dito Senhor Governador, as quais assinaram no livro do tombo comigo escrivão. Em testemunho de verdade, eu como publico escrivão da Fazenda de El-Rei Nosso Senhor e destas sobreditas terras e tabelião público pelo dito Senhor fiz este instrumento; e traslado do sobredito tombo aquelas cláusulas e forças necessárias para dar tudo por instrumento ao dito Pedro de Góes, feito em Yrarabul, onde ora tem feito por virtude da dita posse o dito Pedro de Góes uns tijupares, e o assinei de meu publico sinal que tal é. [“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”, 1886. João Mendes de Almeida (1831-1898). Páginas 223, 224, 225 e 226]

A história do Brasil refere, entre inumeros outros nomes de chefes, Uirá (tatú-bola), Pirá-uassú (baleia), Ita-gi (machado de pedra), Inajá-guassú (palmeira grande), Acayu-miry (cajú pequeno), Lavara-eté (onça), Metara-uby (pedra verde); e, da capitania de São Vicente, Tebyreçá ou Terbir´-içá (formiga daninha), e Cahá-uby (mato verde, ou floresta).

O nome Piquiroby, assim escrito nas cronicas, não é senão Pi-kì-yrob, "pinheiro". Pi, "pele ou casca", ki, "espinho, ou ponta aguda", yrob, "amargo": "árvore de casca amarga e folhas agudas". Parece que não há outra explicação; tanto considerados os motivos que passamos a expor. Ou, quem sabe, seria Pi-cury-oby?.

A aldeia Ururay, cujo era chefe ou maiorial Piquiroby, estava situada, segundo cronistas, em um recanto dos campos de Pitá-tininga. Não podia deixar de ser á margem de um rio Pi-kì-yrob, cujo nome aparece corrompido em Maqueroby, nas notas que, em 1674, o padre Lourenço Craveiro, reitor do Colégio da Companhia de Jesus em São Paulo, escreveu sobre o título de sesmarias de Pedro de Góes; e esse rio era assim denominado, por correrem suas águas entre extensos pinhais, até entrar no rio Anhemby (Tieté).

A tribo Ururay ocuparia o território desde o vale de Ururay, da banda do norte, na serra de Paranapiacaba, seguindo o curso do Piquiroby (ora Rio Grande até que, encontrando o Rio Pequeno, toma o nome dos Pinheiros), a afluir no Anhemby (Tieté). A aldeia, portanto estaria á margem do Piquiroby, mais adiante, no vale de Ururay. [“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”, 1886. João Mendes de Almeida (1831-1898). Página 328]

O primeiro título declara: "... pelo caminho de Piratininga (caminho velho do mar para São Paulo) a entestar com a serra que está sobre o mar (Paranapiacaba) e dai por uma ribeira que vem pelo pé da serra que chamam Maroré e dai dentro no pé da serra de Ururay, e virá dentro por este rio a entestar com a ilha Caramoacara (a que está na barra do rio Cubatão, onde vem dar a ribeira Ururay) ... " [“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”, 1886. João Mendes de Almeida (1831-1898). Página 352]
15 de outubro de 1532, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:32:22
14°. (...) quinze dias do mês de outubro, e em a ilha de São Vicente, dentro da fortaleza, por Pedro de Góes, fidalgo da casa de El-Rei Nosso Senhor, foi apresentada a mim escrivão ao diante nomeado uma carta de doação de certas terras que o muito magnífico Senhor Martim Afonso de Souza, do conselho de El Rei. Nosso Senhor, governador em todas estas terras do Brasil, deu ao dito Pedro de Góis, por virtude de um poder paa isso lhe deu Sua Alteza, as quais terras se chama Tecoapara (*) e a serra de Tapurihetera que está da banda donde nasce o sol, águas vertentes com o rio de Gerybatyba, o qual rio e terras estão defronte (...)
Saibam quanto este publico instrumento de posse virem, em como, no ano de 1532, dia 15 de outubro, e em a ilha de São Vicente, dentro da fortaleza, por Pedro de Góes, fidalgo da casa de El-Rei Nosso Senhor, foi apresentada a mim escrivão ao diante nomeado uma carta de doação de certas terras que mui magnifico Senhor Martim Afonso de Souza, do conselho de El-Rei Nosso Senhor, governador em todas estas terras do Brazil, e levei comigo a João Ramalho e Antonio Rodrigues, línguas destas terras, já de quinze e vinte anos estantes nesta terra, e conforme o que eles juraram assim fiz o assento, como mais largamento se verá pelo livro do tombo que o dito governador para isso mandou fazer, e com meu poder o meti de posse delas ao dito Pedro de Góes de todas as terras que na carta faz menção, e lhe meti nas suas mãos terra, pedra, paus e ramos de árvores que das ditas terras tomei e pela qual o dei por empossado e dou deste dia para todo o sempre tão solenemente como o direito se pode fazer, e lhe publiquei e notifiquei a doação de El-Rei Nosso Senhor e assim as condições dela para que em nem um tempo possa alegar ignorância, e ele dito Pedro de Góes aceitou a dita posse e se deu por empossado e ficou de cumprir as ditas condições que as hei por declaradas como se claramente as especificasse. Testemunhas que a tudo foram presentes o sobredito João Ramalho, Antonio Rodrigues e Pedro Gonçalves que veio por homem de armas nesta armada, que veio por capitão-mór o dito Senhor Governador, as quais assinaram no livro do tombo comigo escrivão. Em testemunho de verdade, eu como publico escrivão da Fazenda de El-Rei Nosso Senhor e destas sobreditas terras e tabelião público pelo dito Senhor fiz este instrumento; e traslado do sobredito tombo aquelas cláusulas e forças necessárias para dar tudo por instrumento ao dito Pedro de Góes, feito em Yrarabul, onde ora tem feito por virtude da dita posse o dito Pedro de Góes uns tijupares, e o assinei de meu publico sinal que tal é. [Páginas 223, 224, 225 e 226]
30 de novembro de 1532, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:22
15°. Hoje não resta dúvida de que o fundador do primeiro núcleo de povoação em Piratininga foi Martim Afonso de Souza
A tribo Ururay ocuparia o território desde o vale de Ururay, da banda do norte, na serra de Paranapiacaba, seguindo o curso do Piquiroby (ora Rio Grande até que, encontrando o Rio Pequeno, toma o nome dos Pinheiros), a afluir no Anhemby (Tieté). A aldeia, portanto estaria á margem do Piquiroby, mais adiante, no vale de Ururay.

Alguns chronistas referem que os indigenas desta aldea foram transferidos posteriormente para S. Miguel que por isso foi denominado de Ururay; sendo capitão-mór, loco-tenente do então donatário Lopo de Souza, Jeronymo Leitão, o qual «concedeu-lhes terras por uma só sesmaria lavrada aos 12 de Outubro de 1580, na qual consignou aos Índios dos Pinheiros seis léguas em quadro na paragem chamada Carapicuiva, e outras tantas aos de S. Miguel em Ururay.

Parece que a antiga aldeia de Ururay de 1531, fora fraccionada em duas, logo que João Ramalho edificou a villa de Santo André e que os padres da Companhia de Jesus, fazendo demolir esta, fundaram a de S. Paulo, 15541560; pois que o titulo da sesmaria de 12 de Outubro de 1580 os presuppõe já estabelecidos nos dous lugares, Pinheiros e S. Miguel. E tanto mais provável é isso, quanto é sabido o costume dos indigenas de não manterem suas aldeãs muitos anos, no mesmo lugar.

