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Francisco Adolfo de Varnhagen
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  Francisco Adolfo de Varnhagen
  51º de 90
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1928
Atualizado em 31/10/2025 07:48:53
Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escripta á vista de avultada documentação inedita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Quarto - Cyclo de caça ao indio - Luctas com os hespanhoes e os Jesuitas - Invasao do Paraguay - Occupação do Sul de Matto Grosso - Expedições á Bahia - Desbravamento do Piauhy (1651 - 1683)
•  Cidades (7): Assunção/PAR, Barueri/SP, Ciudad Real/BRA, Itu/SP, Pilar do Sul/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (17): Afonso d´Escragnolle Taunay (52 anos), Coaracy, Diogo de Quadros, Felippe Guilhem (n.1487), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Pedroso Xavier (1635-1680), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), João Coelho de Souza (f.1574), João da Rocha Pita, João Fernandes Saavedra (f.1667), Jorge Soares de Macedo, Manoel de Lemos Conde, Manoel Rodrigues de Arzão (1616-1730), Manuel Correia, Manuel Correia II, Tomé de Sousa (1503-1579), 2º conde do Prado (1577-1643)
•  Temas (16): Caaguacu, Caminho do Peabiru, Dinheiro$, Estradas antigas, Grunstein (pedra verde), Habitantes, Itapura, Itatins, Juan de Peralta, Maracayú, Nossa Senhora da Escada, Ouro, Paiaguás, Rio Amambahy, Rio Anhemby / Tietê, Rio Ypané
Historia Geral das Bandeiras Paulistas
Data: 1928
Créditos: Afonso de E. Taunay
Escripta á vista de avultada documentação inedita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Quarto - Cyclo de caça ao indio - Luctas com os hespanhoes e os Jesuitas - Invasao do Paraguay - Occupação do Sul de Matto Grosso - Expedições á Bahia - Desbravamento do Piauhy 1651 - 1683. Página 21
    Registros relacionados
Maio de 1592. Atualizado em 30/06/2025 04:04:42
1°. Em maio de 1592 partiram da Bahia e, chegando à serra do Gariru (ou Quareru, atual Serra Branca), levantaram um forte, em cumprimento à determinação régia de que pelo menos a cada 50 léguas assim se procedesse*
Além destas duas grandes entradas bahianas quinhentistas, citemos ainda no mesmo século as de Sebastião Alvares e João Coelho de Souza no São Francisco.Morreu este no sertão e seu irmão Gabriel Soares de Souza, herdeiro de seus segredos, foi á Europa ver se a coroa lhe proporcionava os recursos necessários ás explorações enormes que pretendia encetar, em busca dos formidáveis tesouros que o irmão pretendera haver encontrado no interior do Brasil.

Obteve-os em larga escala, assim como patentes e promessas de toda a espécie, tudo isto após grandes delongas, aliás. Mas naufragou em 1590, ao voltar, á foz do Vasa-Varris, perdendo todo o seu material. Procurou valer-lhe D. Francisco de Souza, que então inaugurava o seu governo, e com estes novos elementos encetou Gabriel Soares, em 1592, a sua entrada. É d. Francisco de Souza geralmente acusado de se haver apoderado dos seus papéis e roteiros, requerendo mais tarde e obtendo-os "os mesmos privilégios e concessões outorgadas a Soares e ainda outras" no dizer de Varnhagen.
10 de julho de 1592, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:38:57
2°. Abertura do testamento de Gabriel Soares de Sousa, capitão-mor e governador da conquista e do descobrimento do Rio de São Francisco
Além destas duas grandes entradas bahianas quinhentistas, citemos ainda no mesmo século as de Sebastião Alvares e João Coelho de Souza no São Francisco.Morreu este no sertão e seu irmão Gabriel Soares de Souza, herdeiro de seus segredos, foi á Europa ver se a coroa lhe proporcionava os recursos necessários ás explorações enormes que pretendia encetar, em busca dos formidáveis tesouros que o irmão pretendera haver encontrado no interior do Brasil.

Obteve-os em larga escala, assim como patentes e promessas de toda a espécie, tudo isto após grandes delongas, aliás. Mas naufragou em 1590, ao voltar, á foz do Vasa-Varris, perdendo todo o seu material. Procurou valer-lhe D. Francisco de Souza, que então inaugurava o seu governo, e com estes novos elementos encetou Gabriel Soares, em 1592, a sua entrada. É d. Francisco de Souza geralmente acusado de se haver apoderado dos seus papéis e roteiros, requerendo mais tarde e obtendo-os "os mesmos privilégios e concessões outorgadas a Soares e ainda outras" no dizer de Varnhagen. [25586]
11 de dezembro de 1611, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:36:24
3°. Balthazar Gonçalves declara que pretende ir às minas de Caativa com “o mineiro alemão Oalte ou Bettimk”. Ainda em 1611 Gerrit Bettinck autorizou a venda da herança de seus pais em Doesburg
A 11 de dezembro de 1611, declarava-se a Câmara impotente para impedir o movimento entradista. Muito gente de São Paulo, "vizinhos e moradores, brancos e negros iam ao sertão". Assim, para diminuir as responsabilidades pedia ao capitão-mór loco-tenente Gaspar Conqueiro que lhe viesse dar força. Compareceu o capitão-mór á sessão, combinando-se convidar a explicações Balthazar Gonçalves, o inveterado escravista que passava por ser um dos "leaders" das entradas. Respondeu este á intimação e negou que preparasse jornada ao sertão. Pretendia, apenas, ir á minas de Caativa, com o mineiro alemão Oalte ou Bettimk por ordem do provedor Quadros. E assim se desculpou. Esta ocasião aproveitou-a a Câmara para fazer saber a Conqueiro que atras dos índios carijós que o governador d. Luiz de Sousa mandara ao sertão iam muitos brancos e escravos.
3 de junho de 1656, sábado. Atualizado em 24/10/2025 04:34:37
4°. Saavedra
22 de fevereiro de 1676, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:47:16
5°. Saída de Assunção
17 de novembro de 1682, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:29
6°. Documento
Nova prova de quanto eram hipócritas todas as disposições relativas á legislação de nativos temol-a no registro de 17 de novembro de 1682 em que o juiz de órfãos Salvador C. de Almeida pede aforamento de terras dos nativos por não as ter perto da vila "para acudir ás suas obrigações nem cercado para segurança de seus cavalhos". Prometia não prejudicar os nativos e pagar pataca e meia por ano. E assim obteve o que pretendia.

Não admira pois que numerosos outros particulares, homens e mulheres lhe seguissem os exemplos e passos pagando alguns vinténs por ano e promessa de não fazer mal aos nativos! Assim Isabel Pompeia, Manuel de Zouro e quantos mais. [Página 265]




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  52º de 90
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1928
Atualizado em 01/11/2025 04:15:04
Ensaio bio-bibliographico sobre Francisco Adolpho de Varnhagen, Visconde de Porto Seguro. Apud HGB, II, 3/4, 1928. GARCIA, Rodolfo
•  Cidades (2): Araçoiaba da Serra/SP, Sorocaba/SP
    Registros relacionados
26 de junho de 1878, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:04
1°. Falecimento de Francisco Adolfo de Varnhagen, o Visconde de Porto Seguro
Em seu testamento consta a orientação de que no local de seu nascimento fosse erigido um monumento à sua memória. Quatro anos após sua morte, nas terras da Real Fabrica de Ferro de São João de Ipanema, sua vontade é atendida. Em uma das faces do pedestal se lê a seguinte inscrição: “À memória de Varnhagen, Visconde de Pôrto Seguro, nascido na terra fecunda descoberta por Colombo, iniciado por seu pai nas coisas grandes e úteis. Estremeceu sua Pátria e escreveu-lhe a História. Sua alma imortal reúne aqui tôdas as suas recordações.”
11 de novembro de 1884, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:46
2°. S. S. A. A. Imperiaes visitando no dia 11 de Novembro 1884, o monumento elevado em 1882 no Morro Araçoyaba, (Ypanema) à memoria de Varnhagen, Visconde de Porto Seguro
Em seu testamento consta a orientação de que no local de seu nascimento fosse erigido um monumento à sua memória. Quatro anos após sua morte, nas terras da Real Fabrica de Ferro de São João de Ipanema, sua vontade é atendida. Em uma das faces do pedestal se lê a seguinte inscrição: “À memória de Varnhagen, Visconde de Pôrto Seguro, nascido na terra fecunda descoberta por Colombo, iniciado por seu pai nas coisas grandes e úteis. Estremeceu sua Pátria e escreveu-lhe a História. Sua alma imortal reúne aqui tôdas as suas recordações.”




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  53º de 90
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1929
Atualizado em 31/10/2025 07:48:48
Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escripta á vista de avultada documentação inedita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Quinto - Jornadas nos sertões bahianos - Os inventarios da selva - Primordios da mineração - O cyclo do ouro de lavagem - As esmeraldas e a prata, 1929. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958)
•  Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (14): Afonso d´Escragnolle Taunay (53 anos), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Álvaro Rodrigues do Prado (1593-1683), Antônio de Sousa (1584-1631), Baltazar Gonçalves, o moço (1544-1619), Clemente Álvares (1569-1641), Diogo Botelho, Diogo de Quadros, Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), João IV, o Restaurador (1604-1656), Pandiá Calógeras (59 anos), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777)
•  Temas (8): Bacaetava / Cahativa, Bituruna, vuturuna, Capitania de São Paulo, Dinheiro$, Nossa Senhora de Montserrate, Ouro, Pirapitinguí, Ybyrpuêra
Historia Geral das Bandeiras Paulistas.. Tomo V
Data: 1929
Créditos: Afonso de E. Taunay (1876-1958)
Página 141
    Registros relacionados
1580. Atualizado em 24/10/2025 02:38:27
1°. Afonso Sardinha (45 anos) adquiriu uma grande fazenda em São Paulo (o nas serras de Iguamimbaba, que agora se chama Mantaguyra, na de Jaraguá, termo de S. Paulo, na de Vuturuna (São Roque), na de “Hybiraçoyaba (Sorocaba)”
Alvaro Rodrigues do Padro, filho de Clemente Alvarez (...) Ele e os dois Afonso Sardinha, já dissemos, são os patriarcas da mineração do ouro no Brasil. Vemol-o numa expedição em 1610 ao sertão dos carijós e fazendo base de operações em Pirapitinguy; em 1615 associado á grande bandeira trouxe imenso número de nativos carijós a São Paulo, etc.
Novembro de 1599. Atualizado em 30/10/2025 06:32:01
2°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza*
Em novembro de 1599, fazia sacar do Almoxarifado da Fazenda de Santos mais de seis contos de réis, soma no tempo avultadíssima, para o pagamento da tropa que o seguia "em meio das minas". Depois de "ocularmente as ter examinado e adiantado o estabelecimento delas, que denominou de Nossa Senhora de Monserrate, onde mandou levantar o pelourinho, voltou a São Paulo.
24 de dezembro de 1604, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:40
3°. Constata um termo que "alguns moradores desta vila foram ás minas de Nossa Senhora de Monserrate com os mineiros para lhes mostrarem por parecer que nisto serviam a Sua Magestade e ao Sr. Governador Geral Diogo Botelho"
Constata um termo que "alguns moradores desta vila foram ás minas de Nossa Senhora de Monserrate com os mineiros para lhes mostrarem por parecer que nisto serviam a Sua Magestade e ao Sr. Governador Geral Diogo Botelho conforme a ordem que os ditos mineiros traziam". [p. 157]
20 de agosto de 1606, domingo. Atualizado em 31/10/2025 00:54:23
4°. Provisão
Bem pouco animadora devia ter sido esta visita ás jazidas escassas do Ypanema. Que valiam minas de ferro e "aço"? Ouro e ouro era o que se queria, o que queria Sua Majestade! Sabedor de que Diogo de Quadros, a pretexto de ajuntar homens para a mineração do ferro, andava a cativa gentio, ordenava o Governador-Geral, por provisão de 20 de agosto de 1606, que a Câmara reprimisse os excessos deste minerador escravista.
16 de setembro de 1606, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:21:33
5°. Minas
A dezesseis de setembro de 1606 vinha Clemente Alvares perante a Câmara registrar achados de jazidas "um descuberto de betas e uma manta de ouro", primeiramente a de manta em Jaraguá ao sopé da primeira serra quando se ia de São Paulo para Jaraguamirim. E assim localizou diversos outros filões "de outra banda de Jaraguamirim, outra no limite de Parnahyba, no caminho do Ybituruna do nosso rio de Angemim, etc.".

Estas declarações eles as fazia para em tempo ressalvar direitos. Interessante seria saber como, com aquele documento ultra sibilino, se poderia localizar os achados dos tais veios. Ao voltar D. Francisco de Souza era natural de recrudescesse a faina mineradora. Já na Europa preparava ele elementos para recomeçar logo a campanha com intensidade. [Página 157]
11 de agosto de 1609, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:09:59
6°. Firmada sociedade entre Diogo de Quadros, Francisco Lopes Pinto e D. Antônio de Souza, filho de D. Francisco de Souza, que se refere a um engenho de ferro "situado em o distrito e limite desta vila de São Paulo e donde chamam Ibirapuera, da outra banda do Rio Jeribatiba
Francisco s São Paulo, em novembro de 1609 "porque neste dias, mês e ano, estão registrados os Alvarás, Provisões, e Ordens Régias, que lhe foram dadas e as mercês, que foram conferidas a sua alta jurisdição posto que seu filho D. Antonio de Souza já em agosto desse ano se achava em São Paulo". [Página 162]
8 de janeiro de 1610, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:22:49
7°. Traslado feito em Santos do pedido de Martim Rodrigues e Clemente Álvares, seu genro, feito em 5/2/1609, por 2 léguas da barra do Yatuahi até a barra do dito ribeiro
Alvaro Rodrigues do Padro, filho de Clemente Alvarez (...) Ele e os dois Afonso Sardinha, já dissemos, são os patriarcas da mineração do ouro no Brasil. Vemol-o numa expedição em 1610 ao sertão dos carijós e fazendo base de operações em Pirapitinguy; em 1615 associado á grande bandeira trouxe imenso número de nativos carijós a São Paulo, etc.
29 de janeiro de 1611, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:22:50
8°. Petição que fez Clemente Alvarez
Também conhecido como Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting. Natural de Doesburg, Geldrie, Holanda. Engenheiro, veio para o Brasil, na companhia do governador D. Francisco de Souza, posteriormente a 1591, para trabalhar em pesquisas minerais, vivendo na Bahia até o ano de 1600 e passando para São Paulo após essa data. Acompanhou o governador em suas incursões à costa, aos rios Araçoiaba, Jaraguá e Ibituruna, acontecidas até julho de 1601. Em 1611, Balthazar Gonçalves declara que pretende ir às minas de Caativa com “o mineiro alemão Oalte ou Bettimk”.
11 de setembro de 1611, domingo. Atualizado em 29/10/2025 01:01:38
9°. Baltazar Gonçalves avisa que vai ao sertão, às minas de Caativa, com “o alemão mineiro”
Na sessão de 11 de setembro de 1611 se conta que certo Balthazar Gonçalves fora a Caativa com o alemão mineiro por ordem de Quadros declarando os vereadores que não interveriam no caso "por não ser de sua jurisdição". (Historia Geral das Bandeiras Paulistas, 1929. Affonso de E. Taunay. Página 168)
1615. Atualizado em 23/10/2025 17:22:51
10°. Alvaro Rodrigues do Padro, filho de Clemente Alvarez, associado á grande bandeira trouxe imenso número de nativos carijós a São Paulo
Alvaro Rodrigues do Padro, filho de Clemente Alvarez (...) Ele e os dois Afonso Sardinha, já dissemos, são os patriarcas da mineração do ouro no Brasil. Vemol-o numa expedição em 1610 ao sertão dos carijós e fazendo base de operações em Pirapitinguy; em 1615 associado á grande bandeira trouxe imenso número de nativos carijós a São Paulo, etc. (Historia Geral das Bandeiras Paulistas, 1929. Affonso de E. Taunay. Páginas 257 e 258)




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  54º de 90
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1934
Atualizado em 31/10/2025 07:48:42
"O Romance do Prata" de Paulo Setúbal (Sabarabuçu, serra Sabarabussú)
•  Cidades (7): Jacobina/BA, Paranaguá/PR, Potosí/BOL, Sabará/MG, Salvador/BA, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (39): 1º Conde de Sabugosa (1673-1741), 1º visconde de Barbacena (1610-1675), 2º conde do Prado (1577-1643), Afonso Furtado de Mendonça (1561-1630), André de Leão, Antonio de Lemos Conde, Artur de Sá e Meneses (f.1709), Basílio de Magalhães (60 anos), Belchior Dias Moréia (1540-1619), Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557), Diogo da Silva e Mendonça, Marques de Alenquer, Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Filipa Dias (ou Álvares) (1521-1610), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Garcia Rodrigues Paes (1659-1738), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Gonçalo Coelho, Jacques Oalte, João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), Lopo de Albuquerque Maranhão da "Câmara“, Manoel de Lemos Conde, Manuel de Borba Gato (1649-1718), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Nicolau Barreto, Pandiá Calógeras (64 anos), Paulo de Oliveira Leite Setúbal (41 anos), Paulo Dias Adorno, Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Pedro Barbosa Leal, Pedro II de Portugal (1648-1706), Plínio Marques da Silva Ayrosa (39 anos), Rodrigo de Castelo Branco, Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Teodoro Fernandes Sampaio (79 anos), Tomé de Sousa (1503-1579), Walter Raleigh (1552-1618), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
•  Temas (14): Assassinatos, Buraco de Prata, Descobrimento do Brazil, Grunstein (pedra verde), Léguas, Ouro, Peru, Prata, Ribeirão das Furnas, Rio da Prata, Rio São Francisco, Sabarabuçu, Serra da Mantiqueira, Tamboladeiras
Paulo Setúbal
Data: 1937
01/01/1937
    Registros relacionados
22 de abril de 1500, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:04
1°. O “Descobrimento” do Brasil
1506. Atualizado em 28/10/2025 08:39:10
2°. Gonçalo Coelho e a prata
E quantas outras notícias sobre essa apetecida prata, quantas, corriam então a cândida terra dos papagaios! E que fabulosas! Os companheiros de Gonçalo Coelho, por entre narrativas embasbacantes, contavam, ao voltar, que —

"na embocadura dum rio que fica a duzentas léguas aquem do Cabo, tiveram informes de que pelo sertão havia muita prata. Diziam que um Capitam de outro navio trouxera ao Rei de Portugal um machado de prata". E que rio era esse que ficava a duzentas léguas aquém do Cabo? Era o Rio da Prata. Rio imenso, de águas claras, assim chamado exatamente porque os indígenas, que lhe povoavam as margens, traziam enfeites de prata e usavam objetos de prata. Oh, as minas desse confuso Rio da Prata, tão longínquo e extraordinário!"
1514. Atualizado em 28/10/2025 08:39:11
3°. Portugueses recolheram no Rio da Prata um machado de prata, que estava nas mãos dos charruas
1534. Atualizado em 25/02/2025 04:41:00
4°. Casamento
1552. Atualizado em 25/02/2025 04:46:56
5°. “...esta terra e o Peru, Senhor, é toda uma”
8 de novembro de 1553, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:54:50
6°. Carta de Luís Sarmiento de Mendoza, embaixador espanhol em Lisboa
1590. Atualizado em 25/02/2025 04:41:00
7°. Historia Natural e Moral das Índias
9 de junho de 1591, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:07:19
8°. Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil
1592. Atualizado em 24/10/2025 02:38:33
9°. Registros de construção de fortificações, como a de Emboaçava
Maio de 1592. Atualizado em 30/06/2025 04:04:42
10°. Em maio de 1592 partiram da Bahia e, chegando à serra do Gariru (ou Quareru, atual Serra Branca), levantaram um forte, em cumprimento à determinação régia de que pelo menos a cada 50 léguas assim se procedesse*
Gabriel Soares voltou de Madri com abundantes poderes e dilatadíssimas ajudas. E aprestou a sua entrada sem tardança. Botou nela, como mineiro, Marcos Ferreira, homem prático de metais. Como guia, um bugre amigo, Guarací, que sabiaonde ficava a Serra da Prata. E com o mineiro, e com o guia, e com duzentos índios tapuios, bons flecheiros, o escritor atacou de rijo o sertão.

