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Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social Orientadora: Profa. Dra. Nanci Leonzo 2012. Atualizado em 23/10/2025 17:17:21 Relacionamentos • Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Madrid/ESP, Potosí/BOL, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (18) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antônio de Sousa (1584-1631), António José da Franca e Horta (1753-1823), Balthazar Fernandes (1577-1670), Clemente Álvares (1569-1641), Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Domingos Luís Grou (1500-1590), Domingos Rodrigues, Erasmo Esquert, Fernando Dias Falcão (1669-1738), Francisco de Sousa (1540-1611), João VI, O Clemente (1767-1826), Jorge Correa, Luzia Sardinha (1580-1620), Manoel Pinheiro Azurara (n.1570), Pandiá Calógeras (29 anos), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855) • Temas (13): Ambuaçava, Dinheiro$, Fazenda Ipanema, Gentios, Metalurgia e siderurgia, Ouro, Pelourinhos, Pirapitinguí, Prata, Rio da Prata, Tamoios, Última Fábrica de Ferro no Ipanema, Ybyrpuêra ![]() • 1. Firmada sociedade entre Diogo de Quadros, Francisco Lopes Pinto e D. Antônio de Souza, filho de D. Francisco de Souza, que se refere a um engenho de ferro "situado em o distrito e limite desta vila de São Paulo e donde chamam Ibirapuera, da outra banda do Rio Jeribatiba 11 de agosto de 1609 A documentação da Câmara de São Paulo registra que um engenho de ferro foi construído em 1660 na região do Ibirapuera, que teve como sócios D. Francisco de Sousa e Afonso Sardinha, cuja escritura de sociedade foi lavrada pelo tabelião Simão Borges de Cerqueiro. Um segundo engenho estaria supostamente instalado às margens do Rio Jerubatuba (atual Pinheiros), nas proximidades do baixo de Santo Amaro. Não restam dúvidas que os únicos engenhos de ferro conhecidos nesse período se localizavam em Araçoiaba. Esses fornos tornaram-se famosos, porque são considerados como os verdadeiros precursores da siderurgia brasileira, ou ainda, a primeira fábrica de ferro do Brasil, por terem sido construídos em 1599 e a documentação da Câmara de São Paulo registrar a escritura de compra e venda dos fornos do Ibirapuera como ocorrida em 1600, isto é, após os fornos de Biraçoiaba.
Atualizado em 31/10/2025 00:56:42 Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo ![]() Data: 1998 Página 15
• 1°. Cartas de Caminha e do Mestre João Emenelau Farás • 2°. A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa partiu de Lisboa Ao invés disto, e em contraste com os sertanistas que já preferiam o ouro a qualquer outra exploração, quis o administrador geral das minas desenvolver o fabrico do ferro na Capitania de São Vicente. Já eram conhecidas outras minas, como já vimos; e para aproveita-las foi celebrado por escritura de 26 de fevereiro de 1609, em notas do tabelião Simão Borges de Cerqueira, (diz a Chronologia), um contrato de sociedade entre o marques das Minas, o provedor da fazenda Diogo de Quadros e o cunhado deste Francisco Lopes Pinto. Visavam os sócios estabelecer o novo engenho na ilha de Santo Amaro, á margem do rio Geribatuba, fronteiro á ilha de São Vicente e á esquerda do Morro das Neves. Esses termos da escritura identificam esta fábrica nova com as ruínas visitadas por Eschwege em 1810, aproximadamente. O auto de ereção á freguesia (14 de janeiro de 1680) da capela de Santo Amaro, ereta por João Peres e a sua mulher Suzana Rodrigues, naturais de Portugal e vindos na frota de Martim Afonso, declara que se acha este edifício colocado á margem do Gerybatuba, "nome que o vulgo corrompeu na pronuncia para o de Jerubatuba". É a mesma Chronologia citando Taques, declara, a proposito de carta patente do Capitão-mór João Corrêa, nomeando Sardinho o primeiro descobridor de minas no Brasil, que o sítio de Ubatá, pertencente a este último, estava localizado junto ao rio Jurubatuba, "que agora se diz Rio dos Pinheiros". Não ha dúvida, portanto, que as minas atribuídas pelo Barão de Eschwege, á primeira fábrica de ferro brasileira, e são efetivamente da segunda, que estava colocada nas vizinhanças das terras de Afonso Sardinha, morador no Ubatú enquanto que o engenho se achava "no sítio Borapoeira da outra banda do Rio Jerabatiba", segundo afirma Taques. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (1998). Páginas 33 e 34] • 3°. Neste local, porta de entrada para a “Cidade de Santo Amaro” onde aportou a primeira expedição, que consta ter sido em 1552 Em 1552 fôra achado o ouro; possível é que uma descoberta de minério de ferro, feita mais ou menos na mesma época na zona entre o litoral e São Paulo tivesse dado lugar a que o Padre Anchieta reunisse ambos os fatos sob uma epígrafe comum. Vários indícios e alguns fatos parecem corroborar esse modo de ver. • 4°. Uma das primeiras notícias sobre a existência destas riquezas se deu através de uma carta do bispo Pedro Fernandes Sardinha ao rei • 5°. Expedição planejada por Thomé de Souza; (...) notícia dada pelo Padre Anchieta em 1554; enquanto a localização do Ypanema da primeira descoberta de Afonso Sardinha* Pouco tempo após os europeus estabelecem-se em Piratininga, em março de 1554 a expedição planejada por Thomé de Souza e dirigida por Bruja partiu das proximidades de Santo Amaro rumo a região de Sorocaba. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, 1998. Página 21] • 6°. Registro de terras Ao invés disto, e em contraste com os sertanistas que já preferiam o ouro a qualquer outra exploração, quis o administrador geral das minas desenvolver o fabrico do ferro na Capitania de São Vicente. Já eram conhecidas outras minas, como já vimos; e para aproveita-las foi celebrado por escritura de 26 de fevereiro de 1609, em notas do tabelião Simão Borges de Cerqueira, (diz a Chronologia), um contrato de sociedade entre o marques das Minas, o provedor da fazenda Diogo de Quadros e o cunhado deste Francisco Lopes Pinto. Visavam os sócios estabelecer o novo engenho na ilha de Santo Amaro, á margem do rio Geribatuba, fronteiro á ilha de São Vicente e á esquerda do Morro das Neves. Esses termos da escritura identificam esta fábrica nova com as ruínas visitadas por Eschwege em 1810, aproximadamente. O auto de ereção á freguesia (14 de janeiro de 1680) da capela de Santo Amaro, ereta por João Peres e a sua mulher Suzana Rodrigues, naturais de Portugal e vindos na frota de Martim Afonso, declara que se acha este edifício colocado á margem do Gerybatuba, "nome que o vulgo corrompeu na pronuncia para o de Jerubatuba". É a mesma Chronologia citando Taques, declara, a propósito de carta patente do Capitão-mór João Corrêa, nomeando Sardinho o primeiro descobridor de minas no Brasil, que o sítio de Ubatá, pertencente a este último, estava localizado junto ao rio Jurubatuba, "que agora se diz Rio dos Pinheiros". Não ha dúvida, portanto, que as minas atribuídas pelo Barão de Eschwege, á primeira fábrica de ferro brasileira, e são efetivamente da segunda, que estava colocada nas vizinhanças das terras de Afonso Sardinha, morador no Ubatú enquanto que o engenho se achava "no sítio Borapoeira da outra banda do Rio Jerabatiba", segundo afirma Taques. [Páginas 33 e 34] • 7°. Gastos* Biraçoyaba, ou Morro de Araçoyaba segundo a lição contemporânea, é um serro que se acha na comarca de Sorocaba. Em 1710, quando o sertão paulista já estava trilhado e as comunicações eram mais fáceis, dizia Antonil que eram precisos doze dias de viagem para transpor a distância que separava essa localidade da vila de São Paulo. Devia ser mais longa a jornada em fins do século XVI, principalmente se tratando de uma viagem de descobertas, sem estradas de antemão conhecidas e onde o guia natural, os acidentes geográficos como os rios ou as serras, leva sempre pelos caminhos mais desenvolvidos. Seja qual for a data exata da entrada dos paulistas nesta região, o certo é que somente em 1597 se deu conta dos descobrimentos ao Governador Geral D. Francisco de Souza que se achava então na Bahia. Em outubro de 1598 partiu da Bahia para o sul o Governador Geral, aportando em poucos dias na Victoria, afim de providenciar sobre o descobrimentos das esmeraldas e da prata de que havia notícia na Serra do Mestre Alvaro. Mando também de lá para as lavras de São Vicente uns duzentos nativos, cujo transporte por mar se fez em navio de Aguine por conta do Almoxarifado de Santos, á vista da provisão data de Victoria a 1 de dezembro de 1598. [Páginas 29, 30 e 31] • 8°. Chegada Compreendo o valor da nova que lhe era dada, e enquanto se apressava a seguir para as minas, mandou imediatamente nomear o administrador delas, Diogo Gonçalves Laço, a quem também fez Capitão da Vila de São Paulo, deu-lhe um alferes, Jorge João, e, providência mais acertada, remeteu para lá dois mineiros experimentados, Gaspar Gomes Moalho e Miguel Pinheiro Zurara, vencendo estes por ano 200$000 casa um, e um fundidor, D. Rodrigo ou Rodrigues, com as necessárias instruções e ordem para receber do almoxarife da Fazenda Real da vila de Santos o dinheiro de que este carecesse para seus trabalhos. Chegaram esses homens práticos em São Vicente a 18 de maio de 1598. Poder-se-ia dizer que a estes, e não a Afonso Sardinha, caberia a glória de ter levantado a usina de Araçoyaba, tendo o Paulista somente a de descobrir o minério. Não parece procedente esta arguição, pois consta dos documentos, uníssonos neste ponto terem sido os engenhos construídos á custa daquele, que os doou, como coisa sua, a El-Rey. Os trabalhos dos auxiliares remetidos por D. Francisco de Souza, a ser exata a versão que contestamos, deveriam ter sido pagos por Sardinha. Ora diz Taques, baseando-se no 1°. livro de regimentos do Cartório da Provedoria que além dos ordenados do pessoal foram despendidos 589$100 da data da sua chegada até janeiro de 1598, para o benefício das Minas. Essas despesas, portanto, deviam ser outras que não as do estabelecimento da usina, custeada pelo Paulista ilustre, fundador da siderurgia no Brasil. • 9°. D. Francisco partiu para o Sul Em outubro de 1598 partiu