Também Pedro Taques, Nobiliarchia Paulistana, na Revista do Instituto Histórico, Geográfico e Ethnographico do Brazil, XXXIV, parte primeira, página 31, referindo-se a João Pires, bisneto de Piqueroby, escreveu:

"Foi abundante em cabedaes, com estabelecimento de uma grandiosa fazenda de terras de cultura em uma légua de testada até o rio Macoroby, que lhe foi concedida de sesmaria em 1610, com o seu sertão para a serra de Juquery."
10 de fevereiro de 1533, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:56:33
16°. Sesmaria a Ruy Pinto, cavaleiro da Ordem de Cristo
Faço saber aos que esta minha carta vieram que havendo respeito como Ruy Pinto, cavaleiro da ordem de Cristo, servio cá nestas partes Sua Alteza e assim ficou para povoador nesta terra, que com ajuda de Nosso Senhor ficou povoado. Hei por bem de lhe dar as terras do Porto das Almadias onde desembarcam quando vão para Piratinim quando vão desta Ilha de São Vicente, que se chama Apiaçaba, que agora novamente chama-se o porto de Santa Cruz, e da banda do Sul partirá pela barra do Cubatão pelo porto dos outeiros que estão na boca da dita barra, entrando os ditos outeiros dentro nas ditas terras do dito Ruy Pinto. E dai subirá direto para a serra por um lombo que faz, por um vale que está entre este lombo e uma água branca que cahe do alto, que chamam Ytutinga e, para melhor se saber este lombo, entre a dita água branca, por as ditas terras não se mete mais de um só vale e assim irá pelo dito lombo acima, como dito é até o cume do serro alto que vai sobre o mar e pelo dito cume irá pelos outeiros escalvados que estão no caminho que vem de Piratinim. E atravessando o dito caminho irá pela mesma serra até chegar sobre o vale Ururay (Seria de certo lá a aldeia de Piqueroby) que é da banda norte das ditas terras, onde a serra faz uma fenda por u ma selada, que parece que fenece por ali, a qual serra é mais alta que outra por ali ajunta e dela que vem por riba do vale de Ururay, da qual aberta cahe uma água branca;do alto desta dita barra desce diretamente ao rio de Ururay, e pela veia d´água irá abaixo até se meter no mar e outeiros escalvados (...)

João Mendes de Almeida (1831-1898) diz:

O segundo título anda declara: "E, atravessando o dito caminho (de Piratininga, irá pela mesma serra (Paranapiacaba) até chegar sobre o vale de Ururay, onde a serra faz uma fenda por uma selada, que parece que fenece por ali junta, e dele vem por riba do vale de Ururay, da qual aberta cáe uma água branca, e do alto desta dita barra desce direitamente ao rio de Ururay, e pela veia da água irá abaixo até se meter no mar e outeiros escalvados..." Conforme este título o Ururay fica para a banda do Norte, com referência á barra do rio Cubatão.

A verdade, em suma, é que já naquele século XVI, não existiam vestígios alguns da aldeia Ururay, no vale do mesmo nome, mencionado no título de sesmaria de Ruy Pinto, passado e assinado em 10 de fevereiro de 1533 pelo próprio Martim Afonso, sob o título de Governador das terras do Brasil, e ainda então não donatário.

Ururay, nome de uma serra e de um pequeno ribeiro que ali nasce, era também a denominação da aldeia. [p. 352]
4 de abril de 1538, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:04
17°. Concessão de sesmaria no Ypiranga
1 de novembro de 1549, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 08:57:29
18°. Leonardo Nunes, o único jesuíta ferreiro, com mais 10 ou 12 meninos e alguns Carijós (Guaranis) partiu para São Vicente
1553. Atualizado em 23/10/2025 15:32:26
19°. Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira
8 de setembro de 1553, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:27
20°. João Ramalho fundou uma povoação / vila de Santo André
Neste lugar, João Ramalho fundou uma povoação; e, em 1553, aos 8 de Setembro, foi elevada á villa, sob o nome de Santq Andre, pelo segundo capitâo-mór loco-tenente António de Oliveira e pelo provedor da fazenda real Braz Cubas, ratificada em 1554 pelo donatário da capitania.
1554. Atualizado em 24/10/2025 02:35:03
21°. Elevação de Santo André da Borda do Campo a vila é confirmada por Bras Cubas
Neste lugar, João Ramalho fundou uma povoação; e, em 1553, aos 8 de Setembro, foi elevada á villa, sob o nome de Santq Andre, pelo segundo capitâo-mór loco-tenente António de Oliveira e pelo provedor da fazenda real Braz Cubas, ratificada em 1554 pelo donatário da capitania.
25 de janeiro de 1554, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:28
22°. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi
Mais tarde vieram o padre Manoel de Paiva, superior, o padre José de Anchieta, e outros. Fundaram o Colégio de São Paulo em janeiro de 1554; e, desde então, por causa da escravização dos gentios, começou a luta surda e latente entre os padres jesuítas e os que queriam especular com os infelizes nativos.

Entretanto, outra causa não deixara de concorrer originariamente para criar um certo conflito entre os padres da Companhia e os que acompanhavam a João Ramalho: - a fundação da vila de São Paulo, em prejuízo de Santo André. [Página 107]

A tribo Ururay ocuparia o território desde o vale de Ururay, da banda do norte, na serra de Paranapiacaba, seguindo o curso do Piquiroby (ora Rio Grande até que, encontrando o Rio Pequeno, toma o nome dos Pinheiros), a afluir no Anhemby (Tieté). A aldeia, portanto estaria á margem do Piquiroby, mais adiante, no vale de Ururay.

Alguns chronistas referem que os indigenas desta aldea foram transferidos posteriormente para S. Miguel que por isso foi denominado de Ururay; sendo capitão-mór, loco-tenente do então donatário Lopo de Souza, Jeronymo Leitão, o qual «concedeu-lhes terras por uma só sesmaria lavrada aos 12 de Outubro de 1580, na qual consignou aos Índios dos Pinheiros seis léguas em quadro na paragem chamada Carapicuiva, e outras tantas aos de S. Miguel em Ururay.

Parece que a antiga aldeia de Ururay de 1531, fora fraccionada em duas, logo que João Ramalho edificou a villa de Santo André e que os padres da Companhia de Jesus, fazendo demolir esta, fundaram a de S. Paulo, 15541560; pois que o titulo da sesmaria de 12 de Outubro de 1580 os presuppõe já estabelecidos nos dous lugares, Pinheiros e S. Miguel. E tanto mais provável é isso, quanto é sabido o costume dos indigenas de não manterem suas aldeãs muitos anos, no mesmo lugar.

Também Pedro Taques, Nobiliarchia Paulistana, na Revista do Instituto Histórico, Geográfico e Ethnographico do Brazil, XXXIV, parte primeira, página 31, referindo-se a João Pires, bisneto de Piqueroby, escreveu:

"Foi abundante em cabedaes, com estabelecimento de uma grandiosa fazenda de terras de cultura em uma légua de testada até o rio Macoroby, que lhe foi concedida de sesmaria em 1610, com o seu sertão para a serra de Juquery."

Quando os padres da Companhia de Jesus resolveram convidar os nativos para povoarem a sua vila de São Paulo, a fim de ser mais facilitada a catequese, não são mencionados senão Tebir-içá e Cayubi. E até o cronista (Gaspar da Madre de Deus), cujas primeiras narrações já foram transcritas, tratando da escolha do local para a fundação do Colégio da Companhia de Jesus, escreveu:

"Eram os campos de Pirá-tininga habitados nesse tempo por algumas tribos guayanás que obedeciam a Tebyreçá e Cayubi, os régulos que, consentindo no desembarque de Martim Afonso, perseveravam em lealdade para com os brancos, tudo em deferência a João Ramalho. Chegados os padres ao campo, e fitando na formosa miragem do país que ante eles se distendia, fizeram parada nas alturas sobranceiras ao rio Tamanduaethy e ribeiro Anhamgabahú, e ai levantaram um rustico aposento para abrigo, e em que celebrou-se missa a 25 de janeiro de 1554, dia em que se soleniza a conversão de São Paulo, que dai derivou seu nome a povoação que então se começou a edificar naquelas paragens; e, como para essa edificação dependia-se de gente afeita a tais trabalhos, convidaram os jesuítas a Tebyreçá e Cayubi para que com suas tribos viessem levantar seus alojamentos nas vizinhanças do sítio em que haviam feito seu aposento; e assim praticaram, estabelecendo-se Tebyreçá no local em que vê-se hoje o mosteiro de São Bento, e derramando-se os nativos pela área que depois serviu de assento á atual cidade.