Largos e penosos dias, sob soalheiras urentíssimas, o sonhador da prata arremeteu-se impávido por aqueles negrejantes matos tragadores de vidas. Atingiu a serra do Quareru. Aí acampou7. Foi então, no Quareru, em pleno ermo, dentro do coração hirsuto do Brasil bárbaro, que, pela primeira vez, a mão do homem alevantou atrevidamente uma casa de taipa.

"Gabriel Soares mandou erguer no Quarerú huma casa-forte..." Não era, portanto, apenas o desbravamento da terra virgem que realizava o intrépido rasgador de selvas: com aquela casa-forte, plantada em tão selvático despovoado, lançava também Gabriel Soares a pedra básica, o alicerce primeiro, do povoamento do hinterland brasílico.

E enquanto os bugres erguiam aquela curiosa mole, fez o escritor sondar com acirramento todos os recantos da serrania. Vai senão quando, em uma daquelas lombas belo augúrio inicial! — Marcos Ferreira dá inopinadamente com osprimeiros, alvoroçantíssimos vestígios da tão apetecida prata. Grandes bulhas!

Grande e ruidosa festa entre os achadores! "... aqui fizeram os mineiros fundição de pedra de huma betta que se achou na serra; e se tirou prata..." Mas a beta era de certo minguada e fraca. Não satisfez a cobiça de GabrielSoares. Pois, segundo o relato da velha crônica — "o general a mandou serrar, e, deixando alli doze soldados, se foi com os mais outros cincoenta léguas, para o lado donde nasce o Rio Paraguassú".

Rude e bravia jornada! Os ares eram por aí pestíferos. As águas ruins. Nuvens de mosquitos azucrinantes ferretoavam sem tréguas os viageiros. Morcegos, às chusmas, chupavam de noite o sangue dos animais. Os animais, ao outro dia,amanheciam mortos no pouso. Não se topava caça por aqueles chãos estonados. Os mantimentos foram escasseando nos cargueiros. Num dado instante, em pleno deserto, faltaram por completo. Os homens, para não morrerem à míngua, tiveramque comer carne de cobra. Alastrou-se a maleita pela tropa. Maleita e doenças de frialdade. Não houve, daí por diante, como tolher o desencadear das misérias. Eram, todos os dias, desgraças sobre desgraças. O índio Guarací, tão precioso, que conhecia o sítio onde ficava a serra da prata, cai de repente morto à beira de um brejo.

Mas não havia empeço que quebrantasse o ânimo de Gabriel Soares. E o escritor lá continuou a sua rota, Por outras cinqüenta léguas, bem compridas e bem terríveis, o buscador da prata enfrentou de novo, com desassombro, aquelastragédias e reveses. Estacionou afinal. E botou-se, o corajento, naquelas solidões ainda mais lôbregas, a levantar outra casa-forte. A tropa atirou-se duramente à lida.E a paragem selvática, encravada entre morros penhascosos, encheu-se improvisadamente da faina criadora desses homens chucros. Mas o povo tinha bem razão: a prata do Brasil era traiçoeira! Todos os que tentavam desvendá-la, morriam.

Não escapara um só... Certa noite, no acampamento, rompe tumultuosa pendência entre os bugres.Para contá-la "Gabriel Soares saiu da sua barraca com uma catana na mão, e, pelos apartar, maltratou a muitos de húa e de outra banda". Os selvagens, irados contra o capitão que assim os agride tão carniceiramente a golpes de ferro, resolvem abandoná-lo no longínquo pouso. Na mesma noite, muito furtivamente, "fugiram todos e o desampararam; deixando-o só naquele deserto..." Os padecimentos tocaram então ao auge. Doente, quebrantado de forças, desbaratado, sozinho naquele despovoado, Gabriel Soares não logrou vencer tão dilatadas provações. E morreu na jornada. Morreu, o sacrílego, por querer atingir a serra da prata. Aquela enigmática, tão fascinadora serra branca e resplandecente... E quem, já agora, haveria de atingi-la? Quem haveria de descobrir a prata que o mato escondia? Quem?
10 de julho de 1592, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:38:57
11°. Abertura do testamento de Gabriel Soares de Sousa, capitão-mor e governador da conquista e do descobrimento do Rio de São Francisco
1594. Atualizado em 25/02/2025 04:39:58
12°. Walter Raleigh publicou o livro "The Discoverie of Guiana"
Dezembro de 1600. Atualizado em 24/10/2025 04:14:57
13°. Bandeira liderada por André Leão parte de SP com autorização de D. Francisco*
15 de junho de 1608, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:15:16
14°. Nomeação de D. Francisco
10 de junho de 1611, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 05:30:20
15°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil
— Cuidado, D. Francisco de Sousa, cuidado! Todos os que, até hoje, tentaram desvendar a prata que o mato esconde, morreram... Não escapou um só!

... Não pôde o Administrador do Sul realizar aquelas acicalantes miras que o empolgavam: D. Francisco de Souza, ao chegar, é subitamente atacado de doença grave. E morre.

Assim, com tão inesperado desfecho, desapareceu do cenàrio das minas o càlido perseguidor da esquiva serra misteriosa. E tão desvalido desapareceu o homem que mais cuidara no Brasil da serra branca, dessa Sabarabuçu mal agourada, que — sarcàstico pormenor — "segundo me affirmou hum padre da Companhia, que se achava com elle à sua morte (conta-o frei Vicente), morreo Dom Francisco de Souza tam pobre, tam pobre, que nem sequer huma vela tinha para lhe metterem na mão". [p. 27]

Anda muito escrito por ai que foi D. Francisco de Sousa quem acompanhou Melchior Dias às minas. Outros dizem que D. Francisco de Sousa apenas se ajuntou a D. Luiz de Sousa para a famosa entrada. A respeito de tais fatos, eis o que esclarece Basílio Magalhães:

"Ha ahi alguns enganos que teem gerado erronias deploraveis por parte de historiadores modernos. Ao tempo em que esteve D. Luiz de Souza em Pernambuco, isto é, de 1612 a 1616, nem só Melchior Dias estava ainda cuidando directamente de receber da Metropole as desejadas mercês (do que é prova a sua carta de 9 de Julho de 1614 depois da qual, parece, foi que mandou à corte o seu sobrinho Domingos de Araujo) como tambem não era governador da Bahia nenhum D. Francisco de Souza, pois este, nomeado a 15 de Junho de 1608 administrador Geral da Repartição do Sul fallecera em São Paulo a 10 de Junho de 1611. Quem, ao tempo das negociações entre D. Luiz e Melchior podia estar no governo da Bahia era Gaspar de Souza que, segundo a Historia Militar do Brasil, de D. José de Mirales, exerceu aquellas funcções desde 1614 até 1617. Mas quando se deu a entrada do neto de Caramurú à Itabaiana jà era governador da Bahia o proprio D. Luiz de Souza, que succedendo a Gaspar de Souza, tomou posse do cargo em 1617 e nelle permaneceu até 12 de Outubro de 1621. Não foi, pois, nenhum Francisco de Souza, nem mesmo Gaspar de Souza, quem o acompanhou ao sertão sergipense. Foi, de facto, um seu collega de governo, isto é, o representante da Metropole na Repartição do Sul. A prova disto é fornecida por uma testemunha presencial do acontecimento: Salvador Correia de Sà e Benevides". Segue-se aí a transcrição do depoimento de Salvador Correia. [p. 47]
1614. Atualizado em 25/02/2025 04:39:58
16°. "Minas encontradas"
Lopo de Albuquerque, estando a varar as cabeceiras do S. Francisco,mandou erguer uma cruz de madeira no alto de certa lomba. Aconteceu que, aogalgarem a serra, os escravos deram inopinadamente — "com hum grande ealevantado padrão de pedra; derrubaram este padrão e se vio que debaicho dellehavia huma lage de pedra com esta inscripçào: Minas de prata que se descobrioneste Logar no anno de 1614, que a seo tempo saberà S. Magestade dellas".Minas de prata! As encantadas minas de Melchior Dias! Lopo deAlbuquerque, mais os negros, botou-se a romper alvoroçadamente aqueles chãos. Eeis que topa, aos primeiros golpes, com uma caixa de tijolos chapeada de ferro.Arromba a tampa da caixa. Dentro, com o maior espanto, depara o sertanista umvelho papel embolorado. Nesse papel se declarava que, não longe dali, ficava umagrande serra alterosa, coberta de matos copadissimos, onde estavam as minas. Aserra onde estavam as minas! Até que enfim, por obra daquele estonteante acaso,iam surgir à luz do sol as escondidas riquezas do Caramuru. Lopo de Albuquerqueparte com ânsia em busca à serra alterosa. Alcança-a. Descobre o sítio indicado nopapel. Escava-o. E — deslumbrante realidade! — acha na entranha do morro osprimeiros veios da tão sonhada prata..."Lopo de Albuquerque tirou então as amostras da prata; deu conta dellas aS. Magestade; e S. Magestade lhe respondeo, pello seo secretàrio, Mendo deForjaz, que rompesse as minas". E acrescenta o cronista, textualmente, estaafirmativa categórica: "D. João de Alencastro vyu essa prata; e eu a vy tambem..."Lopo de Albuquerque, com alguns escravos de confiança, saiu a romper asminas como determinara o Rei. Mas...— Cuidado, Lopo Albuquerque, cuidado! Todos os que, até hoje, tentaramdesvendar a prata que o mato esconde, morreram. Não escapou um só!... mas o feliz achador das minas, ao atravessar um cerradão de aroeiras, ésubitamente picado por estranho bicho. Picada funesta! De nada valeram sangrias,nem mezinhas, nem ervas de bugre. "... dous dias antes de chegar, Lopo deAlbuquerque falleceu da mordedura daquelle bicho pessonhento".Outra morte! Outra desgraça! Outra vítima da malfadada prata! E quempoderia, jà agora, topar de novo, na serra alterosa, com os escondidos veios?Um filho de Lopo, Francisco de Albuquerque, rapazola verdolengo, aindanas primícias da adolescência, tomou corajosamente a peito o levar avante odesvendamento das minas. Decisão inútil! O destino, aquele destino implacàvel queperseguia com tamanha fereza os profanadores da prata, cortou-lhe cerce o ímpetoanimoso: Francisco, num assomo de cólera, assassinou desastradamente o escravoque lhe servia de guia. Era este escravo, por fatalidade, o único vivente que sabia do sitio onde ficavam as minas. "... tinha Francisco um crioulo seo escravo, que havia acompanhado o Pay e sabia a Serra e o buraco da prata. Pretendeo Francisco que o crioulo lhe foce mostrar; mas duvidou o negro fazello sem que o senhor primeiro lhe desse a promessa de libertar. Apaixonou-se tanto Francisco Albuquerque que, inconsideradamente, lhe atirou a espingarda e o mattou; ficou assim sem aquelle escravo, e, o que é o mais, sem guia para aquella empreza..." [p.19]
9 de julho de 1614, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:00
17°. Documento
1619. Atualizado em 10/10/2025 17:37:37
18°. Falecimento do "Caçador de Eldorado"
12 de outubro de 1621, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:48
19°. Luís de Sousa, conde do Prado, deixa o cargo de Capitão-General do Brasil
1633. Atualizado em 30/10/2025 20:27:30
20°. Glymmer
1653. Atualizado em 24/10/2025 02:55:16
21°. Parte de S. Paulo uma leva anonyma que após tres mezes de viagem aspera, chegou a Sabarabussú
Diante de tais informes, as bandeiras piratininganas, a ambição acesa, com a miragem da serra encantada flamejando-lhe diante dos olhos, principiaram a partir acirradas atràs da riqueza alva.""... algo antes de 1653, parte de S. Paulo uma leva anonyma que após tres mezes de viagem aspera, chegou a Sabarabussú ".

Foi quando surgiu em São Paulo o procurador da fazenda real, Pedro de Sousa Pereira. E o procurador dà com a vilota a esfervilhar de quentíssimos rumores. "... vim eu a estas capitanias do sul tratar do beneficio e entabolamento das minas; e, achando-me nesta de S. Paulo, tive muytas informações e grandes noticias de que algumas pessoas antigas haviam ido à serra de Saborabossú..."
19 de fevereiro de 1671, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:56
22°. Fernão Dias faz algumas referências geográficas que identificavam o sítio onde a Serra do Sabarabuçu, onde se encontrava, na Bahia: “E porque aqui se me disse que do pé das Serras do Sabarabussú, ha um Rio navegavel que se vae meter no de São Francisco e que por ele abaixo se poderá conduzir mais brevemente a prata até junto a estas Serras que ficam no distrito da Bahia”
28 de novembro de 1674, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:46
23°. Visconde de Barbacena rejubilava, agradecendo, por escrito, a Agostinho de Figueiredo a boa nova de que as minas de Paranaguá eram ferteis "e duas barretas de prata revelaram a sua fineza."
1674. Atualizado em 25/10/2025 23:56:57
24°. A Oficina dos Reais Quintos existia, chefiada por Manuel de Lemos Conde, Provedor das Minas de Paranaguá
Abril de 1679. Atualizado em 10/10/2025 19:07:09
25°. Rodrigo Castelo Branco chega as minas de Paranaguá*
4 de novembro de 1681, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:40:41
26°. Falecimento de Fernão Dias Paes Leme (data estimada)
28 de agosto de 1682, sexta-feira. Atualizado em 26/10/2025 03:08:34
27°. Borba Gato "empurra" Rodrigo de Castelo Branco num "sumidouro" (buraco de mina)
Dia 28 de julho de 1682 Manuel de Borba Gato num impeto, em pleno sertão, assassina tresloucadamente, diante dos dois séquitos pasmados, o enviado de confiança do Príncipe! Não podia acontecer, na jornada à Sabarabuçu, acontecimento mais arrepiador. Tinha ali um epílogo de sangue, e, mais do que epílogo de sangue, finalizava-se em crime de lesa-majestade, a retumbante entrada do caçador de esmeraldas junto aos índios, contacta-o a fim obter informações pertinentes à localização de novas minas. Borba Gato, “tomado de violento ardor, defere-lhe um violento empuxão”. O bandeirante precipita Castelo Branco num sumidouro, num buraco de mina.

Em julho de 1682, Rodrigo de Castelo Branco, desembarcara no Brasil. Ele era Superintendente-Geral das Minas e, ciente da experiência do bandeirante paulista Manuel de Borba Gato junto aos índios, contacta-o a fim obter informações pertinentes à localização de novas minas. Borba Gato, “tomado de violento ardor, defere-lhe um violento empuxão”. O bandeirante precipita Castelo Branco num sumidouro, num buraco de mina. [Wikipedia]

D. Rodrigo de Castel Blanco està em São Paulo e lá só tinha uma meta: Sabarabuçu! Para tal, fazendo vir das vilas convizinhas os homens de melhor conselho e de maior experiência, homens anciões e de respeito, bota-se D. Rodrigo com eles a "discernir e rumiar as condições, e tempo mais conveniente, para se pôr em execução a jornada ao cerro da Sabarabussú, no descobrimento da prata" (e do ouro).

E isso, là dizem pitorescamente as atas da Câmara para que de nenhuma maneira haja de aver falta nem estrovo em se conseguir a jornada de Sabarabussú". E a fim de não aver falta nem estrovo, a Câmara de Taubaté, muito generosamente, apressa-se em oferecer índios seus, a fim de irem plantando roças pelo caminho — "para com fasseledade se conseguir o descubrimento da prata".

Mas houve em São Paulo absurda animosidade contra o pràtico de Itabaiana (...). Alardeava aos quatro ventos, com muito e jactancioso palavriado, os seus merecimentos e as suas sabenças. Os de S. Paulo, gente rústica, de pouca fala, enlurados naquele burgo de além-serra, ouviam desconfiados a mentira presunçosa.

Detestavam-no. Demais (e aqui, doía-lhes aos paulistas este ponto) eles, os de S. Paulo, ao se "espernearem" por essas serranias afora, à frente de suas bandeiras, là iam à custa do seu bolso, arruinando as próprias fazendas, sem pesarem de uma só placa ao tesouro de el-Rei.

D. Rodrigo estava determinado a encontrar Sabarabuçu, ali estava, vivendo como um senhor dom fidalgo, com os custos da jornada largamente pagos, e, por cima, a abocanhar do eràrio reinol a enormidade de seiscentos mil réis. Além de tais larguezas, agora, para se ir à Sabarabuçu, mandalhe ainda o Príncipe abonar, como ajuda, mais a gorda tença de quarenta mil réis! Aquilo assombrava e irava os de São Paulo.

Ao mesmo tempo, num contraste gritante, là, pelas tredas matarias dos Cataguazes, hà sete anos jà, padecendo misérias sobre misérias, suportando desgraças e ruínas inenarràveis, dizimado, abandonado, estropeado, desbaratado, mandando vender, para se sustentar, as últimas jóias das filhas, Fernão Dias Paes Leme andava a romper com heroísmos tràgicos, desesperadamente, aquelas serranias bàrbaras onde se acoutavam as esmeraldas e a prata.

D. Rodrigo, que era indiferente às esmeraldas e as buscas de bandeirantes, vai com os seus seiscentos e quarenta mil réis, aprestando sossegadamente a sua bandeira. Apresta-a. E ei-lo afinal pronto. Um dia, com muito negro e muito bugre, cargueiros e cargueiros atopetados de mantimentos, o velho mineiro Álvares Coutinho numa rede, carregado a ombro,D. Rodrigo de Castel Blanco lança grandiosamente os seus homens na trilha do caçador de esmeraldas.

Vai, tal como o potentado paulista, por aquelas negrejantes rechàs de além-Mantiqueira buscar a nebulosa, a terrível mas sempre fascinante serra branca da prata. Sabarabuçu! Sabarabuçu! E a bandeira abalou.

Subitamente chega a notícia, na vilota de São Paulo, estrondeja: Fernão Dias Paes Leme topara com as esmeraldas! Não topara o destemeroso cabo com a tão buscada Sabarabuçu, e nem com a tão buscada prata, é bem verdade.

Mas topara com as esmeraldas. Sim, là por aqueles cerradões ermos dos Cataguazes, o velho rompedor-de-mato descobrira enfim as pedras verdes! Descobrira-as à beira da lagoa Vapabuçu. Descobrira-as, apanhara a terçã, e, por fatalidade, morrera subitamente da febre ruim.

O filho do bandeirante, Garcia Paes, ao receber do pai moribundo as esmeraldas, botara-as num saquinho de chamalote, e mandara-o com muito lamento a D. Rodrigo. Quê? A D. Rodrigo de Castel Blanco? Os de S. Paulo ouviram, de punhos cerrados, indignadamente, a notícia destemperada.

Como teve Garcia Paes coragem de entregar ao patarata a descoberta de Fernão Dias? Pois não via Garcia Paes que D. Rodrigo iria agora, com as esmeraldas nas garras, apregoar perante a corte que fora ele, D. Rodrigo, e não Fernão Dias, o achador das pedras? Aquilo atiçou na vilota iras assanhadas. O padre João Leite, irmão de Fernão Dias, correu à Câmara com o seu protesto:

"Eu, o Padre João Leite da Silva, por mim e como irmão do defuncto, o Capitãm Fernão Dias Paes, descobridor das esmeraldas, e em nome da viuva, sua mulher, Maria Garcia, requeiro a suas mercês, huma e muytas vezes, da parte de S. Alteza, q. Deus guarde, que atalhem pelos meios convenientes, a D. Rodrigo Castell Branquo os intentos que tem de apoderar-se das minas de esmeraldas q. o dito meu irmão descobrio..."