da Bahia para o sul o Governador Geral, aportando em poucos dias na Victoria, afim de providenciar sobre o descobrimentos das esmeraldas e da prata de que havia notícia na Serra do Mestre Alvaro. Mando também de lá para as lavras de São Vicente uns duzentos nativos, cujo transporte por mar se fez em navio de Aguine por conta do Almoxarifado de Santos, á vista da provisão data de Victoria a 1 de dezembro de 1598. [Páginas 29, 30 e 31] • 10°. Provisão de Francisco Mandou também de lá para as lavras de São Vicente uns duzentos nativos, cujo transporte por mar se fez em navio de Aguirre por conta do Almoxarifado de Santos, á vista da provisão data de Victoria a 1 de dezembro. [Páginas 30 e 31] • 11°. O navio holandês Eendracht, da pequena esquadra comandada por Olivier van Noort, aproxima-se da barra do Rio de Janeiro, para proteger um desembarque de 70 homens perto do Pão de Açúcar D. Francisco de Souza ainda parou no Rio de Janeiro, onde providenciou sobre a administração da justiça que encontrou inteiramente descurada, e depois de rechaçar uns corsários que lhe e embargavam a saída, seguia para São Vicente ai chegando em princípios de 1599. Vinham em sua companhia, além de soldados e oficiais tirados do presidio da Bahia, dois alemães, um mineiro e outro engenheiro, chamado Jaques de Palte (Walter?) e Geraldo Betimk, vencendo cada um 200$ por ano. • 12°. D. Francisco chegou à vila de São Vicente* D. Francisco de Souza ainda parou no Rio de Janeiro, onde providenciou sobre a administração da justiça que encontrou inteiramente descurada, e depois de rechaçar uns corsários que lhe e embargavam a saída, seguia para São Vicente ai chegando em princípios de 1599. Vinham em sua companhia, além de soldados e oficiais tirados do presidio da Bahia, dois alemães, um mineiro e outro engenheiro, chamado Jaques de Palte (Walter?) e Geraldo Betimk, vencendo cada um 200$ por ano. • 13°. D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses A 23 de maio seguiu o Governador para Sorocaba e as minas, deixando em Santos, para guarnecer a vila contra os corsários, as companhias militares que trouxera da Bahia. • 14°. De junho a princípios de setembro de 1599 ficou D. Francisco em Biraçoyaba, inspecionando as minas e melhorando-as; mudou-lhes o nome para Nossa Senhora do Monserrate e aí levantou pelourinho* A 23 de maio seguiu o Governador para Sorocaba e as minas, deixando em Santos, para guarnecer a vila contra os corsários, as companhias militares que trouxera da Bahia. De junho a princípios de setembro de 1599 ficou ele em Biraçoyaba, inspecionando as minas e melhorando-as; mudou-lhes o nome para N. Senhora do Monserrate e ai levantou pelourinho. • 15°. Segunda visita a Nossa Senhora de Montsserrat / Adiante desta vila quatro léguas (19km), no sitio chamado serra de Biraçoiaba* Já em 1°. de outubro estava ele em São Paulo, onde datou uma provisão alterando de 100$ para 200$ o ordenado do Capitão Diogo Gonçalves Laço, e só voltou ás jazidas em 11 de fevereiro de 1601. É pois inexata a afirmação das memórias de Frei Gaspar da Madre de Deus quando dá a D. Francisco como presente em Biraçoyaba em 1600. Desta segunda viagem voltou ele para São Paulo antes de junho, pois em 19 de julho já nesta vila ele expedia instruções a André de Leão que ia fazer uma expedição pelo sertão á procura da prata. Registrada a doação do engenho de ferro de Afonso Sardinha a El-Rei no primeiro livro de regimentos de 1600, no Archivo da Câmara de São Paulo, como afirmam as Notas Genealógicas citadas por Vergueiro, parece razoável supor ter se dado a transferência no ano anterior. Em 1601 morria Laço, dando lhe substituto o Governador na pessoa de um neto, daquele e determinando que, durante a menoridade deste, servisse de capitão de São paulo e sua minas Pedro Arias de Aguirre. Assim se fez, e D. Francisco de Souza voltou para Portugal sucedendo-lhe no Governo Diogo Botelho, que em 1608 chegou do reino diretamente á Pernambuco, coisa que nunca acontecera até então. Em Madrid D. Francisco, além de provar a lisura de sua administração, conseguiu despertar a atenção de Felippe IV sobre as riquezas novamente descobertas no Brasil, organizando se então o regimento das terras minerais de 1603 e obteve a concessão [Página 31] • 16°. D. Francisco autorizava a tirar ouro em Monserrate, registrando o interessado cada semana o ouro tirado, pagando os quintos Já em 1o. de outubro estava ele em São Paulo, onde datou uma provisão alterando de 100$ para 200$ o ordenado do Capitão Diogo Gonçalves Laço, e só voltou ás jazidas em 11 de fevereiro de 1601. É pois inexata a afirmação das memórias de Frei Gaspar da Madre de Deus quando dá a D. Francisco como presente em Biraçoyaba em 1600. Desta segunda viagem voltou ele para São Paulo antes de junho, pois em 19 de julho já nesta vila ele expedia instruções a André de Leão que ia fazer uma expedição pelo sertão á procura da prata. Registrada a doação do engenho de ferro de Afonso Sardinha a El-Rei no primeiro livro de regimentos de 1600, no Archivo da Câmara de São Paulo, como afirmam as Notas Genealógicas citadas por Vergueiro, parece razoável supor ter se dado a transferência no ano anterior. • 17°. Falecimento de Diogo Gonçalves Lasso* Em 1601 morria Laço, dando lhe substituto o Governador na pessoa de um neto, daquele e determinando que, durante a menoridade deste, servisse de capitão de São paulo e sua minas Pedro Arias de Aguirre. Assim se fez, e D. Francisco de Souza voltou para Portugal sucedendo-lhe no Governo Diogo Botelho, que em 1608 chegou do reino diretamente á Pernambuco, coisa que nunca acontecera até então. Em Madrid D. Francisco, além de provar a lisura de sua administração, conseguiu despertar a atenção de Felippe IV sobre as riquezas novamente descobertas no Brasil, organizando se então o regimento das terras minerais de 1603 e obteve a concessão [Página 31] • 18°. Após a descoberta do ouro em terras brasileiras, Portugal instituiu várias medidas de caráter fiscalizador com o chamado “Primeiro regimento das terras minerais” Conhecedor do Brasil, que já governara por três anos, e tendo ido demoradamente visitar o distrito mineiro de São Vicente, obteve do rei de Hespanha e Portugal, o regimento de 15 de agosto de 1603, e o estabelecer se no novo continente uma verdadeira administração de terras minerais, sob sua direção, e abrangendo, além de um tesoureiro, com 120$ por ano, três mineiros de ouro, sendo um especialista em betas, um de pérolas e um de esmeraldas, e um ensaiador a 240$, por ano cada um, um mineiro de salitre com 200$ e dois de ferro com 160$ cada um. [Página 32] • 19°. Quadros • 20°. nunca Em 1601 morria Laço, dando lhe substituto o Governador na pessoa de um neto, daquele e determinando que, durante a menoridade deste, servisse de capitão de São paulo e sua minas Pedro Arias de Aguirre. Assim se fez, e D. Francisco de Souza voltou para Portugal sucedendo-lhe no Governo Diogo Botelho, que em 1608 chegou do reino diretamente á Pernambuco, coisa que nunca acontecera até então. Em Madrid D. Francisco, além de provar a lisura de sua administração, conseguiu despertar a atenção de Felippe IV sobre as riquezas novamente descobertas no Brasil, organizando se então o regimento das terras minerais de 1603 e obteve a concessão [Página 31] • 21°. D. Francisco de Sousa os privilégios que haviam sido concedidos a Gabriel Soares de Sousa, para a exploração das minas Datam de 2 de janeiro de 1608 esse alvarás, esboçando o sistema instituído pela metrópole para fomentar o desenvolvimento de minas e organizar o aproveitamento delas. • 22°. Fim? • 23°. Sorocaba (data estimada) Assim findou em 1609, após trinta anos de duração, a primeira fase da siderúrgica do Brasil. O trabalho da fábrica real de Biraçoiaba, e o transporte do forro, dos materiais e do pessoal entre esse lugar e a vila de São Paulo não tinham conseguido estabelecer uma estrada permanente, ao longo do qual os pousos balizassem o centro das futuras povoações. Sorocaba, por exemplo a cujo termo pertenciam as minas, só em 1610 foi fundada. Não é de estranhar, portanto, que pouco a pouco de perdesse a noção dessas jazidas metalíferas, em uma época na qual as vistas se voltavam preferencialmente para as pesquisas de ouro, que ia sendo descoberto em quantidades cada vez mais crescentes. [Página 35] • 24°. Mandava pôr a Camara escriptos á porta conselho e da egreja matriz, para que todos caiassem suas casas sob pena de dois mil réis de multa • 25°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil Ocupado, porém, com a instalação da nova usina, achacado de doenças que o levaram ao túmulo, tendo de acudir ao desenvolvimento da extração de ouro, não é provável nem consta fosse ele novamente ver as minas de Biraçoyaba. Estas iam sendo dirigidas por Diogo de Quadros, que pouco após a morte de D. Francisco de Souza, em 10 de junho de 1611, mais se dedicou á nova mina do que á antiga, vindo está a cessar seu trabalho. [p.33] • 26°. André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas 1.