Ha na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby, eis que Martim Afonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininga e começou a distribuir sesmarias. Parece que Piquiroby já era falecido; e ou, aliás, foi o chefe que "não preservou em lealdade para com os brancos", visto que a cronica não refere senão três, Tebir-içá, Piquiroby e Cayubi, quando Martim Afonso de Souza aportou á Buriqui-óca, ou, por corrupção, Bertioga.
22 de setembro de 1557, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:56:39
23°. Antonio Rodrigues de Almeida feito capitão-mór governador e ouvidor ela capitania ele Santo Amaro de Guaibe
22 de janeiro de 1560, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:09
24°. Antonio Rodrigues de Almeida pede terras “(...) até se findar no rio da Tapera do Cacique e dali irá por ele abaixo até chegar ao dito regato, onde começou primeiro a partir, que será onde se vê o dito regato meter no rio Anhangavahy”
Em 1560, "um pedaço de terra que, partindo por um regato que está a par do mosteiro de Pirá-tininga, e que irá cortando pelo dito regato até entestar com roças de Fernão Alves, onde foi o primeiro tujipar, e dali irá cortando ao longo do campo até partir com terras de Antonio Pinto, e irá partindo com ele até se findar no rio da Tapera do Cacique, e dali irá por ele abaixo até chegar ao dito regato, onde começou primeiro a partir, que será onde se vê o dito regato meter no rio Anhangavahay". [Página 387]
5 de abril de 1560, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:09
25°. A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão
Em 1560, "um pedaço de terra que, partindo por um regato que está a par do mosteiro de Pirá-tininga, e que irá cortando pelo dito regato até entestar com roças de Fernão Alves, onde foi o primeiro tujipar, e dali irá cortando ao longo do campo até partir com terras de Antonio Pinto, e irá partindo com ele até se findar no rio da Tapera do Cacique, e dali irá por ele abaixo até chegar ao dito regato, onde começou primeiro a partir, que será onde se vê o dito regato meter no rio Anhangavahay". [p. 387]
8 de julho de 1562, domingo. Atualizado em 23/10/2025 15:34:11
26°. Anchieta: oitavo dia
Aludindo ao assalto, escreveu: "Chegando pois o dia, que foi o oitavo da visitação de Nossa Senhora, deram de manha sobre o rio Piratininga com grande corpo de inimigos pintados e emplumados, e com grandes alaridos (...) [P. 336]
10 de julho de 1562, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:12
27°. Cerco de Piratininga ou A Guerra de Piratininga
Ha na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby. visto que a cronica não refere senão três, Tebir-içá, Piquiroby e Cayubi, quando Martim Afonso de Souza aportou á Buriqui-óca, ou, por corrupção, Bertioga. Aliás, foi o chefe que "não preservou em lealdade para com os brancos".

Não é licito acusa este chefe de deslealdade em 1562 para com os brancos, pois que entendia defender a pátria e sua raça, ameaçadas de servidão. Talvez o chefe de 1562, vendo Tebýriça instalado na nascente vila de S. Paulo, tivesse o mesmo pensamento do bárbaro germano Arminio, quando Júlio César, conseguindo a submissão de Segestes, outro chefe naquela antiga nação barbara da Europa, assegurou-lhe um asilo permanente na mesma sua província conquistada.

O chefe brazilico de 1562 teria dito aos nativos de Pirá-tininga:

"Que pai magnifico! Que valente general! Muito embora Tebir-içá vá viver em um terreno conquistado, os filhos da guerra nunca poderão perdoar a um homem que, entre os rios Yryri-piranga e Anhemby, não sente pejo de haver concorrido para se verem todas as insignias do poder lusitano. Assim, se entre vós ainda existem ânimos bizarros, que a novos senhores e a novas colônias prefiram a pátria, os parentes, os costumes antigos, segui-me pelo caminho da gloria e da liberdade, e abominae Tebiriçá, que vos prepara os ferros de uma torpe escravidão" [P. 337]
16 de abril de 1563, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:36:39
28°. “sendo coisa maravilhosa que se achavam ás flechadas irmãos com irmãos, primos com primos, sobrinhos com tios, e, o que mais é, dois filhos, que eram cristãos detestavam conosco contra seu pai, que era contra nós”
O padre José de Anchieta, na carta de 16 de abril de 1563 ao padre-mestre Diogo Laynez, prepósito geral, não nomeia este chefe nativo. Referindo-se a Tebir´-içá, o qual, logo que soube do assalto planejado contra a nascente vila de São Paulo, "juntou logo toda a sua gente, que estava repartida por três aldeias pequenas, desmanchando suas casas e deixando todas as suas lavouras para serem destruídas pelos inimigos", o padre José de Anchieta escreveu em seguida:

"e ainda que alguns de seus irmãos e sobrinhos ficaram em uma aldeia sem o querer seguir, e um deles vinha juntamente com os inimigos, e lhe mandou incutir grande medo, que eram muitos e haviam de destruir a vila, todavia teve em mais o amor de nós outros e dos cristãos do que os de seus próprios sobrinhos, que tem em conta de filhos, levantando logo a bandeira contra todos eles, e uma espada de pau mui pintada e ornada de pena de diversas cores, que é sinal de guerra".

Aludindo ao assalto, escreveu:

"Chegando pois o dia, que foi o oitavo da visitação de Nossa Senhora, deram de manhã sobre o rio Piratininga com grande corpo de inimigos pintados e emplumados, e com grandes alaridos, ... sendo coisa maravilhosa que se achavam ás flechadas irmãos com irmãos, primos com primos, sobrinhos com tios, e, o que mais é, dois filhos, que eram cristãos detestavam conosco contra seu pai, que era contra nós."

O mesmo padre José de Anchieta escreveu que Tebir´-içá falecera de câmaras de sangue; e não faz referência a ferimentos que ele houvesse recebido nos combates. [Páginas 335 e 336]
9 de agosto de 1567, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 00:13:33
29°. Sesmaria a João Ramalho
Ha na história silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piquiroby, eis que Martim Affonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininha, e o começou a distribuir sesmarias.

Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Memórias para a história da capitania de São Vicente, I, em nota ao 154, afirma que Pirá-tininga, ou Piratinim, é um ribeiro, afluente do Tieté: e faz referência ao auto de demarcação das terras de Braz Cubas, feito em São Paulo em 1633, além de uma carta de sesmaria, passada por Jorge Ferreira aos 9 de agosto de 1567.

Supõe mesmo que seja o Tamanduatehy. Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), porém nos Apontamentos históricos, geográficos, biográficos, estatísticos e noticiosos da província de São Paulo, no nome Piratininga, o refuta com vantagem, dizendo que, se em documentos antigos ha a palavra rio de Piratininga, é significando que pelos campos desse nome passa um rio. Em verdade, não há notícia de tal rio Pirá-tininga. [Páginas 332, 333, 334, 335 e 336]

** Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Memórias para a história da capitania de São Vicente, I, em nota ao 154, afirma que Pirá-tininga, ou Piratinim, é um ribeiro, afluente do Tieté: e faz referência ao auto de demarcação das terras de Braz Cubas, feito em São Paulo em 1633, além de uma carta de sesmaria, passada por Jorge Ferreira aos 9 de agosto de 1567.

Supõe mesmo que seja o Tamanduatehy. Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), porém nos Apontamentos históricos, geográficos, biográficos, estatísticos e noticiosos da província de São Paulo, no nome Piratininga, o refuta com vantagem, dizendo que, se em documentos antigos ha a palavra rio de Piratininga, é significando que pelos campos desse nome passa um rio. Em verdade, não há notícia de tal rio Pirá-tininga. [Páginas 332, 333, 334, 335 e 336]
22 de agosto de 1567, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:56:56
30°. Cubatão
Em 1567, para confirmação de concessão anterior em 1556, uma légua de terra com todas as aguas interiores, para fazer engenhos no Cubatão* demarcada da maneira seguinte:

"Indo desta villa de Santos pelo rio do Cubatão arriba, da borda do dito rio da banda do norte, direito ao cume da serra mais alta, partindo com terras de Francisco Pinto, ou de quem forem, lhe irá correndo pelo cume daserra mais alta, uma legua em comprido para a banda do sudoeste, e dalli, donde se acaba a dita légua, descerá por ahi abaixo ao rio do Cubatão, que vem ao longo da serra, em chãos delia correndo para a banda do nordeste, e dalli virá correndo pelo dito rio abaixo até onde primeiro começou a partir com o dito Francisco Pinto; — e assim lhe dava mais a agua grande, que chamam o Cubatão (*), que aparece desta villa de Santos, com todas as mais aguas que dentro de suas confrontações houver."