A "terrinha" piratiningana alvoroçou-se toda. Andavam pelo ar boatos azedados. Propalava-se até que... Súbito, no esfervilhar daquelas zangas, rompe por S. Paulo adentro, estupidificando-o, esta mensagem aterradora: — Borba Gato, o genro de Fernão Dias, assassinara a D. Rodrigo de Castel Blanco! Borba Gato? Ninguém queria acreditar!

Apesar de sua cólera, as gentes de S. Paulo não haviam chegado a ponto de cogitar em tão sanhuda ousadia. Sofrear, com protestos e com embargos, diante das justiças, as possíveis raposias de D. Rodrigo, và! Mas assassinà-lo? Assassinar o enviado do Príncipe? Era demasia a que vassalos, por mais alevantados, não se atreviam com ligeireza.

No entanto, por desgraça, aquela sacolejante notícia era a verdade nua: Borba Gato, genro de Fernão Dias, assassinara a D. Rodrigo de Castel Blanco! Como? Os dois homens, depois da morte do bandeirante paulista, tiveram, no sertão do Paraopeba, um encontro desafortunado.

Borba Gato fora sempre de ânimo perigosamente assomado. D. Rodrigo de ânimo perigosa mente desabrido. Um estava, como todos os paulistas, assanhado contra o espanhol fanfarrão que recebera as esmeraldas. O outro, como todos os renóis, prevenidíssimo contra os paulistas altaneiros que os tratavam de igual para igual. O encontro deles, por isso mesmo, foi àspero.

Áspero e breve. Apenas duas ou três frases cortantes: e Borba Gato, num arranco, ali, em pleno sertão, assassina tresloucadamente, diante dos dois séquitos pasmados, o enviado de confiança do Príncipe! Não podia suceder, como remate à jornada das pedras verdes, acontecimento mais arrepiador. Tinha ali um epílogo de sangue, e, mais do que epílogo de sangue, finalizava-se em crime de lesa-majestade, a retumbante entrada do caçador de esmeraldas.

Bem sabia Borba Gato, diante daquela fatalidade, do destino cru que o aguardava. Bem sabia das vinganças que iriam desabar sobre a sua cabeça! Por isso não esperou que estalasse contra ele a sanha régia: naquele mesmo dia, fugindo às justiças, o paulista embrenhou-se às correrias por aqueles bosques asselvajados de além-Mantiqueira. Foi viver, segregado dos homens, como hirsuto bicho de mato, dentro do sertão terrificante daquelas paragens brutas.
1691. Atualizado em 25/02/2025 04:46:57
28°. Lemos
3 de janeiro de 1702, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:40:55
29°. Provisão datada do ribeirão de "Sabarabaassú"
— Aqui estou, Borba Gato! Vim ver a serra do Sabarabuçu de Vosmecê descobriu...
— A serra do Sabarabuçu senhor governador, é aquela que ali esta curvejando no céu... — diz o sertanejo apontando com simpleza uns morros que se alteavam à distância.

Nada de extraordinário na serrania ao longe! Não era branca, nem resplandecente, nem de prata. Uma serrania como todas as serranias...
— Aquela? Pois é aquela, Borba Gato, a Sabarabuçu?
— Venha, senhor governador, venha daí comigo...

Artur de Sà, guiado pelo paulista, envereda-se por estreita picada aberta no mato. Ao fim do jornadeio, mal saído do arvoredo, o governador estaca: nas barrancas dum ribeiro que serpenteia perto, magotes de índios mansos, a bateia na mão, estão a lavar areias e cascalhos.

— Ouro, Borba Gato?
— Ouro, senhor governador; ouro!
E diante da surpresa de Artur de Sà:

— Os índios destas paragens, a uma boca só, chamam àquela serra, que està ali tapando o horizonte, de Serra do Sabarabuçu. E Sabarabuçu, como Vosmecê vê, não é nenhuma serra branca e resplandecente. A Sabarabuçu é uma serra de ouro! Veja, senhor, veja o ouro sem conta que brota dessas areias...




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  55º de 90
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1938
Atualizado em 31/10/2025 07:48:38
Historia da Companhia de Jesus no Brasil. Serafim Soares Leite (1890-1969)
•  Cidades (8): Cananéia/SP, Itanhaém/SP, Lisboa/POR, Peruíbe/SP, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP
•  Pessoas (19): Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Benedito Calixto de Jesus (1853-1927), Maximilien François Marie Isidore de Robespierre (1758-1794), Fabiano de Lucena, Fernão Cardim (1540-1625), Jerônimo Leitão, José de Anchieta (1534-1597), Juan de Salazar y Espinosa (1508-1560), Konyan-bébe, Leonardo Nunes, Luís da Grã (n.1523), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mência Calderon Ocampo (1514-1593), Pero Correia (f.1554), Serafim Soares Leite (48 anos), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937), Tomé de Sousa (1503-1579)
•  Temas (20): Cristãos, Bilreiros de Cuaracyberá, Ermidas, capelas e igrejas, Capitania de São Vicente, Colégios jesuítas, Franciscanos, Gados, Guerra de Extermínio, Habitantes, Jesuítas, Léguas, Nossa Senhora da Conceição, Ouro, Peru, Rio da Ribeira, o Isubay, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Iguassú, Carijós/Guaranis, Rio Iguape, Caminhos a Iguape
Historia da Companhia de Jesus no Brasil (Séc. XVI - O Estabelecimento)
Data: 1938
Créditos: Serafim Soares Leite
Página 320
    Registros relacionados
1548. Atualizado em 25/02/2025 04:46:42
1°. Nativo enviado é Lisboa
10 de março de 1553, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:38:55
2°. Manoel da Nóbrega escreve de São Vicente: “Ainda que com tanta contradição dos brancos não se pode fazer nada mais que desacreditar cada vez o nosso ministério”
Ainda em vida do P. Leonardo Nunes se avançou na direção do sul. Iniciou ele próprio viagens, indo recolher umas senhoras naufragadas no Rio dos Patos. Fora a pedido de Tomé de Sousa, estava para lá no dia 10 de março de 1553, e já tinha voltado a 15 de junho. Neste dia, escreve Nóbrega que estão todos de saúde, "salvo Leonardo Nunes, que veio muito doente do Rio dos Patos, aonde foi buscar umas senhoras Castelhanas, a pedido do Governador".
15 de junho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 15/06/2025 02:03:51
3°. Peabiru
Ainda em vida do P. Leonardo Nunes se avançou na direção do sul. Iniciou ele próprio viagens, indo recolher umas senhoras naufragadas no Rio dos Patos. Fora a pedido de Tomé de Sousa, estava para lá no dia 10 de março de 1553, e já tinha voltado a 15 de junho. Neste dia, escreve Nóbrega que estão todos de saúde, "salvo Leonardo Nunes, que veio muito doente do Rio dos Patos, aonde foi buscar umas senhoras Castelhanas, a pedido do Governador".
15 de junho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 30/10/2025 03:06:34
4°. “O principal motivo de todos os impedimentos foi o fechamento da estrada por causa dos castelhanos, que estão a pouco mais de cem léguas desta capitania. E eles têm terras, e tanto que dizem que há montanhas deles, e muitas notícias de ouro pelo qual fecharam e bloquearam a estrada
Ainda em vida do P. Leonardo Nunes se avançou na direção do sul. Iniciou ele próprio viagens, indo recolher umas senhoras naufragadas no Rio dos Patos. Fora a pedido de Tomé de Sousa, estava para lá no dia 10 de março de 1553, e já tinha voltado a 15 de junho. Neste dia, escreve Nóbrega que estão todos de saúde, "salvo Leonardo Nunes, que veio muito doente do Rio dos Patos, aonde foi buscar umas senhoras Castelhanas, a pedido do Governador".
1559. Atualizado em 25/02/2025 04:41:00
5°. Peruíbe
Benedito Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.

2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.

Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:

"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.

Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:

que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere.

E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado"
. [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319]
1561. Atualizado em 25/02/2025 04:46:41
6°. Itanhaém
O documento explícito mais antigo, que se refere aos trabalhos dos Jesuítas em Itanháem, é com data de 1561; e diz Anchieta que eles não residiam na povoação, mas acudiam lá, com fruto. O próprio Anchieta passou em Itanháem a quaresma de 1563, antes de ir a Iperoig com Manuel da Nóbrega. Foi nessa estada, que sucedeu a conversão e morte do velho, que se dizia ter 130 anos, narrada por Simão de Vasconcelos. O qual conta igualmente o seguinte episódio, referido ao tempo em que Anchieta foi Superior da Capitania de São Vicente (1569-1576):

Achava-se Joseh na Igreja da Conceição de Itanháem, cujo devotíssimo era. Queixavam-se-lhe os mordomos da confraria que não havia azeite. Diziam que a botija estava vazia; Anchieta mandou a que a tornassem a ver e encontraram-a cheia.

Já antes de Vasconcelos, contas Pero Rodrigues "outros casos que na praia de Itanhaém aconteceram", sendo este o próprio título do capítulo 12 da Vida de Anchieta. Também, naquele mesmo ano de 1563, Nóbrega, depois da volta de Iperoig, fêz em Itanháem as pazes entre os Tamoios de Cunhambeba e os nativos Tupis, discípulos dos Jesuítas. "O P. Nóbrega os fêz ajuntar a todos na igreja, onde se falaram e abraçaram e ficaram grandes amigos".

As visitas dos Padres de São Vicente não cessaram nunca à vila de Itanhaém e às Aldeias próximas, que eram pelo menos duas, em 1584: "da outra banda do rio, como uma légua tem duas aldeias pequenas de nativos cristãos" (São João de Peruíbe?).

Nesse tempo a vila não possuía vigária e teria 50 moradores: "Os Padres os visitam, consolam e ajudam no que podem, ministrando-lhes os sacramentos por sua caridade", diz Fernão Cardim.

Não só os Jesuítas, mas todos os Portugueses da Capitania eram sumamente devotos de Nossa Senhora da Conceição, de Itanhaém. Concorriam para a sua confraria com esmolas, incorporavam-se nela, faziam-lhe visitas, não a esqueciam nos seus testamentos. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga". Tiveram um desgosto. Porque, dizem eles, "foi o mordomo de tal condição que, por mais que lhe pedimos pusesse aquele rosário ao pescoço da Senhora, pera nossa consolação e pera testemunho de lhe ser oferecido, nunca o pudemos acabar com ele; e mais trazendo o Padre Provincial Fernão Cardim esta esmola a seu cárrego, que por nós virmos por ali, e este estar de pressa, a não trouxe".

Nesta data, já Itanhaém possuía vigário, o P. António Fernandes, que fôra da Companhia. Os ministérios dos Jesuítas em Itanhaém e arredores, durante o século XVI, consistiam em missões mais ou menos prolongadas, feitas pelos Padres de São Vicente e de Santos.

Tais missões produziam fruto, que a tradição avultou com o tempo, sobretudo no que se refere a Anchieta. E com perfeito fundamento, neste caso, porque foi ele, não há dúvida, o seu principal apóstolo da praia de Itanhaém a que chamava "o seu Peru, pelo rico minério de almas que nele achava para salvar entre nativos e portugueses".

Benedito Calixto escreve: "Logo que chegaram os primeiros Jesuítas em 1549, foram ali residir (em Itanhaém) entre os nativos e os colonos, antes de fundarem o Colégio de Piratininga; e deram imediatamente começo às obras da Igreja e estabelecimento do Colégio, florescendo a povoação até o ano de 1561".

Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.

2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.

Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:

"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.

Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:

que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere.

E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado"
. [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319]
2 de março de 1563, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:42:54
7°. Anchieta e Manoel da Nóbrega estão em Itanhaém na quaresma que antecedeu a sua ida à aldeia de Iperoig
O documento explícito mais antigo, que se refere aos trabalhos dos Jesuítas em Itanháem, é com data de 1561; e diz Anchieta que eles não residiam na povoação, mas acudiam lá, com fruto. O próprio Anchieta passou em Itanháem a quaresma de 1563, antes de ir a Iperoig com Manuel da Nóbrega. Foi nessa estada, que sucedeu a conversão e morte do velho, que se dizia ter 130 anos, narrada por Simão de Vasconcelos. O qual conta igualmente o seguinte episódio, referido ao tempo em que Anchieta foi Superior da Capitania de São Vicente (1569-1576):

Achava-se Joseh na Igreja da Conceição de Itanháem, cujo devotíssimo era. Queixavam-se-lhe os mordomos da confraria que não havia azeite. Diziam que a botija estava vazia; Anchieta mandou a que a tornassem a ver e encontraram-a cheia.

Já antes de Vasconcelos, contas Pero Rodrigues "outros casos que na praia de Itanhaém aconteceram", sendo este o próprio título do capítulo 12 da Vida de Anchieta. Também, naquele mesmo ano de 1563, Nóbrega, depois da volta de Iperoig, fêz em Itanháem as pazes entre os Tamoios de Cunhambeba e os nativos Tupis, discípulos dos Jesuítas. "O P. Nóbrega os fêz ajuntar a todos na igreja, onde se falaram e abraçaram e ficaram grandes amigos".

As visitas dos Padres de São Vicente não cessaram nunca à vila de Itanhaém e às Aldeias próximas, que eram pelo menos duas, em 1584: "da outra banda do rio, como uma légua tem duas aldeias pequenas de nativos cristãos" (São João de Peruíbe?).

Nesse tempo a vila não possuía vigária e teria 50 moradores: "Os Padres os visitam, consolam e ajudam no que podem, ministrando-lhes os sacramentos por sua caridade", diz Fernão Cardim.

Não só os Jesuítas, mas todos os Portugueses da Capitania eram sumamente devotos de Nossa Senhora da Conceição, de Itanhaém. Concorriam para a sua confraria com esmolas, incorporavam-se nela, faziam-lhe visitas, não a esqueciam nos seus testamentos. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga". Tiveram um desgosto. Porque, dizem eles, "foi o mordomo de tal condição que, por mais que lhe pedimos pusesse aquele rosário ao pescoço da Senhora, pera nossa consolação e pera testemunho de lhe ser oferecido, nunca o pudemos acabar com ele; e mais trazendo o Padre Provincial Fernão Cardim esta esmola a seu cárrego, que por nós virmos por ali, e este estar de pressa, a não trouxe".

Nesta data, já Itanhaém possuía vigário, o P. António Fernandes, que fôra da Companhia. Os ministérios dos Jesuítas em Itanhaém e arredores, durante o século XVI, consistiam em missões mais ou menos prolongadas, feitas pelos Padres de São Vicente e de Santos.

Tais missões produziam fruto, que a tradição avultou com o tempo, sobretudo no que se refere a Anchieta. E com perfeito fundamento, neste caso, porque foi ele, não há dúvida, o seu principal apóstolo da praia de Itanhaém a que chamava "o seu Peru, pelo rico minério de almas que nele achava para salvar entre nativos e portugueses".

Benedito Calixto escreve: "Logo que chegaram os primeiros Jesuítas em 1549, foram ali residir (em Itanhaém) entre os nativos e os colonos, antes de fundarem o Colégio de Piratininga; e deram imediatamente começo às obras da Igreja e estabelecimento do Colégio, florescendo a povoação até o ano de 1561".

Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.

2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.

Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:

"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.

Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:

que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere. E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado". [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319]
1574. Atualizado em 30/10/2025 20:01:06
8°. Cacique Martinho
Veremos depois outras tentativas de Manuel da Nóbrega e Luiz da Grã para a penetração do interior; mas convém conhecer antes, o esforço realizado ao longo da costa. Ainda em vida do P. Leonardo Nunes se avançou na direção do sul. Iniciou ele próprio viagens, indo recolher umas senhoras naufragadas no Rio dos Patos. Fora a pedido de Tomé de Sousa, estava para lá no dia 10 de março de 1553, e já tinha voltado a 15 de junho.

Neste dia, escreve Nóbrega que estão todos de saúde, "salvo Leonardo Nunes, que veio muito doente do Rio dos Patos, aonde foi buscar umas senhoras Castelhanas, a pedido do Governador".

Nóbrega temia que os Espanhóis, indo por terra, o levassem consigo até o Paraguai. Tinham vindo aquelas senhora como capitão João de Salazar, fundador da cidade de Assunção.Leonardo Nunes achou entre os Carijós alguns cristão, como os que tinham sido salteados e restituídos á liberdade algum tempo antes. Catequizaram-nos todos Frei Bernardo de Armenta e Fr. Alonso Lebrón, religiosos franciscanos, que acompanharam o Governador de Paraguai, Alvar Nuñez Cabeça de Vaca.

Daqueles nativos cristão ficaram vestígios por muito tempo. É possível, também, que outros de São Vicente ou de São Paulo se vissem estabelecer por alí. Carijós em São Vicente estiveram, com certeza, além daqueles primeiros do tempo de Leonardo Nunes.

Veio o irmão dum certo Martim, nativo principal. E êsse ou outro esteve em São Paulo e, vendo batizar, fazia o mesmo na sua terra. Daquele Martinho falava-se em São Vicente, em 1574. Tinha uma cruz na sua Aldeia. Quando via que alguns portugueses, que iam a contratar com ele, faziam reverência à Cruz, dizia que aquele era bom homem e dava-lhe quanto queria de sua casa. [p. 322, 323 e 324]
1584. Atualizado em 25/02/2025 04:40:58
9°. Itanhaém
As visitas dos Padres de São Vicente não cessaram nunca à vila de Itanhaém e às Aldeias próximas, que eram pelo menos duas, em 1584: "da outra banda do rio, como uma légua tem duas aldeias pequenas de nativos cristãos" (São João de Peruíbe?). Nesse tempo a vila não possuía vigária e teria 50 moradores: "Os Padres os visitam, consolam e ajudam no que podem, ministrando-lhes os sacramentos por sua caridade", diz Fernão Cardim.

Não só os Jesuítas, mas todos os Portugueses da Capitania eram sumamente devotos de Nossa Senhora da Conceição, de Itanhaém. Concorriam para a sua confraria com esmolas, incorporavam-se nela, faziam-lhe visitas, não a esqueciam nos seus testamentos. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga". Tiveram um desgosto. Porque, dizem eles, "foi o mordomo de tal condição que, por mais que lhe pedimos pusesse aquele rosário ao pescoço da Senhora, pera nossa consolação e pera testemunho de lhe ser oferecido, nunca o pudemos acabar com ele; e mais trazendo o Padre Provincial Fernão Cardim esta esmola a seu cárrego, que por nós virmos por ali, e este estar de pressa, a não trouxe".

Nesta data, já Itanhaém possuía vigário, o P. António Fernandes, que fôra da Companhia. Os ministérios dos Jesuítas em Itanhaém e arredores, durante o século XVI, consistiam em missões mais ou menos prolongadas, feitas pelos Padres de São Vicente e de Santos.

Tais missões produziam fruto, que a tradição avultou com o tempo, sobretudo no que se refere a Anchieta. E com perfeito fundamento, neste caso, porque foi ele, não há dúvida, o seu principal apóstolo da praia de Itanhaém a que chamava "o seu Peru, pelo rico minério de almas que nele achava para salvar entre nativos e portugueses".

Benedito Calixto escreve: "Logo que chegaram os primeiros Jesuítas em 1549, foram ali residir (em Itanhaém) entre os nativos e os colonos, antes de fundarem o Colégio de Piratininga; e deram imediatamente começo às obras da Igreja e estabelecimento do Colégio, florescendo a povoação até o ano de 1561".

Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.

2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.

Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:

"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.

Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:

que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere. E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado". [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319]
17 de maio de 1590, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 08:48:49
10°. “Antonio Arenso chegou quinta-feira a sua fazendo fugindo do sertão”
Já antes de Vasconcelos, contas Pero Rodrigues "outros casos que na praia de Itanhaém aconteceram", sendo este o próprio título do capítulo 12 da Vida de Anchieta.Também, naquele mesmo ano de 1563, Nóbrega, depois da volta de Iperoig, fêz em Itanháem as pazes entre os Tamoios de Cunhambeba e os nativos Tupis, discípulos dos Jesuítas. "O P. Nóbrega os fêz ajuntar a todos na igreja, onde se falaram e abraçaram e ficaram grandes amigos".
27 de novembro de 1596, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:42
11°. Partida
1605. Atualizado em 25/02/2025 04:46:41
12°. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga"
Não só os Jesuítas, mas todos os Portugueses da Capitania eram sumamente devotos de Nossa Senhora da Conceição, de Itanhaém. Concorriam para a sua confraria com esmolas, incorporavam-se nela, faziam-lhe visitas, não a esqueciam nos seus testamentos. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga". Tiveram um desgosto. Porque, dizem eles, "foi o mordomo de tal condição que, por mais que lhe pedimos pusesse aquele rosário ao pescoço da Senhora, pera nossa consolação e pera testemunho de lhe ser oferecido, nunca o pudemos acabar com ele; e mais trazendo o Padre Provincial Fernão Cardim esta esmola a seu cárrego, que por nós virmos por ali, e este estar de pressa, a não trouxe".

Nesta data, já Itanhaém possuía vigário, o P. António Fernandes, que fôra da Companhia. Os ministérios dos Jesuítas em Itanhaém e arredores, durante o século XVI, consistiam em missões mais ou menos prolongadas, feitas pelos Padres de São Vicente e de Santos.

Tais missões produziam fruto, que a tradição avultou com o tempo, sobretudo no que se refere a Anchieta. E com perfeito fundamento, neste caso, porque foi ele, não há dúvida, o seu principal apóstolo da praia de Itanhaém a que chamava "o seu Peru, pelo rico minério de almas que nele achava para salvar entre nativos e portugueses".

Benedito Calixto escreve: "Logo que chegaram os primeiros Jesuítas em 1549, foram ali residir (em Itanhaém) entre os nativos e os colonos, antes de fundarem o Colégio de Piratininga; e deram imediatamente começo às obras da Igreja e estabelecimento do Colégio, florescendo a povoação até o ano de 1561".

Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.

2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.

Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:

"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.

Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:

que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere. E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado". [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319]




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  56º de 90
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1944
Atualizado em 29/10/2025 23:40:06
História do Brasil. Afrânio Peixoto (1876-1947)
•  Cidades (1): Guiné/AFR
•  Pessoas (3): Francisco de Sousa (1540-1611), Francis Drake (1540-1596), Afonso V, o Africano (1432-1481)
•  Temas (4): Ouro, Diamantes e esmeraldas, Descobrimento do Brazil, Pau-Brasil
    Registros relacionados
1470. Atualizado em 25/02/2025 04:46:51
1°. Dêsde o século XV, conheciam os portugueses o páu de tinta com o nome de brasil, o que consta da relação de drogas da Carta Régia de D. Afonso V
Os Portugueses conheciam o brasil: a 19 de outubro de 1470 Afonso V proibia aos traficantes da Guiné comerciarem que as tintas do brasil, protegendo talvez o produto das ilhas. Quando se começou o tráfico com os selvagens de Santa Cruz, a primeira matéria de exploração foi o brasil. No Esmeraldo, escrito em 1505, escreveu Duarte Pacheco da terra: “é achado nela muito e fino brasil com outras muitas cousas” — (cap. 2, do I livro).




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  57º de 90
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1950
Atualizado em 01/11/2025 04:15:04
A Religião dos Tupinambás
•  Pessoas (5): Alfred Métraux (48 anos), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martín de Azpilcueta Navarro, Yves d´Évreux
•  Temas (4): Farinha e mandioca, Judaísmo, Peru, Tupinambás
    Registros relacionados
1549. Atualizado em 25/08/2025 00:46:40
1°. Os habitantes da cidade de Chachapoyas, no Peru, aprisionaram trezentos selvagens, reconhecidos como sendo povos tupis do trato costeiro do Brasil. (....)
10 de abril de 1549, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:07
2°. Carta de Manoel da Nóbrega
Os indios (escreve o padre Nobréga) dizem "que S. Tomé, a quem eles chamam Zomé, passou por aqui, e isto lhes ficou por dito de seus passados e que suas pisadas estão sinaladas junto de um rio; as quais eu fui ver por mais certeza da verdade e vi, com os próprios olhos, quatro pisadas mui sinaladas com seus dedos, as quais algumas vezes cobre o rio quando enche; dizem também que quando deixou estas pisadas ia fugindo dos indios, que o queriam frechar, e chegando ali se lhe abrira o rio e passara por meio dele · a outra parte sem se molhar, e dali foi para a India. Assim mesmo contam que, quando o queriam frecharos índios, as frechas se tornavam para eles, e os .matos lhe faziam caminho por onde passasse: outros contam isto como por escarneo. Dizem também que lhes prometeu que havia de tornar outra vez a vê-los".
1558. Atualizado em 25/08/2025 00:50:03
3°. Trágica expedição de Pedro de Ursúa
1615. Atualizado em 25/08/2025 01:53:46
4°. Claude d’Abbeville e Yves d’Evreux




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  58º de 90
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1955
Atualizado em 31/10/2025 07:48:35
Revista Marítima Brazileira/RJ
•  Cidades (7): Araçoiaba da Serra/SP, Cabo Frio/RJ, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Tucumán/ARG
•  Pessoas (11): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antônio Salema, Diogo Botelho, Dom Sebastião, o Adormecido (1554-1578), Estácio de Sá (1520-1567), Francisco de Sousa (1540-1611), Jerônimo Leitão, João III, "O Colonizador" (1502-1557), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Mem de Sá (1500-1572)
•  Temas (12): Bituruna, vuturuna, Carijós/Guaranis, Escravizados, Gentios, Guayrá, Guerra de Extermínio, Ouro, Serra de Jaraguá, Tamoios, Tupinaés, Tupinambás, Tupiniquim
Revista Marítima Brasileira/RJ
Data: 1955
Página 311
    Registros relacionados
4 de abril de 1561, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:10
1°. Ataque aos índios tamoios
Em 1561 fazia-se a primeira incursão paulista contra os desgraçados ameríndios, figurando, então, na expedição para tal fim organizada, como como intérprete, o jesuíta José de Anchieta, hoje chamado pelos seus irmãos de hábito o "Apóstolo do Brasil". No ano seguinte, o velho João Ramalho, patriarca dos mamelucos, punha-se também à testa de nova expedição belicosa e predadora. Foi nesse tempo, assim parece, que se descobriram as minas de ouro de Jaraguá.
25 de janeiro de 1562, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:11
2°. “Ouro que pesava três quartos de dobra e seis grãos”
Em 1562 o velho João Ramalho, patriarca dos mamelucos, punha-se também à testa de nova expedição belicosa e predadora. Foi nesse tempo, assim parece, que se descobriram as minas de ouro de Jaraguá.
25 de abril de 1562, sexta-feira. Atualizado em 20/08/2025 06:12:13
3°. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578)
Em 1561 fazia-se a primeira incursão paulista contra os desgraçados ameríndios, figurando, então, na expedição para tal fim organizada, como como intérprete, o jesuíta José de Anchieta, hoje chamado pelos seus irmãos de hábito o "Apóstolo do Brasil". No ano seguinte, o velho João Ramalho, patriarca dos mamelucos, punha-se também à testa de nova expedição belicosa e predadora. Foi nesse tempo, assim parece, que se descobriram as minas de ouro de Jaraguá.
1565. Atualizado em 25/02/2025 04:45:55
4°. Carta a Estácio
10 de abril de 1585, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:21:26
5°. Representação das Câmaras de Santos e São Vicente ao capitão-mor Jerônimo Leitão, lugar-tenente do donatário, sobre a necessidade de fazer-se guerra aos índios Tupiniquim e Carijó
Em 1565, - informa-nos P. Padro - is camarista (de São Paulo) dirigem uma longa representação a Estácio de Sá, capitão-mór da Armada Real destinada ao povoamento do Rio de Janeiro, reclamando de termos energéticos, providências contra os assaltos dos tamôios e tupiniquins, que matam a roubam impunemente em todo o território da capitania, não lhe fazendo a gente desta capitania mal nenhum" (!!!).Mais tarde, em 1585, a situação exige organização de verdadeira companha, sob o comando do capitão-mór Jerônimo Leitão, loco-tenente do donatário, contra as tribos dos carijós, tupinaés e outras que infestavam diversas regiões da capitania.[Página 316]Depois das expedições escravizados do litoral, foi talvez a primeira guerra de caça ao nativo, requerida a aconselhada pelos camaristas da vila de São Paulo. "Estava iniciada e organizada, em larga escala, a escravidão do nativo. Com esse ardimento e afã, que sempre foram característicos da raça, os bandos paulistas se atiraram à expedição de resgate".Enquanto isso, os castelhanos, no sul, iam,semeando pequenos povoados como Mendoza, San Juan, San Luis e Tucumán, na vasta província do Rio da Prata, e os inacianos, procedentes do Brasil e do Peru, penetravam no Paraguai, dando início à catequese dos ameríndios de Guaíra, Vila Rica, etc.
1 de novembro de 1585, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 08:31:39
6°. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós
Mais tarde, em 1585, a situação exige organização de verdadeira companha, sob o comando do capitão-mór Jerônimo Leitão, loco-tenente do donatário, contra as tribos dos carijós, tupinaés e outras que infestavam diversas regiões da capitania.[Página 316]

Depois das expedições escravizados do litoral, foi talvez a primeira guerra de caça ao nativo, requerida a aconselhada pelos camaristas da vila de São Paulo. "Estava iniciada e organizada, em larga escala, a escravidão do nativo. Com esse ardimento e afã, que sempre foram característicos da raça, os bandos paulistas se atiraram à expedição de resgate".

Enquanto isso, os castelhanos, no sul, iam,semeando pequenos povoados como Mendoza, San Juan, San Luis e Tucumán, na vasta província do Rio da Prata, e os inacianos, procedentes do Brasil e do Peru, penetravam no Paraguai, dando início à catequese dos ameríndios de Guaíra, Vila Rica, etc.
18 de janeiro de 1590, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 01:04:21
7°. Levante dos Tupinaquim
Como deixamos dito, o ano de 1585 marca o início, pelo que se sabe, do terrível movimento escravista rumo ao sul, a caminho de Paranaguá e mais além, com a expedição chefiada pelo capitão-mór de São Vicente. Varejou ela uma vasta zona evidentemente já reconhecida pelos vicentistas. É bem possível que chegassem os expedicionários até as raias atuais de Santa Catarina. Os espezinhados gentios, no entanto, de quando em quando, regiam ferozmente. Em 1590 os carijós atacaram a aldeia de Pinheiros, em São Paulo, e incendiaram várias casas do povoado e a capela nele existente;




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  59º de 90
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11 de setembro de 1960, domingo
Atualizado em 31/10/2025 07:48:33
Nas margens do Rio Infeliz as ruínas centenárias do embrião de V. Redonda, 11.09.1960. Fernando Hossepian de Lima
•  Cidades (3): Araçoiaba da Serra/SP, Sorocaba/SP, Volta Redonda/RJ
•  Pessoas (8): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Carl Gustav Hedberg (1774-1827), Dom Pedro I (1798-1834), João Manso Pereira (1750-1820), João VI, O Clemente (1767-1826), José Antônio Moreira (1797-1879), José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), Maria do Lado de Jesus (n.1834)
•  Temas (4): Fazenda Ipanema, Lagoa Dourada, Ouro, Rio Ypanema
Correio Paulistano/SP
Data: 1960
Página 10
    Registros relacionados
1589. Atualizado em 09/10/2025 03:23:27
1°. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas
Mas, no fundo, a primeira Real Fábrica de Ferro nasceu de uma lenda. O Morro de Ferro, às margens do Ipanema, foi descoberto em 1589 por Afonso Sardinha, quando em expedição a procura da Lagoa Dourada, “que num ponto qualquer da serra existia, nadando em suas águas peixes e patos de ouro”.
19 de agosto de 1799, segunda-feira. Atualizado em 25/10/2025 23:57:41
2°. O capitão Manoel de Melo Castro e o químico João Manço foram autorizxados a proceder estudos para a montagem da Fábrica de ferro por Carta Régia de D. João VI
O capitão Manoel de Melo Castro e o químico João Manso haviam sido autorizados a proceder estudos para a montagem da "fábrica de ferro" por uma Carta Régia, datada de 19 de agosto de 1799. Das pesquisas fizeram um relatório. Com nase no relatório daqueles dois pioneiros técnicos, D. João VI ordenou, por volta de 1805, que se arregimentassem especialistas na Europa para organização da Fábrica. O encarregado de tal tarefa de contratação foi o cônsul Bayer em Estocolmo, Suécia. Esse funcionário diplomático português enviou então ao Brasil um seu credor de nome Carlos Gustavo Hedberg, que nunca fora especialista em siderúrgica. Junto a esse aventureiro vieram outros leigos e apenas um técnico em usinagem, o coronel Alemão Frederico Varnhagen.
Maio de 1800. Atualizado em 19/08/2025 23:14:28
3°. Visita a Ypanema*
A Real Fábrica de Ferro não se pode afirmar que tenha sido um sucesso de empreendimento. Caso não fosse, não existiriam hoje dela apenas as ruínas. A instalação da Fábrica em 1800 pelo Capitão Manoel de Melo Castro e pelo químico João Manso marcou, sem dúvida o início da exploração econômica das jazidas de ferro do Brasil. Mas, por outro lado, a criação da Fábrica assinalou também, a existência de um dos primeiros e mais rumorosos casos de incúria administrativa no Brasil.
1805. Atualizado em 25/10/2025 23:57:44
4°. Fábrica
O capitão Manoel de Melo Castro e o químico João Manso haviam sido autorizados a proceder estudos para a montagem da "fábrica de ferro" por uma Carta Régia, datada de 19 de agosto de 1799. Das pesquisas fizeram um relatório. Com base no relatório daqueles dois pioneiros técnicos, D. João VI ordenou, por volta de 1805, que se arregimentassem especialistas na Europa para organização da Fábrica. O encarregado de tal tarefa de contratação foi o cônsul Bayer em Estocolmo, Suécia. Esse funcionário diplomático português enviou então ao Brasil um seu credor de nome Carlos Gustavo Hedberg, que nunca fora especialista em siderúrgica. Junto a esse aventureiro vieram outros leigos e apenas um técnico em usinagem, o coronel Alemão Frederico Varnhagen.
14 de outubro de 1810, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:45:53
5°. Partiu de São Paulo
"A primeira fonte de infelicidade desta Fábrica foi a Companhia Sueca que trouxe Hedberg, o qual em vez de trazer mestres fundidores, refinadores e moldadores, trouxe os mais que de manipulação de ferro nada sabiam"
Abril de 1820. Atualizado em 25/02/2025 04:39:08
6°. Martim Francisco e José Bonifácio (1763-1838) visitam Sorocaba*
"A primeira fonte de infelicidade desta Fábrica foi a Companhia Sueca que trouxe Hedberg, o qual em vez de trazer mestres fundidores, refinadores e moldadores, trouxe os mais que de manipulação de ferro nada sabiam", essas palavras são de José Bonifacio de Andrada e Silva que em 1820, com a fábrica já decadente deu o golpe mortal na empresa ao denunciar irregularidade da fundação da fábrica, num relatório onde sua assinatura vinha com a autoridade de Intendente Geral das Minas e Metais do Reino. [Correio Paulistano/SP (11.09.1960)Página 10]




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  60º de 90
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1978
Atualizado em 31/10/2025 04:59:37
Theodoro Mendes obteve permissão para o traslado dos restos mortais de Varnhagen
•  Cidades (1): Sorocaba/SP
•  Pessoas (3): José Theodoro Mendes (37 anos), Laelso Rodrigues (n.1932), Luiz de Almeida Marins
•  Temas (3): Faculdades e universidades, Maçonaria em Sorocaba, Prefeitura de Sorocaba
Largo de São Bento*
Data: 1978
Créditos: Douglas Gomes / Antônio Carlos Sartorelli
Dia 15 de agosto de 1975 o Hino de Sorocaba foi cantado pela primeira vez defronte ao busto de Balthazar Fernandes pelas crianças do Instituto Matheus Maylasky, onde lecionava a autora da música, que o regeu.((emm)(Mosteiro São Bento




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  61º de 90
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29 de junho de 1978, sexta-feira
Atualizado em 01/11/2025 04:15:03
Varnhagen (1816-1878): O Pai da História do Brasil. Ruy Martins Altenfelder Silva, 29.06.1978. https://aplj.org.br
•  Cidades (1): Sorocaba/SP