º de Dezembro de 1607, diziam os officiaes da Camara "que lhes era vindo à sua noticia que, desta villa se queria hir Belchior Rodrigues, de Birapoeira, com forja de ferreiro,para Piassava das Conôas, a donde desembarcavam os Carijós,que para esta villa vem de resgate, o que era em prejuizo desta terra, porquanto, poderia levar ferro e fazer resgate etc". [p.763] • 27°. teste Este Manoel Rodrigues, casado com Beatriz Rodrigues, era filho de Bernardo Rodrigues Bueno, neto de Bernardo Rodrigues Chaves, bisneto de Francisco de Chaves e trineto de Cosme Fernandes. Pelos documentos por nós examinados, deduzimos que Francisco de Chaves tinha dois filhos, um por nome Bernardo Rodrigues Chaves e o outro Nuno Chaves. Não podemos disser qual fosse o primogénito e não afnrmamos que não houvesse outros. A prole de Bernardo Rodrigues Chaves era: António de Barcellos, Bernardo Rodrigues Bueno e uma filha casada com Bartholomeu Francisco. A prole de Nuno Chaves era : Bernardo Chaves e uma filha casada com Philiph Pereira Nunes. No principio do século XVII 09 descendentes de António de Barcellos se achavam estabelecidos nos terrenos hoje occnpados pela cidade de Iguape e pela povoação do Porto da Ribeira; os de Bernardo Rodrigues Bueno nos terrenos que fazem frente ao Mar-Pequeno ao sul do rio Sorocaba; os de Bartholomeu Francisco nos terrenos próximos ao da antiga villa e que fazem frente ao mesmo Mar-Pequeno ; quanto aos de Bernardo Chaves e Philiph Pereira Nunes occupavam o trecho que faz frente ao oceano, entre a barra de Capara e a do rio Ribeira, de modo que, antes do meiado do mesmo século, estas famílias tinham domínio sobre toda a extensão do terreno comprehendido entre a barra do rio Ribeira e a do rio Sobauma, que deságua no mesmo Mar-Pequeno. No ano de 1637, Francisco de Pontes Vidal, casado com uma filha de Francisco Alvares Marinho, filho de António de Barcellos, requereu por si e por seu filho Francisco de Pontes Vidal, uma sesmaria de quatro léguas de terras no rio Mumuna, e como elle diz na sua petição: "comessando da data de Francisco Alvares Marinho, todas as cabesseiras de areya varjas, e esteios, e assim mais meya legoa de terras comessando da mesma data do dito Francisco Alvares". Esta ultima meia légua de que reza a petição fazia frente ao rio Ribeira, sita rio abaixo das terras pertencentes ao mesmo Francisco Alvares Marinho, sogro do requerente. As terras pertencentes a Francisco Alvares Marinho faziam frente ao Mar-Pequeno, desde o pé dos morros próximos a cidade até á barra do rio Sorocaba, e frente ao rio Ribeira desde a lagoa, hoje chamado «do porto da Ribeira*, rio acima até um pequeno monte denominado «Morretes*. Francisco Alvares Marinho tinha duas filhas, uma casada com Francisco de Pontes Vidal e a outra casada com Bernardo Rodrigues Bueno, bisneto de Bernardo Rodrigues Chaves, e por morte de Francisco Alvares suas terras passaram ao poder de seus genros. Falecendo Bernardo Rodrigues Bueno em 1666 mais ou menos, sua parte nas ditas terras ficaram pertencendo a seus filhos: Catherina Bueno casada com André do Fontes, An na Maria das Dores casada com Manoel da Costa, uma filha casada com seu primo Francisco de Pontes Vidal Júnior, Maria Rodrigues casada com André Gonçalves e Sebastião Rodrigues Bueno casado com Maria Nunes Chaveiro. É de presumir que até o ano de 1679 as terras que pertenciam ao fallecido Francisco Alvares Marinho não foram divididas entre seus herdeiros, ainda que destes somente dois assi- [Páginas 10 e 11] • 28°. Carta Regia pedindo informação sobre as Minas de Ferro descobertas em Biraçoyaba, por Luiz Lopes de Carvalho É tanto mais de se crer essa falta de execução, quanto a petição de Lopes de Carvalho se filia á série de esforços que desde 1690 vinha fazendo para estabelecer a fábrica a princípio no Rio de Janeiro de depois em São Paulo causa sobre a qual iam expedidas as Cartas Régias de 16 de outubro de 1691 e 23 de outubro de 1692 mandando pedir a informação do governo da Capitania; dai resultou a transferência da instalação para Biraçoyaba a que alude a petição. • 29°. Domingos Ferreira Pereira construiu uma fábrica de ferro no Araçoiaba, cerca de 3 km do engenho dos Sardinha • 30°. Ofício do governador e capitão-general da capitania de São Paulo, D. Luís de Antônio de Sousa Botelho Mourão, Morgado de Matheus, para o ministro e secretário de estado dos negócios do reino, Sebastião José de Carvalho de Melo, Conde de Oeiras, dando-lhe conhecimento do envio da amostra do primeiro ferro extraído por Domingos Ferreira Pereira da mina junto à vila de Sorocaba e manifestando o desejo que o ferro seja o suficiente para o trabalho dos mineiros • 31°. Instruções para João Mando Pereira cumprir na viagem ás barreiras de São Paulo, devendo examinar as minas de ferro da serra de Araçoiaba, junto da vila de Sorocaba; uns "buracos" que se diz terem sido minas de prata Já em 1800, em São Paulo, o capitão general Antonio Manoel de Mello Castel e Mendonça em cumprimento da ordem de 1795 tinha mandado a Ypanema o então Coronel mais tarde Marechal, Cândido Xavier de Almeida, junto com o químico João Manço Pereira afim de examinarem a montanha e designarem o local para uma fábrica, mandando impedir a devastação das matas; e autorizando-as a designar peças, que se deveriam importar, necessárias para este empreendimento. Referindo-se a estes fatos, diz Eschwege que em companhia de Manço tinha ido não o coronel Almeida, e sim o Dr. Martim Francisco Ribeiro de Andrada, nomeado em 1801 inspetor das minas e matas da Capitania de São Paulo; e aproveita a ocasião para tratar zombeteiramente a este naturalista, com aquela maledicência e descortesia de que ficou a fama trazida ao nosso conhecimento por antigos habitantes de Ouro Preto, onde o eminente cientista alemão por longo tempo morou. • 32°. Visita a Ypanema* • 33°. Dr. Martim Francisco Ribeiro de Andrada, nomeado em 1801 inspetor das minas e matas da Capitania de São Paulo Referindo-se a estes fatos, diz Eschwege que em companhia de Manço tinha ido não o coronel Almeida, e sim o Dr. Martim Francisco Ribeiro de Andrada, nomeado em 1801 inspetor das minas e matas da Capitania de São Paulo. • 34°. Alvará de D. João VI mandando estabelecer uma fábrica de ferro em Sorocaba Atenuado, embora, pelo estado de sobre salto contínuo em que unia a Europa talada pelos exércitos napoleônicos, sofrendo as duras provações a que estava sujeita toda a península ibérica continuou esse movimento emancipador da Colônia da América. Poucos documentos tem sido publicados relativos a esta época mas encontram-se nos arquivos ainda inéditos dos governos das capitanias e no do Vice-Rei, elementos comprobatórios dessa afirmativa. Para citar tão somente dois atos desse governo, lembraremos o alvará de 24 de abril de 1801, mandando estabelecer uma fábrica de ferro em Sorocaba, e o de 13 de maio de 1803 criando a Real Junta Administrativa de Mineração e Modelagem, pelo qual se tratava, entre outras coisas, de prover ao "estabelecimento de escolas mineralógicas e metalúrgicas semelhante as de Freiberge e Shemintz de que tem resultado aquele países tão grandes, e assinaladas vantagens"; nele se diminuia de 20 a 10°. o imposto sobre o ouro: decentralizavam-se os serviços administrativos referentes ás lavras, e procurava-se orientar as reformas em um sentido liberal. Já em 1800, em São Paulo, o capitão general Antonio Manoel de Mello Castel e Mendonça em cumprimento da ordem de 1795 tinha mandado a Ypanema o então Coronel mais tarde Marechal, Cândido Xavier de Almeida, junto com o químico João Manço Pereira afim de examinarem a montanha e designarem o local para uma fábrica, mandando impedir a devastação das matas; e autorizando-as a designar peças, que se deveriam importar, necessárias para este empreendimento. Referindo-se a estes fatos, diz Eschwege que em companhia de Manço tinha ido não o coronel Almeida, e sim o Dr. Martim Francisco Ribeiro de Andrada, nomeado em 1801 inspetor das minas e matas da Capitania de São Paulo; [Página 62] • 35°. Relatório É mais plausível, portanto, a afirmativa de Vergueiro, que adotamos, de que a visita do Dr. Martim Afonso a Ypanema foi posterior á missão de João Manço, e que todos os atos deste somente foi aprovado por aquele a escolha do local para o açude e para a Fábrica. E se uma prova complementar fosse necessária, ai estaria o Jornal da Viagem referente a 1803, em que o sábio acusado declara, na data de 23 de fevereiro: "Ocupei o dia em fundir a amostra da mina de ferro de Araraçoiava e obtive acima de 60 por 100 em ferro coado.". Parece, portanto, liquidado este ponto, secundário aliás, de nossa História industrial. Ao passo que em São Paulo se ensaiavam a produzir ferro em Ypanema, as tentativas em Minas já tinham transposto a primeira fase de incertezas. A ordem para guardar sigilo e não alargar o âmbito das experiências, dada por D. Rodrigo José de Menezes, não tinha podido ser observada á risca, em uma capitania onde numerosíssimos eram os escravizados vindos da África, metalurgistas natos como bem fazem notar os etnólogos, e dos que alguns eram empregados em pequenas ferrarias onde o preparo de metal acessoriamente podia ser feito. O testemunho autorizado de D. Luiz Antonio de Sousa mostra não importante foi o concurso do Negro para o funcionamento da fábrica de Araçoyaba, em 1765-1775. O mesmo fato notou-se em Minas, e é referido pelo Barão de Eschwege. Graças ao auxílio desses humilimos operários, podiam ser fabricados pelos fazendeiros alguns objetos de ferro para uso próprio, e parece ter tido algum desenvolvimento esta industria após a Carta Régia de 1795, pois em 1803 mostraram ao autor do Pluto em Lisboa tesouras e facas remetidas pelo Governador da Capitania. Atribui aquele geólogo a dois escravizados, um pertencente ao Capitão Antonio Ales (de Antonio Pereira, junto a Ouro Preto) e o outro do Capitão Durães (de Inficionado), a iniciativa dessas fábricas rudimentares. Além desses elementos de convicção e o desenvolvimento da siderúrgica Mineira, e é a correspondência governo com o Conde de Palma. • 36°. Por decreto de 13 de maio tinha D. João contrai um empréstimo de 100.00 cruzados para estabelecer uma fábrica de fundição de peças de artilharia e de canos de espingardas • 37°. Criação em Minas de uma fábrica de espingardas e de baionetas, para o que o conde de Linhares deu instruções ao Capitão General • 38°. Regimento • 39°. Capitão Francisco Galvão de Barros França em seu Relatório, mostrando a facilidade que ha de se conseguir uma Estrada que se comunique do Porto do Rio Ypiranga de Juquiá com as vilas de Itapetininga, Paranapanema e Sorocaba, e como para o futuro pode ser de grande vantagem para esta vila Segunda, que, tendo esta mesma Comissão feito todas as reflexões que estão ao seu alcance tendente a exposição que faz o capitão Francisco Galvão de Barros França em seu Relatório, mostrando a facilidade que ha de se conseguir uma Estrada que se comunique do Porto do Rio Ypiranga de Juquiá com as vilas de Itapetininga, Paranapanema e Sorocaba, e como para o futuro pode ser de grande vantagem para esta vila.