Escreveu Azevedo Marques que Cubatão significa entre os indígenas "porto de mar morto nas fraldas das serras e montes." [Páginas 387 e 388]
12 de outubro de 1580, domingo. Atualizado em 30/10/2025 03:06:03
31°. Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro)
A tribo Ururay ocuparia o território desde o vale de Ururay, da banda do norte, na serra de Paranapiacaba, seguindo o curso do Piquiroby (ora Rio Grande até que, encontrando o Rio Pequeno, toma o nome dos Pinheiros), a afluir no Anhemby (Tieté). A aldeia, portanto estaria á margem do Piquiroby, mais adiante, no vale de Ururay.

Alguns chronistas referem que os indigenas desta aldea foram transferidos posteriormente para S. Miguel que por isso foi denominado de Ururay; sendo capitão-mór, loco-tenente do então donatário Lopo de Souza, Jeronymo Leitão, o qual «concedeu-lhes terras por uma só sesmaria lavrada aos 12 de Outubro de 1580, na qual consignou aos Índios dos Pinheiros seis léguas em quadro na paragem chamada Carapicuiva, e outras tantas aos de S. Miguel em Ururay.

Parece que a antiga aldeia de Ururay de 1531, fora fraccionada em duas, logo que João Ramalho edificou a villa de Santo André e que os padres da Companhia de Jesus, fazendo demolir esta, fundaram a de S. Paulo, 15541560; pois que o titulo da sesmaria de 12 de Outubro de 1580 os presuppõe já estabelecidos nos dous lugares, Pinheiros e S. Miguel. E tanto mais provável é isso, quanto é sabido o costume dos indigenas de não manterem suas aldeãs muitos anos, no mesmo lugar.

Também Pedro Taques, Nobiliarchia Paulistana, na Revista do Instituto Histórico, Geográfico e Ethnographico do Brazil, XXXIV, parte primeira, página 31, referindo-se a João Pires, bisneto de Piqueroby, escreveu:

"Foi abundante em cabedaes, com estabelecimento de uma grandiosa fazenda de terras de cultura em uma légua de testada até o rio Macoroby, que lhe foi concedida de sesmaria em 1610, com o seu sertão para a serra de Juquery."
17 de março de 1590, sábado. Atualizado em 30/10/2025 03:24:15
32°. A população de São Paulo recebia a notícia através de dois participantes de uma entrada
A tribo Ururay ocuparia o território desde o vale de Ururay, da banda do norte, na serra de Paranapiacaba, seguindo o curso do Piquiroby (ora Rio Grande até que, encontrando o Rio Pequeno, toma o nome dos Pinheiros), a afluir no Anhemby (Tieté). A aldeia, portanto estaria á margem do Piquiroby, mais adiante, no vale de Ururay.

Alguns chronistas referem que os indigenas desta aldea foram transferidos posteriormente para S. Miguel que por isso foi denominado de Ururay; sendo capitão-mór, loco-tenente do então donatário Lopo de Souza, Jeronymo Leitão, o qual «concedeu-lhes terras por uma só sesmaria lavrada aos 12 de Outubro de 1580, na qual consignou aos Índios dos Pinheiros seis léguas em quadro na paragem chamada Carapicuiva, e outras tantas aos de S. Miguel em Ururay.

Parece que a antiga aldeia de Ururay de 1531, fora fraccionada em duas, logo que João Ramalho edificou a villa de Santo André e que os padres da Companhia de Jesus, fazendo demolir esta, fundaram a de S. Paulo, 15541560; pois que o titulo da sesmaria de 12 de Outubro de 1580 os presuppõe já estabelecidos nos dous lugares, Pinheiros e S. Miguel. E tanto mais provável é isso, quanto é sabido o costume dos indigenas de não manterem suas aldeãs muitos anos, no mesmo lugar.

Também Pedro Taques, Nobiliarchia Paulistana, na Revista do Instituto Histórico, Geográfico e Ethnographico do Brazil, XXXIV, parte primeira, página 31, referindo-se a João Pires, bisneto de Piqueroby, escreveu:

"Foi abundante em cabedaes, com estabelecimento de uma grandiosa fazenda de terras de cultura em uma légua de testada até o rio Macoroby, que lhe foi concedida de sesmaria em 1610, com o seu sertão para a serra de Juquery."

Quando os padres da Companhia de Jesus resolveram convidar os nativos para povoarem a sua vila de São Paulo, a fim de ser mais facilitada a catequese, não são mencionados senão Tebir-içá e Cayubi. E até o cronista (Gaspar da Madre de Deus), cujas primeiras narrações já foram transcritas, tratando da escolha do local para a fundação do Colégio da Companhia de Jesus, escreveu:

"Eram os campos de Pirá-tininga habitados nesse tempo por algumas tribos guayanás que obedeciam a Tebyreçá e Cayubi, os régulos que, consentindo no desembarque de Martim Afonso, perseveravam em lealdade para com os brancos, tudo em deferência a João Ramalho. Chegados os padres ao campo, e fitando na formosa miragem do país que ante eles se distendia, fizeram parada nas alturas sobranceiras ao rio Tamanduaethy e ribeiro Anhamgabahú, e ai levantaram um rustico aposento para abrigo, e em que celebrou-se missa a 25 de janeiro de 1554, dia em que se soleniza a conversão de São Paulo, que dai derivou seu nome a povoação que então se começou a edificar naquelas paragens; e, como para essa edificação dependia-se de gente afeita a tais trabalhos, convidaram os jesuítas a Tebyreçá e Cayubi para que com suas tribos viessem levantar seus alojamentos nas vizinhanças do sítio em que haviam feito seu aposento; e assim praticaram, estabelecendo-se Tebyreçá no local em que vê-se hoje o mosteiro de São Bento, e derramando-se os nativos pela área que depois serviu de assento á atual cidade.

Ha na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby, eis que Martim Afonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininga e começou a distribuir sesmarias. Parece que Piquiroby já era falecido; e ou, aliás, foi o chefe que "não preservou em lealdade para com os brancos", visto que a cronica não refere senão três, Tebir-içá, Piquiroby e Cayubi, quando Martim Afonso de Souza aportou á Buriqui-óca, ou, por corrupção, Bertioga.
Junho de 1592. Atualizado em 23/10/2025 17:07:08
33°. Após o falecimento do sogro solicitou terras para os pequenos cunhados*
4 de julho de 1598, sábado. Atualizado em 24/10/2025 04:14:42
34°. Para a fundação do mosteiro foram concedidas pelo capitâo-mór Jorge Corrêa duas sesmarias, como vê-se no livro de registros na Thesouraria de Fazenda
O mosteiro de S. Bento foi fundado em S. Paulo, no anno de 1600, por frei Matheus da Ascensão, na ermida erecta em 1598 por devoção do governador D. Francisco de Souza e por frei Mauro Teixeira, dedicada â Nossa Senhora do Montserrate. Para a fundação deste mosteiro foram concedidas pelo capitâo-mór Jorge Corrêa, em 4 de Julho de 1598, duas sesmarias, como vê-se no respectivo livro de registros na Thesouraria de Fazenda, A egreja foi reconstruida em 1650 por Fernão Dias Paes, que se obrigou, por si e por seus descendentes, a dal-a prompta de tudo, inclusive alfaias, sob a condição de ter para sua família na capella-mór um carneiro ou jazigo, e assim mais duas sepulturas nas ilhargas do dito carneiro.
15 de abril de 1600, sábado. Atualizado em 24/10/2025 04:14:56
35°. Os oficiais da Câmara ratificaram, o que já havia sido feito por seus colegas, a Frei Mauro Teixeira
O mosteiro de S. Bento foi fundado em S. Paulo, no anno de 1600, por frei Matheus da Ascensão, na ermida erecta em 1598 por devoção do governador D. Francisco de Souza e por frei Mauro Teixeira, dedicada â Nossa Senhora do Montserrate. Para a fundação deste mosteiro foram concedidas pelo capitâo-mór Jorge Corrêa, em 4 de Julho de 1598, duas sesmarias, como vê-se no respectivo livro de registros na Thesouraria de Fazenda, A egreja foi reconstruida em 1650 por Fernão Dias Paes, que se obrigou, por si e por seus descendentes, a dal-a prompta de tudo, inclusive alfaias, sob a condição de ter para sua família na capella-mór um carneiro ou jazigo, e assim mais duas sepulturas nas ilhargas do dito carneiro. [p. 114]
1609. Atualizado em 25/02/2025 04:38:55
36°. Obra do padre Fernão Guerreiro
De seu lado, a família dos tupis, considerando-se a nação privilegiada, disputava a todas as outras e hegemonia; e, pois, eil-a dividida em tupi-nà-abá e em tupi-nà-ki, procurando expansões, desde a foz do rio Xingú, no Amazonas, até a serra Ibiapaba, depois de terem atravessado os rios Araguaya e Tocantins, a serra dos Crixás e as chapadas das Mangabeiras. Da serra ibiapaba expulsaram os taba-jaras; e, após anos, dai espalharam-se em tribos para a conquista da costa meridional, até Cananéa, fazendo estações mais ou menos demoradas em lugares abundantes de peixe e de caça.