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  62º de 90
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1988
Atualizado em 01/11/2025 04:14:59
Heróis Indígena do Brasil. Memórias sinceras de uma raça. Autor: Geraldo Gustavo de Almeida
•  Cidades (11): Assunção/PAR, Cabo Frio/RJ, Caetés/PE, Cananéia/SP, Ilhas Molucas/INDO, Lisboa/POR, Porto Seguro/BA, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sevilha/ESP
•  Pessoas (51): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Américo Vespúcio (1454-1512), Anthony Knivet (1560-1649), Antônio de Añasco Melgarejo (n.1559), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Antônio Salema, Bacharel de Cananéa, Cacique Tayaobá (1546-1629), Christovam Jacques (1480-1531), Clemente Álvares (1569-1641), D Rodrigo de Acuña, Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557), Diogo de Quadros, Fernão de Magalhães (1480-1521), Fernão Paes de Barros, Francisco de Chaves (1500-1600), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Orellana, Francisco Pizarro González (1476-1541), Gaspar de Lemos, Iguarou, Jerônimo Leitão, João do Prado (1540-1597), João Lopes de Carvalho “Carvalhinho”, João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Juan Diaz de Solís, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel I, o Afortunado (1469-1521), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Correia de Sá (1575-1632), Mem de Sá (1500-1572), Nicolau Barreto, Nicolau Coelho (1460-1504), Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Pedro Annes, Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Pero (Pedro) de Góes, Robert Southey, Rui Garcia de Moschera, Ruy Pinto (f.1549), Sebastião Caboto (1476-1557), Sebastião Fernandes Preto (1586-1650), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Tataurana, Taubici, Vasco da Gama (1469-1524), Vicente Yáñez Pinzón (1462-1514)
•  Temas (34): Baía de Guanabara, Bilreiros de Cuaracyberá, Caetés, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Charruas, Curiosidades, Descobrimento do Brazil, Escravizados, Estreito de Magalhães, Fenícios, Guayrá, Guerra de Extermínio, Habitantes, Incas, Música, Ouro, Pau-Brasil, Peru, Potiguaras, Prata, Rio Amazonas, Rio Anhemby / Tietê, Rio da Prata, Rio Paraguay, Rio Paranapanema, Rio Tibagi, Serra da Mantiqueira, Tamoios, Tupiniquim, Vale do Paraíba, Vila de Santo André da Borda, Vila Rica “Castelhana”, Villa Rica del Espírito Santo
    Registros relacionados
26 de janeiro de 1500, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:27
1°. Vicente Yáñez Pinzón atinge o Cabo de Santo Agostinho no litoral de Pernambuco
Abril de 1501. Atualizado em 21/04/2025 02:48:41
2°. Expedição da qual fazia parte o Américo Vespúcio chegou em Porto Seguro*
24 de janeiro de 1502, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 07:51:40
3°. A armada de André Gonçalves chegou a Cananéia
Novembro de 1503. Atualizado em 28/10/2025 04:33:19
4°. Vespúcio fundou a feitoria do Rio de Janeiro*
6 de janeiro de 1504, sexta-feira. Atualizado em 15/07/2025 05:11:48
5°. Aportou a primeira expedição colonial, com a chegada do bretão Binot Paulmier de Gonneville, a bordo do "Espoir"
3 de julho de 1504, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:41:42
6°. Binot, o navegador francês levou consigo para a Europa Içá-Mirim, o filho de Arosca, ‘’Cacique dos Carijós’’
1509. Atualizado em 28/10/2025 08:00:13
7°. Diogo Álvares "o Caramuru" já estava integrado aos Tupinambás, inimigos dos Carijós
17 de abril de 1511, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:18
8°. Chegam em abril na feitoria da Bahia de Todos os Santos, muito próximo de onde hoje é Salvador
12 de maio de 1511, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:43:06
9°. Deixam Salvador
26 de maio de 1511, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:43:07
10°. Chegaram em Cabo Frio
Outubro de 1511. Atualizado em 25/02/2025 04:45:18
11°. Partida da nau Bretoa*
1513. Atualizado em 25/02/2025 04:43:06
12°. Jorge Lopes Bixorda levou à presença do Rei D. Manuel três índios brasileiros, todos vestidos de penas
1515. Atualizado em 28/10/2025 12:06:16
13°. Referências dos nativos a São Tomé aparecerem na “Nova Gazeta da Terra do Brasil”
1 de janeiro de 1516, sábado. Atualizado em 28/10/2025 03:20:22
14°. Cristóvão Jacques, no comando de duas caravelas, foi encarregado do patrulhamento da costa brasileira, a fim de desestimular incursões de corsários franceses
25 de dezembro de 1519, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 00:44:11
15°. Três embarcações adentram a baía de Guanabara
1521. Atualizado em 27/10/2025 03:30:34
16°. Iça-Mirim, filho do cacique Arosca, de Santa Catarina, casou-se com Susana, filha do capitão, então tomado de grande afeição pelo hóspede brasileiro, que educara com esmero
1522. Atualizado em 31/10/2025 18:24:50
17°. Portugueses (com a expedição de Aleixo Garcia) e espanhóis passam a procurar a célebre Lagoa subindo o Rio da Prata e Paraguai, mas sem conseguir chegar à sua nascente
1522 - Aleixo Garcia sai das costas do Paraná com dois mil índios e chega no império dos incas antes de Pizarro.
Julho de 1525. Atualizado em 25/02/2025 04:41:16
18°. Uma frota espanhola partiu do porto de Sevilha com o objetivo de refazer a viagem de Fernando de Magalhães até as Ilhas Molucas*
26 de março de 1526, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:56:30
19°. Ancoraram na ilha de Santa Catarina
15 de junho de 1527, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 05:13:05
20°. Terra do Brasil passou a ser chamada apenas Brasil
1528. Atualizado em 25/10/2025 04:45:05
21°. Pero de Góes e Rui Pinto são incumbidos de castigar os carijós, supostamente culpados do massacre da expedição de Francisco de Chaves
1 de fevereiro de 1531, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:42:20
22°. Envio de Diogo Leite
30 de abril de 1531, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:42:21
23°. Martim Afonso fundeou no Rio de Janeiro
1 de agosto de 1531, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:32:21
24°. Pedro Agnez é enviado a terra
1 de setembro de 1531, sexta-feira. Atualizado em 11/10/2025 01:43:11
25°. De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada?
1533. Atualizado em 25/02/2025 04:43:06
26°. Fugindo à escravidão, 12 mil índios de Pernambuco e da Bahia migram para o oeste; trezentos deles chegaram ao Peru, depois de uma penosa jornada de cinco mil quilômetros através de serras, florestas, rios e pântanos
6 de outubro de 1534, sábado. Atualizado em 30/10/2025 14:20:29
27°. Foram criadas 14 capitanias hereditárias, divididas em 15 lotes
1534 - A criação das Capitanias Hereditárias e a vinda de colonos, cada vez em maior número, aumenta o perigo contra a liberdade dos índios.
29 de março de 1541, sábado. Atualizado em 28/03/2025 23:16:34
28°. Cabeza de Vaca desembarca em Santa Catarina
Miguel - Índio guarani. Em 1541 serviu de guia a Alvar Nuñez Cabeza de Vaca no percurso entre o rio Tibaji e Assunção, onde residira algum tempo. Vinha o índio de lá e ao encontrar o adelantado ofereceu-se para guiá-lo. Aceitando o oferecimento, Cabeza de Vaca dispensou os índios de Santa Catarina, que até ali o haviam acompanhado, chegando em Assunção no dia 11 de março de 1542, depois de 143 dias de viagem. [p. 95]
11 de março de 1542, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:10
29°. Chega a Assunção do Paraguai a expedição de Alvar Nuñez Cabeça de Vaca
3 de junho de 1542, sexta-feira. Atualizado em 27/08/2025 01:18:58
30°. Francisco de Orellana “descobre” o Rio Negro
1547. Atualizado em 25/02/2025 04:43:11
31°. Um assentamento espanhol a “duas léguas da volta do Rio da Prata”
1547. Atualizado em 25/02/2025 04:39:04
32°. Construção duma rudimentar Casa-Forte (por volta de 1547), na foz do Rio Bertioga, adjacente à Ilha Guaimbê (Capitania de Santo Amaro), chamou a atenção dos Tamoios
4 de abril de 1561, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:10
33°. Ataque aos índios tamoios
27 de agosto de 1575, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 23:34:47
34°. A bandeira de Antonio Salema, chefiado por Japú-guassú, partiu do Rio de Janeiro
1579. Atualizado em 25/10/2025 18:40:15
35°. Jerônimo Leitão ataca as aldeias das margens do Anhembi (Tietê)
30 de setembro de 1592, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:33
36°. Afonso Sardinha é eleito capitão da guerra contra os índios
1592 — Afonso Sardinha é eleito, pelos oficiais e “homens bons” da vila de São Paulo, capitão da guerra contra os índios. Esta foi a segunda grande guerra dos paulistas, e durou sete anos. Depois de Sardinha, comandaram Jorge Leitão e João do Prado.
13 de julho de 1601, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:58
37°. Domingos Affonso, procurador do conselho, quem aos collegas transmittia as queixas do "povo todo" furioso por causa da renovação de posturas antigas pelo facto de irem a Mogy, a um aldeiamento de indios, "homens conhecidos que desobedeciam as leis"
3 de setembro de 1602, sexta-feira. Atualizado em 30/08/2025 23:55:10
38°. Partida
31 de outubro de 1610, domingo. Atualizado em 31/10/2025 18:52:10
39°. Clemente Alvares está no sertão com sua tenda de ferreiro
14 de novembro de 1611, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:58
40°. Carta de D. Antonio de Añasco ao Sr. Diego Marín Negrón, Governador do Rio da Prata em Buenos Aires
1612. Atualizado em 25/02/2025 04:46:42
41°. bandeira destroçada
Em 1611 Fernão Paes de Barros comanda uma bandeira e atinge o Paranapanema, destruindo as aldeias que encontra pelo caminho; a bandeira apresa 800 índios do cacique Tambiú, mas no ano seguinte é destruída pelo governador do Guairá, Antônio Anasco.
Agosto de 1612. Atualizado em 24/10/2025 04:34:17
42°. Bartolomeu de Torales escreve ao Governador Diogo Marin Negron que Sebastian Preto, português de S. Paulo levou cinco caciques com muitos índios para a dita vila de S. Paulo*
Taiobá - Cacique guarani. Por muito tempo foi o terror dos castelhanos, pelos quais nutria ódio mortal em decorrência de uma traição de que fora vítima. Alguns anos antes uma autoridade de Assunção convidara-o, com mais outros três guerreiros, para ir a Vila Rica, e ali os prendeu a ferros, para obrigar sua troca por certo número de escravos. Foram ameaçados e açoitados, mas nada disso valeu. Preferiram morrer com grandeza do que satisfazer a avareza dos seus algozes. Embora acorrentado Taiobá conseguiu fugir e jurou vingança contra todo espanhol que lhe caísse nas mãos. Em vão tentaram apaziguá-lo. Não recebia mensageiros brancos e quando estes eram índios, devorava-os. O padre Montoya e seus amigos certa vez foram recebidos a flechadas. As proezas de Taiobá ensejaram-lhe o epíteto de "Guaçu". Mais tarde o jesuíta conseguiu convertê-lo, mas a conversão enfraqueceu seu poder sobre os índios, principalmente os feiticeiros, que passaram a hostilizá-lo. Em 1627 Taiobá havia atacado os bandeirantes paulistas. [p. 111]
1988. Atualizado em 28/10/2025 20:01:23
43°. Diogo Leite pede ao Rei para levar dez escravos indígenas para Portugal




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  63º de 90
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1998
Atualizado em 31/10/2025 04:59:37
A Viagem do Descobrimento. Eduardo Bueno
•  Cidades (2): Brasília/DF, Lisboa/POR
•  Pessoas (10): Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Pero Vaz de Caminha (1450-1500), Sebastião da Rocha Pita (1660-1738), Manuel I, o Afortunado (1469-1521), João de Barros, o Tito Lívio Português (1496-1570), Manuel Aires de Casal (1754-1821), Dom Pedro II (1825-1891), João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), Eduardo Bueno
•  Temas (3): Descobrimento do Brazil, Curiosidades, Café
    Registros relacionados
1541. Atualizado em 30/10/2025 22:21:42
1°. História do Descobrimento e Conquista da Índia, de Fernão Lopes de Castanheda
1552. Atualizado em 30/10/2025 22:21:42
2°. Décadas da Ásia, João de Barros
A REDESCOBERTA DO BRASIL

Na segunda metade do século XVI, quando o rei D. Manoel, o capitão-mor Pedro Álvares Cabral e o escrivão Pero Vaz de Caminha já estavam mortos havia mais de duas décadas, começaria a surgir em Lisboa a tese de que o Brasil fora descoberto por acaso. Tal teoria foi obra dos cronistas e historiadores oficiais da corte. Fernão Lopes de Castanheda, em História do Descobrimento e Conquista da Índia (publicado em 1541), João de Barros, autor de Décadas da Ásia (de 1552), Damião de Goés, que escreveu a Crônica do Felicíssimo Rei D. Manoel (em 1558), e Gaspar Correia, em Lendas da Índia (de 1561), afirmaram, todos que a descoberta de Cabral foram fortuita e involuntária. A tese, tão de acordo com o desprezo que a Coroa reservava ao Brasil, logo se tornou verdade histórica. Tanto que os dois primeiros historiadores do Brasil, frei Vicente do Salvador e Sebastião da Rocha Pita, escrevendo respectivamente em 1627 e 1730, abraçaram e divulgaram a tese do “descobrimento casual”.

Embora narrassem fatos ocorridos havia apenas meio século e tivessem acesso aos arquivos oficiais, os cronistas reais descreveram o descobrimento do Brasil com base na chamada Relação do Piloto Anônimo. A questão intrigante é que em nenhum momento o “piloto anônimo” faz menção à “tempestade” que, segundo os cronistas reais, teria feito Cabral “desviar-se” de sua rota. Embora a carta de Caminha não tenha servido de fonte para os textos redigidos pelos cronistas oficiais do reino, esse documento também não se refere a tormenta alguma. Pelo contrário: mesmo quando narra o desaparecimento da nau de Vasco de Ataíde, ocorrido duas semanas depois da partida de Lisboa, Caminha afirma categoricamente que esse navio sumiu “sem que houvesse tempo forte ou contrário para poder ser”.

Na verdade, a leitura atenta da carta de Caminha e da Relação do Piloto Anônimo parece revelar que tudo na viagem de Cabral decorreu na mais absoluta normalidade e que a abertura de seu rumo para oeste foi proposital. De fato, é difícil supor que a frota pudesse ter se desviado “por acaso” de sua rota quando se sabe, a partir das medições astronômicas feitas por Mestre João, de que os pilotos de Cabral julgavam estar ainda mais a oeste do que de fato estavam. Embora os navegantes portugueses do século XVI ainda não soubessem calcular a longitude, Cabral e seus homens achavam, ainda de acordo com os cálculos de Mestre João, que estavam próximos ao local onde hoje se localiza Brasília: portanto, quase mil quilômetros mais a oeste. [Páginas 127 e 128]
1558. Atualizado em 25/02/2025 04:41:25
3°. Damião de Goes
19 de fevereiro de 1773, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 22:21:42
4°. Feita uma cópia da carta de Pero Vaz de Caminha
Mais de 300 anos seriam necessários até que alguns dos episódios que cercavam o descobrimento do Brasil pudessem começar a ser, eles próprios, redescobertos. O primeiro passo foi o ressurgimento da carta escrita por Pero Vaz de Caminha - que por quase três séculos estivera perdida em arquivos empoeirados. De fato, foi só em fevereiro de 1773 que o guarda-mor dos arquivos da Torre do Tombo, José Seabra da Silva, redescobriu a carta e mandou copiá-la. O documento foi publicado pela primeira vez em 1817, pelo padre Aires do Casal, no livro Corografia Brasílica. Ainda assim, a versão lançada por Aires do Casal era deficiente e incompleta: o zeloso padre achou de bom tom eliminar da narrativa os "trechos menos conformes com o decoro". A "redescoberta" do Brasil teria que aguardar mais umas décadas.
15 de janeiro de 1817, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:52
5°. O original da Carta de Pero Vaz de Caminha guarda-se na Torre do Tombo, em Lisboa. Quem primeiro assinalou sua existência foi José Seabra da Silva e quem pela primeira vez a publicou foi Manoel Aires do Casal
1843. Atualizado em 15/06/2025 01:54:32
6°. Encontrada a carta do Mestre João
1854. Atualizado em 30/10/2025 22:21:43
7°. Artigo de Joaquim Norberto de Sousa e Silva (1820-1891) na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
1998. Atualizado em 25/02/2025 04:41:25
8°. Gaspar Correia, em Lendas da Índia
1998. Atualizado em 25/02/2025 04:41:25
9°. Damião de Goés, que escreveu a Crônica do Felicíssimo Rei D. Manoel




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  64º de 90
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2007
Atualizado em 31/10/2025 08:04:47
Varnhagen em movimento: breve antologia de uma existência, 2007. Temístocles Cezar
•  Cidades (2): Araçoiaba da Serra/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (1): Cristóvão de Colombo (1451-1506)
•  Temas (3): Descobrimento do Brazil, Estátuas, marcos e monumentos, Fazenda Ipanema
    Registros relacionados
12 de outubro de 1492, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 08:48:18
1°. “Descobrimento” da América
Em seu testamento consta a orientação de que no local de seu nascimento fosse erigido um monumento à sua memória. Quatro anos após sua morte, nas terras da Real Fabrica de Ferro de São João de Ipanema, sua vontade é atendida. Em uma das faces do pedestal se lê a seguinte inscrição:

À memória de Varnhagen, Visconde de Pôrto Seguro, nascido na terra fecunda descoberta por Colombo, iniciado por seu pai nas coisas grandes e úteis. Estremeceu sua Pátria e escreveu-lhe a História. Sua alma imortal reúne aqui tôdas as suas recordações.

Não se sabe quem escreveu esse epíteto. Pode ter sido um amigo, um admirador, alguém da família ou o próprio Varnhagen. Seja como for, a solicitação do historiador não precisa ser percebida apenas como um reflexo egocêntrico, mas talvez como uma atitude preventiva. Tudo indica, a partir do que se sabe sobre sua vida, que Varnhagen tinha consciência de não ser muito popular em seu país, e que desconfiava da fidelidade de seus colegas em preservar sua memória.

Ele sempre reivindicou que a pátria reconhecesse seus grandes homens. Parece que não mudou de opinião, mesmo após a morte! Eis aqui, mais uma vez, um dos limites do paradoxo varnhageniano que vimos tentando demonstrar ao longo deste ensaio: o melhor historiador da nação tinha dificuldades em ser reconhecido como desejava, sobretudo no IHGB; o grande patriota que não está quase nunca na sua pátria. José Veríssimo é um dos poucos comentadores de Varnhagen a chamar a atenção para essa aparente contradição:

Consagrou toda a sua laboriosa existência a estudar a história do Brasil, e a servi-lo com dedicação e zelo em cargos e missões diplomáticos. Sente-se lhe, entretanto, não sei que ausência de simpatia, no rigor etimológico da palavra, pelo país que melhor que ninguém estudou e conhecia, e era o do seu nascimento. Não é patriotismo, entenda-se, que lhe desconhecemos, esse o tinha ele, como qualquer outro e do melhor. Faltava-lhe, porém, não lho sentimos ao menos, aquele não sei quê íntimo e ingênuo, mais instintivo que raciocinado, sentimento da terra e da gente. Ele não tem as idiossincrasias do país.

Nota-se, tanto na sua correspondência quanto na sua obra, que Varnhagen passa boa parte de sua vida procurando resolver essa ambigüidade, ou, no mínimo, a dominar esse sentimento de desterrado. Ele procura estabelecer uma ligação constante, uma coerência íntima entre os termos contraditórios de sua existência, como brasileiro (levando-se em consideração que ele é o único em seu núcleo familiar – filhos nascidos no estrangeiro, esposa estrangeira, filho de estrangeiro…) e como historiador da nação.

A imensa obra dedicada ao Brasil não seria uma maneira, para ele, de estar sempre entre os brasileiros? “Toda a modestia não é bastante para que eu não reconheça que a Historia do Brazil, ao menos em muitos de seus períodos, fica com a minha obra de uma vez escripta, e que ella viverá (a obra) eternamente, e fará eternamente honra, ao Brazil e ao reinado de (...) [Páginas 28 e 29 do pdf]
1882. Atualizado em 25/02/2025 04:46:35
2°. Monumento
Em seu testamento consta a orientação de que no local de seu nascimento fosse erigido um monumento à sua memória. Quatro anos após sua morte, nas terras da Real Fabrica de Ferro de São João de Ipanema, sua vontade é atendida. Em uma das faces do pedestal se lê a seguinte inscrição:

À memória de Varnhagen, Visconde de Pôrto Seguro, nascido na terra fecunda descoberta por Colombo, iniciado por seu pai nas coisas grandes e úteis. Estremeceu sua Pátria e escreveu-lhe a História. Sua alma imortal reúne aqui tôdas as suas recordações.