Atualizado em 30/10/2025 11:01:04 Revista Marítima Brazileira/RJ ![]() Data: 1955 Página 311
• 1°. Ataque aos índios tamoios Em 1561 fazia-se a primeira incursão paulista contra os desgraçados ameríndios, figurando, então, na expedição para tal fim organizada, como como intérprete, o jesuíta José de Anchieta, hoje chamado pelos seus irmãos de hábito o "Apóstolo do Brasil". No ano seguinte, o velho João Ramalho, patriarca dos mamelucos, punha-se também à testa de nova expedição belicosa e predadora. Foi nesse tempo, assim parece, que se descobriram as minas de ouro de Jaraguá. • 2°. “Ouro que pesava três quartos de dobra e seis grãos” Em 1562 o velho João Ramalho, patriarca dos mamelucos, punha-se também à testa de nova expedição belicosa e predadora. Foi nesse tempo, assim parece, que se descobriram as minas de ouro de Jaraguá. • 3°. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) Em 1561 fazia-se a primeira incursão paulista contra os desgraçados ameríndios, figurando, então, na expedição para tal fim organizada, como como intérprete, o jesuíta José de Anchieta, hoje chamado pelos seus irmãos de hábito o "Apóstolo do Brasil". No ano seguinte, o velho João Ramalho, patriarca dos mamelucos, punha-se também à testa de nova expedição belicosa e predadora. Foi nesse tempo, assim parece, que se descobriram as minas de ouro de Jaraguá. • 4°. Carta a Estácio • 5°. Representação das Câmaras de Santos e São Vicente ao capitão-mor Jerônimo Leitão, lugar-tenente do donatário, sobre a necessidade de fazer-se guerra aos índios Tupiniquim e Carijó Em 1565, - informa-nos P. Padro - is camarista (de São Paulo) dirigem uma longa representação a Estácio de Sá, capitão-mór da Armada Real destinada ao povoamento do Rio de Janeiro, reclamando de termos energéticos, providências contra os assaltos dos tamôios e tupiniquins, que matam a roubam impunemente em todo o território da capitania, não lhe fazendo a gente desta capitania mal nenhum" (!!!).Mais tarde, em 1585, a situação exige organização de verdadeira companha, sob o comando do capitão-mór Jerônimo Leitão, loco-tenente do donatário, contra as tribos dos carijós, tupinaés e outras que infestavam diversas regiões da capitania.[Página 316]Depois das expedições escravizados do litoral, foi talvez a primeira guerra de caça ao nativo, requerida a aconselhada pelos camaristas da vila de São Paulo. "Estava iniciada e organizada, em larga escala, a escravidão do nativo. Com esse ardimento e afã, que sempre foram característicos da raça, os bandos paulistas se atiraram à expedição de resgate".Enquanto isso, os castelhanos, no sul, iam,semeando pequenos povoados como Mendoza, San Juan, San Luis e Tucumán, na vasta província do Rio da Prata, e os inacianos, procedentes do Brasil e do Peru, penetravam no Paraguai, dando início à catequese dos ameríndios de Guaíra, Vila Rica, etc. • 6°. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós Mais tarde, em 1585, a situação exige organização de verdadeira companha, sob o comando do capitão-mór Jerônimo Leitão, loco-tenente do donatário, contra as tribos dos carijós, tupinaés e outras que infestavam diversas regiões da capitania.[Página 316] Depois das expedições escravizados do litoral, foi talvez a primeira guerra de caça ao nativo, requerida a aconselhada pelos camaristas da vila de São Paulo. "Estava iniciada e organizada, em larga escala, a escravidão do nativo. Com esse ardimento e afã, que sempre foram característicos da raça, os bandos paulistas se atiraram à expedição de resgate". Enquanto isso, os castelhanos, no sul, iam,semeando pequenos povoados como Mendoza, San Juan, San Luis e Tucumán, na vasta província do Rio da Prata, e os inacianos, procedentes do Brasil e do Peru, penetravam no Paraguai, dando início à catequese dos ameríndios de Guaíra, Vila Rica, etc. • 7°. Levante dos Tupinaquim Como deixamos dito, o ano de 1585 marca o início, pelo que se sabe, do terrível movimento escravista rumo ao sul, a caminho de Paranaguá e mais além, com a expedição chefiada pelo capitão-mór de São Vicente. Varejou ela uma vasta zona evidentemente já reconhecida pelos vicentistas. É bem possível que chegassem os expedicionários até as raias atuais de Santa Catarina. Os espezinhados gentios, no entanto, de quando em quando, regiam ferozmente. Em 1590 os carijós atacaram a aldeia de Pinheiros, em São Paulo, e incendiaram várias casas do povoado e a capela nele existente;
Atualizado em 30/10/2025 17:46:03 Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP, Secretaria da Educação. Vol. 9 ![]() Data: 1952 Página 734 do pdf
• 1°. Aleixo Garcia organizou uma expedição com centenas de índios Cabe a Cananéa, como se vê, a glória de ter sido berço da primeira bandeira que de terras paulistas se embrenhou nos sertões do Continente. Entretanto, quer parecer que a de Pero Lôbo não foi a única dessas expedições que daquele sítio partiu. Segundo alguns historiadores teria sido Aleixo Garcia, também alí saído, pelo chamado "caminho do Paraguai", em busca do Perú, país que logrou alcançar entre Mizque e Tomina. Limite meridional da região em que viviam os tupis, porque, para o Sul, até a lagoa dos Patos, habitavam os Carijós, justamente sobre o seu território era que vinha atingir o litoral, no dizer, ainda, de outros historiadores, o "meridiano" de Tordesilhas que separava em terras do Novo Mundo o domínio luso do de Castela. Dai a afirmativa do cosmógrafo Vespúcio, que de Cananéa para o Sul - "todo lo mas es de Castella". [Página 70] • 2°. Segundo alguns historiadores, a prova da traição de Henrique Montes seria a “pressa” com que o rei D. João o nomeou Provedor dos Mantimentos da armada Dir-se-á que o erudito cronista não podia fazer tal confusão. Mas, a verdade é que ela seria muito mais explicável do que certos lapsos que se encontram na referida obra, aliás valiosíssima. Citaremos três casos que nos parecem bastante significativos. O primeiro é relativo ao rio Pinheiros, o chamado Jerabaty num dos documentos apontados na seção I desta nota, e cuja denominação indígena se escrevia por diversas formas, uma das quais, a de Jurubatuba, é e mais conhecida e também a mais adulterada. Escreve Azevedo Marques: "Pinheiros - Rio afluente da margem esquerda do Tietê, de que é um dos primeiros tributários, tem origem nos montes aos ponte da cidade de São Paulo na qual passa a pouco mais de légua, ou 5,5 km de distância, na direção Sul. Em tempos muito antigos foi conhecido com os nomes de Rio-Grande e Gerybatiba. Corre na direção mais geral de Leste para Oeste na altura da freguesia de São Bernardo curva-se um pouco para noroeste, rega os municípios da capital e Santo Amaro." "Rio-Grande - Afluente originário (sic) do rio Pinheiros. É o mesmo que no município de Santo Amaro e adjacências tem o nome de Jurubatuba. Em seu começo corre de Leste a Oeste e depois toma o nome de Pinheiros corre de Sul a Nordeste, lançando-se no Tietê." Há nesses trechos várias inexatidões e incoerências. Basta, porém, observar que o rio Grande (que só no curso inferior tem a denominação de rio Pinheiros) nasce em Paranapiacaba (antigamente Alto da Serra), e não "nos montes ao poente da cidade de São Paulo". Lê-se também na citada obra: "Taiassupeba - Rio afluente da margem direita do Tietê" "Taiassupeba-mirim - Rio afluente da margem direta do Tietê". Ora,só o primeiro desses rios é afluente do Tietê, e afluente da margem esquerda, e não da direta. É formado pela reunião do citado Taiassupeba-mirim e do Taiassupeba-assu. [Páginas 621 e 622] • 3°. De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada? Cabe a Cananéa, como se vê, a glória de ter sido berço da primeira bandeira que de terras paulistas se embrenhou nos sertões do Continente. Entretanto, quer parecer que a de Pero Lôbo não foi a única dessas expedições que daquele sítio partiu. Segundo alguns historiadores teria sido Aleixo Garcia, também alí saído, pelo chamado "caminho do Paraguai", em busca do Perú, país que logrou alcançar entre Mizque e Tomina. Limite meridional da região em que viviam os tupis, porque, para o Sul, até a lagoa dos Patos, habitavam os Carijós, justamente sobre o seu território era que vinha atingir o litoral, no dizer, ainda, de outros historiadores, o "meridiano" de Tordesilhas que separava em terras do Novo Mundo o domínio luso do de Castela. Dai a afirmativa do cosmógrafo Vespúcio, que de Cananéa para o Sul - "todo lo mas es de Castella". • 4°. Segundo uma comunicação feita pelo primeiro Bispo do Brasil, ao rei D. João, em 13 de julho de 1552, também foi colhido ouro, nas margens do Cubatão, juntos nos desaguadouros dos riachos que desciam da lombada do Paranapiacaba Século XVI - Os primeiros furadores do mato que vieram à ter paragem da Lagoa Dourado foram chefiados pelos dois Sardinhas, pai e filho; um e outro tinham o mesmo nome de batismo - Afonso. Notabilizaram-se ambos na guerra de extermínio dos nativos Carijós e dedicaram-se depois à faina da extração do ouro. Ora, Afonso Sardinha pai podia ser português, parente quiçá do primeiro bispo do Brasil, aquele mal aventurado D. Pedro Fernandes Sardinha que Duarte da Costa perseguiu e que, retirando-se para Portugal, naufragou