Foi por isso, que no tempo da descoberta, impelidos para o sertão os taba-jaras e os teremembés, os tupis foram encontrados senhores do litoral, desde Ibiapaba até a foz do rio de São Francisco; e, daí, os tupi-nà-kì haviam continuado a migração até Cananéa. Os carib-óca, seus inimigos, que bem os conheciam, nomeavam por tupi-nà-kì também os goiá-nà (*); sem embargo de alguns cronistas considerarem tapuya os mesmos goiá-nà, alegando para isso falsas razões tiradas da desinência comum á denominação de outras tribos da mesma nação. E tupi-nà-kì foram os que receberam em 1500 o descobridor Pedro Alvares Cabral, segundo o afirma os cronistas em geral.

O padre Fernão Guerreiro, na sua obra supra-citada, correspondente aos anos de 1606 e 1607, edição de Lisboa - 1609, referindo-se a uma carta do padre missionário Jeronymo Rodrigues, menciona a denominação tupinachins como dada pelos carijós aos goiá-nà. Essa denominação é a mesma tupi-n-ikis, que, segundo alguns, significa "tupi vizinho"; e em tal sentido teria sido empregada. Mas, não é aquele significado; sim, o de "tupi parente ruim", porque goiá-nà é produto cruzado com tupi, assim como tupi-nà-kì, "espinho".

De fato,depois de chegarem ao Cabo-Frio, esses tupis, acompanhando o litoral, são encontrados entre Itanhaen e Cananéa, e em Pirá-tininga, como escreveu frei Gaspar da Madre de Deus, Memórias para a história da capitania de S. Vicenete, I, 136.

Alguns cronistas só iam confundir essas denominações e até as tribos indígenas, como vê-se na mesma obra de frei Gaspar da Madre de Deus, I, 137 e 138; mas, neste ponto, coincidem todas as narrações para afirmarem a existência de tupis, no litoral, desde o rio Iriri-piranga até a lagoa dos Patos. A carta-memória de Diogo Garcia, 1527, referindo o encontro de um Bachiller (bacharel) em um lugar aos 24 graus sul, acrescentava: ... "y esta una gente ali con el Bachiller que comen carne umana y es mui buena gente, amigos mucho de los cristianos, que se llman Topies." E com referência aos carib-óca, escreveu adiante: "... un rio que se llama el rio de los Patos que está a 27 grados, que ay una buena generacion que hacen mui buena obra á los cristianos, e llamanse los Carrioces..." [Páginas 298 e 299]
1610. Atualizado em 24/10/2025 02:36:09
37°. Concedida sesmaria a João Pires, bisneto de Piqueroby
A tribo Ururay ocuparia o território desde o vale de Ururay, da banda do norte, na serra de Paranapiacaba, seguindo o curso do Piquiroby (ora Rio Grande até que, encontrando o Rio Pequeno, toma o nome dos Pinheiros), a afluir no Anhemby (Tieté). A aldeia, portanto estaria á margem do Piquiroby, mais adiante, no vale de Ururay.

Alguns chronistas referem que os indigenas desta aldea foram transferidos posteriormente para S. Miguel que por isso foi denominado de Ururay; sendo capitão-mór, loco-tenente do então donatário Lopo de Souza, Jeronymo Leitão, o qual «concedeu-lhes terras por uma só sesmaria lavrada aos 12 de Outubro de 1580, na qual consignou aos Índios dos Pinheiros seis léguas em quadro na paragem chamada Carapicuiva, e outras tantas aos de S. Miguel em Ururay.

Parece que a antiga aldeia de Ururay de 1531, fora fraccionada em duas, logo que João Ramalho edificou a villa de Santo André e que os padres da Companhia de Jesus, fazendo demolir esta, fundaram a de S. Paulo, 15541560; pois que o titulo da sesmaria de 12 de Outubro de 1580 os presuppõe já estabelecidos nos dous lugares, Pinheiros e S. Miguel. E tanto mais provável é isso, quanto é sabido o costume dos indigenas de não manterem suas aldeãs muitos anos, no mesmo lugar.

Também Pedro Taques, Nobiliarchia Paulistana, na Revista do Instituto Histórico, Geográfico e Ethnographico do Brazil, XXXIV, parte primeira, página 31, referindo-se a João Pires, bisneto de Piqueroby, escreveu:

"Foi abundante em cabedaes, com estabelecimento de uma grandiosa fazenda de terras de cultura em uma légua de testada até o rio Macoroby, que lhe foi concedida de sesmaria em 1610, com o seu sertão para a serra de Juquery."
1625. Atualizado em 25/02/2025 04:47:21
38°. Falecimento de Mécia Fernandes
Março de 1638. Atualizado em 24/10/2025 04:30:12
39°. Bula papal à Companhia de Jesus a direção dos Índios*
Tornou-se interprete desses sentimentos a camará da mesma villa de S. Paulo, representando em 10 de Junho de 1612 contra os padres da Companhia. Nada, porém, obteve do governo; porque o interesse maior era o da boa catechese, e sem duvida só os padres da Companhia, tão bem aceitos pelos indigenas, podiam fazel-a com vantagem. Isto mesmo reconheceu o papa Urbano VIII; dando por uma bulia de Março de 1638 à Companhia de Jesus a direcção dos Índios.
18 de maio de 1641, sábado. Atualizado em 13/10/2025 01:45:07
40°. Câmara de São Paulo cedeu
Depois seguio-se uma pendência, até 1653, para a readmissão dos jesuitas; porque o governo de Portugal, o governador no Rio de Janeiro, Salvador Corrêa de Sà e Benevides, e as autoridades em geral, reclamavam isso, e traziam os implicados sob a pressão de processos, de perse- guições e de prisões, além das excommunhões incorridas. Em vão o supra-referido governador do Rio de Janeiro tentou visitar a villa de S. Paulo, a fim de pacificar os ânimos; os revoltados cortaram a estrada, e em outros pontos da mesma estrada levantaram paliçadas, para obstarem- Ihe a viagem. A camará de S. Vicente, porém, estava de melhor accôrdo; e convidara mesmo a de S. Paulo a reflectir sobre o assumpto, porque fora violento o acto da expulsão dos padres em 1640, e continuariam as devassas e os processos. A camará de S. Paulo cedeu; e disso tomou assento no dia T8 de Maio de 1641, comtanto que os padres da Companhia aceitassem certas condições: no dia seguinte, porém, nova desordem popular, para obrigar a camará a revogar o assento anterior ! (*) Nova resistência fez ainda o então denominado povo á execução do alvará de 3 de Outubro de 1642, de D. João IV, para que os padres expulsos fossem restituidos ao seu CoUegio em S. Paulo! [p. 112]
19 de maio de 1641, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:34:36
41°. Fechamento do caminho do mar
Depois seguio-se uma pendência, até 1653, para a readmissão dos jesuitas; porque o governo de Portugal, o governador no Rio de Janeiro, Salvador Corrêa de Sà e Benevides, e as autoridades em geral, reclamavam isso, e traziam os implicados sob a pressão de processos, de perseguições e de prisões, além das excommunhões incorridas.

Em vão o supra-referido governador do Rio de Janeiro tentou visitar a villa de S. Paulo, a fim de pacificar os ânimos; os revoltados cortaram a estrada, e em outros pontos da mesma estrada levantaram paliçadas, para obstarem-lhe a viagem.