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  65º de 90
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24 de setembro de 2008, sexta-feira
Atualizado em 29/10/2025 23:36:31
Academia Sorocabana de Letras, nuhtaradahab.wordpress.com
•  Cidades (1): Sorocaba/SP
•  Pessoas (1): Adolfo Frioli (n.1943)
•  Temas (1): Leis, decretos e emendas
    Registros relacionados
26 de maio de 1979, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:39:13
1°. Fundação da Academia Sorocabana de Letras




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  66º de 90
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2009
Atualizado em 30/10/2025 14:05:51
História erudita e popular: edição de documentos históricos na obra de Capistrano de Abreu
•  Pessoas (2): João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), Rodrigo de Castelo Branco
    Registros relacionados
1878. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
1°. Necrológio de Francisco Adolfo de Varnhagen, de João Capistrano de Abreu
15 de maio de 1920, sábado. Atualizado em 16/08/2025 23:00:13
2°. Capistrano




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  67º de 90
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2010
Atualizado em 01/11/2025 04:14:59
Anais de História de Além-Mar. Lisboa / Ponta Delgada
•  Pessoas (5): Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), Diogo "Arias" de Aguirre (1575-1639), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591)
    Registros relacionados
Janeiro de 1590. Atualizado em 31/10/2025 09:20:52
1°. Nova expedição com 50 homens*
Para Afonso Taunay, seguindo Frei Vicente, Gabriel teria vindo ao Brasil em 1590, portanto antes de D. Francisco. Quem sincronizou as duas vindas, de Gabriel Soares e Francisco de Souza, foi Varnhagen. Francisco Adolfo de Varnhagen, História Geral do Brasil. Antes da sua separação e independência de Portugal, Tomo II, São Paulo, Edições Melhoramentos, 1956, 5.ª edição integral.
1590. Atualizado em 31/10/2025 01:14:13
2°. Para Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), seguindo Frei Vicente (1564-1639), Gabriel teria vindo ao Brasil em 1590, portanto antes de D. Francisco
Quem sincronizou as duas vindas, de Gabriel Soares e Francisco de Souza, foi Varnhagen. Francisco Adolfo de VARNHAGEN, História Geral do Brasil. Antes da sua separação e independência de Portugal, Tomo II, São Paulo, Edições Melhoramentos, 1956, 5.ª edição integral.
9 de junho de 1591, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:07:19
3°. Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil
Alguns dos nomes que, mais tarde, se fixaram na vila de São Paulo, muito provavelmente, vieram com o governador. Segundo Frei Vicente, o primeiro visitador do Santo Ofício, Heitor Furtado de Mendonça foi nesta viagem, na qual todos teriam ficado doentes, exceto o governador, que cuidara deles até que, só quando chegou ao Brasil, adoecesse.

Segundo Baptista Pereira, baseado em Monsenhor Pizarro, o próprio Frei Vicente teria voltado ao Brasil, depois dos estudos em Coimbra, em 1591, com o governador. Baptista, Vultos e episódios do Brasil, Biblioteca Pedagógica Brasileira, Série V, Brasiliana,Vol. VI, São Paulo, Companhia Editora Nacional, s.d

Além do visitador, Gabriel Soares de Souza, autor do Tratado descritivo do Brasil, teria voltado ao Brasil naquelas urcas, depois de ficar cerca de sete anos na corte pleiteando mercês e apoio para sua empreitada mineral, que teria entusiasmado bastante a D. Francisco.31 Outro nome importante é o de Diogo de Quadros, homem que esteve com Francisco ao longo de quase toda sua trajetória e extremamente envolvido com a questão mineral, sobretudo com a fundição do ferro em São Paulo. Quadros era cavaleiro fidalgo e detentor do hábito da ordem de Santiago; serviu dez meses em Mazagão, depois foi ao Marrocos para inter [Página 109]
12 de maio de 1598, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:42
4°. D. Francisco nomeaia de Roque Barreto, designado pelo donatário
Ainda em 1598, a caminho de São Paulo, o governador nomeou Diogo Arias de Aguirre como capitão-mor da capitania, mas somente até a sua chegada à vila, quando, então, acatou e fez publicar a nomeação de Roque Barreto, designada pelo donatário em 1598.
29 de outubro de 1598, sexta-feira. Atualizado em 29/10/2025 09:43:34
5°. “é possível identificar um grande processo distributivo de datas, tratado em sessões da Câmara realizadas em pequenos intervalos, podemos nos perguntar se o assunto tinha ou não relação com as notícias de que o governador se dirigia a São Paulo (...), 27 datas foram distribuídas num pequeno intervalo de três meses”




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  68º de 90
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28 de novembro de 2010, domingo
Atualizado em 01/11/2025 04:14:58
novomilenio.inf.br
•  Cidades (2): Lisboa/POR, Salvador/BA
•  Pessoas (3): Anna de Argollo (1532-1615), Francisco de Sousa (1540-1611), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591)
•  Temas (1): Monomotapa
    Registros relacionados
9 de junho de 1591, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:07:19
1°. Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  69º de 90
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13 de dezembro de 2010, segunda-feira
Atualizado em 01/11/2025 04:14:58
O Descobrimento foi parceria com a Itália. Eduardo Bueno - (revistaepoca.globo.com)
•  Pessoas (3): Américo Vespúcio (1454-1512), Eduardo Bueno, Pedro Álvares Cabral (1467-1520)
•  Temas (3): Descobrimento do Brazil, Italianos, Ordem dos Templários
    Registros relacionados
1291. Atualizado em 27/10/2025 13:35:40
1°. Os irmãos Vivaldi ousaram cruzar as Colunas de Hércules (o Estreito de Gilbraltar), costeando parte da África. Pouco depois, Lanzarotto Malocello descobriu as Ilhas Canárias
Portugal era "a varanda debruçada sobre o Atlântico". Mas os italianos, e genoveses, em especial, foram os primeiros a desafiar aquelas águas misteriosas. Em 1291, os irmãos Vivaldi ousaram cruzar as Colunas de Hércules (o Estreito de Gilbraltar), costeando parte da África. Pouco depois, Lanzarotto Malocello descobriu as Ilhas Canárias.
1317. Atualizado em 28/10/2025 04:14:50
2°. Marinha portuguesa fora "fundada" por um italiano: em 1317, contratado pelo rei dom Diniz, o almirante genovês Manoel Pessagno (Peçanha para os lusos) chegou a Lisboa trazendo "20 homens sabedores do mar" para virtualmente ensinar os portugueses a enfrentar os perigos do "Mar Tenebroso" (o Atlântico).
Ainda assim, não restam dúvidas de que os italianos tiveram profundas influências diretas e indiretas no "achamento" do Brasil. Em primeiro lugar, a própria Marinha portuguesa fora "fundada" por um italiano: em 1317, contratado pelo rei dom Diniz, o almirante genovês Manoel Pessagno (Peçanha para os lusos) chegou a Lisboa trazendo "20 homens sabedores do mar" para virtualmente ensinar os portugueses a enfrentar os perigos do "Mar Tenebroso" (o Atlântico).
29 de maio de 1453, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:41:44
3°. Queda de Constantinopla
Portugal era "a varanda debruçada sobre o Atlântico". Mas os italianos, e genoveses, em especial, foram os primeiros a desafiar aquelas águas misteriosas. Em 1291, os irmãos Vivaldi ousaram cruzar as Colunas de Hércules (o Estreito de Gilbraltar), costeando parte da África. Pouco depois, Lanzarotto Malocello descobriu as Ilhas Canárias. A partir da tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, em maio de 1453, capitais genoveses e florentinos foram investidos em Portugal. Sem aquele dinheiro, os lusos dificilmente teriam sido capazes de continuar a sua aventura ultramarina.

Três ricos mercadores italianos ajudaram a bancar a armação da frota de Pedro Álvares Cabral, que partiu para a Índia e, no meio do caminho, descobriu o Brasil. Eram eles os florentinos Bartolomeo Marchionni e Girolamo Sernigi e o genovês Antonio Salvago. Dono de amplos canaviais na Ilha da Madeira, amigo do rei dom Manuel, Marchionni possuía uma fortuna calculada em 100 mil ducados e era tido como o homem mais rico de Lisboa. Sem o seu financiamento, Cabral não teria, talvez, chegado à India nem ao Brasil.
27 de junho de 1499, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:04
4°. O navegador espanhol Alonso de Hojeda avista uma terra alagada. O visconde de Porto Seguro supõe que essa terra fosse a das bocas do Açu ou do Apodi, no Rio Grande do Norte.
Foram os italianos que descobriram o Brasil? De certa forma, sim. Não se trata de defender a tese de Francisco de Varnhagen. Em 1854, ele afirmou que o primeiro europeu a visitar o litoral brasileiro fora o florentino Américo Vespúcio, em viagem realizada em 1499. Embora pesquisadores respeitáveis, como o italiano Riccardo Fontana, continuem acreditando que a frota de Vespúcio aportou no Rio Grande do Norte, a maioria dos historiadores acha que ela esteve apenas nas Guianas e pouquíssimos são aqueles que concedem ao padrinho da América a ventura de ter sido o primeiro a colocar os pés na Terra Brasilis.
1854. Atualizado em 31/10/2025 10:48:08
5°. “História geral do Brazil”, de Francisco Adolfo de Varnhagen, o Visconde de Porto Seguro (1816-1878)




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  70º de 90
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2012
Atualizado em 01/11/2025 04:14:57
Coleção Barão do Rio Branco
•  Cidades (1): Guarapuava/PR
•  Pessoas (8): Francisco Millau y Maraval, João Tibiriçá Piratininga (1829-1888), José Maria da Silva Paranhos Jr (1845-1912), Juan de la Cruz Cano y Olmedilla, Pedro de Siqueira Côrtes, Pedro Lozano (1697-1752), Pedro Lugo y Navarra, Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857)
•  Temas (13): Ana Maria Bicudo de Proença, Apoteroby (Pirajibú), Bituruna, vuturuna, Caaçapa, Cabeludos/Coroados, Cayacangas, Estradas antigas, Francisco de Arruda e Sá, João de Arruda e Sá, Maria de Almeida Pimentel e Lara, Nheengatu, Rio Guapeí, Yapejú




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  71º de 90
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Dezembro de 2013
Atualizado em 31/10/2025 07:48:32
Reconstruindo o Mapa das Capitanias Hereditárias, Jorge Pimentel Cintra*
•  Cidades (3): Cabo de Santo Agostinho/PE, Belém/PA, Laguna/SC
•  Pessoas (3): João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pero Lopes de Sousa (1497-1539)
•  Temas (2): Tordesilhas, Geografia e Mapas
Mapa
Data: 1854
    Registros relacionados
21 de janeiro de 1535, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:37
1°. Donatários
1586. Atualizado em 25/02/2025 04:39:05
2°. Mapa de Luis Teixeira: Capitanias
1854. Atualizado em 25/02/2025 04:41:22
3°. Mapa das Capitanias Hereditárias proposto por Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878)
Examinando-se o mapa do MEC com cuidado, nota-se que há algumas falhas ou omissões com os quais iniciamos nossa problematização acerca da representação cartográfica das capitanias. Em primeiro lugar, o mapa está em uma projeção (não indicada, mas provavelmente a policônica), em que os meridianos são curvos com a concavidade voltada para o meridiano central da projeção e os paralelos com a concavidade voltada para o pólo sul. Nesse esquema, o meridiano de Tordesilhas deveria ser desenhado com a curvatura correspondente e foi traçado como uma reta, por simplicidade, ao que tudo indica. Esse mapa apresenta de maneira basicamente correta os pontos de fronteira entre as capitanias, mas o Cabo de Todos os Santos está desenhado a oeste da baia do Maranhão quando na realidade situa-se a leste.

Essa peça cartográfica representa corretamente, dentro dessa lógica de divisão, uma porção de terra não distribuída ao norte da primeira capitania na região norte e, portanto, sem nome. No entanto, por coerência, a linha divisória dessa região deveria ser estendida para a Ilha de Marajó, o que não acontece.

Outra pequena falha de finalização é não ter sido desenhada a linha divisória ao sul entre as duas últimas capitanias, correndo aproximadamente pela Ilha do Mel. Passemos, então, a examinar o processo de formação dessa concepção de divisão territorial, cujas representações procuramos rever criticamente.

Nota sobre as fontes ou a influência de Varnhagen

O visconde de Porto Seguro, em sua clássica obra História Geral do Brasil (1854)3, parece-nos ser a fonte desse ícone cartográfico, visto que já na primeira edição de seu tratado consta uma representação cartográfica entre as páginas 88 e 89 (Figura 2).

Da análise dessa peça e da toponímia presente, pode-se concluir que se trata de um mapa construído sobre uma base cartográfica contemporânea (segunda metade do século XIX), com destaque para a hidrografia, orografia e algumas cidades, sendo que o excesso de detalhes acaba prejudicando a visibilidade das linhas divisórias, finalidade principal almejada. A projeção é a sinusoidal, com paralelos de 5° em 5°, retilíneos, equiespaçados e paralelos ao equador, e com meridianos elipsoidais, com concavidade voltada para o meridiano central do mapa, também graduados de 5° em 5°. O meridiano de origem escolhido foi o cabo de Santo Agostinho, na época considerado o ponto extremo leste do Brasil, e a contagem se dá para oeste. O meridiano da primitiva demarcação, como o mapa denomina o de Tordesilhas, situa-se nos extremos clássicos: Belém do Pará e Laguna.

Uma legenda no canto inferior direito associa algarismos romanos aosdonatários das Capitanias primitivas, começando por Martim Afonso (I) e terminando com Fernando Álvares de Andrade (XII), valendo destacar que, já nessa legenda associa-se de maneira gráfica, colocando-os numa mesma linha, os donatários IX e X: João de Barros e Aires da Cunha. [Página 3 do pdf]

Como apontado, devido à poluição visual e à escala do mapa, nãohá muito destaque para as linhas divisórias entre as capitanias. Mas essa condição geométrica está também presente através dos algarismos romanos dispostos verticalmente junto à margem direita do mapa: IX e X, XII, XI, etc. Para transmitir melhor essa idéia de faixas horizontais, o autor do mapa situa o mesmo algarismo romano junto à demarcação de Tordesilhas, na mesma altura ou latitude, reforçando a ideia de uma faixa. Algumas dessas linhas, em estilo tracejado, podem ser vistas claramente no mapa original4, ainda que haja algumas falhas de desenho.

Essa forma de divisão cartográfica está confirmada por todo o texto da História Geral do Brasil e viria a ser reconhecida elogiosamente por grandes historiadores. Com efeito, Capistrano de Abreu comenta:

Varnhagen precisou nossos conhecimentos sobre os donatários: mostrou como eram em número de doze, deu os nomes de todos, descobriu os forais e cartas de doação de quase todos, traçou os limites das diversas capitanias e calculou as respectivas áreas. O resultado de todas estas investigações fixou lapidarmente do seguinte modo o sábio G. d’Avezac nas Considérations géographiques sur l’histoire du Brésil, 30/31, Paris 18575.

Nas revisões e notas a essa clássica obra do historiador sorocabano, tanto Capistrano de Abreu como Rodolfo Garcia confirmam essa divisão territorial brasileira. Diante de tais autoridades não é de estranhar que esse protótipo ganhasse aceitação generalizada.

Por sua vez, o mapa de Luis Teixeira, datado de 1586 pelos autores da Portugaliae Monumenta Cartographica, parece uma prova históricocartográfica do acerto dessa divisão de Varnhagen, que teria simplesmente completado pequenas lacunas.

Mas deve-se notar que esse mapa reflete uma situação posterior ao momento das doações. Como se pode ver, comparando-o com o da Figura 1, há uma série de alterações: a capitania da Bahia já pertencia a Sua Majestade; nas capitanias do norte, unificadas, aparece somente o donatário João de Barros e nas do sul somente Lopo de Sousa; outras capitanias também haviam mudado de dono. Mas com certeza esse mapa inspirou Varnhagen: bastava encontrar os pontos limítrofes das diversas capitanias fundidas em uma só nesse mapa, ao norte e ao sul, e traçar as linhas para oeste. Seu mapa das capitanias apresenta-as com as linhas ao longo de paralelos, ainda que falte alguma na região norte, e fazendo, como se disse, uma indicação dos donatários através de algarismos romanos dispostos verticalmente no Atlântico e no continente, na faixa correspondente a cada capitania.

Mas, como se procurará mostrar, esse autor, sob cuja sombra ainda vivemos, equivocou-se nessa reconstrução e por isso, no presente trabalho, recorresse a fontes primárias: cartas de doação, forais, outros textos originais e mapas da época, para poder avançar no estudo da questão. [Página 5 do pdf]




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  72º de 90
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2014
Atualizado em 01/11/2025 04:14:57
HISTÓRIA DA MEDICINA (págs. 29 a 31) Primeiros médicos no Brasil
•  Cidades (3): Salvador/BA, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (5): Duarte da Costa (1505-1560), João III, "O Colonizador" (1502-1557), Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Pedro Fernandes Sardinha (1496-1556), Tomé de Sousa (1503-1579)
•  Temas (4): Inquisição, Judaísmo, Medicina e médicos, Pela primeira vez
    Registros relacionados
1 de maio de 1549, domingo. Atualizado em 30/10/2025 21:40:59
1°. Primeiro médico
Jorge de Valadares, primeiro médico diplomado a atuar no Brasil, veio integrando a comitiva do governador geral Tomé de Souza, exercendo o cargo de físico-mor em Salvador. Sabe-se muito pouco sobre esse profissional. É segura a informação de que recebia salário de 2.000 réis mensais e mais 40 réis para mantimentos. Assumiu o cargo em 1º de maio de 1549, exercendo-o até 1554. Faleceu três anos mais tarde.
20 de abril de 1553, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:17
2°. Médico




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  73º de 90
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8 de julho de 2014, sexta-feira
Atualizado em 01/11/2025 04:14:56
Estudioso reconstrói Capitanias Hereditárias e afirma que livros escolares estão errados
•  Pessoas (1): Antônio Cardozo de Barros (f.1556)
•  Temas (3): Tordesilhas, Geografia e Mapas, Léguas




  Francisco Adolfo de Varnhagen
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20 de janeiro de 2016, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 07:48:31
Retirada dos restos mortais restos mortais do visconde de Porto Seguro
•  Cidades (1): Sorocaba/SP
•  Pessoas (2): Laelso Rodrigues (n.1932), Luiz de Almeida Marins
•  Temas (1): Estátuas, marcos e monumentos
Largo de São Bento*
Data: 1978
Créditos: Douglas Gomes / Antônio Carlos Sartorelli
Dia 15 de agosto de 1975 o Hino de Sorocaba foi cantado pela primeira vez defronte ao busto de Balthazar Fernandes pelas crianças do Instituto Matheus Maylasky, onde lecionava a autora da música, que o regeu.((emm)(Mosteiro São Bento
    1 fonte
  1 relacionada

1°. Francisco Adolfo de Varnhagen, historiador brasileiro. Consultado em Wikipédia
4 de maio de 2023, sexta-feira




  Francisco Adolfo de Varnhagen
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18 de fevereiro de 2016, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 07:48:31
Restos mortais de Varnhagen foram recolocados no Largo de São Bento
•  Cidades (1): Sorocaba/SP
•  Pessoas (1): Bertrand Maria José de Orléans e Bragança (n.1941)
Largo de São Bento




  Francisco Adolfo de Varnhagen
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2017
Atualizado em 01/11/2025 04:14:55
Os limites das capitanias hereditárias do sul e o conceito de território, Jorge Pimentel Cintra
•  Cidades (23): Angra dos Reis/RJ, Bertioga/SP, Cabo Frio/RJ, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Guaratinguetá/SP, Iguape/SP, Itanhaém/SP, Itu/SP, Jacareí/SP, Jundiaí/SP, Mogi das Cruzes/SP, Paranaguá/PR, Paraty/RJ, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Sebastião/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP, Ubatuba/SP
•  Pessoas (8): Condessa de Vimieiro (1570-1646), Fernão Vieira Tavares (1565-1622), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pero Lopes de Sousa (1497-1539), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), 1o Visconde de Asseca (1639-1678), João Correia de Sá
•  Temas (6): Capitania de Santa Ana, Capitania de Santo Amaro, Capitania de São Tomé, Capitania de São Vicente, Geografia e Mapas, Léguas
    1 fonte
  0 relacionadas
    Registros relacionados
5 de setembro de 1558, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:08
1°. Pelo foral o povoado de São Paulo de Piratininga tornou vila, sob o governo de Mem de Sá
13 de janeiro de 1561, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:12
2°. Fundada a Vila de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, em Itanhaém
20 de fevereiro de 1567, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:30
3°. Falecimento de Estácio de Sá no Rio de Janeiro
13 de julho de 1600, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:32
4°. O primeiro nome de Cananéia era Vila de São João Batista de Cananéia
1608. Atualizado em 25/02/2025 04:46:48
5°. Tornou-se vila em 1608, com o nome de Vila dos Reis magos da Ilha grande
13 de novembro de 1615, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:30
6°. Segundo Pizarro (Memórias históricas, II, 133 e 211), o governador do Rio de Janeiro, Constantino de Menelau, fundou nesta data a povoação de Cabo Frio
1 de janeiro de 1620, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 14:50:45
7°. O Conde de Monsanto consegue ganho de causa e assume as capitanias da família (São Vicente, Sant Anna e Santo Amaro)
No auge da controvérsia pelo limite dessas capitanias, por volta de 1620, houve ações fraudulentas que forçaram, contra todo o direito, a colocação do marco divisório (Santo Amaro/São Vicente) na terceira barra, ao sul da cidade de São Vicente. As autoridades foram coniventes com essa clamorosa injustiça que só foi reparada no reinado de D. Maria I, no fim do século XVIII. Diante das injustiças, Frei Gaspar discorre apaixonadamente, com muitos argumentos, para mostrar que o limite era pela barra da Bertioga. Dentre esses, destacamos somente um: o fato de serem 10 as léguas de Pero Lopes de Sousa, a partir do rio Juquiriquerê, segundo a carta de doação.