e veio a ser devorado pelos nativos Caetés. • 5°. “Um índio principal que veio aqui de mais de cem léguas, a converter-se à nossa santa fé, morreu com sinais de bom cristão” 4 - Vieira dos Santos (Memória Histórica de Paranaguá): "Achando-se a este têmpo a costa marítima povoada desde Santos a Cananéa, e a baía de Paranaguá em grande aumento de sua população, não só a originária dos primeiros povoados vindos de Cananéa e São Vicente, e dos índios carijós domesticados no grande espaço de mais de noventa anos contados desde 1555, e sendo dificultoso a estes povos irem procurar seus recursos judiciais à vila de Cananéa por ser a mais próxima, requereram a sua emancipação, e ereção de uma vila separada daquela em 1643" • 6°. Bispo Sardinha foi "comido" por índios Caetés Século XVI - Os primeiros furadores do mato que vieram à ter paragem da Lagoa Dourado foram chefiados pelos dois Sardinhas, pai e filho; um e outro tinham o mesmo nome de batismo - Afonso. Notabilizaram-se ambos na guerra de extermínio dos nativos Carijós e dedicaram-se depois à faina da extração do ouro. Ora, Afonso Sardinha pai podia ser português, parente quiçá do primeiro bispo do Brasil, aquele mal aventurado D. Pedro Fernandes Sardinha que Duarte da Costa perseguiu e que, retirando-se para Portugal, naufragou e veio a ser devorado pelos nativos Caetés. [p. 21, 22 e 23, 413 e 414 do pdf] • 7°. Em 1557 Sardinha recebe a vasta região de Ybitátá em troca (escambo) da construção de uma ponte no Rio Jeribatiba para escoamento de mantimentos essenciais à villa, e aqui constitui fazenda 76 - I. Talvez tenhamos encontrado uma explicação para a referência de Azevedo Marques à partida da bandeira em direção a Mogy das Cruzes. Já estudamos as denominações primitivas da região (boigi, bougi, moygy, mogi-mirim, boixi miri, boigi mirim, etc.). Ora, existem muitos documentos antigos onde aparecem formas pouco divergentes, mas que se referem a paragens muito distantes daquela. Assim é que vemos alusões: - aos "campos de Boy termo da vila de São Paulo"; - as terras situadas "junto a Boy da banda de além do rio Jerabaty"; [Página 620] II. - Dado o rumo inicial mais provável da expedição de Nicolau Barreto, que depois se teria desviado, conforme veremos oportunamente, seria natural que passasse pela região antigamente denominada Bohy, Mohi, etc., e que devia ser mais vasta do que o atual distrito de Embu. Ou então a bandeira teria estado em paragem mais longínqua, de nome igual. Azevedo Marques teria visto uma das formas gráficas do topônimo, no testamento de Ascenso Ribeiro ou em outro documento junto ao inventário desse bandeirante, e acreditado que se tratasse da região que, segundo vimos, só muito mais tarde recebeu o nome de Mogy das Cruzes. III - Dir-se-á que o erudito cronista não podia fazer tal confusão. Mas, a verdade é que ela seria muito mais explicável do que certos lapsos que se encontram na referida obra, aliás valiosíssima. Citaremos três casos que nos pareem bastante significativos.O primeiro é relativo ao rio Pinheiros, o chamado Jerabaty num dos documentos apontados na seção I desta nota, e cuja denominação indígena se escrevia por diversas formas, uma das quais, a de Jurubatuba, é e mais conhecida e também a mais adulterada. Escreve Azevedo Marques: "Pinheiros - Rio afluente da margem esquerda do Tietê, de que é um dos primeiros tributários, tem origem nos montes aos ponte da cidade de São Paulo na qual passa a pouco mais de légua, ou 5,5 km de distância, na direção Sul. Em tempos muito antigos foi conhecido com os nomes de Rio-Grande e Gerybatiba. Corre na direção mais geral de Leste para Oeste na altura da freguesia de São Bernardo curva-se um pouco para noroeste, rega os municípios da capital e Santo Amaro." "Rio-Grande - Afluente originário (sic) do rio Pinheiros. É o mesmo que no município de Santo Amaro e adjacências tem o nome de Jurubatuba. Em seu começo corre de Leste a Oeste e depois toma o nome de Pinheiros corre de Sul a Nordeste, lançando-se no Tietê." Há nesses trechos várias inexatidões e incoerências. Basta, porém, observar que o rio Grande (que só no curso inferior tem a denominação de rio Pinheiros) nasce em Paranapiacaba (antigamente Alto da Serra), e não "nos montes ao poente da cidade de São Paulo". Lê-se também na citada obra: "Taiassupeba - Rio afluente da margem direita do Tietê" "Taiassupeba-mirim - Rio afluente da margem direta do Tietê". Ora, só o primeiro desses rios é afluente do Tietê, e afluente da margem esquerda, e não da direta. É formado pela reunião do citado Taiassupeba-mirim e do Taiassupeba-assu. [Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP, Secretaria da Educação. Vol. 9, 1952. Páginas 621 e 622] • 8°. “República” • 9°. O procurador do Conselho, João de Sant´Ana, um dos signatários da carta • 10°. Mas no campo da justificativa na petição do suplicante, foi possível identificar que Gaspar Vaz já se declarava morador em Boigi em setembro de 1608* Já observou o Dr. Alfredo Ellis Júnior que, naquela época e até muito tempo depois de criada a vila (em 1611), ainda não existia a denominação Mogy das Cruzes. Aliás o próprio Azevedo Marques escreveu, referindo-se àquela região: Em tempos remotos denominara-se Boygy. Ulteriormente a corrupção da língua a mudou para Mogy. E mais adiante: No começo da povoação, como se vê no 3o. livro de registros de sesmarias existentes no cartório da Thesouraria desta província, o nome desta localidade era o de Santa Ana de Boygy-mirim. Diz o mesmo escritor, que a freguesia de Santa Ana de Mogy das Cruzes foi elevada à categoria de vila no dia 1 de setembro de 1611. A data está certa, mas os informes relativos aos nomes da localidade exigem esclarecimentos, que daremos em seguida. Antes disso, porém, cumpre observar que não é exato que a povoação primitiva tivesse a denominação de Nossa Senhora das Cruzes de Mogi-Mirim, como escreveu o Dr. Alfredo Ellis Júnior no livro O Bandeirismo Paulista e o Recuo do Meridiano. Aliás, nos trabalhos posteriores, o historiador já não se refere a tal denominação. II - Muitos são os documentos através dos quais é possível acompanhar as mutações de nomes da basta região em que se fundou a atual cidade de Mogy das Cruzes. A denominação indígena primitiva (dada, aliás, também, como veremos em nota 76, I, a outras paragens não muito distantes da vila de São Paulo) era simplesmente a que hoje se escreve Mogy (ou Mogi). O topônimo é composto de mboi, cobra, e hy, água ou rio (rio das cobras). Devido, não só à má percepção auditiva, como também às dificuldades de ordem gráfica, escrevia-se aquela denominação muito diversamente: boigi, bongy, mongi, bongi, bougi; mugi; ou Moygy. Em documentos de 1608 em diante, vemos aparecer o qualificativo mirim, ou miri (pequeno), acrescentando ao nome da região de que tratamos e da povoação que se ia formando: - Mogi-mirim, Boixi miri, Boigi miri, Boigi mirim, Boigi miri, Moigimiri, Mogy Mirim, Mogi Miri, etc. [Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP, Secretaria da Educação. Vol. 9, 1952. Páginas 616 e 617 do pdf] • 11°. Confirmada a povoação Santa Ana das Cruzes III - Numa carta de sesmaria do ano de 1610, lemos que o requerente era "morador na povoação de Santa Ana". A santa deste nome era padroeira da igreja primitiva, e ainda é a da matriz da atual cidade. Na petição em que Gaspar Vaz e outros moradores do povoado requerem, em 1611, se fundasse vila e se levantasse pelourinho, bem como nas informações então prestadas pelas câmaras de Santos, São Vicente e São Paulo, e na provisão pela qual o governador geral, D. Luís de Sousa, deferiu o pedido, a localidade ainda é designada por Mogy mirim. Mas, do auto de levantamento do pelourinho (1 de setembro do mesmo ano), consta que o capitão-mor, Gaspar Conqueiro, deu à vila a denominação de Santa Anna. No fêcho do documento (redigido e assinado dois dias depois), diz o escrivão: "feito villa de Santa Anna". A 11 de outubro de 1621, Àlvaro Luis do Vale, procurador do donatário, Conde de Monsanto, confirmou a data do rossio, campos, etc. "desta villa de Santa Anna de Mogy mirim", denominação que repetiu em duas sesmarias passadas em 1624. Note-se que nas epígrafes destes documentos está vila de Mogi Mirim e Mogi mirim povoassem nomeada Santana. O "cumpra-se" dado pelo capitão-mór Antonio de Aguiar Barriga à referida confirmação vem datado de Santa Ana das Cruzes, a 27 de agosto de 1629. [Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP, Secretaria da Educação. Vol. 9, 1952. Página 618 do pdf] 76 - I. Talvez tenhamos encontrado uma explicação para a referência de Azevedo Marques à partida da bandeira em direção a Mogy das Cruzes. Já estudamos as denominações primitivas da região (boigi, bougi, moygy, mogi-mirim, boixi miri, boigi mirim, etc.). Ora, existem muitos documentos antigos onde aparecem formas pouco divergentes, mas que se referem a paragens muito distantes daquela. Assim é que vemos alusões: - aos "campos de Boy termo da vila de São Paulo"; - as terras situadas "junto a Boy da banda de além do rio Jerabaty"; [Página 620] II. - Dado o rumo inicial mais provável da expedição de Nicolau Barreto, que depois se teria