A camara de S. Vicente, porém, estava de melhor acordo; e convidara mesmo a de S. Paulo a reflectir sobre o assunto, porque fora violento o acto da expulsão dos padres em 1640, e continuariam as devassas e os processos. A camara de S. Paulo cedeu; e disso tomou assento no dia 18 de Maio de 1641, contanto que os padres da Companhia aceitassem certas condições: no dia seguinte, porém, nova desordem popular, para obrigar a camará a revogar o assento anterior!

Nova resistência fez ainda o então denominado povo á execução do alvará de 3 de Outubro de 1642, de D. João IV, para que os padres expulsos fossem restituidos ao seu Colegio em S. Paulo!
7 de junho de 1644, sexta-feira. Atualizado em 27/10/2025 01:19:17
42°. Ordem do Rei D. João IV para a descoberta das "tais" minas de ouro e prata
3 de junho de 1652, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:12:44
43°. Restituição dos padres jesuítas aos seis colégios
Cópia do assento tomado na camará da viila de S. Vicente, cabeça da capitania do mesmo nome a 3 de Junho de 1652, para a restituição dos padres da Companhia de Jesus aos seus Colégios.:

As villas e povos desta capitania, por seus procuradores, a saber: esta villa de S. Vicente, por seus procuradores José Simões e João Rodrigues de Moura; a de S. Paulo, por seus procuradores D. Francisco Rendon de Quevedo e João de Godoy Moreira; a de Santos, pelos capitães Pedro Pantojo da Rocha e Lucas de Freitas de Azevedo; a de Sant´Anna de Parnahyba, pelo capitão Balthazar Fernandes; a villa de S. Sebastião, pelo capitão Francisco Rodrigues da Guerra; a villa de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaen, cabeça da capitania da condessa de Vimieiro, por Francisco de Fontes; a villa de S. João de Cananéa, por João Rodrigues de Vasconcellose a villa de Nossa Senhora das Neves de Iguape, por João da Maia (*)todos juntos, unanimes e conformes com a camará da villa de S. Vicente, onde foram convocados para se tratar da restituição dos conventos dos padres da Companhia a estas capitanias, accordaram para bem commum e quietação delias, vista a muita vontade que os ditos religiosos mostram de tomar a ellas, a continuar a administrar sua doutrina, como costumam fazer c em todas as partes onde assistem, querem com a mesma correspondência de amor e vontade acceitar os ditos religiosos, a quem sempre tiveram muito respeito, dizendo que, se aquelles povos moradores delias intentaram fazer a chamada expulsão^ foi por se verem obrigados de apertada necessidade e temor de perderem honras, vidas e fazendas com a execução da bulia, que sem os ditos moradores serem ouvidos se procurou publicar e executar acerca da liberdade do gentio, do que se poderia com razão temer total mina de todas as capitanias.
5 de fevereiro de 1654, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:11:42
44°. Tentativa de invasão da vila de São Paulo
9 de fevereiro de 1654, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:11:42
45°. Reunida a camará com o capitão-mór, e pessoas notáveis da vila, entre as quaes o visitador da Companhia de Jesus, o abade do mosteiro de S. Bento, o prior do convento do Carmo e o governador dòo convento de S. Francisco, ordens monásticas já existentes (*), é resolvido conservar a José Ortiz de Camargo no cargo de ouvidor, sem porém poder usar da provisão, até chegar o ouvidor sindicante. Este acordo, ao qual nâo se quiz sujeitar o referido Ortiz
Mas, no dia 9, reunida a camará com o capitão-mór, e pessoas notáveis da villa, entre as quaes o visitador da Companhia de Jesus, o abbade do mosteiro de S. Bento, o prior do convento do Carmo e o governador dò convento de S. Francisco, ordens monásticas já existentes (*), é resolvido conservar a José Ortiz de Camargo no cargo de ouvidor, sem porém poder usar da provisão, até chegar o ouvidor syndicante. Este accôrdo, ao qual nâo se quiz sujeitar o referido Ortiz, foi approvado por provisão régia de 3 de Outubro do mesmo anno, tendo sido declarados nullos os actos praticados por José Ortiz de Camargo na qualidade de ouvidor da capitania.
15 de novembro de 1660, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:38:36
46°. Salvador Correia de Sá suspende do exercício de seus cargos o ouvidor Antonio Lopes de Medeiros e o juiz ordinário D. Simão de Toledo Piza
16 de novembro de 1660, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 05:14:17
47°. Lourenço Castanho Taques, um dos paulistas mais poderosos, escreve uma violenta carta aos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro
Pedro Taques, Nobiliarchia Paulistana, tratando de Lourenço Castanho Taques — o velho, transcreveu a carta violenta de 16 de Novembro de 1660 dos offíciaes da camará do Rio de Janeiro aos da de S. Paulo, e a resposta frouxa dos desta aos daquella em 18 de Dezembro do mesmo ano. (...)

Lourenço Castanho Taques, usando de sua grande influencia em São Paulo, ainda fez com que os prelados das religiões ou mosteiros, os cidadãos de primeira nobreza, o senado da câmara e o povo, em carta, com o nome de El-Rei, ponderassem ao governador geral os perigos de sua resolução.

Essa carta era assignada por todos os principais da villa, mesmo os que traziam conflitos entre si, como por exemplo os da família dos Pires e os da família dos Cantargos; pelo vigário da Igreja Domingos Gomes Albernaz; pelo ouvidor António Lopes de Medeiros c pelo juiz ordinário D. Simão de Toledo Piza, que, como jà ficou referido, haviam sido suspensos pelo próprio governador geral em 15 de Novembro de 1660; por Lourenço Castanho Taques, pae e filho; pelo capitão-mór António Ribeiro de Moraes; e por Manoel Alves de Souza (*), e outros paulistas de veneração e respeito. Nessa mesma carta, o governador geral é convidado a vir á villa de S. Paulo, reconhecendo os assignatarios os seus grandes serviços e zelo pelo bem comum, e dando-lhe satisfação pela ofensa que lhe haviam feito em 1660.
2 de março de 1661, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:30:42
48°. Após uma cavalgada de três dias, Balthazar solicita a Salvador Correia que Sorocaba seja elevada a categoria de "Vila"
Assim desenganado da aceitação de seus tão leais serviços á causa da restauração da ordem pública no Rio de Janeiro, Lourenço Castanho Taques, usando de sua grande influência em São Paulo, ainda fez com que os prelados das religiões ou mosteiros, os cidadãos de primeira nobreza, o, senado da câmara e o povo, em carta, e no nome de El-Rei, ponderassem ao governador geral os perigos de sua resolução.

Essa carta era assinada por todos os principais da vila, mesmo os que traziam conflitos entre si, como por exemplo os da família dos Pires e os da família dos Camargos; pelo vigário da igreja Domingos Gomes Albernaz; pelo ouvidor Antonio Lopes de Medeiros e pelo juiz ordinário D. Simão de Toledo Piza, que, como já ficou referido, haviam sido suspensos pelo próprio governador geral em 15 de novembro de 1660; por Lourenço Castanho Taques, pai e filho; pelo capitão-mór Antonio Ribeiro de Moraes; e por Manuel Alvez de Souza, e outros paulistas de veneração e respeito. Nessa mesma carta, o governador geral é convidado a vir á vila de São Paulo, reconhecendo os signatários os seus grandes serviços e zelo pelo bem comum, e dando-lhe a satisfação pela ofensa que lhe haviam feito em 1660.

A resposta foi dada, já em São Paulo, a 2 de março de 1661: e, depois de agradecer a mercê que lhe faziam em abonar as suas ações, declarou ter necessidade urgente de chegar ao Rio de Janeiro, a "dar calor á obra dos galeões alo começada". E acrescentou, para aquietar os ânimos quanto ao nenhuns perigos a correr:

"porque considero que os moradores, á vista do banco que já mandei lançar e lhes dava modo do bom governo acomodando-me ás suas desconfianças, espero obrem como leais vassalos, conhecendo que a minha intenção não é mais conservar a jurisdição real; que, suposto com a ajuda de Vmcês. e desta capitania, e zelo dos moradores dela no serviço real, podia eu tratar do castigo, me conformo antes de obrar, em matérias de povo, com toda a prudência, até resolução de Sua Majestade, para com ela obrar o que me mandar".

Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), em Chronologia, dá á esta carta a data de 3 de março de 1661; mas a resposta do governador geral, transcrita por Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) em Nobiliarchia Paulistana, é de 2 de março de 1661. Acreditamos que o erro é do primeiro; porque o governador geral não queria demorar-se. [Páginas 117, 118 e 119]
28 de abril de 1679, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:15
49°.
Conde da Ilha do Príncipe reivindicou, perante a câmara de São Vicente, os seus direitos á antiga doação régia
Afinal, o conde de Monsanto veio a perder tudo, sentença judicial e mais atos administrativos em virtude de uma diligência expedida em 26 de setembro de 1678 por El-Rei, a favor de Francisco Luiz Carneiro de Souza, conde da Ilha do Principe; e a câmara de São Vicente deu-lhe a posse, aos 28 de abril de 1679, não só do que era realmente seu, mas como também das ilhas de São Vicente e de Santo Amaro, com as vilas situadas nelas, e nos seus fundos, que não eram suas!
5 de maio de 1682, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:34:40
50°. Carta régia autorizando os paulistas Manuel Fernandes de Abreu, Jacinto Moreira Cabral e Martim Garcia Lombria a estabelecer fundições de ferro em Araçoiaba
D. Branca Cabral era irmã germana de Pedro Alves Moreira, o qual foi pai do alcaide-mór Jacinto Moreira Cabral e do coronel Pascoal Moreira Cabral, escolhidos por El-Rei D. Pedro II, em maio de 1682, para penetrarem o sertão das serras de Cahativa e Biraçoyaba, e nela descobrirem as minas de ouro e examinarem com frei Pedro de Souza as pedras. Estas pedras de prata eram senão as pedras de ferro...
23 de março de 1720, sábado. Atualizado em 25/10/2025 23:57:18
51°. Bartholomeu Paes de Abreu propos ao rei abrir um caminho pelo interior
Este mesmo Bartholomeu Paes de Abreu, em requerimento datado de 23 de Março de 1720, propoz a El-Rei abrir um caminho, pelo interior do sertão, do Rio-Grande do Sul a S. Paulo, cento e oitenta léguas, mais ou menos. E dizia: cAcho-me com talentos e cabedaes para, com forças de um avultado corpo de armas, fazer entrada no Rio-Grande, sem a menor despeza da fazenda real, talar aquelle vasto sertão e abrir caminho.

Pelo centro delle, demandando o rumo da comarca de S. Paulo, tendo por premio deste particular serviço, á custa de minha fazenda e risco de vida, as mercês seguintes: ser donatário de quarenta léguas de terra, abeirando o Rio-Grande, vinte para a parte do norte e vinte para a do sul, medidas por costa, com todo o sertão que se achar pertencer a Yossa Magestade, de juro e herdade para sempre, com um padrão de 200$000, estabelecido na passagem do Rio-Grande, sendo capitão-mór daquellas capitanias. Os primeiros nove annos livres de direitos os animaes que extrahir por mim ou sócios meus; ser guarda-mór de quaesquer minas que se descobrirem nas vertentes do Rio-Grande e serras annexas, com os mesmos ordenados que se conferio ao guarda-mór das Minas-Geraes em S. Paulo.»

Este Rio-Ch-ande é o canal que communica a lagoa dos Patos com o mar, de duas léguas de extensão sobre uma de largura. A mesma lagoa, porém, foi denominada Rio-Grande pelos primeiros navegantes; e mesmo depois tem conservado este nome.
23 de maio de 1720, sexta-feira. Atualizado em 26/10/2025 22:16:36
52°. Morro de Hybyticatú do termo da villa de Sorocaba
1797. Atualizado em 28/10/2025 17:04:59
53°. “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Memórias para a história da capitania de São Vicente, I, em nota ao 154, afirma que Pirá-tininga, ou Piratinim, é um ribeiro, afluente do Tieté: e faz referência ao auto de demarcação das terras de Braz Cubas, feito em São Paulo em 1633, além de uma carta de sesmaria, passada por Jorge Ferreira aos 9 de agosto de 1567.

Supõe mesmo que seja o Tamanduatehy. Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), porém nos Apontamentos históricos, geográficos, biográficos, estatísticos e noticiosos da província de São Paulo, no nome Piratininga, o refuta com vantagem, dizendo que, se em documentos antigos ha a palavra rio de Piratininga, é significando que pelos campos desse nome passa um rio. Em verdade, não há notícia de tal rio Pirá-tininga. [Páginas 332, 333, 334, 335 e 336]
1880. Atualizado em 23/10/2025 15:51:07
54°. Revista do Instituto Histórico, Geographico e Ethnographico do Brasil, XL
O senador Candido Mendes de Almeida, Notas para a história pátria, na Revista do Instituto Histórico, Geographico e Ethnographico do Brasil, XL, pags. 163 e 277, parte segunda, 1880, a propósito de querer provar, infundadamente, que João Ramalho era o bacharel de Cananéia, atribuiu a frei Gaspar da madre de Deus a invenção de Antonio Rodrigues, que vivera maritalmente com a filha do cacique Piquiroby.

Além do testamento de D. Mécia Fernandes, neta de Antonio Rodrigues, citado por Pedro Taques, há o testamento do padre Jorge Moreira, nas Memórias por ele escritas no meiado do século XVII, nas quais se apoiou frei Gaspar da Madre de Deus. E, sobretudo, o título de sesmaria de Pedro Góes.

Demais: há o testemunho da tradição em Santos e São Vicente; e até em frente ao porto do Tumiarú é assinalado o local de sua casa.

Também frei Gaspar da Madre de Deus não podia ter inventado o primeiro progenitor português de Amador Bueno. Retrocedendo no antem genvit, seria encontrado necessariamente Antonio Rodrigues, companheiro de João Ramalho. [Página 351]




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7 de fevereiro de 1610, domingo
Atualizado em 31/10/2025 12:39:21
Provedor
•  Cidades (1): Sorocaba/SP
•  Temas (2): Hospitais, Santa Casa da Misericórdia
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte
Data: 1949
Página 14




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12 de março de 1609, sexta-feira
Atualizado em 29/10/2025 22:12:54
Belchior
•  Cidades (3): Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (1): Belchior Dias Carneiro (1554-1608)
•  Temas (2): Pela primeira vez, Santa Casa da Misericórdia
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte
Data: 1949
Página 24




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30 de maio de 1598, sábado
Atualizado em 31/10/2025 12:39:22
“auto de concerto que fizeram os oficiais da câmara com Domingos Luiz e Luiz Alvares” para fazerem "corpo de igreja" e capela matriz. Obrigaram-se esses empreiteiros a executar “obra de taipa de pilão a razão de quatro reais o taipal, com tal condição que os taipaes fossem de cutelo ou pedaço para serem também contados.”
•  Cidades (1): São Paulo/SP
•  Pessoas (2): Domingos Luís Grou (1500-1590), Luís Alvarez
•  Temas (2): Ermidas, capelas e igrejas, Primeira Matriz
S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601
Data: 1920
Créditos: Affonso d´Escraqnolle Taunay
Página 51
    2 fontes
  1 relacionada

1°. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953
1953
Luís Álvares (filho de Rodrigo Álvares). Natural de Santos. Casou com Antonia Gaga, que suponho filha de Henrique da Cunha. Era carpinteiro. Em sociedade com Domingos Luis Carvoeiro, contratou em 1598 a construção do corpo da igreja.