Isso se prova medindo as léguas, sobre um mapa atual, com o auxílio de um programa de cartografia digital (MapInfo, por exemplo). Resulta no valor de 14 léguas.23 Isso concorda com o depoimento de 10 pilotos, experimentados nesse trecho da costa, que foram chamados para testemunharem no caso. Afirmaram unanimemente e em altas vozes que nesse trecho se encontravam 12 léguas esforçadas (com sobra), talvez 13. E que até a barra ao sul de São Vicente haveria mais 5 ou 6.24. Por disputas de terra, falsificaram-se as cartas de Pero Lopes para excluir do texto a expressão da banda do norte, e assim forçar a interpretação de que a barra do rio de São Vicente ficava junto à vila desse nome.

Foram com muita probabilidade os partidários da causa de Monsanto que adulteraram as cópias da carta de doação de Pero Lopes de Sousa para alterar as léguas de 10 para 12 e de suprimir a expressão da banda do norte, justaposta à barra de São Vicente, para forçar a demarcação mais ao sul. Mas a carta de doação de Martim Afonso, na qual se pode conferir as expressões da fronteira, não foram adulteradas. Além disso, se fossem 12 as léguas de Pero Lopes, a soma com as 40 ao sul de Paranaguá (não adulteradas) daria 52 e não 50 léguas como indica a carta de doação a Pero Lopes.

Como se não bastasse isso, o procurador da Fazenda, representante da Coroa, Fernão Vieira Tavares, que deveria ser árbitro na questão, serviu-se de prepotência, por despeito pessoal; sem efetuar nenhuma medição e contrariamente ao testemunho unânime dos pilotos e aos protestos do representante da casa de Vimieiro, mandou estabelecer a fronteira por uma pedra natural que ele indicou, na barra mais ao sul, deixando acima a vila de São Vicente. Em função disso, com extrema injustiça, a condessa de Vimieiro viu-se despojada da Capitania de São Vicente e transferiu a sede de seus domínios para a Vila de Itanhaém (1624), continuando sua jurisdição sobre as cidades daí para o sul e no Vale do Paraíba, São Sebastião, Paraty, Angra dos Reis, Rio de Janeiro e Cabo Frio. [p. 12 do pdf]
6 de novembro de 1623, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:55
8°. A Relação da Bahia indicou que se demarcassem as 50 léguas de Pero Lopes de Sousa
6 de fevereiro de 1624, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:00
9°. Criada a Capitania de Itanhaém
14 de novembro de 1625, sexta-feira. Atualizado em 26/10/2025 10:26:44
10°. Distante 35 km do Piratininga, sob protestos de São Paulo, oficializou um novo núcleo de pressão e concorrência sobre os gentios do sertão, o povoado que cresceu ao redor da capela foi elevado à categoria de vila com a denominação de Santana de Parnaíba
28 de outubro de 1637, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:52
11°. A Aldeia de Iperoig foi elevada a vila, com o nome de Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba, subordinada à sessão norte da Capitania de Itanhaém
5 de dezembro de 1645, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 04:07:26
12°. Fundação do povoado de São Francisco das Chagas de Taubaté
29 de julho de 1648, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 23:31:10
13°. Gabriel de Lara faz a leitura de elevação o povoado à categoria de Vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá
1657. Atualizado em 25/10/2025 00:39:27
14°. Povoação de Nossa Senhora da Candelária do Outu Guaçu, atual Itu, é elevada a vila
3 de março de 1661, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:38:37
15°. O processo retorna com parecer favorável do ouvidor da Capitania de São Vicente sr. Antônio Lopes de Medeiros e o povoado ao redor da capela de Sorocaba foi elevado à categoria de vila
1854. Atualizado em 25/02/2025 04:41:22
16°. Mapa das Capitanias Hereditárias proposto por Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878)
2017. Atualizado em 25/10/2025 15:40:19
17°. Os limites das capitanias hereditárias do sul e o conceito de território, Jorge Pimentel Cintra




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  77º de 90
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7 de fevereiro de 2019, sexta-feira
Atualizado em 01/11/2025 04:14:55
O Bacharel de Cananeia, por Elizandra Aparecida Nóbrega, ovaledoribeira.com.br
•  Cidades (3): Cananéia/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): Bacharel de Cananéa, Cosme Fernandes Pessoa (n.1480), Domingos Luís Grou (1500-1590), João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923)
•  Temas (1): Ouro
    Registros relacionados
24 de janeiro de 1502, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 07:51:40
1°. A armada de André Gonçalves chegou a Cananéia
1895. Atualizado em 24/10/2025 02:36:53
2°. Ernesto Guilherme Young (1850-1914), pesquisando os arquivos dos cartórios e do Tombo de Iguape, publicou, em l896, pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, seu clássico “Esboço Histórico da Fundação da Cidade de Iguape” (1895), no qual conseguiu identificar o bacharel como sendo Cosme Fernandes Pessoa
1907. Atualizado em 31/10/2025 06:58:36
3°. Capítulo da História Colonial, 1907. Capistrano de Abreu (1853-1923)
Sabemos que o Bacharel, após aquela famosa desavença, recolheu-se a São Vicente, onde deve ter permanecido algum tempo, ocasião em que foi contemplado com a sesmaria em questão. É certo que, já em 1536, retornou a Cananeia, pois esse ano a Rainha de Portugal, Izabel, escreveu ao Bacharel pedindo-lhe que prestasse todo o auxílio ao navegador Gregório de Pesquera Rosa, que viria ao Brasil em busca de especiarias. Essa expedição, no entanto, nunca chegou ao seu destino.

Capistrano de Abreu nos informa em seus “Capítulos de História Colonial” que os primeiros colonos que vieram ao Brasil subordinavam-se a dois tipos extremos:

“uns sucumbiram ao meio, ao ponto de furar lábios e orelhas, matar os prisioneiros segundo os ritos, e cevar-se em sua carne; outros insurgiram-se contra ele e impuseram sua vontade, como o bacharel de Cananeia, que se obrigou a fornecer quatrocentos escravos a Diogo Garcia, companheiro de Solis, um dos descobridores do Prata.”

Diz, ainda, mestre Capistrano que, no processo de desbravamento e povoamento de nosso país, existiram três tipos de povoadores, ou seja: “o que não reagia e se submetia, o voluntarioso e indomável e o medíocre ou conciliador, que vivem bem uns com uns e outros, europeus e indígenas.” Segundo esse autor, os jesuítas empregaram seus esforços para que sobrevivesse o segundo tipo. Aquele “que se impunha, dominava, tornava-se verdadeiro régulo, como aquele bacharel de Cananeia.” Tirar o medo aos cristãos, senhorear gentio da terra pela guerra, amedrontá-lo com grandes ameaças, esta foi a conduta do bacharel, coadjuvada pelos jesuítas e adotada especialmente por Mem de Sá.

O Bacharel era figura bastante conhecida pelos antigos navegadores. Mantinha com eles laços de amizade e até mesmo intercâmbio comercial. Quando o navegador português Diogo Garcia de Moguer passou por São Vicente em 1527, encontrou um bacharel que ali se achava desterrado. Emm sua “Memória de la Navegación”, Garcia registrou que ali residiam, entre outros, o bacharel Cosme Fernandes e seus genros Gonçalo da Costa e Francisco de Chaves, que receberam os navegantes “de braços abertos”.




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  78º de 90
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19 de junho de 2019, sexta-feira
Atualizado em 01/11/2025 04:14:54
“Carvalhinho, o primeiro brasileiro”
•  Cidades (5): Cabo Frio/RJ, Recife/PE, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, Santos/SP
•  Pessoas (4): Eduardo Bueno, Fernão de Loronha, João Lopes de Carvalho “Carvalhinho”, Pedro Annes
•  Temas (5): Alemães, Baía de Guanabara, Mineralogia, Pau-Brasil, Pela primeira vez
    Registros relacionados
Junho de 1511. Atualizado em 25/02/2025 04:42:50
1°. Pedro Agnez, companheiro de "Carvalhinho" é exilado no Brasil*
Seis machados, não sei se é bem seis, não interessa.12:49 Desapareceram acho que seis mesmo machados, e algumas facas. Ou seja, alguém roubou pra comercializá-las diretamente com os indígenas. Cara, era assim, era um quartel como eu falei, não podia desaparecer uma agulha, inclusive tinha, sério, o número de AGULHAS que vinha dentro do navio estava no regimento, era um negócio assim capitalista selvagem, era cara, tudo anotado, não tem essa de roubar uma agulha que eu sou teu patrão, seu animal! (“Carvalhinho, o primeiro brasileiro”, 18.06.2019. Eduardo Bueno, youtube.com/watch?v=yZ2I_hjEDu0) [0]




  Francisco Adolfo de Varnhagen
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20 de junho de 2020, sábado
Atualizado em 31/10/2025 08:16:43
Como os bandeirantes, cujas homenagens hoje são questionadas, foram alçados a “heróis paulistas”. Edison Veiga, de Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil
•  Cidades (4): Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (11): Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Benedito Carneiro Bastos Barreto (1896-1947), Domingos Jorge Velho (1611-1670), Fernão Dias Paes Leme (1º) (1550-1605), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Jerônimo Leitão, Manuel de Borba Gato (1649-1718), Sebastião Fernandes Tourinho, Alfredo Ellis Júnior (1896-1974), Benedito Calixto de Jesus (1853-1927)
•  Temas (11): Estátuas, marcos e monumentos, Jesuítas, Ouro, Pela primeira vez, Prata, Quilombos, Revolução Constitucionalista, Tordesilhas, Tupiniquim, Ybyrpuêra, Zumbi e as Guerras de Palmares
    Registros relacionados
1573. Atualizado em 25/02/2025 04:40:02
1°. Sebastião Fernandes Tourinho chefiou uma expedição que "subiu pelo Rio Doce, e atravessando imensos sertões desceu pelo Jequitinhonha para a província da Bahia conduzindo escravos, algumas amostras de esmeraldas ou safiras"
Segundo as pesquisas do historiador Camargo, a primeira menção do termo bandeirante pela imprensa ocorreu em 11 de abril de 1837. Uma nota publicada pelo jornal "Pharol do Império", do Rio de Janeiro, narrando que um "bandeirante", Sebastião Fernandes Tourinho, chefiou em 1573 uma expedição que “subiu pelo Rio Doce, e atravessando imensos sertões desceu pelo Jequitinhonha para a província da Bahia conduzindo escravos, algumas amostras de esmeraldas ou safiras”.
16 de maio de 1583, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:02
2°. Câmara registrou a reclamação de Jerônimo Leitão, capitão de São Vicente, indignado com as pessoas que iam "ao sertão" sem sua licença, causando "prejuízo" para a capitania
Os “que vão ao sertão”

Uma pesquisa nas atas da Câmara de São Paulo comprova que o termo bandeirante não existia antes do fim do século 19. “A documentação oficial não se referia a eles nem como bandeirantes nem como sertanistas”, pontua Camargo. “O mais próximo que vi é ´homens que vão ao sertão´.”

Em 16 de maio de 1583, por exemplo, a Câmara registrou a reclamação de Jerônimo Leitão, capitão de São Vicente, indignado com as pessoas que iam "ao sertão" sem sua licença, causando "prejuízo" para a capitania. Ele contava estar "informado de muita devassidão" nessas empreitadas mata adentro.

Camargo aponta o historiador e monge beneditino Gaspar Teixeira de Azevedo (1715-1800), mais conhecido como Frei Gaspar da Madre de Deus, como o primeiro a chamar, em livro, de bandeiras as incursões pelo sertão — o faz em "Memórias Para a História da Capitania de São Vicente", publicado originalmente em 1797. "Mas ele ainda não empregava o termo bandeirantes. Chamava-os apenas de paulistas", atesta Camargo.
1797. Atualizado em 28/10/2025 17:04:59
3°. “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
Os “que vão ao sertão”

Uma pesquisa nas atas da Câmara de São Paulo comprova que o termo bandeirante não existia antes do fim do século 19. “A documentação oficial não se referia a eles nem como bandeirantes nem como sertanistas”, pontua Camargo. “O mais próximo que vi é ´homens que vão ao sertão´.”

Em 16 de maio de 1583, por exemplo, a Câmara registrou a reclamação de Jerônimo Leitão, capitão de São Vicente, indignado com as pessoas que iam "ao sertão" sem sua licença, causando "prejuízo" para a capitania. Ele contava estar "informado de muita devassidão" nessas empreitadas mata adentro.

Camargo aponta o historiador e monge beneditino Gaspar Teixeira de Azevedo (1715-1800), mais conhecido como Frei Gaspar da Madre de Deus, como o primeiro a chamar, em livro, de bandeiras as incursões pelo sertão — o faz em "Memórias Para a História da Capitania de São Vicente", publicado originalmente em 1797. "Mas ele ainda não empregava o termo bandeirantes. Chamava-os apenas de paulistas", atesta Camargo.

11 de abril de 1837, sexta-feira. Atualizado em 11/04/2025 00:22:16
4°. Primeira menção do termo bandeirante pela imprensa publicada pelo jornal "Pharol do Império", do Rio de Janeiro
Segundo as pesquisas do historiador Camargo, a primeira menção do termo bandeirante pela imprensa ocorreu em 11 de abril de 1837. Uma nota publicada pelo jornal "Pharol do Império", do Rio de Janeiro, narrando que um "bandeirante", Sebastião Fernandes Tourinho, chefiou em 1573 uma expedição que “subiu pelo Rio Doce, e atravessando imensos sertões desceu pelo Jequitinhonha para a província da Bahia conduzindo escravos, algumas amostras de esmeraldas ou safiras”.
1867. Atualizado em 25/02/2025 04:40:01
5°. O escritor e jornalista português José da Silva Mendes Leal (1820-1886) publicou o romance “Os Bandeirantes” em cuja primeira página o leitor já é apresentado a “um viageiro de trajo modesto e boa presença”
Em 1867 o escritor e jornalista português José da Silva Mendes Leal (1820-1886) publicou o romance Os Bandeirantes em cuja primeira página o leitor já é apresentado a “um viageiro de trajo modesto e boa presença”.
1870. Atualizado em 25/02/2025 04:40:02
6°. Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878) publicou “História Geral do Brasil”
Em 1870, o historiador, militar e diplomata Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878) publicou "História Geral do Brasil". Na obra ele também usa o termo bandeiras — mas não menciona nem bandeirantes nem sertanistas.
1871. Atualizado em 25/02/2025 04:40:02
7°. O primeiro registro da palavra bandeirante em um dicionário de língua portuguesa
Na tese de doutorado “Entre Batismos e Degolas: (Des)caminhos Bandeirantes em São Paulo”, defendida na USP, a socióloga e antropóloga Thaís Chang Waldman afirma que o primeiro registro da palavra bandeirante em um dicionário de língua portuguesa data de 1871. Trata-se do dicionário publicado pelo frei Domingos Vieira, diz Waldman, no qual “bandeirante é definido como ´o afiliado da bandeira, ou companhia de exploração das matas virgens”.

A pesquisadora ainda cita o dicionário Houaiss, edição de 2009, em que “o bandeirante é registrado como substantivo masculino que denomina um ´indivíduo que no Brasil colonial tomou parte em bandeira (expedição)´”.

Vale ressaltar que a palavra bandeirante, portanto, passa a ser utilizada quando o ciclo das bandeiras já estava encerrado — conforme assinala o historiador e sociólogo Ricardo Luiz de Souza no artigo "A Mitologia Bandeirante: Construção e Sentidos".
Maio de 1891. Atualizado em 25/02/2025 04:39:28
8°. Bairro*
Documentos do Arquivo Histórico Municipal de São Paulo atestam que o primeiro logradouro público a ser batizado com o termo foi a rua dos Bandeirantes, no bairro do Bom Retiro, em maio de 1891. De lá para cá, o povo paulista ganhou a avenida dos Bandeirantes, a rodovia dos Bandeirantes, o canal de TV Bandeirantes e até a sede oficial do governo do estado se chama Palácio dos Bandeirantes.
1903. Atualizado em 24/10/2025 03:39:23
9°. Retrato de Domingos Jorge Velho de Benedito Calixto é primeira representação visual de um bandeirante a entrar na coleção do Museu Paulista
Taunay: o ´formulador´ do mito

Mas para compreender totalmente a instauração do mito do bandeirante como herói paulista é preciso voltar a um intelectual da primeira metade do século 20: o historiador, biógrafo, romancista, tradutor e professor Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958)."A construção desse imaginário histórico teve nele o seu principal formulador e divulgador, em várias obras históricas e no Museu Paulista [o Museu do Ipiranga]", ressalta Martinez.

“Taunay escreveu muito para jornais e depois refundia os textos em livros sem citar nenhuma fonte de documentação e das publicações anteriores”, contextualiza o historiador. “Mas esse mito foi sendo construído ao longo de décadas e as caracterizações sofrem variações de autor para autor.”

Entre 1924 e 1950, Taunay publicou "História Geral das Bandeiras Paulistas", obra em 11 tomos. Como diretor do Museu do Ipiranga — cargo ocupado de 1917 e 1953 —, o historiador também contribuiu para a consolidação desse imaginário. "Ele encomendou toda a representação iconográfica e a estatutária do bandeirismo que decora os salões do museu", diz Martinez. “O ano chave aqui foi 1922, nos preparativos para as comemorações do centenário da Independência do Brasil.” Taunay trabalhou, segundo o historiador, para “enaltecer o papel dos paulistas na conquista territorial do interior do continente”.

Camargo vê Taunay como o primeiro a "tratar o bandeirante como herói".

“É preciso lembrar que sua tarefa foi facilitada pelo acesso que ele teve aos documentos do Arquivo Histórico Municipal. Autor positivista, que somente dá crédito a partir de provas documentais, ele teve nesses documentos a prova necessária para suas análises”, afirma.

A própria imagem do bandeirante, com suas características físicas e vestuário, acabou sendo criada nesse momento.

“Não existem retratos de bandeirantes realizados no momento em que esses homens viveram. Por isso, nada sabemos sobre suas fisionomias e pouco sobre como andavam vestidos pelos sertões”, pontua o historiador Marins.