desviado, conforme veremos oportunamente, seria natural que passasse pela região antigamente denominada Bohy, Mohi, etc., e que devia ser mais vasta do que o atual distrito de Embu. Ou então a bandeira teria estado em paragem mais longínqua, de nome igual. Azevedo Marques teria visto uma das formas gráficas do topônimo, no testamento de Ascenso Ribeiro ou em outro documento junto ao inventário desse bandeirante, e acreditado que se tratasse da região que, segundo vimos, só muito mais tarde recebeu o nome de Mogy das Cruzes. III - Dir-se-á que o erudito cronista não podia fazer tal confusão. Mas, a verdade é que ela seria muito mais explicável do que certos lapsos que se encontram na referida obra, aliás valiosíssima. Citaremos três casos que nos parecem bastante significativos.O primeiro é relativo ao rio Pinheiros, o chamado Jerabaty num dos documentos apontados na seção I desta nota, e cuja denominação indígena se escrevia por diversas formas, uma das quais, a de Jurubatuba, é e mais conhecida e também a mais adulterada. Escreve Azevedo Marques: "Pinheiros - Rio afluente da margem esquerda do Tietê, de que é um dos primeiros tributários, tem origem nos montes aos ponte da cidade de São Paulo na qual passa a pouco mais de légua, ou 5,5 km de distância, na direção Sul. Em tempos muito antigos foi conhecido com os nomes de Rio-Grande e Gerybatiba. Corre na direção mais geral de Leste para Oeste na altura da freguesia de São Bernardo curva-se um pouco para noroeste, rega os municípios da capital e Santo Amaro." "Rio-Grande - Afluente originário (sic) do rio Pinheiros. É o mesmo que no município de Santo Amaro e adjacências tem o nome de Jurubatuba. Em seu começo corre de Leste a Oeste e depois toma o nome de Pinheiros corre de Sul a Nordeste, lançando-se no Tietê." Há nesses trechos várias inexatidões e incoerências. Basta, porém, observar que o rio Grande (que só no curso inferior tem a denominação de rio Pinheiros) nasce em Paranapiacaba (antigamente Alto da Serra), e não "nos montes ao poente da cidade de São Paulo". Lê-se também na citada obra: "Taiassupeba - Rio afluente da margem direita do Tietê" "Taiassupeba-mirim - Rio afluente da margem direta do Tietê". Ora,só o primeiro desses rios é afluente do Tietê, e afluente da margem esquerda, e não da direta. É formado pela reunião do citado Taiassupeba-mirim e do Taiassupeba-assu. [Páginas 621 e 622] • 12°. “South America America Meridionale”, Vincenzo Maria Coronelli Como atribuir tanta importância a este nome Gaibug, quando Coronelli faz nascer o São Francisco ou Parapitinga (?) na serra da Gualembaga, atravessar o grande lago de Parapitinga, recebendo como afluentes o Guabiole cujo tributário principal é o Inaya, o Lacarchug, o Parachai e o Gretacaig! Eis uns nomes bárbaros, dificílimos de identificação com qualquer dos topônimos da bacia de São Francisco. E quanta coisa mais fantasiosa existe neste de Coronelli! No centro do Estado do Paraná coloca um grande lago de onde sabe o rio Latibagiha (provavelmente o nosso Tibagy) afluente do Paranápanema. Não se menciona a existência de São Paulo, o perfil do nosso litoral está erradíssimo e assim por diante. [Páginas 723 e 724 do pdf] • 13°. Mapa “America Meridionale”, Vincenzo Maria Coronelli Como atribuir tanta importância a este nome Gaibug, quando Coronelli faz nascer o São Francisco ou Parapitinga (?) na serra da Gualembaga, atravessar o grande lago de Parapitinga, recebendo como afluentes o Guabiole cujo tributário principal é o Inaya, o Lacarchug, o Parachai e o Gretacaig! Eis uns nomes bárbaros, dificílimos de identificação com qualquer dos topônimos da bacia de São Francisco. E quanta coisa mais fantasiosa existe neste de Coronelli! No centro do Estado do Paraná coloca um grande lago de onde sabe o rio Latibagiha (provavelmente o nosso Tibagy) afluente do Paranápanema. Não se menciona a existência de São Paulo, o perfil do nosso litoral está erradíssimo e assim por diante. [Páginas 723 e 724 do pdf] • 14°. Caminho Aos 18 de junho de 1926, na ponta do Promontório do Itacurussá, município de Cananéa, aí presente o doutor Antonio Paulino de Almeida, Promotor Público desta comarca, colocado em comissão pelo Exmo. Snr. Dr. Bento Bueno, Secretário da Justiça e da Segurança Pública, para o fim especial de concluir um trabalho histórico sobre Cananéa, comigo Frederico Trudes da Veiga, vereador da Câmara Municipal, servindo de Secretário, e os abaixo assinados, encarregados da procura da pedra denominada "Tenente", e que conjuntamente com outra igual ladeava o legendário marco do Pontal referido, após percorrerem a parte sul dos pedrões, regressaram pelo caminho do Ipanema (...) • 15°. Observações sobre Balthazar Fernandes
Atualizado em 31/10/2025 00:56:44 Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escripta á vista de avultada documentação inedita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Quinto - Jornadas nos sertões bahianos - Os inventarios da selva - Primordios da mineração - O cyclo do ouro de lavagem - As esmeraldas e a prata, 1929. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) ![]() Data: 1929 Créditos: Afonso de E. Taunay (1876-1958) Página 141
• 1°. Afonso Sardinha (45 anos) adquiriu uma grande fazenda em São Paulo (o nas serras de Iguamimbaba, que agora se chama Mantaguyra, na de Jaraguá, termo de S. Paulo, na de Vuturuna (São Roque), na de “Hybiraçoyaba (Sorocaba)” Alvaro Rodrigues do Padro, filho de Clemente Alvarez (...) Ele e os dois Afonso Sardinha, já dissemos, são os patriarcas da mineração do ouro no Brasil. Vemol-o numa expedição em 1610 ao sertão dos carijós e fazendo base de operações em Pirapitinguy; em 1615 associado á grande bandeira trouxe imenso número de nativos carijós a São Paulo, etc. • 2°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza* Em novembro de 1599, fazia sacar do Almoxarifado da Fazenda de Santos mais de seis contos de réis, soma no tempo avultadíssima, para o pagamento da tropa que o seguia "em meio das minas". Depois de "ocularmente as ter examinado e adiantado o estabelecimento delas, que denominou de Nossa Senhora de Monserrate, onde mandou levantar o pelourinho, voltou a São Paulo. • 3°. Constata um termo que "alguns moradores desta vila foram ás minas de Nossa Senhora de Monserrate com os mineiros para lhes mostrarem por parecer que nisto serviam a Sua Magestade e ao Sr. Governador Geral Diogo Botelho" Constata um termo que "alguns moradores desta vila foram ás minas de Nossa Senhora de Monserrate com os mineiros para lhes mostrarem por parecer que nisto serviam a Sua Magestade e ao Sr. Governador Geral Diogo Botelho conforme a ordem que os ditos mineiros traziam". [p. 157] • 4°. Provisão Bem pouco animadora devia ter sido esta visita ás jazidas escassas do Ypanema. Que valiam minas de ferro e "aço"? Ouro e ouro era o que se queria, o que queria Sua Majestade! Sabedor de que Diogo de Quadros, a pretexto de ajuntar homens para a mineração do ferro, andava a cativa gentio, ordenava o Governador-Geral, por provisão de 20 de agosto de 1606, que a Câmara reprimisse os excessos deste minerador escravista. • 5°. Minas A dezesseis de setembro de 1606 vinha Clemente Alvares perante a Câmara registrar achados de jazidas "um descuberto de betas e uma manta de ouro", primeiramente a de manta em Jaraguá ao sopé da primeira serra quando se ia de São Paulo para Jaraguamirim. E assim localizou diversos outros filões "de outra banda de Jaraguamirim, outra no limite de Parnahyba, no caminho do Ybituruna do nosso rio de Angemim, etc.". Estas declarações eles as fazia para em tempo ressalvar direitos. Interessante seria saber como, com aquele documento ultra sibilino, se poderia localizar os achados dos tais veios. Ao voltar D. Francisco de Souza era natural de recrudescesse a faina mineradora. Já na Europa preparava ele elementos para recomeçar logo a campanha com intensidade. [Página 157] • 6°. Firmada sociedade entre Diogo de Quadros, Francisco Lopes Pinto e D. Antônio de Souza, filho de D. Francisco de Souza, que se refere a um engenho de ferro "situado em o distrito e limite desta vila de São Paulo e donde chamam Ibirapuera, da outra banda do Rio Jeribatiba Francisco s São Paulo, em novembro de 1609 "porque neste dias, mês e ano, estão registrados os Alvarás, Provisões, e Ordens Régias, que lhe foram dadas e as mercês, que foram conferidas a sua alta jurisdição posto que seu filho D. Antonio de Souza já em agosto desse ano se achava em São Paulo". [Página 162] • 7°. Traslado feito em Santos do pedido de Martim Rodrigues e Clemente Álvares, seu genro, feito em 5/2/1609, por 2 léguas da barra do Yatuahi até a barra do dito ribeiro Alvaro Rodrigues do Padro, filho de Clemente Alvarez (...) Ele e os dois Afonso Sardinha, já dissemos, são os patriarcas da mineração do ouro no Brasil. Vemol-o numa expedição em 1610 ao sertão dos carijós e fazendo base de operações em Pirapitinguy; em 1615 associado á grande bandeira trouxe imenso número de nativos carijós a São Paulo, etc. • 8°. Petição que fez Clemente Alvarez Também conhecido como Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting. Natural de Doesburg, Geldrie, Holanda. Engenheiro, veio para o Brasil, na companhia do governador D. Francisco de Souza, posteriormente a 1591, para trabalhar em pesquisas minerais, vivendo na Bahia até o ano de 1600 e passando para São Paulo após essa data. Acompanhou o governador em suas incursões à costa, aos rios Araçoiaba, Jaraguá e Ibituruna, acontecidas até julho de 1601. Em 1611, Balthazar Gonçalves declara que pretende ir às minas de Caativa com “o mineiro alemão Oalte ou Bettimk”. • 9°. Baltazar Gonçalves avisa que vai ao sertão, às minas de Caativa, com “o alemão mineiro” • 10°. Alvaro Rodrigues do Padro, filho de Clemente Alvarez, associado á grande bandeira trouxe imenso número de nativos carijós a São Paulo Alvaro Rodrigues do Padro, filho de Clemente Alvarez (...) Ele e os dois Afonso Sardinha, já dissemos, são os patriarcas da mineração do ouro no Brasil. Vemol-o numa expedição em 1610 ao sertão dos carijós e fazendo base de operações em Pirapitinguy; em 1615 associado á grande bandeira trouxe imenso número de nativos carijós a São Paulo, etc. (Historia Geral das Bandeiras Paulistas, 1929. Affonso de E. Taunay. Páginas 257 e 258)