No ano seguinte, Pedro Cubas deu andamento à reivindicação das terras do Tatuapé, alegando que o pai não prosseguira no feito por ter resolvido que Rodrigo Alvares as fruísse em vida. Luís Álvares então vendeu a Jorge Neto Falcão as benfeitorias do Tatuapé e os seus direitos em litígio.  ver mais




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1 de novembro de 1585, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 08:00:20
Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós
•  Cidades (7): Boituva/SP, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Paracatu/MG, Paranaguá/PR, Santos/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (12): Afonso Dias (30 anos), Afonso Sardinha, o Velho (54 anos), Antonio de Proença (45 anos), Balthazar Fernandes (8 anos), Clemente Álvares (16 anos), Diogo de Unhate (50 anos), Domingos Luís Grou (85 anos), Francisco de Saavedra (n.1555), Francisco Teixeira Cid (f.1594), Jerônimo Leitão, Manuel Fernandes Ramos (60 anos), Sebastião Leme "Ghost"
•  Temas (22): Aldeias, Bairro Itavuvu, Boigy, Cachoeiras, Caminho do Paraguay, Caminho São Paulo-Santos, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Carijós/Guaranis, Ermidas, capelas e igrejas, Gentios, Guerra de Extermínio, Lagoa Dourada, Ouro, Pirapitinguí, Rio Anhemby / Tietê, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Iguassú, Rio Paraguay, Rio Paranapanema, Sabarabuçu, Tupinambás, Tupiniquim
SP na órbitas dos Filipes
Data: 2010
Páginas 177 e 178
    26 fontes
  2 relacionadas

1°. “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga
2010
Segundo Miriam Ellys, a entrada de Jerônimo Leitão ao Paranaguá, em 1585, teria também trazido algum ouro de lavagem da região ao sul. Lembremos, inclusive, que Afonso Sardinha, pai, participara desta entrada. De qualquer maneira, as suspeitas sobre a existência de metais preciosos na Capitania obedeciam a algumas informações concretas e outras tantas marcadas por expectativas e desejos.

Sardinha já havia participado de uma incursão de Leitão aos Patos, em 1585, e liderado entradas punitivas, entre 1592 e 1593. Todavia, entre 1594 e 1599, sua presença foi atestada em entradas no sertão juntamente com seu filho mameluco, homônimo.  ver mais

2°. Inventários e Testamentos como documentos linguísticos, consultado em 13.10.2022
13 de outubro de 2022, sexta-feira
Segundo Franco (1989: p. 221), “português (...), veio para SV na segunda metade do século XVI. Exerceu, na vila de SP, cargos de confiança e tomou parte nas entradas contra o gentio hostil, sendo uma delas em Paranaguá, em 1585, em companhia do capitão-mor Jeronimo Leitão. Obteve uma sesmaria em Angra dos Reis e se mudou com a família para lá depois de 1612”.  ver mais
Fontes:
[1] Antonio de Añasco recebeu a notícia de que um grande número de portugueses, originários de São Paulo, avançava pelo caminho que Jerónimo Leitón havia trilhado 30 anos antes em suas malocas pelo Brasil, 21/10/1611
[2] “Diccionario geographico, historico e descriptivo do Imperio do Brazil”, J.C.R. Milliet de Saint-Adolphe, 01/01/1845
[3] História do Paraná, 1899. Romário Martins, 01/01/1899
[4] Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas, 01/01/1915
[5] Capitanias Paulistas. Benedito Calixto de Jesus (1853-1927), 01/01/1927
[6] “Os companheiros de D. Francisco de Souza”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), 01/01/1929
[7] “O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, Alfredo Ellis Júnior (1896-1974), 01/01/1934
[8] “Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), 01/01/1940
[9] “Ulrico Schmidl no Brasil quinhentista”. Sociedade Hans Staden, 01/01/1942
[10] “A primeira guerra de Jerônimo Leitão”. Américo de Moura (1881-1953), Jornal Correio Paulistano, 25/07/1942
[11] “Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII” de Francisco de Assis Carvalho Franco, 01/01/1954
[12] Revista Marítima Brazileira/RJ, 01/01/1955
[13] “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil, 01/01/1957
[14] Revista do Arquivo Municipal, CLXXX. Edição comemorativa do 25o. aniversário da morte de Mário de Andrade, 1970, 01/01/1970
[15] Um neerlandês em São Paulo, Jacyntho José Lins Brandão, 01/01/1975
[16] Memória Paulistana: Os antropônimos quinhentistas na vila de São Paulo do Campo, 01/01/1992
[17] Descobrindo o Brasil, por Manoel Rodrigues Ferreira. Jornal da Tarde, Caderno de Sábado. Página 4, 04/12/1993
[18] “O Mito indígena da Lagoa Dourada e as bandeiras do Brasil Central”, Manoel Rodrigues Ferreira, 28/02/1994
[19] “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga, 01/01/2010
[20] As controvertidas minas de São Paulo: 1550-1650. José Carlos Vilardaga. Departamento de História. Universidade Estadual de Londrina. Londrina (PR). Brasil. Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo. Professor na Universidade Estadual de Londrina, 01/01/2012
[21] Remanescentes quilombolas de Paracatu: Memórias, lutas e práticas culturais 1940-2004, 03.2012. Paulo Sérgio Moreira da Silva Benditos Amaros, 01/03/2012
[22] História de Carapicuíba. João Barcellos, 25/03/2013
[23] HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DO POVOADO DE PARANAGUÁ - msinstituto.blogspot.com, 29/07/2016
[24] Fazendas e Engenhos do litoral vicentino: traços de uma economia esquecida (séculos XVI-XVIII), 2020. Vera Lucia Amaral Ferlini. Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, 01/01/2020
[25] Inventários e Testamentos como documentos linguísticos, consultado em 13.10.2022, 13/10/2022
[26] Genealogia de Diogo de Unhate, consultada em geni.com, 07/03/2023




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15 de novembro de 1579, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 01:53:18
Vindo a São Paulo em 1579, escreveu Anchieta ao capitão-mór uma carta em que dá informação das poucas e reduzidas aldeias situadas nos arredores da vila e faz referência a Domingos Luiz Grou
•  Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (7): Antônio de Macedo (ou Saavedra) (48 anos), Domingos Luís Grou (79 anos), Jerônimo Leitão, João Fernandes de Saavedra, João Fernandes Saavedra (f.1667), José de Anchieta (45 anos), Salvador Correia de Sá, O Velho (41 anos)
•  Temas (7): Aldeia de Pinheiros, Ermidas, capelas e igrejas, Guaré ou Cruz das Almas, Nossa Senhora da Luz, Rio Anhemby / Tietê, Rio Cubatão, São Paulo de Piratininga
Correio Paulistano/SP
Data: 1942
Página 4
    4 fontes
  1 relacionada

1°. Língua Portuguesa, língua Tupi e língua Geral: jesuítas, colonos e índios em São Paulo de Piratininga: o que entendiam, o que praticavam, o que conversavam, 2011. João Batista de Castro Júnior
2011




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13 de fevereiro de 1563, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 01:53:14
O clima de guerra e de preocupação com a ameaça indígena só fez crescer ao longo destes anos, tanto que os oficiais da Câmara recomendaram, em fevereiro de 1563, que todas as portas da vila fossem fechadas com cadeados para evitar possíveis ataques indígenas
•  Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (1): Domingos Luís Grou (63 anos)
•  Temas (1): Confederação dos Tamoios
SP na órbita do império dos Felipes
Data: 2010
Créditos: José Carlos Vilardaga
Página 83




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1563
Atualizado em 31/10/2025 01:53:14
Domingos Grou ante a iminência do ataque aos Tamoios que haviam se confederado, foi eleito capitão dos índios fieis aos portugueses
•  Cidades (3): Carapicuiba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (3): Domingos Luís Grou (63 anos), Francisco de Saavedra (n.1555), Mestre Bartolomeu Gonçalves (63 anos)
•  Temas (3): Eleições, Gentios, Tamoios
Correio Paulistano/SP
Data: 1942
Página 4




  Domingos Luis Carvoeiro
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1561
Atualizado em 31/10/2025 01:53:13
Garcia rodrigues
•  Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (2): Domingos Luís Grou (61 anos), Garcia Rodrigues (51 anos)
•  Temas (4): Caminho do gado, Caminho do Mar, Estradas antigas, Ipiranga
Correio Paulistano
Data: 1917
Página 1
    1 fonte
  1 relacionada

1°. “São Paulo no século XVI”, Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Correio Paulistano. Página 1
6 de dezembro de 1917, sexta-feira
Mudando-se para o planalto vemos Garcia Rodrigues, em 1556, juiz ordinário em Santo André e em 1561 vereador em São Paulo. Figura entre os seus genros Jorge Moreira, Antonio Bicudo, Simão Jorge, todos eles origens de enormes descendências.

Dos land-lords quinhentistas de em torno de São Paulo sabemos pelas Atas, as indicações das sesmarias e os depoimentos de Pedro Taques, que Domingos Luiz, o Carvoeiro, e Antonio de Proença, por exemplo, tinham terras "da banda do Hipirangua" que era "caminho do mar";  ver mais

  


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