Como exemplo, ele cita o retrato de Domingos Jorge Velho (1641-1705), obra executada em 1903 por Benedito Calixto (1853-1927). “Foi a primeira representação visual de um bandeirante a entrar na coleção do Museu Paulista. Nessa tela, já aparecem muitas das características que acabaram por se tornar uma convenção de como representá-los: traços europeus e pele branca, chapéus de aba larga, botas de cano alto, bacamarte e a pose altiva inspirada diretamente nos retratos de reis, a partir do modelo de Hyacinthe Rigaud para o célebre retrato de Luís 14, hoje no Louvre”, contextualiza ele.

Segundo o historiador, as obras encomendadas por Taunay acabaram "reforçando as características visuais [dos bandeirantes] e trazendo outras, como o uso do gibão acolchoado em losangos, cobrindo o tronco".

“Essas características iconográficas estabelecidas no Museu Paulista foram muito utilizadas em dois momentos chave da história paulista: a Revolução de 1932 e o Quarto Centenário de São Paulo”, prossegue Marins. “Foi assim que apareceram em cartazes, cédulas, selos, porcelanas, anúncios comerciais, murais e em monumentos públicos, como o Monumento às Bandeiras, inaugurado em 1953, e no Mausoléu ao Soldado Constitucionalista de 1932, inaugurado em 1955, ambos no Ibirapuera (principal parque da cidade de São Paulo).”
7 de setembro de 1922, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:50
10°. Tem início a Exposição Internacional do Centenário da Independência, realizada no Rio de Janeiro, sendo até hoje a maior exposição internacional já realizada brasileiras
Eles eram rudes, geralmente iletrados, passavam longos períodos embrenhados em matas e campos desconhecidos, comiam mal e perseguiam índios. Figuras típicas do Brasil colonial, diretamente responsáveis pelas incursões "do homem branco" pelos confins então desconhecidos do Brasil, os bandeirantes acabaram elevados ao panteão dos heróis — sobretudo dos paulistas —, em um movimento iniciado no fim do século 19, incorporado aos discursos das comemorações do primeiro centenário da Independência, em 1922, reforçado na Revolução Constitucionalista de 1932 e consolidado nas celebrações do Quarto Centenário de São Paulo, em 1954.
1929. Atualizado em 24/10/2025 02:55:22
11°. Vida e morte do bandeirante, 1929. José de Alcântara Machado
Taunay não foi o único a definir o bandeirante. Outra obra de referência nesse quesito é "Vida e Morte do Bandeirante", publicada em 1929 pelo jurista e escritor José de Alcântara Machado de Oliveira (1875-1941).
1933. Atualizado em 30/10/2025 10:10:57
12°. “Confederação ou Separação” do o historiador e sociólogo Alfredo Ellis Júnior (1896-1974)
25 de janeiro de 1954, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:30
13°. A cidade de São Paulo (SP) faz 400 anos e inaugura o Parque do Ibirapuera, a Catedral da Sé e o Monumento às Bandeiras
Eles eram rudes, geralmente iletrados, passavam longos períodos embrenhados em matas e campos desconhecidos, comiam mal e perseguiam índios. Figuras típicas do Brasil colonial, diretamente responsáveis pelas incursões "do homem branco" pelos confins então desconhecidos do Brasil, os bandeirantes acabaram elevados ao panteão dos heróis — sobretudo dos paulistas —, em um movimento iniciado no fim do século 19, incorporado aos discursos das comemorações do primeiro centenário da Independência, em 1922, reforçado na Revolução Constitucionalista de 1932 e consolidado nas celebrações do Quarto Centenário de São Paulo, em 1954
9 de julho de 1955, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:40:02
14°. Inauguração do Obelisco aos Heróis de 32
Durante o movimento conhecido como Revolução de 1932, quando tropas paulistas estavam guerreando contra o restante do país, a ideia do bandeirante servia como argumento a diferenciar os de São Paulo dos brasileiros de outros Estados.

No livro "Confederação ou Separação" publicado em 1933, o historiador e sociólogo Alfredo Ellis Júnior (1896-1974) partiu do caráter do bandeirante para defender que os paulistas eram "diferentes" dos demais. “Eles [os bandeirantes] eram apelidados de ´portugueses´, de ´vicentinos´ ou de ´paulistas´. Jamais foram brasileiros”, escreveu.

A relação com os bandeirantes estava presente até nos nomes dos batalhões. Muitos deles homenageavam figuras históricas do tipo, como Fernão Dias, Paes Leme Raposo Tavares e Anhanguera. “A revolução usou algumas imagens dos bandeirantes como os grandes heróis paulistas para conquistar corações e mentes durante o período”, afirma o pesquisador e colecionador Ricardo Della Rosa, autor do livro "Revolução de 1932: A História da Guerra Paulista em Imagens, Objetos e Documentos". “Isso foi feito de forma intensiva, por meio da propaganda de guerra.”

Essa ligação persistiu no pós-revolução. Maior exemplo é o Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, mais conhecido como Obelisco do Ibirapuera, monumento feito por Galileo Emendabili (1898-1974) entre 1947 e 1970. "É o maior ícone de todos. Carrega essa simbologia", comenta Della Rosa. “As faces externas do Obelisco trazem associações de imagens do passado bandeirante paulista com o soldado de 32.”
27 de janeiro de 1957, domingo. Atualizado em 26/10/2025 03:08:39
15°. Inaugurada estátua de Manuel de Borba Gato
Monumentos e estátuas são inúmeros. Do Monumento às Bandeiras, obra de Victor Brecheret (1894-1955) concluída em 1953, à estátua do Borba Gato, polêmico trabalho de Júlio Guerra (1912-2001), inaugurada em 1957, não faltam homenagens aos bandeirantes pelas ruas e espaços públicos da cidade.




  Francisco Adolfo de Varnhagen
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2022
Atualizado em 31/10/2025 08:16:43
“Quando um manuscrito torna-se fonte histórica: As marcas de verdade no relato de Gabriel Soares de Sousa (1587)”. Ensaio sobre uma operação historiográfica, Temístocles Cezar
•  Cidades (1): Sorocaba/SP
•  Pessoas (5): Carl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Jean de Laet (1571-1649), José Martiniano de Alencar (1829-1877), Manuel Aires de Casal (1754-1821)




  Francisco Adolfo de Varnhagen
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9 de dezembro de 2022, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 08:16:42
Biografia de Francisco Adolfo de Varnhagen, Lucia Maria Paschoal Guimarães, usp.br/labteo/varnhagen consultado em 09.11.2022
•  Cidades (2): Araçoiaba da Serra/SP, Sorocaba/SP
•  Temas (1): Gentios
    Registros relacionados
17 de fevereiro de 1816, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:42:36
1°. Nascimento de Francisco Adolfo de Varnhagen, depois barão e visconde de Porto Seguro na Fazenda Ipanema Ipanema. Ele faleceu em Viena, no dia 29 de junho de 1878
1854. Atualizado em 31/10/2025 05:30:43
2°. “História geral do Brazil”, de Francisco Adolfo de Varnhagen, o Visconde de Porto Seguro (1816-1878)
1859. Atualizado em 25/02/2025 04:46:35
3°. Varnhagen
Data dessa temporada na Europa, o lançamento da sua História geral do Brasil antes da sua separação e independência de Portugal (Madri, 1854-1857). Promovido ao posto de ministro residente, representou a chancelaria imperial em diversos países da América do Sul (1859 e 1867). Durante a permanência no Chile, casou-se e constituiu família com uma jovem da sociedade local.
26 de junho de 1878, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:04
4°. Falecimento de Francisco Adolfo de Varnhagen, o Visconde de Porto Seguro
Em 1868, foi nomeado para a legação brasileira em Viena. Realizou, ainda, uma última viagem de estudos ao Brasil em 1877, ocasião em que percorreu o interior das províncias de São Paulo, Goiás e Bahia. Regressando à Viena, veio a falecer em 26 de junho de 1878. Sepultado no Chile, por exigência da esposa, um século mais tarde, os despojos do historiador seriam trasladados para Sorocaba, onde hoje se encontram, atendendo à sua vontade expressa em testamento.




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3 de janeiro de 2023, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 08:16:41
Escrevendo o Brasi | Capistrano de Abreu por Rebeca Gontijo. Canal da Associação Nacional de História - Anpuh Brasil
•  Cidades (1): Lisboa/POR
•  Pessoas (4): Dom Pedro I (1798-1834), João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), João VI, O Clemente (1767-1826), Napoleão Bonaparte (1769-1821)
•  Temas (1): Revolução Francesa
    Registros relacionados
15 de novembro de 1825, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 19:14:48
1°. Carta de lei de dom João VI anunciando a transmissão de direitos
1907. Atualizado em 24/10/2025 02:55:22
2°. Capítulo da História Colonial, 1907. Capistrano de Abreu (1853-1923)
2024. Atualizado em 25/02/2025 04:41:19
3°. Artigo de Capistrano de Abreu
13 de abril de 2024, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:41:19
4°. Artigo de Capistrano de Abreu




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  83º de 90
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21 de fevereiro de 2023, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 08:16:41
Biografia de Francisco Adolfo de Varnhagen, consultado em pt.wikipedia.org
•  Cidades (2): Araçoiaba da Serra/SP, Sorocaba/SP
    Registros relacionados
1580. Atualizado em 31/10/2025 04:22:33
1°. Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  84º de 90
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18 de abril de 2023, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 07:48:29
A ossada desaparecida de Pedro Álvares Cabral, Rainer Gonçalves Sousa, consultado em História do Mundo
•  Cidades (1): Sorocaba/SP
•  Pessoas (1): Pedro Álvares Cabral (1467-1520)
•  Temas (2): Descobrimento do Brazil, Curiosidades
Túmulo de Pedro Álvares Cabral
Data: 2008
Créditos: Carlos Luis M C da Cruz
Igreja de Nossa Senhora da Graça, distrito de Santarém, Portugal
    Registros relacionados
1520. Atualizado em 30/10/2025 22:21:42
1°. Falecimento de Pedro Álvares Cabral
Após ter comandado a famosa esquadra em 1500, com a qual descobriu o Brasil, Pedro Álvares Cabral veio a falecer em 1520, em Santarém, Portugal.
1526. Atualizado em 30/10/2025 22:21:42
2°. Cabral teve seu corpo exumado, quando também havia falecido sua esposa, Isabel de Castro e, enterrado novamente ao lado dela, só que desta vez na igreja Nossa Senhora da Graça
Sendo sepultado em um túmulo provisório, teve seu corpo exumado em 1526, quando também havia falecido sua esposa, Isabel de Castro e, enterrado novamente ao lado dela, só que desta vez na igreja Nossa Senhora da Graça.

O túmulo permaneceu esquecido por muito tempo, até muitos turistas passaram a questionar o motivo pelo qual a lápide homenageava apenas a esposa de Pedro Álvares.
14 de setembro de 1839, sábado. Atualizado em 30/10/2025 22:21:43
3°. A ossada desaparecida de Pedro Álvares Cabral
1871. Atualizado em 26/10/2025 00:01:12
4°. Campanha nacionalista iniciada por dom Pedro II, requeria o translado dos restos mortais de Cabral para o Rio de Janeiro
(..) campanha nacionalista iniciada em 1871 por dom Pedro II, requeria o translado dos restos mortais de Cabral para o Rio de Janeiro.
1882. Atualizado em 30/10/2025 22:21:44
5°. Constatou-se que no jazigo havia restos de um carneiro e ossada de três humanos, sendo duas mulheres e um homem
1903. Atualizado em 30/10/2025 22:21:45
6°. O sepulcro que deveria conter as ossadas de Pedro Álvares Cabral já possuía cinco ossadas masculinas, uma feminina e duas de crianças
1961. Atualizado em 30/10/2025 22:21:47
7°. A Igreja de São Tiago, de Belmonte, cidade onde Cabral nasceu, recebeu uma oferta de Santarém: para guardar o que seria sua verdadeira ossada
18 de maio de 2025, domingo. Atualizado em 10/09/2025 20:52:31
8°. Consulta em ancestors.familysearch.org




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  85º de 90
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4 de maio de 2023, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 08:16:40
Francisco Adolfo de Varnhagen, historiador brasileiro. Consultado em Wikipédia
•  Cidades (2): Araçoiaba da Serra/SP, Sorocaba/SP
•  Temas (1): Estátuas, marcos e monumentos
    Registros relacionados
1854. Atualizado em 31/10/2025 05:30:43
1°. “História geral do Brazil”, de Francisco Adolfo de Varnhagen, o Visconde de Porto Seguro (1816-1878)
1872. Atualizado em 25/02/2025 04:39:47
2°. Recebeu o título de barão de Porto Seguro
11 de novembro de 1884, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:46
3°. S. S. A. A. Imperiaes visitando no dia 11 de Novembro 1884, o monumento elevado em 1882 no Morro Araçoyaba, (Ypanema) à memoria de Varnhagen, Visconde de Porto Seguro
20 de janeiro de 2016, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:44
4°. Retirada dos restos mortais restos mortais do visconde de Porto Seguro




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  86º de 90
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2 de novembro de 2023, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 07:48:28
Frioli
•  Cidades (1): Sorocaba/SP
•  Pessoas (1): Adolfo Frioli (n.1943)
•  Temas (1): Estátuas, marcos e monumentos
Antigo Largo do Rocio
Data: 1834
Créditos: Crédito/Fonte: Jean-Baptiste Debret
01/01/1834




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  87º de 90
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5 de agosto de 2024, segunda-feira
Atualizado em 31/10/2025 08:16:39
Composição étnica do Brasil. Consulta em Wikipedia
•  Pessoas (3): Darcy Ribeiro (1922-1997), Carl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868), Ruy Barbosa (1849-1923)
•  Temas (17): Estatísticas, Habitantes, Japão/Japoneses, Primeira e Segunda Guerra Mundial, Escravizados, Angola, Música, Curiosidades, Leis, decretos e emendas, Nossa Senhora Aparecida, Futebol, Quilombos, Descobrimento do Brazil, Guaranis, Tupi-Guarani, Carijós/Guaranis, Jê
    Registros relacionados
22 de abril de 1500, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:04
1°. O “Descobrimento” do Brasil
1760. Atualizado em 25/02/2025 04:42:59
2°. O IBGE estimou o número de colonos portugueses em 700 mil, de 1500 a 1760
1844. Atualizado em 25/02/2025 04:42:57
3°. O naturalista alemão Von Martius, baseado nos desenvolvimentos da antropologia europeia então em voga, definiu o esquema clássico de três raças formadoras da nação mestiça, depois retomado por Varnhagen, com base em cores de pele
1855. Atualizado em 06/06/2025 07:31:53
4°. Até este ano cerca de 4 milhões de escravos africanos foram enviados para o Brasil, a maioria procedente da atual Angola
1872. Atualizado em 25/02/2025 04:42:50
5°. Primeiro CENSO
1890. Atualizado em 25/02/2025 04:42:57
6°. Retornando com o sistema de "cores", substituiu-se o termo "pardo" por "mestiço"
11 de outubro de 1890, sábado. Atualizado em 29/10/2025 13:07:47
7°. Foi promulgado o Código Penal dos Estados Unidos do Brasil, que extinguia a pena de morte, em tempo de paz, no Brasil
13 de maio de 1891, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:59
8°. Fogueira
1900. Atualizado em 25/02/2025 04:42:59
9°. O requisito "cor" foi retirado do censo e só voltou em 1940
16 de julho de 1930, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:32
10°. A Nossa Senhora da Conceição Aparecida é proclamada a Padroeira do Brasil
1940. Atualizado em 25/02/2025 04:42:59
11°. Modificou-se "raça" por "cor"
1976. Atualizado em 25/02/2025 04:42:59
12°. O IBGE fez uma pesquisa no país, sem categorias pré-definidas, visando testar a adequação do sistema de "cores" adotado na pesquisa. Foram coletadas 136 cores diferentes, auto-declaradas pela população
1991. Atualizado em 25/02/2025 04:42:59
13°. A pergunta foi alterada para "raça ou cor", e incluiu uma nova categoria: indígena
Novembro de 1999. Atualizado em 25/02/2025 04:42:59
14°. Fora de foco: diversidade e identidades étnicas no Brasil. Por Simon Schwartzman*




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  88º de 90
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18 de agosto de 2024, domingo
Atualizado em 31/10/2025 08:16:39
Mestre João. Consulta em Wikipedia
•  Pessoas (3): Gaspar da Gama, (1444-1510), João Emenelau Farás, Pero Vaz de Caminha (1450-1500)
•  Temas (4): Astronomia, Descobrimento do Brazil, Judaísmo, Medicina e médicos
    Registros relacionados
27 de abril de 1500, sexta-feira. Atualizado em 25/08/2025 08:00:38
1°. Desembarcára com o piloto do Capitão Mór e com o de Sancho de Tovar, na terra que acabavam de descobrir, fazendo nella a prova do descobrimento anterior




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23 de agosto de 2024, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 08:16:38
Teoria da presença de fenícios no Brasil. Consulta em Wikipedia
•  Pessoas (7): Antônio Vieira (1608-1697), Carl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868), Curt Nimuendajú, Enrique Onffroy de Thoron, Percy Harrison Fawcett (1867-1925), Peter Wilhelm Lund (1801-1880), Robertus Comtaeus Nortmannus
•  Temas (8): Arqueologia, Cariós, Descobrimento do Brazil, El Dorado, Fenícios, Karaibas, Marinha, Tupinambás
    Registros relacionados
1644. Atualizado em 30/10/2025 21:32:45
1°. Comtaeo Nortmanno, Roberto (1644). De origine gentium Americanarum dissertatio (em latim). Amsterdam: typis Nicolai Ravesteinii
13 de setembro de 1872, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:30
2°. Encontrado
1876. Atualizado em 25/02/2025 04:42:42
3°. Onffroy de Thoron, Enrique (1876). Antiguidade da navegação do oceano: viagens dos navios de Salomão ao Rio das Amazonas, Ophir, Tardschisch e Parvaim. Manáos: Typographia do Commercio do Amasonas de Gregorio José de Moraes. OCLC 50081025
1968. Atualizado em 25/02/2025 04:42:43
4°. Extratos de “Autenticidade do texto fenício da Paraíba” , pelo Dr. Cyrus H. Gordon da Universidade Brandeis , nos Orientalis de Roma , vol. 37 (1968) pág. 75.
1976. Atualizado em 25/02/2025 04:42:36
5°. Antiga História do Brasil. De 1100 a.C. a 1500 d.C.




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7 de julho de 2025, segunda-feira
Atualizado em 31/10/2025 08:16:38
Consulta e Povos Indígenas do Brasil - Tupiniquim - pib.socioambiental.org
•  Cidades (2): Aracruz/ES, Camamu/BA
•  Pessoas (2): Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), Pedro Fernandes Sardinha (1496-1556)
•  Temas (7): Curiosidades, Epidemias e pandemias, Estatísticas, Jesuítas, Medicina e médicos, Nheengatu, Tupiniquim




  Francisco Adolfo de Varnhagen
  91º de 90
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28 de outubro de 2025, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 08:16:37
Consulta em?
•  Pessoas (6): Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Darcy Ribeiro (1922-1997), João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), João de Lisboa, Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937), Vicente Costa Santos Tapajós
•  Temas (3): Metalurgia e siderurgia, Nheengatu, Prata
    Registros relacionados
22 de abril de 1500, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:04
1°. O “Descobrimento” do Brasil
1513. Atualizado em 28/10/2025 08:56:09
2°. João de Lisboa se refere a ter encontrado diversos objetos metálicos na boca de um grande rio caudaloso incluindo um martelo de prata o qual levou para Portugal
Vicente Tapajós em História do Brasil argumenta que os índios não desconheciam os metais. Capistrano de Abreu em Capítulos da Histórica Colonial relata que uma armada de 1513 ao sul do Brasil que tinha como capitão João de Lisboa se refere a ter encontrado diversos objetos metálicos na boca de um grande rio caudaloso incluindo um martelo de prata o qual levou para Portugal.

  


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