Atualizado em 31/10/2025 00:56:44 Almanak Litetário e Estatistico do RS ![]() Data: 1900 Créditos: Alfredo Ferreira Rodrigues Página 173
Atualizado em 31/10/2025 00:56:45 Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro vol. XIX (1897) ![]() Data: 1897 Créditos: Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro vol. XIX (1897) 01/01/1897
• 1°. Anchieta* Replica o primeiro relato, do Padre Pedro Rodrigues, de 1607. • 2°. Diogo Quadros reclama pelos peritos em mineração / voltou a São Paulo, depois de sua missão em Castela, como provedor das minas e com a licença de construir dois engenhos As atividades de Diogo de Quadros, um dos SOCIOS, comprovadas· pelos documentos ainda existentes, demonstram que de fato foi nomeado administrador das minas de São Paulo em 1605 (90). Como tal, recebia provisão datada de Salvador, a 10 de janeiro do mesmo ano, concedida pelo governador geral Diogo de Botelho, para que lhe fôsse entregue pelos Almoxarifes da Bahia, Rio de Janeiro e São Vicente tôdas as ferramentas "que tiverem e possam servir e sejão necessarias ao benefício das ditas Minas, avaliando-se por officiaes, assistindo a isso o Procurador de S. Magestade e dando o dito Diogo de Quadros fiança a elles... • 3°. Ferramentas entregues em Santos • 4°. Engenho de ferro existia Entre a vila de Sorocaba, e Itú ha uma Minas de ferro, e aço, que parecem inextinguiveis pela sua grandeza, e a qualidade destes dois gêneros é também boa: Nelas fundou um Grande Engenho de Ferro, e Aço Afonso Sardinha o velho, pagando destes generos o quinto a S. Magestade; passou á coroa este Engenho, ou pelo ceder nela o dito Afonso Sardinha, como dizem, ou por outro qualquer título, o certo é, que no ano de 1605, existiam entregues ao Almoxarife de Santos peças de ferramenta, que tinham sido do dito Engenho. Neste ano requereu Diogo de Quadros ao Governador Geral do Estado Diogo Botelho, para que lhe mandasse entregar as ferramentas, que houvessem nos Almoxarifados da Bahia, Rio de Janeiro, e São Vicente, que fossem hábeis para a fábrica de ferro; porquanto se tinha obrigado a levantar dois Engenhos na Capitania de São Vicente, o que lhe concedeu o dito Governador Geral por provisão de 10 de janeiro de 1605, em virtude da qual ele recebeu as ferramentas desta fábrica, que existiam entregues ao Almoxarife de Santos aos 2 de novembro do dito ano: O dito Diogo de Quadros com seu sócio Francisco Lopes Pinto levantaram outro Engenho da mesma qualidade da vocação de Nossa Senhora da Assunção no Sítio de Ebiropecera da outra banda do rio Ierobatiba; que não era nas vizinhadas da Cidade de São Paulo, aonde não sei se ainda ha minas desta qualidade: [Páginas 207 e 208]
Atualizado em 31/10/2025 00:56:45 Correio Paulistano ![]() Data: 1875 Primeira página
• 1°. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza Antiguidades paulistanas - Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza Com o capitão João Pereira de Souza, que Deus levou, recebemos nesta câmara uma carta de V.mercê o ano passado, na qual nos manda que lhe escrevamos miudamente tudo o que parecer. Alguns treslados de cartas se acham aqui das que escrevemos a Vme; nos parece que não lhe foram dadas. O que de presente se poderá avisar, muito papel e tempo seria necessário, porque são tão várias e de tanta altura as coisas que diariamente sucedem, que não falta matéria de escrever e avisar e se, poderá dizer, de chorar. Só fazemos lembrança a Vme. que se sua pessoa, ou coisa muito sua, desta Capitania, não acudir com brevidade pode entender que não terá cá nada, pois estão as coisas desta terra com a "candeia na mão" e cedo se despovoará, porque assim os Capitães e Ouvidores que Vme. manda, como os que cada quinze dias nos "mettem" os governadores gerais, em outra coisa não entendem, nem estudam, senão como nos hão de esfolar, destruir e afrontar, e nisto gastam o seu tempo; eles não vem nos governar e reger, nem aumentar a terra que o sr. Martim Afonso de Souza ganhou de S.M. lhe deu com tão avantajadas mercês e favores. Vai isto em tal estado que "pelo eclesiástico e secular não há outra coisa senão pedir e apanhar, e um que nos pedem e outro que nos tomam tudo é seu e ainda lhe ficamos devendo." E se falamos prendem-nos e excomungam-nos e fazem de nos o que querem, que como somos pobres e temos o remédio tão longe, não há outro recurso senão abaixar a cerviz e sofrer o mal que nos põem. Assim senhor, acuda veja, ordene e mande o que lhe parecer, que muito tem a terra que dar; é grande, fértil de mantimentos, muitas águas e lenhas, grandes campos e pastos, tem ouro, muito ferro e açúcar, e esperamos que haja prata pelos muitos indícios que há, mas faltam mineiros e fundidores destros. E o bom governo é que nos falta de pessoas "que tenham consciência e temor de Deus e valia" que nos mandem o que for justo, e nos favoreçam no bem e castiguem no mal quando merecemos, que tudo é necessário. Diogo de Quadros é ainda provedor das minas, até agora tem procedido bem, anda fazendo um engenho de ferro a três léguas desta vila e como se perdeu no Cabo Frio trem pouca posse e vai devagar, mas acabal-o-ha, e será de muita importância por estar perto daqui como três léguas, e haver metal de ferro; mais há na serra de - Byracoiaba - 25 léguas daqui para o sertão, em terra mais larga e abastada e perto dalí como três léguas está a - Cahatyba - d´onde se tirou o primeiro ouro, e desde ali ao Norte haverá 60 léguas de cordilheira de terra alta que toda leva ouro, principalmente a serra de - Jaraguá - de N. Senhora de Monte Serrate, a de Vuturuna - e outras. Póde v. mc. fazer aqui um grande reino à S. M. há grande meneio e trado para Angola, Perú e outras partes, podem-se fazer muitos navios, que só a bem se pode trazer de lá, pois já muito algodão, muitas madeiras e outros achegos. Quanto a consideração do gentio que não convêm termos (ou lermos?) e avexarem-nos, assim como nos fazem a nós o fazemos a eles, e os cristão vizinhos são quase acabados; mas no sertão há infinidade deles, e de muitas nações, que vivem a lei dos brutos animais, comendo-se uns aos outros, que se os descermos com ordem para serem cristãos será coisa de grande proveito, principalmente o gentio - carijó - que está 80 léguas daqui por mar e por terra, e se afirma que podem ser 200.000 homens de arco. Esta é uma grande empresa e a v. mc., ou coisa muito sua, e estava bem que S.M. lhe concedesse e lhe importaria mais de 1000:000 cruzados, afora o de seus vasalos, o que pelo tempo adiante pode redundar a esta capitania, além do particular do mesmo gentio vindo ao grêmio da Santa Madre Igreja. Tornamos a lembrar: acuda v. mc. porque de Pernambuco e da Bahia, por mar e por terra, lhe levou o gentio de seu sertão e distrito, e muito cedo ficará tudo ermo, com as árvores e erva do campo somente. Não tem cá v. m. tão pouca posse, que das cinco vilas quje cá tem, com a Cananéa, pode por em campo para os - carijós - mais de 300 homens portugueses afora os seus índios escravos, que serão mais de 1.500, gente usada ao trabalho do sertão, que com bom caudilho passam do Perú por terra, e isto não é fábula. Já v. mc. seria sabedor como Roque Barreto, sendo capitão, mandou ao sertão 300 homens brancos a descer gentio e gastou dois anos na viagem com muitos gastos e mortes por ser contra uma lei de el-Rei, que os padres da companhia trouxeram, o governador-geral Diogo Botelho mandou provisão para tomarem o terço para ele, e depois veio ordem para o quinto; sobre isto houve aqui muito trabalho e grandes devassas e ficaram muitos homens encravados, que talvez ha nesta vila hoje mais de 65 homiziados, não tendo ela mais de 190 moradores; se lá for alguma informação de que a gente desta terra é indômita, creia v. mc. o que lhe parecer com o resguardo que deve aos seus, que não ha quem sofra tantos desaforos. Nosso Senhor guarde a pessoa e a família de v. mc. por muitos anos como a todos é mister. Vila de São Paulo em câmara 13 de janeiro de 1606. - Diogo Dias - Clemente Alvares - José de Camargo - Manoel Fernandes - Belchior da Costa.
Atualizado em 31/10/2025 00:56:45 História do Brasil. Autor: Frei Vicente do Salvador (1564-1639) ![]() Data: 1959 Créditos: Washington Luís (1869-1957) Página 272
• 1°. Cigana Francisca Rodrigues responsável pela aposentadoria do mesmo D. Francisco de Sousa • 2°. D. Francisco chegou em São Paulo Já em 3 de janeiro sabia-se da próxima vinda de D. Francisco em São Paulo, Atas, 2, 232; a 25 de abril estavam esperando por ele, a 26 tinham notícia certa de ficar no Rio de Janeiro, ib., 242, 242; a 6 de junho de ficar no Rio de Janeiro, ib., 242, 243; a 6 de junho estava em Santos, estava em Santos, a 15 em S.Paulo, registo, 1, 176/177. [Página 267] • 3°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil Frei Vicente do Salvador, contemporâneo de D. Francisco de Sousa e que bastante estimava-o, a esse tempo se achava na Bahia. Em sua História do Brasil, a par das benignas qualidades de d.Francisco, conservava sempre toda a sua autoridade e respeito, e “assim foi o mais benquisto Governador, que houve no Brasil, junto com ser o mais respeitado e venerado”: "... com uma enfermidade grande que teve na vila de São Paulo, da qual morreu (o governador), estando tão pobre que me afirmou um padre da Companhia que se achava com ele a sua morte, que nem uma vela tinha para lhe meterem na mão, si a não mandara levar do seu convento; mas quereria Deus alumia-lo em aquele tenebroso transe, por outras muitas que havia levado deante, de muitas esmolas e obras de piedade que sempre fez."
Atualizado em 31/10/2025 00:56:45 Firmada sociedade entre Diogo de Quadros, Francisco Lopes Pinto e D. Antônio de Souza, filho de D. Francisco de Souza, que se refere a um engenho de ferro "situado em o distrito e limite desta vila de São Paulo e donde chamam Ibirapuera, da outra banda do Rio Jeribatiba ![]() Data: 1940 Créditos: Carvalho Franco página 49
• 1°. Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escripta á vista de avultada documentação inedita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Quinto - Jornadas nos sertões bahianos - Os inventarios da selva - Primordios da mineração - O cyclo do ouro de lavagem - As esmeraldas e a prata, 1929. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) 1929 Francisco s São Paulo, em novembro de 1609 "porque neste dias, mês e ano, estão registrados os Alvarás, Provisões, e Ordens Régias, que lhe foram dadas e as mercês, que foram conferidas a sua alta jurisdição posto que seu filho D. Antonio de Souza já em agosto desse ano se achava em São Paulo". [Página 162] ver mais • 2°. Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social Orientadora: Profa. Dra. Nanci Leonzo 2012 A documentação da Câmara de São Paulo registra que um engenho de ferro foi construído em 1660 na região do Ibirapuera, que teve como sócios D. Francisco de Sousa e Afonso Sardinha, cuja escritura de sociedade foi lavrada pelo tabelião Simão Borges de Cerqueiro. Um segundo engenho estaria supostamente instalado às margens do Rio Jerubatuba (atual Pinheiros), nas proximidades do baixo de Santo Amaro. Não restam dúvidas que os únicos engenhos de ferro conhecidos nesse período se localizavam em Araçoiaba. Esses fornos tornaram-se famosos, porque são considerados como os verdadeiros precursores da siderurgia brasileira, ou ainda, a primeira fábrica de ferro do Brasil, por terem sido construídos em 1599 e a documentação da Câmara de São Paulo registrar a escritura de compra e venda dos fornos do Ibirapuera como ocorrida em 1600, isto é, após os fornos de Biraçoiaba. ver mais
Atualizado em 31/10/2025 00:56:46 Botelho, em carta ao rei, comunicava que Quadros era suspeito de “aplicar os quintos para si” ![]() Data: 1928 Créditos: Afonso de E. Taunay Página 257
Atualizado em 31/10/2025 00:56:46 Diogo Quadros reclama pelos peritos em mineração / voltou a São Paulo, depois de sua missão em Castela, como provedor das minas e com a licença de construir dois engenhos ![]() Data: 1605 01/01/1605
• 1°. Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro vol. XIX (1897) 23 de novembro de 1897, sexta-feira As atividades de Diogo de Quadros, um dos SOCIOS, comprovadas· pelos documentos ainda existentes, demonstram que de fato foi nomeado administrador das minas de São Paulo em 1605 (90). Como tal, recebia provisão datada de Salvador, a 10 de janeiro do mesmo ano, concedida pelo governador geral Diogo de Botelho, para que lhe fôsse entregue pelos Almoxarifes da Bahia, Rio de Janeiro e São Vicente tôdas as ferramentas "que tiverem e possam servir e sejão necessarias ao benefício das ditas Minas, avaliando-se por officiaes, assistindo a isso o Procurador de S. Magestade e dando o dito Diogo de Quadros fiança a elles... ver mais
Atualizado em 31/10/2025 00:56:46 Diogo Botelho e seu cunhado, Francisco Lopes em São Paulo ![]() Data: 1969 Créditos: Jesuíno Felicíssimo Junior Página 11
Atualizado em 31/10/2025 00:56:46 Constata um termo que "alguns moradores desta vila foram ás minas de Nossa Senhora de Monserrate com os mineiros para lhes mostrarem por parecer que nisto serviam a Sua Magestade e ao Sr. Governador Geral Diogo Botelho" ![]() Data: 1929 Créditos: Afonso de E. Taunay (1876-1958) Página 157
• 1°. Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escripta á vista de avultada documentação inedita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Quinto - Jornadas nos sertões bahianos - Os inventarios da selva - Primordios da mineração - O cyclo do ouro de lavagem - As esmeraldas e a prata, 1929. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) 1929 Constata um termo que "alguns moradores desta vila foram ás minas de Nossa Senhora de Monserrate com os mineiros para lhes mostrarem por parecer que nisto serviam a Sua Magestade e ao Sr. Governador Geral Diogo Botelho conforme a ordem que os ditos mineiros traziam". [p. 157] ver mais
Atualizado em 31/10/2025 01:35:59 Botelho enviara a São Paulo ordens para a interrupção das entradas no sertão, e dois mineiros para aferirem certas “contradições” nas minas divulgadas por Souza ![]() Data: 1938 Créditos: Severino Sombra Página 319
Atualizado em 31/10/2025 01:36:02 Diogo Botelho, membro da primeira nobreza portuguesa, chegou a Salvador ![]() Data: 1617 Créditos: Pedro Antônio Vidal (.254.
Atualizado em 31/10/2025 01:36:03 Diogo Botelho, 8° Governador geral do Brasil toma posse ![]() Data: 1969 Créditos: Jesuíno Felicíssimo Junior Página 8
• 1°. Diogo Botelho, data da consulta em brasilhis.usal.es 6 de fevereiro de 2024, sexta-feira Sobre o Brasilbook.com.br |